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<p>INTRODUÇÃO AO</p><p>SISTEMA ÚNICO DE</p><p>SAÚDE SUS</p><p>Assistência de Média e Alta Complexidade</p><p>Redes de Atenção à Saúde</p><p>As Redes de Atenção à Saúde (RAS) representam uma abordagem</p><p>inovadora e integrada no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, com o</p><p>objetivo de organizar e articular os serviços de saúde em uma rede de cuidado</p><p>contínuo e coordenado, visando oferecer uma assistência mais eficiente,</p><p>equitativa e centrada no usuário. As RAS são fundamentais para garantir o</p><p>acesso oportuno, a resolutividade e a integralidade da atenção à saúde, além</p><p>de otimizar o uso dos recursos disponíveis.</p><p>Características das Redes de Atenção à Saúde:</p><p>1. Integralidade da Atenção: As RAS visam oferecer uma assistência</p><p>integral e contínua ao usuário, contemplando desde a promoção da</p><p>saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação,</p><p>até a atenção domiciliar e os cuidados paliativos, de acordo com as</p><p>necessidades de saúde de cada indivíduo.</p><p>2. Organização por Níveis de Atenção: As RAS são organizadas em</p><p>diferentes níveis de complexidade (atenção primária, secundária e</p><p>terciária), com o objetivo de garantir uma distribuição equitativa e</p><p>hierarquizada dos recursos de saúde, de acordo com a gravidade e</p><p>complexidade dos casos atendidos.</p><p>3. Integração dos Serviços de Saúde: As RAS promovem a integração</p><p>e articulação entre os diferentes serviços de saúde, tanto dentro do</p><p>sistema público quanto com o setor privado e organizações da</p><p>sociedade civil, por meio do compartilhamento de informações,</p><p>protocolos clínicos, fluxos de referência e contrarreferência, visando</p><p>garantir uma atenção mais eficiente e resolutiva.</p><p>4. Atenção Centrada no Usuário: As RAS têm como foco principal as</p><p>necessidades e expectativas dos usuários, buscando garantir uma</p><p>atenção humanizada, acolhedora e centrada no indivíduo e em sua</p><p>família, respeitando sua autonomia, dignidade e direito à informação</p><p>e participação no processo de cuidado.</p><p>5. Avaliação e Monitoramento Contínuo: As RAS são constantemente</p><p>avaliadas e monitoradas, com o objetivo de identificar problemas,</p><p>desafios e oportunidades de melhoria, promovendo a qualificação dos</p><p>serviços de saúde, a redução de desperdícios e a otimização dos</p><p>resultados em saúde.</p><p>Componentes das Redes de Atenção à Saúde:</p><p>1. Atenção Primária à Saúde (APS): Representa o primeiro nível de</p><p>atenção à saúde, caracterizado pela oferta de serviços de saúde de</p><p>forma integral, resolutiva e continuada, por meio das Equipes de</p><p>Saúde da Família (ESF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS).</p><p>2. Atenção Especializada: Compreende o segundo nível de atenção à</p><p>saúde, destinado ao atendimento de casos mais complexos e</p><p>especializados, que não podem ser resolvidos na Atenção Primária.</p><p>Inclui serviços ambulatoriais, consultas especializadas, exames</p><p>complementares e procedimentos cirúrgicos.</p><p>3. Atenção Hospitalar: Representa o terceiro nível de atenção à saúde,</p><p>destinado ao atendimento de casos de maior complexidade e</p><p>gravidade, que requerem internação hospitalar, cuidados intensivos,</p><p>cirurgias e procedimentos de alta complexidade.</p><p>4. Atenção Domiciliar: Compreende o conjunto de serviços e ações de</p><p>saúde realizados no domicílio do usuário, visando oferecer cuidados</p><p>integrados, continuados e humanizados a pacientes em situação de</p><p>vulnerabilidade ou com necessidades especiais, como idosos, pessoas</p><p>com deficiência, pacientes crônicos, entre outros.</p><p>5. Regulação e Organização da Rede: Envolve a regulação e</p><p>organização dos fluxos de acesso aos diferentes níveis de atenção à</p><p>saúde, por meio de sistemas de referência e contrarreferências,</p><p>centrais de regulação, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas,</p><p>visando garantir uma distribuição equitativa e eficiente dos recursos</p><p>de saúde.