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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Administração pública: conceito e 
princípios. 
www.monsterconcursos.com.br pág. 2 
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Olá Monster Guerreiro, antes de adentrar no Direito Administrativo é de fundamental importância que você saiba o 
que é o direito administrativo ou melhor para que serve o direito administrativo. 
 
Para definirmos o que é o direito administrativo devemos considerar o que os principais doutrinadores dizem a 
respeito do tema, pois é o que é cobrado em provas. Queria salientar a você Monster Guerreiro, que o direito 
administrativo é um Ramo do direito público no qual não é codificado, ou seja, não existe uma lei ou código 
específico para tratar de toda matéria, diferente do que ocorre em outros ramos do direito, por exemplo o Direito 
Penal, toda a base de estudos está centralizada no Código Penal. 
 
Já que o direito administrativo não tem um código específico daí você está se perguntando, como vou estudar o 
direito administrativo? Simples estudaremos basicamente através das leis em sentido amplo, doutrinas, 
jurisprudência, não se preocupe que estudaremos esse tema logo adiante quando estivermos falando sobre as 
fontes do direito administrativo. 
Depois dessas considerações vamos lá conhecer o conceito de direito administrativo e para que serve, BORA !!! 
 
 Segundo “Direito Administrativo é o conjunto harmônico de Princípios jurídicos que regem os órgãos, os 
agentes, as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente os fins desejados do 
Estado”. 
 
 Maria Sylvia Di Pietro “Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto órgãos, agentes 
e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa 
que exerce e os bens de que utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”. 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello “O Direito Administrativo e o ramo do Direito Público que disciplina o exercício 
da função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a desempenham. ” 
Administração pública 
Antes de uma definição, é importante compreender que a administração pública pode ser vista em vários sentidos, 
destacando-se em sentido amplo e estrito e em sentido subjetivo e objetivo. 
Em sentido amplo engloba Atividade Política e Atividade Administrativa. Incluindo tanto os órgãos 
governamentais que estabelecem os planos, as metas políticas quantos órgãos administrativos, destinados à 
execução dos planos do governo. 
Deve-se entender por função política, nesse contexto, a elaboração das diretrizes e programas de ação 
governamental, dos planos de atuação estatal, a determinação das denominadas políticas públicas. De outra parte, 
função administrativa resume-se à simples execução de forma profissional, técnica, neutra das políticas públicas 
formuladas no Exercício da atividade política. 
Administração pública em sentido estrito, não se preocupa com atividade política e os órgãos governamentais 
e, assim, corresponde, exclusivamente, a função administrativa exercida pelos órgãos administrativos. é apenas 
nesse sentido que a expressão Administração pública interessa ao direito administrativo. 
Monster guerreiros, administração pública em sentido estrito, pode ainda ser analisada no sentido objetivo, 
material ou funcional e no sentido subjetivo formal ou orgânico, fique ligado nesses conceitos pois podem cair na 
sua prova é muito comum o examinador cobrar a diferença desses conceitos na prova. 
 
 
 
http://www.monsterconcursos.com.br/
www.monsterconcursos.com.br pág. 3 
 
I. CRITÉRIO FORMAL, ORGÂNICO OU SUBJETIVO (FOS) 
No sentido subjetivo formal orgânico diz respeito ao conjunto de pessoas jurídicas, órgãos públicos e 
agentes públicos que realizam atividade administrativa. Aqui, o que é levado em conta é quem faz 
atividade administrativa, quem integra a administração pública. 
A administração pública nada mais é do que a máquina administrativa: Órgãos, Agentes e Bens que 
compõem essa estrutura. 
 
II. CRITÉRIO MATERIAL OU OBJETIVO 
No sentido objetivo, material ou funcional refere-se à administração pública como atividade destinada a 
satisfazer as necessidades coletivas; é atividade administrativa. A ênfase, nesse sentido, é para atividade, 
para o que é desempenhado. o que importa é que é a função, o conteúdo da atividade e não quem a 
executa. 
De acordo com Maria Silvia Zanella di Pietro, administração pública desempenha as seguintes atividades 
Serviço Públicos, a Polícia Administrativa e o Fomento, mas há quem inclua, também, a intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADM PÚBLICA 
FORMAL, ORGÂNICO OU SUBJETIVO (FOS - OABPJ) 
A administração pública nada mais é do que a máquina 
administrativa: Órgãos, Agentes e Bens que compõem 
essa estrutura 
Objetivo (material/funcional): relaciona-se à atividade 
administrativa desempenhada pelo Estado. 
 
