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<p>2ª AULA – UNIDADE 1 - ÉTICA MORAL E ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO.</p><p>ÉTICA E SUBJETIVAÇÃO</p><p>BIBLIOGRAFIA: VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. Capitulo</p><p>I – Objeto da Ética e Cap. III – A essência da moral</p><p>3ª AULA – UNIDADE 1 - ÉTICA MORAL E ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO.</p><p>ÉTICA E SUBJETIVAÇÃO</p><p>BIBLIOGRAFIA: VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. Capitulo</p><p>I – Objeto da Ética e Cap. III – A essência da moral</p><p>4ª e 5ª AULAS – UNIDADE 2 - A REGULAMENTAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA</p><p>E PROFISSÃO NO BRASIL</p><p>BIBLIOGRAFIA: Capítulo 1: A Psicologia em instituições médicas, Capítulo 2: A Psicologia em instituições</p><p>educacionais, Capítulo 3: A Psicologia na organização do trabalho, IN ANTUNES, M. A psicologia no</p><p>Brasil: leitura histórica sobre sua constituição. São Paulo: Ed. Unimarco/EDUC, 2005.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil. Psicol. cienc.</p><p>prof. [online]. 2010, vol.30, n. spe, pp. 8-41 Projeto Memória da Psicologia Brasileira.</p><p>6ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005.</p><p>Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo e Capítulo 2: O Código de Ética Profissional do</p><p>Psicólogo - percurso histórico, IN ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Sistema Conselhos.</p><p>Projeto Memória da Psicologia Brasileira. SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil. Psicol.</p><p>cienc. prof. [online]. 2010, vol.30, n.spe, pp. 8-41.</p><p>7ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo e</p><p>Capítulo 2: O Código de Ética Profissional do Psicólogo - percurso histórico, IN ROMARO, R. A. Ética na</p><p>Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Sistema Conselhos. Projeto Memória</p><p>da Psicologia Brasileira.</p><p>8ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. Artigo 16º do CEPP, 2005. Resolução CNS 466/2012,</p><p>disponível. Resolução CNS 510/2016, disponível.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: MAIORINO, F. A intertextualidade ética para além do Código de</p><p>Ética do Psicólogo. Texto mimeo, 2005.</p><p>9ª AULA – PROVA NP1</p><p>10ª AULA – MOSTRA PEDAGÓGICA DA PROVA NP1</p><p>11ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. (Em especial artigo 9º e 10º do CEPP, 2005)</p><p>Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo. IN ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São</p><p>Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>Capítulo 7: Delimitação do campo de atuação e das técnicas empregadas. IN ROMARO, R. A. Ética na</p><p>Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Sistema Conselhos.</p><p>12ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIAS: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do</p><p>Psicólogo. Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. BRASIL, Conselho Federal de Psicologia.</p><p>Resolução CFP nº 006/2019. Regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o)</p><p>psicóloga(o) no exercício profissional, 2019. PELLINI & LEME. A ética no uso de testes no processo de</p><p>Avaliação Psicológica. IN AMBIEL e outros (org) Avaliação Psicológica: Guia de consulta para</p><p>estudantes e profissionais da Psicologia. Atualizada e Revisada. São Paulo: Artesã, 2019. Cap. 7</p><p>(145-160) PELLINI, M. C. B. Maciel. Elaboração de documentos escritos com base em avaliação</p><p>psicológica: cuidados técnicos e éticos. IN BARROSO, S. M. (org) Avaliação Psicológica:</p><p>da teoria às práticas. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2015. Cap. 2 (44-57)</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Os dilemas da avaliação</p><p>psicológica. Revista Diálogos, ano 2, vol 3, dezembro/2005.</p><p>13ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. (Em especial artigo 20º do CEPP, 2005)</p><p>Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo. IN: ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São</p><p>Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>Capítulo 7: Delimitação do campo de atuação e das técnicas empregadas. IN ROMARO, R. A. Ética na</p><p>Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Sistema Conselhos.</p><p>14ª AULA – UNIDADE 3 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO - DILEMAS ÉTICOS</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP</p><p>008/2010. Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário, 2010.</p><p>Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo. IN ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São</p><p>Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURAS COMPLEMENTARES: Conselho Federal de Psicologia. Sistema Conselhos. Capítulo 7:</p><p>Delimitação do campo de atuação e das técnicas empregadas. IN ROMARO, R. A. Ética na Psicologia.</p><p>São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>15ª AULA – UNIDADE 4 - TEMAS EMERGENTES: ASPECTOS ÉTICOS EM ATENDIMENTOS</p><p>MEDIADOS POR COMPUTADOR, TRABALHOS ACADÊMICOS E SUA DIVULGAÇÃO, E USO DE</p><p>INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo. IN</p><p>ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR: Capítulo: Ensaio sobre Atendimento Virtual e Conduta Ética do Psicólogo:</p><p>IN JARDIM, Joseth. A ética profissional em Psicologia: temas e dilemas contemporâneos. Minas</p><p>Gerais: Ed. Dialética, 2021.</p><p>16ª AULA – UNIDADE 4 - TEMAS EMERGENTES: ASPECTOS ÉTICOS EM ATENDIMENTOS</p><p>MEDIADOS POR COMPUTADOR, TRABALHOS ACADÊMICOS E SUA DIVULGAÇÃO, E USO DE</p><p>INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>BIBLIOGRAFIA: BRASIL, Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética profissional do Psicólogo.</p><p>Resolução nº 10, de 27 de agosto de 2005. Capítulo 1: O Código de Ética Profissional do Psicólogo. IN</p><p>ROMARO, R. A. Ética na Psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR: Capítulo: Ensaio sobre Atendimento Virtual e Conduta Ética do Psicólogo:</p><p>IN JARDIM, Joseth. A ética profissional em Psicologia: temas e dilemas contemporâneos. Minas</p><p>Gerais: Ed. Dialética, 2021.</p><p>17ª AULA – PROVA NP2</p><p>18ª AULA – MOSTRA PEDAGÓGICA DA PROVA NP2</p><p>APLICAÇÃO DA PROVA SUBSTITUTIVA</p><p>19ª AULA – EXAME</p><p>20ª AULA – PERÍODO DE REVISÃO DE NOTAS E FALTAS</p><p>Ética e Moral  ( VAZQUEZ,2006)</p><p>Ética – (ethos) - grego -“modo de ser”, ou “caráter” Forma de vida adquirida ou conquistada pelo homem.</p><p>Moral – (mor, mores) – latim “costume” ou “costumes”.</p><p>Conjunto de regras ou normas adquiridas por hábito</p><p>Definição</p><p>Ética - ciência especulativa, que tem por objeto o estudo filosófico da ação e da conduta humana,</p><p>procurando a justificativa racional dos juízos de valor sobre a moralidade.</p><p>Moral - sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas</p><p>entre</p><p>por grandes</p><p>princípios fundamentais, ao invés de privilegiar um código fechado em deveres inflexíveis.</p><p>No preâmbulo do Código de Ética, afirma-se que esse documento legal deve se aproximar mais</p><p>de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas. Para isso buscou-se:</p><p>a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem</p><p>orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades</p><p>profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e</p><p>estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e</p><p>institucional.</p><p>b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções</p><p>relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as</p><p>relações que estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os</p><p>usuários ou beneficiários dos seus serviços.</p><p>c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a</p><p>crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes</p><p>multiprofissionais.</p><p>d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não</p><p>em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos</p><p>não se restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer</p><p>contextos de atuação.</p><p>Código de Ética Psicologia, 2005 <http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/>,acesso novembro 2013)</p><p>Os princípios norteadores do nosso código enumeram importantes diretrizes, tais como</p><p>respeitar os Direitos Humanos,  praticar a promoção de saúde e a co-responsabilidade social.</p><p>Essas diretrizes pretendem instaurar um projeto profissional normativo, em que se oferece as</p><p>responsabilidades e deveres do psicólogo, mas deve ser também um projeto político moderno e</p><p>emancipador.</p><p>A seguir, encontram-se os princípios norteadores do Código Profissional do Psicólogo,</p><p>respectivamente comentados:</p><p>I.        O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da</p><p>dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que</p><p>embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.</p><p>Comentário</p><p>O primeiro e fundamental princípio do Código remete a conexão intima entre a vocação da</p><p>Psicologia com a Cultura dos Direitos Humanos, que se dá no âmbito ético e político, num</p><p>diálogo construído historicamente, no qual se compreende que a Psicologia deve contribuir e</p><p>garantir o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos humanos.</p><p>Essa relação encontra-se tão intrinsecamente fomentada nos propósitos da Psicologia</p><p>Brasileira, que criou-se no ano de 1998, uma Comissão de Direitos Humanos (oficializada</p><p>Resolução CFP 11/98), que possui as seguintes atribuições:</p><p>- Incentivar a reflexão e o debate sobre os direitos humanos inerentes à formação, à prática</p><p>profissional e à pesquisa em psicologia;</p><p>- Estudar os múltiplos processos de exclusão enquanto fonte de produção de sofrimento mental,</p><p>evidenciando não apenas seu modo de produção sócio-econômico como também os efeitos</p><p>psicológicos que constituem sua vertente subjetiva;</p><p>-Intervir em situações concretas onde existam violações dos direitos humanos que estejam</p><p>produzindo sofrimento mental;</p><p>- Participar ativamente das lutas pela garantia dos direitos humanos na sociedade brasileira;</p><p>- Apoiar e prestar solidariedade aos movimentos nacionais e internacionais de direitos humanos;</p><p>-Intervir em situações em que ações do Estado ou de setores sociais específicos produzam algum</p><p>tipo de sofrimento mental;</p><p>- Buscar soluções para a omissão de ações do Estado, especialmente relativas o sofrimento</p><p>psíquico dos excluídos.</p><p>( Disponível em http://www.pol.org.br, acesso em novembro, 2013)</p><p>II.               O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das</p><p>pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de</p><p>negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.</p><p>Comentário</p><p>A Psicologia tem acompanhado as discussões no âmbito da Saúde Coletiva, desde a Carta de</p><p>Ottawa, em 1986 no Canadá, em direção ao objetivo “Saúde para todos no ano 2000”.</p><p>Desde então, mundialmente, tem se discutido os novos rumos da saúde pública, principalmente</p><p>nos países industrializados e diante os altos custos da manutenção da atenção terciária da</p><p>saúde, que enfoca predominantemente o viés curativo e remediativo.</p><p>A partir disso, tem-se investido em ações integradas em direção à promoção de saúde-</p><p>pertencente à atenção primária- compreendendo-a como  a  capacitação das pessoas e</p><p>comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade</p><p>de vida.</p><p>A Promoção da Saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla cinco amplos campos de ação:</p><p>implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da</p><p>comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços</p><p>de saúde.</p><p>A Psicologia Brasileira, situando-se na interface com a área da saúde, tem investido em práticas</p><p>dirigidas à atenção primária, preocupando-se com atuações voltadas ao  empoderamento  dos</p><p>sujeitos dentro de uma Cultura de Direitos Humanos, na qual não se exclui, discrimina, nem se</p><p>explora o cidadão.</p><p>Essa preocupação tem se estendido inclusive, a dimensão da formação do psicólogo, com o</p><p>estabelecimento de Novas Diretrizes Curriculares para o Curso de Psicologia (Resolução</p><p>CNE/CES 5/2011), como pode-se vislumbrar nos seguintes artigos e alíneas:</p><p>Art 2: As Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em Psicologia constituem as</p><p>orientações sobre princípios, fundamentos, condições de oferecimento e procedimentos para o</p><p>planejamento, a implementação e a avaliação deste curso.</p><p>V - atuação em diferentes contextos, considerando as necessidades sociais e os direitos humanos,</p><p>tendo em vista  a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos, organizações e</p><p>comunidades;</p><p>Art. 4º A formação em Psicologia tem por objetivos gerais dotar o profissional dos conhecimentos</p><p>requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:</p><p>I -  Atenção à saúde: os profissionais devem estar aptos a desenvolver  ações de prevenção,</p><p>promoção, proteção e reabilitação da saúde psicológica e psicossocial, tanto em nível individual</p><p>quanto coletivo, bem como a realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e</p><p>dos princípios da ética/bioética;</p><p>Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php? option=com_content&view=article&id=12991,</p><p>acesso em novembro 2013.</p><p>III.                O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e</p><p>historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.</p><p>Comentário</p><p>Esse princípio diz respeito ao compromisso social que a Psicologia assumiu desde a década de</p><p>90, com o crescente movimento de democratização no país. Assim como da necessidade de</p><p>enfrentamento de fenômenos psicossociais oriundos do contexto social e econômico desigual e</p><p>violento, refugo de uma economia liberal, que se instaurou no mundo ocidental.</p><p>Houve uma sensibilização da Psicologia em se reorientar, ampliando seus escopos</p><p>profissionais, além do campo tradicional da Clínica remediativa, adentrando áreas sociais e se</p><p>deparando com novas necessidades, em comunidades carentes, em instituições hospitalares,</p><p>entre outros campos. Portanto, além do olhar clínico tradicional, foi-se exigido do psicólogo, um</p><p>olhar crítico social, capaz de contextualizar o fenômeno psicológico e lidar com os seus</p><p>multideterminantes, além da dimensão psicológica.</p><p>Essa nova competência está prevista também na Diretriz Curricular da Psicologia  (Resolução</p><p>CNE/CES 5/2011), como se comprova com o artigo 2º, alínea IV, ao assegurar uma formação</p><p>baseada na "compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do</p><p>País, fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão".</p><p>IV.                O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo</p><p>aprimoramento profissional, contribuindo</p><p>para o desenvolvimento da Psicologia como</p><p>campo científico de conhecimento e de prática.</p><p>Comentário</p><p>Faz-se imprescindível fomentar a retroalimentação entre a psicologia aplicada e a teórica no</p><p>Brasil, na tentativa de superar uma tendência pragmática e utilitária, que destaca o aspecto</p><p>aplicado da profissão, a partir de uma visão instrumental e técnica, onde a produção de</p><p>conhecimento científico fica em segundo plano, sem incentivos acadêmicos e financeiros.</p><p>Gomes (2003) aponta que os currículos propostos para os cursos de Psicologia desde 1962, são</p><p>marcados pelo predomínio da experimentação e dos estágios profissionais, destacando o papel</p><p>da psicologia aplicada. O autor ressalta ainda que, a partir da década de 1980, houve uma</p><p>revitalização da pesquisa no Brasil, com o crescimento e a reformulação das pós graduações, o</p><p>que tem sido apontado como fator positivo. A Psicologia Brasileira está envolta nesse contexto</p><p>revitalizado e tem destacado o papel da produção de conhecimento nas universidades.</p><p>Esse incentivo à produção de conhecimento também se encontra na Diretriz Curricular do curso</p><p>de Psicologia (Resolução CNE/CES 5/2011), como se pode comprovar:</p><p>Art. 3º O curso de graduação em Psicologia tem como meta central a formação do psicólogo</p><p>voltado para a atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de</p><p>Psicologia, e deve assegurar uma formação baseada nos seguintes princípios e compromissos:</p><p>I - construção e desenvolvimento do conhecimento científico em Psicologia; Disponível em</p><p>http://portal.mec.gov.br/index.php? option=com_content&view=article&id=12991, acesso em</p><p>novembro 2013.</p><p>Esse é um investimento imprescindível para alimentar uma prática profissional de qualidade</p><p>humanizada e eficácia técnica diante o mutável contexto em que se vive na contemporaneidade.</p><p>V.                O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da</p><p>população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos</p><p>padrões éticos da profissão.</p><p>Comentário</p><p>Ao entrar em contato com as políticas de Saúde Pública e com uma população diferenciada,</p><p>carente de recursos básicos e cuidados bio psico sociais, os psicólogos enfrentaram a</p><p>necessidade de  repensar os referenciais teóricos frente a nova realidade brasileira, assim como</p><p>a necessidade de se conhecer  as novas e desconhecidas subjetividades que essa realidade</p><p>produz, num país com cenários sócio culturais díspares e injustos.</p><p>Esses novos desafios em campos de trabalho desconhecidos exigiram mudanças no</p><p>fazer profissional. O psicólogo precisou, por exemplo, ampliar os seus serviços profissionais</p><p>para camadas da população antes não contempladas pela psicologia. Esse maior acesso a essa</p><p>nova clientela, seja na saúde pública ou nas instituições, provocou no novo código o item V, em</p><p>que afirma que “o  psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da</p><p>população”.</p><p>A universalização do serviço psicológico está implicado no valor bioético da justiça social</p><p>ou da equidade, amplamente discutido e presente no cenário da Saúde Pública, que têm o</p><p>propósito de orientar o debate em torno da distribuição dos recursos na saúde, primando pela</p><p>ideia de que a Saúde deve ser compreendida como sendo um bem fundamental que contemple a</p><p>todos e não apenas a uma pequena parcela da população.</p><p>VI.                O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com</p><p>dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.</p><p>Comentário</p><p>O princípio V tem relação direta com o I, que assegura a intima conexão entre o Código de Ética</p><p>do psicólogo e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pois é a partir dessa cultura que a</p><p>Psicologia tem demarcado o universo prático e teórico em que se esteja negando ou</p><p>negligenciando algum princípio básico da profissão.</p><p>A partir dessa diretriz da Cultura dos Direitos Humanos respeita-se uma atuação profissional</p><p>que defenda a dignidade humana e nega-se situações em que o psicólogo esteja presenciando,</p><p>por exemplo, discriminação de qualquer natureza, ou em que o direito de ir e vir do cidadão</p><p>esteja sendo aviltado. Também se consideram as situações em que um profissional da</p><p>Psicologia esteja atuando de forma indevida, mediante os artigos e diretrizes fundamentais</p><p>estabelecidas pelo Código Profissional (artigo 2º: práticas vedadas).</p><p>Em qualquer caso, cabe ao psicólogo que presencie tal situação a denúncia social ao órgão</p><p>competente, seja ao próprio Conselho Federal de Psicologia, como a outras instâncias, como</p><p>Conselhos Tutelares e Ministério Público.</p><p>VII.        O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os</p><p>impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de</p><p>forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.</p><p>Comentário</p><p>A Psicologia ao enunciar esse princípio reconhece que os diferentes contextos de trabalho do</p><p>psicólogo são permeados por forças de poder e de saber, que atuam nos ambientes, instigando</p><p>as práticas, mas também delimitando fronteiras e possíveis exclusões. Portanto, é tarefa ética e</p><p>política do profissional da Psicologia realizar constante e dialogicamente um olhar crítico social</p><p>sobre as relações estabelecidas entre ele e outros profissionais e sua clientela, jamais</p><p>contribuindo com uma prática excludente ou promotora de sofrimento psíquico.</p><p>A partir dos princípios fundamentais disponibilizados no Código de Ética da Psicologia, aponta-</p><p>se as seguintes tarefas para o psicólogo brasileiro: é preciso  tornar o Código de Ética do</p><p>Psicólogo um instrumento ético e político, concretizando-o em um cotidiano profissional atuante</p><p>e crítico, para então,  construir uma Psicologia que possa transformar o sonho individual  em</p><p>projetos coletivos e emancipadores.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>GOMES, M. Pesquisa e prática em Psicologia no Brasil IN YAMAMOTO, O (org). Construindo a</p><p>Psicologia Brasileira: desafios da ciência e prática psicológica.  São Paulo: Ed Casa do</p><p>Psicólogo, 2003.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES:</p><p>BITTAR, E.  Ética, cidadania e constituição: o direito à dignidade e à condição humana. Revista</p><p>Brasileira de Direito Constitucional – RBDC n. 8 – jul./dez. 2006.</p><p>ELIAS, R. Comentários ao Estatuto da Criança e do adolescente. SP: Ed Saraiva, 1994.</p><p>DIAS, SIEBEN, COZER &ALVES.  Estatuto da Criança e do Adolescente: aprendendo</p><p>cidadania.Revista  Inclusão Social, Brasília, v. 2, n. 2, p. 116-123, abr./set. 2007.</p><p>MEDEIROS, G. Por uma ética na saúde: algumas reflexões sobre a ética e o ser ética na atuação</p><p>do psicólogo. Revista Psicol. cienc.prof. vol.22 no.1 Brasília Mar. 2002</p><p>Uma Reflexão Inquietante:      O Código de Ética do Psicólogo (2005) é demarcado como um</p><p>documento legal moderno e enxuto, que enfoca principalmente grandes princípios</p><p>fundamentais. Como assegurar a sociedade brasileira, que os psicólogos poderão balizar suas</p><p>práticas a partir de um Código de Ética flexível?</p><p>Sugestão hipermidiática: Visite os links a seguir e relacione-os com o conteúdo do módulo.</p><p>-  Comissão de Direitos Humanos do CFP , disponível  http://site.cfp.org.br/cfp/comissao-</p><p>nacional-de-direitos-humanos/, acesso nov/2013.</p><p>-Diretriz Curricular do Curso de Psicologia (MEC), disponível</p><p><  http://portal.mec.gov.br/index.php? option=com_content&view=article&id=12991>, acesso</p><p>nov/2013.</p><p>Atividades TeóricoPráticas:</p><p>I)                          Entre no site do Conselho Federal de Psicologia (http://www.pol.org.br) e</p><p>imprima os sete princípios do Código de Ética Profissional  (2005). Depois reescreva-</p><p>os e    sintetize as ideias. Relacione-os com os deveres e responsabilidades do</p><p>psicólogo presentes no artigo 1º  do Código, que melhor os justifiquem.</p><p>II)                        Entre no site do Conselho Federal de Psicologia</p><p><http://site.cfp.org.br/cfp/comissao-nacional-de-direitos-humanos/>. Leia as</p><p>Campanhas</p><p>que a Comissão de Direitos Humanos do CFP tem se empenhado a</p><p>divulgar em âmbito nacional. Escolha uma do seu agrado e busque notícias em jornais</p><p>sobre o tema escolhido. Existem menções ao trabalho da Comissão de Direitos</p><p>Humanos nesses artigos jornalísticos?</p><p>III)           Entre nos links que possuem as Leis comentadas ( CF de 1988 , ECA de 1990,</p><p>CV de 2002, DUDH de 1948), imprima-os e guarde numa pasta de documentos</p><p>pertinentes à disciplina de Ética Profissional.</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, disponível</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>, acesso novembro/2003.</p><p>A Declaração dos Direitos Humanos, disponível</p><p><http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm> ,acesso em</p><p>novembro/2003.</p><p>Constituição Federal do Brasil, disponível</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>, acesso,</p><p>novembro/2013.</p><p>Código Civil  , disponível <  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>,</p><p>acesso novembro/2013.</p><p>Exercício comentado:</p><p>A psicóloga Giane Medeiros( 2002) , em seu artigo, Por uma ética na saúde*, afirma que quando</p><p>o psicólogo atua baseado somente em suas crenças e valores pessoais, ele acaba por servir a</p><p>um tipo de prática psicológica específica, assinale a alternativa correta que diz respeito a essa</p><p>psicologia.</p><p>* Medeiros, G. Por uma ética na saúde: algumas reflexões sobre a ética e o ser ética na atuação do psicólogo. Revista Psicol.</p><p>cienc. prof. vol.22 no.1 Brasília Mar. 2002</p><p>a )Psicologia em prol da transformação subjetiva.</p><p>b) Psicologia em prol da moralização, da adaptação da pessoa.</p><p>c )Psicologia em prol da ampliação da consciência moral da pessoa</p><p>d )Psicologia em prol da discussão moral da sociedade que a pessoa está inserida</p><p>e) Psicologia comprometida socialmente com a sociedade.