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<p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>2</p><p>Sumário</p><p>Conceito, Fontes e Princípios ...................................................................................................... 4</p><p>Parte Geral ............................................................................................................................. 14</p><p>Título I - Da Aplicação Da Lei Penal ................................................................................... 14</p><p>Título II - Do Crime.............................................................................................................. 25</p><p>Título III - Da Imputabilidade Penal ..................................................................................... 45</p><p>Título IV - Do Concurso De Pessoas .................................................................................. 47</p><p>Parte Especial ........................................................................................................................ 53</p><p>Título I - Dos Crimes Contra A Pessoa ............................................................................... 53</p><p>Capítulo I - Dos Crimes Contra A Vida ............................................................................ 53</p><p>Capítulo II - Das Lesões Corporais ................................................................................. 61</p><p>Capítulo III - Da Periclitação Da Vida E Da Saúde .......................................................... 65</p><p>Capítulo IV - Da Rixa ....................................................................................................... 70</p><p>Capítulo V - Dos Crimes Contra A Honra ........................................................................ 71</p><p>Capítulo VI - Dos Crimes Contra A Liberdade Individual ................................................. 77</p><p>Título II - Dos Crimes Contra O Patrimônio ........................................................................ 85</p><p>Capítulo I - Do Furto ........................................................................................................ 85</p><p>Capítulo II - Do Roubo E Da Extorsão ............................................................................. 87</p><p>Capítulo III - Da Usurpação ............................................................................................. 93</p><p>Capítulo IV - Do Dano ..................................................................................................... 93</p><p>Capítulo V - Da Apropriação Indébita .............................................................................. 94</p><p>Capítulo VI - Do Estelionato E Outras Fraudes ............................................................... 97</p><p>Capítulo VII - Da Receptação ........................................................................................ 102</p><p>Capítulo VIII – Disposições Gerais ................................................................................ 103</p><p>Título VI – Dos Crimes Contra A Dignidade Sexual .......................................................... 104</p><p>Capítulo I – Dos Crimes Contra A Liberdade Sexual .................................................... 104</p><p>Capítulo I-A - Da Exposição Da Intimidade Sexual ....................................................... 105</p><p>Capítulo II - Dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável ..................................................... 105</p><p>Capítulo IV - Disposições Gerais................................................................................... 107</p><p>Capítulo V - Do Lenocínio E Do Tráfico De Pessoa Para Fim De Prostituição Ou Outra</p><p>Forma De Exploração Sexual ....................................................................................... 108</p><p>Capítulo VI - Do Ultraje Público Ao Pudor ..................................................................... 109</p><p>Capítulo VII - Disposições Gerais.................................................................................. 110</p><p>Título IX - Dos Crimes Contra A Paz Pública .................................................................... 110</p><p>Título X - Dos Crimes Contra A Fé Pública ....................................................................... 113</p><p>Capítulo I - Da Moeda Falsa ......................................................................................... 113</p><p>Capítulo II - Da Falsidade De Títulos E Outros Papéis Públicos ................................... 115</p><p>Capítulo III - Da Falsidade Documental ......................................................................... 116</p><p>Capítulo IV - De Outras Falsidades ............................................................................... 120</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>3</p><p>Capítulo V - Das Fraudes Em Certames De Interesse Público ..................................... 121</p><p>Título XI - Dos Crimes Contra A Administração Pública ................................................... 123</p><p>Capítulo I - Dos Crimes Praticados Por Funcionário Público Contra A Administração Em</p><p>Geral ............................................................................................................................. 123</p><p>Capítulo II - Dos Crimes Praticados Por Particular Contra A Administração Em Geral . 132</p><p>Capítulo II-A - Dos Crimes Praticados Por Particular Contra A Administração Pública</p><p>Estrangeira .................................................................................................................... 136</p><p>Capítulo II-B - Dos Crimes Em Licitações E Contratos Administrativos ........................ 136</p><p>Capítulo III - Dos Crimes Contra A Administração Da Justiça ....................................... 138</p><p>Capítulo IV – Dos Crimes Contra As Finanças Públicas ............................................... 143</p><p>Título XII - Dos Crimes Contra O Estado Democrático De Direito .................................... 145</p><p>Capítulo I - Dos Crimes Contra A Soberania Nacional .................................................. 145</p><p>Capítulo II - Dos Crimes Contra As Instituições Democráticas ..................................... 145</p><p>Capítulo III - Dos Crimes Contra O Funcionamento Das Instituições Democráticas No</p><p>Processo Eleitoral ......................................................................................................... 146</p><p>Capítulo IV - Dos Crimes Contra O Funcionamento Dos Serviços Essenciais ............. 146</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>4</p><p>CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS</p><p>Direito Penal - Conceito</p><p>➢ É o ramo do Direito Público que procura proteger os bens jurídicos mais importantes da sociedade,</p><p>criando leis para aplicar penalidades em relação a condutas consideradas criminosas;</p><p>➢ Conforme CAPEZ¹: O Direito Penal é o seguimento do ordenamento jurídico que detém a função de</p><p>selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de</p><p>colocar em risco valores fundamentais para o convívio social, e descrevê-los como infrações penais,</p><p>cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras</p><p>complementares e gerais necessárias à sua correta e justa aplicação.</p><p>➢ Conforme SANCHES², o Direito Penal possui uma:</p><p>✓ Missão Imediata: Proteger bens jurídicos considerados fundamentais ao indivíduo para uma</p><p>convivência em coletividade. (Teoria Teleológica – Roxin).</p><p>✓ Missão Mediata: Limitar o poder de punir do Estado e manter o controle social.</p><p>➢ "O Código Penal é a Magna Carta do Delinquente" (Franz Von Liszt). Ou seja, serve</p><p>➢ É o elo da conduta com o resultado naturalístico;</p><p>➢ Aplicado apenas aos crimes materiais;</p><p>➢ O nexo de causalidade possui algumas teorias:</p><p>✓ Teoria da Equivalência dos Antecedentes;</p><p>✓ Teoria da Causalidade Adequada;</p><p>✓ Teoria da Imputação Objetiva;</p><p>CP/40, Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-</p><p>se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.</p><p>Teoria da Equivalência dos Antecedentes</p><p>➢ Estabelece que a causa é toda a ação ou omissão sem a qual o resultado não se teria produzido.</p><p>➢ Tudo o que contribui, in concreto, para o resultado, é causa.</p><p>➢ Estabelece que se uma das ações executadas pelo agente não tivesse ocorrido, o resultado teria</p><p>deixado de acontecer.</p><p>➢ Adotado pelo CP;</p><p>CP/40, Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-</p><p>se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.</p><p>Teoria da Causalidade Adequada</p><p>➢ Adotada pelo C.P em situações específicas;</p><p>➢ Ocorre nos casos de concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produz</p><p>resultado.</p><p>➢ Nesse caso, a causa superveniente não é consequência da causa original da conduta concorrente, sendo</p><p>assim, considerada um evento fora da linha da normalidade.</p><p>➢ Concausas: Circunstâncias (preexistentes, concomitantes ou supervenientes) que são exercidas</p><p>paralelamente à ação do agente, influenciando no curso do resultado.</p><p>➢ As concausas podem ser:</p><p>✓ Absolutamente independentes:</p><p>• Não se vinculam à conduta do agente para gerar o resultado, podendo existir antes da conduta,</p><p>surgir durante ou depois.</p><p>• Com isso, a conduta do agente não contribui para o resultado, não respondendo por este.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>28</p><p>✓ Relativamente independentes:</p><p>• Vinculam-se à conduta do agente para gerar o resultado, podendo existir antes da conduta, surgir</p><p>durante e depois.</p><p>• Com isso, como a conduta do agente é causa para o resultado, aquele responde por este.</p><p>• OBS: Nas concausas supervenientes relativamente independentes, a causa superveniente pode:</p><p>✓ Produzir por si só o resultado; (Teoria da Causalidade Adequada)</p><p>✓ Ser consequência natural da ação do agente e influenciar na produção do resultado.</p><p>CP. Art. 13, § 1º- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o</p><p>resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.</p><p>Teoria da Imputação Objetiva</p><p>➢ Estabelece que a imputação apenas aconteceria quando o agente tivesse dado causa ao fato, existindo</p><p>de forma concomitante uma causalidade normativa com a origem de um risco não aceito para o bem</p><p>jurídico tutelado.</p><p>➢ Para a Teoria da Imputação Objetiva :</p><p>✓ A conduta deve dar origem ou ampliar um risco, caso não exista essa característica, o crime não</p><p>terá acontecido;</p><p>✓ O risco precisa ser vedado pelo direito;</p><p>✓ O risco precisa ser criado no resultado, não sendo imputado crime àquele que não criou o risco</p><p>para a ocorrência;</p><p>Tipicidade</p><p>➢ Trata-se da adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal.</p><p>➢ A tipicidade pode ser:</p><p>✓ Tipicidade Formal:</p><p>• É a conduta exercida pelo agente que está estabelecida (tipificada) na norma penal. (Conduta</p><p>praticada + previsão na lei penal);</p><p>• OBS: Adequação Imediata (Tipicidade Direta) ocorre quando a conduta praticada pelo agente é</p><p>aquela apresentada no tipo penal, sem análise de outro dispositivo, já a adequação mediata</p><p>(Tipicidade Indireta) ocorre quando é preciso a análise de mais de um dispositivo para adequar o</p><p>tipo penal que o agente cometeu.</p><p>✓ Tipicidade Material:</p><p>• Consiste em averiguar se uma conduta formalmente típica causou ofensa intolerável ao objeto</p><p>jurídico penalmente protegido.</p><p>• Se a conduta do agente não ocasionar uma lesão relevante ao bem jurídico, não ocorrerá</p><p>tipicidade material, apesar de existir previsão legal.</p><p>• A tipicidade material surgiu para limitar a larga abrangência formal dos tipos penais, impondo que,</p><p>além da adequação formal, a conduta do agente gere também relevante lesão ou perigo concreto</p><p>de lesão ao bem jurídico tutelado.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>29</p><p>Conceitos Importantes</p><p>Tipicidade</p><p>➢ Trata-se da adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na</p><p>lei penal.</p><p>➢ Excludentes de Tipicidade:</p><p>✓ Caso fortuito;</p><p>✓ Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente</p><p>de culpabilidade)</p><p>✓ Estado de inconsciência;</p><p>✓ Erro de tipo inevitável (escusável);</p><p>✓ Movimentos reflexos;</p><p>✓ Princípio da Insignificância.</p><p>Culpabilidade</p><p>➢ Consiste no juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente, que se exerce sobre</p><p>uma determinada pessoa que pratica um fato típico e antijurídico.</p><p>➢ Elementos da Culpabilidade:</p><p>✓ Imputabilidade Penal;</p><p>✓ Potencial Consciência da Ilicitude;</p><p>✓ Exigibilidade de Conduta Diversa.</p><p>➢ Excludentes de Culpabilidade:</p><p>✓ Erro inevitável sobre a ilicitude do fato.</p><p>✓ Coação moral irresistível.</p><p>✓ Obediência à ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico.</p><p>✓ Menoridade;</p><p>✓ Doença Mental;</p><p>✓ Desenvolvimento mental retardado ou incompleto;</p><p>✓ Embriaguez completa e acidental;</p><p>✓ Erro de proibição inevitável;</p><p>✓ Obediência hierárquica.</p><p>Ilicitude</p><p>➢ É a contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico,</p><p>capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.</p><p>➢ Excludentes de Ilicitude:</p><p>✓ Estado de necessidade;</p><p>✓ Legítima defesa;</p><p>✓ Estrito cumprimento de dever legal;</p><p>✓ Exercício regular de direito.</p><p>Relação de causalidade</p><p>Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.</p><p>Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.</p><p>Superveniência de causa independente</p><p>§ 1º- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o</p><p>resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.</p><p>Relevância da omissão</p><p>§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever</p><p>de agir incumbe a quem: (Rol Taxativo)</p><p>a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;</p><p>b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;</p><p>c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>30</p><p>Crimes Omissivos</p><p>Puros ou Próprios</p><p>➢ Consistem nos crimes que resultam do não fazer o que a lei manda, sem</p><p>dependência de qualquer resultado naturalístico.</p><p>➢ O resultado naturalístico é considerado irrelevante;</p><p>➢ São previstos em tipos penais específicos;</p><p>➢ Existe uma norma penal que descreve a omissão ou o não fazer.</p><p>➢ O omitente não responde pelo resultado, perfazendo-se o crime com a</p><p>simples omissão do agente.</p><p>➢ Não cabe tentativa.</p><p>Omissão de socorro</p><p>CP/40, Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,</p><p>à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em</p><p>grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro</p><p>da autoridade pública:</p><p>Omissão de Notificação de Doença</p><p>CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é</p><p>compulsória:</p><p>Impróprios ou Impuros</p><p>ou Comissivo por</p><p>Omissão</p><p>➢ O agente (garantidor) possuía o dever legal de agir para evitar o resultado,</p><p>porém não agiu, respondendo pelo resultado lesivo que ocorrer.</p><p>➢ O resultado naturalístico é relevante, sendo imputado ao agente que se</p><p>omitiu.</p><p>➢ Nesses crimes, a conduta de omissão do agente ao resultado é normativa e</p><p>não física, com isso o resultado é a ele imputado por descumprir a lei.</p><p>➢ Os delitos omissivos impróprios são crimes próprios, já que se exige do autor</p><p>uma qualidade especial.</p><p>➢ Cabe tentativa.</p><p>Relevância da omissão</p><p>Art.13. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para</p><p>evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:</p><p>a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;</p><p>b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;</p><p>c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.</p><p>OBS: Os crimes comissivos possuem uma relação de causalidade física ou natural, já os crimes</p><p>comissivos por omissão possuem uma relação de causalidade normativa.</p><p>Jornada de Direito e Processo Penal – Enunciado 29</p><p>A responsabilidade a título de omissão imprópria deve observar a assunção fática e real de competências</p><p>que fundamentam a posição de garantidor.</p><p>Art. 14 - Diz-se o crime:</p><p>Crime consumado</p><p>I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos (conduta, resultado naturalístico, nexo de causalidade</p><p>e tipicidade) de sua definição legal;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>31</p><p>Iter Criminis</p><p>➢ É o caminho percorrido pelo agente até a consumação do crime.</p><p>➢ É dividido em 04 etapas:</p><p>✓ Cogitação: É a idealização do crime na mente do agente, sem sua exteriorização, não sendo</p><p>punível, pois fica apenas na mente do indivíduo.</p><p>✓ Atos Preparatórios: O agente dá início aos preparativos, mas não inicia a prática do crime, sendo</p><p>considerados não puníveis, pois o crime não está em execução, salvo quando se tratar de um delito</p><p>autônomo.</p><p>Exemplo de crime autônomo: Crime de Associação Criminosa (CP/40. Art. 288.)</p><p>✓ Atos Executórios:</p><p>• O agente efetivamente começa a praticar a conduta criminosa, podendo provocar resultado.</p><p>• Atualmente, a teoria objetivo-individual é a mais adotada. Essa teoria estabelece que os atos</p><p>executórios são aqueles que ocorrem imediatamente antes do início da execução da conduta</p><p>expressa no núcleo do tipo penal.</p><p>✓ Consumação: O crime é oficialmente realizado atingindo o tipo penal previsto e causando a lesão</p><p>jurídica apresentada em lei penal.</p><p>CP/40. Art. 14 - Diz-se o crime:</p><p>I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos (conduta, resultado naturalístico, nexo de causalidade e</p><p>tipicidade) de sua definição legal;</p><p>Exaurimento</p><p>É o que ocorre após a consumação do crime, não ocorrendo à alteração da conduta tipificada.</p><p>Tentativa</p><p>II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.</p><p>Pena de tentativa</p><p>Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime</p><p>consumado, diminuída de um a dois terços. (TEORIA OBJETIVA)</p><p>Crime por Tentativa</p><p>Não estarão, em regra, presentes os elementos resultado e nexo de causalidade, pois o crime não foi</p><p>consumado;</p><p>Teoria</p><p>Subjetiva/Voluntarista/Monista Objetiva/Realística/Dualística</p><p>O agente é penalizado pela intenção de cometer a</p><p>tentativa.</p><p>O agente é penalizado pelos efetivos danos ou</p><p>perigos causados pela tentativa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>32</p><p>➢ O CP adota a teoria dualística, realística ou objetiva, que é aquela em que a tentativa é punida devido</p><p>ao perigo efetivo causado ao bem jurídico tutelado.</p><p>➢ A tentativa segue a regra da mesma pena do crime consumado, porém com uma redução de 1/3 a 2/3.</p><p>➢ Todos os crimes admitem tentativa, salvo:</p><p>✓ Crimes Culposos;</p><p>✓ Crimes Preterdolosos;</p><p>✓ Crimes Unissubsistentes;</p><p>✓ Crimes Omissivos próprios;</p><p>✓ Crimes de Perigo abstrato;</p><p>✓ Contravenções Penais;</p><p>✓ Crime de Atentado;</p><p>✓ Crimes habituais;</p><p>Tipos de Tentativa</p><p>➢ Tentativa Incruenta ou Branca: O agente pratica os atos executórios, no entanto, o objeto material ou</p><p>pessoa não é atingido pela conduta criminosa.</p><p>➢ Tentativa Cruenta ou Vermelha: O agente pratica os atos executórios e o objeto material ou pessoa é</p><p>atingido pela atuação criminosa.</p><p>➢ Tentativa Perfeita Acabada ou Crime Falho: É aquela em que o agente, mesmo esgotando os meios</p><p>executórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.</p><p>➢ Tentativa Imperfeita ou Inacabada: É aquela em que o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar</p><p>dos meios que tinha à sua disposição, não se consumando o crime, por circunstâncias alheias à sua</p><p>vontade.</p><p>➢ Tentativa Inidônea ou Quase Crime ou Crime Impossível: ocorre quando, por ineficácia absoluta do</p><p>meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.</p><p>STJ/AREsp 974.254-TO</p><p>Adotando-se a teoria objetivo-formal, o rompimento de cadeado e destruição de fechadura da porta da</p><p>casa da vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo, efetuar subtração patrimonial da</p><p>residência, configuram meros atos preparatórios que impedem a condenação por tentativa de roubo</p><p>circunstanciado.</p><p>Desistência voluntária e arrependimento eficaz</p><p>Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede</p><p>que o resultado se produza (Arrependimento Eficaz), só responde pelos atos já praticados.</p><p>Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz</p><p>➢ São consideradas causas de exclusão da tipicidade;</p><p>➢ Desistência Voluntária</p><p>✓ O agente desiste, por vontade própria, de seguir os atos executórios, mesmo podendo prosseguir.</p><p>✓ Desistência Voluntária: Resultado não é consumado devido à desistência do agente;</p><p>➢ Arrependimento Eficaz</p><p>✓ O agente pratica todos os atos executórios, porém se arrepende e impede a consumação do</p><p>resultado;</p><p>✓ OBS: Mesmo após tentar impedir o resultado e este vier a acontecer, o agente responde pelo</p><p>crime, porém com atenuação da pena.</p><p>✓ Ocorrendo à desistência voluntária ou arrependimento eficaz em crime de concurso de pessoas, a</p><p>desistência ou arrependimento de um valerá para os demais;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>33</p><p>Arrependimento posterior</p><p>Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,</p><p>até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois</p><p>terços.</p><p>Arrependimento Posterior</p><p>➢ Não exclui o crime, pois já foi realizado, porém diminui a pena.</p><p>➢ Não é aplicável se o crime é cometido com violência ou grave ameaça. No entanto, de acordo com parte</p><p>da doutrina, se a violência for culposa, tendo o agente antes da queixa se arrependido e tomado as</p><p>providências necessárias.</p><p>➢ Mesmo que a vítima se recuse de receber a reparação do dano, o agente tem direito a redução da pena;</p><p>Crime impossível</p><p>Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta</p><p>impropriedade do objeto,</p><p>é impossível consumar-se o crime.</p><p>Crime Impossível ou Tentativa Inidônea</p><p>➢ Consiste no ato que nunca seria consumado por causa da ineficácia absoluta do meio empregado ou</p><p>devido à impropriedade absoluta do objeto.</p><p>➢ O CP adota a teoria Objetiva da Punibilidade do Crime Impossível, não sendo possível punir a tentativa</p><p>inidônea;</p><p>➢ Ocorrerá crime impossível no caso de Flagrante Preparado, que é aquele em que as autoridades policiais</p><p>acabam induzindo o indivíduo a cometer o delito. Sem a incitação o indivíduo não cometeria.</p><p>STF/Súmula 145 – Flagrante Preparado</p><p>Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.</p><p>STJ/REsp 1.385.621/MG</p><p>A existência de sistema de segurança ou de vigilância eletrônica não torna impossível, por si só, o crime de</p><p>furto cometido no interior de estabelecimento comercial.</p><p>Teorias – Crime Impossível</p><p>Teoria objetiva</p><p>➢ O agente não deve ser punido porque não causou perigo aos bens penalmente</p><p>tutelados.</p><p>➢ A teoria objetiva subdivide-se:</p><p>✓ Teoria Objetiva Pura: não há tentativa, mesmo que a inidoneidade seja</p><p>relativa, considerando-se, neste caso, que não houve conduta capaz de</p><p>causar lesão.</p><p>✓ Teoria Objetiva Temperada ou Intermediária: a ineficácia do meio e a</p><p>impropriedade do objeto devem ser absolutas para que não haja punição.</p><p>Sendo relativas, pune-se a tentativa. Tal teoria é a adotada pelo Código</p><p>Penal.</p><p>Teoria Subjetiva</p><p>➢ O agente deve ser punido porque revelou vontade de praticar o crime.</p><p>➢ Tal teoria leva em consideração o aspecto subjetivo da vontade de praticar a</p><p>ação delituosa.</p><p>Teoria Sintomática</p><p>➢ Teoria que leva em consideração a periculosidade do agente. Mesmo que o crime</p><p>não tenha se consumado por razões alheias do agente, o mesmo deve ser punido</p><p>em razão de sua natureza delituosa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>34</p><p>Art. 18 - Diz-se o crime:</p><p>Crime doloso</p><p>I - doloso, quando o agente quis o resultado (Dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual);</p><p>Crime Doloso</p><p>➢ Consiste na vontade de querer cometer o crime (dolo direto) ou assumir o risco de produzi-lo com a</p><p>sua conduta (dolo eventual).</p><p>➢ Tipos de Dolo:</p><p>✓ Dolo Direto (Natural);</p><p>✓ Dolo direto de 1º grau;</p><p>✓ Dolo direto de 2º grau;</p><p>✓ Dolo Eventual;</p><p>✓ Dolo Indireto;</p><p>✓ Dolo genérico;</p><p>✓ Dolo específico;</p><p>✓ Dolo geral, por erro sucessivo ou Aberratio Causae;</p><p>✓ Dolo Antecedente;</p><p>✓ Dolo Atual;</p><p>✓ Dolo Subsequente;</p><p>✓ Dolo Normativo (Dolo Causal).</p><p>Dolo Direto (Natural)</p><p>Consciência + Vontade de atingir determinado resultado.</p><p>Ex: José assalta João para roubar o seu celular.</p><p>Dolo Direto de 1º Grau</p><p>O agente pretende atingir determinado resultado previamente planejado, sem ocorrer impactos a outros</p><p>indivíduos.</p><p>Ex: Antônia quer matar José porque não aceitou sair. Antônia pega um Rifle e atira direto no coração de José,</p><p>que estava ao lado de seus amigos, atingindo, assim, seu objetivo.</p><p>Dolo Direto de 2º Grau</p><p>O agente pretende atingir determinado resultado, no entanto, para chegar nesse resultado, acaba como</p><p>consequência necessária, tendo que atingir resultados não planejados para alcançar aquele que era</p><p>almejado.</p><p>Ex: Antônia quer matar João porque a traiu, com isso, Antônia joga uma bomba no carro em que João estava</p><p>dirigindo mais duas pessoas. Antônia consegue o seu objetivo, que é matar João, sendo um dolo direto de 1º</p><p>Grau, sendo que acaba atingindo resultados não planejados, que foi a morte de mais duas pessoas, sendo</p><p>estas mortes dolo direto de 2º grau.</p><p>Dolo Indireto</p><p>➢ Divide-se em:</p><p>✓ Dolo Eventual: A vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois ele quer algo</p><p>diverso, mas, prevendo que o resultado possa ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade de sua</p><p>produção. Ou seja, o agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado.</p><p>Ex: João quer atirar no dedo do pé de José. No entanto, João aceita a possibilidade da bala atingir a</p><p>cabeça de José e matá-lo.</p><p>✓ Dolo Alternativo: O agente analisa os resultados que podem ser gerados e pretende atingir qualquer</p><p>um deles.</p><p>Ex: João quer atirar em José, não importando se vai gerar lesão corporal ou homicídio.</p><p>Dolo Genérico</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>35</p><p>Vontade de gerar alguma conduta tipificada penalmente, sem existir finalidade específica.</p><p>Dolo Específico</p><p>Vontade de gerar alguma conduta tipificada penalmente com finalidade específica.</p><p>Extorsão</p><p>CP/40. Art. 158 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem</p><p>indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa</p><p>Inserção de dados falsos em sistema de informações</p><p>CP/40. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente</p><p>dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem</p><p>indevida para si ou para outrem ou para causar dano:</p><p>Dolo Geral, por Erro Sucessivo ou Aberratio Causae</p><p>O agente pensa que atingiu o seu objetivo com uma primeira conduta e pratica uma nova conduta com</p><p>finalidade diversa, sendo que esta última foi a que causou efetivamente o resultado.</p><p>Ex: Olívia atira em Krístofe e pensa que ele morreu, depois, ela joga Kristofe no mar para se desfazer do corpo,</p><p>porém, Krístofe ainda estava vivo e acaba morrendo por afogamento, e não pelo tiro.</p><p>Dolo Antecedente, Inicial ou Preordenado</p><p>O agente possui desde o início a intenção de praticar a conduta dolosa.</p><p>Dolo Atual ou Concomitante</p><p>Ocorre quando o agente continua praticando os atos executórios para atingir o resultado.</p><p>Dolo Subsequente</p><p>O agente pratica uma conduta lícita, porém muda sua vontade e passa a agir de forma ilícita.</p><p>Ex: Apropriação Indébita (CP/40. Art. 169). Na apropriação indébita, a posse ou detenção da res se dá de</p><p>forma lícita, sem qualquer ação ou omissão prévia por parte do agente, cujo elemento subjetivo somente ocorre</p><p>a posteriori, ocasião em que passa a atuar como se o objeto lhe pertencesse.</p><p>Dolo Normativo (Dolo Causal)</p><p>Consciência + Vontade de lesar o bem jurídico + Consciência de Ilicitude (comprovar que sabia que era</p><p>ilícito para o direito).</p><p>Teorias do Dolo</p><p>Teoria da Vontade</p><p>Teoria adotada pelo Código Penal em relação ao DOLO DIRETO.</p><p>Dolo = é a vontade consciente de querer praticar a infração penal.</p><p>Teoria do Consentimento ou Assentimento</p><p>Teoria adotada pelo Código Penal em relação ao DOLO EVENTUAL.</p><p>Sempre que o agente tem a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide prosseguir com a</p><p>conduta, assumindo o risco de produzir o evento, fala-se em Dolo.</p><p>Teoria da Representação</p><p>Fala-se em dolo sempre que o agente tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decidir</p><p>prosseguir com a conduta.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>36</p><p>Crime culposo</p><p>II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.</p><p>Crime Culposo</p><p>➢ O crime culposo ocorre quando o agente pratica uma conduta voluntária, mas sem a intenção de</p><p>produzir o resultado ocorrido.</p><p>➢ O crime culposo ocorre por meio da negligência (o agente lesa um bem jurídico de outro por não tomar</p><p>as medidas cautelares necessárias),</p><p>imprudência (algo não recomendado por todos) ou imperícia</p><p>(falta de conhecimento técnico).</p><p>➢ No crime culposo o resultado gerado não foi o que o agente pretendia (resultado involuntário), salvo</p><p>culpa imprópria.</p><p>➢ O crime culposo possui como característica a Previsibilidade Objetiva, que é quando o resultado ocorrido</p><p>era logicamente previsível.</p><p>➢ O crime culposo abrange também a relação de causa e efeito (nexo causal) entre a conduta e o</p><p>resultado ocasionado, além da tipicidade, que é a previsão do fato como crime de maneira expressa na</p><p>lei.</p><p>➢ O crime culposo é excepcional, devendo sempre está previsto, expressamente, em lei. Caso a lei não</p><p>especifique, expressamente, um determinado crime como culposo, ele será somente doloso.</p><p>Crime Culposo - Elementos</p><p>✓ Conduta voluntária;</p><p>✓ Inobservância de um dever objetivo de cuidado;</p><p>✓ Resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente;</p><p>✓ Nexo causal entre a conduta descuidada e o resultado;</p><p>✓ Previsibilidade;</p><p>✓ Tipicidade.</p><p>Culpa Consciente</p><p>➢ O agente vê que é possível o resultado, mas crê que não ocorrerá, não assumindo assim o risco, pois</p><p>pensa que evitará.</p><p>Ex: Caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra</p><p>próximo ao animal que ele desejava abater.</p><p>➢ Semelhante ao dolo eventual, pois tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual, o agente prevê o</p><p>resultado. No dolo eventual, o agente admite e aceita o risco de produzir o resultado, já na culpa</p><p>consciente o agente espera que o resultado não aconteça.</p><p>Culpa Inconsciente</p><p>➢ O agente não prevê que possa ocorrer o resultado, mas acaba ocorrendo, mesmo não querendo.</p><p>➢ Caracterizadores da Culpa Inconsciente:</p><p>✓ Inobservância do cuidado objetivo.</p><p>✓ Comportamento humano voluntário.</p><p>✓ Produção de um resultado involuntário.</p><p>Culpa Própria</p><p>➢ O agente não quer o resultado criminoso, mas acaba ocasionando por imprudência, negligência ou</p><p>imperícia.</p><p>➢ Pode ser consciente ou inconsciente;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>37</p><p>Culpa Imprópria</p><p>➢ O agente pratica um ilícito penal evitável, de forma intencional, pensando que está amparado a uma</p><p>determinada excludente de ilicitude (discriminante putativa), só que não.</p><p>CP/40. Art. 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato</p><p>que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como</p><p>crime culposo.</p><p>➢ OBS: Não existe compensação de culpas no Direito Penal Brasileiro.</p><p>Culpa Consciente x Dolo Eventual</p><p>Culpa Consciente Dolo Eventual</p><p>O agente prevê o resultado e espera que não</p><p>aconteça.</p><p>O agente prevê o resultado e admite e aceita o</p><p>risco de produzi-lo,</p><p>Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,</p><p>senão quando o pratica dolosamente.</p><p>Crime Doloso e Crime Culposo</p><p>➢ O dolo e a culpa são elementos subjetivos do tipo penal.</p><p>➢ Em razão da teoria Finalista, o dolo e a culpa fazem parte da tipicidade, e não da culpabilidade.</p><p>Agravação pelo resultado</p><p>Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos</p><p>culposamente.</p><p>Culpabilidade - Conceito</p><p>Consiste no juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente, que se exerce sobre uma determinada</p><p>pessoa que pratica um fato típico e antijurídico.</p><p>Elementos da Culpabilidade</p><p>➢ São considerados elementos da culpabilidade:</p><p>✓ Imputabilidade Penal;</p><p>✓ Potencial Consciência da Ilicitude;</p><p>✓ Exigibilidade de Conduta Diversa.</p><p>Imputabilidade Penal</p><p>➢ Trata-se do nível de sanidade mental que o agente tem de entender o que é lícito e o que é ilícito.</p><p>➢ A imputabilidade penal é aferida no momento que ocorre o fato criminoso.</p><p>➢ Sistemas da Imputabilidade:</p><p>✓ Biológico: A inimputabilidade terá existência quando se tratar de doença mental ou determinada</p><p>idade do agente.</p><p>✓ Psicológico: A imputabilidade será analisada no caso concreto.</p><p>✓ Biopsicológico: O agente será inimputável caso tenha uma doença mental (critério biológico) e esta</p><p>seja analisada no caso concreto pela autoridade judiciária para saber se o agente realmente não</p><p>tinha capacidade de saber o caráter ilícito dos seus atos e se comportar de acordo a lei. (C.P adota)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>38</p><p>Potencial Consciência da Ilicitude</p><p>➢ Consiste na capacidade de o agente saber que determinado fato é ilícito a partir de suas características</p><p>e seu conhecimento.</p><p>➢ Erro de Proibição é quando o agente age acreditando que sua conduta não é ilícita.</p><p>Exigibilidade de Conduta Diversa</p><p>➢ É a possibilidade de o agente, na hora da conduta, ter agido de modo diferente para evitar o crime.</p><p>➢ Caso não exista uma possibilidade de agir de maneira diversa, tendo o agente apenas uma única forma</p><p>de agir, por mais que seja imputável e conheça a potencial ilicitude do fato, ocorre à inexigibilidade de</p><p>conduta diversa.</p><p>➢ Casos de inexigibilidade de conduta diversa:</p><p>✓ Coação Moral Irresistível: É quando uma pessoa coage a outra a praticar um crime, sob alguma</p><p>forma de ameaça.</p><p>✓ Obediência hierárquica: É quando uma pessoa pratica um ato por cumprir uma ordem de seu</p><p>superior, porém a ordem deve ser legal. Caso seja ilegal o agente responde junto com o superior.</p><p>Erro sobre elementos do tipo</p><p>Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime</p><p>culposo, se previsto em lei.</p><p>Erro de Tipo Essencial</p><p>➢ Erro em relação à existência fática de um dos elementos que possui o tipo penal.</p><p>➢ Ocorre quando o agente pratica um fato típico por meio de um erro sobre algum de seus elementos,</p><p>ou seja, o agente não sabia que estava praticando um ato que era considerado um elemento essencial</p><p>do tipo penal.</p><p>Ex: Existindo dois celulares iguais, um ao lado do outro, Antônio pegou por engano o celular de José e levou para casa. No</p><p>caso, seria furto, no entanto, ocorreu um erro de tipo inevitável ou escusável devido a falsa percepção da realidade de Antônio,</p><p>excluindo-se o dolo ou a culpa do agente.</p><p>➢ O erro de tipo pode acontecer nos crimes omissivos impróprios, ou seja, os crimes comissivos por</p><p>omissão em que o agente desconhece o dever de impedir o resultado.</p><p>➢ O erro de tipo é considerado:</p><p>✓ Escusável;</p><p>✓ Inescusável.</p><p>Escusável Inescusável</p><p>Ocorre quando o agente não poderia conhecer a</p><p>presença do elemento do tipo, mesmo através da</p><p>racionalidade mental.</p><p>Nesse caso, o agente não responderia pelo crime.</p><p>Ocorre quando o agente erra perante o elemento</p><p>essencial do tipo, porém, caso se esforçasse</p><p>racionalmente, não teria praticado esse erro.</p><p>Nesse caso o agente responderia pelo crime.</p><p>OBS: O erro de tipo permissivo é o erro em relação aos pressupostos objetivos de uma causa de</p><p>justificação (Excludente de ilicitude), ou seja, nesse erro o agente estaria amparado pela excludente de</p><p>ilicitude.</p><p>Descriminantes putativas</p><p>§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que,</p><p>se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível</p><p>como crime culposo.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>39</p><p>Descriminante Putativa X Delito Putativo</p><p>➢ Descriminante Putativa: O agente age pensando que, no erro cometido, existe uma situação que</p><p>tornaria seu ato legítimo, ou seja, excludentes de ilicitude, mas acaba praticando uma conduta típica e</p><p>ilícita.</p><p>➢ Delito Putativo: O agente pensou que estivesse cometendo um delito, mas este crime não existe, ou</p><p>seja, é um indiferente penal.</p><p>Erro determinado por terceiro</p><p>§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.</p><p>Erro sobre a pessoa</p><p>§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste</p><p>caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.</p><p>Erro de Tipo Acidental</p><p>➢ Erro de tipo acidental é aquele que recai sobre os caracteres secundários (não essenciais) do tipo.</p><p>➢ Divide-se em:</p><p>✓ Erro sobre o objeto (error in objeto);</p><p>✓ Erro sobre a pessoa (error in persona);</p><p>✓ Erro na execução (aberratio ictus);</p><p>✓ Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis);</p><p>✓ Erro sobre o nexo causal (aberratio causae ou dolo geral).</p><p>Erro sobre o objeto (error in objeto)</p><p>➢ O indivíduo que pratica a conduta acaba se confundindo em relação ao objeto material. O erro é</p><p>irrelevante, respondendo o agente pela conduta que praticou.</p><p>➢ Ex: José rouba uma pedra, pensando ser valiosa, sendo que não tem valor nenhum.</p><p>Erro sobre a pessoa (error in persona)</p><p>➢ O agente confunde a pessoa que deveria praticar o ato, ou seja, o agente pratica a ação contra pessoa</p><p>diversa.</p><p>➢ O erro é considerado irrelevante uma vez que o agente acaba sendo punido como se tivesse praticado</p><p>o crime contra a pessoa visada.</p><p>CP/40, Art. 20. § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste</p><p>caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.</p><p>Erro na Execução ou Erro por Acidente (Aberratio Ictus)</p><p>➢ O agente atinge a pessoa errada por errar no momento de execução do delito. O agente continua</p><p>respondendo pelo mesmo crime.</p><p>CP/40, Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que</p><p>pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao</p><p>disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-</p><p>se a regra do art. 70 deste Código.</p><p>➢ O erro na execução pode ser um erro:</p><p>✓ Sobre a execução com unidade simples: O agente atinge apenas a pessoa diversa da que deveria</p><p>atingir, respondendo como se tivesse atingido a pessoa visada.</p><p>✓ Sobre a execução com unidade complexa: O agente atinge a pessoa visada, mas também a não</p><p>visada, respondendo por concurso formal, ou seja, pelos dois crimes.</p><p>➢ Relação Pessoa x Pessoa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>40</p><p>Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis);</p><p>CP/40. Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime,</p><p>sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime</p><p>culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 (Concurso Formal) deste</p><p>Código.</p><p>Erro sobre o nexo causal (aberratio causae ou dolo geral)</p><p>➢ O indivíduo atinge o resultado pretendido, no entanto, por meio de um nexo causal diferente do</p><p>planejado.</p><p>➢ Divide-se em:</p><p>✓ Erro sobre nexo causal em sentido estrito: O sujeito com uma única conduta alcança o resultado</p><p>almejado, no entanto, por meio de um nexo de causalidade diferente.</p><p>✓ Dolo geral ou Aberratio Causae: O agente pensa que atingiu o seu objetivo com uma primeira</p><p>conduta e pratica uma nova conduta com finalidade diversa, sendo que esta última foi a que causou</p><p>efetivamente o resultado.</p><p>Erro sobre a ilicitude do fato</p><p>Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena;</p><p>se evitável, poderá diminui-la de um sexto a um terço.</p><p>Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do</p><p>fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.</p><p>Erro de Proibição</p><p>➢ É quando o agente comete um fato criminoso por pensar que a conduta não é proibida.