http://www.monsterconcursos.com.br/
www.monsterconcursos.com.br pág. 4 
 
Princípios da Administração Pública 
Bisonhos, estudaremos agora os princípios da administração pública tema que com certeza vai ser cobrado na sua 
prova! antes de estudar cada princípio é importante entender, O que são princípios? Parece ser muito simples, 
porém já vi questão de prova cobrando a definição de princípios então a necessidade de sabermos tal definição. 
Os princípios, São normas jurídicas e, como tal, obrigam igualmente os seus destinatários, isto é, aqueles que têm o 
dever de reconhecer a sua incidência em cada caso concreto (os aplicadores do direito). Os princípios jurídicos não 
são meras recomendações, conselhos, programas facultativos ou cartas de intenções. São normas jurídicas de 
observância obrigatória e, se diz respeitados, acarreta sanções jurídicas concretas, a exemplo da nulidade de um ato 
administrativo, da responsabilização disciplinar do agente público e etc. Vale salientar que os princípios devem ser 
observados por toda administração seja ela direta ou indireta. 
Monster Guerreiros, nem todos os princípios da administração pública estão expressos na Constituição ou em 
textos legislativos, quer dizer, existem princípios que não estão expressos em nenhum ato legislativo, esses 
princípios chamamos de princípios implícitos e, nem por isso, podem ser desrespeitados, dos quais são exemplos o 
princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público que são 
princípios importantíssimos de observância obrigatória, mas que não estão expressos em nenhuma lei. Por outro 
lado, existem princípios que estão expressos em leis (Constituição Federal e Legislação infraconstitucional) como por 
exemplos os princípios consagrados no artigo 37 caput da Constituição Federal, os princípios da legalidade, da 
moralidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência. Além dos princípios expressos na Constituição Federal 
temos também princípios expressos na legislação infraconstitucional, ou seja fora da Constituição, Com por exemplo 
a lei 9.784 de 99( lei do processo administrativo Federal), que em seu artigo 2º de maneira expressa, determina a 
observância dos seguintes princípios: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Tanto os princípios 
expressos na Constituição Federal como os princípios da lei 9.784 /99 todos eles são princípios expressos pois estão 
escritos uma determinada lei. 
Princípios Constitucionais ou expressos 
São considerados Princípios expressos, aqueles que estão localizados no bojo do texto Constitucional,e devem ser 
observados por toda a Administração Pública (Direta e Indireta), todas as Esferas de Governo (Federal, Estadual, 
Distrital e Municipal) e Todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), segundo o caput do art. 37, da C.F./88: 
a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. CF/88 “Art. 37. A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUICIONAIS DO ART 
37/CF 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
 
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www.monsterconcursos.com.br pág. 5 
 
