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<p>Cultura</p><p>Um conjunto complexo de valores, crenças, práticas, normas e símbolos compartilhados por um grupo social específico.</p><p>Além das manifestações visíveis – aspectos simbólicos e subjetivos: moldam a identidade e o comportamento de uma sociedade.</p><p>Cultura e Antropologia Estruturalista</p><p>Abordagem Estruturalista da Antropologia: fundamenta a visão que se tem hoje da cultura.</p><p>Rompe com a narrativa do exótico.</p><p>Claude Lévi-Stauss:</p><p>Cultura é um sistema simbólico que organiza e dá sentido à vida social.</p><p>Seria possível observar estruturas semelhantes entre as diferentes culturas do planeta e apenas as condutas, os ritos e significados atribuídos se diferenciariam.</p><p>Cultura seria uma expressão da humanidade em sociedade, mesma estrutura, com variação de significados.</p><p>Os mitos e as narrativas seriam o elemento de compreensão da cultura e transmissão e reprodução para gerações futuras.</p><p>Os sistemas de parentesco são estruturas que definiriam as sociedades tanto em núcleos menores e mais controláveis quanto em composições mais amplas. A ideia de parentesco e das autoridades atribuídas aos sujeitos nas relações de parentesco mobilizariam relações de poder que orientariam as condutas diárias.</p><p>Estruturas mentais seriam as mesmas em variadas culturas, porque se integrariam à condição humana, modelando os padrões de pensamento e comportamento. No entanto, as expressões e as formas de interpretação de cada elemento seriam definidas em cada cultura.</p><p>Os sistemas de significados são aqueles que atribuem sentido e noção de certo e errado às práticas sociais. Também atribuem sentido e valor, por isso se vinculam aos sistemas éticos.</p><p>As culturas são diversas, mas seus elementos estruturantes são recorrentes.</p><p>Introdução à Cultura</p><p>Todo mundo tem cultura, porque a cultura é transmitida de geração a geração, de pessoa a pessoa, como herança social.</p><p>Tylor (1920) – cultura como “aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.</p><p>Cultura se manifesta por meio de diversos sistemas dentro de um território específico.</p><p>A cultura é exclusividade das sociedades humanas.</p><p>Perspectivas da análise sobre a cultura</p><p>A cultura:</p><p>· Condiciona a visão do homem;</p><p>“o desvio é visto como produto de uma transação oque tem lugar entre algum grupo social e alguém que é visto por esse grupo como infrator de uma regra”.</p><p>Consequências discriminatórias</p><p>O indivíduo é condicionado a agir de acordo com o padrão esperado naquela cultura.</p><p>· Interfere no plano biológico;</p><p>· Tem uma lógica própria;</p><p>O que faz sentido para os membros de uma comunidade pode não fazer nenhum sentido para outra sociedade.</p><p>‘A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence”.</p><p>· É dinâmica e,</p><p>As mudanças culturais ocorrem de modo endógeno ou exógeno. O modo endógeno pode ser decorrente do próprio sistema cultural, a partir dos membros que participam dessa sociedade. O modo exógeno se dá por meio de um contato cultural com outros povos, que acaba por interferindo em práticas culturais estabelecidas antes do contato.</p><p>· Os indivíduos participam diferentemente de sua cultura.</p><p>Partilha de Diferentes Culturas</p><p>Cultura é associada a uma identidade.</p><p>Ainda que culturas possam ser partilhadas, cada pessoa vivencia diferentes culturas na vida.</p><p>Radcliffe-Brown (1973) – cultura é a massa de eventos que coexistem em um contexto e a historicidade define uma cultura, que é mutável.</p><p>Cultura</p><p>· modo de vida</p><p>· sistema simbólico e de valores</p><p>Se vincula a uma Sociedade (com ritos, crenças, valores e linguagem);</p><p>Se vincula a um grupo social organizado (define comportamentos dos integrantes).