</p><p>Comentários do exercício:  a resposta é a alternativa b, pois conforme a psicóloga cita em seu</p><p>artigo, quando o psicólogo atua somente a partir da sua moralidade, ele corre o risco de se</p><p>desconectar das questões sociais e dos princípios norteadores da psicologia atual e por exemplo,</p><p>participar de uma dinâmica terapêutica excludente, em que questões pessoais suas podem não</p><p>permitir uma escuta atenta e comprometida com as diretrizes do nosso Código de Ética. Todos as</p><p>outras alternativas dizem respeito a uma escuta apropriada e comprometida com nossos eixos</p><p>filosóficos, como a responsabilidade social.</p><p>MÓDULO 5 - OS PRINCÍPIOS BIOÉTICOS E A PSICOLOGIA</p><p>Objetivo</p><p>O módulo apresenta a relação da bioética com a construção do Código de Ética do Psicólogo.</p><p>Busca explicitar como a Psicologia tem enfrentado os dilemas bioéticos na</p><p>contemporaneidade ao produzir conhecimento cientifico.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Nos últimos anos, a Psicologia Brasileira aprimorou sua interface com a área da</p><p>Saúde, que contribuiu para uma discussão profunda sobre a postura ética do psicólogo em</p><p>relação ao usuário do seu serviço. Essa discussão foi pautada por documentos éticos, como a</p><p>Resolução 196/96 (a atual 466/12),  sobre as  “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de</p><p>Pesquisas envolvendo seres humanos”, promulgada pelo Conselho Nacional de Saúde.</p><p>Esse documento foi construído com o intuito de assegurar os direitos do sujeito que esteja</p><p>participando de pesquisas científicas, garantindo a ele, entre outros: o direito à autonomia na</p><p>decisão de participar ou não do projeto de pesquisa, o direito ao consentimento livre e</p><p>esclarecido, entre outros.</p><p>A Resolução 196/96, reformulada e substituída recentemente pela Resolução 466/12 foi</p><p>elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde sob influência das preocupações mobilizadas</p><p>pelo contexto biomédico, por meio das pesquisas clínicas para investigar os agentes</p><p>causadores de doenças em humanos, como a aids e a aprovação de novos medicamentos no</p><p>mercado. Fundamenta-se no modelo estadunidense e incorporou os princípios bioéticos, já</p><p>presentes na pauta internacional de preocupações éticas com a produção de conhecimento</p><p>científico.</p><p>A Resolução 466/12 em seu preâmbulo contextualiza a necessidade de parâmetros éticos</p><p>devido</p><p>ao progresso da ciência e da tecnologia, que   desvendou outra percepção da</p><p>vida, dos modos de vida, com reflexos não apenas na concepção e no</p><p>prolongamento da vida humana, como nos hábitos, na cultura, no</p><p>comportamento do ser humano nos meios reais e virtuais disponíveis e que se</p><p>alteram e inovam em ritmo acelerado e contínuo.</p><p>(Resolução 466/12, disponível em</p><p>http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf, acesso em</p><p>novembro 2013)</p><p>A partir disso, reafirma a importância de ponderar entre riscos e benefícios para o participante</p><p>da pesquisa e para a sociedade, pois:</p><p>Considerando o progresso da ciência e da tecnologia, que deve</p><p>implicar em benefícios, atuais e potenciais para o ser humano, para</p><p>a comunidade na qual está inserido e para a sociedade, nacional e</p><p>universal, possibilitando a promoção do bem-estar e da qualidade</p><p>de vida e promovendo a defesa e preservação do meio ambiente,</p><p>para as presentes e futuras gerações. (Resolução 466/12, disponível em</p><p>http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf, acesso em</p><p>novembro 2013)</p><p>Segundo Diniz&Guilhem (2008), o sistema brasileiro de revisão ética está vinculado ao</p><p>Sistema CEP/Conep- Comitês de Ética em e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa- que</p><p>teve inicio em finais dos anos de 1980, que instituiu a Resolução 196/96 e atualmente foi</p><p>revista sendo considerada a atual 466/12. Uma das pressuposições dessa lei, afirma que</p><p>todas as pesquisas com seres humanos de todas as áreas do conhecimento, devem ser</p><p>avaliadas pelo Sistema CEP/Conep, antes de iniciar a fase de coleta de dados.</p><p>Desde a regulamentação da Resolução 196/96, em outubro de 1996, o número de CEPs</p><p>(Comissões de Ética em Pesquisa) vem crescendo, principalmente junto às organizações</p><p>civis, as de defesa dos direitos e apoio aos portadores de deficiência e patologias.</p><p>Paralelamente, nota-se uma expansão da Bioética, devido às inúmeras questões morais</p><p>provindas do avanço técnico-científico na área da Saúde. (PALÁCIOS, MARTINS e PEGORARO,</p><p>2001)</p><p>A Resolução 466/12 encontra-se amparada pela Cultura dos Direitos Humanos e pela Bioética,</p><p>aplicadas à prática científica, nos cuidados mantidos com o participante da pesquisa. Para</p><p>isso, os Comitês de Ética necessitam aprovar os protocolos de pesquisas e os projetos</p><p>desenvolvidos.</p><p>Segundo Diniz e Guilhem (2008, p.77), a cultura ética fomentada pela Resolução 196/96, em</p><p>diálogo com as diretrizes internacionais, estabeleceu alguns critérios para a aprovação dos</p><p>protocolos de pesquisa, a partir de uma preocupação básica com a minimização de riscos e a</p><p>proteção dos direitos dos participantes de pesquisas, tais como:</p><p>- relevância social: os estudos devem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas envolvidas nas</p><p>pesquisas, ampliando o conhecimento aplicável a diferentes contextos sociais;</p><p>-validade científica: o desenho metodológico deve garantir a validade da pesquisa e a apropriação de resultados</p><p>pelos países envolvidos;</p><p>-seleção equitativa: a escolha dos participantes deve seguir objetivos definidos pela pesquisa e não atender as</p><p>amostras de conveniência. Pessoas vulneráveis devem ser protegidas e não podem ser excluídas do</p><p>envolvimento na pesquisa sem razões científicas;</p><p>- balanço favorável entre riscos e benefícios: as pesquisas tem que ser conduzidas de acordo com o melhor</p><p>padrão de atenção à saúde disponível. Deve ser feita uma avaliação dos potenciais riscos e benefícios para os</p><p>participantes;</p><p>-revisão ética do protocolo: deve ser realizada por um Comitê de Ética em pesquisa, de conformação colegiada,</p><p>que atue de forma independente;</p><p>-consentimento livre e esclarecido: é tido como uma das peças centrais à avaliação ética de um protocolo de</p><p>pesquisa. Deve ser considerado um processo e não apenas um ato de apresentação de um documento escrito ou</p><p>oral. O objetivo é garantir a livre e informada decisão de um individuo em participar de um estudo;</p><p>- respeito pelos participantes:</p><p>ultrapassa o instante do estabelecimento do vínculo e da assinatura do termo de</p><p>consentimento. Refere-se à proteção da confidencialidade, ao acesso a informações sobre a pesquisa e ao</p><p>direito de se retirar do estudo a qualquer momento;</p><p>- capacitação e fortalecimento local: a pesquisa colaborativa internacional deve contribuir para o crescimento</p><p>científico local e para a consolidação do processo de revisão ética das pesquisas.</p><p>O campo da Bioética, também determinante na elaboração da Resolução, é compreendido</p><p>como a ética da vida (do grego bios- vida, e ethike- ética). Pode ser definida como o estudo</p><p>sistemático da moralidade das tecno-ciências da vida e da saúde, examinadas a luz de</p><p>princípios morais. É uma vertente importante no cenário das éticas aplicadas, oriunda de</p><p>campo multidisciplinar, cujo diálogo visa o entendimento dos problemas morais na sociedade</p><p>contemporânea. Envolve diferentes pontos de vistas de várias disciplinas, tais como a</p><p>Filosofia, Teologia, Direito, Medicina, Psicologia, entre outras. (PALÁCIOS, MARTINS E</p><p>PEGORARO, 2001, p. 32).</p><p>A partir da Resolução 466/12, da versão anterior 196/96 e em consonância com outras cartas</p><p>éticas, regulamentadas pelo mundo, como a Declaração de Helsinque (1975) e o Relatório de</p><p>Belmont (1974), consolidou-se quatro princípios bioéticos, essenciais nos cuidados tomados</p><p>ao se realizar pesquisas com seres humanos. São eles: autonomia, não maleficência,</p><p>beneficência e justiça.</p><p>O princípio bioético da Autonomia referenda-se ao direito de escolha livre e consciente de</p><p>pesquisas. É necessário respeitar a vontade do sujeito, para que esse possa participar ativa e</p><p>livremente da pesquisa. Segundo Kovacs (2003), o exercício de autonomia só se dá quando há</p><p>compartilhamento de informações e conhecimentos de modo didático e compreensível ao</p><p>sujeito, para que então, ele tome a melhor decisão.</p><p>Nas pesquisas científicas alcança-se a autonomia, quando se oferece o termo de</p><p>consentimento livre e esclarecido ao sujeito, em uma linguagem acessível, explicitando os</p><p>direitos e deveres do participante. Assim como relatando de forma sucinta, os aspectos</p><p>metodológicos e analíticos da pesquisa, para que se tenha conhecimento global do trabalho</p><p>científico que poderá vir a participar.</p><p>Segundo Kovacs (2003):</p><p>“Quando se favorece a autonomia, ocorre uma relação simétrica entre profissionais e</p><p>pacientes, sendo que estes últimos participam de maneira ativa das decisões que</p><p>envolvem seu tratamento, bem como sua interrupção.” ( Kovacs, 2003, p. 119)</p><p>O valor da não maleficência diz respeito ao não fazer o mal ao sujeito da pesquisa, isso quer</p><p>dizer, não ter nenhuma atitude interventiva, seja clínica ou dialógica, que coloque em risco a</p><p>saúde biopsicossocial do individuo que participa do processo investigativo científico. Para</p><p>ponderar esse aspecto, o pesquisador deve realizar uma reflexão criteriosa sobre os riscos</p><p>envolvidos em sua pesquisa, e caso não seja possível evitá-los completamente, apresentar ao</p><p>sujeito da pesquisa, possíveis suportes e amparos para lidar com qualquer mal estar, prejuízo</p><p>suscitado pela pesquisa científica.</p><p>O valor da Beneficência por sua vez diz respeito ao fazer o bem ao sujeito da pesquisa, o que</p><p>significa promover ganhos com a atividade investigativa, seja no tratamento de uma doença,</p><p>seja na testagem de medicamentos, ou então, num ganho psicossocial ao refletir</p><p>conjuntamente com o pesquisador sobre um tema de relevância pessoal e social. Esse valor</p><p>bioético é essencial numa relação simétrica entre pesquisador e participantes, pois sugere</p><p>uma relação igualitária, sem uma postura de exploração utilitária que costumeiramente se</p><p>tinha em pesquisas de campo, quando pesquisadores absorviam as informações que</p><p>necessitavam dos sujeitos e não se responsabilizavam com os possíveis ganhos de quem</p><p>participava da pesquisa.</p><p>Com relação ao valor da equidade e/ou justiça social, há uma preocupação em promover o</p><p>bem estar coletivo e a igualdade social com a pesquisa científica, universalizando o</p><p>conhecimento desenvolvido e retroalimentando o serviço de saúde que usufrui das pesquisas</p><p>para atender o grande público.</p><p>A Psicologia Brasileira compreendeu que seria importante realizar uma aproximação com</p><p>esses princípios, pois a Bioética estaria atravessando o campo de estudos psicológicos e</p><p>sociais, como uma discussão sobre valores inerentes à vida e à saúde, extrapolando o cenário</p><p>biomédico com o qual é associada.</p><p>Essa aproximação encontra-se presente no Novo Código do Psicólogo em vários momentos,</p><p>são eles:</p><p>No princípio fundamental V, que versa principalmente sobre o valor da justiça social, ao</p><p>afirmar que O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às</p><p>informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da</p><p>profissão.</p><p>Nos deveres fundamentais (art. 1º), nas alíneas:</p><p>(c) ao reafirmar seu serviço em prol dos seus clientes com dignidade, ao prestar serviços</p><p>psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses</p><p>serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados</p><p>na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;</p><p>(e) ao realizar a ponderação entre os riscos e benefícios do seu serviço, ao estabelecer</p><p>acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário ou beneficiário de</p><p>serviços de Psicologia;</p><p>(f) garantir o sigilo profissional como dever ético, ao fornecer, a quem de direito, na prestação</p><p>de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu</p><p>objetivo profissional;</p><p>(g) ao realizar a devolutiva do seu serviço- informar, a quem de direito, os resultados</p><p>decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for</p><p>necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário.</p><p>Essa aproximação encontra-se mais evidente no Novo Código do Psicólogo, em seu</p><p>artigo 16, nas considerações sobre as diretrizes éticas expostas pela Resolução 466/12. Esse</p><p>artigo possui quatro subitens (a, b,c,d)      que versam    sobre os cuidados (bio)éticos que o</p><p>psicólogo deve tomar ao realizar estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de</p><p>conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, tais como: avaliar os riscos envolvidos,</p><p>garantir o caráter voluntário da participação dos sujeitos, assim como assegurar o anonimato</p><p>das pessoas e o acesso das mesmas aos resultados das pesquisas. O artigo 16  é indicação</p><p>explicita da preocupação da Psicologia com o respeito aos valores bioéticos numa Cultura de</p><p>Direitos Humanos, seja com a relação dos psicólogos com seus clientes, ou enquanto sujeitos</p><p>de pesquisa científica na área psicológica. Como se pode ver:</p><p>Art. 16 -  O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de conhecimento e</p><p>desenvolvimento de tecnologias:</p><p>a.     Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divulgação dos resultados, com o objetivo de</p><p>proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades envolvidas;</p><p>b.     Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante consentimento livre e esclarecido, salvo</p><p>nas situações previstas em legislação específica e respeitando os princípios deste Código;</p><p>c.     Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse manifesto destes;</p><p>d.     Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesquisas ou estudos, após seu</p><p>encerramento, sempre que assim o desejarem.</p><p>( Código de Etica da Psicologia, disponível http://site.cfp.org.br/wp-</p><p>content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf, acesso novembro 2013)</p><p>O Código de Ética do Psicólogo vai além da observância dos princípios elencados pela</p><p>Bioética, ele exige reflexão contínua, o exercício crítico da profissão e uma atualização</p><p>científica constante, evitando-se, assim, assumir posturas baseadas apenas na aceitação</p><p>moral e passiva das regras.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>MAIORINO, F.  A intertextualidade ética para além do Código de Ética do Psicólogo. Texto</p><p>mimeo, 2005.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. SP: Ed. Vozes, 2006.</p><p>Bibliografias Complementares</p><p>DINIZ e GUILHEM. O que é ética em pesquisa. SP: Ed Brasiliense, Coleção Primeiros Passos,</p><p>2008.</p><p>PALÁCIOS, MARTINS e PEGORARO. Ética, ciência e saúde: desafios da Bioética. SP: Ed Vozes,</p><p>2001.</p><p>KOVACS, Maria Julia. Bioética nas questões da vida e da morte. Psicol. USP  [online]. 2003,</p><p>vol.14, n.2, pp. 115-167. Disponível <http://www.scielo.br/pdf/pusp/v14n2/a08v14n2.pdf>,</p><p>acesso nov/2013.</p><p>VALLS, A. Repensando a vida e a morte do ponto de vista filosófico. Disponível</p><p>< http://www.bioetica.ufrgs.br/morteamv.htm>, acesso em dezembro de 2013.</p><p>Uma Reflexão Inquietante:  As resoluções bioéticas 196/96 e 466/12 foram construídas pelas</p><p>inquietações da área biomédica em consonância com preocupações sociais da</p><p>contemporaneidade. Porém, as ciências humanas tem se mobilizado a rever essas</p><p>resoluções, pois afirmam possuir paradigmas divergentes do modelo tradicional da área da</p><p>saúde. Nessa contestação, há de se repensar o uso do termo de consentimento como um</p><p>instrumento inicial de aprovação da pesquisa, para um modelo dialógico e processual, entre</p><p>outros aspectos. Será que as ciências humanas de fato, precisam reconstruir uma resolução</p><p>ética específica para sua pertinência epistêmica e teórica?</p><p>Sugestão hipermidiática:</p><p>Visite o site sobre BIOÉTICA no link  http://www.bioetica.ufrgs.br/  e conheça as áreas</p><p>temáticas apresentadas no site, tais como Conceitos Fundamentais em Bioética, Comitê de</p><p>Ética em Pesquisas, etc.</p><p>Atividades Práticas:</p><p>I)                       Leia o texto do professor Álvaro Valls sobre a temática vida e morte no seu</p><p>artigo Repensando a vida e a morte do ponto de vista filosófico e organize um</p><p>quadro com as principais definições de vida e morte nas diversas visões filosóficas</p><p>(Fonte Bibliográfica: Valls, A. Repensando a vida e a morte do ponto de vista</p><p>filosófico. Disponível em  http://www.bioetica.ufrgs.br/morteamv.htm, acesso em</p><p>dezembro de 2010)</p><p>II)            Imprima a Resolução Ética 466/12 e grife os quatro princípios bioéticos</p><p>apresentados no documento. Depois arquive-a junto aos outros documentos já</p><p>citados na disciplina, em sua pasta.</p><p>Link Conselho Nacional de Saúde, disponível</p><p><http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>, acesso nov/2013.</p><p>III)           Leia o Código de Ética do Psicólogo( 2005)  e grife os artigos e alíneas que</p><p>possuem consonância com os princípios bioéticos apresentados.</p><p>Exercício comentado:</p><p>A resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) regulamenta os aspectos éticos</p><p>das pesquisas com seres humanos. Assinale a alternativa correta:</p><p>Sua principal importância reside no fato de:</p><p>A) Proporcionar uma tabela de indenizações para as vítimas de maus tratos em experimentos.</p><p>B) Regulamentar o patrocínio de instituições privadas, tais como laboratórios farmacêuticos,</p><p>garantindo-lhes a oportunidade de financiarem pesquisas.</p><p>C) Dar autonomia total para as instituições de pesquisas.</p><p>D) Garantir a liberdade do individuo que participa da pesquisa, evitando procedimentos</p><p>invasivos.</p><p>E) Regulamentar o pagamento de sujeitos que participam de pesquisas e devem receber</p><p>dinheiro para isto.</p><p>Comentários do exercício:  o aluno deve conhecer a Resolução 196/96, que promulga os</p><p>princípios bioéticos em pesquisas que envolvam seres humanos, um dos princípios básicos</p><p>prescritos pela resolução é chamado de autonomia, que garante o acesso do individuo a</p><p>informações esclarecedoras sobre a pesquisa em que esteja sendo convidado a participar para</p><p>então , de livre consentimento, aceitar ou não participar do processo investigativo, diante isso, o</p><p>aluno deve assinalar o item d, que apresenta essa idéia essencial à visão bioética.</p><p>MÓDULO 6 - O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E A PSICOLOGIA</p><p>OBJETIVO:</p><p>Relacionar a política de direitos humanos presente no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com o</p><p>Código de Ética do Psicólogo, em seus eixos fundamentais, assim como refletir criticamente sobre a</p><p>questão da vulnerabilidade social de crianças e jovens.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>No ano de 1990, o Brasil consolidou e complementou a lógica cidadã da Constituição Federal (1988),</p><p>aprovando a lei nº 8.069, denominada de Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa aprovação tinha</p><p>como meta promover uma lei nacional de proteção integral para  crianças e adolescentes, apresentada no</p><p>artigo 3º:</p><p>Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa</p><p>humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por</p><p>outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,</p><p>mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.( ELIAS, p 3, 1994)</p><p>Como Dias, Sieben, Cozer e Alves (2003) reafirmam ao conceber o ECA como:</p><p>O estatuto, em seus 267 artigos, garante os direitos e deveres de cidadania a crianças e adolescentes,</p><p>determinando ainda a responsabilidade dessa garantia aos setores que compõem a sociedade, sejam estes a</p><p>família, o Estado ou a comunidade. Ao longo de seus capítulos e artigos, discorre sobre as políticas referentes à</p><p>saúde, educação, adoção, tutela e questões relacionadas a crianças e adolescentes autores de atos infracionais.</p><p>(DIAS, SIEBEN, COZER e ALVES, 2003 p 118)</p><p>O ECA pertence a um Sistema de Garantia de Direitos, distribuído em três grandes dimensões: (1)</p><p>promoção de direitos a partir de políticas de atendimento aos jovens, composto pelo Estado e sociedade</p><p>civil; (2) defesa: tem como objetivo estancar a violação dos direitos das crianças e jovens, por meio de</p><p>Conselhos Tutelares, ações da Defensoria Pública, entre outros; (3) controle social: avalia e monitora as</p><p>ações de promoção e defesa dos direitos dos jovens, pela sociedade civil organizada.  (DIAS, SIEBEN,</p><p>COZER e ALVES, 2003)</p><p>O ECA significou um enorme avanço no cenário político e jurídico do Brasil. Primeiramente veio a</p><p>substituir o Código de Menores (1979), cujos princípios sinalizavam medidas assistencialistas e protetivas</p><p>dirigidas apenas aos menores em situação de vulnerabilidade psicossocial. Esse Código foi alvo de</p><p>críticas sociais, ao associar pobreza com delinquência, ocultando os determinantes sócio históricos das</p><p>dificuldades vividas por esses jovens. Essa ocultação reforçou o estigma social desse adolescente como</p><p>o menor abandonado, o marginal e perigoso. Essas crianças começaram a ser compreendidas pela</p><p>sociedade como se tivessem uma tendência natural à prática do crime e da desordem social, não</p><p>podendo se adaptar à vida social.</p><p>O ECA tornou-se um marco importante por garantir os direitos a todas as crianças e adolescentes em</p><p>âmbito nacional, ressignificando a concepção destes sujeitos como seres humanos complexos e em</p><p>desenvolvimento biopsicossocial. Portanto, compreendendo-os como seres sensíveis às transformações</p><p>psicossociais e merecedores de investimento afetivo pela sociedade brasileira.</p><p>Considera-se, ainda hoje, o ECA como uma referência na Cultura de Direitos Humanos do país, pois ele</p><p>anuncia o compartilhamento da responsabilidade social entre família, Estado e sociedade, em defesa dos</p><p>direitos desses cidadãos. Além de contribuir socialmente, sem dúvida, com a inserção de temáticas</p><p>infanto-juvenis na agenda dos movimentos sociais e políticos e na discussão contemporânea dos Direitos</p><p>Humanos, promulgados nos artigos 4º do ECA e no 227º da Constituição Federal, como pode-se ver nos</p><p>seguintes deveres:</p><p>Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com</p><p>absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao</p><p>esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência</p><p>familiar e comunitária. ( ELIAS, 1994)</p><p>Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar</p><p>à criança, ao adolescente e ao jovem,</p><p>com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à</p><p>profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e</p><p>comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,</p><p>violência, crueldade</p><p>eopressão. (ConstituiçãoFederal<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>,</p><p>acesso novembro/2013).</p><p>Um pressuposto essencial do ECA, é a importância dada à instituição familiar, como aquela que deve ser</p><p>fortalecida com políticas públicas de assistência social e saúde para poder constituir a proteção integral</p><p>das suas crianças e jovens. A Psicologia do século XXI e seus estudos sobre desenvolvimento do ciclo</p><p>vital também tem dado destaque para o papel importante da família constituição do psiquismo infantil.</p><p>A sustentabilidade psicoemocional e social da família em relação aos jovens e crianças também é</p><p>destacado pelo olhar público e pelo próprio ECA, como pode-se verificar na programação do ECA para:</p><p>.... regular as relações entre crianças, adolescentes, sociedade, instituições e suas famílias. As famílias sempre</p><p>tiveram o papel teórico do ninho de proteção, amparo e sustento, inviolável e soberano, sendo consideradas por</p><p>muitos, inclusive pelos profissionais responsáveis por sua assistência e proteção legal, o melhor lugar, sem</p><p>questionamento, para todas as crianças e adolescentes (SECRETARIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 2005).</p><p>Nos artigos 19º e 22º do ECA afirma-se que:</p><p>Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e,</p><p>excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente</p><p>livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.