Princípio da Legalidade 
Por este princípio podemos afirmar que o Estado só faz aquilo que a lei determinar, ou seja, um ato legal, legítimo é 
aquele praticado de acordo com os ditames legais. O cidadão pode fazer tudo o que a lei não proibir, segundo o art. 
5º, II, da CF/88, mas, o agir da Administração Pública necessita estar previsto em lei, esta deve agir quando, como e 
da forma que a lei determinar. O ato administrativo praticado pelo Agente Público sem a observância da legalidade, 
torna o ato nulo de pleno direito, tendo em vista, a presença de um vício insanável em sua estrutura, chamado de 
ilegalidade. 
Princípio da Moralidade 
Atuação administrativa além de ser legal tem que ser moral. Tem que estar de acordo com a boa-fé, com a moral, 
com a ética, com a honestidade, com a lealdade, com probidade. Mesmo que em determinada situação seja 
respaldada pelo ordenamento jurídico, o ato pode ser considerado viciado por afrontar o princípio da moralidade. 
O exemplo comumente apresentado como materialização do princípio da moralidade e a vedação ao nepotismo, 
pois não há lei específica vedando a contratação de parentes para cargos comissionados na administração pública. 
Entretanto, essa prática nociva Viola impessoalidade e, de maneira mais específica, a moralidade administrativa. 
Nesse sentido, STF aprovou a súmula vinculante número 13, e por ela, está proibida nomeação para cargo em 
comissão do cônjuge ou companheiro e dos parentes, em linha reta, colateral e por afinidade, até o 3º grau, 
inclusive, da autoridade nomeante outro servidor que já é ocupante de cargo em comissão na mesma pessoa 
jurídica. 
Assim não podem ser nomeados o cônjuge/ companheiro (a) e os seguintes parentes: 
Em linha reta: filhos, netos, bisnetos, pai/ mãe, Avô(avó),Bisavô(ó); 
E linha colateral: irmão, tio, sobrinho; 
Por afinidade: sogro, genro/ nora, padrasto/ Madrasta, enteado e cunhado. 
Por outro lado, por exemplo, podem ser nomeados: primo, sobrinho-neto,concunhado ( até porque, juridicamente, 
não é parente). 
É bom salientar que a súmula vinculante proíbe, ainda, as designações recíprocas. Por exemplo, não pode o Prefeito 
Nomear para seu assessor o filho do presidente da Câmara Municipal e este, por sua vez, é proibido de nomear o 
filho do prefeito como o seu assessor. Da mesma forma, o irmão do diretor do posto de saúde- Cargo em comissão- 
não pode ser nomeado para Cargo comissionado no município pois seu irmão já é ocupante de cargo de direção. 
Por outro lado, deve ficar bem claro que a proibição apenas alcança os ocupantes de cargo em comissão, não 
atingindo o ingresso por concurso público, pois, no caso, acabo efetivo e não comissionado. Por exemplo, o cônjuge 
o filho ou irmão de alguém que já ocupe Cargo em comissão uma pessoa estatal, Caso seja aprovado em concurso 
público, não terá nenhum impedimento para ser investido no cargo. 
Por fim, cabe ressaltar que o STF delimitou os efeitos da súmula vinculante 13, fixando entendimento que a vedação 
não se estende aos agentes políticos sendo restrita a cargos administrativos. Portanto, por exemplo, o Presidente 
da República pode nomear sua esposa como Ministra, Governador pode nomear seu filho como secretário de estado 
e o prefeito pode nomear seu irmão como secretário municipal. 
Hipóteses exemplificativas de imoralidade administrativa: 
Atos de improbidade administrativa que importem em enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei 8429/92). Ex: Utilização 
em obra ou serviço particular, de veículos, materiais ou equipamentos públicos. 
Atos de improbidade administrativa que importem em prejuízo ao erário (art. 10 da Lei 8429/92). Ex: Aquisição, 
permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao do mercado. 
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Atos de improbidade administrativa que atentem contra os princípios da Administração (art. 11 da Lei 8429/92). Ex: 
Fraude à licitude de concurso público. 
É crime de responsabilidade o ato do Presidente da República que atente contra a Constituição Federal, 
especialmente contra probidade administrativa (art. 85, V da CF). 
Os atos imorais podem ser anulados pelo Poder Judiciário principalmente por meio de: 
a) ação popular (CF , art. 5º , LXXIII e Lei 4.717 /65): sujeito ativo - cidadão (eleitor); e 
b) ação de improbidade administrativa (Lei 8.429 /92): sujeitos ativos - entidade prejudicada e Ministério Público. 
Princípio da Publicidade 
A Constituição garante aos indivíduos o direito à privacidade e à intimidade, ou seja, cada pessoa tem o direito de 
isolar parte da sua vida do conhecimento alheio. Esses direitos não se aplicam aos agentes públicos quando atuam 
no exercício de suas funções. A administração pública tem o dever de transparência, isto é, seus atos devem ser 
levados ao conhecimento da população. 
A publicidade dos atos da administração pública tem as seguintes finalidades: 
a) conferir eficácia (ou, segundo alguns autores, exequibilidade) para os atos da administração. Assim, o ato 
somente torna-se obrigatório para seus destinatários quando for publicado; 
b) possibilitar o controle do ato pela população (que pode ajuizar uma ação popular ou interpor um requerimento 
administrativo) ou por outros órgãos públicos (como o Ministério Público, que atua por meio da ação civil pública ou 
por meio de recomendações aos órgãos públicos). 
A publicidade, por ser interna (dirigida aos integrantes do órgão ou da entidade) ou externa (dirigida aos cidadãos 
em geral), deve obedecer à forma prescrita em lei, que, normalmente, exige a publicação do ato no Diário Oficial. 
Excepcionalmente, a lei determina a publicação em jornal de grande circulação ou mesmo a utilização da internet. 
Nos processos administrativos, as comunicações processuais aos interessados devem ser feitas por meio de 
intimação. Assim, a publicidade é um ato formal, sob pena de nulidade. 
De acordo com a Constituição, o direito à publicidade da administração pública pode ser defendido 
administrativamente por meio: 
a) do direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e 
b) da obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal. 
Enquanto o direito de petição é utilizado para possibilitar o acesso a informações de interesse coletivo, o direito de 
certidão é utilizado para a obtenção de informações que dizem respeito ao próprio requerente. 
Judicialmente, a transparência administrativa pode ser defendida por meio de duas ações previstas na 
Constituição: 
a) o mandado de segurança, para informações de interesse coletivo; e 
b) o habeas data, para o acesso e a retificação de informações pessoais constantes em bancos de dados públicos ou 
de caráter público. 
O sigilo é lícito na administração pública em situações nas quais a publicidade possa acarretar lesão a outro direito 
protegido constitucionalmente. Ex.: osatos do procedimento licitatório são públicos, exceto a apresentação das 
propostas, pois, se um dos licitantes souber das propostas dos outros, antes de apresentar a sua, haverá uma 
vantagem indevida e uma violação ao princípio da isonomia. 
A Constituição enumera os seguintes casos de sigilo: 
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a) imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII, regulamentado pelas Leis 8.159 
/91 e 11.111 /2005 e pelo Decreto 4.533 /2002); e 
b) defesa da intimidade (art. 5º, LX). 
Princípio da Impessoalidade 
A atuação das pessoas em geral é movida por seus interesses egoísticos, ou seja, busca-se a satisfação das próprias 
necessidades ou daqueles que lhes são próximos. A administração pública, porém, deve ter como finalidade 
essencial a satisfação do interesse público, buscando as melhores alternativas para a sociedade como um todo. E, 
por "interesse público", não deve se compreender alguma concepção ideológica pessoal do agente, mas aquilo que 
é definido como tal pelo Direito. Portanto, o princípio da impessoalidade (ou da finalidade) decorre diretamente do 
princípio da legalidade. 
Atuar impessoalmente, portanto, significa ter sempre a finalidade de satisfazer os interesses coletivos, mesmo que, 
nesse processo, interesses privados sejam beneficiados ou prejudicados. 
Impessoalidade também significa imparcialidade e isonomia, pois, a função da administração pública é a execução 
da lei, independentemente de quem sejam os interesses beneficiados ou prejudicados. Até mesmo os próprios 
interesses do Estado, enquanto pessoa jurídica, somente podem ser satisfeitos se estiverem respaldados pela lei. 
Os atos da administração devem sempre estar de acordo com a finalidade genérica (satisfação do interesse público) 
e com sua finalidade específica, que lhe é própria. A desobediência a qualquer uma dessas finalidades constitui uma 
espécie de abuso de poder chamada de desvio de finalidade ou de desvio de poder. Ex.: a remoção de um servidor 
de uma localidade para outra tem o objetivo de suprir a necessidade de pessoal no local de destino (finalidade 
específica). Caso seja utilizada para puni-lo ou por simples perseguição pessoal, haverá desvio de poder. 
A Constituição Federal impõe conduta impessoal em todos os atos da administração pública, notadamente os de 
publicidade, nos quais, a pretexto de informar as realizações do governo, faz-se, de forma extremamente frequente, 
propaganda político-partidária. Nesse sentido, dispõe o art. 37: 
"§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos." 
A Lei 9.784 /99 também dispõe sobre a impessoalidade, denominando-a de princípio da finalidade, exigindo, no 
Parágrafo único do art. 2º : 
"III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; 
(...) 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se 
dirige..." 
Princípio da Eficiência 
Pelo princípio da eficiência, administração pública deve atuar de maneira a buscar resultados e não simplesmente 
agir. Isto é, atuação administrativa deve buscar a melhor relação custo-benefício, deve ser feita a utilização dos 
recursos, o devido planejamento e estabelecimento de metas e a fiscalização do efetivo cumprimento do que foi 
planejado. 
Eficiência, em síntese, é a relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados. Assim, um procedimento 
administrativo é eficiente quando empregar um pequeno número de recursos (materiais, humanos e de tempo) para 
produzir um grande número de resultados. Não se confunde com eficácia, que é qualidade do ato administrativo que 
possibilita a produção de efeitos jurídicos. Assim, ato eficaz é aquele que cria, modifica ou extingue direitos, 
enquanto que o ato ineficaz é aquele que ainda não tem efeitos jurídicos, porque ainda não veio a tê-los (atos 
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www.monsterconcursos.com.br pág. 8 
 
