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Hugo Ernesto

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

O PADRÃO DE BELEZA IMPOSTO PELA MÍDIA
Temos vivido a era dos direitos humanos, mas por desconhecer o poder de influência que a mídia, através dos meios de comunicação, exerce em nossas vidas, em como penetra em nossa mente, não percebemos que nossos direitos jamais foram tão violados como nos dias de hoje. Temos visto um verdadeiro massacre humano, de mulheres, adolescentes se matando para atingir um inatingível padrão de beleza imposto pela mídia. Em uma sociedade democrática, as mulheres tornaram-se escravas da indústria da beleza, tão difundida pelos meios de comunicação, os quais tem dilacerado a nossa juventude, pessoas que estão perdendo o prazer de viver, tornando-se solitárias, por estarem inconformadas com sua forma física, controlam alimentos que ingerem, para não engordar; esta escravidão assassina a autoestima, produz uma guerra contra o espelho e gera uma auto rejeição terrível. Diante disso, procuramos mostrar através de pesquisas, o que estas influências tem feito com nossa juventude, sendo estes os motivos que levaram o rumo desta pesquisa, a não conformação com esta situação, este massacre, de pessoas se matando para estarem como os meios de comunicação difundem que tem que ser para se dar bem na vida. O que leva uma pessoa a se destruir dessa forma? A perder o prazer de viver? Tudo isso para atingir um padrão de beleza? Estas indagações não nos deixa calar diante dessa fábrica de pessoas doentes e frustradas que tem sido nossa sociedade. Padrão de beleza e sociedade
Ao longo dos anos e mais precisamente depois da Segunda Guerra Mundial, a mulher vem adquirindo direitos e mudando sua forma de atuação na sociedade. Elas estão se especializando, através de estudos e qualificações profissionais, promovendo, assim, um melhor planejamento familiar e conquistando maior respeito e admiração, pois estão conquistando uma posição atuante e fora de casa. Hoje, podemos ver mulheres independentes, confiantes e distribuindo confiança, temos no Brasil uma mulher no comando do país, Dilma Rousseff, entre tantos outros exemplos de mulheres no comando de empresas, na chefia de cargos públicos, entre outros. O conceito de mulher, dona de casa, mãe e esposa, mudou. As mulheres ainda são mães, esposas e dona de seu lar, porém, junto a tudo isso, estão no mercado de trabalho atuando de forma efetiva diversas funções. As conquistas são constantes, e as quebras de tabus são diárias, em meio a esta avalanche cultural que temos vivido. Descarte, em meio a todas essas conquistas, temos vistos, também um verdadeiro massacre humano, onde pessoas, principalmente mulheres, dilaceraram seu prazer de viver e sua liberdade para atingir o inatingível padrão de beleza, pregado pelas mídias em nossas vidas.

Os negócios do esporte atingem uma grande fatia do mercado e por todo o país já existem lojas especializadas que oferecem uma grande variedade de produtos, com todas as novidades do mundo do surf. Se você curte adrenalina, está no caminho certo. O surf chegou para mudar a sua vida. Equipamentos de surf A prancha é o elo entre o surfista e o mar. Uma boa prancha é essencial para quem quer ter um bom desempenho. Ela tem que estar adaptada ao tamanho e as características físicas do atleta. O desenvolvimento do material utilizado nas pranchas foi tão grande, que as velhas (de madeira), foram substituídas por modernas placas de poliuretano. Além das conhecidas pranchinhas, mais velozes e utilizada pelos principais surfistas, existem as Fun e Long Boards. A Fun Board é uma intermediária entre a pranchinha e o Long. Já as Long Boards são as mais clássicas e trazem consigo o peso e a responsabilidade de toda a história do surf. Para completar a lista de materiais necessários para a prática do surf, tem o leash, a parafina e o neoprene. O leash é a famosa cordinha. Ela é geralmente amarrada junto ao calcanhar e prende o atleta a prancha. Verifique sempre se o lash está bem preso, pois caso se solte você terá muito trabalho para pegar a prancha novamente. A parafina que é feita do mesmo material da vela é passada na prancha e tem como objetivo segurar os pés do surfista durante a onda. Não exagere na hora da parafina e sempre lembre de utilizar o raspador. O neoprene é a roupa de borracha utilizada principalmente no inverno ou em mares frios. Se você quer surfar por mais tempo então não esqueça do neoprene. Apesar de prender um pouco o movimento do atleta ele é essencial nas épocas mais frias do ano. Historia do surf Os primeiros relatos do surf dizem que o esporte foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahito. Mas em 1778, quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele afirmou que já existiam surfistas na ilha. Até o início do século 20 o surf permaneceu em baixa até conhecer seu pai, Duke Paoa Kahanamoku, que manteve o esporte vivo graças a sua persistência. A primeira vez que o mundo ouviu falar do Havaí e do surf foi depois das Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, onde Duke ganhou uma medalha de ouro na natação. Duke fez o mundo saber que ele era um usrfista e que o surf era o ato de cavalgas as ondas do mar. Após sua vitória, Duke introduziu o surf na América em 1913 e na Austrália em 1915. No Brasil, as primeiras pranchas foram trazidas por turistas. A primeira prancha brasileira foi feita em 1938 pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada. Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo Preguiça construíram uma prancha que não tinha flutuação nem envergadura. Em 1962, no Rio de Janeiro o Sr. Moacir criou uma técnica para dar envergadura aos pranchões, em São Paulo, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas madeirites. Atualmente a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) é quem regulamenta e traça as diretrizes do esporte. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o WCT (World Championship Tour) que consagra o campeão mundial. Windsurf Um pouco de surf , um pouco de vela. Esse é o windsurf, um esporte olímpico que pode ser praticado em qualquer lugar e que por essa facilidade vem atraindo um grande número de novos praticantes. Apesar do pouco tempo desde sua criação, aproximadamente 25 anos, o esporte tem grande aceitação por ser uma alternativa tanto para surfistas, que em dias de ondas fracas podem surfar, tanto para os velejadores, que em dias de ventos fracos podem praticar um esporte mais radical. Hoje em dia o esporte tem grande espaço na mídia, devido a sua beleza e plasticidade. Toda essa divulgação só facilita o crescimento da modalidade. As competições possuem várias modalidades de windsurf, desde as mais radicais, como o Freestyle e Wave, até as mais tradicionais como a Classe olímpica e Slalom. Equipamentos de windsurf O conjunto dos materiais para a prática do windsurf é chamado de rig. A evolução do esporte nas últimas décadas proporcionou grandes mudanças nos tipos de materiais utilizados e o rendimento do equipamento cada vez é maior. A qualidade dos equipamentos é fundamental. "Um bom equipamento além de propiciar ao atleta uma melhor eficiência no esporte, ainda evita lesões e outros problemas como a deterioração rápida do equipamento", disse o instrutor e competidor, Leonardo Mulin Rebello. A vela funciona como um motor. É ela que tem a função de captar o vento e mover a prancha. Para a proteção da vela o rig conta com uma retranca. É ela quem mantém o formato da vela e dá a direção para a prancha. O mastro também tem a função de manter o formato da vela. E a extensão que é utilizada para estender o mastro para a medida certa. Historia do windsurf A origem do windsurf está diretamente ligada ao casal Newman e Naomy Darby. A idéia de criar o primeiro modelo do que depois viria a ser chamado de windsurf foi desenvolvida por eles. A remadora Naomy foi a primeira pessoa a ser fotografada com uma prancha de windsurf. Porém não foi nessa época que o esporte se tornou popular. Devido aos altos custos para a fabricação das pranchas, foram suficientes para que o casal abandonasse a idéia. Os amigos Hoyle Schweitzer e Jim Drake, quatro anos mais tarde resolveram unir as características do surf com o velejo e possibilitar o surf em lagos ou em praias sem ondas. Os dois desenvolveram conceitos que são aplicados até hoje. Em 1968 eles patentearam este equipamento chamado de windsurf. A partir daí o esporte começou o seu desenvolvimento. Em 1973 foi produzida a primeira prancha em série. Depois disso, o sucesso foi tão grande que em 1984 o esporte já estava participando dos Jogos Olímpicos. Hoje em dia as competições são organizadas pela PWA Professional Windsurf Association, que determina todas as regulamentações do esporte.

Acreditamos ser de fundamental importância diferenciar lutas de artes marciais. Lutas são disputas em que os oponentes se utilizam de técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de combate, caracterizando‐se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa (PCN‘s 1998). O termo arte marcial se refere as técnicas de combate ligadas à guerra. O termo marcial vem do deus Marte, deus da guerra para os romanos. As artes marciais mais conhecidas tanto no Brasil como no mundo são o Judô, o Karatê, o Taekondô, o Kung‐fú, e o Jui‐jistú. A Capoeira tem diversas interpretações. Pode ser vista como dança, folclore, jogo, mas sem dúvida sua maior e mais expressiva representação é a de luta. Seus movimentos são tipicamente de ataque e defesa. O boxe embora também seja uma luta, atualmente tem uma imagem mais ligada a uma prática desportiva. Com o grande desenvolvimento das armas de guerra, os combates físicos foram rareando e as Artes Marciais foram ―migrando‖ para o desporto, perdendo inclusive muitas de suas características. O Judô (que significa caminho da suavidade) não tem praticamente mais nada de suave. O atleta quando golpeado, em vês de utilizar as técnicas de queda e amortecimento que foram criadas para diminuir o impacto da queda, tenta de toda forma apoiar uma mão, o ombro ou outras partes do corpo para descaracterizar o ―hipom‖ que é o nocaute do judô; daí surgem as graves contusões de clavícula, antebraço, punho entre outras.

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Questões resolvidas

O PADRÃO DE BELEZA IMPOSTO PELA MÍDIA
Temos vivido a era dos direitos humanos, mas por desconhecer o poder de influência que a mídia, através dos meios de comunicação, exerce em nossas vidas, em como penetra em nossa mente, não percebemos que nossos direitos jamais foram tão violados como nos dias de hoje. Temos visto um verdadeiro massacre humano, de mulheres, adolescentes se matando para atingir um inatingível padrão de beleza imposto pela mídia. Em uma sociedade democrática, as mulheres tornaram-se escravas da indústria da beleza, tão difundida pelos meios de comunicação, os quais tem dilacerado a nossa juventude, pessoas que estão perdendo o prazer de viver, tornando-se solitárias, por estarem inconformadas com sua forma física, controlam alimentos que ingerem, para não engordar; esta escravidão assassina a autoestima, produz uma guerra contra o espelho e gera uma auto rejeição terrível. Diante disso, procuramos mostrar através de pesquisas, o que estas influências tem feito com nossa juventude, sendo estes os motivos que levaram o rumo desta pesquisa, a não conformação com esta situação, este massacre, de pessoas se matando para estarem como os meios de comunicação difundem que tem que ser para se dar bem na vida. O que leva uma pessoa a se destruir dessa forma? A perder o prazer de viver? Tudo isso para atingir um padrão de beleza? Estas indagações não nos deixa calar diante dessa fábrica de pessoas doentes e frustradas que tem sido nossa sociedade. Padrão de beleza e sociedade
Ao longo dos anos e mais precisamente depois da Segunda Guerra Mundial, a mulher vem adquirindo direitos e mudando sua forma de atuação na sociedade. Elas estão se especializando, através de estudos e qualificações profissionais, promovendo, assim, um melhor planejamento familiar e conquistando maior respeito e admiração, pois estão conquistando uma posição atuante e fora de casa. Hoje, podemos ver mulheres independentes, confiantes e distribuindo confiança, temos no Brasil uma mulher no comando do país, Dilma Rousseff, entre tantos outros exemplos de mulheres no comando de empresas, na chefia de cargos públicos, entre outros. O conceito de mulher, dona de casa, mãe e esposa, mudou. As mulheres ainda são mães, esposas e dona de seu lar, porém, junto a tudo isso, estão no mercado de trabalho atuando de forma efetiva diversas funções. As conquistas são constantes, e as quebras de tabus são diárias, em meio a esta avalanche cultural que temos vivido. Descarte, em meio a todas essas conquistas, temos vistos, também um verdadeiro massacre humano, onde pessoas, principalmente mulheres, dilaceraram seu prazer de viver e sua liberdade para atingir o inatingível padrão de beleza, pregado pelas mídias em nossas vidas.

Os negócios do esporte atingem uma grande fatia do mercado e por todo o país já existem lojas especializadas que oferecem uma grande variedade de produtos, com todas as novidades do mundo do surf. Se você curte adrenalina, está no caminho certo. O surf chegou para mudar a sua vida. Equipamentos de surf A prancha é o elo entre o surfista e o mar. Uma boa prancha é essencial para quem quer ter um bom desempenho. Ela tem que estar adaptada ao tamanho e as características físicas do atleta. O desenvolvimento do material utilizado nas pranchas foi tão grande, que as velhas (de madeira), foram substituídas por modernas placas de poliuretano. Além das conhecidas pranchinhas, mais velozes e utilizada pelos principais surfistas, existem as Fun e Long Boards. A Fun Board é uma intermediária entre a pranchinha e o Long. Já as Long Boards são as mais clássicas e trazem consigo o peso e a responsabilidade de toda a história do surf. Para completar a lista de materiais necessários para a prática do surf, tem o leash, a parafina e o neoprene. O leash é a famosa cordinha. Ela é geralmente amarrada junto ao calcanhar e prende o atleta a prancha. Verifique sempre se o lash está bem preso, pois caso se solte você terá muito trabalho para pegar a prancha novamente. A parafina que é feita do mesmo material da vela é passada na prancha e tem como objetivo segurar os pés do surfista durante a onda. Não exagere na hora da parafina e sempre lembre de utilizar o raspador. O neoprene é a roupa de borracha utilizada principalmente no inverno ou em mares frios. Se você quer surfar por mais tempo então não esqueça do neoprene. Apesar de prender um pouco o movimento do atleta ele é essencial nas épocas mais frias do ano. Historia do surf Os primeiros relatos do surf dizem que o esporte foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahito. Mas em 1778, quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele afirmou que já existiam surfistas na ilha. Até o início do século 20 o surf permaneceu em baixa até conhecer seu pai, Duke Paoa Kahanamoku, que manteve o esporte vivo graças a sua persistência. A primeira vez que o mundo ouviu falar do Havaí e do surf foi depois das Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, onde Duke ganhou uma medalha de ouro na natação. Duke fez o mundo saber que ele era um usrfista e que o surf era o ato de cavalgas as ondas do mar. Após sua vitória, Duke introduziu o surf na América em 1913 e na Austrália em 1915. No Brasil, as primeiras pranchas foram trazidas por turistas. A primeira prancha brasileira foi feita em 1938 pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada. Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo Preguiça construíram uma prancha que não tinha flutuação nem envergadura. Em 1962, no Rio de Janeiro o Sr. Moacir criou uma técnica para dar envergadura aos pranchões, em São Paulo, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas madeirites. Atualmente a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) é quem regulamenta e traça as diretrizes do esporte. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o WCT (World Championship Tour) que consagra o campeão mundial. Windsurf Um pouco de surf , um pouco de vela. Esse é o windsurf, um esporte olímpico que pode ser praticado em qualquer lugar e que por essa facilidade vem atraindo um grande número de novos praticantes. Apesar do pouco tempo desde sua criação, aproximadamente 25 anos, o esporte tem grande aceitação por ser uma alternativa tanto para surfistas, que em dias de ondas fracas podem surfar, tanto para os velejadores, que em dias de ventos fracos podem praticar um esporte mais radical. Hoje em dia o esporte tem grande espaço na mídia, devido a sua beleza e plasticidade. Toda essa divulgação só facilita o crescimento da modalidade. As competições possuem várias modalidades de windsurf, desde as mais radicais, como o Freestyle e Wave, até as mais tradicionais como a Classe olímpica e Slalom. Equipamentos de windsurf O conjunto dos materiais para a prática do windsurf é chamado de rig. A evolução do esporte nas últimas décadas proporcionou grandes mudanças nos tipos de materiais utilizados e o rendimento do equipamento cada vez é maior. A qualidade dos equipamentos é fundamental. "Um bom equipamento além de propiciar ao atleta uma melhor eficiência no esporte, ainda evita lesões e outros problemas como a deterioração rápida do equipamento", disse o instrutor e competidor, Leonardo Mulin Rebello. A vela funciona como um motor. É ela que tem a função de captar o vento e mover a prancha. Para a proteção da vela o rig conta com uma retranca. É ela quem mantém o formato da vela e dá a direção para a prancha. O mastro também tem a função de manter o formato da vela. E a extensão que é utilizada para estender o mastro para a medida certa. Historia do windsurf A origem do windsurf está diretamente ligada ao casal Newman e Naomy Darby. A idéia de criar o primeiro modelo do que depois viria a ser chamado de windsurf foi desenvolvida por eles. A remadora Naomy foi a primeira pessoa a ser fotografada com uma prancha de windsurf. Porém não foi nessa época que o esporte se tornou popular. Devido aos altos custos para a fabricação das pranchas, foram suficientes para que o casal abandonasse a idéia. Os amigos Hoyle Schweitzer e Jim Drake, quatro anos mais tarde resolveram unir as características do surf com o velejo e possibilitar o surf em lagos ou em praias sem ondas. Os dois desenvolveram conceitos que são aplicados até hoje. Em 1968 eles patentearam este equipamento chamado de windsurf. A partir daí o esporte começou o seu desenvolvimento. Em 1973 foi produzida a primeira prancha em série. Depois disso, o sucesso foi tão grande que em 1984 o esporte já estava participando dos Jogos Olímpicos. Hoje em dia as competições são organizadas pela PWA Professional Windsurf Association, que determina todas as regulamentações do esporte.

Acreditamos ser de fundamental importância diferenciar lutas de artes marciais. Lutas são disputas em que os oponentes se utilizam de técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de combate, caracterizando‐se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa (PCN‘s 1998). O termo arte marcial se refere as técnicas de combate ligadas à guerra. O termo marcial vem do deus Marte, deus da guerra para os romanos. As artes marciais mais conhecidas tanto no Brasil como no mundo são o Judô, o Karatê, o Taekondô, o Kung‐fú, e o Jui‐jistú. A Capoeira tem diversas interpretações. Pode ser vista como dança, folclore, jogo, mas sem dúvida sua maior e mais expressiva representação é a de luta. Seus movimentos são tipicamente de ataque e defesa. O boxe embora também seja uma luta, atualmente tem uma imagem mais ligada a uma prática desportiva. Com o grande desenvolvimento das armas de guerra, os combates físicos foram rareando e as Artes Marciais foram ―migrando‖ para o desporto, perdendo inclusive muitas de suas características. O Judô (que significa caminho da suavidade) não tem praticamente mais nada de suave. O atleta quando golpeado, em vês de utilizar as técnicas de queda e amortecimento que foram criadas para diminuir o impacto da queda, tenta de toda forma apoiar uma mão, o ombro ou outras partes do corpo para descaracterizar o ―hipom‖ que é o nocaute do judô; daí surgem as graves contusões de clavícula, antebraço, punho entre outras.

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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE 
E-mail: priscilamayara0820@gmail.com 
 
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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE 
E-mail: priscilamayara0820@gmail.com 
 
Apresentação 
 
Para a Educação Física, este material tem muita importância: primeiro, por 
constituir-se em um material produzido para representar um momento histórico para a 
disciplina, pois, pela primeira vez, um material didático subsidia a prática docente, 
trazendo reflexões sobre diversos assuntos que constituem o corpo teórico-prático desta 
área de conhecimento, buscando atender as necessidades dos alunos quanto à prática 
desportiva e desenvolvimento sócio motor contemplando as diretrizes da educação básica 
atendendo as orientações oferecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais em 
concomitância com a Secretaria de Educação, de forma a contribuir com o processo de 
construção da cultura corporal, por meio da participação de atividades que valorizem a 
realização do homem, respeitando todos os aspectos da dimensão humana e do meio 
ambiente. 
O material de Educação Física tem por objetivo principal desenvolver uma 
abordagem histórica de como, por que e a partir de que interesses o conhecimento que 
compõe o campo de estudos desta disciplina foi produzido e validado. 
Vale ressaltar que este não se trata de um documento definitivo, mas apenas de um 
instrumento inicial de estudo dos conteúdos contemplados em nossa proposta 
pedagógica. Esperamos, contudo, que o interesse pelas práticas corporais possa fazer 
parte da rotina de nossos alunos. 
Desafiados a abrir uma trilha própria para o estudo e a pesquisa, entregamos aos 
professores, este material de ensino-aprendizagem, para suas consultas, reflexões e 
formação contínua. Comemoramos juntamente com o grupo docente esta feliz e acertada 
realização, propondo, com esta apostila, a socialização do conhecimento e dos saberes. 
Profissional de Educação Física: Priscila Mayara Teixeira Sousa 
Cref: 008109-G/CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE 
E-mail: priscilamayara0820@gmail.com 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
CAPÍTULO 1 – GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO ........................................ 4 
Ginástica de academia, Step, Ginastica Localizada, Bike Indoor, ginastica aeróbica , 
musculação, Pilates, hidroginástica, treinamento funcional. 
CAPITULO 2 – GINASTICA DE CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL ..................... 27 
Atividade física, tai chi chun, ioga, padrões de beleza, 
CAPÍTULO 3 – DANÇAS ........................................................................................ 
Danças urbanas, hause dence, hip hop, funk, forró, samba de gafieira, salsa, valsa, 
quizomba, ritmo musical, importância da dança e a influência da música na sociedade. 
CAPÍTULO – 4 LUTAS E ESPORTE DE COMBATE ............................................ 60 
Conceito de brigas, conceito de lutas, benefícios da prática da luta, Kung Fu, Karatê, 
Boxe, Muay Thai, Taekwondo, capoeira, Judo, Jiu-Jutsu, MMA 
CAPÍTULO 5 – PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA .................................... 100 
Meio ambiente, Sustentabilidade, esportes radicais urbanas, esportes praticados 
na terra, ar e água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE 
E-mail: priscilamayara0820@gmail.com 
 
 
 
 
Ginástica de Condicionamento Físico 
 
É a ginástica indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das 
funções orgânicas. Praticada em academias ou na 
forma de atividade física livre, respeitando uma 
frequência, intensidade e duração adequadas. 
Englobam todas as modalidades que tem por 
objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão 
física do indivíduo normal e/ou atleta. 
Ao longo da história a atividade física sempre 
esteve presente na rotina da humanidade sempre 
associada a um estilo de época, a caça dos 
homens das cavernas para a sobrevivência, os 
Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar 
como o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos, 
mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter 
diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução. 
A tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, mas junto vieram as doenças 
silenciosas formando uma epidemia que se estabelecem sem maiores sintomas em suas 
primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas 
como doenças degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores como a 
genética, influência do meio externo e maus hábitos de vida. 
O incentivo a prática de atividade física tem acontecido através de todos os meios 
de comunicação, mas, ainda assim cada vez mais a população apresenta problemas 
relacionados com a falta de exercícios, a desculpa mais frequente é a falta de tempo ou 
falta de condições para prática que é agravada pela economia de movimentos em nossa 
rotina, como a comodidades do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas 
rolantes sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador e 
infelizmente parece ser um fenômeno de dimensões mundial, pois uma das doenças 
associadas a falta de exercícios como a obesidade tem ocorrido em quase todo planeta. 
Para ressaltar o papel da atividade física basta comparar uma pessoa ativa 
fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade, quando comparados a diferença 
são grandes, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo 
provavelmente terá maior facilidade de se movimentar, maior força muscular, flexibilidade 
e condicionamento tão importantes em sua vida diária. 
 
Capacidades Motoras e Qualidades Físicas 
 
Em 1968, um estudioso alemão propôs a expressão "Capacidades Motoras" para 
substituir a usada universalmente "Qualidades Físicas", visto que este termo 
"qualidade" já indica um valor elevado em qualquer âmbito. O termo "capacidade" indica 
uma medida de potencial e por isso tem um valor amplamente modelável ou treinável. A 
procura da melhor forma de desenvolvimento das capacidades, ou seja, do melhor 
CAPITULO 1 – GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO 
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treinamento, levou os investigadores a olharem de uma forma cada vez mais atenta e 
sistemática para algo que está por detrás do movimento. 
Quando vemos um movimento, observamos mudanças de posição no espaço e no 
tempo que foram produzidas pela aplicação de forças. Mas não vemos força nem 
velocidade, o que observamos é o aspecto exterior do movimento. A busca do 
entendimento do que está por detrás do movimento tem sido fundamentada na fisiologia 
do exercício, e o treinamento físico tem avançado, sobretudo; nesta área do 
conhecimento. 
A denominação "Capacidades Motoras" tem sido introduzida gradativamente na 
terminologia da Ciência do Esporte e a maior parte dos países já faz uso dela para definir 
os pressupostos necessários para a execução e aprendizagem das ações motoras. 
Para que qualquer movimento seja executado com êxito, temos que pressupor a 
existência de um certo número de capacidades baseadas em predisposições genéticas e 
que se desenvolvem pelo treino. Não são qualidades do movimento, mas sim 
pressupostos para que elas existam. O termo "física" que é bastante genérico e 
problemático foi substituído pelo termo "motora", para reportar‐se ao movimento. A 
expressão "Capacidades Motoras" substitui então "Qualidades Físicas", passando a 
ser a expressão mais correta e precisa na terminologia internacional para definir os 
pressupostos dos movimentos, desde os mais simples aos mais complexos. Para quequalquer atividade motora possa ser executada com êxito necessita‐se das capacidades 
motoras, e no esporte o desenvolvimento do rendimento está intimamente ligado ao 
desenvolvimento das diferentes capacidades motoras. 
 
As Capacidades Condicionantes 
 
As Capacidades Condicionais são capacidades fundamentadas na eficiência do 
metabolismo energético. Elas são determinadas pelos processos que conduzem à 
obtenção e transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e 
sistemas orgânicos. Elas são basicamente quatro capacidades: Força, Resistência, 
Flexibilidade e Velocidade. 
Força: é a característica humana com a qual se move uma massa (o próprio 
corpo, ou um implemento esportivo), sua capacidade de dominar ou reagir a uma 
resistência (oposição) pela ação muscular. 
 
Resistência: é a capacidade de executar um movimento durante um longo 
tempo, sem perda aparente da efetividade do movimento. A qualidade da resistência é 
determinada pelo sistema cardiorrespiratório, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso, 
pelo sistema orgânico, pela coordenação dos movimentos e pelos componentes 
psíquicos. 
 
Flexibilidade: Capacidade Motora que expressa pela maior amplitude possível 
do movimento voluntário de uma articulação ou combinações de articulações num 
determinado sentido, dentro dos limites morfológicos e sem provocar lesão. 
 
Velocidade: Expressa pela rapidez de execução de uma contração muscular. 
 
 
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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE 
E-mail: priscilamayara0820@gmail.com 
GINÁSTICA DE ACADEMIA 
Academia 
 
O termo academia tem sua origem em 387 a.C. na Grécia Antiga em Akademus ‐ 
jardins consagrados ao herói ateniense Academo ‐ e que, embora destinada oficialmente 
ao culto das musas era local dos ensinamentos filosóficos de Platão a seus discípulos. 
Com o passar dos tempos o povo romano passou a atribuir o termo academia a todo e 
qualquer tipo de escola. 
 
Uma academia desportiva, ginásio ou apenas academia é um local (que pode ser 
fechado ou aberto) destinado ao ensino e à prática de esportes (natação, musculação 
e/ou ginástica com exercícios aeróbicos ou anaeróbios), e dotados de equipamento 
específico para o trabalho do corpo humano. 
Existem também academias especificas para uma modalidade, tais como academias 
de dança, de ballet, de karatê, de artes marciais, ginástica, musculação entre outras. 
Histórico da Ginástica de Academia 
 
Ginástica de Academia, surge no Brasil a partir de 1930, no estado do Rio de 
Janeiro, na Rua Duvivier (Copacabana), sob a responsabilidade da Profª Gretch Hillefeld, 
que se fundamentava no método de Ginástica Analítica, com adaptações às 
necessidades e características do povo brasileiro. 
Como os primeiros professores de Ginástica de Academia no Brasil eram 
estrangeiros, por muito tempo a tendência foi que os primeiros trabalhos sofressem 
influências europeias da Ginástica Rítmica de Dalcroze, do ballet e da dança moderna. 
Com o passar dos anos, foram fundamentados trabalhos de acordo com as necessidades 
do povo brasileiro, desenvolvendo‐se métodos próprios voltados aos valores estéticos. 
Alguns métodos de origem estrangeira influenciaram diretamente a Ginástica de 
Academia até ela tomar o formato atual. Nos anos 60 e 70 foi a Calistenia. Nos anos 80 a 
Ginástica Aeróbica (Alto e Baixo Impacto), seguidos nos anos 90 pelo Step Training. 
Atualmente a Ginástica Localizada tem sua base na musculação. Vários fatores, tais 
como cinesiológicos, anatômicos e de melhoria de performance são comuns nestas duas 
atividades, o que aumenta a correlação entre elas. 
 
Como escolher uma boa academia? 
 
Academias de ginásticas são instituições sociais que parecem ganhar a cada dia 
mais e mais relevância em nossa sociedade. 
As academias foram se transformando em muito mais do que apenas um local 
reservado a prática de atividade física e sim em ponto de convergência de grupos sociais. 
Frequentar uma academia passou a representar muito mais do que realizar um 
treinamento físico e sim um marcador social que atualmente é transversal a várias classes 
sociais, o que podemos perceber pelo número de academias que não param de crescer 
em diversos bairros de nosso município. 
A academia de ginástica é um local voltado para a saúde, para adquirir ou melhorar 
sua qualidade de vida. Portanto, um local onde você deve se sentir bem. Por isso, antes 
de se matricular numa delas, é interessante que se observe alguns itens. 
 
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Localização: Acredite se quiser, mas o local da sua academia pode afetar os 
Seus resultados. Imagine um longo dia de trabalho, estudos ou qualquer outro tipo de 
atividade, no final do dia você tem que se locomover por quilômetros para chegar na 
academia, lá gastar o resto das suas energias e depois ter que voltar para casa. 
Qualquer imprevisto em sua rotina normal pode fazer com que você desista de 
ir a academia, pois não se torna conveniente. 
O que não aconteceria se a academia fosse perto da sua casa, onde você 
pode ir até de à pé, neste caso você não irá gastar sua paciência ou energia para chegar 
em um local onde você vai ter que sofrer mais ainda atrás de resultados. 
 
Recepção: A recepção deve ser agradável, o funcionário deve ser atencioso e 
lhe passar o máximo de informações sobre o funcionamento, regulamentos, horários, 
aulas de seu interesse, etc. 
Se logo de cara a academia não conseguir atender bem seus clientes, é porque não 
primam pela organização. 
Horários: Visite o local no horário em que pretende frequentá‐lo e veja como é 
o movimento. ―Fique um pouco na sala de musculação e preste atenção no atendimento. 
O ideal é que um professor atenda, no máximo, vinte alunos‖. 
Instalações: Peça para conhecer as instalações e observe a qualidade e o 
estado de conservação em que se encontram os materiais e aparelhos. 
Esses não precisam ser luxuosos ou ultra modernos, mas devem estar em perfeitas 
condições de uso. 
É uma questão de segurança. Recomenda‐se ficar de olho na quantidade de 
aparelhos que a academia possui, checando se o número é compatível com a quantidade 
de alunos. 
Higiene: A higiene é fundamental, tanto nos banheiros, vestiários, como nas 
salas de aula. 
Limpeza: analise a higiene e ventilação do local, inclusive dos banheiros e 
vestiários. 
Ponto para as academias que oferecem álcool e paninho para o aluno limpar o suor 
que fica nos aparelhos depois de utilizá‐los. 
Observe por exemplo se são colocados separados os colchões usados dos colchões 
limpos, se funcionários constantemente limpam e secam os pisos, os assentos e encostos 
dos aparelhos. Isso evita uma série de doenças de pele, que podem não ser graves, mas 
desagradáveis. 
 
Preço e Horas: Todos sabemos que uma hora de treino é o suficiente para 
gerar resultados, porém cheque este detalhe antes de pagar qualquer coisa. 
Qual é o preço a ser pago, quantas e quais horas a academia estará disponível 
para você. 
Veja se o valor e o horário combinam com seu estilo de vida e situação 
financeira, a academia tem que ser algo positivo em sua vida e não um estorvo financeiro 
e social. 
 
O Professor de Academia 
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Muitas pessoas começam a lembrar de praticar atividade física quando chega o 
verão, e aí é aquela correria para se livrar das ―gordurinhas‖ indesejadas. São esses 
casos, os chamados ―atletas de verão‖. 
As academias como segmento da atividade física em ascensão e que representa 
uma parcela significativa do mercado da educação física no país, necessita de mão de 
obra qualificada, embora se perceba que muitas academias pareçam cada vez mais se 
utilizar dos serviços de estagiários cumprindopapel de professores. Parece ser comum 
também a utilização de profissionais jovens e inexperientes, porém dispostos a receber 
valores de hora aula cada vez mais baixos se comparados aos que eram praticados na 
década de 1990, por exemplo. 
O profissional de educação física que atua neste segmento do mercado da atividade 
física parece ter estabelecido características particulares, sendo de certa forma 
estereotipada pela nossa sociedade, recebendo muitas vezes alguns rótulos que 
marcaram sua imagem negativamente. Um famoso programa humorístico da TV brasileira 
chegou a ter entre seus personagens cômicos um professor de ginástica de academia, 
que embora tivesse características agradáveis, como bom humor, porte atlético e repetir 
uma frase enaltecendo a necessidade de se ter boa saúde, por outro lado reduzia este 
tipo de profissional a um elemento mais próximo a comédia e ao folguedo do que da 
seriedade que também deveria envolver este segmento da educação física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A conscientização e orientações seguras dos benefícios da atividade física são 
importantes para evitar problemas de saúde como: lesões na coluna, nos ombros e 
pescoço, distensão muscular, tendinites, desmaios, paradas respiratórias e até infartos. 
É preciso ter muito cuidado na hora de escolher como e onde malhar. Quando mal 
orientados os exercícios físicos podem ter efeitos contrários, podendo acometer o 
indivíduo de sérios danos à sua saúde. 
Segundo a lei 9696/98, que regulamenta a profissão de Educação Física, todos os 
que atuam na área, devem ter faculdade de Educação Física. Não fique orgulhoso por ter 
aulas com um campeão de determinada modalidade. Ele é o 'melhor' na prática, mas é 
um atleta e não um professor. Por isso, pode não ter os conhecimentos necessários em 
fisiologia, anatomia, biomecânica, didática do ensino... elementos essenciais para 
ministrar aulas. Você se consultaria com um 'médico' sem faculdade de medicina? 
Segundo o CREF (Conselho Regional de Educação Física) o primeiro passo é 
escolher academias registradas no Conselho, que só possuem autorização para funcionar 
se tiverem todos os profissionais registrados e devidamente habilitados. 
Pergunte se os professores são formados, se tem especializações e se todos são 
credenciados no conselho regional de Ed. Física (CREF). Alguns donos de academia 
também tem o costume de contratar somente estagiários cursando Educação Física para 
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economizar dinheiro, estes geralmente com 
pouquíssimo ou nenhum conhecimento. 
Estagiários não podem dar aulas sem 
acompanhamento de um profissional formado. 
É preciso contar com o apoio de profissionais 
de Educação Física, nutricionistas, médicos e 
enfermeiras e outros que estarão disponibilizando 
vários exames para avaliação de saúde e física (ECG, ergométrico, aferição de pressão, 
exames de glicemia, diabetes e outros, avaliação antropométrica, nutricional, etc.) É 
fundamental que as pessoas façam esse tipo de avaliação. 
O conhecimento técnico e a uma das maiores ferramentas que um profissional 
competente deve ter para poder oferecer um atendimento ótimo a seus alunos. 
Avaliação Física: Veja se existe na academia um Departamento de Avaliação 
e Orientação Física. Ele é importante para que os exercícios sejam adequados aos seus 
objetivos e aos limites do seu corpo. ―Se você está há muito tempo parada(a), não se 
matricule antes de passar pela avaliação‖. Algumas academias também contam com 
departamentos de fisioterapia e nutrição, o que é ótimo para se ter uma avaliação 
completa dos alunos, cercando‐os de todos os cuidados. 
 
 
 
Planilha de Exercícios: Ter uma planilha de exercícios que 
objetive os princípios dos exercícios físicos: Diferenças individuais, 
elevação progressiva de carga, continuidade e periodização. 
 
Contrato: Solicitar um contrato que formalize a matrícula. O documento 
deve discriminar as atividades que serão exercidas, horários de aula, valor da 
mensalidade, multas por atraso de pagamento e a cláusula de rescisão, para não ter 
problemas caso haja desistência. 
Finalmente: Não se esqueça que a prática regular de exercícios deverá ser sobretudo o 
fator determinante de uma mudança de hábitos de vida. Não faça expectativas 
exageradas dos benefícios que os exercícios poderão trazer isoladamente. Procure 
paralelamente se reeducar para uma vida mais saudável. 
Lembre‐se, nenhum aparelho ou modalidade faz milagres no seu corpo, o que conta 
é seu empenho, assiduidade e determinação, acompanhados de boa orientação. 
MODALIDADES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA Alongamento 
Uma aula de alongamento em academias de ginástica é uma boa estratégia para 
aumentar os níveis de flexibilidade de alunos de variados níveis de aptidão física. 
É o conjunto de técnicas utilizadas para se manter ou para se 
aumentar a amplitude de movimentos. 
O termo flexibilidade deriva‐se do latin flectere ou flexibilis, que 
significa curvar‐se. ―Capacidade motora determinada pela 
genética e pelo meio ambiente. É expressa pela maior medida 
possível de movimento de um grupo musculo articular, sem 
provocar lesões.‖ (Achour, Jr 1999) 
A flexibilidade trata‐se de uma capacidade motora básica, 
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que segundo Tubino (2003) pode ser evidenciada através da amplitude dos 
movimentos do nosso corpo em um determinado sentido. 
A flexibilidade está relacionada a mobilidade articular e a elasticidade muscular e os 
níveis de flexibilidade de um indivíduo estão diretamente ligados a sua mobilidade 
corporal geral, portanto através disto percebe‐se a relevância desta valência físicas nas 
atividades da vida diária (AVD) de uma pessoa, o que mostra a importância de das aulas 
de alongamento que muitas vezes parecem não ser tratadas com a devida seriedade por 
muitos professores e coordenadores de academias de ginástica, delegando estagiários e 
professores iniciantes para ministrar estes tipos de aula. 
No caso das aulas de alongamento torna‐se difícil fazer uma grande diferenciação 
do aquecimento para as outras fases da aula, porém devemos lembrar que embora a 
nível fisiológico não haja muitas alterações no aquecimento deste tipo de aula 
especificamente, não podemos esquecer que por tratar‐se de uma fase inicial devemos 
respeitar as características desta fase, adequando exercícios e atitudes condizentes com 
o início de uma aula. 
Existem inúmeros exercícios e aparelhos desenvolvidos com o intuito de aumentar 
os níveis de flexibilidade de um indivíduo, Alter (1999) apresenta inicialmente uma 
classificação ampla dos exercícios e técnicas, dividindo‐os em duas categorias amplas: 
balísticos e estáticos. Neste mesmo livro Alter apresenta algumas classificações 
adicionais que não abordaremos aqui. Fleck (1999) coloca quatro técnicas de 
alongamento: estático, dinâmico ou balístico, movimentos lentos e FNP (facilitação 
neuromuscular proprioceptiva). 
Vejamos as características de cada um destes: 
‐ Alongamento Estático: Trata‐se da técnica mais comum de alongamento, em 
uma posição estática o músculo é alongado na extensão desejada. 
O tempo que o músculo enfatizado será alongado na posição escolhida é bem 
variado, porém em aulas de alongamento de academias este tempo normalmente parece 
variar de 15 segundos a 1 minuto, o que pode ser repetido duas ou três vezes. 
A variação do tempo de cada alongamento e número de repetições deste irá 
variar de acordo com os objetivos do treinamento e também o nível de condicionamento 
do aluno, A técnica de alongamento estático parece ser o mais utilizado em academias de 
ginástica devido a sua simplicidade e segurança. 
‐ Dinâmico ou Balístico: Esta técnica ao contrário da anterior envolve 
movimentação.O objetiva‐se o alongamento através de um movimento de balanço ou 
lançamento da musculatura objetivada. 
Nesta técnica a posição final do movimento não é mantida, normalmente 
voltando aposição inicial após o lançamento. Está técnica parece ser muito utilizada como 
uma estratégia de aquecimento em algumas modalidades esportivas, não é recomendável 
para alunos iniciantes devida ao risco de lesões que este tipo de alongamento 
proporciona em alunos com baixo condicionamento físico. Muito utilizado em artes 
marciais, o alongamento balístico ajuda a desenvolver a flexibilidade dinâmica (ALTER, 
1999) 
‐ Movimentos Lentos: Menos dinâmico que o anterior, esta técnica também envolve 
movimentação da musculatura. Rotação de quadril, cabeça, ombros e outros. Devida a 
sua simplicidade e segurança também parece ser muito utilizado em aulas coletivas, 
também é pode ser utilizado como uma estratégia de aquecimento. 
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‐ Técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva ‐ FNP: Segundo Alter 
(1999) a FNP foi desenvolvida no final da década de 1940 e início da década de 1950 por 
Herman Kabat. 
Fleck (1999) coloca que a base teórica deste tipo de alongamento está 
relacionada a ação voluntária de um músculo agonista provocando uma ativação neural 
que resultará na inibição do músculo antagonista, o que possibilitará uma maior amplitude 
de movimento. 
Está técnica não exige necessariamente a ajuda de um parceiro para que ele 
seja realizado, porém esta ajuda extra parece ser bem relevante nesta técnica de 
alongamento, o que a torna menos indicada para ser realizada em aulas coletivas de 
academias de ginásticas devida a dinâmica das aulas e também ao número, muitas 
vezes, elevados de alunos nas classes. As técnicas de facilitação neuromuscular 
proprioceptiva são utilizadas tanto em reabilitação de lesões como em diversas áreas do 
treinamento esportivo. 
Como exemplo de alguns benefícios de um bom treinamento de flexibilidade, 
alguns autores citam o alívio da dor muscular tardia (DMT) comumente apresentada em 
iniciantes em atividade física, alívio de dores lombares, alívio de cãibras musculares (a 
nível agudo), prevenções de lesões, além é claro de uma melhora na qualidade de vida 
pelo aumento na qualidade na realização de atividades da vida diária (AVD). 
 
 
Step 
 
O Step é uma modalidade de ginástica de academia 
que teve muito sucesso no nosso país a partir da década de 
1990 tendo ainda aceitação em algumas academias atuais 
embora não mais como o fenômeno de público que foi. 
Estimativas apontam que em 1998, 11 milhões de pessoas 
em mais de 40 países praticavam esta modalidade (JUCÁ, 
2004). 
 
Segundo Novaes (1991), uma professora chamada Gim Miller, após sofrer uma 
lesão em um dos seus joelhos em 1986 devido ao constante impacto das aulas de 
ginástica aeróbica que ministrava, recebeu a recomendação de subir e descer de uma 
plataforma para ajudar no fortalecimento da musculatura da envolvida na articulação 
lesionada. Vejamos o que Novaes diz a respeito: 
Miller verificou que a atividade de subida e descida da plataforma, embora fosse 
muito monótona, era exatamente eficiente quanto a solicitação orgânica‐muscular exigida. 
Além disso, constatou que essa atividade quando comparada à ginástica aeróbica, 
possibilitava uma sensível diminuição do impacto nas articulações com o solo. 
Consequentemente, Miller começou a introduzir na atividade de subida e descida do 
banco a movimentação de braços podendo ser acrescentados halteres de mão, a medida 
que surgisse necessidade de uma sobrecarga. Aplicou em sua academia o novo trabalho, 
obtendo então resultados positivos em termos de aceitação dos alunos. Rapidamente, 
esta atividade começou a se proliferar em outras academias americanas com o nome de 
Step Training. (p. 72) 
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A partir desta repercussão, em 1989, a Reebok University, utilizando‐se das técnicas 
da ginástica aeróbica, adaptou o exercício de subir em uma plataforma, já amplamente 
utilizado pelo treinamento desportivo para testes de avaliação do condicionamento 
cardiovascular de indivíduos. (JUCÁ, 2004). A Reebok convidou os professores Peter 
Francis e Lorna Francis para pesquisar o a nova modalidade de atividade física que ainda 
possuía nenhuma comprovação científica dos resultados que oferecia, ambos contaram 
com a colaboração da professora Gim Miller. (NOVAES. 1991). 
Akiau (Apud. NOVAES, 1991) colocou que os autores da pesquisa, Lorna e Peter 
Francis concluíram que: "... em termos fisiológicos o Step Training é equivalente a uma 
corrida executada a uma velocidade de 12 km/h (mediante ao gasto de calorias) que o 
classifica como um trabalho aeróbico de alta intensidade, "(p. 73) 
Posteriormente a esta fase de implantação norte‐americana, o Step ultrapassa as 
fronteiras dos Estados Unidos vindo desembarcar em terras brasileiras. O Step consiste 
simplesmente no ato de subir e descer em uma plataforma de altura variável utilizando‐se 
de música para marcação do ritmo. Daí a importância da utilização de CDs com músicas 
remixadas com um mesmo Bpm, assim como nas Aerolutas e Aerodanças. Marcos Jucá 
considera ideal para as aulas com alunos avançados músicas com o Bpm entre 122 e 128 
para esta modalidade. Bpms acima de 132 parecem não ser recomendados, pode‐ se 
observar no mercado professores que se utilizam de Bpms bem superiores, deve se 
observar o custo benefício desta opção, pois se há um ganho em motivação, pode haver 
perda em relação a segurança dos alunos, principalmente em se tratando de iniciantes. 
Segundo Conti (1999), a altura do step varia entre 10 e 30 cm, atendendo assim aos 
variados níveis de aptidão física dos alunos, para Jucá (2004) a plataforma deve ter 
aproximadamente 1 metro de comprimento por 40 cm de largura e 10 cm de altura, 
acrescentando bases adicionais de 5 cm para atender aos diferentes níveis de 
condicionamento físico e altura dos participantes das aulas. Observações técnicas da 
prática do Step: 
‐ Sempre subir de frente para a plataforma. 
‐ A descida do Step jamais deverá ser feita de frente. 
‐ Pisar com toda a sola do pé sobre a plataforma e no centro dela. 
‐ Ao descer pise sempre primeiro com a ponta do pé, tocando posteriormente com o 
calcanhar. 
‐ Mantenha‐se sempre há uma distância razoável para subir na plataforma, evitando 
ficar muito distante do Step. 
 
‐ Ao descer mantenha‐se próximo ao Step. 
‐ Evite hiperextender os joelhos. 
‐Evite coreografias complexas para iniciantes, principalmente as que possuam giros. 
‐ Sempre que realizar uma seqüência ou coreografia utilizando, por exemplo, a 
perna direita como líder, realizar a mesma com a outra perna. 
Exercícios de Step 
‐ Passo Básico (Subida e descida) 
‐ Passo em V; 
‐ Passo em Reversão; 
‐ Lunge Frontal; 
‐ Lunge Lateral; 
‐ Montaria; 
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‐ Passa; 
‐ Meio giro; 
‐ Galope; 
‐ Toque no joelho; 
 
Ginástica Localizada 
A Ginástica Localizada (GL) é uma modalidade de ginástica de academia que 
parece atrair um grande número de participantes em academias espalhadas pelo país. 
Com sessões de treino normalmente com duração de uma hora, esta modalidade tem 
como característica principal o aumento dos níveis de força do aluno e de resistência 
muscular localizada (RML), parecendo que os objetivos estéticos são buscados nesta 
modalidade através da conquista de hipertrofia muscular e diminuição do percentual de 
gordura corporal. Esta modalidade, também conhecida como Local ou Localizada, parece 
ser uma opção interessante de treinamento contra resistência emacademias de ginástica 
espalhadas pelo país. 
Numa sala de Local, normalmente não existe a presença de aparelhos com pesos 
para a realização dos exercícios, como vemos nas salas de musculação. Halteres de 
barras curtas (HBC) e de barras longas (HBL), caneleiras, steps e colchonetes são os 
principais materiais utilizados por professores desta modalidade, que preferencialmente é 
realizada em uma sala espelhada para auxiliar na correção dos exercícios executados 
pelos alunos. 
 
