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<p>Arte greco-romana e a estética de seu</p><p>tempo</p><p>Apresentação</p><p>Seja bem-vindo!</p><p>A estética começou a ser estudada na Grécia, como a filosofia da beleza. As manifestações</p><p>artísticas, como a pintura, a escultura e a arquitetura, seguiam padrões de beleza que foram</p><p>evoluindo. Ainda, é possível afirmar que a arte romana é influenciada pela arquitetura grega, sendo</p><p>as características de cada período facilmente identificadas – como a imponência das colunas gregas</p><p>e os arcos e cúpulas romanas.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar os conceitos de estética nos períodos</p><p>Clássico Greco-romano, bem como definir os padrões das obras durante esse recorte histórico e</p><p>delimitar as características desses padrões expressas nas artes.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Definir o conceito de estética na arte greco-romana.•</p><p>Identificar os padrões de estética nas obras do período.•</p><p>Analisar as características desses padrões expressas na arquitetura e nas artes greco-romanas.•</p><p>Infográfico</p><p>No Infográfico a seguir, você vai conhecer o Panteão, considerado o maior símbolo da arquitetura</p><p>romana e que possui detalhes aparentemente impossíveis de executar naquela época. Novos</p><p>materiais, tecnologias construtivas, formas e aparências.</p><p>Seguindo o padrão estético da época, tem sua forma baseada em padrões geométricos e usa e</p><p>abusa da simetria e racionalidade na construção. Agora, descubra o que esse projeto arquitetônico</p><p>tem.</p><p>Conteúdo do livro</p><p>Os conceitos de estética nos períodos Clássico e Greco-romano foram abordados em diversas</p><p>manifestações artísticas. Diante desse contexto, é possível destacar a arquitetura, que foi a arte</p><p>mais fortalecida naqueles períodos. Também compreende a análise do homem e o papel da mulher</p><p>como imagem e função na sociedade.</p><p>No capítulo A arte greco-romana e a estética de seu tempo, da obra Estética, você vai conhecer os</p><p>conceitos de estética abordados nos períodos grego e romano, como eles evoluiram na história e</p><p>que características os exemplos apresentam em relação à beleza.</p><p>Boa leitura.</p><p>ESTÉTICA</p><p>ARQUITETURA</p><p>Mariana Comerlato Jardim</p><p>A arte greco-romana e a</p><p>estética de seu tempo</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Conceituar a conceito de estética na arte greco-romana.</p><p> Identificar os padrões de estética nas obras do período.</p><p> Analisar as características desses padrões expressas nas artes e na</p><p>arquitetura greco-romana.</p><p>Introdução</p><p>Neste capítulo, você vai estudar a arte greco-romana, também conhecida</p><p>como arte clássica, identificar os padrões estéticos das obras do contexto</p><p>histórico e verificar as características que esses padrões impunham às artes.</p><p>A estética da arte greco-romana</p><p>O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa defi ne o belo como algo “que tem</p><p>forma ou aparência agradável, perfeita, harmoniosa. Que desperta sentimentos</p><p>de admiração, de grandeza, de nobreza, de prazer, de perfeição”. Umberto Eco</p><p>também aborda o conceito de belo na obra História da Beleza. Nesse livro, ele</p><p>observa que o “[...] belo — junto com gracioso, bonito ou sublime, maravilhoso,</p><p>soberbo e expressões similares — é um adjetivo que usamos frequentemente</p><p>para indicar algo que nos agrada. Parece que, nesse sentido, aquilo que é belo</p><p>é igual àquilo que é bom e, de fato, em diversas épocas históricas criou-se um</p><p>laço estreito entre o Belo e o Bom” (ECO, 2004, p.).</p><p>As formas de beleza são inúmeras, e a ciência ainda tenta dar uma expli-</p><p>cação para esse processo. Ao longo da história, a estética, enquanto ramo da</p><p>U N I D A D E 2</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 1 18/04/2018 16:51:18</p><p>filosofia, tentou várias vezes explicar o conceito de belo. Vale lembrar ainda</p><p>que a beleza é uma experiência (um processo cognitivo, mental ou espiritual)</p><p>relacionada à percepção de elementos que agradam de forma singular aquele</p><p>que a experimenta.</p><p>A arte greco-romana está ligada à inteligência: o artista busca, por meio</p><p>da arte, expressar suas ideias e, numa busca constante pela perfeição, cria</p><p>uma arte de cunho intelectual. Nesse meio artístico, aliam-se estética e</p><p>ética, técnica e ciência, beleza e funcionalidade. Os artistas se importavam</p><p>com o realismo, tentando mostrar com mais entusiasmo o que era belo e</p><p>perfeito. Ainda é racionalista, isto é, exprime o que é concreto no mundo</p><p>que envolve o homem.