pendentes) ou porque estes já foram totalmente produzidos (atos exauridos). Também não se confunde com 
efetividade, que é qualidade de tudo aquilo que está, de fato, sendo executado. Assim, um ato pode ser eficaz, mas 
não ter efetividade se for sistematicamente descumprido. 
Para finalizar bisonho, Vale salientar que o princípio da eficiência foi o último princípio a ser inserido no caput do 
artigo 37 da Constituição Federal. 
FIQUE LIGADO!!! 
Além dos princípios previstos expressamente na Constituição Federal, temos previsão taxativa em diversas leis, 
como na Lei 9.784/1999, que dispõe sobre o processo administrativo na Administração Pública Federal, na Lei 
8.666/1993, que estabelece normas gerais de licitações e contratos, e na Lei 12.462/2011, que disciplina o regime 
diferenciado de contratações públicas. As normas infraconstitucionais também apresentam princípios expressos 
aplicáveis à Administração Pública. Vejamos alguns exemplos: 
Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos): “Art. 3º A licitação [...] será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo 
[...].” 
Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo da Administração Pública Federal): “Art. 2o A Administração Pública 
obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. ” 
Lei 12.462/2011 (Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas): “Art. 3o As licitações e contratações 
realizadas em conformidade com o RDC deverão observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do 
desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. ” 
Princípio da Supremacia do Interesse Público 
Princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito. Segundo Esse princípio o interesse público é 
supremo sobre interesse particular, e todas as condutas estatais tem como finalidade a satisfação das necessidades 
coletivas. Nesse sentido, os interesses da sociedade devem prevalecer diante das necessidades específicas dos em, 
havendo a sobreposição das garantias do corpo coletivo, quando em conflito com as necessidades de um cidadão 
isoladamente. Em razão dessa da busca pelo interesse público, a administra situação privilegiada, quando se 
relaciona com os particulares. 
São exemplos de prerrogativas de direito público da administração pública, derivadas diretamente do princípio da 
supremacia do interesse público: 
As diversas formas de intervenção na propriedade privada, como a desapropriação (assegurada a justa e prévia 
indenização); a requisição administrativa, em que o interesse público autoriza o uso da propriedade privada, sem 
remuneração, só havendo indenização ulterior, se houver dano; o tombamento de um imóvel de interesse histórico; 
A existência das denominadas causas exorbitantes nos contratos administrativos, possibilitando à administração, 
por exemplo, modificar o rescindir unilateralmente o contrato; 
 As diversas formas de exercício do Poder de polícia administrativa, traduzidas nas limitações ou condicionamento 
ao exercício de atividades privadas, tendo em contao interesse público; 
 A presunção de legitimidade dos atos administrativos, que impõe aos particulares o ônus te provar eventuais vícios 
que entendam existir no ato, a fim de obter uma decisão administrativa ou provimento judicial que afaste a sua 
aplicação. 
 
