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<p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 1 |</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Princípios Expressos</p><p>Professor Luciano Franco</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 2 |</p><p>Apresentação</p><p>Olá, cara aluna e caro aluno!</p><p>É com muito prazer que iniciamos mais uma aula de Direito Constitucional para o seu</p><p>concurso. Nesta aula, abordaremos Princípios Expressos</p><p>O material complementar conta com a produção intelectual das aulas do professor</p><p>Luciano Franco, além das atualizações e revisões elaboradas pela nossa equipe</p><p>Pedagógica do Focus Concursos.</p><p> O Professor Luciano Franco é Graduado em Direito - Instituto Cenecista de</p><p>Ensino Superior de Santo Ângelo – IESA/RS e pós-Graduado em Direito Público</p><p>– Faculdade Anhanguera - SP. Atuo como professor de Direito Constitucional,</p><p>Administrativo e Eleitoral do Focus Concursos e Advogado na Ferreira Filho &</p><p>Advogados e palestrante em cursos para servidores e empresários.</p><p>Como servidor, tive o prazer de ser aprovado e nomeado para Técnico</p><p>Previdenciário do INSS 2003/2004, Sargento do Exército Brasileiro de</p><p>2005/2009 e Agente Penitenciário Federal- DEPEN em 2010/2014.</p><p>VAMOS NESSA!</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 3 |</p><p>Conteúdo Programático</p><p>1 Princípios Constitucionais da Administração Pública ............................................................. 4</p><p>Legalidade .............................................................................................................................................................. 4</p><p>Impessoalidade ...................................................................................................................................................... 8</p><p>1.1.1.1 Princípio da impessoalidade como sinônimo de finalidade ............................................................... 10</p><p>1.1.1.2 Princípio da impessoalidade como sinônimo de vedação à promoção pessoal ................................. 11</p><p>Moralidade ........................................................................................................................................................... 12</p><p>Publicidade ........................................................................................................................................................... 15</p><p>Eficiência .............................................................................................................................................................. 18</p><p>2 Anotações de Aula (Slide) .................................................................................................... 23</p><p>3 Questões para treinar ......................................................................................................... 29</p><p>3.1 Gabarito ................................................................................................................................... 38</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 4 |</p><p>1 Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>Estudaremos incialmente os princípios expressos, ou seja, os determinados pelo art.</p><p>37 da Constituição Federal, segundo o qual a Administração Pública direta e indireta</p><p>de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e</p><p>eficiência.</p><p>Legalidade</p><p>A legalidade é a base de um Estado de Direito. Pois se existem normas jurídicas que</p><p>estabelecem o direito em determinado Estado, elas serão respeitadas em</p><p>conformidade com o que preceitua o princípio da Legalidade.</p><p>O princípio da legalidade estabelece que as atividades da Administração Pública</p><p>devem ser autorizadas por lei. Ou seja, a administração só pode agir em conformidade</p><p>com a lei (secundum legem). Jamais poderá agir contra a lei (contra legem) ou além</p><p>dela (praeter legem).</p><p>O princípio da legalidade é visto em duas vertentes, uma para o particular e outra para</p><p>as entidades da Administração Pública.</p><p>Para o particular a previsão reside no art. 5º inc. II da CF: “Ninguém será obrigado</p><p>a fazer, ou deixar de fazer, senão em virtude da lei”. Já o princípio da legalidade</p><p>para a Administração Pública está previsto no art. 37 caput da CF, significando dizer</p><p>que a Administração Pública somente pode fazer o que a lei determina ou autoriza.</p><p>Para lembrar: o particular é caracterizado pela autonomia da vontade, sendo</p><p>permitido fazer tudo que a lei não proíba. Já para a Administração Pública</p><p>somente pode atuar segundo o que a lei autoriza (restrição da vontade).</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 5 |</p><p>Com base no princípio da legalidade, a administração pública depende de legislação</p><p>prévia para poder atuar. Se a lei não autoriza ou não determina a atuação (a lei nada</p><p>diz a respeito da atuação da administração pública em determinado caso) a</p><p>administração pública não pode agir.</p><p>Caso a administração pública não respeite o princípio da legalidade, nós teremos a</p><p>prática de um ato ilegal e o ato ilegal deve ser decretado nulo. Nulidade que pode</p><p>ser decretada pela própria Administração (autotutela) ou pelo Judiciário (desde que</p><p>provocado).</p><p>Segundo o professor Hely Lopes Meirelles: “na Administração Pública não há</p><p>liberdade nem vontade pessoal”. Os limites da ação estatal são dados pela lei, esta</p><p>lei é reflexo da vontade geral.</p><p>A atuação administrativa está totalmente subordinada à lei. Em outras palavras, a</p><p>função administrativa está subordinada à função legislativa no que concerne ao</p><p>princípio da legalidade.</p><p>Dessa forma, a doutrina classifica a atuação da função administrativa em vinculada</p><p>ou discricionária. Será vinculada quando a lei não der nenhuma margem para decisão</p><p>do administrador. Será discricionária quando a lei der mais de um caminho possível,</p><p>ou seja, cabe escolha por parte do administrador, sempre dentro dos ditames da lei</p><p>(princípio da legalidade).