</p><p>1) O francês Claude Lévi-Strauss é considerado um dos principais teóricos da antropologia, apresentando uma leitura conhecida como antropologia estruturalista, pois considera a cultura como uma estrutura externa aos sujeitos, mas que condicionaria a vida cotidiana. Essa estrutura seria semelhante em diferentes sociedades, mas haveria elementos que tornariam cada cultura única e individual. De acordo com sua teoria, a cultura influencia os comportamentos individuais e coletivos. Considerando a antropologia estruturalista de Claude Lévi-Strauss, a cultura pode ser definida como um: sistema de significados que organiza a vida social e a percepção do mundo.</p><p>De acordo com a perspectiva estruturalista, a cultura pode ser definida como um sistema de significados que organiza a vida social e a percepção de mundo, orientando os comportamentos individuais e coletivos com base nessa estrutura. Não são características biológicas, embora elas possam integrar traços da cultura. Não são práticas econômicas, mas essas atividades podem ser influenciadas pela cultura. Não são regras fixas, como as jurídicas, nem sociais, como as morais, mas podem ser influenciadas pela cultura. Não se trata de um sistema de manifestação psicológica individual, mas, sim, coletiva, que influencia comportamentos individuais.</p><p>2) De acordo com Radcliffe-Brown (1973), a cultura pode ser compreendida como um conjunto de padrões de comportamento que são socialmente aprendidos, historicamente definidos e depois são transmitidos de geração em geração. O antropólogo enfatiza a importância das instituições sociais na manutenção e reprodução desses padrões culturais.De acordo com a definição de Radcliffe-Brown, a transmissão da cultura acontece: ao inserir os sujeitos nos processos de socialização.</p><p>É o processo de socialização e a aprendizagem dos comportamentos em associação ao seu significado e sentido que definem a transmissão da cultura segundo Radcliffe-Brown.</p><p>As características biológicas dos ancestrais não são aprendidas como a cultura, e as leis e regras não são necessariamente assimiladas e compreendidas, mas respeitadas pela possibilidade de sanção e pelo monopólio da violência, a menos que reflitam as características culturais. A assimilação de comportamentos por músicas e filmes, especialmente de cultura que mantém com a cultura local uma relação assimétrica de poder, não se configura como transmissão de cultura.</p><p>A linguagem escrita pode ser um dos instrumentos dessa transmissão, mas integra o processo de socialização.</p><p>3) O conceito de cultura norteia as pesquisas antropológicas porque dele se deriva a compreensão das organizações humanas e das razões pelas quais elas acontecem de determinadas formas, com especificidades, significados e crenças atrelados. Por isso, o estudo da universalidade humana proposto pela antropologia passa pela compreensão das interações sociais e de como a cultura as define, nomeia e significa. Considerando essas informações, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. A cultura é um fator secundário na compreensão global das sociedades humanas.</p><p>II. A cultura é uma construção coletiva que influencia os comportamentos individuais.</p><p>III. A cultura pode dar significado a aspectos biológicos de cada etnia.</p><p>IV. A cultura é um elemento estático e imutável, não sendo relevante para a análise antropológica.</p><p>Está correto o que se afirma em: II e III, apenas.</p><p>A cultura é uma construção coletiva, que se mantém e é transmitida, porém a partir das condutas individuais e coletivas. Ela não define aspectos biológicos, mas pode dar significado e sentido a eles, tornando-os parte dos sistemas de significação de mundo. Por isso, é fator primário e essencial para a compreensão global das sociedades analisadas.</p><p>A cultura é impermanente e mutável, está em constante transformação, afetada por diversos fatores, como os políticos, bélicos, religiosos, econômicos, inovações tecnológicas e até climáticos. Algumas, porém, são mais permeáveis que outras.