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<p>ARTIGO PDE 2012</p><p>PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO</p><p>Autora: Kátia Aparecida Júlio de Souza</p><p>Orientador: Wagner José Martins Paiva</p><p>Resumo: Este trabalho tem como objetivo relatar e analisar a implementação</p><p>do material didático: Portfólio como instrumento de avaliação, desenvolvido</p><p>durante os primeiros períodos do PDE, e aplicado no Colégio Estadual Padre</p><p>Ângelo Casagrande aos alunos da 6ª série. A proposta Portfólio como</p><p>instrumento de avaliação, defende a ideia da produção reflexiva como forma</p><p>de repensar a avaliação na disciplina de Ciências e de romper com a prática</p><p>de avaliação classificatória ainda praticada nas escolas, substituindo-a pela</p><p>avaliação centrada na interação professor-aluno-conhecimento, de forma que</p><p>a avaliação resulte na construção de aprendizagem significativa. Para</p><p>avaliação da proposta adotou-se como metodologia de avaliação a produção</p><p>do portfólio reflexivo, em que devem ser registradas todas as atividades</p><p>desenvolvidas na disciplina de Ciências. A produção do portfólio é individual,</p><p>com resultados muito particulares, uma vez que as reflexões, vivências e</p><p>experiências contidas neles são únicas e exclusivas. Os alunos são</p><p>orientados a ir além da mera descrição das atividades desenvolvidas,</p><p>buscando tecer reflexões sobre as experiências vivenciadas e o quanto essas</p><p>estão produzindo efeitos na sua aprendizagem. De acordo com depoimentos</p><p>de alunos participantes e de professores que avaliaram a proposta através do</p><p>GTR a prática da avaliação através de portfólio propicia uma participação</p><p>mais ativa dos sujeitos e mais condições para a aprendizagem autônoma,</p><p>prezando mais pelo qualitativo e possibilitando a ruptura com a mera</p><p>quantificação.</p><p>PALAVRAS-CHAVE: Ciências, Avaliação; Portfólio Reflexivo.</p><p>Introdução</p><p>A disciplina de Ciências Naturais no ensino fundamental visa</p><p>desenvolver nos alunos habilidades que lhes possibilitem compreender o</p><p>mundo e atuar como individuo e como cidadão, apreendendo conhecimentos</p><p>de natureza científica, ética e cultural.</p><p>O grande desafio do docente desta área é tornar o ensino de</p><p>Ciências significativo e instigante, induzindo o aluno a produzir na construção</p><p>de sua aprendizagem, pois a dificuldade de contextualização entre teoria e</p><p>prática, apresentada pelos alunos, levam a uma boa parte dos professores de</p><p>ciências a trabalharem de forma tradicional, com esquemas resumidos, os</p><p>quais menosprezam a reflexão e a construção do conhecimento. Esta</p><p>“metodologia” é utilizada visando uma melhor compreensão do conteúdo, mas</p><p>o que ocorre é a acomodação, pois os alunos não fazem a trajetória do seu</p><p>aprendizado e sim o recebem como produto pronto e acabado.</p><p>Trabalhar o conhecimento por meio de definições e classificações</p><p>estanques, que quase sempre são decoradas pelo estudante não colabora com</p><p>a aprendizagem humana, porque raramente o aluno compreende o conteúdo</p><p>como construção de significados, portanto não se posiciona com sujeito de sua</p><p>aprendizagem, praticando mera repetição automática de textos cobrados em</p><p>prova.</p><p>Portanto, a diversificação de instrumentos didáticos torna o</p><p>aprendizado mais atrativo e com maior articulação entre conhecimentos</p><p>escolares e a vida cotidiana dos alunos. Contribui para a superação de</p><p>obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos, não somente por</p><p>propiciar interpretações e discussões, mas também pela natureza investigativa,</p><p>ressaltando a importância da contextualização do conteúdo específico de</p><p>Ciências. Em consonância com esta prática, há de se buscar um instrumento</p><p>de avaliação capaz de mensurar o aprendizado evidenciado todas as etapas</p><p>superadas e seus significados.</p><p>A necessidade de buscar alternativas de avaliação capaz de superar</p><p>as formas tradicionais, que em sua maioria são classificatórias e excludentes,</p><p>encaminha este trabalho para a utilização do portfólio como instrumento de</p><p>avaliação e, ao mesmo tempo, estratégia de formação. Neste processo se</p><p>espera que alunos percebam que seu aprendizado está diretamente ligado as</p><p>suas ações e percebam a construção do conhecimento analisando as</p><p>singularidades e peculiaridades evidenciadas no processo.</p><p>Espera-se estabelecer uma avaliação que apresente:</p><p>“[...] um processo abrangente da existência humana, que implica</p><p>uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus</p><p>avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar a tomada</p><p>de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”</p><p>(VASCONCELLOS apud ALVES, 2011, p 1).</p><p>A elaboração do portfólio pelo aluno e sua análise pelo professor</p><p>ajudam no encaminhamento do ensino-aprendizagem, uma vez que, possibilita</p><p>a observação do progresso do aluno e, por sua vez, o aluno ao organizar seu</p><p>material, reflete sobre o que nele está contido, ou seja, realiza a autoavaliação.