</p><p>Em matéria de Administração Pública a legalidade deve ser compreendida em sentido</p><p>amplo, pois não é apenas a lei formal (aprovada pelo Poder Legislativo) que vincula</p><p>o administrador. Muito além disso está todo o ordenamento jurídico, incluindo os</p><p>princípios e regras gerais de direito, além dos atos normativos editados pelo Poder</p><p>Executivo (decreto, portaria, instrução normativa, dentre outros).</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 6 |</p><p>Assim, o princípio da legalidade administrativa envolve o sentido amplo, de</p><p>maneira que todas as normas jurídicas e principiológicas vinculam a Administração</p><p>Pública.</p><p>Existem exceções ao princípio da legalidade? Segundo o</p><p>professor Celso Antônio Bandeira de Mello tal princípio pode</p><p>sofrer o que ele chama de constrições (restrições) em função de</p><p>circunstâncias excepcionais, mencionadas expressamente no</p><p>texto constitucional, como no caso da edição de medidas</p><p>provisórias, decretação de estado de defesa e, ainda, a decretação</p><p>de estado de sítio pelo Presidente da República.</p><p>Veja como caiu na prova:</p><p>O CEBRASPE já considerou correta a seguinte assertiva: De acordo com a CF, a medida</p><p>provisória, o estado de defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da</p><p>legalidade na administração pública.</p><p>Segundo o STF,</p><p>“Em razão de expressa determinação constitucional, na medida em que a atuação da</p><p>administração pública é pautada pelo princípio da legalidade (CF, art. 37, caput), inexiste, em</p><p>princípio, qualquer ilegalidade na atuação da União em proceder à</p><p>inscrição do órgão ou</p><p>ente nos cadastros de restrição. A anotação de ente federado em tais cadastros exige a prévia</p><p>e efetiva observância do devido processo legal, em suas dimensões material e processual”.</p><p>[ACO 2.674 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 6-10-2017, 1ª T, DJE de 25- 10-2017.]</p><p>Se liga na súmula do STF:</p><p>Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade,</p><p>quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas</p><p>infraconstitucionais pela decisão recorrida. [Súmula 636.]</p><p>Finalmente, ressaltamos mais um ensinamento do professor Hely Lopes Meirelles,</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 7 |</p><p>visando diferenciar a legalidade da legitimidade. Segundo sua doutrina cumprir</p><p>simplesmente a lei na frieza de seu texto é a legalidade, porém, atendê-la na sua letra</p><p>e no seu espírito é a ideia de legitimidade. Portanto, a legalidade atende aos ditames</p><p>da lei em sentido amplo, já a legitimidade significa não obedecer somente à lei, mas</p><p>também aos demais princípios administrativos, como por exemplo a moralidade, a</p><p>honestidade, a probidade administrativa, o interesse público.</p><p>O Princípio da Legalidade é dividida entre o setor privado – que faz TUDO</p><p>aquilo que a Lei não veda – e o setor público – que faz SOMENTE o que a lei</p><p>autoriza – e inclui tanto as medidas de legalidade como as medidas de reserva</p><p>legal.</p><p>NÃO CONFUNDA!</p><p>LEGALIDADE</p><p>engloba as medidas provisórias, resoluções, decretos, e todas as medidas da</p><p>reserva legal</p><p>≠</p><p>RESERVA LEGAL</p><p>inclui somente as medidas de lei em sentido estrito, como as leis ordinárias,</p><p>complementares e provisórias</p><p>A legalidade e a reserva legal NÃO PODEM ser equiparadas.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 8 |</p><p>Impessoalidade</p><p>Temos que compreender a impessoalidade pela própria acepção da palavra. Ser</p><p>impessoal é não preferir uma determinada pessoa em especial, ou seja, é não escolher</p><p>entre pessoas, estabelecendo privilégios por qualquer motivo.</p><p>Se liga na súmula do STF:</p><p>“A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade,</p><p>até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa</p><p>jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo</p><p>em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública</p><p>direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF”. [Súmula</p><p>13.]</p><p>Veja o entendimento do STF:</p><p>Ao editar a Súmula Vinculante 13, embora não se tenha pretendido esgotar todas as</p><p>possibilidades de configuração de nepotismo na Administração Pública, foram erigidos</p><p>critérios objetivos de conformação, a saber: i) ajuste mediante designações recíprocas</p><p>quando inexistente a relação de parentesco entre a autoridade nomeante e o ocupante</p><p>do cargo de provimento em comissão ou da função comissionada; ii) relação de</p><p>parentesco entre a pessoa nomeada e a autoridade nomeante; iii) relação de parentesco</p><p>entre a pessoa nomeada e o ocupante de cargo de direção, chefia ou assessoramento a</p><p>quem estiver subordinada e iv) relação de parentesco entre a pessoa nomeada e a</p><p>autoridade que exerce ascendência hierárquica ou funcional sobre a autoridade</p><p>nomeante. A incompatibilidade da prática enunciada na Súmula Vinculante 13 com</p><p>o art. 37, caput, da CF/88 não decorre diretamente da existência de relação de</p><p>parentesco entre a pessoa designada e o agente político ou servidor público</p><p>ocupante de cargo em comissão ou de função comissionada, mas da presunção de</p><p>que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia ou assessoramento tenha sido</p><p>direcionada a pessoa com relação de parentesco com alguém que tenha potencial</p><p>de interferir no processo de seleção. [ARE 896.762- AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 4-6-</p><p>2018, 2ª T, DJE de 26-6-2018.]</p><p>ATENÇÃO: O entendimento majoritário do STF é o de que a vedação</p><p>da Súmula Vinculante 13 não alcança os agentes políticos:</p><p>Agravo regimental em reclamação. 