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<p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2):89-96.</p><p>Processo de trabalho</p><p>de gerência: uma</p><p>revisão de literatura</p><p>8 9</p><p>MANAGEMENT WORK PROCESS: A FOCUS OVER ANALITICS’ DIMENSIONS</p><p>PROCESSO DE TRABAJO DE GERENCIA: UN ENFOQUE SOBRE LAS DIMENSIONES DEL ANALISE</p><p>Regina Célia Ermel1, Lislaine Aparecida Fracolli2</p><p>RESUMO</p><p>O objetivo deste artigo é</p><p>identificar como o trabalho de</p><p>gerência tem sido abordado</p><p>nas publicações científicas.</p><p>Tomou-se como objeto a</p><p>produção bibliográfica sobre</p><p>gerência produzida entre</p><p>1989 a 1999. A coleta de</p><p>dados envolveu a busca nas</p><p>bases de dados Medline e</p><p>Lilacs. Os trabalhos</p><p>encontrados foram</p><p>analisados segundo a técnica</p><p>de Análise de Conteúdo,</p><p>proposta por Bardin. Os</p><p>resultados mostraram que</p><p>38% das publicações</p><p>abordavam a dimensão</p><p>organizacional da gerência;</p><p>34% abordavam a dimensão</p><p>técnica; 9% a dimensão</p><p>política e 19% articulavam</p><p>duas ou mais dessas</p><p>dimensões. A análise da</p><p>literatura nos indica a</p><p>necessidade de desenvolver</p><p>produções científicas que</p><p>discutam a gerência como um</p><p>trabalho político, técnico e</p><p>organizacional.</p><p>PALAVRAS-CHAVE</p><p>Administração em</p><p>enfermagem. Serviços de</p><p>saúde. Gerência.</p><p>ABSTRACT</p><p>The objective of this paper is</p><p>to identify how the</p><p>management work has been</p><p>studied in scientific</p><p>publications. The bibliography</p><p>of management produced in</p><p>1989 to 1999 was analyzed.</p><p>The date was collected in</p><p>Medline and Lilacs data bases.</p><p>The scientific publications</p><p>founded, were analysed second</p><p>the technique of Contents’</p><p>Analysis, proposal by Bardin.</p><p>The results showed that 38%</p><p>described the organizational</p><p>dimension of management;</p><p>34% described the technical</p><p>dimension; 9% described the</p><p>political dimension and 19%</p><p>articulated two or more of</p><p>these dimensions. The</p><p>analyses of the bibliography</p><p>showed the necessity to</p><p>increase scientific productions</p><p>that discuss management as a</p><p>technical,political and</p><p>organizational work.</p><p>KEYWORDS</p><p>Nursing administration.</p><p>Health services.</p><p>Management.</p><p>RESUMEN</p><p>El objetivo de este articulo é</p><p>identificar cómo el trabajo de</p><p>gerencia ha sido estudiado en</p><p>las publicaciones científicas. El</p><p>objecto de análisis fue la</p><p>producción bibliografica</p><p>acerca de la gerencia entre los</p><p>años de 1989 a 1999. La</p><p>búsqueda fue hecha en las</p><p>bases de datos Medline e</p><p>Lilacs. Ls trabajos</p><p>encuentrados fueron</p><p>analisados segun la técnica de</p><p>Analisis de Contenido,</p><p>propuesta por Bardin. Los</p><p>resultados mostraram que</p><p>38% das publicaciones</p><p>abordaban la dimensión</p><p>organizacional de la gerencia;</p><p>34% abordaban la dimensión</p><p>técnica; 9% abordaban la</p><p>dimensión política e 19%</p><p>articulaban dos o más de estas</p><p>dimensiones. El análisis de la</p><p>literatura indicó la necesidad</p><p>de desarrollarse producciones</p><p>científicas que discutan la</p><p>gerencia como un trabajo</p><p>político-técnico y</p><p>organizacional.</p><p>PALABRAS-CLAVE</p><p>Administración en enfermería.</p><p>Servicios de salud.</p><p>Gerencia.</p><p>Processo de trabalho de gerência:</p><p>uma revisão da literatura</p><p>1 Enfermeira. Mestranda</p><p>em Enfermagem em</p><p>Saúde Coletiva na</p><p>EEUSP.</p><p>rcermel@terra.com.br</p><p>2 Enfermeira. Professora</p><p>Doutora do Depto. de</p><p>Enfermagem em Saúde</p><p>Coletiva da EEUSP.</p><p>lislaine@usp.br</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2): 89-96.</p><p>9 0</p><p>Regina Célia Ermel</p><p>Lislaine Aparecida Fracolli</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O processo de descentralização adminis-</p><p>trativa desencadeado pelo Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS), coloca a questão da tecnologia</p><p>gerencial como uma preocupação fundamen-</p><p>tal para a implementação de um Sistema de</p><p>Saúde hierarquizado, regionalizado e com</p><p>efetiva participação social.</p><p>O processo de municipalização da saúde,</p><p>faz parte do movimento de reforma adminis-</p><p>trativa do Estado brasileiro, e para o municí-</p><p>pio significa concretamente a possibilidade</p><p>de, a partir da saúde, reestruturar a gestão</p><p>municipal em seu conjunto em uma perspec-</p><p>tiva democrática, participativa, tecnicamente</p><p>competente e gerencialmente eficiente.