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<p>Sistema Financeiro Internacional, Câmbio e Finanças</p><p>Unidade I</p><p>Prof. Edmir Kuazaqui</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Prof. Edmir Kuazaqui – Doutor e mestre em Administração. Pós-graduado em</p><p>marketing e bacharel em administração com habilitação em comércio exterior.</p><p>Coordenador e professor de MBA em administração geral, marketing internacional e</p><p>formação de traders, pedagogia empresarial, compras, marketing, startups: marketing</p><p>e negócios, comunicação e jornalismo digital e comércio exterior.</p><p>Consultor-presidente da academia de talentos, empresa especializada em marketing,</p><p>consultoria e treinamentos. Coordenador do grupo de excelência em relações</p><p>internacionais e comércio exterior do Conselho Regional de Administração (CRA/SP).</p><p>Autor de livros.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3</p><p>2 IMPORTÂNCIA DE SISTEMA DE TROCAS PARA A SOCIEDADE ................... 4</p><p>A importância do sistema de trocas ............................................................... 4</p><p>O conceito de moeda e papel-moeda ............................................................ 5</p><p>3 UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE A IMPORTÂNCIA DE FINANÇAS ............. 7</p><p>O que são finanças realmente? ..................................................................... 8</p><p>Funções do administrador financeiro ........................................................... 11</p><p>Análise e decisões financeiras ..................................................................... 13</p><p>4 ENTIDADES INTERVENIENTES NO BRASIL .................................................. 17</p><p>O Sistema Financeiro Nacional (SFN) ...................................................... 17</p><p>4.1.1 Instituições financeiras .......................................................................... 19</p><p>4.1.2 Balanço de pagamentos ........................................................................ 21</p><p>4.1.3 Balança comercial ................................................................................. 22</p><p>5 CONCLUSÕES .................................................................................................. 26</p><p>REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27</p><p>3</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Nações possuem a necessidade de se internacionalizarem e/ou sofrem</p><p>influências do ambiente externo. Um bom exemplo são instituições financeiras como</p><p>os bancos, que, locadas em determinados países, não têm caixa suficiente para</p><p>atender às diferentes demandas de sua carteira de clientes. Desta forma, precisam</p><p>recorrer ao chamado “mercado interbancário internacional”.</p><p>Por outro lado, as operações de comércio exterior, aqui representadas pelas</p><p>operações de exportação e importação, necessitam vender e receber valores em</p><p>moedas internacionais, bem como pagar seus deveres.</p><p>Com essas duas situações, percebe-se a importância de entender como</p><p>funciona o sistema financeiro doméstico e como este se relaciona com o sistema</p><p>financeiro internacional; suas características, particularidades e práticas, que devem</p><p>fazem parte do início, meio e final de qualquer operação de um negócio.</p><p>Quadro 1 – Estrutura dos livros-texto de Sistema Financeiro Internacional,</p><p>Câmbio e Finanças</p><p>Livro-texto 1</p><p>Livro-texto 2</p><p>Livro-texto 3</p><p> Evolução dos meios de</p><p>troca e da moeda.</p><p> Importância da área de</p><p>finanças para os negócios</p><p>internacionais.</p><p> Balanço de pagamentos e</p><p>entidades</p><p>governamentais.</p><p> Aprofundamento das</p><p>análises financeiras,</p><p>considerando o mercado</p><p>interno e externo.</p><p> Aprofundamento e</p><p>conclusões das análises</p><p>financeiras, considerando</p><p>o mercado interno e</p><p>externo.</p><p>4</p><p>2 IMPORTÂNCIA DE SISTEMA DE TROCAS PARA A SOCIEDADE</p><p>Este capítulo pretende introduzir brevemente a evolução do sistema de trocas,</p><p>da moeda e os conceitos financeiros e realizar uma discussão sobre a sua importância</p><p>na sociedade onde vivemos.</p><p>A importância do sistema de trocas</p><p>Desde a antiguidade o homem produziu bens, mas não na diversificação e</p><p>quantidade necessárias como nos dias atuais. Desta forma, percebeu a necessidade</p><p>inicial de atribuir determinado valor ao que se trocava não necessariamente pelos</p><p>esforços e recursos empregados.</p><p>A forma mais rudimentar de troca foi o escambo, que consiste na simples troca</p><p>de bens, representados pelo seu excesso, por outros bens. Esse sistema, embora</p><p>arcaico, funcionou durante muito tempo quando as pessoas conviviam em pequenos</p><p>grupos e as necessidades não eram tão complexas, limitando-se às mais básicas,</p><p>relacionadas principalmente à alimentação e posteriormente ao vestuário e à</p><p>segurança.</p><p>Figura 1 – Evolução dos sistemas de troca</p><p>Fonte: Megacurioso (2019). Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/historia-e-</p><p>geografia/101548-do-escambo-a-criacao-do-dinheiro-confira-a-evolucao-do-sistema-bancario.htm.</p><p>Acesso em: 3 nov. 2019.</p><p>Com o crescimento populacional, o aumento da demanda e da necessidade de</p><p>melhoria de qualidade de vida e a diversificação de bens, houve a necessidade de</p><p>estipular valores mais condizentes com o que era trocado. E seria necessário um</p><p>indexador; neste caso, a moeda.</p><p>Outro fator relevante foram as trocas entre as diferentes regiões, em um</p><p>primeiro momento com distâncias compatíveis com os meios de transporte mais</p><p>rudimentares.</p><p>Desta forma, o comércio foi se expandindo, indicando a necessidade da melhor</p><p>determinação de preços, levando em consideração, ainda de forma bastante</p><p>embrionária, a recuperação dos recursos (principalmente os primários, como as terras</p><p>e a alimentação dos animais, por exemplo) e uma margem provável de compensação</p><p>(ou lucro) pelos recursos e esforços empregados. Também temos a questão de que a</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>5</p><p>produção era escassa, havendo a necessidade de tentar vender para que se</p><p>disponibilizassem mais recursos (uma questão lógica de demanda e oferta).</p><p>Com o aumento das operações e o crescimento vertiginoso das regiões, houve</p><p>a necessidade gradual da criação de formas de pagamento, leis que mantivessem</p><p>direitos e deveres entre as partes e um sistema mais padronizado que evitasse erros</p><p>e fraudes.