</p><p>➢ Incide sobre a ilicitude do fato.</p><p>➢ Ocorre quando o agente age pensando que sua conduta não é ilícita, ou seja, o agente representa a</p><p>realidade da conduta, mas acredita que é uma conduta lícita.</p><p>Ex: José, homem de pouco cultivo, percebeu que havia esquecido no bar sua carteira e voltou para recuperá-la, mas não mais a</p><p>encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justiça pelas próprias mãos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido</p><p>restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuízo.</p><p>➢ O erro de proibição pode ser:</p><p>✓ Escusável;</p><p>✓ Inescusável.</p><p>Inevitável ou Escusável Evitável ou Inescusável</p><p>O agente não tinha noção que sua conduta era</p><p>contrária ao direito, excluindo a sua culpabilidade.</p><p>O agente tinha noção que sua conduta poderia ser</p><p>considerada ilícita, não se excluindo sua culpa,</p><p>respondendo com pena reduzida de 1/6 a 1/3.</p><p>O erro de proibição pode ser direto ou indireto, que é quando o agente acredita que existe uma causa de</p><p>justificação que o ampare.</p><p>Erro de Proibição Direto Erro de Proibição Indireto</p><p>Existe no momento em que o agente erra em relação</p><p>ao conteúdo da norma proibitiva, pois acaba</p><p>desconhecendo a existência do tipo penal ou não</p><p>entende o seu âmbito de incidência.</p><p>Existe no momento em que o agente sabe que sua</p><p>conduta é tipificada como crime, porém acredita que</p><p>esteja presente uma norma permissiva, acreditando</p><p>que está blindado pelo manto da excludente de</p><p>ilicitude e atuando nos limites da discriminante.</p><p>Não Confundir!</p><p>Erro de Tipo Erro de Proibição</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>41</p><p>➢ O agente se equivoca quanto aos atos cometidos</p><p>devido a falsa impressão.</p><p>➢ Erro em relação à existência fática de um dos</p><p>elementos que possui o tipo penal.</p><p>➢ Escusável ou Inevitável: Afasta o fato típico</p><p>(dolo e culpa).</p><p>➢ Inescusável ou Evitável: Afasta apenas dolo,</p><p>pune o delito culposo.</p><p>➢ O agente pratica os atos sabendo o que está</p><p>fazendo, mas não sabia que era ilícito.</p><p>➢ Incide sobre a ilicitude do fato.</p><p>➢ Escusável ou Inevitável: Afasta culpabilidade,</p><p>isenção de pena.</p><p>➢ Inescusável ou Evitável: Reduz a pena.</p><p>Coação irresistível e obediência hierárquica</p><p>Art. 22 – Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente</p><p>ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.</p><p>Coação Moral Irresistível X Coação Física Irresistível</p><p>➢ A coação moral irresistível exclui a culpabilidade, pois o agente possui vontade, embora seja</p><p>viciada, já a coação física irresistível exclui a tipicidade, pois o agente atua sem vontade e não</p><p>controla seus movimentos.</p><p>➢ Coação Moral Irresistível: Exclui a Culpabilidade.</p><p>➢ Coação Física Irresistível: Exclui a tipicidade.</p><p>Exclusão de ilicitude</p><p>Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Rol Exemplificativo)</p><p>I - em estado de necessidade;</p><p>II - em legítima defesa;</p><p>III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.</p><p>Excludentes de Ilicitude</p><p>➢ A ilicitude é a contradição entre uma conduta e o</p><p>ordenamento jurídico a partir da prática de uma ação</p><p>ou omissão ilegal.</p><p>➢ As exclusões de ilicitude podem ser:</p><p>✓ Genéricas: São as que se aplicam a todo e qualquer crime, encontradas no Art. 23 do CP/40;</p><p>CP/40. Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:</p><p>I - em estado de necessidade;</p><p>II - em legítima defesa;</p><p>III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.</p><p>✓ Específicas: São próprias de determinados crimes.</p><p>Furto</p><p>CP/40. Art. 156. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem</p><p>direito o agente.</p><p>Estrito Cumprimento de Dever Legal Exercício Regular de Direito</p><p>O agente deve praticar suas condutas nos exatos</p><p>termos da lei;</p><p>Consiste no direito que uma pessoa possui de praticar</p><p>determinado ato considerado legal.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>42</p><p>Excesso punível</p><p>Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.</p><p>Excesso Punível</p><p>Ocorre quando a excludente de ilicitude é utilizada de maneira irregular, ou seja, a excludente é realizada</p><p>de maneira desproporcional ou a circunstância não permite.</p><p>Estado de necessidade</p><p>Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não</p><p>provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas</p><p>circunstâncias, não era razoável exigir-se.</p><p>§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.</p><p>§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois</p><p>terços.</p><p>Estado de Necessidade</p><p>➢ Requisitos:</p><p>✓ Perigo atual;</p><p>✓ Ameaça a direito próprio ou alheio;</p><p>✓ Situação de perigo não causada voluntariamente pelo sujeito;</p><p>✓ Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo</p><p>✓ Inevitabilidade;</p><p>✓ Inexigibilidade do sacrifício do direito ameaçado;</p><p>✓ Elemento subjetivo do tipo permissivo.</p><p>CP/40. Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou</p><p>por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era</p><p>razoável exigir-se.</p><p>➢ Caso o bem sacrificado seja de valor superior que o protegido o agente responderá pelo delito, porém</p><p>com pena reduzida.</p><p>CP/40. Art. 24 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a</p><p>dois terços.</p><p>➢ OBS: De acordo com o STJ, a mera alegação de miserabilidade não ocasiona o estado de</p><p>necessidade para que seja excluída assim a ilicitude do fato, porém, ocorre exclusão de culpa quando</p><p>inexigível conduta diversa.</p><p>➢ OBS: O agente pode ser protegido pelo estado de necessidade nos erros na execução.</p><p>➢ OBS: É possível o estado de necessidade recíproco, desde que as duas pessoas não tenham gerado</p><p>situação de perigo.</p><p>Estado de Necessidade - Teorias</p><p>Teoria Unitária Teoria Diferenciada</p><p>O bem jurídico sacrificado deve ter valor igual ou</p><p>inferior ao preservado.</p><p>Se o bem jurídico tiver valor superior, será tipificado</p><p>crime com atenuação da pena de um a dois terços.</p><p>(CP/40. Art. 24. § 2º)</p><p>O Estado de necessidade se divide em:</p><p>Justificante: O bem jurídico sacrificado possui valor</p><p>inferior ao preservado. Nesse ocorre a exclusão de</p><p>ilicitude.</p><p>Exculpante: O bem jurídico sacrificado possui valor</p><p>superior ou igual ao preservado. Aqui ocorre a</p><p>exclusão de culpabilidade.</p><p>Adotada pelo Código Penal O Código Penal Militar adotou a Teoria Diferenciada.</p><p>Legítima defesa</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>43</p><p>Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta</p><p>agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.</p><p>Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima</p><p>defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém</p><p>durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>Legítima Defesa</p><p>➢ Para ocorrer a legítima defesa a Agressão precisa ser:</p><p>✓ Injusta;</p><p>✓ Atual ou prestes a acontecer;</p><p>✓ Contra direito próprio ou alheio;</p><p>✓ de Reação Proporcional;</p><p>➢ OBS: O agente deve ter conhecimento da situação jurídica e ter a intenção de se defender.</p><p>➢ A legitima defesa pode ser considerada:</p><p>✓ Agressiva: Quando o agente revida uma agressão feita primeiramente por terceiro;</p><p>✓ Defensiva: O agente apenas se defende, não revidando;</p><p>✓ Própria: Proteção do próprio bem jurídico do agente;</p><p>✓ De terceiro: Proteção de bem jurídico de outra pessoa;</p><p>✓ Real: Agressão ocorre de fato no mundo real;</p><p>✓ Putativa: Quando a agressão faz parte apenas da imaginação do agente;</p><p>➢ O acusado deve provar a legítima defesa, não sendo esta presumida;</p><p>➢ Caso o agente que revide atinja outra pessoa, estará ainda protegido pela excludente de ilicitude;</p><p>Excludente de Ilicitude</p><p>✓ Estado de necessidade;</p><p>✓ Legítima defesa;</p><p>✓ Estrito cumprimento de dever legal;</p><p>✓ Exercício regular de direito.</p><p>Excludente de Tipicidade</p><p>✓ Caso fortuito;</p><p>✓ Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de</p><p>culpabilidade)</p><p>✓ Estado de inconsciência;</p><p>✓ Erro de tipo inevitável (escusável);</p><p>✓ Movimentos reflexos;</p><p>✓ Princípio da Insignificância.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>44</p><p>Excludente de Culpabilidade</p><p>✓ Erro inevitável sobre a ilicitude do fato.</p><p>✓ Coação moral irresistível.</p><p>✓ Obediência à ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico.</p><p>✓ Menoridade;</p><p>✓ Doença Mental;</p><p>✓ Desenvolvimento mental retardado ou incompleto;</p><p>✓ Embriaguez completa e acidental;</p><p>✓ Erro de proibição inevitável;</p><p>✓ Coação moral irresistível;</p><p>✓ Obediência hierárquica.</p><p>Elementos da Culpabilidade</p><p>➢ São considerados elementos da culpabilidade:</p><p>✓ Imputabilidade Penal;</p><p>✓ Potencial Consciência da Ilicitude;</p><p>✓ Exigibilidade de Conduta Diversa.</p><p>Imputabilidade Penal</p><p>➢ Trata-se da capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da ação ou da omissão, entender</p><p>o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>➢ A imputabilidade penal é aferida no momento que ocorre o fato criminoso.</p><p>➢ Sistemas da Imputabilidade:</p><p>✓ Biológico: A inimputabilidade terá existência quando se tratar de doença mental ou determinada</p><p>idade do agente.</p><p>✓ Psicológico: A imputabilidade será analisada no caso concreto.</p><p>✓ Biopsicológico: O agente será inimputável caso tenha uma doença mental (critério biológico) e esta</p><p>seja analisada no caso concreto pela autoridade judiciária para saber se o agente realmente não</p><p>tinha capacidade de saber o caráter ilícito dos seus atos e se comportar de acordo a lei. (C.P adota)</p><p>Potencial Consciência da Ilicitude</p><p>➢ Consiste na capacidade de o agente saber que determinado fato é ilícito a partir de suas características</p><p>e seu conhecimento.</p><p>➢ Erro de Proibição é quando o agente age acreditando que sua conduta não é ilícita.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>45</p><p>Exigibilidade de Conduta Diversa</p><p>➢ É a possibilidade de o agente, na hora da conduta, ter agido de modo diferente para evitar o crime.</p><p>➢ Caso não exista uma possibilidade de agir de maneira diversa, tendo o agente apenas uma única forma</p><p>de agir, por mais que seja imputável e conheça a potencial ilicitude do fato, ocorre à inexigibilidade de</p><p>conduta diversa.</p><p>➢ Casos de inexigibilidade de conduta diversa:</p><p>✓ Coação Moral Irresistível;</p><p>✓ Obediência hierárquica.</p><p>Coação Moral Irresistível Obediência hierárquica</p><p>É quando uma pessoa coage a outra a praticar um</p><p>crime, sob alguma forma de ameaça.</p><p>É quando uma pessoa pratica um ato por cumprir</p><p>uma ordem de seu superior, porém a ordem deve</p><p>ser legal. Caso seja ilegal o agente responde junto</p><p>com o superior.</p><p>TÍTULO III - DA IMPUTABILIDADE PENAL</p><p>Inimputáveis</p><p>Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,</p><p>era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-</p><p>se de acordo com esse entendimento.</p><p>Redução de pena</p><p>Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de</p><p>saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender</p><p>o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>Inimputabilidade – Doença Mental e Desenvolvimento Mental incompleto ou retardado</p><p>➢ Critério Biopsicológico;</p><p>➢ Caso o agente seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da conduta será considerado</p><p>inimputável, caso seja parcialmente, será semi-imputável, sendo a pena reduzida de uma a dois</p><p>terços.</p><p>➢ Mesmo o agente sendo inimputável por ser doente mental, o juiz aplica uma sentença absolutória</p><p>imprópria, ou seja, o agente é absolvido, sendo que o juiz aplica uma medida de segurança como a sua</p><p>internação ou tratamento.</p><p>Menores de dezoito anos</p><p>Art. 27 - Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na</p><p>legislação especial.</p><p>Inimputabilidade – Menor de 18 Anos</p><p>➢ Critério biológico e Taxativo;</p><p>➢ Segundo Fernando Capez “a capacidade do menor, tratada pelo Código de Processo Penal, não se</p><p>confunde com a civil, motivo pelo qual a emancipação em nada altera a situação”.</p><p>Emoção e paixão</p><p>Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:</p><p>I - a emoção ou a paixão;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>46</p><p>Embriaguez</p><p>II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.</p><p>§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,</p><p>era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-</p><p>se de acordo com esse entendimento.</p><p>§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito</p><p>ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito</p><p>do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>Inimputabilidade – Embriaguez</p><p>➢ A embriaguez, em regra, é considerada imputável, ou seja, o agente responderá pelo crime.</p><p>➢ Conforme ALIC ou Teoria da Actio Libera In Causa (Ação Livre Na Causa) o agente é imputável, embora</p><p>não tenha a capacidade de avaliar as coisas na hora do fato, pois, quando ingeriu a substância, tinha</p><p>consciência do que estava fazendo.</p><p>➢ A exceção ocorre quando o agente se embriaga em caso fortuito ou força maior, estando totalmente</p><p>incapaz de entender o caráter ilícito do fato.</p><p>➢ Sendo a embriaguez preordenada, que é aquela quando o agente ingere a bebida para ter coragem e</p><p>praticar o crime, o agente será imputável e ainda é caso de circunstância agravante da pena.</p><p>➢ No caso de embriaguez patológica, pode ocorrer a inimputabilidade, pois é considerada uma doença e</p><p>o agente será tratado como doente mental.</p><p>Inimputabilidade</p><p>➢ Pode ocorrer por:</p><p>✓ Menoridade;</p><p>✓ Embriaguez acidental, decorrente de caso fortuito ou força maior;</p><p>✓ Doença mental ou Desenvolvimento mental incompleto ou retardado.</p><p>Teoria Psicológica</p><p>➢ A culpabilidade é analisada de acordo com a imputabilidade e a vontade.</p><p>➢ Culpabilidade do agente: Imputável no momento do crime + agir com dolo ou culpa.</p><p>➢ Teoria usada por quem adota a teoria causalista da conduta uma vez que o dolo e a culpa se encontram</p><p>na culpabilidade.</p><p>➢ A teoria finalista que é adotada pelo CP estabelece que a culpa e o dolo estejam na conduta e no fato</p><p>típico.</p><p>Teoria Normativa Pura</p><p>➢ Segundo a teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, ingressa-se na análise do dolo ou da</p><p>culpa, que se encontram, pois, na tipicidade, e não, na culpabilidade. A culpabilidade, dessa forma, é um</p><p>juízo de reprovação social, incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre seu autor.</p><p>➢ Os elementos da culpabilidade são a imputabilidade, a potencial consciência de ilicitude e a</p><p>exigibilidade de conduta diversa.</p><p>➢ Tratando-se de culpabilidade, a teoria estrita ou extremada e a teoria limitada são derivações da teoria</p><p>normativa pura e divergem apenas a respeito do tratamento das descriminantes putativas.</p><p>➢ Adota a teoria finalista da ação;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>47</p><p>Teoria Extremada da Culpabilidade</p><p>➢ A teoria extremada da culpabilidade não faz distinção entre erro de tipo (recai sobre situação de fato) e</p><p>erro de proibição (recai sobre os limites autorizadores da norma), considerando todas essas situações</p><p>como erro de proibição.</p><p>➢ A teoria Extremada ou Estrita da culpabilidade estabelece que o erro de proibição se:</p><p>✓ Inevitável ou escusável: isenta a pena.</p><p>✓ Evitável ou inescusável: diminui a pena de 1/6 a 1/3.</p><p>Teoria Limitada da Culpabilidade – CP ADOTA</p><p>➢ Caindo o agente sobre os pressupostos de fato ou situação fática, trataremos de um erro de tipo</p><p>permissivo. Caso o agente recaia sobre os limites ou a própria existência de uma causa de justificação, o</p><p>erro será de proibição.</p><p>➢ A teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo ordenamento penal brasileiro, afirma que o erro sobre os</p><p>pressupostos fáticos de uma causa de justificação possui natureza de erro de tipo permissivo, com as</p><p>mesmas consequências jurídicas do erro de tipo.</p><p>➢ Para a teoria limitada da culpabilidade adotada pelo Código Penal, o erro que recai sobre pressupostos</p><p>fáticos de uma causa de justificação, sendo inevitável isenta o agente de pena. Mas se o erro for derivado</p><p>de culpa poderá diminuir a pena de um sexto a um terço.</p><p>➢ A discriminante putativa adotou teoria limitada da culpabilidade, acarretando exclusão do dolo se o erro</p><p>incidir sobre pressupostos fáticos da causa de justificação e podendo excluir a consciência potencial da</p><p>ilicitude quando incidir sobre a existência ou limites da causa de justificação.</p><p>➢ Descriminantes Putativas: O agente imagina estar em uma situação em que seria beneficiado pelas</p><p>excludentes de ilicitude ou causas de justificação, mas não estava sendo assim excluída a culpabilidade.</p><p>TÍTULO IV - DO CONCURSO DE PESSOAS</p><p>Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua</p><p>culpabilidade.</p><p>§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.</p><p>§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar</p><p>de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa</p><p>pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.</p><p>Cooperação Dolosamente Distinta</p><p>➢ Conhecida como Desvio Subjetivo de Conduta. Nesse caso os agentes decidem praticar o crime, porém</p><p>um dos agentes decide praticar um delito de maior gravidade, enquanto o outro não.</p><p>➢ OBS: A coautoria em crimes culposos é possível, pois basta dois agentes quererem praticar uma</p><p>conduta imprudente.</p><p>➢ OBS: A participação em crime culposo, conforme o STJ, não é possível.</p><p>Circunstâncias incomunicáveis</p><p>Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do</p><p>crime.</p><p>Comunicabilidade das Circunstâncias</p><p>As circunstâncias elementares são indispensáveis para caracterizar o crime.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>48</p><p>Espécies de Elementares e de Circunstâncias</p><p>➢ As elementares podem ser:</p><p>✓ Subjetivas: Relacionada à pessoa do agente;</p><p>✓ Objetivas: Relacionada ao delito em si, ou seja, o caráter real, o modus operandi.</p><p>➢ As circunstâncias de caráter pessoal não se interligam com as condições pessoais. As circunstâncias</p><p>de caráter real, ou objetivas, se interligam, desde que os demais agentes tenham conhecimento.</p><p>➢ As elementares sempre se interligam, embora objetivas ou subjetivas, desde que os demais agentes</p><p>tenham conhecimento.</p><p>Casos de impunibilidade</p><p>Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são</p><p>puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.</p><p>Existência de Fato Punível</p><p>A conduta praticada pelos agentes deve ser considerada crime ou tentativa de crime. Com isso, caso o ato</p><p>a ser praticado fique apenas em cogitação, não existe fato punível, salvo os fatos que a lei expressamente</p><p>determina ou os tipos penais autônomos.</p><p>Concurso de Pessoas</p><p>Conceito</p><p>➢ Trata-se do crime ou contravenção penal cometidos por duas ou mais pessoas.</p><p>➢ Teorias relacionadas ao concurso de pessoas:</p><p>✓ Pluralista: Cada pessoa responde por um crime próprio. (Usada de Modo Excepcional pelo CP)</p><p>✓ Dualista: Nos delitos praticados em concurso eventual de pessoas, os autores responderão em</p><p>conjunto por um delito, enquanto que os partícipes responderão, em conjunto, por outro.</p><p>Ex¹: Corrupção ativa e passiva (Arts. 317 e 333, CP).</p><p>Ex²: Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante (Arts. 124 e 126, do CP).</p><p>✓ Monista: Todos respondem pelo mesmo crime, porém a pena variará de acordo com a conduta de</p><p>cada um que concorreu ao crime. (Adotada pelo CP – Teoria Monista Temperada ou Teoria Unitária).</p><p>Ex: Homicídio (Art. 121 do CP).</p><p>Concurso de Pessoas - Tipos</p><p>➢ Concurso Eventual (Monossubjetivos): Ocorre quando a infração penal pode ser cometida por uma</p><p>pessoa ou mais.</p><p>➢ Concurso Necessário (Plurissubjetivos):</p><p>✓ É necessária a conduta de mais de uma pessoa para caracterizar o tipo penal.</p><p>✓ É dividido em:</p><p>• Condutas Paralelas: Ocorre quando os agentes praticam uma conduta voltada para uma mesma</p><p>finalidade criminosa. (Conduta Unilateral)</p><p>Ex: Associação Criminosa (CP/40. Art. 288).</p><p>• Condutas Convergentes: As condutas dos agentes são alinhadas apenas depois da execução ter se</p><p>iniciado, pois se iniciam de pontos opostos. (Bilateral ou de Encontro).</p><p>Ex: Bigamia (CP/40. Art. 235).</p><p>• Condutas Contrapostas: As condutas criminosas são praticadas umas contra as outras.</p><p>Ex: Crime de Rixa (CP/40. Art. 137).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>49</p><p>Concurso de Pessoas - Requisitos</p><p>➢ Cinco são os requisitos que caracteriza o concurso de pessoas:</p><p>✓ Pluralidade de Agentes;</p><p>✓ Relevância Causal da Colaboração; (Nexo de Causalidade)</p><p>✓ Vínculo Subjetivo;</p><p>✓ Identidade de Infração Penal; (Unidade de Crime ou Contravenção)</p><p>✓ Existência de Fato Punível.</p><p>Pluralidade de Agentes</p><p>➢ Para ocorrer o concurso de pessoas é necessária a prática do crime por mais de uma pessoa, sendo</p><p>necessária a culpa de todos os agentes participantes. Caso o delito ocorrido tenha sido praticado por</p><p>uma pessoa com doença mental a mando de outra, esse ato não é caracterizado como um concurso</p><p>de pessoas, mas sim uma autoria mediata de quem mandou.</p><p>➢ Em se tratando de crimes plurissubjetivos, caso um dos colaboradores não tenham culpa, ainda assim</p><p>o delito permanece, como é o caso do crime de associação criminosa.</p><p>Autoria Imediata</p><p>➢ A autoria imediata é a regra. É aquela que ocorre quando o próprio indivíduo executa a conduta</p><p>delituosa diretamente, sem utilizar de um terceiro para tal.</p><p>➢ Vejamos um exemplo: Indivíduo desfere golpes de faca contra seu inimigo, levando-o a óbito.</p><p>➢ Autor que manda seu animal atacar a vitima pratica autoria imediata, e não autoria mediata, visto que o</p><p>animal não é racional – é apenas instrumento da conduta delituosa do autor.</p><p>Autoria Mediata</p><p>➢ O autor mediato usa uma pessoa como instrumento, sendo esta, autora imediata para praticar um</p><p>crime. Essa pessoa (autor imediato) não pode ter nenhum discernimento do que está fazendo.</p><p>Ex: O pai coloca a faca na mão do seu filho de três anos e pede para matar a mamãe.</p><p>➢ A autoria mediata é dividida em três hipóteses pela doutrina:</p><p>✓ Autoria Mediata por Erro do Executor: Quem pratica a conduta foi induzido ao erro pelo mandante,</p><p>porém não tem consciência do que o autor imediato fez.</p><p>✓ Autoria Mediata por Coação do Executor: O autor mediato faz com que uma pessoa pratique o</p><p>delito, mesmo esta tendo consciência do que está fazendo;</p><p>Ex: Coação Moral Irresistível.</p><p>✓ Autoria Mediata por Inimputabilidade do Agente: O autor mediato utiliza uma pessoa inimputável</p><p>que não tenha discernimento do que está fazendo para praticar o delito.</p><p>Autoria Mediata por Crimes próprios e Crimes de Mão Própria</p><p>➢ Nos crimes próprios é possível a autoria mediata, desde que reúna as condições especiais exigidas no</p><p>tipo penal.</p><p>➢ Nos crimes de mão própria não é possível a autoria mediata, mas sim um autor por determinação.</p><p>➢ OBS: A coação física irresistível é uma autoria imediata e não mediata, pois o agente da ação não possui</p><p>vontade.</p><p>➢ OBS: A autoria Mediata é possível nos crimes próprios, não sendo possível nos crimes de mão própria.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>50</p><p>Relevância Causal da Colaboração</p><p>A conduta da pessoa deve ser significativa para o resultado ocorrer.</p><p>A colaboração, em regra, é considerada prévia ou concomitante a prática do delito. A colaboração posterior</p><p>por outra pessoa, não é considerada concurso de pessoas, porém, sendo posterior à consumação e</p><p>combinada previamente, resulta o concurso de pessoas.</p><p>Vínculo Subjetivo ou Concurso de Vontades</p><p>Para se caracterizar o concurso de pessoas, deve ter havido a combinação para o delito entre os agentes.</p><p>A mera colaboração causal não caracteriza o concurso de pessoas, mas sim uma autoria colateral, pois não</p><p>existiu um vínculo subjetivo entre eles.</p><p>Identidade de Infração Penal</p><p>CP/40, Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na</p><p>medida de sua culpabilidade.</p><p>Existência de Fato Punível</p><p>A conduta praticada pelos agentes deve ser considerada crime ou tentativa de crime. Com isso, caso o ato</p><p>a ser praticado fique apenas em cogitação, não</p><p>existe fato punível, salvo os fatos que a lei expressamente</p><p>determina ou os tipos penais autônomos.</p><p>CP/40. Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis,</p><p>se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.</p><p>Autoria Indireta</p><p>Intelectual Mediata</p><p>Nessa o autor indireto arquiteta o delito e um terceiro</p><p>o executa.</p><p>O indivíduo que executa o crime tem ciência do que</p><p>está fazendo, sendo assim, possível o concurso de</p><p>pessoas.</p><p>Nessa o autor indireto se vale de um instrumento,</p><p>alguém inimputável, que esteja sob coação moral</p><p>irresistível, por exemplo, para a prática do crime.</p><p>O indivíduo que executa o crime não tem ciência do</p><p>que está fazendo, sendo assim, não é possível o</p><p>concurso de pessoas.</p><p>Coautoria</p><p>➢ Ocorre quando dois ou mais indivíduos, conjuntamente, participam do crime, podendo realizar ou não</p><p>o núcleo do tipo penal.</p><p>➢ Conforme a teoria restritiva, aplicada pelo CP, autor não se confunde com partícipe.</p><p>➢ Autor é o que pratica a conduta apresentada na lei penal. Já os partícipes são os demais que</p><p>colaboram prestando auxílio.</p><p>➢ Coautor é a pessoa que mais se aproxima do núcleo do tipo penal, prestando uma ajuda considerada</p><p>essencial.</p><p>➢ Teorias que diferenciam o Autor do Partícipe:</p><p>✓ Teoria Objetivo-Formal: O autor é aquele que pratica o que está previsto na lei penal, sendo os</p><p>demais indivíduos partícipes, ou seja, são aqueles que colaboram na conduta. (CP ADOTA -</p><p>REGRA)</p><p>✓ Teoria Objetivo-Material: O autor é aquele que tem maior envolvimento no crime e o partícipe é</p><p>aquele que tem uma menor participação, não sendo importante quem pratica a conduta criminosa.</p><p>✓ Teoria do Domínio do Fato: O autor é aquele que tem um domínio da conduta criminosa, ou seja,</p><p>o controle da situação, podendo ser executor do crime ou não. Com isso, o autor é aquele que decide</p><p>se irá ocorrer ou não a conduta, ou seja, é o que manda. O partícipe contribui para ocorrer o crime,</p><p>porém não manda na conduta criminosa. (CP ADOTA NOS CASOS DE AUDORIA MEDIATA E</p><p>AUTORIA INTELECTUAL).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>51</p><p>Controle da ação</p><p>➢ O controle da ação pode ocorrer por:</p><p>✓ Domínio da ação: O agente pratica de maneira direta a conduta apresentada no tipo penal.</p><p>✓ Domínio da Vontade: O agente não pratica diretamente, mas controla quem vai praticar.</p><p>✓ Domínio Funcional do Fato: O agente desempenha uma função essencial que é necessária para</p><p>a conduta criminosa e é dividida entre os demais parceiros.</p><p>Coautoria X Autoria Colateral</p><p>Coautoria Autoria Colateral</p><p>Existe um vínculo subjetivo que unem as condutas</p><p>das pessoas que praticam o delito, ocorrendo o</p><p>concurso de pessoas.</p><p>Ex: Dois indivíduos desejam matar o mesmo desafeto</p><p>e entram em acordo para lhe fazer uma emboscada.</p><p>No dia combinado, ambos atacam a vitima com</p><p>disparos de armas de fogo, levando-a a óbito.</p><p>Agentes que praticam atos convergentes para a</p><p>produção de uma certa infração, mas sem vínculo</p><p>subjetivo, não sabendo que ambos possuem</p><p>objetivos semelhantes.</p><p>O agente desconhece a vontade do outro.</p><p>A autoria colateral não caracteriza o concurso de</p><p>pessoas, pois não existe um vínculo subjetivo entre</p><p>os agentes.</p><p>Ex: Dois indivíduos desejam matar o mesmo desafeto.</p><p>Sem saber da vontade um do outro, envenenam a</p><p>bebida da vítima que vem a óbito.</p><p>Coautoria Funcional x Coautoria Material</p><p>➢ A coautoria Funcional ou Parcial é quando os agentes possuem condutas diversas e essas condutas</p><p>se somam, produzindo o resultado.</p><p>➢ A coautoria Material ou Direta é quando os agentes possuem a mesma conduta, produzindo o</p><p>resultado.</p><p>Possibilidades da Coautoria</p><p>➢ É possível a coautoria nos crimes próprios, desde que o terceiro conheça a especial condição do</p><p>autor.;</p><p>➢ Não é possível a coautoria nos crimes de mão-própria.</p><p>➢ Não é possível a coautoria nos crimes omissivos; a doutrina majoritária entende ser possível a</p><p>participação.</p><p>➢ Não é possível concurso de pessoas entre autor mediato e imediato, porém, existe a possibilidade de</p><p>haver coautoria e participação na autoria mediata, se houver colaboração entre os agentes mediatos.</p><p>➢ OBS: A coautoria em crimes culposos é possível, pois basta dois agentes quererem praticar uma</p><p>conduta imprudente.</p><p>➢ OBS: A participação em crime culposo, conforme o STJ, não é possível.</p><p>➢ OBS: A participação é possível em contravenção penal.</p><p>➢ OBS: Caso a participação seja dolosa e o crime seja culposo não existirá concurso. O agente doloso</p><p>responde pelo crime doloso e o agente culposo pelo culposo.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>52</p><p>Participação</p><p>➢ Modalidade em que o agente colabora para a prática do crime, porém não executa a conduta</p><p>apresentada no tipo penal.</p><p>➢ A participação pode ser:</p><p>✓ Moral: Ocorre quando o agente induz a pessoa a praticar o delito, ou seja, age no psicológico do</p><p>indivíduo.</p><p>✓ Material: Nessa, o partícipe auxilia o autor do crime, fornecendo algum tipo de ajuda, sendo seu</p><p>cúmplice.</p><p>➢ Já que o partícipe executa uma conduta acessória, não sendo a descrita no núcleo do tipo penal e</p><p>não é possível aplicar esta conduta àquele, é possível a extensão da adequação típica, ocorrendo a</p><p>adequação típica mediata.</p><p>➢ Com isso, utiliza-se a teoria da acessoriedade, que é dividida em 04 Teorias:</p><p>✓ Acessoriedade Mínima: A conduta principal deve ser um fato típico, independentemente de o fato ser</p><p>lícito ou não.</p><p>✓ Acessoriedade Limitada: A conduta deve ser considerada típica e ilícita para o partícipe responder</p><p>pelo crime. (Mais aproximada com o CP).</p><p>✓ Acessoriedade Máxima: A conduta deve ser típica, ilícita e praticada por agente culpável para o</p><p>partícipe responder pelo crime.</p><p>✓ Hiperacessoriedade: A conduta deve ser típica, ilítica, o agente culpável e efetivamente punido para o</p><p>partícipe responder pelo crime.</p><p>➢ OBS: É possível a participação nos crimes comissivos por omissão.</p><p>➢ OBS: A participação alheia não é concurso de pessoas, pois se ausenta o vínculo subjetivo, pois é</p><p>quando o partícipe age de forma culposa para a pratica do delito.</p><p>Multidão Criminosa</p><p>➢ Ocorre quando várias pessoas praticam o mesmo delito. Ocorrendo, assim, o concurso de pessoas.</p><p>➢ Normalmente agem sem um acordo prévio, mas existindo um vínculo subjetivo entre as pessoas, embora</p><p>tácito.</p><p>➢ Quem promove e organiza essas condutas acaba tendo as penas agravadas, quem pratica o delito,</p><p>em regra, acaba tendo a pena reduzida devido ao fator psicológico do momento.</p><p>CP/40, Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:</p><p>I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;</p><p>II - coage ou induz outrem à execução material do crime;</p><p>III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade</p><p>pessoal;</p><p>IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.</p><p>CP/40, Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:</p><p>III - ter o agente: e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>53</p><p>PARTE ESPECIAL</p><p>TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA</p><p>CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA</p><p>Crimes Contra a Vida</p><p>➢ Bem jurídico tutelado</p><p>é a vida da pessoa.</p><p>➢ A ação penal é pública incondicionada em todos os crimes contra a vida.</p><p>Homicídio simples</p><p>Art. 121. Matar alguém:</p><p>Pena - reclusão, de seis a vinte anos.</p><p>Homicídio Simples – CP/40. Art. 121.</p><p>➢ Ocorre quando uma pessoa mata alguém.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Pessoa Física.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Pessoa Física.</p><p>➢ Tipo Objetivo: Matar uma pessoa.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo direto ou indireto (eventual ou alternativo).</p><p>➢ O crime de homicídio pode ser fracionado em mais de um ato (Crime plurissubsistente).</p><p>➢ Consumação do Crime: A partir do falecimento da vítima (Crime Material).</p><p>➢ Caso a consumação do crime não ocorra por circunstâncias diversas à vontade do agente, é possível</p><p>a tentativa.</p><p>➢ Existe crime de homicídio a partir do nascimento da pessoa (Vida Extrauterina). Caso a vida seja tirada</p><p>antes do nascimento, não estaremos tratando de homicídio, mas sim uma possibilidade de Aborto.</p><p>➢ Não existe homicídio quando uma pessoa tenta tirar a vida de outra que já esteja morta, sendo</p><p>considerado um Crime Impossível.</p><p>➢ A pessoa pode responder por Homicídio tanto de forma omissiva (sem ter agido), quanto comissiva.</p><p>➢ OBS: Caso o sujeito passivo seja o Presidente da República, do Senado, da Câmara ou do STF e o</p><p>ato estiver vinculado a uma natureza política, o crime previsto estará apresentado na Lei de Segurança</p><p>Nacional (Lei 7.710/89) e não no CP/40.</p><p>➢ OBS: O homicídio simples é qualificado como crime hediondo quando uma pessoa mata outra, agindo</p><p>em prol de uma atividade típica de grupo de extermínio.</p><p>Caso de diminuição de pena</p><p>§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de</p><p>violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a</p><p>um terço.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>54</p><p>Homicídio Privilegiado - CP/40. Art. 121. §1°</p><p>➢ Ocorre em determinadas situações, em que a conduta ilícita cometida pelo agente pode ser reduzida de</p><p>1/6 a 1/3.</p><p>➢ O Homicídio Privilegiado é possível quando o crime for impelido por:</p><p>✓ Motivo de relevante valor social ou valor moral;</p><p>✓ Domínio de violenta emoção, após o sujeito passivo provocar injustamente a vítima.</p><p>➢ OBS: No concurso de pessoas, caso o crime por domínio de violenta emoção seja praticado, o agente</p><p>que não possuía tal circunstância pessoal responderá por homicídio simples, e não privilegiado.</p><p>Não Confundir!</p><p>Influência de Violenta Emoção Domínio de Violenta Emoção</p><p>✓ Trata-se de uma circunstância atenuante.</p><p>✓ Homicídio continua sendo simples.</p><p>✓ Trata-se de uma diminuição de pena.</p><p>✓ Homicídio Privilegiado</p><p>Motivo de relevante valor social</p><p>➢ Quando o interesse é da coletividade ou de ordem geral.</p><p>Ex: Uma pessoa mata um traficante de drogas que está cometendo crimes em seu bairro.</p><p>Motivo de relevante valor moral</p><p>➢ Quando o interesse é individual ou particular do agente.</p><p>Ex: O pai da filha que foi estuprada mata o estuprador.</p><p>➢ OBS: O Homicídio privilegiado exclui a circunstância atenuante.</p><p>Homicídio qualificado</p><p>Homicídio Qualificado</p><p>É formado por qualificadora objetiva e/ou subjetiva. Tais circunstâncias não constituem elementares do crime</p><p>de homicídio, uma vez que os elementares do crime de homicídio são “matar alguém”. As qualificadoras são</p><p>circunstâncias acidentais que alteram o mínimo e o máximo da pena.</p><p>§ 2° Se o homicídio é cometido:</p><p>I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;</p><p>II - por motivo fútil;</p><p>Homicídio Qualificado - Por motivo fútil</p><p>➢ Ocorre quando uma pessoa tira a vida de outra por um motivo besta.</p><p>➢ Motivo injusto não se confunde com motivo fútil.</p><p>➢ OBS: O crime cometido por ausência de motivo é considerado qualificado por motivo fútil pela</p><p>doutrina, já o STJ o considera um homicídio simples.</p><p>III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa</p><p>resultar perigo comum;</p><p>IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a</p><p>defesa do ofendido;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>55</p><p>V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:</p><p>Pena - reclusão, de doze a trinta anos.</p><p>Feminicídio</p><p>VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:</p><p>Homicídio Qualificado - Feminicídio</p><p>➢ Ocorre quando o sujeito ativo pratica o delito contra uma mulher, devendo ocorrer por razões de</p><p>condição do sexo feminino (violência de gênero), que é quando envolver:</p><p>✓ Violência doméstica e familiar;</p><p>✓ Menosprezo ou discriminação à condição de mulher.</p><p>VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema</p><p>prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra</p><p>seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:</p><p>Servidores do Art. 142 e 144 da CF</p><p>Forças Armadas (M/A/E); PFs; PRFs; PFFs; PCs; PMs e CBMs; Policiais Penais Federais/Estaduais e</p><p>Distritais.</p><p>VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido:</p><p>Homicídio contra menor de 14 anos</p><p>IX - contra menor de 14 anos:</p><p>Pena - reclusão, de doze a trinta anos.</p><p>Atenção!</p><p>➢ Na existência de mais de uma qualificadora, uma delas qualificará o delito, enquanto a outra servirá</p><p>como agravante genérica, no caso de previsão, ou circunstância judicial desfavorável, caso não</p><p>exista a previsão de agravante.</p><p>➢ O crime privilegiado e qualificado não será considerado hediondo.</p><p>Homicídio Híbrido</p><p>Ocorre quando o homicídio é, ao mesmo tempo, privilegiado e qualificado. Existe possibilidade de</p><p>Homicídio Híbrido quando a qualificadora é de natureza objetiva.</p><p>§ 2º.-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:</p><p>I - violência doméstica e familiar;</p><p>II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.</p><p>§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 anos é aumentada de:</p><p>I - 1/3 até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua</p><p>vulnerabilidade;</p><p>II - 2/3 se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor</p><p>ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>56</p><p>Homicídio culposo</p><p>§ 3º Se o homicídio é culposo:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos.</p><p>Homicídio Culposo - CP/40. Art. 121. §3°</p><p>Acontece no caso de o agente praticar uma conduta sem a intenção do homicídio, no entanto acaba por</p><p>cometer o crime por causa de negligência, imprudência ou imperícia.</p><p>Existindo culpa do agente e culpa da vítima, não há que se falar em compensar as culpas, sendo o agente</p><p>responsável da mesma maneira, porém tal circunstância beneficiará o réu quando a pena for fixada.</p><p>Elementos do Crime Culposo</p><p>a) Conduta humana voluntária ativa (comissiva) ou omissiva.</p><p>✓ Há necessidade de uma conduta (ação ou omissão) culposa.</p><p>b) Inobservância de um dever objetivo de cuidado.</p><p>✓ O dever objetivo de cuidado é um elemento normativo de valoração jurídica. A desobediência ao dever</p><p>objetivo de</p><p>como instrumento</p><p>de garantia para o criminoso.</p><p>Fonte¹: CAPEZ. Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 12ª ed. Vol. 1SP: Saraiva, 2008, p. 01.</p><p>Fonte²: SANCHES, Rogério. Direito Penal - Módulo 1- Cers, 2014.</p><p>Fontes do Direito Penal</p><p>➢ O direito penal possui duas fontes:</p><p>✓ Materiais ou substanciais ou de produção;</p><p>✓ Formais ou cognitivas ou de conhecimento.</p><p>Materiais ou Substanciais ou de Produção</p><p>➢ Consiste nos órgãos e entidades responsáveis pela criação das normas penais.</p><p>➢ No Brasil, apenas a União pode criar normas de Direito Penal.</p><p>CF/88, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.</p><p>Formais ou Cognitivas ou de Conhecimento</p><p>➢ É a exteriorização do direito penal, ou seja, é maneira que o Direito Penal se apresenta juridicamente.</p><p>➢ As Fontes Formais podem ser:</p><p>✓ Imediatas:</p><p>• O Direito Penal é apresentado de forma direta. No Brasil a Lei ordinária, em sentido estrito, é a</p><p>única fonte formal imediata.</p><p>• A criação de crimes e a cominação de penas não podem ser realizadas pela CF. A única</p><p>possibilidade de criação das normas penais é através da lei, em sentido estrito.</p><p>• Existe a possibilidade dos tratados e convenções internacionais serem fontes imediatas do direito</p><p>penal, tendo eficácia erga omnes.