</p><p>A municipalização da saúde ocasiona um</p><p>fortalecimento da autonomia político-gerencial</p><p>dos municípios e uma elevação da sua capaci-</p><p>dade técnico-operacional de planejamento,</p><p>programação, controle gerencial e operacio-</p><p>nalização de ações, voltadas ao enfrentamento</p><p>dos problemas de saúde em territórios especí-</p><p>ficos. Este fato evidencia a importância das</p><p>tecnologias de gerenciamento em saúde para</p><p>os municípios pois, historicamente, estes fun-</p><p>cionaram na área da saúde como executores</p><p>de ações planejadas no âmbito federal e, por-</p><p>tanto, não acumularam experiência em plane-</p><p>jar, desenvolver e avaliar políticas de saúde,</p><p>ou seja, em gerenciar autonomamente a saúde</p><p>no seu espaço geopolítico.</p><p>O processo de trabalho de gerência da pro-</p><p>dução de serviços de saúde é considerado um</p><p>instrumento potente para a efetivação de políti-</p><p>cas públicas pois, o trabalho de gerência, é ao</p><p>mesmo tempo, “condicionante” e “condiciona-</p><p>do” pela forma como se organiza a produção dos</p><p>serviços de saúde e consequentemente o mode-</p><p>lo tecno-assistencial em curso(1).</p><p>Merhy(2), em seus trabalhos, defende a</p><p>idéia de que gerenciar serviços de saúde é</p><p>atuar numa “dobra” entre a ação e o</p><p>autogoverno dos sujeitos do trabalho em saú-</p><p>de. Esse autor diz que, gerenciar é menos cap-</p><p>turar sujeitos para um trabalho e mais “cons-</p><p>truir” sujeitos. Sujeitos estes que possam ser</p><p>criativos, éticos, tecnicamente competentes</p><p>e associados a um projeto de saúde “em de-</p><p>fesa da vida” das pessoas. Baseado nessas</p><p>concepções, o autor sugere alguns “dispo-</p><p>sitivos” que, ao atuarem em determinados cam-</p><p>pos de gestão, podem operar mudanças nos</p><p>serviços de saúde, considerando a existência</p><p>de três dimensões no trabalho de gerência: o</p><p>campo da política, o campo da organização e o</p><p>campo dos processos de trabalho. Esse autor</p><p>aposta que o cruzamento dessas dimensões</p><p>(política, organizacional e processo de traba-</p><p>lho), colocadas sob a ação de certos dispositi-</p><p>vos de intervenção, capazes de atuar nos focos</p><p>do gerir e do agir podem, como resultante final,</p><p>alterar a lógica do cuidado à saúde e,</p><p>consequentemente, o modelo de atenção, a</p><p>partir do interior dos serviços de saúde.</p><p>Analisar o trabalho de gerência dos servi-</p><p>ços de saúde, entendendo que este tem poten-</p><p>cial para transformar o modelo de saúde a partir</p><p>do seu momento mais operacional, isto é, a par-</p><p>tir da produção do serviço, é um argumento</p><p>suficiente para justificar a necessidade de pes-</p><p>quisas e de construção de saberes teórico-prá-</p><p>ticos que embasem a realização de processos</p><p>gerenciais que reorganizem, os serviços e os</p><p>sistemas de saúde, a partir de sua base.</p><p>A gerência de serviços de saúde tem sido,</p><p>historicamente, uma prática realizada por en-</p><p>fermeiras, as quais têm utilizado para isso a</p><p>sua capacidade de saber organizar e sistema-</p><p>tizar rotinas, legitimando a hierarquia e a dis-</p><p>ciplina presentes nas instituições públicas.</p><p>Contudo, falta à enfermeira conscientizar-se</p><p>do potencial transformador de seu trabalho</p><p>de gerência, considerando que através des-</p><p>se processo de trabalho ela pode introduzir</p><p>instrumentos inovadores para reorganizar o</p><p>cuidado e a divisão social do trabalho(3).</p><p>Diante da importância que a questão do</p><p>trabalho de gerência dos serviços de saúde</p><p>tem assumido, atualmente, para o SUS e, his-</p><p>toricamente, para a enfermagem e frente às</p><p>mudanças conceituais ocorridas nesse cam-</p><p>po científico, surge a importância de se identi-</p><p>ficar os padrões de gerência adotados na prá-</p><p>tica cotidiana dos serviços de saúde e as con-</p><p>cepções teóricas que embasam estes padrões</p><p>gerenciais, buscando visualizar se, estas prá-</p><p>ticas gerenciais, são construções inovadoras</p><p>dos sujeitos da ação ou são normas instituí-</p><p>das pelos serviços e pelas políticas de saúde.</p><p>Desta maneira, o objetivo desta investi-</p><p>gação é levantar produções bibliográficas</p><p>sobre gerenciamento de serviços de saúde,</p><p>produzida entre 1989 e 1999, ou seja, num</p><p>período de dez anos, buscando identificar a</p><p>natureza do conhecimento produzido sobre</p><p>gerenciamento de serviços de saúde.