2. Nomeação de esposa e filho do prefeito como</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 9 |</p><p>secretários municipais. Agentes políticos. 3. Ausência de violação ao disposto na Súmula</p><p>Vinculante 13. 4. Falta de qualificação técnica. Necessidade de exame das circunstâncias</p><p>fáticas. Inviabilidade em sede reclamatória. 5. Não cabimento da reclamação. 6. Agravo</p><p>regimental a que se nega provimento. (Rcl 28449 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES,</p><p>Segunda Turma, julgado em 23/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-066 DIVULG 06-</p><p>04-2018 PUBLIC 09-04-2018)</p><p>O CEBRASPE já considerou correta a seguinte assertiva: Em decorrência dos</p><p>princípios da impessoalidade e da boa-fé, reconhecem-se como válidos os atos</p><p>praticados por agente de fato, ainda que este tivesse ciência do ilícito praticado.</p><p>Comentando a questão: Não é raro pensarmos numa hipótese em que um</p><p>agente seja investido da função pública sem que pudesse sê-lo. Por exemplo,</p><p>cite-se o caso daquele que, para tomar posse em cargo de provimento efetivo,</p><p>utiliza-se de diploma falso na comprovação da escolaridade. Esses são os casos</p><p>dos funcionários de fato, em que há agentes que efetivamente desempenham</p><p>as funções, mas sem que estejam devidamente investidos nela. Note que, no</p><p>caso do exemplo, o ato que investiu o agente no cargo é nulo. Mas até que seja</p><p>descoberta e declarada a nulidade é possível que ele tenha trabalho, praticado</p><p>atos etc. E, mesmo ciente da condição de ilicitude que o ligava ao serviço</p><p>público, esses atos, se regulares, não devem ser anulados. Afinal, pelo princípio</p><p>da impessoalidade não se deve pensar que foi aquele agente quem praticou o</p><p>ato, mas a administração pública; e, pelo princípio da boa-fé, não se pode lesar</p><p>uma expectativa legítima de outros interessados naqueles atos, que seriam</p><p>prejudicados se tais atos fossem anulados. Note um detalhe: se algum ato tiver</p><p>sido praticado com vício, o mesmo será, por si só, invalidado. Mas o vício</p><p>apontado na questão se fere à condição do agente de fato. Portanto, o</p><p>CEBRASPE considerou certa, que encontra amparo também na teoria da</p><p>aparência: para os administrados aquele agente estatal parecia legítimo; e a</p><p>falha existente em sua investidura não poderia estender efeitos maléficos</p><p>O administrador, em nome do serviço público, precisa ser impessoal. Precisa tomar</p><p>decisões que não se tratam de privilégios. Fica, assim, totalmente vedado ao</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 10 |</p><p>representante do Estado agir em razão de interesses que não seja o interesse</p><p>público.</p><p>Existem duas vertentes que avaliam a impessoalidade: tanto pode o princípio da</p><p>impessoalidade representar o princípio da finalidade, como também pode</p><p>representar o princípio da vedação a promoção pessoal.</p><p>1.1.1.1 Princípio da impessoalidade como sinônimo de finalidade</p><p>Toda a atuação pública deve ter como finalidade a satisfação do interesse público,</p><p>sendo assim, este princípio veda:</p><p> perseguições,</p><p> discriminações e</p><p> favorecimentos injustificados de pessoas.</p><p>É por conta da impessoalidade que, quando a administração pública quer comprar um</p><p>veículo, por exemplo, precisa fazer uma licitação pública, com a ampla concorrência</p><p>de todos os interessados em vender para o Estado. Não poderia, dessa forma, o</p><p>administrador comprar veículos diretamente de uma determinada marca por entender</p><p>ser o melhor - este sentimento de base subjetiva é pessoal, ferindo à regra da</p><p>impessoalidade.</p><p>Outro exemplo é a realização de concursos</p><p>públicos para provimento de cargos e</p><p>empregos públicos. A administração não pode privilegiar pessoas específicas, de</p><p>modo que o concurso público é um processo seletivo onde todos os administrados</p><p>que preencham os requisitos para assumir um cargo ou emprego público podem</p><p>participar para conseguir sua vaga através do próprio mérito (selecionando as pessoas</p><p>mais bem preparadas, e um deles será você!)</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 11 |</p><p>1.1.1.2 Princípio da impessoalidade como sinônimo de vedação à promoção</p><p>pessoal</p><p>A vedação à promoção pessoal relaciona-se com a ideia de que o servidor público</p><p>quando age atua em nome do Estado, jamais em nome próprio. Assim, é para</p><p>quaisquer detentores de cargos ou funções públicas, especialmente os representantes</p><p>do povo, eleitos para as funções políticas.</p><p>Vejamos o que trata o art. 37 § 1º da CF:</p><p>“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá</p><p>ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,</p><p>símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores</p><p>públicos”.</p><p>Com base nesta regra temos que é lícita a publicidade dos atos, programas, obras,</p><p>serviços e campanhas dos órgãos públicos e a finalidade dessa publicidade é</p><p>educativa, informativa e de orientação social.</p><p>A vedação constitucional se refere à hipótese de o agente público utilizar da</p><p>publicidade de uma obra pública, por exemplo, para se auto promover. Este fato é</p><p>ilícito, pois a prestação pública é feita através do dinheiro do povo e não do</p><p>administrador público.</p><p>Assim, a propaganda de obras públicas deve ser impessoal, por exemplo: “Esta obra é</p><p>um presente do Governo do Estado para o povo”. Já a seguinte propaganda é</p><p>totalmente pessoal e ilegal: “Esta obra é um presente do Prefeito Caio da Silva para o</p><p>povo”.</p><p>Notou a diferença? Finalmente, lembre-se que toda a atuação da</p><p>administração pública deve ter por finalidade o interesse público. Dessa</p><p>forma até a publicidade da atuação governamental deve se revestir do</p><p>interesse público e não se admite que o administrador público ou o</p><p>agente público desvie a finalidade de sua atuação para a autopromoção.