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GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
DISCIPLINA: PSICOLOGIA EXPERIMENTAL 
 
 
 
 
 
 
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
05/2024 
 
 
 
 
 
DISCENTES: 
 
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1. Introdução: 
No campo da Psicologia Experimental, o programa Sniffy é utilizado para estudar o 
condicionamento respondente, um tipo de aprendizado associado ao reflexo condicionado pavloviano. Este 
estudo envolve a exposição de um animal a um estímulo neutro (como um cheiro) antes de apresentar um 
estímulo condicionado (como um sabor amargo), permitindo observar como o animal associa o cheiro ao 
sabor desagradável. A partir dessa associação, o animal começa a responder ao cheiro com medo ou aversão, 
demonstrando o condicionamento respondente. 
O condicionamento respondente é um processo pelo qual um organismo aprende a associar dois 
estímulos diferentes, onde um estímulo inicial (estímulo condicionado) é seguido por outro estímulo 
(resposta condicionada). Um exemplo clássico é o experimento de Pavlov com cachorros, onde o som de 
um sino (estímulo condicionado) era seguido pela apresentação de comida (resposta condicionada). Com o 
tempo, os cachorros começaram a salivar apenas ao ouvir o som do sino, mesmo sem a presença da comida, 
mostrando que aprenderam a associar o som ao alimento. Pode ser ainda involuntário e inato – para eventos 
filogenéticos importantes como comida, sexo – ou pode ser aprendido (como mencionado), quando um 
estímulo “neutro” é apresentado em conjunto com um estímulo específico e indutor do comportamento. 
O pareamento de estímulos refere-se à prática de apresentar dois ou mais estímulos simultaneamente 
ou em sequência para criar uma associação entre eles. Na pesquisa experimental, essa técnica é usada para 
estudar como os organismos aprendem a associar estímulos e como essa associação influencia seu 
comportamento futuro. No contexto da prática com o Sniffy, o pareamento de estímulos envolve a exposição 
do animal a um cheiro (estímulo neutro) seguido por um sabor desagradável (estímulo condicionado), 
permitindo que o animal aprenda a associar o cheiro ao sabor desagradável. É importante salientar que 
somente um estímulo neutro com um estímulo eliciador de respondentes pode ser emparelhado. 
Dessa forma, por exemplo, podemos dizer uma pessoa que sofreu um acidente de carro traumático 
passou por um momento ameaçador sendo exposta a emoção do medo que tem capacidade suficiente de 
emparelhar com o estímulo ameaçador (andar de carro) e ambos serão eliciadores do comportamento do 
medo. 
 
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2. Desenvolvimento: 
A atividade Sniffy, no contexto do condicionamento respondente, envolve o uso de um software 
educacional chamado Sniffy, que simula o comportamento de um rato virtual para demonstrar conceitos 
de aprendizado e condicionamento. Este experimento é uma adaptação do condicionamento clássico de 
 
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Pavlov, aplicado em um ambiente virtual, proporcionando uma oportunidade prática para estudantes de 
psicologia explorarem os princípios de aprendizado e comportamento. 
Na prática com o Sniffy, os alunos são instruídos a conduzir uma série de atividades que simulam 
o condicionamento respondente. Isso inclui a introdução de um estímulo neutro (um ruido) seguido por um 
estímulo condicionado (um choque), permitindo que o rato virtual aprenda a associar o ruido ao choque. 
Durante esse processo, os alunos observam e registram as mudanças no comportamento do rato virtual em 
resposta aos estímulos, avaliando a eficácia do condicionamento respondente. 
Quando a atividade é executada corretamente, o rato virtual mostra uma diminuição na resposta ao 
estímulo neutro após o condicionamento respondente, indicando que aprendeu a associar o ruido ao 
choque. Isso demonstra o poder do condicionamento respondente e a capacidade do cérebro de aprender a 
associar estímulos de maneira eficiente. 
Na prática que realizamos no laboratório foi possível observar a mudança do comportamento do 
rato durante as quatro fases abaixo: 
1ª fase: Realizamos três exposições ao som (SN), nessa ocasião não houve resposta ao medo. 
2ª fase: Criamos o emparelhamento com o choque (SN – SI), a partir desse momento foi associado 
o medo ao som. 
3ª fase: Começamos a extinção respondente (SC), onde iniciamos o enfraquecimento gradativo da 
resposta condicionada. 
4ª fase: Após vinte quatro horas de descanso da exposição houve a recuperação espontânea 
(ausência dos choques). 
A atividade Sniffy está intimamente ligada ao referencial teórico do condicionamento respondente, 
oferecendo uma aplicação prática dos conceitos teóricos. Ela permitiu a aplicação e exploração dos 
princípios de aprendizado condicionado em um ambiente controlado, fornecendo insights valiosos sobre 
como os estímulos ambientais são internalizados e influenciam o comportamento. 
 
