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<p>VINÍCIUS AUGUSTO NERES</p><p>MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO II</p><p>2024</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_do_Estado_da_Bahia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_do_Estado_da_Bahia</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 A RELIGIÃO E O MAL-ESTAR ................................................................................. 3</p><p>2 A AGRESSIVIDADE HUMANA ................................................................................... 3</p><p>4 O SUPEREGO E O SENTIMENTO DE CULPA ......................................................... 4</p><p>5 AMOR E AGITAÇÃO SOCIAL .................................................................................... 5</p><p>6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 5</p><p>1 A RELIGIÃO E O MAL-ESTAR</p><p>No texto "O Mal-Estar na Civilização" (1930), Sigmund Freud explora profundamente a</p><p>relação entre religião e o desconforto inerente à vida civilizada. Para Freud, a religião desempenha</p><p>um papel crucial na mitigação desse mal-estar ao oferecer consolo e significado em face das</p><p>inevitáveis limitações e sofrimentos da existência humana. Freud argumenta que a religião, ao</p><p>criar um mundo sobrenatural e prometer um sentido de ordem e justiça cósmica, proporciona aos</p><p>indivíduos uma forma de escapar das angústias e incertezas da vida terrena. Ela serve como um</p><p>mecanismo de defesa psicológica contra a dureza da realidade, oferecendo conforto emocional e</p><p>esperança em momentos de adversidade.</p><p>Além disso, Freud discute como a religião estabelece normas morais e éticas que regulam</p><p>o comportamento humano, proporcionando um quadro moral que pode ajudar na coesão social e</p><p>na redução de conflitos interpessoais. Essas normas, embora derivadas de fontes sobrenaturais e</p><p>transcendentes, influenciam profundamente as estruturas sociais e os sistemas legais das</p><p>sociedades humanas. No entanto, Freud também critica a religião por sua tendência a reprimir os</p><p>desejos individuais e impor restrições às pulsões humanas naturais, especialmente as sexuais. Ele</p><p>argumenta que essa repressão pode contribuir para o mal-estar psicológico ao criar conflitos</p><p>internos entre o ego consciente e os impulsos inconscientes, exacerbando a ansiedade e a</p><p>insatisfação.</p><p>Assim, enquanto reconhece os benefícios psicológicos e sociais da religião na civilização,</p><p>Freud também ressalta suas limitações e efeitos potencialmente negativos sobre a saúde mental e</p><p>o desenvolvimento individual. Ele desafia os indivíduos a enfrentarem o desconforto existencial</p><p>de forma mais direta e realista, buscando compreender e reconciliar as tensões internas sem</p><p>depender exclusivamente de sistemas religiosos para encontrar sentido e consolo na vida.</p><p>2 A AGRESSIVIDADE HUMANA</p><p>Em "O Mal-Estar na Civilização", Sigmund Freud explora profundamente a natureza da</p><p>agressividade humana como um tema central. Para Freud, a agressividade não é apenas uma</p><p>manifestação superficial de violência física, mas sim uma força fundamental que molda as</p><p>interações sociais e individuais dentro da civilização. Freud argumenta que a agressividade</p><p>humana é inerente à psique, derivando de impulsos instintivos primordiais que buscam</p><p>autoafirmação e dominação sobre os outros. Esses impulsos são parte de um conflito constante</p><p>entre o indivíduo e a sociedade, refletindo as tensões entre o desejo de liberdade pessoal e a</p><p>necessidade de conformidade social.</p><p>Para Freud, a civilização surge como uma tentativa de regular e canalizar essas pulsões</p><p>agressivas em formas socialmente aceitáveis, através de normas, leis e instituições. No entanto,</p><p>essa regulação nem sempre é bem-sucedida, e a agressividade muitas vezes encontra expressão em</p><p>formas disfarçadas, como hostilidade, competitividade, ou até mesmo como autodestruição. A</p><p>agressividade também desempenha um papel crucial na dinâmica de grupos e na formação de</p><p>identidades sociais. Freud sugere que as identidades grupais frequentemente se formam em</p><p>oposição a um "outro" percebido como diferente, estrangeiro ou ameaçador, resultando em</p><p>conflitos intergrupais alimentados pela agressão.