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 12 |</p><p>A impessoalidade se divide em duas classificações</p><p>• ISONOMIA</p><p>▪ Tem como finalidade a APLICAÇÃO DIRETA E TÍPICA da impessoalidade</p><p>❖ Exemplos:</p><p>✓ Contratação de pessoas, bens e serviços.</p><p>✓ Licitação e concurso.</p><p>• VEDAÇÃO DA PROMOÇÃO PESSOAL</p><p>▪ Tem como finalidade a PROIBIÇÃO OU VEDAÇÃO da promoção pessoal</p><p>em obras, valores ou serviços públicos</p><p>▪ É a IMPOSSIBILIDADE DE VINCULAR obras, valores ou serviços públicos</p><p>com agentes (políticos, órgãos, entre outros)</p><p>▪ Tem como base o art. 37, §1º</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,</p><p>impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:</p><p>§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos</p><p>deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo</p><p>constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades</p><p>ou servidores públicos.</p><p>❖ Exemplo:</p><p>✓ É vedado associar a duplicação de uma BR a certo candidato</p><p>político.</p><p>Moralidade</p><p>Inicialmente vamos compreender juntos que a moralidade como princípio é diferente</p><p>da moralidade para o senso comum. Para a moral no senso comum os valores são</p><p>formados no seio familiar, com instituições que passam pela vida das pessoas, como</p><p>a formação escolar, igreja, e outros grupos sociais.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 13 |</p><p>Por outro lado, o princípio da moralidade para a administração pública se refere à</p><p>moralidade administrativa, que é formada pelo corpo das normas de direito</p><p>administrativo.</p><p>Por exemplo, se teu irmão tem um comércio que vende computadores e itens de</p><p>informática, é totalmente moral e adequado que você faça as compras na loja do seu</p><p>irmão, de maneira a prestigiar seu familiar. Esta é a moral comum que julga o</p><p>comportamento humano.</p><p>Noutro sentido, se o dono da loja de informática fosse o irmão do prefeito de seu</p><p>município, qualquer compra em nome da Prefeitura no comércio do irmão do prefeito</p><p>seria compreendida como imoral (ainda que feita em conformidade com as regras de</p><p>dispensa ou inexigibilidade de licitação) – ferindo à própria legalidade do ato.</p><p>O princípio da moralidade é entendido como um complemento ao princípio da</p><p>legalidade, pois nem tudo que é legal é moral. Dessa forma, o Estado impõe que sua</p><p>administração seja sempre segundo a lei, mas também segundo a moral</p><p>administrativa. Tal princípio traz para o agente público o dever de probidade.</p><p>O dever de probidade é sinônimo de:</p><p> ética,</p><p> decoro,</p><p> honestidade e</p><p> boa-fé.</p><p>Vimos, portanto, que a moralidade está vinculada à legalidade do ato. Assim, a</p><p>imoralidade vincula a necessária nulidade do ato administrativo, por ferir a própria</p><p>legalidade do ato.</p><p>O desrespeito ao princípio da moralidade afeta à própria legalidade</p><p>do ato administrativo, ou seja, leva à anulação do ato, e ainda pode</p><p>acarretar responsabilização dos agentes por improbidade</p><p>administrativa.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 14 |</p><p>Veja o entendimento do STF:</p><p>O princípio da moralidade administrativa – enquanto valor constitucional revestido de</p><p>caráter ético-jurídico – condiciona a legitimidade e a validade dos atos estatais. A</p><p>atividade estatal, qualquer que seja o domínio institucional de sua incidência, está</p><p>necessariamente subordinada à observância de parâmetros ético jurídicos que se</p><p>refletem na consagração constitucional do princípio da moralidade administrativa. Esse</p><p>postulado fundamental, que rege a atuação do poder público, confere substância e dá</p><p>expressão a uma pauta de valores éticos sobre os quais se funda a ordem positiva do</p><p>Estado. [ADI 2.661 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 5-6-2002, P, DJ de 23-8-2002].</p><p>Destaca-se que a moralidade é extraída da própria lei, não obstante constitua conceito</p><p>jurídico indeterminado, deve ser vista como um valor objetivo, encontrando guarida</p><p>no ordenamento jurídico. Independe, portanto, das intenções ou noções pessoais</p><p>(subjetivas) do agente público.</p><p>Questão 01 - Julgue o item que se segue, acerca da administração pública.</p><p>Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato da</p><p>administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do agente.</p><p>Certo ( ) Errado ( )</p><p>Gabarito comentado:</p><p>Questão 01 - Certa</p><p>Comentário:</p><p>A afirmação trazida pela questão não é verdadeira, pois ainda que a moralidade</p><p>administrativa seja, de fato, pressuposta de validade de todo ato da administração</p><p>pública, não se pode dizer que é imprescindível avaliar a intenção do agente. A</p><p>mensuração da intenção do agente traz valor subjetivo para a moralidade. E isto não</p><p>é possível. Na administração pública a moralidade é objetiva, somente podendo ser</p><p>estabelecida conforme o expresso em lei.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 15 |</p><p>ANOTA AÍ: Um assunto muito cobrado em concursos no que concerne à moralidade,</p><p>e como vimos anteriormente, no capítulo de impessoalidade é a situação jurídica da</p><p>vedação ao nepotismo. Editado pela súmula vinculante nº 13 do STF, seu intuito foi</p><p>de impedir a prática do nepotismo no âmbito da Administração Pública. Vejamos:</p><p>A nomeação de</p><p>cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,</p><p>até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa</p><p>jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo</p><p>em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta</p><p>e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição</p><p>Federal.