</p><p>Em resumo, as Redes de Atenção à Saúde representam uma importante</p><p>estratégia para fortalecer o SUS e oferecer uma assistência mais integrada,</p><p>resolutiva e centrada no usuário. Por meio da integração dos serviços de</p><p>saúde, organização por níveis de atenção, atenção centrada no usuário e</p><p>avaliação contínua, as RAS têm o potencial de melhorar a qualidade de vida</p><p>e o acesso à saúde de toda a população brasileira.</p><p>Referência e contrarreferência nos serviços de média e</p><p>alta complexidade</p><p>Nos serviços de saúde, especialmente naqueles de média e alta</p><p>complexidade, a referência e contrarreferência desempenham um papel</p><p>essencial na garantia de uma atenção integral e coordenada aos usuários.</p><p>Esses processos são fundamentais para promover o acesso oportuno, a</p><p>continuidade do cuidado e a efetiva resolutividade dos serviços, contribuindo</p><p>para uma melhor organização e articulação da rede assistencial.</p><p>Referência</p><p>A referência é o encaminhamento de um paciente de um serviço de</p><p>saúde para outro, geralmente de menor para maior complexidade, com o</p><p>objetivo de dar continuidade ao cuidado e garantir o acesso a procedimentos</p><p>ou tratamentos que não estão disponíveis na unidade de origem. Por</p><p>exemplo, um paciente atendido em uma Unidade Básica de Saúde (UBS)</p><p>pode ser referenciado para um serviço de especialidade, como um</p><p>ambulatório de cardiologia, para a realização de exames mais específicos ou</p><p>tratamentos especializados.</p><p>Contrarreferência</p><p>A contrarreferência, por sua vez, consiste no retorno do paciente ao</p><p>serviço de saúde de origem após ter sido atendido em outro serviço para o</p><p>qual foi referenciado. Esse retorno deve ser acompanhado de informações</p><p>completas sobre o atendimento recebido, resultados de exames, prescrições</p><p>médicas e orientações para continuidade do cuidado. A contrarreferência é</p><p>fundamental para garantir a comunicação entre os profissionais de saúde</p><p>envolvidos e assegurar a continuidade do acompanhamento do paciente.</p><p>Importância da Referência e Contrarreferência</p><p>1. Continuidade do Cuidado: O processo de referência e</p><p>contrarreferência garante que o cuidado prestado ao paciente seja</p><p>contínuo e integrado, evitando interrupções no tratamento e</p><p>possibilitando uma abordagem mais eficaz e adequada às suas</p><p>necessidades de saúde.</p><p>2. Resolutividade dos Serviços: Ao encaminhar pacientes para serviços</p><p>de maior complexidade quando necessário, e garantir seu retorno com</p><p>as devidas orientações, os serviços de saúde conseguem resolver</p><p>demandas que ultrapassam sua capacidade de atendimento,</p><p>contribuindo para uma assistência mais resolutiva e de qualidade.</p><p>3. Redução de Filas e Esperas: O encaminhamento adequado dos</p><p>pacientes evita a sobrecarga de determinados serviços e</p><p>especialidades, contribuindo para a redução de filas e tempos de</p><p>espera para atendimento, e otimizando a utilização dos recursos</p><p>disponíveis na rede de saúde.</p><p>4. Segurança do Paciente: A comunicação eficaz entre os serviços de</p><p>saúde durante o processo de referência e contrarreferência ajuda a</p><p>evitar erros de interpretação, duplicidade de exames, prescrições</p><p>conflitantes e outros problemas que podem comprometer a segurança</p><p>e qualidade do cuidado prestado ao paciente.</p><p>5. Integralidade da Atenção: Ao garantir o acesso a diferentes níveis de</p><p>complexidade e especialidades, a referência e contrarreferência</p><p>contribuem para uma abordagem mais integral da saúde,</p><p>contemplando não apenas o tratamento de doenças, mas também a</p><p>prevenção, promoção da saúde e reabilitação.</p><p>Em resumo, a referência e contrarreferência nos serviços de média e alta</p><p>complexidade são fundamentais para assegurar uma assistência integral,</p><p>contínua e resolutiva aos usuários do sistema de saúde. Por meio desses</p><p>processos, os serviços conseguem articular-se de forma eficiente, otimizando</p><p>recursos, evitando duplicidades e garantindo uma melhor experiência de</p><p>cuidado para os pacientes.