</p><p>✓ Mediatas ou secundárias: Trata-se dos costumes, princípios gerais e atos administrativos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>5</p><p>Analogia</p><p>➢ Analogia é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.</p><p>➢ É possível sua aplicação apenas in bonan partem (A favor do réu) no direito penal.</p><p>➢ Não é considerada uma fonte do direito penal e sim uma forma de integração.</p><p>➢ É uma modalidade legal, mas não jurídica.</p><p>➢ Não se confunde com a Interpretação Extensiva.</p><p>Interpretação Extensiva x Interpretação Analógica x Analogia</p><p>Interpretação Extensiva Interpretação Analógica Analogia</p><p>Forma de interpretação. Forma de interpretação.</p><p>Forma de integração da norma</p><p>penal para suprir lacunas.</p><p>Há lei penal para o caso concreto. Há lei penal para o caso concreto.</p><p>Não há lei penal para o caso</p><p>concreto.</p><p>Tem a finalidade de estender o</p><p>sentido e o alcance da norma até</p><p>que se atinja sua real acepção.</p><p>Recurso que permite a</p><p>ampliação do conteúdo da lei</p><p>penal, através da indicação de</p><p>fórmula genérica pelo legislador.</p><p>Aplica-se um dispositivo que</p><p>disciplina hipótese semelhante a</p><p>um fato não regulado</p><p>expressamente pela norma jurídica.</p><p>In bonam ou in malam partem. In bonam ou in malam partem. Aplicável apenas in bonam partem.</p><p>Ex: CP. Art. 150. Ex: CP. Art. 121, § 2º Ex: CP. Art. 181. I.</p><p>Princípio da Legalidade</p><p>➢ O princípio da legalidade compreende a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na</p><p>criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.</p><p>➢ Conforme GRECO¹, o Princípio da Legalidade tem como funções proibir:</p><p>✓ Retroatividade da lei penal;</p><p>✓ A criação de crimes e penas pelos costumes;</p><p>✓ O emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas;</p><p>✓ Incriminações vagas e indeterminadas.</p><p>➢ O Princípio da Legalidade não se confunde com:</p><p>✓ Imputabilidade: A capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação</p><p>ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.</p><p>✓ Culpabilidade: O juízo de censura (responsabilidade) que incide sobre a formação e a</p><p>exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a</p><p>necessidade de imposição de pena.</p><p>✓ Antijuridicidade ou Ilicitude: a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico</p><p>praticado por alguém capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente</p><p>protegidos.</p><p>✓ Tipicidade: a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal</p><p>vigente no momento da ação ou da omissão.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>6</p><p>Anterioridade da Lei</p><p>➢ Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio</p><p>de lei em:</p><p>✓ Sentido material: É o conteúdo, a ocorrência real da lesão jurídica, no caso concreto, estabelecido</p><p>em lei.</p><p>✓ Sentido formal: É a descrição, anotação ou tipificação do crime no ordenamento jurídico.</p><p>CP/40, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.</p><p>CF/88, Art. 5º, XXXIX - não há· crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;</p><p>➢ O Princípio da Legalidade se divide em:</p><p>✓ Princípio da Reserva Legal;</p><p>✓ Princípio da Anterioridade da Lei Penal;</p><p>Princípio da Reserva Legal</p><p>➢ Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas,</p><p>pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas.</p><p>➢ É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal?</p><p>✓ 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda.</p><p>✓ 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa</p><p>corrente).</p><p>Princípio da Anterioridade da Lei Penal ou Irretroatividade</p><p>➢ Estabelece que a lei tenha que ter sido criada antes de ocorrer à criminalização para considerar a prática</p><p>da conduta. Pode ser considerado sinônimo do princípio da irretroatividade da lei penal.</p><p>➢ É possível a retroatividade da lei penal, quando for para beneficiar o réu.</p><p>CF/88, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.</p><p>➢ No caso de Leis temporárias, a lei principal continua produzindo seus efeitos mesmo após o término</p><p>da vigência das leis temporárias.</p><p>CP/40. Art. 2º, parágrafo único, CP. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,</p><p>ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.</p><p>Fonte¹: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 4ª ed. Rio de Janeiro: Impetus. 2004, p. 117.</p><p>Princípio da Proporcionalidade</p><p>➢ As penas são aplicadas proporcionalmente a gravidade do fato.</p><p>➢ O Princípio estabelece dois vetores:</p><p>✓ Não proteção deficiente do Estado;</p><p>✓ Proibição de Excesso por parte do Estado;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>7</p><p>Princípio da Adequação Social</p><p>➢ A conduta do agente por mais que seja considerada, formalmente, um crime, em sentido material, não</p><p>é considerada um delito, não sendo mais objeto de reprovação social, tornando-se uma conduta</p><p>aceita e adequada pela sociedade.</p><p>➢ O princípio da adequação social não revoga tipos penais incriminadores.</p><p>➢ Serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a tipificação criminal de condutas consideradas</p><p>socialmente adequadas.</p><p>➢ O adultério é um exemplo do princípio, não sendo considerado mais crime.</p><p>➢ O STJ não aceita o princípio da adequação social em relação à conduta de expor à venda CD’s e DVD’s</p><p>Piratas.</p><p>Princípio da Confiança</p><p>Tal princípio dispõe que todos podem acreditar que as demais pessoas irão agir de acordo com as normas</p><p>que disciplinam a vida em sociedade.</p><p>Princípio da Exclusiva proteção aos Bens Jurídicos</p><p>Por esse princípio, somente o bem jurídico relevante será protegido pelo direito penal. E a</p><p>cuidado ocorre mediante imprudência (conduta culposa comissiva), negligência (conduta</p><p>culposa omissiva) e imperícia (violação, por parte do agente, de regra técnica de profissão, arte ou ofício,</p><p>da qual tem conhecimento).</p><p>c) Resultado lesivo que não fazia parte da finalidade inicial do agente.</p><p>✓ O resultado deve ser objetivamente previsível na culpa comum (inconsciente). Um resultado lesivo não</p><p>querido, tampouco assumido pelo agente.</p><p>d) Nexo de causalidade entre conduta e resultado.</p><p>✓ Sobre o nexo causal, o tema é bem rico e complexo na atual fase do Direito Penal dogmático, quando a</p><p>teoria da equivalência não se mostra suficiente para solucionar todos os problemas do nexo causal.</p><p>e) Previsibilidade objetiva do resultado.</p><p>✓ O fato deve ser previsível ao agente, o agente não prevê aquilo que lhe era previsível.</p><p>f) Tipicidade.</p><p>✓ Como regra, a conduta penal costuma ser tipificada na forma dolosa. A forma culposa é excepcional, por</p><p>isso da advertência da tipicidade (parágrafo único do art. 18 do CP).</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra</p><p>técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura</p><p>diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a</p><p>pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior</p><p>de 60 (sessenta) anos.</p><p>§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração</p><p>atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.</p><p>Perdão Judicial - CP/40. Art. 121. §5°</p><p>A sentença do perdão judicial não serve para a reincidência.</p><p>STJ/Súmula 18</p><p>A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo</p><p>qualquer efeito condenatório.</p><p>§ 6º. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o</p><p>pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>57</p><p>§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:</p><p>I - durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;</p><p>II - contra pessoa maior de 60 anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem condição</p><p>limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;</p><p>III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;</p><p>IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22</p><p>da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.</p><p>Aumento da Pena - Majorante</p><p>Homicídio</p><p>Culposo</p><p>➢ O aumento da pena ocorre se:</p><p>✓ O crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício.</p><p>(Pena aumentada de 1/3)</p><p>✓ O agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as</p><p>consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. (Pena</p><p>aumentada de 1/3)</p><p>Homicídio</p><p>Doloso</p><p>➢ O aumento da pena ocorre se:</p><p>✓ O crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60</p><p>(sessenta) anos. (Pena aumentada de 1/3)</p><p>✓ O crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço</p><p>de segurança, ou por grupo de extermínio. (Pena aumentada de 1/3 até 1/2)</p><p>➢ No caso de Feminicídio o crime for praticado:</p><p>✓ Durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto; (Pena aumentada de</p><p>1/3 até 1/2)</p><p>✓ Contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência</p><p>ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de</p><p>vulnerabilidade física ou mental; (Pena aumentada de 1/3 até 1/2)</p><p>✓ Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Pena</p><p>aumentada de 1/3 até 1/2)</p><p>✓ Em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos</p><p>I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Pena</p><p>aumentada de 1/3 até 1/2)</p><p>Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio ou a Automutilação</p><p>CP/40. Art. 122. Induzir (cria a possibilidade – Participação Moral) ou instigar (Reforça a ideia – Participação</p><p>Moral) alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:</p><p>Pena – reclusão, de 6 meses a 2 anos.</p><p>§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima,</p><p>nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Crime Qualificado)</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 3 anos.</p><p>§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Crime Qualificado)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>58</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 6 anos.</p><p>§ 3º A pena é duplicada: (Majoração da Pena)</p><p>I – se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;</p><p>II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.</p><p>§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede</p><p>social ou transmitida em tempo real. (Majoração da Pena)</p><p>§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Majoração</p><p>da Pena)</p><p>§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido</p><p>contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o</p><p>necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência,</p><p>responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código (Lesão Corporal Qualificada –</p><p>Gravíssima).</p><p>§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem</p><p>não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer</p><p>resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.</p><p>Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio ou a Automutilação – CP/40. Art. 122.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo (é possível por dolo eventual), não sendo possível a forma culposa.</p><p>➢ OBS: O suicídio não é considerado crime, mas sim a conduta da pessoa que incentiva a outra a</p><p>cometer tal ato. Essa conduta é uma conduta principal e não acessória, sendo o próprio núcleo do tipo</p><p>penal. Desta forma, o agente que incentiva o suicídio é o autor e não partícipe do crime.</p><p>➢ OBS: Apenas a pessoa que tenha discernimento é que pode ser sujeito passivo de tal crime.</p><p>➢ OBS: Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta em lesão corporal de natureza</p><p>gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou</p><p>deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer</p><p>outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129</p><p>deste Código (Lesão Corporal Qualificada – Gravíssima).</p><p>➢ OBS: Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte contra menor de 14 (quatorze)</p><p>anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer</p><p>outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do</p><p>art. 121 deste Código.</p><p>➢ OBS: A nova redação apresentada pelo Art. 122. CP pune o sujeito ativo pelo mero exaurimento</p><p>da</p><p>conduta, ou seja, se o delito não resultar em nada ou acarretar lesão corporal de natureza leve, a</p><p>pessoa que fez o mero induzimento, instigação, auxílio material a lesão ou suicídio, responderá conforme</p><p>o Art. 122.</p><p>Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio - CP/40. Art. 122.</p><p>Resultado Vítima Com Discernimento Vítima Vulnerável ou Sem Discernimento</p><p>Não acarreta lesão Tipificação do Art. 122, Caput, CP. Tipificação do Art. 122 c/ Art. 122, §3º,II.</p><p>Lesão Leve Tipificação do Art. 122, Caput, CP. Tipificação do Art. 122 c/ Art. 122, §3º,II.</p><p>Lesão Grave Tipificação do Art. 122, §1º, CP. Tipificação do Art. 122, §1º, CP.</p><p>Lesão Gravíssima Tipificação do Art. 122, §1º, CP. Tipificação do Art. 129, §2º, CP.</p><p>Morte Tipificação do Art. 122, §2º, CP. Tipificação do Art. 121, CP.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>59</p><p>Consumação do Crime (Crime é Formal): Ocorre quando o agente pratica o ato, sendo a morte ou as lesões</p><p>uma mera condição objetiva de punibilidade.</p><p>Infanticídio</p><p>Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:</p><p>Pena - detenção, de dois a seis anos.</p><p>Infanticídio – CP/40. Art. 123.</p><p>➢ É considerada uma espécie de homicídio, sendo a pena menor, desde que comprovado a influência</p><p>do estado puerperal da mãe, ou seja, o estado emocional da pessoa precisa ser a causa do fato.</p><p>➢ É um crime próprio, sendo possível o concurso de agentes. É possível o crime por tentativa.</p><p>➢ O crime só é possível mediante dolo (direto ou eventual). Caso a mãe de forma culposa mate o filho,</p><p>teremos um caso de homicídio culposo e não de infanticídio.</p><p>➢ A mãe responderá por infanticídio, mesmo se matar o filho de outra pessoa pensando que é o seu,</p><p>sendo um caso de erro sobre a pessoa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Mãe da vítima.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Recém-nascido.</p><p>➢ Consumação do Crime: Ocorre com a morte da criança.</p><p>Estado Puerperal</p><p>Consiste em uma perturbação psíquica que acomete a gestante durante o parto ou logo após. O estado</p><p>puerperal, no infanticídio, diminui a capacidade de autodeterminação da mulher, não se confunde com a</p><p>ausência completa de capacidade de culpabilidade que pode ser gerada, por exemplo, por uma depressão</p><p>pós-parto, de modo a afastar a própria culpabilidade, tornando a mulher, nesse caso, inimputável,</p><p>passível de receber uma medida de segurança.</p><p>Crimes Contra a Vida</p><p>➢ No âmbito penal, a vida humana pode ser:</p><p>✓ Intrauterina (Antes do Nascimento – CP/40 Art. 124 e 127);</p><p>✓ Extrauterina (A partir do nascimento – CP/40. Art. 121 a 123).</p><p>➢ A doutrina entende que a vida de uma pessoa se inicia a partir do seu nascimento (Extrauterina), não</p><p>existindo crime de homicídio antes dela, mas sim a possibilidade de crime de aborto.</p><p>Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento</p><p>Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos.</p><p>Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento – CP/40. Art. 124.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. O aborto de forma culposa não é considerado crime.</p><p>➢ É cabível tentativa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Mãe da vítima.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Embrião ou feto.</p><p>➢ É um crime de mão própria.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>60</p><p>➢ Sendo o aborto por consentimento (outra pessoa pratica o aborto com o consentimento da gestante), o</p><p>terceiro responde nos termos do Art. 126. CP/40.</p><p>➢ Consumação do Crime: Ocorre com a eliminação do feto ou embrião.</p><p>Aborto provocado por terceiro</p><p>Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:</p><p>Pena - reclusão, de três a dez anos.</p><p>Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante – CP/40. Art. 125.</p><p>➢ É cabível tentativa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Embrião ou feto e gestante.</p><p>➢ Caso o sujeito ativo mate a mãe e o feto tendo o conhecimento da sua gravidez, aquele responderá</p><p>por crime de homicídio e aborto, sendo assim um concurso de crimes.</p><p>➢ Consumação do Crime: Ocorre com a eliminação do feto ou embrião.</p><p>Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos.</p><p>Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada</p><p>ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.</p><p>Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante – CP/40. Art. 126.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo. É cabível tentativa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, exceto a gestante.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Embrião ou feto.</p><p>➢ Caso a gestante não possua consentimento em relação ao aborto, o sujeito ativo responde o tipo penal por</p><p>Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante.</p><p>➢ Consumação do Crime: Ocorre com a eliminação do feto ou embrião.</p><p>Forma qualificada</p><p>Art. 127 – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência</p><p>do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são</p><p>duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.</p><p>Aborto – Aumento da Pena – CP/40. Art. 127.</p><p>Caso o sujeito ativo possua a intenção de lesionar a mãe e em consequência disso, por culpa, ocasiona o</p><p>aborto, o crime tipificado será o de lesão corporal gravíssima, conforme o CP/40. Art. 129. §2º,V.</p><p>Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:</p><p>Aborto necessário</p><p>I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>61</p><p>Aborto no caso de gravidez resultante de estupro</p><p>II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz,</p><p>de seu representante legal.</p><p>Quando o aborto não será crime?</p><p>➢ A vida da gestante estiver ameaçada;</p><p>➢ A gravidez for gerada por estupro;</p><p>➢ O feto for anencéfalo (ausência parcial do encéfalo e da calota craniana).</p><p>STF/ADPF 54</p><p>“... O feto anencéfalo, mesmo que biologicamente vivo, porque feito de células e tecidos vivos, é</p><p>juridicamente morto, não gozando de proteção jurídica e, acrescento, principalmente de proteção jurídico-</p><p>penal. Nesse contexto, a interrupção da gestação de feto anencefálico não configura crime contra a vida</p><p>– revela-se conduta atípica...”</p><p>CAPÍTULO II - DAS LESÕES CORPORAIS</p><p>Crime de Lesão Corporal</p><p>➢ Ocorre quando o agente ofende a integridade corporal ou a saúde de qualquer pessoa.</p><p>➢ O crime pode ocorrer de diversas maneiras;</p><p>➢ Bem jurídico tutelado: incolumidade física ou integridade física da pessoa.</p><p>➢ No crime de lesão corporal, além de se tutelar a integridade física, tutela-se também a integridade</p><p>fisiológica e mental. Nesse sentido, vale notar que o Art. 129 do CP descreve tanto a ofensa à</p><p>integridade corporal como também a saúde de outrem.</p><p>➢ A autolesão não é considerada crime, pois não existe lesividade a bem jurídico de terceiro, mas sim no</p><p>próprio agente.</p><p>➢ Em regra, a ação penal é pública incondicionada. Porém, em se tratando de lesão leve culposa, a ação</p><p>será pública condicionada à representação.</p><p>Lei 9.099/95. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação</p><p>penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.</p><p>➢ A lesão corporal</p><p>pode ser:</p><p>✓ Simples;</p><p>✓ Qualificada;</p><p>✓ Privilegiada;</p><p>✓ Culposa.</p><p>Lesão Corporal Simples – CP/40. Art. 129.</p><p>Ocorre quando a lesão corporal não é tão grave e não resulta em morte.</p><p>Crime de Menor Potencial Ofensivo.</p><p>No presente crime, verificamos que a pena máxima em abstrato não excede a 2 anos. Logo, estamos diante</p><p>de um crime de menor potencial ofensivo cuja competência judicial é do Juizado Especial Criminal.</p><p>Lesão corporal</p><p>Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>62</p><p>Lesão Corporal Qualificada – CP/40. Art. 129. §1°, §2° e §3°</p><p>➢ Ocorre quando o resultado da lesão é grave ou quando a lesão acarreta a morte do sujeito passivo.</p><p>➢ Apesar do CP/40. Tratar as lesões corporais como graves, a Doutrina divide em duas classificações:</p><p>✓ Lesões Graves (CP/40. Art. 129. §1°);</p><p>✓ Lesões Gravíssimas (CP/40. Art. 129. §2°);</p><p>§ 1°. Se resulta: (Grave)</p><p>I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;</p><p>II - perigo de vida;</p><p>III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;</p><p>IV - aceleração de parto.</p><p>Pena: reclusão, de um a cinco anos.</p><p>Lesões Graves - CP/40. Art. 129. §1°</p><p>O que podemos compreender como ocupação habitual?</p><p>Aquela rotineira, que faz parte da atividade comum do dia a dia. Não se restringe somente ao trabalho.</p><p>O Art. 129, § 1º, I, do CP/40, exige a realização de exame de corpo de delito complementar após 30 dias.</p><p>Trata-se, pois, de “crime a prazo”, pois depende do exaurimento do referido prazo para sua</p><p>configuração.</p><p>E se o agente queria ou aceitava o resultado do aborto, que não ocorreu, mas houve aceleração do</p><p>parto?</p><p>Tendo o dolo do aborto, responderá pelo crime de aborto tentado, podendo incidir ainda a qualificadora</p><p>do art. 127 do CP/40 (lembre-se de que o art. 127 do CP incide também se, dos meios empregados para o</p><p>aborto, ocorrer lesão grave)</p><p>Se o agente não quis o aborto, teremos uma hipótese de lesão corporal gravíssima preconizada no art.</p><p>129, § 2º, inciso V, do CP/40. Se queria ou aceitava o aborto, responderá por tal crime.</p><p>§ 2°. Se resulta: (Gravíssima)</p><p>I - Incapacidade permanente para o trabalho;</p><p>II - enfermidade incurável;</p><p>III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;</p><p>IV - deformidade permanente;</p><p>V – aborto.</p><p>Pena: reclusão, de dois a oito anos.</p><p>Lesão corporal seguida de morte - CP/40. Art. 129. §3°</p><p>➢ Ocorre quando um agente pratica lesão corporal e esta acarreta com consequência a morte.</p><p>➢ É considerado um crime preterdoloso, que ocorre quando o agente age com dolo querendo cometer</p><p>lesão corporal e age com culpa no resultado (morte/homicídio). Dolo no antecedente (lesão corporal) e</p><p>culpa no consequente (morte).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>63</p><p>§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco</p><p>de produzi-lo:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a doze anos.</p><p>O Art. 129, § 3º, é Crime Hediondo?</p><p>Em regra, não. Mas, se for praticada contra “agentes ligados a segurança no exercício da função ou em</p><p>decorrência dela ou contra seus parentes consanguíneos até terceiro grau”, será. Veja, o disposto do</p><p>art. 1º, inciso I-A, da Lei n. 8.072/1990:</p><p>Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de</p><p>dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:</p><p>I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art.</p><p>129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição</p><p>Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da</p><p>função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até</p><p>terceiro grau, em razão dessa condição;</p><p>Lesão Grave Lesão Gravíssima</p><p>Perigo de vida;</p><p>Incapacidade para as ocupações habituais;</p><p>Debilidade permanente;</p><p>Aceleração de parto.</p><p>Perda ou inutilização;</p><p>Enfermidade incurável;</p><p>Deformidade permanente;</p><p>Incapacidade permanente para o trabalho;</p><p>Aborto.</p><p>PIDA PEDIA</p><p>Debilidade permanente Deformidade permanente</p><p>Lesão Grave Lesão Gravíssima</p><p>Diminuição de pena</p><p>§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de</p><p>violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um</p><p>terço.</p><p>Substituição da pena</p><p>§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos</p><p>mil réis a dois contos de réis:</p><p>I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;</p><p>II - se as lesões são recíprocas.</p><p>Lesão corporal Privilegiada - CP/40. Art. 129. §4° e §5°</p><p>➢ Ocorre quando:</p><p>✓ O Agente pratica o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio</p><p>de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima; (Redução da pena de 1/6 a</p><p>1/3).</p><p>✓ As lesões não são graves, quando se tratar das hipóteses apresentadas acima ou caso as lesões</p><p>sejam recíprocas. (Substituição da pena privativa de liberdade pela multa);</p><p>➢ Relevante valor social: vem sendo compreendido como algo que afronta a coletividade, que lhe causa</p><p>repulsa e abalo.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>64</p><p>➢ Relevante valor moral: vem sendo compreendido como algo que conta com certa aprovação moral,</p><p>conforme a baliza do homem médio.</p><p>➢ Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima: Podemos</p><p>entender por violenta emoção algo que traga por consequência o total descontrole do agente decorrente</p><p>de forte emoção.</p><p>➢ A norma fala em domínio de violenta emoção, e não sob influência de violenta emoção. Essa</p><p>pegadinha já foi cobrada em prova.</p><p>Lesão corporal culposa</p><p>§ 6° Se a lesão é culposa:</p><p>Pena - detenção, de dois meses a um ano.</p><p>Lesão Corporal Culposa - CP/40. Art. 129. §6°</p><p>➢ Ocorre quando a lesão corporal causada pelo agente decorre de negligência, imprudência ou</p><p>imperícia.</p><p>➢ Quando a lesão corporal culposa resultar de automóveis, o crime é especial, não se aplicando o CP/40,</p><p>mas sim o CTB.</p><p>➢ Na hipótese de Lesão corporal culposa, o juiz poderá deixar de aplicar a pena (Perdão Judicial), se as</p><p>consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne</p><p>desnecessária.</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 7º. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste</p><p>Código.</p><p>Majoração da Lesão Corporal Culposa - CP/40. Art. 129. §7°</p><p>➢ Ocorrerá o aumento da pena em 1/3, caso o crime de lesão corporal culposa ocorra por:</p><p>✓ Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, se o agente deixa de prestar imediato socorro</p><p>à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante, e</p><p>ainda o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos; ou</p><p>✓ Crime seja praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por</p><p>grupo de extermínio.</p><p>§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121 (Perdão Judicial).</p><p>Violência Doméstica</p><p>Violência Doméstica - CP/40. Art. 129. §9°</p><p>➢ Ocorre apenas nos casos de lesões praticadas com o fim doloso. Sendo a lesão culposa, aplica-se a</p><p>regra das lesões comuns, não sendo uma violência doméstica.</p><p>➢ O crime de violência doméstica inclui tanto o homem, quanto a mulher.</p><p>➢ O procedimento e as consequências jurídicas mais rígidas trazidas na Lei n. 11.340/2006 só são aplicáveis</p><p>para a mulher. Porém, a qualificadora do Art. 129, § 9º, do CP/40, é válida tanto para homem quanto para</p><p>mulher. Não confunda.</p><p>§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem</p><p>conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou</p><p>de hospitalidade:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>65</p><p>Pena - detenção, de 3 meses a 3 anos.</p><p>§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º. a 3º. deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9º. deste artigo,</p><p>aumenta-se a pena em 1/3.</p><p>§ 11. Na hipótese do § 9º. deste artigo, a pena será aumentada de 1/3 se o crime for cometido contra pessoa</p><p>portadora de deficiência.</p><p>Violência Doméstica - CP/40. Art. 129. §10° e 11º</p><p>➢ Caso o crime de lesão corporal na violência doméstica seja:</p><p>✓ Qualificado (Lesão grave, gravíssima ou morte): Aumento da pena de 1/3.</p><p>✓ Contra pessoa com deficiência: Aumento da pena de 1/3.</p><p>STJ/Súmula 542</p><p>A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é</p><p>pública incondicionada.</p><p>§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,</p><p>integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em</p><p>decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão</p><p>dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.</p><p>§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-</p><p>A do art. 121 deste Código:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>CAPÍTULO III - DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE</p><p>Perigo de contágio venéreo</p><p>Perigo de contágio venéreo – CP/40. Art. 130.</p><p>➢ Bem jurídico tutelado: Saúde da pessoa (Certos doutrinadores também consideram a vida);</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Doutrina: Considera o crime próprio, pois o sujeito ativo precisa estar contaminado para repassar a</p><p>doença.</p><p>➢ Tipo Objetivo: Relação sexual ou qualquer ato libidinoso, por pessoa que esteja com moléstia venérea</p><p>com outra, existindo o risco de contaminação.</p><p>➢ O termo “moléstia venérea” é considerado uma norma penal em branco.</p><p>➢ Consumação: Ocorre com a exposição do perigo, não precisando ocorrer a contaminação.</p><p>➢ Existe a possibilidade de tentativa. (Crime Plurissubsistente);</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo (direto ou eventual), sem a necessidade de dolo específico, ou seja, o sujeito</p><p>ativo não precisa querer realmente contaminar o parceiro sexual. Não é possível o elemento subjetivo</p><p>culpa.</p><p>➢ Caso o agente realmente queira contaminar seu parceiro, o crime será qualificado, sendo a pena mais</p><p>grave (Reclusão, de um a quatro anos, e multa).</p><p>➢ Ação penal será pública condicionada à representação.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>66</p><p>Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia</p><p>venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.</p><p>§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>§ 2º - Somente se procede mediante representação.</p><p>Perigo de contágio de moléstia grave</p><p>Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de</p><p>produzir o contágio:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Perigo de contágio de moléstia grave – CP/40. Art. 131.</p><p>➢ Bem jurídico tutelado: Saúde da pessoa (Certos doutrinadores também consideram a vida);</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa contaminada com moléstia grave.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa não contaminada pela mesma moléstia.</p><p>➢ Crime Próprio</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo específico, ou seja, o sujeito ativo deve demonstrar vontade de contaminar</p><p>o sujeito passivo. Não existe dolo eventual e culpa. É possível a tentativa.</p><p>➢ Tipo Objetivo: Transmissão da doença a outrem por qualquer modo de transmissão, sem a</p><p>necessidade da relação sexual.</p><p>➢ Caso a doença transmitida à vítima cause:</p><p>✓ Lesão leve: O agente fica absorvido do crime tratado.</p><p>✓ Lesão grave ou a morte: O agente responde pelo crime causado.</p><p>➢ Consumação: Ocorre com a exposição do perigo, não precisando ocorrer a contaminação.</p><p>➢ Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Perigo para a vida ou saúde de outrem</p><p>Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a</p><p>perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer</p><p>natureza, em desacordo com as normas legais.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>67</p><p>Perigo para a vida ou saúde de outrem – CP/40. Art. 132.</p><p>➢ Bem jurídico tutelado: Saúde ou vida da pessoa;</p><p>➢ Ocorre quando o agente expõe a vida ou a saúde do sujeito passivo a perigo direto e iminente,</p><p>podendo ser tanto de forma omissiva quanto de forma comissiva.</p><p>➢ Sendo comissivo, o crime pode ser plurissubsistente, com a possibilidade de tentativa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo. Não é possível a culpa.</p><p>➢ Caso o agente pratique o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem para alcançar um crime mais</p><p>grave, ele responde pelo último.</p><p>➢ Consumação: Ocorre com a exposição do perigo. Sendo o resultado do delito:</p><p>✓ Mais grave: O agente responde pelo crime mais grave.</p><p>✓ Menos grave: O agente responde pelo crime de exposição a perigo.</p><p>➢ A pena será majorada quando o crime decorrer de transporte de pessoas para a prestação de serviços</p><p>em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.</p><p>➢ Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Abandono de incapaz</p><p>Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,</p><p>incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos.</p><p>§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos.</p><p>§ 2º - Se resulta a morte:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a doze anos.</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:</p><p>I - se o abandono ocorre em lugar ermo;</p><p>II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.</p><p>III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>68</p><p>Abandono de incapaz – CP/40.</p><p>Art. 133.</p><p>➢ Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,</p><p>incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.</p><p>➢ Crime próprio, pois o agente precisa ser o responsável pela guarda, vigilância ou autoridade do sujeito</p><p>passivo.</p><p>➢ O termo incapaz não tem o mesmo significado do apresentado no CC/02, sendo considerado qualquer</p><p>pessoa que não pode se proteger sozinha.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo. Não é possível a culpa. Pode responder por tentativa.</p><p>➢ Consumação: abandono do incapaz.</p><p>➢ Caso o abandono resulte:</p><p>✓ Lesão corporal de natureza grave (Reclusão, um a cinco anos);</p><p>✓ Morte (Reclusão, 4 a 12 anos).</p><p>➢ Existe a possibilidade de majoração da pena em 1/3 se:</p><p>✓ o abandono ocorre em lugar ermo;</p><p>✓ o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.</p><p>✓ se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.</p><p>➢ Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Exposição ou abandono de recém-nascido</p><p>Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos.</p><p>§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos.</p><p>§ 2º - Se resulta a morte:</p><p>Pena - detenção, de dois a seis anos.</p><p>Exposição ou abandono de recém-nascido – CP/40. Art. 134.</p><p>➢ Ocorre quando o agente expõe ou abandona recém-nascido, para ocultar desonra própria, podendo</p><p>ser uma conduta comissiva ou omissiva.</p><p>➢ Crime próprio, pois o agente precisa ser o pai ou a mãe.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo específico, pois o agente tem que querer efetuar o crime. Não existe</p><p>punição caso o crime seja culposo. É possível tentativa nos casos comissivos.</p><p>➢ Se o sujeito ativo não agir com intenção, responderá por crime de abandono de incapaz.</p><p>➢ Consumação: A simples exposição ao risco do recém-nascido no caso concreto de perigo.</p><p>➢ Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>69</p><p>Omissão de socorro</p><p>Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou</p><p>extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses</p><p>casos, o socorro da autoridade pública:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e</p><p>triplicada, se resulta a morte.</p><p>Omissão de Socorro – CP/40. Art. 135.</p><p>➢ Crime Comum Omissivo Puro. Praticado apenas por omissão. Não é possível tentativa.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ A omissão de socorro ocorre quando o agente:</p><p>✓ Deixa de prestar socorro imediato à pessoa;</p><p>✓ Caso não consiga fazer, deixe de informar à autoridade pública para que esta preste socorro à</p><p>pessoa.</p><p>➢ OBS: A opção de chamar a autoridade pública para socorrer é subsidiária; caso seja possível a</p><p>prestação de socorro imediato e o agente não faça, este cometerá o crime por omissão de socorro.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo (Direto ou eventual). Não é possível a forma culposa.</p><p>➢ Para o agente participar do crime, exige-se que ele esteja presenciando a situação de perigo da vítima,</p><p>se omitido na prestação de socorro.</p><p>➢ O agente que praticou a ação deixando a vítima em perigo, não responde por omissão, mas sim pelo</p><p>crime que estava intencionado a fazer.</p><p>(Ex: A corta a cabeça de B para matá-lo, nesse caso, A não é punido por omissão de socorro mais sim por homicídio consumado</p><p>ou tentado).</p><p>➢ Consumação: Quando o agente se omite em prestar socorro.</p><p>➢ O perigo torna-se presumido quando se tratar de criança abandonada ou extraviada.</p><p>➢ Ocorrerá majoração da pena, quando a vítima sofrer lesões graves, sendo a pena aumentada em 1/2,</p><p>ou quando a vítima morrer, sendo a pena triplicada. (Na majoração, exige-se a comprovação de que a</p><p>ação do agente evitaria o dano maior).</p><p>➢ Caso a omissão de socorro esteja vinculada a acidentes de trânsito, será o CTB que regulará a matéria.</p><p>➢ Tratando-se de omissão de socorro a um idoso, o crime será específico, sendo previsto no Estatuto</p><p>do Idoso e não no CP/40.</p><p>➢ Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial</p><p>Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de</p><p>formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial:</p><p>Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>70</p><p>Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de</p><p>natureza grave, e até o triplo se resulta a morte.</p><p>Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial – CP/40. Art. 135-A.</p><p>Crime comum.</p><p>Ação penal será pública incondicionada.</p><p>Maus-tratos</p><p>Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de</p><p>educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer</p><p>sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:</p><p>Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.</p><p>§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos.</p><p>§ 2º - Se resulta a morte:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a doze anos.</p><p>§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos.</p><p>Maus-Tratos – CP/40. Art. 136.</p><p>➢ Bem Jurídico Tutelado: Saúde e vida da pessoa guardada ou vigiada.</p><p>➢ Crime Próprio, sendo cometido apenas com quem tenha sob sua autoridade guarda ou vigilância da</p><p>vítima.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo com fim específico. Não é possível a culpa. É possível a tentativa, quando a</p><p>conduta for comissiva.</p><p>➢ Tipo objetivo: Plurinuclear, existindo a possibilidade do crime ser praticado de várias formas diferentes.</p><p>➢ OBS: O crime por maus-tratos não se confunde com o de tortura, sendo este necessário que a vítima</p><p>passe por uma alta carga de sofrimento, tanto físico quanto mental e a vontade do agente seja causar</p><p>tortura.</p><p>➢ Crime consumado: Pode ocorrer tanto de forma:</p><p>✓ Comissiva: Ocorre quando o agente lesiona a vítima, sendo assim o crime consumado.</p><p>✓ Omissiva: Quando o agente se omite, habitualmente, acarretando assim dano à vítima.</p><p>CAPÍTULO IV - DA RIXA</p><p>Rixa</p><p>Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na</p><p>rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>71</p><p>Rixa – CP/40. Capítulo IV Art. 137.</p><p>➢ Ocorre quando três ou mais pessoas se agridem, ao mesmo tempo, por conta própria e de forma</p><p>desordenada acompanhada de vias de fato ou violência recíproca.</p><p>➢ Ação Penal Pública Incondicionada.</p><p>➢ O crime trata-se de um concurso necessário (Crime Plurisubjetivo), pois é necessário existir no mínimo</p><p>três pessoas ou mais. A depender da doutrina é cabível tentativa.</p><p>➢ Pode ser praticado por qualquer pessoa. (Crime Comum).</p><p>➢ Elemento</p><p>Subjetivo: Dolo. Não existe modalidade culposa.</p><p>➢ Os sujeitos são ao mesmo tempo passivo e ativo do crime, porém cada um terá uma conduta</p><p>criminosa própria.</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas.</p><p>➢ O sujeito pode participar tanto na forma:</p><p>✓ Material (A dá uma faca para B);</p><p>✓ Moral (A influência B).</p><p>➢ Consumação: Ocorre com o começo da rixa e a existência de vias de fato ou violência recíproca. A</p><p>existência de lesões é não possui relevância para a consumação.</p><p>➢ O crime de rixa será qualificado caso acarrete em lesão corporal grave ou morte. Respondendo todos</p><p>que participaram da rixa (Doutrina Majoritária).</p><p>➢ Caso o agente saia da rixa antes da lesão corporal grave ou morte ocorrerem: responderá mesmo</p><p>assim de forma qualificada.</p><p>➢ Caso o agente entre depois de acontecer a lesão corporal grave ou morte: responderá por rixa</p><p>simples.</p><p>➢ A briga entre torcidas não é considerada crime de rixa, mas sim um crime específico do Estatuto do</p><p>Torcedor.