</p><p>Nepotismo, portanto, é quando a autoridade nomeante (investido no cargo de</p><p>direção, chefia ou assessoramento) realiza a nomeação para o exercício de cargo em</p><p>comissão ou de confiança (ou ainda função gratificada) de parente próximo, quais</p><p>sejam:</p><p>A moralidade divide-se entre a moralidade privada – todos aqueles valores, ética</p><p>e moral impostos pela sociedade – e moralidade pública – os valores, ética e moral</p><p>admitidos e que afetam no cargo, sendo a moralidade pública administrativa</p><p>composta por</p><p>✓ Probidade.</p><p>✓ Boa-fé objetiva.</p><p>✓ Decoro.</p><p>Publicidade</p><p>A lei determina que a publicidade de atos, programas, obras e serviços dos órgãos</p><p>públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 16 |</p><p>A publicidade dos atos administrativos possui duas acepções. O estudo destas</p><p>vertentes facilita sua compreensão.</p><p>Por um lado, os atos administrativos devem ser publicados em órgão de comunicação</p><p>oficial como requisito de eficácia, dando ampla publicidade aos atos administrativos.</p><p>Caso um ato administrativo seja realizado com cumprimento de todas as formalidades</p><p>legais, nós temos um ato que é válido, mas ineficaz até a sua publicação, pois a eficácia</p><p>só ocorrerá após a publicação em órgão oficial de imprensa. Na esfera federal, tal</p><p>órgão é o diário oficial da união (DOU) e nas outras esferas o órgão de publicação</p><p>oficial será definido pelas respectivas leis específicas.</p><p>A publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição</p><p>de sua validade ou forma, mas sim condição de eficácia e moralidade.</p><p>A regra da publicidade não é absoluta, pois em defesa do interesse público, também</p><p>em defesa da intimidade e da honra, alguns atos públicos não precisam ser</p><p>publicados. A lei determina que a publicidade não será obrigatória nos atos que</p><p>coloquem em risco a segurança da sociedade e do Estado.</p><p>Outro aspecto da publicidade é a exigência de transparência da atuação administração</p><p>pública. Além do ato ser publicado, sua publicação deve ser acessível à população,</p><p>para que dessa forma tenhamos um controle popular mais eficiente da atuação</p><p>administrativa do Estado.</p><p>FIQUE ATENTO! A regra é a publicidade, somente admitindo-se restrição em algumas</p><p>situações. A CF, no art. 5.º, XXXIII, garante que todos têm direito a receber dos órgãos</p><p>públicos informações de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da</p><p>lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja</p><p>imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 17 |</p><p>O princípio da publicidade também comporta restrição em razão da defesa de</p><p>intimidade ou da privacidade do cidadão.</p><p>Para assegurar o direito consagrado na Constituição, temos os seguintes</p><p>instrumentos:</p><p>- o direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos</p><p>para formular qualquer tipo de postulação (art. 5.º, XXXIV, “a”, CF);</p><p>- o direito de obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e</p><p>esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5.º, XXXIV, “b”, CF).</p><p>Em caso de desrespeito a tais regras, o interessado possui à sua disposição ações</p><p>constitucionais específicas para a tutela do seu direito como o habeas data e o</p><p>mandado de segurança ou mesmo as vias judiciais ordinárias.</p><p>O princípio da publicidade embasa a PUBLICAÇÃO DE TODOS OS ATOS,</p><p>entendendo a publicação como um requisito para atingir a eficácia do ato: o</p><p>ato NÃO É EFICAZ se não for publicado.</p><p>A publicação deve ocorrer em imprensa oficial, através de DIÁRIO OFICIAL</p><p>NÃO EXISTE exceção ao princípio da publicidade, mas sim situações em que a</p><p>publicidade é MITIGADA – escondida ou reduzida – como nos casos de</p><p>✓ Segurança do Estado.</p><p>✓ Segurança da sociedade.</p><p>✓ Privacidade do indivíduo.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 18 |</p><p>ESCRITO, não contendo publicações que ocorrerem somente através de outro</p><p>meio – como através de rádio, por exemplo.</p><p>Para atender ao princípio de publicidade efetiva, a publicação DEVE SER</p><p>COMPLEMENTADA através de outros meios, como televisão, rádio e e-mail,</p><p>buscando assim efetivamente informar o cidadão interessado no cumprimento</p><p>do ato.</p><p>Eficiência</p><p>Também chamado de princípio da qualidade dos serviços públicos, a eficiência impõe</p><p>à administração pública o dever de realizar suas atribuições com presteza, rapidez,</p><p>perfeição e rendimento. Assim deve ser o serviço prestado pelo agente público.</p><p>A ideia central é buscar o melhor custo benefício para alcançar os resultados que os</p><p>administrados almejam. Assim, os serviços públicos devem ser prestados com</p><p>adequação às necessidades da sociedade que o custeia. Segundo o professor</p><p>Diógenes Gasparini este princípio é conhecido entre os italianos como “dever de boa</p><p>administração”.</p><p>Por conta do princípio da eficiência a administração pública está em constante análise</p><p>sobre sua atuação. Existem consequências possíveis por conta do da busca pela</p><p>eficiência. Vejamos:</p><p>- O §8º do art. 37 determina a celebração de contratos de gestão entre órgãos/entidades</p><p>públicos para incremento da autonomia gerencial, orçamentária e financeira, com a fixação</p><p>de metas de desempenho.</p><p>- Avaliação especial de desempenho do servidor público prevista no § 4º do art. 41 da CF</p><p>como condição obrigatória para a aquisição da estabilidade, além do decurso do prazo de</p><p>três anos, realizada por comissão instituída para essa finalidade.</p><p>- Previsão de exoneração do servidor estável com base na avaliação periódica de</p><p>desempenho prevista no art. 41 inc. III da CF/88.</p><p>- Excesso de despesa com pessoal pode também causar a exoneração de servidores não</p><p>estáveis e estáveis nos termos do art. 169 §3º e §4º da CF.