</p><p>Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes</p><p>ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. ( ELIAS, p</p><p>19, 1994)</p><p>Outra contribuição social essencial promovida pelo ECA é a cultura da denúncia social que se fez</p><p>presente, das instituições educacionais aos indivíduos, a partir  da consolidação social dos artigos 13 e 56</p><p>nos campos educacionais e institucionais, como as escolas. São artigos que afirmam que :</p><p>Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão</p><p>obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras</p><p>providências legais.</p><p>Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar</p><p>os casos de:</p><p>I - maus-tratos envolvendo seus alunos;</p><p>II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;</p><p>III - elevados níveis de repetência.</p><p>( ELIAS, p 38, 1994)</p><p>Ainda cabe o apontamento sobre a questão da quebra do sigilo profissional no Código de Ética do</p><p>Psicólogo e aquilo que se encontra no ECA.Com relação ao Código  da Psicologia, há a defesa do dever de</p><p>respeito ao sigilo profissional no artigo 9º, mas salvaguarda-se o direito a quebra de sigilo no artigo 10º,</p><p>sendo:</p><p>Art. 9º -  dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a</p><p>intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.</p><p>Art. 10 - Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as</p><p>afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo</p><p>poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.</p><p>Parágrafo Único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá</p><p>restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.</p><p>(Código de Ética Psicologia, 2005 <http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-</p><p>etica/>,acesso novembro 2013)</p><p>Para a Psicologia, o valor ético-moral do sigilo profissional é um dever, historicamente mantido, em todos</p><p>os âmbitos profissionais da Psicologia, como se vê no artigo 9º. Porém o artigo seguinte (nº10) faz uma</p><p>referência fundamental às situações que envolvem crianças e jovens em vulnerabilidade psicossocial,</p><p>tornando a quebra do sigilo um direito profissional, ou seja, o psicólogo pode ou não decidir por essa</p><p>quebra. Essa é uma mudança recente na cultura psicológica, e tem sido praticada por aqueles que</p><p>trabalham em instituições, como a Fundação CASA (Atendimento Sócio Educativo do Adolescente), em</p><p>que existe a premência da denúncia, mesmo em casos de suspeita de violência contra os jovens. Os</p><p>psicólogos têm sido orientados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), a quebrar o sigilo quando</p><p>trabalham em instituições com esse caráter, por exemplo, numa escola, seguindo em primeiro lugar as</p><p>diretrizes do ECA (art 56).</p><p>O Código de Ética do Psicólogo está em consonância direta com a Cultura dos Direitos Humanos</p><p>promovidos pelo ECA, por exemplo, ao vetar, no artigo 2, item A, quaisquer práticas ou atos que</p><p>caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; e no artigo 13,</p><p>quando o código enuncia que no atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser</p><p>comunicado aos responsáveis o estritamente essencial.</p><p>Os cuidados éticos da Psicologia com a saúde das crianças e adolescentes coincidem com a lógica</p><p>cidadã presente no ECA, por exemplo, no artigo 8 do Código de Ética do Psicólogo, que prevê o dever de</p><p>assegurar o consentimento dos pais para realizar qualquer tipo de atendimento psicológico, assegurando</p><p>o conhecimento desse tipo de atendimento em menores de idade, medida assegurada pelo próprio ECA e</p><p>Constituição Federal. Desse modo, o Código de Ética do Psicólogo afirma que:</p><p>Art. 8º - Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter</p><p>autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente;</p><p>§1° - No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às</p><p>autoridades competentes;</p><p>§2° - O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários para garantir a</p><p>proteção integral do atendido.</p><p>(Código de Ética Psicologia, 2005 <http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/>,acesso</p><p>novembro 2013)</p><p>Associada à cultura de denúncia social, desenvolveu-se uma maior aceitação civil dos Conselhos</p><p>Tutelares, que passaram a compor o imaginário social, no que diz respeito ao cuidado com a infância e</p><p>adolescência no Brasil. A população reconhece o Conselho Tutelar como a instância sócio-participativa e</p><p>responsável pelo cumprimento de direitos das crianças e adolescentes, vide os artigos 131, 132 e 136 do</p><p>ECA, que dizem respeito a essa função:</p><p>Art. 131 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela</p><p>sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.</p><p>Art. 132 - Em cada Município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto de cinco</p><p>membros, escolhido pela comunidade local para mandato de três anos, permitida uma</p><p>recondução (Nova redação conforme Lei Federal 8.242/91, de 12/10/91)</p><p>CAPÍTULO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO</p><p>Art. 136 - São atribuições do Conselho Tutelar:</p><p>I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as</p><p>medidas previstas no Art. 101, I a VII;</p><p>II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no Art. 129, I a VII;</p><p>III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:</p><p>a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e</p><p>segurança;</p><p>b) representar perante à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas</p><p>deliberações.</p><p>IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa</p><p>ou penal</p><p>contra os direitos da criança ou adolescente;</p><p>V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;</p><p>VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, entre as previstas no Art. 101, de</p><p>I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;</p><p>VII - expedir notificações;</p><p>VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;</p><p>IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e</p><p>programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;</p><p>X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no Art.</p><p>220, § 39, inciso II da Constituição Federal;</p><p>XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio</p><p>poder.</p><p>( ELIAS, PP 113-117, 1994)</p><p>Com relação às funções do Conselho Tutelar encontra-se uma específica que diz respeito à prática da</p><p>Psicologia, referente ao pedido de serviços de assistência técnica para lidar com os jovens, fazendo valer</p><p>seus direitos, por exemplo ao exigir do psicólogo a confecção de laudos em casos que envolvam as</p><p>crianças e jovens. Está previsto no artigo 151 do ECA o que:</p><p>Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem reservadas</p><p>pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência,</p><p>e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e</p><p>outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação</p><p>do ponto de vista técnico. ( ELIAS, p 133, 1994)</p><p>A avaliação psicológica é uma prática técnica, mas acima de tudo ética e política do psicólogo no Brasil,</p><p>que tem sido muito cuidada pelo CFP. Este tema será melhor explorado no módulo seguinte, o VI, que trata</p><p>da Avaliação Diagnóstica.</p><p>Outro ponto em destaque na cultura implementada pelo ECA diz respeito às medidas sócio</p><p>educativas, que são aquelas aplicadas pelo poder público, com fins pedagógicos a crianças e jovens que</p><p>incidiram em atos infracionais, por exemplo, envolvidos em roubos. Teoricamente, essas medidas</p><p>possuem uma função educativa, mais do que punitivas, porém o que muitas vezes se tem percebido é a</p><p>adoção de medidas extremas, como a internação em estabelecimentos (Fundação CASA) pelos juízes, em</p><p>casos que não caracterizariam perigo extremo à sociedade. São as medidas previstas no artigo 112 do</p><p>ECA, capítulo IV,</p><p>·         Advertência;</p><p>·         Obrigação de reparar o dano;</p><p>·         Prestação de serviço à Comunidade;</p><p>·         Liberdade Assistida;</p><p>·         Inserção em regime de semiliberdade;</p><p>·         Internação em estabelecimento educacional;</p><p>§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as</p><p>circunstâncias e a gravidade da infração.</p><p>§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.</p><p>§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e</p><p>especializado, em local adequado às suas condições.</p><p>Drummond (2008) apresenta as mudanças que o ECA sofreu nas últimas décadas em dialogo com a</p><p>sociedade brasileira. O autor afirma que o ECA depende da aprovação de novas leis que poderiam</p><p>subsidiar melhor os cuidados éticos com as crianças e adolescentes, tais como:</p><p>o PL 4850/05, que amplia a definição de estupro; o PL 4851/05, que tipifica como crime</p><p>disponibilizar o acesso de cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente na Internet; o PL</p><p>4852/05, contra hospedagem de criança ou adolescente sem autorização dos pais; o PL 4125/04,</p><p>que exige em hotéis, bares e restaurantes informação contra a exploração sexual de crianças e</p><p>adolescentes; e, por último, e o mais importante de todos, o PL 4126/04, que cria regras especiais</p><p>para a realização de apuração pericial/policial, no sentido de estabelecer um depoimento único</p><p>gravado das vítimas infanto-juvenis, a fim de não transformar o processo penal numa revitimização</p><p>das próprias vítimas.</p><p>Com relação  às mudanças implementadas pelo ECA nos últimos 20 anos, tem-se apontado alguns</p><p>desafios que a sociedade brasileira ainda enfrentará, tais como:  o aumento do número de casos de</p><p>gravidez na adolescência, o homicídio de jovens na faixa entre 10 e 19 anos e as disparidades étnicas,</p><p>raciais e regionais.</p><p>Apesar de todos esses desafios a serem enfrentados pelos cidadãos brasileiros, considera-se que a</p><p>convivência cidadã com o ECA tem produzido novos discursos e práticas sociais em uma sociedade em</p><p>desenvolvimento. A partir dele, se produz novos sentidos da infância e do adolescer, sem se ater a</p><p>concepções cristalizadas e estigmatizadas, que pretendiam ser universais. Desta forma, é imprescindível</p><p>a contribuição social das profissões afinadas com a lógica cidadã do ECA. A Psicologia está inserida</p><p>como uma das profissões que auxilia a transformação da visão da infância e da juventude, como</p><p>fenômenos psicossociais, multideterminados pela sociedade, a cultura e a economia presentes,  e não</p><p>como fases fechadas e essenciais do desenvolvimento humano. Essa profissão também, tende a</p><p>promover reflexões contínuas sobre o que significa adolescer e ser criança num país de terceiro mundo</p><p>como o Brasil, que ainda enfrenta tantos desafios éticos e técnicos em direção a uma cultura de Direitos</p><p>Humanos.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS</p><p>CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Psicologia. 2005, disponível em</p><p><http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/>,acesso novembro 2013.</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, disponível <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>,</p><p>acesso novembro/2003.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES</p><p>CRUZ, L.; HILLESHEIM, B.; GUARESCHI, N.  Infância e Políticas Públicas: Um Olhar sobre as Práticas</p><p>Psi. Psicologia & Sociedade, v.17, n. 3, p. 42-49, set-dez, 2005.</p><p>DIAS, SIEBEN, COZER & ALVES. Estatuto de Criança e do Adolescente: aprendendo a cidadania. Revista</p><p>Inclusão Social, v. 2, n. 2, abr/set 2007, PP 116-123.</p><p>DRUMMOND, A.  A maioridade do ECA e a violência sexual contra crianças e</p><p>adolescentes.Disponível<http://www.cmdcapontapora.com.br/visualizar_artigo.php?id=17>, acesso em</p><p>nov/2013.</p><p>ELIAS, R. Comentários ao Estatuto da Criança e do adolescente. SP: Ed Saraiva, 1994.</p><p>SILVA, José Luiz. Estatuto da criança e do adolescente: 852 perguntas e respostas. São Paulo: Juarez de</p><p>Oliveira, 2000.</p><p>REFLEXÃO INQUIETANTE: Como a sociedade civil pode transformar o ECA frente as mudanças sociais e</p><p>culturais que se vive na atualidade, incluindo questões como a relação da infância com as novas mídias,</p><p>ao discutir  fenômenos como pedofilia na internet?</p><p>SUGESTÃO HIPERMIDIÁTICA</p><p>Conheça os links externos com material pertinente ao conhecimento do ECA e sua relação com a</p><p>Psicologia:</p><p>UNICEF.  Cartilha Nasci e Cresci com o ECA, disponível em</p><p><http://www.unicef.org/brazil/pt/nasci_cresci_com_eca.pdf>, acesso em 2013.</p><p>ZIRALDO&UNICEF.  Cartilha sobre Direitos Humanos,  disponível em</p><p><http://portal.mj.gov.br/sedh/documentos/CartilhaZiraldo.pdf<, acesso em 2013.</p><p>Projeto ECA para conhecer e reconhecer. Disponível</p><p><http://www.forumdacidadania.org.br/CARTILHA ECA 2013.pdf>, acesso em nov/2013.</p><p>ATIVIDADES TEÓRICO PRÁTICAS:</p><p>I)                         Leia a Cartilha do CRP/SP, disponível no endereço abaixo indicado e grife os trechos</p><p>importantes, destacados nesse módulo, como a relação do ECA com os Direitos Humanos</p><p>Fonte : CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. Cartilha A Psicologia e sua Interface com os Direitos</p><p>da Criança. Disponível <http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cartilhas/a_gente/Cartilhas-CRP-</p><p>ECA.pdf>, acesso nov/2013.</p><p>II)          Salve  o ECA em seu computador e grife os artigos relacionados com os cuidados</p><p>que a sociedade civil e o Estado devem ter com as crianças e adolescentes. Anote as</p><p>medidas sócio educativas, apresentadas no site da Fundação Casa, disponível no endereço a</p><p>seguir: <http://www.fundacaocasa.sp.gov.br/index.php/medidas-socioeducativas>,</p><p>acesso</p><p>em novembro 2013.</p><p>EXERCÍCIO COMENTADO</p><p>No Estatuto da Criança e do Adolescente, no Cap. III- Do direito a convivência familiar e comunitária, a</p><p>FAMÍLIA é considerada como:</p><p>A Uma instituição em crise, facilmente substituída por outras formas de convivência social</p><p>B Uma instituição precedida pelo Estado em sua importância no desenvolvimento pessoal</p><p>C Uma instituição social básica no desenvolvimento saudável da criança/jovem na sociedade.</p><p>D Uma instituição dispensável como espaço de formação ética</p><p>E Uma instituição desnecessária ao homem contemporâneo, pois o mundo atualmente funciona na lógica</p><p>individualista.</p><p>Comentários: o aluno deve reler esse módulo, para lembrar que a família é considerada a instituição</p><p>fundamental na constituição da infância e juventude, que ela deve ser preservada e cuidada pela sociedade</p><p>civil e pelo Estado por meio de políticas públicas, por ex, de assistência social, inclusive pela Psicologia.</p><p>Desta forma, o aluno deveria assinalar o item C, que apresenta essa importância. As outras alternativas são</p><p>equivocadas, seja  porque apresentam  uma visão moralizante, como a alternativa D, ou então colocam a</p><p>família como instituição falida e desnecessária.</p><p>MODULO 7- A DIMENSÃO ÉTICA EM    AVALIAÇÃO PSICOLOGICA  NA</p><p>PSICOLOGIA:</p><p>OBJETIVO</p><p>Esse módulo visa trazer uma discussão sobre os embates éticos inerentes à prática profissional, focalizando particularmente</p><p>a avaliação psicologica, a questão da quebra do sigilo profissional e a elaboração de laudos psicológicos.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Segundo Pellini & Sá Leme ( 2019), o processo de avaliação psicológica pode ser compreendido como um processo técnico-</p><p>científico em que se colhe dados e informações com indivíduos ou grupos, por meio de questionários, métodos, instrumentos</p><p>psicológicos, entrevistas, entre outros.</p><p>Um dos os grandes dilemas profissionais da profissão na atualidade, encontra-se a  dimensão  ética presente na elaboração</p><p>das avaliações psicológicas nos diversos âmbitos: do judiciário ao educacional. O ano de 2011 foi eleito como o momento</p><p>da  avaliação psicológica pelo o Conselho Federal de Psicologia, afirmando que:</p><p>A avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia e historicamente</p><p>contribuiu para a inserção profissional nos diferentes contextos de atuação. Assim, embora sua</p><p>importância já tenha sido devidamente reconhecida, como em qualquer outra área de</p><p>conhecimento, seus avanços são necessários principalmente quanto à importância da qualidade</p><p>de seus serviços. Adicionalmente, pode-se refletir também sobre a garantia dos direitos dos</p><p>cidadãos e dos cuidados éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de</p><p>avaliação e aos documentos deles decorrentes.( CFP, GT Avaliações Psicológicas, 2011)</p><p>Ambiel e Pacanaro (2019) relatam que o caminho histórico da Avaliação Psicológica no Brasil foi tumultuado, com um</p><p>período de entusiasmo inicial, com o uso indiscriminado e predominante de testes psicológicos.</p><p>Desde 2003, existe um movimento do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em direção a uma reorganização e</p><p>regulamentação em âmbito nacional.</p><p>Esse movimento crítico se deu, segundo os autores, pela baixa qualidade de formação dos alunos na questão da avaliação</p><p>psicológica e pela grande quantidade de cursos de Psicologia que abriram no Brasil. Uma das saída, segundo eles, tem sido</p><p>os cursos de Pós Graduação no assunto  e a fundação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP).</p><p>Reppold (2011) ainda complementa sobre o ensino:</p><p>Neste sentido, é primordial que o ensino da avaliação psicológica, exercício restrito aos psicólogos,</p><p>priorize, além de competências técnicas, a vivência de situações práticas que envolvam dilemas</p><p>relacionados à ética, ao respeito à dignidade e aos Direitos Humanos, à preocupação com o bem-</p><p>estar do outro e à responsabilidade social. ( REPPOLD, 2011, p. 24)</p><p>Na história normativa, um dos ganhos foi a elaboração da Resolução 02/2003, realizada por um Grupo de Trabalho afiliado ao</p><p>Conselho Federal de Psicologia, em 2003, resultando num Manual Técnico e Ético sobre a elaboração de laudos e avaliações</p><p>psicológicas.  Foi um marco importante, porque segundo Ambiel e Pacanaro (2019), o CFP criou um documento com</p><p>diretrizes claras e objetivas, e assim padronizou o instrumento, constituindo critérios mínimos de qualidade.</p><p>Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2019, p 31), entre os principais requisitos de qualidade, encontram-se:</p><p>Apresentação da fundamentação teórica do instrumento com especial ênfase na definição do</p><p>construto; Apresentação de evidências empíricas de validade e precisao das interpretações</p><p>propostas para os escores do teste; Apresentacão de dados empíricos sobre as propriedades</p><p>psicométricas dos itens dos instrumentos;Informações sobre os procedimentos de correção e</p><p>interpretação dos resultados, comunicando detalhadamente o procedimento e o sistema de</p><p>interpretação no que se refere as normas brasileiras; Apresentação clara dos procedimentos de</p><p>aplicação e correção, bem como das condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja</p><p>uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação. (PACANARO, ALVES, RABELO, LEME</p><p>E AMBIEL, 2019, p 31)</p><p>Ainda no ano de 2003, o CFP propôs uma Comissão Nacional de Avaliação Psicológica, denominada Sistema de Avaliação</p><p>dos Testes Psicológicos (SATEPSI), que teve como função analisar as dificuldades que o psicólogo enfrentava no contexto</p><p>das avaliações psicológicas.  Atualmente, todos os instrumentos e testes psicológicos passam pela avaliação dessa</p><p>comissão. Além disso, o CFP promulgou no ano de 2003, a resolução CFP  n. 002/2003, sobre a produção e a utilização de</p><p>testes psicológicos. Resolução atualmente revogada e substituida pela Resolução CFP 009/2018, que estabelece  diretrizes</p><p>para  a   realização  de  Avaliação Psicológica  no  exercício  profissional  da  psicóloga  e  do psicólogo,   regulamenta  o</p><p>Sistema   de   Avaliação   de   Testes Psicológicos SA TEPSI   e   revoga   as   Resoluções   n° 002/2003, nº   006/2004   e n°</p><p>005/2012  e Notas  Técnicas n° 01/2017  e  02/2017</p><p>Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2019), o uso de testes psicológicos na atualidade tem sido direcionado a</p><p>mais um instrumento diagnóstico dentro de um contexto, do que o único meio como acontecia anteriormente.</p><p>Esses cuidados éticos com as avaliações diagnósticas derivam também do momento singular da profissão em 2003, quando</p><p>o Conselho Federal de Psicologia e a classe profissional se mobilizavam para criar um novo Código de Ética do psicólogo. Um</p><p>contexto favorecido por um gestão que priorizava a Cultura dos Direitos Humanos e o compromisso social da Psicologia com</p><p>a sociedade brasileira em transformação.</p><p>Reppold ( 2011) afirma que o processo de avaliação psicológica pode vir a promover os direitos humanos pelo seu caráter de</p><p>descrição e interpretação das condutas, viabilizando  o encaminhamento dos sujeitos que possuem demandas psicossociais</p><p>para tratamentos adequados e dignos, evitando-se os  cuidados inócuos.</p><p>A autora ainda indica que o processo de avaliação diagnóstica deveria respeitar e seguir os mesmos princípios bioéticos das</p><p>práticas de pesquisa pela Resolucão 466/12. São eles: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça social. Dessa</p><p>forma, o psicólogo deveria ponderar entre os ganhos e riscos envolvidos no processo, assim como respeitar o direito à</p><p>devolutiva para o sujeito, garantindo que as pessoas sejam informadas sobre o processo avaliativo e as implicações no</p><p>diagnóstico e prognóstico. Deve-se ainda dar a devolutiva numa linguagem clara, objetiva e compreensível ao sujeito e usar</p><p>de instrumentos normatizados e validados para o grupo  que será analisado.</p><p>Reppold ( 2011, p 24) alerta o fato de que a maioria das queixas éticas denunciadas ao Conselho Federal de Psicologia refere-</p><p>se a problemas com o exercício inadequado da avaliação diagnostica, como o uso de técnicas inapropriadas, falta de</p><p>orientações e encaminhamentos adequados,</p><p>como também, a emissão de documentos sem a devida fundamentação teórica.</p><p>Nesse sentido, faz-se essencial rever o lugar da Avaliação Psicológica na formação do psicólogo brasileiro, pois  conforme</p><p>Schmidlin ( 2011) relata, é uma prática destacada nas Diretrizes Curriculares, no artigo 5, sobre os procedimentos para a</p><p>investigação científica e a “prática profissional, de forma a garantir tanto o domínio de instrumentos e estratégias de</p><p>avaliação e de intervenção quanto a competência para selecioná-los, avaliá-los e adequá-los a problemas e contextos</p><p>específicos  de investigação e ação profissional” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Psicologia, 2004)</p><p>Pellini e Sá Leme (2019) concluem sobre a importância do contínuo aprimoramento do psicólogo:</p><p>Enfim, para que um profissional atue de forma ética quanto ao uso de instrumentos, deve</p><p>procurar manter contínuo aprimoramento profissional; utilizar, no contexto profissional,</p><p>apenas testes psicológicos com parecer favorável, que se encontram listados no site do</p><p>SATEPSI; realizar a avaliação psicológica em condições ambientais adequadas, de modo</p><p>a assegurar a qualidade e o sigilo das informações obtidas; guardar os documentos</p><p>produzidos decorrentes de Avaliação Psicológica em arquivos seguros e de acesso</p><p>controlado; proteger a integridade dos instrumentos, não os comercializando, publicando</p><p>ou ensinando aqueles que não são psicólogos. (Pellini e Sá Leme ,2019, p 171)</p><p>É necessário ressaltar também, a importância das resoluções resultantes do processo de amadurecimento da Psicologia</p><p>com as novas demandas psicossociais ( tais como a Resolução 009/2018, que revogou  a REs CFP 002/2003), nas</p><p>quais encontram-se explícitos os cuidados com a escolha do método regulamentado a ser melhor utilizado pelo psicólogo. A</p><p>atenção ética com o  sigilo profissional e a divulgação dos resultados são pontos importantes que também merecem</p><p>destaque.</p><p>A elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) em sua prática profissional tem sido pauta no Sistema</p><p>Conselhos de Psicologia desde 2001, teve o objetivo de fornecer diretrizes para as(os) psicólogas(os), e garantir maior</p><p>uniformidade e qualidade na produção desses documentos. Na construção histórica das normativas a respeito desta</p><p>temática, destacamos as seguintes resoluções que versaram sobre elaboração de documentos escritos produzidos por</p><p>psicólogas(os): Resolução CFP n.º 30/2001, posteriormente revogada pela Resolução CFP n.º 17/2002 e pela Resolução CFP</p><p>n.º 07/2003. A Resolução CFP n.