</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2):89-96.</p><p>Processo de trabalho</p><p>de gerência: uma</p><p>revisão de literatura</p><p>9 1</p><p>MÉTODO</p><p>Este estudo se caracteriza como uma pes-</p><p>quisa bibliográfica. Os dados foram coletados</p><p>através do levantamento das produções ci-</p><p>entíficas,</p><p>sobre o processo de trabalho de</p><p>gerência, produzidas entre os anos de 1989 a</p><p>1999. As bases utilizados para a coleta de</p><p>dados foram os bancos de dados MEDLINE</p><p>e LILACS, a busca bibliográfica foi realizada</p><p>utilizando-se como descritores as palavras</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DE EN-</p><p>FERMAGEM, ADMINSTRAÇÃO DE SISTE-</p><p>MAS DE SAÚDE, SAÚDE PUBLICA.</p><p>Para a organização das informações, con-</p><p>tidas nas publicações científicas encontra-</p><p>das, foi utilizada a leitura flutuante dos resu-</p><p>mos dos trabalhos, identificando-se o obje-</p><p>to, os objetivos do estudo e os resultados do</p><p>mesmo, os dados foram registrados sob a</p><p>forma de fichas de leitura. Para análise dos</p><p>dados este estudo utilizou a técnica de Aná-</p><p>lise de Conteúdo, proposta por Bardin(4).</p><p>A Análise de Conteúdo, pode ser defini-</p><p>da como</p><p>Um conjunto de técnicas de análise de</p><p>comunicação visando obter, por procedi-</p><p>mentos sistemáticos e objetivos de des-</p><p>crição do conteúdo das mensagens, indi-</p><p>cadores (quantitativos ou não) que per-</p><p>mitam a inferência de conhecimentos re-</p><p>lativos às condições de produção/recep-</p><p>ção destas mensagens(4).</p><p>A Análise de Conteúdo na sua história mais</p><p>recente, isto é, enquanto técnica de tratamen-</p><p>to de dados considerada cientificamente, é</p><p>caudatária das metodologias quantitativas,</p><p>buscando sua lógica na interpretação cifrada</p><p>do material de caráter qualitativo. Enfim, é uma</p><p>técnica de pesquisa para descrição objetiva,</p><p>sistemática e quantitativa do conteúdo mani-</p><p>festo das comunicações e tendo por fim</p><p>interpretá-las. Os conteúdos temáticos, en-</p><p>contrados nos resumos dos trabalhos, eram</p><p>categorizados segundo as dimensões políti-</p><p>ca, organizacional e de processos de traba-</p><p>lho de gerência(2).</p><p>A dimensão política, está sempre presen-</p><p>te na gerência de serviços de saúde pois,</p><p>gerenciar um serviço de saúde é, de alguma</p><p>forma, implementar uma “dada” política pú-</p><p>blica de saúde assim, os trabalhos encontra-</p><p>dos no levantamento bibliográfico que,</p><p>descreviam ou questionavam a imple-</p><p>mentação de políticas de saúde ou modelos</p><p>tecnoassistencias através do gerenciamento</p><p>de serviços, foram classificados nessa</p><p>categoria.</p><p>A dimensão organizacional do trabalho</p><p>de gerência, é aquela que revela as “normas”,</p><p>os “contratos” (explícitos ou não) que regem</p><p>as relações entre os agentes do trabalho e</p><p>entre estes e a instituição, assim estudos en-</p><p>contrados com a pesquisa bibliográfica e que</p><p>apresentavam considerações sobre formas de</p><p>gerenciar e características “normativas” das</p><p>relações de trabalho nos serviços de saúde,</p><p>foram alocados nessa categoria.</p><p>Com relação à dimensão do processo de</p><p>trabalho de gerência, esta é definida como o</p><p>lugar que representa a produção dos “atos”</p><p>e “ações” de saúde, então, foram alocadas</p><p>nesta dimensão as referências bibliográficas</p><p>de estudos que discutiam as técnicas de ge-</p><p>rência e as bases teóricas das mesmas.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>No período de 1989 a 1999 foram encon-</p><p>trados 50 trabalhos que tomavam a questão</p><p>da gerência como tema central. Dos trabalhos</p><p>encontrados, 81% eram estudos que aborda-</p><p>vam a temática gerência a partir de uma única</p><p>dimensão e apenas 19% abordavam o traba-</p><p>lho de gerência através da articulação de duas</p><p>ou mais das dimensões trazidas nesteestudo.</p><p>Dos trabalhos que abordavam o trabalho</p><p>de gerência, apenas, por uma dimensão en-</p><p>controu-se que 38% dos estudos abordavam</p><p>a dimensão organizacional do gerenciamento;</p><p>34% abordavam a dimensão de gerência rela-</p><p>cionada aos processos de trabalho e 9% dos</p><p>trabalhos levantados abordavam a dimensão</p><p>política do trabalho gerencial.</p><p>De certa forma era esperado que os estudos</p><p>sobre gerenciamento estivessem centrados na</p><p>dimensão organizacional (abordando principal-</p><p>mente a produção de técnicas de geren-</p><p>ciamento) pois, historicamente, o conhecimen-</p><p>to sobre gerenciamento evoluiu seguindo o</p><p>caminho de construção de tecnologias de ges-</p><p>tão e de tecnologias para o entendimento das</p><p>organizações enquanto espaços de trabalho.