</p><p>Hospitais e Serviços Especializados</p><p>Hospitais e serviços especializados</p><p>desempenham um papel</p><p>fundamental no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, oferecendo</p><p>atendimento de média e alta complexidade para pacientes com condições de</p><p>saúde que requerem cuidados especializados, procedimentos cirúrgicos,</p><p>tratamentos intensivos e acompanhamento por profissionais altamente</p><p>qualificados.</p><p>Hospitais de Referência</p><p>Os hospitais de referência são unidades de saúde estratégicas dentro</p><p>do sistema de saúde, geralmente localizados em centros urbanos ou em</p><p>regiões com maior concentração populacional. Esses hospitais têm</p><p>infraestrutura e recursos tecnológicos avançados para o diagnóstico e</p><p>tratamento de diversas doenças e condições de saúde, incluindo</p><p>especialidades médicas, cirurgias de alta complexidade, terapia intensiva,</p><p>transplantes e cuidados em unidades de queimados, entre outros.</p><p>Serviços Especializados</p><p>Além dos hospitais de referência, existem diversos serviços</p><p>especializados disponíveis na rede de saúde, como centros de diagnóstico</p><p>por imagem, laboratórios de análises clínicas, centros de reabilitação,</p><p>ambulatórios especializados, serviços de oncologia, cardiologia, neurologia,</p><p>ortopedia, entre outros. Esses serviços oferecem atendimento especializado</p><p>e multidisciplinar para pacientes com condições de saúde específicas, com</p><p>equipe técnica capacitada e equipamentos adequados para realizar</p><p>diagnósticos precisos e tratamentos eficazes.</p><p>Funcionamento e Organização</p><p>Os hospitais e serviços especializados funcionam de forma integrada</p><p>com a Atenção Básica e demais níveis de atenção à saúde, por meio de</p><p>sistemas de referência e contrarreferência, que permitem o encaminhamento</p><p>adequado dos pacientes de acordo com suas necessidades. Os pacientes são</p><p>encaminhados para esses serviços quando necessitam de cuidados mais</p><p>complexos ou tratamentos especializados, e retornam para acompanhamento</p><p>na Atenção Básica após o tratamento, garantindo a continuidade do cuidado.</p><p>Desafios e Oportunidades</p><p>Apesar da importância dos hospitais e serviços especializados na rede</p><p>de saúde, existem desafios a serem enfrentados, como a superlotação, falta</p><p>de leitos, longas filas de espera, falta de profissionais especializados em</p><p>determinadas regiões, entre outros. Para enfrentar esses desafios, é</p><p>necessário investir na ampliação e qualificação da rede de saúde, fortalecer</p><p>a integração entre os diferentes níveis de atenção, melhorar a gestão dos</p><p>serviços e garantir o acesso equitativo e universal aos cuidados</p><p>especializados.</p><p>Conclusão</p><p>Em resumo, os hospitais e serviços especializados desempenham um</p><p>papel crucial na oferta de cuidados de saúde de média e alta complexidade,</p><p>complementando a Atenção Básica e contribuindo para a promoção da saúde</p><p>e qualidade de vida da população. Por meio da oferta de serviços</p><p>especializados, diagnósticos precisos e tratamentos eficazes, esses serviços</p><p>ajudam a salvar vidas, reduzir o sofrimento dos pacientes e melhorar os</p><p>indicadores de saúde da população.</p><p>Organização e funcionamento dos serviços hospitalares</p><p>no SUS</p><p>A organização e o funcionamento dos serviços hospitalares no Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS) do Brasil são fundamentais para garantir o acesso</p><p>universal, integral e equitativo à saúde da população. Os hospitais públicos</p><p>desempenham um papel crucial na rede de atenção à saúde, oferecendo</p><p>atendimento de média e alta complexidade, internações, cirurgias,</p><p>tratamentos especializados e cuidados intensivos.