</p><p>4) A cultura é transmitida na sociedade. Ela não é um atributo de indivíduos em si, e sim dos indivíduos como membros de grupos. A cultura é central na antropologia, influenciando todos os aspectos da vida humana.</p><p>Analise as afirmativas a seguir quanto a V (verdadeiro) ou F (falso):</p><p>I. Segundo Clifford Geertz, a cultura é um sistema de significados compartilhados</p><p>pelos membros de uma sociedade.</p><p>II. Franz Boas, em sua abordagem culturalista, destacou que a cultura não é estática ou determinística, mas, sim, fluida e sujeita a mudanças ao longo do tempo e do contexto, o que implica nem todos os aspectos da vida humana serem diretamente influenciados pela cultura em sua totalidade.</p><p>III. Lévi-Strauss, com sua teoria estruturalista, argumentou que a cultura é composta por estruturas mentais inconscientes, o que não necessariamente influencia todos os aspectos da vida humana de forma direta e centralizada.</p><p>IV. Margaret Mead enfatizou a diversidade cultural, demonstrando que diferentes sociedades têm sistemas culturais únicos que moldam as experiências e os comportamentos humanos de maneiras variadas.</p><p>Assinale a alternativa que indica a sequência correta: V, F, F, V.</p><p>Para Clifford Geertz, a cultura é de fato um sistema de significados compartilhados, e é essa partilha nas práticas cotidianas que influencia as condutas individuais e coletivas.</p><p>Franz Boas considera a cultura mutável e em movimento, mas não considera que os aspectos da vida das pessoas possam não ser afetados pela cultura, que influencia os sujeitos de forma integral.</p><p>A abordagem estruturalista de Lévi-Strauss aponta que estruturas externas às composições mentais dos sujeitos, à cultura, afetariam suas vidas como um todo.</p><p>Margaret Mead apresenta a leitura da diversidade sobre a cultura, apontando a possibilidade de multiplicidade interpretativa pelos sujeitos sobre a mesma proposição, valor ou crença.</p><p>5) Culturas são formas de comportamentos orientadas por sistemas de valores ou crenças. A ação tem um significado e se insere num contexto mais amplo de símbolos, sentidos e práticas. Por isso é possível que diferentes culturas coexistam numa mesma sociedade, e um só sujeito partilhar ou participar de diferentes culturas, enquanto um outro sujeito que integra sua rede de relacionamentos, integre outros. Um exemplo são culturas associadas a espaços ou contextos especiais, como a cibercultura. Dentro dessa cultura que acontece em ambiente virtual, temos outras práticas, como a cultura do cancelamento. A cultura do cancelamento tem sido amplamente discutida como um fenômeno contemporâneo nas redes sociais.</p><p>Considere as seguintes asserções sobre a natureza desse fenômeno:</p><p>I.A cultura do cancelamento é um fenômeno recente que surgiu com o advento das redes sociais, caracterizado pela exclusão de indivíduos ou ideias consideradas socialmente inadequadas.</p><p>Porque</p><p>II.A cultura do cancelamento reflete um conjunto de normas e valores compartilhados por determinados grupos, influenciando as interações sociais e a percepção coletiva sobre o que é aceitável ou não.</p><p>Assinale a alternativa que indica corretamente a correlação entre elas:</p><p>Selecione a resposta: A asserção I é verdadeira, e a asserção II é uma explicação correta da I.</p><p>A cultura do cancelamento é um fenômeno da cibercultura que acontece nas redes sociais, mas não tem expressões compatíveis no mundo off-line – é possível que diversas formas de violência cheguem a uma pessoa que sofre o cancelamento, mas a prática do cancelamento com as hashtags, mensagens e denúncias de perfis só pode acontecer no contexto da cibercultura.</p><p>Ela reflete um conjunto de normas e valores que são partilhados por determinados grupos, mas não significa que expresse valores da sociedade como um todo. A ação marca, de forma agressiva, a expressão de um comportamento não aceitável socialmente.