</p><p>A eficiência exige o exame da relação custo-benefício. É a utilização mais adequada</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 19 |</p><p>dos recursos públicos. A eficácia, por seu turno, está relacionada com o exame dos</p><p>resultados; diz respeito ao sucesso da atuação administrativa. E, por fim, a efetividade</p><p>pressupõe o exame dos resultados que foram alcançados. Compreende as metas</p><p>planejadas e o que foi realmente cumprido.</p><p>Por fim, como bem enfatiza Di Pietro, a eficiência é princípio que se soma aos demais</p><p>princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles,</p><p>especialmente o da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao</p><p>próprio Estado de Direito.</p><p>O princípio da eficiência foi criado pela EC nº 19/98, o que caracteriza-o como</p><p>um princípio INCORPORADO e NÃO ORIGINÁRIO – são originários todos os</p><p>princípios que surgiram em conjunto com a CF/88 (Legalidade, Impessoalidade,</p><p>Moralidade e Publicidade) – baseando-se na noção de SEMPRE BUSCAR BONS</p><p>RESULTADOS na relação entre custo e benefício.</p><p>Em seguida, deixo um breve resumo do LIMPE (legalidade, impessoalidade,</p><p>moralidade, publicidade e eficiência) com os princípios que o compõe. Reproduza este</p><p>esquema em seu caderno e mantenha uma revisão</p><p>constante, permitindo assim que</p><p>o processo de associação e memorização ocorra mais rapidamente.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 20 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 21 |</p><p>Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR, vamos RESOLVER as questões da sala de</p><p>aula? Vamos lá??</p><p>Questão 01 - São princípios da administração pública, EXCETO:</p><p>A) moralidade.</p><p>B) publicidade.</p><p>C) impessoalidade.</p><p>D) legalidade.</p><p>E) eficácia.</p><p>Questão 02 - A respeito dos princípios do Direito Administrativo, assinale a correta.</p><p>A) princípio da moralidade administrativa impede a prática do nepotismo na</p><p>Administração Pública, estendendo-se a vedação a nomeações de cargos políticos.</p><p>B) compatível com o princípio da legalidade a ação administrativa que, embora não</p><p>esteja estritamente autorizada por lei, tem por base os princípios constitucionais e visa</p><p>assegurar os direitos fundamentais do cidadão.</p><p>C) princípio da eficiência exige que a correção da ação administrativa seja analisada</p><p>exclusivamente sob o prisma econômico.</p><p>D) princípio da impessoalidade não impede a realização de propagandas que tenham</p><p>por objetivo promover a imagem do gestor público.</p><p>E) Em função do princípio da publicidade, todos os atos administrativos devem ter o</p><p>seu conteúdo veiculado no Diário Oficial do respectivo ente federativo.</p><p>Questão 03 - Com relação a aspectos da administração pública, julgue o item</p><p>seguinte.</p><p>A publicidade dos atos administrativos favorece o controle social, razão pela qual a</p><p>moderna administração pública brasileira, em obediência ao princípio constitucional</p><p>da publicidade, não mais admite que atos praticados em seu âmbito possam ser</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Princípios Constitucionais da Administração Pública</p><p>www.focusconcursos.com.br | 22 |</p><p>protegidos por qualquer tipo de sigilo.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Gabarito:</p><p>01 E</p><p>02 B</p><p>03 Errado</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 23 |</p><p>2 Anotações de Aula (Slide)</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 24 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 25 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 26 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 27 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Anotações de Aula (Slide)</p><p>www.focusconcursos.com.br | 28 |</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 29 |</p><p>3 Questões para treinar</p><p>QUESTÃO 01 - Os princípios fundamentais informadores da Administração Pública</p><p>encontram-se, implícita ou explicitamente, na Constituição Federal. Há um princípio</p><p>que autoriza o controle, pela Administração, dos atos por ela praticados, sob os</p><p>aspectos da legalidade e de mérito. Há outro princípio que diz que os bens não</p><p>pertencem à Administração nem a seus agentes públicos, cabendo-lhes apenas a sua</p><p>gestão, em benefício da coletividade. Trata-se dos seguintes princípios:</p><p>a) presunção de legitimidade / supremacia do interesse público.</p><p>b) supremacia do interesse público / autotutela.</p><p>c) indisponibilidade / proporcionalidade.</p><p>d) autotutela / indisponibilidade.</p><p>e) supremacia do interesse público / indisponibilidade.</p><p>QUESTÃO 02 - Sem ter sido aprovado em concurso público, um indivíduo foi</p><p>contratado para exercer cargo em uma delegacia de polícia de determinado</p><p>município, por ter contribuído na campanha política do agente contratante.</p><p>Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da</p><p>a) supremacia do interesse público.</p><p>b) impessoalidade.</p><p>c) eficiência.</p><p>d) publicidade.</p><p>e) indisponibilidade.</p><p>QUESTÃO 03 - Secretário de justiça e direitos humanos de determinado estado da</p><p>Federação que publicar uma portaria e, na semana seguinte, revogá-la, em nova</p><p>publicação, terá praticado ato revogatório com base no princípio da</p><p>a) indisponibilidade.</p><p>b) moralidade.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 30 |</p><p>c) autotutela.</p><p>d) eficiência.</p><p>e) supremacia do interesse público.</p><p>QUESTÃO 04 - Se um ministro de Estado, após editar e publicar ato administrativo</p><p>que conceda benefícios aos servidores públicos, resolver anulá-lo, por entender ser o</p><p>ato ilegal, esse ministro terá praticado conduta com base no princípio da</p><p>a) autotutela.</p><p>b) moralidade.</p><p>c) indisponibilidade.</p><p>d) supremacia do interesse público.