Objetivos do Treinamento 
Embora encontremos muitos praticantes de 
GL afirmando que frequentam as aulas apenas 
como uma forma de manutenção da saúde e 
consequentemente melhora da qualidade de vida, 
muitas pesquisas realizadas com este público 
mostram que a busca de uma melhora estética 
parece ser majoritariamente o objetivo dos 
praticantes desta modalidade. As aulas de GL 
podem propiciar aumento da força muscular e/ou 
resistência muscular. 
Assim como nas salas de musculação, nas aulas de Local também é montado um 
programa de treinamento onde se evita o treinamento diário de um determinado 
grupamento muscular. O número de séries para cada exercício pode variar de acordo 
com o estilo de cada professor, mas normalmente, duas a três séries parecem a ser 
quantidade mais utilizada no município do Rio de Janeiro. Quanto ao número de 
repetições para cada série, também se verifica grande variações entre os professores da 
modalidade, variando de oito até 30 repetições, porém parece que a maioria dos 
professores das principais academias cariocas, utilizam entre oito a 15 repetições para 
cada série, ao contrário da década de 1980, onde este tipo de ginástica caracterizava‐se 
pela ênfase na resistência muscular localizada, sendo neste período muito comum 
observar‐se professores utilizando‐se de um número de repetições muito superior aos 
praticados atualmente. 
A Localizada, assim como a musculação, pode‐se utilizar de métodos de 
treinamento de força variados, sendo difícil definir qual é o melhor deles. Super set, Pré‐
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exaustão, Combinado, Agonista‐ antagonista, são alguns exemplos de métodos de 
treinamento de força muito utilizados no mercado, cabe ao professor a sensibilidade de 
escolher os métodos que melhor atendam a sua turma, levando‐se em consideração 
variáveis como, nível de condicionamento, faixa etária, objetivos da turma etc. 
A Ginástica Localizada, além de todos os benefícios físicos oferecidos pelo 
treinamento contra resistência como, aumento de massa muscular, diminuição do 
percentual de gordura, auxílio na prevenção da osteoporose e outros, também é uma 
modalidade de ginástica de academia que parece promover um alto índice de fidelização 
de clientes. Muito comum observarmos nesta modalidade, professores com turmas com 
anos de prática, muitas vezes alguns professores de Local ao migrarem de uma empresa 
para outra, levam consigo dezenas e em alguns casos até centenas de alunos consigo. 
Talvez seja por isso que pode se observar que dentre as modalidades de aulas coletivas 
de academia a Ginástica Localizada parece ser uma das que oferece melhores valores de 
hora/aula, por isso o mercado parece oferecer uma boa oferta de emprego para bons 
professores desta modalidade. 
Bike Indoor 
O ato de se exercitar em bicicletas estacionárias não é uma prática nova, na década 
de 1980 era muito comum encontrarmos em inúmeras residências da classe média 
carioca este tipo de aparelho, ainda muito rudimentar, para treinamento 
cardiorrespiratório. Segundo Hartman et ali (2007) o número de praticantes de mountain 
bike aumentou em 512% nos Estados Unidos da América, enquanto que o aumento do 
uso de bicicletas estacionárias foi pífio perante os números de crescimento desta 
modalidade de ciclismo, vejamos. 
[...] "o número de americanos participando mountain bike aumentou de 1,5 
milhão em 1987 para 9,2 milhões em 1994 (um aumento de 512%)". Por outro 
lado, segundo um forte, período de tempo, a participação no uso de bicicletas 
estacionárias no período de 7 anos parece confirmar as informações dos 
profissionais das academias de ginástica de que o ciclismo sem qualquer forma 
de guia ou encorajamento é visto por muitas pessoas como monótono. 
(Hartmann et al, 2007, p. 165) 
Às aulas de Bike Indoor em academias de ginástica parecem vir a atender esta 
lacuna entre a eficiência que pode se obter no treinamento cardiorrespiratório em 
bicicletas estacionárias e a monotonia deste tipo de treinamento. 
O ciclismo indoor ou Bike Indoor parece ter sido criado pelo ciclista sul‐
africano chamado John Goldenberg mais conhecido como Johnny G, sob o nome 
de Spinning e chega ao Brasil na década de 1990. Trata‐se de uma modalidade 
de aula coletiva realizada em bicicletas estacionárias, porém com uma 
modificação em sua geometria, pois as bicicletas para a prática do ciclismo indoor 
desenvolvidas pelo sul‐africano Johnny G, traziam as dimensões e angulações 
semelhantes as bicicletas de ciclismo de estrada ou road cycle. 
Esta modalidade de ginástica de academia proporciona um programa de 
treinamento visando à manutenção e melhora do sistema cardiovascular em 
aulas acompanhadas por um repertório musical que normalmente parece ser motivante 
para os participantes. 
 
Os métodos de treinamento desportivo utilizados em outras modalidades como 
ciclismo de estrada, natação e corrida são amplamente utilizados no Bike Indoor, o 
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treinamento contínuo, intervalado anaeróbio e aeróbio, fartlek , podem ser observados na 
maioria das aulas de ciclismo indoor em renomadas academias de ginástica do Rio de 
Janeiro. 
O Bike Indoor possui dois posicionamentos básicos, o praticante pode pedalar 
sentado ou em pé, sem contato com o selim. Existem variações de pegadas no guidom, 
conhecidas como pegada um (as mãos ficam bem próximas ao centro do guidon) pegada 
dois (as mãos ficam um pouco mais afastadas em relação a pegada um), pegada três 
(segura‐se nas extremidades do guidon). Destes posicionamentos, combinados com 
implementações de carga, surgem as variações de estilos de aula, o que alguns 
professores costumam chamar de diferentes terrenos ou Ali Terrains. Estes seriam 
analogias com terrenos verdadeiros que o ciclista "outdoor" encontra em seus 
treinamentos, denominação que acho incoerente pelo fato de termos nas aulas de 
ciclismo indoor, basicamente dois tipos de terrenos, subidas e planos. Os diferentes 
posicionamentos na bike, associado a variação de cargas possibilitam diversas 
estratégias de treinamento. 
Levando‐se em consideração estes dois tipos de terrenos citados acima, teremos 
algumas técnicas que nortearam todas as aulas desta modalidade. 
‐ Plano sentado: Esta seria a primeira técnica executada por um iniciante na 
modalidade, consistindo simplesmente no ato de pedalar sentado na bicicleta estacionaria 
com uma carga leve ou moderada. 
‐ Ladeira sentado ou escalada sentado: Esta técnica simula a pedalada em 
ladeiras, ainda com o apoio do selim, aumenta‐se a resistência na roda o que tornará a 
pedalada mais difícil. É importante que haja um aumento progressivo da carga para que 
haja uma melhor adaptação por parte dos alunos e também para evitar o risco de lesões. 
‐ Ladeira fora do banco ou escalando em pé: Uma variação da técnica de subida 
simulando o ciclista escalando uma íngreme estrada é a saída do banco. A carga pesada 
será mantida ou incrementada e o praticante não mais utilizará o apoio dos glúteos no 
selim. Normalmente esta técnica parece ser mais estimulante para os alunos do que a 
anterior. 
- Running ou correndo: Nesta técnica o aluno, utilizando uma carga leve ou moderada, 
pedalará fora do banco, o tronco eretonum ângulo de 90 graus em relação a bicicleta 
parece ser a posição corporal mais confortável e utilizada por alunos experientes e por 
muitos professores desta modalidade, a pegada que melhor permite essa postura corporal 
é a número dois. Está técnica exige um nível maior de coordenação motora por parte do 
praticante, recomenda‐se um cuidado especial com as primeiras vezes que o aluno venha 
executá‐la. 
‐ Saltos ou jumps: Está técnica é recomendada para alunos mais avançados ou 
que não tenham muito tempo de prática, mas que já executem bem as técnicas citadas 
anteriormente, demonstrando uma predisposição natural para o desempenho da 
modalidade. Os saltos consistem em alternar a posição sentada com a fora do banco em 
pequenos intervalos de poucos segundos, aumentando o ritmo da pedalada na hora da 
saída do selim. Apesar desta técnica, em relação as outras aqui apresentadas, ser talvez 
a que menos seja coerente com as técnicas utilizadas nos treinamentos de ciclismo 
outdoor, ela parece agradar bastante por parecer desafiante para os alunos, parecendo 
aumentar a motivação da aula. 
‐ Sprints: Oriunda do inglês esta palavra significa corrida de curta distância. Tanto no 
ciclismo como na corrida a pé, o sprint consiste em um aumento repentino da velocidade, 
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normalmente utilizado nos metros finais de uma competição. No caso do ciclismo, o 
ciclista utiliza a relação de marchas mais potente que haja em sua bike, tornando a sua 
pedalada o mais forte possível. Este raciocínio me leva discordar de algumas literaturas 
que sugerem que se utilizem cargas leves a moderadas na bicicleta estacionaria para 
realização de um sprint, acredito que para uma melhor simulação de um sprint real em 
uma competição de ciclismo, se deveria usar uma carga de moderada a pesada, jamais 
uma carga leve. 
Alguns equipamentos desenvolvidos para uma melhor performance e conforto do 
ciclista de estrada e de Mountain Bike, são também utilizados nas aulas de Bike Indoor. 
Sapatilhas, bermudas com forros especiais, pedais com clipe, blusas que absorvem o 
suor e caramanholas (garrafas) são alguns exemplos de materiais utilizados por atletas 
de ciclismo e também por praticantes de Bike Indoor. Muitos praticantes utilizam apenas 
uma capa para bancos de bicicletas, estas capas são preenchidas por uma espécie de 
gel e são conhecidas no mercado como "capas de gel", 
são muito utilizadas, pois evitam o desconforto gerado 
pelo contato prolongado do praticante com o banco, 
tornando‐se uma alternativa as tradicionais bermudas 
de ciclismo. 
Ginástica Aeróbica 
É um tipo de treinamento aeróbico que utiliza 
grande variedade de movimentos dos membros 
inferiores e superiores repetidos, provocando, constantemente, uma sobrecarga no 
sistema cardiovascular. Isso aumenta a necessidade de absorção de oxigênio, realizando 
uma espécie de treinamento ao coração, os pulmões e o sistema cardiovascular, que irá 
proporcionar o transporte desse oxigênio mais rápido e eficaz a todas as partes do corpo 
(AFAA ‐ Aerobic and Fitnes Association of America). 
Origem 
No final dos anos 60, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu, junto à Força Aérea 
Americana, uma avaliação para medir a condição cardiovascular dos militares, conhecido 
como teste dos 12 minutos. O teste correspondia à distância percorrida correndo ou 
caminhando nesse espaço de tempo. 
No início da década de 70, Jack Sonensen desenvolveu um programa denominado 
"aerobic dancing‖, já preocupado com as divisões da aula: flexibilidade, aquecimento, 
rotinas de dança aeróbica e esfriamento. 
A parte principal da aula compreendia 
pequenas coreografias com música, utilizando 
passos simples, que duravam cerca de 15 a 30 
minutos, enfatizando a continuidade. Porém, a 
proposta apresentada com maior fundamentação 
fisiológica e pedagógica foi desenvolvida pela Dra. 
Phillys C. Jacobson, denominado "Hookes on 
Aerobics‖. 
Na década de 80, houve um incremento 
significativo de programas de ginástica aeróbica e a sua implantação em clubes, 
academias e centros esportivos. No final da década de 80 a ginástica aeróbica se 
transformou em um esporte competitivo de alto nível. 
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A ginástica aeróbica de competição caracteriza‐se por ser uma atividade intensa, 
alegre, com movimentos e expressões corporais diversificados e bem marcados, com um 
acompanhamento rítmico e musical. Os atletas precisam demonstrar muito dinamismo, 
força, flexibilidade, coordenação e ritmo sincronizados com o acompanhamento musical. 
Seus eventos são divididos em cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios 
e grupos de seis. 
Em 1994, a FIG (Federação Internacional de Ginástica) decidiu organizar os 
campeonatos mundiais de Ginástica Aeróbica Esportiva e estruturar o esporte de acordo 
com as outras modalidades da ginástica. O primeiro Campeonato Mundial oficial foi 
realizado em 1995 em Paris e contou com a participação de 34 países. 
O Brasil é, segundo a FIG, o país com o maior número de participantes – há aqui 
mais de 500 mil pessoas envolvidas com a ginástica aeróbica. Outros países de alto nível 
no esporte são: Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, 
Itália, Espanha e Romênia. 
A ginástica aeróbica é uma atividade física realizada em grupo e tem um ritmo 
determinado pela música escolhida pelo professor. 
Os passos básicos da ginástica aeróbica são usados na construção das coreografias 
e rotinas que são responsáveis pela manutenção da intensidade do exercício. 
 
Outras modalidades da ginástica aeróbica: 
 Aerofight: Aula que reúne os movimentos da ginástica aeróbica com os de luta; 
 Aerojazz: É uma aula de ginástica aeróbica, embalada pela música e combinação 
de passos do jazz; 
 Aerojumping: Nessa aula, os exercícios são desenvolvidos em cima um 
minitranpolim; 
 Aerosalsa: Composta por movimentos da ginástica aeróbica, da dança e música 
latina; 
 Aeroaxé: Combina exercícios da aeróbica, com a música e dança baiana. 
 
Materiais e Equipamentos para a Ginástica Aeróbica 
‐ Halteres; 
‐ Barras com anilhas; 
‐ Caneleiras; 
‐ Elásticos; 
‐ Steps; 
‐ Barras fixas e paralelas; 
‐ Colchonetes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Musculação 
 
A musculação é uma atividade física 
versátil, geralmente com a utilização de pesos 
nos treinos. Não pode ser considerado um 
esporte, mas é um instrumento para o 
condicionamento físico das pessoas, sejam 
atletas ou não. 
A musculação é a base de esportes como 
o Fisiculturismo (musculação de competição) e 
o levantamento de peso (básico e olímpico). 
Além disso, atletas de inúmeras modalidades 
utilizam a musculação para o preparo físico 
específico em seus esportes. 
A musculação pode ser praticada por 
pessoas a partir dos 14 anos, sendo indicada 
inclusive para os idosos. As academias devem dar todo o suporte aos usuários, em 
relação aos exercícios e pesos específicos para sua idade, condição física e objetivos 
desejados com o treinamento. 
Os principais benefícios da musculação são: 
‐ Aumento da massa muscular 
‐ Redução da gordura corporal 
‐ Mantem a pele esticada em caso de emagrecimento 
‐ Aumento da densidade óssea 
‐ Alivia os sintomas da artrite 
‐ Previne dores nas costas e melhora a postura 
‐ Elevar a taxa metabólica 
‐ Melhora a circulação e pode diminuir a pressão arterial 
Em academias, o treino que visa o condicionamento físico é realizado em séries, 
que trabalham partes do corpo em separado, como a porção inferior do corpo, a porção 
superior do corpo, braços e cintura. Aquantidade de pesos utilizados é definida pelo 
instrutor da academia, considerando as condições físicas da pessoa. Uma série inicial 
normalmente é utilizada por três meses. Após esse tempo, a série é modificada 
aumentando alguns pesos e modificando alguns exercícios, trabalhando outros músculos. 
Para evitar lesões musculares, é fundamental o alongamento antes e depois dos 
exercícios físicos. 
Quanto à origem da musculação, existem registros em paredes de Capelas 
Funerárias no Egito que datam de 4.500 anos, e que mostram homens levantando pesos 
como uma atividade física. 
 
GINÁSTICA MÉDICA OU CINESIOTERAPIA 
 
A ginástica médica ou cinesioterapia é 
definida etimologicamente como a arte de curar, 
utilizando todas as técnicas do movimento. Licht 
(1965) definiu exercício terapêutico como 
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―movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a 
função‖. 
 
Auguste Georgii (1847), ao utilizar o termo cinesioterapia, propunha esta definição: 
―O tratamento das doenças através do movimento‖; a cinesioterapia ativa é assim a parte 
da fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente 
com uma finalidade precisamente terapêutica. É o que há muito tempo se chamou de 
ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos propósitos são essencialmente 
higiênicos ou estéticos. Entretanto essa noção de movimento é muito restritiva, portanto 
se incluem inteiramente no quadro da cinesioterapia ativa solicitações musculares de 
estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das alavancas ósseas. 
Ginástica Laboral 
É a ginástica que acontece em pequenos espaços do trabalho, com finalidade de 
prevenir lesões por esforços repetidos e se caracteriza com exercícios compensatórios à 
atividade repetida. 
Embora as primeiras manifestações de atividades físicas em empresas datem de 
mais de 100 anos, a Ginástica Laboral é um ramo relativamente novo para a maioria das 
empresas. 
A Ginástica Laboral começou a ser compreendida como um grande instrumento na 
melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais, 
através de exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho. 
A Ginástica Laboral não sobrecarrega nem cansa o funcionário, porque é leve e de 
curta duração. O objetivo da Ginástica Laboral é promover adaptações fisiológicas, físicas 
e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos que: 
 
‐ Trabalham a reeducação postural, 
‐ Aliviam o estresse, 
‐ Diminuam o sedentarismo; 
‐ Aumentam o ânimo para o trabalho; 
‐ Promovam a saúde e uma maior consciência corporal; 
‐ Aumentam a integração social; 
‐ Melhoram o desempenho profissional; 
‐ Diminuam as tensões acumuladas no trabalho; 
‐ Previnam lesões e doenças por traumas cumulativos, como as LER (Lesões por 
Esforços Repetitivos) e os DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao 
Trabalho). 
‐ Diminuam a fadiga visual, corporal e mental por meio das pausas para os 
exercícios. 
Dentre as lesões mais frequentes podemos citar: 
 
‐ Na coluna cervical: síndrome da tensão cervical e síndrome do desfiladeiro 
torácico; 
‐ No ombro: tenossinovite do bíceps e tendinite do músculo supra espinhoso; 
‐ No cúbito (cotovelo): epicondilites; 
‐ No punho: tenossinovite dos flexores do punho e dedos, tenossinovite dos 
extensores do carpo e dedos, tendinite de Dequervain e síndrome do túnel do carpo; 
‐ Na mão: fascite palmar e miosite dos lumbricais. 
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‐ Outros problemas na coluna como: hipercifose torácica, hiperlordose, escoliose, entre 
outros. 
‐ Encurtamentos musculares. 
Para as empresas, a incorporação da Ginástica Laboral pode trazer muitos 
benefícios como: 
‐ Redução de faltas dos funcionários; 
‐ Aumento da produtividade; 
‐ Redução de quedas; 
‐ Maior integração da equipe etc. 
 
Tipos de Ginástica Laboral 
Existem dois tipos de Ginástica Laboral: 
a Preparatória e a Compensatória. 
1‐ A Ginástica Preparatória é realizada antes ou logo nas primeiras horas do início do 
trabalho. Na maioria das vezes não é possível implantar em todos os setores antes de 
iniciar a jornada, mas logo no seu início e isso não descaracteriza como preparatória. Ela 
constituída de aquecimentos e ou alongamentos específicos para determinadas estruturas 
exigidas. O objetivo é aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a 
viscosidade das articulações e tendões. Geralmente tem duração de 5 a 10 minutos. 
2‐ A Ginástica Compensatória é realizada no meio da jornada de trabalho, como uma 
pausa ativa para executar exercícios específicos de compensação. Praticada junto às 
máquinas, mesas do escritório e eventualmente no refeitório ou em espaço livre, 
utilizando exercícios de descontração muscular e relaxamento, visando diminuir a fadiga e 
prevenir as enfermidades profissionais crônicas. 
 De que forma a Ginastica laboral é definida? 
A Ginástica Laboral compreende exercícios específicos de alongamento, de 
fortalecimento muscular, de coordenação motora e de relaxamento, realizados em 
diferentes setores ou departamentos da empresa, tendo como objetivo principal prevenir e 
diminuir os casos de LER/DORT 
Termos importantes: 
 
L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos) – foi criada para identificar um conjunto de 
doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores e 
eventualmente membros inferiores, e que têm relação direta com as tarefas, ambientes e 
organização do trabalho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde as L.E.R.s são 
a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. A cada 100 trabalhadores na 
região Sudeste, por exemplo, um é portador de L.E.R. A maior incidência da doença 
acontece na faixa etária de 30 a 40 anos. 
D.O.R.T. (Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho) ‐ é a mais nova 
terminologia adotada pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e tenta ampliar 
o conceito da doença para distúrbios inflamatórios e ou oriundos da compressão de 
nervos, provocados por atividades que exigem do trabalhador uma sobrecarga física ou 
atividades que demandam uma sobrecarga psíquica. 
Ergonomia ‐ conjunto de ciências e tecnologias que buscam a adaptação entre o ser 
humano e seu trabalho. O objetivo básico da Ergonomia é adaptar as condições de 
trabalho (máquinas, locais, ferramentas) às características do ser humano. Quando a 
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sintonia entre trabalho e trabalhador é alcançada, os benefícios são rapidamente 
percebidos. 
Corporate Fitness ou Academia Corporativa ‐ academias dentro das empresas. Há 
alguns anos, as empresas vêm criando espaços, dentro de seu ambiente, destinados ao 
treinamento físico de seus colaboradores, o que melhora a qualidade de vida individual e 
por consequência os níveis de saúde da população da empresa, diminuindo os custos 
com assistência médica e aumentando a produtividade. 
 
Ginástica Corretiva 
É a ginástica que possui exercícios definidos para corrigir defeitos posturais e 
desvios da coluna vertebral, também conhecida como cinesioterapia, é ministrada por 
fisioterapeutas, fisiatras e/ou professores de Educação Física especializados. 
A Ginástica Corretiva é uma atividade de caráter preventivo e terapêutico, indicada a 
pessoas de todas as idades que apresentem problemas de coluna como: cifose, escoliose 
e lordose, hérnias de disco e diversos tipos de artrose. 
Proporcionando o alívio das tensões e estresse, a Ginástica Corretiva Postural 
diminui e até elimina dores e facilita os movimentos corporais. 
A Ginástica CorretivaPostural complementa as técnicas de Pilates e RPG 
proporcionando consciência corporal nas atividades físicas de fortalecimento muscular 
sem riscos de lesão. 
 
Pilates 
 
Joseph Pilates (1880‐1967) foi um alemão que sofreu, durante a infância, de 
raquitismo, asma e febre reumática. Tais acontecimentos levaram‐ no a interessar‐se pelo 
estudo da anatomia e fisiologia humana e dos fundamentos de medicina oriental. 
Utilizando seus conhecimentos e para evitar passar o resto da vida dependente de uma 
cadeira de rodas, Pilates desenvolveu cerca de 
500 exercícios que o ajudaram, bem como aos 
seus seguidores, a levar uma vida longa e sã. 
Dessa maneira, o Método Pilates surgiu 
como uma excelente opção de fisioterapia para 
qualquer tipo de problemas ou deficiência física. 
Mas não é necessário ter uma doença concreta 
para praticar Pilates: é um tipo de exercício que 
faz bem a qualquer pessoa e, além disso, ajuda a 
equilibrar a mente, pois atua a nível psíquico, melhorando o autoconhecimento e 
diminuindo os níveis de ansiedade e stress. 
Entre as inúmeras vantagens que o Pilates oferece, devemos destacar o aumento 
da flexibilidade, a ativação dos músculos do tronco e a melhoria da estabilidade pélvica e 
lombar, o que contribui para uma melhor postura, sem dores nas costas. 
Desenvolve os músculos mais profundos do abdômen e das costas, o Pilates atua 
diretamente na sustentação da postura, e por consequencia melhora o alinhamento 
postural. Porém, sem uma avaliação individualizada, com objetivos definidos de forma 
criteriosa, o Método Pilates pode até piorar a postura pois os músculos mais fracos serão 
vencidos pelos mais fortes. 
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O Método Pilates consiste em um conjunto de exercícios controlados, pausados e 
metódicos, através dos quais se exercitam todos os músculos do corpo. Quem pratica 
Pilates ganha elasticidade e flexibilidade (possibilita movimentos mais harmoniosos), 
define e tonifica o corpo além de ter melhor consciência corporal. 
O método Pilates não escolhe gênero nem idade. Conta com um grande número de 
exercícios de intensidade e dificuldade muito 
variáveis, que tanto se podem adaptar a 
crianças como a adultos. 
No Pilates é preciso ter concentração, 
tanto na respiração como na realização correta 
dos exercícios, para, assim, conseguir desligar‐
se de todos os problemas e atingir a 
neutralidade mental. Mas, mesmo se não conseguir, o exercício ajuda a relaxar tanto 
física como mentalmente. 
Cada sessão de Pilates dura uma hora. Praticá‐lo três vezes por semana é o ideal, 
mas, com apenas duas sessões por semana já se verificam algumas mudanças. 
As aulas de Pilates são ideais para mulheres que procuram um exercício tranqüilo, 
mas que as mantenha em forma, para homens que pretendam complementar outros 
exercícios e ganhar flexibilidade ou para idosos que queiram aumentar a sua resistência 
face aos desafios do cotidiano e fazer exercício sem correrem o risco de se lesionar. 
 
R.P.G. (Reeducação Postural Global) 
A R.P.G. (Reeducação Postural Global) é uma técnica muito usada para correção de 
escoliose, hipercifose, gibosidade (corcunda) ou 
quaisquer desvios da coluna vertebral ou membros 
(pernas ou braços). 
 
A técnica da RPG foi desenvolvida pelo Dr. Philippe 
E. Souchard na França, no início dos anos 70 baseia‐se 
na teoria do campo fechado. Esta teoria esclarece que o 
ser humano para conseguir permanecer em pé, correr e 
realizar a infinidade de movimentos diários, depende da 
harmonia das cadeias musculares, da dinâmica e cadeias musculares da estática , que 
com suas contrações e descontrações constantes e precisas permite‐nos realizar uma 
infinidade de movimentos com equilíbrio e graça. Somente o fato de ficarmos em pé, já é 
algo maravilhoso. 
 
História da hidroginástica 
 
A hidroginástica surgiu na Alemanha, para atender inicialmente um grupo de 
pessoas com mais idade, que precisava praticar uma atividade física, segura, sem causar 
riscos ou lesões articulares e que lhes proporcionassem bem estar físico e mental. 
A 460 – 375 a.C. em épocas remotas já se utilizavam de banhos de contrastes para 
o tratamento de doenças. Os romanos utilizavam 4 tipos de banhos: 
1. Banho frio (recreação) – frigidarium; 
2. Banho tépido (local contendo ar aquecido) – tepidarium; 
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3. Outro banho – (ambiente fechado, saturado de ar úmido quente) – provocar 
sudorese => este tipo de ambiente lembra as atuais saunas seca e úmidas atualmente 
existentes; 
4. Banho quente – caldarium. 
Na alemanha, por volta de 1722, os banhos mornos eram utilizados para aliviar 
espasmos musculares e nos pacientes necessitados de relaxamento. 
Aproximadamente 57 anos depois (1779), em Edimburgo, foi empregado o banho 
frio em várias condições febris. De acordo com alguns documentos por volta do ano de 
1830, Vincent Pressnitz, iniciou o uso da água fira e exercícios vigorosos. Este cidadão 
acreditava que essa atividade trazia inúmeros benefícios para o corpo, embora sua tese 
fosse considerada empírica nos meios clínicos da época. 
Por volta de 1835, o Dr. Winternitz de Viena mais Wright e Currie, tomando o 
assunto à nível de pesquisa, chegaram à conclusão que havia ciência sobre as reações 
dos tecidos na água, em suas várias temperaturas e os benefícios proporcionados no 
tratamento de várias doenças. 
Daí, estabeleceu bases fisiológicas aceitas, nascendo, então, a hidroterapia como 
alternativa de cura recomendada pela medicina e que se alastrou pela Alemanha, 
Inglaterra, Estados Unidos e foi ganhando seu espaço pelo mundo. 
No Brasil, a hidroginástica chegou a 27 anos, sendo desenvolvida em vários locais 
como: clubes, academias, spas, etc..., 
Atualmente sua prática possui várias finalidades como emagrecimento, 
principalmente para pessoas obesas, melhora da saúde, ganho de massa muscular, 
interação com outras pessoas, preparação ao parto para as futuras mães e a sensação 
de prazer durante e após a atividade. 
Com o passar do tempo, vertentes surgiram a partir da Hidroginástica como 
Acquagym, Ginástica Aquática, Hidroatividade e Aquaeóbica. Perceberam que poderiam 
adaptar diferentes tipos de atividades na água e criaram a Hidroioga, Hidrodança, 
Hidrocapoeira, Hidro Power e Hidro local. Além de aulas onde os alunos não tocam no 
fundo da piscina como Deep water e Deep runner (corrida na água). Essa são apenas 
algumas das possibilidades desenvolvidas, existe uma infinidade delas. 
Para o professor aproveitar ao máximo o ganho no aluno e evitar qualquer tipo de 
lesão é necessário um amplo conhecimento do setor aquático, que se dividem em: 
 Flutuação: Resultado da força contrária a gravidade chamada de empuxo 
para cima. 
 Pressão hidrostática: A tensão exercida sobre o corpo que quanto mais 
profundo estiver maior será. Causa a resistência na execução do movimento. 
 Viscosidade: Atrito provocado na água, que pode variar entre alto e baixo 
conforme a velocidade do exercício ou temperatura da piscina. 
 Densidade: Cálculo da massa com o volume. Se o corpo for mais denso que 
a água ele afunda. O peso dos ossos com o nível de gordura e massa magra 
de indivíduo interferem em sua capacidade de flutuação. 
 Temperatura: As piscinas variam em média de 27 a 29ºC. 
Uma aula de hidroginástica tem duração de 40 minutos ou até mesmo uma hora, 
isso vai depender do cronograma e regras do estabelecimento. O ideal é que o professor 
separe a aula em três partes: a inicial como aquecimento, a principal com os exercícios 
de aumento da intensidade e a última com relaxamento e volta a calma. 
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E-mail: priscilamayara0820@gmail.comOs movimentos realizados pelos alunos são feitos justamente contra a força 
exercida pela água que é de baixo para cima. Essa forma de sobrecarga pode contar com 
materiais para aumentar a resistência, como halter, acquatubo ou macarrão, caneleira, 
luva, colete, bola, prancha ou qualquer outro material aquático. 
A música é o fator principal durante a atividade, já que os alunos estão lá muitas 
vezes para se sociabilizar e se divertir. O ritmo proporciona o estímulo necessário para os 
praticantes. 
Os benefícios adquiridos com a hidroginástica são: 
 Melhora cardiorrespiratória e vascular; 
 Ganho de força e massa magra; 
 Melhora da coordenação motora e equilíbrio; 
 Proporciona prazer e qualidade de vida. 
 
 
TREINAMENTO FUNCIONAL 
 
A funcionalidade física do ser humano é testada desde a antiguidade e já foi questão 
de sobrevivência. Portanto, o treinamento funcional não é uma novidade. 
Na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para 
sucesso de desafios propostos, 
como "Os doze trabalhos de 
Hércules". Na Grécia Antiga 
encontramos os Jogos Olímpicos. 
Para melhoria da performance os 
atletas gregos desenvolveram 
equipamentos e métodos de 
treinamento específicos para 
superação de resultados. Esta 
prática, também foi aplicada na 
Roma Antiga, entre os gladiadores. 
Hoje em dia, o treinamento funcional mantém a sua essência como um método de 
treinamento físico, com conceito básico de melhoria da aptidão física relacionada à saúde 
ou a performance e prevenção de lesão músculo esquelético. Tem como característica 
realizar a igualdade das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano, para 
produção de movimentos mais eficientes. Este método de treinamento atende tanto o 
indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um ambiente dinâmico 
de treino. 
Paul Chek desenvolveu um sistema de treinamento funcional focado nos 
movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no 
cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar, 
puxar, empurrar, levantar e girar. 
Algumas linhas de pesquisa sobre treinamento funcional referem-se ao treinamento 
com instabilidade e/ou treinamento do core. Pode-se entender como treinamento do core 
um programa de exercícios físicos que visa melhorar a capacidade de controlar a posição 
e o movimento do tronco sobre a pelve e as pernas para permitir uma ótima produção, 
transferência e controle da força e movimento para o segmento distal, numa cadeia 
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integrada de atividades. Desta forma o produto do controle motor e da capacidade 
muscular do complexo lombo-pélvico-quadril é a estabilidade do centro corporal (core). 
O que é o treinamento funcional? 
O treinamento funcional é um tipo de treino o qual tem como base os movimentos 
naturais do corpo, como pular, correr, puxar, abaixar (agachar), levantar, saltar, girar etc. 
Sendo assim, este treino visa aprimorar essas funções, otimizando capacidades como a 
força, o equilíbrio, a coordenação motora, a agilidade, o sistema cardiovascular e 
cardiorrespiratório e etc. 
De uma forma geral, por ser extremamente natural, ele faz com que o individuo fuja 
daqueles mesmos movimentos propostos com a prática da musculação. Dito de maneira 
simplória, não considero que ele ―substitua‖ os movimentos da musculação, pois ela 
também busca o reaprendizado de movimentos básicos, como agachar ou levantar. 
Entretanto, com a inserção de métodos muito atualizados, os exercícios se tornaram 
limitados a eixos específicos e é justamente nisso que o treinamento funcional se 
diferencia, por utilizar outros eixos e outros padrões de movimentos. 
O treinamento funcional também tem a capacidade de, em grande escala e talvez 
mais do que a musculação, trabalhar a musculatura profunda e estabilizadora de regiões 
do corpo, especialmente dos músculos do core. Mas, óbvio que outras regiões também 
podem ser trabalhadas de maneira profunda e, não é incomum a musculação tradicional 
ser completada com alguns desses exercícios funcionais justamente com esta finalidade. 
O treinamento funcional proporciona bons resultados? Quem pode praticá-lo? 
Sem sombra de dúvidas, o treinamento funcional é muito interessante, 
especialmente para alguns grupos de pessoas as quais tem de utilizar a musculação com 
certa restrição e que buscam o emagrecimento (visto que, incontestavelmente, quando o 
assunto é o ganho de massa magra, a musculação tradicional ainda leva vantagem sob 
quaisquer outras práticas). 
De uma forma geral, existem métodos de treinamentos funcionais os quais chegam 
a queimar cerca de 700kcal em um mesmo período de tempo da musculação (45-50 
minutos), sendo que, assim como na musculação, ainda temos um significativo aumento 
nos níveis de EPOC. 
Geralmente, a intensidade dos treinamentos funcionais tende a aumentar de acordo 
com o desenvolvimento da pessoa. Isso quer dizer que, pouco a pouco, a tendência é a 
de que seus treinos fiqem cada vez mais intensos, gerando resultados cada vez mais 
expressivos. 
O treinamento funcional pode ser interessante, especialmente para alguns grupos de 
pessoas as quais possuem certas restrições na musculação. Entre esses grupos, 
podemos mencionar mulheres em estágio avançado de gravidez (as quais necessitam de 
exercícios para o fortalecimento corpóreo e mesmo para auxiliar no trabalho de parto e no 
período pós-parto), pessoas com lesões específicas as quais necessitam de 
fortalecimentos específicos, pessoas as quais não gostam da musculação, entre outras. 
Obviamente, todo o protocolo de treinamento funcional deve ser individualmente 
projetado, uma vez existentes inúmeras vertentes e sistemas de treino, assim como no 
caso da musculação tradicional. Os limites individuais devem ser prioritariamente 
respeitados. 
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Benefícios do Treinamento Funcional 
O que muitas pessoas querem saber é se o treino funcional possui benefícios e 
quais são esses benefícios, em relação a musculação ou a qualquer outro tipo de 
atividade física. 
A verdade é que ele possui benefícios 
sim, como já dito em algumas partes deste 
artigo. Vamos fazer uma lista dos grandes 
benefícios que o treino funcional possui: 
 Treinar diversas habilidades motoras; 
 Treino vai além dos músculos… Treine 
os movimentos corporais; 
 Treino variado, com infinidades de 
exercícios e possibilidades; 
 Desenvolve e Melhora a percepção dos 
movimentos; 
 Melhora a postura durante os exercícios; 
 Fortalece os músculos do core; 
 Trabalha o corpo todo de uma vez só; 
 Melhora o equilibro do corpo; 
 Melhora da força e tonificação muscular; 
 Auxilia na reabilitação de lesões. 
O treinamento funcional pode trazer diversos benefícios para a sua vida. Portanto se você 
precisava de algum empurrão para começar, esse é o que posso te dar! Não fique 
parado, procure hoje mesmo uma academia e comece a se movimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADES FÍSICAS 
 
 Atividades físicas são os movimentos corporais 
produzidos pelos músculos esqueléticos, que tem como 
resultado um gasto de energia maior do que os níveis de 
repouso. Sendo assim, não são apenas os exercícios 
praticados dentro de uma academia, ou durante uma corrida, 
eles estão presentes no nosso dia a dia ao varrer a casa, ao 
caminhar até a parada de ônibus...é importante tentar integrar 
de uma forma mais abrangente a vida diária às atividades 
físicas, por exemplo: utilizar as escadas ao invés do elevador, 
passear com o cachorro, ir ao supermercadoa pé, fazer 
jardinagem, entre outras formas. 
Para que as atividades físicas se tornem mais benéficas 
e realmente melhorem a qualidade de vida, é ideal ter um 
tempo reservado para exercícios físicos de uma forma mais 
direcionada, como caminhada, musculação, natação, etc. A atividade física é fundamental 
para todos, independente da idade, e quando combinada com uma alimentação saudável, 
é possível garantir um corpo saudável e um grande bem-estar. 
Importância das Atividades Físicas 
As atividades físicas, sem dúvida alguma proporcionam uma alta qualidade de vida. 
Praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma boa saúde mental e corporal, em 
qualquer idade. 
Mas, infelizmente essa não é a realidade que estamos vivendo, ao mesmo tempo 
que existem pessoas preocupadíssimas com a alimentação e com o corpo, existem outras 
que se entregam cada vez mais ao sedentarismo. Pesquisas afirmam que mais de 60% 
dos adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam exercícios regularmente. É 
possível observar um grande índice de aumento do sedentarismo, e consequentemente 
da obesidade, que está diretamente ligado ao estilo da vida moderna. Hoje os exercícios 
estão cada vez mais reduzidos, por conta da tecnologia que substitui práticas que antes 
dependiam do nosso esforço, e também pelo tempo, que é cada vez mais acelerado e 
escasso, as refeições precisam ser mais rápidas, e o tempo para as atividades físicas é 
substituído pela televisão, computador, videogame etc. 
Desde o seu surgimento, o homem já foi condicionado à diversas práticas físicas e 
sempre foi ativo. Antigamente tudo o levava a se exercitar com grande frequência, andava 
muito de um lugar ao outro, não tinha a ajuda dos transportes, o trabalho era braçal, tudo 
era fruto do esforço. Com o passar do tempo, e principalmente com a Revolução 
Industrial, a troca do campo pela cidade e o surgimento de máquinas e transportes, 
passaram a favorecer a diminuição dessas atividades, que estão cada vez mais 
reduzidas. 
CAPÍTULO 2 – GINÁSTICA DE CONSCIENTIZAÇÃO 
CORPORAL 
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No Brasil, esse modo de vida acelerado e sedentário, é responsável por, em média, 
54% do risco de morte por infarto, e 50% do risco de morte por derrame cerebral, duas 
das principais causas de morte no país. 
Benefícios das Atividades Físicas 
As atividades físicas são benéficas para todo o organismo, a começar pela 
importantíssima função de fortalecer os ossos, articulações e músculos, proporcionando 
mais resistência, flexibilidade, equilíbrio corporal, agilidade, e principalmente, um bom 
condicionamento físico, melhorando as condições de funcionamento do sistema 
cardiorrespiratório. 
A qualidade de vida é muito maior quando se tem o hábito de praticar exercícios, 
pois aumenta a disposição, a facilidade para certas coisas, melhora o sono, a 
alimentação, o humor, o aspecto da pele, ajuda na superação de limites, na vida sexual, 
entre outros milhares de benefícios. 
Outro fator muito importante, é o controle ou a perda de peso e a redução da 
gordura corporal através dos exercícios. Pessoas com o peso inadequado, e com um alto 
índice de gordura possuem grandes riscos de contraírem graves doenças, principalmente 
as cardiovasculares. Quem possui hábitos corretos e uma rotina de atividades físicas, 
diminui cerca de 40% do risco de problemas no coração, pois ele trabalha de forma muito 
mais eficaz e segura. Proporcionam também a redução da pressão arterial, do colesterol, 
e melhora a diabetes. Alguns problemas respiratóriostambém podem ser resolvidos com a 
prática de atividades físicas, pois ajudam a fortalecer os pulmões, fornece mais energia, 
fôlego, oxigênio e nutrientes aos tecidos. 
A atividade física ajuda o corpo a usar as calorias de forma eficaz e aumenta a taxa 
metabólica nasal, portanto faz com que o organismo use mais calorias do que o normal ao 
ser exercitado. Essa taxa metabólica, é baseada nas funções do organismo, como a 
respiração, digestão, frequência cardíaca e função cerebral. 
Além de ser importante em diversos aspectos do corpo, essas tarefas beneficiam 
também a saúde mental, pois melhoram o fluxo de sangue para o cérebro, levando mais 
oxigênio e nutrientes, regula as substâncias que estão ligadas ao sistema nervoso, 
diminui o estresse, pois é relaxante para a mente e faz com que algumas substâncias 
relacionadas à esse comportamento, sejam eliminadas. 
Por auxiliar no comportamento do indivíduo, elas fazem com que o convívio social 
seja melhor e mais tranquilo, aumentando também a disposição e a produtividade no 
trabalho. 
Os exercícios físicos são importantes também para cuidar da ansiedade, depressão, 
auto-estima e até para o tratamento de abstinência de drogas. Realizar essas atividades é 
uma alternativa saudável para que o corpo e a mente elimine aos poucos a necessidade 
de determinada substância. 
Exercícios por Idade 
Atividades Físicas para Crianças 
As atividades físicas para crianças são extremamente importantes para um bom 
crescimento e desenvolvimento do corpo e da mente. É importante que a criança comece 
a criar resistência, coordenação, força, equilíbrio, agilidade, velocidade, percepções tátil, 
auditiva e visual, noções de espaço, de tempo e de ritmo... e todos os outros benefícios 
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que podem ser adquiridos através das atividades 
físicas. A atenção precisa ser especial nessa fase, 
pois é durante toda a infância que novas sensações 
são descobertas, e são os exercícios que auxiliam e 
proporcionam o início de uma vida saudável. 
Atualmente, há uma preocupação muito grande 
com o alto índice de obesidade durante a infância. 
Antigamente as brincadeiras proporcionavam uma 
queima de calorias muito maior, as crianças eram acostumadas a correr mais, pular 
mais...hoje muitas praticam atividades físicas apenas na educação física da escola, pois 
no tempo livre tudo gira em torno da televisão, do computador e do vídeo-game! Esses 
hábitos tem proporcionado menos qualidade de vida para as crianças e aumentando o 
índice de sedentarismo. 
A prática correta e regular de exercícios precisa começar na infância, ou seja, é 
importante que os pais incentivem, busquem saber quais são as atividades preferidas da 
criança, e proporcione a realização. Normalmente as crianças preferem atividades que 
sejam divertidas e que tenham contato com outras crianças. Veja algumas dicas de 
atividades físicas para crianças e quais os principais benefícios: 
 Natação: é indicada a partir dos primeiros meses de vida, para que desde cedo 
haja uma adaptação com a água. Durante os primeiros anos, a natação ocorre de 
forma recreativa e lúdica, e é importantíssima para que novos movimentos sejam 
descobertos pela criança, sem nenhum trauma (tombo, batida, dor). É um grande 
auxílio para o desenvolvimento motor, assim como os aspectos cognitivos, 
emocionais e sociais. Além disso, melhora a resistência do organismo e ajuda em 
casos de problemas respiratórios e ortopédicos. 
 Ballet: ajuda muito na coordenação motora, concentração, disciplina, postura, 
memória, criatividade, lateralidade, ritmo, flexibilidade, musicalidade, e proporciona 
uma sensibilidade às artes e às expressões corporais. 
 Futebol, vôlei e basquete: normalmente são os três esportes que utilizam bola que 
são mais praticados pelos "pequenos". Ajudam a criança a criar uma certa 
resistência física, capacidade cardiorespiratória, coordenação motora e incentiva o 
trabalho em equipe. 
Atividades Físicas para Adolescentes 
Por anteceder a fase adulta é importante criar um hábito ainda maior de exercícios. 
Pesquisas comprovam que os adultos sedentários, na maior parte das vezes são assim, 
porque na adolescênciajá não tinham o costume 
de se exercitar. 
Durante a adolescência, um período 
complicado, cheio de dúvidas, altos e baixos, 
onde a preocupação com a aparência triplica, a 
atividade física além de todos os benefícios 
oferecidos em qualquer fase, proporciona 
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também um estímulo à socialização, à inclusão, aumenta a auto-estima, o bom-humor, a 
disciplina, estimula a busca por objetivos, elimina a preguiça, exercita a independência, o 
relacionamento em grupo, dentre outros. 
A adolescência é um momento de mudanças no corpo, pois há uma grande 
concentração de hormônios, e as atividades físicas ajudam a enfrentar de um jeito mais 
agradável estes efeitos psicossociais, e ao gastar mais energia, o corpo e o psicológico 
tendem a ficar mais equilibrados. Também é durante a adolescência que o apetite 
aumenta é muito comum ouvir comentários de que eles comem demais, principalmente os 
garotos, por isso é fundamental manter uma atividade física regular, para evitar a 
obesidade. Outro ponto a ser comentado é a ajuda que o esporte oferece, para que os 
jovens se afastem de possíveis vícios, como o álcool e drogas. 
A musculação na adolescência é um tema difícil a se tratar, muitos dizem que não é 
recomendado, pois atrapalha no crescimento e desenvolvimento do corpo, mas não há 
comprovação desse fato. Porém, o que é totalmente inadequado, é fazer musculação 
trabalhando com carga máxima, pois desse forma é possível atrofiar ou atrapalhar o 
desenvolvimento dos músculos. O ideal é visar apenas a resistência muscular, e não a 
força, fazendo um programa que intercale exercícios aeróbicos e anaeróbicos com cargas 
mais leves. 
 
Atividades Físicas para Adultos 
Na faixa etária de 20 a 30 anos, não há restrição de exercícios, o corpo já se 
desenvolveu ao máximo e ainda permite muito esforço. A atenção precisa ser focada na 
postura, para que não tenha problemas. Por ser uma fase onde as responsabilidades são 
muito maiores, o tempo é curto, então é necessário achar uma atividade que dê prazer e 
encaixá-la na agenda. 
A partir dos 30 anos a preocupação com a saúde e com a 
estética aumenta, pois as respostas metabólicas e fisiológicas 
não são mais as mesmas, ficam lentas, e as ―marcas do 
tempo‖ começam a aparecer. É comum ouvir queixas de 
mulheres que a partir dos 30 anos, possuem mais dificuldade 
para emagrecer, diferente de antes, que rapidamente perdiam 
peso. Durante esse período também não há restrições de 
exercícios, mas a musculação é ainda mais indicada, pois 
ajuda nos resultados estéticos, na articulação e fortalece o 
corpo. 
Com 40 anos ou mais, começam a aparecer algumas 
restrições, e de acordo com essas retrições, é necessário que 
o programa seja feito de uma forma mais específica e com acompanhamento. Os 
exercícios aeróbicos precisam ser mais intensos do que a musculação, pois o peso 
corporal tende a aumentar pela grande dificuldade de emagrecer e o coração precisa 
ganhar ainda mais resistência. 
A partir do 50 anos algumas dificuldades já são visíveis e determinadas patologias já 
se manifestaram. Mas a atividade física é uma obrigação ainda maior nessa fase por 
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causa da diminuição de massa óssea, vulnerabilidade aos problemas cardíacos, aumento 
da gordura corporal, a piora na postura, entre outros fatores. 
Atividades Físicas para Idosos 
 As atividades físicas aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos idosos, 
melhora a auto-estima, disposição, autoconfiança, memória, independência, etc. Porém, o 
cuidado precisa ser redobrado, pois já existem muitas limitações, as articulações e a 
agilidade não são mais as mesmas, a disposição é menor, o cansaço e as dores estão 
mais presentes, o metabolismo basal está mais reduzido, aumento dos problemas 
cardiovasculares como o aparecimento de doenças cardíacas, pressão arterial elevada, 
normalmente, concentração de gordura no tronco e abdômen, e outras diversas 
restrições. 
Mas nada disso, a não ser determinadas limitações físicas, impedem o idoso de se 
exercitar. Pelo contrário, precisam ser um estímulo para melhorar a saúde, pois as 
atividades físicas diminuem o risco de diversas doenças, incapacidades, melhora a 
mobilidade, aumenta o nível de energia, ausência de dores, além de auxiliar na 
minimização das alterações biológicas do envelhecimento. 
Há idosos que pela grande dedicação aos esportes durante a vida inteira, chegam à 
―melhor idade‖ com disposição e boas condições físicas, pois o envelhecimento 
cronológico não acompanha o envelhecimento fisiológico no mesmo ritmo. Mas há 
também os que perdem grande resistência e precisam começar do zero. Os exercícios 
mais indicados são a caminhadas, aulas de alongamento, hidroginástica e musculação 
(pesos leves, sequências curtas). 
Mas independente da atividade, é fundamental ir ao médico, fazer uma avaliação 
física, todos os exames necessários, e escolher atividades de acordo com as limitações e 
com o que for indicado. Em academias, os idosos tem uma atenção especial, os 
treinadores verificam a pressão antes, durante e depois do programa, acompanham, e 
auxiliam em todos os exercícios. 
 
TAI CHI CHUAN 
 
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial interna, de origem chinesa. Seu estilo é suave, 
e favorece o relaxamento muscular, ao 
contrário da maioria das artes marciais, que 
tem como objetivo a agilidade e a maior 
tensão dos músculos. O Tai Chi Chuan 
pode ser considerado uma meditação em 
movimento. 
Os movimentos no Tai Chi Chuan são 
circulares. Quando combinados com um 
ritmo respiratório, levam a 
um alongamento do corpo e conseqüente 
relaxamento do mesmo. Os movimentos são contínuos e delicados. 
https://www.infoescola.com/educacao-fisica/alongamento/
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O Tai Chi Chuan tem, em seus princípios, traços da filosofia Taoísta e da Alquimia 
Chinesa. Foi ―fundado‖ pela Família Yang, mais precisamente por Yang Lu Chang, um 
chinês que viveu entre 1789 e 1872. Mas o grande responsável que difundiu o Tai Chi 
Chuan da Família Yang por toda a China, foi o Mestre Yang Cheng Fu, que viveu entre 
1883 e 1936. O estilo Yang tem 103 posturas diferentes. 
Tendo como base a filosofia Taoísta, o Tai Chi Chuan busca o equilíbrio entre o Yin 
e o Yang, o que gera a energia "KI", que é a energia vital de todo ser vivo. Yin e Yang são 
os extremos opostos de energia. Num exemplo um tanto grosseiro, claridade e escuridão 
seriam os extremos Yang e Yin da energia luminosa. São indissociáveis e ao mesmo 
tempo contrários. O ideal seria encontrar o equilíbrio entre eles. 
O Tai Chi Chuan faz com que o praticante tenha maior consciência de seu corpo e 
do equilíbrio. Tem efeito sobre o corpo e a mente, aumentando o relaxamento e 
combatendo o estresse. 
Os benefícios que traz a saúde também são inúmeros: torna as articulações mais 
flexíveis, rejuvenesce a pele, favorece a circulação sanguínea, e o coração. 
Como tem ação sobre o sistema nervoso central, é benéfico inclusive para os 
sistemas: digestivo, eliminatórios, respiratórios e imunológicos. Por esses motivos é 
sinônimo de longevidade em alguns países. 
Por envolver a arte marcial, a saúde e a meditação, o Tai Chi Chuan é, atualmente, 
praticado pelo mundo todo, sobretudo no ocidente, e é inclusive aplicado na medicina 
oriental, no tratamento de reumatismos, artroses, burcites, artrites e no equilíbrio da 
pressão arterial. 
Na China, é comum as pessoas praticarem o Tai Chi Chuan nas praças, no período 
da manhã. Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive às pessoas na terceira 
idade. 
 