</p><p>O termo grego mais próximo para beleza ou belo é kalón, que significa</p><p>aquilo que agrada, que suscita admiração, que atrai o olhar. Os gregos antigos,</p><p>contudo, não tinham uma definição clara sobre o que é beleza; eles associavam</p><p>a beleza a outros valores (MENEZES, 1965).</p><p>Para Platão, por exemplo, a beleza estava na sabedoria; a beleza de um ser</p><p>estaria em contato com uma beleza absoluta, que subsistiria no mundo puro</p><p>e eterno das ideias e seria sensível. Para o filósofo grego do século V a.C., o</p><p>belo está ligado a uma essência universal e não depende de quem observa,</p><p>pois já está contido no próprio objeto ou na criação. Platão acreditava ainda</p><p>que tudo o que existe no mundo sensível é apenas uma cópia do que está no</p><p>mundo inteligível. Sócrates, um dos três principais pensadores da Grécia</p><p>Antiga (470 a.C.), acreditava que o belo era um consentimento observado</p><p>pelos olhos e ouvidos, ou seja, o belo é permissível por meio dos sentidos</p><p>sensoriais. Na visão de Sócrates, “o belo é o útil”, isto é, a beleza não está</p><p>associada à aparência de um objeto, mas na experiência, em quão proveitoso</p><p>ele for (RIBEIRO, 2007).</p><p>A arte clássica grega estava baseada num sistema de proporções ideais e</p><p>nas primeiras experiências com a perspectiva. A sofisticação desse tipo de</p><p>desenho permitiu maior interpretação das figuras, de forma a humanizá-las.</p><p>Isso deixou os traços das faces mais sensíveis, com maior dramatização das</p><p>vestes e melhoramento na disposição das figuras.</p><p>A beleza grega exaltava o corpo masculino, que aparecia de forma nua</p><p>nos ginásios. Esses locais serviam para que os homens se exercitassem, a fim</p><p>de modelar o corpo, preparar os atletas para os jogos olímpicos e treinar os</p><p>soldados. Nesses locais, também se realizavam estudos de gramática, poesia,</p><p>retórica e filosofia — necessárias para o exercício da vida política. Estas,</p><p>então, completavam a educação masculina, harmonizavam a mente com o</p><p>corpo e faziam do homem um ser belo.</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo2</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 2 18/04/2018 16:51:19</p><p>A sociedade grega tinha um diferencial em relação aos outros períodos</p><p>históricos: uma forma mais livre de conceitos artísticos e culturais. Em ou-</p><p>tras palavras, as diversas formas de expressar os seus ideais eram o gosto e</p><p>a apreciação das ações humanas, além do simbólico e expressivo modo de</p><p>representar os acontecimentos históricos, temas religiosos e mitológicos.</p><p>Existia um gosto pelos deuses e pela figura masculina — guerreiros, seres</p><p>pensantes e que praticavam atividades. Para deixar evidente esse gosto, os</p><p>artistas gregos criavam esculturas com grau altíssimo de fidelidade e riqueza</p><p>de detalhes na representação dos homens e deuses.</p><p>Associado ao conceito de estética do filósofo empirista britânico David</p><p>Hume, conhecido por sua posição filosófica baseada no ceticismo, empirismo</p><p>e naturalismo, entende-se que as estátuas que representavam a sociedade grega</p><p>tinham valor estético por causa da relação muito forte na busca pelo conheci-</p><p>mento empírico. O motivo pelo qual elas estavam ali geraria uma curiosidade</p><p>que tornaria a obra bela, relacionando-a com os conceitos gregos de adoração.</p><p>Na Grécia, ainda levando em consideração as esculturas, havia uma relação</p><p>muito grande entre o homem e Deus, uma divindade. Assim, encaixa-se na</p><p>ideia de estética platônica, que era considerável quando se entende por um</p><p>lado os ideais gregos, as relações de adoração e amor pelos deuses somente.</p><p>Em contrapartida, foge do quadro de definição de estética de Platão quando se</p><p>deve mais</p><p>importância ao modo de fidelidade dos corpos e assim elevando a</p><p>beleza ao que se vê, apenas com os olhos. A diversidade estética na arte grega</p><p>relacionou-se também com o ideal de beleza de Aristóteles, na arquitetura,</p><p>nas pinturas e na confecção de utensílios como vasos. O filósofo, discípulo</p><p>de Platão, defendia o conceito de que uma obra era bela somente se ela fosse</p><p>capaz de promover a catarse em seus admiradores (RIBEIRO, 2007).</p><p>A catarse nada mais é que do que a purificação da alma e das ideias, a partir de uma</p><p>obra de arte. Por excelência, a catarse se dá na tragédia. Era por meio da tragédia que</p><p>as pessoas refletiam sobre o que a obra mostrava — ao contrário da comédia, que,</p><p>apesar de divertida, não promovia uma reflexão.