</p><p>As funções de gerência surgem pelo pró-</p><p>prio exercício do trabalho cooperativo e no</p><p>início do modo de produção capitalista a fun-</p><p>ção da gerência se estabeleceu como uma</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2): 89-96.</p><p>9 2</p><p>Regina Célia Ermel</p><p>Lislaine Aparecida Fracolli</p><p>forma de controle da produção(5). De fato, o</p><p>controle é o conceito fundamental da maioria</p><p>das teorias e sistemas gerenciais. Na cons-</p><p>trução da sua teoria administrativa, Taylor es-</p><p>forçou-se para sistematizar conhecimentos re-</p><p>lativos à organização do trabalho, tal siste-</p><p>matização de conhecimentos visava, sobre-</p><p>tudo, aumentar a rentabilidade do trabalho</p><p>fabril, numa fase de grande expansão do</p><p>capitalismo(6).</p><p>Um outro grande pilar dos primórdios te-</p><p>óricos da administração é a proposta de Henri</p><p>Fayol(6). Desenvolvida numa perspectiva mais</p><p>ampla, tal proposta enfocava a organização</p><p>administrativa e a sistematização do trabalho</p><p>do dirigente, sua concepção das funções do</p><p>administrador, traduzida em cinco verbos - pla-</p><p>nejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar</p><p>- fundamentou, até recentemente, toda uma</p><p>produção de conhecimento no campo da ge-</p><p>rência.</p><p>Na construção histórica do seu corpo de</p><p>conhecimento a Teoria Geral da Administra-</p><p>ção(6), em meados do século XX, sofre uma sig-</p><p>nificativa ampliação do seu objeto, passando a</p><p>mesma a incorporar, a “organização” e não ape-</p><p>nas o trabalho desenvolvido dentro dela. Nes-</p><p>se período os “saberes” constituídos junto à</p><p>Teoria Geral da Administração se apresentaram</p><p>sob duas formas: de um lado a ênfase no com-</p><p>portamento humano “dentro da organização”</p><p>sob a influência da psicologia, enfocando as-</p><p>pectos de liderança, motivação e tomada de</p><p>decisão, entre outros; e do outro lado, a “ênfa-</p><p>se no ambiente”, baseada nas idéias de Max</p><p>Weber e Talcott Parsons, que se referiam res-</p><p>pectivamente aos estudos da Burocracia e do</p><p>Sistema Social7. A Teoria Geral da Administra-</p><p>ção, enquanto formulação teórica sobre</p><p>gerenciamento, vem sendo objeto de análise em</p><p>diversos estudos da área de saúde, estes estu-</p><p>dos têm procurado desvendar o caráter ideoló-</p><p>gico da Teoria Geral da Administração em</p><p>contraposição à singularidade da administra-</p><p>ção pública e a contribuição de outras escolas</p><p>(como a marxiana) para o campo da gestão em</p><p>saúde(8).</p><p>A análise dos resumos das publicações</p><p>relativas à gerência dos serviços de saúde iden-</p><p>tificou, também, que os trabalhos que aborda-</p><p>vam a gerência em uma dimensão de processo</p><p>de trabalho exploravam essa dimensão, discu-</p><p>tindo ferramentas que podiam ser utilizadas</p><p>para tomada de decisões na área gerencial, com</p><p>a finalidade de melhorar a qualidade dos servi-</p><p>ços prestados; identificavam ações e elemen-</p><p>tos facilitadores e dificultadores da qualidade</p><p>dos serviços oferecidos; forneciam subsídios</p><p>para a criação e operacionalização dos siste-</p><p>mas de informação em saúde e em enferma-</p><p>gem; abordavam o uso da epidemiologia e da</p><p>vigilância epidemiológica nos serviços locais</p><p>de saúde como instrumento de gerenciamento;</p><p>apresentavam a formulação de normas, proce-</p><p>dimentos e rotinas como parte integrante do</p><p>processo administrativo, traziam orientações</p><p>quanto a forma de se organizar o trabalho para</p><p>a implantação de unidades de saúde, apresen-</p><p>tavam os saberes que deveriam subsidiar a</p><p>execução do trabalho de gerência e experiên-</p><p>cias relativas a programas de ensino de</p><p>gerenciamento desenvolvidos no âmbito da</p><p>graduação em enfermagem(9-19).</p><p>Tem sido amplamente discutido que as</p><p>teorias gerenciais em uso, foram formuladas</p><p>e desenvolvidas para serem aplicadas nos</p><p>setores industriais e não em Serviços de Saú-</p><p>de, dessa forma, as dificuldades administrati-</p><p>vas do setor de serviços se deve à ausência</p><p>de formulações teóricas sobre gerência pró-</p><p>prias para esse setor. Surge desse fato a ne-</p><p>cessidade de se construir e consolidar co-</p><p>nhecimentos sobre gerência específicos para</p><p>área de saúde(9). Este estudo nos permitiu</p><p>constatar que os profissionais de saúde têm</p><p>se dedicado à construção desse conhecimen-</p><p>to, sobre gerenciamento a ser aplicado, espe-</p><p>cificamente para a área da saúde .