 
 
 
 
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IOGA 
A ioga, que teve origem na Índia, é uma forte disciplina imposta sobre o corpo e a 
mente do homem. Há diferentes tipos de ioga, cada uma com uma ênfase. 
 
 
O termo ioga significa: unir, juntar, atrelar 
 
Embora muitas pessoas escrevam o termo yoga iniciando com a letra ―y‖, esta 
palavra já está incorporada ao dicionário Aurélio desde a década de 60, de modo que, no 
Brasil, ela é iniciada com a letra ―i‖. Esta foi apenas uma ressalva, pois importa muito 
menos como o termo é grafado e muito mais o que ele significa. O termo ioga significa 
unir, juntar, atrelar, a partir do sânscrito. No entanto, enquanto prática, esse termo 
significa muito mais do que isso: trata-se de uma forte disciplina imposta sobre o corpo e 
a mente do homem, cuja origem se deu na Índia, e com fortes vínculos com a prática da 
meditação tanto budista quanto hinduísta. 
Há diferentes tipos de ioga, porém citarei apenas as mais comuns: hata-ioga, bacti-
ioga, jnana-ioga, raja-ioga e carma-ioga. Cada uma delas apresenta ênfase em algum 
aspecto específico, como se pode ver: 
 Hata-ioga: Pretende a transcendência da consciência a partir do fortalecimento do corpo. 
Esse corpo, assim, estaria forte o suficiente para conseguir atingir a elevação espiritual; 
 Bacti-ioga: Esse tipo de ioga tem como objetivo maior a conexão com o divino por meio 
da devoção do praticante; 
 Jnana-ioga: Parte do pressuposto que existe um conhecimento imutável e, portanto, 
anterior ao homem. Por isso, a prática da Jnana-ioga requer muito estudo e dedicação; 
 Raja-ioga: Apropriada para pessoas muito racionais, pois a sua prática pretende o 
domínio das atividades mentais; 
 Carma-ioga: parte da noção de que todas as ações feitas pelo ser humano devem ser 
desinteressadas, de modo a entregar todos os benefícios conquistados à divindade. 
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Atualmente, o nosso estilo de vida moderno tem ocasionado muitos problemas físicos e 
psicológicos não apenas nos adultos, como também em crianças. E é nesse sentido que 
a prática da ioga se faz importante: ao procurar um equilíbrio entre o corpo, a mente e a 
parte espiritual, a ioga se torna praticamente uma saída para a boa saúde e o bom estilo 
de vida. Além disso, a ideia que perpassa todas as práticas iogues de que você é 
responsável pelos seus atos, e que, portanto, a sua felicidade só depende de você, 
incentiva a autonomia para o praticante. 
Outros benefícios dessa prática são: aumento da concentração nas atividades; 
maior equilíbrio emocional; aumento da força muscular e da flexibilidade; melhora do 
sistema imunológico; redução do estresse e da ansiedade. 
 
 
 
CONHEÇA A HISTÓRIA DOS PADRÕES DE BELEZA E SUA EVOLUÇÃO 
 
Das curvas mais avantajadas à barriga de tanquinho, é possível identificar, desde a 
Pré-História, os diversos padrões de beleza, tanto em 
homens quanto em mulheres. 
Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, o 
tempo não é a única variável dessa mudança. As questões 
culturais também são fatores consideráveis. Por exemplo: 
algo que se enquadra nos conceitos de beleza no Brasil 
pode ―não valer‖ em outros países. 
Em outras palavras, os padrões de beleza estão em 
constante processo de mutação, não sendo representado 
por um modelo universal e sofrendo influências de 
variáveis sociais, culturais e até mesmo biológicas. 
As grandes transformações dos padrões de beleza, da 
Pré-História ao Renascimento 
A Pré-História 
Durante a Pré-História, o corpo era considerado a arma de sobrevivência dos indivíduos, 
tanto para a caça quanto para a fuga dos predadores. Mesmo assim, os padrões de 
beleza já tinham notoriedade quando o homem começou a viver em grupos. 
Criou-se uma hierarquia, e os homens que estavam no topo utilizavam elementos como 
as garras e os dentes de animais para a diferenciação dos demais. 
Enquanto isso, a obesidade representava o ideal estético perfeito para as mulheres. 
Nesse caso, ela era associada à fertilidade e à disponibilidade de recursos. 
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A Idade Média 
Desde então, a única época que não houve o domínio de algum padrão de beleza se deu 
na Idade Média. Graças à forte influência da Igreja, os hábitos de higiene dos gregos e 
dos romanos foram deixados de lado. Pregava-se que os cuidados com corpo era algo 
profano, imoral e indecente, já que contradiziam as leis divinas. 
Acreditava-se que a beleza era uma consequência da sua obediência, devoção, pureza e 
castidade, assim como a Virgem Maria. Para o sexo masculino, essas questões estavam 
ligadas ao poder, tanto que a maior referência para os homens era o rei. 
O Renascimento 
No período Renascentista, os valores humanistas retornaram, assim como a adoção de 
padrões de beleza da Antiguidade. 
As pinturas se tornaram mais sedutoras, com os corpos à mostra. Nos quadros, as 
mulheres exibiam os cabelos longos e formas avantajadas, enquanto os homens se 
apresentavam um corpo sem pelos e com músculos. 
Os ideais greco-romanos também voltam a imperar nessa época. A obesidade 
representava status, riqueza e ostentação — o que só estava disponível para um seleto 
grupo da nobreza. 
A mutação dos padrões de beleza e os seus reflexos dentro do comportamento 
social 
O século XVII 
Já no século XVII, a apreciação deu lugar a corpos mais delicados e a cinturas mais 
afuniladas, que surgiram após muito esforço com o uso dos espartilhos. 
O século XIX 
Mais tarde, no século XIX, corpos avantajados voltaram a ser valorizados, especialmente 
entre a classe burguesa. O contexto histórico, a Revolução Industrial, também contribuiu 
para a distinção entre as classes e a propagação da riqueza por parte de um grupo seleto 
na sociedade. 
O século XX 
Vale ressaltar que somente no século XX, a partir das mudanças culturais, as mulheres 
conseguiram conquistar mais emancipação e independência — sendo essa uma 
importante vitória para a classe. 
Os espartilhos foram extintos e os sutiãs passaram a ser usados. A famosa marca Coco 
Chanel investiu na produção em 1ª mão de saias na altura do joelho, além da confecção 
de roupas mais leves e soltas, sem a exigência da marcação na cintura. 
Nesta época, o modelo de homem ideal era modulado por esportistas e celebridades. A 
característica marcante é que inteligência passa a ser sinônimo de riqueza. Os homens 
ricos são referenciados pelo seu poder e pela sua liderança. 
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Os anos 1940 e 1950 
Nos últimos 50 anos, especialmente, após a popularização de concursos de beleza, os 
ideais tornaram-se uma grande diversidade. Inúmeros biotipos inspiraram o imaginário, e, 
entre eles, encontrava-se o de grandes artistas influenciadores da época. 
Especificamente nos anos 1940 e 1950, os astros de Hollywood — como Marilyn Monroe 
— foram uma das principais referências para instituir padrões de beleza e chamavam 
atenção pela sua sensualidade, com quadris largos e seios fartos, acentuados pelos 
sutiãs com enchimento. 
Depois, a modelo, atriz e cantor britânica Twiggy se tornou uma inspiração com o seu 
corpo magro, esquálido e com ausência de curvas. 
O ritmo marcante da época é rock n‘ roll e o artista influente era Elvis Presley, que 
chamava atenção pelo o seu rosto liso e pelo seu topete brilhante — moda que foi 
adotada pelos homens naqueles tempos. 
Os anos 1970 
Os anos 1970 foram marcados pela liberação sexual e pela igualdade de direito entre os 
gêneros. 
Em decorrência disso, os ideais de beleza masculino passaram por grandes 
transformações, tanto em relação aocorpo quanto ao modo de se vestir e de se 
comportar socialmente. 
Houve a ampliação dos mais diversos estilos, que iam desde os cabelos mais soltos e 
naturais até o estilo punk. 
Os anos 1980 
Na década de 1980, a era fitness começou a imperar. Os músculos volumosos e definidos 
eram o principal objetivo para os milhares de fisiculturistas existentes. Isso aconteceu por 
causa da ginástica em casa, possível depois da democratização do videocassete. 
O incentivo ao culto do corpo perfeito na era contemporânea 
Os anos 1990 
Nos anos 1990, surgiu Kate Moss, que veio com o intuito de redefinir a ideia de sex 
appeal a partir da valorização da sua beleza andrógina (aquela que possui traços 
marcantes de ambos os gêneros, feminino e masculino). 
Isso se tornou muito marcante, especialmente, para protagonização de grandes 
campanhas de grifes, já que uma pessoa consegue reproduzir as peças para homens 
quanto para mulheres. 
As características altas, magras, curvilíneas sem exageros foram referenciadas por 
grandes modelos da época. Nesse momento, a beleza deixa de ser associada à saúde 
para se tornar um padrão social. Surgiu, assim, o aumento significativo de distúrbios 
alimentares, como bulimia e anorexia. 
Novas tendências também começaram a ter mais visibilidade, como os piercings e as 
tatuagens. 
O Brasil contemporâneo 
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Também houve a consolidação do corpo perfeito no Brasil — que sofreu influência, 
especialmente, dos bailarinos e de Carnaval. A preocupação com corpos sarados, dietas 
e cirurgias plásticas se tornaram foco. 
Como você pode notar, os padrões de beleza, que remetem o ideal de felicidade, são 
consagrados por grandes influenciadores, como os estilistas e os demais membros da 
indústria da moda, que compartilham o que não é acessível para grandes massas, sendo 
restrita um seleto grupo social. 
 
 
A EVOLUÇÃO DOS PADRÕES DE BELEZA FEMININA AO LONGO DA HISTÓRIA 
Divertido e interessante 
Os padrões de belezas da sociedade tem mudado imensamente ao longo do tempos. A 
busca da beleza tem feito parte da maioria das civilizações existentes no nosso planeta, 
apesar do conceito de beleza ser algo altamente subjetivo e cultural. Muitas soluções de 
beleza estranhas já fizeram parte da vida das mulheres para que pudessem se encaixar 
nos padrões da época. 
Hoje em dia, cirurgias plásticas e 
exercícios físicos conseguem 
proporcianar quase todas as mudanças 
desejadas, desde que a pessoa tenha 
recursos financeiros suficientes. Você 
pode conseguir os recursos necessários 
nas loterias dos 
EUA Powerball e Megamillions. 
O quanto você mudaria a sua aparência se ganhasse na loteria Powerball ou 
Megamillions? Para muita gente a resposta pode ser nada, enquanto outras pessoas iriam 
fazer inúmeras mudanças no rosto e no corpo, no cabelo e no guarda-roupa. Diz o poeta 
que a beleza está nos olhos de quem a vê, mas para muita gente as mudanças são vistas 
como uma forma de melhorar sua auto-estima. 
Os padrões de beleza atuais são muito diferentes daqueles do passado. Vamos dar uma 
olhada no já foi considerado atraente nas mulheres. 
Testa grande 
No século XIV, durante o período renascentista na Itália, além das 
grandes descobertas artísticas, cinetíficas e políticas, surgiu a moda 
da testa grande. Diversas pinturas e esculturas da época 
comprovam a tendência no mínimo estranha. Muitas mulheres 
arrancavam os cabelos da testa ou usavam uma solução química 
perigosa para remover os cabelos e obter uma testa maior, 
constituída de vinagre, cal e fezes de animais, o que muitas vezes 
resultava em cicatrizes. 
Biotipo 
https://www.grandesloterias.com/pt/lottery-news/article/3540/a-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-padr%C3%B5es-de-beleza-feminina-ao-longo-da-hist%C3%B3ria.html
https://www.grandesloterias.com/pt/lottery-news-category/3/divertido-e-interessante.html
https://www.grandesloterias.com/pt/jogar/loteria-americana-powerball.html
https://www.grandesloterias.com/pt/jogar/loteria-megamillions.html
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Nos séculos XIV e XV, mulheres gordinhas eram consideradas belas. No entanto, a partir 
daí o padrão de magreza foi tomando conta aos poucos, sendo representado hoje em 
grande parte pelas modelos famosas. Fazer dieta é uma das formas mais comuns de se 
atingir este padrão. Por mais estranhas que as dietas atuais pareçam, nada chega perto 
das dietas de antigamente. Na Inglaterra do século XVIII surgiu o que poderia ser a dieta 
mais maluca que já existiu, a dieta da tênia. Para emagrecer, as mulheres ingeriam os 
vermes vivos, os quais passavam a viver em seus estômagos, aproveitando as calorias 
ingeridas. Quando os vermes cresciam além da conta, precisavam ser removidos do 
estômago. 
Cintura fina 
Durante o século XVI, a moda na Europa era ter curvas 
acentuadas e uma cintura desproporcionalmente fina. 
Para tal fim, as mulheres usavam espartilhos e corpetes 
por baixo dos vestidos, os quais eram tão apertados que 
causavam desmaios frequentes devido à falta de 
oxigênio, havendo até relatos de fratura de costelas. 
Cor da pele 
Ao contrário da atualidade, onde uma pele dourada de sol é considerada como o padrão 
de beleza, no passado as peles brancas eram consideradas como símbolo de beleza. 
Desde o século VI até o século XVIII, as mulheres mais pálidas eram 
consideradas as mais belas. A palidez também era símbolo de status, já 
que uma pele bronzeada era indicativa de trabalho ao relento, o que era 
associado às classes mais baixas. Ao que tudo indica, as mulheres 
sempre encontram uma forma de atingir seu objetivo de beleza: as 
mulheres da época muitas vezes se cortavam, para que pudessem perder 
sangue e conseguirem aquele visual de palidez quase mortal. 
Pés pequenos 
Na época da dinastia de Tang na China surgiu o hábito grotesco de 
amarrar os pés de meninas a partir dos 4 anos de idade para que eles não crescessem 
propriamente. Uma chinesa com pés pequenos era considerada muito atraente e teria 
mais chances de ter um bom casamento. 
Infelizmente, por baixo das ataduras, os pés 
terminavam pequenos mas bastante deformados. 
O que nos parece estranho hoje já foi considerado 
não apenas normal, mas belo no passado; da 
mesma forma, no futuro provavelmente 
condenaremos muitas das práticas de beleza atuais. 
Mas cada um é que decide o que o faz sentir melhor. 
E se você sonha em poder investir na sua 
aparência como os artistas da televisão, sua melhor 
chance é tentar tirar a sorte grande nas loterias dos EUA. Com os 115 milhões da 
Megamillions e os 90 milhões da Powerball, há pouca coisa que não poderá ser feita.... 
 
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O PADRÃO DE BELEZA IMPOSTO PELA MÍDIA 
 
Temos vivido a era dos direitos humanos, mas por desconhecer o poder de 
influência que a mídia, através dos meios de comunicação, 
exerce em nossas vidas, em como penetra em nossa mente, não 
percebemos que nossos direitos jamais foram tão violados como 
nos dias de hoje. Temos visto um verdadeiro massacre humano, 
de mulheres, adolescentes se matando para atingir um inatingível 
padrão de beleza imposto pela mídia. Em uma sociedade 
democrática, as mulheres tornaram-se escravas da indústria da 
beleza, tão difundida pelos meios de comunicação, os quais tem 
dilacerado a nossa juventude, pessoas que estão perdendo o 
prazer de viver, tornando-se solitárias, por estarem inconformadas com sua forma física, 
controlam alimentos que ingerem, para não engordar; esta escravidão assassina a 
autoestima, produz uma guerra contra o espelho e gera uma auto rejeição terrível. 
Diante disso, procuramos mostrar através de pesquisas,o que estas influências tem 
feito com nossa juventude, sendo estes os motivos que levaram o rumo desta pesquisa, a 
não conformação com esta situação, este massacre, de pessoas se matando para 
estarem como os meios de comunicação difundem que tem que ser para se dar bem na 
vida. O que leva uma pessoa a se destruir dessa forma? A perder o prazer de viver? Tudo 
isso para atingir um padrão de beleza? Estas indagações não nos deixa calar diante 
dessa fábrica de pessoas doentes e frustradas que tem sido nossa sociedade. 
Padrão de beleza e sociedade 
Ao longo dos anos e mais precisamente depois da Segunda Guerra Mundial, a 
mulher vem adquirindo direitos e mudando sua forma de atuação na sociedade. Elas 
estão se especializando, através de estudos e qualificações profissionais, promovendo, 
assim, um melhor planejamento familiar e conquistando maior respeito e admiração, pois 
estão conquistando uma posição atuante e fora de casa. 
Hoje, podemos ver mulheres independentes, confiantes e distribuindo confiança, 
temos no Brasil uma mulher no comando do país, Dilma Rousseff, entre tantos outros 
exemplos de mulheres no comando de empresas, na chefia de cargos públicos, entre 
outros. 
O conceito de mulher, dona de casa, mãe e esposa, mudou. As mulheres ainda são 
mães, esposas e dona de seu lar, porém, junto a tudo isso, estão no mercado de trabalho 
atuando de forma efetiva diversas funções. As conquistas são constantes, e as quebras 
de tabus são diárias, em meio a esta avalanche cultural que temos vivido. 
Descarte, em meio a todas essas conquistas, temos vistos, também um verdadeiro 
massacre humano, onde pessoas, principalmente mulheres, dilaceraram seu prazer de 
viver e sua liberdade para atingir o inatingível padrão de beleza, pregado pelas mídias em 
nossas vidas. 
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As cobranças que as mulheres tem feito a si mesma para atingir o padrão de beleza 
imposto pela mídia, tem lhes prejudicado em todos os sentidos, tanto psicológicos, como 
em seu corpo. A sociedade exige uma dupla ou tripla jornada de trabalho (cuidar da casa, 
do marido, das crianças, do emprego, do curso de especialização, do cabelo da estética, 
entre outros). Diante de tudo isso vem o stress, a não aceitação de seu corpo, as dietas 
malucas, distúrbios alimentares e mais tarde doenças como bulimia e anorexia nervosa. 
Os meios de comunicações tem imposto um estereotipado padrão de beleza 
feminina, os comerciais, desfiles, novelas, propagandas tem mostrado que para ser aceito 
na sociedade deve ser magra, vestir manequim 36. Nas capas das revistas vemos belos 
corpos de modelos magérrimas, a pura perfeição. Diante disso vem a cobrança de ser 
assim, para se sentir bonita e atraente, sexy, bem vista e aceita pela sociedade, assim 
como afirma Bohm: 
―O padrão estético de beleza atual, perseguido pelas mulheres, é 
representado imageticamente pelas modelos esquálidas das passarelas e 
páginas de revistas segmentadas, por vezes longe de representar saúde, 
mas que sugerem satisfação e realização pessoal e, principalmente, aludem 
à eterna juventude‖ (BOHM, 2004, p.19). 
As mulheres, que ao longo dos anos vêm lutando por sua liberdade de expressão, 
independência financeira e direito de voto, consideradas por muitos anos como o sexo 
forte, mostram-se hoje como o sexo frágil e escravas do padrão de beleza imposto pela 
mídia. 
Indústria da beleza 
O discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e avanços tecnológicos 
a fim de aprimorar a estética e forma física. Vemos todos os dias surgirem novos produtos 
de emagrecimento, são pílulas, sucos, comidas diet, light e zero, parelhos de ginásticas, 
academias com uma imensidão de aparelhos, vídeos com séries de exercícios pra se 
fazer em casa e perder medidas, revistas especializadas em perda de peso em tantos 
dias, cosméticos, cirurgias plásticas, redução de estômago. 
O país pode está na maior crise financeira de todos os tempos, mas a indústria da 
moda não para de crescer. Para todos os lugares que se olha, se ver a influencia ao culto 
de um corpo perfeito, uma barriga saradinha, uma constante luta contra a balança, uma 
conta de calorias presente em cada refeição. Os meios de comunicação apresentam 
diariamente o glamour da glória e do sucesso, de pessoas magras e em forma se dando 
bem em tudo que fazem, sem sofrer nenhum tipo de preconceito, apenas bem e com 
intensa ascensão social. 
Obsessão pela forma física e os transtornos 
A perda de peso já se tornou o objetivo da maioria das mulheres e a indústria da 
beleza mostra que é algo possível de se alcançar, basta ter vontade, pois todos os dias 
surgem novas formas, tecnologia que permitem uma rápida e satisfatória perda de peso. 
A mídia, em sua forma escrita e televisiva, prega o poder, honra, beleza, mobilidade 
social, através das modelos, top moldes, e as mulheres em especial da faixa adolescente, 
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sentem a necessidade de estarem com o corpo de modelo. Recorrem constantemente a 
indústria da beleza para satisfazer esta necessidade que a mídia mostra que ela teve ter. 
O ideal de corpo perfeito. Mas assim como diz Cury em seu livro, a ditadura da beleza e a 
revolução das mulheres, que gostaria que as pessoas descobrissem a beleza única que 
cada uma tem e não procurasse ser igual a ninguém: 
―Aprenda diariamente a ter um caso de amor com a pessoa bela que você é, 
desenvolva um romance com a sua própria história. Não se compare a 
ninguém, pois cada um de nós é um personagem único no teatro da vida‖ 
(CURY, 2005, p.1). 
Em contraste a essa ideia, temos os meios de comunicações, como, por exemplo, 
blogs, sites de relacionamentos, incentivando as pessoas a serem iguais as modelos, se 
sacrificarem para ficar magra, encontramos termos como Ana e Mia, para designar as 
doenças, anorexia e bulimia, respectivamente. Onde muitas adolescentes se identificam e 
aprendem a como perder peso, como passar horas sem se alimentar, a como controlar a 
ansiedade. Estes blogs tem influenciado meninas de todo o mundo, ensinando com ser 
uma pessoa anoréxica e em como enganar os pais, para que não percebam de imediato o 
que elas estão fazendo consigo mesmas, se matando, desistindo da vida para atingir o 
inatingível padrão de beleza. 
As pessoas que tem estes transtornos alimentares, costumam enfrentar uma guerra 
todos os dias com o espelho, todas as vezes que se olham no espelho, se veem gordas, 
deformadas, não gostam do que ver em sua frente, nunca conseguem se sentir bem 
consigo mesma. Isso acontece muitas vezes com pessoas que já estão abaixo do peso 
considerado saudável. O pior de tudo isso é que temos visto milhares de pessoa sofrendo 
dilaceradas pelo mal que tem assolado famílias ricas e pobres, muitas meninas morrendo 
de fome tendo de tudo em casa para comer, parece utopia, mas é realidade de muitas 
pessoas, é um imenso contraste, enquanto a indústria de alimentos vendem gorduras 
exuberantes, a indústria da beleza luta com regimes e defende o uso de alimentos de 
baixo valor calórico ou nenhuma caloria. 
O resultado é uma paulatina deterioração física e mental, que começa com sintomas 
leves, como tonturas, tremedeiras, fraquezas, gastrites, variações de humor, 
complicações cardiovasculares e renais, podendo levar a morte. 
Diante disso, é uma missão impossível compreender o que leva uma pessoa a fazer 
isso consigo mesma, desistir de lutar pela vida, querer muitas vezes a morte, do que ter 
uns quilos a mais. A maior indignação e por que não dizer revolta que nos dar, é que todo 
esse sofrimento poderia ser evitado se as pessoas acreditassem na sua beleza genuína e 
singular, que não quisessem ser iguais as modelos dos desfiles e comerciais. 
Indústriado consumo 
O século 19 foi o século das maiores conquistas que as mulheres tiveram ao longo 
de sua história; a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar 
universidades. A sociedade abriu espaço para as mulheres serem livres, mas no século 
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20, vimos que a indústria do consumo, que tanto ajudamos a construir, tem feito as 
mulheres escravas de um padrão inatingível de beleza. 
A indústria do consumo tem o objetivo de vender seus produtos, sejam eles: 
Cigarros, carros, cervejas, roupas, calçados, ou até mesmo comidas, com o corpo da 
mulher. Hoje o corpo feminino vende tudo, mas esta imagem de corpo perfeito, esta 
espetacularização da moda, tem trazido consequências drásticas à nossa sociedade, 
milhares de pessoas insatisfeitas consigo mesmas e seus corpos em frente ao espelho só 
lhes mostra defeitos, as pessoas não enxergam mais sua beleza interior, existe sim um 
vazio enorme em seu interior, pois querem ser o que não são, querem ser como as 
modelos das capas de revistas e comerciais. 
Estes efeitos causados pela indústria do consumo, na sociedade, só lhes trás mais 
crescimento e sucesso, por que pessoas insatisfeitas correm às lojas para comprarem 
objetos afim de satisfazerem seus desejos, acabar com a ansiedade, aumentar sua auto 
estima. Mas esses prazeres são passageiros, pois logo após alguns segundos, já querem 
outro produto, pois o que comprara a pouco tempo já se tornou obsoleto, tudo isso devido 
a vida líquida em que vivemos nessa sociedade moderna, onde nada se firma, não dar 
tempo as coisas tomarem forma, os avanços são constantes, as modas passageiras, a 
cada minuto surge uma nova tecnologia. Assim como nos diz Cury: ―Estamos mais ricos 
financeiramente hoje, mais muito mais miseráveis e infelizes interiormente‖ (CURY, 2005, 
p. 39). A indústria do consumo tem o objetivo de promover inconscientemente a 
insatisfação e não a satisfação, como muitas pessoas pensam e se deixam influenciar. 
Pessoas satisfeitas, bem humoradas, com auto estima não precisam da paranoia de viver 
comprando desenfreadamente, ou viver correndo atrás das coisas que estão na moda, a 
qual muda todo dia, trazendo assim um desgaste constante, viver trocando carro, celular, 
roupas, calçados; Pessoas bem resolvidas consomem mais ideias do que estética. A cada 
dia as pessoas estão sendo vistas por essa indústria de consumo, como mais um número 
de cartão de crédito, mais um comprador em potencial, e não como uma pessoa que deve 
ser valorizada por sua inteligência, capacidades e beleza interior. 
Não importa o que as indústrias da moda, da beleza, do consumo e os meios de 
comunicações nos impõem, ou os produtos que colocam no mercado, prometendo 
milagres da beleza, do rejuvenescimento, dizendo que isso fará ser bem aceito na 
sociedade e ter ascensão social, não adianta está se matando para atingir o inatingível, 
pois cada pessoa tem uma beleza única, e deve serem aceitas como são, se cuidar e ser 
vaidosa faz parte da natureza de cada mulher, mas não chegar ao ponto de se deixar 
escravizar por isso. O envelhecer é nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser 
nossa meta. 
Considerações finais 
Pretendeu-se neste trabalho, proporcionar de forma sintética, mas objetiva, uma 
familiarização com as influencias e consequências que o padrão de beleza impõe em 
nossa sociedade. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição sequencial 
dos componentes típicos de um documento desta natureza. O resultado obtido satisfaz os 
requisitos de objetividade e a pequena dimensão que pretendia atingir, que era mostrar 
como a sociedade paga caro por ceder as influências dos meios de comunicações através 
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da indústria da beleza. Ele também constituirá um auxílio útil, para o leitor que pretenda 
reagir às influencias e padrões que a mídia impõe em nossos jovens em especial. Faz-se 
notar, todavia, que a complexidade e abrangência dos assuntos crescem e constroem-se 
dia-a-dia, através das experiências e da cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DANÇAS URBANAS (STREET DANCE) 
 
Street Dance é um rótulo que os americanos criaram para identificar os estilos de 
dança que surgiram nos guetos e centros urbanos. Muito pensam que Street Dance é um 
único estilo de dança, mas na verdade é apenas um termo que engloba vários estilos de 
dança. 
A primeira vez que o termo surgiu foi nos anos 30 com o surgimento do Tap 
Americano (Sapateado) 
Os negros americanos, influenciados pelo 
sapateado clássico Irlandês, criaram uma dança 
nova com a técnica percussiva dos sons dos pés 
somada a estrutura e movimentação corporal das 
danças africanas, uma vez que estas eram sua 
herança cultural. Por ser uma dança Urbana e 
que não tinha mais relação com o clássico deram 
o rótulo de Street Dance. 
Depois do Tap se estabilizar na América e se tornar uma dança popular entre anos 
30 e 60 nada de novo apareceu e o termo Street Dance ficou em desuso. Somente em 
69 esse termo ressurgiu quando Don Campbellock criou a dança Locking. Em seguida 
nos anos 70 várias outras danças surgiram nos Estados Unidos com a mesma origem, 
uma dança Urbana e popular. 
 
Apesar de Street em português significar "rua", para os americanos ela não tem 
exatamente essa conotação, porque, neste caso, Street Dance significa "Dança Urbana 
do Povo" que não veio acadêmico. Não quer dizer exatamente que ela foi inventada ou 
dançada nas Ruas. 
Entre os estilos de dança urbana, apenas o B. Boying foi criado exatamente nas 
ruas, durante as Block Partys (testas de rua), que deram origem à Cultura Hip Hop. Os 
demais estilos de dança tiveram diferentes ambientes para sua criação como Clubs 
(danceterias), programas de TV, concurso de talentos estudantis etc.. É das ruas porque 
veio de pessoas que vivem nas cidades. 
Nos dias de hoje quando se diz Street Dance ou Dança Urbana Americana você 
entende por: 
Locking, Wacking/Punking, Vogue, Up Rocking, Popping, Waving, Scare Crow, 
Animation, King Tut, Boogalooing, B. Boying, Hip Hop Freestyle, House Dance, etc 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 – DANÇAS 
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HAUSE DENCE 
 
 
A cultura house surgiu primeiramente com a música house. No início dos anos 80 
quando os DJ‘s de Chicago (Estados Unidos) começaram a 
mixar músicas da Disco em programas de bateria eletrônica. 
Uma danceteria chamada Warehouse onde surgiram esses DJ‘s 
deu origem ao nome do estilo de música. No final dos anos 80 
as pessoas começaram a se mover de uma maneira diferente 
ao som daquela batida. Esse movimento corporal ficou 
conhecido como Jacking. 
Os Clubs de Chicago e Nova Iorque desenvolveram essa cultura. A dança House 
não teve apenas um criador, pois foi de certa forma uma dança coletiva. Porém há nomes 
muito importantes que deram uma grande contribuição para esse estilo como Brian Green 
e Space Capitol. 
Características do House Dance: 
Jacking: a origem da dança house está nesse passo, pois marca o ritmo e dá a 
essência dessa dança. Os passos são executados no Up Tempo (contra tempo), dentro 
da batida típica do house e sempre usa o HiHat (chimbal) como guia rítmico. O House tem 
uma grande influência da Salsa e do Tap (sapateado americano). Nos anos 90 muitos 
movimentos de chão foram introduzidos e uma grande influência da Capoeira está 
presente hoje em dia nesse estilo dedança. 
 
HIP HOP 
O que é Hip Hop: 
Hip Hop é uma cultura popular que surgiu entre as comunidades afro-americanas do 
subúrbio de Nova York na década de 1970. A música é a 
principal manifestação artística do hip hop, que também 
tem na dança e no grafite forte representação. 
Dos Estados Unidos, a cultura hip hop se espalhou pelo 
mundo. No Brasil, a cidade de São Paulo é aquela com 
maior número de adeptos e com uma relevante produção 
artística. 
Embora existam algumas traduções da expressão hip hop 
como balançar dos quadris, neste caso o vocábulo hip em 
inglês tem a conotação de "o que está na moda, 
acontecendo neste momento", e hop seria um movimento de 
dança. 
E ainda de acordo com registros norte-americanos, o termo hip hop é na verdade o som 
da cadência da marcha dos soldados, que foi comparado ao ritmo dos MCs no palco, ao 
lado dos DJS, ao proferir o rap. O hip hop teria sido registrado pela primeira vez em 1979, 
na gravação da música "Rapper’s Delight", do grupo Sugarhill Gang. 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/a-historia-do-hip-hop/48433
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/a-historia-do-hip-hop/48433
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Mas a expressão hip hop não tem uma única fonte e diversas figuras tenham alegado a 
sua criação, como o DJ Lovebug Starski, Afrika Bambaataa, Keith ‗Cowboy‘ Wiggins e 
Grandmaster Flash. 
Com a sua origem nas periferias de Nova York, o hip hop americano acabou se tornando 
a expressão mais famosa em termos musicais. 
O hip hop gospel é um dos estilos provenientes desta cultura de rua, com forte 
perpetuação entre os jovens evangélicos de periferia. As letras das músicas do hip hop 
gospel discutem a realidade social, mas sempre com uma lição e mensagem de fé. 
Origem do Hip Hop 
O Hip Hop enquanto cultura urbana surgiu na periferia de Nova York, entre as 
comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas na década de 1970. O 
contexto social era de violência e criminalidade nesses bairros, e a única forma de lazer 
possível para os jovens era nas ruas. Eles encontraram na música, poesia, dança e na 
pintura uma forma de manifestação de sua realidade e contestação. 
O fundador do hip hop teria sido Clive Campbell, ou DJ Kool Herc. O primeiro evento da 
história do hip hop ocorreu no dia 11 de Agosto de 1973, na festa de aniversário da irmã 
do Dj, Cindy Campbell, no número 1520 da Sedgwick Avenue, no Bronx em Nova York. 
Outra data que é marco na história do hip hop é o dia 12 de novembro de 1973, dia da 
fundação da ONG Zulu Nation que promovia a cultura hip hop como forma de manter os 
jovens longe do crime e da violência. 
Aos poucos a poesia na música, representada pelo rap, ganhou o espaço nas discotecas, 
que até então não cansavam de tocar os hits da era disco. As duplas de DJs e 
MCs ganhavam destaque e travavam competições entre si, as batalhas de rap, feitas só 
pela manifestação cultural e sem conotação de violência. O grafite nos muros era a 
expressão da pintura na cultura hip hop, e o break era a dança que saía das ruas para as 
festas em toda a cidade. 
História do Hip Hop no Brasil 
O disco Hip-Hop Cultura de Rua é o que marca a chegada do movimento no Brasil. São 
vários os rappers que participam do álbum, entre eles Thaíde e Dj Hum, até hoje dos 
principais nomes do hip hop nacional. 
Mas a cultura hip hop chegou primeiro ao Brasil através do break dance. Antes do álbum, 
o hip hop brasileiro tinha seu espaço nas ruas de São Paulo, mais precisamente no metrô 
São Bento, em que os artistas faziam sua performance para quem passasse pela rua e 
estivesse disposto a contribuir. 
Características e elementos do Hip Hop 
O hip hop tem quatro elementos principais: o rap, o DJing, o breaking (praticado pelos b-
boys e b-girls) e a arte do grafite. 
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Quando o hip hop surgiu, concentrava-se nos disc jockeys que criavam batidas rítmicas, 
eram pequenos trechos de música com ênfase em repetições, posteriormente, foi 
acompanhada pelo rap, identificado como um estilo musical de ritmo e poesia, junto com 
as danças improvisadas, como a breakdance, o popping e o locking. 
A relação entre o grafite e o hip hop surgiu quando novas formas de pintura foram sendo 
realizadas em áreas onde a prática do rap, do dj e da dança. Entre as diferentes 
manifestações artísticas do movimento hip hop, a música se insere como papel principal, 
com DJs, MCs (mestre de cerimônias) e do Rap. 
FUNK 
 
 
Funk, gênero musical no Brasil que gera polêmicas. Apesar de estar presente na 
maioria das festas, inclusive no próprio baile funk, ele é alvo de críticas, seja por causa 
das letras, roupas ou danças. Quer saber como ele se tornou o que é hoje? 
 
HISTÓRIA DO FUNK NO BRASIL 
 
O funk nem sempre foi como conhecemos hoje em dia. Inicialmente derivado da soul 
music – gênero musical inspirado no Rhythm and blues e no gospel dos EUA, entre o fim 
dos anos 1950 e início dos anos 1960, especialmente entre os negros – o gênero, com o 
passar dos anos, sofreu diversas transformações. 
Trazido para o Brasil no final dos anos 1970, os primeiros bailes funks eram realizados 
na Zona Sul do Rio de Janeiro (área nobre da cidade). Apenas com o crescimento da 
MPB e do uso do ―Canecão‖ – local onde os bailes aconteciam – para shows desse 
gênero que os ―Bailes da Pesada‖ começaram a adentrar o subúrbio. Esses encontros 
aconteciam semanalmente, mas em clubes diferentes, como descritos na obra ―DJ 
Malboro no funk‖, de Suzana Macedo. No final dessa mesma década, com 
a imprensa descobrindo o funk, ele começa a se espalhar por todo o país. Trata-se da 
popularização de um movimento que, até então, era produzido na periferia e para a 
periferia. 
Já nos anos 1980, a ideia que dominava o funk no Brasil era o Miami bass. Gênero similar 
ao eletro e que possui batidas comandadas pelo DJ, porém, com letras em inglês. Como 
podemos perceber, o funk em nosso país ainda era predominantemente estadunidense. 
Mas como ele se tornou o que conhecemos? 
Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Marlboro, foi o principal responsável 
por fazer o gênero se tornar o que é hoje. Ele quem introduziu a bateria eletrônica no 
gênero musical, recurso esse que perdura até os dias atuais. 
No final da década de 1980, o DJ lança seu primeiro disco, intitulado ―Funk Brasil‖. Dali 
em diante, a maioria das produções no país eram inteiramente nacionais, desde a batida 
até as letras. Foi a chamada fase de consolidação do funk. 
Anos 2000 
Na troca de milênio, o funk também passou por mudanças. Não somente em seu 
lugar de origem (periferia), agora ele toma conta das casas noturnas, academias e tantos 
outros lugares frequentados, em sua maioria, pela classe média. Nessa mesma época os 
―bondes‖ começavam a fazer sucesso, como, por exemplo, o Bonde do Tigrão. Apesar 
https://www.politize.com.br/musicas-politicas-no-brasil/
https://www.politize.com.br/eleicoes-presidenciais-dos-eua-em-10-passos/
https://www.politize.com.br/indice-de-negros-em-cargos-politicos-e-baixo/
https://www.travessa.com.br/dj-marlboro-na-terra-do-funk/artigo/f33b6f6b-3d05-4f58-a9c9-6504430f80b2
https://www.travessa.com.br/dj-marlboro-na-terra-do-funk/artigo/f33b6f6b-3d05-4f58-a9c9-6504430f80b2
https://www.politize.com.br/liberdade-de-expressao-liberdade-de-imprensa/
https://pt.wikipedia.org/wiki/DJ_Marlboro
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de não ter sido criado nos anos 2000, essa foi a época em que o grupo alavancou, 
chegando a conquistar, em 2001, seu disco de platina pela Pró-Música Brasil. 
Em seguida, as mulheres também entraram no gênero.Tati Quebra-Barraco, como é 
conhecida a MC, foi uma das precursoras do funk cantado por mulheres. Seus principais 
sucessos da época são ―Boladona‖ e ―Sou feia, mas tô na moda‖. As letras de suas 
músicas falam de sexo, empoderamento e liberdade. 
 
FUNK COMO PRODUTO CULTURAL 
Atualmente, o funk movimenta milhões na indústria da música. O principal canal do 
YouTube brasileiro – com mais de 36 milhões de inscritos –, por exemplo, é o Canal 
Kondzilla, da Kondzilla Filmes, produtora de clipes que são, em sua maioria, de funk. Não 
sendo coincidência, o clipe brasileiro mais acessado da plataforma também é do mesmo 
canal. Prestes a atingir um bilhão de visualizações, ―Bum bum tam tam‖, de MC Fioti, 
mistura a música erudita de Partita de la menor, de Johann Sebastian Bach, com a batida 
do funk. 
Não é raro vermos pessoas que em um dia estão cantando na internet e, na semana 
seguinte, já participam de programas de TV, registram suas músicas em gravadoras 
profissionais e afins. Quando esse tipo de situação acontece, as próprias produtoras 
buscam trazer essas novas celebridades para seu meio. Contudo, para ter uma aderência 
maior, esse ―produto‖ (música + cantor) passa por algumas alterações. Desde a letra e 
batida da música como a própria figura do cantor (tratamentos estéticos, troca de 
vestuário…). O funk, assim como tantos outros gêneros musicais, busca sempre trazer 
novidades e se manter atrativo. 
Um exemplo de funk como produto cultural é a cantora MC Loma. Garota jovem, da 
periferia, que publica seu vídeoclipe nas redes sociais sem imaginar que, em pouco 
tempo, seria dona de um dos funks mais tocados no país. Após seu vídeo original atingir 
grande sucesso na internet, a produtora Kondzilla a convidou para uma regravação do hit. 
 
PRINCIPAIS SUBGÊNEROS DO FUNK 
Se no início o funk brasileiro surgiu como uma variante do soul, hoje ele já possui suas 
próprias vertentes. Vamos conferir quais são? 
Funk carioca 
O funk carioca, na verdade, é o ―funk tradicional‖, já que as primeiras melodias desse 
gênero no Brasil vieram do Rio de Janeiro. A maioria dos funks mais tocados no Brasil 
integra esse subgênero. Vale lembrar que, apesar de ser denominado ―carioca‖, ele não 
precisa, necessariamente, ser produzido na região. 
Dentro do funk carioca também existe o 150bpm. Esse que, apesar de recente, é 
bastante popular por quem ouve o gênero musical constantemente e também nas 
comunidades. A sigla ―bpm‖ significa ―batidas por minuto‖. Ou seja, o 150bpm é mais 
rápido do que o comum – de 130bpm. Também é conhecido por ―ritmo louco‖ ou ―putaria 
acelerada‖. 
Funk ostentação (funk paulista) 
Com certeza você já deve ter ouvido aquelas canções que falam sobre carros de luxo, 
joias e dinheiro, certo? Pois bem. Essas músicas constituem o funk ostentação, também 
chamado de funk paulista. Ele, ao exaltar o consumismo desenfreado, sugere o desejo da 
população periférica de ―melhorar de vida‖, saindo das favelas e adquirindo os produtos 
que lhes são mostrados nas propagandas e novelas. 
http://pro-musicabr.org.br/
http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2015/09/funk-ostentacao-mira-mercado-de-11-milhoes-de-consumidores.html
https://www.youtube.com/user/CanalKondZilla
https://www.youtube.com/user/CanalKondZilla
https://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Sebastian_Bach
https://www.politize.com.br/mapas-da-desigualdade-social-de-sao-paulo-e-do-rio-de-janeiro/
https://www.politize.com.br/consumismo-o-que-e/
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Oriundo dos subúrbios de São Paulo, o subgênero obteve mais espaço na mídia com a 
crescente dos ―rolezinhos‖, em 2013, e com o assassinato do MC Daleste, ocorrido 
durante uma apresentação do cantor no mesmo ano. 
Funk consciente 
Este subgênero muitas vezes é comparado ao rap, já que o objetivo desta categoria é 
denunciar os problemas sociais e, principalmente, o descaso com os moradores de 
favelas. 
Contudo, ele não está tão em alta. O funk carioca e o funk pop, como falaremos a seguir, 
estão cada vez mais populares e, por consequência, o espaço para outras produções 
acaba sendo menor. 
Funk pop 
O funk pop costuma ser o destino final dos artistas que desejam conquistar espaço 
nacional e internacional na música. Essa vertente traz canções mais populares, com 
letras mais suaves quando comparadas com o funk no geral e batidas semelhantes ao 
pop. Muitos dos cantores do funk carioca e do funk ostentação migram para esse 
subgênero, deixando até de usar a nomenclatura ―MC‖, como foi o caso de Anitta e 
Ludmilla (antiga MC Beyoncé). 
 
Funk proibidão 
 
O funk proibidão, dentre todos os citados, é o mais cercado de polêmicas, 
especialmente por causa de suas letras, que falam, principalmente, da vida no crime. 
Porém, a categoria também faz uso de palavrões, fala de sexo de forma explícita e 
sobre drogas. Entretanto, apesar das letras falarem sobre todos esses temas, o funk 
proibidão não necessariamente faz apologia à criminalidade, por exemplo. 
POLÊMICAS ENVOLVENDO O FUNK 
O funk, assim como outros gêneros musicais, possui elementos controversos. O principal 
ponto de debate, de certo, são as letras. Porém, elas não são a única razão das 
divergências quanto este gênero musical. Aqui, separamos as principais polêmicas do 
funk. 
Dança 
A dança no funk, no geral, é diversificada. Os principais passos são o ―passinho do 
romano‖, o ―passinho dos maloca‖ e o ―passinho‖ – clique em cada um caso queira ver um 
exemplo. Este último, inclusive, foi declarado patrimônio cultural imaterial do Rio de 
Janeiro, em 2018. Quem se recorda de ―Todo mundo aperta o play‖, uma das trilhas 
sonoras da Copa do Mundo FIFA de 2014? 
Entretanto, a principal contestação quanto à dança é o fato de ela possuir uma certa 
sensualidade, sendo, muitas vezes consideradas vulgar por algumas pessoas. As 
mulheres dançando funk, geralmente, movimentam o quadril e bumbum de forma sensual 
e movimentos similares aos realizados durante o sexo também são comuns. 
Erotização infantil 
É comum na indústria do entretenimento pessoas de várias idades buscarem sucesso, 
incluindo as crianças. Contudo, a erotização em que boa parte dessas crianças é exposta 
é um assunto que está em alta, inclusive sobre as crianças que estão no funk. 
Melody (ex MC Melody) por exemplo, começou sua carreira aos oito anos de idade. 
Porém, seu vestuário e as letras de suas canções são frequentemente contestadas, 
justamente por sua idade. O Ministério Público chegou a abrir inquérito contra seu pai – 
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/conheca-historia-dos-rolezinhos-em-sao-paulo.html
https://oglobo.globo.com/cultura/a-vida-a-morte-de-mc-daleste-9002477
https://www.politize.com.br/desigualdade-social/
https://www.politize.com.br/trilhas/drogas-qual-o-melhor-modelo/
https://www.youtube.com/watch?v=kpJApAfODSE
https://www.youtube.com/watch?v=kpJApAfODSE
https://www.youtube.com/watch?v=KJAHulI-7vQ
https://www.youtube.com/watch?v=S-gjytnMvZ8
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/07/02/Por-que-o-%E2%80%98passinho%E2%80%99-virou-patrim%C3%B4nio-cultural-no-Rio-de-Janeiro
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/07/02/Por-que-o-%E2%80%98passinho%E2%80%99-virou-patrim%C3%B4nio-cultural-no-Rio-de-Janeiro
https://www.politize.com.br/5-vezes-que-futebol-e-politica-se-cruzaram/
https://www.terra.com.br/reporterterra/funk/dia2_not2.htm
https://www.politize.com.br/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-direitos/
https://www.politize.com.br/ministerio-publico-o-que-faz/
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quem gerencia a carreira de Melody – por causa de suas roupas consideradas adultas, o 
que influenciou com que ele reformulasse toda a sua carreira da filha. 
Letras 
As letras dos funks atuais, em sua maioria, falam sobre o corpofeminino, bem como 
relacionamentos, ostentação e sexo. Entretanto, a forma com que esses assuntos são 
abordados é o que gera vários questionamentos. Recentemente, a canção ―Surubinha de 
leve‖ foi alvo de denúncias por fazer apologia ao estupro. Como resultado de tamanha 
repercussão, a música original foi retirada do YouTube, bem como de serviços 
de streaming, como o Spotify. 
Além disso, o fato de a mulher ser constantemente objetificada nas músicas também faz 
com que o gênero receba mais críticas. Natália Duarte – que cursou Publicidade e 
Propaganda na Universidade Federal Fluminense (UFF) – analisou letras de funk e suas 
visões a respeito da mulher. O estudo foi exposto em seu trabalho de conclusão de curso, 
intitulado ―As questões de gênero e as representações da mulher na música funk‖. A 
autora argumenta: 
“Então nos deparamos com o funk. Com letras hipersexualizadas, pregam-se o uso da 
mulher como objeto sexual e a exploração de seu corpo. Vemos valores como o adultério 
masculino positivamente expressos. Enquanto a mulher “boa” que fica em casa cuidando 
dos afazeres domésticos e dos filhos, o homem sai com os amigos e dorme com outras 
mulheres. Essas letras costumam produzir asco em algumas mulheres.” 
Vestuário 
O funk, assim como outros gêneros musicais, possui sua ―roupa a caráter‖. O ponto 
ostentação também entra nessa categoria: jóias caras, roupas de marca e assim por 
diante. Entretanto, a principal controvérsia é sobre as roupas que as mulheres usam. 
Aliás, as ―poucas‖ roupas que usam. 
Shorts ou saia curta, às vezes algum decote, roupa colada… O fato de a mulher usar 
roupas que podem chamar a atenção para suas curvas gera desconforto para alguns. No 
país em que vivemos, muitas situações envolvendo mulheres, como o assédio, 
são ―justificadas‖ por suas roupas. 
O FUNK VAI SER CRIME? 
No ano de 2017, uma sugestão de projeto de lei criminalizando o funk atingiu 20 mil 
assinaturas, número mínimo para que uma proposta seja encaminhada para a Comissão 
de Direitos Humanos e Legislação Participativa e debatida pelos senadores. O projeto, de 
autoria do empresário Marcelo Alonso, classifica o gênero musical como crime de saúde 
pública à criança, ao adolescente e à família. 
Entretanto, a CDH decidiu por não transformar a sugestão em projeto de lei. De acordo 
com a comissão, a matéria iria contra a cláusula pétrea – que não pode ser alterada – 
da Constituição (localizadas no Art. 60, § 4). 
“Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I – a forma federativa de Estado; 
II – o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III – a separação dos Poderes; 
IV – os direitos e garantias individuais.” 
O funk, sendo um gênero musical como qualquer outro, busca trazer alguma mensagem 
inspirado no meio em que é inserido. Entretanto, ele também está condicionado à 
diferentes interpretações. Será que o gênero irá passar por mais mudanças? Seria essa 
era mais calma para o funk ou suas polêmicas ainda estão no começo? 
https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/surubinha-de-leve-crime-ou-liberdade-de-expressao-156ktc52sr5b946690ww41ts9
http://www.comunicacao.uff.br/wp-content/uploads/2016/07/TCC-Nat%C3%A1lia-Duarte.pdf
https://www.politize.com.br/violencia-contra-a-mulher-questoes-vitais/
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/09/um-em-cada-3-brasileiros-culpa-vitima-em-casos-de-estupro-diz-datafolha.html
https://www.politize.com.br/quem-pode-criar-leis/
https://www.politize.com.br/comissoes-parlamentares/
https://www.politize.com.br/comissoes-parlamentares/
https://www.politize.com.br/senador-o-que-faz/
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=129233
https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/
https://www.politize.com.br/voto-o-que-e/
https://www.politize.com.br/separacao-dos-tres-poderes-executivo-legislativo-e-judiciario/
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Conseguiu entender a história do funk no Brasil? Concorda com as polêmicas? 
Acredita que ele deva ser considerado crime? Deixe suas dúvidas e sugestões nos 
comentários! 
 