</p><p>A cultura subjetiva e a cultura objetiva</p><p>Georg Simmel (1858 – 1918), sociólogo alemão</p><p>A modernidade colocou o homem num paradoxo social, onde, de um lado ele tem que viver numa sociedade complexa e do outro lado, o indivíduo tem que saber lidar com essa sociedade, preservando sua individualidade. (“Intensificação da Vida Nervosa”).</p><p>A cultura objetiva é aquilo que está exposto na sociedade através dos símbolos que representam estímulos (livros, brinquedos, revistas, jornais, rádios, máquinas, aparelhos tecnológicos, automóveis, vestuários, etc) – ou seja, tudo o que “aparece” aos sentidos”.</p><p>A cultura subjetiva reflete as experiências pessoas, de leitura do mundo, de entendimento do mundo que cerca o homem.</p><p>A socialização é o processo pelo qual os indivíduos aprendem e assimilam comportamentos, conhecimentos e valores de suas sociedades.</p><p>Expressões da Cultura Objetiva e Subjetiva</p><p>Os fatos sociais representam todas as coisas que se relacionam com a sociedade. São esses fatos que nos conectam com a sociedade num todo, nos habilitando a viver em sociedade, respeitando e reconhecendo as regras que a compõem.</p><p>A cultura objetiva é tudo que nos aparece aos sentidos. São objetos tangíveis, tais como propagandas, cartazes, aparelhos tecnológicos, carros, sinais de trânsito, livros, placas, etc.</p><p>A cultura subjetiva é o conjunto de experiências acumuladas pelo indivíduo, ao longo da vida, as quais ele tenta compreender e interpretar.</p><p>Cultura Subjetiva e Cultura Objetiva: definição e respectivos estágios sociais</p><p>A cultura subjetiva é a dimensão cultural que está mais relacionada às percepções, experiências e valores individuais.</p><p>É composta pelos conhecimentos, crenças, valores, atitudes e interpretações que cada pessoa adquire ao longo da vida por meio de interações sociais, educação, experiências pessoais e outros processos de socialização.</p><p>A cultura objetiva se refere aos padrões culturais estabelecidos e compartilhados na sociedade como um todo. É o conjunto de normas, tradições e estruturas sociais que moldam o comportamento coletivo e a organização da vida em comunidade.</p><p>A socialização é o processo-chave por meio do qual esses elementos culturais objetivos são transmitidos às novas gerações, garantindo a continuidade e a estabilidade das estruturas sociais.</p><p>Estágios sociais relacionados às culturas</p><p>Max Weber</p><p>Racionalização refere-se ao aumento do uso da lógica, da eficiência e do cálculo nas atividades humanas.</p><p>À medida que a sociedade se desenvolve e se torna mais complexa, a racionalidade e a burocracia tendem a desempenhar um papel importante na cultura objetiva.</p><p>A cultura subjetiva é fortemente influenciada pela integração com a cultura objetiva – a forma como o indivíduo interpreta e atribui significado ao mundo ao seu redor é moldada pelas influências culturais que permeiam a sociedade em que ele está inserido.</p><p>A expressão social das culturas objetiva e subjetiva pode ser considerada tanto complementar quanto conflituosa.</p><p>A cultura objetiva oferece a estrutura social e institucional, enquanto a cultura subjetiva dá significado e sentido à vida das pessoas, gerando um contínuo processo de interação e transformação cultural.</p><p>Efeitos das culturas objetiva e subjetiva na dinâmica social</p><p>A cultura subjetiva tem um papel crucial na construção da identidade individual, enquanto a cultura objetiva influencia a maneira como os indivíduos se veem dentro de um grupo social específico.</p><p>A cultura objetiva estabelece os valores e as normas que orientam o comportamento social.</p><p>A cultura objetiva dá origem a instituições sociais como família, educação, religião e governo. Essas instituições estruturam a vida das pessoas, influenciando seus papéis e interações.</p><p>As culturas objetiva e subjetiva estão em constante interação e transformação. À medida que a cultura objetiva muda, isso pode gerar resistência ou aceitação entre os indivíduos, afetando seus comportamentos e crenças.