</p><p>CAPÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA A HONRA</p><p>Honra Objetiva</p><p>De uma maneira simplória de se entender, é o que “os outros pensam” do agente. É como sua imagem é</p><p>compreendida pelos outros ou perante os outros, perante a comunidade. É a reputação do indivíduo.</p><p>Nesse sentido, Rogério Greco: A chamada honra objetiva diz respeito ao conceito que o sujeito acredita</p><p>que goza no seu meio social. Segundo Carlos Fontán Balestra, “a honra objetiva é o juízo que os demais</p><p>formam de nossa personalidade, e através do qual a valoram”.</p><p>Honra Subjetiva</p><p>É a valoração que cada um faz de si mesmo. É o conceito que cada um faz de si mesmo frente a valores</p><p>que se autoatribui. É o juízo de si.</p><p>Calúnia</p><p>Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.</p><p>§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>72</p><p>§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.</p><p>Exceção da verdade</p><p>§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:</p><p>I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença</p><p>irrecorrível;</p><p>II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141 (Presidente da República ou chefe</p><p>de governo estrangeiro);</p><p>III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.</p><p>Calúnia – CP/40. Art. 138.</p><p>➢ Existe quando o agente imputa falsamente fato definido como crime ao sujeito passivo.</p><p>➢ Bem Jurídico Tutelado: Honra Objetiva (Reputação mediante a sociedade) da pessoa que foi ofendida.</p><p>➢ Tipo Objetivo: Imputar falsamente um fato definido como crime.</p><p>➢ Crime Formal;</p><p>➢ Praticado apenas de modo comissivo. É possível praticar calúnia por meio de gestos e insinuações.</p><p>➢ Existe o crime de calúnia independente do fato imputado falsamente à pessoa ter ocorrido ou não.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, salvo certas autoridades com imunidade material (Parlamentares);</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. Não é possível a modalidade culposa. É possível a tentativa.</p><p>➢ É punível a calúnia contra os mortos, sendo o sujeito passivo os familiares.</p><p>➢ A doutrina entende que o inimputável pode ser caluniado.</p><p>➢ Tratando-se de uma brincadeira (animus jocandi) do agente com o sujeito imputando-lhe um fato falso,</p><p>aquele não responde por calúnia, pois a intenção era brincar.</p><p>➢ O crime de autoacusação falsa (CP/40. Art. 341.) ocorre quando o agente imputa a si mesmo,</p><p>falsamente, fato considerado crime. Não se confunde com a calúnia (CP/40. Art. 138).</p><p>➢ Existindo calúnia contra o Presidente da República, quando se tratar de natureza política, o crime estará</p><p>tipificado na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83).</p><p>➢ Incorre na pena de calúnia quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga (Nesse caso é</p><p>possível apenas o dolo direto).</p><p>➢ Consumação: Ocorre quando um terceiro fica sabendo, independente do resultado naturalístico, pois</p><p>trata-se da Honra Objetiva (Reputação mediante a sociedade) da pessoa que foi ofendida.</p><p>➢ O sujeito ativo pode provar que o fato imputado ao sujeito passivo realmente ocorreu (Exceção da</p><p>Verdade), salvo:</p><p>✓ Se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por</p><p>sentença irrecorrível;</p><p>✓ Se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141 (Presidente da República</p><p>ou chefe de governo estrangeiro);</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>73</p><p>✓ Se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.</p><p>➢ Uma parcela da doutrina admite que se o caluniador provar que todos já sabiam do fato imputado ao</p><p>ofendido, aquele não responderá por calúnia. (Exceção de Notoriedade).</p><p>STJ/Info 687.</p><p>A retratação da calúnia, feita antes da sentença, acarreta a extinção da punibilidade do agente</p><p>independente de aceitação do ofendido.</p><p>Difamação</p><p>Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>Exceção da verdade</p><p>Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é</p><p>relativa ao exercício de suas funções.</p><p>Difamação – CP/40. Art. 139.</p><p>➢ Existe quando o agente imputa fato ofensivo ao sujeito passivo.</p><p>➢ Bem Jurídico Tutelado: Honra Objetiva (Reputação mediante a sociedade) da pessoa que foi ofendida.</p><p>➢ Crime Formal; Crime Comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo (direto ou eventual). Não é possível a modalidade culposa. É possível a</p><p>tentativa, apenas na forma escrita.</p><p>➢ A exceção da verdade é possível apenas quando o sujeito passivo for funcionário público e a ofensa</p><p>for relativa ao exercício de suas funções.</p><p>➢ Não é punível a difamação contra os mortos.</p><p>➢ Consumação: Ocorre quando um terceiro fica sabendo, independente do resultado naturalístico, pois</p><p>trata-se da Honra Objetiva (Reputação mediante a sociedade) da pessoa que foi ofendida.</p><p>➢ Uma parcela da doutrina admite que se o difamador provar que todos já sabiam do fato imputado ao</p><p>ofendido, aquele não responderá por difamação. (Exceção de Notoriedade).</p><p>Crimes Contra a Honra – Exceção da Verdade</p><p>Difamação Calúnia Injúria</p><p>É possível. É possível. Não é possível.</p><p>Injúria</p><p>Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>74</p><p>§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:</p><p>I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;</p><p>II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.</p><p>§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se</p><p>considerem aviltantes:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição de pessoa idosa ou com</p><p>deficiência: (Lei 14.532/23)</p><p>Atenção!</p><p>A Lei 14.532/23 modificou o § 3º do Art. 140, retirando os elementos raça, cor, etnia e origem. Esses elementos</p><p>passaram a ser previstos</p><p>no Art. 2º-A da Lei 7.716/89. Com isso a chamada Injuria Racial é classificada</p><p>como uma forma de Racismo.</p><p>Lei 7.716/89. Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia</p><p>ou procedência nacional.</p><p>Podemos perceber que ocorreu o fenômeno da Continuidade Normativo Típica, que é aquele em que um</p><p>determinado crime deixou de ser previsto em uma lei e passou a ser previsto em outra.</p><p>O § 3º do Art. 140 continua existindo, porém, apenas com os elementos religião e condição de pessoa idosa</p><p>ou com deficiência.</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.</p><p>Injúria – CP/40. Art. 140.</p><p>➢ Existe quando o agente ofende a dignidade ou o decoro do sujeito passivo. Com isso, não existe um</p><p>fato, e sim um palavreado de baixo nível ao ofendido.</p><p>➢ Bem Jurídico Tutelado: Honra Subjetiva (Reputação que o ofendido tem de si, envolvendo dignidade,</p><p>decoro e autoestima) da pessoa que foi ofendida.</p><p>➢ Crime Formal; Crime Comum.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo com a finalidade específica, ou seja, o sujeito ativo quer ofender ou humilhar.</p><p>➢ Doutrina Majoritária: É possível o concurso material entre o crime de injúria e lesão corporal no caso</p><p>do agente praticar os dois.</p><p>➢ Doutrina Minoritária: Não existe concurso material, mas sim concurso formal impróprio, com isso o</p><p>sujeito ativo com apenas uma ação pratica mais de um crime.</p><p>➢ A exceção da verdade é impossível.</p><p>➢ Consumação: Ocorre quando o ofendido fica sabendo, pois a Honra é Subjetiva, não precisando do</p><p>conhecimento de terceiros. O crime ocorre independentemente do sujeito passivo se sentir ofendido ou</p><p>não.</p><p>➢ É cabível o perdão judicial:</p><p>✓ Quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;</p><p>✓ No caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>75</p><p>➢ OBS: O perdão judicial não é cabível na injúria real e qualificada.</p><p>➢ Injúria Real: consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se</p><p>considerem aviltantes. (Ação Penal Pública, condicionada ou incondicionada, conforme a natureza da</p><p>lesão corporal do ofendido).</p><p>➢ Injúria Qualificada: Ocorre quando o agente se utiliza de elementos referentes a religião ou a condição</p><p>de pessoa idosa ou portadora de deficiência. (Ação Penal Pública Condicionada à Representação do</p><p>ofendido).</p><p>STF/Súmula 714</p><p>É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à</p><p>representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do</p><p>exercício de suas funções.</p><p>Disposições comuns</p><p>Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:</p><p>I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; (Ação penal pública condicionada</p><p>à requisição do M.J)</p><p>II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da</p><p>Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal; (Ação penal pública condicionada com legitimidade</p><p>concorrente tanto do ofendido quanto do MP)</p><p>III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.</p><p>IV - contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 anos ou pessoa com deficiência, exceto na hipótese prevista</p><p>no § 3º do art. 140 deste Código.</p><p>§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.</p><p>§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de</p><p>computadores, aplica-se em triplo a pena.</p><p>Exclusão do crime</p><p>Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:</p><p>I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;</p><p>II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de</p><p>injuriar ou difamar;</p><p>III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no</p><p>cumprimento de dever do ofício.</p><p>Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.</p><p>Retratação</p><p>Art. 143 - O querelado (infrator) que, antes da sentença (de primeiro grau) , se retrata cabalmente da calúnia ou</p><p>da difamação, fica isento de pena.</p><p>Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios</p><p>de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou</p><p>a ofensa.</p><p>Hipóteses de Cabimento da Retratação</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>76</p><p>➢ É possível a retratação por parte daquele que praticou a calúnia ou difamação. É desdizer o fato,</p><p>assumir o erro. É cabível somente nas ações penais privadas (observe que o Art. 143 do CP/40 só faz</p><p>alusão ao querelado) até o momento da sentença.</p><p>➢ É válido lembrar que a retratação é causa extintiva da punibilidade, consoante Art. 107, VI, do CP/40:</p><p>Art. 107, CP - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)</p><p>[...]</p><p>VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;</p><p>➢ É preciso a aceitação do ofendido?</p><p>Não. Interessante esse ponto. A retratação, portanto, é ato unilateral e depende unicamente da vontade</p><p>do ofensor.</p><p>➢ Posso aplicar a retratação na injúria?</p><p>Não. Veja que, consoante o art. 143 do CP, a retratação somente é válida na calúnia e na difamação.</p><p>➢ A retratação se estende a outros querelados?</p><p>Não. É circunstância que não se estende, por ser subjetiva.</p><p>STJ/APn 912/RJ</p><p>A retratação da calúnia, feita antes da sentença, acarreta a extinção da punibilidade do agente independente</p><p>de aceitação do ofendido.</p><p>Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido</p><p>pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias,</p><p>responde pela ofensa.</p><p>Crimes Contra a Honra – Retratação</p><p>Difamação Calúnia Injúria</p><p>É possível. É possível. Não é possível.</p><p>Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do</p><p>art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.</p><p>Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141</p><p>deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso</p><p>do § 3o do art. 140 deste Código. (Ação Penal Pública Condicionada à requisição do M.J).</p><p>Ação Penal – Crimes Contra a Honra</p><p>Regra Ação Penal Privada Crimes Contra a Honra</p><p>Exceção¹</p><p>Ação Penal Concorrente (Privada e Pública</p><p>Condicionada).</p><p>Crime contra a honra de servidor público</p><p>em razão do exercício de suas funções.</p><p>Exceção²</p><p>Ação Penal Condicionada a requisição do</p><p>MJ</p><p>Crime contra Presidente da República e os</p><p>chefes do estrangeiro.</p><p>Exceção³ Ação Penal Pública Incondicionada</p><p>Injúria real que resulta em violência ou vias</p><p>de fatos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>77</p><p>CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL</p><p>Crimes Contra a Liberdade Individual</p><p>➢ Bem jurídico tutelado é a liberdade do</p><p>indivíduo.</p><p>➢ É dividido em 04 classes de crime:</p><p>✓ Crimes Contra a Liberdade Pessoal;</p><p>✓ Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio;</p><p>✓ Crimes Contra a Inviolabilidade de Correspondência;</p><p>✓ Crimes Contra a Inviolabilidade dos Segredos.</p><p>SEÇÃO I</p><p>DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL</p><p>Constrangimento ilegal</p><p>Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por</p><p>qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não</p><p>manda:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de</p><p>três pessoas, ou há emprego de armas.</p><p>§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.</p><p>§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:</p><p>I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se</p><p>justificada por iminente perigo de vida;</p><p>II - a coação exercida para impedir suicídio.</p><p>Constrangimento Ilegal – CP/40. Art. 146.</p><p>➢ Ocorre quando uma pessoa constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa com discernimento.</p><p>➢ OBS: Se o sujeito ativo for funcionário público pode responder por crime de abuso de autoridade,</p><p>desde que esteja no exercício da função.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. Não é possível a modalidade culposa.</p><p>➢ Crime Comum realizado tanto na forma comissiva, quanto omissiva; É um crime material e</p><p>plurissubsistente. É possível tentativa.</p><p>➢ A tentativa é possível diante da possibilidade de fracionamento do iter criminis.</p><p>➢ O crime de Constrangimento Ilegal passa a ser subsidiário, caso o sujeito ativo cometa um crime mais</p><p>grave.</p><p>➢ Consumação do Crime: Ocorre quando a vítima deixa o infrator praticar o ato que não aceitava, ou</p><p>seja, a vítima faz ou deixa de fazer algo contrário à sua vontade, obedecendo ao que o agente impõe.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>78</p><p>➢ Existindo a utilização de armas ou se o crime for executado por concurso de mais de três pessoas, a</p><p>pena é dobrada.</p><p>➢ Se o sujeito ativo causar lesão à vítima e ao mesmo tempo Constrangimento Ilegal, responderá</p><p>cumulativamente; (Concurso Material).</p><p>➢ Não ocorrerá punição, caso o constrangimento seja utilizado para:</p><p>✓ Intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante</p><p>legal, se justificada por iminente perigo de vida;</p><p>✓ Coação exercida para impedir suicídio.</p><p>Ameaça</p><p>Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal</p><p>injusto e grave:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.</p><p>Ameaça – CP/40. Art. 147.</p><p>➢ Ocorre quando o sujeito ativo ameaça alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio</p><p>simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave.</p><p>➢ Qual o conceito de injusto previsto no tipo penal?</p><p>Não temos. Logo, estamos diante de um elemento normativo do tipo. A valoração do que é injusto</p><p>ficará à luz do caso concreto e caberá ao intérprete.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer Pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa com discernimento de entender o que é ameaça.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. Não é possível a modalidade culposa. A tentativa é uma exceção, sendo</p><p>aceita apenas por ameaça escrita.</p><p>➢ Consumação: Ocorre quando a vítima toma conhecimento da ameaça, independente da ameaça ser</p><p>cumprida ou não.</p><p>➢ OBS: A tentativa de invasão de domicílio, porte de arma de fogo e desacato são elementos que</p><p>tipificam um crime de ameaça.</p><p>➢ Ação Penal Pública Condicionada à representação.</p><p>Perseguição (Stalking ou Ciberstalking)</p><p>Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou</p><p>psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua</p><p>esfera de liberdade ou privacidade.</p><p>Pena – reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa.</p><p>§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:</p><p>I – contra criança, adolescente ou idoso;</p><p>II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;</p><p>III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>79</p><p>§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. (Há concurso de crimes)</p><p>§ 3º Somente se procede mediante representação.</p><p>Perseguição (Stalking ou Ciberstalking) – CP/40. Art. 147-A.</p><p>➢ Trata-se de um crime habitual.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer Pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa com discernimento de entender o que é ameaça.</p><p>➢ Não é possível tentativa.</p><p>➢ Na forma simples, é uma Infração Penal de menor potencial ofensivo. Aplicação dos benefícios da Lei</p><p>9.099.</p><p>➢ Ação Penal Pública Condicionada à representação.</p><p>STJ/REsp 1.863.977-SC</p><p>A revogação da contravenção de perturbação da tranquilidade - art. 65 do Decreto-Lei n. 3.688/1941 - pela Lei</p><p>n. 14.132/2021, não significa que tenha ocorrido abolitio criminis em relação a todos os fatos que estavam</p><p>enquadrados na referida infração penal.</p><p>Violência psicológica contra a mulher</p><p>Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise</p><p>a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,</p><p>humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro</p><p>meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:</p><p>Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.</p><p>Sequestro e cárcere privado</p><p>Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos.</p><p>Sequestro e Cárcere Privado – CP/40. Art. 148.</p><p>➢ Ocorre quando o agente priva alguém de sua liberdade de locomoção, mediante sequestro ou cárcere</p><p>privado.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer Pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Crime comum praticado de várias formas como:</p><p>✓ Ação;</p><p>✓ Omissão;</p><p>✓ Fraude.</p><p>➢ Sequestro (gênero): Privação da liberdade.</p><p>➢ Cárcere Privado (Espécie): O sujeito ativo deve confinar a vítima em um local fechado.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. Não é possível a modalidade culposa.</p><p>➢ Consumação: Ocorre no momento da privação de liberdade da vítima e se prolonga (crime</p><p>permanente) durante o tempo, acabando apenas com o fim da privação.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>80</p><p>➢ Caso no crime de sequestro venha uma lei mais grave, esta será aplicada, pois o crime é permanente</p><p>e não foi consumado.</p><p>➢ Apesar de estarem no mesmo tipo penal, o juiz, no momento da fixação da pena, deve fixá-la num</p><p>patamar maior no caso de cárcere privado, haja vista a maior reprovabilidade da conduta, diante do</p><p>confinamento vivenciado pela vítima.</p><p>STF/Súmula 711</p><p>A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior</p><p>à cessação da continuidade ou da permanência.</p><p>Crime de Natureza</p><p>Permanente</p><p>Todas as vezes em que nos deparamos com crimes de natureza permanente, cuja consumação se</p><p>prolonga no tempo, é admissível a prisão em flagrante a qualquer tempo. Veja, se a consumação se</p><p>prolonga no tempo enquanto a vítima tiver sua liberdade restrita, evidentemente que a situação flagrancial do</p><p>Art. 302 do CPP/41 estará plenamente configurada.</p><p>Qualificadoras</p><p>§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:</p><p>I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)</p><p>anos;</p><p>II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;</p><p>III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.</p><p>IV – se o crime é praticado contra menor de 18 anos;</p><p>V – se o crime é praticado com fins libidinosos.</p><p>§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou</p><p>moral:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos.</p><p>Redução a condição análoga à de escravo</p><p>Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a</p><p>jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer</p><p>meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:</p><p>Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem:</p><p>I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de</p><p>trabalho;</p><p>II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do</p><p>trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.</p><p>§ 2º. A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:</p><p>I – contra criança ou adolescente;</p><p>II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>81</p><p>Redução à condição análoga à de escravo ou Plágio – CP/40. Art. 149.</p><p>➢ Ocorre quando o agente reduz alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a</p><p>trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho,</p><p>quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador</p><p>ou preposto.</p><p>➢ É considerada uma modalidade especial de privação de liberdade.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Poderá ser qualquer pessoa, embora, em regra, seja o empregador ou seus prepostos.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Só poderá ser alguém vinculado a determinada relação de trabalho.</p><p>➢ É um crime permanente.</p><p>➢ Elemento Subjetivo: Dolo. Não é possível a modalidade culposa. É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Ocorre com a redução da pessoa à condição análoga à de escravo. O crime é</p><p>consumado independentemente do consentimento da vítima.</p><p>➢ Enquadram-se na mesma pena quem:</p><p>✓ Cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no</p><p>local de trabalho;</p><p>✓ Mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos</p><p>pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.</p><p>➢ A pena será majorada em 1/2 quando o crime for cometido:</p><p>✓ Contra criança ou adolescente;</p><p>✓ Por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.</p><p>Tráfico de Pessoas</p><p>Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa (Conduta),</p><p>mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso (Meio adotado ou Modus Operandi), com a</p><p>finalidade (Elemento Subjetivo: Dolo Específico) de:</p><p>I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;</p><p>II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;</p><p>III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;</p><p>IV - adoção ilegal; ou</p><p>V - exploração sexual.</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.</p><p>§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:</p><p>I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;</p><p>II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;</p><p>III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de</p><p>dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo</p><p>ou função; ou</p><p>IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>82</p><p>§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.</p><p>SEÇÃO II - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO</p><p>Violação de domicílio</p><p>Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de</p><p>quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:</p><p>Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.</p><p>Qualificadora</p><p>§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou</p><p>por duas ou mais pessoas:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Inexistência do Crime</p><p>§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:</p><p>I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;</p><p>II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.</p><p>Expressões equiparadas a “casa”</p><p>§ 4º - A expressão "casa" compreende:</p><p>I - qualquer compartimento habitado;</p><p>II - aposento ocupado de habitação coletiva;</p><p>III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.</p><p>Expressões não equiparadas a “casa”</p><p>§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":</p><p>I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do</p><p>parágrafo anterior;</p><p>II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.</p><p>Crime Contra a Inviolabilidade do Domicílio - CP/40. Art. 150.</p><p>➢ Ocorre quando o agente entra ou permanece, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade</p><p>expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.</p><p>➢ OBS: É necessário que o recinto seja fechado ao público. Tratando-se de locais abertos como</p><p>restaurantes e bares, não ocorre o crime.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Elemento subjetivo: Dolo. Não existe modalidade culposa. (A, bêbado, não comete crime se entrar por</p><p>engano na casa de B). É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Ocorre com a realização da conduta, independente de ter ou não existido o resultado.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>83</p><p>SEÇÃO III</p><p>DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA</p><p>Violação de correspondência</p><p>Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Sonegação ou destruição de correspondência</p><p>§ 1º - Na mesma pena incorre:</p><p>I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a</p><p>sonega ou destrói;</p><p>Violação de comunicação telegráfica,</p><p>radioelétrica ou telefônica</p><p>II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou</p><p>radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;</p><p>III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;</p><p>IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal.</p><p>§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.</p><p>§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos.</p><p>§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.</p><p>Correspondência comercial</p><p>Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo</p><p>ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.</p><p>SEÇÃO IV</p><p>DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS</p><p>Divulgação de segredo</p><p>Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência</p><p>confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis.</p><p>§ 1º Somente se procede mediante representação.</p><p>§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não</p><p>nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública:</p><p>Pena – detenção, de 1 a 4 anos, e multa.</p><p>§ 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicionada.</p><p>Violação do segredo profissional</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>84</p><p>Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou</p><p>profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.</p><p>Invasão de dispositivo informático</p><p>CP/40. Art. 154-A. Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores,</p><p>com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário</p><p>do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.</p><p>§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de</p><p>computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.</p><p>§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão resulta prejuízo econômico.</p><p>§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais</p><p>ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo</p><p>invadido:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou</p><p>transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.</p><p>§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra:</p><p>I - Presidente da República, governadores e prefeitos;</p><p>II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;</p><p>III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara</p><p>Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou</p><p>IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.</p><p>Ação penal</p><p>Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime</p><p>é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito</p><p>Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>85</p><p>TÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO</p><p>CAPÍTULO I - DO FURTO</p><p>Furto</p><p>Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>§ 1º - A pena aumenta-se de um terço (Majorante aplicável ao furto simples e qualificado), se o crime é</p><p>praticado durante o repouso noturno. (Furto Majorado) (Ainda que a residência seja desabitada ou se trate de</p><p>estabelecimento comercial).</p><p>§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada (até um salário mínimo), o juiz pode</p><p>substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena</p><p>de multa. (Furto Privilegiado)</p><p>Furto Privilegiado</p><p>➢ Para a definição de coisa de pequeno valor, é importante observar que existe uma certa</p><p>discricionariedade do magistrado ao analisar o caso concreto, para que ele determine o que pode ou</p><p>não ser entendido como coisa de pequeno valor para fins de configuração do parágrafo em estudo.</p><p>➢ Se a coisa tiver um valor INSIGNIFICANTE, ocorrerá a aplicação do princípio da insignificância, que</p><p>tornará a conduta atípica (não haverá crime).</p><p>§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.</p><p>Furto qualificado</p><p>§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: (Furto Qualificado)</p><p>I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;</p><p>II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;</p><p>III – com emprego de chave falsa;</p><p>IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas.</p><p>§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que</p><p>cause perigo comum. (Furto Qualificado)</p><p>§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo</p><p>eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de</p><p>segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.</p><p>Criou um tipo penal específico para reprimir o furto mediante fraude por meio de dispositivos</p><p>eletrônicos ou informáticos.</p><p>§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso:</p><p>I – aumenta-se de 1/3 a 2/3, se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território</p><p>nacional;</p><p>Essa majorante expressa a necessidade de se punir com mais intensidade fatos que ameaçam a</p><p>soberania nacional e que possuem maior dificuldade de identificação e responsabilização dos</p><p>autores.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art155%C2%A74b</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art155%C2%A74c</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>86</p><p>II – aumenta-se de 1/3 ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.</p><p>Para aplicação dessa majorante, o autor deve saber que a vítima é idosa ou vulnerável:</p><p>De acordo com a Lei n. 10.741/2003, idoso é a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.</p><p>De acordo com Art. 217-A,</p><p>mera intenção do</p><p>agente não é capaz de mudar o mundo fático.</p><p>Princípio da Intervenção Mínima ou Última Ratio</p><p>➢ Tal princípio estabelece a limitação do Estado em relação ao poder punitivo.</p><p>➢ O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e</p><p>da fragmentariedade.</p><p>➢ O Direito penal é a considerado a última maneira de resolver o problema.</p><p>➢ As condutas do indivíduo serão criminalizadas apenas quando existir a real necessidade de tutela aos</p><p>bens jurídicos e não seja possível que esse indivíduo, com os seus atos, conviva harmônica e</p><p>pacificamente em sociedade.</p><p>Princípio da Fragmentariedade</p><p>➢ Tal princípio determina que o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens jurídicos</p><p>protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão mais intensa aos</p><p>bens de maior relevância.</p><p>➢ Todos os fatos ilícitos nem sempre serão considerados infração penal, todavia apenas aqueles que afetam</p><p>bens jurídicos extremamente relevantes.</p><p>Fragmentariedade às Avessas</p><p>Condutas anteriormente consideradas um fato típico, perde a relevância para o direito penal</p><p>descaracterizando a tipicidade da conduta tornando-se atípico, sem prejuízo das demais sanções por</p><p>outros ramos do direito.</p><p>Princípio da Subsidiariedade</p><p>O direito penal deve ser utilizado de maneira subsidiária, ou seja, quando os demais direitos não</p><p>conseguirem dar conta para proteger o bem jurídico, o direito penal entra em ação por ter instrumentos</p><p>mais enérgicos.</p><p>Princípio da Presunção de Inocência ou Presunção de Não Culpabilidade</p><p>➢ Enquanto não existir uma sentença criminal condenatória irrecorrível, não é possível o acusado ser</p><p>considerado culpado.</p><p>CF/88, Art.5, LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>8</p><p>Princípio da Alteridade ou Lesividade</p><p>➢ Estabelece que o fato deva afetar o bem jurídico de terceiro para ser considerado materialmente crime.</p><p>➢ Não existe um tipo penal para o indivíduo que ofende o seu próprio bem jurídico por vontade própria,</p><p>ou seja, o direito penal não pode ser utilizado no caso de autolesão do indivíduo.</p><p>➢ O princípio da lesividade tem como principais funções proibir incriminação de:</p><p>✓ Atitudes internas;</p><p>✓ Condutas que não excedam a do próprio autor do fato;</p><p>✓ Simples estados e condições existenciais;</p><p>✓ Condutas moralmente desviadas que não afetem qualquer bem jurídico;</p><p>➢ Em regra, os atos preparatórios não são considerados crimes, porém, o STF admite que a</p><p>criminalização de atos preparatórios de crimes autônomos viola o princípio da lesividade ou alteridade.</p><p>Princípio da Ofensividade</p><p>➢ Tal princípio estabelece que o fato, além de ser formalmente típico (Esteja na Lei), deve ofender</p><p>significativamente o bem jurídico protegido pela norma penal para ser considerado crime.</p><p>➢ Permite que o ordenamento jurídico preveja crimes de perigo abstrato e concreto.</p><p>➢ Condutas que não afetam o bem jurídico não são consideradas ofensivas nem criminosas.</p><p>Princípio da Insignificância ou da Bagatela</p><p>➢ Estabelece que as condutas que afetam os bens jurídicos, de maneira ínfima, não são consideras</p><p>crimes, pois não lesionam de fato a sociedade.</p><p>➢ Não conta com reconhecimento normativo explícito na legislação penal, seja comum ou especial;</p><p>➢ O princípio da bagatela própria afasta a materialidade do delito, ou seja, implica a atipicidade material</p><p>de condutas causadoras de danos ou de perigos ínfimos.</p><p>➢ Princípio da Bagatela Própria, exclui a tipicidade material, já a imprópria ou princípio da irrelevância</p><p>penal do fato exclui a culpabilidade.</p><p>➢ Em regra, o princípio da insignificância se aplica a qualquer delito, salvo:</p><p>✓ Furto qualificado;</p><p>✓ Moeda Falsa;</p><p>✓ Tráfico de drogas;</p><p>✓ Roubo ou qualquer crime com violência ou ameaça à pessoa;</p><p>✓ Crimes contra a Administração;</p><p>STJ/Súmula 599: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública”.</p><p>➢ O princípio da insignificância é, em regra, incabível nos crimes contra a administração pública, salvo</p><p>no crime de descaminho com valor até 20 mil reais. Até R$ 20.000,00 é considerado insignificante para</p><p>o STF e o STJ.</p><p>➢ Conforme o STF, O princípio da insignificância pode ser afastado no caso de reincidência específica que</p><p>é a prática reiterada de crimes da mesma espécie. (HC-114723) (Informativo 756 do STF)</p><p>➢ Requisitos Objetivos para aplicação do princípio da bagatela própria de acordo com o STF:</p><p>✓ Mínima Ofensividade da Conduta;</p><p>✓ Ausência de periculosidade social da Ação;</p><p>✓ Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;</p><p>✓ Inexpressividade da lesão jurídica.</p><p>➢ Conforme GRECO¹, O princípio da insignificância, defendido por Claus Roxin, tem por finalidade auxiliar</p><p>o intérprete quando da análise do tipo penal, para fazer excluir do âmbito de incidência da lei aquelas</p><p>situações consideradas como de bagatela.</p><p>Fonte¹: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal / Rogério Greco. – 17. Ed. Rio de Janeiro: lmpetus, 2015.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>9</p><p>Princípio da Bagatela Imprópria</p><p>➢ Estabelece que não existe necessidade de aplicação da pena, mesmo ocorrendo um fato típico,</p><p>antijurídico e culpável.</p><p>➢ Em determinado julgamento do TJ-RS, este apresentou certos requisitos para a aplicação da bagatela</p><p>imprópria.</p><p>TJ-RS/AC Nº 70076016484</p><p>Para o reconhecimento da bagatela imprópria, exige-se sejam feitas considerações acerca da culpabilidade</p><p>e da vida pregressa do agente, bem como se verifique a presença de requisitos permissivos post-factum,</p><p>a exemplo da restituição da res à vítima, do ressarcimento de eventuais prejuízos a esta ocasionados e, ainda,</p><p>o reconhecimento da culpa e a sua colaboração com a Justiça. Assim, mesmo se estando diante de fato</p><p>típico, ilícito e culpável, o julgador poderá deixar de aplicar a sanção por não mais interessar ao Estado</p><p>fazê-lo em detrimento de indivíduos cujas condições subjetivas sejam totalmente favoráveis.</p><p>O STJ, reiteradamente, não concorda com tal princípio, nos delitos de violência ou grave ameaça contra</p><p>mulher, pois sendo tipicamente formal e material o fato, existe crime.</p><p>STJ/REsp 1.602.827/MS</p><p>O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência reiterada de que não incide os princípios da</p><p>insignificância e da bagatela imprópria aos crimes e às contravenções praticados mediante violência ou</p><p>grave ameaça contra mulher, no âmbito das relações domésticas, dada a relevância penal da conduta. Logo,</p><p>a reconciliação do casal não implica no reconhecimento da atipicidade material da conduta ou a</p><p>desnecessidade de pena (Precedentes).</p><p>Cleber Rogério Masson¹</p><p>Em outras palavras, infração (crime ou contravenção penal) de bagatela imprópria é aquela que surge como</p><p>relevante para o Direito Penal, pois apresenta desvalor da conduta e desvalor do resultado. O fato é</p><p>típico e ilícito, o agente é dotado de culpabilidade e o Estado possui o direito de punir (punibilidade). Mas,</p><p>após a prática do fato, a pena revela-se incabível no caso concreto, pois diversos fatores recomendam seu</p><p>afastamento, tais como: sujeito com personalidade ajustada ao convívio social (primário e sem</p><p>antecedentes criminais), colaboração com a Justiça, reparação do dano causado à vítima, reduzida</p><p>reprovabilidade do comportamento, reconhecimento da culpa, ônus provocado pelo fato de ter sido</p><p>processado ou preso provisoriamente etc.</p><p>Fonte¹: MASSON, Cleber. Direito Penal – Vol. 1 –</p><p>caput e § 1º, do CP, podem ser considerados vulneráveis pessoa menor</p><p>de 14 anos e pessoa que, em razão de enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário</p><p>discernimento para a prática de determinados atos.</p><p>§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser</p><p>transportado para outro Estado ou para o exterior. (Furto Qualificado)</p><p>§ 6º - A pena é de reclusão de 2 a 5 anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda</p><p>que abatido ou dividido em partes no local da subtração. (Apenas animais para produção pecuária). (Furto</p><p>Qualificado)</p><p>§ 7º - A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de</p><p>acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Furto</p><p>Qualificado)</p><p>Furto</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio (Não só a propriedade, mas também a posse e detenção</p><p>legítimas).</p><p>➢ Crime Comum e genérico;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Indivíduo que teve coisa móvel subtraída.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo. Não tem a modalidade culposa.</p><p>➢ É possível tentativa.</p><p>➢ Consumação: O Plenário do STF (RE 102.490-SP, DJ 16/8/1991), superando a controvérsia em torno</p><p>do tema, consolidou a adoção da teoria da apprehensio (ou amotio), segundo a qual se considera</p><p>consumado o delito de furto quando, cessada a clandestinidade, o agente detenha a posse de fato</p><p>sobre o bem, ainda que seja possível à vítima retomá-lo, por ato seu ou de terceiro, em virtude de</p><p>perseguição imediata.</p><p>➢ Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo</p><p>e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.</p><p>➢ O sujeito ativo deve ter a vontade (intenção) de querer a coisa furtada (Animus rem sibi habendi), caso</p><p>não exista a intenção, tendo o indivíduo apenas usado a coisa alheia e devolvido ao sujeito passivo,</p><p>caracteriza-se o Furto de Uso, que não é considerado crime.</p><p>➢ Caso o sujeito ativo pratique o ato de subtração apenas para sanar a fome, a jurisprudência considera</p><p>uma excludente de ilicitude do estado de necessidade.</p><p>➢ Caso a coisa subtraída seja do próprio infrator, tal crime não é caracterizado como furto, mas sim crime</p><p>de Exercício Arbitrário das Próprias Razões.</p><p>➢ Caso funcionário público subtraia bem da administração pública estará cometendo crime de Peculato-</p><p>Furto (CP/40. Art. 312. § 1º) e não de Furto (CP/40. Art. 155.).