</p><p>O levantamento bibliográfico mostrou, tam-</p><p>bém, que os trabalhos</p><p>que abordavam, prefe-</p><p>rencialmente, a dimensão política do trabalho</p><p>de gerência, de um modo geral, problema-</p><p>tizavam a questão das formas de intervenção</p><p>do Estado na sociedade, através de políticas</p><p>sociais voltadas para a saúde pública e fala-</p><p>vam da importância da construção de uma pro-</p><p>posta de gestão social; descreviam a</p><p>historicidade das práticas sanitárias no Esta-</p><p>do de São Paulo e sua articulação com o traba-</p><p>lho de gerência da enfermagem, alguns estu-</p><p>dos discutiam o trabalho de gerencia como</p><p>uma contribuição para a implantação do SUS</p><p>nos municípios brasileiros; descreviam o pa-</p><p>pel da enfermagem na construção dos Siste-</p><p>mas Locais de Saúde e a participação da En-</p><p>fermagem em todos os níveis de definição das</p><p>políticas de saúde, buscavam discutir a ética e</p><p>a cidadania como propostas políticas para</p><p>direcionarem a gerência de serviços e discuti-</p><p>am o processo de capacitação de gestores de</p><p>serviços públicos de saúde(20-28).</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2):89-96.</p><p>Processo de trabalho</p><p>de gerência: uma</p><p>revisão de literatura</p><p>9 3</p><p>Entende-se que, abordar o tema da gerên-</p><p>cia em saúde a partir de sua dimensão políti-</p><p>ca é uma tarefa complexa, pois exige que este</p><p>processo de trabalho desenvolva ações nos</p><p>âmbitos estrutural (relacionadas ao valor e</p><p>legitimidade social da área da saúde) e políti-</p><p>co (enquanto equilíbrio de interesses de gru-</p><p>pos sociais, visando priorizar a saúde), assim</p><p>como, a satisfação das demandas operacio-</p><p>nais por saúde. Assim, atuar na prática políti-</p><p>ca da gerência deve ser entendido como agir,</p><p>baseado na decorrência do quanto é possí-</p><p>vel explicar e compreender a dinâmica das</p><p>necessidades de saúde e do tipo de explica-</p><p>ção formulados acerca da maneira como es-</p><p>tão disponíveis e utilizados os recursos, as</p><p>bases tecnológicas, os interesses e a forma</p><p>de combiná-los de modo eficaz, eficiente e</p><p>efetivo(16) . Ou seja, falar em gerência de ser-</p><p>viços de saúde pressupõe falar da articula-</p><p>ção entre necessidades e política publica para</p><p>satisfazê-las.</p><p>A dimensão organizacional do trabalho</p><p>de gerência, ao ser discutida nos trabalhos</p><p>científicos trata de discutir como as organi-</p><p>zações de saúde, construídas principalmente</p><p>sob a lógica da hierarquização das funções e</p><p>dos Processos de Trabalho, conseguem as-</p><p>similar propostas gerenciais centradas em</p><p>outras lógicas, como por exemplo, o uso da</p><p>administração estratégica na perspectiva da</p><p>gerência de Unidade de Saúde; o planejamen-</p><p>to estratégico como possibilidade para trans-</p><p>formação da realidade, a construção de pro-</p><p>gramas de saúde que envolva três grandes</p><p>questões: a qualidade, a missão e o poder</p><p>institucional; a interpretação do mundo</p><p>gerencial da enfermagem à luz coerente da</p><p>liderança transformacional e da inteligência</p><p>emocional como novos paradigmas para a</p><p>administração em saúde; a necessidade de</p><p>se identificar as características pessoais e os</p><p>estados gerenciais desenvolvidos por enfer-</p><p>meiras de Saúde Pública, a evolução das teo-</p><p>rias administrativas e o seu paralelo com o</p><p>desenvolvimento da assistência à saúde da</p><p>população, a visão que as instituições de</p><p>saúde tem do enfermeiro ao atribuir-lhe prin-</p><p>cipalmente um papel de gerência, a tentativa</p><p>de descrever experiências de gerenciamento</p><p>que alteram o organograma das organizações</p><p>de saúde(29-35).</p><p>Alguns estudos articulavam no seu en-</p><p>tendimento do trabalho de gerência duas ou</p><p>mais das dimensões descritas anteriormente.