FORRÓ 
O Forró é um ritmo contagiante. A paixão dos 
brasileiros por esse estilo musical pode ser explicado 
por dois motivos. Primeiro, porque ele é capaz de 
animar qualquer festa. Além disso, o Forró também é 
muito bom para a saúde, pois reduz calorias e 
fortalece os músculos das pernas, do abdômen e dos 
glúteos. Geralmente uma hora de Forró é capaz de 
queimar 200 calorias ou mais. 
Mas, onde surgiu este ritmo que conquistou os 
brasileiros? Quais são os tipos de Forró mais conhecidos? Conheça essas e outras 
curiosidades logo abaixo! 
Significado 
A princípio é possível destacar que o termo ―Forró‖ se refere a festa onde, normalmente, 
as pessoas dançam, tocam e se divertem. No entanto, o termo não é designado para todo 
tipo de festa ou para qualquer música. É necessário ter uma sequência de ritmos 
nordestinos como, por exemplo, o xaxado, coco, baião, xote, entre outros. Hoje em dia, 
muitas pessoas acreditam que o Forró pode ser definido como um gênero musical e como 
uma dança. 
Etimologia da palavra 
Atualmente, existem três versões para a origem histórica do termo ―Forró‖. Entre elas, a 
mais conhecida afirma que o termo apareceu, pela primeira vez, no fim do século XIX. Ele 
surgiu nas construções das estradas de ferro no Nordeste, onde alguns ingleses 
moravam. 
Naquela época, os ingleses faziam várias festas, porém poucas eram abertas à 
população. Quando o acesso era liberado para o público geral, na entrada havia um 
cartaz com a seguinte frase: ―For All‖, ou seja, ―para todos‖. Acredita-se que o termo Forró 
surgiu como variação da pronúncia dessa expressão. 
A segunda versão é muito semelhante a primeira. No entanto, a principal diferença é em 
relação aos responsáveis pela festa que, nesse caso, eram os soldados norte 
americanos. Os eventos ocorriam durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). 
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A terceira versão é a mais antiga. Nela, o termo forrobodó, de origem africana, ficou 
conhecido. Acredita-se que este termo significa ―algazarra‖, ―festa para a ralé‖ e ―arrasta-
pé‖. 
Tipos de Forró 
Forró Pé de Serra 
Em meados da década de 1940, no Nordeste, surgiu o famoso Forró Pé de Serra. A 
principal característica desse ritmo é que ele possui como fonte de inspiração o universo 
rural do sertanejo. Geralmente, esse ritmo é tocado por trios de zabumba, além de 
sanfona e triângulo. A maioria das danças tem passos básicos e variações simples, entre 
elas, podemos destacar: o giro simples da dama. No Brasil, o Forró Pé de Serra é 
representado por vários artistas. É possível destacar: Luiz Gonzaga, Jackson do 
Pandeiro, Dominguinhos, Genival Lacerda e Adlemario Coelho. 
Forró Universitário 
O Forró Universitário surgiu, entre as décadas de 1990 e 2000, quando jovens da região 
Sul do nosso país começaram a tocar e a dançar o Forró de Pé de Serra com 
coreografias diferentes das que eram conhecidas até então. Os novos estilos tinham 
influências do Rock`n Roll, Samba, Funk e Reggae. 
As influências que o Forró Universitário recebeu foram responsáveis por introduzir novos 
passos como, por exemplo, giros mais complexos. Este ritmo tem três das várias danças 
que compõe o Forró Pé de Serra. São elas: baião, xote e xaxado (menos comum). Na 
música, são utilizados violão, contrabaixo e percussão. 
Várias bandas universitárias como, por exemplo, Fala Mansa, Rastapé e Forróçacana, 
agitam as festas pelo país afora. 
Forró Eletrônico 
Este ritmo surgiu na década de 1990. Tem uma linguagem estilizada e um visual muito 
chamativo. Utiliza instrumentos eletrônicos como guitarra, contrabaixo e, especialmente o 
órgão eletrônico, que substitui a sanfona. A dança émais sofisticada e não possui passos 
pequenos como ocorre em outros tipos de Forrós que citamos. Entre os artistas, podemos 
destacar: Frank Aguiar e as bandas Mastruz com Leite, Magnificos, Calcinha Preta e 
Calypso. 
 
 
 
 
 
 
 
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SAMBA DE GAFIEIRA 
 
Origem do Samba de Gafieira 
O Samba de Gafieira é um estilo de dança de salão, 
oriundo do Maxixe. A dança surgiu no Rio de Janeiro no 
século XX como um ritmo urbano, e se desenvolveu em 
sua origem como forma de dançaacompanhada de versos e 
refrões criada anonimamente. 
O Samba de Gafieira foi propagado pelos negros que 
migraram da Bahia para o Rio de Janeiro na segunda 
metade do século XX, se instalando nos bairros cariocas da 
Gamboa e da Saúde. Outros gêneros faziam parte da cidade 
como o Maxixe, a Polca, O Xote e o Lundu, esses ritmos 
foram se agregando à dança. Nessa época surgiu o termo 
―Partido Alto‖ que indicava de maneira informal aqueles que 
possuíam grande conhecimento e qualidade dos antigos 
formatos do samba. 
De origem africana, ritmo forte, envolvente e característico, o samba se tornou um 
símbolo no Brasil. O Samba de Gafieira não era bem visto pela sociedade, pois não 
correspondia à moral e aos bons costumes da época, talvez por ressaltar a sensualidade 
e o gingado da mulher, ou por ser costumeiramente dançado em cabarés naquele tempo. 
Habitualmente esses locais que começaram a aparecer no século XIX e início do século 
XX em diante, eram destinados a pessoas de classe mais humildes. Os locais onde se 
dançavam passou a se chamar Gafieira, hoje se dança também em salões. O Samba de 
Gafieira, como ficou conhecido, é a maneira de se dançar a dois que diferencia do Samba 
no Pé. 
Características do Samba de Gafieira 
A dança sofreu várias transformações, e nos dias de hoje a dança é considerada elegante 
e técnica, porém se mantém a ―malandragem‖ e desenvoltura do bailarino e 
a bailarina esbanja sensualidade e molejo dos quadris. 
A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Uma 
das principais características a ser observadas no estilo Samba de Gafieira, é a atitude do 
bailarino frente a sua dama: malandragem, proteção, exposição à elegância e ritmo. No 
momento da dança o homem conduz a sua dama e nunca o contrário. 
Dançando, o citado ―malandro‖ sempre protege a dama, dá a ela espaço, exibindo-a ao 
salão e ao mesmo tempo impedindo que outro homem venha tirá-la para dançar. 
Como gênero musical o Samba de Gafieira, é composto pensando nos passos dos 
dançarinos. Esses gêneros incluem: o Samba-Choro (especialmente o chamado Choro 
de Gafieira), o Samba de Breque e o Samba Sincopado. 
 
 
 
 
 
 
http://gd.mastop.com.br/ritmos/danca-de-salao/
http://gd.mastop.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Gafieira.jpg
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SALSA 
 
A Salsa nasceu na Ilha de Cuba, mais propriamente em Havana, no interior dos 
famosos cabarets cubanos, na década de 40. Ela é uma mescla de vários temperos 
musicais, daí ser batizada com o termo que se 
refere aos condimentos gastronômicos que dão 
mais sabor ao alimento. 
Ela une sua musicalidade básica, o son 
cubano, ao mambo e à rumba, provenientes 
também de Cuba, à bomba e à plena, originários de 
Porto Rico, ao samba brasileiro, enfim, compõe-se 
de uma fusão de vários ritmos afro-caribenhos, pois 
é igualmente inspirado pelo merengue que irradia 
da República Dominicana, pelo calipso que chega 
direto de Trinidad e Tobago, pela cumbia 
tipicamente colombiana, pelo rock enviado dos EUA 
e pelo representante jamaicano, o reggae. Versátil, 
atualmente ela aceita cadências mais recentes 
como o rap ou a música eletrônica. 
O son cubano, esteio rítmico da Salsa, teve sua origem na área rural de Cuba 
localizada na porção oriental da ilha, em meados do século XVIII, marcado pelo influxo 
das cadências hispânicas, francesas e africanas. Essa mistura explosiva transformou-se 
logo em sucesso estrondoso nas cidades, em princípios do século XIX. Sua entrada 
triunfal na capital cubana se deu em 1909, através dos soldados do exército cubano. Mas 
é apenas na década de 20 que surge o Sexteto Habanero, conjunto que se destaca no 
estilo que se diferenciaria do som original. 
 Despontam no cenário musical, nesta mesma época, outras bandas, como o 
Septeto Nacional de Ignácio Piñeiro, nascido em 1927, o famoso Trio Matamoros, criado 
em 1925, que legou sucessos como El son de La Loma, El que Siembra su Maiz, La 
Mujer de Antonio e Lágrimas Negras, entre outras, aos amantes da salsa. Neste momento 
ainda se utilizam como instrumentos: Contrabaixo, Três (guitarra que tem três pares de 
cordas), Guitarra, Cravo, Maracas, Voz e um Trompete, que é opcional. 
Mas logo surge na década de 40 o músico Arsênio Rodríguez, que imediatamente 
muda a forma consagrada do septeto e adiciona ao seu conjunto o piano, a tumbadora e 
três ou quatro trompetes, aproximando este formato ao dos dias de hoje. Na década de 
50 ele segue para Nova York e cria outra orquestra, prenunciando o futuro movimento 
salseiro dos EUA. Este é desencadeado pela união de alguns rapazes em grupos juvenis 
musicais que passam a misturar diversas sonoridades que compõem um certo tempero 
latino-americano. 
Este ritmo estréia oficialmente em terras norte-americanas no hotel Saint-George, no 
Brooklyn, bairro de NovaYork, em princípios da década de 70, com a apresentação do 
conjunto Lebron Brothers, migrantes porto-riquenhos, que encantou a platéia dos EUA. 
Daí este movimento se disseminou por todos os grupos da América Latina residentes em 
solo americano, para Porto Rico, seguido de Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países 
latinos. Enveredam pelas trilhas da fama músicos como Tito Puente, Celia Cruz, Johny 
Pacheco e outros. 
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Na década de 50, a salsa atinge o auge em Cuba, com o aparecimento do 
incomparável músico Benny Moré, acompanhado pela Banda Gigante. Até hoje ele é o 
ícone salseiro entre os adeptos deste estilo musical. Depois da vitória de Fidel Castro, em 
1959, e do bloqueio econômico à ilha, a salsa segue adiante em dupla jornada – no 
interior de sua terra natal e fora de Cuba, especialmente em Nova York. 
Com o tempo, ela se transforma em mais um produto comercial nas terras 
americanas. Na década de 80 ela é praticamente absorvida pelo merengue proveniente 
da República Dominicana e pela discoteca. Aparecem então músicos como Frankie Ruiz, 
Eddie Santiago e Luis Henrique, que transformam este cenário ao elaborarem uma 
espécie de ‗salsa erótica‘, considerada por muitos fãs uma traição ao estilo original, mas 
esta modalidade mais sensual revigora, de certa forma, o ritmo salseiro. Nesta época ela 
atinge inclusive o Japão, onde se forma a Orquestra de La Luz, integrada apenas por 
japoneses. 
Atualmente a Colômbia se destaca na produção da salsa, com músicos como Joe 
Arroyo, o grupo Niche e o conjunto Guayacán. Hoje, os mais recentes frutos salseiros são 
o mereng-house, a salsa merengue e a salsa gorda. 
 
VALSA 
 
O que é a Valsa: 
A valsa é um gênero musical clássico, que também se desdobra em um estilo de dança 
clássica, originados na Áustria e na Alemanha no início do século XII. 
Normalmente a valsa, seja como gênero musical ou estilo de dança, possui o compasso 
ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos. 
A palavra valsa tem origem na palavra alemã waltzen, que traduzida quer dizer ―dar 
voltas‖. Ela é marcada principalmente pelo ritmo lento e pelo movimento de torções em 
par, que se movem pelo salão em círculos, como se estivessem dandovoltas. 
Embora a valsa seja considerada clássica, sua origem é campestre e surgiu 
primeiramente como um estilo de dança inspirado no minueto, dança na qual os pares 
dançavam separados, e no laendler, dança campestre alemã. 
A valsa era vista em princípio como vulgar pelas classes sociais mais altas e pela 
aristocracia. Alguns países europeus chegaram a proibir a valsa, por considerarem uma 
dança imoral. Entretanto, ela ganhou força nas camadas mais populares da sociedade. 
Ao longo dos anos, muitas variantes, inclusive composições musicais da valsa foram 
desenvolvidas, de acordo com a região geográfica. 
Os compositores mais famosos da valsa são os membros da família Strauss, Josef e 
Johann Strauss. 
Depois, ela foi reinterpretada por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms 
e Maurice Ravel. Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas, que tornou o estilo 
uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. Dentre elas, 
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destaca-se a valsa “Danúbio Azul”, considerada a composição mais tocada e conhecida 
dele. 
No fim do século XVI a dança passou a ser aceita pela alta sociedade, transformando-se 
em um gênero clássico. 
Valsa no Brasil 
No Brasil, a valsa pode ser encontrada no repertório de alguns compositores importantes, 
como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga e alguns outros. 
É comum no Brasil a tradição da valsa ser dançada em comemorações 
importantes como bailes de debutantes (festas de 15 anos), formaturas 
e casamentos. 
A valsa também surge em algumas expressões brasileiras, como "pé 
de valsa", que caracteriza a pessoa que é um excelente dançarino. 
 
KIZOMBA 
Kizomba é um género musical e de dança originário de Angola. O 
termo "kizomba" provém da expressão linguística Kimbundo, que 
significa "festa". 
Kizomba como dança nasceu nos anos 80 em Luanda, após grandes influências 
musicais do Zouk (das Antilhas) e tem na sua origem o Semba. É relevante dizer que as 
grandes festas entre amigos já eram chamadas de "Kizombadas" nos anos 60, visto que 
nesta altura não existia kizomba como dança ou género musical. 
Já nos anos 50/60 as pessoas dançavam Semba e outras danças tradicionais em Angola. 
Eram dançados também muitos outros estilos de dança de outros continentes, visto que 
Angola e o resto de África receberam a influência de muitas outras culturas após a 
colonização em África por volta do século XIV e XV. Isto resultou numa fusão entre os 
ritmos africanos com a forma de dançar em pares importado da sociedade europeia. 
Estas influências europeias juntamente com as influências que vieram da América do Sul, 
como por exemplo Argentina e Cuba (Tango e Merengue), alteraram a forma como as 
pessoas dançavam nas "Kizombadas". 
Hoje em dia, para além de ser extremamente popular em Angola, Cabo 
Verde e Portugal, o Kizomba tem se espalhado para 
paísescomo França, Espanha, Inglaterra, Polónia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Sué
cia, Bielorrússia, Lituânia, Egipto, Suiça, Sérvia, Canadá e os EUA. 
Em Portugal a palavra "kizomba" é usada para qualquer tipo de música derivada do Zouk, 
mesmo que não seja de origem angolana. Em Cabo Verde este estilo de música é 
também conhecido por Cabo Love ou Cabo Zouk. 
Kizomba é uma dança extremamente linda e sensual, sendo também explosiva e 
contagiante, que conquistou o mundo nos últimos anos como um som que fica no ouvido 
e uma dança que seduz as nossas almas. Kizomba é para muitos dos dançarinos latinos 
uma lufada de ar fresco, trazendo algo novo e excitante, e perfeito para qualquer um que 
queira entrar no mundo da Dança devido à sua suavidade e fáceis passos base, 
permitindo a qualquer iniciante evoluir gradualmente para passos mais complexos, e mais 
https://www.maiskizomba.com/kizomba
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importante ainda permitindo a um iniciante desfrutar do prazer da dança social bem mais 
cedo que em qualquer outro tipo de dança a dois. 
Kizomba é uma dança que permite ao par interpretar a música à qual estão a dançar e, 
de acordo com a intimidade do casal, torna-se uma dança extremamente próxima com 
movimentos lentos e sensuais, requerendo grande habilidade de condução e 
cumplicidade entre homem e mulher, ou uma dança mais aberta com passos mais 
rápidos, trabalho de pés e truques. Em ambos os casos, dançar Kizomba providencia uma 
experiência quente e única que irás querer repetir uma e outra vez... 
Existem vários estilos no kizomba. 
 Passada — estilo clássico - Tarraxinha – Quadradrinha - Ventoinha 
RITMO MUSICAL 
 
Ritmo pode ser descrito como um movimento coordenado, uma repetição de 
intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes 
na composição musical. O termo ritmo tem origem na palavra grega rhytmos, que significa 
qualquer movimento regular, constante, simétrico. 
Apesar de ser aparentemente simples, o conceito de ritmo guarda vários outros 
pontos, definições e componentes, e acaba por se revelar deveras complexo. Uma boa 
forma de exemplificar o ritmo musical é falar de outro tipo de ritmo, o ritmo cardíaco, que 
consiste no movimento do coração, impulsionado pelo fluxo constante de sangue ao longo 
do organismo. O meio com que o coração impulsiona o sangue através do corpo é 
chamado de sístole, operação onde o músculo se contrai. O batimento complementar ao 
da sístole chama-se diástole, no qual o coração relaxa, permitindo que o sangue volte a 
encher o coração, para ser expelido novamente pela sístole seguinte. Caso esses 
movimentos não ocorram em um ritmo adequado ou harmônicos, ocorre a arritmia, que 
pode levar a um consequente infarto e morte do dono daquele coração. 
Toda peça musical é composta por necessariamente três elementos: a melodia 
(forma como os sons se desenrolam no tempo), a harmonia (forma como os sons soam 
em simultâneo) e o ritmo. O ritmo é importante para determinar a duração de cada som na 
música e também a duração dos silêncios. Uma mesma sequencia de três notas iguais 
pode dar origem a três composições musicais diferentes apenas pela variação do ritmo. 
Não é apenas na atividade humana que podemos encontrar o ritmo, ela está 
presente também na natureza, nas mais diversas ocasiões e basta uma simples 
observação, como por exemplo, do movimento das marés, da simples alternância entre 
dia e noite, da mudança das estações ou na medida do tempo. 
Os componentes básicos do ritmo são o som e o silêncio, que são combinados para 
formar padrões sonoros. Tais padrões sonoros são repetidos ao longo de uma melodia, 
dando assim, origem ao ritmo, que pode ter uma batida constante ou variável. As batidas 
podem ser fortes, extensas, breves ou suaves, que são aplicadas à composição musical 
conforme à necessidade. 
Um outro conceito importante vinculado ao ritmo é o do compasso. De acordo com o 
tipo de compasso empregado se definirá o acento que as notas musicais assumirão 
dentro da composição musical. Na partitura ou pentagrama, o compasso aparece na 
forma da fração que surge no início da pauta, determinando como se dará a velocidade, a 
divisão e agrupamento das notas. 
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A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NA VIDA DA HUMANIDADE 
 
 
Quando se começa estudar sobre esse assunto 
vemos o quanto é importante a dança na vida da 
humanidade. Por esse motivo trago até vocês essa 
reflexão da "importância da dança" em nossas vidas 
como um todo. 
A dança sempre esteve presente em todos os 
grandes momentos da história, mas também ela faz 
parte do nosso cotidiano e está marcada também nas 
pequenas coisas, muitas vezes até imperceptíveis. 
Faz partede um dos aspectos mais íntimos do ser humano - a cultura. É através da 
cultura que carregamos a grande carga de tradição e história de um povo. Então esta aí a 
grande responsabilidade que a dança tem como precursora disso. 
Desenvolvimento Cognitivo. 
Segundo (STENBERG, 2000, p.22) a psicologia cognitiva trata do modo como as 
pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. 
A dança tem uma grande contribuição no desenvolvimento cognitivo do ser humano, 
trazendo uma carga de sociabilidade e relacionamento enquanto pessoa no meio. Isso é 
muito importante quando aplicado como ferramenta da educação. 
Desenvolvimento Coordenação Motora. 
A dança bem aplicada, na forma de trabalhar o corpo, faz com que a coordenação 
motora seja inserida no aprendizado de quem a pratica. Isso traz uma grande vantagem, 
pois toda carga de técnica nos movimentos mecânicos se reflete em ganho para o 
individuo que dança. Ficando assim com uma excelente coordenação motora. 
Informação Corporal. 
Nosso corpo fala, e isso é muito fácil de comprovar. Usamos no mecanismo de 
comunicação mais de 80% do corpo para nos expressarmos. Quem dança tem facilidade 
de se comunicar porque esta acostumado a lidar com o corpo de forma íntima. Conhece o 
corpo que tem e quais são suas capacidades. Então a dança traz uma facilidade 
extremamente boa para o corpo, enchendo ele de uma informação que carregaremos 
para toda a vida. 
Saúde Orgânica e Mental. 
Dançar por si só já é um exercício e compõe uma atividade reguladora do 
metabolismo e funcionamento do organismo como um todo. Traz uma melhora 
significativa para quem a pratica. Quem realmente ama a dança se preocupa em cuidar 
do corpo como um todo, porque necessita dele como ferramenta para executar o que 
gosta - "dançar". 
Além do mais quando se faz uma atividade dessas com prazer, isso traz uma saúde 
mental bastante boa. Quando dançamos estamos interagindo com a sociedade, com o 
meio, colocando nossa mente para trabalhar de maneira positiva, fazendo amizades e 
colocando uma química boa que o organismo libera, tais como a adrenalina. 
 
 
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A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA SOCIEDADE 
 
A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em 
grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura. 
A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em 
grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura. 
O feito de cantar ou escutar uma canção pode 
desencadear efeitos emocionais numa pessoa. Tristeza, 
alegria, nostalgia, raiva, muitos são os sentimentos que veem 
aos ouvintes da música. Estes sentimentos, quando contidos 
em várias pessoas, podem gerar movimentos sociais. Como 
exemplo, os movimentos: punk, grunge, alternativo e emotivo 
(este, o mais popular no Brasil). Muitos movimentos buscavam, 
como meta, uma maior liberdade de expressão e uma melhor 
qualidade de vida na sociedade. 
Portanto, a música pode ser considerada uma das artes 
que mais influenciam na sociedade. Por isso, muitas mídias 
optam pela monopolização do mercado fonográfico. Se há décadas era a censura a 
principal vilã, agora é a alienação, o controle do que vai ou não fazer sucesso. Isso 
somado ao descaso pela qualidade musical atual na sociedade brasileira, especialmente 
nas classes mais pobres, provocando um declínio cultural. 
Ocorrendo o declínio cultural, ocorre juntamente o declínio da educação, com o 
declínio da educação, aumenta a facilidade de alienação. Situação perfeita para os 
políticos, burgueses e outros monopolizadores da nossa sociedade. É só observar em 
volta, liga o rádio e escuta o que está tocando, liga a TV no domingo e vê os grupos 
convidados para tocar nos programas, provavelmente não são grupos tocando canções 
com letras bem elaboradas e que falem sobre questões sociais, certo? 
No Brasil, é predominante o movimento cultural emotivo. Isso porque são produzidas 
em exagero músicas que só falam de amor, isso é visto em todos os estilos. Não que falar 
de amor seja algo ruim, o problema é que as grandes emissoras só colocam obras com 
esse tipo de tema para tocar, parecendo até que estamos num filme de amor, onde tudo 
são flores. 
A população tem que entender como é preciso uma melhoria na arte nacional, pois 
através dessa melhoria poderão ocorrer efeitos muito significativos na educação. Projetos 
sociais com o intuito de incentivar as crianças a trabalhar com a música e a arte em geral, 
especialmente nas favelas, facilidade ao acesso a instrumentos musicais, e entre outras 
ações que podem, juntais, modificar aos poucos a cultura da nossa sociedade, 
melhorando assim, a nossa qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCEITO DE BRIGAS 
 
Uma briga é um confronto entre duas ou mais pessoas, grupos de indivíduos, 
corporações ou outra classe de entidades. As brigas 
podem ser físicas, verbais ou mesmo simbólicas, 
consoante o caso. 
Exemplos: ―Ao ouvir o insulto, o Martim não 
hesitou: virou-se, olhou o Jorge nos olhos e 
começou a briga com um soco no queixo‖, ―Uma 
briga num estádio de futebol acabou com dois 
mortos e catorze feridos na Indonésia‖, ―A briga 
entre as duas empresas acentuou-se depois da nova 
publicidade‖. 
As brigas costumam ser a resolução violenta de 
uma discussão ou de um conflito. Quando o diálogo 
não prospera e as pessoas não entram em acordo, é 
provável que alguma tome a decisão de provocar uma briga com socos ou murros com a 
intenção de impor o seu ponto de vista através da força. 
 No entanto, há brigas que ocorrem em forma de competição. É o caso de desportos 
como o boxe ou as artes marciais mistas, que consistem na realização de brigas entre os 
atletas. 
 
Uma briga, por outro lado, pode ser um distanciamento provocado por um problema 
entre dois ou mais sujeitos. Um homem pode discutir com um amigo e, depois de trocar 
insultos, afastar-se dele sem haver agressões físicas pelo meio. O período que se inicia 
então e que se estende até à reconciliação recebe o nome de briga: ―Já passaram três 
meses desde a briga com o Aníbal e continuamos sem nos falar‖. 
 
Noutro sentido, uma briga pode entender-se como sendo uma competição: duas 
empresas que brigam pelo primeiro posto do mercado, jogadores de ténis que brigam por 
encabeçar o ranking mundial, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 – LUTAS E ESPORTE DE COMBATE 
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LUTAS - CONCEITOS BÁSICOS 
 
 
ARTES MARCIAIS E LUTAS - BREVES CONCEITOS 
 INTRODUÇÃO 
 
 As lutas e as artes marciais apresentam, em suas origens, características atribuídas à 
sobrevivência, ao exercício físico, ao treinamento 
militar, à defesa e ao ataque pessoal, além das 
implicações das tradições culturais, religiosas e 
filosóficas. 
 Com o surgimento de outras necessidades e o 
desenvolvimento de novas técnicas, o ser 
humano atribuiu outro significado às lutas, e hoje 
assistimos a um processo de esportivização 
das mesmas. 
 As lutas orientais são originárias de países como 
Índia, China, Japão e Coréia. Em sua formação, 
tinham um caráter voltado tanto para a defesa da nação, quanto para a do próprio 
praticante. Com o passar dos anos, principalmente após o contato dessas lutas com o 
Ocidente, surgiram alguns mestres que perceberam nelas potenciais possibilidades 
educativas, como autodomínio, superação de limites, aumento de concentração, exercício 
físico e atividades de lazer, situações que vão muito além dos preceitos formados em sua 
origem. 
 Algunsaspectos podem ser utilizados para diferenciar luta e artes marciais. As artes 
marciais são práticas corporais de ataque e defesa, podendo ser também caracterizadas 
como lutas. A principal diferença entre as duas é que os praticantes de artes marciais, 
principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem 
da atividade teriam uma orientação filosófica que determinaria a sua diferença com as 
lutas. 
 Atualmente, percebemos que em boa parte dos filmes a que assistimos sobre lutas de 
origem oriental é preservada a imagem do mestre, o qual, por sua vez, possui uma 
postura de educador, e ensina aos seus ―discípulos‖ vários preceitos que vão além da 
própria prática da luta, ou seja, lições que serviriam para a vida. 
 A expansão do caratê e de outras lutas é percebida em desenhos animados, 
brinquedos, jogos de cartas, torneios de combate, jogos de vídeo game e tabuleiros e 
nos mangás, histórias em quadrinhos conhecidas pelo público adolescente que aprecia o 
gênero. 
 Nesse sentido, as artes marciais possuem um caráter introspectivo que pode ser muito 
benéfico à educação. As metas sempre dizem respeito aos limites, às possibilidades e 
peculiaridades de cada indivíduo em ação. Apesar de aparentemente o foco estar no 
oponente, o objetivo dessa prática é olhar e transformar a si mesmo, independentemente 
do outro. Para o praticante, é como se o ―inimigo‖ fosse ele mesmo, com seus limites, 
medos, defeitos e fraquezas. 
 A evolução desse ―eu‖ depende do treinamento contínuo, da ação ininterrupta 
de lapidar a integralidade do ser. 
http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-conceitos-basicos.html
http://3.bp.blogspot.com/-bs-oXsNFElI/T0U9NbTUKvI/AAAAAAAAA5c/ObGGkOI_1bg/s1600/istockphoto_3903675-mixed-martial-arts.jpg
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AS LUTAS COMO COMPONENTE DA CULTURA DO MOVIMENTO HUMANO 
 A seleção das lutas como conhecimento a ser ensinado e discutido na escola ainda é 
recente, e muitas discussões surgem em relação à forma ideal que o assunto deve ser 
tratado. Mas as lutas apresentam muitas possibilidades para o seu desenvolvimento na 
escola, mediante uma abordagem intencional, de caráter pedagógico, já que esse é um 
dos espaços onde os alunos experimentam, vivenciam, criticam, compreendem 
e atribuem significados às suas experiências no âmbito da Cultura de Movimento. 
 Esses conhecimentos variam, mas existem conceitos que são iguais em todas elas, 
como os conceitos de esquiva, ataque, defesa, rounds, entre outros. 
 Cada luta possui uma época e um local onde se originou, bem como uma evolução 
histórica própria. No entanto, o desenvolvimento de algumas modalidades cruza no tempo 
e espaço com outras. Em algumas a origem é difícil de ser definida. 
 Os termos ARTES MARCIAIS e LUTAS fazem parte da cultura do movimento 
humano. Podemos reconhecê-los tanto nas culturas milenares, quanto nos movimentos 
de proteção e defesa encontrados desde a pré-história. 
 O substantivo luta, do latim lucta, significa ―combate, com ou sem armas, entre 
pessoas ou grupos; disputa”. 
 A expressão artes marciais é uma composição do latim arte, (―conjunto de preceitos 
ou regras para bem dizer ou fazer qualquer coisa”), e martiale(―referente à guerra; 
bélico”, “relativo a militares ou a guerreiros”). 
 Portanto é importante distinguir estes dois termos, de significado e emprego muito 
próximos, mas que nem sempre devem ser usados para a mesma finalidade. 
ARTES MARCIAIS 
 O termo “artes marciais” antigamente era utilizado para referir-se às artes de guerra 
e as luta de origem militar. Entende-se como sistema de combate o conjunto de regras, 
regulamentos e preceitos filosóficos. 
 Podiam definir as técnicas de combate de origem milenar utilizadas para ataque e 
defesa. Eram usada também para definir as lutas de origem oriental. 
 Arte marcial é um termo mais abrangente, utilizado para definir um conjunto de 
conhecimentos com finalidade de combate entre guerreiros ou militares. É uma forma de 
lutar que foi aprimorada visando melhor desempenho contra um adversário. 
 As artes marciais não compreendem somente um apanhado de técnicas (golpes com 
as mãos, pés, etc), mas também um conjunto de filosofias e tradições de combate. 
 Outra característica é que as artes marciais foram praticadas de forma restrita entre 
familiares ou ensinada para poucos discípulos. 
 Nas artes marciais orientais são comuns preceitos filosóficos dando sentido aos 
movimentos técnicos e a conduta dos lutadores: 
 
 No ―TAEKWONDO‖, são utilizados alguns conceitos norteadores para a arte marcial: 
cortesia, integridade, perseverança e autocontrole e espírito indomável. "Tae", refere-se 
ao "pé" ; "Kwon", refere-se a "mão" ; "Do", refere-se a "arte" ou ao "caminho". Por 
tanto, coletiva e literalmente, "Taekwon-Do" significa "O caminho do pé e da mão". 
 No AIKIDO, o princípio é o de lutar sem lutar. A técnica do Aikido engloba torções e 
imobilização do oponente através dos membros superiores, e movimentos de 
lançamento. Ai = Harmonia; Ki = Energia; Do = Caminho. 
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 No JUDÔ, usa-se a força do oponente contra ele mesmo. "JU" = gentil, 
suave; "DO" = caminho, princípio; "JUDÔ" -quer dizer, portanto, princípio ou 
caminho da suavidade. 
 O CARATÊ é uma arte onde uma pessoa aprende a utilizar as suas mãos ou outros 
membros do corpo (pés, joelhos, …) para se defender. TE significa em 
japonês Mão; KARA significa em japonês Vazio.Deste modo KARATE = KARA + 
TE significa então“Mão vazia”. 
 O MUAY THAI, é uma luta originária da Tailândia, também conhecido como boxe 
tailândes. Arte marcial tailandesa com mais de 2000 anos de existência usada como 
forma de defesa nas guerras. MU = marcial; AY = arte; THAI = referente ao povo 
tailândes. Na Tailândia também é chamada de "LUTA DA LIBERDADE", pois era com 
ela que o povo tailandês se defendia dos inimigos que tentavam ocupar o seu territória. 
 
 É conhecida mundialmente como a Arte das Oito Armas, pois se caracteriza pelo uso 
combinado dos dois punhos + dois cotovelos + dois joelhos + duas 'canelas e 
pés‗. Basicamente seriam os movimentos do boxe acrescidos de joelhadas, cotoveladas 
e caneladas. 
 A ESGRIMA (do antigo provençal escrima do vocábulo germânico skirmjan, 
significa "proteger") é um desporto que evoluiu da antiga forma de combate, em que o 
objetivo é tocar o adversário com uma lâmina ao mesmo tempo que se evita ser tocado 
por ele. A ESGRIMA é considerada uma arte marcial de origem militar com utilização de 
arma, que poder ser o florete, a espada e o sabre. 
 O KRAV MAGÁ (em hebraico: מגע קרב, significa "combate próximo/de contato") é 
um sistema de combate corpo a corpo, desenvolvido em Israel, que envolve técnicas de 
luta, agarramento e golpeamento. O KRAV MAGÁ é um sistema de combate, utilizado 
basicamente para defesa pessoal. 
 Na CAPOEIRA utiliza-se movimentos de tem um número relativamente pequeno de 
golpes que podem, no entanto, atingir uma harmoniosa complexidade através de suas 
variações. O contexto da capoeira ainda é uma discussão entre autores tentando 
contextualizá-la como Luta, Dança e Jogo, por vários conceitos inseridos como religião, 
cultura e arte do movimento. 
 Ao chegarem no ocidente, as lutas orientais perderam a conotação filosófica 
fundamentada em crenças e religiões que preparavam o praticante fisicamente e 
espiritualmente, sendo enfatizados os aspectos competitivos e o de defesa pessoal. 
 Hoje em dia o termo é utilizado generalizadamente tanto para todos os sistemas de 
combate de origem oriental como ocidental, com ou sem o uso de armas 
tradicionais, visando diferentesfinalidades como desporto, lazer, participação de um 
grupo social, defesa pessoal, disciplina da mente, condicionamento físico. 
LUTAS 
 As lutas foram adaptadas para serem desenvolvidas na forma de competições sendo 
viabilizadas para serem praticadas por pessoas alheias aos preceitos filosóficos e aos 
significados culturais relacionados. A maioria das modalidades dos esportes de luta que 
conhecemos hoje estão elevadas a um estado esportivo que descaracteriza o próprio 
conceito de arte marcial. 
 Entende-se que ―luta‖ é um termo que pode ser empregado de forma geral a todo 
combate entre dois ou mais indivíduos, dotados estes de treinamento especial para luta 
ou não. 
http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-o-carate.html
http://www.blogger.com/goog_395295855
http://pt.wikipedia.org/wiki/Israel
http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-capoeira.html
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 É provável que a luta tenha surgido nos primórdios da civilização humana, junto com a 
necessidade do homem de defender-se de inimigos ou animais, ou ainda, de atacar ou 
caçar com mais eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LUTAS 
CONCEITOS 
 
Acreditamos ser de fundamental importância diferenciar lutas de artes marciais. 
 
Lutas são disputas em que os oponentes se utilizam de técnicas e estratégias de 
desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de combate, 
caracterizando‐se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência 
e deslealdade para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa (PCN‘s 1998). 
O termo arte marcial se refere as técnicas de combate ligadas à guerra. O termo 
marcial vem do deus Marte, deus da guerra para os romanos. 
As artes marciais mais conhecidas tanto no Brasil como no mundo são o Judô, o 
Karatê, o Taekondô, o Kung‐fú, e o Jui‐jistú. A Capoeira tem diversas interpretações. 
Pode ser vista como dança, folclore, jogo, mas sem dúvida sua maior e mais expressiva 
representação é a de luta. Seus movimentos são tipicamente de ataque e defesa. 
O boxe embora também seja uma luta, atualmente tem uma imagem mais ligada a 
uma prática desportiva. 
Com o grande desenvolvimento das armas de guerra, os combates físicos foram 
rareando e as Artes Marciais foram ―migrando‖ para o desporto, perdendo inclusive muitas 
de suas características. 
O Judô (que significa caminho da suavidade) não tem praticamente mais nada de 
suave. O atleta quando golpeado, em vês de utilizar as técnicas de queda e 
amortecimento que foram criadas para diminuir o impacto da queda, tenta de toda forma 
apoiar uma mão, o ombro ou outras partes do corpo para descaracterizar o ―hipom‖ que é 
o nocaute do judô; daí surgem as graves contusões de clavícula, antebraço, punho entre 
outras. 
A grande diferença entre as lutas na escola para as artes marciais seria que não 
existem técnicas pré‐estabelecidas. Conforme o aluno vai lutando vai desenvolvendo sua 
própria técnica. Para atingirmos esse objetivo da criança ser um ser ativo, descobrindo 
suas próprias técnicas, se faz necessário que desvincule as lutas escolares das artes 
marciais, com exceção da capoeira a qual trataremos mais adiante. 
Outra grande diferença entre as lutas escolares e as artes marciais é que o 
resultado do combate não tem grande relevância; a competitividade deve perder 
importância em relação às vivências corporais. Seria semelhante a algumas concepções 
de jogo que diferiam dos esportes, ou seja, um baixo grau de competitividade. 
Mais uma característica que difere as duas práticas, é que nas atividades 
escolares os golpes de percussão devem ser abolidos. Entende‐se como golpes de 
percussão os movimentos de impacto como os socos e pontapés, 
por exemplo. 
A História das Lutas e Artes Maciais 
 
A origem das lutas continua sendo uma incógnita, mas o 
homem primitivo já lutava para sobreviver, caçar e garantir seu 
espaço. Observamos o seu aparecimento em diversas nações no 
mundo e com diversos objetivos, os gregos tinham uma forma de 
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lutar, conhecida como ―pancrácio‖, modalidade presente nos primeiros jogos olímpicos da 
era antiga. 
 
 
Em Roma os gladiadores eram escravos de terras conquistadas e que participavam 
de torneios de luta que serviam de entretenimento para os Imperadores de Roma. Já 
naquela época, faziam o uso de técnicas de luta a dois. 
Na Índia e na China, surgiram os primeiros indícios de formas organizadas de 
combate, informações relatam que os sistemas de lutas chegaram à China e à Índia, no 
século V a.C. Muitos artistas marciais consideram a China como o berço desta cultura. 
Países europeus após o século XIV começaram suas expansões e descobertas de 
territórios, tendo contato com a cultura de outros países, assim conseguiram trazer 
desses locais descobertos alguns tipos de lutas, onde reproduziram as mesmas no seu 
continente e em alguns casos adaptaram técnicas que pudessem sem melhoradas. 
As artes maciais tiveram sua origem com o desenvolvimento da civilização, quando, 
logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular 
riqueza e poder, desejando o surgimento de cobiça, inveja, e seu corolário, a agressão. 
A necessidade abriu espaço para a profissionalização da proteção pessoal. 
Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental, 
tenha como foco principal Bodhidharma ‐ monge indiano que, em viagem à China, 
orientou os monges chineses na prática do yoga e rudimentos da arte marcial indiana, o 
que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin 
‐, é sabido, historicamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas, que o 
kung fu já existia na China há mais de cinco mil anos. Da China, estes conhecimentos se 
expandiram por quase toda a Ásia. Japão e Coréia também têm tradição milenar em artes 
marciais. 
 
Sistemas de Classificações dos Estilos de Luta e Artes Maciais 
 
Existem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de lutas e arte 
marcial, adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos. 
 
Quando vamos falar em classificação das lutas podemos dividi‐las em lutas de 
corpo a corpo e lutas de distância. 
 
As lutas de corpo a corpo o contato corporal é mais prolongado, utilizando 
técnicas de desequilíbrio, projeções, imobilizações e torções, além de outros. Como 
exemplos podemos citar: Judô, Jiu‐ Jitsu, Sumô, Greco –Romana e Ai‐ki‐Dô. 
 
Nas lutas de distância, o contato corporal é mais breve, podendo até mesmo não 
existir contato, utilizam técnicas de contusão, socos, chutes, joelhadas e outros. Como 
exemplos podemos destacar: Capoeira, karatê, Kung‐Fu, Esgrima, Boxe, Taekwondo. 
 
Fundamentos 
 
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Os fundamentos são práticas que auxiliam no desenvolvimento das lutas tanto de 
corpo a corpo quanto as de distância. 
 
 
Fundame
nto Características 
Agarrar 
Conseguir pegar, prender, 
deter, 
 segurar com força 
Derrubar Deixar ou fazer cair 
Cair Tombar, descer sobre a terra 
Desequilib
rar 
Desestabilizar, perder o 
equilíbrio 
Imobilizar Impedir de mover‐se, prender 
Bater Dar pancadas ou golpes 
Defender 
Proteger‐se ou resguadar‐se 
contra 
 um ataque 
Esquivar 
Desviar o corpo para evitar 
um golpe 
 
Benefícios da Prática da Luta (Desenvolvimento Motor) 
 
No domínio motor, a prática dos esportes de luta exige e consequentemente, 
desenvolve habilidadesmotoras e qualidades físicas, tais como: 
Coordenação motora – em função da necessidade de realizar movimentos rápidos, 
precisos, muitas vezes com distintos segmentos corporais atuando independentemente 
uns dos outros, nas diversas ações de ataque e defesa. 
Equilíbrio – dinâmico, estático e recuperado. O sucesso nas lutas depende muito da 
capacidade de manter a estabilidade, a base. 
Percepção espaço‐temporal – necessária para se ter domínio sobre as ações na área 
de luta e com oponentes de diferentes dimensões corporais, sendo desenvolvida nos 
treinos com adversários diferentes, com áreas de luta e tempos de combates 
diversificados. 
Conhecimento do corpo e de suas potencialidades – capacidade necessária para 
poder estabelecer as estratégias adequadas que conduzam ao sucesso. 
Flexibilidade – a amplitude de movimentos possibilita a execução de movimentos com 
menor gasto energético, com mais facilidade e colabora na prevenção da ocorrência de 
lesões. 
Agilidade – a capacidade de mudar a direção e/ou sentido do movimento do corpo, ou de 
segmentos corporais é extremamente importante para a eficiência nas ações de ataque e 
defesa que caracterizam as lutas. 
Força ‐ nas disputas que caracterizam as lutas, se faz necessário diversas manifestações 
da força (estática, dinâmica, explosiva ou potência). Em cada modalidade de luta há uma 
preponderância, por exemplo, nas lutas contundentes a força explosiva é muito utilizada, 
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em lutas imobilizantes, como a luta livre olímpica, observa‐se uma considerável exigência 
do componente estático da força. Portanto, seja nas disputas em si, ou nos exercícios 
preparatórios, a prática da luta favorece o desenvolvimento desta qualidade física. 
Aptidão cardiorrespiratória / resistência à fadiga – de maneira geral, nas diversas 
modalidades de luta, as disputas esportivas são realizadas em períodos regulamentares 
que duram entre 2 e 10 minutos, de acordo com a modalidade, nível de habilidade ou 
graduação, categoria de peso, idade e gênero. Algumas são realizadas em apenas um 
período de tempo, como o judô, que tem lutas de 5 minutos, outras têm sequências 
intervaladas de embates, como o boxe profissional que pode ser disputado entre 4 e 12 
round de 3 minutos cada. Portanto, é possível dizer que as diversas formas de lutas 
exigem a capacidade de resistir a esforços que variam aleatoriamente de intensidade, 
conforme as ações desenvolvidas, por períodos relativamente longos (acima de dois 
minutos). Consequentemente, a prática da luta pode favorecer o desenvolvimento desta 
capacidade, útil não só para o sucesso na atividade, mas também necessária para um 
bom nível de aptidão para a saúde. 
Benefícios da Prática da Luta (Domínio Afetivo – Valor Pedagógico) 
É provável que ao domínio afetivo, seja atribuído o maior VALOR PEDAGÓGICO 
das lutas. Nas lutas de origem oriental, como o judô, o karatê, o tae‐ kwon‐do, este é um 
aspecto marcante e em seus países de origem estas práticas são inseridas no currículo 
escolar. 
Também não é raro nos depararmos com relatos de pais e com orientações 
profissionais, ressaltando o valor da prática das lutas no desenvolvimento da disciplina, do 
respeito, do controle emocional, da autoestima, da auto‐ confiança, do autoconhecimento, 
da desinibição e da perseverança. 
Cabe ressaltar a importância do professor, através de sua conduta e suas 
orientações, para a efetiva consolidação dos possíveis benefícios obtidos com a prática 
da luta nesta área. 
 
Benefícios da Prática da Luta (Domínio Cognitivo e Interdisciplinaridade) 
 
A prática da luta também proporciona o contato, o conhecimento com a cultura de 
outros povos e países, como no caso da lutas de origem oriental (jiu‐jitsu, judô, karatê, 
kempo,), como a do próprio país, no caso a capoeira e o huka‐huka). 
No âmbito escolar, se for aplicado este bloco de conteúdos (lutas) na Educação 
Física, é possível a interdisciplinaridade, relacionado os conteúdos da história, geografia, 
artes com a modalidade de luta abordada. 
 