</p><p>O conceito de belo na estética grega está fundamentalmente pautado na</p><p>concepção platônica/aristotélica de mundo; para eles, a arte se faz baseada em</p><p>equilíbrio, simetria, harmonia e proporcionalidade. Até hoje somos herdeiros</p><p>3A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 3 18/04/2018 16:51:19</p><p>dessa tradição, que se projetou no Renascimento — momento histórico no</p><p>qual tais preceitos foram revisitados — e que permeia o aspecto racional do</p><p>juízo de gosto que ainda propagamos na moda. Os gregos tiravam partido da</p><p>organização padronizada, que apresentava proporção adequada para que o</p><p>espectador ficasse em êxtase ao observar o objeto ou o local.</p><p>A arte grega era uma das manifestações históricas mais abrangentes em</p><p>suas relações com a estética. O modo de sobrevivência cultural e cotidiana</p><p>dos gregos levou as ideias dos filósofos a comparações totalmente relevantes</p><p>em determinado seguimento da época. Essas são as principais associações</p><p>da estética em si com a sociedade da Grécia Antiga.</p><p>Foi durante a ascensão de Atenas, no século V a.C., que os gregos começa-</p><p>ram a ter uma percepção mais clara do que era o belo estético. Nesse período,</p><p>ocorria o desenvolvimento das artes, especialmente da pintura e da escultura,</p><p>cujas imagens mostravam a beleza ideal. O corpo humano belo era aquele</p><p>que mostrava harmonia e proporção entre as partes. A beleza passou a ser</p><p>identificada com proporção — nascia assim uma matemática das proporções</p><p>do corpo humano.</p><p>Com a decadência da arte grega, a arte romana rouba o seu lugar a partir do</p><p>século I a.C. Exemplos de templos como a casa quadrada, em Nîmes (França),</p><p>construída em 16 a.C., apresentam características marcantes da estética grega.</p><p>Paralelamente, surge no Império Romano a prática da pintura com os murais</p><p>decorativos. A escultura romana, por sua vez, não apresenta evolução signi-</p><p>ficativa em relação à grega — talvez exprima a realidade mais fiel, apenas.</p><p>Essa arte também sofreu duas grandes influências: a da arte etrusca, po-</p><p>pular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da grego-helenística,</p><p>orientada para a expressão de um ideal de beleza. Embora não haja dúvida de</p><p>que as obras romanas tenham resultado da aplicação das proporções gregas</p><p>à arquitetura, também é certo que falta a elas um caráter totalmente próprio,</p><p>um selo de distinção. A partir do século II a.C., os arquitetos da antiga</p><p>Roma dispunham de novos materiais de construção (entre eles, o concreto)</p><p>e modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos,</p><p>acrescentando aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas</p><p>formas de construção: os estilos toscano e composto. A ordem toscana é</p><p>uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna apresenta base</p><p>circular, o fuste é liso e sem caneluras, e o capitel é simples, com aneletes</p><p>(toros). O maior diferencial delas está no distanciamento entre cada uma,</p><p>muito maior que nos estilos gregos. A ordem compósita (ou composto) foi</p><p>uma ordem desenvolvida a partir dos desenhos das ordens jônica e coríntia.</p><p>Até o período do Renascimento, essa ordem foi considerada uma versão</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo4</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 4 18/04/2018 16:51:19</p><p>tardia do coríntio, um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas</p><p>do jônico e as folhas de acanto do coríntio. Como proporção, ela apresenta</p><p>dez módulos de altura (Figura 1).</p><p>Figura 1. Ordens clássicas: três ordens gregas (dórica, jônica e coríntia)</p><p>e duas ordens romanas (toscana e compósita).</p><p>Fonte: Shooarts/Shutterstock.com.</p><p>Segundo o historiador norte-americano Richard Sennet, para os gregos anti-</p><p>gos, a beleza era qualidade do corpo masculino, mais especialmente do homem</p><p>rico, másculo e grego. Afinal, na sociedade grega, só o homem tinha direito</p><p>à cidadania, ou seja, à vida política. No século I a.C., Vitrúvio determinou as</p><p>justas proporções corporais em frações da figura inteira: a face devia ter do</p><p>comprimento total; a cabeça, ; o comprimento do tórax, ¼, entre outras medidas.