</p><p>Ao folhear seu material, o aluno tem a possibilidade de ter consciência sobre o</p><p>número de atividades em que estão envolvidos e dos resultados alcançados.</p><p>O uso de portfólio reflexivo na aprendizagem sugere a possibilidade</p><p>de tornar visível o que normalmente é invisível. No caso, o pensamento do</p><p>aluno em seu processo de aprendizagem, e o espaço necessário para que o</p><p>mesmo aprenda a questionar fatos, formular problemas e apresentar soluções,</p><p>utilizando o pensamento lógico, a criatividade e a capacidade de análise critica,</p><p>selecionando procedimentos e verificando sua adequação.</p><p>Assim, o uso do portfólio como instrumento de avaliação contribui</p><p>para clarificar os critérios de avaliação definidos, a percepção da construção do</p><p>ensino-aprendizagem e ao permitir a reflexão, permite que o aluno situe-se</p><p>criticamente no contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso</p><p>ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na</p><p>sociedade (PARANÁ, 2008).</p><p>Considerando que objetivo do ensino de Ciências é dar condições</p><p>para o aluno vivenciar o que se denominava método cientifico, ou seja a partir</p><p>de observações, levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e abandoná-las</p><p>quando fosse o caso, trabalhando de forma a redescobrir conhecimentos.</p><p>Torna-se necessário possibilitar situações de aprendizagem nas quais os</p><p>conteúdos sejam abordados numa perspectiva de totalidade, compartilhando</p><p>emoções e sentimentos, dificuldades e descobertas.</p><p>Assim sendo utilizar-se do instrumento de avaliação, o portfólio,</p><p>como verificação do processo ensino aprendizagem permite ao aluno</p><p>compreender noções e conceitos científicos, adequando-os as suas</p><p>necessidades e interesses, além de contribuir para o seu desenvolvimento</p><p>reflexivo e estimulá-lo a selecionar e avaliar seu próprio trabalho.</p><p>Embora o tempo de aplicação tenha sido limitado os resultados</p><p>apareceram, e foram positivos, claro que só um tempo bem maior poderá</p><p>alicerçar esta proposta para que ela se torne efetiva. Quando a produção do</p><p>portfólio como forma de avaliação deixar de ser uma obrigação imposta pelo</p><p>professor e se tornar uma necessidade gerada pelo hábito do estudante, uma</p><p>forma de reorganização do conhecimento, então a proposta terá seu êxito total,</p><p>ainda assim, a recepção foi positiva e as produções surpreenderam por sua</p><p>qualidade e criatividade, e fica a possibilidade do aluno e demais professores</p><p>adotar trabalho com portfólio para avaliação, pois se esta prática for contínua</p><p>ao longo da trajetória escolar do aluno poderá ser o diferencial no ensino de</p><p>Ciências.</p><p>Desenvolvimento</p><p>A avaliação é a atividade essencial do processo ensino-</p><p>aprendizagem dos conteúdos científicos escolares. Deve ser contínua e</p><p>cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos</p><p>aspectos qualitativos sobre os quantitativos.</p><p>A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem,</p><p>pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados o</p><p>qual o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor</p><p>precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar</p><p>o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente. A</p><p>avaliação deve valorizar os conhecimentos alternativos do aluno, construídos</p><p>no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias</p><p>que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.</p><p>A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode</p><p>ser por meio de problematização envolvendo relações conceituais</p><p>interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a partir de recursos instrucionais</p><p>que representem como o aluno tem solucionado problemas propostos e as</p><p>relações estabelecidas diante dessas problematizações. (PARANÁ, 2008)</p><p>A avaliação da aprendizagem segundo Luckesi (2005) necessita,</p><p>para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a</p><p>construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que</p><p>isso aconteça, é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de</p><p>autoridade e assuma o papel de auxiliar o crescimento.</p><p>Para Luckesi (2005) o ato de avaliar também exige a entrega à</p><p>construção da experiência satisfatória do educando, estando sempre atento as</p><p>suas necessidades. Isso não implica que o educador substitua o educando em</p><p>seus processos de crescimento (o que não servirá em nada tanto para o</p><p>educando como para o educador), mas sim que clareie para si e para o</p><p>educando as exigências do crescimento. Ninguém cresce sem ação e a ação</p><p>contém dentro de si uma disciplina. Cada ato tem sua disciplina própria que</p><p>necessita ser descoberta e seguida se quer aprender e crescer com ela. A</p><p>avaliação é uma forma de tomar consciência sobre o significado da ação na</p><p>construção do desejo que lhe deu origem.