ESTUDO DAS MODALIDADES DE LUTAS Kung 
Fu 
 
O Kung‐Fu é originário da China e nasceu 
da necessidade de sobrevivência dos antepassados 
na luta contra animais ferozes e contra inimigos. 
Kung Fu é uma expressão antiga que, 
genericamente, no dialeto cantonês, significava 
"tempo e esforço desprendido numa atividade" ou "grau de perfeição alcançado em 
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qualquer área de atuação", ou ainda "conhecimento profundo de um assunto". Na década 
de 70 essa expressão cantonesa, utilizada para caracterizar as artes marciais chinesas, 
ficou mundialmente conhecida através dos filmes de artes marciais. Entretanto, a 
expressão gramaticamente correta para designar arte marcial é Wushu, originária do 
mandarim (vale lembrar que, após 1945, Mao Tse Tung designou o mandarim como 
língua oficial chinesa). 
Alguém poderia perguntar: "por que, então, foi escolhida a palavra 'Kung Fu', e não 
'Kuoshu' ou 'Wushu', para representar a arte marcial?" Muito simples: os primeiros 
imigrantes chineses eram de Cantão, uma região ao sul da china e litorânea (como 
santos, por exemplo). O acesso ao mar, para estes imigrantes, era mais fácil que para 
outras regiões da China. Estas pessoas espalharam‐se por todo o mundo: Europa, África, 
Oceania e Américas, para tentar ganhar a vida e ter melhores condições de sobrevivência 
do que as que possuíam em seu país de origem. Só eles mesmos compreendiam o 
idioma chinês, pois era um idioma complicado. Em sua vida diária, sempre reservavam 
um tempo de lazer, para treinar os movimentos e exercícios de lutas que aprenderam na 
China. Por outras vezes, eram perseguidos, por serem de origem oriental, e provocados 
para brigas. Com uma estrutura geralmente franzina, na maioria das vezes, ganhavam 
lutas com homens maiores do que eles. 
Conta a lenda que certa vez, um monge chinês ‐Ta Mo ‐ subiu numa montanha e se 
pôs a contemplar o movimento dos animais, as posições que tomavam para a luta e a 
maneira como se defendiam dos ataques. Observando tais movimentos, desenvolveu um 
trabalho de adaptação desses animais para o homem, estruturando‐os de acordo com as 
possibilidades físicas do homem. Assim nasceu o Kung‐Fu, como chamam os ocidentais 
esta luta chinesa. 
Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jovens 
a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas. 
De um modo geral, estrutura o corpo físico, em combinação com a mente, 
extravasando as ansiedades, angústias e stresses acumulados no dia a dia, fortalecendo‐
os. 
Pode ser praticado por adultos e crianças de ambos os sexos. 
Combina‐se ginástica completa de todo o corpo, bem como movimentos, 
denominados Katis, onde compila‐se, em sequências baseadas em movimentos de 
animais, mãos e pernas. 
Decorrentes das observações dos ataques dos animais, de onde originou‐se o 
Kung‐fu, surgiram os vários estilos praticados no mundo, consequentes das mutações e 
adaptações para o ocidente. 
Hoje a realidade brasileira mostra uma arte marcial chinesa (Kung‐fu), voltada para o 
bem estar físico e mental do praticante. Não há 
para o seguidor, na medida em que passa a 
conhecer o fundamento da doutrina, aspirações de 
ser um "lutador profissional", seu treinamento é 
voltado para o relaxamento da mente e o 
desenvolvimento corpóreo, atribuindo‐lhe saúde e 
bem estar. 
Estilos de kung fu 
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Com o passar dos anos o kung fu propriamente dito foi se dividindo em vários 
estilos. Isso se deu principalmente em função de cada povo inserir novos movimentos e 
aprimoraroutros já existentes – tudo é claro, baseado nas condições geográficas e 
culturais do local além das características físicas dos praticantes. 
A grande maioria dos estilos imita o movimento dos animais. Há, porém, alguns 
estilos que são mais inspirados em lutas e mitologias chinesas. 
Os estilos dividem‐se em dois grandes grupos – os estilos do Norte e os estilos do 
Sul. A linha divisória entre o Norte e o Sul dentro das artes marciais chinesesas é o Rio 
Azul (rio Yangtze). Os estilos do sul enfatizam os chutes e suas posturas são mais duras 
com golpes diretos e fortes. É de onde surgiu o karatê, por exemplo. 
Já os estilos do Norte possuem mais movimentos associados aos membros 
superiores e são mais fluidos e acrobáticos. Como principal exemplo podemos citar o tai 
chi chuan. 
Dragão: neste estilo os movimentos são longos e contínuos e os praticantes 
costumam atacar com o cotovelo, joelho e tornozelo. 
Garça Branca: estilo de movimentos ágeis que combinam chutes e torções. 
Leopardo: os praticantes deste estilo utilizam o punho para atacar pontos vitais do 
adversário, como se o punho fosse um machado. 
Louva‐a‐Deus: pode ser dividido em Louva‐a‐Deus do 
Norte e Louva‐a‐Deus do Sul. No estilo Louva‐a‐Deus do Norte 
os praticantes movimentam os pés de maneira complexa e são 
muito velozes. Já no estilo Louva‐a‐Deus do Sul os praticantes 
atacam com os braços e o combate é realizado a uma distância 
bem curta. 
Macaco: neste estilo os praticantes desenvolvem 
principalmente força nas pernas para saltar de forma agressiva. 
Shaolin Quan: as técnicas deste estilo foram desenvolvidas 
pelos monges do tradicional Templo Shaolin. 
Alguns destes estilos usam armas enquanto em outros o uso é proibido. Na próxima 
página conheça as principais armas utilizadas pelos praticantes de kung fu. 
Conheça alguns dos principais estilos de kung fu: 
 
Águia: baseado no movimento das águias, este estilo procura fortalecer os dedos e seus 
praticantes são especialistas em torções. 
 
Bêbado: este é um dos estilos mais famosos e exige de seus praticantes muita 
flexibilidade e agilidade. Os praticantes posicionam suas mãos como se estivessem 
segurando um copo. 
As armas do kung fu 
São várias as armas que podem ser utilizadas pelos praticantes de kung fu. Há 
armas para golpear, cortar, esmagar e apunhalar o adversário – e se forem bem usadas 
podem até mesmo matar. 
No kung fu as armas são consideradas uma extensão natural do corpo e são tão 
importantes como suas armas naturais – pernas e mãos. De qualquer maneira, um atleta 
de kung fu só pode praticar com arma quando possuir uma certa habilidade com as mãos. 
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Bastão – é considerada a mais importante arma do kung fu. Este instrumento é 
fundamental para a defesa e pode ser de cera branca, madeira e até mesmo de ferro. Os 
praticantes só podem erguer o bastão até a altura da sobrancelha. Muitas vezes os 
atletas colocam pontos de metal no bastão para aumentar o peso do mesmo. 
Lança – é a principal arma longa do kung fu. Os praticantes precisam ser flexíveis e ágeis 
para saltar e dar cambalhotas com a lança na mão. Os golpes focam os pontos vitais do 
adversário. 
Facão – as técnicas do facão incluem cortar, bloquear, empurrar, bater e perfurar o 
adversário. 
Espada Imperial – também conhecida por espada reta, inclui técnicas que buscam girar, 
erguer, saltar, cortar e principalmente bater no adversário. 
 
 
San Tie Kan – conta a lenda que esta arma foi criada por um imperador chinês. 
Durante uma batalha seu bastão acabou quebrando em três pedaços. Mesmo assim o 
imperador continuou lutando e venceu a batalha. O San Tie Kan atual é feito por três 
cabos que são ligados por uma corrente. 
Além destas, outras armas são usadas pelos praticantes de 
kung fu como: cudgel, broadsword, forquilha do tigre, faca da 
borboleta, chicote de nove seções, dardo, tridente de nove dragões, 
chicote de aço e gancho. 
Curiosidades do kung fu 
Bruce Lee é considerado o lutador de arte marcial mais famoso 
do século 20 e um dos maiores responsáveis por divulgar a arte 
marcial chinesa ao redor do mundo. Coincidência ou não, o "lutador 
ator" nasceu no dia e ano do Dragão (27 de novembro de 1940) na Califórnia, EUA. Aos 
13 anos iniciou seus estudos de kung fu e aos 20 já dava aulas. Lee estrelou diversos 
filmes sobre artes marciais que fizeram muito sucesso como ―O Dragão Chinês‖, ―A Fúria 
do Dragão‖, ―O Vôo do Dragão‖, ―Operação Dragão‖ e ―O Jogo da Morte‖. Vários 
personagens de videogames e desenhos animados foram inspirados em Bruce Lee, como 
Rock Lee do Naruto e Himontlee do Pokémon. 
sonha em ser um grande lutador de kung fu apesar de ser bastante desajeitado. O filme 
fez muito sucesso e faturou mais de US$ 600 milhões no mundo todo. 
 
A China bem que tentou incluir o kung fu no programa olímpico 
dos Jogos de 2008, mas não deu certo. De qualquer maneira o país 
realizou um grande torneio mundial paralelo exatamente na mesma 
época das Olimpíadas. 
Reality show de kung fu? Isso mesmo. O kung fu conta com mais 
de um milhão de praticantes nos Estados Unidos e muitos deles 
participaram dos testes que selecionaram 108 atletas para ingressarem 
no Templo Shaolin, o mais famoso e tradicional templo e local de 
ensinamento de artes marciais chinesas. Além da arte marcial propriamente dita os 
estudantes passaram um bom tempo aprendendo o estilo de vida e a cultura oriental. O 
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programa ―K‐Star‖ foi transmitido de março a setembro de 2006 pelo canal chinês 
"Shenzen TV". 
A Federação Paulista de Kung Fu comemora em 2010 os 50 anos de ensino do 
kung fu no Brasil por um dos mais respeitados mestres desta arte no mundo: Chan Kowk 
Wai. Chan nasceu em 1936 na cidade de Taishan, província de Cantão, e iniciou seus 
treinamentos aos quatro anos de idade. Em 1949 Chan e sua família se mudaram para 
Hong Kong por ocasião da proclamação da República Popular da China. O mesmo 
aconteceu com o grão‐mestre Yim Sheung Mo que acabou se hospedando na casa da 
família de Chan e transmitiu todo o seu conhecimento do estilo Shao Lin do Norte para o 
talentoso menino. Em 1960 Chan veio para o Brasil e passou a difundir o kung fu e seus 
diversos estilos por aqui. 
Kung fu também já foi uma série de televisão. Estrelada por David Carradine a série 
foi apresentada entre 1972 e 1975 e fez muito sucesso recebendo inclusive diversos 
prêmios. 
 
 
 
 
 
 
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Karatê 
 
Karatê é uma palavra japonesa que significa ―mãos vazias‖. Consiste em uma arte 
marcial japonesa e um método de ataque e defesa pessoal que inclui diversas técnicas 
executadas com as mãos desarmadas. 
Em Português do Brasil, a grafia correta da palavra é ―caratê‖ (com ―c‖ e com acento 
circunflexo), contudo é comum encontrar escrita com "k". 
O método de defesa pessoal foi possivelmente originado na China, mas se 
desenvolveu e evoluiu no Japão, na província de Okinawa, com base em uma luta já 
existente na época. 
No Japão também se acrescentou a partícula ―do‖ (karate‐do), que significa 
―caminho‖, para acrescentar à luta os aspectos filosóficos e físicos, 
cujas técnicas visam disciplinar o corpo e a mente. 
Gichin Funakoshi (1868‐1957). Fundador do estilo shotokan e 
considerado o pai do karatê moderno. Funakoshi nasceu em Shuri, 
Okinawa, em 1868, filho de um samurai. Quando garoto foi treinado 
na clandestinidade pelos dois maiores mestres da época: 
Yasutsune Azato e Yasutsune Itosu. A prática de artes marciais 
era, então, proibida. Levou a arte para o Japão nos anos 20. 
Como eram proibidos de usar armas nolocal, os habitantes de 
Okinawa criaram a arte marcial como forma de defesa contra o ataque de possíveis 
inimigos. 
Os praticantes de caratê são denominados ―caratecas‖. Nas lutas, os caratecas só 
podem usar as armas de combates naturais, ou seja, o próprio corpo (mãos, braços, pés, 
pernas, etc.), incluindo os bons reflexos de visão e a inteligência. 
O primeiro Campeonato Mundial de caratê foi disputado em 1970, em Tóquio. Desde 
então, o torneio passou a se realizado a cada dois anos. 
Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, o Karatê estará presente apenas como 
modalidade demonstrativa. A primeira conquista foi o reconhecimento da arte marcial pelo 
Comitê Olímpico Internacional (COI). Situação comemorada pelos adeptos de uma 
modalidade que ao longo dos anos vem passando por atualizações em suas regras para 
seguir em busca de confirmação efetiva. 
O nível atingido por cada carateca é classificado através de um sistema de faixas 
coloridas (classe Kyu), na seguinte ordem: branca, amarela, vermelha, laranja, verde, 
roxa, marrom. A faixa branca é indicativa de principiante. 
A faixa preta é conseguida por quem atingiu todos os conhecimentos da classe Kyu 
e domina a arte marcial (classe Dan). No Sistema Shotokan são definidos mais 10 níveis 
exclusivos para serem alcançados pela classe Dan (faixas‐pretas). 
As modalidades de competição: 
 
É Kata: execução de sequências pré‐determinadas de defesa e ataque, com 
aplicações (para equipes). 
É Kumitê: combate individual ou por equipes. 
 
 
 
Os 26 Kata do Karate‐do 
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Pronúncia Significado 
1. Heian Shodan: Paz e tranquilidade (nível inicial) 
2. Heian Nidan: Paz e tranquilidade (nível dois) 
3. Heian Sandan: Paz e tranquilidade (nível três) 
4. Heian Yondan: Paz e tranquilidade (nível quatro) 
5. Heian Godan: Paz e tranquilidade (nível cinco) 
6. Tekki Shodan: Cavaleiro de ferro (nível inicial) 
7. TEKKI NIDAN: Cavaleiro de ferro (nível dois) 
8. Tekki Sandan: Cavaleiro de ferro (nível três) 
9. Bassai Daí: Romper a fortaleza 
10. Kanku Daí: Contemplar o céu 
11. Jitte: Dez mãos (ou dez técnicas) 
12. Hangetsu: Meia lua 
13. Enpi: Vôo da Andorinha 
14. Gankaku: Grou (tsuru) sobre a rocha 
 
15. Jion: Amor e gratidão (Jion é o nome de um templo) 
 
16. Bassai Sho: Romper a fortaleza 
17. Kanku Sho: Contemplar o céu 
18. Chinte: Mãos estranhas (ou técnicas estranhas) 
19. Unsu: Mãos de nuvens (ou separando as nuvens) 
20. Sochin: Espírito inabalável 
21. Nijushiho: 24 passos 
22. Gojushiho Daí: 54 passos 
23. Gojushiho Sho: 54 passos 
24. Meikyo: Espelho limpo 
25. Jiin: Amor e proteção 
26. Wankan: Coroa real 
 
No kumitê, a vitória é dada ao lutador que somar mais pontos, distribuídos de acordo 
com o grau de dificuldade dos golpes. Caso um dos competidores abra oito pontos de 
vantagem sobre o adversário durante a luta, ele será considerado vencedor. 
Um golpe pode valer, no máximo, três pontos. Isso acontece quando um carateca 
acerta um chute no rosto do adversário ou consegue derrubá‐lo com um golpe qualquer. 
Dois pontos são computados quando o atleta acerta um chute no abdome ou um soco nas 
costas. 
Um carateca não pode, em hipótese alguma, acertar o braço, as pernas, as 
genitálias, as articulações, o tornozelo e o peito do pé do adversário. 
Se houver empate na pontuação ao fim do combate, será disputada uma 
prorrogação de um minuto, e, nesse caso, vencerá aquele que marcar o primeiro ponto. 
Caso a igualdade persista, caberá à arbitragem decidir quem será o ganhador do 
confronto. 
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Boxe 
 
O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas 
os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A 
palavra deriva do inglês to box, que significa bater, ou 
pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na 
Inglaterra entre 1000 e 1850. 
Na Antiguidade, antes mesmo das civilizações grega 
e romana, há indícios arqueológicos que indicam que o 
homem praticava lutas usando as mãos, desferindo 
golpes uns contra os outros. Os gregos e romanos 
também praticavam lutas deste tipo com objetivos esportivos (caso dos gregos) ou de 
simples diversão (caso dos romanos). A modalidade fez parte das primeiras Olimpíadas, 
disputadas na Grécia Antiga. 
O boxe só ganhou algumas regras, aproximando se do que é hoje, no século XVII, 
no Reino Unido. Foi no ano de 1867, o marquês de Queensberry criou as luvas 
acolchoadas, limitou a disputa aos socos e criou os rounds (ou assaltos), com o objetivo 
de atrair novos praticantes ao esporte e foram criadas as regras oficiais. 
O resultado foi bom. A modalidade cresceu e ganhou adeptos. Deveria ser incluída 
no programa dos primeiros Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, em 1896, mas o 
comitê organizador decidiu cortá‐la por achá‐la muito perigosa. 
Sua estreia aconteceria em 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos, 
principalmente porque o esporte era muito popular no país‐sede. A influência dos 
organizadores seria mais uma vez decisiva oito anos depois, em Estocolmo, na Suécia, 
quando o boxe foi novamente retirado do programa porque sua prática era proibida 
naquele país. 
Depois da Primeira Guerra Mundial, porém, a alta popularidade do boxe 
praticamente obrigou os organizadores a recolocarem o esporte nos Jogos. Assim, a 
modalidade voltou a valer medalhas em 1920, na Antuérpia, Bélgica. 
 
A ―nobre arte‖, como o esporte ficou conhecido, ganhou cada vez mais espaços, e o 
grande número de fãs fez com que o boxe se profissionalizasse, com disputas nacionais e 
internacionais, novas federações e limites de assaltos. 
Regras 
Para tornar as lutas mais competitivas, as regras do 
boxe definiram categorias que variam de Acordo
 com o peso do lutador (boxeador
 ou pugilista). 
 
As lutas profissionais possuem, no máximo 12 
assaltos com 3 minutos cada. Porém, em determinadas 
competições, o número de assaltos e o tempo pode ser 
menor. Nas Olimpíadas, por exemplo, são 3 rounds de 3 
minutos cada. Já na disputa amadora, o confronto se 
estende em quatro assaltos, no máximo, com dois 
minutos cada. 
 
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Outra diferença é que os amadores usam um protetor de borracha na cabeça, 
dispensável no esporte profissional. Além disso, nas Olimpíadas 
e em Pan‐Americanos, as luvas do boxeador possuem uma 
marca branca, a qual determina a parte da mão que deve ser 
utilizada para golpear os adversários. 
No final de cada assalto, os lutadores ganham pontos, que 
são atribuídos por cinco jurados da luta. Estes pontos, definidos 
por golpes e defesas, servem para definir o ganhador em caso 
da luta chegar até o fim. Quando um lutador consegue derrubar 
o adversário e este permanece por 10 segundos no chão ou não apresentar condições de 
continuidade na luta, ela termina por nocaute. Não são permitidos golpes baixos (na linha 
da cintura ou abaixo dela). 
No boxe, o objetivo dos atletas é alcançar o nocaute ou knockout (KO) na língua 
inglesa. Ocorre quando um dos lutadores aplica um golpe que derruba seu adversário no 
chão, incapacitado o de terminar o combate. Caso o lutador esteja visivelmente atordoado 
pelos golpes do adversário, mas ainda permaneça de pé, o juiz pode interromper a luta, o 
que configura um nocaute técnico, no inglês technical knockout (TKO). 
O boxeador pode, no entanto, ser ―salvo pelo gongo‖. Ao fim de todo assalto, soa 
uma campainha indicando o intervalo entre os rounds. Nas lutas profissionais, caso o 
atleta esteja caído ao soar do gongo, ele poderá levantar‐se após os dez segundos que, 
mesmo assim, não será considerado nocaute. No esporteamador, a regra é a mesma, 
mas só é válida para o fim do quarto e último assalto. 
Quanto às punições da modalidade, existem três tipos: o aviso, a advertência e a 
desqualificação. Uma advertência equivale a dois avisos, e uma desqualificação a três 
advertências. As faltas mais comuns que levam a essas punições são os golpes abaixo 
da cintura, o agarramento e o golpe desferido com a mão aberta. 
 
Os golpes mais usados no boxe são: 
 
‐ Jab ou jabe: golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Embora seja 
geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distância, ele pode nocautear; 
‐ Direto: golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito 
rápido e forte; 
‐ Cruzado (cross): tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça 
do adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço flexionado, diferentemente 
do direto; 
‐ Hook ou gancho: desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente 
a cabeça ou abdome, dificultando a defesa do oponente. Difere do cruzado pela distância 
que é aplicado, próximo e contornando a guarda adversária; 
‐ Uppercut: golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente. 
‐ Jab‐direto: desfere se socos com ambas as mãos ao mesmo tempo. 
Local 
As lutas de boxe acontecem em locais fechados e devem ocorrer sobre um ringue, 
tablado revestido de materiais macios, como borracha ou feltro. Sua superfície superior 
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tem lados de 4,9 m a 7 m. Nas Olimpíadas, a medida oficial é de 6,1 m. O ringue deve 
estar posicionado de 91 cm a 1,22 m acima do chão. 
 
 
A plataforma deve ter quatro postes revestidos de borracha em cada canto, que 
servem para segurar as quatro cordas elásticas que delimitam a área da disputa. As 
cordas devem ter diâmetro entre 3 cm e 5 cm e precisam estar penduradas nos postes a 
41 cm, 71 cm, 102 cm e 132 cm de altura em relação à superfície. 
 
Equipamentos 
Um boxeador deve lutar sempre sem camisa. Seu uniforme consiste em um par de 
luvas de borrachas e com uma marca branca (no esporte amador), calção, bandagens 
amarradas às mãos (que ficam por baixo das luvas), coquilha (protetor genital que fica 
sob o calção), protetor bucal de plástico e sapatilhas feitas de couro, com cano alto e 
amarrados com cordões. 
Boxe no Brasil 
Como muitos outros esportes, o boxe se estabeleceu no Brasil por influência de 
imigrantes europeus que chegaram ao país no fim do século XIX. O problema inicial foi a 
aceitação da modalidade no país. 
O boxe era visto como prática de marginais, e mesmo com o crescente número de 
praticantes, as lutas não eram legalizadas. Isso só aconteceu na década de 1920, com o 
esforço de Luis Sucupira e o apoio do então presidente Rodrigues Alves. A partir daí, 
começaram a surgir academias em todo o país, e o esporte foi ganhando projeção. O 
resultado foi que o boxe brasileiro se tornou importante no cenário mundial e produziu 
alguns campeões mundiais. 
O primeiro, e talvez o mais importante de todos, foi Éder Jofre. O pugilista foi 
campeão mundial (pela Associação Americana de Boxe) da categoria peso galo 
derrotando o mexicano Eloy Sanchez em 1960. Dois anos depois, ele unificaria o título da 
categoria vencendo o torneio da União Europeia de Boxe contra o irlandês Jhonny 
Caldwell, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. 
Depois dele, surgiram outros nomes. Servílio de Oliveira ganhou, em 1968, na 
Cidade do México, a única medalha do Brasil em Jogos Olímpicos 
‐ um bronze na categoria mosca. 
Miguel de Oliveira, na mesma época, também alcançaria sucesso no boxe 
profissional. Foi campeão mundial pela Organização Mundial de Boxe na categoria médio‐
ligeiro, contra o espanhol José Duran. 
Na década de 1980, o Brasil veria seu maior peso‐pesado. Na época em que as 
redes abertas de televisão transmitiam lutas ao vivo, Adílson José Rodrigues, o Maguila, 
foi campeão brasileiro e saiu do país para tentar o título mundial. Suas chances 
acabaram, porém, ao perder para Evander Holyfield, que depois conquistaria o cinturão. 
Já no fim da década de 1990, outro fenômeno surgiu para igualar os feitos de Éder 
Jofre. O baiano Acelino de Freitas, conhecido como Popó, conquistou o título dos 
superpenas da Organização Mundial de Boxe contra o russo Anatoly Alexandrov. Popó 
conquistaria o cinturão da Associação Mundial de Boxe (unificando, assim, seu título) em 
luta contra o cubano Joel Casamayor. Em 2004, tentou, e conseguiu ‐ o título do peso 
leve, ao vencer Artur Gregorian, do Uzbequistão. 
 
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Outro baiano, Valdemir Pereira, conhecido como 
Sertão, conquistaria um título mundial. Sertão venceu o 
cinturão da Federação Internacional de Boxe na 
categoria pena em janeiro de 2006. 
Pan‐americano 
O boxe é disputado em Jogos Pan‐ Americanos 
desde sua edição de estreia, em 1951, na Argentina. 
Desde então, o Brasil tem obtido um bom desempenho 
na competição, tendo conquistado medalhas em todas as 
demais ocasiões. 
 
São 52 medalhas no total, sendo sete de ouro, 17 de prata e 28 de bronze. 
No Pan do Rio de Janeiro o brasileiro Pedro Lima quebrou um jejum de 44 anos e 
conquistou uma medalha de ouro para o Brasil na categoria meio‐médio. Desde o Pan de São 
Paulo, em 1963, o Brasil não conquistava uma medalha de ouro na modalidade em Jogos Pan‐
americanos. No Rio de Janeiro o boxe brasileiro conquistou oito medalhas, sendo uma de ouro, 
uma de prata e seis de bronze. 
 
Muay Thai 
 
Muay Thai ou Boxe Tailandês é uma das artes marciais mais antigas de que se tem notícia. 
Sua origem está extremamente ligada à Tailândia, estando a história dessa arte muitas vezes 
misturada com a própria história da Tailândia. O 
muaythai é tão popular por lá, que é considerado o 
―futebol‖ dos tailandeses. 
As raízes são ainda tão fortes que, pelo mundo 
todo, a arte é também conhecida como thai boxing e, aqui 
no Brasil, como boxe tailandês. Mas o muaythai vai 
muito além dos golpes de boxe ‐ a arte é famosa por 
utilizar o que os praticantes chamam de ―as oito armas‖, que 
incluem os dois pés, os dois joelhos, os dois cotovelos e os 
dois punhos. 
 
A história do Boxe Tailandês está ligada 
 
‐ migração, nos séculos XII e XIII da nossa época, das tribos Thai (cuja tradução é "Livres"), 
das Províncias de Jiangxi, Sichuan e Hubel, no sul da China, para região que hoje é a Tailândia. 
A maioria dos autores concorda que Muay Thai teve sua origem no Kung Fu chinês; o que não o 
desmerece nem diminui sua fama no panorama das artes marciais. O Kung Fu chinês provém de 
uma cultura ancestral e tem seu registro histórico datado de 2.674 antes de Cristo. 
Depois da Tailândia, a Holanda é considerada o celeiro do muaythai. Aliás, os lutadores 
holandeses têm se destacado mais do que os tailandeses em categorias acima de 70 kg. Já nas 
categorias abaixo de 70 kg, os tailandeses levam a melhor. 
Como técnica básica o Muay Thai é uma técnica de luta de contato muito eficiente em 
função de sua prática ser o mais próximo do combate real possível. Durante os treinos, o 
praticante não aprende só a dar golpes como também a recebê‐los. 
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O Muay Thai é uma técnica eficiente porque é dinâmica, durante sua prática a defesa de um 
golpe é um novo ataque ou uma defesa seguida de um ataque seguidamente. O praticante de 
Muay Thai visa o nocaute e não marcar pontos. 
Outra importante característica do muaythai é o acompanhamento musical (ram muay), além 
do ritual executado pelos lutadores antes do início da luta. Em competições oficiais, a luta é 
acompanhada por uma orquestra detambores e flautas que seguem, geralmente, até o segundo 
ou o terceiro round. 
Já a mais forte tradição tailandesa mantida é o Wai Kru. Trata‐se de um ritual praticado 
pelos lutadores pouco antes do combate ter início. Inicialmente o lutador cumprimenta o público 
presente, fazendo uma reverência com as mãos. Em seguida o lutador saúda o seu técnico e 
inicia uma série de movimentos que assemelham‐se a uma dança, buscando a sua concentração. 
Após o término do ritual, o lutador aproxima‐se de seu técnico para receber as últimas 
orientações antes da luta, retira o mongkon (testeira feita de corda trançada e usada pelo lutador 
durante o ritual) e aguarda o início da luta. 
 
 
 
 
 
 
 
Praciat 
Os lutadores de muaythai costumam usar também uma corda trançada que é colocada em 
um ou nos dois braços. Ao contrário do mongkon, o praciat não é retirado após o ritual. Seu 
objetivo é dar proteção ao lutador. 
Um dos pontos fracos da grande maioria de lutadores de muaythai é não estar preparado 
para a luta no chão. Por isso, muitos deles treinam também o jiu‐jitsu, com o intuito de aprimorar 
as técnicas de chão. 
Os golpes são dados sequencialmente e não isolados. 
 
Quando o Muay Thai se tornou uma forma esportiva de luta, ele englobou técnicas de boxe 
ocidental (boxe inglês) ao seu arsenal de técnicas devastadoras. Eis algumas técnicas básicas. 
 
Golpes 
 
 JAB, DIREITO: Jab é um soco lançado com a mão da frente tendo como o alvo o queixo do 
oponente. O direto é lançado com a mão detrás tendo como o alvo o queixo também. 
 CRUZADO: O cruzado é um golpe que cruza a linha frontal da guarda do oponente. É executado 
a média distância. 
 UPPER: O upper é um golpe que é executado de baixo para cima, tendo como alvo o queixo do 
oponente. É executado a média distância. 
 COTOVELADAS: As cotoveladas são golpes impulsionados pelos quadris utilizando as pontas 
dos cotovelos como armas. Podem ser lançados de todas as direções possíveis. 
 CHUTE FRONTAL: O chute frontal é um golpe que tem por função parar o ataque de um 
adversário ou de preparação para um segundo golpe. 
 
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 CHUTE CIRCULAR: Esta é uma das técnicas de chute mais usadas no boxe tailandês. Utiliza se 
da tíbia (canela) para golpear o adversário com força. Este é chamado de o "rei de todos os 
chutes". 
 JOELHADAS: Nenhuma outra modalidade de luta asiática utiliza os joelhos com tanta eficiência 
como o Muay Thai. As joelhadas podem ser aplicadas em clinche ou não, em diferentes partes do 
corpo. 
‐ kao dode: o lutador pula para cima com um pé e dá o golpe certeiro com o joelho dessa 
mesma perna. 
‐ kao loi: o lutador pula para o lado com um pé e dá o golpe certeiro com o joelho dessa 
mesma perna. 
‐ kao tom: o lutador dá uma joelhada para cima em linha reta, acertando o adversário. 
‐ GUARDA: As mãos devem ficar mais ou menos na altura das sobrancelhas, fechadas ou semi‐ 
fechadas. Os cotovelos devem ficar quase encostados no corpo. As pernas ficam ligeiramente 
flexionadas e o pés não devem nunca ficar na mesma direção, ou seja, em linha reta. Os pés 
devem também ficar mais ou menos na largura dos ombros. 
O queixo deve ficar quase encostado no peito, para ficar protegido. Um bom lutador de 
muaythai deve procurar ―calejar‖ as suas canelas, já que elas servem tanto para aplicar um golpe 
(chute de canela) ou para a defesa. Para isso, existem técnicas de ―calejamento‖ que incluem 
chutes em pneus, esfregar garrafas nas canelas e por último, quebrar tacos de beisebol e cabos 
de vassoura com a canela. 
No muaythai amador, cada luta possui 4 rounds com duração de 2 minutos de combate. Já 
no profissional, as lutas possuem 5 rounds de 3 minutos de combate. Tanto no amador como no 
profissional, a recuperação entre um round e outro é de apenas 1 minuto. 
A cobra naja é o símbolo que representa o muaythai. De acordo com os ancestrais da luta, a 
naja é o único réptil capaz de representar um lutador de muaythai, já que ela possui o bote veloz 
e preciso como os golpes de muaythai, além de um excelente reflexo instintivo. 
Taekwondo 
Existe muita divergência quanto à criação do taekwondo. Sabe‐se que a modalidade nasceu 
na Coréia do Sul, mas há indícios de que chineses praticavam a arte antes deles. A história mais 
aceita, porém, é a de que ela realmente teria surgido entre os 
sul‐coreanos há aproximadamente 2 mil anos. 
A luta com os punhos e os pés seria uma forma de 
defesa para um grupo chamado de ―Silla‖, que impedia a 
entrada de inimigos dentro de seu próprio reino. Com o 
passar do tempo, a modalidade foi sofrendo algumas 
mudanças pontuais. 
No século XIX, quando a Coréia foi invadida pela 
China, o so‐back‐do (como era chamada a luta) sofreu 
influência do kung‐fu e passou a ser denominada tang‐soo‐ du. 
Posteriormente, a Coréia seria novamente invadida, dessa vez pelos japoneses, durante a 
Segunda Guerra Mundial. Nesse período, a prática de artes marciais foi proibida em solo 
coreano. 
Só que a limitação não acabou com a luta, e assim que os japoneses deixaram o país, a 
arte marcial voltou a ser praticada. Foi aí que surgiu o taekwondo dos moldes atuais, com a 
criação de regras pelo general Choi Hong Hi. 
 
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Aos poucos, então, a modalidade foi se espalhando pelo mundo. Primeiramente nos 
Estados Unidos; na sequência, pelo restante da Ásia e Europa. Em 1966, foi fundada a 
Federação Internacional de Taekwondo (FIT). 
A entrada do esporte no programa dos Jogos Olímpicos aconteceu em 1988, em Seul, na 
Coréia do Sul, ainda na condição de exibição. A primeira vez em que as medalhas entraram em 
disputa foi em 2000, em Sydney, na Austrália. 
 
Regras 
O objetivo do taekwondo, praticado tanto por 
homens quanto por mulheres, é simples: tentar acertar o 
corpo do adversário o maior número de vezes. Os golpes 
podem ser desferidos com os punhos (socos) ou com as 
pernas (chutes). Os socos podem ser dados apenas no 
peito do adversário, enquanto o chute pode acertar 
qualquer parte protegida do corpo do oponente acima da 
cintura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local 
 
O taekwondo normalmente é praticado em 
ginásios fechados sobre um tatame, que é uma 
superfície feita de material sintético com área de 
12m². As únicas demarcações que existem dentro do 
referido espaço são dois traços coloridos, que indicam 
onde os atletas devem se posicionar no início do 
combate. 
Cada luta tem três assaltos, com duração de três 
minutos cada, e um atleta pode vencer o combate de 
três formas: por nocaute (mesma regra do boxe, ou seja, uma contagem até dez aberta quando 
um atleta cai no chão), por pontos (se não houver nocaute, os pontos são contados no fim da luta, 
e o que tiver mais vence) e desclassificação (quando um atleta é eliminado por conduta 
antidesportiva). Caso o atleta acerte partes proibidas do corpo do adversário, ele poderá ser 
desclassificado pelo árbitro do combate. 
Os pontos contam de maneira diferente, de acordo com a região acertada pelo lutador. Um 
acerto no protetor de tórax vale um ponto, enquanto na cabeça vale dois. 
Assim como acontece em outros tipos de artes marciais, os atletas do taekwondo são 
divididos de acordo com seu peso. Existem diferenças, porém, entre as categorias utilizadas para 
ordenar as competições internacionais (oito) e aquelas utilizadas nas Olimpíadas (quatro ‐ veja 
tabela completa). 
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Táticas 
 
Ao contrário do judô, por exemplo, o taekwondo é uma arte marcial mais simples, com 
menos variações de golpes. Os mais básicos são os socos e os chutes, que, desferidos no local 
certo, rendempontos ao lutador. 
Para que o atleta absorva melhor a característica dos golpes, eles treinam movimentos 
predeterminados contra adversários imaginários. Essa prática é comum em outras artes marciais, 
como o judô e o caratê. A diferença é a denominação que cada uma recebe. No taekwondo, o 
nome é poom‐se, enquanto no caratê e no judô o nome é kata. 
 
Equipamentos 
 Para lutar, o atleta de taekwondo precisa de um equipamento básico: o dobok, que é a 
vestimenta utilizada, similar ao quimono de judô e de caratê. Além disso, deve trajar protetores de 
tórax e cabeça (feitos de borracha, para diminuir o impacto dos choques). Para competições, é 
preciso usar proteção genital e para o antebraço. 
 
Taekwondo no Brasil 
O início do taekwondo no Brasil data de 1970, quando o mestre sul‐coreano Sang Min Cho 
começou a ministrar aulas da modalidade no bairro da Liberdade, tradicional reduto oriental de 
São Paulo. Ao mesmo tempo, o esporte começava a despontar em outros locais, como na Bahia 
e no Rio de Janeiro. 
O resultado foi a organização do primeiro campeonato brasileiro, em 1973. A criação da 
Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd) aconteceria mais de uma década depois, em 
1987. 
O Brasil conquistou sua primeira medalha nos Jogos Pan‐
americanos de 1987. Gilberto Medeiros conquistou a medalha de 
bronze na categoria pesada. 
Em Jogos Olímpicos, a primeira participação do país na 
modalidade aconteceu logo que o esporte passou a valer 
medalhas: no ano 2000, em Sydney, na Austrália. O Brasil, 
entretanto, só obteria algum resultado de destaque quatro anos mais 
tarde, em Atenas, na Grécia. A médio‐ligeiro Natália Falavigna e o 
peso pena Diogo Silva ficaram na quarta posição de suas 
respectivas categorias. 
Em 2005, Falavigna ainda conquistaria seu principal título na carreira. Na categoria até 
72 kg, ela sagrou‐se campeã mundial de taekwondo, tornando‐se, assim, o principal nome da 
história do esporte no país. Depois disso, Falavigna ainda conquistou a medalha de bronze nos 
Jogos de Pequim na categoria até 69 kg ‐ primeira medalha olímpica do taekwondo brasileiro. 
No Pan do Rio de Janeiro 2007, o taekwondo brasileiro conquistou quatro medalhas, 
sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze. O país com mais medalhas em 
Campeonatos Mundiais em todos os tempos é, disparado, a Coréia do Sul, que liderou todos os 
quadros gerais de medalhas até hoje, tanto entre as mulheres quanto entre os homens. 
 
Capoeira 
 
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A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura 
luta, dança, cultura popular, música esportes, artes marciais e talvez até 
brincadeira. Uma característica que a distingue da maioria das outras 
artes marciais é o fato de ser acompanhada por música. 
A música é fundamental na capoeira e é ela que define o 
estilo do ―jogo‖. Sim, isso mesmo. Capoeira não se ―luta‖, capoeira se 
―joga‖. Os movimentos podem ser lentos ou rápidos, de ataque ou 
defesa, mas estão sempre sendo realizados no ritmo da música, que é 
tocada pelos próprios capoeiristas. 
Acredita‐se que a palavra capoeira seja originária do tupi e 
refere‐se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. As teorias indígenas apontam tanto o tupi 
quanto o guarani nos termos kapwera ou tupwera, relacionando‐a à vegetação devastada pela 
prática. 
A capoeira é a junção de várias etnias do povo africano que foram trazidos para o 
Brasil para trabalharem como escravos. Porém, são os negros nascidos no Brasil, os 
responsáveis pelo aperfeiçoamento da luta que passou a chamar‐se ―capoeira‖, é caracterizada 
por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, 
cotovelos, elementos ginástico‐ acrobáticos e golpes desferidos com bastões e facões, estes 
últimos provenientes do Maculelê. 
Juramento e Saudação 
De acordo com o Código Desportivo Internacional da 
Capoeira, criado pela Federação Internacional, antes do início de 
um jogo, um atleta previamente escolhido pelos organizadores do 
evento deve proferir o ―juramento da capoeira‖, que diz o seguinte: 
‐ Eu juro competir com lealdade, respeitar os demais 
jogadores, as tradições e os fundamentos do jogo, para a 
salvaguarda da cultura e a glória do desporto internacional. 
Em seguida o atleta leva a mão direita ao peito e fala: ―Salve a capoeira‖. Esse gesto é 
repetido pelos demais participantes, com a palavra: ―Salve‖. 
Capoeira no Brasil 
O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos 
enviados através do Oceano Atlântico, por Portugal. Eles trouxeram com eles as suas tradições 
culturais, religião e a capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil, como forma 
de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus 
escravizadores. 
Geralmente era praticada nas capoeiras e, à noite, nas senzalas onde os escravos ficavam 
acorrentados pelos braços. Praticava‐se capoeira nos quilombos principalmente em palmares, há 
registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX em Pernambuco, Rio de Janeiro e 
Salvador, ela por anos ela foi proibida e reprimida. 
 
Repressão 
O caminho até os dias atuais foi longo e penoso para os amantes dessa arte. No início, era 
tida como sinônimo de malandragem, sofrendo forte discriminação durante séculos. 
Muitos praticantes passaram a andar em bandos e a provocar arruaças nas grandes 
cidades. Sua prática então, foi proibida no país. 
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Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas 
chibatadas e eram enviados para a ilha das cobras para realizar trabalhos forçados durante três 
meses. 
Extinta no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e 
no Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como o 
passo. 
Decretado por Marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de 
outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado1 para a Ilha de Fernando de 
Noronha por um período de dois a seis meses de prisão. 
 
Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira, a 
‐ Aquele que foi banido ou está ausente da pátria; exilado alguma banda ou Malta, aos 
chefes impor‐se‐á a pena em dobro. 
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou 
proibida por lei (1890‐1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das 
calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada 
capoeirista. 
Apenas na década de 1930 é que a capoeira foi liberada. Naquela época o que se praticava 
já era uma variação da capoeira, que já estava muito mais para esporte do que para uma 
manifestação cultural. 
Em 1932, o Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil, em Salvador. 
Mestre Bimba criou o que ficou conhecido como estilo regional, em referência à Capoeira 
Regional Baiana. Já em 1941 foi fundado o Centro Esportivo de Capoeira de Angola, pelo 
Mestre Pastinha. 
Mestre Bimba e Mestre Pastinha tiveram uma participação fundamental na história da 
capoeira. Ambos criaram e desenvolveram a prática de dois diferentes estilos de capoeira, 
disseminando a arte nas suas mais diversas formas pelo Brasil. 
Atualmente a capoeira é praticada no Brasil inteiro, por todas as faixas etárias e pelas mais 
diferentes classes sociais. 
Capoeira Fora do Brasil 
Artur Emídio foi provavelmente o primeiro capoeirista a executar uma performance no 
exterior; " nos anos 1950 e 60. Na Europa a partir de 1970 com o mestre camisa Roxa. 
E logo depois, em 1971, a capoeira é ensinada na Europa (Nestor Capoeirano "London 
School of Contemporary Dance"); e, em 1975, nos Estados Unidos (Jelon Vieira e Loremil, em 
Nova Iorque). Hoje em dia, estimamos uns 1.000 professores de capoeira na Europa; outros 
1.000 nos Estados Unidos e Canadá; uns 500 espalhados por todos os outros continentes; e uns 
25.000 professores de capoeira no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estilos de Capoeira 
Angola 
 
A Angola é o estilo mais próximo de como os negros 
escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, 
porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, 
como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira, que em sua 
raiz está ligada aos rituais afro‐brasileiros, caracterizado pelo 
Candomblé, sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada, e o 
correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de 08 instrumentos. 
Vicente Ferreira Pastinha (1889‐1982) ‐ Mestre Pastinha, Grande defensor da preservação 
da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira 
Angola (CECA). 
Ele estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o 
primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica. 
Foi com o Mestre Pastinha que foram instituídas as cores amarelo e preto para o uniforme 
dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um 
atabaque, um reco‐reco e um agogô. 
Designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o 
Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, 
independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil 
de "Negros de Angola―. 
comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não 
perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao 
xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Durante uma 
roda, quem está assistindo não participa do coro. É considerado muito 
mais uma dança do que uma luta. 
Em 1930, Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira, que 
auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira. 
Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada 
oficialmente, em Salvador, com o nome de "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da 
Bahia", por isso, Bimba chamou sua capoeira de "Luta regional baiana", de onde surgiu o nome 
regional. 
Foi criado com o intuito de ser mais forte como luta. 
Incorporado golpes traumáticos e desequilibrantes principalmente do batuque 
Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a 
ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do 
presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional." 
Os movimentos da capoeira regional são mais rápidos e o jogo é considerado como uma 
modalidade esportiva. Os alunos, que usam abadás (calça e camiseta brancas), são batizados 
por mestres. Os capoeiristas regionais passam por oito cordões de acordo com sua graduação e 
nível técnico. Na roda, os assistentes podem bater palmas e também participam do coro. 
 
 
 
 
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Regional 
 
A capoeira regional foi criada por Manuel dos Reis Machado, (Mestre Bimba ‐ 1900‐ 1974). 
Capoeira Contemporânea 
Foi criada na década de 1970 por rapazes do Rio de Janeiro que certa vez viram um 
capoeirista brigando numa festa e ficaram fascinados. Tentaram então aprender a arte na 
periferia carioca, único lugar onde poderiam encontrar capoeiristas, porém não foram aceitos por 
serem de classe média. Decidiram, então, uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um 
começou a treinar com um mestre diferente. 
Decidiram, então, uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um começou a treinar com 
um mestre diferente. Na volta passavam os conhecimentos adquiridos uns para os outros e 
criaram um novo estilo conhecido como Contemporâneo. Os rapazes montaram um grupo com 
nome de Senzala e participaram de um campeonato com vários capoeiristas, vencendo‐o. 
Sistema Oficial de Graduação da Confederação Brasileira de Capoeira Regional 
A‐ GRADUAÇÃO INFANTIL (ATÉ 14 ANOS) 
1º Iniciante: sem corda ou sem cordão 
2º Batizado infantil: cinza claro e verde 
3º Graduado infantil: cinza claro e amarelo 
4º Graduado infantil: cinza claro e azul 
5º Intermediário infantil: cinza claro, verde e amarelo 
6º Avançado infantil: cinza claro, verde e azul 
7º Estagiário infantil: cinza claro, amarelo e azul 
8º Formado infantil: cinza claro, verde, amarelo e azul 
B‐ GRADUAÇÃO ADULTA (A PARTIR DE 14 ANOS) 
9º Iniciante: sem corda ou cordão 
10º Batizado: verde 
11º Graduado: amarelo 
12º Graduado: azul 
13º Intermediário: verde e amarelo 
14º Avançado: verde e azul 
15º Estagiário: amarelo e azul 
C‐ DOCENTE DE CAPOEIRA 
16º estágio ‐ Formado: verde, amarelo e azul 
17º estágio ‐ Monitor: verde e branco 
18º estágio ‐ Professor: amarelo e branco 
19º estágio ‐ Contra‐mestre: azul e branco 
20º estágio ‐ Mestre: branco 
Obs.: Após a 8º graduação o aluno formado infantil passa para a 10º graduação que é a primeira 
corda adulta, corda verde, em alguns casos (dependendo de seu desempenho) pode pegar a 11º 
que é a corda amarela, segunda corda adulta. 
 
Para a Confederação Brasileira de Capoeira, um capoeirista alcança o 12º estágio, 
considerado o máximo. Neste estágio ele é considerado um Mestre e usa um cordão branco. 
Música 
A Capoeira é a única modalidade de luta marcial que se faz acompanhada por instrumentos 
musicais. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo‐os acreditar que os 
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escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade também estavam treinando golpes 
para se defenderem. 
Roda de Capoeira. 
Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A roda de 
capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a capoeira. Os instrumentos são tocados 
numa linha chamada bateria. A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de 
pernas no ritmo do toque que lembra uma dança. 
Instrumentos 
Berimbau 
 
Instrumento cordofono, é o principal instrumento da capoeira. Pode até 
acompanhar sozinho o jogo. É um arco feito de madeira específica, ligado pelas 
extremidades por um fio de aço. Na ponta inferior do arco está amarrada uma cabaça 
ou cuia bem seca que funciona como aparelho de ressonância, aplicada contra o 
ventre nú do tocador. 
 
 
Tipos de Berimbau 
‐ Gunga (mais grave): tem o som mais grave e que faz a marcação do toque, tem uma 
cabaça maior; 
‐ Médio (médio): tem um som regulado entre o grave do Gunga e o agudo do Viola, tem 
uma afinação mediana que permite ao tocador executar a melodia fazendo o solo da música. 
‐ Viola (mais agudo): cabaça pequena e bem raspada por dentro para ficar bem fina, tem 
um som agudo e faz apenas o papel de executar as viradas dentro da melodia. 
Vaqueta 
É uma vareta de madeira de aproximadamente 40 cm, com uma extremidade um pouco 
mais grossa. Normalmente, é feita de biriba ou bambu. 
Caxixi 
‐ um instrumento em forma de pequena cesta de vime com alça, usado como 
chocalho pelo tocador de berimbau, que segura a peça com a mão direita, juntamente com a 
vaqueta, executando o toque e marcando o ritmo. 
Dobrão 
Usado para auxiliar as variações de toques do 
berimbau, geralmente é uma pedra, mas também utilizam moeda. 
Pandeiro 
 
‐ instrumento de percussão, composto de um aro 
circular de madeira, guarnecido de soalhos e sobre o qual se estica 
uma pele, de preferencia de cabra ou bode. Se tange batendo o 
compasso da dança com a mão. Acompanhao canto pela marcação do compasso. 
Atabaque 
De origem africana, são tambores primários, cobertos com pele de animal, distendida em 
uma estrutura de madeira com formato de cone vazado na extremidade superior. São utilizados 
para marcar com as mãos o ritmo da dança. 
Agogô 
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Instrumento de percussão de origem africana é formado por duas 
campânulas de ferro, que são percutidas com uma vareta do mesmo metal, 
produzindo dois sons, um de cada campânula. O nome 
‐ da lingua gegenagô. É também usado nos candomblés, baterias de escola 
de samba, maracatu, conjuntos musicais e grupos folclóricos. 
 
Toques da Capoeira 
Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, 
são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados: 
 
1‐ TOQUE DE ANGOLA: É o toque específico do jogo de Angola. É um toque lento, cadenciado, 
bem batido no atabaque, tem um sentido triste. É feito para o jogo de dentro, jogo baixo, perigoso, 
rente ao chão, bem devagar. 
2‐ ANGOLINHA: É uma variação pouco mais rápida do toque de angola, serve para aumentar o 
ritmo quando vai mudar o jogo. 
3‐ SÃO BENTO PEQUENO: É o toque para jogo solto, ligeiro, ágil, 
jogo de exibição técnica. Também conhecida como ANGOLA 
INVERTIDA. 
4‐ SÃO BENTO GRANDE: É o toque mais original da capoeira 
Regional. É muito usado em apresentações públicas, rodas de 
rua, batizados e outros eventos e também nas rodas técnicas das 
academias para testar o nível de agilidade dos alunos. 
5‐ TOQUE DE IÚNA: É usado apenas para o jogo dos mestres. Neste toque, aluno é platéia, não 
joga nem bate palmas, jogam apenas os mestres e contra‐ mestres e algum instrutor, professor 
ou aluno graduado se, por ventura, seu mestre autorizar e lhe ceder a vez de jogar. No toque de 
Iúna não há canto. 
6 ‐ AMAZONAS: É o toque festivo, usado para saudar mestres visitantes de outros lugares e seus 
respectivos alunos. É usado em batizados e encontros. 
7 ‐ SANTA MARIA: É o toque usado quando o jogador coloca a navalha no pé ou na mão. 
Estimula o jogo, mas não incentiva a violência. 
8 ‐ CAVALARIA: É o toque de alerta máximo ao capoeirista. É usado para avisar o perigo no jogo, 
a violência e a discórdia na roda. Na época da escravidão, era usada para avisar aos negros 
capoeiras da chegada do feitor e na República, quando a capoeira foi proibida, os capoeiristas 
usavam a "cavalaria" para chegar da chegada da polícia montada, ou seja, da cavalaria. 
 
9 ‐ BENGUELA: É o mais lento toque de capoeira regional, usado para acalmar os ânimos dos 
jogadores quando o combate aperta. 
10 ‐ SÃO BENTO GRANDE DE BIMBA: Como o nome já diz, é o toque de Bimba, pois é um tipo 
de variação diferente que mestre Bimba criou em cima do toque original de São Bento Grande. É 
o hino da Capoeira Regional Baiana. 
11 ‐ SAMBA DE RODA: É o toque original da roda de samba, geralmente feita depois da roda de 
capoeira, para descansar e descontrair o ambiente. É no Samba de Roda que o capoeira mostra 
que é bom de samba, bom de cintura e bom de olho em sua companheira. 
12 ‐ IDALINA: É um toque lento, mas de batida forte, que também é usado para o jogo de faca ou 
facão. 
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Na capoeira, Camará é uma expressão para companheiro, camarada. 
Movimentos da capoeira. 
 Embora os nomes dos golpes de capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos 
principais são: 
A ginga 
A ginga é o movimento básico da capoeira. E um movimento de pernas, no ritmo do toque, 
que lembra uma dança. A movimentação de pés do capoeira, durante a ginga, segue o traçado 
de um triângulo imaginário no chão. 
 