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Princípio da Indisponibilidade do interesse Público 
Diz que, todos os bens e interesses gerenciados pela Administração Pública e seus agentes pertencem ao povo. Isso 
quer dizer que, nenhum agente público pode pôr em prática qualquer ato que implique em renúncia de direitos ou 
prejuízos para a sociedade. 
Nesse sentido, é incompatível com esse princípio por exemplo, a renúncia a uma multa, sem a respectiva 
previsão legal ou, ainda, alienação de imóvel público sem observância da legislação (artigo 17 da lei 
8666/93 exige autorização Legislativa e, em regra, licitação). 
 
 
Princípio da Razoabilidade 
Este princípio Visa impedir uma atuação desarrazoada ou despropositada do administrador, definindo o quê o 
agente não se pode valer de seu cargo ou função, com intenção de cumprir a lei, para agir de forma ilegal e arbitrária 
fora dos padrões éticos e adequados ao senso comum. Este princípio representa certo limite para discricionariedade 
do administrador, uma vez que, mesmo diante situações em que a lei define mais de uma possibilidade de 
atuação, ainda é prestação do agente estatal deve se pautar pelos padrões de escolha efetivados pelo homem 
médio da sociedade, sem o cometimento de excesso. 
 
O princípio da razoabilidade é uma diretriz de senso comum, ou mais exatamente, de bom-senso, aplicada 
ao Direito. 
 