</p><p>➢ Será considerado crime de furto o sujeito que subtrair cadáver pertencente legalmente a pessoa física</p><p>ou jurídica. No entanto, não sendo o caso tratado, o agente responde por Destruição, subtração ou</p><p>ocultação de cadáver (CP/40. Art. 211.).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>87</p><p>➢ O STJ considera o abuso de confiança uma qualificadora de ordem subjetiva, não sendo possível por</p><p>meio desta o benefício do privilégio no furto.</p><p>➢ Em se tratando de furto de coisas perdidas, o sujeito ativo pratica o crime de apropriação de coisa</p><p>achada (CP/40. Art. 169. P. Único). Quando o furto for de coisas abandonadas ou de coisas que nunca</p><p>existiu dono, o sujeito ativo não comete crime e se torna dono da coisa.</p><p>Furto de Uso</p><p>➢ O furto de uso é a conduta do indivíduo que subtrai um objeto com a intenção de utilizá-lo e devolvê-</p><p>lo logo em seguida.</p><p>➢ O furto de uso, em nosso ordenamento jurídico, é fato atípico, ou seja, não é uma conduta criminosa</p><p>e não está abarcada pelo tipo penal do Art. 155, devido à ausência de ânimo de apossamento</p><p>definitivo, elemento indispensável para a configuração do furto.</p><p>➢ Isso ocorre porque acaba faltando o elemento previsto no trecho para si ou para outrem. O indivíduo</p><p>subtraiu para uso e devolução, não pretendia destinar o objeto para si próprio ou para um terceiro,</p><p>de modo que não ocorre a perfeita adequação de sua conduta ao tipo penal (a tipicidade).</p><p>Furto de coisa comum</p><p>Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a</p><p>coisa comum:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>§ 1º - Somente se procede mediante representação. (Ação Penal Pública Condicionada)</p><p>§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o</p><p>agente.</p><p>Furto de Coisa Comum</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio (Não só a propriedade, mas também a posse e detenção legítimas).</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Pessoa que subtrai o condômino, co-herdeiro ou sócio.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Condômino, co-herdeiro ou sócio.</p><p>➢ Ação Penal Pública Condicionada à Representação.</p><p>Furto Mediante Fraude Estelionato</p><p>Tem como objetivo a redução da atenção da vítima para</p><p>ser possível subtrair o objeto, ou seja, o sujeito passivo</p><p>não percebe que está perdendo a coisa.</p><p>Tem como objetivo enganar a vítima para que esta caia</p><p>no erro e entregue, naturalmente, o objeto ao sujeito</p><p>ativo.</p><p>Vontade unilateral (Apenas a do sujeito ativo) Vontade Bilateral (Agente e sujeito passivo)</p><p>CAPÍTULO II - DO ROUBO E DA EXTORSÃO</p><p>Roubo</p><p>Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa,</p><p>ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>88</p><p>Roubo Próprio de Violência Própria Roubo Próprio de Violência Imprópria</p><p>Faz-se uso de grave ameaça ou violência a pessoa.</p><p>Utiliza meio reduzindo à impossibilidade de resistência</p><p>da vítima.</p><p>§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou</p><p>grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. (Roubo</p><p>Impróprio)</p><p>Roubo Próprio Roubo Impróprio</p><p>Grave ameaça ou violência a pessoa antes de</p><p>subtrair coisa móvel alheia.</p><p>Grave ameaça ou violência contra pessoa após</p><p>subtrair coisa alheia a fim de assegurar a</p><p>impunidade do crime ou a detenção da coisa para si</p><p>ou para terceiro.</p><p>§ 2º. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade (Majorante aplicável no roubo próprio e impróprio –</p><p>Chamado também de Roubo Circunstanciado):</p><p>II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;</p><p>III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.</p><p>IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;</p><p>V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.</p><p>VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem</p><p>sua fabricação, montagem ou emprego.</p><p>VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;</p><p>Concurso de Pessoas</p><p>Delito de Furto Delito de Roubo</p><p>Furto Qualificado Roubo Circunstanciado ou majorado</p><p>§ 2º-A. A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):</p><p>I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;</p><p>II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo</p><p>que cause perigo comum.</p><p>§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido,</p><p>aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.</p><p>§ 3º Se da violência resulta (Roubo Qualificado pelo resultado):</p><p>I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos, e multa;</p><p>II – morte, a pena é de reclusão de 20 a 30 anos, e multa. (Latrocínio);</p><p>Latrocínio</p><p>➢ É crime hediondo. (Lei nº.8.072/1990).</p><p>➢ A morte decorre da violência executada em razão do roubo.</p><p>➢ Se a morte decorre de grave ameaça, não haverá latrocínio, mas sim roubo em concurso com o</p><p>delito de homicídio.</p><p>➢ A consumação do latrocínio ocorre com a morte da vítima.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>89</p><p>Roubo</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio, integridade física e mental do sujeito passivo.</p><p>➢ Crime Comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Pessoa roubada mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la,</p><p>por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, não sendo possível a modalidade culposa. É possível a tentativa em todas as</p><p>formas de roubo.</p><p>➢ OBS: O sujeito que subtrai algo apenas para usar e posteriormente devolver, comete roubo. No</p><p>entanto, a doutrina minoritária entende que nessa hipótese, existiria apenas constrangimento ilegal, e</p><p>não roubo.</p><p>➢ OBS: Tanto o STF, quanto o STJ entendem que o crime só é consumado quando o sujeito ativo possui o</p><p>poder da coisa subtraída, depois da violência e grave ameaça.</p><p>➢ OBS: Caso o sujeito passivo não possua nada para a subtração do sujeito ativo, ocorre o roubo por</p><p>tentativa, não sendo caracterizado crime impossível.</p><p>➢ Roubo Impróprio: Acontece quando a violência ou grave ameaça ocorre depois da subtração da coisa.</p><p>➢ OBS: Para caracterizar a majorante do emprego de arma de fogo é necessário ocorra o uso efetivo</p><p>desta. Caso o sujeito passivo não saiba que o sujeito ativo possui uma arma de fogo a pena não é</p><p>aumentada.</p><p>➢ OBS: A pena não será aumentada quando se tratar de uso de arma de brinquedo.</p><p>➢ O STJ possui entendimento que o sujeito ativo responde com aumento de pena no caso de concurso</p><p>de pessoas, assim como por associação criminosa, ocorrendo assim um concurso material.</p><p>➢ Não ocorre o roubo qualificado (CP/40. Art. 157. § 3º ) quando o sujeito ativo praticar o roubo por meio</p><p>da grave ameaça, mas apenas por violência.</p><p>➢ O latrocínio ocorre quando o sujeito ativo utiliza-se da violência para subtrair a coisa e</p><p>consequentemente causa a morte (dolosa ou culposamente) do sujeito passivo.</p><p>➢ Caso o sujeito ativo já tenha a intenção de matar a vítima e só depois furte a coisa alheia, estará</p><p>cometendo crime de homicídio em concurso com furto.</p><p>➢ Existirá concurso material de roubo com homicídio, quando o sujeito ativo acaba matando o seu</p><p>parceiro do crime para ficar com tudo.</p><p>➢ Ocorre erro de execução (Aberratio ictus) quando o sujeito ativo atinge o seu parceiro de crime em vez</p><p>da vítima, respondendo como se tivesse atingido o sujeito passivo.</p><p>STF/Súmula 610</p><p>Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de</p><p>bens da vítima.</p><p>STF/Súmula 603</p><p>A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>90</p><p>STJ/Súmula 582</p><p>Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave</p><p>ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da</p><p>coisa roubada, sendo prescindível (dispensável) a posse mansa e pacífica ou desvigiada.</p><p>STJ/Súmula 443</p><p>O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação</p><p>concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.</p><p>Extorsão</p><p>Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para</p><p>outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.</p><p>§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um</p><p>terço até metade. (Majorante)</p><p>§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. (Ocorre Extorsão</p><p>Qualificada se da violência resulta lesão corporal grave ou morte)</p><p>§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a</p><p>obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 a 12 anos, além da multa; se resulta lesão</p><p>corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Extorsão</p><p>Qualificada - Sequestro Relâmpago).</p><p>Extorsão</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio e a liberdade do sujeito passivo.</p><p>➢ Crime Comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, não sendo possível a modalidade culposa.</p><p>➢ OBS: Caso o sujeito ativo procure com a sua conduta adquirir do sujeito passivo vantagem:</p><p>✓ Devida: Cometerá crime de exercício arbitrário das próprias razões (CP/40. Art. 345);</p><p>✓ Sexual: Cometerá crime de estupro;</p><p>✓ Moral, sem se importar com o valor econômico: Cometerá crime de Constrangimento Ilegal</p><p>(CP/40. Art. 146).</p><p>➢ Tal delito possui ação penal pública incondicionada.</p><p>STJ/Súmula 96</p><p>O crime de extorsão (Crime Formal) consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>91</p><p>Hediondez</p><p>Segundo a nova redação da Lei nº. 8.072/1990 (Crimes Hediondos), modificada pela Lei nº. 13.964/2019</p><p>(Pacote Anticrimes), o novo cenário de hediondez das condutas do delito em estudo ficou da seguinte forma:</p><p>a) Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ainda que não resulte lesão</p><p>corporal ou morte (primeira parte do art. 1º, III, da Lei nº. 8.072/1990) é crime hediondo (Art. 158,</p><p>§ 3º);</p><p>b) Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, a qual resulta em lesão corporal</p><p>grave ou morte, é crime hediondo (parte final do mesmo artigo) – Art. 158, § 3º;</p><p>c) O delito de extorsão mediante sequestro, em todas as suas modalidades, é hediondo (Art.</p><p>159, CP);</p><p>d) O delito de extorsão qualificada pela morte, previsto no Art. 158, § 2º, deixou de integrar o rol</p><p>de crimes hediondos após a modificação do texto da Lei nº. 8.072/1990 pela Lei nº. 13.964/2019.</p><p>Extorsão mediante sequestro</p><p>Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou</p><p>preço do resgate:</p><p>Pena - reclusão, de oito a quinze anos.</p><p>§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60</p><p>(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. (Qualificadora)</p><p>Pena - reclusão, de doze a vinte anos.</p><p>§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave (Qualificadora):</p><p>Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.</p><p>§ 3º - Se resulta a morte (Qualificadora):</p><p>Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.</p><p>§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação</p><p>do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Delação Premiada).</p><p>Extorsão mediante Sequestro</p><p>➢ Bem jurídico Protegido:</p><p>Patrimônio e a liberdade do sujeito passivo.</p><p>➢ Crime Comum e permanente;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo com finalidade específica. É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: O STF considera um crime formal, sendo consumado a partir da simples privação da</p><p>vítima independentemente de o sujeito ativo obter a vantagem.</p><p>➢ Tal delito possui ação penal pública incondicionada.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>92</p><p>Delação Premiada</p><p>➢ O legislador incluiu o parágrafo 4º do Art. 159, criando uma modalidade de delação premiada específica</p><p>para o delito de extorsão mediante sequestro.</p><p>➢ Dessa forma, o legislador permite, quando o delito é cometido por mais de uma pessoa, que um dos</p><p>autores atue para facilitar a libertação da vítima em troca de uma redução em sua pena (de 1/3 a</p><p>2/3).</p><p>➢ Segundo a doutrina, deve ocorrer a efetiva libertação da vítima. Se o autor ajudar as autoridades,</p><p>mas não houver êxito na libertação do sequestrado, não incidirá o benefício previsto nº § 4º.</p><p>Roubo</p><p>✓ Subtrair com violência ou grave ameaça.</p><p>✓ É dispensável a colaboração da vítima;</p><p>✓ Vantagem imediata.</p><p>Extorsão Comum</p><p>✓ Constranger com violência ou grave ameaça;</p><p>✓ É indispensável a colaboração da vítima;</p><p>✓ Vantagem mediata.</p><p>Extorsão mediante</p><p>Sequestro</p><p>✓ Sequestrar com o fim de obter vantagem, como condição ou preço do</p><p>resgate.</p><p>✓ É dispensável a colaboração da vítima.</p><p>Extorsão indireta</p><p>CP/40. Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que</p><p>pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.</p><p>Extorsão Indireta</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio e a liberdade do sujeito passivo.</p><p>➢ Crime Comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo com finalidade específica. É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: O delito é consumado com a simples exigência (crime formal) ou com o recebimento</p><p>do documento (Crime material).</p><p>➢ Tal delito possui ação penal pública incondicionada.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>93</p><p>CAPÍTULO III - DA USURPAÇÃO</p><p>Alteração de limites</p><p>CP/40. Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para</p><p>apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.</p><p>§ 1º - Na mesma pena incorre quem:</p><p>Usurpação de águas</p><p>I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;</p><p>Esbulho possessório</p><p>II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno</p><p>ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.</p><p>STJ/CC 179.467-RJ</p><p>Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de esbulho possessório de imóvel vinculado ao</p><p>Programa Minha Casa Minha Vida.</p><p>§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.</p><p>§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.</p><p>Supressão ou alteração de marca em animais</p><p>Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.</p><p>CAPÍTULO IV - DO DANO</p><p>Dano</p><p>Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Dano</p><p>➢ O delito de dano é material, de modo que admite a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Sua consumação se dá com a efetiva deterioração, inutilização ou destruição da coisa.</p><p>➢ Modalidade Culposa: O dano culposo é fato atípico (não é crime). A responsabilização por dano</p><p>culposo pode se dar na esfera administrativa ou cível (na forma de indenização ao indivíduo lesado),</p><p>mas não na esfera penal.</p><p>Dano qualificado</p><p>Parágrafo único - Se o crime é cometido:</p><p>I - com violência à pessoa ou grave ameaça;</p><p>II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>94</p><p>III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,</p><p>empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos;</p><p>IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: (Ação Penal Privada)</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia</p><p>Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde</p><p>que o fato resulte prejuízo: (Ação Penal Privada)</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.</p><p>Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico</p><p>Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico,</p><p>arqueológico ou histórico:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.</p><p>Alteração de local especialmente protegido</p><p>Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei:</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.</p><p>Ação penal</p><p>Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa.</p><p>CAPÍTULO V - DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA</p><p>Apropriação indébita</p><p>Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa (Majoração):</p><p>I - em depósito necessário;</p><p>II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;</p><p>III - em razão de ofício, emprego ou profissão.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>95</p><p>Apropriação Indébita</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio do sujeito passivo que confiou a posse da coisa ao sujeito ativo.</p><p>➢ Crime Comum; É considerado genérico, existindo a possibilidade de ser afastado por norma específica.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, não sendo possível a modalidade culposa. Não é possível a tentativa.</p><p>➢ OBS: O crime de apropriação indébita ocorre por meio da inversão do Animus do agente. O sujeito</p><p>ativo recebe o bem da vítima, porém, utiliza-se da má fé e se recusa a devolver a posse ou detenção</p><p>do bem àquela.</p><p>➢ O delito de apropriação indébita tem como um dos elementos essenciais a confiança que deve existir</p><p>entre o sujeito ativo e o dono do bem. Não existindo a confiança entre ambos e o contato do sujeito ativo</p><p>com o bem, o crime será de furto.</p><p>➢ Consumação: Ocorre a partir da inversão da intenção do sujeito ativo, ou seja, o sujeito ativo antes</p><p>tinha uma boa intenção em relação ao bem que estava sob sua confiança, no entanto, posteriormente não</p><p>possui mais tal intenção, apropriando-se o bem do sujeito</p><p>passivo.</p><p>➢ É um delito de ação penal pública incondicionada.</p><p>Apropriação indébita previdenciária</p><p>Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e</p><p>forma legal ou convencional:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>Não Confundir!</p><p>Apropriação Indébita Previdenciária Sonegação de Contribuição Previdenciária</p><p>Deixar de repassar à previdência social as</p><p>contribuições recolhidas dos contribuintes.</p><p>Suprimir ou reduzir contribuição social</p><p>previdenciária e qualquer acessório.</p><p>§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de:</p><p>I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido</p><p>descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;</p><p>II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos</p><p>relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;</p><p>III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à</p><p>empresa pela previdência social.</p><p>§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das</p><p>contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em</p><p>lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.</p><p>§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de</p><p>bons antecedentes, desde que:</p><p>I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição</p><p>social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Não é mais aplicável, pois a quitação do tributo é possível a</p><p>qualquer tempo, inclusive após o transição em julgado.)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>96</p><p>Apropriação Indébita</p><p>Quitação Parcelada Quitação Integral</p><p>A punibilidade e o prazo prescricional são</p><p>suspensos.</p><p>A punibilidade é extinta.</p><p>II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela</p><p>previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Tal</p><p>inciso não é mais aplicável, pois se aplica o princípio da insignificância, conforme o entendimento do STJ</p><p>(REsp 1.609.757/SP)).</p><p>§ 4º A faculdade prevista no § 3º. deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor,</p><p>inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o</p><p>ajuizamento de suas execuções fiscais.</p><p>Apropriação Indébita Previdenciária</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio da União.</p><p>➢ Crime Próprio;</p><p>➢ A doutrina majoritária considerada o crime formal, já o STF e STJ possuem alguns julgados</p><p>estabelecendo ser crime material.</p><p>➢ Se consuma em dois momentos:</p><p>✓ Quando acaba o prazo de repasse para o recolhimento dos valores a previdência social;</p><p>✓ No dia em que o responsável deixa de pagar o benefício repassado ao segurado (inciso III).</p><p>➢ Extinção da punibilidade específica:</p><p>✓ Se o agente confessar de forma espontânea e realizar o pagamento das contribuições devidas, terá</p><p>extinta a sua punibilidade.</p><p>➢ Perdão Judicial:</p><p>✓ Se o agente for primário e de bons antecedentes, e promover o pagamento da contribuição devida,</p><p>mesmo após o início da ação fiscal, poderá o juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar apenas a pena de</p><p>multa.</p><p>➢ Não confunda ação fiscal com ação penal.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Pessoa responsável de reter contribuição previdenciária.</p><p>➢ Sujeito Passivo: União.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, não sendo possível a modalidade culposa. Não é possível a tentativa, pois é um</p><p>crime omissivo puro.</p><p>➢ OBS: O STF e STJ possuem o entendimento que a quitação do débito decorrente de apropriação indébita</p><p>previdenciária enseja a extinção da punibilidade podendo ocorrer a qualquer tempo, mesmo que seja</p><p>após o trânsito em julgado. Caso o réu parcele o débito, a punibilidade será suspensa, assim como o</p><p>prazo prescricional.</p><p>Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza</p><p>Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Na mesma pena incorre:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>97</p><p>Apropriação de tesouro</p><p>I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o</p><p>proprietário do prédio;</p><p>Apropriação de coisa achada</p><p>II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono</p><p>ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.</p><p>CP/40. Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.</p><p>Atenção!</p><p>CP/40. Art. 155. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a</p><p>pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.</p><p>CAPÍTULO VI - DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES</p><p>Estelionato</p><p>Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém</p><p>em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.</p><p>§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto</p><p>no art. 155, § 2º.(Estelionato Privilegiado).</p><p>Furto X Estelionato</p><p>➢ No estelionato, a vítima entrega o bem voluntariamente, pois foi enganada (mantida em erro) pelo</p><p>autor, que utilizou de algum artificio que a fez acreditar que o bem entregue estaria seguro.</p><p>➢ De forma oposta, no furto, o indivíduo subtrai o objeto (que não é entregue voluntariamente pela vítima).</p><p>§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:</p><p>Disposição de coisa alheia como própria</p><p>I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;</p><p>Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria</p><p>II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou</p><p>imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas</p><p>circunstâncias;</p><p>Defraudação de penhor</p><p>III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando</p><p>tem a posse do objeto empenhado;</p><p>Fraude na entrega de coisa</p><p>IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;</p><p>Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>98</p><p>V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as</p><p>consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro (Constitui Crime</p><p>Formal);</p><p>Fraude no pagamento por meio de cheque</p><p>VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.</p><p>Fraude eletrônica</p><p>§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações</p><p>fornecidas</p><p>pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio</p><p>de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.</p><p>§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso, aumenta-se de 1/3</p><p>a 2/3, se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional.</p><p>§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou</p><p>de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. (Estelionato Previdenciário)</p><p>Importante</p><p>➢ Na hipótese de estelionato previdenciário praticado em benefício de terceiro, o marco inicial do lapso</p><p>prescricional da pretensão punitiva estatal a ser considerado é a data do recebimento da primeira</p><p>parcela do benefício, uma vez que se trata de delito instantâneo com efeitos permanentes.</p><p>➢ OBS: O STJ entende que pode ser considerado crime continuado, quando o sujeito ativo efetua,</p><p>constantemente, saques dos valores de um segurado já falecido e não comunica o óbito ao INSS,</p><p>tendo este prejuízo. Se os saques não são constantes, ocorrendo, por exemplo, um saque ao ano, o</p><p>crime não é considerado continuado.</p><p>➢ Não é cabível a aplicação do princípio da insignificância ao delito de Estelionato Previdenciário.</p><p>STJ/Súmula 25</p><p>Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social, a</p><p>qualificadora do § 3º, do art. 171 do Código Penal.</p><p>Estelionato contra idoso ou vulnerável</p><p>§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável,</p><p>considerada a relevância do resultado gravoso.</p><p>§ 5º Somente se procede mediante representação (Ação Penal Pública Condicionada), salvo se a vítima for</p><p>(Ação Penal Pública Incondicionada):</p><p>I - a Administração Pública, direta ou indireta;</p><p>II - criança ou adolescente;</p><p>III - pessoa com deficiência mental; ou</p><p>IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art171%C2%A72a</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>99</p><p>Crime de Estelionato</p><p>Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)</p><p>Ação Penal Pública Incondicionada</p><p>Regra</p><p>Ação Penal Pública Condicionada;</p><p>Exceção</p><p>Ação Penal Pública Incondicionada, se a vítima for:</p><p>I - a Administração Pública, direta ou indireta;</p><p>II - criança ou adolescente;</p><p>III - pessoa com deficiência mental; ou</p><p>IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.</p><p>Estelionato</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Patrimônio e boa-fé do sujeito passivo.</p><p>➢ Crime comum; É considerado genérico, existindo a possibilidade de ser afastado por norma específica.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo com finalidade específica. É possível a tentativa.</p><p>➢ Caso o sujeito ativo fraude concurso público, o delito será de fraude em certames de interesse público.</p><p>➢ Consumação: O delito é consumado apenas quando o sujeito ativo obtém a vantagem indevida, tendo</p><p>o terceiro prejuízo.</p><p>STJ/Súmula 17</p><p>Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.</p><p>STF/Súmula 554</p><p>O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao</p><p>prosseguimento da ação penal.</p><p>STJ/Súmula 48</p><p>Compete ao Juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato</p><p>cometido mediante falsificação de cheque.</p><p>STJ/AREsp 1.418.119/DF – Energia Elétrica</p><p>Alteração do medidor Desvio por Ligação Clandestina</p><p>Estelionato Furto mediante fraude.</p><p>Medição da energia elétrica é alterada, como forma</p><p>de burla ao sistema de controle de consumo.</p><p>Ocorre a subtração e inversão da posse do bem.</p><p>STJ/Súmula 73</p><p>A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, de</p><p>competência da Justiça Estadual.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>100</p><p>Princípio da Insignificância</p><p>Estelionato envolvendo o INSS</p><p>(STF/HC 111.918)</p><p>Não se aplica.</p><p>Estelionato envolvendo o seguro-desemprego</p><p>(STF/HC 108.674)</p><p>Não se aplica.</p><p>Estelionato com FGTS</p><p>(STF/HC 110.845)</p><p>Não se aplica.</p><p>Fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros</p><p>Art. 171-A. Organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que envolvam ativos virtuais,</p><p>valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o fim de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio,</p><p>induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.</p><p>Duplicata simulada</p><p>Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou</p><p>qualidade, ou ao serviço prestado.</p><p>Pena - detenção, de 2 a 4 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro</p><p>de Duplicatas.</p><p>Abuso de incapazes</p><p>Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação</p><p>ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em</p><p>prejuízo próprio ou de terceiro:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.</p><p>Induzimento à especulação</p><p>Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de</p><p>outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo</p><p>saber que a operação é ruinosa:</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.</p><p>Fraude no comércio</p><p>Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor:</p><p>I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;</p><p>II - entregando uma mercadoria por outra:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra</p><p>verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal</p><p>de ou outra qualidade:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.</p><p>§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>101</p><p>Outras fraudes</p><p>Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de</p><p>recursos para efetuar o pagamento:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar</p><p>de aplicar a pena.</p><p>Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações</p><p>Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou</p><p>à assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não constitui crime contra a economia popular.</p><p>§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime contra a economia popular:</p><p>I - o diretor,</p><p>o gerente ou o fiscal de sociedade por ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou</p><p>comunicação ao público ou à assembleia, faz afirmação falsa sobre as condições econômicas da sociedade, ou</p><p>oculta fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo;</p><p>II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos</p><p>da sociedade;</p><p>III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens</p><p>ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembleia geral;</p><p>IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a</p><p>lei o permite;</p><p>V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito social, aceita em penhor ou em caução ações da própria</p><p>sociedade;</p><p>VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui</p><p>lucros ou dividendos fictícios;</p><p>VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação</p><p>de conta ou parecer;</p><p>VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;</p><p>IX - o representante da sociedade anônima estrangeira, autorizada a funcionar no País, que pratica os atos</p><p>mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao Governo.</p><p>§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem</p><p>para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembleia geral.</p><p>Emissão irregular de conhecimento de depósito ou "warrant"</p><p>Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Fraude à execução</p><p>Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>102</p><p>CAPÍTULO VII - DA RECEPTAÇÃO</p><p>Receptação</p><p>Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar (Caracteriza crime permanente), em proveito</p><p>próprio ou alheio (Crime Material e Próprio), coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro,</p><p>de boa-fé, a adquira, receba ou oculte (Crime Formal e Impróprio):</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Receptação</p><p>Própria Imprópria</p><p>O sujeito ativo sabe que o produto é criminoso, no</p><p>entanto, adquire, recebe, transporta, conduz ou</p><p>oculta.</p><p>O sujeito ativo sabe que o produto é criminoso, mas</p><p>influi para que terceiro de boa-fé adquira, receba ou</p><p>oculte.</p><p>Crime Material Crime Formal (Não é possível tentativa)</p><p>Importante</p><p>Quem pratica a receptação é um TERCEIRO que não está envolvido no crime do qual provém o objeto.</p><p>Se um indivíduo furta um determinado objeto, não poderá ele próprio responder pelo furto e pela</p><p>receptação ao transportar o bem subtraído, por exemplo.</p><p>Receptação qualificada</p><p>§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor</p><p>à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou</p><p>industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:</p><p>Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.</p><p>§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular</p><p>ou clandestino, inclusive o exercício em residência.</p><p>§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela</p><p>condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: (Recepção Culposa)</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas.</p><p>§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a</p><p>coisa.</p><p>§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias,</p><p>deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155.</p><p>Atenção!</p><p>CP/40. Art. 155. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a</p><p>pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.</p><p>§ 6º - Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia,</p><p>fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos,</p><p>aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.</p><p>Receptação de animal</p><p>Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção</p><p>ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que</p><p>deve saber ser produto de crime:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>103</p><p>CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 181. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos nesse capítulo, em prejuízo:</p><p>I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;</p><p>II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.</p><p>Art. 182 – Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:</p><p>(Ação Penal Pública Condicionada)</p><p>I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;</p><p>II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;</p><p>III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.</p><p>Art. 183 – Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:</p><p>I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à</p><p>pessoa;</p><p>II – ao estranho que participa do crime.</p><p>III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>104</p><p>TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL</p><p>CAPÍTULO I – DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL</p><p>Estupro</p><p>Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou</p><p>permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:</p><p>Pena – reclusão, de 6 a 10 anos.</p><p>§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos:</p><p>Pena – reclusão, de 8 a 12 anos.</p><p>§ 2º Se da conduta resulta morte:</p><p>Pena – reclusão, de 12 a 30 anos.</p><p>STF/Súmula 608</p><p>No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada.</p><p>STF/RHC 117.978</p><p>1. Nos termos da Súmula 608 do Supremo Tribunal Federal, no crime de estupro, praticado mediante violência</p><p>real, a ação é pública incondicionada.</p><p>2. O Supremo Tribunal Federal registra precedente admitindo a legitimidade do Ministério Público para</p><p>propor a ação penal por reputar dispensável a ocorrência de lesões corporais para a caracterização da</p><p>violência real nos crimes de estupro (v.g. HC nº 102.683/RS).</p><p>3. O entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça legitimando a titularidade do Ministério</p><p>Público para o exercício da ação penal no caso</p><p>concreto, apesar de as vítimas não terem sofrido lesões</p><p>corporais, encontra amparo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.</p><p>STF/REsp 1.916.611-RJ</p><p>A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”, para os fins do tipo do art. 213 do CP.</p><p>Violação sexual mediante fraude</p><p>Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que</p><p>impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 6 anos.</p><p>Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.</p><p>Violação Sexual Mediante Fraude</p><p>O indivíduo utiliza de FRAUDE ou de outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade</p><p>da vítima para com ela praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso.</p><p>Estupro x Violação sexual mediante fraude</p><p>➢ No estupro (Art.213) o autor utiliza de violência ou grave ameaça.</p><p>➢ O delito do Art. 215 só admite a prática na forma dolosa.</p><p>➢ A tentativa é admissível, e a consumação ocorre com a conjunção carnal ou com a prática do ato</p><p>libidinoso, nos mesmos moldes do estupro.</p><p>➢ Se houver finalidade de lucro, aplica-se também uma multa.</p><p>➢ A ação penal passou a ser pública incondicionada após a edição da Lei n. 13.718/2018.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>105</p><p>Importunação sexual</p><p>Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria</p><p>lascívia ou a de terceiro:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, se o ato não constitui crime mais grave.</p><p>Frotteurismo</p><p>Ocorre quando um sujeito ativo toca ou esfrega-se nas partes íntimas de uma pessoa sem a permissão</p><p>desta. Normalmente, o ato ocorre em ambientes aglomerados de pessoas. Tal ato configura crime de</p><p>importunação sexual.</p><p>Assédio sexual</p><p>Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o</p><p>agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou</p><p>função.</p><p>Pena – detenção, de 1 a 2 anos.</p><p>§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos.</p><p>Assédio Sexual</p><p>➢ Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o</p><p>agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego,</p><p>cargo ou função.</p><p>➢ Assédio sexual pressupõe superioridade hierárquica ou ascendência para sua configuração.</p><p>➢ Não se fala, pois, em assédio sexual entre colegas de trabalho que ocupam cargos de mesma</p><p>hierarquia.</p><p>STJ/REsp 1.759.135/SP</p><p>“O crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) é geralmente associado à superioridade hierárquica em</p><p>relações de emprego, no entanto pode também ser caracterizado no caso de constrangimento cometido por</p><p>professores contra alunos.”</p><p>CAPÍTULO I-A - DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL</p><p>Registro não autorizado da intimidade sexual</p><p>Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato</p><p>sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes:</p><p>Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.</p><p>Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro</p><p>registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo.</p><p>CAPÍTULO II - DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL</p><p>Sedução</p><p>Estupro de vulnerável (Crime Material)</p><p>Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos:</p><p>Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>106</p><p>§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou</p><p>deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,</p><p>não pode oferecer resistência.</p><p>§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:</p><p>Pena - reclusão, de 10 a 20 anos.</p><p>§ 4º Se da conduta resulta morte:</p><p>Pena - reclusão, de 12 a 30 anos.</p><p>§ 5º. As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do</p><p>consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.</p><p>STJ/Súmula 593</p><p>O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com</p><p>menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua</p><p>experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.</p><p>STJ/RvCr 4.969/DF</p><p>Não há como desclassificar o crime de estupro de vulnerável para o de importunação sexual. O Crime de</p><p>Estupro vulnerável é cometido mediante violência ou grave ameaça, já o de importunação sexual não possui</p><p>os elementos violência ou grave ameaça.</p><p>Estupro Vulnerável Importunação Sexual</p><p>Violência ou Grave ameaça. Não possui violência ou grave ameaça.</p><p>Corrupção de menores</p><p>Art. 218. Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 anos.</p><p>Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente</p><p>Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal</p><p>ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 4 anos.</p><p>Corrupção de Menores</p><p>➢ É crime comum, praticável por qualquer pessoa.</p><p>➢ Se configura quando um indivíduo induz o menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem.</p><p>➢ É importante observar que o autor deve induzir o menor a satisfazer a lascívia de um terceiro</p><p>DETERMINADO.</p><p>➢ Se o menor for induzido a satisfazer lascívia de terceiros indeterminados, de forma genérica, pode-</p><p>se configurar o delito de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de</p><p>vulnerável (Art. 218-B, CP).</p><p>➢ Cuidado: Se o autor desejar satisfazer a própria lascívia, não haverá corrupção de menores, e sim</p><p>estupro de vulnerável.