</p><p>Organização dos Serviços Hospitalares:</p><p>1. Níveis de Complexidade: Os hospitais do SUS são classificados de</p><p>acordo com o nível de complexidade dos serviços oferecidos. Os</p><p>hospitais de pequeno porte, denominados como Unidades de Pronto</p><p>Atendimento (UPAs), realizam atendimento de urgência e emergência.</p><p>Já os hospitais de médio e grande porte oferecem serviços de média e</p><p>alta complexidade, como cirurgias, internações, terapia intensiva,</p><p>transplantes, entre outros.</p><p>2. Gestão: Os hospitais do SUS podem ter diferentes formas de gestão,</p><p>sendo geridos diretamente pelo poder público (estadual ou municipal),</p><p>por organizações sociais (OS), ou por meio de parcerias público-</p><p>privadas (PPP). A gestão hospitalar é responsável por coordenar as</p><p>atividades assistenciais, administrativas e financeiras, garantindo a</p><p>qualidade, eficiência e transparência dos serviços prestados.</p><p>3. Especialidades: Os hospitais do SUS oferecem uma variedade de</p><p>especialidades médicas e cirúrgicas, como pediatria, ginecologia,</p><p>obstetrícia, cardiologia, ortopedia, neurologia, oncologia, entre outras.</p><p>Além disso, muitos hospitais contam com serviços de apoio</p><p>diagnóstico e terapêutico, como laboratórios de análises clínicas,</p><p>radiologia, tomografia, ressonância magnética, entre outros.</p><p>Funcionamento dos Serviços Hospitalares:</p><p>1. Atendimento de Urgência e Emergência: Os hospitais do SUS</p><p>oferecem atendimento de urgência e emergência 24 horas por dia, sete</p><p>dias por semana, para casos de maior gravidade e necessidade</p><p>imediata de atendimento médico. As UPAs desempenham um papel</p><p>importante nesse contexto, atendendo casos de menor complexidade e</p><p>encaminhando os casos mais graves para hospitais de referência.</p><p>2. Internação Hospitalar: Os hospitais do SUS oferecem serviços de</p><p>internação para pacientes que necessitam de cuidados hospitalares por</p><p>um período prolongado, seja para tratamento de doenças agudas,</p><p>crônicas, cirurgias ou reabilitação. Durante a internação, os pacientes</p><p>recebem acompanhamento médico, cuidados de enfermagem,</p><p>fisioterapia, nutrição, entre outros serviços necessários para sua</p><p>recuperação.</p><p>3. Cirurgias e Procedimentos Especializados: Os hospitais do SUS</p><p>realizam uma ampla gama de procedimentos cirúrgicos e tratamentos</p><p>especializados, incluindo cirurgias de emergência, eletivas,</p><p>oncológicas, ortopédicas, cardíacas, transplantes, entre outros. Esses</p><p>procedimentos são realizados por equipes multidisciplinares,</p><p>compostas por médicos, enfermeiros, técnicos e demais profissionais</p><p>de saúde.</p><p>4. Terapia Intensiva: Os hospitais do SUS contam com unidades de</p><p>terapia intensiva (UTIs) para o tratamento de pacientes em estado</p><p>grave, que necessitam de cuidados intensivos e monitoramento</p><p>constante. As UTIs oferecem suporte avançado de vida, ventilação</p><p>mecânica, monitorização hemodinâmica, suporte nutricional, entre</p><p>outros cuidados especializados.</p><p>Desafios e Perspectivas:</p><p>Apesar dos avanços alcançados, os hospitais do SUS ainda enfrentam</p><p>desafios significativos, como superlotação, falta de leitos, demora no</p><p>atendimento, deficiências na infraestrutura, escassez de recursos humanos e</p><p>financeiros, entre outros. Para superar esses desafios, é necessário investir na</p><p>ampliação e qualificação da rede hospitalar, melhorar a gestão e organização</p><p>dos serviços, fortalecer a integração com outros níveis de atenção à saúde, e</p><p>garantir a participação e controle social na gestão dos hospitais.</p><p>Em suma, os hospitais do SUS desempenham um papel crucial na</p><p>garantia do direito à saúde e no enfrentamento das doenças e agravos à saúde</p><p>da população brasileira. Por meio da oferta de serviços especializados,</p><p>internações, cirurgias e cuidados intensivos, esses hospitais contribuem para</p><p>a promoção da saúde, prevenção de doenças e tratamento de enfermidades,</p><p>visando melhorar a qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos brasileiros.