</p><p>“Tragédia da Cultura”: em que a racionalização e a objetivação da cultura podem levar a uma perda da individualidade e à alienação do sujeito em meio à sociedade moderna.</p><p>A cultura subjetiva desempenha um papel importante na psicologia social, pois afeta as percepções, atitudes e interações dos indivíduos em relação aos outros e à sociedade.</p><p>Diferenças culturais objetivas e subjetivas podem levar a conflitos, como choques de valores e crenças.</p><p>cultura objetiva se manifesta em várias formas de expressão artística e cultural, enquanto a cultura subjetiva molda a apreciação e interpretação dessas formas por parte dos indivíduos.</p><p>A evolução</p><p>da cultura objetiva pode provocar mudanças de paradigmas em uma sociedade. Por exemplo, a revolução tecnológica impactou profundamente a cultura contemporânea, alterando a forma como as pessoas se comunicam, trabalham e se relacionam.</p><p>A cultura objetiva influencia o comportamento de consumo, determinando padrões de moda, hábitos alimentares e preferências de lazer. Ao mesmo tempo, a cultura subjetiva molda a identidade do consumidor e a busca por pertencimento social por meio de escolhas de consumo.</p><p>A cultura objetiva e subjetiva são influenciadas pela cultura de massa, que pode homogeneizar ou diversificar as percepções e os comportamentos dos indivíduos.</p><p>As culturas objetiva e subjetiva são afetadas pela presença de diferentes culturas em uma sociedade multicultural. Essa diversidade pode enriquecer a dinâmica social, mas também pode gerar tensões e desafios.</p><p>A cultura objetiva é transmitida por meio de processos de educação e socialização, enquanto a cultura subjetiva é moldada pelas experiências educacionais e interações sociais de cada indivíduo.</p><p>A cultura objetiva pode criar uma identificação cultural compartilhada por meio de símbolos, tradições e rituais. Por exemplo, em eventos esportivos, pessoas de diferentes origens podem se unir em torno de uma cultura objetiva compartilhada, expressando identificação com um time ou país.</p><p>A cultura objetiva nacional pode se chocar ou se adaptar à cultura globalizada, que permeia diversas esferas da vida, da economia à cultura popular. Isso pode levar a uma reafirmação da identidade nacional ou a uma tendência à homogeneização cultural.</p><p>A cultura objetiva conserva tradições e práticas culturais ao longo do tempo, enquanto a cultura subjetiva pode encorajar a inovação e a mudança cultural</p><p>A interação entre a cultura objetiva e a subjetiva contribui para processos de mudança social e cultural.</p><p>As culturas objetiva e subjetiva têm impacto nas interações interpessoais. Normas culturais objetivas, como padrões de cortesia, podem influenciar a forma como as pessoas se comportam em suas relações com os outros. Ao mesmo tempo, as crenças e valores subjetivos de cada indivíduo também moldam suas interações sociais.</p><p>Em algumas situações, as culturas subjetiva e objetiva podem entrar em conflito, levando à resistência cultural. Grupos minoritários ou comunidades podem lutar para preservar sua cultura subjetiva diante da imposição de normas e valores da cultura objetiva dominante.</p><p>A interação entre as culturas objetiva e subjetiva permite que as pessoas assumam múltiplas identidades, adaptando-se a diferentes contextos sociais. Um indivíduo pode, ao mesmo tempo, ser membro de uma cultura objetiva maior (por exemplo, a nacionalidade) e expressar uma cultura subjetiva mais específica (por exemplo, a identidade de gênero).</p><p>Piaget - Os estágios sociais</p><p>As crianças selecionam e interpretam o que veem, ouvem e sentem no mundo que as rodeia. Descobriu que as crianças passam por vários estágios para aquisição do conhecimento da consciência de si mesmas.</p><p>· Primeiro Estágio (sensório-motora): 0 – 2 anos.