º 07/ 2003, revogada pela atual normativa (Res. CFP 006/2019), contemplava um Manual de</p><p>Elaboração de Documentos Escritos produzidos pela(o) psicóloga(o), com foco na prestação de serviços decorrentes de</p><p>avaliação psicológica e organizado sobre os seguintes itens: princípios norteadores; modalidades de documentos;</p><p>conceito/finalidade/estrutura; validade e guarda dos documentos. Considerando a complexidade do exercício profissional</p><p>da(o) psicóloga(o), a Resolução CFP n.º 06/2019 foi construída de modo a ampliar o leque de documentos psicológicos para</p><p>aqueles decorrentes do exercício profissional nos mais variados campos de atuação, fornecendo os subsídios éticos e</p><p>técnicos necessários para a elaboração qualificada da comunicação escrita. Nesse sentido, a presente Resolução avança ao</p><p>separar os documentos que são provenientes de avaliação psicológica de outros relativos às diversas formas de atuação</p><p>da(o) psicóloga(o), ao estabelecer o Relatório Multiprofissional e, também, ao regulamentar aspectos referentes ao destino e</p><p>envio de documentos e fatores relacionados à entrevista devolutiva. (IN:chrome-</p><p>extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=https://site.cfp.org.br/wp-</p><p>content/uploads/2019/09/Resolução-CFP-n-06-2019-comentada.pdf&chunk=true)</p><p>Surge desse exercício de contextualização, uma possibilidade ética, pois quando o psicólogo contextualiza critico e</p><p>reflexivamente o resultado de um processo de avaliação psicológica, ele está superando o viés adaptativo e eugênico,</p><p>presente na história da Psicologia Brasileira, quando:</p><p>tem-se constítuido como ferramenta de adequação e ajustamento intimizado, universal,</p><p>natural e a-histórico, não se colocando, assim, a questão que se refere a práticas datadas</p><p>historicamente, instituindo modelos de ser e de estar no mundo segundo padrões de</p><p>normalidade produzidos como únicos e verdadeiros, inferiorizando e desqualificando os</p><p>lugares ocupados pelos chamados diferentes, anormais, perigosos, desvinculando-os dos</p><p>seus contextos sócio-histórico-político-sociais, tornando-os não humanos. A estes seria</p><p>endereçado um constante monitoramento, vigilância e tutela. ( BICALHO, 2011, p. 90)</p><p>A Resolução 009/2018 confirma, portanto,  o principio II do Código de Ética do psicólogo, que diz do trabalho psicológico</p><p>como promotor de saúde e que contribuirá para eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração,</p><p>violência, crueldade e opressão.  Na Resolução, recusa-se também a segregação, quando afirma que nega sob toda e qualquer</p><p>condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos</p><p>institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.</p><p>Outros cuidados éticos-técnicos presentes na Resolução 006/2019 importantes dizem respeito: ao documento que deve ter</p><p>uma clareza e rigorosidade na escrita para ser compreensível ao leitor; ter uma estrutura ordenada e lógica para ser</p><p>acompanhado; “sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um</p><p>projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico”. Ainda, os</p><p>psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear “exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas,</p><p>testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas</p><p>psicológicas para a coleta de dados”.</p><p>No Código de Ética da Psicologia, ainda encontra-se outro apontamento importante, no art 2º, é vedado ao psicólogo: “K) ser</p><p>perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam</p><p>afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação”.</p><p>Com relação à quebra de sigilo profissional em avaliações psicológicas, caso o psicólogo precise compartilhar informações</p><p>com equipe multiprofissional, é indicado apenas que compartilhe aquilo que for essencial para configurar o caso do ponto de</p><p>vista psicológico, sem expor informações especificas que possam identificar o sujeito.</p><p>Reppold ( 2011) refere-se a importância da avaliação psicológica como prática responsável e  promotora de uma cultura de</p><p>direitos humanos, como pode-se vislumbrar:</p><p>À luz dessa discussão, pode-se concluir que a prática de avaliação psicológica, quando realizada</p><p>de forma responsável e coerente com o contexto social do indivíduo e quando substanciada com</p><p>instrumentos validados e normatizados para a população da qual o indivíduo faz parte, busca</p><p>garantir atenção aos Direitos Humanos e, portanto, às diferenças individuais e às necessidades</p><p>dos indivíduos/grupos. É somente assim, reconhecendo as diferenças individuais, que pode</p><p>subsidiar novas práticas e intervenções que venham ao encontro das demandas que tais</p><p>diferenças implicam. (Reppold, 2011, p. 27)</p><p>Bicalho (2011) defende uma psicologia comprometida com sua sociedade e seu tempo, recusando quaisquer práticas</p><p>diagnósticas excludentes ou descontextualizadas. Esse deverá ser o desafio da Psicologia e das avaliações psicológicas no</p><p>século XXI:</p><p>Recusamos, aqui, a perspectiva que incompatibiliza Psicologia e política, um tipo hegemônico de</p><p>racionalidade que impõe a oposição dicotômica entre teoria e prática, ciência e ideologia.</p><p>Habitualmente, intervir como psicólogo pressupõe analisar um território individual, interiorizado ou,</p><p>no máximo, circunscrito a relações</p><p>interpessoais, transferindo as produções políticas, sociais e</p><p>econômicas ao campo de estudos de um “outro especialista”. Tentar percorrer outros caminhos e</p><p>recusar esse destino, lançando mão de uma “caixa de ferramentas” teórico-conceitual, foi (é) o</p><p>desafio. Recusar o lugar de “ortopedista social”, com seus saberes prontos em planejamentos</p><p>metodológicos assépticos, mesmo sabendo que inúmeras vezes fomos (somos) capturados pelo</p><p>enfoque positivista. (BICALHO, 2011, p 92)</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica. GT Avaliações Psicológicas, 2011</p><p>disponível em  https://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/ , acesso em</p><p>novembro 2013.</p><p>PELLINI E SÁ LEME.  A ética no uso de testes no processo de Avaliação Psicológica. In AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES</p><p>E LEME ( orgs). Avaliação Psicológica: Guia de  consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Artesã, 2019.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES</p><p>AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME (orgs). Avaliação Psicológica: Guia de consulta para estudantes e</p><p>profissionais de psicologia. SP: Ed Artesã, 2019.</p><p>AMBIEL E PACANARO (2019). Da testagem a Avaliação Psicológica: aspectos históricos e perspectivas futuras. In AMBIEL,</p><p>RABELO, PACANARO, ALVES E LEME ( orgs). Avaliação Psicológica: Guia de  consulta para estudantes e profissionais de</p><p>psicologia. SP: Ed Artesã, 2019.</p><p>BICALHO, P. Ética e Direitos Humanos sob o crivo da avaliação psicológica: validade e fidedignidade em questão IN</p><p>CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações</p><p>Psicológicas, 2011 disponível em  https://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-</p><p>20112012/ ,acesso em novembro 2013.</p><p>REPPOLD, C. Qualificação da avaliação psicológica: critérios de reconhecimento e validação a partir dos Direitos Humanos. In</p><p>CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA. Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações</p><p>Psicológicas, 2011 disponível em  https://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-</p><p>20112012/ , acesso em novembro 2013.</p><p>SCHMIDLIN, S. Avaliação psicológica na formação do profissional da Psicologia, algumas reflexões. In CONSELHO FEDERAL</p><p>PSICOLOGIA. Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível</p><p>em  https://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/ , acesso em novembro</p><p>2013.</p><p>Uma Reflexão Inquietante:    Leia o trecho do pensamento  de Ricardo Moretzsohn e reflita, apesar da avaliação ser um</p><p>processo objetivo de diagnóstico psicológico, pode-se afirmar que é um processo conclusivo e fechado ao devir do sujeito?</p><p>Se os recursos da avaliação são finitos, não devemos nunca desconsiderar o infinito de possibilidades da expressão das</p><p>subjetividades que não cabem em nenhuma categoria, a não ser que, a cada encontro com o sujeito, inventássemos uma</p><p>nova categoria correspondente a essa novidade que é a expressão de cada subjetividade e, assim mesmo, ainda deixaríamos</p><p>de fora do campo da nossa percepção míope a infinita potencialidade criativa da experiência humana.</p><p>(Ricardo Moretzsohn , Relatório Avaliação dos testes psicológicos, 2004 , disponível</p><p><https://www.pol.org.br/satepsi/CD_testes/pdf/relatoriotestes_cap1.pdf>, acesso novembro 2013)</p><p>Sugestão hipermidiática:</p><p>Conheça melhor a Resolução 006/2019 que  Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o)</p><p>psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP</p><p>nº  04/2019. no link externo e disponível em https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-do-exercicio-profissional-n-6-2019-</p><p>institui-regras-para-a-elaboracao-de-documentos-escritos-produzidos-pela-o-psicologa-o-no-exercicio-profissional-e-revoga-a-</p><p>resolucao-cfp-no-15-1996-a-resolucao-cfp-no-07-2003-e-a-resolucao-cfp-no-04-2019?q=006/2019, acesso em setembro/2021.</p><p>Grife os trechos que julgar importantes.</p><p>Atividade Prática:  Imprima e leia as Resoluções no site do Conselho Federal de Psicologia ( https://www.pol.org.br) que</p><p>constituem a parte normativa sobre avaliação psicológica, depois as guarde na pasta de leis e documentos éticos</p><p>importantes.</p><p>Lei no 4.119/62: Agosto/1962: Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.</p><p>Resolução CFP n° 012/2000?Dezembro/2000: Institui o Manual para Avaliação Psicológica de candidatos à Carteira Nacional</p><p>de Habilitação e condutores de veículos automotores.</p><p>Resolução CFP no 018/2000 (revogada pela Resolução CFP no 003/2007)-Dezembro de 2000: Institui a Consolidação das</p><p>Resoluções do Conselho de Federal de Psicologia. (Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 025/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 002/2003)-Novembro/2001:Define teste psicológico como</p><p>método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. (Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 30/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 017/2002)-Dezembro/2001:Institui o Manual de Elaboração de</p><p>Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliações psicológicas. (Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 001/2002-Abril/2002: Regulamenta a avaliação psicológica em concurso público e processos seletivos da</p><p>mesma natureza. (Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 016/2002-Dezembro/2002: Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos</p><p>à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.(Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 017/2002 (revogada pela Resolução CFP n° 007/2003)-Dezembro/2002: Institui o Manual de Elaboração de</p><p>Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliações psicológicas.(Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 002/2003- Março/2003: Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes</p><p>psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001.(Revogada)</p><p>Resolução CFP n° 007/2003-Junho/2003:Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo,</p><p>decorrentes de avaliação psicológica, e revoga a Resolução CFP no 17/2002.(Revogada)</p><p>Resolução CFP 007/2009 - Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Carteira</p><p>Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.</p><p>Resolução CFP nº 002/2016 - Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos de natureza</p><p>pública e privada e revoga a Resolução CFP Nº 001/2002. Resolução CFP nº 002/2009 - Altera a Resolução CFP nº 018/2008</p><p>e dá outras providências.</p><p>Resolução CFP n° 009/2018 -  Estabelece  diretrizes  para  a  realização  de  Avaliação Psicológica  no  exercício  profissional</p><p>da  psicóloga  e  do psicólogo,   regulamenta  o  Sistema  de  Avaliação  de  Testes Psicológicos SA TEPSI  e   revoga  as</p><p>Resoluções  n° 002/2003, nº  006/2004  e n°  005/2012  e Notas  Técnicas n° 01/2017  e  02/2017</p><p>Resolução CFP n° 006/2019 -  Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no</p><p>exercício profissional e revoga a Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019.</p><p>Resolução CFP no 03/2007-Fevereiro de 2007: Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho Federal de Psicologia.</p><p>Exercício comentado:</p><p>Uma psicóloga forense foi designada como perita para efetuar uma avaliação psicológica de um casal em</p><p>separação litigiosa, o qual encontrava-se em  disputa pela guarda de sua filha. Quando leu o processo notou que o</p><p>genitor da criança era um antigo amigo da época de colégio. Mesmo assim entrou em contato com ele, por</p><p>telefone  e ambos conversaram bastante tempo sobre aquela época de suas vidas. Combinaram que não diriam</p><p>nada a ninguém sobre sua amizade e ela efetuou a avaliação do casal e da criança.  Após alguns encontros, ela  foi</p><p>favorável ao genitor, elaborando um</p><p>os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas dotadas de um caráter</p><p>histórico e social sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima e não de uma</p><p>maneira mecânica, externa e impessoal.</p><p>Relação</p><p>A relação entre Ética e moral está no comportamento humano com a diferença que a Ética é uma ciência</p><p>especulativa, que estuda o comportamento moral dos homens, enquanto que a Moral é o próprio</p><p>comportamento do homem junto com seus valores, normas e padrões.</p><p>Objeto de estudo:</p><p>Ética é o comportamento moral</p><p>Ligada ao valor:</p><p>1. Valores universais</p><p>2. Valores consensuais</p><p>3. Valores pessoais</p><p>Essência da Moral Cap. III (Vazquez, 2006)</p><p>O normativo e o fatual</p><p>- A moral é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento</p><p>individual e social dos homens (p.63).</p><p>- Encontramos na moral dois planos: o normativo: constituído pelas normas ou regras de ação e pelos</p><p>imperativos que enunciam algo que deve ser. E o fatual: que é o plano dos fatos morais, constituído por</p><p>certos atos humanos que se realizam efetivamente (p.63).</p><p>- Os atos adquirem um significado moral: são positivos ou moralmente valiosos quando estão de acordo</p><p>com a norma e negativos quando violam ou não cumprem as normas. Portanto, certos atos são incluídos</p><p>na esfera moral por cumprirem ou não uma determinada norma (p.64).</p><p>- O normativo não existe independentemente do fatual, mas aponta para um comportamento efetivo, pois,</p><p>toda norma postula um tipo de comportamento que considera devido, exigindo que esse comportamento</p><p>passe a fazer parte do mundo dos fatos morais, isto é, do comportamento efetivo real dos homens (p.64).</p><p>- O fato de uma norma não ser cumprida não invalida a exigência de que ela seja posta em prática. Esta</p><p>exigência e a validade da norma não são afetadas pelo que acontece no mundo dos fatos (p.65).</p><p>- O normativo e o fatual possuem uma relação mútua: o normativo exige ser realizado e orienta-se no</p><p>sentido do fatual; o realizado (o fatual) só ganha significado moral na medida em que pode ser referido</p><p>positiva ou negativamente a uma norma (p.65).</p><p>Moral e moralidade</p><p>- A moral efetiva compreende as normas ou regras de ação e os fatos que possuem relação com ela (p.65).</p><p>- Esta distinção entre o plano normativo (ou ideal) e o fatual (real ou prático) leva alguns autores a propor</p><p>dois termos para designar cada plano: moral e moralidade. A moral designaria o conjunto dos princípios,</p><p>normas, imperativos ou idéias morais de uma época ou sociedade determinadas. A moralidade seria um</p><p>componente efetivo das relações humanas concretas que adquirem um significado moral em relação à</p><p>moral vigente (p.66).</p><p>- A moral estaria no plano ideal e a moralidade no plano real (p.66).</p><p>- A moralidade é a moral em ação, a moral prática e praticada. Por isso, cremos que é melhor empregar um</p><p>termo só: moral, indicando os dois planos, o normativo e o efetivo. Portanto, na moral se conjugam o</p><p>normativo e o fatual (p.66).</p><p>Caráter social da moral</p><p>- A moral possui, em sua essência, uma qualidade social. Manifesta-se somente na sociedade, respondendo</p><p>às suas necessidades e cumprindo uma função determinada. Uma mudança radical da estrutura social</p><p>provoca uma mudança fundamental de moral (p. 67).</p><p>- A moral possui um caráter social (p.67).</p><p>- Cada indivíduo, comportando-se moralmente, se sujeita a determinados princípios, valores ou normas</p><p>morais, sendo que o indivíduo não pode inventar os princípios ou normas nem modificá-los por exigência</p><p>pessoal. O normativo é algo estabelecido e aceito por determinado meio social. Na sujeição do indivíduo a</p><p>normas estabelecidas pela comunidade se manifesta claramente o caráter social da moral (p.67).</p><p>- O comportamento moral é tanto comportamento de indivíduos quanto de grupos sociais humanos.</p><p>Mesmo quando se trata da conduta de um indivíduo, a conduta tem conseqüências de uma ou outra</p><p>maneira para os demais, sendo objeto de sua aprovação ou reprovação. Mas, os atos individuais que não</p><p>tem conseqüência alguma para os demais indivíduos não podem ser objeto de uma qualificação moral</p><p>(p.68).</p><p>- As idéias, normas e relações sociais nascem e se desenvolvem em correspondência com uma</p><p>necessidade social. A função social da moral consiste na regulação das relações entre os homens visando</p><p>manter e garantir uma determinada ordem social, ou seja, regular as ações dos indivíduos nas suas ações</p><p>mútuas, ou as do indivíduo com a comunidade, visando preservar a sociedade no seu conjunto e a</p><p>integridade de um grupo social (p.69).</p><p>- O direito garante o cumprimento do estatuto social em vigor através da aceitação voluntária ou</p><p>involuntária da ordem social juridicamente formulada, ou seja, o direito garante a aceitação externa da</p><p>ordem social. A moral tende a fazer com que os indivíduos harmonizem voluntariamente, de maneira</p><p>consciente e livre, seus interesses pessoais com os interesses coletivos (p.69).</p><p>- Em resumo, a moral possui um caráter social pois os indivíduos se sujeitam a princípios, normas ou</p><p>valores socialmente estabelecidos; regula somente atos e relações que acarretam conseqüências para</p><p>outros e induz os indivíduos a aceitar livre e conscientemente determinados princípios, valores ou</p><p>interesses (p.70).</p><p>O individual e o coletivo na moral</p><p>- O indivíduo pode agir moralmente somente em sociedade (p.71).</p><p>- Uma parte do comportamento moral manifesta-se na forma de hábitos e costumes. O costume apresenta</p><p>um caráter moral em razão de sua intuição normativa (p.71).</p><p>- A moral implica sempre uma consciência individual que faz suas ou interioriza as regras de ação que se</p><p>lhe apresentam com um caráter normativo, ainda que se trate de regras estabelecidas pelo costume (p.75).</p><p>Estrutura do ato moral</p><p>- O ato moral se apresenta como uma totalidade de elementos: motivos, intenção ou fim, decisão pessoal,</p><p>emprego de meios adequados, resultados e conseqüências (p.76).</p><p>- O ato moral não pode ser reduzido a um de seus elementos, mas está em todos eles, na sua unidade e nas</p><p>suas mútuas relações (p.80).</p><p>Singularidade do ato moral</p><p>- O ato moral assume um significado moral em relação a uma norma (p.81).</p><p>- O ato moral, com o auxilio da norma, se apresenta como a solução de um caso determinado, singular. A</p><p>norma, que apresenta um caráter universal, se singulariza no ato real (p.81-2).</p><p>- A moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações</p><p>mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de</p><p>um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de</p><p>uma maneira mecânica, externa ou impessoal (p.84).</p><p>Responsabilidade Moral - Cap. V (Vazquez, 2006)</p><p>Capacidade de responder por alguém ou alguma coisa.</p><p>Existem duas condições para que possamos imputar a responsabilidade moral:</p><p>1. Que o indivíduo seja consciente. Tenha consciência do ato e que reconheça as circunstâncias e</p><p>conseqüências dos seus atos.</p><p>Ignorância – se o indivíduo não sabe o que faz, então ignora o fato.</p><p>2. Liberdade de escolha</p><p>O contrário da liberdade é a:</p><p>Coação – o indivíduo não tem liberdade para escolher.</p><p>A coação pode ser: interna ou externa.</p><p>- A palavra autônomo vem do grego autos – que quer dizer si mesmo – e nomos – que quer dizer lei, regra,</p><p>norma – ou seja, significa aquele que tem o poder de dar a si mesmo a norma, a regra, a lei. Aquele que</p><p>goza de autonomia e liberdade seria aquele com capacidade plena de autodeterminação.</p><p>Todavia, se levantamos o véu do individualismo, próprio do nosso tempo, percebemos que essa</p><p>independência absoluta do sujeito em relação à sociedade é mais um mito de nossa cultura. Se todo ser é</p><p>desde a sua origem social, o pré-requisito de nossa liberdade não pode então ser concebido, como</p><p>supomos correntemente, como independência absoluta do mundo que nos cerca, representado pela</p><p>máxima: o mundo somos nós mesmos. O pré-requisito da liberdade, segundo Stanghellini (2004), é a</p><p>capacidade de</p><p>laudo sugerindo que fosse ele o guardião da filha. Leia os artigos e parágrafos</p><p>do novo Código de Ética e assinale aquele que configura a falta ética desse caso:</p><p>a)É dever do psicólogo  prestar serviços psicológicos de qualidade utilizando conhecimentos que façam interface</p><p>com novas teorias e técnicas de saúde.</p><p>b) Ao constatar  casos ou suspeitas de maus-tratos o psicólogo deverá obrigatoriamente comunicar o Conselho</p><p>Tutelar da respectiva localidade,sem prejuízo  de outras providências legais</p><p>c) É dever do psicólogo assumir responsabilidades somente por atividades para as quais esteja capacitado</p><p>pessoal, teórica e tecnicamente</p><p>d) É proibido ao psicólogo realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços</p><p>psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas ,grupos ou organizações.</p><p>e) Ser perito ,avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais,atuais ou</p><p>anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.</p><p>Comentários: o aluno deve compreender que na elaboração de uma avaliação psicológica não deve analisar casos</p><p>em que tenha algum tipo de vínculo emocional mais significativo, como é o caso aqui descrito. Dessa forma, deve</p><p>assinalar o item E que configura exatamente esse tipo de falta ética.</p><p>MÓDULO 8: AS NOVAS INTERFACES DA PSICOLOGIA BRASILEIRA</p><p>Objetivos:</p><p>Esse módulo busca abrir um campo de discussão das novas práticas profissionais desempenhadas pelo psicólogo na</p><p>atualidade. Apresenta as interfaces conquistadas pela ciência psicológica nos últimos anos, que contribuíram para o trabalho</p><p>multiprofissional do psicólogo na área judiciária, no  Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs),</p><p>em unidades hospitalares, cujos relatos dos profissionais buscam qualificar e ampliar a atuação psicológica coletiva para</p><p>conceituar a Psicologia nesse processo contextual.</p><p>Introdução</p><p>A história da Psicologia no Brasil  relata um cenário profissional múltiplo, porém nem sempre foi assim. Em seus primórdios,</p><p>na década de 1950 e 1960, o saber psicológico dialogava com as áreas da medicina, educação e o universo organizacional.</p><p>Com a crescente hegemonia da área clínica,  baseada no modelo biomédico, com predomínio  de um fazer remediativo, que</p><p>tinha  como objetivo  curar, atacar o sintoma já instaurado. Uma ação que englobava as atividades de psicodiagnóstico,</p><p>psicoterapias e seleção de pessoal, visando ajustar os sujeitos a padrões estabelecidos pelas instituições com poderio</p><p>econômico e cultural.</p><p>Esse percurso marcou uma visão de psicologia clínica tradicional, calcada no modelo liberal, que visava resolver</p><p>conflitos mentais, com enfoque intraindividual, e que compreendia o sujeito como instância universal a ser ajustado ao</p><p>convívio social.</p><p>Na década de 1980, com as crises econômicas no Brasil, o avanço das neurociências, a inovação paradigmática, com</p><p>a inserção das idéias emergentes sobre a complexidade na multideterminação dos fenômenos psicológicos e  o inchaço do</p><p>mercado clínico, houve uma crise instaurada nesse cenário clássico da Psicologia brasileira. Esse contexto demarcou um</p><p>novo desenho de fazeres, que se espalhou  da Psicologia da Saúde Pública às mais diversas instituições, em Organizações</p><p>Não Governamentais (ONGs) e  instâncias jurídicas.</p><p>Bomfim ( 2006) afirma que a partir da década de 1970, espalharam-se diversas experiências profissionais, de</p><p>psicólogos sociais em comunidades carentes aos postos de saúde pública.  