</p><p>Financiamento e Regulação da Média e Alta</p><p>Complexidade</p><p>O financiamento e a regulação da média e alta complexidade são</p><p>aspectos fundamentais para o funcionamento eficaz dos serviços de saúde no</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Esses processos garantem que</p><p>recursos financeiros sejam alocados de forma adequada e que os serviços</p><p>sejam prestados de acordo com padrões de qualidade e eficiência</p><p>estabelecidos, visando atender às necessidades da população de forma</p><p>equitativa e integral.</p><p>Financiamento da Média</p><p>e Alta Complexidade</p><p>O financiamento dos serviços de média e alta complexidade no SUS é</p><p>realizado por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), que recebe recursos</p><p>da União, estados e municípios, além de outras fontes de financiamento,</p><p>como transferências voluntárias, convênios e doações. Esses recursos são</p><p>distribuídos de acordo com critérios estabelecidos em leis, pactuações e</p><p>regulamentações específicas, levando em consideração a população</p><p>atendida, a complexidade dos serviços oferecidos e as necessidades de cada</p><p>região.</p><p>Componentes do Financiamento:</p><p>1. Piso de Média e Alta Complexidade (MAC): O Piso de MAC é um</p><p>componente do financiamento do SUS destinado a cobrir os custos dos</p><p>procedimentos e serviços de média e alta complexidade realizados</p><p>pelos hospitais e serviços especializados. Esse financiamento é</p><p>repassado aos estados e municípios com base em uma tabela de</p><p>procedimentos e valores pré-definidos, que são atualizados</p><p>periodicamente.</p><p>2. Incentivos Financeiros: Além do Piso de MAC, existem outros</p><p>incentivos financeiros disponíveis para os estados e municípios, como</p><p>o Incremento Temporário do Limite Financeiro da Assistência de</p><p>Média e Alta Complexidade (MAC), o QualificaAPS (Programa de</p><p>Qualificação da Atenção Primária à Saúde) e o Programa de</p><p>Reestruturação dos Hospitais de Ensino.</p><p>3. Cofinanciamento: O cofinanciamento é uma forma de financiamento</p><p>compartilhado entre União, estados e municípios, no qual cada ente</p><p>federativo contribui com uma parte dos recursos necessários para</p><p>custear os serviços de saúde. Essa forma de financiamento permite</p><p>uma maior equidade na distribuição dos recursos e uma maior</p><p>responsabilização dos gestores públicos.</p><p>Regulação da Média e Alta Complexidade</p><p>A regulação da média e alta complexidade é realizada pelos gestores</p><p>do SUS em diferentes níveis (federal, estadual e municipal), por meio de</p><p>sistemas de informação, protocolos clínicos, diretrizes terapêuticas, listas de</p><p>espera e centrais de regulação. O objetivo da regulação é garantir o acesso</p><p>equitativo, oportuno e eficiente aos serviços de saúde, evitando o sub ou</p><p>superutilização de recursos e garantindo a qualidade e resolutividade dos</p><p>serviços prestados.</p><p>Desafios e Perspectivas</p><p>Apesar dos avanços alcançados, o financiamento e a regulação da</p><p>média e alta complexidade ainda enfrentam desafios significativos, como a</p><p>insuficiência de recursos, a desigualdade na distribuição dos recursos entre</p><p>as regiões, a falta de integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde,</p><p>a demora no acesso aos serviços especializados e a baixa resolutividade de</p><p>alguns serviços. Para superar esses desafios, é necessário fortalecer os</p><p>mecanismos de financiamento e regulação, promover a integração entre os</p><p>diferentes pontos da rede de saúde, investir na qualificação dos profissionais</p><p>e garantir a participação e controle social na gestão do SUS.</p><p>Em resumo, o financiamento e a regulação da média e alta</p><p>complexidade são elementos essenciais para o funcionamento adequado dos</p><p>serviços de saúde no SUS, garantindo o acesso universal, integral e</p><p>equitativo aos serviços de saúde, e contribuindo para a promoção da saúde e</p><p>melhoria da qualidade de vida da população brasileira.