</p><p>Esse homem descrito por Vitrúvio apresenta-se como um modelo ideal para</p><p>o ser humano, cujas proporções são perfeitas, segundo o ideal clássico de beleza,</p><p>e recebeu a denominação de “Homem Vitruviano” (Figura 2). O relato está</p><p>documentado no tratado De Arquitetura e aconteceu mais de forma teórica que</p><p>visual. Inclusive, a melhor representação dessa proporção aconteceu durante</p><p>o Renascimento, nos desenhos de Leonardo da Vinci, desenvolvidos por volta</p><p>do ano 1490 num dos seus diários. Da Vinci descreve uma figura masculina</p><p>5A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 5 18/04/2018 16:51:20</p><p>desnuda, separada e simultaneamente, em duas posições sobrepostas, com</p><p>os braços inscritos num círculo e num quadrado — tentativa frustrada por</p><p>Vitrúvio, que só teve êxito séculos depois. A cabeça é calculada como sendo</p><p>um oitavo da altura total. O desenho e o texto são chamados por alguns de</p><p>cânone das proporções (MANENTI, 2014).</p><p>O desenho de Leonardo da Vinci atualmente faz parte da coleção da Gallerie</p><p>dell’Accademia (Galeria da Academia), em Veneza, na Itália.</p><p>Figura 2. Homem Vitruviano, representado</p><p>por Leonardo da Vinci.</p><p>Fonte: Da Vinci (1940).</p><p>Os padrões estéticos na arte greco-romana</p><p>A arte greco-romana se desenvolveu, aproximadamente, entre os séculos VIII</p><p>a.C. e V a.C., com origem na civilização creto-micênica, a partir da Ilha de</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo6</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 6 18/04/2018 16:51:20</p><p>Creta. Porém, foi no século V a.C. que a arte teve grande desenvolvimento na</p><p>Grécia, principalmente na cidade-estado de Atenas. Foi um período de grande</p><p>criatividade e desenvolvimento artístico e cultural, seja na escultura, pintura</p><p>ou arquitetura. Na primeira metade do século IV a.C., Alexandre, o Grande</p><p>(rei da Macedônia), apreciador da cultura grega, difundiu-a para as regiões por</p><p>ele conquistadas. Esse processo, que teve continuidade por seus sucessores,</p><p>ganhou o nome de período helenístico e durou até 146 a.C. (conquista da</p><p>Península Grega pelos romanos). Os romanos, após conquistarem o território</p><p>grego, absorveram vários aspectos dessa cultura anterior, que infl uenciou</p><p>os novos conceitos estéticos. Os dois momentos artísticos tinham conceitos</p><p>estéticos de racionalidade, monumentalidade, ordem e simetria.</p><p>A arte greco-romana entrou em decadência junto com o Império Romano.</p><p>Após as invasões bárbaras do século V, surgiu na Europa um novo momento</p><p>histórico, conhecido como Idade Média. Nesse período, os principais elementos</p><p>da arte greco-romana foram esquecidos, sendo retomados com força somente</p><p>na época do Renascimento Cultural, no século XV (KERENYI, 1980).</p><p>Artes gregas e suas características</p><p>Os gregos antigos tiveram muito destaque no mundo das artes. As esculturas,</p><p>pinturas e obras de arquitetura impressionam até os dias de hoje, e a arte é</p><p>conhecida pela beleza e perfeição. Os artistas representavam, por meio das</p><p>artes, situações cotidianas, acontecimentos históricos e, principalmente, temas</p><p>religiosos e mitológicos.</p><p>A pintura grega, realista e antropocêntrica, estava aplicada especialmente</p><p>nas paredes dos templos ou em objetos de</p><p>decoração. As esculturas gregas,</p><p>materializadas em mármore, argila e marfim, transmitiam um forte realismo;</p><p>a ideia era uma retratação mais próxima do real. Os detalhes não passavam</p><p>despercebidos: eram representados nervos, músculos, veias, expressões e sen-</p><p>timentos. O tema mais representado foi o religioso, com a escultura de deuses</p><p>e deusas, mas também houve diversas representações de cunho esportivo,</p><p>relacionado às Olimpíadas.</p><p>O teatro grego foi um dos mais importantes elementos dessa cultura, e surgiu</p><p>com as festividades realizadas a Dionísio, o deus das festas, da fertilidade</p><p>e do vinho. Os teatros eram importantes acontecimentos da vida social da</p><p>Grécia Antiga, tendo longa duração; a tragédia e a comédia foram os gêneros</p><p>mais conhecidos.</p><p>A arquitetura e a engenharia tiveram destaque especial. Os gregos ficaram</p><p>conhecidos pela construção dos grandes templos dedicados aos deuses, que</p><p>7A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 7 18/04/2018 16:51:20</p><p>deveriam ter racionalidade, ordem, beleza, além de dimensões com proporções</p><p>matemáticas e geometria. As colunas foram símbolos da arquitetura grega:</p><p>além de sustentar as edificações (papel dos atuais pilares), elas faziam parte</p><p>da ornamentação. Essas colunas respeitavam uma ordem e uma estética e,</p><p>inicialmente, deveriam aparentar robustez. Essa característica foi se dissolvendo</p><p>conforme as ordens foram evoluindo. As colunas dóricas representavam o</p><p>masculino, o bruto — é a ordem mais funcional e menos decorativa. A ordem</p><p>jônica simbolizava o feminino, mais trabalhado e de maior refino estético, com</p><p>os ornamentos na base e no capitel, na parte superior. A ordem coríntia era</p><p>a mais decorada e representava a natureza, com arranjos florais e folhagens.