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1 / 7 GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA EXPERIMENTAL CONDICIONAMENTO RESPONDENTE FORTALEZA 05/2024 DISCENTES: 2 / 7 1. Introdução: No campo da Psicologia Experimental, o programa Sniffy é utilizado para estudar o condicionamento respondente, um tipo de aprendizado associado ao reflexo condicionado pavloviano. Este estudo envolve a exposição de um animal a um estímulo neutro (como um cheiro) antes de apresentar um estímulo condicionado (como um sabor amargo), permitindo observar como o animal associa o cheiro ao sabor desagradável. A partir dessa associação, o animal começa a responder ao cheiro com medo ou aversão, demonstrando o condicionamento respondente. O condicionamento respondente é um processo pelo qual um organismo aprende a associar dois estímulos diferentes, onde um estímulo inicial (estímulo condicionado) é seguido por outro estímulo (resposta condicionada). Um exemplo clássico é o experimento de Pavlov com cachorros, onde o som de um sino (estímulo condicionado) era seguido pela apresentação de comida (resposta condicionada). Com o tempo, os cachorros começaram a salivar apenas ao ouvir o som do sino, mesmo sem a presença da comida, mostrando que aprenderam a associar o som ao alimento. Pode ser ainda involuntário e inato – para eventos filogenéticos importantes como comida, sexo – ou pode ser aprendido (como mencionado), quando um estímulo “neutro” é apresentado em conjunto com um estímulo específico e indutor do comportamento. O pareamento de estímulos refere-se à prática de apresentar dois ou mais estímulos simultaneamente ou em sequência para criar uma associação entre eles. Na pesquisa experimental, essa técnica é usada para estudar como os organismos aprendem a associar estímulos e como essa associação influencia seu comportamento futuro. No contexto da prática com o Sniffy, o pareamento de estímulos envolve a exposição do animal a um cheiro (estímulo neutro) seguido por um sabor desagradável (estímulo condicionado), permitindo que o animal aprenda a associar o cheiro ao sabor desagradável. É importante salientar que somente um estímulo neutro com um estímulo eliciador de respondentes pode ser emparelhado. Dessa forma, por exemplo, podemos dizer uma pessoa que sofreu um acidente de carro traumático passou por um momento ameaçador sendo exposta a emoção do medo que tem capacidade suficiente de emparelhar com o estímulo ameaçador (andar de carro) e ambos serão eliciadores do comportamento do medo. 3 / 7 2. Desenvolvimento: A atividade Sniffy, no contexto do condicionamento respondente, envolve o uso de um software educacional chamado Sniffy, que simula o comportamento de um rato virtual para demonstrar conceitos de aprendizado e condicionamento. Este experimento é uma adaptação do condicionamento clássico de 4 / 7 Pavlov, aplicado em um ambiente virtual, proporcionando uma oportunidade prática para estudantes de psicologia explorarem os princípios de aprendizado e comportamento. Na prática com o Sniffy, os alunos são instruídos a conduzir uma série de atividades que simulam o condicionamento respondente. Isso inclui a introdução de um estímulo neutro (um ruido) seguido por um estímulo condicionado (um choque), permitindo que o rato virtual aprenda a associar o ruido ao choque. Durante esse processo, os alunos observam e registram as mudanças no comportamento do rato virtual em resposta aos estímulos, avaliando a eficácia do condicionamento respondente. Quando a atividade é executada corretamente, o rato virtual mostra uma diminuição na resposta ao estímulo neutro após o condicionamento respondente, indicando que aprendeu a associar o ruido ao choque. Isso demonstra o poder do condicionamento respondente e a capacidade do cérebro de aprender a associar estímulos de maneira eficiente. Na prática que realizamos no laboratório foi possível observar a mudança do comportamento do rato durante as quatro fases abaixo: 1ª fase: Realizamos três exposições ao som (SN), nessa ocasião não houve resposta ao medo. 2ª fase: Criamos o emparelhamento com o choque (SN – SI), a partir desse momento foi associado o medo ao som. 3ª fase: Começamos a extinção respondente (SC), onde iniciamos o enfraquecimento gradativo da resposta condicionada. 