</p><p>STJ/Súmula 500</p><p>“a configuração do crime previsto no artigo 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente independe da prova</p><p>da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.”</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>107</p><p>Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de</p><p>vulnerável.</p><p>Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de</p><p>18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do</p><p>ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 10 anos.</p><p>§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.</p><p>§ 2º Incorre nas mesmas penas:</p><p>I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos na</p><p>situação descrita no caput deste artigo;</p><p>II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste</p><p>artigo.</p><p>§ 3º Na</p><p>hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de</p><p>localização e de funcionamento do estabelecimento.</p><p>Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia</p><p>Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou</p><p>divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou</p><p>telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de</p><p>vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo,</p><p>nudez ou pornografia:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>Aumento de pena</p><p>§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou</p><p>tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.</p><p>Exclusão de ilicitude</p><p>§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza</p><p>jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da</p><p>vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 anos.</p><p>CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Ação penal</p><p>Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública</p><p>incondicionada.</p><p>Aumento de pena</p><p>Art. 226. A pena é aumentada:</p><p>I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;</p><p>II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,</p><p>preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela;</p><p>IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>108</p><p>Estupro coletivo</p><p>a) mediante concurso de 2 ou mais agentes;</p><p>Estupro corretivo</p><p>b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.</p><p>CAPÍTULO V - DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA</p><p>FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL</p><p>Mediação para servir a lascívia de outrem</p><p>Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos.</p><p>§ 1º Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou</p><p>companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento</p><p>ou de guarda:</p><p>Pena - reclusão, de dois a cinco anos.</p><p>§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.</p><p>Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual</p><p>Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou</p><p>dificultar que alguém a abandone:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador,</p><p>preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou</p><p>vigilância:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 8 anos.</p><p>§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.</p><p>Casa de prostituição</p><p>Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não,</p><p>intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:</p><p>Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.</p><p>Rufianismo</p><p>Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no</p><p>todo ou em parte, por quem a exerça:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>109</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>§ 1º Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta,</p><p>irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu,</p><p>por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.</p><p>§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre</p><p>manifestação da vontade da vítima:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.</p><p>Rufianismo</p><p>➢ Rufião nada mais é do que o indivíduo que é popularmente conhecido como “cafetão”, cujo meio de vida</p><p>consiste em auferir lucro através da prostituição alheia.</p><p>➢ Características:</p><p>✓ O delito em estudo não admite a forma culposa.</p><p>✓ A consumação ocorre quando o agente tira proveito da prostituição da vítima.</p><p>✓ É também um crime habitual, motivo pelo qual não admite a tentativa.</p><p>✓ A ação penal é pública incondicionada.</p><p>Promoção de migração ilegal</p><p>Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro</p><p>em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a</p><p>saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente em país estrangeiro.</p><p>§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se:</p><p>I - o crime é cometido com violência; ou</p><p>II - a vítima é submetida a condição desumana ou degradante.</p><p>§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas.</p><p>CAPÍTULO VI - DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR</p><p>Ato obsceno</p><p>Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.</p><p>Escrito ou objeto obsceno</p><p>Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de</p><p>exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:</p><p>I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>110</p><p>II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de</p><p>caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;</p><p>III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.</p><p>CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Aumento de pena</p><p>Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título (Crimes contra a Dignidade Sexual) a pena é aumentada:</p><p>III - de metade a 2/3, se do crime resulta</p><p>gravidez;</p><p>IV - de 1/3 a 2/3, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber</p><p>ser portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência.</p><p>Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça.</p><p>TÍTULO IX - DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA</p><p>Incitação ao crime</p><p>Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:</p><p>Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou</p><p>delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade.</p><p>STF/AP 1.044/DF</p><p>A liberdade de expressão existe para a manifestação de opiniões contrárias, jocosas, satíricas e até mesmo</p><p>errôneas, mas não para opiniões criminosas, discurso de ódio ou atentados contra o Estado Democrático de</p><p>Direito e a democracia.</p><p>Quando determinada conduta típica (e suas elementares) permanece descrita na nova lei penal, com a</p><p>manutenção do caráter proibido da conduta, há a configuração do fenômeno processual penal da continuidade</p><p>normativo-típica.</p><p>Na hipótese, o legislador não pretendeu abolir as condutas atentatórias à democracia, ao Estado de Direito e</p><p>ao livre exercício dos poderes. Na realidade, aprimorou, sob o manto democrático, a defesa do Estado, de</p><p>suas instituições e de seus poderes.</p><p>Apologia de crime ou criminoso</p><p>Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:</p><p>Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.</p><p>Apologia de crime ou criminoso Incitação ao crime</p><p>CP/40. Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de</p><p>fato criminoso ou de autor de crime:</p><p>Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.</p><p>CP/40. Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de</p><p>crime:</p><p>Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.</p><p>Refere-se a fatos pretéritos. Refere-se a fatos futuros.</p><p>Associação Criminosa</p><p>Art. 288. Associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>111</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.</p><p>Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de</p><p>criança ou adolescente.</p><p>Associação Criminosa Organização Criminosa</p><p>✓ 03 ou mais pessoas;</p><p>✓ Não precisa ser estruturalmente ordenada;</p><p>✓ Dispensa divisão de tarefas;</p><p>✓ Finalidade específica de cometer crimes.</p><p>✓ 04 ou mais pessoas;</p><p>✓ Estruturalmente ordenada;</p><p>✓ Possui divisão de tarefas;</p><p>✓ Finalidade genérica.</p><p>Associação Criminosa</p><p>➢ Conduta: É o crime praticado quando três ou mais indivíduos se associam para a prática de crimes.</p><p>➢ Sujeitos do Crime: Crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. O sujeito passivo é a</p><p>coletividade (crime vago).</p><p>➢ Elemento Subjetivo: É o dolo. Não é admitida a modalidade culposa.</p><p>➢ Consumação: Crime formal, consuma-se com a associação, ainda que nenhum crime seja praticado.</p><p>Não é possível a tentativa.</p><p>➢ Ação Penal: É crime de ação penal pública incondicionada.</p><p>➢ Penas: A pena é de reclusão, de um a três anos. A pena mínima de um ano permite a suspensão</p><p>condicional do processo (Lei n. 9.099/1995, Art. 89).</p><p>➢ Aumento de Pena: A pena é aumentada de até metade se a associação é armada ou se houver a</p><p>participação de criança ou adolescente.</p><p>Constituição de milícia privada</p><p>Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou</p><p>esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 8 anos.</p><p>Associação Criminosa X Organização Criminosa X Associação para o Tráfico de Drogas</p><p>Associação</p><p>Criminosa</p><p>CP/40. Art. 288. Associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico de cometer</p><p>crimes:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.</p><p>Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se</p><p>houver a participação de criança ou adolescente.</p><p>Organização</p><p>Criminosa</p><p>Lei 12.850/2013. Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a</p><p>investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o</p><p>procedimento criminal a ser aplicado.</p><p>§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 ou mais pessoas</p><p>estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que</p><p>informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer</p><p>natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam</p><p>superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>112</p><p>Associação para o</p><p>Tráfico de Drogas</p><p>Lei 11.343/06. Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,</p><p>reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34</p><p>desta Lei:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa.</p><p>Associação para o Tráfico Associação Criminosa Organização Criminosa</p><p>02 ou mais pessoas 03 ou mais pessoas 04 ou mais pessoas</p><p>STJ/RHC 76678/SP</p><p>Para caracterização do delito de associação criminosa, indispensável a demonstração de estabilidade e</p><p>permanência do grupo formado por três ou mais pessoas, (art. 288, CP) além do elemento subjetivo</p><p>especial consistente no ajuste prévio entre os membros com a finalidade específica de cometer crimes</p><p>indeterminados.</p><p>STJ/HC 95.086 SP</p><p>O tipo do artigo 288 do Código Penal é autônomo, prescindindo quer do crime posterior, quer, com maior</p><p>razão, do anterior.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>113</p><p>TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA</p><p>Os crimes contra a fé pública não admitem</p><p>✓ Princípio da Insignificância;</p><p>✓ Arrependimento Posterior;</p><p>✓ Modalidade Culposa.</p><p>CAPÍTULO I - DA MOEDA FALSA</p><p>Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou</p><p>no estrangeiro:</p><p>Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.</p><p>§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca,</p><p>cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.</p><p>§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois</p><p>de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. (Moeda Falsa Privilegiada)</p><p>§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal</p><p>de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: (Qualificadora; Crime Próprio</p><p>(Exceção)).</p><p>I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;</p><p>II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.</p><p>§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.</p><p>(Crime Comum);</p><p>Moeda Falsa</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum e formal; Não se exige resultado naturalístico.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada diretamente pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo sem finalidade específica. Não é possível a modalidade culposa. É possível a</p><p>tentativa.</p><p>➢ Consumação: O delito é consumado a partir da fabricação ou alteração da moeda, e não no momento</p><p>que entra em circulação, pois este é um mero exaurimento do delito.</p><p>➢ O princípio da insignificância não é aplicável nos crimes de moeda falsa.</p><p>STJ/Súmula 73</p><p>A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da</p><p>competência da Justiça Estadual.</p><p>STJ/Súmula 599</p><p>O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>114</p><p>Crimes assimilados ao de moeda falsa</p><p>Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes</p><p>verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo</p><p>de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de</p><p>inutilização:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que</p><p>trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.</p><p>Crimes assimilados ao de moeda falsa</p><p>➢ Crime comum, de conduta assimilada ao de moeda falsa.</p><p>➢ Formação de cédulas: agente utiliza pedaços de papel-moeda verdadeiro para criar nova cédula, com a</p><p>aparência de verdadeira.</p><p>➢ Supressão de sinal indicativo de inutilização: o autor retira o sinal indicativo de inutilização de</p><p>determinado papel-moeda, para restituir o referido papel à circulação.</p><p>➢ Restituição à circulação: nesse caso, a conduta é meramente a de reintrodução à circulação de moeda</p><p>nas condições das alíneas a ou b.</p><p>➢ O delito é praticado na forma dolosa, sem exigência de dolo específico (salvo no caso de supressão,</p><p>em cuja previsão o legislador inseriu o dolo específico que consiste na finalidade de restituir à</p><p>circulação).</p><p>➢ O delito admite a tentativa em todas as formas previstas.</p><p>Petrechos para falsificação de moeda</p><p>Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,</p><p>instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.</p><p>Petrechos para falsificação de moeda</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada diretamente pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo sem finalidade específica. Não é possível a modalidade culposa. É possível a</p><p>tentativa.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento da fabricação ou aquisição da máquina que falsifica moeda.</p><p>➢ Para ocorrer a tipificação do delito do art. 291 do CP, o sujeito ativo precisa apenas deter a posse de</p><p>petrechos destinados à falsificação de moeda, sendo dispensável que o objeto (máquina) seja</p><p>utilizado exclusivamente para esse fim.</p><p>Emissão de título ao portador sem permissão legal</p><p>Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em</p><p>dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>115</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na</p><p>pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.</p><p>CAPÍTULO II - DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS</p><p>Falsificação de papéis públicos</p><p>Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:</p><p>I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à</p><p>arrecadação de tributo;</p><p>II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;</p><p>III - vale postal;</p><p>IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por</p><p>entidade de direito público;</p><p>V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a</p><p>depósito ou caução por que o poder público seja responsável;</p><p>VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por</p><p>Município:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.</p><p>§ 1º Incorre na mesma pena quem:</p><p>I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;</p><p>II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo</p><p>falsificado destinado a controle tributário;</p><p>III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta,</p><p>fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial</p><p>ou industrial, produto ou mercadoria:</p><p>a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado;</p><p>b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação.</p><p>Consunção</p><p>A aplicação do princípio da consunção faz com que os fatos posteriores da conduta do agente se tornem</p><p>impuníveis.</p><p>§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis,</p><p>carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo</p><p>anterior.</p><p>§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou</p><p>alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena</p><p>de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>116</p><p>§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1º, qualquer forma de comércio irregular</p><p>ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.</p><p>Falsificação de papéis públicos</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada diretamente pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo sem finalidade específica. Não é possível a modalidade culposa.</p><p>➢ Consumação: O delito é consumado a partir do momento em que o agente pratica a conduta.</p><p>Petrechos de falsificação</p><p>Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de</p><p>qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.</p><p>Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena</p><p>de sexta parte. (Majorante)</p><p>CAPÍTULO III - DA FALSIDADE DOCUMENTAL</p><p>Falsificação do selo ou sinal público</p><p>Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:</p><p>I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;</p><p>II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.</p><p>§ 1º - Incorre nas mesmas penas:</p><p>I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;</p><p>II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em</p><p>Parte Geral. 8. Ed. São Paulo: Método, 2014. P. 84.</p><p>Princípio da Insignificância ou Bagatela</p><p>Própria Imprópria</p><p>Afasta a tipicidade material Afasta a Punibilidade</p><p>Princípio In dubio pro Reo</p><p>Existindo dúvidas acerca da culpa ou não do acusado, deverá o Juiz decidir em favor deste devido à falta</p><p>de comprovação de culpa.</p><p>Princípio do Ne Bis In Idem</p><p>➢ Uma pessoa não pode ser punida nem processada pelo mesmo fato duas vezes.</p><p>➢ No processo penal não existe a revisão pro societate.</p><p>➢ Ocorrendo o trânsito em julgado, a pessoa não pode ser processada novamente pelo mesmo fato.</p><p>➢ Um mesmo fato não pode ser considerado para fixação da pena mais de uma vez.</p><p>Princípio da Culpabilidade</p><p>Estabelece que a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de</p><p>reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.</p><p>Princípio da Isonomia</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>10</p><p>Deve-se tratar de forma igual o que é igual, e desigualmente o que é desigual. A isonomia substancial é</p><p>garantida pela norma penal.</p><p>Princípio da Individualização da Pena</p><p>➢ Conforme PRADO¹, a pena deve estar proporcionada ou adequada à intensidade ou magnitude da lesão</p><p>ao bem jurídico representada pelo delito e a medida de segurança a periculosidade criminal do agente.</p><p>CF/88, Art.5º:</p><p>XLVI. a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:</p><p>a) privação ou restrição da liberdade;</p><p>b) perda de bens;</p><p>c) multa;</p><p>d) prestação social alternativa;</p><p>e) suspensão ou interdição de direitos;</p><p>➢ Este princípio possui três fases correlacionadas:</p><p>✓ Legislativa: Criação de penas e cominação de punições proporcionais à gravidade dos crimes.</p><p>(Fase Abstrata)</p><p>✓ Judicial: Análise da pena, pelo juiz, em relação ao caso concreto. (Fase Concreta)</p><p>✓ Administrativa: É a fase da execução da pena, momento em que o condenado será classificado,</p><p>segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução</p><p>penal.</p><p>CF/88, Art. 5º, XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e</p><p>o sexo do apenado;</p><p>Fonte¹: PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro, volume 1: parte geral, arts. 1º a 120. 6. Ed. Ver. Atual e ampl. São Paulo:</p><p>RT, 2006. P. 141.</p><p>Princípio da Intranscendência da Pena ou Responsabilidade Pessoal ou Pessoalidade</p><p>CF/88, Art.5º XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o</p><p>dano e a decretação do perdimento de bens serem, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e</p><p>contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.</p><p>A multa não é considerada uma vinculação a reparação do dano, pois não é direcionada à vítima. Caso</p><p>o infrator morra, a punibilidade é extinta.</p><p>Princípio da Alternatividade</p><p>Estabelece que os crimes de conteúdo múltiplo, que, se em um mesmo contexto, o agente realizar ação</p><p>correspondente a mais de um dos verbos do núcleo do tipo penal, ele só deverá responder por um único</p><p>delito.</p><p>Tipo Misto Alternativo</p><p>É quando a lei estabelece uma série de condutas, das quais o indivíduo que praticar qualquer uma delas</p><p>ou concorrer para a prática de mais de uma das condutas elencadas, no mesmo contexto fático, ensejará</p><p>em crime único.</p><p>Ex: Crime de Tráfico de drogas, Art. 33 da Lei 11.343/06.</p><p>Tipo Misto Cumulativo</p><p>É quando a lei estabelece certas condutas que, quando praticadas de forma sucessiva, mesmo estando no</p><p>contexto fático, ensejará em concurso material de crimes.</p><p>Ex: Crime de Atentado contra a liberdade de contrato de trabalho ou boicotagem, Art. 198 do Código Penal.</p><p>Princípio da Taxatividade da Lei Penal</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>11</p><p>A lei deve estabelecer de forma precisa o ato que está sendo criminalizado. Esse princípio é um dos</p><p>corolários do princípio da legalidade, estabelecendo que não é possível a lei estabelecer incriminações</p><p>vagas ou genéricas. Tal princípio não impede os tipos penais em branco.</p><p>Princípio do In Dubio Pro Reu ou Favor Rei</p><p>Quando o caso em questão apresentar eventual dúvida relevante, deve interpretar sempre em favor do</p><p>acusado. Isso porque a garantia da liberdade deve prevalecer sobre a pretensão punitiva do Estado.</p><p>Princípio da Limitação das Penas ou da Humanidade</p><p>➢ Assegura o respeito à integridade física e moral do preso na medida em que motiva a vedação</p><p>constitucional de pena de morte e de prisão perpétua.</p><p>CF/88, Art. 5º,</p><p>XLVII - não haverá penas:</p><p>a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;</p><p>b) de caráter perpétuo;</p><p>c) de trabalhos forçados;</p><p>d) de banimento;</p><p>e) cruéis;</p><p>➢ A prisão perpétua é inadmissível no Brasil, sendo considerada Cláusula Pétrea.</p><p>Princípio da Presunção de Inocência ou Presunção de Não Culpabilidade ou Do Estado de Inocência</p><p>➢ Enquanto não existir uma sentença criminal condenatória irrecorrível, não é possível o acusado ser</p><p>considerado culpado.</p><p>➢ O princípio da presunção de inocência possui ordem constitucional devendo as normas</p><p>infraconstitucionais respeitá-lo.</p><p>➢ O réu não precisa produzir prova contra sua própria pessoa.</p><p>CF/88, Art.5, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;</p><p>Princípio da Taxatividade da Lei Penal</p><p>A lei deve estabelecer de forma precisa o ato que está sendo criminalizado. Esse princípio é um dos</p><p>corolários do princípio da legalidade, estabelecendo que não é possível a lei estabelecer incriminações</p><p>vagas ou genéricas. Tal princípio não impede os tipos penais em branco.</p><p>Normas Penais em Branco</p><p>➢ São normas que dependem de outra norma para que ocorra sua aplicação.</p><p>➢ Não afetam o princípio da reserva legal.</p><p>➢ As normas penais em branco são divididas pela doutrina em:</p><p>✓ Homogêneas/Sentido Amplo/Imprópria: A complementação da norma é feita pelo mesmo órgão</p><p>que produziu a norma penal em branco. O complemento da norma é outra lei, ou seja, o complemento</p><p>tem a mesma origem e mesma natureza jurídica da lei penal a ser complementada.</p><p>✓ Heterogêneas/Sentido Estrito/Própria: A complementação da norma é realizada por órgão diverso</p><p>do que produziu a norma penal em branco. A norma penal e seu complemento estão em diploma legais</p><p>diversos.</p><p>STF/HC 94.655/MT</p><p>I - Esta Corte já assentou entendimento no sentido de que não viola o princípio da individualização da pena a</p><p>fixação da mesma pena-base para corréus se as circunstâncias judiciais são comuns. Precedentes.</p><p>II - De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em situações excepcionais é que se admite o</p><p>reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico, o que não se</p><p>verifica no caso sob exame.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>12</p><p>STF/ HC 107.840 MC</p><p>O princípio da proporcionalidade fundamenta a declaração de inconstitucionalidade de parte do art. 44 da</p><p>Lei Antidrogas, que veda a concessão de liberdade provisória em crimes relacionados às drogas.</p><p>STF/HC 126.195/MG</p><p>A existência de condenação transitada em julgado por fatos posteriores ao delito objeto da ação penal não</p><p>servem para caracterizar maus antecedentes, tampouco reincidência.</p><p>STF/ADCs 43, 44 e 54</p><p>O STF decidiu em sua maioria (6x5) que o cumprimento da pena apenas terá</p><p>proveito próprio ou alheio.</p><p>III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos</p><p>utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.</p><p>§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de</p><p>sexta parte.</p><p>Falsificação de documento público</p><p>Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.</p><p>§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de</p><p>sexta parte.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>117</p><p>§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao</p><p>portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento</p><p>particular. (Rol Taxativo – Não se admite analogia)</p><p>§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:</p><p>I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a</p><p>previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;</p><p>II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito</p><p>perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;</p><p>III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa</p><p>perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.</p><p>§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do segurado e seus</p><p>dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.</p><p>STJ/Súmula 546</p><p>A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade</p><p>ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão</p><p>expedidor.</p><p>Delito de Omissão de Anotação de Vínculo Empregatício – Competência</p><p>STJ/CC 145.567 STF/Pet 5.084</p><p>Justiça Federal Justiça Estadual</p><p>Falsificação de documento particular</p><p>Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.</p><p>Falsificação de cartão</p><p>Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.</p><p>Falsificação de documento particular</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada diretamente pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo sem finalidade específica. Não é possível a modalidade culposa. É possível a</p><p>tentativa.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento da falsificação ou alteração do documento particular.</p><p>Falsidade ideológica</p><p>Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer</p><p>inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação</p><p>ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>118</p><p>Formas</p><p>1) Omissão: o agente deixa de constar no documento uma declaração que dele deveria constar.</p><p>2) Inserção: o agente introduz uma declaração falsa (ou diversa da que deveria constar) em um determinado</p><p>documento.</p><p>3) Causar a inserção: o agente não necessariamente será a pessoa competente para inserir a declaração em</p><p>um determinado documento. Algumas vezes, um terceiro de má-fé irá agir se valendo da pessoa competente,</p><p>para que essa faça a inserção da declaração falsa ou diversa no documento. Nesse caso, dizemos que o</p><p>agente não inseriu, mas fez inserir a declaração, praticando o delito do art. 299 da mesma forma.</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa,</p><p>se o documento é particular.</p><p>Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a</p><p>falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.</p><p>Falsidade Ideológica</p><p>➢ É a alteração ou omissão do conteúdo de documento público ou particular.</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum e formal; Não se exige resultado naturalístico.</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada, eventualmente, pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo com finalidade específica.</p><p>➢ Não é possível a modalidade culposa.</p><p>➢ É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento em que o sujeito ativo omite a informação ou insere</p><p>informação falsa, não existindo necessidade de o objeto ser levado ao conhecimento de terceiros.</p><p>➢ Não está relacionada à falsidade de identidade.</p><p>➢ O crime de falsidade não será caracterizado caso o documento falsificado seja revisado por</p><p>autoridade, impedindo assim potencialidade lesiva.</p><p>➢ O agente comete crime de falsidade ideológica quando recebe documento em branco com a finalidade</p><p>de inserir determinado conteúdo, e faz de maneira diversa.</p><p>➢ Se o agente apodera um documento, que não recebeu, e insere conteúdo falso, comete crime de</p><p>falsidade material, e não de falsidade ideológica, pois não existem obrigações entre o signatário e o</p><p>agente.</p><p>Falsidade Material Falsidade Ideológica</p><p>O documento é estruturalmente falso.</p><p>O documento é estruturalmente verdadeiro, porém o</p><p>conteúdo é falso.</p><p>Falso reconhecimento de firma ou letra (Crime Próprio)</p><p>Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o</p><p>documento é particular.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>119</p><p>Certidão ou atestado ideologicamente falso (Crime Próprio)</p><p>Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém</p><p>a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:</p><p>Pena - detenção, de dois meses a um ano.</p><p>Falsidade material de atestado ou certidão (Crime Comum)</p><p>§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado</p><p>verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou</p><p>de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos.</p><p>§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.</p><p>Falsidade de atestado médico (Crime Próprio)</p><p>Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano.</p><p>Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.</p><p>Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica</p><p>Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou</p><p>a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - Na mesma</p><p>pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.</p><p>Uso de documento falso</p><p>Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:</p><p>Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.</p><p>Observações importantes</p><p>1) O delito de uso de documento falso, segundo o STJ, não depende de perícia para ser configurado,</p><p>se houverem outros elementos idôneos de prova.</p><p>2) A prática da falsificação seguida do uso do documento falso resultará na punição apenas pelo delito</p><p>de falsificação, que absorverá o delito de uso.</p><p>3) Segundo o STJ, se um indivíduo utiliza um documento falso para praticar estelionato (Art. 171,</p><p>CP/40), o delito de estelionato absorverá o delito de uso de documento falso. Isso só não acontecerá</p><p>se o documento falso for apto a continuar lesando bens jurídicos mesmo após exaurido o estelionato.</p><p>STJ/Súmula 546</p><p>A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade</p><p>ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão</p><p>expedidor.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>120</p><p>Supressão de documento</p><p>Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento</p><p>público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e</p><p>multa, se o documento é particular.</p><p>CAPÍTULO IV - DE OUTRAS FALSIDADES</p><p>Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para</p><p>outros fins</p><p>Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal</p><p>precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:</p><p>Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária,</p><p>ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal:</p><p>Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.</p><p>Falsa identidade</p><p>Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio,</p><p>ou para causar dano a outrem:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.</p><p>Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de</p><p>identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de</p><p>terceiro: (Considerado pela Doutrina como um tipo de Falsa Identidade Específica)</p><p>Atenção!</p><p>Na conduta do Art. 308, o documento alheio utilizado tem que ser verdadeiro. Se o documento for falso, o autor</p><p>incorrerá nas penas do Art. 304 (uso de documento falso).</p><p>Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.</p><p>Falsa identidade</p><p>➢ Não se confunde com o crime de falsidade ideológica.</p><p>➢ Bem jurídico Protegido: Fé pública.</p><p>➢ Crime comum;</p><p>➢ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Coletividade e pessoa lesada, eventualmente, pela conduta.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo com finalidade específica. Não é possível a modalidade culposa.</p><p>➢ É possível a tentativa por escrito.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento em que o sujeito ativo se passa por outra pessoa. O delito</p><p>para ser consumado não depende da obtenção de vantagem pelo sujeito ativo, sendo consumado com</p><p>a simples atribuição de falsa identidade.</p><p>STJ/Súmula 522</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>121</p><p>A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de</p><p>alegada autodefesa.</p><p>Fraude de lei sobre estrangeiro</p><p>Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu: (Crime</p><p>Próprio)</p><p>Pena - detenção, de um a três anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional:</p><p>(Crime Comum)</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos</p><p>casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.</p><p>Adulteração de sinal identificador de veículo automotor</p><p>Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de</p><p>seu componente ou equipamento:</p><p>Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.</p><p>§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um</p><p>terço.</p><p>§ 2º Incorrem nas mesmas penas do caput deste artigo: (Lei 14.562/23)</p><p>I – o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado,</p><p>fornecendo indevidamente material ou informação oficial;</p><p>II – aquele que adquire, recebe, transporta, oculta, mantém em depósito, fabrica, fornece, a título oneroso ou gratuito,</p><p>possui ou guarda maquinismo, aparelho, instrumento ou objeto especialmente destinado à falsificação e/ou</p><p>adulteração de que trata o caput deste artigo; ou</p><p>III – aquele que adquire, recebe, transporta, conduz, oculta, mantém em depósito, desmonta, monta, remonta,</p><p>vende, expõe à venda, ou de qualquer forma utiliza, em proveito próprio ou alheio, veículo automotor, elétrico,</p><p>híbrido, de reboque, semirreboque ou suas combinações ou partes, com número de chassi ou monobloco, placa de</p><p>identificação ou qualquer sinal identificador veicular que devesse saber estar adulterado ou remarcado.</p><p>§ 3º Praticar as condutas de que tratam os incisos II ou III do § 2º deste artigo no exercício de atividade comercial</p><p>ou industrial: (Lei 14.562/23)</p><p>Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.</p><p>§ 4º Equipara-se a atividade comercial, para efeito do disposto no § 3º deste artigo, qualquer forma de comércio</p><p>irregular ou clandestino, inclusive aquele exercido em residência. (Lei 14.562/23)</p><p>CAPÍTULO V - DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO</p><p>Fraudes em certames de interesse público</p><p>Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer</p><p>a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:</p><p>I - concurso público;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>122</p><p>II - avaliação ou exame públicos;</p><p>III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou</p><p>IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.</p><p>§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas</p><p>às informações mencionadas no caput.</p><p>§ 2º. Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.</p><p>§ 3º. Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funcionário público.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>123</p><p>TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM</p><p>GERAL</p><p>DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL</p><p>➢ São crimes funcionais, praticados por funcionário público.</p><p>➢ Os crimes funcionais se dividem em:</p><p>✓ Funcionais Próprios (puros): Consiste nos delitos que apenas serão cometidos por funcionário</p><p>público. Não sendo praticado por esse agente, ocorrerá a atipicidade da conduta, ocorrendo, assim,</p><p>um indiferente penal, ou seja, não existirá crime.</p><p>✓ Funcionais Impróprios (impuros): Nesse caso, mesmo se o agente não for funcionário público,</p><p>sua conduta será classificada em outro delito, sem ser a de crime funcional, não ocorrendo o</p><p>indiferente penal.</p><p>➢ A doutrina majoritária entende que quem tem múnus público (diferente de função pública), não são</p><p>considerados funcionários públicos.</p><p>➢ O STJ vem considerando os defensores dativos, advogados nomeados pelo Juiz da causa para a defesa</p><p>do acusado, funcionários públicos para fins penais.</p><p>Atenção!</p><p>O terceiro particular pode responder por crime funcional, por meio do concurso de pessoas, sendo sujeito</p><p>ativo, desde que saiba da condição especial do agente como funcionário público.</p><p>Aplicação do Princípio da Insignificância – Crimes contra a Administração Pública</p><p>Regra</p><p>STJ/Súmula 599</p><p>O princípio da insignificância é inaplicável nos crimes contra a Administração Pública</p><p>STJ/AREsp 487.715/CE</p><p>O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes cometidos contra a Administração</p><p>Pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma penal busca tutelar não</p><p>somente o patrimônio, mas também a moral administrativa.</p><p>Exceção</p><p>STJ/REsp 1.709.029/MG</p><p>Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho</p><p>(CP/40. Art. 334) quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$</p><p>20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as</p><p>atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.</p><p>Atenção!</p><p>Nos crimes contra a Administração Pública o único delito que aceita a modalidade culposa é o Peculato.</p><p>Peculato</p><p>Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou</p><p>particular, de que tem a posse em razão do cargo, (Peculato-Apropriação) ou desviá-lo, em proveito próprio ou</p><p>alheio (Peculato-Desvio): (Peculato Próprio)</p><p>Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.</p><p>§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o</p><p>subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe</p><p>proporciona a qualidade de funcionário. (Peculato-Furto ou Peculato Impróprio: Subtração de um bem sob a</p><p>guarda da administração);</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>124</p><p>Peculato</p><p>➢ Modalidades:</p><p>✓ Peculato-apropriação (Art. 312, caput, primeira parte);</p><p>✓ Peculato-desvio (Art. 312, caput, segunda parte);</p><p>✓ Peculato-furto (Art. 312, § 1º, do CP);</p><p>✓ Peculato mediante erro de outrem;</p><p>✓ Peculato Eletrônico.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ O terceiro particular pode responder por crime de peculato, por meio do concurso de pessoas, sendo</p><p>sujeito ativo, desde que saiba da condição especial do agente como funcionário público. Caso não</p><p>conheça a condição de funcionário público, o particular responderá por apropriação indébita ou furto</p><p>a depender da espécie de peculato.</p><p>➢ Não existe a necessidade do bem móvel ser público, podendo ser particular.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Sempre o Estado.</p><p>➢ O conceito de Desvio se divide em 02 correntes:</p><p>1º Corrente: Desvio é entendido quando o agente toma para si o bem. (STJ – ADOTA);</p><p>2º Corrente: Desvio é entendido quando o agente utiliza o bem para uma finalidade diversa a do serviço.