Já na década de 1980, houve a marca da</p><p>intensificação das trocas entre os profissionais e as discussões teóricas, com a ampliação dos centros de pós graduações</p><p>scricto sensu. Paralelamente, indica-se a emergência de novas práticas, como os trabalhos com o meio ambiente e os</p><p>movimentos sociais. Na década de 1990 houve um empobrecimento da população, inúmeras crises econômicas, e ao mesmo</p><p>tempo, presenciou-se um avanço da vivência democrática, com a conquista de direitos sociais no mundo do trabalho, o que</p><p>coadunou com a inserção dos psicólogos em lugares até então desconhecidos pela psicologia tradicional.</p><p>Bomfim ( 2006) nos relata que:</p><p>As atividades psicossociais que, em maior escala, passaram a ser aplicadas a uma clientela que</p><p>não dispunha destes atendimentos, a partir da década de 80, caminham hoje na direção de se</p><p>desenvolverem abordagens mais específicas em função das características dos grupos,</p><p>instituições, comunidades e movimentos sociais. Assim, as práticas de dinâmica de grupo,</p><p>grupos operativos, intervenção psicossociológica e análise institucional, aliadas às metodologias</p><p>de pesquisa do tipo da pesquisa participantes, história, estudo de caso com pespectiva histórica</p><p>e outras.  (BOMFIM, 2006, p 208)</p><p>Segundo Yamamoto e Gouveia (2003) mesmo na área clínica, houve mudanças significativas, passou-se de uma prática</p><p>tradicional exercida no âmbito privado, para um amplo espectro de atuação, onde o psicólogo clínico esteve presente também</p><p>nas instituições, nas comunidades e em outras diferentes frentes de trabalho. Dessa forma, acumulou funções, demarcando</p><p>o campo da dupla jornada do psicólogo brasileiro.</p><p>Bianco, Bastos, Nunes e Silva (2006) afirmam ainda que o campo clínico abriu-se para o contexto social, e</p><p>consequentemente, houve uma mudança nos referenciais teóricos, que deixaram de considerar somente o aspecto individual</p><p>para contemplar uma visão multideterminada de homem e do seu sofrimento, buscando teorias que contemplem a</p><p>subjetividade como  processo relacional e não apenas como instância  intrapessoal.</p><p>Esse novo cenário demandou do psicólogo brasileiro uma nova formação e por consequência uma revisão urgente das</p><p>teorias, métodos e fazeres. Mudanças na grade curricular universitária se fizeram necessárias, por exemplo, exigindo uma</p><p>maior relação entre a psicologia aplicada e as novas visões epistêmicas.</p><p>Essas revisões alçaram e provieram ao mesmo tempo, das novas interfaces e os desafios profissionais. Por exemplo, na</p><p>mudança do lugar da  psicologia clínica. Houve uma maior preocupação com os aspectos sócio culturais e o movimento</p><p>mais destacado foi a expansão do trabalho psicológico ao campo da saúde, onde houve um intricado jogo de forças sociais e</p><p>interesses dos empresários da saúde às políticas públicas.</p><p>Essa transição foi marcada pela inserção do psicólogo em instituições, como hospitais, ambulatórios, unidades básicas de</p><p>saúde, e outras, como escolas e ONGs.  Como orientação geral de atuação, o psicólogo no âmbito da saúde, reconhece “o</p><p>caráter global da saúde de indivíduos e o chamamento à multidisciplinaridade, o reconhecimento da qualidade de vida e da</p><p>educação dos grupos e indivíduos como fontes essenciais de sobrevivência da humanidade” (BIANCO, BASTOS, NUNES E</p><p>SILVA ,2006, p 33).</p><p>O psicólogo na rede básica de saúde, tem sido chamado a atuar com a atenção primária, com ações que vão desde as ações</p><p>preventivas complexas até as mais pontuais e especializadas. Porém, esse tipo de atuação requer do profissional uma</p><p>inserção diferenciada, pois costumeiramente o psicólogo foi formado para lidar com doenças ou distúrbios psicológicos já</p><p>instalados nos sujeitos, para serem tratados ou removidos, ou seja, com enfoque na atenção terciária. Outro problema muito</p><p>recorrente, segundo Bianco, Bastos, Nunes e Silva (2006), é que há uma confusão entre ações de promoção de saúde e</p><p>preventivas no nível secundário. O que demanda uma formação diferenciada também nas universidades, que precisam</p><p>instruir e educar os novos psicólogos a atuarem no nível primário, com ações mais complexas e integradoras.</p><p>A área da saúde pública tem oferecido diversos desafios ao psicólogo, tais como: ações profissionais com base em</p><p>necessidades coletivas, a demanda em lidar com um número maior de indivíduos, levando o profissional a escolher</p><p>estratégias grupais, além do contato mais próximo com as condições concretas de uma população  mais carente de</p><p>recursos</p><p>financeiros e culturais.</p><p>Com relação ao trabalho em grupo, a Psicologia tem sido chamada a compor equipes multiprofissionais, compostas por</p><p>outros integrantes da área da saúde, como enfermeiros, médicos e terapeutas ocupacionais e a negociar fronteiras de</p><p>atuação, nem sempre tão claras e objetivas.</p><p>Neto (2004) afirma ainda, que existem três tendências nesse novo panorama da interface com a área da saúde: a</p><p>flexibilização do setting terapêutico, a pluralidade de recursos, procedimentos e técnicas e a permeabilidade entre</p><p>concepções teóricas.</p><p>Nas últimas décadas, tem-se assistido, ainda, a diferentes interfaces da Psicologia com outras áreas, tais como: a jurídica, a</p><p>informática e o esporte.</p><p>1.  A aliança da Psicologia com a área jurídica, refletindo sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as diretrizes</p><p>éticas contidas na assistência psicossocial das crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.</p><p>Segundo Bomfim (2006), a psicologia jurídica surgiu a serviço das demandas da justiça, principalmente através da</p><p>construção de laudos psicológicos. Possuiu por muito tempo, uma ênfase positivista, marcada pela visão dos juristas, com</p><p>laudos conclusivos e fechados. Atualmente, os psicólogos jurídicos não estão somente a serviço das instituições jurídicas,</p><p>mas a serviço da cidadania, superando o viés do controle social.</p><p>Existem psicólogos atuando junto às Varas das Famílias, junto a casos de adoção, separação, além de atuar nas Varas da</p><p>Infância e Juventude, junto as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, com a elaboração de laudos para</p><p>decisões judiciais.</p><p>Os desafios éticos nessa interface dizem respeito principalmente a elaboração desses laudos e relatórios psicológicos, desde</p><p>aspectos técnicos até questões éticas, como a devolutiva ao sujeito, a assertiva conclusiva, entre outros.</p><p>2. A aliança da Psicologia com a Informática, refletindo sobre as novas possibilidades terapêuticas mediadas pelas novas</p><p>tecnologias, assim como, investigando os processos de subjetivação multideterminados pela inserção crescente do homem</p><p>no mundo globalizado. A dimensão ética presente nessa interface repensa a questão do sigilo profissional possibilitado ou</p><p>não pelas terapêuticas mantidas e mediadas pelas novas tecnologias.</p><p>3. A aliança da Psicologia com a área esportiva, com estudos motivacionais e liderança em equipes desportivas. É uma área</p><p>recente, datando da década de 1950, num mundo crescentemente competitivo em que o esporte torna-se profissional e</p><p>altamente comandado pela lógica do mercado. Dentro desse cenário, surge o trabalho do psicólogo atento ao desportista e</p><p>seu desenvolvimento psicossocial. Bomfim ( 2006)  afirma que:</p><p>O trabalho do psicólogo do esporte orienta-se para o alcance de um melhor desempenho, sendo</p><p>em vários aspectos, semelhantes as demais atividades de psicólogos que lidam com a questão</p><p>do trabalho. Trata-se de um profissional que busca valorizar ao máximo o potencial de seu</p><p>cliente, ao mesmo tempo, que tenta minimizar  ou neutralizar suas deficiências. Atua no sentido</p><p>de melhorar o desempenho e otimizar as relações entre esportistas, técnicos e dirigentes.</p><p>(BOMFIM, 2006, p 223)</p><p>Uma das questões éticas mais prementes nessa interface diz respeito a função social do psicólogo, como no campo</p><p>organizacional. Por exemplo, se o profissional trabalha em prol da saúde mental do esportista ou em prol dos ganhos de</p><p>produtividade das empresas que mantém os clubes e os desportistas.</p><p>Atualmente, segundo Yamamoto e Gouveia (2003), a Psicologia desenvolveu um amplo corpo de conhecimentos e métodos</p><p>interventivos, que alcançaram virtualmente diferentes campos de atividade humana. Ainda, conforme os autores, hoje a</p><p>questão essencial que se coloca para a Psicologia em sua diversidade diz respeito em como essas interfaces tem respondido</p><p>às demandas contemporâneas colocadas para a sociedade brasileira, nos seguintes pontos: ( a) à produção de</p><p>conhecimento; ( b) ao avanço tecnológico; (c) a renovação dos profissionais.</p><p>Todas as novas interfaces da Psicologia precisam se organizar continua e criticamente para responder e criar conhecimento</p><p>frente a uma sociedade em transformação.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS:</p><p>CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro - práticas emergentes para a formação. São Paulo: Ed. Casa do</p><p>Psicólogo, 2006.</p><p>MAIORINO, F. A intertextualidade ética para além do Código de Ética do Psicólogo. Texto mimeo, 2005.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>YAMAMOTO E GOUVEIA (orgs). Construindo a Psicologia Brasileira: desafios da ciência e prática psicológica. Ed Casa do</p><p>Psicólogo, 2003.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES</p><p>BIANCO, BASTOS, NUNES E SILVA. Concepções e atividades emergentes na psicologia clínica: implicações para a formação.</p><p>IN CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro - práticas emergentes para a formação. São Paulo: Ed. Casa</p><p>do Psicólogo, 2006.</p><p>BOMFIM, E. Psicologia Social, Psicologia do Esporte e Psicologia Jurídica. IN CONSELHO FEDERAL DE</p><p>PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro - práticas emergentes para a formação. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo, 2006.</p><p>NETO, J. A formação do psicólogo: clínica, social e mercado. SP: Ed FUMEC/FCH, 2004.</p><p>Uma Reflexão Inquietante: Apesar da diversidade de campos de trabalhos da Psicologia Brasileira na atualidade, quais</p><p>seriam as habilidades  e competências que são comuns a todas essas interfaces?</p><p>Sugestão hipermidiática:</p><p>Visite o link externo do Conselho Federal de Psicologia e saiba mais sobre as novas interfaces da Psicologia:</p><p>A regulação dos serviços de saúde mental no Brasil: Inserção da Psicologia no Sistema Único de Saúde e na Saúde</p><p>Suplementar,</p><p>Disponível em https://site.cfp.org.br/publicacao/a-regulacao-dos-servicos-de-saude-mental-no-brasil-insercao-da-psicologia-</p><p>no-sistema-unico-de-saude-e-na-saude-suplementar/, acesso em novembro 2013.</p><p>Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.</p><p>Disponível<https://site.cfp.org.br/publicacao/referencias-tecnicas-para-atuacao-de-psicologasos-no-caps-centro-de-</p><p>atencao-psicossocial/> acesso novembro/2013.</p><p>Atividade Teórico Prática: Leia o trecho presente no preâmbulo do nosso CEP (2005) e escreva um texto, refletindo sobre</p><p>quais seriam as novas interfaces da psicologia na pós modernidade:</p><p>“Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados</p><p>padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares</p><p>e com a sociedade como um todo. Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas</p><p>referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada</p><p>indivíduo acerca de sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por suas ações e suas conseqüências</p><p>no exercício profissional. A missão do código de ética profissional não é a de normatizar a natureza técnica do trabalho, e,</p><p>sim, a de assegurar, dentro dos valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta</p><p>que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.”</p><p>Exercício comentado:</p><p>A inserção do psicólogo no atendimento público de saúde exigiu a produção de um novo conhecimento científico. Essa</p><p>produção de conhecimento parte de algumas necessidades e cria outras. O código de ética, respeitando a diversidade interna</p><p>da psicologia nas suas teorias e fazeres, absorve e baliza a prática e a nova produção de conhecimento, deste novo lugar de</p><p>trabalho. Assinale a alternativa que em vez de revelar as exigências que levaram à produção deste novo conhecimento, revela</p><p>o desrespeito à diversidade.</p><p>a) foi necessário repensar referências teóricos para enfrentar uma nova realidade de uma população carente de</p><p>recursos básicos e cuidados.</p><p>b) foi necessário conhecer novas e desconhecidas subjetividades, produzidas por uma realidade social e econômica</p><p>injusta.</p><p>c) foi necessário uma reflexão sobre a idéia da saúde como um bem fundamental e universal, sobre os valores</p><p>bioéticos da justiça e equidade.</p><p>d) foi necessário abandonar e denunciar os referenciais teóricos existentes até então como elitistas e comprometidos</p><p>com uma política individualista e de exclusão, e começar do zero.</p><p>e) foi necessário, no desenvolvimento das pesquisas, reflexão e atenção aos cuidados éticos que devem ser tomados</p><p>em pesquisas com seres humanos, para que seus direitos (por exemplo de autonomia e consentimento) sejam</p><p>assegurados, de acordo com a resolução do Conselho Nacional de Saúde.</p><p>Comentários do exercício: o aluno deve refletir sobre a interface da psicologia com o cenário da saúde pública, compreendendo</p><p>que apesar da necessidade da construção de novos referenciais teóricos e práticos, o conhecimento psicológico até aqui</p><p>construído é parte desse movimento de  uma nova postura profissional. Desse modo, a resposta correta é a D.</p><p>MÓDULO 9 - TEMAS EMERGENTES DA PSICOLOGIA BRASILEIRA</p><p>OBJETIVOS:</p><p>Nesse módulo são trabalhados os desafios da Psicologia na contemporaneidade, tais como: ênfase numa formação</p><p>generalista ou especialista; Psicologia Clínica Tradicional ou outras configurações frente às novas demandas psicossociais;</p><p>uma prática psicológica adaptativa ou um fazer psicológico comprometido com a sociedade em transformação.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A expansão dos cursos de psicologia no Brasil ocorreu nos anos 70 e 80 do século passado, até então, o país contava</p><p>apenas com seus quatro primeiros cursos de Medicina e Direito. Atualmente, no Brasil, existem autorizados 488 cursos de</p><p>psicologia (MEC, 2005). Destes, quase metade (54%) concentra-se na região sudeste, sendo o estado de São Paulo é</p><p>responsável por 31,15%. Atualmente dos 232 mil psicólogos no Brasil, 88% são mulheres. (LHULLIER, 2013). Percebe-se a</p><p>expansão da Psicologia como ciência e profissão no âmbito nacional.</p><p>Yamamoto e Gouveia (2003) afirmam que no Brasil,o crescimento da Psicologia é significativa, comemora seus mais de 50</p><p>anos de regulamentação com aumento exponencial dos seus cursos de formação e desenvolveu conhecimentos e técnicas</p><p>em diferentes áreas de atuação.</p><p>Diante  essa ampliação e complexificação do universo profissional da Psicologia na realidade brasileira nas últimas décadas,</p><p>surgiu a obrigação ética e cientifica de estar atenta as condições de formação do psicólogo, as reflexões sobre as demandas</p><p>psicossociais de uma sociedade em transformação e os modos práticos de atuação profissional diante os novos desafios</p><p>impostos pelas mudanças no mundo do trabalho. Conforme Bastos&Achcar ( 2006) elucidam:</p><p>A principal característica deste final do século XX é, certamente, o intenso e acelerado processo</p><p>de transformação vivido pelas sociedades, independente do seu regime político e apesar dos</p><p>profundos desníveis quanto ao grau de desenvolvimento sócio econômico. São mudanças</p><p>econômicas, políticas, tecnológicas e socioculturais que estão configurando, entre outros, novos</p><p>cenários para o mundo do trabalho que impõem, em diversos planos, a necessidade de</p><p>alterações nas definições, atitudes e competências dos trabalhadores e, em especial, dos</p><p>profissionais.  (BASTOS e ACHCAR, 2006, p 245)</p><p>Com relação ao universo ocupacional, uma das suas marcas diz respeito a emergência de uma sociedade de serviços, com o</p><p>peso do setor terciário na economia mundial e globalizada.  Bastos e Achcar ( 2006) indicam que as profissões voltadas para</p><p>a prestação de serviços nas áreas de educação e saúde prometem serem as mais procuradas. A Psicologia está presente</p><p>tanto em um setor como em outro, pode estar voltada a promoção de saúde integral do individuo como pode estar inserida</p><p>nas escolas em atuações diretivas.</p><p>Segundo o Conselho Federal de Psicologia ( 2012),</p><p>“o Brasil possui o maior número de psicólogos ativos do mundo. São 216 mil profissionais</p><p>em atividade, de acordo com o Cadastro Nacional de Psicólogos do Sistema Conselhos</p><p>de Psico- logia. Para se ter uma noção, a American Psychological Association (APA), tida</p><p>como a maior associação mun- dial de psicólogos, contém 137 mil membros. Em termos</p><p>quantitativos, o País sai na frente, inclusive, da Federação Europeia de Associações de</p><p>Psicólogos, que agrega 35 nações e tem cerca de 90 mil associados.” ( CFP, 2012, p 5)</p><p>Ainda segundo o CFP (2012), a Psicologia tem evoluído para uma identidade mais social, preocupada com uma visão</p><p>interdisciplinar com outras ciências, essencialmente disparada pelas transformações no campo da saúde na década de 80,</p><p>quando houve uma reconstrução da visão do sujeito humano, com a perspectiva promocional da saúde, ao invés de uma</p><p>atuação apenas remediativa.</p><p>Diante desse cenário em mudança, a Psicologia tem sido chamada a desenvolver qualificações específicas como a</p><p>capacidade analítica para interpretar informações em diferentes contextos de atuação, a competência social na</p><p>comunicação, como a flexibilização intelectiva e dialógica para agir em novos campos de trabalho.</p><p>Essas novas demandas tem modificado o modo da Psicologia Brasileira se rever e propor outros modelos de atuação, por</p><p>exemplo, com mudanças significativas nos seus currículos, através de novas diretrizes como o MEC tem realizado junto a</p><p>categoria profissional. Mas essas modificações vão mais além, invadem os lugares em que a Psicologia se encontra,</p><p>mobiliza os seus trabalhadores, desafia-os e oferecem novas perguntas e reflexões diante os novos tempos.</p><p>A partir disso, Bastos e Achcar (2006) indicam os principais movimentos emergentes no exercício profissional do psicólogo</p><p>no século XXI, calcados em três direções, segundo eles: (1) ampliação das situações em que o psicólogo atua, diversificando</p><p>os problemas com que se lida, assim como ocorrem mudanças com sua clientela e recursos técnicos; (2) a intervenção</p><p>psicológica torna-se mais complexo, superando o viés remediativo e individualizante e (3) um forte questionamento das</p><p>teorias existentes na psicologia, buscando novos olhares frente aos novos contextos de atuação. Os autores descrevem</p><p>esses três eixos nas seguintes problemáticas:</p><p>1)                    Mudanças na concepção sobre o fenômeno psicológico: tradicionalmente a Psicologia Brasileira</p><p>fomentou uma visão centrada no plano individual, a-histórico e a parte do contexto social, com as mudanças no</p><p>mundo do trabalho, como a inserção do psicólogo em instituições e em comunidades, essa concepção foi revista</p><p>e atualmente, existem teorias que reconsideram o contexto social. Dessa forma, o fenômeno psicológico tem</p><p>sido compreendido na interdependência com o aspecto sócio cultural.</p><p>2)                    A adoção da perspectiva multidisciplinar versus a unidisciplinar na prática profissional: “ decorre da</p><p>mudança na concepção do fenômeno psicológico a busca de referenciais e conhecimentos de outras disciplinas</p><p>ou campos do saber para embasar a an��lise e intervenção frente a problemas concretos. “ (BASTOS E ACHCAR,</p><p>2006, p 252)</p><p>3)                    Uma intervenção profissional do psicólogo junto a equipes multiprofissionais: superando a ação do</p><p>psicólogo individualmente, isolado em seu consultório, por exemplo. As revisões teóricas do fenômeno</p><p>psicológico obrigaram o psicólogo a dialogar com outros profissionais e seus saberes.</p><p>4)                   Uma intervenção profissional centrada em contextos, em grupos e de ação preventiva: contraponto a</p><p>uma ação tradicional da Psicologia com foco no individuo, no intra psíquico, com caráter curativo e remediativo.</p><p>Isso pode ser visto na inserção do psicólogo nas instituições, que demandam um diálogo aberto e flexível em</p><p>equipes multiprofissionais.</p><p>5)                    A atuação profissional no nível estratégico, com maior poder de decisão: em funções de assessoria,</p><p>gerência e consultoria, em contraponto a uma ação profissional tecnicista. Esse movimento emergente</p><p>tem</p><p>estreita relação com a amplitude do setor terciária de serviços e a inovação de fazeres ocupacionais diante das</p><p>mudanças no mundo do trabalho.</p><p>6)           A ampliação e inovação no uso de recursos e instrumentos técnicos na psicologia: “ coerentemente com</p><p>o rompimento de um padrão restrito de atuação psicológica- centrada no individuo e voltada para a superação de</p><p>problemas de ajustamento ao contexto escolar- observa-se o envolvimento do psicólogo em um conjunto de</p><p>atividades de lazer, recreativas, de teatro, como instrumentos de intervenção em problemas escolares”. (BASTOS</p><p>E ACHCAR, 2006, p 252)</p><p>7)           Nova Clientela, mais diversificada: a entrada da Psicologia em novos campos, como as instituições de</p><p>saúde, recompõem sua clientela, agora mais diversa e colocando o profissional em contato com segmentos</p><p>sociais, antes excluídos pelo modelo tradicional clínico, que atendia a setores elitistas. Essa ampliação da</p><p>clientela forçou uma revisão teórica epistêmica até as estratégias usadas para promover saúde a populações</p><p>antes não atendidas.</p><p>8)                    Um compromisso social e  profissional da Psicologia: fortalece-se o engajamento político, ligado ao</p><p>mote da transformação social, oriundo das mudanças teóricas, a mudança de clientela, entre outros motivos.</p><p>Essa postura política da Psicologia visa superar o viés assistencialista presente na história da profissão no Brasil,</p><p>engajando o profissional em novos movimentos sociais, como a organização diante as políticas públicas e os</p><p>movimentos pelos direitos humanos.</p><p>Obviamente que essas mudanças emergentes alcançam a formação do psicólogo no Brasil e suas implicações práticas.</p><p>Bastos e Acchar (2006) ilustram bem as novas propostas:</p><p>“Esse conjunto de habilidades revela a necessidade de que, no curso de formação acadêmica do</p><p>psicólogo, sejam rompidos os limites que o aprisionaram a uma formação fragmentada e</p><p>tecnicista ou que o preparam para reproduzir formas extremamente limitadas de enfrentar um</p><p>reduzido leque de problemas. Ele, também, aponta o desafio de que a mudança na formação não</p><p>se pode reduzir ao plano dos conteúdos ou conhecimentos, mesmo que a sua ampliação dê</p><p>conta dos novos contextos, clientelas e problemas com os quais o psicólogo passou a se</p><p>deparar. “ (BASTOS e ACCHAR, 2006, p 269)</p><p>Ainda em relação aos dilemas profissionais e de formação, autores como Bastos e Acchar ( 2006) denunciam existem falsos</p><p>dilemas que precisam ser superados na contemporaneidade, tais como: deve-se privilegiar uma formação teórica ou</p><p>profissionalizante; ou então, uma formação generalista ou focada em especialidades. Não caberia uma discussão profunda</p><p>sobre esses dilemas, pois eles são reducionistas e apenas iluminam as polaridades, sem se ater ao processo de formação</p><p>como algo dialógico, mutável e aberto as novas sociedades, como diriam, não existem um curso apenas generalista ou</p><p>especialista, na Psicologia, esses polos se mesclam e concluem uma formação cuidadosa e ampla.</p><p>Uma das preocupações do CFP ( 2012) diz respeito ao cunho mercantilista que alguns cursos e especializações  de</p><p>Psicologia assumem para responder ao mercado, muitas vezes desligando-se das demandas psicossociais mais veementes.</p><p>Estudiosos da profissão, como Mitsuko Antunes reafirmam a necessidade da Psicologia estar atenta a uma atuação</p><p>comprometida e ligada com as reais necessidades da população.</p><p>O Conselho Federal de Psicologia ( 2012)  afirma que apesar dessas questões delicadas, o panorama da Psicologia Brasileira</p><p>é otimista pela amplitude de atuação e o comprometimento político, pois:</p><p>“com todas essas mudanças, a Psicologia pode continuar crescendo em sintonia com os anseios e</p><p>necessidades da sociedade brasileira. O profissional de hoje está muito mais comprometido na</p><p>construção das políticas públicas. O universo da área conta com mais de 50 mil profissionais</p><p>atuando no Sistema Único de Saúde (SUS), na Assistência Social, na Justiça, na Segurança Pública</p><p>e Forças Armadas.” ( CFP, 2012, p.6)</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro: construção de novos espaços. SP: Ed Alínea. 