</p><p>Os bebês aprendem tocando os objetivos. Não tem consciência que existem coisas fora do alcance de sua visão.</p><p>· Segundo Estágio (pré-operacional): 2 – 7 anos.</p><p>Aprendem a língua falada, usar palavras para representar objetos. Egocentrismo.</p><p>· Terceiro Estágio (operacional-concreto): 7 – 11 anos</p><p>Domínio de noções lógicas e abstratas. Ideias de causalidade.</p><p>· Quarto Estágio (operacional-formal): 11 – 15 anos.</p><p>Entender ideias muito abstratas.</p><p>George Herbert Mead - Teoria do Self Social</p><p>Interacionismo Simbólico – símbolos e interpretação de significados.</p><p>Agências de Socialização</p><p>Primeira Fase (infância) – família</p><p>Segunda Fase – escola, igreja, grupo de amigos, organizações diversas.</p><p>1) Os sociólogos muitas vezes falam da socialização como algo que ocorre em duas fases amplas, envolvendo diversas agências diferentes de socialização. As agências de socialização são grupos ou contextos sociais onde ocorrem processos significativos de socialização. As duas fases de socialização, apresentadas por Giddens, são denominadas de primárias e secundárias. (Giddens, 2012, p.21). Com relação a estas fases, é CORRETO afirmar que: A família é o principal agente de socialização primária; enquanto, escolas, grupos de amigos, organizações, igreja e outros centros de interação social constituem os elementos secundários para formação da criança.</p><p>A família exerce um papel fundamental na socialização primária das crianças, onde aprendem a linguagem, a afetividade, a se comportarem etc. Os elementos secundários, corroboram na formação externa, fora do seio familiar. Nela a criança aprende a lidar com situações e experiências particulares, tais como aceitação do grupo, resolver conflitos, etc.</p><p>2) Para os sociólogos, a socialização é o processo pelo qual o bebê humano, gradualmente, torna-se uma pessoa autoconsciente e culta, hábil nos modos da cultura em que nasceu. (Giddens, Sociologia, 2012, p. 210). Assim, pode-se entender que o fenômeno de socialização é: exclusivamente humano, uma vez que os animais não são autoconscientes de sua situação social.</p><p>Somente o ser humano é capaz de produzir cultura. Para essa construção é necessário o exercício consciente da razão.</p><p>3) Jean Piaget e George Herbert Mead foram os primeiros cientistas no século XX a estudarem o comportamento humano a partir da socialização infantil. Piaget, por sua vez, apresentou sua teoria através dos estágios do desenvolvimento cognitivo, enquanto Mead estudou a teoria do self social. (Giddens, 2012, p.210-21). Em relação aos estágios de desenvolvimento cognitivo, marque a alternativa CORRETA: As crianças não recebem informações, passivamente, mas selecionam e interpretam o que veem, ouvem e sentem no mundo que as rodeia.</p><p>Para Piaget, as crianças são capazes de interagir com objetos e, a partir deles, aprender a ler o mundo. Contudo, essa interatividade parte do desejo e interesse da criança sobre o objeto.</p><p>4) Segundo Mead, "os bebês e crianças pequenas se desenvolvem, antes de tudo, como seres sociais, imitando as ações das pessoas em seu entorno. O que significa que a interação entre os seres humanos ocorre por meio de símbolos e da interpretação de significados". (Giddens, 2012, p.210-21). A esse processo de desenvolvimento social das crianças, Mead chamou de: interacionismo simbólico.</p><p>Segundo Mead, a interação entre os seres humanos ocorre por meio de símbolos e da interpretação de significados.</p><p>5) Cultura objetiva são todas as manifestações criadas pela sociedade humana, como a arte, a ciência, a tecnologia, a língua, dentre outras coisas. É a expressão do produto concreto criado pela sociedade. Logo, pode-se entender que a cultura subjetiva significa:</p><p>manifestações abstratas de compreensão e interpretação do mundo que o indivíduo faz, a partir de suas experiências pessoais.</p><p>São valores pessoais que levam o indivíduo a compreender o mundo que o cerca.</p><p>image1.png</p>