</p><p>Estes trabalhos examinaram as possíveis</p><p>modificações ocorridas na assistência de en-</p><p>fermagem desde a implantação do SUS; trazem</p><p>um relato sucinto sobre a implantação da “Rede</p><p>Nacional de Informação Bibliográfica e Admi-</p><p>nistração de Serviços de Saúde” - Rede</p><p>AdSaúde; apresentam elementos para se re-</p><p>pensar o planejamento e a administração dos</p><p>serviços de saúde sob diferentes ângulos;</p><p>analisam a origem e o contexto em que surge o</p><p>conceito de “competição estratégica” eviden-</p><p>ciando a necessidade de repensar a interven-</p><p>ção estatal no âmbito do SUS; descrevem e</p><p>analisam fundamentos da Teoria Geral da Ad-</p><p>ministração articulados à prática administrati-</p><p>va da enfermeira na Rede Básica de Saúde e na</p><p>Rede Hospitalar e traçam um perfil básico das</p><p>gerentes em um determinado Hospital no mu-</p><p>nicípio de São Paulo, caracteriza suas atitudes</p><p>e seus conhecimentos com relação à própria</p><p>instituição, outros serviços do sistema de saú-</p><p>de e com relação aos princípios do SUS(36-41).</p><p>Não foram encontrados trabalhos que</p><p>buscassem explicar e analisar o trabalho de</p><p>gerência a partir do olhar tridimensional pro-</p><p>posto por Merhy(2), de certa forma isso era</p><p>esperado, pois essa forma de conceber a ge-</p><p>rência é posterior à produção bibliográfica em</p><p>estudo, contudo é possível identificar estu-</p><p>dos que buscavam abordar de maneira ampli-</p><p>ada a questão da gerencia dos serviços de</p><p>saúde, apontando para a insuficiência das</p><p>abordagens muito técnicas ou muito políti-</p><p>co-organizacionais.</p><p>No campo científico da enfermagem, te-</p><p>mas relacionados às questões gerenciais são</p><p>freqüentemente encontrados uma vez que as</p><p>funções administrativas estão fortemente</p><p>relacionadas ao trabalho da enfermeira.</p><p>Autores como Kurcgant(42), Gomes(43),</p><p>Novakoski(44), Silva(45), Almeida(46) Mishi-</p><p>ma(47)e Fracolli(48) têm produzido importantes</p><p>estudos nessa área. A leitura desses traba-</p><p>lhos revela que, de modo geral, esses autores</p><p>entendem que o trabalho de gerência desen-</p><p>volvido pela enfermeira é fortemente influen-</p><p>ciado pelas concepções de organização do</p><p>trabalho baseadas nos princípios de Taylor,</p><p>Fayol e nas Teorias Administrativas Clássi-</p><p>cas, contudo, essas autoras identificam que</p><p>propostas gerenciais baseadas nas concep-</p><p>ções de organização tecnológica do trabalho;</p><p>gerência participativa e comunicativa; na te-</p><p>oria das organizações e no pensamento es-</p><p>tratégico vêm cada vez mais conquistando</p><p>espaços nos trabalhos desenvolvidos den-</p><p>tro do campo científico da enfermagem.</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2): 89-96.</p><p>9 4</p><p>Regina Célia Ermel</p><p>Lislaine Aparecida Fracolli</p><p>CONCLUSÕES</p><p>De uma forma geral o conjunto de traba-</p><p>lhos analisados revelou que, compreendida</p><p>segundo uma concepção mais abrangente, a</p><p>prática de gerenciamento de serviços de saú-</p><p>de prescinde de produções científicas que</p><p>adotem outros marcos teóricos que não aque-</p><p>les tradicionalmente adotados pela Teoria</p><p>Geral da Administração, quando administrar</p><p>poderia estar expresso por adequadas e efici-</p><p>entes combinações entre recursos físicos,</p><p>materiais, financeiros e humanos.</p><p>A teoria que interessa para compreender e</p><p>formular uma proposta para a gerência de ser-</p><p>viços adequada à implantação do SUS dialoga</p><p>muito pouco com o enfoque hegemônico das</p><p>propostas administrativas produzidas pela</p><p>Teoria Geral da Administração. Não que as téc-</p><p>nicas de administração estejam superadas, mas</p><p>porque as características do Movimento Sani-</p><p>tário e sua vinculação com um projeto</p><p>societário exigem procedimentos que</p><p>publicizem a gestão dos serviços de saúde de</p><p>forma a construir um modelo de saúde que</p><p>defenda a vida dos cidadãos(49-52).</p><p>A gestão de um serviço de saúde é uma</p><p>propriedade de cada um dos agentes do tra-</p><p>balho desse serviço, e de todos ao mesmo</p><p>tempo, e gerir é operar com o jogo de dispu-</p><p>tas desses distintos agentes mais do que</p><p>buscar a funcionalidade não cumprida. Gerir</p><p>um serviço de saúde é desenvolver interven-</p><p>ções que possibilitem “publicizar” os proces-</p><p>sos de disputa entre os agentes e a institui-</p><p>ção e revelar a “contratualidade” que estes</p><p>instituem entre si(2).</p><p>Para realizar tal intervenção o gerente neces-</p><p>sita utilizar dispositivos de intervenção, capazes</p><p>de atuar no autogoverno dos profissionais de</p><p>saúde para poder alterar a lógica do cuidado à</p><p>saúde e, consequentemente, o modelo de aten-</p><p>ção a partir do interior dos serviços.