</p><p>Nesse caso, também era a coluna mais esbelta, dando a impressão de maior</p><p>altura e, por sua vez, maior delicadeza (KERENYI, 1980).</p><p>Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, capital da</p><p>Grécia (Figura 3), que foi construída no ponto mais alto da cidade, 150 metros</p><p>acima do nível do mar. Essa acrópole — espécie de praça rochosa proposta por</p><p>Péricles em homenagem à deusa Atena — abriga algumas das mais famosas</p><p>edificações do mundo antigo, como o Partenon, o Propileu, o Teatro de Dionísio</p><p>e o Erecteion. Com as construções ocorrendo entre os anos 447 e 438 a.C., além</p><p>de funções religiosas, o templo também foi usado como ponto de observação</p><p>militar. Essa construção usava colunas em estilo dórico e apresentava simetria</p><p>em todas as fachadas, além do eixo longitudinal, em planta baixa.</p><p>Figura 3. Acrópole de Atenas.</p><p>Fonte: Antunes (2015).</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo8</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 8 18/04/2018 16:51:21</p><p>Arte romana: uma imitação grega?</p><p>Quando dominaram a Grécia, os romanos fi caram tão admirados com a arte</p><p>grega, que buscaram “imitar” esse estilo artístico. Basta observarmos os</p><p>detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as</p><p>semelhanças. A arquitetura foi a maior de todas as expressões artísticas dos</p><p>romanos e merece um título à parte.</p><p>As esculturas romanas, por sua vez, são muito semelhantes às gregas; nelas,</p><p>o realismo é uma característica marcante, mas, nesse caso, as figuras humanas</p><p>são representadas fielmente, sem superlativos. A maior parte desses objetos</p><p>se encontravam dentro das edificações, enriquecendo a arquitetura. A pintura</p><p>romana caracteriza-se ora pelo colorido das paredes, ora pelo ilusionismo ou</p><p>pela riqueza de detalhes, incluindo tridimensionalidade. Os materiais utili-</p><p>zados variavam de metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas</p><p>de moluscos, pó de madeira e até de seivas de árvores (MENEZES, 1965).</p><p>Arquitetura romana e as inovações construtivas</p><p>A arquitetura romana deixou um grande legado para o mundo ocidental. Embora</p><p>algumas vezes seja considerada como uma derivação da arquitetura grega, ela</p><p>apresenta características próprias. Ambos os estilos aparecem juntos, sendo</p><p>denominados arquitetura clássica.</p><p>A arquitetura romana deixou em seu legado alguns edifícios característi-</p><p>cos, que se propagaram por toda a Europa, como os aquedutos, as basílicas,</p><p>as redes de estradas, a domus (casa), os arcos do triunfo, entre outros. As</p><p>construções eram muito sólidas e apresentavam avanços, como o arco e a</p><p>abóbada (teto curvo) — coisas que os egípcios e gregos não conheciam.</p><p>O uso dos arcos permitiu um maior espaço entre colunas, já que isso era</p><p>definido pelo tamanho da peça que se apoiava sobre elas. É por isso que os</p><p>templos gregos eram repletos de colunas, que demarcavam o espaço, mas</p><p>reduziam a circulação. O arco foi, portanto, uma conquista que permitiu</p><p>ampliar o vão, uma vez que nele o centro não se sobrecarrega mais que as</p><p>extremidades e, assim, as tensões são distribuídas de forma mais homogê-</p><p>nea. Além disso, como o arco é construído com blocos de pedra, a tensão</p><p>comprime esses blocos, dando-lhes maior estabilidade. O Panteão de Roma</p><p>(Figura 4), por exemplo, possui uma cúpula cujo diâmetro é igual à altura, e</p><p>foi erguido para ser a casa dos deuses. Considerado um marco na arquitetura</p><p>romana, essa edificação se manteve praticamente intacta ao longo dos anos</p><p>(MENCKEN, 20103).</p><p>9A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 9 18/04/2018 16:51:21</p><p>Figura 4. Panteão de Roma, com colunas romanas e uma grande cúpula.</p><p>Fonte: S.Borisov/Shutterstock.com.</p><p>No link a seguir, você poderá fazer um tour externo pelo Panteão, símbolo da arquitetura</p><p>romana. Além disso, é possível perceber o entorno e como o edifício se insere no terreno.</p><p>https://youtu.be/nfHl4yv8rJM</p><p>Algumas características da arquitetura da Roma Antiga são usadas até os</p><p>dias atuais. Alguns aquedutos seguem fornecendo água para as vilas; algumas</p><p>abóbadas ainda compõem núcleos das casas; e, principalmente, o cimento —</p><p>material que começou a ser usado na época da república romana — segue</p><p>sendo de suma importância.