</p><p>(STF – ADOTOU RECENTEMENTE).</p><p>Peculato culposo</p><p>§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:</p><p>Pena – detenção, de três meses a um ano.</p><p>§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a</p><p>punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (Apenas nos casos de Peculato Culposo).</p><p>Não Se Confunda!</p><p>Peculato-Apropriação O agente possui a posse do objeto e age como se fosse dono.</p><p>Peculato-Desvio O agente possui a posse do objeto e desvia em proveito próprio ou alheio.</p><p>Peculato-Furto</p><p>O agente não possui a posse do objeto, mas consegue subtraí-lo ou concorre</p><p>para isso devido a sua condição de funcionário público.</p><p>Peculato-Culposo</p><p>O funcionário garantidor do objeto, por negligência, imprudência ou imperícia,</p><p>acaba, involuntariamente, deixando que outro funcionário se aproprie do objeto.</p><p>Peculato mediante erro de outrem (Peculato-Estelionato)</p><p>Art. 313 – Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de</p><p>outrem:</p><p>Reparação do Dano</p><p>no Peculato Culposo</p><p>Antes da Sentença</p><p>Extingue a</p><p>punibilidade</p><p>Após a Sentença Reduz a pena de 1/2</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>125</p><p>Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.</p><p>Peculato mediante erro de outrem (Peculato-Estelionato)</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral e Patrimônio da Administração Pública, além de particular lesado.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública e particular eventualmente lesado.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo. É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento que o agente altera sua vontade e passa a considerar como</p><p>se o bem fosse seu, sem intenção de devolver.</p><p>Inserção de dados falsos em sistema de informações</p><p>Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir</p><p>indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com</p><p>o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.</p><p>Inserção de dados falsos em sistema de informações</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Administração Pública ou Particular.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública e particular, eventualmente, lesado.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, com fim específico. É possível a tentativa (Doutrina).</p><p>➢ O crime é monossubjetivo no caso de inserir os dados falsos, alterar ou excluir, pois depende de uma</p><p>única pessoa.</p><p>➢ O crime será plurissubjetivo, se a conduta for a de facilitar que outra pessoa altere os dados.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento que o inserir dados falsos, alterar ou excluir</p><p>indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados.</p><p>Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações</p><p>Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização</p><p>ou solicitação de autoridade competente:</p><p>Pena – detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta</p><p>dano para a Administração Pública ou para o administrado.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da</p><p>S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>126</p><p>Questões Relevantes</p><p>➢ Prefeitos: no caso de prefeitos, há crime específico no Decreto-Lei n. 201/1967. Logo, não responde</p><p>por peculato-apropriação ou desvio.</p><p>➢ Tutores, curadores, inventariantes, testamenteiros e depositários: responderão por apropriação</p><p>indébita com causa de aumento de 1/3 (Art. 168, § 1º, II do CP). Lembre-se de que estes exercem um</p><p>múnus público e não estão dentro da definição de funcionário público do Art. 327 do CP.</p><p>➢ Causa de aumento específica para funcionários públicos em cargos de chefia: Art. 327, § 2º, do CP.</p><p>Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento</p><p>Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo</p><p>ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Administração Pública ou Particular.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública e particular, eventualmente, lesado.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento em que o agente pratica as condutas descritas no tipo.</p><p>Atenção</p><p>Todas as vezes que nos deparamos com um tipo penal misto alternativo, a prática de mais de um núcleo</p><p>verbal, num mesmo contexto fático, o agente responderá apenas por crime único. Se, ao contrário, a</p><p>prática dos núcleos verbais ocorrerem em contextos fáticos diversos, haverá concurso de crimes.</p><p>Emprego irregular de verbas ou rendas públicas</p><p>Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:</p><p>Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.</p><p>Análise do Preceito Secundário</p><p>➢ Tendo em vista que a pena apresentada é de “detenção de 1 a três meses ou multa, teremos a seguintes</p><p>consequências jurídicas:</p><p>A) O crime de menor potencial ofensivo;</p><p>B) Competência da Juizado Especial Criminal;</p><p>C) Possibilidade de transação Penal (pena máxima inferior a 2 anos, (Art. 76 da Lei n. 9.099/1995);</p><p>D) É possível a suspensão condicional do processo (pena mínima igual a 1 ano, (Art. 89 da Lei n.</p><p>9.099/1995);</p><p>E) A assinatura de termo de compromisso impede a lavratura de auto de prisão em flagrante (Art.</p><p>69, parágrafo único da Lei n. 9.099/1995);</p><p>F) Não caberá prisão preventiva;</p><p>G) Impossibilidade de propositura de Acordo de Não Persecução Penal (pois, cabe, em tese,</p><p>transação penal, Art. 28-A, § 2º, inciso I, CPP).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>127</p><p>Concussão</p><p>Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-</p><p>la, mas em razão dela, vantagem indevida:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. (Lei 13.964/2019)</p><p>Concussão</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Se o funcionário público for um Fiscal de Rendas, aplica-se a Lei 8.137/90, por ser norma penal especial.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico. É possível a tentativa (Doutrina).</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta de exigir a vantagem</p><p>indevida, não importando se conseguiu ou não (Independente de resultado naturalístico).</p><p>➢ Não se confunde com corrupção passiva.</p><p>Concussão Corrupção Passiva</p><p>Exige vantagem indevida, ainda que fora da função</p><p>ou antes de assumi-la.</p><p>Solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora</p><p>da função ou antes de assumi-la.</p><p>Excesso de exação</p><p>Excesso de exação</p><p>➢ É considerada uma espécie de concussão, exigindo-se tributo ou contribuição social.</p><p>➢ É possível crime por tentativa.</p><p>§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando</p><p>devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.</p><p>§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher</p><p>aos cofres públicos: (Qualificadora)</p><p>Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.</p><p>Corrupção passiva</p><p>Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou</p><p>antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.</p><p>§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda</p><p>ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.</p><p>§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional,</p><p>cedendo a pedido ou influência de outrem: (Forma privilegiada do crime – Crime material)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>128</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.</p><p>Corrupção Passiva</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico.</p><p>➢ A corrupção passiva pode ser:</p><p>➢ Imprópria: Ato praticado pelo funcionário público em troca da vantagem é legítimo.</p><p>➢ Própria: O agente recebe a vantagem ou aceita a promessa da vantagem para cometer um ato ilícito.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento da aceitação e solicitação da vantagem. Sem precisar ter</p><p>recebido, sendo nesse caso Crime formal.</p><p>➢ Na modalidade de receber a vantagem ilícita, o crime é considerado material.</p><p>➢ O funcionário não precisa necessariamente praticar ou deixar de praticar o ato em razão da vantagem para</p><p>ser considerado crime.</p><p>Facilitação de contrabando ou descaminho</p><p>Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.</p><p>Facilitação de contrabando ou descaminho</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral e Patrimônio da Administração Pública.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico. A tentativa é possível nos casos em que a facilitação for ativa.</p><p>➢ No concurso de pessoas, caso o funcionário seja o responsável por evitar a prática de contrabando ou</p><p>descaminho, ocorre à exceção à teoria unitária ou monista, tendo o particular que responder pelo</p><p>contrabando ou descaminho e o funcionário público pela facilitação.</p><p>➢ OBS: A teoria monista é adotada pelo CP em seu Artigo 29 no concurso de pessoas, sendo a regra geral:</p><p>CP/40. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua</p><p>culpabilidade.</p><p>➢ Caso o funcionário, não esteja obrigado a evitar o crime, mas facilite a prática do contrabando ou</p><p>descaminho, responderá como partícipe pelo delito que o particular</p><p>praticar.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento que o agente facilita o crime, ainda que não ocorra.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>129</p><p>Atenção!</p><p>Descaminho e Contrabando Facilitação de Contrabando ou Descaminho</p><p>Crime Comum. Crime Próprio.</p><p>Praticado por qualquer pessoa contra a</p><p>Administração Pública.</p><p>Praticado por funcionário público contra a</p><p>Administração Pública.</p><p>Prevaricação</p><p>Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição</p><p>expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>Prevaricação</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.</p><p>➢ Crime próprio;</p><p>➢ É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário</p><p>público do agente.</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, existindo finalidade específica, que é satisfazer interesse ou sentimento</p><p>pessoal. É possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta.</p><p>➢ Não se confunde com a corrupção passiva privilegiada nem com a condescendência criminosa.</p><p>Prevaricação x Corrupção Passiva Privilegiada x Condescendência Criminosa</p><p>Prevaricação Retarda ou Deixa de praticar ato para satisfazer o interesse próprio.</p><p>Corrupção Passiva Privilegiada Deixa de praticar ato ou pratica ato indevido a pedido de terceiros.</p><p>Condescendência criminosa O Agente deixa de praticar ato por indulgência (sentimento de pena).</p><p>STF/ADPF 881</p><p>Por essas considerações, ad referendum do Tribunal Pleno (art. 5º, § 1º, da Lei n. 9882/99), defiro</p><p>parcialmente a medida cautelar para, nos termos do pedido formulado pela autora, determinar “a suspensão</p><p>da eficácia do art. 319 do Código Penal, especificamente na acepção que possibilita o enquadramento da</p><p>liberdade de convencimento motivado dos membros do Ministério Público e do Poder Judiciário como</p><p>satisfação de ‘interesse ou sentimento pessoal’ ou como incidente no tipo objetivo, na modalidade ‘contra</p><p>disposição expressa de lei’, para fins de tipificação como crime de prevaricação da conduta daqueles agentes</p><p>que, no exercício lícito e regular da atividade-fim dessas instituições, e com amparo em interpretação da lei e</p><p>do direito, defendam ponto de vista em discordância com outros membros ou atores sociais e políticos“.</p><p>Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o</p><p>acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o</p><p>ambiente externo:</p><p>Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>130</p><p>Prevaricação Imprópria</p><p>➢ Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.</p><p>➢ Crime Omissivo próprio;</p><p>➢ Sujeito Passivo: Administração Pública.</p><p>➢ Tipo Subjetivo: Dolo, sem finalidade específica. Não é possível a tentativa.</p><p>➢ Consumação: O delito será consumado com a mera omissão do responsável que possuía o dever de</p><p>vedar ao preso o acesso ao aparelho telefônico, mesmo que o preso não receba o aparelho.</p><p>➢ Se o sujeito ativo tiver como finalidade específica satisfazer interesse ou sentimento pessoal, responde</p><p>por prevaricação própria.</p><p>➢ Além do aparelho telefônico, o chip de celular ou carregador pode ser objeto material do crime de</p><p>Prevaricação Imprópria.</p><p>➢ O Preso que recebe o aparelho não atua como partícipe ou coautor, respondendo apenas por falta</p><p>grave.</p><p>➢ Já o particular que implanta o aparelho telefônico comete crime tipificada no Art. 349-A do CP.</p><p>Condescendência criminosa</p><p>Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência (Sentimento de pena), de responsabilizar subordinado que</p><p>cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da</p><p>autoridade competente:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.</p><p>Condescendência criminosa</p><p>Caso o funcionário deixe de responsabilizar o subordinado por negligência ou medo, sem nenhum</p><p>sentimento de pena, a o crime passa a ser o de prevaricação ou corrupção passiva privilegiada.</p><p>Não é possível a tentativa, pois é um crime omissivo puro.</p><p>Advocacia administrativa</p><p>Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da</p><p>qualidade de funcionário:</p><p>Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: (Qualificadora)</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.</p><p>Não Se Confunda!</p><p>Lei 8.137/90 – Crimes Contra Ordem Tributária CP/40. – Crimes Contra Administração Pública</p><p>Lei 8.137/90. Art. 3° Constitui crime funcional contra a</p><p>ordem tributária:</p><p>I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer</p><p>documento, de que tenha a guarda em razão da</p><p>função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou</p><p>parcialmente, acarretando pagamento indevido ou</p><p>inexato de tributo ou contribuição social;</p><p>Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou</p><p>documento</p><p>CP. Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer</p><p>documento, de que tem a guarda em razão do cargo;</p><p>sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente...</p><p>Fazendo o uso do Princípio da Especialidade, o crime praticado, na Lei 8.137/90, faz referência ao processo</p><p>fiscal, ao tributo e à contribuição social.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>131</p><p>Lei 8.137/90. Art. 3° Constitui crime funcional contra a</p><p>ordem tributária:</p><p>II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem,</p><p>direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou</p><p>antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela,</p><p>vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal</p><p>vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo</p><p>ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.</p><p>Concussão</p><p>CP. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou</p><p>indiretamente, ainda que fora da função ou antes de</p><p>assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.</p><p>Corrupção passiva</p><p>CP. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para</p><p>outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da</p><p>função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,</p><p>vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal</p><p>vantagem:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.</p><p>O Delito tratado na Lei 8.137/90 é mais específico por se tratar de tributo e contribuição social.</p><p>Lei 8.137/90. Art. 3° Constitui crime funcional contra a</p><p>ordem tributária:</p><p>III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse</p><p>privado perante a administração fazendária,</p><p>valendo-se da qualidade de funcionário público.</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.</p><p>Advocacia administrativa</p><p>Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente,</p><p>interesse privado perante a administração pública,</p><p>valendo-se da qualidade de funcionário:</p><p>Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.</p><p>Fazendo o uso do Princípio da Especialidade, o crime praticado, na Lei 8.137/90, faz referência à</p><p>Administração Fazendária.</p><p>Violência arbitrária</p><p>Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Abandono de função</p><p>Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos</p><p>em lei:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.</p><p>§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:</p><p>Pena - detenção, de um a três anos, e multa.</p><p>Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado</p><p>Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a</p><p>exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou</p><p>suspenso:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>132</p><p>Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado</p><p>Se o agente não possuir nenhum vínculo com a administração, não tendo trabalhado, nem na hipótese de</p><p>estar esperando para trabalhar na Administração, acaba cometendo o crime de usurpação de função.</p><p>Violação de sigilo funcional</p><p>Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-</p><p>lhe a revelação:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:</p><p>I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o</p><p>acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;</p><p>II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.</p><p>§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Qualificadora)</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.</p><p>Violação do sigilo de proposta de concorrência</p><p>Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:</p><p>Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>Funcionário público</p><p>Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem</p><p>remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.</p><p>§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e</p><p>quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade</p><p>típica da Administração Pública.</p><p>§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem</p><p>ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração</p><p>direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.</p><p>STJ/Súmula 330</p><p>A notificação do funcionário público, nos termos do art. 514 do Código de Processo Penal, não é</p><p>necessária quando a ação penal for precedida de inquérito policial.</p><p>STJ/APn 970-DF</p><p>A mera afirmação de que o denunciado ocupa o cargo de desembargador é insuficiente para a incidência da</p><p>causa de aumento de pena prevista no art. 327, § 2º, do Código Penal.</p><p>CAPÍTULO II - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL</p><p>Usurpação de função pública (Crime Formal)</p><p>Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: (Qualificadora)</p><p>Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>133</p><p>Resistência</p><p>Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para</p><p>executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:</p><p>Pena - detenção, de dois meses a dois anos.</p><p>§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: (Qualificadora)</p><p>Pena - reclusão, de um a três anos.</p><p>§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.</p><p>Desobediência</p><p>Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.</p><p>Desacato</p><p>Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.</p><p>Tráfico de Influência</p><p>Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a</p><p>pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também</p><p>destinada ao funcionário.</p><p>Corrupção ativa</p><p>Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou</p><p>retardar ato de ofício:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário</p><p>retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.</p><p>STJ/RHC 47.432/SP</p><p>O crime de corrupção ativa é formal e instantâneo, consumando-se com a simples promessa ou oferta</p><p>de vantagem indevida.</p><p>Atenção!</p><p>Corrupção Ativa Corrupção Passiva</p><p>Crime Comum. Crime Próprio.</p><p>Praticado por qualquer pessoa. Praticado por funcionário público.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>134</p><p>Descaminho</p><p>Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo</p><p>consumo de mercadoria:</p><p>Pena - reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>Diferença Entre Contrabando E Descaminho</p><p>O contrabando liga-se à entrada ou saída da mercadoria; é proibido. Por sua vez, o descaminho tem</p><p>correlação com a entrada e saída de mercadoria sem recolhimento de tributo.</p><p>STF/HC 121.798/BA</p><p>Descaminho e crédito tributário</p><p>É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição do crédito</p><p>tributário para a configuração do crime de descaminho (CP, art. 334), tendo em conta sua natureza formal.</p><p>STJ/REsp 1.709.029/MG</p><p>Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito</p><p>tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20</p><p>da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da</p><p>Fazenda.</p><p>§ 1º. Incorre na mesma pena quem:</p><p>I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;</p><p>II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;</p><p>III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no</p><p>exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu</p><p>clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no</p><p>território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;</p><p>IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,</p><p>mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos</p><p>que sabe serem falsos.</p><p>STJ/CC 159.680-MG</p><p>Compete à Justiça Federal a condução do inquérito que investiga o cometimento do delito previsto no art. 334,</p><p>§ 1º, IV, do Código Penal, na hipótese de venda de mercadoria estrangeira, permitida pela ANVISA,</p><p>desacompanhada de nota fiscal e sem comprovação de pagamento de imposto</p><p>de importação.</p><p>§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular</p><p>ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.</p><p>§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.</p><p>Contrabando</p><p>Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 5 ( cinco) anos.</p><p>§ 1º Incorre na mesma pena quem:</p><p>I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;</p><p>II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão</p><p>público competente;</p><p>III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>135</p><p>IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,</p><p>no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;</p><p>V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,</p><p>mercadoria proibida pela lei brasileira.</p><p>§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular</p><p>ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.</p><p>§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.</p><p>STJ/Súmula 151</p><p>A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela</p><p>prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.</p><p>Atenção!</p><p>Descaminho e Contrabando Facilitação de Contrabando ou Descaminho</p><p>Crime Comum. Crime Próprio.</p><p>Praticado por qualquer pessoa contra a</p><p>Administração Pública.</p><p>Praticado por funcionário público contra a</p><p>Administração Pública.</p><p>Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência</p><p>Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela</p><p>administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar</p><p>concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem</p><p>oferecida.</p><p>Inutilização de edital ou de sinal</p><p>Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;</p><p>violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para</p><p>identificar ou cerrar qualquer objeto:</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.</p><p>Subtração ou inutilização de livro ou documento</p><p>Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de</p><p>funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:</p><p>Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>Sonegação de contribuição previdenciária</p><p>Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes</p><p>condutas:</p><p>I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação</p><p>previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este</p><p>equiparado que lhe prestem serviços;</p><p>II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas</p><p>dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>136</p><p>III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais</p><p>fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias</p><p>ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes</p><p>do início da ação fiscal.</p><p>§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de</p><p>bons antecedentes, desde que:</p><p>II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela</p><p>previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.</p><p>§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um</p><p>mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.</p><p>§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do</p><p>reajuste dos benefícios da previdência social.</p><p>STJ/RHC 44.669/RS</p><p>O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de natureza material e exige a constituição definitiva</p><p>do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como conduta típica.</p><p>CAPÍTULO II-A - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>ESTRANGEIRA</p><p>Corrupção ativa em transação comercial internacional</p><p>Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro,</p><p>ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial</p><p>internacional:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 8 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público</p><p>estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.</p><p>Tráfico de influência em transação comercial internacional</p><p>Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa</p><p>de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções,</p><p>relacionado a transação comercial internacional:</p><p>Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada</p><p>a funcionário estrangeiro.</p><p>Funcionário público estrangeiro</p><p>Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente</p><p>ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações</p><p>diplomáticas de país estrangeiro.</p><p>Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em</p><p>empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações</p><p>públicas internacionais.</p><p>CAPÍTULO II-B - DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>137</p><p>Contratação direta ilegal</p><p>Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.</p><p>Frustração do caráter competitivo de licitação</p><p>Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de</p><p>obter para si ou para outrem vantagem decorrente da</p><p>adjudicação do objeto da licitação, o caráter competitivo do processo licitatório:</p><p>Pena - reclusão, de 4 anos a 8 anos, e multa.</p><p>Patrocínio de contratação indevida</p><p>Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, dando</p><p>causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder</p><p>Judiciário:</p><p>Pena - reclusão, de 6 meses a 3 anos, e multa.</p><p>Modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo</p><p>Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,</p><p>em favor do contratado, durante a execução dos contratos celebrados com a Administração Pública, sem</p><p>autorização em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com</p><p>preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade:</p><p>Pena - reclusão, de 4 anos a 8 anos, e multa.</p><p>Perturbação de processo licitatório</p><p>Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de processo licitatório:</p><p>Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa.</p><p>Violação de sigilo em licitação</p><p>Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo</p><p>de devassá-lo:</p><p>Pena - detenção, de 2 anos a 3 anos, e multa.</p><p>Afastamento de licitante</p><p>Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de</p><p>vantagem de qualquer tipo:</p><p>Pena - reclusão, de 3 anos a 5 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar em razão de vantagem oferecida.</p><p>Fraude em licitação ou contrato</p><p>Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública, licitação ou contrato dela decorrente, mediante:</p><p>I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade ou em quantidade diversas das previstas no edital</p><p>ou nos instrumentos contratuais;</p><p>II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para consumo ou</p><p>com prazo de validade vencido;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>138</p><p>III - entrega de uma mercadoria por outra;</p><p>IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da mercadoria ou do serviço fornecido;</p><p>V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para a Administração Pública a proposta ou a</p><p>execução do contrato:</p><p>Pena - reclusão, de 4 anos a 8 anos, e multa.</p><p>Contratação inidônea</p><p>Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional declarado inidôneo:</p><p>Pena - reclusão, de 1 ano a 3 anos, e multa.</p><p>§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:</p><p>Pena - reclusão, de 3 anos a 6 anos, e multa.</p><p>§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, declarado inidôneo, venha a participar de licitação e,</p><p>na mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado inidôneo, venha a contratar com a Administração</p><p>Pública.</p><p>Impedimento indevido</p><p>Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais</p><p>ou promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o cancelamento de registro do inscrito:</p><p>Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa.</p><p>Omissão grave de dado ou de informação por projetista</p><p>Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à Administração Pública levantamento cadastral ou condição de contorno</p><p>em relevante dissonância com a realidade, em frustração ao caráter competitivo da licitação ou em detrimento</p><p>da seleção da proposta mais vantajosa para a Administração Pública, em contratação para a elaboração de</p><p>projeto básico, projeto executivo ou anteprojeto, em diálogo competitivo ou em procedimento de manifestação de</p><p>interesse:</p><p>Pena - reclusão, de 6 meses a 3 anos, e multa.</p><p>§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e os levantamentos suficientes e necessários para a</p><p>definição da solução de projeto e dos respectivos preços pelo licitante, incluídos sondagens, topografia, estudos de</p><p>demanda, condições ambientais e demais elementos ambientais impactantes, considerados requisitos mínimos ou</p><p>obrigatórios em normas técnicas que orientam a elaboração de projetos.</p><p>§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício, direto ou indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em</p><p>dobro a pena prevista no caput deste artigo.</p><p>Art. 337-P. A pena de multa cominada aos crimes previstos neste Capítulo seguirá a metodologia de cálculo prevista</p><p>neste Código e não poderá ser inferior a 2% do valor do contrato licitado ou celebrado com contratação direta.</p><p>CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA</p><p>Reingresso de estrangeiro expulso</p><p>Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena.</p><p>Atenção!</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>139</p><p>O crime de reingresso de estrangeiro expulso trata-se de um crime instantâneo e de mão própria, configurando-</p><p>se com a mera entrada do estrangeiro que foi expulso do país.</p><p>Denunciação caluniosa</p><p>Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial,</p><p>de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém,</p><p>imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.</p><p>Denunciação Caluniosa</p><p>Antes da Lei 14.110/20 Após a Lei 14.110/20</p><p>CP/40. Art. 339. Dar causa à instauração de</p><p>investigação policial, de processo judicial, instauração</p><p>de investigação administrativa, inquérito civil ou ação</p><p>de improbidade administrativa contra alguém,</p><p>imputando-lhe crime de que o sabe inocente:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.</p><p>CP/40. Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito</p><p>policial, de procedimento investigatório criminal, de</p><p>processo judicial, de processo administrativo</p><p>disciplinar, de inquérito civil ou de ação de</p><p>improbidade administrativa contra alguém,</p><p>imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato</p><p>ímprobo de que o sabe inocente:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.</p><p>Dar causa à instauração de:</p><p>* Investigação policial;</p><p>* Processo judicial;</p><p>* Instauração de investigação administrativa;</p><p>* Inquérito civil;</p><p>* Ação de improbidade administrativa contra alguém.</p><p>Dar causa à instauração de:</p><p>* Inquérito policial;</p><p>* Processo judicial;</p><p>* Processo administrativo disciplinar;</p><p>* Inquérito civil;</p><p>* Ação de improbidade administrativa contra alguém;</p><p>* Procedimento investigatório criminal.</p><p>Imputando-lhe:</p><p>* Crime.</p><p>Imputando-lhe:</p><p>* Crime;</p><p>* Infração ético-disciplinar;</p><p>* Ato ímprobo.</p><p>§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.</p><p>§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.</p><p>STF/HC 106.466/SP</p><p>A denunciação caluniosa é caracterizada mediante dolo direto, não sendo possível a sua tipificação mediante</p><p>dolo eventual.</p><p>Comunicação falsa de crime</p><p>ou de contravenção</p><p>Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe</p><p>não se ter verificado:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Autoacusação falsa</p><p>Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.</p><p>Falso testemunho ou falsa perícia</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>140</p><p>Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou</p><p>intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.</p><p>§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido</p><p>com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for</p><p>parte entidade da administração pública direta ou indireta.</p><p>§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata</p><p>ou declara a verdade.</p><p>Corrupção ativa de testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete</p><p>Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador,</p><p>tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos,</p><p>tradução ou interpretação:</p><p>Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter</p><p>prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da</p><p>administração pública direta ou indireta.</p><p>Coação no curso do processo</p><p>Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra</p><p>autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial</p><p>ou administrativo, ou em juízo arbitral:</p><p>Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Parágrafo único. A pena aumenta-se de 1/3 até a metade se o processo envolver crime contra a dignidade sexual.</p><p>Exercício arbitrário das próprias razões</p><p>Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o</p><p>permite:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.</p><p>STJ/REsp 1.860.791/DF</p><p>O crime de exercício arbitrário das próprias razões é formal e consuma-se com o emprego do meio arbitrário,</p><p>ainda que o agente não consiga satisfazer a sua pretensão.</p><p>Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por</p><p>determinação judicial ou convenção:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.</p><p>Fraude processual</p><p>Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa</p><p>ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.</p><p>Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as</p><p>penas aplicam-se em dobro.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>141</p><p>Favorecimento pessoal</p><p>Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.</p><p>§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.</p><p>§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.</p><p>(CADI)</p><p>Favorecimento real</p><p>Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o</p><p>proveito do crime:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.</p><p>Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de</p><p>comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.</p><p>Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.</p><p>STJ/HC 619.776/DF</p><p>A conduta de ingressar em estabelecimento prisional com chip de celular não se subsome ao tipo penal</p><p>previsto no art. 349-A do Código Penal.</p><p>Não Confundir</p><p>Favorecimento Pessoal Favorecimento Real Receptação</p><p>Auxilia um criminoso a se</p><p>esconder.</p><p>Auxilia um criminoso a guardar ou</p><p>esconder o objeto do crime.</p><p>Adquire, recebe, transporta, conduz</p><p>ou oculta objeto para proveito</p><p>próprio ou alheio.</p><p>Não há benefício para o agente. Não há benefício para o agente. Há benefício para o agente.</p><p>Se quem presta o auxílio do</p><p>criminoso é CADI, fica isento de</p><p>pena.</p><p>Não há isenção.</p><p>É cabível perdão judicial na</p><p>receptação culposa.</p><p>Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança</p><p>Art. 351 – Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança</p><p>detentiva:</p><p>Pena – detenção, de seis meses a dois anos.</p><p>§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é</p><p>de reclusão, de dois a seis anos.</p><p>§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.</p><p>§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda</p><p>está o preso ou o internado.</p><p>§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três</p><p>meses a um ano, ou multa.</p><p>Evasão mediante violência contra a pessoa</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>142</p><p>Art. 352 – Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva,</p><p>usando de violência contra a pessoa:</p><p>Pena – detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência.</p><p>Arrebatamento de preso</p><p>Art. 353 – Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:</p><p>Pena – reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Motim de presos</p><p>Art. 354 – Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:</p><p>Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Patrocínio infiel</p><p>Art. 355 – Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo</p><p>patrocínio, em juízo, lhe é confiado:</p><p>Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.</p><p>Patrocínio simultâneo ou tergiversação</p><p>Parágrafo único – Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa,</p><p>simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.</p><p>Sonegação de papel ou objeto de valor probatório</p><p>Art. 356 – Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que</p><p>recebeu na qualidade de advogado ou procurador:</p><p>Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.</p><p>Exploração de prestígio</p><p>Art. 357 – Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do</p><p>Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:</p><p>Pena – reclusão,</p><p>de um a cinco anos, e multa.</p><p>Parágrafo único – As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade</p><p>também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>143</p><p>Não Confundir</p><p>Advocacia Administrativa Tráfico de Influência Exploração de Prestígio</p><p>Art. 321 – Patrocinar, direta ou</p><p>indiretamente, interesse privado</p><p>perante a administração pública,</p><p>valendo-se da qualidade de</p><p>funcionário:</p><p>Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar</p><p>ou obter, para si ou para outrem,</p><p>vantagem ou promessa de</p><p>vantagem, a pretexto de influir em</p><p>ato praticado por funcionário</p><p>público no exercício da função:</p><p>Art. 357 – Solicitar ou receber</p><p>dinheiro ou qualquer outra</p><p>utilidade, a pretexto de influir em</p><p>juiz, jurado, órgão do Ministério</p><p>Público, funcionário de justiça,</p><p>perito, tradutor, intérprete ou</p><p>testemunha:</p><p>Bem Jurídico Tutelado Bem Jurídico Tutelado Bem Jurídico Tutelado</p><p>Administração em Geral Administração em Geral Administração da Justiça</p><p>Violência ou fraude em arrematação judicial</p><p>Art. 358 – Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por</p><p>meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:</p><p>Pena – detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito</p><p>Art. 359 – Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão</p><p>judicial:</p><p>Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa.</p><p>CAPÍTULO IV – DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS</p><p>Contratação de operação de crédito</p><p>Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 2 anos.