Golpes de Ataque 
Armada 
 
A armada é um movimento de capoeira que pode ser 
aplicado pulando com as duas pernas ou apenas com 
uma. É uma pernada giratória, aplicada com o tronco 
ereto. O capoeirista, partindo da ginga, executa um giro de todo 
o corpo, aparentemente dando as costas ao adversário. 
Posicionando‐se sobre a perna que se encontra à frente e 
arremessando a outra perna, em um movimento que 
completa o giro do corpo, varre a horizontal, atingindo o 
adversário com a parte lateral externa do pé. 
 
Antes de iniciar a vivência da ginga, forneça aos 
alunos estas dicas: 
A ginga é a movimentação mais importante da capoeira, ela deve acompanhar o ritmo dos 
instrumentos da roda de capoeira; 
Lembre‐se sempre de olhar para o companheiro de jogo, 
nunca tire os olhos dele; 
Os braços e as pernas devem seguir uma certa sequência 
na hora da ginga. Os braços protegerão a parte da frente do 
tronco e a cabeça, enquanto as pernas vão se alternar para as 
diagonais e para frente e para trás, como se fossem um triângulo; 
Lembre‐se sempre de alternar os braços e as pernas 
durante a ginga, ou seja, quando a perna esquerda está apoiada à frente, o braço direito fica à 
frente do corpo e vice‐versa; 
A ginga da capoeira regional é realizada em pé e a ginga da capoeira angola, na posição 
agachada. 
 Queixada 
Pode ser lateral ou frontal. 
Na queixada lateral, a perna de trás da ginga cruza com a da frente fazendo um meio 
círculo. 
Na queixada frontal, a perna de trás da ginga faz um movimento circular de dentro para fora 
visando acetar o rosto do adversário com a parte externa do pé. 
 
 
 
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Meia‐lua de compasso 
É um golpe praticado nas duas modalidades de capoeira. Neste movimento, o capoeirista 
sai da ginga, abaixa‐se até o solo, onde apoia as duas mãos, e desfere um giro com a perna de 
trás, arremessando‐a na altura do tronco ou do rosto do adversário, acertando‐o com o calcanhar. 
Esse giro é executado sobre a perna de base, como se fosse um compasso. Durante todo o 
movimento, a cabeça se encontra entre os braços, os olhos atentos ao adversário. 
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Meia lua de compasso.htm. 
Cabeçada 
Golpe de ataque da capoeira regional e da angola. Em uma posição semelhante à da 
esquiva, o capoeirista projeta o tronco para frente, sobre uma perna flexionada servindo como 
base, busca atingir o adversário com a cabeça, sempre protegendo o rosto e a nuca com os 
braços. No caso da cabeçada rasteira, não se protege o rosto e a nuca, pois as mãos estão no 
chão. 
 
 
 
 
 
Fonte: 
http://companero.tr.gg/Capoeira_Animasyonlar.htm. 
Bênção 
A bênção é um movimento da capoeira que visa acertar o adversário do abdome para cima. 
A perna de trás é esticada para a frente, em linha reta, visando empurrar ou deslocar o 
adversário. 
 
 
 
 
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Bencao.htm. 
Chapa 
Neste golpe, o capoeirista se apoia em um dos pés, lateralmente, e executa uma abertura 
lateral da outra perna, com a qual atinge o adversário, com a sola do pé, lateralmente, na 
horizontal (paralelo ao solo). 
 
 
 
 
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Chapa.htm. 
Chapa de costas 
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Neste movimento, o capoeirista se abaixa até o solo, contando com o apoio das duas mãos 
no solo e, aproveitando‐se do fato de estar de costas para o adversário, estende a perna como 
um "coice", atingindo o oponente com a planta do pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://companero.tr.gg/Capoeira_Animasyonlar.htm. 
Martelo 
O martelo é um golpe em que o capoeirista impulsiona a perna na direção da cabeça do 
adversário. É mais comum na capoeira regional. É um chute lateral, com a ponta ou o peito do pé. 
 
 
 
 
 
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Martelo.htm. 
Golpes de defesa 
Au 
Movimentode deslocamento e fuga, realizado nas duas capoeiras. É um golpe parecido 
com a estrela, só que, na estrela, as pernas ficam estendidas para cima. No au, as pernas ficam 
recolhidas, protegendo o corpo. Pode‐se fazer com as pernas estendidas, mas é mais perigoso, 
pois expõe o corpo para o oponente. 
 
Cocorinha 
Este movimento é característico da capoeira regional. É um movimento de defesa ou 
esquiva. O capoeirista agacha com as pernas paralelas, com um dos braços, vai proteger o rosto, 
colocando o antebraço à frente; o abdome e o 
peitoral serão protegidos com os joelhos. A outra 
mão será utilizada para apoiar no chão, se 
necessário, no caso de desequilíbrio. 
 
 
 
 
 
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Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Cocorinha.htm. 
Negativa 
Movimento de defesa no qual o capoeirista desce sobre uma perna, que flexionará sob o 
peso do corpo, ao abaixar‐se. Com isso, temos o corpo sobre uma perna, apoiado no calcanhar, 
enquanto a ponta do pé (flexionada) firma a base no chão. A outra perna é lançada ao lado ou à 
frente, estendida. Os braços apóiam as mãos ao solo, garantindo ao capoeirista três pontos de 
apoio e uma posição que permite locomoção rápida. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Negativa.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Judô 
 
O judô é uma arte marcial esportiva. Surgiu no 
Japão no ano de 1882, criada pelo professor de Educação 
Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha 
como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além 
de desenvolver o físico, espírito e mente. O significado de 
Judô é ―o caminho da suavidade‖. 
O judô teve uma grande aceitação no Japão, 
espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois 
possui a vantagem de unir técnicas do jiu‐ jitsu (arte 
marcial japonesa) com outras artes marciais orientais. 
Chegou ao Brasil através da imigração japonesa no ano de 1922; pelo professor Mitsuyo 
Maeda. 
Lutas e Regras: 
As Lutas são praticadas em um TATAME de formato quadrado de 14 a 16 metros de lado. A 
área de segurança é o local fora da área de combate em que não é válido nenhum tipo de golpe. 
Cada luta dura 5 minutos, vence quem conquistar o Ippon primeiro. Se até o final não houver um 
vencedor (conseguido realizar o Ippon), ganha quem tiver obtido mais vantagens durante a luta. 
O objetivo da luta de Judô é alcançar o Ippon (chamado ponto completo); Ou seja, quando 
um judoca consegue derrubar e imobilizar o seu adversário com as costas ou os ombros no chão; 
Quando o Ippon é realizado o combate 
se encerra. 
As outras formas de alcançar o Ippon são: 
Wazari; 
Yuko; 
Koka; 
Wazari é o Ippon de forma incompleta, ou seja, quando o judoca consegue derrubar seu 
adversário sem ficar com os dois ombros no tatame; São necessários dois Wazari para conquistar 
a vantagem; Cada dois Wazari custam meio ponto (vantagem) 
Yuko é quando o adversário vai ao solo de lado; Cada Yuko valem um terço do ponto. 
O koka é a pontuação menos importante do judô. Ocorre quando um lutador derruba o 
adversário sobre sua coxa, ombro ou nádegas ou imobiliza‐o de dez a 14 segundos. 
Proibições 
No Judô não é permitido golpes no rosto ou que possam provocar lesões no pescoço 
ou vértebras. Quando acontecem esses tipos de golpes o judoca é penalizado e em reincidência 
chega a ser desclassificado. 
Penalizações 
Shido ‐ Infrações leves de regras. Ele é tratado como um aviso. O primeiro Shido é um 
aviso, o segundo shido é uma pontuação para o adversário que lave um Yuko, o terceiro é um 
Wazari para o adversário. 
Hansoku‐Make ‐ Uma violação de regras séria, resultando na desqualificação do 
competidor. Hansoku‐make também é dado pela acumulação de quatro shidos. 
 
 
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No fim da luta, se a mesma estiver empatada, vence quem tiver menos shidos. 
Se a luta estiver no golden score (devido a empate), o primeiro a receber um shido perde, ou 
o primeiro a fazer um ponto, vence. 
Antes haviam dois níveis de penalização entre o shido e o hansoku‐make: chui, equivalente 
a um yuko e keikoku, equivalente a um wazari. 
Formas de saudação (Hei) 
A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente 
máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos 
companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: tati‐rei ou ritsu‐rei (quando em pé) e 
za‐rei (quando de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia. Efetua‐se as 
seguintes saudações: 
Tachi‐rei ou Ritsu‐rei 
Ao entrar no dojô bem como ao sair; Quando subir no tatami para cumprimentar o professor 
ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá‐lo. 
Za‐rei 
Ao iniciar, bem como ao terminar o treinamento; Em casos especiais, por exemplo, antes e 
depois dos KATA; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá‐lo. 
Graduações: 
Os judocas são classificados em duas graduações: kiu e dan . 
As promoções no judô baseiam‐se em exames que incidem sobre requisitos tais como: 
duração de tempo de treino, idade, caráter moral, execução das técnicas especificadas nos 
regulamentos e comportamento em competições. No caso de promoção de kiu (classificação), 
faixa branca a marrom é outorgada pela associação, no caso de promoção as graduações de 
dan, até 5º dan são realizadas pela banca examinadora da Liga ou Federação Estadual, as 
outras graduações superiores pela Confederação Nacional. 
Os praticantes de judô se classificam em dois grandes grupos ‐ kiú (iniciantes) e dan 
(peritos) ‐, subdivididos, respectivamente, em seis e dez graduações, e identificados por faixas 
coloridas (Obi) que usam na cintura. Para os kiú a ordem de graduação é decrescente e as faixas 
têm cores branca (6°), amarela (4°), verde (3°), roxa ou azul (2°) e marrom (1°). A numeração dos 
dan cresce de acordo com o seu valor: 1° a 5°, faixa‐preta; 6° a 8, vermelha e branca, rajada; 9° e 
10°, faixa vermelha. 
Jigoro Kano, criador do judô, ainda é o único homem a ter alcançado o 13º dan. 
Categorias de Pesos 
Atualmente há sete categorias de peso no masculino – até 60 kg(Ligeiro), até 66 kg, até 73 
kg(Leve), até 81 kg, até 90 kg(Médio), até 100 kg(M. Pesado) e mais de 100 kg(Pesado), e igual 
número no feminino, distinguidas por peso – até 48 kg, até 52 kg(M.Leve), até 57 kg(Leve), até 
63 kg(m. Médio), até 70 kg(Médio), até 78 kg(M. Pesado) e mais de 78 kg(Pesado). Para os 
homens havia a categoria absoluto (sem distinção de peso corporal), mas esta foi retirada depois 
dos Jogos de 1984, em Los Angeles. 
 
 
 
 
 
 
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Técnicas 
Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a 
técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam‐se em: 
 
 Técnica Descrição 
1. Nage‐Waza técnicas de arremesso 
2. Tachi‐Waza técnicas em pé 
3. Te‐Waza técnicas de braço 
4. Koshi‐Waza técnicas de quadril 
5. Ashi‐Waza técnicas de perna 
6. 
Sutemi‐
Waza técnicas de sacrifício 
7. Mae‐sutemi‐ 
técnicas de sacrifício 
para frente 
 Waza 
8. 
Yoko‐
sutemi‐ 
técnicas de sacrifício 
para o lado 
 Waza 
9. 
Katame‐
Waza 
técnicas de domínio no 
solo 
10
. Ossaekomi‐ técnicas de imobilização 
 Waza ou 
 
Ossae‐
Waza 
11
. 
Shime‐
Waza 
técnicas de 
estrangulamento 
12
. Kansetsu‐ 
técnicas de luxação ou 
chave de 
 Waza braço 
13
. Atemi‐Wazatécnicas de ataque nos 
pontos 
 vitais 
Federações e Confederações: 
As competições internacionais de judô são organizadas pela IJF (Federação Internacional 
de Judô), criada em 1952. 
No Brasil, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) organiza os campeonatos nacionais e 
no Maranhão é organizado pela Federação Maranhense de Judô. 
 Curiosidades do Judô: Surgiu no Pan‐americano no ano de 1963, realizado no Brasil na 
cidade de São Paulo. O Brasil é uma força do Judô nas Américas. Sempre conquistou medalhas 
em sua participação nos jogos Pan‐americanos. 
O judô começou a fazer parte das olimpíadas em 1964, em Tókio. O Judô é a forma ideal de 
Educação Física e Mental. É considerado como a melhor forma de utilizar o corpo e o espírito. 
 
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Aurélio Miguel ganhou duas medalhas em jogos olímpicos. Em 
1988, em Seul, o judoca ficou com o ouro e, em 1996, em Atlanta, ficou 
com bronze. 
O judô feminino é esporte olímpico desde os Jogos Olímpicos de 
Barcelona (1992). 
Nas Olimpíadas de Londres 2012 o Brasil teve uma ótima participação no judô. A judoca 
Sarah Menezes conquistou medalha de ouro. O país também ganhou três medalhas de bronze 
com Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva. 
 
Jiu‐Jitsu 
 
O jiu jitsu ou jiu jítsu (em japonês jū, "suavidade", "brandura", e jutsu, "arte", "técnica") é uma 
arte marcial japonesa, porém de origem indiana, que utiliza alavancas e pressões para derrubar, 
dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos. 
No Japão, o termo judô foi usado para se diferenciar do antigo ju jitsu, quando Jigoro Kano 
desenvolveu um método pedagógico reunindo as técnicas do ju jitsu. Os ideogramas Kanji 
japoneses de Ju jitsu, podem receber diferentes pronúncias. O ideograma "jiu" de jiu jitsu e "ju" de 
judô, são na verdade o mesmo. 
A sua definição, em japonês, procura explicar um pouco sobre a mais antiga das artes 
marciais. No jiu‐jitsu tudo pode acontecer, e por isso ele é um dos esportes mais intrigantes que 
existem. Essa é uma das poucas lutas onde os mais fracos têm possibilidade de derrotar os mais 
fortes, bastando para tal, aplicar a técnica e o golpe correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os primeiros indícios do jiu‐jitsu surgiram na Índia, antes mesmo do nascimento de Jesus 
Cristo. Naquela época os monges indianos eram proibidos (de acordo com a sua religião) de 
utilizar armas, porém, durante as suas longas caminhadas, eram constantemente atacados por 
bandidos das tribos mongóis do norte da Ásia. 
Já que não podiam defender‐se com armas, os monges criaram um método de defesa 
corporal. Como eles conheciam muito bem os pontos vitais do corpo, desenvolveram um tipo de 
defesa baseada nesses pontos. Sua técnica baseava‐se no sistema de articulação do corpo e nos 
princípios do equilíbrio. 
Depois da Índia, o Japão foi o primeiro país a ter praticantes de jiu‐jitsu. Isso se deu em 
função da expansão do budismo, fazendo com que muitos monges migrassem para o Japão. E foi 
lá, no Japão, que o jiu‐jitsu passou a ser conhecido como ―arte suave‖ e tornou‐se popular, sendo 
praticado não mais apenas pelos monges, mas até mesmo por nobres. 
 
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Muitas pessoas também se especializaram nessa arte marcial e tornaram‐se mestres. No 
final do século XIX, alguns mestres do jiu‐ jitsu partiram do Japão para outros lugares e passaram 
a viver do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam. 
No Brasil, o Jiu Jitsu chegou através de Esai Moeda Koma, mais conhecido como Conde 
Koma, foi um desses mestres que deixou o Japão para trás e seguiu em busca de divulgar a arte 
nos quatro cantos do mundo. 
Depois de viajar e lutar em vários países da Europa e da América, Koma chegou ao Brasil 
em 1915, em Belém do Pará. No ano seguinte ele conheceu Gastão Gracie que era pai de 
oito filhos, cinco homens e três mulheres. Logo os dois ficaram muito amigos e Conde Koma 
passou a ensinar o jiu‐ jitsu para o filho mais velho de Gastão – Carlos Gracie. O jiu‐jitsu mudou 
radicalmente a vida de Carlos Gracie. Aos 19 anos ele mudou‐se para o Rio de Janeiro 
juntamente com sua família e tornou‐se lutador profissional e professor de jiu‐jitsu. Durante 
alguns anos, Carlos viajou para São Paulo e Belo Horizonte ministrando cursos e disputando 
lutas. 
Em 1925 ele voltou ao Rio de Janeiro e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu‐Jitsu. Ao 
lado de seus irmãos Oswaldo e Gastão, Carlos assumiu a criação dos menores, George e Hélio, 
que na época estavam com 14 e 12 anos, respectivamente. 
Desde então, Carlos passou a transmitir todos os ensinamentos do jiu‐jitsu para os seus 
irmãos. E as aulas não ficavam apenas na arte marcial. Carlos fazia questão de transmitir sua 
filosofia de vida, que incluía uma alimentação bastante saudável para os padrões da época. 
Carlos chegou até mesmo a criar a Dieta Gracie, cujo princípio básico era reduzir o excesso de 
acidez na alimentação. Juntos eles aprimoraram e desenvolveram novas técnicas do jiu‐ jitsu que 
tornavam a luta possível para o tipo físico de qualquer pessoa ‐ até mesmo para os ―franzinos‖ 
Gracie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hélio e Royce Gracie 
 Ao enfrentar e derrotar adversários 20 e até mesmo 30 quilos mais pesados, os Gracie 
ficaram famosos em todo o Brasil. A luta praticada pelos Gracie era diferente. Os japoneses 
praticavam e davam ênfase às quedas, enquanto que o jiu‐jitsu dos Gracie buscava a luta no 
chão e os golpes de finalização. 
Assim, nasceu o ―jiu‐jitsu dos Gracie‖ que mais tarde tornou‐se o jiu‐jitsu brasileiro, luta e 
arte marcial reverenciada em todo o mundo. Dizem os praticantes que o jiu‐jitsu brasileiro é o 
melhor do mundo, pois a luta inclui muita ginga e jogo de quadril, coisa que poucos povos, além 
dos brasileiros, possuem. 
E foi o jiu‐jitsu brasileiro, por sua vez, que deu origem ao MMA – Mixed Martial Arts. Para 
provar a eficiência do jiu‐jitsu, Hélio Gracie lutou contra oponentes muito mais fortes e pesados do 
que ele e em lutas sem regra alguma (o chamado ―vale‐ tudo‖). As lutas terminavam quase 
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sempre no chão, com a vitória de Hélio, sem que o lutador tenha aplicado qualquer golpe 
traumático, como um chute ou pontapé, as lutas eram finalizadas (o adversário desiste). 
Hélio foi muito feliz em sua estratégia de divulgação do jiu‐jitsu. Rapidamente todos os 
lutadores de Vale‐Tudo passaram a treinar o jiu‐jitsu e se aperfeiçoaram na luta de chão. 
Atualmente não vale tudo no Vale‐Tudo e o esporte é conhecido mundialmente como MMA – 
Mixed Martial Arts, onde quase sempre vence aquele que domina, e muito bem, as técnicas do 
jiu‐jitsu da família Gracie. 
 Algumas diferenças entre o jiu‐jitsu e o MMA são bem perceptíveis. Em uma luta oficial de 
jiu‐ jitsu, por exemplo, os lutadores devem vestir quimonos. Já no MMA os quimonos não são 
necessários. Dizem que o jiu‐jitsu é um MMA sem pancada e com quimono, enquanto que o MMA 
é um jiu‐jitsu sem quimono e com pancada! 
 
Técnicas e golpes de jiu‐jitsu 
Os estudiosos das artes marciais dizem que o jiu‐jitsu é a mais pura aplicação científica em 
uma arte marcial. Aqui, se aplicam literalmente as leis da física, como sistema de alavanca, 
momento de força, equilíbrio, centro de gravidade ‐ tudo isso aliado a um amplo estudo dos 
pontos vitais do corpo humano. 
O praticante de jiu‐jitsu aprende golpes que forçam o seu adversário a desistir da luta, sem 
machucá‐lo. Para tanto, os lutadores de jiu‐jitsu treinam golpes que imobilizam os seus 
oponentes. A ideia básica no jiu‐jitsu é utilizar o peso e a força de seu adversário contra elemesmo. E, um dos pontos que mais o diferem das outras artes marciais está no fato de que, no 
jiu‐jitsu, a grande maioria das finalizações acontece no chão. 
Os golpes de jiu jitsu mais frequentes envolvem as articulações, estrangulamentos, 
imobilizações, torções e alavancas. Os golpes válidos são aqueles que procuram neutralizar, 
imobilizar, estrangular, pressionar, torcer articulações e lançar o adversário ao solo através de 
quedas. Existem, porém, golpes que não são válidos e são considerados desleais no jiu jitsu, 
como morder, puxar cabelo, enfiar os dedos nos olhos, atingir os órgãos genitais ou ainda torcer 
dedos. 
 
Projeção/Queda 
 
Projeção ou queda, é qualquer desequilíbrio do adversário que faça‐o ser projetado ao chão, 
tanto de costas como de lado. Na luta em pé, válido quando o adversário cai na área de 
segurança, desde que o atleta que aplicou o golpe tenha dado início ao mesmo com os dois pés 
dentro da área de combate. 
Ao conseguir a projeção, o atleta que aplicou o golpe recebe 2 pontos. 
Baiana 
 O atleta agarra nas pernas do adversário 
levando‐o ao chão. 
Guarda 
A posição de guarda no jiu‐jitsu é dividida de 
duas formas, a guarda aberta e a guarda fechada. 
Guarda fechada é quando o atleta está por baixo, com 
as costas no chão e prendendo o seu oponente com as 
suas pernas. 
 
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Guarda aberta também é representada pelo lutador com as costas no chão ou sentado, porém o 
seu oponente não está preso entre suas pernas. 
Joelho na barriga 
Ocorre quando o atleta que está por cima do adversário 
coloca o joelho na barriga dele. Nesse momento a outra perna 
deve estar flexionada, com os pés no solo. Além disso, é 
necessário segurar o braço, a gola ou a faixa do adversário, 
dominando‐o completamente. 
 
Montada 
Acontece quando o atleta monta em cima de seu adversário, 
deixando seus joelhos e pés no chão. O adversário poderá estar de 
frente, de lado ou até mesmo de costas. A montada poderá acontecer 
sobre um dos braços do adversário, mas nunca sobre os dois – nesse 
caso não será considerada válida. 
 
Passagem de guarda 
É quando o atleta fica por cima do adversário. Ele pode até mesmo estar entre as pernas do 
adversário, preso ou não. Se ele estiver por cima de apenas uma perna e preso pela outra, é 
considerada ―meia guarda‖. A passagem de guarda propriamente dita ocorre quando o atleta 
toma o lugar do adversário, mantendo‐o dominado e deixando‐o de lado ou de costas para o 
chão. 
Pegada pelas costas 
Ocorre quando o atleta pega seu adversário pelas costas, apoiando os seus calcanhares 
nas coxas do adversário. Para valer ponto, os dois calcanhares devem obrigatoriamente estar 
pressionado a parte interna da coxa do adversário. 
Raspagem 
Ocorre quando o atleta que está por baixo (fazendo 
guarda), consegue prender o seu adversário sobre o controle das 
suas pernas e desequilibra‐o para o lado, invertendo a posição. Só é 
considerado válido como raspagem se o golpe tiver início na 
guarda ou meia guarda, inversões na posição de 100kg ou 
montada, não são consideradas raspagens. 
 
Finalização 
Finalização é o objetivo maior de uma luta de jiu‐jitsu, a 
finalização é quando um atleta consegue fazer com que o outro desista da luta, em geral isso 
ocorre quando o mesmo recebe um golpe de estrangulamento ou de torção tão bem executado 
que acredita que não conseguirá sair. 
A qualquer momento um atleta pode dar os famosos ―três tapinhas‖ no tatame, indicando 
que está desistindo da luta e dando a vitória para o seu oponente. 
Kuatsu ‐ a arte da ressurreição 
Trata‐se de uma técnica ensinada a especialistas para que eles ―ressuscitem‖ seus 
adversários. Essa técnica é passada para muitos militares e policiais que praticam o jiu‐jitsu. 
Dizem que ela foi criada para que os inimigos possam ser ressuscitados e interrogados após 
receberem golpes não fatais, mas que estejam desmaiados. 
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Durante as competições os golpes podem ou não ser aplicados de acordo com a faixa etária 
e/ou graduação do lutador. São eles: bate estaca, chave de bíceps, mão de vaca, triângulo 
puxando a cabeça, chave de pé, chave de joelho (leg‐ lock), cervical, mata leão de frente, 
ezequiel, chave de panturrilha, omoplata, gravata técnica de frente, kanibassami, chave de 
calcanhar, entre outros. 
Para aplicar os golpes, os lutadores precisam de muito treino. Um lutador de jiu‐jitsu precisa 
ser muito rápido, flexível e ágil. Normalmente as aulas têm início com aquecimento, explicação da 
técnica/golpe e, em seguida, os alunos de jiu‐jitsu lutam uns com os outros procurando aprimorar 
o golpe. 
Jiu‐jitsu x Judô 
Enquanto o jiu‐jitsu significa ―técnica suave‖, o judô, por sua vez é considerado o ―caminho 
suave‖ para os japoneses. Ambos tiveram origem na arte de defesa pessoal desenvolvida pelos 
monges. Nenhum dos dois permite golpes traumatizantes e que comprometam a saúde dos 
atletas. E um complementa o outro. O jiu‐jitsu para ser completo precisa aplicar em pé os 
conceitos do judô. Já os judocas, por sua vez, também precisam treinar a técnica de chão e 
imobilização do jiu‐jitsu. 
Regras e competições 
A modalidade de jiu‐jitsu na qual os praticantes lutam contra adversários durante uma 
competição é chamada de jiu‐jitsu desportivo. No jiu‐ jitsu desportivo não se aplicam golpes 
traumáticos, e sim torções, imobilizações, projeções, etc. 
Quem organiza as competições de jiu‐ jitsu em território nacional é a Confederação 
Brasileira de Jiu‐Jitsu, que foi fundada em 1994, por Carlos Gracie Júnior. Em março de 2007 foi 
fundada também a Confederação Brasileira de Jiu‐Jitsu Esportivo. 
Juntas, elas criaram o regulamento de competições que já está bastante consolidado e serve de 
modelo também para competições internacionais. 
Conheça alguns importantes tópicos das regras de jiu‐jitsu: 
 
Área de competição 
 
Também denominada de ringue, a área deve ter entre 64 e 100 m2, sendo que 
obrigatoriamente 36 m2 devem ser de área interna (área de combate). O restante é chamado de 
área de segurança. Os tatames da área de segurança devem ser de cor diferente dos tatames 
da área de combate. 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de graduação 
Branca iniciante, qualquer idade 
Cinza 4 a 6 anos 
Amarela 7 a 15 anos 
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Laranja 10 a 15 anos 
Verde 13 a 15 anos 
Azul 16 anos e acima 
Roxa 16 anos e acima 
Marrom 18 anos e acima 
Preta 19 anos e acima 
Vermelh
a 
e preta 
Vermelh
a 
As faixas branca, cinza, amarela, laranja, verde, azul, roxa e marrom são divididas em 5 
níveis de graduação ‐ faixa lisa e mais 4 graus, sendo de responsabilidade do professor conceder 
esses graus em cada uma dessas faixas. Já a faixa preta é subdividida em sete diferentes níveis 
de graduação: faixa preta lisa e mais 6 graus que são concedidos exclusivamente pela IBJJF 
(International Brazilian Jiu‐ Jitsu Federation). 
Um atleta que é faixa preta só pode requerer a faixa vermelha e preta após 7 anos no 6º 
grau da faixa preta. O mesmo vale para o atleta da faixa vermelha e preta requerer faixa apenas 
vermelha. A faixa vermelha 10º grau é conferida apenas aos pioneiros do jiu‐jitsu: Carlos, 
Oswaldo, George, Gastão e Hélio Gracie ‐ os irmãos Gracie. 
 
Arbitragem e placar 
 Cada combate é conduzido por um árbitro central, que por sua vez é supervisionado por 
uma comissão de arbitragem. De acordo com a técnica e golpe aplicado, o árbitro faz 
determinado gesto que é interpretado pelo mesário, que por sua vez lança a pontuação no placar. 
Não há empate no jiu‐jitsu – toda luta é decidida por desistência, desclassificação,perda dos 
sentidos, pontos ou vantagem. Veja como funciona a pontuação: 
‐ Vantagem: após o término do tempo da luta o árbitro poderá dar uma vantagem para o 
atleta que estiver em posição que vale ponto, ou para o atleta que estiver em uma posição de 
finalização encaixada. 
‐ Ponto: para o atleta receber um ponto, é necessário que ele domine o adversário por 3 
segundos na mesma posição. 
Pontos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipamento 
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Os competidores de jiu‐jitsu devem obrigatoriamente utilizar quimono. Os quimonos podem 
ser de cor preta, azul ou branca e não podem ser misturados, ou seja, a calça tem que ser da 
mesma cor do paletó. A faixa deve ter entre 4 e 5 cm de largura e deve ser amarrada na cintura 
com um nó duplo, impedindo o paletó de ser aberto. 
Não é permitido o uso de camiseta sob o paletó, assim como sapatilhas e protetores de 
orelha. As unhas devem estar curtas. Isso mesmo, antes do início da luta o medidor verifica o 
tamanho do comprimento das unhas dos lutadores assim como o estado da faixa e do quimono, 
que devem estar devidamente limpos. 
Categorias e duração 
das lutas 
 
Categori
a Faixa etária Duração 
Pré 
mirim 4, 5 e 6 anos 2 min 
Mirim 7, 8 e 9 anos 3 min 
Infantil 12 a 14 anos 4 min 
Infanto 15 a 17 anos 5 min 
 
Competições 
 
O Campeonato Brasileiro é o evento mais tradicional da CBJJ, pois engloba todas as 
faixas etárias e graduações. Outro evento bastante consagrado no Brasil é o Campeonato 
Brasileiro em Equipes, no qual cada academia pode inscrever uma equipe com sete atletas, 
sendo cinco titulares e dois reservas. O técnico de cada equipe enumera seus lutadores de 1 a 5 
e na hora do confronto, luta o 1 com o 1, o 2 com o 2 e assim por diante. A academia que obtiver 
três vitórias em cinco confrontos avança na chave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outras competições também são famosas no esporte, como o Campeonato Mundial de Jiu‐
Jitsu, que desde a sua criação, em 95, só não foi realizado no Brasil uma única vez (2007). Além 
do Mundial, outros torneios reúnem grandes lutadores como o Campeonato Europeu, 
Campeonato Asiático, Campeonato Pan‐Americano, além do Campeonato Internacional de 
Masters e Sêniors. 
Curiosidades 
Em 17 de março de 2007 foi criada a Confederação Brasileira de Jiu‐Jitsu Esportivo 
(CBJJE). Entre os objetivos da CBJJE está o lançamento de um projeto que contemple 
competições internacionais, visando os Jogos Olímpicos. 
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Jiu‐jitsu também é para mulheres. As artes 
marciais estão cada vez mais sendo praticadas por 
mulheres e o jiu‐jitsu, não fica atrás. Entre os 
benefícios procurados pelas mulheres estão a defesa 
pessoal e excelente gasto calórico – em uma aula de 
uma hora de jiu‐jitsu uma praticante pode gastar 
entre 750 e 1500 calorias. Algumas brasileiras 
destacam‐se em competições internacionais de jiu‐
jitsu, como Hellen Bastos, faixa roxa tetracampeã brasileira, Ana Maria ―índia‖ Soares, Michelle 
Tavares e Vanessa Porto. 
As categorias de peso para competições de jiu‐jitsu dividem‐se em: galo, pluma, pena, leve, 
médio, meio pesado, pesado, super pesado, pesadíssimo, absoluto. Clique aqui e confira a 
tabela de peso masculina e feminina utilizada pela CBJJE. 
Os lutadores de jiu‐jitsu sofrem diversos preconceitos. Um deles está no fato de serem 
confundidos com os famosos ―pitboys‖ – caras fortes, tatuados e que andam ao lado de seus 
cachorros da raça pitbull e que se dizem lutadores de jiu‐jitsu. De acordo com os lutadores e 
seguidores da filosofia do jiu‐jitsu, os ―pitboys‖ não tem nada a ver com o esporte. "O sujeito 
quando não tem moral, ou não é bem formado mentalmente, faz o que quiser, bate e até mata. 
Isso é uma questão moral e infelizmente não tem como controlar. Uns têm mais educação do 
que outros." Hélio Gracie, sobre os pitboys. 
Recentemente uma tragédia abateu‐se sobre a família Gracie. Ryan Gracie, 33 anos, foi 
encontrado morto em uma cela em uma delegacia de São Paulo, em dezembro de 2007. Ryan 
havia sido preso por tentativa de roubo, porém, como estava bastante agitado, foi medicado na 
própria delegacia por um médico que já havia tratado‐o anteriormente. Desta vez, porém, o 
médico ministrou uma dosagem exagerada que acabou potencializando o efeito das drogas 
como cocaína e maconha, encontradas no sangue do lutador em exame toxicológico realizado 
posteriormente. Ryan Gracie era bisneto de Gastão Gracie e filho de Carlos Robson Gracie. 
Ryan foi campeão de cinco Prides, um pan‐americano e uma etapa do brasileiro de jiu‐jitsu. 
O Brasil é um celeiro de grandes atletas de jiu‐jitsu. Entre os destaques podemos citar os 
campeões mundiais, Roger Gracie, Ronaldo Jacaré e Marcelo Garcia. 
Além da tradição de praticar artes marciais, os Gracie seguem à risca outras duas: ter 
muitos filhos e batizá‐los com nomes que iniciam com as letras R ou S. Carlos Gracie teve 21 
filhos e Hélio Gracie teve nove filhos. Robson Gracie, filho de Carlos, tem 11 filhos enquanto que 
Rórion Gracie, filho de Hélio tem sete. Royler Gracie, um dos nove filhos de Hélio, tem quatro 
filhas que possuem a letra R nas iniciais de seus nomes: Rainá, Raísa, Rauane e Rarine. 
Atualmente, existem 147 descendentes dos Gracie. 
 
 
 
 
 
 
 
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MMA 
Hoje, no mundo das lutas, destacamos uma que nos últimos anos vem ganhando destaque 
no mundo e também no Brasil, o MMA. MMA é a sigla para Mixed Martial Arts, ou em português, 
artes marciais mistas. MMA são artes marciais que incluem golpes de luta em pé e técnicas de 
luta no chão. As artes marciais mistas podem ser 
praticadas como um esporte de contato de maneira 
regular ou em torneios, em que dois concorrentes tentam 
derrotar um ao outro. 
As artes marciais mistas utilizam uma grande 
escala de técnicas permitidas, como golpes utilizando os 
punhos, pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de 
imobilização, como lances e alavancas. Um exemplo de 
organização que organiza torneios de artes marciais 
misturas, é o UFC Ultimate Fighting Championship. 
O UFC foi criado por Rorion Gracie, em 1993, nos Estados Unidos. Anos após a sua 
criação, o UFC entrou em crise sendo proibido em vários cidades dos Estados Unidos. Em 2001, 
o ex empresário de boxe Dana White convenceu os amigos de infância Lorenzo e Frank Fertitta, 
donos da rede de Cassinos Station, a comprarem o UFC. 
Os três fundaram uma empresa chamada Zuffa e compraram o UFC por dois milhões de 
dólares. Após várias mudanças nas regras conseguiram legalizar o esporte em praticamente 
todos os estados americanos. 
Em 2007 O UFC compra o PRIDE (competição japonesa de lutas), levando vários atletas do 
Japão para os EUA e transformando o UFC na maior organização de MMA do planeta. Hoje, o 
UFC tem um preço estimado de mais de 1 bilhão de dólares e domina mais de 90% do mercado 
mundial de MMA. No MMA, apesar da mistura de artes marciais, há regras que o diferencia do 
também conhecido vale tudo, são elas: 
1. Os lutadores devem usar luvas de dedo aberto fornecidas pelo evento. 
2. Obrigatório o uso de coquilha equipamento de proteção genital e protetor bucal. 
3. É permitido – porém, não obrigatório o uso de sapatilhas, protetores para joelhos, protetores 
para cotovelos e bandagem para tornozelos e punhos. 
4. Lutadores que não demonstrarem agressividade ou combatividade, serão advertidos e a luta 
reiniciada. 
 
É Proibido 
1. Cabeçada, dedos nos olhos, morder, puxar cabelo, beliscar, arranhar e cuspir no adversário; 
2. Ataque à boca do adversário com a mão, à região genital ou ao rim com o calcanhar; 
3. Introduziro dedo em qualquer orifício, corte ou laceração, e manipular as articulações do 
adversário; 
4. Ataques à coluna ou parte de trás da cabeça, golpear de cima para baixo usando a ponta do 
cotovelo, qualquer tipo de ataque à garganta e agarrar a clavícula; 
5. Chutar ou atingir com o joelho a cabeça do adversário que está no chão; 
6. Arremessar o adversário de cabeça no chão ou atirá‐lo para fora do ringue; 
7. Segurar calção ou luvas do adversário, assim como agarrar a grade do octógono; 
8. Utilizar linguagem imprópria ou abusiva no ringue ou ser flagrado desrespeitando as instruções 
do árbitro; 
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9. Atacar o adversário que esteja sob cuidados do juiz, nos intervalos, ou após a campainha ter 
anunciado o fim do round; 
10. Sem limitação, evitar contato com adversário, cair de forma intencional, derrubar 
insistentemente o protetor bucal ou fingir lesão; 
11. Interferência do corner ou jogar toalha durante a luta; 
12. Usar alguma substância escorregadia no corpo. 
No MMA é necessário que um atleta tenha domínio de mais de uma arte marcial, para que 
ele possa se sair bem durante as lutas. As artes mais utilizadas são boxe, muay thay e jiu jitsu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEIO AMBIENTE 
 
O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na 
terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos 
que nela habitam e interagem. 
Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos 
vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É 
tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o 
clima, os animais, os seres humanos, dentre outros. 
 
Preservação Ambiental 
A preservação do meio ambiente faz parte dos temas transversais presentes nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN's). 
O seu objetivo é incitar nos estudantes a importância de preservar o meio ambiente e os 
problemas causados pela intervenção humana na natureza. 
Qual a diferença entre Preservação e Conservação Ambiental? 
Os termos preservação e conservação ambiental são constantemente confundidos. Porém, cada 
um deles possui um significado e objetivos diferentes. 
 Preservação Ambiental: É a proteção sem a intervenção humana. Significa a natureza 
intocável, sem a presença do homem e sem considerar o valor utilitário e econômico que possa 
ter. 
 Conservação Ambiental: É a proteção com uso racional da natureza, através do manejo 
sustentável. Permite a presença do homem na natureza, porém, de maneira harmônica. 
Um exemplo de áreas de conservação ambiental são as unidades de conservação. Elas 
representam espaços instituídos por lei que objetivam proteger a biodiversidade, restaurar 
ecossistemas, resguardar espécies ameaçadas de extinção e promover o desenvolvimento 
sustentável. 
Meio Ambiente e Sustentabilidade 
Atualmente, as questões ambientais envolvem a sustentabilidade. A sustentabilidade é um termo 
abrangente, que envolve também o planejamento da educação, economia e cultura para 
organização de uma sociedade forte, saudável e justa. 
A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade. 
O termo sustentabilidade surge da necessidade de aliar o crescimento econômico com a 
preservação ambiental. 
A essa nova forma de desenvolvimento, damos o nome de desenvolvimento sustentável. Ele tem 
como conceito clássico ser aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a 
possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. 
Para que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade é necessário o envolvimento de 
todas as pessoas e nações do planeta. As ações vão desde atitudes individuais até acordos 
internacionais. 
CAPÍTULO 5 – PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA 
https://www.todamateria.com.br/unidades-de-conservacao/
https://www.todamateria.com.br/sustentabilidade/
https://www.todamateria.com.br/desenvolvimento-sustentavel/
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Meio Ambiente no Brasil 
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981, define os 
instrumentos para proteção do meio ambiente. É considerada o marco inicial das ações para 
conservação ambiental no Brasil. 
Através dela, o meio ambiente é definido como: 
"o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, 
abriga e rege a vida em todas as suas formas". 
A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação 
da qualidade ambiental propícia à vida. 
Também visa assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. 
A Constituição Federal Brasileira também possui um artigo que trata exclusivamente do Meio 
Ambiente. O artigo 225 cita que: 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida...” 
Outras leis ambientais importantes que protegem os recursos naturais brasileiros e promovem 
ações voltadas à conservação e melhoria da qualidade de vida são: 
 Política Nacional da Educação Ambiental - Lei nº 9.795 de 1999. 
 Lei de Crimes Ambientais - Lei n.º 9.605 de 1998. 
 Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433 de 1997. 
O órgão responsável pelas ações e políticas ambientais no Brasil é o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA). 
Acordos Internacionais 
Dada a urgência e a preocupação mundial com os problemas ambientais e os impactos dele 
decorrentes, surgiram vários acordos e tratados internacionais. Eles propõem novos modelos de 
desenvolvimento, redução da emissão de gases poluentes e conservação ambiental. 
A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização 
da Conferência de Estocolmo, em 1972. Após isso, ganhou novamente destaque na Conferência 
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92 ou ECO-92), com a 
aprovação da Agenda 21. 
Outros importantes tratados e acordos internacionais voltados ao meio ambiente são: 
 Protocolo de Montreal: objetivo de reduzir a emissão de produtos que causam danos à 
camada de ozônio 
 Protocolo de Kyoto: objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais, por exemplo, 
das mudanças climáticas do planeta terra. 
 Rio +10 - Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável: definição de ações 
voltadas para a preservação ambiental e aspectos sociais, especialmente de países mais 
pobres. 
 Rio +20 - Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável: reafirmação do 
desenvolvimento sustentável aliado à preservação ambiental. 
 Acordo de Paris: objetivo de conter o aquecimento global e reduzir as emissões de gases do 
efeito estufa. 
 Agenda 2030: objetiva orientar as nações do planeta rumo ao desenvolvimento sustentável, 
além de erradicar a pobreza extrema e reforçar a paz mundial. 
https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-estocolmo/
https://www.todamateria.com.br/eco-92/
https://www.todamateria.com.br/agenda-21/
https://www.todamateria.com.br/protocolo-de-montreal/
https://www.todamateria.com.br/protocolo-de-kyoto/
https://www.todamateria.com.br/rio-10/
https://www.todamateria.com.br/rio-mais-20/
https://www.todamateria.com.br/acordo-de-paris/
https://www.todamateria.com.br/agenda-2030/
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Saiba mais sobre o Efeito Estufa e o Aquecimento Global. 
Educação Ambiental 
A educação ambiental correspondeaos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à 
conservação do meio ambiente. 
O seu objetivo é a compreensão de conceitos sobre o meio ambiente, sustentabilidade, 
preservação e conservação. 
Além da construção de novos valores sociais, aquisição de conhecimentos, atitudes, 
competências e habilidades para a conquista e a manutenção do direito ao meio ambiente 
equilibrado. 
Problemas Ambientais 
Nas últimas décadas, o meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com a ação humana, uma 
delas é a prática da queimada. Como essa intervenção nem sempre é harmônica e de forma 
sustentável, surgem os problemas ambientais. 
Os principais problemas ambientais da atualidade são: 
 Mudanças Climáticas 
 Efeito Estufa 
 Aquecimento Global 
 Poluição da água 
 Poluição do ar 
 Destruição da Camada de Ozônio 
 Extinção de espécies 
 Chuva Ácida 
 Desflorestação 
 Desertificação 
 Poluição 
Conceitos Relacionados ao Meio Ambiente 
Alguns conceitos importantes relacionados ao meio ambiente são: 
 Ecossistema: Conjuntos de seres vivos (Bióticos) e não vivos (Abióticos). 
 Seres Bióticos: Seres autótrofos (produtores) e heterótrofos (consumidores), ou seja, as 
plantas, os animais e os microrganismos. 
 Seres Abióticos: São os fatores físico-químicos presentes num ecossistema, como a água, 
os nutrientes, a umidade, o solo, os raios solares, ar, gases, temperatura, etc. 
 Biomas: Conjunto de Ecossistemas. Vale lembrar que os biomas que compõem o Brasil 
são: Biomas Amazônia, Bioma Caatinga, Bioma Cerrado, Bioma Mata Atlântica, Bioma 
Pantanal e o Bioma dos Pampas. 
Curiosidades 
 O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 05 de junho, data inspirada na 
―Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano‖, realizada em Estocolmo, 
Suécia, no ano de 1972. 
 O Dia do Combate à Poluição é comemorado no dia 14 de agosto. 
 
Composição do meio ambiente 
Para as Organização das Nações Unidas (ONU) o meio ambiente é o conjunto de 
elementos físicos, químicos, biológicos e sociais que podem causar efeitos diretos ou 
indiretos sobre os seres vivos e as atividades humanas. 
https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa-e-aquecimento-global/
https://www.todamateria.com.br/educacao-ambiental/
https://www.todamateria.com.br/queimadas/
https://www.todamateria.com.br/mudancas-climaticas/
https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa/
https://www.todamateria.com.br/aquecimento-global/
https://www.todamateria.com.br/poluicao-da-agua/
https://www.todamateria.com.br/poluicao-do-ar/
https://www.todamateria.com.br/chuva-acida/
https://www.todamateria.com.br/desertificacao/
https://www.todamateria.com.br/poluicao/
https://www.todamateria.com.br/ecossistema/
https://www.todamateria.com.br/dia-mundial-do-meio-ambiente/
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O meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema 
natural. Assim, o meio ambiente é composto por toda a vegetação, animais, micro-organismos, 
solo, rochas, atmosfera. Também fazem parte do meio ambiente os recursos naturais, como a 
água e o ar e os fenômenos físicos do clima, como energia, radiação, descarga elétrica e 
magnetismo. 
O meio ambiente é composto por quatro esferas 
diferentes: atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. 
A atmosfera é a camada ar que envolve o planeta, formada por gases como oxigênio, gás 
carbônico, metano e nitrogênio. A litosfera é a camada mais externa do planeta, formada pelo 
solo e por uma superfície rochosa, também chamada de crosta terrestre. 
Já a hidrosfera inclui todas as águas do planeta (rios, mares, lagos, oceanos e etc) e a 
biosfera é a camada referente à vida e engloba todas as formas de vida que existem na Terra. 
 