</p><p>A arquitetura romana foi fortemente influenciada pela obra De Arqui-</p><p>tetura, de Vitrúvio. Composto por 10 volumes, foi o único tratado greco-</p><p>-romano que chegou até nós, sendo esquecido na Idade Média e recuperado</p><p>só no Renascimento. Nesse material, ele apresenta a Tríade Vitruviana, os</p><p>três pontos essenciais para a boa arquitetura no período: firmitas estava</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo10</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 10 18/04/2018 16:51:21</p><p>relacionada à solidez e à estrutura, venustas indicava o padrão estético a</p><p>ser seguido (a beleza), utilitas se referia ao uso, isto é, que função ocuparia</p><p>o espaço. Esses conceitos foram muito importantes por muito tempo na</p><p>história, incluindo a Modernidade.</p><p>Seguindo os conceitos vitruvianos, a beleza não se dedicava só ao orna-</p><p>mento, e sim ao resultado arquitetônico em geral. Como característica desse</p><p>momento, diferentemente da arquitetura grega, a arquitetura romana tem o</p><p>trabalho técnico dos engenheiros como predominante. As soluções para novos</p><p>modelos de construção foram mais importantes que a decoração artística, de</p><p>forma que a funcionalidade sobressai (GOMBRICH, 2013).</p><p>Mesmo com o fim do Império Romano, a cultura romana permaneceu</p><p>influenciando grande parte do mundo ocidental, desde a Idade Média até</p><p>os dias de hoje. Na Europa dos séculos XI e XII, por exemplo, o movimento</p><p>arquitetônico românico (termo que significa “semelhante ao romano”) surgiu</p><p>por se inspirar na arquitetura da Roma Antiga. Impulsionado por Carlos Magno,</p><p>esse estilo tem como principais características da arquitetura românica as</p><p>abóbodas, os pilares estruturais e as paredes espessas com aberturas estreitas</p><p>usadas como janelas.</p><p>Características dos padrões estéticos</p><p>Falar sobre a beleza é tratar de padrões estéticos que sofrem infl uências culturais</p><p>e mudam ao longo do tempo e conforme as sociedades. Existe, portanto, uma</p><p>história da beleza que, ao contrário do senso comum, não se refere à mulher e</p><p>nem à aparência física. O “belo” foi, por séculos,</p><p>uma qualidade associada ao</p><p>homem e aos atributos ditos masculinos, como virilidade e corpos fortes. As</p><p>mulheres não representavam a si mesmas, mas eram representadas por homens.</p><p>Portanto, as imagens de mulher e da beleza feminina foram construções do</p><p>imaginário masculino (MENEZES, 1965).</p><p>A imagem da mulher grega</p><p>A etimologia da palavra “belo” vem do latim bellus, que signifi ca “lindo,</p><p>bonito, encantador”. Esse termo era usado na época clássica apenas para</p><p>mulheres e crianças, enquanto para os homens tinha sentido pejorativo. Na</p><p>Grécia Antiga, a fi gura da mulher não tinha direitos políticos e vivia confi nada</p><p>11A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 11 18/04/2018 16:51:21</p><p>ao espaço da casa. Tampouco era permitida a nudez; assim, era necessário</p><p>cobrir o corpo com uma túnica até os joelhos, quando estivesse em casa, e</p><p>até os tornozelos para sair à rua. A história conta que foi encomendada a</p><p>Praxíteles, famoso escultor ático do séc. IV a.C. uma estátua de Afrodite,</p><p>e que ele haveria criado duas versões: uma vestida e outra nua. O corpo</p><p>feminino nu, novidade para uma época na qual só se esculpiam homens nus,</p><p>foi chocante aos olhos dos cidadãos e, dessa forma, foi rejeitada. Desprezada</p><p>e considerada de baixo valor, anos depois foi comprada por alguns cidadãos</p><p>de Cnido e exposta em um templo ao ar livre. A imagem que chegou até nós,</p><p>na verdade, é uma cópia romana.</p><p>Hesíodo, poeta grego do séc. VII a.C., descrevia as mulheres como kalon</p><p>kakon — algo perverso e belo. Segundo ele, “as mulheres eram perversas</p><p>porque eram belas e eram belas porque eram perversas”. Nesse período, ser</p><p>um homem bonito era fundamental, mas ser uma mulher provida de beleza</p><p>era sinal de problema. A célebre Helena de Tróia, por exemplo, foi citada na</p><p>Ilíada, (livro 3) de Homero como “uma deusa entre as mulheres”, possuidora</p><p>de uma “beleza terrível”, sendo sinal de maldição para os gregos. A beleza</p><p>feminina era algo maligno, pois poderia levar os homens à loucura. Nas</p><p>artes, o corpo feminino era representado próximo ao padrão masculino, com</p><p>poucas curvas, braços e pernas fortes, o rosto sereno ou mesmo inexpressivo.