</p><p>Além disso, Freud explora a agressividade como um componente essencial da pulsão de</p><p>morte (Thanatos), oposta à pulsão de vida (Eros). Essa dualidade fundamental na psique humana</p><p>implica que a agressividade não pode ser simplesmente erradicada, mas deve ser entendida e</p><p>administrada para evitar seus efeitos destrutivos.</p><p>Em última análise, Freud sugere que o mal-estar na civilização surge da impossibilidade de</p><p>reconciliar completamente as demandas da civilização com os impulsos agressivos do indivíduo.</p><p>A agressividade, portanto, não é apenas um fenômeno psicológico isolado, mas uma força motriz</p><p>que permeia a experiência humana, moldando tanto os conflitos sociais quanto os dilemas internos</p><p>de cada indivíduo.</p><p>3 A BUSCA DA FELICIDADE</p><p>A busca pela felicidade é um tema central na obra de Freud, que vê essa busca como algo</p><p>inerente à condição humana. Ele aponta que a felicidade é dificultada pelas exigências da</p><p>civilização, que requer a renúncia de prazeres imediatos e a aceitação de normas restritivas. A</p><p>felicidade, segundo Freud, é transitória e frequentemente interrompida por sofrimentos</p><p>inevitáveis, como doenças, perdas e a própria mortalidade. As tentativas de alcançar a felicidade,</p><p>seja através da gratificação dos desejos ou da sublimação desses desejos em atividades criativas</p><p>e culturais, são constantemente frustradas pelas limitações impostas pela vida em sociedade.</p><p>4 O SUPEREGO E O SENTIMENTO DE CULPA</p><p>Freud argumenta que o superego, uma das três partes da estrutura psíquica (junto com o id</p><p>e o ego), desempenha um papel crucial na formação do sentimento de culpa. O superego se</p><p>desenvolve a partir das normas e valores internalizados durante a infância, principalmente através</p><p>da influência dos pais e da sociedade. Ele atua como um censor interno, impondo padrões morais</p><p>e éticos ao indivíduo.</p><p>O sentimento de culpa, segundo Freud, surge da tensão entre o superego e o id. Quando os</p><p>desejos instintivos do id entram em conflito com as normas do superego, o ego, que tenta mediar</p><p>entre esses dois polos, gera um sentimento de culpa. Esse sentimento é uma forma de punição</p><p>autoimposta pela violação das regras morais internalizadas. Na civilização, o sentimento de culpa</p><p>é amplificado pelo aumento das restrições sociais e morais. As pessoas são constantemente</p><p>pressionadas a reprimir seus instintos primários, como a agressão e a sexualidade, o que leva a</p><p>um aumento do mal-estar individual. O sentimento de culpa se torna uma ferramenta poderosa</p><p>para a manutenção da ordem social, pois mantém os indivíduos em conformidade com as normas</p><p>coletivas.</p><p>5 AMOR E AGITAÇÃO SOCIAL</p><p>Freud também explora a dualidade do amor e sua influência na agitação social. Ele</p><p>distingue entre dois tipos de amor: o amor erótico, que busca a união sexual e a satisfação dos</p><p>desejos, e o amor fraterno, que se manifesta como uma afeição desinteressada e um desejo de</p><p>bem-estar para os outros. O amor erótico, embora seja uma força poderosa que une os indivíduos,</p><p>pode levar a conflitos e ciúmes, desestabilizando a harmonia social. Por outro lado, o amor</p><p>fraterno é essencial para a coesão social, promovendo a solidariedade e a cooperação entre os</p><p>membros da sociedade.</p><p>Freud argumenta que a civilização tenta canalizar o amor erótico para formas socialmente</p><p>aceitáveis, como o casamento monogâmico, enquanto promove o amor fraterno como base para</p><p>a comunidade e a convivência pacífica. No entanto, a repressão dos impulsos eróticos pode gerar</p><p>frustração e insatisfação, contribuindo para a agitação social. A insatisfação com as restrições</p><p>impostas pela civilização pode manifestar-se</p><p>em movimentos sociais e políticos que buscam</p><p>mudanças nas normas e estruturas sociais.</p><p>6 REFERÊNCIAS</p><p>O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO. In: Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas</p><p>Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.</p><p>1 A RELIGIÃO E O MAL-ESTAR</p><p>2 A AGRESSIVIDADE HUMANA</p><p>4 O SUPEREGO E O SENTIMENTO DE CULPA</p><p>5 AMOR E AGITAÇÃO SOCIAL</p><p>6 REFERÊNCIAS</p><p>O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO. In: Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.</p>

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