</p><p>Existem vários trechos da história que demonstram a dificuldade de se</p><p>estabelecer um valor ao que era produzido ou mesmo aos serviços prestados. Na</p><p>antiguidade, Roma remunerava seus exércitos com sal pela escassez e necessidade</p><p>de utilização deste elemento na própria alimentação; o gado era utilizado como meio</p><p>de troca na Grécia antiga. Em síntese, um bem – sal e/ou gado – era a</p><p>representatividade de outros bens, o que dificultava todo o processo de troca,</p><p>existindo a necessidade de um indexador diferente e mais eficaz.</p><p>O conceito de moeda e papel-moeda</p><p>Embora o escambo ainda seja uma prática de algumas culturas e situações, o</p><p>aumento das operações de comércio levou as pessoas a perceber a necessidade de</p><p>um padrão que servisse como parâmetro para a troca.</p><p>Daí temos a criação do conceito de dinheiro para facilitar o processo de troca</p><p>de produtos e serviços, além da quitação de haveres (dívidas e salários, por exemplo),</p><p>sendo a moeda um importante elemento de indexação para indicar o valor relativo de</p><p>algo que será objeto de troca ou indicar a riqueza de alguém.</p><p>Trata-se de um valor relativo, pois é um simples indicador, variando de acordo</p><p>com o tipo de bem, necessidade, fartura e escassez (disponibilidade), aspectos</p><p>psicológicos, responsabilidades, enfim, decorrentes de outros bens e serviços. Esse</p><p>valor relativo compõe-se de uma medida, em que cada bem representa diferentes</p><p>quantidades.</p><p>Metais em seu estado natural foram utilizados como meio de troca até que</p><p>começaram a ter formatos e desenhos diferentes, como objetos (anéis, por exemplos),</p><p>derivando depois para uma cunhagem no formato similar</p><p>que conhecemos até os dias</p><p>de hoje – a própria moeda.</p><p>Pode-se afirmar categoricamente que as moedas possuíam um valor</p><p>intrínseco, pois representavam metais considerados nobres, como ouro e prata;</p><p>valendo literalmente o que pesavam. Como curiosidade, no século passado, as</p><p>pessoas raspavam as bordas das moedas com um lixador para obter o pó precioso</p><p>do metal e, depois de um longo período, tinham um volume considerável do metal</p><p>nobre. Daí a razão de as moedas terem bordas com arranhaduras, identificando</p><p>aquelas que foram alteradas.</p><p>Pouco a pouco a cunhagem conduziu a padronizações em tamanho e formato,</p><p>como a utilização de metais menos nobres em razão do crescimento da circulação de</p><p>dinheiro na sociedade, bem como à situação de comprar um bem com uma moeda</p><p>que valia o quanto pesava.</p><p>Como regra, se o metal é valioso, as pessoas têm tendência de guardá-lo como</p><p>uma espécie de poupança, havendo então sempre a necessidade da emissão de mais</p><p>moeda. Neste caso, existe um desvirtuamento do objetivo da moeda, que é ser uma</p><p>forma de troca, e não um objeto a ser poupado.</p><p>Com a utilização de metais não tão valiosos, como o níquel, houve a</p><p>necessidade de indexação com outro tipo de lastro, ou seja, as moedas eram</p><p>cunhadas de acordo com a reserva de bens econômicos como o ouro, por exemplo.</p><p>6</p><p>Aqui usa-se a denominação “lastro”, pois é notório, em caso de falta de dinheiro no</p><p>mercado, era só imprimir papel-moeda e/ou cunhar mais moedas.</p><p>Como curiosidade, conforme a Superinteressante (2017), a primeira moeda</p><p>cunhada na história foi uma moeda de eltrite, na Líbia (hoje Turquia). A imagem era</p><p>um leão coroado com o raio de Sol (6010 a.C.).</p><p>O lastro então se torna uma âncora para frear a quantidade de dinheiro no</p><p>mercado e realmente preservar o valor relativo entre de bens e serviços. Esse lastro</p><p>pode ser em metal como o ouro, o petróleo ou mesmo uma análise e ação mais diretas</p><p>dos organismos nacionais, como o Banco Central do Brasil, por exemplo. Serve</p><p>também para que o BC consiga controlar a quantidade de moedas em circulação, bem</p><p>como preservar o seu valor de compra.</p><p>Considerando as nações, cada uma delas tem moedas diferentes, com</p><p>diferentes lastros que compreendem os já citados, envolvendo aspectos econômicos</p><p>e políticos (o chamado risco-país).</p><p>7</p><p>3 UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE A IMPORTÂNCIA DE FINANÇAS</p><p>Muitas empresas se preocupam em desenvolver planos de negócios</p><p>consistentes, em que era avaliada inicialmente sua viabilidade mercadológica e</p><p>operacional, mas nem sempre com a análise e avaliação financeira mais completas;</p><p>desta forma, no decorrer da existência da operação, por vezes a empresa necessita</p><p>cobrir eventuais faltas de caixa com empréstimos e descontos de notas promissórias</p><p>desnecessários.</p><p>Neste caso, a empresa pode ir se descapitalizando ao longo de sua vida útil e</p><p>ter menor resultado em suas operações. Ou pior: isso pode se tornar uma “doença</p><p>crônica”, em que a empresa vai perdendo fôlego no decorrer de sua existência. Com</p><p>o tempo, a empresa vai perdendo competitividade e, por vezes, não identifica as</p><p>razões.</p><p>Tomemos a seguinte situação:</p><p>Você foi demitido de uma empresa e, com os direitos recebidos, pretende</p><p>realizar seu grande sonho de ser o dono de seu próprio negócio, ou seja, pretende</p><p>abrir uma empresa.</p><p>Solicita para um contador abrir a sua empresa, pois realizou uma pesquisa</p><p>exploratória e acredita ter identificado uma excelente oportunidade de negócios. Neste</p><p>caso, você vai desembolsar, além das custas do profissional, os valores referentes</p><p>aos emolumentos, taxas e entidades para a abertura da empresa.</p><p>A entrada inicial não foi planejada, tratando-se de recursos próprios do</p><p>indivíduo; depois, as saídas comentadas se referem à empresa e, estando</p><p>desempregado, também existem as despesas particulares.</p><p>Um grande problema é a mistura (confusão) da contabilidade pessoal com a</p><p>profissional. Derivada dessa situação, por vezes, pessoas deixam de investir em</p><p>negócios que podem trazer boa rentabilidade em virtude de necessidades pessoais</p><p>de curto prazo. Daí a necessidade de postura altamente profissional para investir de</p><p>forma empreendedora e empresarial em um negócio.</p><p>Ao mesmo tempo, é preciso montar a sua empresa, seus mobiliários,</p><p>computadores, softwares e respectivos programas para iniciar as atividades semanas</p><p>depois, após a abertura oficial da empresa.