</p><p>Por serem pouco representadas, não se sabe como as mulheres gregas viam</p><p>a si mesmas e se as esculturas femininas lhes serviam de padrão de beleza</p><p>a ser seguido. Presas em casa, as mulheres gregas eram responsáveis pela</p><p>rotina doméstica e mantinham rituais diários de embelezamento. Ter a pele</p><p>branca e pálida era sinal de status e distinção social, símbolo da mulher</p><p>recolhida em casa e distante do trabalho no sol, como as escravas. Helena,</p><p>citada por Homero como a mulher “de alvo braços”, era referência de beleza</p><p>(RIBEIRO, 2007).</p><p>Entretanto, existe uma representação na arquitetura que exprime a mulher</p><p>como alguém forte, que sustenta peso — as Cariátides. Trata-se de mulheres</p><p>esculpidas em pedras que servem de suporte de arquitetura: substituem colunas</p><p>e sustentam o entablamento na cabeça. A tradução literal é “moças de Karyai”,</p><p>uma antiga cidade de Peloponeso. Karyai teve um famoso templo dedicado à</p><p>deusa Ártemis e, em sua manifestação de Ártemis Karyatis, define: “Como</p><p>Karyatis ela se alegra nas danças da nogueira da aldeia de Karyai, aqueles</p><p>cariátides, que em seu êxtase, faziam sua dança circular levando em suas</p><p>cabeças cestas de juncos, como se fossem plantas dançando” (KERENYI,</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo12</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 12 18/04/2018 16:51:22</p><p>1980). As Cariátides mais famosas são as que servem de colunas no templo de</p><p>Erecteion (Figura 5), erguido na Acrópole de Atenas, no século V a.C. Porém,</p><p>a sua representação foi muito importante até a Antiguidade.</p><p>O templo de Erecteion foi queimado no primeiro século a.C. e foi posteriormente</p><p>restaurado com pequenas alterações. No período cristão, foi convertido em uma igreja</p><p>dedicada à mãe de Deus; tornou-se palácio sob o domínio franco e a residência dos</p><p>comandantes turcos no período otomano. No início do século XIX, Lord Elgin removeu</p><p>uma das Cariátides e uma coluna, o que foi uma sábia decisão. Durante a Guerra da</p><p>Independência Grega, a construção foi bombardeada e severamente danificada. A</p><p>restauração foi realizada imediatamente depois do final da guerra e novamente em</p><p>1979–1987, quando o Erecteion se tornou o primeiro monumento da Acrópole a ser</p><p>restaurado como uma parte do recente projeto de conservação e restauração. A</p><p>restauração recebeu o prêmio Europa Nostra.</p><p>Figura 5. Cariátides na Acrópole de Atenas.</p><p>Fonte: Serghei Starus/Shutterstock.com.</p><p>13A arte greco-romana e a estética de seu tempo</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 13 18/04/2018 16:51:22</p><p>A imagem da mulher romana</p><p>O mundo romano manteve a estética centrada no masculino. A virilidade</p><p>exigida pela tradição romana sugeria que as mulheres usassem túnicas longas</p><p>(stolas), tendo na barra uma faixa bordada. Para sair, as romanas usavam a</p><p>palla, uma espécie de xale comprido que podia cobrir a cabeça. A regra era que</p><p>as mulheres mantivessem a discrição — as que exagerassem na maquiagem</p><p>eram vistas com adúlteras ou prostitutas. O padrão estético grego foi mantido</p><p>pelas romanas: a pele branca era ressaltada com pó de giz passado no rosto.</p><p>As mulheres não nobres, que trabalhavam no sol, disfarçavam as sardas e</p><p>manchas com cinzas de caramujo.</p><p>Para deixar as faces rosadas e os lábios vermelhos, aplicava-se ocre</p><p>vermelho, importado da Bélgica. Aquelas que não podiam pagar pelo pro-</p><p>duto usavam amoras esmagadas ou pétalas de rosas vermelhas. Cleópatra</p><p>difundiu entre as romanas alguns hábitos de embelezamento como o banho</p><p>de leite de jumenta, para deixar a pele macia e lisa. Nos olhos, usava-se</p><p>pó de antimônio ou khôl, introduzido no império pelos egípcios. Sobran-</p><p>celhas grossas e bem marcadas eram moda e, portanto, eram acentuadas</p><p>com riscos de carvão. A maquiagem não era unanimidade na sociedade</p><p>romana. Ovídio, no século I a.C., sugeria o uso de cosméticos desde que</p><p>estes “embelezassem sem destacar”. Para os escritores cristãos, a maquiagem</p><p>era um ato contra Deus, pois a mulher estaria tentando “refazer a criação</p><p>divina”. Esse conceito seguiu na Idade Média, quando a maquiagem era</p><p>pecado. As mulheres ricas usavam muitas joias: anéis, braceletes, brincos,</p><p>colares. Além disso, tanto homens quanto mulheres começaram a abusar das</p><p>perucas, principalmente loiras, já que a maior parte dos cabelos da época</p><p>eram escuros (GOMBRICH, 2013).</p><p>Enfim, a beleza no período greco-romano foi determinada por padrões</p><p>de ordem e proporções. As artes ganharam mais força com a inclusão de</p><p>esculturas, pintura e arquitetura. O aparecimento de determinantes estéticas,</p><p>como as ordens, criou características específicas de cada período, como as</p><p>pesadas colunas dóricas do Partenon, as Cariátides do Erecteion, ou ainda a</p><p>cúpula monumental do Panteão.