</p><p>Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:</p><p>I – com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal;</p><p>II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite máximo autorizado por lei.</p><p>Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar</p><p>Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não tenha sido previamente</p><p>empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei:</p><p>Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos.</p><p>Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura</p><p>Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato</p><p>ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga</p><p>no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>Ordenação de despesa não autorizada (Crime Formal)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>144</p><p>Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>Prestação de garantia graciosa</p><p>Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída contragarantia em valor igual</p><p>ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei:</p><p>Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano.</p><p>Não cancelamento de restos a pagar</p><p>Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito</p><p>em valor superior ao permitido em lei:</p><p>Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos.</p><p>Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura</p><p>Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos cento e</p><p>oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>Oferta pública ou colocação de títulos no mercado</p><p>Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública ou a colocação no mercado financeiro de títulos da</p><p>dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registrados em sistema centralizado de</p><p>liquidação e de custódia:</p><p>Pena – reclusão, de 1 a 4 anos.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>145</p><p>TÍTULO XII - DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO</p><p>CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A SOBERANIA NACIONAL</p><p>Atentado à soberania</p><p>Art. 359-I. Negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de</p><p>guerra contra o País ou invadi-lo:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 8 anos.</p><p>§ 1º Aumenta-se a pena de metade até o dobro, se declarada guerra em decorrência das condutas previstas no</p><p>caput deste artigo.</p><p>§ 2º Se o agente participa de operação bélica com o fim de submeter o território nacional, ou parte dele, ao domínio</p><p>ou à soberania de outro país:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 12 anos.</p><p>Atentado à integridade nacional</p><p>Art. 359-J. Praticar violência ou grave ameaça com a finalidade de desmembrar parte do território nacional para</p><p>constituir país independente:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Espionagem</p><p>Art. 359-K. Entregar a governo estrangeiro, a seus agentes, ou a organização criminosa estrangeira, em desacordo</p><p>com determinação legal ou regulamentar, documento ou informação classificados como secretos ou</p><p>ultrassecretos nos termos da lei, cuja revelação possa colocar em perigo a preservação da ordem constitucional</p><p>ou a soberania nacional:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 12 anos.</p><p>§ 1º Incorre na mesma pena quem presta auxílio a espião, conhecendo essa circunstância, para subtraí-lo à ação</p><p>da autoridade pública.</p><p>§ 2º Se o documento, dado ou informação é transmitido ou revelado com violação do dever de sigilo:</p><p>Pena - reclusão, de 6 a 15 anos.</p><p>§ 3º Facilitar a prática de qualquer dos crimes previstos neste artigo mediante atribuição, fornecimento ou</p><p>empréstimo de senha, ou de qualquer outra forma de acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de</p><p>informações:</p><p>Pena - detenção, de 1 a 4 anos.</p><p>§ 4º Não constitui crime a comunicação, a entrega ou a publicação de informações ou de documentos com o fim</p><p>de expor a prática de crime ou a violação de direitos humanos.</p><p>CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS</p><p>Abolição violenta do Estado Democrático de Direito</p><p>Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo</p><p>ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>Golpe de Estado</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>146</p><p>Art. 359-M. Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído:</p><p>Pena - reclusão, de 4 a 12 anos, além da pena correspondente à violência.</p><p>CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS NO</p><p>PROCESSO ELEITORAL</p><p>Interrupção</p><p>começo após o esgotamento</p><p>de todos os recursos (trânsito em julgado), não sendo mais possível a prisão em condenação após</p><p>segunda instância.</p><p>STJ/Súmula 444</p><p>É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.</p><p>STJ/Súmula 502</p><p>Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º</p><p>(Violação de direito autoral), do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.</p><p>STJ/RHC 40.316 SP</p><p>É prescindível à consumação do delito de embriaguez ao volante a prova da produção de perigo concreto</p><p>à segurança pública, bastando a prova da embriaguez, por se tratar de delito de perigo abstrato.</p><p>Princípios do direito penal explícitos na CF/88</p><p>Explícitos</p><p>✓ Legalidade ou Reserva Legal;</p><p>✓ Anterioridade;</p><p>✓ Retroatividade da lei penal mais benéfica;</p><p>✓ Dignidade da pessoa humana;</p><p>✓ Devido processo Legal;</p><p>✓ Proibição de prova ilícita;</p><p>✓ Juiz e Promotor natural;</p><p>✓ Contraditório e ampla defesa;</p><p>✓ Presunção de Inocência;</p><p>✓ Celeridade e razoável duração do processo;</p><p>✓ Personalidade ou da responsabilidade pessoal;</p><p>✓ Individualização da pena;</p><p>✓ Humanidade.</p><p>Implícitos</p><p>✓ Proporcionalidade;</p><p>✓ Razoabilidade;</p><p>✓ Duplo grau de jurisdição;</p><p>✓ Intervenção Mínima ou Subsidiariedade;</p><p>✓ Fragmentariedade;</p><p>✓ Lesividade ou Ofensividade;</p><p>✓ Taxatividade Penal ou da Determinação;</p><p>✓ Adequação dos meios aos fins;</p><p>✓ Proibição do Excesso;</p><p>✓ Culpabilidade ou da Responsabilidade Subjetiva;</p><p>✓ Adequação social;</p><p>✓ Insignificância ou da Bagatela.</p><p>Direito Penal do Fato</p><p>➢ Consiste na punição do indivíduo devido aos seus atos praticados que levaram a cometer a infração</p><p>penal.</p><p>➢ Para a caracterizar o crime, o código penal adotou a teoria do Direito Penal do fato, pois o indivíduo só</p><p>poderá responder por um crime se comprovado cabalmente que praticou a conduta que lhe foi tipificada.</p><p>Direito Penal do Autor</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>13</p><p>➢ Leva em consideração as características pessoais (personalidade, estilo de vida) do indivíduo mais do</p><p>que a própria conduta do crime.</p><p>➢ A depender da personalidade e histórico do autor é possível que a pena possa ser aumentada ou</p><p>reduzida a depender dos seus pontos positivos e negativos.</p><p>➢ Para a aplicação, espécie e regime de cumprimento da pena, entre outros, o CP adotou o direito penal</p><p>do autor.</p><p>CP/40. Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos</p><p>motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja</p><p>necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:</p><p>Direito Penal do Inimigo</p><p>Consiste na aplicação da pena ao infrator, severamente, sem dó, não levando em consideração a</p><p>proporcionalidade da sanção em relação ao crime, além de procurar relativizar ou suprimir garantias</p><p>processuais.</p><p>Criminalização</p><p>Primária</p><p>Trata-se da criação da lei penal pelo poder legislativo.</p><p>Tem como características a igualdade e a abstração, uma vez que a lei penal é genérica</p><p>e a todos dirigida, não existindo pessoas determinadas para a sua aplicação.</p><p>Secundária</p><p>Consiste na atuação do Estado por meio da polícia judiciária, na aplicação da lei penal,</p><p>no caso concreto, atingindo grupos e pessoas que cometeram algum delito.</p><p>Nesse caso a lei penal se direciona a um determinado grupo de pessoas ou a um indivíduo</p><p>com a finalidade de investigar, prender, judicializar, condenar e encarcerar.</p><p>Terciária</p><p>Trata-se da fase do regime de cumprimento de pena.</p><p>Aqui o indivíduo já foi condenado e está cumprindo sua pena com uma margem de direitos</p><p>bem inferior ao cidadão comum.</p><p>Garantismo Penal</p><p>Criador: Luigi Ferrajoli.</p><p>Trata-se de uma teoria que procura minimizar a intervenção punitiva do Estado e fazer com que este</p><p>garanta, ao máximo, as liberdades individuais.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>14</p><p>PARTE GERAL</p><p>TÍTULO I - DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL</p><p>Anterioridade da Lei</p><p>Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.</p><p>Princípio da Legalidade</p><p>➢ O princípio da legalidade compreende a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na</p><p>criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.</p><p>➢ Conforme GRECO¹, o Princípio da Legalidade tem como funções proibir:</p><p>✓ Retroatividade da lei penal;</p><p>✓ A criação de crimes e penas pelos costumes;</p><p>✓ O emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas;</p><p>✓ Incriminações vagas e indeterminadas.</p><p>➢ O Princípio da Legalidade não se confunde com:</p><p>✓ Imputabilidade: A capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação</p><p>ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.</p><p>✓ Culpabilidade: O juízo de censura (responsabilidade) que incide sobre a formação e a</p><p>exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a</p><p>necessidade de imposição de pena.</p><p>✓ Antijuridicidade ou Ilicitude: a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico</p><p>praticado por alguém capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente</p><p>protegidos.</p><p>✓ Tipicidade: a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal</p><p>vigente no momento da ação ou da omissão.</p><p>Anterioridade da Lei</p><p>➢ Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio</p><p>de lei em:</p><p>✓ Sentido material: É o conteúdo, a ocorrência real da lesão jurídica, no caso concreto, estabelecido</p><p>em lei.</p><p>✓ Sentido formal: É a descrição, anotação ou tipificação do crime no ordenamento jurídico.</p><p>CP/40, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.</p><p>CF/88, Art. 5º, XXXIX - não há· crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;</p><p>➢ O Princípio da Legalidade se divide em:</p><p>✓ Princípio da Reserva Legal;</p><p>✓ Princípio da Anterioridade da Lei Penal;</p><p>Princípio da Reserva Legal</p><p>➢ Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas,</p><p>pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas.</p><p>➢ É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal?</p><p>✓ 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda.</p><p>✓ 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa</p><p>corrente).</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>15</p><p>Princípio da Anterioridade da Lei Penal ou Irretroatividade</p><p>➢ Estabelece que a lei tenha que ter sido criada antes de ocorrer à criminalização para considerar a prática</p><p>da conduta. Pode ser considerado sinônimo do princípio da irretroatividade da lei penal.</p><p>➢ É possível a retroatividade da lei penal, quando for para beneficiar o réu.</p><p>CF/88, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.</p><p>➢ No caso de Leis temporárias, a lei principal continua produzindo seus efeitos mesmo após o término</p><p>da vigência das leis temporárias.</p><p>CP/40. Art. 2º, parágrafo único, CP. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,</p><p>ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.</p><p>Fonte¹: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal</p><p>do processo eleitoral</p><p>Art. 359-N. Impedir ou perturbar a eleição ou a aferição de seu resultado, mediante violação indevida de mecanismos</p><p>de segurança do sistema eletrônico de votação estabelecido pela Justiça Eleitoral:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.</p><p>Violência política</p><p>Art. 359-P. Restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício</p><p>de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional:</p><p>Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.</p><p>CAPÍTULO IV - DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS</p><p>Sabotagem</p><p>Art. 359-R. Destruir ou inutilizar meios de comunicação ao público, estabelecimentos, instalações ou serviços</p><p>destinados à defesa nacional, com o fim de abolir o Estado Democrático de Direito:</p><p>Pena - reclusão, de 2 a 8 anos.</p><p>DISPOSIÇÕES COMUNS</p><p>Art. 359-T. Não constitui crime previsto neste Título a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a</p><p>atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais por meio de passeatas, de reuniões,</p><p>de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>– Parte Geral. 4ª ed. Rio de Janeiro: Impetus. 2004, p. 117.</p><p>Lei penal no tempo</p><p>Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude</p><p>dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.</p><p>Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda</p><p>que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.</p><p>Princípio da Retroatividade Benéfica</p><p>➢ Divide-se em duas espécies:</p><p>✓ Abolitio Criminis: Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois que uma lei penal que incrimina</p><p>acaba sendo revogada; no entanto, os efeitos extrapenais continuam existindo.</p><p>CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução</p><p>e os efeitos penais da sentença condenatória.</p><p>✓ Novatio Legis in Mellius: Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação mais benéfica ao réu,</p><p>após a revogação de lei anterior;</p><p>CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda</p><p>que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.</p><p>CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;</p><p>➢ OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.</p><p>Lax Gravior - Novatio legis in pejus</p><p>➢ A nova lei não inova a natureza criminosa do fato, criando apenas uma situação com uma maior</p><p>gravidade ao crime cometido pelo réu. Com isso basta que a lei traga algum prejuízo ao réu.</p><p>➢ A lei produzirá seus efeitos apenas com a sua vigência, não alcançando fatos passados;</p><p>Novatio legis incriminadora</p><p>Ocorre quando um fato não era considerado crime, no entanto, cria-se uma lei penal para tipificá-lo.</p><p>Princípio da Continuidade Normativo-Típica</p><p>➢ Consiste em uma alteração formal da norma. Ocorre quando uma infração apresentada no tipo penal</p><p>migra de uma norma que foi revogada para outra, continuando o crime a existir em outra norma.</p><p>➢ O princípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão formal.</p><p>STF/Súmula 611</p><p>Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções à aplicação de lei mais</p><p>benigna.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>16</p><p>Lei excepcional ou temporária</p><p>Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as</p><p>circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.</p><p>Leis Intermitentes</p><p>➢ Divide-se em:</p><p>✓ Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;</p><p>✓ Leis Temporárias: Leis editadas que têm vigência em certo período sendo a sua revogação</p><p>automática ao termo de sua vigência;</p><p>➢ No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em</p><p>sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.</p><p>➢ São hipóteses de ultratividade maléfica.</p><p>➢ Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei</p><p>temporária, estas não mais produziram efeitos.</p><p>Extra-atividade</p><p>➢ É o gênero que se divide em duas espécies:</p><p>✓ Ultratividade: Lei penal que continua aplicando seus efeitos, mesmo já revogada, em relação aos fatos</p><p>ocorridos durante sua vigência. (Leis Excepcionais ou Temporárias).</p><p>✓ Retroatividade:</p><p>• Lei penal que retroage no tempo, antes mesmo de sua entrada em vigor, para ser aplicada.</p><p>• Sendo a lei penal mais benigna, aplica-se a extra-atividade, especificamente, a retroatividade para</p><p>beneficiar o réu.</p><p>Tempo do crime</p><p>Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do</p><p>resultado.</p><p>Tempo do Crime</p><p>➢ É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:</p><p>✓ Teoria da Atividade: O crime é considerado praticado no momento de sua ação ou omissão, sem a</p><p>importância do momento do resultado. (ADOTADO PELO CP)</p><p>✓ Teoria do Resultado: O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em</p><p>consideração o momento da ação ou omissão.</p><p>✓ Teoria da Ubiquidade ou Mista: O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado</p><p>ou no da ação ou omissão.</p><p>Crimes Permanentes e Continuados</p><p>Crime Permanente Conduta praticada pelo agente que se prolonga no tempo para sua consumação total.</p><p>Crime Continuado</p><p>(CP/40. Art. 71.)</p><p>Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais</p><p>crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução</p><p>e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do</p><p>primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se</p><p>diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>17</p><p>STF/Súmula 711</p><p>A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior</p><p>à cessação da continuidade ou da permanência.</p><p>Territorialidade</p><p>Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional</p><p>(Exceção), ao crime cometido no território nacional (Regra). (Territorialidade Mitigada).</p><p>§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves</p><p>brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as</p><p>aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,</p><p>respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.</p><p>§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações</p><p>estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço</p><p>aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.</p><p>Territorialidade</p><p>A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele cometido por estrangeiro ou</p><p>contra estrangeiro.</p><p>Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada</p><p>➢ A territorialidade não é absoluta, sendo possível a sua não aplicação no caso de convenções, tratados</p><p>e regras de direito internacional.</p><p>➢ Adotado pelo CP.</p><p>➢ O Território é o espaço que o Estado possui sua soberania política, compreendendo:</p><p>✓ Mar Territorial;</p><p>✓ O Espaço Aéreo;</p><p>✓ Subsolo;</p><p>✓ Navios e aeronaves públicos, dentro ou fora do Brasil;</p><p>✓ As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, em alto-mar</p><p>ou no espaço aéreo.</p><p>➢ A Lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem</p><p>no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional.</p><p>➢ A Lei penal brasileira é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial</p><p>brasileiro.</p><p>Lugar do crime</p><p>Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem</p><p>como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.</p><p>Lugar do Crime</p><p>➢ Possui três teorias:</p><p>✓ Teoria da Atividade: O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;</p><p>✓ Teoria do Resultado: O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime,</p><p>independentemente de onde foi praticada a conduta;</p><p>✓ Teoria Mista ou da Ubiquidade: O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou</p><p>omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu</p><p>ou deveria produzir-se o resultado;</p><p>(ADOTADA PELO CP)</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>18</p><p>Regra Aplicação da Teoria da Ubiquidade aos crimes em geral.</p><p>Exceções</p><p>✓ Crimes Conexos: Teoria da Atividade;</p><p>✓ Crimes Plurilocais: Teoria do Resultado; (CPP Adota)</p><p>✓ Crimes Contra a Vida: Teoria da Atividade;</p><p>✓ Atos infracionais: Teoria da atividade;</p><p>✓ Crimes Falimentares: Onde foi decretada a falência, concedida recuperação judicial ou</p><p>homologado o plano de recuperação extrajudicial.</p><p>✓ Crimes Militares Comissivos: Teoria da Ubiquidade;</p><p>✓ Crimes Militares Omissivos: Teoria da atividade;</p><p>✓ Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo: Teoria da Atividade;</p><p>Lugar do Crime</p><p>Teoria da Ubiquidade Teoria do Resultado</p><p>Adotada pelo CP.</p><p>Aplicada para solucionar conflitos internacionais de</p><p>competência em crimes à distância que englobam</p><p>dois ou mais países.</p><p>CP. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que</p><p>ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem</p><p>como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.</p><p>Adotada pelo CPP.</p><p>Aplicada para solucionar conflitos internos de</p><p>competência em crimes plurilocais que englobam 2</p><p>ou mais comarcas dentro do território nacional.</p><p>CPP. Art. 70. A competência será, de regra, determinada</p><p>pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de</p><p>tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de</p><p>execução.</p><p>➢ As duas teorias convivem em harmonia.</p><p>➢ Sendo o caso de crimes à distância (delitos que envolve duas ou mais nações) adota-se a teoria da</p><p>Ubiquidade;</p><p>➢ Sendo o caso de crimes plurilocais (envolve duas ou mais comarcas dentro de uma única nação) adota-</p><p>se a teoria do resultado.</p><p>STJ/CC 184.269-PB</p><p>O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais somente o autor e o</p><p>destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no local em que a vítima tomou conhecimento do</p><p>conteúdo ofensivo.</p><p>Extraterritorialidade</p><p>➢ Aplicação da Lei penal brasileira a um crime que não aconteceu no território brasileiro;</p><p>➢ A Extraterritorialidade se divide nos seguintes princípios:</p><p>✓ Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade;</p><p>✓ Princípio do Domicílio;</p><p>✓ Princípio da Defesa ou da Proteção;</p><p>✓ Princípio da Justiça Universal;</p><p>✓ Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão;</p><p>Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade</p><p>➢ É dividido em:</p><p>✓ Princípio da Personalidade Ativa;</p><p>✓ Princípio da Personalidade Passiva.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>19</p><p>Princípio da Personalidade Ativa Princípio da Personalidade Passiva</p><p>A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido</p><p>por brasileiro no exterior. A depender do caso,</p><p>Considera-se uma Extraterritorialidade</p><p>Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o</p><p>crime, sem mais nenhuma condição; ou uma</p><p>Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve</p><p>existir uma série de condições para ser</p><p>considerado crime;</p><p>CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora</p><p>cometidos no estrangeiro:</p><p>I - os crimes:</p><p>d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou</p><p>domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –</p><p>Extraterritorialidade Incondicionada)</p><p>II - os crimes:</p><p>b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa –</p><p>Extraterritorialidade condicionada)</p><p>A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido</p><p>contra brasileiro no exterior. Considera-se uma</p><p>Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja,</p><p>deve existir uma série de condições para ser</p><p>considerado crime;</p><p>CP/40. Art. 7º § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao</p><p>crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora</p><p>do Brasil, se, reunidas as condições previstas no</p><p>parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -</p><p>Extraterritorialidade hipercondicionada)</p><p>a) não foi pedida ou foi negada a extradição;</p><p>b) houve requisição do Ministro da Justiça.</p><p>§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.</p><p>(Personalidade Ativa)</p><p>§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Personalidade Ativa)</p><p>a) entrar o agente no território nacional;</p><p>b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;</p><p>c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;</p><p>d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;</p><p>e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.</p><p>Princípio do Domicílio</p><p>➢ A lei penal brasileira será aplicada quando o crime for cometido por pessoa domiciliada no Brasil.</p><p>➢ Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais</p><p>nenhuma condição;</p><p>CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:</p><p>I - os crimes:</p><p>d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio)</p><p>➢ Apenas no caso de crime de genocídio é que se aplica o princípio do domicílio.</p><p>➢ Parte da doutrina entende que se aplica o princípio da Justiça Universal;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>20</p><p>Princípio da Defesa ou da Proteção</p><p>➢ A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,</p><p>qualquer que seja o lugar ou agente.</p><p>➢ Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais</p><p>nenhuma condição;</p><p>CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)</p><p>I - os crimes:</p><p>a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;</p><p>b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa</p><p>pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;</p><p>c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;</p><p>§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.</p><p>➢ Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento</p><p>da pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);</p><p>CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela</p><p>é computada, quando idênticas.</p><p>Princípio da Justiça Universal</p><p>➢ Tal princípio estabelece que a Lei penal brasileira seja aplicada nos crimes que, por tratado ou</p><p>convenção, o Brasil se obrigou a reprimir, embora os crimes tenham ocorridos em outro território e</p><p>por qualquer agente;</p><p>➢ Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para</p><p>ser considerado crime;</p><p>CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:</p><p>II - os crimes:</p><p>a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça Universal)</p><p>§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:</p><p>a) entrar o agente no território nacional;</p><p>b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;</p><p>c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza</p><p>a extradição;</p><p>d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;</p><p>e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais</p><p>favorável.</p><p>Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão</p><p>➢ A Lei penal brasileira é aplicada nos crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,</p><p>mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e neste não sejam julgados.</p><p>➢ Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para</p><p>ser considerado crime;</p><p>CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:</p><p>II - os crimes:</p><p>c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território</p><p>estrangeiro e aí não sejam julgados.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>21</p><p>Extraterritorialidade</p><p>Condicionada Incondicionada</p><p>Crimes:</p><p>✓ que, por tratado ou convenção, o Brasil se</p><p>obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça</p><p>Universal)</p><p>✓ praticados por brasileiro; (Personalidade ativa)</p><p>✓ praticados em aeronaves ou embarcações</p><p>brasileiras, mercantes ou de propriedade</p><p>privada, quando em território estrangeiro e aí</p><p>não sejam julgados. (Princípio da Bandeira ou</p><p>Pavilhão)</p><p>Crimes:</p><p>✓ contra a vida ou a liberdade do Presidente da</p><p>República; (Princípio da Proteção)</p><p>✓ contra o patrimônio ou a fé pública da União, do</p><p>Distrito Federal, de Estado, de Território, de</p><p>Município, de empresa pública, sociedade de</p><p>economia mista, autarquia ou fundação instituída</p><p>pelo Poder Público; (Princípio da Proteção)</p><p>✓ contra a administração pública, por quem está</p><p>a seu serviço; (Princípio da Proteção)</p><p>✓ de genocídio, quando o agente for brasileiro ou</p><p>domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio)</p><p>Pena cumprida no estrangeiro</p><p>Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas,</p><p>ou nela é computada, quando idênticas.</p><p>Eficácia de sentença estrangeira</p><p>Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas</p><p>consequências, pode ser homologada no Brasil para:</p><p>I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;</p><p>II - sujeitá-lo a medida de segurança.</p><p>Parágrafo único - A homologação depende:</p><p>a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;</p><p>b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou</p><p>a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.</p><p>Eficácia da Sentença Estrangeira</p><p>➢ A homologação de sentenças estrangeiras é competência do STJ, devendo tal homologação estar</p><p>transitada em julgado;</p><p>CP. Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença</p><p>que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.</p><p>Contagem de prazo</p><p>Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo</p><p>calendário comum.</p><p>Frações não computáveis da pena</p><p>Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na</p><p>pena de multa, as frações de cruzeiro.</p><p>Frações Não Computáveis de Pena</p><p>Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>22</p><p>Legislação especial</p><p>Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser</p><p>de modo diverso.</p><p>Conflito Aparente das Normas Penais</p><p>➢ Trata-se do conflito entre duas ou mais normas penais que tipificam sobre um mesmo fato, sendo</p><p>possível apenas a aplicação de uma delas em relação ao conflito.</p><p>➢ Divide-se em quatro princípios:</p><p>✓ Especialidade;</p><p>✓ Subsidiariedade;</p><p>✓ Consunção ou Absorção;</p><p>✓ Alternatividade.</p><p>Princípio da Especialidade</p><p>➢ É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que</p><p>possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais.</p><p>➢ Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela</p><p>tenha uma penalidade maior;</p><p>➢ Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a norma geral;</p><p>Ex: O crime de infanticídio, descrito no artigo 123 do Código Penal, tem núcleo idêntico ao do crime de homicídio, previsto no</p><p>artigo 121, caput, do mesmo código, qual seja: “matar alguém”. Todavia, o artigo 123 exige, para sua consumação, a presença,</p><p>no caso concreto de elementos diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vítima e influência do estado puerperal, o</p><p>que faz com que prevaleça sobre o tipo penal, genérico, do artigo 121.”</p><p>Princípio da Subsidiariedade</p><p>➢ É o conflito entre duas normas em que prevalece a principal e caso esta não seja aplicável em</p><p>determinado momento, é aplicada subsidiariamente uma norma secundária que abrange o assunto;</p><p>➢ Lex primaria derrogat Lex subsidiarie, ou seja, a lei primária afasta a norma subsidiária;</p><p>Princípio da Consunção ou Absorção</p><p>➢ Consiste na absorção do crime-meio pelo crime-fim. A norma penal fim por apresentar fatos mais amplos</p><p>e graves consome a norma penal meio, sendo esta apenas uma fase para a execução de um crime mais</p><p>grave.</p><p>➢ O Princípio da Absorção pode ocorrer por:</p><p>✓ Crime Progressivo;</p><p>✓ Progressão Criminosa;</p><p>✓ Antefato Impunível;</p><p>✓ Pós-fato Impunível.</p><p>Crime Progressivo</p><p>É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave</p><p>indo até um mais grave, prevalecendo o delito mais grave absorvendo todos os demais;</p><p>Progressão Criminosa</p><p>➢ É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis,</p><p>acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade;</p><p>Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era muito ruim;</p><p>Antefato Impunível</p><p>A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim pelo</p><p>crime principal;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>23</p><p>Pós-fato Impunível</p><p>São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final,</p><p>não são puníveis;</p><p>Princípio da Alternatividade</p><p>Estabelece que os crimes de conteúdo múltiplo, que, se em um mesmo contexto, o agente realizar ação</p><p>correspondente a mais de um dos verbos do núcleo do tipo penal, ele só deverá responder por um único</p><p>delito.</p><p>Analogia</p><p>➢ Analogia é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.</p><p>➢ É possível sua aplicação apenas in bonan partem (A favor do réu) no direito penal.</p><p>➢ Não é considerada uma fonte do direito penal e sim uma forma de integração.</p><p>➢ É uma modalidade legal, mas não jurídica.</p><p>➢ Não se confunde com a Interpretação Extensiva.</p><p>Interpretação Extensiva x Interpretação Analógica x Analogia</p><p>Interpretação Extensiva Interpretação Analógica Analogia</p><p>Forma de interpretação. Forma de interpretação.</p><p>Forma de integração da norma</p><p>penal para suprir lacunas.</p><p>Há lei penal para o caso concreto. Há lei penal</p><p>para o caso concreto.</p><p>Não há lei penal para o caso</p><p>concreto.</p><p>Tem a finalidade de estender o</p><p>sentido e o alcance da norma até</p><p>que se atinja sua real acepção.</p><p>Recurso que permite a</p><p>ampliação do conteúdo da lei</p><p>penal, através da indicação de</p><p>fórmula genérica pelo legislador.</p><p>Aplica-se um dispositivo que</p><p>disciplina hipótese semelhante a</p><p>um fato não regulado</p><p>expressamente pela norma jurídica.</p><p>In bonam ou in malam partem. In bonam ou in malam partem. Aplicável apenas in bonam partem.</p><p>Ex: CP. Art. 150. Ex: CP. Art. 121, § 2º Ex: CP. Art. 181. I.</p><p>Interpretações</p><p>Analógica</p><p>✓ É um método de interpretação.</p><p>✓ Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela.</p><p>✓ Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo</p><p>necessário o uso da via interpretativa.</p><p>✓ Não se confunde com a Analogia.</p><p>Extensiva ✓ É a extensão da lei, ou seja, o aumento do seu alcance;</p><p>Gramatical</p><p>✓ É a interpretação literal da lei;</p><p>✓ Extrai o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura</p><p>do texto legal.</p><p>Teológica ou</p><p>Lógica</p><p>✓ Tem por finalidade alcançar os fins sociais para o qual a lei foi criada.</p><p>✓ Procura descobrir a vontade do legislador, além da finalidade da lei.</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>24</p><p>Judicial</p><p>✓ Interpretação realizada por membros do Poder judiciário a partir de suas decisões em</p><p>processos nos casos concretos;</p><p>✓ O juiz não tem a obrigação a dar à lei a mesma interpretação dada, anteriormente, por</p><p>outro juiz, ou pelo tribunal.</p><p>✓ Não vinculam os operadores do Direito, salvo no caso de Súmulas vinculantes do STF.</p><p>Progressiva,</p><p>Adaptativa ou</p><p>Evolutiva</p><p>✓ Busca adequar a lei à realidade atual.</p><p>✓ Evita a constante reforma legislativa e se destina a acompanhar as mudanças da</p><p>sociedade.</p><p>Fonte: https://delegadomarcel.jusbrasil.com.br/artigos/653601112/interpretacao-da-lei-penal-e-analogia</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://delegadomarcel.jusbrasil.com.br/artigos/653601112/interpretacao-da-lei-penal-e-analogia</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>25</p><p>TÍTULO II - DO CRIME</p><p>Infração Penal</p><p>Conceito</p><p>➢ Infração é uma ação praticada, em regra, por uma pessoa física, que ocasiona um dano a um bem</p><p>jurídico, estabelecendo a lei punição para tal conduta lesiva;</p><p>➢ Conforme o princípio da lesividade, a infração penal não ocorre no caso do agente que se autolesiona,</p><p>sendo possível apenas quando o indivíduo afeta ou ameaça o bem jurídico de outro.</p><p>➢ O Brasil adota o sistema dicotômico, sendo a Infração Penal gênero das espécies: crime e</p><p>contravenção.</p><p>➢ OBS: Crime e contravenção vêm do mesmo gênero, mas não se confundem.</p><p>Crime ou Delito</p><p>➢ O conceito de crime ou Delito pode ser dividido em três sentidos:</p><p>✓ Sentido Material;</p><p>✓ Sentido Formal ou Legal;</p><p>✓ Sentido Analítico.</p><p>Sentido Material</p><p>Crime consiste na conduta de um indivíduo que afeta ou apresenta perigo a um bem jurídico de terceiro;</p><p>Sentido Formal ou Legal</p><p>➢ Crime é a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção, podendo ser de maneira</p><p>isolada, alternativa ou cumulativamente com multa.</p><p>➢ Uma conduta para ser considerada crime exige-se a criação de uma lei penal para a aplicação da sanção.</p><p>LICP/41, Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,</p><p>quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente,</p><p>pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.</p><p>Sentido Analítico</p><p>➢ É dividido em três teorias:</p><p>✓ Teoria Quadripartida: Crime é o fato típico, ilícito, culpável e punível. (Não se aplica);</p><p>✓ Teoria Tripartida: Crime é o fato típico, ilícito e culpável. (Predomina no Brasil);</p><p>✓ Teoria Bipartida: Crime é o fato típico e ilícito.</p><p>➢ Com isso considera-se crime a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção,</p><p>podendo ser de maneira isolada, alternativa ou cumulativa com multa.</p><p>Infração Penal</p><p>Crime ou Delito</p><p>Contravenção</p><p>Penal</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>26</p><p>Responsabilidade Penal</p><p>Subjetiva Objetiva</p><p>Consiste na responsabilidade do agente a partir da</p><p>comprovação da intenção de dolo ou culpa em</p><p>relação a um delito.</p><p>Consiste na responsabilidade do agente por um ato</p><p>cometido independentemente de dolo ou culpa.</p><p>Regra no CP.</p><p>Adotada, excepcionalmente, em dois casos:</p><p>✓ Rixa qualificada;</p><p>✓ Actio libera in causa na embriaguez.</p><p>Fato Típico do Crime</p><p>➢ O fato típico do crime se divide em 04 elementos:</p><p>✓ Conduta humana;</p><p>✓ Resultado Naturalístico;</p><p>✓ Nexo de Causalidade;</p><p>✓ Tipicidade;</p><p>Conduta humana</p><p>➢ Se divide em três teorias:</p><p>✓ Teoria Causal-Naturalística:</p><p>• Conduta é a ação humana;</p><p>• Estabelece que não é preciso analisar o conteúdo da vontade no momento da conduta, mas</p><p>apenas no estudo da culpabilidade;</p><p>• A conduta seria um processo físico-causal, sendo a finalidade objeto de análise apenas na</p><p>culpabilidade e não no momento da conduta;</p><p>• Teoria não aplicada.</p><p>✓ Teoria Finalista:</p><p>• Criada por Hans Welzel.</p><p>• Teoria adotada no CP;</p><p>• A conduta é a soma do caráter objetivo (ação ou omissão) mais o subjetivo (vontade), ou seja, é</p><p>a ação ou omissão voluntária feita para atingir uma finalidade;</p><p>• Pode ser apontada como precursora da moderna teoria da imputação objetiva, ao evidenciar a</p><p>ilicitude como contrariedade a uma “norma de determinação” (perspectiva ex ante).</p><p>• O dolo pertence à conduta, tendo como seus componentes a intencionalidade (elemento volitivo)</p><p>e a previsão do resultado (elemento intelectual). A potencial consciência da ilicitude, que é um</p><p>dos elementos normativos da culpabilidade, não integra o dolo.</p><p>• O dolo e a culpa passaram a integrar a tipicidade e deixaram de fazer parte dos elementos da</p><p>culpabilidade, tendo esta os seguintes elementos:</p><p>✓ Imputabilidade;</p><p>✓ Potencial Consciência da Ilicitude;</p><p>✓ Exigibilidade de Conduta Diversa.</p><p>• O erro de tipo, previsto no art. 20, do Código Penal, é uma afirmação de que o dolo está na ação.</p><p>A caracterização do erro de tipo afasta o dolo e torna, em consequência, o fato atípico.</p><p>CP/40, Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime</p><p>culposo, se previsto em lei.</p><p>✓ Teoria Social: A conduta seria a ação humana voluntária e dotada de alguma relevância social;</p><p>Licenciado para - M</p><p>arcelo Igor da S</p><p>ilva P</p><p>assos - 05950179323 - P</p><p>rotegido por E</p><p>duzz.com</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>https://www.quebrandoquestoes.com/</p><p>Pós-edital: Polícia Militar/PA - Soldado</p><p>www.quebrandoquestoes.com</p><p>27</p><p>Resultado Naturalístico</p><p>➢ Modificação do mundo real provocada pela conduta do agente;</p><p>➢ Os crimes considerados formais e de mera conduta não exige resultado naturalístico, mas sim os</p><p>crimes materiais (Ex: homicídio);</p><p>➢ Crimes Formais: o resultado naturalístico pode acontecer, porém é considerado de pouca importância</p><p>para o direito penal; Ex: Extorsão;</p><p>➢ Crimes de Mera Conduta: É um crime que não é possível um resultado naturalístico; Ex: Invasão de</p><p>Domicílio.</p><p>➢ OBS: Junto ao resultado naturalístico do crime, sempre estará presente o resultado jurídico que é a</p><p>lesão ao bem jurídico tutelado pelo C.P.</p><p>Nexo de Causalidade</p>

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