</p><p>A avaliação é um processo pelo qual se observa, se verifica, se</p><p>analisa, se interpreta um determinado fenômeno (construção de</p><p>conhecimento), situando-o concretamente quanto aos dados relevantes,</p><p>objetivando uma tomada de decisão em busca da produção humana.</p><p>Segundo Canen (2001), Gandin (1995) e Luckesi (1996), “a</p><p>avaliação é um julgamento sobre uma realidade concreta ou sobre uma prática,</p><p>à luz de critérios claros, estabelecidos prévia ou concomitantemente, para</p><p>tomada de decisão.” Ou seja, é preciso ponderar no ato da avaliação: a</p><p>realidade ou prática julgada, os padrões de referência, que dão origem aos</p><p>critérios de julgamento, e o juízo de valor, a definição defendida pelos autores</p><p>impossibilita utilizar a avaliação de forma técnica, ou punitiva para os alunos,</p><p>porque o ato de avaliar envolve muito mais que o conteúdo proposto ele se</p><p>articula com conhecimento de mundo de cada um e se estende de acordo com</p><p>os recursos do contexto de cada envolvido.</p><p>Ainda segundo o pedagogo Luckesi (2005), avaliar tem basicamente</p><p>três passos:</p><p>a) Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de</p><p>construção da realidade.</p><p>b) Comparar essa informação com aquilo que é considerado</p><p>importante no processo educativo.</p><p>c) Tomar decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.</p><p>Neste sentido é essencial definir critérios em que caberá ao</p><p>professor listar os itens realmente importantes e informá-los aos alunos, pois a</p><p>avaliação só tem sentido quando é contínua, provocando o desenvolvimento do</p><p>aluno.</p><p>Georgea Suppo Prado Veiga de Mello, respalda a ideia de Canen</p><p>(2001), Gandin (1995) e Luckesi (1996) ao afirmar que a avaliação formativa</p><p>parte do pressuposto:</p><p>“...que o trabalho educativo deve estar voltado para o</p><p>desenvolvimento integral do indivíduo, precisa-se desenvolver</p><p>meios que possibilitem avaliar além do que os olhos possam</p><p>enxergar, tendo uma compreensão do meio em que vive, maior</p><p>percepção de si mesmo, os próprios valores de uma sociedade</p><p>em desenvolvimento e o respeito à cultura de um povo.”</p><p>O portfólio é um instrumento para avaliação formativa que contempla</p><p>os quesitos propostos pelos estudiosos da avaliação, porque reúne uma</p><p>seleção de trabalhos significativos para a aprendizagem do aluno. E para a</p><p>aplicação deste instrumento de avaliação o professor deve criar os objetivos e</p><p>construir o portfólio junto com a turma, além de estabelecer os descritores, ou</p><p>seja, os critérios para avaliar o alcance dos objetivos.</p><p>Embora o professor tenha papel significativo nesta avaliação cabe</p><p>ao aluno assumir uma postura autônoma em relação ao seu processo de</p><p>avaliação, pois ao rever suas produções, o educando dever ter a chance de</p><p>refazê-las, modificá-las, ou simplesmente abordar o mesmo tema sobre um</p><p>outro foco e modificar resultados, isso revela a capacidade de percepção</p><p>individual e da realidade em que o individuo está inserido dados estes</p><p>essenciais na construção da aprendizagem do educando.</p><p>A avaliação é vista como um processo abrangente da existência</p><p>humana que implica numa reflexão crítica no sentido de captar seus avanços,</p><p>suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão para</p><p>superar os obstáculos, tendo em vista a função de processo transformador na</p><p>sociedade. (BOTH, 2005).</p><p>As atividades científicas tornam-se interessantes e instigadoras</p><p>quando são capazes de exercitar nossa curiosidade. Por meio da imaginação,</p><p>o pensamento passa a apreender o desconhecido, buscando uma explicação</p><p>para os enigmas. A curiosidade serve de fio condutor para as atividades, que</p><p>de outra forma passam a ser burocráticas e exercidas com o propósito de</p><p>cumprir obrigações.</p><p>A Ciência pode ser fonte de prazer, caso possa ser concebida como</p><p>atividade criadora. A imaginação deve ser repensada como a principal fonte de</p><p>criatividade. Explorar esse potencial nas aulas de Ciências deveria ser um</p><p>atributo essencial e não periférico. (PIETROCOLA, 2006)</p><p>A curiosidade é o motor da vontade de conhecer que coloca nossa</p><p>imaginação em marcha. Assim, a curiosidade, a imaginação e a criatividade</p><p>deveriam ser consideradas como base de um ensino que possa resultar em</p><p>prazer. Segundo Bronowski (apud PIETROCOLA, 2006, p. 128) “é impossível</p><p>conceber um universo onde as atividades criativas não causem prazer. A</p><p>ciência é uma fonte de prazer para o bom cientista [...]”.