</p><p>A beleza feminina, até então não reconhecida, teve alguns valores ad-</p><p>quiridos, mesmo que ainda muito diferentes dos padrões atuais. O uso de</p><p>maquiagens e vestimentas determinava a importância da mulher na sociedade,</p><p>mas ela sempre era considerada como um ser divino.</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo14</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 14 18/04/2018 16:51:22</p><p>ANTUNES, L. História e mitologia da Acrópole de Atenas. 2015. Disponível em: <https://</p><p>www.360meridianos.com/2015/08/historia-e-mitologia-da-acropole-de-atenas.</p><p>html>. Acesso em: 16 abr. 2018.</p><p>DA VINCI, L. Homem de Vitrúvio. 1940. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/</p><p>Homem_Vitruviano_(desenho_de_Leonardo_da_Vinci)#/media/File:Da_Vinci_Vi-</p><p>truve_Luc_Viatour.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2018.</p><p>ECO, H. História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2004.</p><p>GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.</p><p>KERENYI, K. The gods of the greeks. New York: Thames & Hudson, 1980.</p><p>MANENTI, L. Repensando Vitruvio: reflexão acerca de princípios e procedimentos</p><p>de projeto. 240 f. 2014. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura, Universidade</p><p>Federal do Rio</p><p>Grande do Sul, Porto Alegre: 2014.</p><p>MENCKEN, H. L. Panteon de dioses. Nexos: Sociedad, Ciencia, Literatura, v. 35, ago. 2013.</p><p>MENEZES, U. T. B. de. Preliminares para o conhecimento da arte clássica. Revista de</p><p>História, v. 31, n. 64, 1965.</p><p>RIBEIRO, L. F. B. Sobre a estética platônica. Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 1, n.</p><p>1 jan./jun. 2007.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>BORGES, C. da R. L. Vitrúvio, Alberti e o poder. Revista Paranoá: cadernos de arquitetura</p><p>e urbanismo, v. 16, 2016.</p><p>MORAES, F. Teoria e estética em Aristóteles. In: Viso: Cadernos de estética aplicada, v.</p><p>1, n. 2, maio/ago. 2007.</p><p>SANTORO, F. Sobre a estética de Aristóteles. In: Viso: Cadernos de estética aplicada, v.</p><p>1, n. 2, maio/ago. 2007.</p><p>A arte greco-romana e a estética de seu tempo16</p><p>C04_Arte_greco-romana.indd 16 18/04/2018 16:51:25</p><p>Dica do professor</p><p>Nesta Dica do Professor, você vai ver que a Acrópole de Atenas representa uma arquitetura de</p><p>muito valor para a História, servindo influência para os séculos seguintes. Além disso, você vai</p><p>conhecer o Propileu, o Parthenon e o Erecteion, modelos de edificações locais com estética que</p><p>preza pela ordem, pela beleza, pela simetria e pela materialidade.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f293d442b4fb0beb8984794619f52593</p><p>Na prática</p><p>A arquitetura grega é reconhecida pelas ordens clássicas, sendo elas três tipos de colunas distintas:</p><p>Ordem Dórica: mais simples, representa o homem.</p><p>Ordem Dônica: com volutas, representa a feminilidade.</p><p>Ordem Coríntia: mais enfeitada, representa a natureza.</p><p>Diante disso, veja, a seguir, um exemplo de cada coluna, a fim de diferenciar uma da outra, já que é</p><p>bastante fácil confundi-las.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para</p><p>acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7c04de2e-cee1-46ba-badc-3e6580c1deba/45706bec-7116-4f37-9edc-c97d297e8185.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Luz ultravioleta revela cores originais de estátuas gregas: bem</p><p>diferente do que imaginávamos</p><p>Este artigo publicado na Harvard Magazine mostra como a luz ultravioleta revela as cores originais</p><p>das pinturas e das esculturas gregas.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>A beleza dos diagramas - O Homem Vitruviano</p><p>O vídeo a seguir traz os diagramas de Leonardo da Vinci comentados por historiadores, que</p><p>esmiúçam todos os detalhes que não estão em evidência.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Por que a arquitetura não é uma arte (e não deveria ser)</p><p>Neste link, você vai ler sobre a arquitetura, considerada arte durante o Período Greco-romano.</p><p>Entretanto, esse pensamento não permaneceu intacto ao longo dos anos, e a imagem da mulher,</p><p>tampouco.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.hypeness.com.br/2016/07/luz-ultravioleta-revela-cores-originais-de-estatuas-gregas-bem-diferente-do-que-imaginavamos/</p><p>https://www.youtube.com/embed/gB5ylnfJITE</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/784199/por-que-arquitetura-nao-e-uma-arte-e-nao-deveria-ser</p>

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