2010.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. 50 anos de profissão ( Edição Especial). Jornal do Federal. Ano XXIII, No 104,Jan/Ago</p><p>2012.</p><p>BASTOS&ACHCAR. Dinâmica profissional e formação do psicólogo: uma perspectiva de integração. IN CONSELHO FEDERAL</p><p>DE PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios para a formação.. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2006.</p><p>MAIORINO, F. A intertextualidade ética para além do Código de Ética do Psicólogo. Texto mimeo, 2005.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>H. YAMAMOTO & V. V. GOUVEIA (Orgs.), Construindo a Psicologia brasileira: desafios da ciência e prática psicológica . São</p><p>Paulo: Ed Casa do Psicólogo, 2003.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES</p><p>DANTAS, Jurema B. Formar psicólogos: por quê? Para quê? Fractal: Revista de Psicologia, v. 22 – n. 3, p. 621-636, Set./Dez.</p><p>2010</p><p>LHULLIER, LOUISE A. (org)?Quem é a Psicóloga brasileira? Mulher, Psicologia e Trabalho / Conselho Federal de Psicologia. -</p><p>Brasília: CFP, 2013.</p><p>Uma Reflexão Inquietante: Com um cenário profissional universitário cada vez mais competitivo e especializado, como uma</p><p>profissão generalista, como a psicologia deve se preocupar com sua formação? você acha que a psicologia deve se</p><p>especializar crescentemente?</p><p>Sugestão hipermidiática:</p><p>Ler a cartilha sobre como a psicologia brasileira está no NASF – Núcleo de assistência da saúde da família no</p><p>linkhttps://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/7/frames/fr_indice.aspx</p><p>Leia um artigo do jornal do CRP/SP ( n 167, Nov 2010) no</p><p>link https://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/jornal_crp/167/frames/fr_indice.aspx</p><p>Atividade Prática:</p><p>Entre no site da ABEP ( Associação Brasileira de Ensino de Psicologia) no link www.abep.org.br  e selecione a parte sobre</p><p>Ensino (https://abepsi.org.br/site/wp-content/uploads/2010/12/ensino.jpg)   e conheça as novas diretrizes para o Ensino de</p><p>Psicologia no Brasil. Imprima-as e as guarde na pasta de documentos de ética.</p><p>Exercício comentado:</p><p>A formação do psicólogo deve acompanhar  a mudança constante da sociedade e do mercado de trabalho. Diversos autores</p><p>defendem a prática do ensino de psicologia e a produção do conhecimento científico como caminho para o desenvolvimento</p><p>da psicologia.   ( CFP, 2010). A partir da leitura do texto de Bastos e Achcar ( 2006), assinale a alternativa que não faz menção</p><p>a uma prática condizente com os novos rumos da Psicologia Brasileira comprometida com o  cenário social em que ocorre:</p><p>a)    João atua num ONG responsabilizada em educação ambiental, nessa tarefa o psicólogo organiza grupos que</p><p>educam alunos da rede pública sobre reciclagem.</p><p>b)      Marta atua numa empresa, selecionando o homem certo para o lugar certo, para isso adota invente[arios de</p><p>habilidades e testes de QI.</p><p>c)             Maria atua no Hospital Geral, com grupos de apoio emocional de mães adolescentes grávidas, buscando</p><p>construir seus projetos de vida, com ampliação das suas capacidades e sonhos.</p><p>d)    José atua junto a um Conselho tutelar construindo redes de apoio psicossocial, conjuntamente com empresas</p><p>e escolas da região, buscando re-significar o futuro dos jovens infratores, reclusos em casas abrigos.</p><p>e)    Marcia atua numa UBS ( Unidade básica de saúde) organizando grupos de educação alimentar, sem restrição de</p><p>público.</p><p>Comentários do exercício: o aluno deve escolher um exemplo de prática, que vise um fazer adaptativo e não promotor de saúde,</p><p>no caso do exercício apresentado, o item b demonstra um exemplo prático de um exercício profissional seletivo e de</p><p>ajustamento, que reverbera em uma psicologia clássica, que deve ser repensada em direção a um cenário promotor de saúde e</p><p>de comprometimento social.</p><p>Cronograma</p><p>Aula Leitura</p><p>01 Apresentação da</p><p>disciplina</p><p>Ciência psicológica:</p><p>Principais níveis de</p><p>análise da Psicologia.</p><p>Método científico.</p><p>Básica:</p><p>1. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 1.</p><p>Complementar:</p><p>2. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, prólogo,</p><p>capítulos 1 e 4.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 1.</p><p>02 20/08 Apresentação da</p><p>proposta de Pesquisa</p><p>(grupos de até cinco</p><p>alunos, entregar impressa</p><p>a etapa 01 na aula 03)</p><p>Sensação:</p><p>Definição do processo</p><p>sensorial; representação</p><p>do mundo exterior;</p><p>neurônios sensórios,</p><p>apresentação geral dos</p><p>sentidos (visão, audição,</p><p>paladar, olfato, tato,</p><p>cinestésico e vestibular).</p><p>Sentidos; Limiares;</p><p>Adaptação sensorial;</p><p>transdução; Interação</p><p>sensorial;</p><p>Processamentos Top-</p><p>Down e Bottom-Up.</p><p>Básica:</p><p>1. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 6.</p><p>Complementar:</p><p>2. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 8.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 5.</p><p>03 27/08 Entrega da Etapa 1 do</p><p>trabalho prático em</p><p>versão impressa</p><p>Percepção: Apresentação</p><p>do conceito; Atenção;</p><p>Percepção de forma,</p><p>Básica:</p><p>1. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 6.</p><p>Complementar:</p><p>padrões e cores – figura e</p><p>fundo e agrupamento;</p><p>2. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 8.</p><p>3. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 6.</p><p>04 03/09 Percepção:</p><p>Ilusão de ótica e</p><p>movimento; Percepção de</p><p>profundidade e distância</p><p>– dicas monoculares e</p><p>binoculares; Percepção de</p><p>movimento; Constância</p><p>perceptiva.</p><p>Básica:</p><p>4. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 6.</p><p>Complementar:</p><p>5. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 8.</p><p>1. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 6.</p><p>05 10/08 Devolução da correção da</p><p>Etapa 1 do trabalho</p><p>prático e orientação aos</p><p>grupos de alunos(as).</p><p>A Etapa 2 deverá ser</p><p>entregue impressa na</p><p>Aula 7 (24/09).</p><p>Memória:</p><p>Caracterização da</p><p>memória – sistema de</p><p>processamento de</p><p>informações e sua</p><p>metodologia de estudo;</p><p>Codificação,</p><p>armazenamento e</p><p>recuperação da</p><p>informação – memória</p><p>sensorial, memória de</p><p>curto prazo, memória de</p><p>longo prazo; Tipos de</p><p>Memória de Longo Prazo.</p><p>Básica:</p><p>1. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 6.</p><p>Complementar:</p><p>2. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 8.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 7.</p><p>06 17/09 Memória:</p><p>Esquecimento – falha na</p><p>codificação, falha no</p><p>Básica:</p><p>armazenamento e falha</p><p>na recuperação</p><p>1. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 8.</p><p>Complementar:</p><p>2. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 6.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H. & GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 7.</p><p>07 24/09 NP1</p><p>Entrega para o(a) o</p><p>professor(a) da Etapa 2</p><p>do Trabalho Prático em</p><p>versão impressa</p><p>08 01/10 Mostra Pedagógica da</p><p>NP1</p><p>Estados de consciência:</p><p>Conceito de Consciência;</p><p>Monitoramento e</p><p>Controle; Alterações da</p><p>consciência, substâncias</p><p>psicoativas.</p><p>Básica:</p><p>1. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 4.</p><p>Complementar:</p><p>2. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 3.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 8.</p><p>09 08/10 Estados de consciência:</p><p>Variações nos níveis de</p><p>percepção; Ciclo sono-</p><p>vigília; Sonhos.</p><p>Básica:</p><p>4. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 4.</p><p>Complementar:</p><p>5. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 3.</p><p>6. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 8.</p><p>10 22/10 Devolução da correção da</p><p>Etapa 2 do Trabalho</p><p>Prático e orientação aos</p><p>grupos de alunos.</p><p>Assinatura do TCLE pelo</p><p>professor.</p><p>A Etapa 3 deve ser</p><p>entregue em versão</p><p>impressa na Aula 12</p><p>(05/11).</p><p>Motivação:</p><p>Conceitos motivacionais</p><p>– Instintos; Drives e</p><p>incentivos; Excitação</p><p>ótima, Hierarquia de</p><p>motivos. Fome;</p><p>Motivação sexual.</p><p>Básica:</p><p>1. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 11.</p><p>Complementar:</p><p>1. FELDMAN, R. S. Introdução</p><p>à Psicologia. 10ª ed. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2015,</p><p>capítulo 8.</p><p>11 29/10 Emoção:</p><p>o conceito de emoção e os</p><p>métodos de estudo;</p><p>teorias da emoção -</p><p>James-Lange, Cannon-</p><p>Bard e a teoria dos dois</p><p>fatores de Schachter –</p><p>importância destes</p><p>estudos para o</p><p>desenvolvimento de</p><p>conhecimento científico</p><p>na área de emoções; os</p><p>elementos da experiência</p><p>emocional – componentes</p><p>cognitivos, fisiológicos e</p><p>comportamentais.</p><p>Emoção Corporificada;</p><p>Emoção Expressada.</p><p>Pensamento:</p><p>Conceitos; Solução de</p><p>problemas. Tomada de</p><p>decisão e julgamentos.</p><p>Básica:</p><p>1. MYERS, D.; DEWALL, N.</p><p>Psicologia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC, 2017, capítulo 9 e 12.</p><p>Complementar:</p><p>2. FELDMAN, R. S.</p><p>Introdução à Psicologia. 10ª</p><p>ed. Porto Alegre: AMGH,</p><p>2015, capítulo 7 e 8.</p><p>3. GLEITMAN, H.;</p><p>REISBERG, H.; GROSS, J.</p><p>Psicologia. 7ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2009,</p><p>capítulo 8.</p><p>Pensamento e</p><p>Linguagem.</p><p>12 05/11 Entrega da versão final,</p><p>Etapa 3, impressa da</p><p>pesquisa.</p><p>Revisão dos estudos</p><p>realizados nas aulas do 2º</p><p>bimestre.</p><p>13 12/11 Prova Bimestral (NP2).</p><p>Segundo tempo:</p><p>Devolutiva da versão</p><p>impressa da Etapa 3</p><p>corrigida e orientação aos</p><p>grupos de alunos sobre a</p><p>apresentação oral.</p><p>14 19/11 Mostra Pedagógica da</p><p>Prova Bimestral (NP2).</p><p>Apresentação oral da</p><p>pesquisa (10-15 minutos</p><p>para cada grupo).</p><p>15 26/11 Prova Substitutiva.</p><p>Apresentação oral da</p><p>pesquisa (10-15 minutos</p><p>para cada grupo).</p><p>16 03/12 Apresentação oral da</p><p>pesquisa (10-15 minutos</p><p>para cada grupo).</p><p>17 10/12 Aplicação do EXAME.</p><p>18 17/12 Período de Revisão de</p><p>Notas e Faltas.</p><p>MÓDULO 1 – CIÊNCIA PSICOLÓGICA</p><p>Neste módulo estudaremos a Psicologia Científica. Esta introdução se faz necessária para a</p><p>definição de conceitos básicos e a abordagem de questões e debates essenciais para a</p><p>compreensão da psicologia contemporânea. As palavras iniciais de Feldman (2015) sobre</p><p>este tema apresentam questionamentos importantes. Segundo este autor:</p><p>“A psicologia é o estudo científico do comportamento e dos processos mentais. A</p><p>simplicidade dessa definição é em alguns aspectos enganadora, escondendo os constantes</p><p>debates sobre o quão amplo o escopo da psicologia deveria ser. Os psicólogos devem limitar-</p><p>se ao estudo do comportamento externo observável? É possível estudar o comportamento</p><p>cientificamente? O campo da psicologia deveria abranger o estudo de temas tão diversos</p><p>quanto saúde física e mental, percepção, sonhos e motivação? É adequado abordar somente</p><p>o comportamento humano, ou o comportamento de outras espécies deveria ser incluído?”</p><p>(FELDMAN, 2015, p. 5).</p><p>A partir desses questionamentos, pretende-se discutir pontos fundamentais para a Psicologia,</p><p>tais como seus diferentes níveis de análise e a questão da Natureza/Cultura. Para Myers</p><p>(2012), é importante que se considere “os diferentes pontos de vista complementares,</p><p>incluindo as perspectivas biológica, psicolo´gica e sociocultural, para analisar um fenômeno</p><p>determinado”. Além disso, “a questão da natureza/cultura</p><p>e´ uma antiga controvérsia sobre as</p><p>contribuiçõees relativas dos genes e da experie^ncia para o desenvolvimento dos trac¸os</p><p>psicolo´gicos e dos comportamentos. A ciência atual vê os traços e os comportamentos</p><p>surgindo da interação entre a natureza e a cultura.” (MYERS, 2012, p. 5).</p><p>Por fim, você deverá ser capaz de definir o que é método científico e suas etapas principais.</p><p>Segundo Feldman (2015): “O método científico é a abordagem usada pelos psicólogos para</p><p>adquirir sistematicamente conhecimento e compreensão sobre o comportamento e outros</p><p>fenômenos de interesse. (...) ele consiste em quatro passos principais: (1) identificar questões</p><p>de interesse; (2) formular uma explicação; (3) realizar pesquisa destinada a apoiar ou refutar a</p><p>explicação e (4) comunicar as descobertas.” (FELDMAN, 2015, p. 26).</p><p>Para tanto, considere as seguintes referências:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 1</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>1.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, prólogo, cap. 1 e 4.</p><p>MÓDULO 2 – SENSAÇÃO</p><p>Neste módulo, estudaremos como se dá os processos de sensação e percepção em seres</p><p>humanos.</p><p>O autor do livro considerado como referência básica desta disciplina, David Myers, apresenta</p><p>um parágrafo que define os dois processos alvo deste módulo de estudos. Leia-o</p><p>atentamente:</p><p>"Para representar o mundo em nossas cabeças, devemos detectar a energia física do</p><p>ambiente e codificá-la como sinais neurais, um processo denominado tradicionalmente</p><p>sensação. E temos de selecionar, organizar e interpretar nossas sensações – um processo</p><p>denominado percepção. Em nossas experiências cotidianas, sensação e percepção</p><p>combinam-se em um processo contínuo.” (MYERS, 2006. p. 136).</p><p>A partir do relatado por Myers (2006), podemos considerar a sensação como o processo que</p><p>compreende a captação dos estímulos externos pelos nossos órgãos sensoriais e o envio</p><p>destas informações até o nosso cérebro (Sistema Nervoso Central). Já a percepção seria o</p><p>processo transformação destes estímulos sem sentido, num todo com significado e utilidade</p><p>para nossa vida cotidiana. Realmente, na prática, sensação e percepção são processos que se</p><p>misturam. Mas, para fins didáticos, iremos separá-los, com o intuito de facilitar a sua</p><p>aprendizagem.</p><p>Este módulo de estudos possibilitará a você entrar em contato inicialmente com o processo</p><p>de sensação humana, em todos os seus detalhes.  Os princípios básicos da sensação</p><p>humana (noção de limiar e seus subtipos – limiar absoluto, estimulação subliminar e limiar</p><p>diferencial), como se dá a adaptação sensorial e quais são as especificidades de cada sentido</p><p>humano se apresentam como tópicos fundamentais deste assunto.</p><p>Ao final deste módulo você deverá ser capaz de definir o processo sensorial, descrever a</p><p>diferenciação e relação entre sensação e percepção.</p><p>Envolva-se neste momento de aprendizagem, considerando as referências que se seguem</p><p>para a realização de sua leitura:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 3.</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>4.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 6.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São Paulo: Companhia</p><p>da Letras, 1997, p. 59-70.</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 4.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>A sentença abaixo é constituída por duas asserções, sendo que a segunda asserção aparece</p><p>em negrito como uma justificativa e/ou complementação da primeira. Leia-a com atenção.</p><p>A sensação começa quando a energia, oriunda de uma fonte externa ou do interior do corpo,</p><p>estimula uma célula receptora de um dos órgãos sensoriais, tais como o olho ou o ouvido,</p><p>porque a função de cada célula receptora é enviar um sinal por meio dos nervos sensoriais até</p><p>a área apropriada do córtex cerebral.</p><p>Observe as alternativas abaixo e assinale aquela que estiver correta.</p><p>1ª asserção    2ª asserção  Razão</p><p>a)    Verdadeira    Verdadeira    A 2ª é uma explicação correta da 1ª</p><p>b)    Verdadeira    Verdadeira    A 2ª não é uma explicação correta da 1ª</p><p>c)    Verdadeira    Falsa           -</p><p>d)    Falsa           Verdadeira    -</p><p>e)    Falsa           Falsa           -</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>A alternativa correta a ser assinalada é a de letra “a”.  A primeira parte da frase (redigida sem</p><p>o negrito e correspondente à 1ª asserção) apresenta um conteúdo coerente ao exposto nos</p><p>textos sugeridos para disciplina. O mesmo se dá para a 2ª asserção (parte da frase redigida</p><p>em negrito), que também é condizente com os pressupostos defendidos para a sensação</p><p>humana e, além disso, complementa corretamente a 1ª asserção. Portanto, ambas as</p><p>asserções são verdadeiras e a 2ª é uma explicação correta da 1ª.</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>MÓDULO 3 – PERCEPÇÃO</p><p>Neste módulo será trabalhado o processo de percepção humana em todo o seu detalhamento</p><p>(conceito, caracterização do processo e metodologia de estudo).</p><p>Manteremos o David Myers como o autor de uma das referências básicas deste módulo de</p><p>estudos. Consideremos, agora, o que este autor apresenta como definição de percepção</p><p>humana e qual a correlação deste processo com a sensação (tópico trabalhado no módulo</p><p>anterior).</p><p>“Há 2.400 anos, Platão observou corretamente que nós percebemos os objetos através dos</p><p>sentidos, com a mente. Para construir o mundo exterior no interior de nós mesmos,</p><p>precisamos detectar a energia física do meio ambiente e depois codificá-la como sinais</p><p>neurais (um processo tradicionalmente denominado sensação). Também precisamos</p><p>selecionar, organizar e interpretar nossas sensações (um processo tradicionalmente</p><p>denominado percepção). Nós não apenas sentimos as paisagens e os sons, os sabores e</p><p>cheiros, nós também os percebemos. Nós não ouvimos tão-somente uma mistura de notas e</p><p>ritmos, mas sim o choro de uma criança, o ruído do trânsito, o crescendo de uma sinfonia. Em</p><p>resumo, transformamos as sensações em percepções. Nós criamos o significado.” (MYERS,</p><p>2006. p. 166).</p><p>Perceba que algo já trabalhado no módulo n° 1 será resgatado neste módulo, a fim de</p><p>contextualizar este novo assunto. A sensação e a percepção, embora consideradas como</p><p>processos que interagem continuamente, serão novamente desmembradas neste módulo,</p><p>para sua melhor aprendizagem. No módulo anterior (de n° 1), o processo trabalhado em maior</p><p>detalhamento foi o da sensação humana. Neste módulo, focalizaremos a percepção humana,</p><p>porém, sem abandonarmos a aprendizagem já adquira sobre os processos sensoriais.</p><p>Veja alguns dos tópicos essenciais relacionados a este assunto:</p><p>1) A percepção de forma, padrões e cores, com especial ênfase nos processos de figura e</p><p>fundo e agrupamento.</p><p>2) A percepção de profundidade e distância – a partir de dicas monoculares e binoculares – e</p><p>a percepção de movimento. Veremos a caracterização destes processos e seus métodos de</p><p>estudo.</p><p>3) A ilusão perceptiva; predisposição e constância perceptivas em seus principais aspectos.</p><p>4) O essencial papel da atenção para o processo psicológico básico da percepção humana.</p><p>5) A restrição sensorial e quais as possibilidades da visão ser restaurada (incluindo as suas</p><p>consequências para o ser humano).</p><p>6) Finalizando com a discussão sobre “percepção extrassensorial” e o posicionamento atual</p><p>da Psicologia em relação a isso.</p><p>Eis as referências bibliográficas indicadas para este módulo de estudos:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 3.</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia.</p><p>7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>5.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 6.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São Paulo: Companhia</p><p>da Letras, 1997, p. 22-37.</p><p>SACKS, O. Um antropólogo em Marte: sete histórias paradoxais. 1ª ed. São Paulo: Companhia</p><p>da Letras, 1995. p. 123-164.</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 4.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>A informação recebida pelos órgãos dos sentidos de nada serviria se não pudéssemos</p><p>reconhecer objetos, formas ou qualquer outro estímulo, como, por exemplo, palavras num livro</p><p>ou vozes de amigos à distância. A percepção exerce este papel fundamental e, para fazê-lo,</p><p>leva em conta alguns princípios essenciais, como o da “atenção seletiva”, das “ilusões</p><p>perceptivas” e da “organização perceptiva”. Abaixo você encontrará descrições que ilustram</p><p>estes princípios essenciais da percepção. Leia-as atentamente:</p><p>I. Discernir a distância e o movimento dos objetos.</p><p>II. Focalizar um aspecto do objeto em detrimento de outros.</p><p>III. Interpretação falsa de um estímulo ou padrão de estímulos.</p><p>É correto afirmar que as descrições acima se referem, respectivamente, aos seguintes</p><p>processos:</p><p>a) I: atenção seletiva; II: organização perceptiva; III: ilusão perceptiva.</p><p>b) I: atenção seletiva; II: ilusão perceptiva; III: organização perceptiva.</p><p>c) I: organização perceptiva; II: ilusão perceptiva; III: atenção seletiva.</p><p>d) I: organização perceptiva; II: atenção seletiva; III: ilusão perceptiva.</p><p>e) I: ilusão perceptiva; II: atenção seletiva; III: organização perceptiva.</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>A alternativa correta a ser assinalada para esta questão é a de letra “d”, uma vez que</p><p>denomina corretamente os processos descritos pelas frases I, II, III: organização perceptiva</p><p>(discernir a distância e o movimento dos objetos), atenção seletiva (focalizar um aspecto do</p><p>objeto em detrimento de outros) e ilusão perceptiva (interpretação falsa de um estímulo ou</p><p>padrão de estímulos).</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>Exercício 1:</p><p>Complete corretamente a lacuna no texto a seguir.</p><p>Com o objetivo de transmitir impressões de distância e profundidade em suas obras, os pintores</p><p>costumam utilizar o recurso _____________ na produção de suas telas.</p><p>A)</p><p>das sugestões monoculares</p><p>B)</p><p>das sugestões binoculares</p><p>C)</p><p>do princípio de continuidade</p><p>D)</p><p>do princípio da constância perceptiva</p><p>E)</p><p>da relação entre a figura e o fundo</p><p>Complete corretamente a lacuna no texto a seguir.</p><p>Com o objetivo de transmitir impressões de distância e profundidade em suas obras, os pintores costumam utilizar o recurso _____________ na</p><p>produção de suas telas.</p><p>A das sugestões monoculares</p><p>B das sugestões binoculares</p><p>C do princípio de continuidade</p><p>D do princípio da constância perceptiva</p><p>E da relação entre a �gura e o fundo</p><p>MÓDULO 4 – MEMÓRIA</p><p>Nos módulos anteriores, os processos psicológicos básicos de sensação e percepção foram</p><p>tratados em todo o seu detalhamento. Neste módulo de estudos, deixaremos de lado estes</p><p>processos já conhecidos e trabalharemos um novo processo psicológico básico: a memória</p><p>humana.</p><p>Novamente manteremos o autor David Myers como nossa referência bibliográfica básica.</p><p>Veja, a seguir, como este autor apresenta o processo psicológico básico de memória humana:</p><p>“A memória é o arquivo da mente, o reservatório que armazena o que é aprendido. Para o</p><p>senador romano Cícero, a memória era o “tesouro e guardião de todas as coisas”. Para a</p><p>psicologia, memória é qualquer indicação de que a aprendizagem persistiu através do tempo.</p><p>É nossa competência para armazenar e recuperar a informação.” (MYERS, 2006. p. 249).</p><p>Percebemos que há tempos a memória é considerada de vital importância para a adaptação</p><p>do ser humano ao seu meio. Sem a capacidade de memorizar os fatos, as experiências e/ou</p><p>novas aprendizagens, a interação do indivíduo com o meio e com demais pessoas (além da</p><p>própria capacidade de se reconhecer enquanto ser histórico) ficaria improvável.</p><p>É importante que você, ao final deste módulo de estudos, seja capaz de caracterizar a</p><p>memória como um sistema de processamento de informações e de verbalizar sobre sua</p><p>metodologia de estudo.