</p><p>Aproximar os conceitos científicos dos contextos</p><p>vivenciados pelos alunos facilita o processo de aprendizagem: o</p><p>aluno pode estabelecer uma relação entre os diferentes</p><p>conhecimentos desenvolvidos e sua realidade. O aluno também pode</p><p>ser desafiado diante de uma situação que mobiliza sua atenção,</p><p>envolvendo-se em um processo de pesquisa ou descoberta. (ROSA</p><p>et al. apud FAVALLI; PESSOA; ANGELO, 2006, p. 8)</p><p>Por isso a necessidade de se criar oportunidades para que o ensino</p><p>experimental e o ensino teórico efetuem em concerto, contribuindo dessa</p><p>maneira para que o aluno possa interagir na sociedade enquanto cidadão.</p><p>Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica Paraná,</p><p>(2008), não há sentido em processos avaliativos que apenas constata o que o</p><p>aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém destas constatações,</p><p>tomadas como sentenças definitivas.</p><p>Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se</p><p>apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas</p><p>contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de</p><p>aula precisa contribuir para essa formação. O recurso do portfólio como</p><p>instrumento de avaliação pode apontar novos caminhos sobre a relação</p><p>ensino-aprendizagem e sua dinâmica permite esta formação e percepção.</p><p>Segundo Villas Boas (2004), o portfólio é um procedimento de</p><p>avaliação que possibilita aos alunos participarem da formulação dos objetivos</p><p>de sua aprendizagem e avaliar seu progresso. Eles são, portanto, participantes</p><p>ativos da avaliação selecionando as melhores amostras de seu trabalho para</p><p>incluí-los no portfólio.</p><p>O portfólio começou a difundir-se em espaço escolar na década de</p><p>90, com ênfase nos Estados Unidos. Vem sendo evidenciado como um dos</p><p>mais</p><p>novos subsídios para uma avaliação dinâmica e eficiente do ensino. Com</p><p>variada terminologia distingui-se de acordo com sua intenção, como porta –</p><p>fólio, processo – fólio, diários de bordo, dossiê. Essa modalidade de avaliação</p><p>foi retirada do campo das artes. (HAMZE, 2011).</p><p>O objetivo de um portfólio segundo, Althaus é de:</p><p>Ajudar o aluno a desenvolver a habilidade de avaliar seu</p><p>próprio trabalho e desempenho, articulando-se com a trajetória de</p><p>seu desenvolvimento ensino-aprendizagem, além de oportunizar a</p><p>documentação e registro de forma sistemática e reflexiva. Através</p><p>dos portfólios o professor instaura o diálogo com cada aluno de forma</p><p>individualizada, pois os alunos devem sempre estar com seus</p><p>portfólios documentando suas aprendizagens. B) Ao utilizar-se do</p><p>portfólio o professor possibilita ao aluno a reflexão do seu próprio</p><p>aprendizado e avaliá-lo com o professor. C) Os alunos melhoram sua</p><p>habilidade de redigir textos e posicionar-se frente aos temas</p><p>abordados. D) Aprendem a revisar seus trabalhos de maneira</p><p>organizada, melhorando sua habilidade de comunicação através do</p><p>relato de experiência e realizações. (ALTHAUS, 2007).</p><p>O portfólio apresenta muitos aspectos e dimensões de</p><p>aprendizagem, enquanto construção de conhecimentos e, desta, enquanto</p><p>condição de desenvolvimento pessoal e reflexivo dos participantes. Assim</p><p>como o aprofundamento e a apreciação das perspectivas educacionais, esta</p><p>estratégia não apenas vai contribuir para uma estruturação interpessoal do</p><p>conhecimento, como também vai facilitar se desenvolvida ao longo do tempo à</p><p>compreensão dos processos de ensino-aprendizagem.</p><p>Os critérios para a construção do portfólio devem ser bem definidos,</p><p>para que o seu uso não caia no descrédito, perdendo seu real sentido, que é o</p><p>de uma avaliação reflexiva.</p><p>Dommen (apud PERNIGOTTI et al., 2000) afirma que o portfólio,</p><p>assim como outras palavras e expressões usadas em educação, corre o risco</p><p>de tornar-se uma palavra “ruidosa”. Para esse autor as palavras ruidosas têm o</p><p>papel de provocar uma reação e orientar uma atitude, são aspirações do</p><p>momento, carregadas de emoções e, por isso, podem ser levadas à morte. Isso</p><p>acontece porque de um lado, o uso descompromissado e vulgarizado do</p><p>conceito favorece a perda de seu real sentido e, de outro, o seu emprego como</p><p>termo técnico, não incorporado, desconhecido e por isso atacado, é rechaçado.</p><p>Portanto, é importante que se compreenda muito bem a função do portfólio</p><p>para evitar a banalização do instrumento de avaliação.</p><p>Segundo Elizabeth Shores e Cathy Grace (2001), os processos de</p><p>montagem do portfólio em dez passos facilitam a prática pedagógica,</p><p>melhoram o conceito do portfólio, favorecem sua aplicação e avaliação. São</p><p>eles:</p><p>1- Estabelecer uma política para o portfólio;</p><p>2- Coletar amostras de trabalho;</p><p>3- Tirar fotografias;</p><p>4- Conduzir consultas nos diários de aprendizagem;</p><p>5- Conduzir entrevista;</p><p>6- Realizar registros sistemáticos;</p><p>7- Registrar registros de casos (ocorrências);</p><p>8- Preparar relatórios narrativos;</p><p>9- Conduzir reuniões de análises de portfólios em três vias;</p><p>10- Usar portfólios em situações de transição.</p><p>Esses passos podem contribuir para que haja uma melhor interação</p><p>entre todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.