Meio ambiente e ecologia 
 
Na ecologia o meio ambiente é o ecossistema em que se desenvolve a vida de um tipo 
organismo, ou seja, existem diversos tipos de ecossistema em que os organismos vivem. 
No meio ambiente existem vários fatores externos que têm influência sobre a vida dos 
organismos. Assim, a ecologia é uma área que tem como objeto de estudo as relações existentes 
entre os organismos e o ambiente que os envolve. 
Como preservar o meio ambiente? 
A preservação do meio ambiente depende muito da sensibilização e participação de todos os 
indivíduos de uma sociedade. A cidadania para a preservação do meio ambiente deve contemplar 
atividades e noções que contribuem para a conservação do meio ambiente. 
Desta forma é importante instruir e educar os cidadãos de várias idades, através de formação de 
consciência nas escolas e em outros locais. 
Além da educação ambiental, a sustentabilidade é um dos fatores mais importantes para garantir 
a preservação do meio ambiente. 
Preservação ambiental através da sustentabilidade 
A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta 
Terra, é manter a qualidade de vida e manter o meio ambiente em harmonia com a existência 
das pessoas. 
O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar e preservar todo 
o sistema para que as gerações futuras também possam aproveitá-lo. 
A sustentabilidade se refere às diversas medidas e estratégias que podem ser adotadas 
pela sociedade para que o meio ambiente seja preservado e seja considerado sustentável. Isso 
significa que devem ser encontradas formas de ação que permitam a coexistência das pessoas 
com a preservação do meio ambiente para que os recursos naturais não se esgotem. 
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Exemplos de como preservar o meio ambiente 
São algumas medidas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente: 
 evitar todo tipo de poluição nas águas dos rios, mares, oceanos e lagos, 
 separar o lixo orgânico do lixo reciclável e os diferentes tipos de lixo reciclável, 
 fazer o consumo consciente de recursos como água e energia elétrica, 
 evitar desastres ecológicos, como queimadas, derramamentos de óleo nas 
águas, desmatamentos e morte de animais, 
 diminuir a poluição e a emissão de gases poluentes, 
 usar energias reaproveitáveis e renováveis, como a solar, eólica (do vento) e hidrelétrica (das 
águas), 
 diminuir o consumo de alimentos e de produtos industrializados, 
 usar meios de transporte alternativos e menos poluentes, como a bicicleta e os transportes 
públicos, 
 construção de casas sustentáveis, que sejam 
preparadas para o uso de energias alternativas e 
renováveis. 
Moinhos em parque eólico: transformação do vento em 
energia útil 
Além dessas medidas, que podem ser adotadas por toda a 
sociedade, faz parte da conscientização da 
sustentabilidade a educação ambiental. A educação sobre 
a proteção do meio ambiente deve ser proporcionada aos cidadãos e às crianças para garantir a 
preservação do meio ambiente para as gerações futuras. 
É importante que a sustentabilidade do meio ambiente seja cada vez mais uma prioridade para os 
políticos e para a sociedade em geral, para que a conservação do meio ambiente possa ser 
alcançada. 
A importância da reciclagem para o meio ambiente 
A reciclagem é um processo de grande importância para a preservação do meio ambiente. 
Através da reciclagem e da diminuição do lixo é possível reduzir a poluição do ar, da água e do 
solo 
O processo de reciclagem engloba a separação do lixo por categorias para que os resíduos 
possam ser reutilizados, dando origem a novos produtos. Podem ser usados na reciclagem 
materiais como plástico, papel, vidro, papelão, madeira e metais em geral. 
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Os resíduos de lixo orgânico (lixodoméstico) podem ser utilizados para o processo de 
compostagem, que os transforma em adubo que pode ser usado no plantio de vegetais, legumes 
e frutas. 
Uma das maneiras eficazes de ajudar na reciclagem é participar dos sistemas de coleta seletiva. 
A coleta seletiva faz a recolha do lixo orgânico e do não orgânico, que deve ser separado nas 
casas, empresas e indústrias. 
Depois que o lixo é recolhido, é encaminhado para os locais adequados para que a reutilização 
seja feita de acordo com os tipos de materiais separados. 
Separadores de lixo reciclável 
Um dos maiores desafios relativos à reciclagem é conseguir educar os cidadãos para que 
compreendam que cada esforço, por menor que seja, tem um impacto positivo na preservação 
do meio ambiente. 
O meio ambiente e as políticas públicas ambientais 
As políticas públicas relativas ao meio ambiente e sua preservação são da responsabilidade 
do Ministério do Meio Ambiente (Governo Federal), das Secretarias de Meio Ambiente dos 
estados e dos municípios. 
Esses órgãos são responsáveis por tomar medidas práticas relativas ao que é previsto na Política 
Nacional do Meio Ambiente e em outras leis que tratam do assunto. Eles fazem a fiscalização das 
atividades poluidoras, da extração de minerais e de outras atividades que possam prejudicar a 
conservação dos ecossistemas e das áreas de reserva ecológica do país. 
Para atingir esses objetivos existem programas ligados à preservação e recuperação do meio 
ambiente, à avaliação da qualidade da água e à fiscalização do uso dos recursos naturais. 
Estes órgãos também são responsáveis por promover ações educativasem relação à educação 
ambiental, conceitos de ecologia e aumento da sustentabilidade das cidades. 
Política Nacional do Meio Ambiente 
No Brasil existe a PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente (lei nº 6.938/81). Esta política 
define o meio ambiente como um conjunto de condições, leis, influências e interações físicas, 
químicas e biológicas que permitem a existência de vida nas suas mais diferentes formas (artigo 
3º, inciso I). 
O objetivo da PNMA é definir critérios e mecanismos de ação que devem ser tomados pelos 
governos para garantir a preservação do meio ambiente. 
São exemplos de objetivos previstos na lei: 
 fiscalização do uso e consumo dos recursos naturais, 
 controle da emissão de poluição no ambiente, 
 controle o uso consciente do solo, da água e do ar, 
 incentivo ao estudo e pesquisa na área ambiental, 
 proteção dos ecossistemas, 
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 proteção, preservação e recuperação de áreas ameaçadas. 
A PNMA também define quais devem ser as ações implementadas pelos governos para 
garantir a preservação do meio ambiente a partir da avaliação de impactos ambientais ocorridos 
e da definição de prioridades de ação. 
São algumas medidas adotadas pela Política Nacional do Meio Ambiente: previsão de que o 
agente causador de poluição deve reparar e indenizar os danos causados ao meio ambiente, 
criação de um cadastro de dados sobre a qualidade do meio ambiente e a criação de espaços 
de proteção e reserva ambiental. 
 
SUSTENTABILIDADE 
Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja, 
formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, 
economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. 
A sustentabilidade serve como alternativa para garantir a sobrevivência dos recursos 
naturais do planeta, ao mesmo tempo que permite aos seres humanos e sociedades soluções 
ecológicas de desenvolvimento. 
Existem diversos conceitos ligados a sustentabilidade, como ocrescimento sustentado, 
que é um aumento na economia constante e seguro; e a gestão sustentável, que é dirigir uma 
organização valorizando todos os fatores que a englobam, e é essencialmente ligado ao meio 
ambiente. 
Vários desses conceitos incluem as palavras "sustentável" ou "sustentado". A diferença 
entre os dois termos é que o "sustentável" indica que há a possibilidade de sustentação, 
enquanto que o termo "sustentado" expressa que essa sustentação já foi alcançada. 
Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim sustentare, que significa 
"sustentar", "apoiar" e "conservar". 
Tipos de Sustentabilidade 
Sustentabilidade Ambiental e Ecológica 
Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, 
mantendo a qualidade de vida e os ecossistemas em harmonia com as pessoas. 
A sustentabilidade ambiental ainda é cuidar para não poluir as águas, separar o lixo, evitar 
desastres ecológicos, como queimadas e desmatamentos, entre outras ações. 
O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, trata-se de encontrar uma forma de 
desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das 
próximas gerações de suprir as próprias necessidades. 
O desafio da humanidade é preservar seu padrão de vida e manter o desenvolvimento 
tecnológico sem exaurir os recursos naturais do planeta. 
Sustentabilidade Empresarial 
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Cada vez mais as empresas se preocupam com o meio ambiente, mas como parte de uma 
estratégia comercial e de marketing. Nas empresas, o conceito de sustentabilidade está ligado 
diretamente com responsabilidade social, tornou-se inclusive uma vantagem competitiva. 
A empresa que se preocupa com a sustentabilidade é aquela que cuida do planeta, se preocupa 
com a comunidade, com o meio ambiente e é sempre louvável aos olhos do público. 
A sustentabilidade nas empresas está também ligada à sustentabilidade econômica, que é 
alcançada através de um modelo de gestão sustentável, ou seja, um modo que incentiva 
processos que permitam a recuperação do capital financeiro, humano e natural da empresa. 
Sustentabilidade Social 
A sustentabilidade social é o conceito que descreve o conjunto de medidas estabelecidas para 
promover o equilíbrio e o bem-estar da sociedade, através de várias iniciativas que têm como 
objetivo ajudar membros da sociedade que enfrentam condições desfavoráveis. 
Outra meta importante é garantir a diminuição das desigualdades sociais, da violência, e a 
ampliação o ensino público de qualidade. 
Entre alguns dos principais exemplos de medidas direcionadas para a sustentabilidade social, 
destaque para: incentivo aos programas de inclusão social; investimento em saneamento básico; 
incentivo aos projetos de qualificação profissional; incentivo aos programas culturais gratuitos e 
de educação pública para pessoas com baixa renda; entre outros. 
Sustentabilidade econômica 
Busca garantir o desenvolvimento econômico levando em consideração estratégias que não 
provoquem impactos ambientais ou que diminuam a qualidade de vida das pessoas em 
sociedade. 
Entre algumas das ações que podem ser consideradas economicamente sustentáveis, destaque 
para a utilização de energias renováveis; fiscalização constante para evitar que outras empresas 
ou pessoas cometam crimes ambientais; entre outras. 
Exemplos de ações para a sustentabilidade 
Entre algumas das principais atitudes que podem ser tomadas para incentivar os ideais da 
sustentabilidade então: 
 Evitar o desperdício de água; 
 Usar fontes de energias renováveis e limpas (geotérmica, eólica e hidráulica, por exemplo); 
 Manter preservadas áreas verdes, salvas de atividades de exploração com fins econômicos; 
 Racionalizar e controlar a exploração de recursos minerais (carvão mineral, petróleo, minérios, 
etc), criando estratégias que permitam o menor impacto possível para o meio ambiente; 
 Priorizar a produção e consumo de alimentos orgânicos; 
 Priorizar a utilização de tecnologias que usam fontes de energias renováveis; 
Reciclagem e coleta seletiva do lixo; 
 Priorizar o consumo de produtos biodegradáveis. 
 
Quais são os principais benefícios da sustentabilidade? 
A aplicação de estratégias e ações sustentáveis é de extrema importância para garantir uma 
melhor qualidade de vida da população. 
Alguns dos principais exemplos dos resultados que a sustentabilidade pode trazer para o planeta 
a médio e longo prazo são: 
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 a diminuição da poluição nos rios, terra e atmosfera; 
 a preservação dos recursos naturais (oceanos, florestas, lago, etc); 
 a manutenção da vida terrestre com qualidade e dignidade sem agredir ao meio ambiente; 
 evitar grandes catástrofes naturais provocadas pelos impactos ambientais. 
O debate sobre a importância da sustentabilidade virou um tema essencial e recorrente a partir da 
última década do século XX. Como consequência, a procura por produtos e serviços que 
seguissem os padrões estabelecidos pelo conceito da sustentabilidade aumentaram. 
Da mesma forma, a sustentabilidade passou a ser muito explorada pelas empresas para mostrar 
ao público que os seus produtos foram fabricados sem danificar ou prejudicar o meio ambiente. 
Assim, passa a ser rotulada como uma empresa ecologicamente correta e isso funciona como 
uma campanha de marketing positiva para a marca. 
 
Tripé da sustentabilidade 
 
O conceito da sustentabilidade é sustentado por três pilares principais, que estão divididos em 
aspectos ambientais, sociais e econômicos. Alguns estudos sobre o assunto também consideram 
os aspectos culturais e tecnológicos importantes complementos para a manutenção da 
sustentabilidade. 
Somente unindo todas essas diferentes dimensões é que será possível atingir plenamente o 
conceito proposto pela sustentabilidade. 
O tripé da sustentabilidade também é conhecido como Triple Bottom Lineou People, Planet, 
Profit. 
Dimensão 
Ambiental 
Dimensão Social Dimensão Econômica 
Educação ambiental 
Valorização Direitos 
Humanos 
Competitividade de mercado 
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Dimensão 
Ambiental 
Dimensão Social Dimensão Econômica 
Conservação dos 
recursos naturais 
Envolvimento comunitário Transparência 
Redução do 
desperdício 
Valorização do bem-estar 
social 
Prosperidade econômica 
Uso de energia 
limpa e renovável 
Bases éticas 
Criar laços de respeito com 
funcionários, fornecedores e 
sociedade 
Biodiversidade 
Investimento em políticas 
públicas e de inclusão 
social 
Estratégias de crescimento com 
base na preservação ambiental e 
bem-estar social 
Eliminar impactos 
ambientais 
O que é ser ecologicamente correto? 
Está relacionado com o aspecto ambiental do tripé da sustentabilidade. Ou seja, a importância 
de levar em consideração o meio ambiente ao longo do desenvolvimento da humanidade. 
Qualquer tipo de atividade que tenha como consequência impactos ambientais negativos deve 
ser evitado. Neste sentido, o grupo social deve pensar de modo a evitar o desgaste dos recursos 
naturais, por exemplo. 
O que é ser economicamente viável? 
Este ponto se refere ao aspecto econômico do tripé. Neste caso, as empresas, por exemplo, 
devem investir economicamente em prol do bem-estar social e, principalmente, ambiental. 
A sustentabilidade prevê não apenas a preservação ambiental e bem-estar da sociedade, mas 
também o desenvolvimento econômico. Ou seja, para que isso ocorra as empresas precisam 
continuar a gerar lucros. No entanto, a obtenção do resultado econômico positivo não deve 
estar alinhado com métodos e estratégias que devastem o meio ambiente. 
O que é ser socialmente justo? 
É referente ao âmbito social do tripé da sustentabilidade. Aqui o importante é o modo como o ser 
humano é tratado, seja pela sociedade ou por uma empresa, por exemplo. 
A prioridade é a valorização da qualidade de vida das pessoas, concomitante a manutenção 
dos outros dois aspectos: ambiental e econômico. 
No caso de uma empresa que deseja agir de acordo com o conceito da sustentabilidade, ser 
socialmente justo significa valorizar não apenas o público-alvo, mas também garantir o 
desenvolvimento pessoal dos funcionários, fornecedores e todas as pessoas que fazem parte 
(direta ou indiretamente) da companhia. 
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ESPORTES RADICAIS URBANOS 
Todo mundo em algum momento já viu ou ouviu falar em esportes radicais urbanos. Quem é 
que já não viu algum garoto ou garota andando de skate pelas 
ruas da cidade? 
Bem, esses são tipos de esportes que injetam uma boa 
quantidade de adrenalina no sangue e deixam o nosso 
coração batendo nas alturas. 
Os esportes radicais exigem bastante do físico do indivíduo. 
A ideia é de se arriscar e experienciar emoções intensas que podem ser bem interessantes e 
viciantes. Então, se você é do time que curte esse tipo de esporte, ou quer se aventurar, então 
fica aqui com a gente porque você vai ficar alucinado. 
História dos esportes radicais urbanos 
Os esportes radicais urbanos e também os esportes de aventura podem ter como marco de sua 
origem a década de 80 ou mais precisamente o finalzinho da década de 1980 e início da de 90. 
Muitos desses esportes já existem enquanto práticas aleatórias ou então associadas a 
determinadas funcionalidades e esportes. 
Esses esportes surgiram de maneira simples e despretensiosa. Os praticantes elaboraram 
práticas esportivas que permitissem a ele vivenciar certas situações e experiências dentro de 
determinados ambientes, correndo riscos ainda maiores que os esportes comuns. 
Inicialmente, a prática se resumia a um grupo pequeno de pessoas, que se reuniam e realizavam 
suas atividades. Aos poucos, tais esportes foram se popularizando e aumentou o número de 
adeptos a tais práticas. 
A segurança é essencial na prática do motocross. 
Na década de 90 esses esportes tomaram mais corpo e ganharam organizações mais bem 
elaboradas, assim como competições, não só no Brasil, mas no mundo todo. Certos esportes são 
mais populares em determinados lugares do que em outros, mas em todos os esportes radicais 
como um todo sempre atraem as pessoas. 
Diversos desses esportes possuem existência que remonta há décadas. Outros, por sua vez, são 
mais recentes. Há ainda aqueles que são originados a partir de um outro esporte, porém com 
modificações distintas. Além disso, vale lembrar que há esportes que contam com subcategorias 
internas, variando ainda mais os estilos. 
É importante colocar que, no século XVIII e XIX, com a Primeira e Segunda Revolução Industrial, 
respectivamente, a vida humana em sociedade transformou-se profundamente. Isso ressignificou 
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não só como as pessoas organizavam as relações de trabalho, mas também a própria 
subjetividade. 
O espaço urbano mudou e assim modificou a forma como o indivíduo lida com ele. Os esportes 
radicais urbanos são um excelente exemplo de como a vida humana nas cidades foi vivida 
diferentemente. 
Por que fazer esportes radicais? 
Os esportes radicais urbanos estão no gosto de pessoas de idades diversas. Certamente que é 
bem mais comum eles serem praticados por pessoas entre 16 e 30 anos de idade. Contudo, é 
possível vislumbrar pessoas das mais variadas idades. 
Não há necessariamente contraindicações para a prática dos diversos tipos de esportes de 
aventura e tipos de esporte urbanos. O cuidado que é preciso tomar é que, devido ao grau de 
riscos oferecidos e a exigência física feita por essas práticas esportivas, pessoas com algum 
problema de saúde precisam ter maiores cuidados. 
Uma excelenterazão para fazer esses esportes de ação é devido à saúde. Alguns especialistas 
apontam que os esportes radicais fazem um bem enorme ao corpo e à mente dos indivíduos. 
Eles ajudam a desenvolver maior capacidade cardiovascular, além de propiciar uma boa dose de 
força muscular, agilidade e rapidez. 
É importante colocar que não se recomenda a prática desses esportes a pessoas que já possuem 
algum tipo de problema cardíaco, hipertensão ou problemas associados a vertigens, equilíbrios e 
afins. Toda atividade desse tipo pode e deve ser monitorada por profissionais devidamente 
capacitados, evitando, assim, maiores problemas. 
O skateboarding é um esporte radical derivado do surf. 
Você ganha muita agilidade e habilidade corporal com esses esportes. Pelas características dos 
mesmos, será preciso realizar uma série de movimentos e ações que fazem com que você 
desenvolva novas capacidades e potencialidades motoras. 
Além disso, esporte radical como a escalada, o skate, o surf, entre tantos outros, dão uma 
enorme sensação de liberdade, de uma vida vivida com muito mais intensidade e melhor 
aproveitada. Eles geram uma gostosa sensação de bem estar. 
A ideia de superar obstáculos e dificuldades fomentam um aumento na autoconfiança do 
indivíduo, na sua autoestima. O ato de buscar a transposição de limites instiga as pessoas a 
buscarem sempre mais e o melhor. 
E se você curte um conteúdo mais denso, recomendamos que você baixe o nosso e-book com as 
5 atitudes para liberdade. E para acessar esse material, basta clicar na imagem abaixo e fazer o 
download do seu exemplar: 
Modalidades de esportes radicais 
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Há uma grande variedade de modalidades de esportes de aventura e esportes radicais urbanos. 
A classificação dos esportes radicais pode ser definida como: esportes com prancha, 
motorizados, de escalada, aquáticos, queda livre, voo/aéreos, sobre rodas e diversos (aqui 
entram esportes que não se encaixam nas categorias anteriores). 
Reinventar os espaços urbanos pelo esporte é um bem necessário. 
Vamos citar abaixo alguns esportes radicais urbanos bem interessantes. 
1. Skate 
Um dos mais conhecidos e praticados esportes urbanos. Consiste em percorrer as ruas da cidade 
ou ambientes fechados, sobre um ―carrinho‖ com 4 rodas, o famoso skate. Ele é oriundo do surf, 
no qual os surfistas, para treinar na ausência de ondas, criaram uma ―prancha sobre rodas‖. 
2. Rapel 
O rapel consiste na descida em alturas. No caso dos ambientes urbanos, essa descida é feita em 
paredões artificiais ou mesmo prédios diversos, com a ajuda de corda, luvas, mosquetão e 
cadeirinha. 
3. Parkour 
Esporte originário da França, seu funcionamento reside basicamente no deslocamento entre 
pontos diferentes de um ou mais locais na cidade, de forma rápida e usando habilidades 
corporais diversas. Aqui se aprende a superar obstáculos variados que estejam presentes no 
ambiente. 
4. Base Jumping 
É uma atividade na qual efetuam-se saltos a partir de prédios, antenas, pontes e afins, utilizando-
se paraquedas específicos para baixas altitudes. 
5. Paintball 
Essa é uma prática esportiva que tem se popularizado bastante. Reside na elaboração de 
pequenos circuitos, em que pessoas, portando uma espécie de arma munida com pequenas 
bolinhas cheias de tinta brincam atirando umas nas outras. 
6. Buildering 
É um esporte de escalada, porém feito em prédios, edifícios e pontes. 
7. Slackline 
O slackline consiste em uma espécie de corda elástica presa a dois pontos distintos, a uma certa 
altura do chão. 
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8. BMX 
É um esporte praticado em uma bicicleta de pequeno porte, na qual o praticante faz inúmeras 
manobras em pontos diversos da cidade ou então em pistas específicas para isso. 
 
Importância da segurança nos esportes radicais 
 
Os esportes radicais são muito divertidos, principalmente em razão da liberação de 
adrenalina. Ainda assim, é importante ter segurança nos esportes radicais! 
O risco é sempre evidente para quem pratica esportes radicais ou de aventura, mas 
ninguém imagina que qualquer situação mais drástica possa realmente acontecer. Ninguém quer 
ou gostaria de se acidentar praticando qualquer modalidade de esporte, mas nem sempre isso 
acontece. 
Recentemente, temos assistido pelo noticiário vários acidentes e muitos deles, fatais com 
atletas, professores e técnicos em equipamentos que usavam toda a segurança que o esporte 
exigia. Isso mostra que mesmo assim o risco ainda é muito grande. 
Risco de acidentes 
No Brasil, existe o registro de acidentes fatais em que atletas ou indivíduos se arriscaram na 
pratica de esportes de aventura ou radicais como rapel, rafting, asa-delta, parapente, banana boat 
e andar de bugue. Imaginem, então, o risco que não se corre quando se escala uma montanha ou 
quando atletas participam de competições 
arriscadas, como é o caso da brasileira Laís Souza, 
que sofreu acidente grave de esqui no último dia 27 
de janeiro. 
Os esportes radicais oferecem ao seu 
participante, além de correr riscos (e principalmente 
o risco de morte), a emoção da adrenalina 
(hormônio que o organismo libera diante das 
situações de medo e excitação). Quem pratica, descreve sentimentos de liberdade, de emoção, 
de aventura, de êxtase e de superação de seus limites. Mas limites e cuidados é o que requer 
qualquer atividade física, ainda mais para quem pratica esportes radicais. É importante manter-se 
ativo, mas sempre com cautela. 
Legislação 
No Brasil, existe a Lei do Turismo, criada e aprovada em 2010, que explora o turismo de aventura 
e dita normas de gestão e segurança da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). 
Muitas empresas que prestam serviços na área de turismo e esportes de aventura não são 
afiliadas a essa associação, descumprindo assim as normas e técnicas de segurança. Claro que 
mesmo as que são filiadas ainda podem cometer deslizes no quesito em segurança no que diz 
respeito aos equipamentos e ao treinamento de instrutores. Para que você possa praticar o seu 
esporte radical de forma mais segura e menos perigosa, verifique rigorosamente escolas e 
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instrutores com experiências e que sejam recomendados por outros profissionais reconhecidos ou 
de pessoas que já utilizaram esse serviço anteriormente. 
A vida, certamente, vale muito mais a pena ser vivida com muita adrenalina em território certo, 
explorando os nossos limites com respeito e superando a cada obstáculo. Pratique esportes 
radicais com segurança. 
ESPORTES DA TERRA 
Mountain bike 
A bike é com certeza um dos meios de locomoção mais 
conhecidos e utilizados em todo o mundo. A criatividade dos 
ciclistas misturada com a evolução das bikes fez nascer várias 
modalidades de esportes radicais. 
O ciclismo, o mountain-bike e o bmx são algumas das 
categorias do esporte. O tipo dos equipamentos muda de 
acordo com as exigências de cada modalidade, mas o princípio 
é sempre o mesmo: pedalar. 
"Quem andou de bicicleta uma vez, não esquece jamais". Com certeza você já ouviu essa frase. 
Não existe nenhuma restrição ao esporte, qualquer pessoa pode pegar uma bike e sair por ai 
pedalando. O custo do esporte é baixo e as peças e mecânicas podem ser encontradas em todos 
os cantos do país. O que você está esperando para começar? 
Equipamentos do mountain bike 
O mais importante na bike é o conjunto. Não importa você ter metade das peças de boa 
qualidade e o resto ruim, pois você não obterá um bom resultado. Abaixo vão algumas dicas das 
principais peças da bicicleta. 
Freios: Existem quatro modelos de freios, que são: cantilevers(mais antigos), v-brakes, 
hidráulicos e a disco. Nunca escolha um acessório pelo preço. Lembre-se que a bicicleta é um 
conjunto. 
Quadros: Com certeza é a parte mais importante da bicicleta. É ele quem determina para que tipo 
de competição você estará apto a participar. Apesar de existirem vários tipos de quadros (aço, 
cromo, alumínio, fibra de carbono, metal matrix e titânio), o que vale realmente é a forma. 
Suspensões: existem dois modelos de suspensão. A traseira e a dianteira. O mais importante 
nesse equipamento é ver o peso, a resistência, rigidez e a compressão. 
Câmbio: Popularmente conhecido como marcha, o câmbio é dividido em três partes: câmbio 
traseiro, câmbio dianteiro e passador. O câmbio faz com que a corrente mude de peão ou coroa. 
Já o passador é quem realiza a mudança. 
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Rodas: As rodas dividem-se em quatro componentes: aro, cubo, raios e pneu. Cada um tem uma 
função diferente. O importante é buscar a qualidade dos equipamentos, pois uma peça que não 
se adapte as outras pode prejudicar todo o equipamento 
História do mountain bike 
O Mountain Bike surgiu no final dos anos 70, quando um grupo de ciclistas começou a freqüentar 
as trilhas das montanhas da Califórnia, nos Estados Unidos. Os ciclistas queriam basicamente 
buscar um novo estilo no ciclismo. As trilhas e estradas de terra logo conquistaram o grupo de 
jovens. 
Como não existiam quadros apropriados, para poderem descer morro abaixo, eles começaram a 
utilizar quadros de bikes cruisers. Eles só acrescentaram alguns componentes, como câmbio, 
pneus maiores e freios mais eficientes, para iniciarem esse novo esporte. 
Com o tempo, os grupos de praticantes do mountain bike foram aumentando e aos poucos, 
algumas provas foram sendo organizadas. Uma das primeiras competições do mountain bike de 
que se tem registro foi o Repack Downhill, um tipo de downhill realizado aos finais de semana em 
Mount Tamalpais, na Califórnia. 
Um divisor de águas no esporte foi a criação da Mountain Biker, a 
primeira empresa a produzir bicicletas especiais. As bicicletas eram 
fabricadas no Japão e o sucesso de vendas foi mundial. 
No Brasil o esporte começou a surgir nos anos 80, quando surgiram os 
primeiros campeonatos. Muitas disputas acontecem pelo país, com um 
nível técnico cada vez melhor. Hoje, o mountain bike é um esporte 
praticado em quase todas as regiões do mundo. O esporte se espalhou 
rápido, talvez pelo fato de aproximar as pessoas cada vez mais da 
natureza, do prazer e da adrenalina. 
Canyoning 
Apesar de se ter uma idéia de que o canyoning é apenas uma escalada em cachoeiras, por esta 
ser a modalidade mais conhecida, o esporte busca explorar de maneira plena os canyons e rios. 
Tudo começou com a necessidade de transpor obstáculos naturais. Dessas dificuldades foram 
criadas novas técnicas que possibilitaram aos aventureiros desbravar locais antes inacessíveis. 
Do prazer de conhecer o novo é que nasceu o canyoning. 
O esporte em si é novo e suas competições são organizadas a pouco mais de 20 anos. Mas o 
grande aumento no número de praticantes e as muitas possibilidades fazem do canyoning uma 
atividade promissora. 
Segundo o instrutor Anderson Errero, a procura tem sido muito grande. "Nos últimos cinco anos, 
com a divulgação do esporte, tem crescido bastante o número de praticantes. Com isso o número 
de competições e a especialização no esporte também aumentaram". 
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Equipamentos do canyoning 
A lista de equipamentos para o canyoning é extensa e deve estar adequada ao roteiro que você 
irá percorrer. Mas alguns itens são fundamentais e devem estar sempre na mochila. Aí vai uma 
lista com alguns deles: 
A mochila deve ser adequada ao tipo de caminhada que você está fazendo. Ela deve ter um 
material resistente e impermeável, além de abrigar todos os itens que você irá levar. 
Um mapa detalhado do percurso é fundamental. Ele é um dos quesitos básicos para toda 
caminhada. Sem ele, não adianta nem tentar. 
A bússola é quem dá a direção e vai te orientar durante a prática. 
Nunca se sabe o que irá acontecer no percurso. Por isso é necessário sempre estar prevenido 
para qualquer imprevisto. Além de estar com o kit é necessário que se saiba utilizá-lo da maneira 
correta. O mau uso não adiantará em nada. 
As lanternas são essenciais e devem ser utilizadas mesmo se o percurso for durante o dia. Pelo 
caminho podem existir locais com pouca iluminação, nos quais o uso da lanterna é obrigatório. 
Não esqueça de levar pilhas e lâmpadas de reserva. 
Uma alimentação adequada durante a caminhada é fundamental para o sucesso do percurso. 
Alimentos leves e de fácil digestão são os mais indicados. Sempre leve um pouco a mais do que 
o necessário caso tenha que ficar mais tempo na trilha. 
É indicado que você leve pelo menos um conjunto de roupas extras para que possa trocar 
durante o percurso. Os fósforos e os iniciadores de fogo são outros objetos fundamentais. 
O canivete sempre é utilizado e deve ser cuidado com todo o carinho. Ele deve estar afiado e 
pronto para ser utilizado. A sua importância é grande e ele é utilizado praticamente durante todo o 
percurso. 
O ideal é que antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já 
fez o trajeto. Essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou não. 
Historia do canyoning 
O canyoning começou a ser praticado no início do século com as expedições de Edouard Alfred 
Martel, um explorador francês que foi contratado pelo governo da França para explorar canyons, 
gargantas e cavernas entre a França e a Espanha. Martel acabou desenvolvendo técnicas de 
canyoning e é considerado o precursor do esporte. 
Como esporte, o canyoning tem pouco mais de 30 anos, já que as primeiras competições foram 
realizadas no final da década de 70. No Brasil, o canyoning teve início em 1990, através de um 
grupo chamado "Grupo H2Omem", que se tornou a maior referência dessa prática no país. Em 
dez anos, o grupo cadastrou mais de 2 mil cachoeiras em 12 estados brasileiros. 
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Atualmente o Brasil está entre os 10 maiores 
praticantes de canyoning do mundo. Mas o 
canyoning não é reconhecido no país como 
atividade esportiva e sim recreativa. As principais 
competições de canyoning foram realizadas e 1992 
e 1993 nos Pirinues, na Espanha e na Ilha da 
Reunião, uma possessão francesa na costa africana 
do Índico, em 1995. No Brasil, foi realizada uma 
competição de cascading em Minas Gerais, em 
1998. 
Escalada 
A escalada esportiva é uma prática que utiliza as técnicas e movimentos de montanhismo e que 
tem como objetivo exigir o máximo de força e concentração do atleta. A técnica, a coragem, a 
adrenalina, juntamente com a força, são os fatores fazem da Escalada um esporte apaixonante. 
Para quem pensa que o esporte se resume a "homens-aranha" que ficam escalando grandes 
arranha-céus pelo mundo, está enganado. A escalada é muito mais importante que isso e quem 
pratica quer antes de tudo desenvolver uma atividade que irá livrá-los do stress do dia-a-dia. 
O atleta da escalada deve encontrar diferentes soluções para ultrapassar os obstáculos, não 
importando se está em uma cadeia de famosas montanhas européias ou na parede de uma 
academia. 
Um dos principais atrativos da escalada é o fato de ela poder ser praticada em qualquer cidade, 
bastando para isso uma parede em qualquer academia. Hoje já é muito difundida a prática da 
Escalada nos grandes centros. 
Para o diretor técnico da Associação Paulista de Escalada Esportiva, Tom Papi, o crescimento do 
esporte se deu principalmentepor esse motivi. "Hoje qualquer um pode praticar a escalada com 
toda a segurança em clubes e academias, nas principais cidades brasileiras", diz Papi. 
Equipamentos de escalada 
Os equipamentos básicos para a prática da escalada são: cordas, sapatilha para escalada, 
capacete e pó de magnésio para passar nas mãos. 
A segurança do esporte é um dos quesitos mais importantes, que atrai um grande número de 
praticantes. E as cordas têm exatamente essa função, já que sem elas os tombos são inevitáveis. 
Para transpor os obstáculos a utilização de uma sapatilha especial pode facilitar muito sua vida. 
Ela tem o formato ideal para propiciar maior equilíbrio e segurança. 
O pó de magnésio é esfregado na mão e aumenta o atrito com a parede. Dessa maneira fica mais 
difícil escorregar. 
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Por último tem o capacete que é o item de segurança mais comum nos esportes radicais. A sua 
função e importância todos conhecem, portanto nunca esqueça de utilizá-lo. 
Segundo o diretor técnico da Associação Paulista de Escalada Esportiva, Tom Papi, esses 
equipamentos são fundamentais. "Como todo esporte radical a escalada oferece riscos. Porém, 
com a utilização de todos os equipamentos de segurança esse risco cai praticamente a zero". 
Historia da escalada 
A história da escalada esportiva começou em um rigoroso inverno ucraniano. Foi nos anos 70 que 
um ucraniano teve a idéia de durante a fase mais fria do ano pendurar pedras em sua parede 
para que pudesse treinar. A idéia foi tão boa que logo todos os outros escaladores locais 
copiaram a idéia. Surgia aí a escalada esportiva. 
Em 1985, na Itália, foi realizado o primeiro campeonato mundial. Que teve como obstáculo uma 
parede natural. Em 1987, pela primeira vez um campeonato foi realizado em uma parede artificial. 
A copa do mundo de Escalada Esportiva foi criada em 1990. E, 
dois anos mais tarde, na Olimpíada de Barcelona, finalmente veio a 
consagração do esporte, quando foi praticado como demonstração. 
No Brasil o esporte começou a ser praticado no final da década de 
80. O grande divisor de águas no país foi a realização, em 1989, 
do I Campeonato Sul Americano de escalada Esportiva, em 
Curitiba. A partir daí novos atletas e patrocinadores passaram a 
apoiar e a praticar o esporte. 
Montanhismo 
O montanhismo é uma atividade esportiva que se baseia no ato de 
atravessar montanhas, com ou sem a utilização de equipamentos. 
O termo geralmente é confundido com alpinismo, devido às famosas conquistas dos Alpes 
europeus. A atividade é um gênero dentro do excursionismo, que nada mais é do que a 
convivência pacífica com ambientes naturais. 
Quem pratica o esporte deseja entrar em perfeito contato com a natureza usufruindo tudo o que 
ela pode oferecer, sem prejudicá-la. No Brasil, o marco inicial da atividade foi durante a primeira 
metade do século XIX, quando já eram registradas subidas à Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro. 
Hoje o montanhismo vem ganhando cada vez mais espaço entre os esportes, sendo muito 
procurado principalmente por quem para fugir do stress e deseja ter um contato maior com a 
natureza. 
Para o presidente do Centro Excursionista Brasileiro, Francesco Berardi, o fator do crescimento é 
mesmo a paz que o esporte traz. "O montanhismo é antes de tudo uma maneira de esquecer os 
problemas das grandes cidades". 
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Equipamentos do montanhismo 
A lista de equipamentos para o montanhismo é extensa e deve estar adequado ao roteiro que 
você irá percorrer. Mas alguns itens são fundamentais e devem estar sempre na mochila. Aí vai 
uma lista com alguns deles: 
Mochila: a mochila deve ser adequada ao tipo de caminhada que você está fazendo. Ela deve ter 
um material resistente e impermeável, além de abrigar todos os itens que você irá levar. Existem 
marcas especializadas para a modalidade e geralmente são as mais indicadas para a prática do 
montanhismo. 
Mapa: Um mapa detalhado do percurso é fundamental. Ele é um dos quesitos básicos para toda 
caminhada. Sem ele, não adianta nem tentar. 
Bússola: é com elas que você irá se orientar e seguir as instruções do mapa. 
Kit de primeiros socorros: nunca se sabe o que irá acontecer no percurso. Por isso é necessário 
sempre estar prevenido para qualquer imprevisto. Além de estar com o kit é necessário que se 
saiba utilizá-lo da maneira correta. O mau uso não adiantará em nada. 
Lanternas: as lanternas são essenciais e devem ser utilizadas mesmo se o percurso for durante o 
dia. Pelo caminho podem existir locais com pouca iluminação, nos quais o uso da lanterna é 
obrigatório. Não esqueça de levar pilhas e lâmpadas de reserva. 
Comida extra: Uma alimentação adequada durante a caminhada é fundamental para o sucesso 
do percurso. Alimentos leves e de fácil digestão são os mais indicados. Sempre leve um pouco a 
mais do que o necessário caso tenha que ficar mais tempo na trilha. 
Roupa extra: É indicado que você leve pelo menos um conjunto de roupas extras para que possa 
trocar durante o percurso. 
Fogo: Os fósforos e os iniciadores de fogo são outros objetos fundamentais. São utilizados para 
acender a fogueira e esquentar a comida. 
Canivete: O canivete sempre é utilizado e deve ser cuidado com todo o carinho. Ele deve estar 
afiado e pronto para ser utilizado. A sua importância é grande e ele é utilizado praticamente 
durante todo o percurso. 
O ideal é que antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já 
fez o trajeto. Essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou não. 
História do montanhismo 
As primeiras técnicas de montanhismo foram desenvolvidas em Chamonix, na França. Em 1760, 
o estudante Horace Bénédicte de Saussure, estudando as feições do Mont Blanc, descobriu que 
se cume poderia ser conquistado. Durante muitos anos, ele percorreu aldeias da redondeza 
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oferecendo uma recompensa para quem conseguisse tal conquista. Horace só foi encontrar quem 
ousasse o desafio, no ano de 1786. 
O médico Paccarde e o caçador Jacques Balmar venceram os obstáculos e alcançaram o topo. A 
partir de então, o caminho estava aberto. As dificuldades técnicas 
começaram a crescer, já que os adeptos do montanhismo se 
multiplicavam e, com eles a vontade de alcançar altitudes cada vez 
maiores. Mas foi em 1953 que o homem chegou ao topo do 
mundo. O alpinista Edmund Hilary e seu companheiro Tensing 
Norgay pisaram pela primeira vez o cume do Monte Everest. 
O primeiro clube de montanha do mundo, o Clube Alpino de Londres, foi criado em 1857. Com 
ele, o esporte passou a se organizar e ganhar adeptos. Em 1879 ocorreu a conquista do 
Aconcágua; em 1889, do Kilimanjaro, na África; em 1907 do Trisul, no Himalaia e em 1913, do 
Mckinley, no Alasca. 
No Brasil, a primeira conquista foi em 1817 com a escalada da faze leste do Pão de Açúcar pela 
inglesa Henriqueta de Carsteirs, em companhia de seu filho. Depois de diversas tentativas, o topo 
do Dedo de Deus foi conquistado em 1912, por um grupo de amigos de Teresópolis. Em 1919, foi 
fundado o Centro Excursionista Brasileiro, que serviu para difundir o montanhismo no Brasil. 
Off-Road 
O Off-Road é um esporte que mistura a adrenalina da velocidade e o contato com a natureza. 
Essa combinação atrai cada vez mais adeptos e a evolução das competições e da organização 
tem proporcionado um grande crescimento. 
Mas o Off-Road, que é utilizado como esporte e terapia pelos praticantes, nasceu de uma 
necessidade de guerra. É isso mesmo! Os primeiros veículos foram criados durante a 2ª Guerra 
Mundial com o objetivo de penetrar em locais de difícil acesso.Hoje em dia já existem outras categorias que disputam o off-road, como é o caso das motos e 
caminhões. O presidente da Federação Paulista de Motocross, Décio Fantozzi, acredita que a 
maior dificuldade para praticar esse tipo de esporte é mesmo o lado financeiro. 
"É muito difícil para a maioria dos atletas estar sempre com os melhores equipamentos. Às vezes 
um piloto muito habilidoso que não tem as melhores condições pode não obter bons resultados", 
disse Fantozzi. 
Equipamentos do off-road 
Para quem pensa que off-road é apenas o carro, a moto ou o caminhão, está muito enganado. Os 
equipamentos variam de acordo com a categoria. É necessário antes de tudo escolher o seu 
veículo, aí sim ir atrás de outros equipamentos que também fazem parte do esporte. 
O fator principal para quem vai começar no Off-Road é saber utilizar os equipamentos de forma 
adequada. Não importa você ter o que há de melhor, sem saber utilizá-lo da forma correta. 
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Outra dica é que nem sempre o que é mais barato é melhor. Como o esporte exige muita 
qualidade dos aparelhos, eles têm de ser de boa qualidade. 
Abaixo vai uma lista com os principais objetos: 
Capacete 
Roupas especiais 
Botas 
Luvas 
Joelheiras 
Cotoveleiras 
Colete 
História do off-road 
A história do off-road está ligada à história da guerra. Os jipes foram os meios de transporte de 
soldados durante a Segunda Guerra Mundial e foram criados justamente para facilitar travessias 
em lama, erosões, piadas e outros trechos de acesso mais dificultado, que um carro normal não 
passaria com a mesma facilidade. 
Os jipes antigos, que hoje são objetos de 
colecionadores, já tinham a tecnologia para 
enfrentarem todo tipo de terreno. O primeiro jipe a ser 
fabricado foi para o uso do Exército americano, em 
1941. No ano seguinte, a fábrica Willyes, que fazia 
carros para o governo norte-americano, lançou a marca 
Jeep. 
O off-road chegou no Brasil na década de 80. Os 
primeiros rallyes começaram a ser disputados e, em 1983, foi fundado o Jeep Clube de São 
Paulo. Atualmente, os modelos Willys ainda são bastante utilizados. Mas, com a abertura do 
mercado de importados, no início da década de 90, a venda dos jipes 4x4 subiu 
consideravelmente. 
 
Orientação 
Orientação é um esporte que tem como objetivo encontrar um determinado local no menor tempo 
possível, passando por pontos determinados, com a ajuda de mapas e bússolas. 
As principais habilidades que o praticante deve ter é com relação a leitura de mapas e orientação 
territorial, além da escolha do melhor terreno a seguir. 
Existe um órgão que regulamenta o esporte, que é a Federação Internacional de Orientação (IOF) 
com sede em Helsinque - Finlândia. Ela é quem determina a nível mundial todas as regras das 
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quatro categorias de orientação: Pedestre, Mountain Bike (MTB), Esquis e Trail Orienteering 
(portadores de necessidades especiais). 
Equipamentos de orientação 
Existem alguns equipamentos básicos para o bom desenvolvimento do montanhismo. Entre eles 
a roupa que deve ser usada. O material deve ser leve e não reter líquidos. O tecido mais utilizado 
é o nylon. Geralmente os competidores utilizam calça e camisa. 
O tênis deve ser especifico para caminhada em diversos terrenos. Ele também não pode reter 
muito líquido e deve ser resistente. 
A bússola é fundamental. Mas é necessário que saiba utilizá-la de maneira correta. O mau uso 
pode ser fatal na hora da corrida. O cartão de designação é o alicerce do atleta. É nele que você 
vai encontrar as determinações e os pontos de controle. 
O mapa é quem indica as variações de terreno do percurso. Ele é um auxiliar fundamental e é 
através dele que você irá poder determinar a melhor rota. 
Os picotadores são utilizados para você certificar que passou por determinado posto de controle. 
Ele é utilizado para furar o cartão que se encontra no local. 
História da orientação 
A orientação surgiu juntamente com a aparição dos primeiros mapas topográficos modernos, no 
século XIX. Na Europa, foram os exércitos que organizaram as primeiras competições. 
A primeira prova oficial de orientação foi realizada em 17 de outubro de 1890, na Noruega. As 
regras passaram por grandes mudanças com o tempo. A partir da década de 60 foram criados 
novos mapas especialmente para a prática da orientação. Com isso, aumentou a possibilidade de 
exploração de novas rotas. 
Atualmente, as competições atuais buscam percursos com grande variação de terrenos e 
distâncias. Cada vez mais é exigida do atleta maior habilidade e o esporte vem caminhando para 
uma grande evolução. 
No Brasil, as primeiras competições militares foram organizadas pelo Coronel Tolentino Paz, em 
1971. Em 1984, foi realizado em Curitiba, Paraná, a 17 º Campeonato Mundial Militar de 
orientação, que contribuiu para o desenvolvimento do esporte entre os militares e civis brasileiros. 
Em 1996 foi realizado o 1º Troféu Brasil de Orientação, na cidade de São José dos Campos, no 
estado de São Paulo. O campeonato foi o precursor e antecessor dos 5 dias de Orientação do 
Brasil. Esta competição culminou com uma reunião, onde foram definidos os primeiros passos 
para a criação da Confederação Brasileira de Orientação, a CBO. 
 
Rapel 
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Uma técnica de descida que o praticante utiliza para transpor obstáculos como prédios, paredões, 
cachoeiras, entre outros, com o uso de cordas ou cabos. 
O termo "rappel" vem do francês e significa trazer e recuperar. Apesar de não se saber 
exatamente quando a técnica foi criada, ela foi utilizada por espeleólogos, que usavam desse 
recurso para explorar cavernas. 
Existe uma grande discussão sobre se o rapel é um esporte ou apenas uma técnica. os que 
acreditam se tratar do esporte encaram como uma atividade divertida e que é utilizada sem outros 
fins, apenas por diversão. Já os que acreditam se tratar de uma técnica, geralmente a utilizavam 
como um meio de realizar outra modalidade, outro esporte ou mesmo a trabalho. 
Segundo o instrutor de rapel, Saulo Roberto, a prática tem crescido muito nos últimos anos. "O 
número de pessoas interessadas na modalidade aumentou muito graças a grande divulgação que 
o esporte tem conseguido junto à mídia". 
Equipamentos do rapel 
Os equipamentos de tem de ter qualidade e apresentarem um bom estado de conservação. 
Segundo o instrutor de rapel, Saulo Roberto, a qualidade é fundamental. "Você é dependente do 
equipamento, portanto preste muita atenção se ele é certificado para o esporte e seu estado de 
conservação é bom". 
As cordas geralmente fabricadas de Poliamida, uma fibra sintética resistente ao atrito. 
Elas são classificadas em dinâmicas e estáticas, as dinâmicas são utilizadas para escaladas e as 
estáticas para rapel, canyoning, (resgate). 
Os mosquetões são peças feitas de duralumínio, uma 
liga especial que proporciona grande resistência. A 
função desse objeto é fazer ancoragens, costuras, 
prender o escalador a corda, etc. 
Os freios oito são fabricados com o mesmo material 
dos mosquetões e são a ligação do atleta com a 
corda. As cadeirinhas que são feitas de nylon 
resistente com costuras especiais. O anel é de 
poliamida e é usado para ancoragens, resgate e como fitas guias. 
História do rapel 
A técnica do rapel foi "inventada" em 1879 por Jean Charlet-Stranton e seus companheiros 
Prosper Payot e Frederic Folliguet durante a conquista do Petit Dru, um paredão de rocha coberta 
de gelo e neve, perto de Chamonix, na França. 
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E-mail: priscilamayara0820@gmail.comPor ser uma atividade de risco, eles viram-se obrigados a trocarem suas cordas de algodão, que 
muitas vezes não duravam e se rompiam com facilidade, por equipamentos especializados e de 
maior resistência, surgindo assim algumas empresas pioneiras em materiais de exploração. 
O rapel foi se tornando uma forma de atividade praticada nos fins de semana, à medida que as 
explorações e técnicas foram se popularizando, 
surgindo assim novas modalidades. 
Até hoje, o rapel é usado nas forças armadas para 
resgates, ações táticas e explorações, por ser a 
forma mais rápida de descer algum obstáculo. 
No Brasil, o rapel apareceu há 15 anos com os 
primeiros espeleólogos, pessoas que exploram 
cavidades naturais, tais como a formação das 
grutas, cavernas, fontes e águas subterrâneas. 
Somente nos últimos anos ele tem sido visto como 
esporte. 
Os rapeleiros, como são chamados os praticantes, descem grutas, cachoeiras e até prédios 
utilizando um material que garante a segurança e o sucesso da descida. Durante o trajeto, é 
possível realizar algumas manobras na cadeirinha, como balançar e até ficar de cabeça para 
baixo. 
Sandboard 
Deslizar por dunas de areia realizando manobras radicais a bordo de uma prancha. Esse é o 
sandboard, um esporte que mistura as manobras do surfe, do skate e do snowboard, 
proporcionando muita adrenalina aos praticantes. A mistura de todos esses ingredientes fazem do 
sandboard uma ótima opção para os amantes da aventura. 
Para o bi-campeão mundial e tri-campeão sul-americano, Digiácomo Dias, o sandboard 
representa tudo. "Pratico desde os 15 anos e não pretendo mais largar. Quem nunca 
experimentou não sabe o que está perdendo". 
Equipamentos do sandboard 
A Prancha: Sem dúvida o acessório mais importante para a prática do sandboard é a prancha. 
Adaptada do snowboard, ela possui um tamanho aproximadamente entre 1,20m e 1,70m de 
comprimento. É geralmente feita de madeira ou de fibra (de vidro ou de carbono), revestida na 
face inferior com uma placa de fórmica, aço inox ou plástico, o que permite um maior 
deslizamento. As presilhas, que aumentam o domínio sobre a prancha e auxiliam na hora da 
descida e das manobras. 
Existem vários tipos de pranchas, uma delas é a de velocidade, que tem a parte da frente menor 
que a de trás, o que possibilita uma maior velocidade. Já a prancha de manobras tem borda nos 
dois lados, o que permite uma maior variação na hora da descida. 
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Deck: O deck é uma proteção de borracha que se coloca em baixo das presilhas, protegendo os 
tornozelos do impacto dos saltos. Eles ainda evitam que os pés escorregarem na hora da 
descida. 
Vela: Sem as velas o sandboarder não consegue escorregar. Em contato com a areia, a vela faz 
com que a prancha deslize. Ela deve ser passada na parte inferior da prancha. Mas tem que 
tomar cuidado para não passar demais, pois ela pode ter o efeito contrário quando passada em 
excesso. Já existem velas com pó de grafite, que garantem uma maior velocidade. Outros atletas 
preferem utilizar o giz de cera, já que garantem que tem uma maior durabilidade. 
Botas de Sandboard: As botas funcionam como as botas de esqui e snowboard e diminuem a 
chance do snowboarder torcer o tornozelo, além de darem maior estabilidade ao atleta. 
Capacete: Segundo o bi-campeão mundial e tri-campeão sul-americano, Digiácomo Dias, a 
utilização dessa proteção é fundamental. "O capacete evita maiores problemas em caso de queda 
e estará sempre te ajudando". 
Historia do sandboard 
O sandboard surgiu no Brasil e é um esporte 
relativamente recente: foi inventado em 1986, em 
Florianóppolis. A idéia partiu de alguns surfistas que 
procuravam alguma coisa pra fazer quando as ondas não 
estavam boas para a prática do surf. 
 
No início, os praticantes usavam pedaços de pranchas 
quebradas, de madeira e até de papelão para descer 
pelas dunas. Hoje em dia, as pranchas do sandboard se parecem bastante com a prancha de 
snowboard, e já existem algumas feitas com fibra de carbono, o material mais avançado do 
mercado. 
Nos últimos anos o esporte vem crescendo bastante, ganhando novos adeptos a cada dia, 
principalmente após a veiculação de matérias na mídia. Atualmente, o esporte é praticado em 
diversos países do mundo: Argentina, Uruguai, Estados unidos, África, Austrália, entre outros. 
 