</p><p>Depois, vai depender o sucesso do negócio, de sua expertise e competências</p><p>para gerar negócios e volumes suficientes (que garantam um fluxo de caixa</p><p>consistente) para cobrir os custos fixos, variáveis, tributos e respectiva margem. É</p><p>preciso notar que a saída de caixa será frequente, mesmo não havendo a perspectiva</p><p>de entrada de receita.</p><p>Figura 2 – Fluxo de caixa</p><p>8</p><p>Em síntese, o fluxo de caixa tem as seguintes prioridades a serem</p><p>contempladas:</p><p>a) colaboradores internos envolvendo os salários e respectivas remunerações,</p><p>além dos custos indiretos da manutenção de público interno, caso contrário as</p><p>atividades da empresa podem sofrer danos consideráveis;</p><p>b) fornecedores de matéria-prima e serviços, envolvendo seus pagamentos,</p><p>caso contrário, as operações da empresa podem parar pela falta dos insumos</p><p>necessários de produção;</p><p>c) tributos, pois a inadimplência pode ocasionar privações legais e interferir na</p><p>imagem da empresa.</p><p>Quem sempre foi empregado e com um salário no final do mês, talvez nunca</p><p>tenha se preocupado em ter em suas mãos a responsabilidade de abrir um negócio,</p><p>de ser gestor e, mais uma vez, responsável pelas consequências e impactos de suas</p><p>decisões e ações.</p><p>O conhecimento financeiro e respectivas aplicações é onde se concentram os</p><p>principais erros de empresas novas.</p><p>O que são finanças realmente?</p><p>“Finanças” não se resume somente a administrar o fluxo de caixa de uma</p><p>empresa, mas realizar decisões e providenciar ações que possibilitem que a empresa</p><p>tenha resultados positivos e alavancagens financeiras, melhorando o respectivo</p><p>resultado no mercado interno inicialmente.</p><p>Finanças, em processos de internacionalização, deve conciliar seu fluxo de</p><p>caixa para suprir as necessidades da empresa no mercado interno, bem como ser o</p><p>suporte para operações que alavanquem outras operações.</p><p>Além disso, de forma complementar, deve prover a empresa com os recursos</p><p>e investimentos necessários para introduzir e desenvolver o negócio em mercados</p><p>internacionais, com o especial cuidado de que os retornos de processos de</p><p>internacionalização são de longo prazo.</p><p>Continuando no exemplo da abertura empreendedora da empresa, além dos</p><p>registros sistemáticos das entradas e saídas financeiras e da óbvia administração do</p><p>fluxo de caixa, a empresa, por meio de seus profissionais, deve “fazer as coisas</p><p>acontecerem”: os colaboradores não podem ser simples atores no sentido de se</p><p>ajustar às mudanças e transformações do ambiente onde a empresa está inserida e</p><p>dela mesma.</p><p>Neste aspecto, Geus (1999) discute a importância do conservadorismo em</p><p>finanças. Se um dos principais indicadores de sucesso de uma empresa é o volume</p><p>de dinheiro, seria sensato afirmar que uma empresa deva utilizá-lo de forma que</p><p>obtenha o melhor resultado no menor prazo de tempo e com a melhor rentabilidade</p><p>para os investidores sem correr riscos desnecessários.</p><p>Pensando desta forma, talvez a empresa possa ter uma vida tranquila,</p><p>considerando que não tem concorrentes, que o mercado é estável e que os</p><p>consumidores serão fiéis. Mas a realidade não é desta forma.</p><p>Então, finanças deve trabalhar dentro de padrões que garantam que a empresa</p><p>desenvolva seus negócios e as melhorias necessários para a sua sobrevivência,</p><p>manutenção, crescimento e desenvolvimento no mercado interno e internacional.</p><p>9</p><p>Se empresa é nova, o “plano de negócios novos” é fundamental para analisar</p><p>a avaliar os passos a serem seguidos, bem como as consequências e impactos da</p><p>nova proposta. Seguem observações:</p><p>Figura 3 – Viabilidades</p><p>de um plano de negócios novos</p><p>Resumo do plano de negócios:</p><p> Viabilidade mercadológica</p><p>Envolve a análise e avaliação do potencial de mercado, características do</p><p>mercado onde a empresa pretende atuar, análise de futuros consumidores e outros</p><p>relacionados à receita que o negócio trará.</p><p>Considerando o fluxo de caixa, a análise de viabilidade mercadológica envolve</p><p>uma série de investimentos em:</p><p> Pesquisa de mercado.</p><p> Teste de produto, inclusive a construção de protótipo.</p><p> Teste de mercado.</p><p> Despesas de marketing relacionadas à distribuição e promoção.</p><p> Remuneração dos envolvidos.</p><p> Treinamento dos envolvidos (geralmente táticos e estratégicos).</p><p> Monitoramento e acompanhamento de mercado.</p><p> Peças de marketing.</p><p> Outros.</p><p>Viabilidade mercadológica</p><p>(receita)</p><p>Viabilidade operacional</p><p>(custos)</p><p>Viabilidade financeira</p><p>(resultado)</p><p>Fracasso do</p><p>negócio</p><p>(prejuízo)</p><p>10</p><p> Viabilidade operacional</p><p>Envolve a identificação das atividades a serem desenvolvidas pela empresa</p><p>para a concretizar suas operações, dívidas em processo, bem como da sua</p><p>organicidade (colaboradores internos, com o organograma, responsabilidades e</p><p>funções). Representa os custos que o negócio trará.</p><p>Considerando o fluxo de caixa, a análise de viabilidade operacional envolve</p><p>uma série de custos:</p><p> instalações como o local onde serão produzidos os produtos;</p><p> aquisição de máquinas e equipamentos;</p><p> manutenção;</p><p> salários dos envolvidos;</p><p> treinamento dos envolvidos (geralmente operacionais);</p><p> aquisição de matéria-prima;</p><p> outros.</p><p> Viabilidade financeira</p><p>Envolve a captação de recursos – próprios e de terceiros – para a abertura do</p><p>novo negócio, inclusive o capital necessário para a manutenção da empresa por</p><p>período (capital de giro, cobrindo as necessidades empresariais no período de 30</p><p>dias).</p><p> Capital próprio, que consiste no montante que os sócios disponibilizam para a</p><p>abertura do negócio e sua manutenção. Desconsiderando as questões</p><p>empreendedoras, deve-se analisar se vale mais investir o montante no</p><p>mercado financeiro ou investir na empresa. O que trará mais retornos</p><p>financeiros e/ou satisfação?</p><p> Capital de terceiros, que consiste no montante que a empresa obtém nas</p><p>instituições financeiras a custo de mercado. Neste caso, vale analisar o custo</p><p>do dinheiro, os encargos a serem pagos, bem como a necessidade real da</p><p>empresa.</p><p>Não estão contempladas nestas viabilidades as diferentes estratégias</p><p>financeiras necessárias para manter e evoluir de forma que a empresa tenha a saúde</p><p>necessária, até em razão de realizar a análise da viabilidade aparente do projeto, que</p><p>é o objetivo de um plano de negócios bem estruturado.