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<p>A empresa ABC Ltda. atua apenas no mercado interno, contudo viu na importação de produtos estrangeiros a possibilidade de aumentar o seu portifólio de produtos. Ela faz uma pesquisa e se registrou no RADAR e verificou o produto importado, o qual não necessita de LI. Contudo, a empresa nunca atuou no comércio exterior. Ela deseja realizar importação de acessórios para celular. Frente a esse contexto a empresa lhe consulta para saber quais os procedimentos que deverão ser realizados para nacionalizar um produto importado, bem como qual a melhor estratégia operacional, frente a sua baixa experiência no procedimento de importação. Ela precisa de informações detalhadas de todo o procedimento.</p><p>(Rômulo)</p><p>Toda empresa que deseja realizar operações de comércio exterior para a entrada e/ou saída de bens e serviços do seu território, estão sujeitas a uma série de normas estabelecidas por cada país. No Brasil, para a primeira etapa, se faz necessário de um controle administrativo prévio. Isto é, para que a empresa comece a realizar importação de mercadorias provenientes do exterior é imprescindível a habilitação do RADAR e verificar se a mercadoria necessita de LI.</p><p>Controle administrativo prévio:</p><p>- 1º passo: habilitação do RADAR: trata-se de uma exigência legal para que os operadores de comércio exterior possam realizar suas operações.</p><p>- 2º passo: Verificação de necessidade de LI: trata-se de um controle prévio sobre a mercadoria que será importada. Divide-se em: Mercadorias dispensadas de licenciamento, mercadorias sujeitas a LI automática e mercadorias sujeitas a LI não automática.</p><p>- Verificar a classificação correta de NCM da mercadoria, para não correr risco de parametrizar em outros canais além do verde.</p><p>No case apresentado, a empresa já está habilitada no RADAR e já verificou que para os produtos que serão importados não há a necessidade de LI.</p><p>(Suzane)</p><p>Estratégia de Importação</p><p>Existem 3 modalidades de importação. Sendo elas:</p><p>Importação direta: da qual todo o procedimento de aquisição da mercadoria e procedimento de importação é realizada pelo próprio importador.</p><p>Importação por conta e ordem de terceiros: nesta modalidade, o encomendante (empresa contratante) contrata os serviços de uma empresa importadora que irá realizar todo o procedimento de importação e nacionalização da carga. Destaca-se que todo o custo da operação é financiado com os recursos do encomendante.</p><p>Importação por encomenda: nesta modalidade, a empresa importadora contratada é quem arcará com os custos de operação e promoverá a venda da mercadoria nacionalizada ao encomendante.</p><p>Para o caso apresentado, recomenda-se que a melhor estratégia operacional a ser adotada é realizar a importação por conta e ordem de terceiros, pois devido a inexperiência da empresa, a parte burocrática de despacho e desembaraço aduaneiro serão de responsabilidade da empresa importadora que presta o serviço e possui a expertise, enquanto a empresa encomendante poderá focar suas energias em outras áreas internas da empresa e na distribuição da mercadoria.</p><p>(Victor)</p><p>Deste modo, além das normas gerais de importação pertencentes ao controle administrativo prévio, deve-se seguir o procedimento abaixo para o registro da importação por conta e ordem de terceiros:</p><p>Requisitos formais prévios</p><p>- Ambas as empresas devem estar registradas no RADAR;</p><p>- Contrato prévio entre as partes, obrigatoriamente deverá ser vinculado no SISCOMEX - Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex);</p><p>- A empresa (encomendante) deve estar vinculada no Pucomex à pessoa jurídica importadora que promoverá a importação.</p><p>(Yara)</p><p>Documentos de importação</p><p>Os documentos que instruem a declaração de Importação são:</p><p>- Conhecimento de transporte: Na função comercial, confere a posse e propriedade das mercadorias importadas. Já na função tributária indica a base de cálculos dos tributos aduaneiros</p><p>- Fatura comercial: é o documento que representa a relação comercial entre importador (compra) e o exportador (vende).</p><p>Despacho e desembaraço aduaneiro</p><p>- Ao registar a Declaração de Importação (DI), a empresa importadora deverá indicar, em campo próprio da declaração, o CNPJ do adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem;</p><p>- Após o registro da DI, ocorre a parametrização que é o indicativo de qual rigor a mercadoria será fiscalizada, sendo elas:</p><p>Canal verde - despacho expresso, ou seja, a mercadoria é desembaraçada sem fiscalização dos documentos ou da mercadoria.</p><p>Canal amarelo - indica que a mercadoria só será desembaraçada após a conferência dos documentos</p><p>Canal vermelho - indica que a mercadoria só será desembaraçada após a conferência dos documentos e da mercadoria.</p><p>Canal cinza – indica que a mercadoria só será desembaraçada após a conferência dos documentos, da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar indícios de fraude.</p><p>Após o desembaraço</p><p>- Após o desembaraço aduaneiro, o importador irá emitir uma nota fiscal de entrada em seu estabelecimento (informando o valor unitário e totais da mercadoria, valores que compõem o valor aduaneiro e a incidência de todos os tributos);</p><p>- Depois o importador deverá emitir uma NF de saída para o encomendante, com todos os custos da etapa anterior, acrescido do valor do serviço prestado. Nesta etapa há a incidência do IPI na saída da mercadoria;</p><p>- O importador deverá emitir uma nota fiscal de serviços que terá por destinatário o encomendante de mercadoria importada.</p>

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