</p><p>Eis os tópicos diretamente correlacionados a este processo psicológico básico:</p><p>1) Como se dá o fenômeno da memória humana (esquema de processamento de informação</p><p>e analogia com o funcionamento de um microcomputador);</p><p>2) Quais são os tipos de memória humana (memória sensorial, memória de curto e de longo</p><p>prazo);</p><p>3) As etapas do processamento de informação (codificação, armazenamento e recuperação)</p><p>pela memória humana e suas especificidades;</p><p>4) O que é considerado como “esquecimento” e em quais as diferenças deste de acordo com</p><p>a etapa de processamento de informação em que ocorre;</p><p>5) Reflexões sobre a construção da memória humana.</p><p>Para ter acesso ao conteúdo referente a estes tópicos, vide as referências bibliográficas</p><p>indicadas especialmente para este módulo de estudos:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 6.</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>7.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 8.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 7.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>Você pediu que uma pessoa memorizasse a seguinte sequência numérica: 1 0 6 7 5 8 4 5 8 1</p><p>2 8 6 7 3</p><p>Após dez segundos da exposição do sujeito à referida sequência numérica, você solicitou que</p><p>este anotasse a sequência memorizada em um papel. A sequência numérica anotada pelo</p><p>sujeito foi a seguinte: 1 0 6 7 5 4 5 8 1 3 6 7 4 8 3</p><p>Sobre estes dados é possível afirmar que (assinale a alternativa correta):</p><p>a) Você usou uma medida de recordação de informações e a informação memorizada pelo</p><p>sujeito foi armazenada na memória de longo prazo.</p><p>b) Você usou uma medida de reaprendizagem e a informação memorizada pelo sujeito foi</p><p>armazenada na memória de longo prazo.</p><p>c) Você usou uma medida de recordação de informações e a informação memorizada pelo</p><p>sujeito foi armazenada na memória de curto prazo.</p><p>d) Você usou uma medida de reconhecimento de informações e a informação memorizada</p><p>pelo sujeito foi armazenada na memória de longo prazo.</p><p>e) Você usou uma medida de reconhecimento de informações e a informação memorizada</p><p>pelo sujeito foi armazenada na memória de curto prazo.</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>A alternativa correta a ser assinalada para a questão anterior é a de letra “c”, visto que a</p><p>proposta do enunciado reflete uma medida de recordação de informações que permite avaliar</p><p>o armazenado pelo indivíduo em sua memória de curto prazo.</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>Exercício 1:</p><p>Leia o texto apresentado a seguir:</p><p>Maria tem uma prova amanhã e precisa memorizar uma série de informações significativas. Após passar a</p><p>tarde repetindo mecanicamente os itens a serem memorizados, sentiu-se satisfeita com seu</p><p>conhecimento. Entretanto, na manhã seguinte, durante a prova teve o famoso “branco”, ou seja, não se</p><p>lembrou de nada.</p><p>Assinale a afirmativa que explica o que aconteceu com Maria:</p><p>A)</p><p>O fato de ter guardado as informações na memória sensorial dificultou sua recuperação.</p><p>B)</p><p>Sua dedicação e empenho não foram suficientes uma vez que para ocorrer uma memorização de longo</p><p>prazo é preciso distribuir as informações ao longo do tempo, o que não pode ocorrer em poucas horas.</p><p>C)</p><p>Maria não repetiu as informações o suficiente, interferindo</p><p>no armazenamento da informação, o que</p><p>dificultou a automatização e o efeito de referência.</p><p>D)</p><p>Faltou tranquilidade para Maria na prova, pois provavelmente se não ficasse ansiosa, essa situação não</p><p>ocorreria, uma vez que a repetição é um mecanismo do armazenamento de informações pelo aparelho</p><p>mental.</p><p>E)</p><p>Repetir mecanicamente uma informação é um recurso que pode mantê-la por um período curto de tempo</p><p>na memória, levando-a ao esquecimento em seguida, uma vez que faz parte da memória recente o fato de</p><p>ser facilmente dispersiva.</p><p>Leia o texto apresentado a seguir:</p><p>Maria tem uma prova amanhã e precisa memorizar uma série de informações signi�cativas. Após passar a tarde repetindo mecanicamente os itens a serem</p><p>memorizados, sentiu-se satisfeita com seu conhecimento. Entretanto, na manhã seguinte, durante a prova teve o famoso “branco”, ou seja, não se lembrou de</p><p>nada.</p><p>Assinale a a�rmativa que explica o que aconteceu com Maria:</p><p>A O fato de ter guardado as informações na memória sensorial di�cultou sua recuperação.</p><p>B</p><p>Sua dedicação e empenho não foram su�cientes uma vez que para ocorrer uma memorização de longo prazo é preciso distribuir as informações ao longo</p><p>do tempo, o que não pode ocorrer em poucas horas.</p><p>C Maria não repetiu as informações o su�ciente, interferindo no armazenamento da informação, o que di�cultou a automatização e o efeito de referência.</p><p>D</p><p>Faltou tranquilidade para Maria na prova, pois provavelmente se não �casse ansiosa, essa situação não ocorreria, uma vez que a repetição é um</p><p>mecanismo do armazenamento de informações pelo aparelho mental.</p><p>E</p><p>Repetir mecanicamente uma informação é um recurso que pode mantê-la por um período curto de tempo na memória, levando-a ao esquecimento em</p><p>seguida, uma vez que faz parte da memória recente o fato de ser facilmente dispersiva.</p><p>MÓDULO 5 – ESTADOS DE CONSCIÊNCIA</p><p>Neste módulo de estudos abordaremos mais um processo psicológico básico diferente dos</p><p>abordados até então: os “estados de consciência”.</p><p>Novamente lançaremos mão das palavras do autor de uma das referências básicas deste</p><p>módulo para introduzirmos este assunto. Leia-as com atenção:</p><p>“Imagine que em um cinema próximo a sua casa aconteça a primeira apresentação do sonho</p><p>vívido de uma pessoa adormecida. Esse filme jamais visto anteriormente, com características</p><p>cativantes e enredado em uma trama tão original quanto improvável, tão intrincada quanto</p><p>aparentemente real, surpreende o espectador.</p><p>Ao despertar de um sonho angustiante e arrebatado por suas emoções, quem de nós nunca</p><p>se questionou sobre esse estranho e fantástico estado de consciência? Como é possível o</p><p>cérebro construir, de forma tão criativa e colorida, um mundo alternativo? No umbral entre o</p><p>sonho e o estado de vigília, nós chegamos a pensar por alguns instantes sobre o que seria</p><p>real. E o que devemos fazer com os estados alterados da consciência – o devaneio, a hipnose,</p><p>as alucinações induzidas por drogas e visões de quase-morte?</p><p>Mas antes devemos colocar a questão primordial: o que é a consciência? Em todas as</p><p>ciências existem conceitos tão fundamentais que são quase impossíveis de definir. Os</p><p>biólogos concordam a respeito do que é o vivo, mas não de forma precisa com o que é a vida.</p><p>Em física, matéria e energia eludem definições simples. Da mesma forma, para a psicologia, a</p><p>consciência é um conceito básico, fundamental, ainda que escorregadio.” (MYERS, 2006. p.</p><p>192).</p><p>Conforme propõe Myers (2006), buscaremos neste módulo de estudos definir o que é a</p><p>consciência humana, apresentando, inclusive, a diversidade de posicionamentos teóricos</p><p>acerca desta temática. As variações nos estados de consciência (ou simplesmente</p><p>consideradas como variações nos níveis de percepção), o ciclo sono-vigília, os sonhos, a</p><p>consciência alterada pelo uso de drogas psicoativas, a questão da dependência e adicção de</p><p>substâncias, assim como os fatores que influenciam o efeito das drogas são tópicos</p><p>correlacionados ao tema principal deste módulo e devidamente elencados para a sua</p><p>aprendizagem.</p><p>Eis as sugestões de referências bibliográficas para sua leitura:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 4.</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>8.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 3.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São Paulo: Companhia</p><p>da Letras, 1997. p. 175-179.</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 5.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>“Consciência” é a percepção de nós mesmos e do nosso ambiente. Desta forma, diferentes</p><p>estados de consciência parecem provocar alterações na percepção. Sobre os estados de</p><p>consciência, é possível afirmar que:</p><p>I) A privação do sono altera a percepção.</p><p>II) Os sonhos ajudam a processar as informações do dia, portanto, e fixá-las na memória.</p><p>III) Produtos com cafeína e nicotina são estimulantes do funcionamento neuronal.</p><p>IV) O uso de álcool provoca depressão do funcionamento neuronal.</p><p>V) Entre as drogas, somente as drogas alucinógenas alteram a consciência.</p><p>São afirmativas verdadeiras:</p><p>A) I, II, III</p><p>B) II, IV, V</p><p>C) I, III, V</p><p>D) I, II, III, V</p><p>E) I, II, III, IV</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa “e”. O</p><p>enunciado desta questão pede a busca da afirmativa que não apresente informações corretas</p><p>acerca dos estados de consciência. Neste sentido, afirmar que somente as drogas</p><p>alucinógenas alteram a consciência está incorreto, como consta descrita na afirmativa V. Há</p><p>outras drogas que também têm esta função de alteração dos estados de consciência, além</p><p>das ditas alucinógenas. As demais alternativas trazem informações corretas sobre este</p><p>processo psicológico básico.</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>MÓDULO 6 – MOTIVAÇÃO</p><p>A motivação humana será o processo psicológico básico alvo deste módulo de estudos.</p><p>David Myers (2006, p. 330) comenta que:</p><p>"Para os psicólogos, a motivação é uma necessidade ou desejo que energiza o</p><p>comportamento e o direciona para um objetivo. Assim com a inteligência, a motivação é um</p><p>conceito hipotético: nós inferimos motivação dos comportamentos que observamos.</p><p>Considere a motivação nas seguintes situações:</p><p>- David Mandel (1983), ex-prisioneiro em campo de concentração nazista, lembra-se de como,</p><p>famintos, 'pai e filho brigavam por um pedaço de pão, como cachorros'. Um pai, cujo filho de</p><p>20 anos roubara o pedaço de pão que estava embaixo de seu travesseiro enquanto ele dormia,</p><p>entrou em profunda depressão, perguntando-se como o filho pudera fazer tal coisa. No dia</p><p>seguinte, o pai morreu. 'A fome faz com você algo que é difícil descrever', explicou Mandel.</p><p>- Nos poemas de amor dos Cânticos de Salomão, do Velho Testamento, uma mulher e um</p><p>homem expressam sua intensa paixão sexual um pelo outro. 'Estou trêmula de amor', declara</p><p>ela. 'Sua mão esquerda me sustenta a cabeça por trás, enquanto a mão direita me</p><p>envolve!' Ele, por sua vez, murmura que ela é 'deliciosa'. 'Você é imponente como uma</p><p>palmeira, e os seus seis são como os cachos. Digo eu: subirei à palmeira para me apoderar de</p><p>seus ramos.'</p><p>- Aos 2 anos e meio, Jessica DeBoer entrou em pânico quando foi retirada de sua família</p><p>adotiva – a única família que ela conhecia. O tribunal que julgava essa dolorosa batalha de</p><p>custódia determinou que Jessica ficasse com os pais biológicos, a centenas de milhas de</p><p>distância. Como animais sociais, todos temos um pouco de Jessica dentro de nós – uma</p><p>sensação de a quem pertencemos, e de quem somos 'nós'.</p><p>- No Texas, o guarda de uma escola descobriu Alfredo Gonzales, de 14 anos, no momento em</p><p>que trabalhava,</p><p>colhendo frutas; mandou-o, então, para a escola pela primeira vez em sua vida.</p><p>Embora matriculado em classe de nível de capacidade mais baixo e criticado por fazer</p><p>perguntas em espanhol – ele não sabia inglês –, Alfredo decidiu: 'Eu posso fazer melhor'. Hoje</p><p>ele é o administrador de uma universidade de alto nível de instrução, e trabalha no sentido de</p><p>motivar jovens a despertarem, assim como ele o fez, para 'os próprios potenciais, e a</p><p>adquirirem o desejo de alcança-los'".</p><p>Neste módulo, serão abordados os principais conceitos motivacionais, além de se estudar,</p><p>também, os quatro grandes motivos humanos: fome, sexo, pertencimento e realização. Estes</p><p>quatro grandes motivos aparecem ilustrados nos exemplos citados anteriormente por Myers</p><p>(2006) e constituem temáticas importantes para o conhecimento do profissional psicólogo.</p><p>As sugestões de referências bibliográficas vinculadas a este módulo são:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 8.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012,cap. 11.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>13.</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 10.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>Há inúmeras abordagens e conceitos teóricos que os psicólogos utilizam para tentar explicar</p><p>a motivação humana. Estas abordagens e/ou conceitos diferem basicamente em sua ênfase</p><p>dada à motivação inata (de base biológica) ou à motivação aprendida (de base social).</p><p>Analise atentamente as sentenças numeradas abaixo e assinale a alternativa que apresente a</p><p>natureza das sentenças ("V" para verdadeira e "F" para falsa) na respectiva ordem.</p><p>1) Sob influência de Darwin, os primeiros teóricos defendiam que o comportamento era</p><p>controlado (ou motivado) por forças biológicas, por instintos específicos.  Atualmente esta</p><p>teoria continua sendo bastante aceita pelos teóricos e muito utilizada pela Psicologia</p><p>Evolucionista.</p><p>2) Uma visão alternativa da motivação foi proposta por William James, o qual afirma que o</p><p>comportamento humano é motivado por instintos específicos. A lista de instintos elaborada</p><p>por William James é aceita até os dias de hoje.</p><p>3)  A teoria de busca de sensações pressupõe que pessoas que buscam grandes sensações</p><p>podem ser biologicamente “programadas” para buscar níveis mais elevados de estimulação,</p><p>aumentando, inclusive, o envolvimento destas pessoas em situações de risco potencial.</p><p>4)  A motivação extrínseca depende das condições internas do indivíduo e dos reforços</p><p>relacionados à própria realização da atividade.</p><p>5)  A motivação intrínseca parte das condições externas e se refere às consequências das</p><p>atividades realizadas pelo indivíduo.</p><p>a) VFVFV</p><p>b) FFVVV</p><p>c) VFVFF</p><p>d) FVVFF</p><p>e) VVFFF</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa C (que</p><p>apresente a ordem "VFVFF" às afirmações apresentadas). As sentenças “1” e “3” estão</p><p>corretas e as afirmações “2”, “4” e “5” têm colocações erradas. A sentença “2” é considerada</p><p>errada, pois a lista de instintos elaborada por William James não é aceita nos dias atuais. A</p><p>motivação extrínseca parte de condições externas e se referem às consequências das</p><p>atividades realizadas pelo indivíduo, enquanto que a motivação intrínseca é que depende das</p><p>condições internas do indivíduo e de reforços relacionados à própria realização da atividade.</p><p>Estas colocações estão invertidas nas sentenças “4” e “5”.</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>MÓDULO 7 – EMOÇÃO</p><p>A emoção humana apresenta-se como o processo psicológico básico tratado neste modelo</p><p>de estudos. Configura-se, também, como um dos processos psicológicos básicos de</p><p>necessário conhecimento do profissional psicólogo.</p><p>Nos parágrafos que se seguem, nosso autor básico, Myers (2006), apresenta a importância</p><p>das emoções para a espécie humana.</p><p>“Ninguém precisa lhe dizer que os sentimentos dão cor à vida, ou que em momentos de</p><p>estresse eles podem perturbá-la, ou mesmo salvá-la. (...) Mais do que qualquer outra criatura,</p><p>nós expressamos medo, raiva, tristeza, alegria e amor.</p><p>Todos podemos lembrar momentos nos quais fomos dominados pelas emoções. Eu guardo a</p><p>lembrança de um dia em que fui a uma gigantesca loja de departamentos para revelar um</p><p>filme com Peter, meu primeiro filho, quando ele tinha 2 anos. Eu  estava com ele ao meu lado</p><p>enquanto entregava  o filme e preenchia o papel da revelação, quando um passante falou: “É</p><p>melhor ter cuidado com esse menino ou irá perdê-lo.” Alguns segundos depois, após deixar o</p><p>filme, eu me virei e Peter não estava mais ao meu lado.</p><p>Com uma leve ansiedade, olhei ao redor, até uma extremidade do corredor onde estava. Não vi</p><p>Peter. Um pouco mais ansioso, procurei do outro lado. Ele não estava lá também. Nessa hora,</p><p>já com o coração acelerado, circulei pelos corredores vizinhos. Ainda não via Peter. À medida</p><p>que a ansiedade se transformava em pânico, comecei a correr pelos corredores da loja. Ele</p><p>não estava em lugar algum que eu conseguisse ver. Apreensivo com o meu estado, o gerente</p><p>usou o sistema de som da loja para comunicar o desaparecimento da criança. Pouco depois,</p><p>passei pelo mesmo cliente que, então, me disse cheio de desprezo: “Eu lhe disse que você ia</p><p>perdê-lo!” Já cogitando um seqüestro (estranhos costumam adorar aquela bela criança),</p><p>percebi a possibilidade de minha negligência ter-me feito perder aquilo que amava acima de</p><p>todas as coisas, e – pesadelo dos pesadelos – que eu teria de voltar para casa e olhar no</p><p>rosto da minha mulher sem o nosso filho.</p><p>Mas, então, quando passei novamente pelo serviço de informação ao cliente, lá estava ele:</p><p>havia sido encontrado por alguém! Em um instante, eu saí do pesadelo diretamente para o</p><p>êxtase. Abracei fortemente meu filho, com lágrimas nos olhos, e sentia-me incapaz de falar</p><p>obrigado; saí da loja, cheio de alegria.” (MYERS, 2006, p. 361).</p><p>Como se conceitua a emoção e quais são as metodologias de estudo empregadas para este</p><p>processo psicológico básico, aparecem como temas primordiais deste módulo de estudo.</p><p>Além disso, você também conhecerá as teorias da emoção (de James-Lange, de Cannon-Bard</p><p>e a teoria dos dois fatores de Schachter) e refletirá sobre a universalidade das emoções, a</p><p>comunicação não verbal e a relação entre cultura e expressão emocional. Os elementos da</p><p>experiência emocional, em seus componentes cognitivos, fisiológicos e comportamentais</p><p>também estarão em pauta neste módulo de estudos.</p><p>As sugestões de referências bibliográficas vinculadas a este módulo são:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 8.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 12.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>12.</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 10.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>As emoções são reveladas não apenas na excitação física mas, também, no comportamento</p><p>expressivo. Analise as afirmações abaixo.</p><p>I. No nível comportamental, as pessoas revelam suas emoções através de manifestações</p><p>características, tais como: sorriso, cara fechada, testa franzida, punhos cerrados, ombros</p><p>caídos, ou seja, as emoções são expressas através da linguagem corporal (comportamento</p><p>não verbal).</p><p>II. As expressões faciais (como as de felicidade e medo, por exemplo) variam notavelmente</p><p>entre diferentes culturas, pois a Cultura e se constitui como o aspecto único de influência</p><p>sobre o componente expressivo das emoções.</p><p>III. As expressões não apenas comunicam emoção, mas também ampliam a emoção sentida</p><p>e sinalizam ao corpo para reagir de acordo.</p><p>IV. Tanto os homens quanto as mulheres são capazes de se emocionar, porém, é possível que</p><p>cada gênero reaja a uma mesma situação com intensidades diferentes.</p><p>Assinale:</p><p>a) as afirmações I e III forem verdadeiras.</p><p>b) as afirmações III e IV forem verdadeiras.</p><p>c) as afirmações I, II e III forem verdadeiras.</p><p>d) as afirmações I, III e IV forem verdadeiras.</p><p>e) as afirmações II, III e IV forem verdadeiras.</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa “d”, uma</p><p>vez que apenas as afirmações I, III e IV estão corretas. A afirmação de n° II diz que a</p><p>expressão emocional sofre influência exclusiva da Cultura em que a pessoa está inserida.</p><p>Realmente a linguagem corporal pode sofrer influência da cultura na qual a pessoa está</p><p>inserida, assim como algumas expressões faciais. No entanto, as expressões faciais de medo</p><p>e felicidade são compartilhadas por diferentes culturas, sendo comprovado, por meio de</p><p>pesquisas diversas, não variar imensamente entre diferentes culturas. Esse fato indica que as</p><p>expressões emocionais podem ser influenciadas também por aspectos biológicos, além dos</p><p>culturais.</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>MÓDULO 8 – PENSAMENTO</p><p>Este módulo de estudos tratará do processo psicológico básico intitulado “pensamento”, ou,</p><p>simplesmente, cognição.</p><p>Os módulos anteriores trataram de aspectos sobre como recebemos estimulação, a</p><p>percebemos (transformando-a em informação com sentido) e a memorizamos, processos</p><p>psicológicos básicos chamados de sensação, percepção e memória, respectivamente. Nesse</p><p>módulo em específico, estudaremos como essa informação percebida e memorizada é</p><p>utilizada pelo nosso sistema cognitivo.</p><p>Considerem a definição de pensamento extraída de Myers (2006, p. 281): “O pensamento, ou a</p><p>cognição, refere-se a todas as atividades que estão associadas a processamento,</p><p>compreensão, recordação e comunicação. Os psicólogos cognitivos estudam estas</p><p>atividades mentais, incluindo os meios lógicos e, às vezes, ilógicos com os quais criamos</p><p>conceitos, resolvemos problemas, fazemos julgamentos e tomamos decisões.”</p><p>Torna-se importante que você conheça as definições de pensamento e conceitos. Além disso,</p><p>aprender como ocorre a formação de conceitos, a resolução de problemas, a tomada de</p><p>decisão e formação de julgamento e como se dá interferência no nosso raciocínio por meio</p><p>do “viés da crença”, também aparecem como tópicos constituintes deste módulo de estudos.</p><p>Finalize seus estudos sobre pensamento (ou cognição) verificando a proposta de simulação</p><p>do pensamento pela inteligência artificial e refletindo criticamente a respeito disso.</p><p>As sugestões de referências bibliográficas vinculadas a este módulo são:</p><p>BIBLIOGRAFIA BÁSICA:</p><p>FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 7.</p><p>GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap.</p><p>08.</p><p>MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 09.</p><p>BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:</p><p>WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002,</p><p>cap. 8.</p><p>Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício</p><p>exemplo.</p><p>EXERCÍCIO EXEMPLO:</p><p>Leia atentamente a situação extraída de Myers (2006, p. 283): “Dois caçadores de Nova Jersey</p><p>estão na selva quando um deles cai no chão. Ele parece não estar respirando, os olhos estão</p><p>virando para trás. O outro caçador pega o celular e liga para o serviço de emergência. Ele fala</p><p>com voz arfante para a operadora: ‘Meu amigo está morto! O que eu posso fazer?’ A</p><p>operadora, com voz calma e tranquilizante, diz: ‘Fique calmo. Eu posso ajudar. Primeiro, vamos</p><p>ter certeza de que ele está morto.’ Há um silêncio, depois se ouve um tiro. O rapaz volta a falar</p><p>ao telefone: ‘Ok, e agora?’”</p><p>A resolução de problemas pode ser realizada por meio de diferentes estratégias. A</p><p>compreensão de situações de maneira não convencional, com desfechos inesperados ou com</p><p>duplo sentido, como pode acontecer quando nos sentimos alegres e satisfeitos ao</p><p>entendermos uma piada como a supracitada, ilustra uma capacidade de resolução de</p><p>problemas baseada na estratégia de:</p><p>a) Algoritmo.</p><p>b) Heurística.</p><p>c) Insight.</p><p>d) Lógica.</p><p>e) Representatividade.</p><p>RESOLUÇÃO:</p><p>Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa “c”, uma</p><p>vez que a situação exposta exemplifica uma estratégia de insight (caracterizada pela</p><p>compreensão repentina da situação e/ou informação, a qual precede de uma estranheza e</p><p>completa-se pela plena compreensão do final ou do duplo sentido).</p><p>Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte</p><p>componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para</p><p>ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.</p><p>1</p><p>PLANO DE ENSINO</p><p>CURSO: Psicologia</p><p>SÉRIE: 2º semestre</p><p>DISCIPLINA: Teorias e Sistemas em Psicologia</p><p>CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 horas/aula</p><p>CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas</p><p>AULA 1</p><p>I. A organização das ideias psicológicas em escolas de pensamento.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2012. (Capítulos I e II).</p><p>AULAS 2 e 3:</p><p>II. Os Behaviorismos.</p><p>1. Behaviorismo de Watson.</p><p>2. Behaviorismo Radical.</p><p>3. A ciência na perspectiva behaviorista.</p><p>➢</p><p>Leituras Obrigatórias:</p><p>CARRARA, K.; ZILIO, D. (Orgs) Reflexões históricas e conceituais. Vol. 1. 1ª</p><p>ed. São Paulo: Editora Paradigma, 2016. (Capítulos 1 e 6).</p><p>SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. 1ª ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2011.</p><p>(Capítulo 1).