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 4. Conclusão: 
 A relação entre o experimento e o referencial teórico é evidente na aplicação direta dessas teorias 
para explicar como os sujeitos aprendem a associar cheiros/sons (estímulos neutros) a sabores/choques 
desagradáveis (estímulos condicionados), demonstrando o poder do aprendizado condicionado. 
As lições aprendidas com o experimento Sniffy têm aplicações práticas significativas além do 
laboratório. Por exemplo, entendemos melhor como os anúncios publicitários e as marcas podem 
manipular nossas percepções e preferências através de associações sensoriais. Isso tem implicações para o 
marketing e design de produtos, onde a criação de associações positivas entre um produto e certos estímulos 
sensoriais pode aumentar sua aceitação e consumo. 
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Também há implicações para áreas como a psicoterapia e a neurociência, onde o entendimento do 
condicionamento respondente pode informar tratamentos para transtornos de ansiedade e depressão, 
ajudando a dessensibilizar respostas negativas a determinados estímulos. 
Em suma, o experimento Sniffy não apenas ilustra a aplicação prática de conceitos teóricos de 
aprendizado condicionado, mas também oferece insights valiosos sobre a complexidade da subjetividade 
humana e suas bases biológicas e ambientais. Esses conhecimentos têm o potencial de transformar diversas 
áreas da vida cotidiana e profissional, desde a tomada de decisões de compra até o desenvolvimento de 
estratégias terapêuticas. 
Concluímos que o comportamento condicionante respondente tem implicações significativas para 
a psicologia, auxiliando o psicólogo a entender como o indivíduo desenvolve resposta emocional e 
psicológica aos vários estímulos; através desses princípios é possível tratar fobias, transtornos e outras 
condições emocionais; permitindo que os organismos se adaptem aos ambientes, associando cheiros/ sons 
aos estímulos e suas consequências. 
 
 
5. Referências bibliográficas: 
 
Normas ABNT 2020 - Como Estruturar seu Trabalho nas regras ABNT. Disponível em: 
. Acesso em: 22 maio.2024 
LEONARDI, Jan Luiz. Dez. 2008. A relação em comportamento respondente e fisiologia na obra de B. F. 
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MAZIN, G. Nov. 2023. Comportamento Respondente e Operante – Behaviorismo. Disponível em: 
https://psicoeduca.com.br/psicologia/teorias-e-sistemas/291-comportamento-respondente-e-operante-
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GALLARDO, Claudia Pradas. Nov. 2020. Teoria de Skinner: behaviorismo e condicionamento operante. 
Disponível em: Teoria de Skinner: behaviorismo e condicionamento operante (psicologia-online.com) 
Acesso em: 26 maio 2024. 
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https://br.psicologia-online.com/teoria-de-skinner-behaviorismo-e-condicionamento-operante-226.html
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Jul 2016. Exemplos clássicos do Behaviorismo (condicionamento). Disponível em: https://psicoativo.com/ 
2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html A cesso em: 27 maio 2024. 
Moreira, M., Medeiros, C. Princípios básicos de análise do comportamento. 2ª edição. Porto Alegre. 
Artmed, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://psicoativo.com/2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html
https://psicoativo.com/2016/07/exemplos-praticos-do-behaviorismo-condicionamento.html

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