4ª fase: Após vinte quatro horas de descanso da exposição houve a recuperação espontânea (ausência dos choques). A atividade Sniffy está intimamente ligada ao referencial teórico do condicionamento respondente, oferecendo uma aplicação prática dos conceitos teóricos. Ela permitiu a aplicação e exploração dos princípios de aprendizado condicionado em um ambiente controlado, fornecendo insights valiosos sobre como os estímulos ambientais são internalizados e influenciam o comportamento. 5 / 7 4. Conclusão: A relação entre o experimento e o referencial teórico é evidente na aplicação direta dessas teorias para explicar como os sujeitos aprendem a associar cheiros/sons (estímulos neutros) a sabores/choques desagradáveis (estímulos condicionados), demonstrando o poder do aprendizado condicionado. As lições aprendidas com o experimento Sniffy têm aplicações práticas significativas além do laboratório. Por exemplo, entendemos melhor como os anúncios publicitários e as marcas podem manipular nossas percepções e preferências através de associações sensoriais. Isso tem implicações para o marketing e design de produtos, onde a criação de associações positivas entre um produto e certos estímulos sensoriais pode aumentar sua aceitação e consumo. 6 / 7 Também há implicações para áreas como a psicoterapia e a neurociência, onde o entendimento do condicionamento respondente pode informar tratamentos para transtornos de ansiedade e depressão, ajudando a dessensibilizar respostas negativas a determinados estímulos. Em suma, o experimento Sniffy não apenas ilustra a aplicação prática de conceitos teóricos de aprendizado condicionado, mas também oferece insights valiosos sobre a complexidade da subjetividade humana e suas bases biológicas e ambientais. Esses conhecimentos têm o potencial de transformar diversas áreas da vida cotidiana e profissional, desde a tomada de decisões de compra até o desenvolvimento de estratégias terapêuticas. Concluímos que o comportamento condicionante respondente tem implicações significativas para a psicologia, auxiliando o psicólogo a entender como o indivíduo desenvolve resposta emocional e psicológica aos vários estímulos; através desses princípios é possível tratar fobias, transtornos e outras condições emocionais; permitindo que os organismos se adaptem aos ambientes, associando cheiros/ sons aos estímulos e suas consequências. 5. Referências bibliográficas: Normas ABNT 2020 - Como Estruturar seu Trabalho nas regras ABNT. Disponível em: . Acesso em: 22 maio.2024 LEONARDI, Jan Luiz. Dez. 2008. A relação em comportamento respondente e fisiologia na obra de B. F. Skinner. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/304326285_A_relacao_entre_comportamento_respondente_e_fi siologia_na_obra_de_B_F_Skinner Acesso em: 22 maio.2024 MAZIN, G. Nov. 2023. Comportamento Respondente e Operante – Behaviorismo. Disponível em: https://psicoeduca.com.br/psicologia/teorias-e-sistemas/291-comportamento-respondente-e-operante- behaviorismo-1 Acesso em: 26 maio 2024. GALLARDO, Claudia Pradas. Nov. 2020. Teoria de Skinner: behaviorismo e condicionamento operante. Disponível em: Teoria de Skinner: behaviorismo e condicionamento operante (psicologia-online.com) Acesso em: 26 maio 2024. https://www.normasabnt.org/ https://www.normasabnt.org/ https://www.normasabnt.org/ https://www.researchgate.net/publication/304326285_A_relacao_entre_comportamento_respondente_e_fisiologia_na_obra_de_B_F_Skinnerhttps://www.researchgate.net/publication/304326285_A_relacao_entre_comportamento_respondente_e_fisiologia_na_obra_de_B_F_Skinner https://psicoeduca.com.br/psicologia/teorias-e-sistemas/291-comportamento-respondente-e-operante-behaviorismo-1 https://psicoeduca.com.br/psicologia/teorias-e-sistemas/291-comportamento-respondente-e-operante-behaviorismo-1 https://br.psicologia-online.com/teoria-de-skinner-behaviorismo-e-condicionamento-operante-226.html 7 / 7 Jul 2016. Exemplos clássicos do Behaviorismo (condicionamento). Disponível em: https://psicoativo.com/ 2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html A cesso em: 27 maio 2024. Moreira, M., Medeiros, C. Princípios básicos de análise do comportamento. 2ª edição. Porto Alegre. Artmed, 2019. https://psicoativo.com/2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html https://psicoativo.com/2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html