Trekking 
Caminhar por trilhas naturais, desfrutando do contato com a natureza e, ainda por cima, cercado 
de belas paisagens em locais pouco conhecidos. Quem pratica o trekking ou Caminhada, tem 
essa oportunidade, e esse é sem dúvidas o principal motivo que faz do esporte um dos que mais 
cresce. 
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Os praticantes da modalidade aliam o prazer em contemplar a natureza com os benefícios da 
atividade física, tentando fugir do stress do dia-a-dia. Os percursos podem ser curtos ou longos, 
importando apenas o prazer em caminhar. 
O baixo custo da atividade, aliado com os vários níveis de dificuldades, proporciona ao praticante 
toda a segurança necessária e, é um dos principais motivos para o desenvolvimento do esporte. 
"Nos últimos anos o crescimento tem sido muito grande. As provas cada vez contam com mais 
equipes", disse o Diretor do Departamento de Trekking da ABEA (Assossiação Brasileira de 
Esportes de Aventura), Esdras Martins. 
Equipamentos do trekking 
Os equipamentos necessários para o Trekking são mais baratos que o de outros esportes de 
aventura, mas mesmo assim precisam ser escolhidos com todo o cuidado, já que podem ser tanto 
os melhores aliados como os maiores inimigos. 
Por se tratar de uma caminhada, os tênis são de fundamental importância. As botas, por 
oferecem segurança ao tornozelo nos diversos terrenos, são as mais recomendadas. 
O ideal é que se utilize duas meias, uma fina com outra de lã por cima. Dessa maneira estará 
diminuindo o atrito dos pés com o calçado. As meias de algodão, por encharcarem facilmente, 
são desaconselhadas para o esporte. 
Outro objeto indispensável é a bússola. Para garantir o sucesso na prova é recomendável que se 
leve mais de uma. É necessário saber utilizar a bússola da maneira correta, já que um erro de 
direção pode acabar com as chances da equipe. 
 
Todo praticante vai ter sede e precisa se hidratar durante a prova. É por isso que um cantil, de no 
mínimo 1 litro, deve estar sempre com o competidor. 
Para calcular as distâncias entre os percursos são necessárias calculadoras. É importante que a 
equipe possua mais de uma, em caso de quebra. As pilhas não podem ser deixadas de lado e o 
ideal é que se tenham pilhas reservas em caso de falta. 
Os relógios individuais são os maiores aliados para que o tempo estipulado em cada parte do 
percurso seja cumprido. Os modelos digitais facilitam a visualização e oferecem maiores 
possibilidades. 
Os bonés ou chapéus também são de grande utilidade, pois protegem do sol e da chuva, 
facilitando a leitura das planilhas durante o percurso. 
Para a conservação e proteção dos objetos e planilhas, os plásticos são fundamentais. Além 
disso, para guardar todos os objetos acima, mais canetas, lanterna pequena, kit de primeiros 
socorros e alimentos energéticos, é necessário uma mochila ou pochete. 
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História do trekking 
A história do trekking é antiga e teve origem no início do século XIX. A palavra trek tem sua 
origem na língua africâner e passou a ser empregada pelos vortrekkers, os primeiros 
trabalhadores holandeses que colonizaram a África do Sul. 
O verbo trekken significa migrar e carregava uma conotação de sofrimento e resistência física, 
numa época em que o único meio elocomoção era a caminhada. 
Quando os britânicos invadiram a região, a palavra foi absorvida pela língua inglesa e passou a 
designar as longas caminhadas realizadas pelos exploradores em direção ao interior do 
continente. 
Atualmente utiliza-se a palavra também em português, significando caminhadas em trilhas 
naturais em busca de lugares interessantes para conhecer, possibilitando um contato com a 
natureza. No Brasil, o trekking surgiu em 1992 em São Paulo, por amantes da natureza, que 
resolveram adaptar as regras dos enduros de moto e jipe à caminhada ecológica. 
 
Skate 
O Skate é, sem dúvida, um dos esportes radicais mais conhecidos atualmente. Sua popularidade 
vem dos grandes ídolos do esporte e da grande cobertura da imprensa. Nos últimos anos o 
crescimento do skate trouxe um grande número de patrocinadores e os campeonatos são cada 
vez mais disputados. 
O skate deixou de ser apenas um esporte e, hoje, é 
um estilo de vida. Os principais skatistas além de 
viverem do esporte, ditam moda. O esporte 
movimenta milhões de dólares todos os anos e sua 
indústria é uma das mais prósperas indústrias do 
esporte no mundo. 
No Brasil o skate tem se desenvolvido a passos largos 
e os maiores ídolos do esporte são os campeões mundiais Bob Burnquist e Sandro Dias, mais 
conhecido como Mineirinho. 
Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Skate, Alexandre Viana, o Brasil é a 
segunda maior potência do esporte no mundo. "Só ficamos atrás dos americanos. Mesmo com 
toda estrutura que eles tem, competimos de igual para igual". 
Equipamentos do skate 
O skate é composto basicamente por quatro partes. São elas: shape, truck, rolamento e roda. O 
shape é a tábua de madeira na qual o skatista apóia os pés. Hoje em dia a evolução dos modelos 
proporciona maior equilíbrio e facilidade na hora de dar as manobras. 
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Geralmente os shapes são iguais dos dois lados, aumentando a variedade de manobras. A lixa é 
colocada sobre a parte superior e prende o pé do skatista. 
O truck funciona como um elo de ligação entre o shape e as rodas. Ele é preso ao shape e tem 
grande importância. Os melhores são os que apresentam grande resistência e flexibilidade. 
O rolamento é essencial para um bom desempenho do skate e quem determina a velocidade que 
o mesmo irá ter. Geralmente um rolamento mais resistente é utilizado para o street e os mais 
rápidos para o half pipe. 
Por último vêm as rodas. São elas que tem todo o contato com o chão e proporcionam a 
estabilidade além da velocidade ao atleta. Uma boa qualidade das rodinhas faz muita diferença 
na hora de andar. 
História do skate 
O skate surgiu nos anos 60, na Califórnia, Estados Unidos, inventado por surfistas como uma 
brincadeira para os dias que o mar estava sem ondas. Eles juntaram as rodinhas dos patins com 
um shape, e criaram, assim, o skate. 
Apesar do equipamento precário, o esporte conquistou logo os jovens, que se tornariam os 
primeiro skatistas. Em 1965 foram fabricados os primeiros skates, juntamente com a organização 
dos primeiros campeonatos. 
Nos anos 90, o esporte se consolidou e surgiu o maior skatista de todos os tempos, o norte-
americano Tony Hawk. O atleta revolucionou o skate com seus aéreos e flips e trouxe 
definitivamente novos ares ao skate moderno. Suas manobras são até hoje espelho para os 
principais skatistas e seu nome já é tema de jogo de vídeo-game. 
Atualmente os skatistas norte-americanos e brasileiros são os melhores do mundo e os que 
geralmente ganham a marioria dos campeonatos. 
O Brasil conta com dois grandes nomes de destaque: Sandro "Mineirinho" Dias e Bob Burnquist. 
O tetracampeão mundial Mineirinho é considerado o rei do 540, e foi o terceiro skatista do mundo 
a acertar a manobra 900º. 
Bob Burnquist nasceu no Brasil, mas mudou-se aos 13 anos para os Estados Unidos buscando 
se profissionalizar no skate. O auge de sua carreira foi em 2000, quando conquistou o Münster 
Monster Mastership e o Circuito Mundial de Skate. 
O Circuito Brasileiro de Skate Profissional foi inaugurado há 16 anos e realizado pela UBS (União 
Brasileira de Skate). A disputa conta com provas passando por estados como São Paulo, Rio de 
Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Brasília, realizadas pela CBSK 
(Confederação Brasileira de Skate). 
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O Circuito Mundial é organizado pela WCS (World Cup of Skateboarding) e conta com um 
calendário com provas que passam por países como Canadá, Inglaterra, Alemanha, Suíça, 
Estados Unidos e Brasil. 
 
Snowboard 
Deslizar com uma prancha sobre a neve mandando manobras radicais. Esse é o snowboard, um 
esporte reconhecido internacionalmente e que atualmente é 
praticado em qualquer ponto de neve do mundo. 
O snowboard ganhou notoriedade ao ser veiculado em 
comerciais de TV e filmes dos anos 80, principalmente no 
clássico filme de James Bond. A partir daí, o grande público 
passou a conhecer e admirar o esporte. 
Apesar de só ser praticado na neve, o Brasil já conta com um campeonato nacional, disputado 
anualmente em Valle Nevado, no Chile. Se você curte adrenalina, está no caminho certo. O surf 
chegou para mudar a sua vida. 
Equipamentos do snowboard 
O snowboard utiliza três equipamentos básicos. São eles: as botas, os bindings (presilhas) e a 
prancha. É importante na hora em que você for comprar o equipamento que experimente todos os 
produtos, para não se arrepender depois. Não é porque seu ídolo utiliza um tipo de material que 
você vai usar também. Escolha aquele que melhor se encaixa em seu perfil, de acordo com suas 
características. 
Antes de comprar, pesquise bastante. Como o material é relativamente caro, não compre logo na 
primeira loja. O primeiro item a escolher deve ser a bota, pois é de acordo com o tamanho dela 
que o ateleta escolherá os outros equipamentos. 
Os bindings e a prancha devem ser escolhidos depois. Aquele que se adaptar melhor a você é o 
modelo ideal. Sempre antes de comprar teste os materiais. 
Historia do snowboard 
Existem muitas discussões sobre quem seria o verdadeiro pai do snowboard. Seja Sherman 
Poppen, Dimitrije Milovich, Jake Burton ou Tom Sims, todos tiveram grande importância para o 
desenvolvimento e crescimento do esporte. 
No dia de Natal em 1966, o engenheiro norte-americano Sherman Poppen juntou dois esquis 
para sua filha brincar. Sherman prendeu os dois esquis lado a lado, colocou tiras de couro e um 
pedaço de madeira em forma de cruz para servir de apoio para os pés. A esposa dele sugeriu o 
nome de Snurfer, uma mistura de snow e surf. 
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As crianças começaram a pedir que Sherman fizesse mais snurfers. Foi então que a empresa 
Brunswick comprou os direitos do engenheiro e passou a comercializar o produto. A primeira 
competição de snurfer aconteceu em 1968, em Michigan e consistia apenas em uma descida em 
linha reta. 
Em 1969 o surfista esquiador Dimitrije Milovich começou a fabricar pranchas com desenho 
inspirados nas pranchas de surf. Assim nasceu o Winterstick, desenhado com uma largura três 
vezes maior para ser usada sobre a neve fofa. 
Em 1972, Bob Webber conseguiu patente para a sua criação: o Skiboard, que apresentava um 
formato mais parecido com os usados atualmente. Por volta de 1977, Tom Sims e Jake Burton 
Carpenter criaram suas próprias empresas e começaram a vender seus modelos. A contrinuição 
de Jeff Grell também foi determinante: ele criou a primeira fixação para os pés. 
Apesar de praticamente não ter neve no Brasil, milhares de brasileiros viajam todo ano ao exterior 
para praticar ski e snowboard. O esporte vem crescendorapidamente entre os jovens, atraindo 
atletas do skate, wakeboard e do surf. Muitos esquiadores migraram para o snowboard, pois 
encontraram um esporte com mais ação, já que oferece uma quantidade muito superior de 
manobras. 
Em 1995 realizou-se o 1º Campeonato Brasileiro de Snowboard em Valle Nevado, no Chile. 
Desde então, o campeonato ocorre anualmente. No inverno de 2000 a neve chegou em São 
Paulo, mas ela não veio do céu, e sim do equipamento que fabricava para o Big Air, uma 
competição/demonstração no Pacaembu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESPORTES DE AR 
Acrobacia aérea 
A acrobacia aérea é, sem dúvidas, um dos mais belos 
esportes radicais, tanto pela sua plasticidade quanto pela 
dificuldade. Até porque são poucos os que conseguem 
pilotar um avião com tanta perícia e habilidade. 
O esporte sempre atrai multidões para as suas 
apresentações. Misturando a técnica com a audácia e a 
arte com a adrenalina, a acrobacia aérea conquista 
qualquer um a primeira vista. 
A prática surgiu após o término da 1ª Guerra Mundial, quando os pilotos mais habilidosos 
começaram a realizar manobras com as aeronaves que se encontravam sem função. 
Hoje em dia os aviões são projetados especialmente para o esporte, e as competições 
acontecem em todos os cantos do mundo. 
Segundo o piloto e membro da Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO), Augusto 
Pagliacci, o Brasil é uma das potências do esporte. "Atualmente somos a 6ª maior potência da 
Acrobacia Aérea no mundo, tanto em número de pilotos quanto de aviões", diz Pagliacci. 
Historia da acrobacia aérea 
O marco inicial da acrobacia aérea foi o término da Primeira Guerra Mundial. Com o final dos 
combates, sobraram muitos aviões, que não tinham mais utilidade. Alguns pilotos começaram 
então a realizar acrobacias com os aviões, que, como não eram construídos com essa finalidade, 
sempre ofereceram grande risco aos pilotos. A técnica aprendida durante os combates, fez com 
que eles adquirissem grande habilidade. 
Hoje, o risco é menor, já que as aeronaves são projetadas com um maior nível de conhecimento 
e seguindo uma série de normas que dão maior segurança ao piloto de acrobacia aérea. 
No Brasil, as primeiras referências de acrobacia aérea são de 1922, quando os irmãos italianos 
Robba, iniciaram as instruções acrobáticas na primeira escola de aviação do Campo de Marte em 
São Paulo, com uma aeronave Bleriot. 
Logo depois dos irmãos Robba, surgiram grandes nomes que se tornaram verdadeiros mitos, 
entre eles os Comandantes Camargo e Pedroso, que, segundo os mais antigos, disputavam a 
mais bela passagem por debaixo do Viaduto do Chá, no centro de São Paulo. 
Um nome que também marcou a acrobacia aérea brasileira foi Alberto Berteli, que começou 
formando acrobatas na década de 40 no Aeroclube de São Paulo e nunca mais parou. Berteli foi 
o responsável pelo surgimento da acrobacia esportiva na década de 70, através de seus alunos e 
seguidores. 
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A Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO) começou a surgir com a criação do 
Departamento de Acrobacia Aérea do Aeroclube de São Paulo, que estabeleceu a idéia de se 
organizar a acrobacia no país. Com a ACRO, também veio o 1º Campeonato Paulista de 
Acrobacia Aérea, que foi realizado em Itu, em 1983. A ACRO só foi criada oficialmente em 1988, 
na sede do Departamento de Aviação Civil (DAC), no Rio de Janeiro. 
 
Asa delta 
O vôo livre vem colorindo os céus do Brasil há quase 30 anos. Do primeiro vôo no Alto do 
Corcovado, até hoje, muito se passou. O esporte cresceu, ganhou notoriedade e popularidade. 
A arte de domar os ventos proporciona a quem 
pratica uma sensação única de liberdade. 
Quem nunca quis poder voar como os 
pássaros? Pois é, quem faz asa delta sabe 
muito bem como é isso. 
Desde a mitologia com Édipo, a humanidade 
tentou buscar essa conquista. Agora que 
conseguimos, por que você vai ficar de fora? 
A segurança do esporte é uma das principais características que mais chamam a atenção e é a 
mola propulsora do desenvolvimento. 
Equipamentos do asa delta 
O equipamento básico da asa delta consiste em algumas partes fundamentais que não devem 
pesar mais que 15 kg. São elas: asa delta, cinto de vôo, pára-quedas de emergência, capacete e 
2 mosquetões. 
O preço do equipamento é alto para os padrões brasileiros. Existem equipamentos já usados, 
mas nem sempre é a melhor saída. Se você tiver condições o ideal mesmo é investir e um bom 
equipamento. 
Pára-quedas de emergência na asa delta 
Historia da asa delta 
A história da Asa Delta não é tão antiga quanto o desejo do homem de conquistar o céu. Desde a 
mitologia de Édipo, esse desejo persegue o homem e foram realizadas muitas tentativas com o 
objetivo de voar. 
Mas foi depois da II Guerra Mundial que a asa delta, de fato, surgiu. Um pesquisador chamado 
Francis Rogallo foi o primeiro a registrar a patente das asas flexíveis, em 1951. Essa descoberta 
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foi fundamental para o surgimento do esporte. Na mesma época a NASA utilizou a invenção de 
Rogallo para auxiliar na aterrissagem de foguetes. 
O primeiro desenho de uma asa delta como conhecemos atualmente foi realizado por Al Hartig 
em 1966. A história no Brasil começou quando um piloto francês fez um vôo do alto do Corcovado 
no Rio de Janeiro em 1974. 
O primeiro piloto brasileiro a voar foi Luiz Cláudio, que entrou por acaso na história. Algumas 
pessoas buscando um morro ideal para iniciar as aulas, encontraram Luiz, que tinha um terreno 
de acordo com as necessidades para o curso. 
Seu primeiro vôo foi realizado no dia 7 de setembro de 1974 no topo da Pedra da Agulhinha, em 
São Conrado. Em 1975, o número de pilotos já era mais de uma dezena e resolveram, então, 
realizar o 1º Campeonato Brasileiro de Vôo Livre. 
No final de 1975, foi fundada então a Associação Brasileira de Vôo Livre (ABVL) com o objetivo 
de controlar o acesso à rampa de vôo livre em São Conrado, que acabou sendo definitivamente 
cedida aos pilotos e utilizada até hoje. 
Atualmente a asa delta evoluiu bastante e os equipamentos do passado, deram lugar a asas mais 
modernas, projetadas por engenheiros aeronáuticos. Alguns modelos chegam à custar mais de 
10.000 dólares. 
 
Balonismo 
 
Ficar mais próximo do céu. É essa a sensação 
que o balonismo proporciona aos praticantes do 
esporte. A eterna vontade do homem de conquistar o 
céu ganhou força e hoje em dia é uma realidade. 
Toda a evolução das técnicas de vôo fez com 
que a utilização do balão ficasse segura e, quem quer 
se aventurar tem toda a certeza de que vai apenas 
curtir o passeio, sem nenhum risco. 
O verdadeiro nascimento do balonismo aconteceu quando dois irmãos franceses, Etiene e 
Joseph Montgofier, em 1783, realizaram o primeiro teste com um balão. O teste foi um sucesso e 
a partir daí novos vôos foram programados. 
Atualmente existem campeonatos de balonismo por todo o mundo. No Brasil, em 1987 foi 
fundada a Associação Brasileira de Balonismo (ABB), entidade máxima do esporte no Brasil. 
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―O campeão brasileiro de balonismo, Rubens Kalousdian, acredita que qualquer um pode 
praticar. "Apesar do custo ser relativamente alto, as equipes se juntam e dividem os custos. 
Dessa maneira todos conseguem participar e estamos tendo um crescimento no número de 
equipes". 
equipamentos do balonismo 
O balão é dividido em algumas partes independentes, cada uma com uma função diferente. 
Vamos a elas: 
Envelope: oEnvelope é com certeza a parte do balão que mais chama a atenção, pelo seu 
tamanho. É também quem dá a forma ao equipamento. Geralmente feitos de nylon, são 
preparados para agüentar um calor de até 400ºC e realizar vôos de até 700 horas. 
Maçarico: O maçarico é como se fosse o motor do balão. É ele quem transforma o gás em chama 
e faz com que o envelope mantenha-se cheio. É a partir do maçarico que o balão é controlado. 
Cilindro: O cilindro guarda o gás utilizado para a combustão. Funciona como o tanque do 
automóvel. A quantidade de gás varia de acordo com o tamanho do balão e com o tempo de vôo. 
Cesto: Conhecido também como gôndola é utilizado para o transporte dos passageiros. É feito de 
um material leve e resistente, já que muito peso pode atrapalhar. 
Combustível: o combustível utilizado pelos balões é o propano, um gás derivado do petróleo 
usado pela indústria. 
Ventoinha: é utilizada para encher o balão com ar frio. 
Historia do balonismo 
O balonismo existe há cerca de 2 mil anos. A primeira demonstração foi feita pelo brasileiro Padre 
Bartholomeu de Gusmão que em 1709, com 23 anos, demonstrou ao Rei João V de Portugal um 
balão que subiu cerca de 4 metros, mas se incendiou. 
O verdadeiro nascimento das atividades aéreas foi com o vôo do balão dos irmãos franceses, 
Joseph e Etienne Montgolfier, que chegou a atingir cerca de 2.000m de altura. 
Alguns brasileiros se sobressaíram no desenvolvimento do balonismo, como Júlio César Ribeiro 
de Souza em 1881, com o "Victória", Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, em 1893 com o 
"Bartholomeu de Gusmão" e, finalmente, Alberto Santos Dumont, com sua série de dirigíveis. 
No começo, os balões prestavam bons serviços à espionagem nas guerras. Napoleão Bonaparte 
usava-os para observar as movimentações na retaguarda do inimigo e estudar o terreno da 
batalha. Chegou a criar o primeiro Corpo Militar de Balões. Durante a Guerra Civil Americana, 
ambos os lados utilizaram balões ancorados, como postos de observação. Também, na Guerra 
do Paraguai, o Brasil aproveitou os balões para observação militar. 
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Os balões foram também o berço de outras atividades: o 
fotógrafo Félix Nadar, em 1858, tirou a primeira fotografia 
aérea da cidade de Paris, onde tudo havia começado. O 
primeiro campeonato de balonismo ocorreu em 1963 e o 
primeiro campeonato mundial em 1973. A partir daí, o 
crescimento do balonismo foi grande. 
O Brasil, que foi pioneiro com Bartholomeu de Gusmão, 
teve seu renascimento com Victorio Truffi, que construiu um 
balão e voou em Araraquara, São Paulo, em 1970. Este foi 
o primeiro vôo da América do Sul de um balão de ar quente moderno. 
O Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo aconteceu em 1986, em Casa Branca, São Paulo. 
Com ele, iniciou a organização da atividade no país, que levou à criação da Associação Brasileira 
de Balonismo, no mesmo ano. 
Parapente 
O parapente é um esporte que mistura toda a adrenalina com a tranqüilidade, em uma sintonia 
perfeita. É uma modalidade na qual o piloto e o parapente entram em total sintonia com a 
natureza. 
A principal recomendação do paraglidingé respeitar todas as normas de segurança. Dessa 
maneira você poderá desfilar pelos ares sem a menor preocupação. 
A história do esporte está diretamente relacionada com a conquista do espaço. É que os 
primeiros modelos de parapente foram confeccionados especialmente para as espaçonaves 
norte-americanas. 
Hoje o esporte é praticado por mais de 100 mil pessoas em todo o mundo. O Brasil ocupa 
atualmente a 7ª colocação do ranking. 
Equipamentos do parapentes 
O equipamento de parapente apresenta algumas características diferentes dos outros 
esportes, sendo basicamente composto de quatro itens: o velame, o selete, o pára-quedas de 
emergência e o capacete. O velame constitui a maior parte do equipamento e, é dividido em três 
partes: a vela, a linha e os tirantes. 
A vela é feita de um tipo de nylon especial e funciona como uma asa. Uma de suas 
características principais é a resistência e a deformação, ou seja, o tecido muda de forma, 
alterando as características originais do parapente. 
O Selete funciona como um casulo e é onde o atleta fica durante o vôo. É importante que 
seja ajustada a cada piloto, pois seu conforto depende disso. 
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Para casos de emergência utiliza-se um para-quedas. Ele está acoplado o Selete e só é 
utilizado caso aconteça algo de muito grave. 
História do parapente 
A história do parapente começou nas pesquisas para retorno 
de cápsulas espaciais à Terra. O pára-quedista norte-
americano e engenheiro em aerodinâmica, David Barish, 
dedicou-se à criação de um novo pára-quedas especialmente 
destinado ao projeto Apolo, da NASA. 
David produzia alguns protótipos, até que, em 1965, ele construiu uma espécie de pára-quedas. 
Para realizar alguns ajustes, o americano decolou do monte Hunter, nos Estados Unidos. Logo 
após esse vôo, David colocou o nome de slope soaring na nova atividade. O equipamento 
possuía uma forma diferente dos parapentes atuais. 
O tecido inferior cobria um terço da corda e ele composto inicialmente de três e, logo em seguida, 
de cinco grandes gomos. Em 1973, David escreveu o primeiro manual de paragliding, que já 
mostrava o esporte como uma variante do vôo livre. O manual depois viria a ser considerado 
como guia para o parapente atual. 
Paraquedismo 
Voar, voar e voar. Esse é o resumo do paraquedismo, um esporte que possibilita ao homem 
sentir toda a liberdade de voar. Até o momento de abrir o paraquedas, é uma queda livre sem 
nada para atrapalhar, literalmente como o vôo dos pássaros. 
A adrenalina de ficar solto ar nasceu praticamente junta com os primeiros balões. É que o 
primeiro homem a saltar de pára-quedas foi o balonista francês Andre-Jacques Garverin, em 
1798. 
A sensação de voar logo fez com que as técnicas e equipamentos se desenvolvessem, o 
que facilitou, em muito, o seu crescimento. Hoje a grande divulgação e a segurança são as 
principais características do paraquedismo. 
Segundo o instrutor Osmar da Silva, quem procura o paraquedismo está decidido. "É difícil 
encontrarmos pessoas que desistem na hora. Geralmente quem vem procurar uma escola 
especializada já está com a idéia amadurecida, até porque não é uma decisão nada fácil". 
Equipamentos de paraquedismo 
O principal equipamento é mesmo o paraquedas. Parece óbvio falar, mas você depende dele. O 
principal cuidado que deve ser tomado é com a dobragem. Caso você não se sinta seguro para 
realizar, existem profissionais especializados. O cuidado com a manutenção e conservação do 
paraquedas também deve ser grande. 
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Em caso de problema com o paraquedas principal, o uso obrigatório do paraquedas de segurança 
evita qualquer tipo de acidente. O capacete, os óculos e o macacão são também equipamentos 
fundamentais. 
Historia do paraquedismo 
A história do paraquedismo está diretamente ligada a da 
conquista dos céus. É que o primeiro homem a saltar de 
um paraquedas foi o balonista francês Andre-Jacques 
Garverin. O francês e sua esposa foram os primeiros a 
saltar no ano de 1798. 
Depois de muitos saltos, a maioria com condições precárias, as forças armadas passaram a 
utilizar a técnica para invadir os territórios inimigos. O desenvolvimento dos paraquedas tornou 
possível uma maior segurança e por volta da década de 50 o paraquedismo começou a ser visto 
como uma forma de esporte. 
A dirigibilidade e a praticidade do equipamento foi conseguida através da evolução dos materiais 
utilizados. Hoje em dia o praticante tem todo o controlesobre a direção que quer seguir. Então 
quem quer começar no esporte não tem desculpa. 
 
 
ESPORTES DE ÁGUA 
Bodyboard 
Dropar altas ondas em uma prancha bem menor e mais flexível que a do surf, proporcionando 
manobras radicais e muita adrenalina. Esse é o bodyboard, um esporte que já é reconhecido em 
todo o mundo e que vem tendo um grande crescimento a cada ano. 
O número de praticantes também tem crescido e a indústria do bodyboard hoje já é uma das 
maiores do esporte. A organização e os grandes eventos favorecem esse crescimento. 
Atualmente o bodyboard conta com mais de 1 milhão de praticantes em todo o mundo. 
O Brasil é uma das maiores potências no esporte e já consagrou diversos campeões mundiais, 
entre eles o hexacampeão mundial, Guilherme Tâmega. No feminino, o Brasil dominou o Circuito 
Mundial de Bodyboard de 1988 a 2004. 
Mariana Nogueira venceu três vezes o circuito mundial, em 1988, 1992 e em 1998. Glenda 
Koslovski venceu em 1989 e em 1991. Stephanie Pettersen foi a que venceu o circuito mundial 
mais vezes, em 1990, 1993, 1994 e em 2002, sendo que nessa última, a atleta já estava 
naturalizada australiana. 
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Claudia Ferrari ganhou em 1995. Em 1996 e 1997 foi Daniela Freitas quem conquistou o mundial. 
Karla Costa venceu em 1999. Soraia Rocha ganhou em 2000 e 2001 e Neymara Carvalho 
conquistou o título em 2003 e 2004. 
Equipamentos do bodyboard 
O principal equipamento do bodyboard é, sem dúvidas, a prancha. Ela é a ligação do atleta com o 
mar e o instrumento que possibilita o contato com as ondas, a aventura e a adrenalina. Por isso 
todo cuidado é pouco. 
A escolha de um bom equipamento é fundamental. Uma boa prancha auxilia, e muito, o surfista. 
Quando você está pegando altas ondas, ela é sua única aliada e faz muita diferença. 
É preciso tomar alguns cuidados com a conservação do material. A capa para proteger a prancha 
é essencial e sempre deve ser utilizada. Outro ponto importante é evitar a prancha de bodyboard 
para outras atividades, como o sandboard. O atrito com a areia danifica o material. 
As nadadeiras ou pé de pato completam a lista dos materiais necessários para a prática do 
bodyboard. Elas auxiliam o atleta a pegar as ondas, dando uma força maior no momento de 
entrar na onda. 
Como não são baratas (as nacionais ficam a partir de R$ 30,00) deve-se tomar cuidado com a 
conservação do material. Quando sair do mar limpe as nadadeiras com água doce, assim você 
estará evitando que ela se deteriore antes do tempo. 
Para o Presidente da Federação Paulista de Bodyboard, Washington Teixeira, uma maneira de 
não jogar dinheiro fora é praticando o esporte. "Antes de fazer um investimento você tem que 
saber se realmente curte pegar onda. Então antes de comprar uma prancha pratique o 
bodyboard, mesmo que seja com uma prancha emprestada". 
Historia do bodyboard 
O bodyboard é um esporte bem antigo. Alguns desenhos e relatos do século XV mostram que na 
Polinésia já se surfava deitado. Nessa época, apenas os reis podiam surfar em pé e o povo só 
podia se divertir surfando de peito. 
Em 1971, Tom Morey foi consagrado o criador do bodyboard moderno no Havaí, graças à sua 
invenção: a prancha Morey Boogie. A construção dessa prancha foi de extrema importância para 
o desenvolvimento do bobydoard e até hoje é comum o esporte ser conhecido como morey 
boogie. 
Durante muito tempo, Tom Morey tentou imaginar uma prancha que pudesse ser surfada de uma 
maneira diferente da habitual. Depois de ter introduzido várias inovações em pranchas de surf, 
tentou inovar com um bloco de polietileno e desenhou algo totalmente diferente: a primeira 
prancha de bodyboard. 
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Os modelos começaram a ser vendidos e, em pouco tempo, o bodyboard conquistou os surfistas 
e foi ganhando novos adeptos. Com a expansão do bodyboard e a criação de entidades 
reguladoras, o esporte alcançou um alto reconhecimento, fazendo com que a indústria de 
bodyboard seja uma das maiores do esporte. 
O Brasil é uma das maiores potências do bodyboard e já consagrou diversos campeões mundiais, 
entre eles o hexacampeão mundial, Gulherme Tâmega. Entre as mulheres a situação é ainda 
melhor: o Brasil praticamente domina o Mundial desde 1988, com as conquistas de Mariana 
Nogueira, Glenda Koslovski, Stephanie Pettersen, Claudia Ferrari, Daniela Freitas, Karla Costa, 
Soraia Rocha e Neymara Carvalho. 
Canoagem 
A partir da necessidade do homem nasce um esporte. Essa é a história da canoagem, um esporte 
olímpico que por toda sua tradição e organização é tido como um dos principais no mundo dos 
esportes. 
A habilidade com as canoas é uma técnica que vem sendo aperfeiçoada por muitos povos, mas o 
esporte canoagem é recente e tem sua origem na América. 
A canoagem participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos na Alemanha, em 1936, se 
mantendo até hoje. 
No Brasil quem regulamenta o esporte é a CBC (Confederação Brasileira de Canoagem). Ela é a 
responsável por organizar as competições e determinar os campeões de cada modalidade. 
Para o presidente da Federação Paulista de Canoagem, Oswaldo Roman Espósito, o esporte tem 
tido um grande crescimento nos últimos anos apesar do pouco investimento. "Temos grandes 
atletas, mas ainda falta um apoio maior dos patrocinadores. Competimos com potências que 
estão no topo há 50 anos, como Hungria, Itália e Alemanha. Mesmo assim estamos fazendo um 
bom papel". 
Remo 
―Remo é o ato de deslocar um barco com ou sem timoneiro pela força muscular de um ou mais 
remadores, usando remos como alavancas e sentados de costas para a direção do movimento do 
barco‖. Essa definição é dada pela Associação Brasileira de Remo, órgão máximo do esporte no 
País. 
Toda a tradição do remo não é por acaso. O esporte 
foi utilizado como arma de guerra e grande aliado do 
comércio durante muitos séculos, além de ser um 
dos esportes prediletos entre a nobreza. 
Equipamentos da canoagem e remo 
Existem diferentes tipos de material para a 
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canoagem e o remo, variando de acordo com cada categoria. Na Slalom, por exemplo, o caiaque 
tem que ter uma grande resistência além de uma boa hidrodinâmica para enfrentar as descidas. 
Nessa categoria são utilizados canoas e caiaques. 
Já na categoria velocidade, a embarcação é feita para conseguir chegar à linha de chegada o 
mais rápido possível. Os materiais são mais leves e toda a hidrodinâmica é feita pensando na 
velocidade. Também competem canoas e caiaques. 
Historia da canoagem 
A canoagem nasceu na Groelândia, onde canoas serviam de veículo de pesca e trabalho aos 
esquimós. Existem registros também de que no século XVI índios americanos utilizavam canoas 
feitas de madeira e peles para retirar seu alimento dos rios e lagos. 
Caiaque, na língua local da Groelândia, significa "barco de caçador", e seu uso era permitido 
somente aos homens, que empregavam ossos de baleia, peles e tripas de focas para a 
construção da embarcação. 
Posteriormente, na América do Norte, surgiram as versões conhecidas como "canoas 
canadenses", embarcações feitas com troncos vazados. A canoagem como é conhecida hoje tem 
influência de 1864, quando o escocês MacGregor percorreu os rios da Inglaterra com seu caiaque 
Rob Roy. 
No Brasil, a canoagem surgiu como esporte informal no ano de 1943, através de um imigrante 
alemão, José Wingen, que construiu uma embarcação de madeira parecida com as que ele 
utilizava durante sua infância quando competia num clube da Alemanha. Mas foi nas décadas de 
70 e 80 que a canoagem teve um avanço com a chegada dos primeiros caiaques em fibra de 
vidro trazidosda Europa e da Argentina. 
A Confederação Brasileira de Canoagem foi fundada em 1988 e apesar de ser uma confederação 
relativamente nova já está conseguindo resultados expressivos na esfera internacional. 
Historia do remo 
Apesar de toda a história, desde os egípcios, o remo só passou a ser considerado um esporte a 
partir da metade do século XIX. 
Algumas regatas aconteceram antes dessa data, mas foi mesmo nessa época que o esporte 
tomou forma. As universidades inglesas de Cambrigde e Oxford adotaram o remo e, em 1829, 
realizaram a tradicional regata que anualmente revive, no Rio Tâmisa, os primórdios do remo. 
A partir daí o desenvolvimento foi rápido e as novas tecnologias aperfeiçoaram a maneira de 
como o esporte é praticado. Novas categorias foram surgindo, de acordo com o número de 
competidores. 
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O remo se tornou um esporte olímpico em 1900. Na América do Sul, o Brasil e a Argentina 
disputam a hegemonia do esporte. Nos campeonatos olímpicos os argentinos têm melhores 
resultados e levam ligeira vantagem. 
 
O que é Iatismo e Vela 
A vela tem sua história diretamente ligada as grandes 
navegações e a necessidade do homem de comércio, expansão 
de território e guerra. Foi com elas que as técnicas se 
desenvolveram e os adeptos foram surgindo. 
Mas a transformação da técnica em esporte só foi acontecer no século XVIII, na Holanda. 
As provas eram tidas como uma recreação aos comandantes e capitães de barcos. Hoje em dia o 
esporte olímpico Vela é conhecido como um dos mais tradicionais de todos os esportes. O Brasil 
é uma das potências do esporte no mundo e ganha muitas medalhas nos principais 
campeonatos. 
Historia do Iatismo e Vela 
A vela tem sua história diretamente ligada as grandes navegações e a necessidade do homem de 
comércio, expansão de território e guerra. Foi com elas que as técnicas se desenvolveram e os 
adeptos foram surgindo. 
Mas a transformação da técnica em esporte só foi 
acontecer no século XVIII, na Holanda. 
As provas eram tidas como uma recreação aos 
comandantes e capitães de barcos. Hoje em dia o esporte 
olímpico Vela é conhecido como um dos mais tradicionais 
de todos os esportes. O Brasil é uma das potências do 
esporte no mundo e ganha muitas medalhas nos principais campeonatos. 
 
Jet ski 
O esporte é praticado com motos aquáticas, popularmente conhecidas como Jet Skis. Elas foram 
criadas pela marca japonesa Kawasaki com o objetivo de presentear os principais investidores da 
empresa. A idéia deu tão certo que a fabricação passou a ser industrial e o Jet Ski virou um 
esporte. 
Desde 1992 existe a BJSA (Associação Brasileira de Jet Ski), que organiza as competições do 
esporte no Brasil, e tem como principal função normalizar, regulamentar e defender a imagem do 
esporte. 
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A principal dificuldade para quem quer iniciar é o fato do Jet Ski ter um valor muito alto. Não é 
qualquer um que tem dinheiro para comprar uma embarcação de aproximadamente R$ 20 mil. 
Mas mesmo assim nota-se um crescimento no número de praticantes. 
Segundo o presidente da BJSA, David Haddad Jr., o Brasil é a segunda maior potência do 
esporte no mundo. "Só ficamos atrás dos americanos. Em todos os anos que levamos todos os 
competidores ficamos na segunda colocação. O que falta é mais apoio aos nossos atletas". 
Equipamentos do Jet ski 
Como o próprio nome já diz, o Jet Ski é fundamental. Um bom equipamento é essencial para 
quem deseja competir. Mas para aqueles que querem iniciar no esporte, qualquer Jet Ski serve 
para se aperfeiçoar. 
Os equipamentos de segurança também são muito importantes. O colete salva-vidas e o 
capacete são peças fundamentais para todos que querem se aventurar de Jet. 
E para completar tem os auxiliares, que também fazem a diferença e dão o maior conforto. São 
eles: roupa de neoprene, botas pra jet ski, luvas, óculos e perneiras. 
Historia do Jet ski 
O jet ski é um produto com marca registrada da Kawasaki, uma das fábricas que produzem 
embarcações do tipo moto-aquática. O primeiro jet ski foi concebido pela Kawasaki Motors do 
Japão, quando um dos diretores solicitou ao departamento de desenvolvimento de produtos que 
criasse um "brinquedo" a motor para ser oferecido de presente aos melhores clientes. 
Durante vários anos a Kawasaki foi a única a fabricar motos-aquáticas e só depois de pelo menos 
dez anos é que surgiram outros modelos produzidos por outras fábricas, como a Bombardier, 
Yamaha e Polaris. 
Há pelo menos duas décadas as pessoas que estavam envolvidas com o jet ski decidiram 
promover pequenas corrias e gincanas, que foram apoiadas pela própria Kawasaki, já que 
naquela época ela era a única fabricante de jet skis. 
Criou-se também a Associação Internacional de Jet Ski (IJSBA), que passou a cuidar dos 
interesses das pessoas que possuíam jet skis e a promover as competições. Com a entrada de 
novos fabricantes no mercado, a Associação passou a se chamar Internacional Jet Sports 
Boating Association. 
A sigla continuou a mesma, mas a Associação passava a cuidar dos interesses dos competidores 
e adeptos de moto-aquáticas de qualquer marca e modelo. Atualmente, a IJSBA conta com mais 
de 30 países filiados que divulgam e promovem o esporte dentro das normas e regras 
internacionais e uniformes. 
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No Brasil, o jet ski é representado pela Associação Brasileira de Jet Ski (BJSA), que foi fundada 
em 1992 e tem como principal objetivo normalizar, regulamentar e defender a imagem do esporte, 
dentro das regras internacionais ditadas pela IJSBA. 
 
Kitesurf 
Voar sobre a água puxado por uma pipa. Esse é o princípio do kitesurf, um esporte relativamente 
novo, mas que vem ganhando novos adeptos ao redor do mundo. O equipamento do kite é 
basicamente a pipa e a prancha. 
O esporte é uma mistura de surfe, windsurf e wakeboard, e surge como uma opção aos 
praticantes desses esportes em dias onde as condições do tempo não são favoráveis. 
A pipa é feita do mesmo material utilizado na fabricação de uma asa-delta. Já a prancha pode ser 
tanto uma especial para o kite, como também uma prancha de surf. A segurança é um fator 
primordial no esporte, já que qualquer vacilo pode trazer sérios prejuízos ao praticante. 
Equipamentos do kitesurf 
Kite - O Kite (pipa) é feito com o mesmo tecido de um pára-
quedas, projetado de uma maneira que seja simples de 
usar por todas as pessoas. Sem a pipa, não existe o 
kitesurf, portanto é o principal equipamento do esporte. O 
formato de asa em arco facilita o vôo. 
Linhas - As linhas são o elo de ligação do kite com o 
surfista. Existem três tipos de linhas que exercem diferentes 
funções. A linha de vôo, que mede aproximadamente 30 
metros, liga o kite a barra de controle. A linha de freio serve 
para frear e as linhas principais, conhecidas por Kevlar, apresentam alta resistência e elasticidade 
mínima para o controle do kite. 
Barra controle - A barra é utilizada para controlar o kite. O atleta tem nela a possibilidade de 
comandar a direção e a velocidade. Com aproximadamente 90 cm de comprimento vem 
acompanhada de um sistema para frear a pipa em caso de emergência. 
Prancha - O estilo da prancha vai depender do estilo do atleta. Existem pranchas parecidas com 
as de surf e também com as de wakeboard. O diferencial é o tipo de material do qual ela é feita. 
Como os saltos são freqüentes, as pranchas têm que ser mais resistentes. 
Cinto - O cinto tem a função de conectar o atleta ao kite. Existem modelos que além das funções 
básicas propiciam maior conforto durante a velejada. 
Historia do kitesurf 
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O kitesurf moderno, como é praticado hoje, foi inventado por dois irmãos franceses: Bruno e 
Dominique Legaignoix. Os irmãos, que eram navegadores, surfistas e windsurfistas, 
desenvolveram uma pipa com câmaras de ar em 1984. Uma vez infladas, o ar não escaparia 
delas, o que permitia que fossem erguidas novamente da água toda vez que caíssem, sem 
precisar de ajuda de terceiros. 
A invenção dos irmãos Legaignoix foi patenteada e eles participaram de uma série de regatas 
internacionais de velocidade com esquis aquáticos para desenvolver o invento nos anos de 1985 
e 1986. Em 1993, as pipas, já então desenvolvidas, começam a ser vendidas. 
Antes da invenção dos irmãos Legaignoix o kitesurf já existia. A maioria das versões sobre o 
surgimento das pipas (em inglês, kites) aponta a China como seu lugar de origem, há mais de 2 
mil anos. As pipas ajudavam a navegação de barcos e o transporte de materiais pesados de 
construção. 
Em 1964, Domina Jalbert, dos Estados Unidos, criou a primeira pipa que era inflada de ar. Na 
década de 70, alguns americanos começaram a usar pára-quedas para puxá-los sobre esquis 
aquáticos. O holandês Gijsbertus Panhuise, em 1977, conseguiu patentear um equipamento em 
que uma pessoa é puxada por um pára-quedas em uma prancha e, em 1978, um barco movido à 
pipa, desenvolvido pelo americano Ian Day, ultrapassa a velocidade de 40 km/h. 
Na década de 80, algumas tentativas de combinar pipas com canoas, patins, patins de gelo, 
esquis, esquis aquáticos, entre outros, foram feitas. Uma delas foi a do suíço Andréas Kuhn, que 
levantava da água sobre uma prancha similar à de wakeboard e impulsionado por um 
equipamento de parapente de aproximadamente 25 m². Ele foi o primeiro a saltar a grandes 
alturas com ventos fracos e foi mostrado pela TV européia. 
Em 1998, em Maui no Havaí, foi disputado o que foi chamado de 1º Campeonato Mundial, nas 
modalidades de longa distância, wave e slalom. Dos 24 competidores, apenas dois optaram pelo 
kiteski e o resto usou as pipas infláveis. O americano Marcus Flahs Austin foi o campeão na 
classificação geral, com a pipa inflável. Cory Roeseler, com seu kiteski, ficou em segundo. 
No ano de 2000, foi criado o Kiteboard Pro World Tour, o primeiro Circuito Mundial de Kitesurf. O 
campeonato passou por países como Cabo Verde, República Dominicana, França e Rio de 
Janeiro. Na praia da Barra da Tijuca, no Rio, o francês Christopher Tasti e a neo-zelandesa 
Stephanie Gamble se tornaram os primeiros campeões mundiais. Os franceses Franz Olry e 
Anne Laure Pegon venceram a etapa do Rio. 
Em 2001, no segundo ano do Kiteboard Pro World Tour, o Rio encerrou mais uma vez o circuito e 
ganhou o status de Campeonato Mundial feminino. Os atletas fundaram a Kiteboard World 
Association (KWA) e nesse ano também foi criada a Associação Brasileira de Kitesurf (ABK), que 
promoveu o 1º Desafio Brasileiro de Kitesurf, na cidade de Araruama, vendido por Marcelo Cunha 
e Daniela Monteiro. 
Mergulho 
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O mergulho nasceu da vontade do homem de explorar o mundo submarino. Apesar de estar tão 
presente em nossa vida, o mar ainda é o maior, mais intrigante e desconhecido habitat terrestre. 
Milhares de descobertas realizadas através dos séculos por mergulhadores, além de ajudarem a 
contar a história do homem, criaram um esporte que hoje em dia é muito praticado no mundo 
todo. 
Das técnicas milenares, utilizadas para a busca de alimentos e armamentos, até as modernas 
tecnologias empregadas em mergulhos cada vez mais profundos, muitas vidas ficaram pelo 
caminho. Mas, com certeza, o sonho desses mergulhadores não foi em vão. 
Hoje em dia quem quiser se arriscar no mergulho tem todas as condições de explorar a vida 
marinha com toda a segurança. Para a atleta de mergulho livre detentora de 4 recordes mundiais 
e 8 sul americanos, Karol Meyer, o mergulho é um esporte como qualquer outro. "Para mergulhar 
não precisamos ser um Pelizari, uma Tanya Streeter, basta termos vontade de estarmos na água, 
alguns minutos a mais sem respirar para podermos descer nas profundezas, ficar mais tempo na 
piscina, ou então, percorrer uma grande distância submersa". 
Equipamentos do mergulho 
O Snorkel é o que permite a respiração quando o mergulhador se encontra na superfície da água. 
As nadadeiras auxiliam e dão mais força aos movimentos. 
O colete é que controla a flutuação do mergulhador. 
Os reguladores, como o próprio nome já diz, são feitos para regular a pressão do cilindro. 
O cilindro armazena o ar respirável. 
A máscara protege os olhos e permite a visibilidade. 
O cinto de lastro é muito importante pois é utilizado para compensar a flutuação. 
A roupa isotérmica mantém o calor natural do corpo dentro da água. 
O profundímetro indica a profundidade. 
Outros acessórios são: lanternas, bússola, facas, capuz, meias, botas, luvas, etc... 
Segundo a atleta de mergulho livre detentora de 4 recordes mundiais e 8 sul americanos, Karol 
Meyer, os gastos com os equipamentos podem variar. "Se o atleta morar em um local de clima 
quente durante todo o ano, não precisará de roupa de neoprene. Caso necessite o custo total 
deve ficar entre R$ 300,00 e 600,00". 
 
 
 
 
 
 
 
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Rafting 
Desbravar belas corredeiras descendo a bordo de um bote. 
Esse é o rafting, um esporte que mistura adrenalina com 
segurança, e que pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Por ser praticado em equipe, proporciona a toda a família ou a 
um grupo de amigos o prazer de desenvolverem uma atividade 
juntos. A amizade e o companheirismo são as grandes armas 
do rafting. 
Existem vários graus de dificuldade, para todos os gostos, por 
isso qualquer um pode se arriscar de acordo com sua vontade. 
O grande aumento no número de praticantes de rafting é resultado do crescimento de empresas 
especializadas e da grande veiculação do esporte na mídia. 
Além de tudo, o Brasil ainda garantiu um excelente resultado com a Equipe Bozo D'água, no 
campeonato mundial de 2003. Os jovens de Brotas ficaram na terceira colocação, na 
classificação geral. 
Equipamentos do rafting 
O bote tem de estar de acordo com os objetivos do grupo. Com características diferentes, os 
vários tipos de bote possibilitam ao grupo escolher qual o modelo mais indicado para cada tipo de 
corredeira. 
Ele é feito de um material resistente, o hypalon. Esse tecido é uma mistura de fibra de poliéster e 
neoprene. O tamanho varia entre 3,65m até 5,50m. Quanto maior o tamanho do bote melhor a 
estabilidade. 
Os itens de segurança são fundamentais no rafting. Os capacetes devem apresentar regulagem 
interna, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça. 
O modelo ideal de colete salva-vidas para o rafting deve ter uma alta flutuação, sistema de 
fechamento com presilhas reguláveis, um flutuador para cabeça. 
Os remos utilizados devem ser o mais leve e resistente possível. 
O comprimento dos remos é de 60 polegadas. Outro item fundamental é o cabo de resgate, que é 
uma corda elástica com aproximadamente 20 metros. 
Historia do rafting 
A primeira viagem de barco em corredeiras foi registrada em 1869, quando John Wesley Powel 
organizou a primeira expedição no Rio Colorado, nos Estados Unidos. Os aventureiros não 
tinham técnica para manobrar os barcos nas corredeiras e tiveram problemas de capotamentos e 
choques em pedras. 
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A história moderna do rafting teve início em 1842, quando Lieutenant John Fremont, do exército, 
fez suas primeiras expedições utilizando um barco

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