</p><p>A comunidade escolar, incluindo a família, deve estar ciente que o</p><p>desempenho da avaliação através do portfólio é individual, particular e único de</p><p>cada aluno, diferente da avaliação tradicional, onde o aprendizado do aluno é</p><p>medido pelas notas resultantes da avaliação em questão.</p><p>Embora o resultado final de um portfólio seja grandioso o processo</p><p>se dá por pequenas e contínuas ações, pois no passo a passo o estudante</p><p>precisa se habituar a colecionar amostras de trabalhos que venham de</p><p>diferentes fontes: Como por exemplo: produções individuais e coletivas,</p><p>desenhos, registros escritos, fotografias, gravações de áudio e vídeo,</p><p>observações da professora, informações dos pais, entrevistas, relatórios, enfim,</p><p>o que for necessário para reconstruir o caminho percorrido durante a</p><p>aprendizagem (SHORES e GRACE, 2001, p. 21).</p><p>Essa coleta constante estimula o exercício da assimilação,</p><p>comparação e gera conclusão, e isso favorece a construção do saber do</p><p>aluno, e através da organização do trabalho visualiza-se a evolução do</p><p>processo.</p><p>Pensando em superar o modelo de avaliação classificatória e</p><p>excludente, ainda tão presente nas escolas, e buscando uma alternativa para</p><p>explorar mais e melhor as habilidades individuais elaborou-se uma unidade</p><p>didática com objetivo de implementar a construção do portfólio no 9º ano do</p><p>ensino fundamental, no Colégio Estadual “Ângelo Casagrande” como uma</p><p>alternativa de avaliação reflexiva, tão pouco enfatizada na prática tradicional.</p><p>Organização de um portfólio</p><p>Esta definição foi inspirada na leitura do texto da (BEICRR.</p><p>Domingos Jardo, 2011).</p><p>Um portfólio é uma coleção organizada e devidamente planejada de</p><p>trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Constitui</p><p>uma seleção feita pelo aluno dos melhores trabalhos ou produtos por si</p><p>realizados, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e pormenorizada</p><p>dos diferentes componentes do desenvolvimento do aluno (cognitivo, afetivo e</p><p>moral).</p><p>Em geral, consiste num dossiê onde são colocados trabalhos</p><p>realizados ao longo de um bimestre, semestre, fica a critério de o professor</p><p>determinar como será realizado esse trabalho.</p><p>A organização de um portfólio normalmente tem a seguinte</p><p>estrutura:</p><p>W Capa: pode ser ilustrada pelo aluno</p><p>W Introdução: deve conter os dados do aluno, do professor (a),</p><p>nome da escola, quais os objetivos do portfólio e a sua finalidade.</p><p>W Sumário: demonstra a sequência dos conteúdos a serem</p><p>trabalhados.</p><p>W Atividades: investigativas, relatórios das fases de</p><p>desenvolvimento das tarefas realizadas em sala de aula, ou no</p><p>laboratório de Ciências, fotografias, trabalhos de casa, recortes de</p><p>jornais, revistas, materiais produzidos pelos alunos.</p><p>W Notas de reflexão: questionamentos sobre as amostras de</p><p>trabalhos dos alunos, instigar atitudes de reflexão e autonomia,</p><p>sugerindo práticas de revisão e aprofundamento, que auxiliem no</p><p>processo ensino aprendizagem.</p><p>W Fichas de autoavaliação: poderá ser utilizada uma ficha para</p><p>analisar e avaliar o portfólio, durante todas as etapas de</p><p>construção.</p><p>W Comentários do professor: registram as considerações acerca do</p><p>trabalho realizado pelo aluno, podendo ser sugeridas atividades</p><p>de revisão e aprofundamento, procurando respeitar o ritmo de</p><p>cada um, no desenvolvimento das produções realizadas.</p><p>Poderão ser incluídos no portfólio os itens abaixo relacionados:</p><p>W Relatórios</p><p>W Composições</p><p>W Comentários sobre experiências em aulas práticas</p><p>W Trabalhos individuais ou de grupo</p><p>W Reflexões do aluno acerca de determinado conteúdo trabalhado</p><p>durante as aulas de Ciências</p><p>W Comentários e observações do professor.</p><p>Os trabalhos arquivados devem ser devidamente datados de forma a</p><p>fornecerem informações sobre os progressos, as aprendizagens e as</p><p>experiências do aluno.</p><p>Tipos de portfólio</p><p>W Portfólio particular</p><p>W Portfólio de aprendizagem</p><p>W Portfólio demonstrativo</p><p>Segundo as autoras Elizabeth Shores e Cathy Grace (2001), o</p><p>primeiro tipo de portfólio, o particular, é um dos provavelmente o professor já</p><p>compila, são registros escritos a respeito dos alunos. O que compreende o</p><p>segundo tipo, o de aprendizagem, motivará a reflexão sobre o seu programa e</p><p>oportunizará uma comunicação mais rica com os pais; além disso, sua</p><p>implantação será a mais divertida e a mais gratificante. O portfólio</p><p>demonstrativo é uma versão condensada dos outros dois, o qual ajudará os</p><p>futuros professores e demais integrantes da equipe escolar a aprender mais</p><p>sobre as particularidades de cada aluno.</p><p>Ao implementar o uso do portfólio o professor poderá experimentar</p><p>continuamente novos métodos</p><p>de instrução e de avaliação.