</p><p>Além dessas viabilidades, outras podem ser o foco de análises da empresa. A</p><p>viabilidade econômica vai tratar dos ativos imobilizados necessários para a abertura</p><p>e desenvolvimento de um negócio, como por exemplo as instalações físicas como</p><p>prédios, maquinário pesado, entre outros. A viabilidade de sustentabilidade vai se</p><p>preocupar com as ações que a empresa pode desenvolver para preservar o meio</p><p>ambiente, bem como a viabilidade social no sentido de garantir os direitos sociais dos</p><p>envolvidos frente à abertura do novo negócio.</p><p>A saída ou mesmo a entrada de capital não é uma decisão única da empresa,</p><p>depende de vários outros fatores, como a obrigatoriedade de utilizar a rede bancária</p><p>11</p><p>nacional e as autorizações do Banco Central do Brasil (BCB), conforme será analisado</p><p>no capítulo 3.</p><p>Pensar financeiramente, então, não significa administrar o dinheiro que a</p><p>empresa tem à sua disposição, mas realizar operações que visem incrementar a</p><p>empresa e seus negócios.</p><p>Tomemos a afirmação com este exemplo:</p><p>Lucro por ação:</p><p>Investimento (em R$) 1º ano 2º ano 3º ano Total dos 3 anos</p><p>___________________________________________________________________</p><p>Empresa 1 1,50 0,90 0,50 2,90</p><p>Empresa 2 0,70 0,80 1,60 3,10</p><p>Pergunta:</p><p>Considerando a maximização de lucro, qual será a melhor alternativa para a</p><p>empresa?</p><p>Resposta:</p><p>À primeira vista, a aplicação em ações da empresa 2 parece a melhor opção</p><p>de investimentos, considerando o valor total no período final de três anos. Neste caso,</p><p>se a empresa não necessitar do montante investido, pode ser uma boa opção,</p><p>Entretanto, a aplicação em ações da empresa 1 apresenta um melhor valor no</p><p>primeiro ano, ou seja, existe uma antecipação no fluxo de caixa da empresa. Então,</p><p>desconsiderando questões como:</p><p> Risco das operações de cada empresa;</p><p> Necessidade de fluxo de caixa da empresa;</p><p> Opções de investimentos e reinvestimentos.</p><p>A melhor opção, considerando a maximização do lucro, é a aplicação em ações</p><p>da empresa 2.</p><p>Funções do administrador financeiro</p><p>O profissional da área de finanças não necessita ter a formação acadêmica</p><p>focada exatamente na área, embora seja recomendável, mas deve ter os</p><p>conhecimentos e competências necessárias relacionadas ao ótimo desempenho de</p><p>suas funções: cursos de graduação em administração, por exemplo, fornecem</p><p>conteúdos diversos e adequados para que o profissional de finanças possa executar</p><p>suas atividades com propriedade.</p><p> Conhecimentos</p><p> Matemática financeira.</p><p> Estatística aplicada.</p><p> Operações e processos.</p><p> Planejamento estratégico.</p><p> Administração.</p><p> Gestão estratégica.</p><p>12</p><p> Tecnologia da Informação (TI).</p><p> Outros, dependendo da área de atuação da empresa.</p><p> Competências</p><p> Raciocínio lógico.</p><p> Liderança.</p><p> Capacidade analítica.</p><p> Visão de conjunto.</p><p> Pró-atividade.</p><p> Trabalho em equipe.</p><p> Relações interpessoais.</p><p> Empreendedorismo</p><p> Criatividade.</p><p> Inovação.</p><p> Principais funções</p><p> Administrar o fluxo de caixa.</p><p> Resolver os problemas.</p><p> Trazer soluções.</p><p> Antecipar-se às mudanças e transformações ambientais.</p><p> Elaborar relatórios e análises.</p><p> Desenvolver estratégias.</p><p> Ajudar as outras áreas a desenvolver suas metas e objetivos.</p><p> Planejamento financeiro</p><p>O planejamento financeiro não deve ser uma área isolada, mas devidamente</p><p>integrada na organização, inclusive devidamente alinhada com as metas e objetivos</p><p>de todas as outras áreas, ou seja: deve ser parte fundamental no planejamento</p><p>estratégico da empresa.</p><p>O maior desafio é que não haja a administração burocrática das operações</p><p>financeiras, não seja simplesmente um departamento reativo ao mercado e/ou</p><p>decorrentes de outras áreas, mas de práticas que consigam os melhores resultados</p><p>para o negócio da empresa.</p><p> Análise financeira</p><p>A análise financeira requer a coleta, interpretação, análise e principalmente</p><p>ações assertivas que se transformem e sejam incorporadas como práticas da empresa</p><p>para o mercado. A interpretação e análise de dados e informações é fundamental para</p><p>que a empresa possa desenvolver da melhor maneira possível estratégias particulares</p><p>que farão a diferença nos negócios.</p><p> Decisões de financiamento</p><p>As decisões de financiamentos envolvem a responsabilidade da empresa em</p><p>obter capital de terceiros (dinheiro) aos menores custos e prazos e que realmente</p><p>sejam aplicados em áreas e/ou ações que gerem um retorno considerável para a</p><p>13</p><p>empresa. Por vezes, algumas “pontes” (empréstimos de curtíssimo prazo) são obtidas</p><p>pelas empresas para sanar, por exemplo, falta de caixa para pagar salários.</p><p>Neste caso, deve-se realizar uma gestão equilibrada para evitar que juros e</p><p>correções de empréstimos, mesmo que sejam pequenos montantes e levem a</p><p>empresa a desembolsar valores não planejados.</p><p>Para evitar tais situações, ou seja, para ter um fluxo de caixa equilibrado, deve-</p><p>se, por exemplo:</p><p>a. Realizar, a partir do planejamento estratégico da empresa, a gestão</p><p>correta de recursos.</p><p>b. Caso não seja possível atender ao item a), deve-se tentar ajustar, até por</p><p>meio de negociação, o pagamento em datas posteriores sem multas e</p><p>outros ajustes.</p><p>c. Caso não seja possível atender aos</p><p>dois itens anteriores, deve-se</p><p>procurar empréstimos que gerem o menor passivo para a empresa.</p><p>d. Finalmente, deve-se aprender com o erro, de forma que este não mais</p><p>ocorra.</p><p> Decisões de investimento</p><p>Investimentos são sempre positivos, desde que traga os retornos esperados.</p><p>Em síntese, podem ser investimentos no próprio negócio, mas podem ser também em</p><p>operações financeiras, caracterizando então os seus proventos como ganhos não</p><p>operacionais.</p><p>Análise e decisões financeiras</p><p>As empresas devem realizar suas análises, práticas e decisões a partir de</p><p>diversos instrumentos e ferramentas e uma delas é a consolidação de dados a partir</p><p>da área contábil, que é um complemento importante a partir da análise de fluxo de</p><p>caixa.</p><p>Quadro 2 – Atividades financeiras</p><p>Balanço patrimonial</p><p>Ativo circulante</p><p>Ativo não circulante</p><p>Passivo circulante</p><p>Ativo imobilizado</p><p>Dívidas de longo prazo e</p><p>patrimônio líquido</p><p>Fonte: adaptado a partir de Gitman (2010, p. 11).