</p><p>A incorporação de dispositivos gerenciais</p><p>que permitam à enfermeira intervir no</p><p>autogoverno dos trabalhadores pode repre-</p><p>sentar um empowerment na prática adminis-</p><p>trativa das mesmas. Entende-se que alguns</p><p>desses dispositivos podem ser :</p><p>• procurar valorizar a formação de unida-</p><p>des de saúde baseadas em equipes autôno-</p><p>mas, do ponto</p><p>de vista da gestão do proces-</p><p>so de trabalho, dentro de um conjunto de le-</p><p>mas estratégicos definidos na política gover-</p><p>namental e social, para garantia do: acesso,</p><p>acolhimento, vínculo/responsabilização,</p><p>resolutividade e efetividade, no intuito de al-</p><p>terar a estrutura de necessidades no proces-</p><p>so de relação entre usuários e trabalhadores</p><p>de saúde;</p><p>• adotar uma posição na organização de</p><p>luta pela instituição de unidades de saúde</p><p>co-gerenciadas politicamente e autogeridas</p><p>tecno-assistencialmente, buscando a cons-</p><p>trução de uma rede de serviços estruturada</p><p>conforme uma lógica horizontalizada de rela-</p><p>ções de ajuda entre os diferentes estabeleci-</p><p>mentos, de acordo com os tipos de incorpo-</p><p>rações tecnológicas;</p><p>• entender que as tecnologias gerencias</p><p>são importantes, mas, para serem efetivas na</p><p>transformação dos processos e produtos do</p><p>trabalho em saúde, precisam estar apoiadas</p><p>em dimensões político-ideológicas e não ape-</p><p>nas em instrumentais técnicos.</p><p>• operar com o desenvolvimento de co-</p><p>nhecimentos epidemiológicos para a</p><p>assunção do planejamento, coordenação e</p><p>avaliação dos programas de saúde de forma</p><p>ativa.</p><p>• desenvolver projetos de pesquisa e pro-</p><p>duções bibliográficas para o desenvolvimen-</p><p>to de temáticas sobre gerenciamento que in-</p><p>corporem as questões acima na pesquisa e</p><p>na prática da enfermeira.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>(1) Campos GWS, Merhy EE, Nunes ED. Plane-jamento</p><p>sem normas. São Paulo: HUCITEC, 1994.</p><p>(2) Merhy EE, Onocko R, organizadores. Agir em</p><p>saúde: um desafio para o público. São Paulo:</p><p>HUCITEC; 1997.</p><p>(3) Villa TCS. Enfermeira nos serviços de saúde</p><p>pública do Estado de São Paulo (1967-1983).</p><p>[Tese] Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfer-</p><p>magem de Ribeirão Preto/USP;1992.</p><p>(4) Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa:</p><p>Edições 70; 1979.</p><p>Rev Esc Enferm USP</p><p>2003; 37(2):89-96.</p><p>Processo de trabalho</p><p>de gerência: uma</p><p>revisão de literatura</p><p>9 5</p><p>(5) Braverman H. Trabalho e capital monopolista:</p><p>a degradação do trabalho no século XX. Rio de</p><p>Janeiro: Guanabara - Koogan, 1987.</p><p>(6) Chiavenato I. Introdução à teoria geral da</p><p>administração. São Paulo: Mc Graw-Hill do</p><p>Brasil, 1983.</p><p>(7) Castro ML, Ruben G, Serva M. Resíduos e</p><p>complementaridade: das relações entre teoria</p><p>da administração e a antropologia. 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São Paulo: Banco Itaú, 1998.</p><p>(14) Collet N, Cesarino CB, Santos, IF. Método</p><p>funcional na administração em enfermagem:</p><p>relato de experiência. Rev Bras Enferm 1994;</p><p>47: 258–64.</p><p>(15) Carvalho AO, Eduardo MBP. Sistemas de</p><p>informação em saúde para municípios. São</p><p>Paulo: Instituto para o Desenvolvimento da</p><p>Saúde/Faculdade de Saúde Pública/USP; 1998</p><p>(Saúde & Cidadania, 6).</p><p>(16) Ferraz CA. A transfiguração da administra-</p><p>ção em enfermagem da gerência científica para</p><p>a gerencia sensível. [Tese] Ribeirão Preto (SP):</p><p>Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/</p><p>USP; 1995.</p><p>(17) Ribas-Gomes EL. Saber gerir e gerir com sa-</p><p>ber: a indeterminação do conhecimento ad-</p><p>ministrativo dos enfermeiros. [Livre</p><p>Docência] Ribeirão Preto (SP): Escola de</p><p>Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 1999.</p><p>(18) Villa TCS, Pinto IC, Mishima SM, Assis</p><p>MMA. Gerencia do programa de imuniza-</p><p>ção em unidade de saúde: uma proposta de</p><p>ensino. In: Livro Resumo do 5° Congresso</p><p>Paulista de Saúde Publica;1997 jul 3-9; Aguás</p><p>de Lindóia: ABRASCO, 1997. p.188</p><p>(19) Almeida MCP, Luongo J. Buscando a equi-</p><p>dade nos serviços de saúde- o papel da</p><p>gerencia nas unidades básicas de saúde. In:</p><p>Livro Resumo do 3° Simpósio de Iniciação</p><p>cientifica da EERP-USP; 1996 nov. 20;</p><p>Ribeirão Preto: EERP/USP, 1996.</p><p>(20) Merhy EE, Cecílio LCO, Nogueira RC. Por</p><p>um modelo tecno-assistencial da política de</p><p>saúde em defesa da vida. In: 9° Conferência</p><p>Nacional de Saúde; 1992 out. 10-13; Brasília:</p><p>GTTCO; 1992. p.30.</p><p>(21) Komatsu S. Subdesenvolvimento institucional</p><p>e políticas sociais: o caso da saúde pública</p><p>institucional. [Dissertação] São Paulo (SP):</p><p>Escola de Administração de Empresas de São</p><p>Paulo; 1993.