</p><p>A descoberta de técnicas que funcionarão melhor ao administrar</p><p>suas aulas irá aumentar a eficiência total de seu plano de trabalho.</p><p>A construção do portfólio segundo (Villas Boas, 2004) deve-se:</p><p>W Iniciar com os alunos discussões em pequenos grupos, dos propósitos</p><p>comuns à turma, bem como prestar esclarecimentos, complementar</p><p>informações, sobre o tema em questão.</p><p>W O trabalho com portfólio deve ser individual, mas o professor deve</p><p>propiciar momentos de troca de experiências para que os alunos tenham</p><p>oportunidades de se expressar livremente.</p><p>W A reflexão é um princípio norteador da construção do portfólio, por</p><p>intermédio desse princípio, o aluno decide o que incluir como incluir, e, ao</p><p>mesmo tempo analisa suas produções, tendo a chance de refazê-las</p><p>sempre que quiser e achar necessário.</p><p>W O portfólio no início pode-se restringir a um determinado tema que será</p><p>trabalhado no decorrer de uma quinzena, e ou bimestre, semestre... A</p><p>avaliação pode se tornar mais rica se for desenvolvido de forma</p><p>colaborativa pelos professores, em lugar de cada um analisar apenas os</p><p>portfólios de sua turma, a troca de portfólios entre eles trará avanços para</p><p>o processo e o trabalho pedagógico.</p><p>Fases de desenvolvimento de um portfólio baseada nas leituras</p><p>propostas no Manual de Portfólio das autoras (SHORES e GRACE, 2001)</p><p>1. Decidir quais itens serão inseridos no portfólio, estabelecendo</p><p>uma política de portfólio, definindo qual a finalidade, qual o seu</p><p>papel na avaliação.</p><p>2. Coletar amostras de trabalhos, selecionar essas amostras de</p><p>maneira variada devendo refletir claramente os critérios definidos</p><p>para essa modalidade de avaliação.</p><p>3. Utilizar fotografias tiradas durante a realização de atividades,</p><p>anexando comentários inerentes às cenas registradas na</p><p>fotografia em questão.</p><p>4. Consultas no diário de aprendizagem. Reflexão poderá ser</p><p>realizada, conduzindo o aluno à consulta no diário de</p><p>aprendizagem. Esse diário será feito através de registros</p><p>contínuos escritos pelos alunos e professor durante o processo de</p><p>desenvolvimento de determinado tema a ser inserido no portfólio.</p><p>5. O professor poderá através das entrevistas pesquisar mais</p><p>profundamente aquilo que o aluno sabe em uma área específica,</p><p>sobre o conteúdo que vai ser trabalhado, podendo ensiná-lo de</p><p>modo mais eficiente durante o processo ensino aprendizagem.</p><p>6. Registros sistemáticos são anotações que você planeja realizar</p><p>sobre as ações do aluno em situações determinadas.</p><p>7. Registros de casos levam a reconhecer eventos importantes para</p><p>o desenvolvimento de determinado aluno, à medida que eles</p><p>ocorrem, e escrever narrativas breves e claras desses eventos.</p><p>8. Relatório narrativo envolve a revisão sistemática dos conteúdos</p><p>do portfólio e a correlação das atividades dos alunos, simplificam</p><p>o sistema geral de avaliação, esse tipo de relatório é o centro para</p><p>o portfólio demonstrativo – documento de transição para o</p><p>próximo professor do aluno, ou para os pais. Não precisam ser</p><p>longos, devem ser sucintos, claros e objetivos.</p><p>9. Envolver os alunos no uso do portfólio é crucial no processo de</p><p>implantação:1º passo - é o momento em que a sala de aula deixa</p><p>de ser um sistema hierárquico para se transformar, em uma</p><p>comunidade de aprendizagem, na qual todos os envolvidos estão</p><p>planejando, revendo e revisando seus trabalhos. Esse passo deve</p><p>ser desenvolvido gradativamente, pois assim como você não pode</p><p>mudar a sua maneira de avaliar do dia para a noite, o aluno</p><p>também não irá desenvolver de imediato as habilidades de</p><p>reflexão para analisarem seriamente seus trabalhos e sobre seu</p><p>aprendizado.</p><p>2º passo - Conferência do portfólio em duas vias, essas reuniões</p><p>podem acontecer diversas vezes no período em que se está</p><p>avaliando o portfólio, pode ser ao final de cada aula,</p><p>semanalmente, fica a critério do professor. Neste momento o</p><p>aluno irá fazer análise de seus trabalhos examinando itens</p><p>antigos e os novos, fazendo comparações sobre os mesmos,</p><p>acrescentar novos itens caso haja necessidade. Pode-se sugerir</p><p>que durante essa análise o aluno faça uma lista do que pode ser</p><p>acrescentado em suas produções futuras.</p><p>.3º passo - Esse é o momento de envolver os pais, agende</p><p>reuniões convocando os pais para a análise dos portfólios de seus</p><p>filhos. O propósito dessas reuniões é para fazer com que os pais</p><p>reflitam e expressem suas idéias sobre o aprendizado de seus</p><p>filhos. O envolvimento da família nesse processo é muito</p><p>importante.</p><p>Usando portfólio em situação de transição mostram que o portfólio</p><p>demonstrativo é uma pequena coleção de amostras de trabalhos, relatórios</p><p>narrativos e outros documentos essenciais para que outro professor possa</p><p>acompanhar os trabalhos dos alunos caso essa política do portfólio seja</p><p>implantada em determinada escola onde vai ser dada a sequência dessa</p><p>proposta nas séries seguintes.