</p><p>A análise financeira não depende diretamente da contabilidade para prover as</p><p>suas ações; entretanto, a qualidade dos dados contabilizados pode ajudar o</p><p>profissional de finanças no desenvolvimento de suas estratégias.</p><p>14</p><p>A tomada de decisões de investimentos está diretamente relacionada ao ativo</p><p>circulante e ao ativo imobilizado. O conceito de investimento está diretamente</p><p>relacionado aos valores que irão ser empregados no desenvolvimento da empresa e</p><p>cuja origem está relacionada ao capital disponível.</p><p>Figura 4 – Ativos de uma empresa</p><p>Fonte: NEXTO. A importância do inventário de ativos no balanço patrimonial de uma</p><p>empresa. Disponível em: https://nexxto.com/a-importancia-do-inventario-de-ativos-no-balanco-</p><p>patrimonial-de-uma-empresa/. Acesso em: 6 nov. 2019.</p><p> Ativo circulante</p><p>Trata-se de um grupo contábil de contas que registram as disponibilidades</p><p>financeiras da empresa de curto prazo, considerando o período de 12 meses</p><p>(conhecido como exercício social) seguintes ao do balanço patrimonial.</p><p>Principais contas:</p><p> Caixa.</p><p> Conta-movimento em bancos.</p><p> Aplicações financeiras.</p><p> Títulos a receber, como duplicatas.</p><p> Estoques.</p><p> Outros créditos, como adiantamento de fornecedores.</p><p> Outros.</p><p>A empresa deve manter os recursos necessários para atender as suas</p><p>necessidades, conforme comentado, geralmente de trinta dias, período este relativo</p><p>ao capital de giro necessário para que a empresa mantenha as suas operações.</p><p>Caso a aplicação de recursos disponíveis ultrapasse o período do exercício</p><p>social, como o caso hipotético de Certificados de Depósito Bancário (CDB) e</p><p>debêntures, por exemplo, estes deverão ser contabilizados como ativos não</p><p>circulantes.</p><p> Ativo Imobilizado</p><p>Trata-se de um conjunto de ativos (bens tangíveis), geralmente econômicos,</p><p>necessários para a realização das atividades dos negócios da empresa.</p><p>Principais contas:</p><p>15</p><p> Imóveis, como edifícios.</p><p> Máquinas.</p><p> Automóveis.</p><p> Benfeitorias em bens arrendados ou alugados.</p><p> Construções em desenvolvimento.</p><p> Adiantamentos de compras.</p><p> Importações em desenvolvimento.</p><p> Outras.</p><p>O ativo imobilizado tem a expectativa de uso dentro do período do exercício</p><p>social. A contabilização dos ativos está relacionada ao montante do ativo líquido da</p><p>depreciação acumulada e das possíveis previsões de perdas.</p><p>A tomada de decisões de financiamento está diretamente relacionada ao</p><p>passivo circulante e dívidas de longo prazo e ao patrimônio líquido. A saudabilidade</p><p>de uma empresa está diretamente relacionada à sua capacidade de liquidar com</p><p>facilidade as suas obrigações.</p><p>Figura 5 – Passivos de uma empresa</p><p>Fonte: Contabilidade Sem Segredos. Passivo: obrigações e origens. Disponível em:</p><p>http://contabeissemsegredos.com/passivo-obrigacoes-e-origens/. Acesso em: 6 out. 2019.</p><p> Passivo circulante</p><p>Neste grupo contábil de contas são escriturados os haveres (obrigações),</p><p>incluídos os empréstimos e financiamentos que têm por objetivo a aquisição de itens</p><p>do ativo não circulante quando excederem os prazos do exercício social.</p><p>Principais contas:</p><p> Obrigações, como salários decorrentes da manutenção dos funcionários.</p><p> Férias a pagar.</p><p> Abonos pecuniários.</p><p> Participações nos resultados.</p><p> Outras obrigações trabalhistas.</p><p> Provisões de férias e de 13º salário.</p><p> Encargos sobre os itens anteriores.</p><p> Refinanciamento de dívidas fiscais e previdências.</p><p> Multas e juros.</p><p> Pagamentos a fornecedores.</p><p>about:blank</p><p>16</p><p> Obrigações decorrentes de instituições financeiras, geralmente bancos.</p><p> Créditos quando estipulados para o exercício social seguinte, como</p><p>liquidação de obrigações com sócios, acionistas, entre outros.</p><p> Outros.</p><p> Dívidas de longo prazo e patrimônio líquido</p><p>Trata-se do grupo de contas que representam as obrigações da empresa após</p><p>o término do exercício social seguinte. São consideradas dívidas de longo prazo,</p><p>geralmente alicerçadas por operações que devem contribuir para o negócio em igual</p><p>período.</p><p>Principais contas:</p><p> Financiamentos e empréstimos de longo prazo.</p><p> Retenções contratuais.</p><p> Encargos financeiros.</p><p> Resultados de exercícios futuros.</p><p> Outros.</p><p>O patrimônio líquido representa o montante que os proprietários aplicaram no</p><p>negócio, considerado como capital próprio ou capital subscrito (assinado e</p><p>comprometido) e como parcela a integralizar.</p><p>A melhor situação é que a empresa não tenha nenhum tipo de dívida. Um ponto</p><p>fundamental para garantir a saudabilidade financeira empresarial é, se a empresa tiver</p><p>muitas dívidas de curto prazo, eliminá-las, reduzi-las e/ou transformá-las em dívidas</p><p>de longo prazo, considerando, é lógico, o custo do dinheiro no decorrer do tempo.</p><p>Também é preciso considerar se a empresa tem capital para cobrir suas obrigações.</p><p>Outro ponto é a constituição das contas. Todas as contas devem ter uma razão</p><p>para a obtenção dos valores que implicam em consequências e impactos para os</p><p>negócios da empresa.</p><p>Considere uma grande empresa que obtém um empréstimo de longo prazo em</p><p>moeda estrangeira, com pagamentos de juros, correção monetária e variação cambial</p><p>em moeda estrangeira, pagos semestralmente vencidos, neste caso em dólar norte-</p><p>americano.</p><p>O valor é contabilizado em reais na ocasião do crédito do principal pelo banco</p><p>emprestador, porém, uma das variáveis de correção da dívida será em moeda</p><p>estrangeira. Desta forma, se ocorrer uma desvalorização acentuada da moeda</p><p>estrangeira, a empresa deverá mais, sem a devida contrapartida em moeda nacional</p><p>– real.</p><p>Empresas que possuem uma grande quantidade de colaboradores internos</p><p>com muito tempo de registro em carteira na mesma empresa podem significar</p><p>possíveis encargos trabalhistas em volumes consideráveis, desta forma, se a empresa</p><p>entender ser um risco futuro, deve gerenciar a situação.</p><p>Este capítulo procurou enaltecer a importância de se pensar financeiramente,</p><p>de forma a trazer solidez à empresa no mercado.</p><p>17</p><p>4 ENTIDADES INTERVENIENTES NO BRASIL</p><p>Para operar no sistema financeiro internacional, é de suma importância</p><p>conhecer, em um primeiro momento, aquelas entidades que fazem parte do mercado</p><p>e sistema nacional financeiro.