</p><p>QUESTÃO 05 - “Este princípio, juntamente com o de controle da Administração pelo</p><p>Poder Judiciário, nasceu com o Estado de Direito e constitui uma das principais</p><p>garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em</p><p>que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que tenha por</p><p>objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade. É aqui que</p><p>melhor se enquadra aquela ideia de que, na relação administrativa, a vontade da</p><p>Administração Pública é a que decorre da lei”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito</p><p>Administrativo. 30.ed. rev., atual. E ampl. São Paulo: Forense, 2017, p.75).</p><p>Esse excerto refere-se ao princípio da</p><p>a) legalidade.</p><p>b) impessoalidade.</p><p>c) moralidade.</p><p>d) supremacia do Interesse Público.</p><p>e) proporcionalidade</p><p>QUESTÃO 06 - Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal,</p><p>considerou a Suprema Corte, em síntese, que no julgamento de impeachment do</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 31 |</p><p>Presidente da República, todas as votações devem ser abertas, de modo a permitir</p><p>maior transparência, controle dos representantes e legitimação do processo. Trata-se,</p><p>especificamente, de observância ao princípio da</p><p>a) publicidade.</p><p>b) proporcionalidade restrita.</p><p>c) supremacia do interesse privado.</p><p>d) presunção de legitimidade.</p><p>e) motivação</p><p>QUESTÃO 07 - Considere a seguinte citação:</p><p>Um problema subjacente ao denominado orçamento baseado em desempenho</p><p>envolve o desafio da clareza. O termo é um dos muitos descritores diferentes (e o mais</p><p>comum) utilizados para descrever a conexão entre informações sobre desempenho,</p><p>por um lado, e recursos governamentais, por outro. Em alguns círculos, entretanto,</p><p>esse termo passou a conotar a substituição da alocação ‘política’ de recursos por</p><p>algum algoritmo mágico que aloca recursos com base nos dados sobre desempenho.</p><p>(Hilton, RM e Joyce, PG. Informações sobre desempenho orçamentário em perspectiva</p><p>histórica e comparativa. In: Administração Pública: coletânea. ENAP, Brasília: 2010,</p><p>382).</p><p>O uso da palavra "desempenho" no trecho acima remete o leitor ao princípio</p><p>constitucional da Administração pública da:</p><p>a) Presunção de Legitimidade.</p><p>b) Supremacia do Interesse Público.</p><p>c) Impessoalidade.</p><p>d) Legalidade.</p><p>e) Eficiência.</p><p>QUESTÃO 08 - O posicionamento consagrado em Direito Administrativo de que é</p><p>defeso ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrativo, cabendo-lhe</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 32 |</p><p>examiná-lo</p><p>apenas sob o aspecto da legalidade, decorre do princípio da:</p><p>a) impessoalidade.</p><p>b) proporcionalidade.</p><p>c) supremacia do interesse público.</p><p>d) separação de poderes.</p><p>e) indisponibilidade.</p><p>QUESTÃO 09 - Na Administração Pública, quanto à atuação administrativa, a revisão</p><p>de ofício de atos ilegais e o reexame quanto ao mérito são integrantes do princípio</p><p>da</p><p>a) legalidade.</p><p>b) indisponibilidade.</p><p>c) supremacia do interesse</p><p>público sobre o privado.</p><p>d) autotutela.</p><p>e) segurança jurídica.</p><p>QUESTÃO 10 - O diretor-geral da polícia civil de determinado estado exarou um ato</p><p>administrativo e, posteriormente, revogou-o, por entender ser inconveniente sua</p><p>manutenção.</p><p>Nessa situação hipotética, o princípio em que se fundamentou o ato de revogação foi</p><p>o princípio da</p><p>a) segurança jurídica.</p><p>b) especialidade.</p><p>c) autotutela.</p><p>d) supremacia do interesse público.</p><p>e) publicidade.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 33 |</p><p>QUESTÃO 11 “Esse princípio acaba completando a ideia já analisada de que o</p><p>administrador é um executor do ato, que serve de veículo de manifestação da vontade</p><p>estatal e, portanto, as realizações administrativo-governamentais não são do agente</p><p>político, mas da entidade pública em nome da qual atuou” (José Afonso da Silva).</p><p>O autor, na conceituação supra, está tratando do princípio constitucional da</p><p>Administração Pública denominado de princípio da</p><p>a) eficiência</p><p>b) identidade física do administrador.</p><p>c) supremacia do interesse público.</p><p>d) moralidade</p><p>e) impessoalidade.</p><p>QUESTÃO 12 - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios</p><p>atos (Súmula STF 346).</p><p>a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os</p><p>tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de</p><p>conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em</p><p>todos os casos, a apreciação judicial (Súmula STF 473).</p><p>O princípio de que tratam as Súmulas acima é o princípio da</p><p>a) legalidade.</p><p>b) supremacia do interesse público.</p><p>c) continuidade do serviço público.</p><p>d) impessoalidade.</p><p>e) autotutela.</p><p>QUESTÃO 13 - Com relação ao princípio que garante à administração pública a defesa</p><p>da legalidade e eficiência dos respectivos atos, assinale a alternativa correta.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 34 |</p><p>a) Supremacia do interesse público.</p><p>b) Legalidade.</p><p>c) Finalidade.</p><p>d) Presunção de legitimidade.</p><p>e) Autotutela.</p><p>QUESTÃO 14 - Sempre que em matéria administrativa se verificar que o</p><p>comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona</p><p>juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes,</p><p>as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum</p><p>de honestidade, estará havendo ofensa a qual princípio do Direito Administrativo?</p><p>a) Moralidade Administrativa.</p><p>b) Autotutela.</p><p>c) Razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>d) Motivação.</p><p>e) Supremacia do interesse público.</p><p>QUESTÃO 15 - Ao instituir novos critérios para a concessão de aposentadoria e</p><p>pensões para os servidores públicos e dependentes de servidores públicos estaduais,</p><p>o Governador do Estado Alfa estabeleceu regras de transição, abrangendo os</p><p>servidores e pensionistas que ainda não haviam preenchido todos os requisitos</p><p>legalmente estabelecidos para a concessão da aposentadoria e pensão.