O princípio da razoabilidade e o da proporcionalidade que estudaremos logo a pouco, São princípios que 
não estão expressos na Constituição Federal,porém estão expressos na lei 9784/99. 
 
Princípio da Proporcionalidade 
Espera-se sempre uma atuação proporcional do agente público, o equilíbrio entre os motivos que deram ensejo a 
prática do ato e a consequência jurídica da conduta. A grande finalidade deste princípio evitar abusos na atuação de 
agentes públicos, ou seja, impedir que as condutas inadequadas desses agentes ultrapassem os limites no que tange 
adequação, no desempenho de suas funções em relação aos fatos que ensejaram a conduta do Estado. Logo, buscar 
o equilíbrio entre o ato praticado e os fins a serem alcançados pela administração pública é a essencialidade desse 
princípio. 
 
Ao valorar os conceitos inseridos no princípio da proporcionalidade, impõe-se ao órgão julgador disciplinar o dever 
de uma avaliação criteriosa e comparativa da falta funcional com a pena a ser aplicada, de forma a encontrar 
quantidades proporcionais em si, de modo a alcançar uma relação de harmonia e justiça. 
 
Em sua essência, a proporcionalidade nos remete à ideia de quantidade da aplicação da pena. 
 
Princípio da autotutela 
É o dever da administração pública de controlar os seus próprios atos quanto à legalidade e o mérito. 
Autotutela significa administração cuidar de si própria. E com fundamento nesse princípio ela pode anular os seus 
atos quando possuírem vícios de legalidade, ou revogar, quando se tornarem inconvenientes ou inoportunos em 
face do interesse público. 
Nesse sentido, dispõe a Súmula 346, do Supremo Tribunal Federal: "a administração pública pode declarar a 
nulidade dos seus próprios atos". No mesmo rumo é a Súmula 473, também da Suprema Corte, "a administração 
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". 
 
Outrossim, a autotutela refere-se também ao poder da Administração de zelar pelos bens que integram seu 
patrimônio, sem a necessidade de título fornecido pelo Judiciário. 
 
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Princípio da Motivação 
Motivar significado de mostrar por escrito, os motivos, os pressupostos e de fato e de direito, que levaram o 
administrador a praticar o ato administrativo. O administrador deve justificar, fundamentar, a prática do ato. Por 
isso, Esse princípio, também, é denominado princípio da fundamentação. 
 
O princípio da motivação está expresso na lei Lei 9.784/1999, portanto, é considerado um princípio Expresso. 
 
Princípio da Isonomia 
Isonomia, veda o tratamento diferenciado às pessoas por motivo de índole pessoal, de forma a garantir uma 
padronização de condutas do estado em relação aos cidadãos.Por outro lado, em suas Aspecto material, a isonomia 
justifica tratamento diferenciado como forma de igualar juridicamente aqueles que são desiguais faticamente. 
Nesse sentido, o prefeito determina que a administração pública deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os 
desiguais na medida das suas desigualdades. 
 
Isonomia justifica, portanto, o estabelecimento de garantias a determinados grupos socialmente prejudicados como 
forma de diminuir as desigualdades em relação ao restante da coletividade, sendo base da criação de ações 
afirmativas que visam à inclusão de pessoas menos favorecidas na sociedade. Por exemplo, a legislação cria ou 
obrigatoriedade de estabelecer o número de vagas em concursos públicos destinados aos portadores de 
deficiência. 
 
Ademais, não se pode exigir nenhum outro critério para admissão de pessoal do serviço público, sob pena de violar a 
isonomia da competição. Dessa forma, a súmula 683 do STF definir que qualquer outra restrição, como por exemplo, 
de idade, para ingresso em cargo público, somente justifica-se necessária ao exercício das funções do cargo a ser 
preenchido. 
 
Sendo assim, é possível definir restrições para ingresso no serviço público Com base no limite de idade, desde que 
seja necessário para o bom exercício da atividade pública, não se admitindo a restrição de forma injustificada. 
 
Princípio da Especialidade 
Decorrência dos princípios da legalidade e indisponibilidade do interesse público. 
 
Concerne à ideia de descentralização administrativa. O Estado cria pessoas jurídicas públicas administrativas 
(autarquias) como forma de descentralizar a prestação de serviços públicos, com vistas à especialização da função. 
 
A lei que as cria estabelece com precisão as finalidades a serem atendidas. 
 