</p><p>As autoras (Shores e Grace, 2001) sugerem que se realizem os</p><p>passos na ordem que melhor se adéque a você, pois os melhores sistemas de</p><p>portfólio se desenvolvem a partir dos interesses e das necessidades de cada</p><p>comunidade de aprendizagem (vejam anexos 1, 2 e 3).</p><p>Durante a fase experimental pode-se trabalhar com os três primeiros</p><p>passos, que contribuirão para enriquecer o processo de avaliação, tornando o</p><p>aluno mais reflexivo acerca do trabalho desenvolvido, ajudando o professor a</p><p>descobrir as áreas de interesse do aluno e com isso proporcionar situações de</p><p>crescimento mútuo, estimulando-o a alcançar os resultados esperados.</p><p>Como avaliar o portfólio do aluno</p><p>ü Observar como estão organizados os trabalhos, as anotações e</p><p>registros.</p><p>ü Verificar se aluno está revendo seus trabalhos e está reformulando</p><p>quando necessário, se está ocorrendo momentos de reflexão sobre</p><p>as atividades desenvolvidas.</p><p>ü Como está ocorrendo à evolução do aluno durante o processo de</p><p>avaliação com o portfólio, esse tipo de avaliação é formativa por isso</p><p>faz – se necessário que o professor acompanhe continuamente os</p><p>trabalhos do aluno.</p><p>ü Devem-se estabelecer datas para que os o aluno organize e</p><p>entregue seu portfólio para que seja avaliado</p><p>Essa unidade didática visou criar possibilidades de criação da</p><p>prática avaliativa comprometida com a formação do cidadão capaz de pensar e</p><p>de tomar decisões. Todo o trabalho objetivou oferecer ao aluno a oportunidade</p><p>de escolher e construir seu conhecimento, sem tirar a credibilidade do trabalho</p><p>do professor, pois o portfólio é um aliado da aprendizagem, é um momento de</p><p>reflexão, pois aos alunos cabem as respostas e as escolhas do que irá compor</p><p>o seu portfólio. Através da reflexão, o aluno decide o que incluir como incluir e,</p><p>ao mesmo tempo, analisa seus resultados tendo a chance de refazê-las ou</p><p>modificá-los sempre que quiser ou for necessário. Isso aperfeiçoa o senso de</p><p>autoavaliação e fortalece a condição de na vida cotidiana absorver e resolver</p><p>situações com maior segurança e determinação.</p><p>Conclusão</p><p>Com a opção de se trabalhar “Portfólio”, em sala de aula, foi</p><p>necessário definir com os alunos o que é o Portfólio e a importância do mesmo</p><p>como um instrumento avaliativo. Após definição, a turma conheceu o portfólio</p><p>particular da professora, e recebeu a tarefa de pesquisar em diversas fontes</p><p>sobre o uso, a montagem e os recursos possíveis nesta forma de avaliação.</p><p>Depois do conhecimento prévio estabelecido, se iniciou à produção na própria</p><p>sala de aula, com a escolha do tema a ser avaliado: “Animais em risco de</p><p>extinção e as conseqüências do trafico de animais”.</p><p>Enquanto o trabalho de construção do portfólio foi coletivo, o</p><p>entusiasmo foi geral, mas a partir do início da produção individual as falas</p><p>foram mostrando certo estranhamento e dificuldade por parte de alguns dos</p><p>alunos na construção desse instrumento por considerá-lo trabalhoso, e por não</p><p>entenderem, em um primeiro momento, seus objetivos é que</p><p>tiveram</p><p>dificuldades.</p><p>Com os primeiros resultados alcançados por alguns alunos da</p><p>turma, e a oportunidade de uso do laboratório de informática da escola durante</p><p>as aulas de Ciências, com o monitoramento do professor e a troca de ideias e</p><p>sugestões entre os próprios alunos ajudaram a minimizar as dificuldades.</p><p>Portanto, mesmo diante da resistência inicial, a maioria dos alunos relatou ter</p><p>gostado dessa proposta de ensino e aprendizagem, sendo favoráveis a ele,</p><p>após compreenderem o trabalho desenvolvido.</p><p>De acordo com Villas Boas (2005) uma das razões para essa</p><p>insegurança inicial dos alunos, se deve ao fato do portfólio se constituir em um</p><p>processo mais trabalhoso, que implica construir, refletir, analisar, buscar novas</p><p>informações e ter autonomia. Justamente por estas razões é que a metodologia</p><p>do portfólio ativa o processo de ensino e aprendizagem além de evidenciar ao</p><p>longo caminho as mudanças decorridas no processo de aprendizagem do</p><p>aluno, por ser um instrumento reflexivo.</p><p>Ao término montagem do portfólio, bem como compartilhar com os</p><p>participantes o que pesquisou, o que encontrou, quais as vantagens e</p><p>desvantagens desse tipo de avaliação, quais foram os problemas encontrados</p><p>ao longo do trabalho. Como foi o apoio da instituição no uso de laboratório de</p><p>informática, biblioteca, dentro e fora do horário de aula, para a realização do</p><p>trabalho, a sua reflexão sobre seu próprio desempenho. A comparação positiva</p><p>dos resultados finais que embora tenham partido do mesmo tema se</p><p>posicionaram em focos diferentes e se enriqueceram nessas diferenças, foi o</p><p>grande êxito deste trabalho para os alunos e como professora.