</p><p>O Sistema Financeiro Nacional (SFN)</p><p>Um país necessita de instituições que normatizem e promovam a distribuição</p><p>de capital e das realizações dos fluxos financeiros.</p><p>Cada país tem autonomia constitucional sobre essas instituições que,</p><p>agrupadas, formam o sistema financeiro nacional. A sua importância reside em:</p><p> Controlar o fluxo de capitais nacionais.</p><p> Controlar o fluxo de capitais estrangeiros.</p><p> Controlar a entrada e saída de capitais.</p><p> Normatizar operações.</p><p> Dirimir situações adversas.</p><p> Outras.</p><p>18</p><p>Quadro 3 – Componentes do Sistema Financeiro Nacional (SFN)</p><p>Moeda, crédito, capitais e câmbio</p><p>Seguros</p><p>privados</p><p>Previdência</p><p>privada</p><p>CMN</p><p>Conselho Monetário Nacional</p><p>CNSP</p><p>Conselho Nacional</p><p>de Seguros</p><p>Privados</p><p>CNPC</p><p>Conselho Nacional</p><p>de Previdência</p><p>Complementar</p><p>BC</p><p>Banco Central do</p><p>Brasil</p><p>CVM</p><p>Conselho</p><p>de Valores</p><p>Mobiliários</p><p>Susep</p><p>Superintendência</p><p>de Seguros</p><p>Privados</p><p>Previc</p><p>Superintendência</p><p>Nacional de</p><p>Previdência</p><p>Complementar</p><p>Bancos e</p><p>caixas</p><p>econômicas</p><p>Administradoras</p><p>de consórcios</p><p>Bolsa de</p><p>valores</p><p>Seguradoras e</p><p>resseguradores</p><p>Entidades</p><p>fechadas de</p><p>previdência</p><p>complementar</p><p>(fundos de</p><p>pensão)</p><p>Cooperativas</p><p>de crédito</p><p>Corretoras e</p><p>distribuidoras</p><p>Bolsa de</p><p>mercadoria</p><p>s e de</p><p>futuros</p><p>Entidades abertas</p><p>de previdência</p><p>Instituições</p><p>de</p><p>pagamento</p><p>Demais</p><p>instituições não</p><p>financeiras</p><p>Sociedades de</p><p>capitalização</p><p>Fonte: adaptado do Banco Central do Brasil. Sistema Financeiro Nacional (SFN). Disponível</p><p>em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn. Acesso em: 30 set. 2019.</p><p>Conforme o Banco Central do Brasil (2019), o Sistema Financeiro Nacional</p><p>(SFN) é um conjunto de instituições financeiras (como bancos, por exemplo) e</p><p>entidades que promovem a intermediação financeira entre aqueles que necessitam</p><p>de valores monetários. Em outras palavras, trata-se de credores e tomadores de</p><p>recursos que agem dentro de leis, normas e procedimentos que visam garantir a</p><p>credibilidade e segurança do sistema.</p><p>É neste sistema que circulam os ativos de empresas, pessoas, agentes</p><p>normativos, supervisores, operadores e o governo; eles realizam operações e as</p><p>registram perante os órgãos competentes. Apresentaremos os principais a seguir.</p><p>about:blank</p><p>19</p><p>4.1.1 Instituições financeiras</p><p>Com a carta autorização emitida pelo Banco Central do Brasil (BCB), as</p><p>instituições financeiras no Brasil são devidamente representadas pelos bancos</p><p>privados e públicos. Segundo o BTG Pactual Digital (2019), desdobram-se em bancos</p><p>de investimentos, bancos múltiplos, Caixa Econômica Federal (CEF), financeiras,</p><p>corretoras de valores, distribuidoras de valores mobiliários; cada um deles com</p><p>objetivos e funções diferenciados de acordo com as normas, estabelecendo direitos,</p><p>deveres e responsabilidades.</p><p>Entidades supervisoras, conforme o Portal da Educação (2019), são aquelas</p><p>responsáveis pelo desenvolvimento de atividade complementar como a supervisão</p><p>das instituições que integram o sistema como o Banco Central do Brasil (BACEN), a</p><p>Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados</p><p>(SUSEP) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).</p><p>Operadores são instituições que oferecem os serviços financeiros ocupando o</p><p>papel dos intermediários.</p><p> O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão normativo responsável pela</p><p>formulação da política macroeconômica do governo federal. É ela que define a</p><p>meta para a inflação de um período, as diretrizes que conduzem as práticas de</p><p>câmbio e a normatização para a abertura e funcionamento das instituições</p><p>financeiras, entre outras responsabilidades. É de responsabilidade do Banco</p><p>Central do Brasil garantir que suas normas sejam devidamente cumpridas.</p><p> Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão que fixa as normas</p><p>e diretrizes da política de seguros exclusivamente privados.</p><p> Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão regulador</p><p>do regime de previdência complementar.</p><p> Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Trata-se de</p><p>um órgão colegiado do Ministério da Fazenda que julga, em estância</p><p>administrativa, ações e recursos contra as sanções do Banco Central (BC) e</p><p>da Comissão de Valores Mobiliários. Também atua diretamente nos processos</p><p>que envolvem lavagem de dinheiro, entre outras responsabilidades.</p><p>Para um melhor entendimento, deve-se conhecer a estrutura administrativa</p><p>(simplificada) formada pelo Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e</p><p>Serviços. De forma hierárquica, o Presidente da República está no topo do</p><p>organograma para efeito institucional, mas constitucionalmente falando, cada Ministro</p><p>tem autoridade para deliberar livremente as ações que julgar necessárias.</p><p>20</p><p>Figura 6 – Estrutura administrativa</p><p> Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços</p><p>Conforme informações do próprio Ministério, Ministério da Fazenda,</p><p>ENCOMEX e Vitrine do Exportador (2019) é composto, dentro da ótica de comércio</p><p>exterior, pela Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e pela</p><p>Secretaria de Comércio Exterior (Secex).</p><p>Devido ao foco da disciplina, não trataremos especificamente das operações</p><p>de comércio exterior brasileiro e do comércio internacional, mas sim das</p><p>movimentações e fluxos financeiros deles decorrentes. Daí a importância de entender</p><p>parte da estrutura administrativa responsável pela normatização e fiscalização de tais</p><p>movimentações.</p><p>Neste aspecto, os movimentos financeiros e de capital ocorrem de forma</p><p>dinâmica, envolvendo as entradas e as saídas ao país. Essas movimentações devem</p><p>ser devidamente contabilizadas no balanço de pagamentos.</p><p>Focaremos, devido à extensão e multiplicidade de contas e subcontas, em uma</p><p>análise geral do balanço de pagamentos, balança comercial e de serviços.