 
 
 
 
 
ANULAÇÃO 
Ato Ilegal (vício 
de Legalidade) 
EX TUNC / Retroativo 
REVOGAÇÃO 
Ato Legal / Por razões 
de oportunidade e 
conveniência 
administrativa. 
EX NUNC / Nunca retroagi 
/Sempre para frente 
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Princípio da Hierarquia 
Segundo este Princípio, a Administração Pública Organize-se, estrutura-se, criando uma relação de coordenação e 
subordinação entre os diversos órgãos criados. Com isso, distribuir funções a cada um deles, mas o faz de maneira 
escalonada. é com base na hierarquia que podem ocorrer a delegação e avocação. 
 
É muito importante ressaltar que somente existirá aqui ou subordinação dentro da mesma pessoa jurídica, entre 
seus diversos órgãos. A Hierarquia não existe entre pessoas jurídicas diferentes. Assim, entre uma autarquia E o 
respectivo ministério há uma relação de vinculação e não de subordinação. 
 
Princípio da Continuidade do Serviço Público 
Atividade administrativa referente à prestação dos serviços devem ser ininterruptas. o serviço público não pode 
parar. 
Todavia, há situações em que existe previsão legal para que o serviço seja interrompido. a lei 8987 no artigo 6 
parágrafo primeiro, estabelece que pode ocorrera interrupção do serviço público em caso de emergência ou, após 
prévio aviso, por motivo de ordem técnica ou de segurança das instalações e por motivo de inadimplência do 
usuário. 
 
Com fundamento no princípio da continuidade de serviço público, pode haver restrições ao exercício do direito de 
greve do servidor público.Para que não ocorra interrupção do serviço público, não é possível que se permite a greve 
de todo o efetivo dos servidores públicos civis. Deve ocorrer a compatibilização do direito de greve com o princípio 
da continuidade no serviço público. 
 
Princípio de legitimidade 
Esse princípio é intimamente relacionado com princípio da legalidade, pois, se atuação administrativa deve cidade de 
acordo com a lei e com o direito, presume-se que todo ato administrativo praticado seja legal. Entretanto, trata-se 
de presunção relativa, pois admite prova em contrário. 
 
A consequência é que as decisões da Administração Pública são de execução imediata e tem a possibilidade de criar 
obrigações para o particular, independentemente de sua concordância. 
 
Princípio da Tutela ou Controle 
Por esse princípio, administração direta controla, fiscaliza as atividades das entidades da administração indireta 
(autarquia, fundação pública, sociedade economia mista, empresa pública). 
 
Não deve ser confundido com o princípio da autotutela, Pois por isso ocorre a anulação a revogação dos atos 
administrativos praticados pela própria pessoa jurídica. já, pelo princípio da tutela, ocorre o controle de finalidade 
das entidades da administração indireta, quer dizer, há um controle para se verificar se essas entidades estão 
cumprindo as finalidades para as quais foram criadas. 
 
Princípio da Contraditório e da Ampla defesa 
Trata-se de princípios expressos no texto condicional em seu artigo 5°, como garantia fundamental do Cidadão. 
 
Art. 5º LIV CF – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. 
 
Art. 5º LV CF – aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
 
Exigência de um processo formal regular para que sejam atingidas a liberdade e o patrimônio de quem quer que 
seja. A Administração Pública antes de tomar a decisão gravosa deve possibilitar o contraditório a ampla defesa, 
inclusive o direito de recorrer. 
 
O processo é garantia da democracia realizável pelo direito. 
 
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Princípio do Controle Judicial dos Atos Administrativos 
Conforme o inciso XXXV, do Artigo 5º, da carta maior, “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça de lesão a direito”, de maneira que o Princípio aí consignado tutela os cidadãos contra leis ou providências 
da administração – dessa emanadas – que venham ou possam vir a determinar aludidas consequências. 
 
Significa que os atos administrativos são controláveis judicialmente e que apenas o poder judiciário, na função 
jurisdicional, pode decidir de maneira definitiva a respeito. 
 
Princípio da Segurança jurídica 
Veda a aplicação retroativa de nova interpretação de lei no âmbito da Administração Pública e permite que o 
cidadão tenha segurança nas relações que trava com a Administração Pública. Está ligado à boa – fé. 
 
Falando ainda do princípio da segurança jurídica, Administração pública decai, após 5 anos, do direito de anular os 
atos administrativos, quando seus efeitos forem benéficos ao destinatário e não tem ocorrido má-fé 
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