</p><p>Sobre o tema, aponte o princípio do Direito Administrativo que rege o</p><p>estabelecimento das regras de transição na concessão da aposentadoria e pensão.</p><p>a) Princípio da proteção à confiança.</p><p>b) Princípio da autotutela.</p><p>c) Princípio da indisponibilidade.</p><p>d) Princípio da supremacia do interesse público.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 35 |</p><p>e) Princípio da precaução.</p><p>QUESTÃO 16 - Leia texto a seguir.</p><p>As atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado para benefício da</p><p>coletividade. Mesmo quando age em vista de algum interesse estatal imediato, o fim</p><p>último de sua atuação deve ser voltado para o atendimento das necessidades da</p><p>coletividade. Se, no entanto, não estiver presente esse objetivo, a atuação estatal</p><p>estará inquinada de desvio de finalidade.</p><p>O texto refere-se ao princípio da Administração Pública da</p><p>a) segurança jurídica.</p><p>b) continuidade do serviço público.</p><p>c) eficiência.</p><p>d) supremacia do interesse público.</p><p>e) dignidade da pessoa humana.</p><p>QUESTÃO 17 - O indivíduo em si não é o destinatário da atividade administrativa, as</p><p>sim o grupo social como um todo. Portanto, as relações sociais ensejam, em</p><p>determinados momentos, um conflito de interesses, no qual o coletivo prevalece.</p><p>Nessa situação, o princípio que proporciona tal possibilidade é o da</p><p>a) mutabilidade.</p><p>b) supremacia do interesse público.</p><p>c) ambiguidade nula.</p><p>d) anulabilidade dos atos administrativos.</p><p>e) continuidade do serviço público de interesse coletivo</p><p>QUESTÃO 18 - Os princípios que regem a Administração Pública podem ser divididos</p><p>em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse</p><p>assunto, assinale a alternativa que apresenta apenas princípios expressamente</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 36 |</p><p>previstos na Constituição Federal de 1988 (CF).</p><p>a) legalidade, moralidade, eficiência e continuidade dos serviços públicos</p><p>b) legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e supremacia do interesse</p><p>público</p><p>c) legalidade, moralidade, eficiência, continuidade dos serviços públicos e</p><p>supremacia do interesse público</p><p>d) legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, proporcionalidade e</p><p>autotutela</p><p>e) legalidade, publicidade, moralidade, eficiência e impessoalidade.</p><p>QUESTÃO 19 - Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública</p><p>e do regime jurídico-administrativo, julgue o item que se segue.</p><p>A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em</p><p>um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos</p><p>princípios que estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o</p><p>princípio da legalidade.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>QUESTÃO 20 - O regime jurídico administrativo é formado por princípios explícitos e</p><p>implícitos.</p><p>Oferecendo unidade a esse regime jurídico temos, como ponto de partida, o texto da</p><p>Constituição Federal de 1988. São elementos do regime jurídico administrativo</p><p>reconhecidos pela doutrina nacional e não positivados no texto constitucional</p><p>a) a supremacia e a indisponibilidade do interesse público sobre o privado.</p><p>b) a presunção de inocência e a defesa do meio ambiente ecologicamente</p><p>equilibrado.</p><p>c) o in dubi pro reu e a soberania.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 37 |</p><p>d) o devido processo legal e a livre concorrência.</p><p>QUESTÃO 21 - A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>a) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar</p><p>atos administrativos.</p><p>b) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia</p><p>do interesse público equivalem-se.</p><p>c) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência.</p><p>d) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público.</p><p>e) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da</p><p>eficiência.</p><p>QUESTÃO 22 - O regime jurídico-administrativo caracteriza-se por</p><p>a) priorizar o interesse do governante sobre a vontade dos governados, em proteção</p><p>às minorias.</p><p>b) princípios específicos, como a supremacia e a indisponibilidade do interesse</p><p>público.</p><p>c) um conjunto de normas e princípios próprios de direito público e de direito privado,</p><p>considerando que a Administração Pública também celebra contratos típicos de</p><p>direito privado.</p><p>d) estabelecer as prioridades da Administração Pública, de acordo com a plataforma</p><p>política do eleito.</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 38 |</p><p>3.1 Gabarito</p><p>01 D 17 B</p><p>02 B 18 E</p><p>03 C 19 C</p><p>04 A 20 A</p><p>05 A 21 C</p><p>06 A 22 B</p><p>07 E</p><p>08 D</p><p>09 D</p><p>10 C</p><p>11 E</p><p>12 E</p><p>13 E</p><p>14 C</p><p>15 A</p><p>16 D</p><p>Caro aluno e aluna, finalizando por aqui nossa aula sobre os princípios</p><p>administrativos, note que falamos sobre algumas breves conceituações acerca do que</p><p>são princípios, definindo-os e compreendendo quais são os dois princípios que</p><p>embasam todos os outros.</p><p>Estudamos também os princípios do LIMPE, que você pode utilizar para elaborar um</p><p>esquema que o permita associar e memorizar mais rapidamente. Aproveite então para</p><p>fazer boas anotações sobre o conteúdo e não deixe de revisar o material! Mantenha-</p><p>se firme nos estudos e siga comigo para a nossa próxima aula, onde vamos continuar</p><p>falando sobre outros princípios administrativos. Faça uma breve pausa e volte logo!</p><p>Estou em seu aguardo para o nosso próximo encontro!</p><p>Direito Administrativo |</p><p>Questões para treinar</p><p>www.focusconcursos.com.br | 39 |</p><p>VAMOS COMEÇAR!</p>

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