</p><p>21</p><p>4.1.2 Balanço de pagamentos</p><p>O Balanço de Pagamentos (BP) é definido como o registro sistemático e</p><p>contábil das transações econômicas com residentes de um país e com o resto do</p><p>mundo durante um período (consolidado ao final de cada ano). Os registros dessas</p><p>transações econômicas internacionais são realizados em dólares norte-americanos,</p><p>por se tratar de moeda convencional, que serve como meio de conversibilidade</p><p>internacional.</p><p>Tabela 1 – Balanço de pagamentos de 2018</p><p>2018</p><p>Transações correntes - 14,511</p><p>Balança comercial (bens) 53.587</p><p>Serviços - 33.952</p><p>Renda primária - 36.668</p><p>Renda secundária 2.522</p><p>Conta capital 440</p><p>Conta financeira – captações líquidas (-) - 9.318</p><p>Investimento direto - 74.254</p><p>Investimento Direto no País (IPD) 88.314</p><p>Investimento em carteira 11.707</p><p>Outros investimentos 47.548</p><p>Erros e omissões 4.754</p><p>Fonte: adaptado de Ministério da Fazenda. Balanço de Pagamentos. Disponível em:</p><p>http://www.fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/conjuntura-economica/setor-</p><p>externo/2018/ie-2019-01-28-balanco-de-pagamentos.pdf. Acesso em: 1º out. 2019.</p><p>Transação econômica internacional é considerada uma transferência de</p><p>valores (capital financeiro), propriedade de bens, serviços e demais ativos com os</p><p>residentes de uma nação e com os residentes de outra nação.</p><p>Residentes são todas as pessoas e empresas inseridas dentro da realidade de</p><p>um país, considerado como centro de seus principais interesses. Demais condições:</p><p> pessoas que residem permanentemente no país (com residência fixa);</p><p> pessoas que moram no país, mas que se deslocam temporariamente para</p><p>outros países em razão de negócios, turismo, estudos, tratamento médico, entre</p><p>outros;</p><p> empresas devidamente sediadas no país, inclusive suas extensões (filiais</p><p>e subsidiárias), tendo sua casa-matriz fora do país;</p><p> o governo, representado pelas embaixadas e consulados fora do país de</p><p>origem, pela extensão do solo pátrio.</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>22</p><p>Não residentes são todas as pessoas e empresas inseridas em outro país,</p><p>dentro de seus respectivos interesses. Demais condições:</p><p> turistas;</p><p> estudantes;</p><p> funcionários diplomáticos de outros países;</p><p> imigrantes temporários;</p><p> pessoas em tratamento médico;</p><p> funcionários militares (governo).</p><p>4.1.3 Balança comercial</p><p>A balança comercial é o registro sistemático de operações de comércio exterior,</p><p>representadas pelas exportações e importações do país dentro do período de um ano</p><p>fiscal.</p><p>Tabela 2 – Balança comercial brasileira de 2018</p><p>2018</p><p>Exportação 239.034</p><p>___________________________________________________________________</p><p>Importação 185.447</p><p>Resultado 52.587</p><p>Corrente de Comércio Exterior 425.481</p><p>Fonte: AGÊNCIA BRASIL. Balança Comercial Brasileira teve superávit de USD.53,8 bi em</p><p>2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-01/balanca-comercial-</p><p>brasileira-teve-superavit-de-us-583-bi-em-2018. Acesso em: 1 out. 2019.</p><p>Exportações se referem às operações de venda de uma empresa ou pessoa</p><p>devidamente autorizada, do mercado doméstico para o mercado internacional. Existe</p><p>a saída física da mercadoria e a entrada do pagamento da operação.</p><p>Importações se referem às operações de compra de uma empresa ou pessoa</p><p>devidamente autorizada, do mercado interno para o mercado doméstico. Existe a</p><p>entrada física da mercadoria e a saída do pagamento da operação.</p><p>Conforme a Agência Brasil (2019), a balança comercial brasileira fechou em</p><p>2018 com um superávit de US$ 58,3 bilhões, sendo o segundo melhor resultado desde</p><p>1989.</p><p>Como um registro contábil, a composição da balança comercial deve ser</p><p>devidamente analisada e uma das características é que este aumento foi em</p><p>decorrência do aumento dos volumes embarcados e das variações de preços</p><p>internacionais.</p><p>Outro ponto fundamental é a composição, levada em consideração a</p><p>intensidade de tecnologia empregada. Desta forma, os bens exportados são</p><p>classificados como:</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>23</p><p> Produtos básicos, comercializados em seu estado natural próximo ao</p><p>encontrado na natureza. São exemplificados como commodities, como o</p><p>minério de ferro e bens agropecuários, que podem sofrer sensíveis</p><p>complementos industriais, mas que não alteram a sua essência para consumo.</p><p>Remuneram pouco, devido ao baixo valor agregado.</p><p> Produtos semimanufaturados, industrializados e que não são utilizados em sua</p><p>forma final pelo consumidor, mas como parte integrante de outros produtos,</p><p>como placas de computadores, peças e acessórios como os direcionados para</p><p>a indústria automobilística. Apresentam média representatividade comercial,</p><p>sendo a margem mais elevada, porém limitada, como demanda derivada de</p><p>outros produtos.</p><p>Demanda derivada significa que as vendas dependem das vendas de outros</p><p>produtos, considerados como finais (neste caso, por exemplo, o automóvel).</p><p> Produtos manufaturados, sendo aqueles produtos comercializados para</p><p>consumo do consumidor final, como roupas, bebidas, livros, computadores etc.</p><p>Apresentam boa margem de rentabilidade, sendo o objetivo de toda empresa</p><p>e/ou mesmo país.</p><p> Serviços, em que existe a concepção errada de exportação de serviços. Na</p><p>verdade, serviços não são objeto de exportação, pois não existe a saída do</p><p>país de origem para o país de destino, nem tampouco a transferência física</p><p>entre as partes intervenientes. Neste caso, existe a necessidade de</p><p>apresentação de um contrato entre as partes, evidenciando a prestação de</p><p>serviços que gerará a contrapartida de pagamento, ou seja, o fluxo financeiro.</p><p>Importante ressaltar que todas as operações de comércio exterior geram a</p><p>transferência física de mercadorias (menos os serviços), bem como consequências</p><p>os fluxos financeiros.</p><p>Finalmente:</p><p> Para participar do Sistema Financeiro Internacional, é necessário entender</p><p>como as entidades internas procedem em relação às movimentações e fluxos</p><p>de capital; e</p><p> Existem fatos geradores, como as exportações e importação, que são os</p><p>responsáveis pela geração de fluxos financeiros.</p><p>24</p><p>Figura 7 – Principais destinos das exportações por estado brasileiro</p><p>Fonte: Exame. Principais destinos das exportações por estado. Disponível em:</p><p>https://exame.abril.com.br/economia/mapa-mostra-o-principal-destino-das-exportacoes-de-cada-</p><p>estado/. Acesso em: 1º out. 2019.