</p><p>(22) Lima SML, Barbosa PR. Gestão em saúde:</p><p>bases para maior responsabilidade, eficiência</p><p>e eficácia. Rev Esp Saúde 1996; 5:5-12.</p><p>(23) Tanaka OY, Nemes, MIB, Novaes MD, Bas-</p><p>tos MG, Cesar CLG, Riedel LF. Formação</p><p>de gestores locais de saúde: processos para</p><p>identificar estratégias de atuação. Rev Saúde</p><p>Pública 1999; 33: 219-229.</p><p>(24) Mishima SM, Almeida MCP, Pinto IC, Villa,</p><p>TCS, Anselmi, ML. Reflexões acerca da</p><p>gerencia do cuidado de enfermagem na rede</p><p>básica de saúde. In: Anais no 50° Congresso</p><p>Brasileiro de Enfermagem; 1998 out. 10 -13;</p><p>Salvador: ABEn; 1998. p.179.</p><p>(25) Hortale, VA, Conill EM, Pedroza M. Desa-</p><p>fios na construção de um modelo para análise</p><p>comparada da organização de serviços de</p><p>saúde. Cad saúde publ 1999; 15: 79-88.</p><p>(26) Fortes PAC. Ética, cidadania e busca da qua-</p><p>lidade na administração dos serviços de saú-</p><p>de. Saúde debate 1996; 49: 48-52.</p><p>(27) Dowbor L. 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Demo-</p><p>cratização da administração em serviços de saúde</p><p>pública do Taylorismo à gestão participativa.</p><p>Rev Ciência Saúde 1998, 17: 13-29.</p><p>(32) Kisil M, Pupo TRGB. Gestão da mudança</p><p>organizacional. São Paulo: Instituto para o De-</p><p>senvolvimento da Saúde/Faculdade de Saúde</p><p>Pública/USP, 1998. (Saúde & Cidadania, 4).</p><p>(33) Zobolli ELCP. Ética empresarial: de uma</p><p>conceituação à liderança no ambiente de tra-</p><p>balho. Mundo Saúde 1998, 5: 314-8.</p><p>(34) Bittar OJNV. A administração do hospital no</p><p>próximo milênio. Mundo Saúde 1997;</p><p>21:136-41.</p><p>(35) Pedersoli CE, Antonialli E, Villa TCS. O en-</p><p>fermeiro na vigilância epidemiológica no mu-</p><p>nicípio de Ribeirão Preto, 1988-1996. Rev</p><p>Lat Am Enferm, 1998; 6: 99-105.</p><p>(36) Villa TCS, Rocha SMM, Mishina SM, Anselmi</p><p>ML, Ferrazi C, Almeida MCPA. Caracteriza-</p><p>ção da prática administrativa do enfermeiro</p><p>nas instituições de saúde. 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[Livre Docência] Ribeirão</p><p>Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribei-</p><p>rão Preto/USP; 1991.</p><p>(47) Mishima SM Constituição do gerenciamento</p><p>local na rede básica de saúde Ribeirão Preto.</p><p>[Tese] Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfer-</p><p>magem de Ribeirão Preto/USP;1995.</p><p>(48) Fracolli LA. Processo de trabalho de gerên-</p><p>cia: possibilidades e limites frente à reorgani-</p><p>zação de rede básica de saúde de Marília.</p><p>[Tese] São Paulo (SP): Escola de Enferma-</p><p>gem da USP; 1999.</p><p>(49) Wirchr P, Mishima SM, Villa TCS, Sá LD. Ensino</p><p>de gerência de enfermagem sob a ótica do aluno –</p><p>a experiência da territorialização. In: Livro resu-</p><p>mo do 48° Congresso Brasileiro de Enfermagem;</p><p>1996 nov 3 –7; São Paulo: ABEn.1996. p.269.</p><p>(50) Westrupp MHB, Carraro TE, Souza ML. A</p><p>pesquisa na enfermagem. Texto Contexto</p><p>Enferm 1994, 3: 128-36.</p><p>(51) Organización Panamericana de la Salud.</p><p>Reunión del Grupo de Consulta sobre el Pa-</p><p>pel de Enfermería en el Desarrollo de los Si-</p><p>los: informe final. Guatemala;1992.</p><p>(52) Villa TCS. Ensino de enfermagem em Saúde</p><p>Publica: da normatização à gerência</p><p>participativa. In: Anais 5° Congresso Paulista</p><p>de Saúde Publica;1997 jul 3-9; Águas de</p><p>Lindóia. ABRASCO, 1997. p.188</p><p>Recebido: 10/07/2001</p><p>Aprovado: 10/07/2003</p><p><<</p><p>/ASCII85EncodePages false</p><p>/AllowTransparency false</p><p>/AutoPositionEPSFiles true</p><p>/AutoRotatePages /All</p><p>/Binding /Left</p><p>/CalGrayProfile (Dot Gain 20%)</p><p>/CalRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1)</p><p>/CalCMYKProfile (U.S. Web Coated \050SWOP\051 v2)</p><p>/sRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1)</p><p>/CannotEmbedFontPolicy /Warning</p><p>/CompatibilityLevel 1.4</p><p>/CompressObjects /Tags</p><p>/CompressPages true</p><p>/ConvertImagesToIndexed true</p><p>/PassThroughJPEGImages true</p><p>/CreateJDFFile false</p><p>/CreateJobTicket false</p><p>/DefaultRenderingIntent /Default</p><p>/DetectBlends true</p><p>/DetectCurves 0.0000</p><p>/ColorConversionStrategy /LeaveColorUnchanged</p><p>/DoThumbnails false</p><p>/EmbedAllFonts true</p><p>/EmbedOpenType false</p><p>/ParseICCProfilesInComments true</p><p>/EmbedJobOptions true</p><p>/DSCReportingLevel 0</p><p>/EmitDSCWarnings 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