</p><p>Regulação do acesso e da oferta de serviços</p><p>especializados</p><p>A regulação do acesso e da oferta de serviços especializados é uma</p><p>importante ferramenta de gestão no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil,</p><p>sendo fundamental para garantir o acesso equitativo, oportuno e eficiente aos</p><p>serviços de saúde, especialmente aqueles de maior complexidade e demanda.</p><p>Regulação do Acesso</p><p>A regulação do acesso refere-se ao processo de organização e controle</p><p>da entrada dos usuários nos diferentes serviços de saúde, garantindo que o</p><p>acesso seja realizado de forma justa, sem discriminação ou privilégios, e de</p><p>acordo com as necessidades clínicas de cada paciente. Esse processo envolve</p><p>a definição de critérios de prioridade e urgência, a gestão das listas de espera,</p><p>o estabelecimento de fluxos de referência e contrarreferência, e a</p><p>implementação de sistemas de marcação de consultas e procedimentos.</p><p>Principais Instrumentos de Regulação do Acesso:</p><p>1. Sistemas de Regulação Centralizada: Muitos estados e municípios</p><p>contam com sistemas de regulação centralizada, que coordenam o</p><p>agendamento de consultas, exames e procedimentos especializados,</p><p>de acordo com a disponibilidade de vagas e a gravidade do caso. Esses</p><p>sistemas permitem uma distribuição mais equitativa dos recursos e</p><p>uma maior eficiência na marcação de consultas e procedimentos.</p><p>2. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas: Os protocolos</p><p>clínicos e diretrizes terapêuticas são instrumentos utilizados para</p><p>padronizar o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de</p><p>determinadas doenças e condições de saúde. Esses protocolos são</p><p>elaborados com base em evidências científicas e têm como objetivo</p><p>garantir uma abordagem clínica uniforme e eficaz, contribuindo para</p><p>a qualidade e resolutividade dos serviços de saúde.</p><p>3. Regulação por Critérios de Prioridade: A regulação do acesso</p><p>também é realizada por meio da definição de critérios de prioridade,</p><p>que determinam a ordem de atendimento dos pacientes com base na</p><p>gravidade do caso, tempo de espera, vulnerabilidade social, entre</p><p>outros fatores. Esses critérios são utilizados para garantir que os</p><p>pacientes mais graves ou com maior risco de complicações sejam</p><p>atendidos com prioridade.</p><p>Regulação da Oferta</p><p>A regulação da oferta refere-se ao planejamento e controle da oferta</p><p>de serviços de saúde, garantindo que os recursos disponíveis sejam utilizados</p><p>de forma eficiente e adequada às necessidades da população. Esse processo</p><p>envolve a definição de critérios para a implantação e habilitação de serviços,</p><p>a distribuição geográfica dos serviços, a avaliação da qualidade e</p><p>resolutividade dos serviços, e a implementação de mecanismos de</p><p>monitoramento e avaliação da oferta de serviços.</p><p>Desafios e Perspectivas</p><p>Apesar dos avanços alcançados, a regulação do acesso e da oferta de</p><p>serviços especializados ainda enfrenta desafios significativos, como a falta</p><p>de integração entre os diferentes pontos da rede de saúde, a demora no acesso</p><p>aos serviços especializados, a insuficiência de recursos humanos e materiais,</p><p>e a desigualdade na distribuição dos serviços entre as regiões. Para superar</p><p>esses desafios, é necessário fortalecer os mecanismos de regulação,</p><p>promover a integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde, investir</p><p>na ampliação e qualificação da rede de serviços especializados, e garantir a</p><p>participação e controle social na gestão do SUS.</p><p>Em resumo, a regulação do acesso e da oferta de serviços</p><p>especializados é essencial para garantir um sistema de saúde mais justo,</p><p>eficiente e equitativo, promovendo o acesso universal e integral aos serviços</p><p>de saúde e contribuindo para a promoção da saúde e qualidade de vida da</p><p>população brasileira.</p>