</p><p>Para que tal resultado ficasse evidente aos alunos, durante o</p><p>processo de montagem do portfolio, ocorria um espaço para que eles</p><p>colocassem em discussão. Nestes momentos eles discutiram o que já haviam</p><p>conseguido, quais os obstáculos tiveram. Tiveram possibilidades de mostrar</p><p>aos colegas seus avanços e assim, buscaram apoio e alternativas, no grupo,</p><p>que melhor viabilizem a sua execução e implementação. Desta maneira</p><p>buscou-se uma ação prazerosa para o grupo, e que estimulasse os mais</p><p>desanimados.</p><p>Dessa forma a opção pela avaliação formativa, partindo do</p><p>pressuposto que o trabalho educativo deve estar voltado para o</p><p>desenvolvimento integral do indivíduo, o portfolio possibilitou a substituição do</p><p>paradigma tradicional da avaliação (voltada apenas para aprovação ou</p><p>reprovação). Rompendo o paradigma que busca a avaliação mediadora,</p><p>emancipatória, dialógica, integradora e democrática.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALTHAUS,Maiza T. M. /Portfólio/.Disponível em:</p><p><htpp:/www.uepg.br/uepg_departamento/.../roteiro%20portfolio.pdf.> Acesso em: 10 de abril de</p><p>2011.</p><p>BOTH, Sérgio José. Avaliação educacional, construção do conhecimento. Mundo Jovem,</p><p>Porto Alegre, n. 355. p. 8 – 9, abr 2005..</p><p>CANEN, A. Avaliação da aprendizagem em sociedades multiculturais. Rio de Janeiro: Ed.</p><p>Papel & Virtual, www.papelvirtual.com.br; e-mail: editor@papelvirtual.com.br, 2001.</p><p>GANDIN, D. Algumas idéias sobre avaliação escolar, Revista de Educação AEC, ano 24, N.</p><p>97, p. 48-55, 1995.</p><p>GIOPPO, Christiane; SILVA, Ricardo Vieira da; BARRA, Vilma M.M. A avaliação em ciências</p><p>naturais no ensino fundamental. Curitiba: Ed. UFPR, 2006.</p><p>HAMZE, Amélia. /Os portfólios e os processos de ensinagem./Disponível</p><p>em:<htpp:/WWW.educador.brasilescola.com/trabalho.../portfólios.html>.Acesso em 15 de abril</p><p>de 2011.</p><p>LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez 2005.</p><p>_________, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez Editora, 1996</p><p>MELLO, Georgea Suppo Prado Veiga de. A utilização do portfólio na educação infantil: um</p><p>instrumento avaliativo. Disponível em: http://www.pr5.ufrj.br/</p><p>cd_ibero/biblioteca_pdf/educacao/87%20%20autilizacao_do_portfoliona_educacao_infantil.p df.</p><p>Acesso em: 20.04.09.</p><p>PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Ciências. Curitiba: Secretaria de</p><p>Estado da Educação, 2008.</p><p>PERNIGOTT,J.M.S. et al. O portfólio pode muito mais do que uma prova.Pátio – Revista</p><p>pedagógica,ano 3.n.12,fev/abr. 2000.</p><p>PIETROCOLA, Mauricio. Curiosidade e imaginação – os caminhos do conhecimento nas</p><p>ciências, nas artes e no ensino. In: CARVALHO, Ana Maria P. de. Ensino de Ciências:</p><p>unindo a pesquisa e prática. 1ª edição. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. p.119</p><p>– 133.</p><p>SOUSA, C P. (org.) Avaliação do rendimento escolar. São Paulo: Papirus, 1995</p><p>SHORRES, E; Grace, C., Manual de portfólio: um guia passo a passo para o professor. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2001.</p><p>VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas:</p><p>Papirus, 2004.</p><p>Anexo 1</p><p>MODELO DE FICHA:</p><p>COMENTÁRIOS DO ALUNO SOBRE AMOSTRA DE TRABALHO,</p><p>SUGERIDAS PELAS AUTORAS (SHORES E GRACE, 2001)</p><p>Comentários do aluno sobre Amostra de Trabalho</p><p>Aluno: ___________________________________ Data: ____/ ____/______</p><p>Trabalho: ______________________________________________________</p><p>Como fiz esse trabalho:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>O que gosto nele:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>O que gostaria de mudar nele:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Quero tentar fazê-lo de novo?</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Anexo 2</p><p>MODELO DE FICHA:</p><p>COMENTÁRIOS DO PROFESSOR SOBRE AMOSTRA DE TRABALHO</p><p>SUGERIDO PELAS AUTORAS (SHORES E GRACE, 2001)</p><p>Aluno: ______________________________________ Data: ____/.___/ ____</p><p>Trabalho:_______________________________________________________</p><p>( ) Iniciado pelo professor ( ) Iniciado pelo aluno</p><p>Habilidade/Conceito:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Referência:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>( ) Iniciante ( ) Em desenvolvimento</p><p>( ) Domínio ( ) Avançado</p><p>Observação:</p><p>Anexo 3</p><p>FORMULÁRIO:</p><p>DIÁRIO DE APRENDIZAGEM SUGERIDO PELAS AUTORAS (SHORES E</p><p>GRACE, 2001)</p><p>Tenho aprendido:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Quero aprender mais sobre:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Planejo fazer:</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________</p><p>Comentários do(a) professor(a):</p><p>Página em branco</p>

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