</p><p>É interessante apresentar a figura porque, dependendo da localização da</p><p>empresa e de suas características, existe um considerável esforço logístico para a</p><p>aquisição, produção, entrega, comercialização, transporte e venda para o consumidor</p><p>final.</p><p>Infelizmente, a malha de transportes no Brasil ainda está muito concentrada no</p><p>tipo rodoviário, que exige uma quantidade maior de transporte de cargas em volumes</p><p>menores, face ao transporte ferroviário, que seria o ideal.</p><p>No planejamento estratégico, a empresa deve identificar os possíveis</p><p>“gargalos” logísticos de forma a reduzir os custos de comercialização e tornar o</p><p>portfólio de produtos mais competitivo no mercado.</p><p>Essas decisões fazem parte também das responsabilidades do profissional de</p><p>finanças, não estando limitadas somente aos profissionais de logística e marketing,</p><p>por exemplo. Uma forma de otimizar os custos é a parceria e melhoria dos vínculos</p><p>de relacionamentos entre os diferentes stakeholders, obtenção de descontos por</p><p>volumes transportados, aumento do prazo de pagamentos, entre outros pontos</p><p>passíveis de negociação.</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>25</p><p>Tabela 3 – Serviços (selecionados) de 2018</p><p>2018</p><p>-33.952</p><p>Transportes - 6.154</p><p>Viagens - 12.346</p><p>Telecomunicação, computação e informações - 2.037</p><p>Serviços de propriedade intelectual - 4.098</p><p>Aluguel de equipamentos - 15.032</p><p>Outros serviços de negócios 7.899</p><p>Demais - 2.184</p><p>Fonte: Ministério da Fazenda. Balanço de Pagamentos. Disponível em:</p><p>https://www.google.com/search?rlz=1C1GGRV_enBR748BR748&sxsrf=ACYBGNT1TszO4l4E9SWl3</p><p>SEoP89x1HAnhw%3A1570473568883&ei=YIabXdDDNcGo5OUPjs-l-</p><p>Ao&q=Ministério+da+Economia+Balanço+de+Pagamentos+dezembro+de+2018&oq=Ministério+da+E</p><p>conomia+Balanço+de+Pagamentos+dezembro+de+2018&gs_l=psy-</p><p>ab.3...1459.6587..7207...0.0..0.1098.5207.0j8j2j5-1j2j1......0....1..gws-</p><p>wiz.......35i302i39j33i22i29i30j33i160.bAh_xJoTopg&ved=0ahUKEwjQ88755YrlAhVBFLkGHY5nCa8Q</p><p>4dUDCAs&uact=5. Acesso em: 7 out. 2019.</p><p>Enfim, a preparação da empresa para desenvolver suas atividades com</p><p>sucesso consiste em aproveitar todas as oportunidades provenientes do mercado</p><p>interno. O conhecimento de suas potencialidades e fraquezas, ameaças e</p><p>oportunidades de negócios exige que a empresa esteja “enxuta” sob o ponto de vista</p><p>de custos, despesas e financeira, de forma poder estender naturalmente as suas</p><p>operações para o mercado internacional.</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>about:blank</p><p>26</p><p>5 CONCLUSÕES</p><p>O desenvolvimento e a evolução humana foram acompanhados de uma</p><p>necessidade individual e coletiva de ter formas compatíveis de realizar trocas.</p><p>Inicialmente, tinha-se o objetivo de suprir as carências pessoais e familiares e,</p><p>com o passar do tempo, as necessidades das pessoas foram se aprofundando e</p><p>tornando-se mais complexas devido ao aumento das operações, quantidades,</p><p>valores, derivando para atividades comerciais.</p><p>Neste sentido, foi padronizada uma forma de troca – a moeda – e um sistema</p><p>monetário para que as relações entre as partes intervenientes, geralmente credores,</p><p>intermediários financeiros e devedores, ocorram dentro de legislação específica,</p><p>normas e procedimentos devidamente aceitos e autorizados por entidades</p><p>representativas e autênticas, nacionais e internacionais.</p><p>Como nenhuma nação consegue sobreviver de forma isolada, as transações</p><p>também se expandiram para além-mar; portanto, as movimentações ocorrem dentro</p><p>de limites e procedimentos de acordo com as políticas econômicas e políticas de cada</p><p>país.</p><p>Existe o registro formal e contábil das entradas, movimentações e saídas de</p><p>capital, bens e serviços, por meio do balanço de pagamentos e da balança comercial</p><p>brasileira.</p><p>Internamente, as instituições financeiras promovem suas operações, registram</p><p>internamente e se subordinam ao Banco Central do Brasil. Com esses cuidados e</p><p>procedimentos, deve existir a segurança do capital financeiro que circula no país,</p><p>entradas e saídas, bem como da sua composição.</p><p>O sistema financeiro nacional representa os interesses de pessoas, empresas</p><p>e entidades de forma a salvaguardar os direitos e deveres das</p><p>partes intervenientes e</p><p>serve como ponte para as transações internacionais.</p><p>27</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGÊNCIA BRASIL. Balança Comercial Brasileira teve superávit de USD.53,8 bi</p><p>em 2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-</p><p>01/balanca-comercial-brasileira-teve-superavit-de-us-583-bi-em-2018. Acesso em: 01</p><p>out. 2019.</p><p>BANCO CENTRAL DO BRASIL. Sistema Financeiro Nacional (SFN). Disponível em:</p><p>https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn. Acesso em: 30 set. 2019.</p><p>BANCO CENTRAL DO BRASIL. Capitais internacionais e mercado de câmbio no</p><p>Brasil. Disponível em:</p><p>https://www.bcb.gov.br/rex/LegCE/Port/Ftp/Capitais_Internacionais_Mercado_Cambi</p><p>o_Brasil.pdf. Acesso em: 1º out. 2019.</p><p>BANCO CENTRAL DO BRASIL. Câmbio e capitais internacionais. Disponível em:</p><p>https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cambioecapitais. Acesso em: 29 set.</p><p>2019.</p><p>BTG pactual digital. O que é instituição financeira e quais o Banco Central</p><p>supervisiona? Disponível em:</p><p>https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/o-que-e-instituicao-financeira-</p><p>e-quais-o-banco-central-supervisiona. Acesso em: 2 out. 2019.</p><p>CONTABILIDADE SEM SEGREDOS. Passivo: obrigações e origens. Disponível em:</p><p>http://contabeissemsegredos.com/passivo-obrigacoes-e-origens/. Acesso em: 6 out.</p><p>2019.</p><p>EXAME. Principais destinos das exportações por estado. Disponível em:</p><p>https://exame.abril.com.br/economia/mapa-mostra-o-principal-destino-das-</p><p>exportacoes-de-cada-estado/. Acesso em: 1º out. 2019.</p><p>GEUS, Arie de. A empresa viva. São Paulo: Campus, 1999.</p><p>GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo:</p><p>Pearson, 2010.</p><p>MEGACURIOSO. Do escambo à criação do dinheiro, confira a evolução do</p><p>sistema bancário. Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/historia-e-</p><p>geografia/101548-do-escambo-a-criacao-do-dinheiro-confira-a-evolucao-do-sistema-</p><p>bancario.htm. Acesso em: 3 out. 2019.</p><p>MINISTÉRIO DA FAZENDA. Balanço de Pagamentos. 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