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>SAMPAIO, A. A. S. Skinner: sobre ciência e comportamento humano. In:</p><p>Psicologia Ciência e Profissão. 2005;25(3):370–83.</p><p>Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932005000300004</p><p>Meios Digitais:</p><p>Título do Podcast: Berrekas</p><p>Criador(es)/Apresentador(es): Diversos</p><p>Ano de lançamento: 2021</p><p>https://doi.org/10.1590/S1414-98932005000300004</p><p>2</p><p>Local de acesso: Spotify</p><p>(link: https://open.spotify.com/show/7jlub2Fs5I0RCWXSIlJl3M?si=824e0e20f73540c8)</p><p>AULAS 4 e 5:</p><p>III. O Funcionalismo Europeu.</p><p>1. A Psicologia da Gestalt.</p><p>2. Lewin e a Teoria de Campo.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>GOODWIN, C. J. A Psicologia da Gestalt. História da Psicologia Moderna. São</p><p>Paulo: Cultrix, 2005. (Capítulo 9).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2012. (Capítulo VI).</p><p>MORAES, M. O gestaltismo e o retorno à experiência psicológica. In: JACÓ-</p><p>VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da</p><p>Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.</p><p>(Capítulo 18).</p><p>AULAS 6 e 7:</p><p>IV. A Psicanálise.</p><p>1. Freud e a criação da Psicanálise.</p><p>2. Desdobramentos da Psicanálise Freudiana:</p><p>- A Teoria das Relações entre os Objetos - Melanie Klein.</p><p>- A Teoria do Amadurecimento Emocional - D. W. Winnicott.</p><p>➢</p><p>Leituras Obrigatórias:</p><p>FREUD, S. Autobiografia (1925). 1ª ed. Vol. 16. Companhia das Letras: Rio de</p><p>Janeiro, 2011.</p><p>LOUREIRO, I. Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanálise. In: JACÓ-</p><p>VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da</p><p>Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.</p><p>(Capítulo 23).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>3</p><p>DUNKER, C. I. L. Aspectos históricos da psicanálise pós-freudiana. In: JACÓ-</p><p>VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da</p><p>Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.</p><p>(Capítulo 24).</p><p>JÚNIOR, N. E. C. A presença de Freud na Psicanálise</p><p>pôr entre parênteses a representação preestabelecida do mundo, ou o conhecimento do</p><p>senso comum, sem, entretanto, perder nossa histórica articulação com o mundo comum.</p><p>Referência Básica</p><p>Vázquez A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006:61-82. (Capítulo III A essência da moral)</p><p>QUESTÃO 2. Referente ao plano prático-moral relacionado aos problemas éticos analise as afirmativas a</p><p>seguir, para assinalar a alternativa correspondente à (s) correta (s):</p><p>I. De um lado temos os atos das pessoas, e do outro temos o juízo dos demais indivíduos sobre tais</p><p>atos; ambos se pautam por certas normas de conduta.</p><p>II. Do plano prático-moral se passa à reflexão sobre os comportamentos práticos, ou seja, da passagem</p><p>da moral vivida para a moral reflexa.</p><p>III. Os problemas prático-morais cuidam dos problemas éticos, uma vez que estes são de natureza</p><p>genérica e de caráter teórico.</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>A. Apenas o que se afirma em I.</p><p>B. Apenas o que se afirma em II.</p><p>C. Apenas o que se afirma em III.</p><p>D. Apenas o que se afirma em I e II.</p><p>E. Apenas o que se afirma em I, II e III.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA LETRA  - D</p><p>MÓDULO 2 - A REGULAMENTAÇÃO DA PSICOLOGIA NO BRASIL</p><p>Objetivo</p><p>Apresentar as condições sociais, históricas e políticas da autonomização da Psicologia em</p><p>meados dos séculos XIX e XX no Brasil, na interface com outras ciências, como a Medicina.</p><p>Apresentar as condições sociais, históricas e políticas da regulamentação da Psicologia  na</p><p>década de 1960 no Brasil.</p><p>Contextualizar o surgimento do Conselho Federal de Psicologia, dos Regionais e sua atuação</p><p>como Comissão de Fiscalização e Comissão de Ética.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Psicologia foi regulamentada como profissão no Brasil no ano de 1962, decorrente da Lei nº</p><p>4119, de 27 de agosto de 1962. Em dezembro do mesmo ano, aprovou-se o parecer nº</p><p>403/62, do relator Conselheiro Valnir Chagas, que, pela primeira vez, fixava oficialmente um</p><p>currículo mínimo de Psicologia, objetivando estabelecer os direitos do exercício profissional.</p><p>Somente em 1971 é que se criou o Conselho Federal de Psicologia, órgão encarregado de</p><p>zelar pela organização do exercício profissional e que congregava todos os psicólogos</p><p>brasileiros.</p><p>A Psicologia conquistou seu espaço autônomo como área de conhecimento e campo de</p><p>práticas em consequência da produção de ideias e práticas psicológicas no interior de outras</p><p>áreas do saber. Foi chamada a contribuir para a solução de problemas relacionados à área da</p><p>Saúde, à Educação e ao mundo do trabalho e das organizações.</p><p>Pereira & Pereira Neto (2003, p 20) definem esse período como o de profissionalização da</p><p>Psicologia, de 1890 a 1975. "Abrange desde a gênese da institucionalização da prática</p><p>psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais." Os</p><p>autores assinalam como marcos desse momento: a Reforma de Benjamin Constant no campo</p><p>educacional (1890), a inauguração dos laboratório de psicologia junto ao campo educacional</p><p>e médico (1906),  e a criação do código de ética (1975).</p><p>Pessotti (1998), por sua vez, elaborou outro critério baseado na presença ou não de</p><p>instituições com vínculos com a área psicológica. Elegeu três grandes marcos; foram eles:</p><p>1833, quando se criou as Faculdades de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia; 1934, quando</p><p>se constituiu um curso de Psicologia na Universidade de São Paulo; e 1962, quando a</p><p>Psicologia foi regulamentada.</p><p>Optou-se, nesse texto base,   em assumir as diretrizes de Antunes (2004, 2006), que são</p><p>ligadas ao referencial histórico, e, na medida do possível, iluminar os marcos apontados por</p><p>esses outros autores de renome para os estudos historiográficos da Psicologia brasileira.</p><p>Antunes( 2006)   indica que, no Brasil, a profissionalização e autonomização da Psicologia</p><p>inicia-se com a parceira da psicologia com outros saberes ainda no século XIX, que</p><p>apresentava um contexto sócio-histórico e político singular, no qual se tinha uma formação</p><p>social dependente e atrasada, mas, ao mesmo tempo, uma busca pela modernidade, pelo</p><p>caminho da industrialização. Diante desse cenário, o Brasil adotou o modelo republicano,</p><p>conciliado com a ideologia liberal e uma economia de base agrário-comercial e exportadora.</p><p>Também acontecia uma crescente urbanização e a definição da região Sudeste como polo</p><p>sócio cultural do país. Essa configuração sócio política influenciou o meio acadêmico</p><p>intelectual, com a crença na liberdade e a supremacia do individuo diante a sociedade.</p><p>Bernardes (2007) afirma que a psicologia construiu-se nas relações que mantinha com esse</p><p>cenário, no qual os modelos de produção e consumo exigiam a padronização da igualdade,</p><p>resultado do auge da produção industrial, que requeria alto padrão de produtividade. Diante</p><p>desse quadro, a Psicologia, em sua nascente, foi marcada pelas estratégias de controle de</p><p>variedade e produtividade, transformando-se em um saber de forte viés adaptativo.</p><p>Essa busca por padronização e adaptabilidade se deu em três grandes interfaces do saber</p><p>psicológico pré científico. Foram elas: a Psicologia e as Instituições Médicas; a Psicologia e</p><p>as Instituições Educacionais; a Psicologia e a organização do trabalho.</p><p>A Psicologia e as Instituições Médicas</p><p>Desde o século XIX, a Psicologia, enquanto conjunto de ideias articuladas, esteve</p><p>intimamente relacionada com a prática médica e psiquiátrica, em instituições asilares e no</p><p>âmbito da Medicina Legal. No caso, as Faculdades de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro e</p><p>os hospícios foram as principais fontes de produção de ideias psicológicas.</p><p>Desde 1890, já existiam teses publicadas por médicos com teor psicológico, tais como as</p><p>obras de José Tapajós, Psicofisiologia da percepção e das representações (1890), Das emoções</p><p>de Veríssimo Dias de Castro (1890), A Memória e a personalidade de Seabra em 1894, a</p><p>famosa tese de Henrique Roxo, Duração dos atos psíquicos elementares (1990), entre outras.</p><p>A prática médica legal, por sua vez, possuía uma atuação higienicista, ao buscar erradicar ou</p><p>minimizar as doenças infecto-contagiosas muito presentes nas cidades em desenvolvimento.</p><p>Segundo Costa (1983), essas atuações dispersaram-se nas cidades, por meio de políticas</p><p>públicas de saneamento básico e atingiu a educação moral e física das famílias, que</p><p>passaram a se responsabilizar também pelos cuidados com a higiene pública e privada.</p><p>Antunes (2004) aponta que os pressupostos higienicistas articulavam-se com os princípios da</p><p>eugenia e da limpeza étnica, intimamente ligados com a cultura racista brasileira vigente,</p><p>conforme podemos vislumbrar:</p><p>Os ideais higienicistas geralmente se articulavam aos princípios da eugenia,</p><p>intimamente ligados ao pensamento racista brasileiro. Baseavam-se numa concepção</p><p>que afirmava a existência de uma hierarquia racial (sendo a raça ariana considerada</p><p>superior e a raça negra a mais inferior de todas), do que decorria a teoria da</p><p>degenerescência, que considerava a propensão à degenerescência física e mental das</p><p>ditas raças inferiores. Por essa via, a reinvindicação de adoção de medidas</p><p>higienicistas, cuja finalidade não era senão o embranquecimento da raça brasileira.</p><p>(ANTUNES,2004, p. 119).</p><p>Segundo Antunes (2006), as teorias da degenerescência e da eugenia extrapolavam os muros</p><p>dos asilos e hospícios, propondo ações de disciplinarização da sociedade e dos seus corpos</p><p>familiares. No Brasil, a junção dessas correntes originou uma experiência cruel de exclusão do</p><p>louco e a preocupação com práticas profiláticas diante da loucura. Nesse projeto preventivo, o</p><p>Estado devia se preocupar com a pobreza, a marginalidade, o crime, pois todos esses quadros</p><p>possuíam uma familiaridade muito grande com a loucura, porque levavam os sujeitos à</p><p>desordem, a não adaptação aos padrões requeridos. Podia-se afirmar que havia, ao mesmo</p><p>tempo, uma visão moralizante e racionalizante da loucura.</p><p>Antunes (2006) ainda aponta a preocupação com a ordem urbana e com a bandeira do</p><p>progresso ligada ao ideário positivista, relacionado a práticas de exclusão daqueles que</p><p>Pós-Freudiana. In: Por que</p><p>Freud Hoje? 1ª ed. São Paulo: Zagodoni. 2019.</p><p>Meios Digitais:</p><p>Título: Falando Nisso - Psicanálise com Christian Dunker</p><p>Descrição: Um podcast de psicanálise apresentado por Christian Dunker,</p><p>renomado psicanalista e professor universitário. Neste podcast, Dunker explora</p><p>diversos temas relacionados à psicanálise, desde conceitos fundamentais até</p><p>aplicações práticas no cotidiano. Com uma abordagem clara e acessível, o</p><p>programa busca trazer insights e reflexões sobre o funcionamento da mente e as</p><p>dinâmicas psicológicas.</p><p>Disponível em: Spotify: Link: https://open.spotify.com/show/0GAwVQxxkmfESH5W2xEv3k</p><p>AULA 8:</p><p>V. A Terapia Cognitiva Comportamental</p><p>1. Contexto histórico e surgimento da Terapia Cognitiva Comportamental.</p><p>2. Elucidar o modelo teórico da TCC.</p><p>3. Aspectos biográficos de Aron Beck: da Psicanálise para a Psicologia Cognitiva.</p><p>Leitura obrigatória:</p><p>FALCONE, E. M. As bases teóricas e filosóficas das abordagens cognitivo-</p><p>comportamentais. História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de</p><p>Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 12).</p><p>KASTRUP, V. A Psicologia no contexto das ciências cognitivas. História da</p><p>Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.</p><p>(Capítulo 13).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>BECK. S. J. Terapia cognitiva-comportamental: teoria e prática. 3ª ed. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2022. (Capítulo 1).</p><p>AULA 9: Avaliação NP1.</p><p>AULA 10:</p><p>1) Parte: Mostra Pedagógica da Avaliação NP1.</p><p>4</p><p>2) Parte: VI. O Humanismo Americano.</p><p>1. A Psicologia Humanista.</p><p>2. O Movimento da Psicologia Humanista.</p><p>3. A terceira força, em oposição à Psicanálise e ao Behaviorismo.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>BUYS, R. C. A psicologia humanista. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A.</p><p>L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 20).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico.</p><p>17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulo VIII).</p><p>ROSA, E. Z.; KAHHALE, E. M. P. Psicologia humanista: uma tentativa de</p><p>sistematização da denominada terceira força da psicologia. In: KAHHALE, E. M. P.</p><p>(org.) A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. 4ª ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 2011. (Capítulo 9).</p><p>AULA 11:</p><p>VI. O Humanismo Americano.</p><p>1. A Psicologia Humanista.</p><p>2. O Movimento da Psicologia Humanista.</p><p>3. A terceira força, em oposição à Psicanálise e ao Behaviorismo.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>BUYS, R. C. A psicologia humanista. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A.</p><p>L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 20).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico.</p><p>17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulo VIII).</p><p>ROSA, E. Z.; KAHHALE, E. M. P. Psicologia humanista: uma tentativa de</p><p>sistematização da denominada terceira força da psicologia. In: KAHHALE, E. M. P.</p><p>(org.) A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. 4ª ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 2011. (Capítulo 9).</p><p>5</p><p>AULAS 12 e 13:</p><p>VII. O Existencialismo Europeu.</p><p>1. A Fenomenologia de Husserl e a Analítica Existencial de Heidegger.</p><p>2. O Existencialismo de Sartre.</p><p>3. A Analítica do Dasein de Heidegger.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>SÁ, R. N. As influências da fenomenologia e do existencialismo na Psicologia. In:</p><p>JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da</p><p>Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.</p><p>(Capítulo 19).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2012. (Capítulos IX, X, XI).</p><p>KAHHALE, E. M. P. Fenomenologia: fundamentos epistemológicos e principais</p><p>conceitos. In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A Diversidade da Psicologia: Uma</p><p>Construção Teórica. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Capítulo 6).</p><p>AULA 14:</p><p>VIII. A Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>1. A Contribuição Marxista: O Materialismo Histórico e Dialético.</p><p>2. Os Primórdios da Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>3. A Concretização da Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>ROSA, E. Z.; ANDRIANI, A. G. P. Psicologia sócio-histórica: uma tentativa de</p><p>sistematização epistemológica e metodológica. In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A</p><p>Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. 4ª ed. São Paulo: Cortez,</p><p>2011. (Capítulo 10).</p><p>Leituras para Aprofundamento:</p><p>FERREIRA, A. A. L. Da psicologia ideológica à psicologia revolucionária: o</p><p>marxismo na psicologia ocidental. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.;</p><p>PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio</p><p>de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 22).</p><p>REY, F. L. G. A psicologia soviética: Vigotsky, Rubinstein e as tendências que a</p><p>caracterizaram até o fim dos anos 1980. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A.</p><p>6</p><p>A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª</p><p>ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 21).</p><p>Meios Digitais:</p><p>Título do episódio: A Psicologia Histórico-Cultural.</p><p>Podcast: Revolushow</p><p>Descrição: Neste episódio do Revolushow, os apresentadores exploram a</p><p>psicologia histórico-cultural, uma abordagem desenvolvida pelo psicólogo russo</p><p>Lev Vygotsky. Eles discutem os conceitos-chave da teoria, como a zona de</p><p>desenvolvimento proximal e a mediação social, e destacam a relevância da</p><p>psicologia histórico-cultural para a compreensão do desenvolvimento humano. O</p><p>episódio apresenta análises e reflexões profundas sobre a interação entre cultura,</p><p>história e psicologia.</p><p>Disponível em Spotify:</p><p>Link: https://open.spotify.com/episode/1k8glqR8IW7wHSiT2yrdpD?si=HY4iKnIqTjmdhH5Z8bbKOg</p><p>AULA 15:</p><p>IX. A Psicologia da Criança.</p><p>1. Claparède e Piaget.</p><p>2. Diálogos entre a Psicologia e a Pedagogia.</p><p>3. A perspectiva genético-funcional na obra de Jean Piaget.</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>CAMPOS, R. H. F. O funcionalismo europeu: Claparède e Piaget em Genebra, e</p><p>as repercussões de suas ideias no Brasil. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A.</p><p>A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª</p><p>ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 15).</p><p>AULA 16:</p><p>X. Psicologia ou Psicologias?</p><p>➢</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2012. (Capítulo XII).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2012. (Capítulo II).</p><p>7</p><p>AULA 17: Avaliação NP2.</p><p>AULA 18:</p><p>Mostra Pedagógica da Avaliação NP2.</p><p>Aplicação da Prova Substitutiva (SUB)</p><p>AULA 19: EXAME.</p><p>AULA 20: Período de Revisão de Notas e Faltas.</p><p>Módulo 1:   A organização das ideias psicológicas em escolas de pensamento.</p><p>Bibliografia Básica</p><p>FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulos I e II).</p><p>Bibliografia Complementar</p><p>FGUEIREDO, L.C.M. A gestação do espaço psicológico no século XIX: Liberalismo, Romantismo e Regime Disciplinar. A invenção do  psicológico. Quatro séculos de subjet</p><p>OBSERVAÇÃO: Não é objetivo da disciplina que o aluno conheça e discrimine as diferentes matrizes de pensamento relacionadas por Figueiredo e sim compreenda que</p><p>ordenação das teorias psicológicas em escolas de pensamento, mas sem falar em acumulação ou progresso do conhecimento psicológico, considerando que as escolas</p><p>Parte 1: A constituição e ocupação do espaço psicológico</p><p>No campo da Psicologia, coexistem diferentes teorias.</p><p>Você verá, ao longo do semestre, que esta convivência nem sempre é  harmoniosa.</p><p>As escolas de pensamento que vamos estudar definem como campo de investigação diferentes objetos, e propõem maneiras diferentes de estudá-los.</p><p>Nesta  disciplina,  permeando</p><p>a  apresentação  dessas  escolas  de  pensamento,  há  a  tese  de  Figueiredo  (199</p><p>independente. Ao longo do semestre, não empreenderemos qualquer tentativa de unificação e síntese e não tentaremos minimizar as diferenças entre as teorias. Na apre</p><p>Atividades:</p><p>1)  Leia  atentamente  os  textos  indicados,  considerando  que,  de  acordo  com  a  proposta  de  Figueiredo,  cada  teoria  psicológica  entende  o</p><p>metodológicos). São exatamente estes pressupostos que serão focalizados na análise que faremos das teorias e sistemas que fazem  parte do programa da disciplina TS</p><p>2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:</p><p>Uma  obra  clássica  sobre  o  desenvolvimento  psicológico  humano,</p><p>assunto, tece o seguinte comentário: “Parece ficar claro que, devido à complexidade do processo de desenvolvimento humano e à jovialidade da ciência psicológica, nenh</p><p>científico. Sim, porque é nossa crença e nossa convicção de que, justamente por estarmos numa época relativamente inicial do estudo  da criança e do adolescente, temo</p><p>O trecho apresenta uma posição a respeito da diversidade teórica e prática da psicologia segundo a qual (assinale a alternativa correta):</p><p>a) As teorias psicológicas são formas de descrever os fenômenos psicológicos tal como eles são, mas, devido à sua complexidade,</p><p>atualmente só podem fazê- parcialmente. Neste sentido, o trecho apresenta a mesma concepção da diversidade teórica da Psicologia</p><p>defendida por Figueiredo.</p><p>b) As teorias psicológicas são formas de descrever os fenômenos psicológicos tal como eles são, mas, devido à sua complexidade,  atualmente só podem fazê- parcialm</p><p>c) Subjacente a cada teoria psicológica há um determinado conjunto de pressupostos a respeito do que é o homem e de como se dá seu desenvolvimento. Neste sentido,</p><p>d) Subjacente a cada teoria psicológica há um determinado conjunto de pressupostos a respeito do que é o homem e de como se dá seu desenvolvimento. Neste sentido,</p><p>e) Seria improdutivo dar continuidade ao processo de produção de conhecimento em psicologia, uma vez que mesmo com pesquisas  adicionais não atingiríamos a comp</p><p>Resposta: A alternativa a ser assinalada é a b. Uma correta interpretação do texto apresentado indicará que a autora supõe que o desenvolvimento humano não pôde aind</p><p>Esta posição difere da assumida por Figueiredo, para quem  a diversidade teórica de nosso campo se deve ao projeto contraditório</p><p>de constituição da Psicologia como ciência independente, sendo, nesse sentido, irrecorrível.</p><p>Exercício 1:</p><p>A Psicologia surgiu como disciplina da filosofia na Grécia antiga, com pensadores como Platão e Aristóteles, mas somente na segunda metade do</p><p>teoria psicológica científica seguiram-se inúmeras outras, algumas radicalmente distintas das primeiras.</p><p>Nesse contexto, é correto afirmar que entre os motivos para a dispersão e para a criação da multiplicidade de teorias psicológicas, se inclui:</p><p>A)</p><p>a dificuldade de propor uma única via de acesso (método) à subjetividade que, por definição, não é algo objetivo, não pode ser estudada nos moldes</p><p>B)</p><p>a impossibilidade de estudar de modo positivista os fenômenos subjetivos que, por definição, não são fenômenos “positivos”.</p><p>C)</p><p>a polêmica entre filosofia e ciência, uma vez que a filosofia nunca abandonou sua pretensão de conhecer a essência da alma humana.</p><p>D)</p><p>a existência de diversos projetos de psicologia, com diferentes métodos de investigação, diferentes objetivos, diferentes concepções de ciência e de</p><p>E)</p><p>a impossibilidade de desenvolver um estudo mais amplo do ser humano por meio de uma única teoria, dada a sua complexidade.</p><p>Exercício 2:</p><p>Na obra Teorias da Personalidade, Friedman e Schustack (2004) afirmam: “Nossa meta neste livro não é colocar teorias complexas em pequenos co</p><p>sobre a personalidade está correta? As pessoas são governadas por traços, hormônios, motivos inconscientes ou nobreza de espírito? Essa perg</p><p>aprendizado das potencialidades e fragilidades de todas as perspectivas. Esta resposta não é uma evasiva nem é uma artimanha. A natureza hu</p><p>perspectivas e investigações científicas é uma estratégia efêmera. É fundamental lembrar que cada uma dessas perspectivas enriquece nossa com</p><p>Hall, 2004, p.9).</p><p>O trecho transcrito acima é coerente com a proposta de Figueiredo (1996, 2002), no que diz respeito à diversidade teórica e prática da psicologia? Po</p><p>I. Não. A proposta de Friedman e Schustack (2004) contraria a de Figueiredo (1996, 2002), na medida em que supõe haver complementaridade entre</p><p>II. Não. A proposta de Friedman e Schustack (2004) contraria a de Figueiredo (1996, 2002), na medida em que sugere que a diversidade de concepçõ</p><p>III. Sim. A proposta de Friedman e Schustack (2004) é semelhante à de Figueiredo (1996, 2002), na medida em que supõe a possibilidade de complem</p><p>IV. Sim. A proposta de Friedman e Schustack (2004) é semelhante à de Figueiredo (1996, 2002), na medida em que sugere que a diversidade de conc</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>III e IV.</p><p>C)</p><p>I e III.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>IV.</p><p>Exercício 3:</p><p>Considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. As teorias psicológicas diferem no modo de definir o objeto de estudo, de estabelecer finalidades para o conhecimento construído e de escolha do</p><p>II. Independentemente da multiplicidade teórica e prática da Psicologia, o fenômeno psicológico permanece o mesmo. Sendo a Psicologia uma ciênc</p><p>III. A multiplicidade teórica e metodológica observada em todas as obras dedicadas a temas específicos, como a aprendizagem e o adoecimento me</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>I e III.</p><p>Exercício 4:</p><p>Por meio dos órgãos dos sentidos, que dão acesso ao mundo, o ser humano é capaz de produzir um conhecimento fiel sobre o mundo e sobre si me</p><p>De acordo com esse texto, que faz referência, entre outras coisas, ao objeto de estudo da Psicologia, podemos afirmar que:</p><p>I. os objetos da Psicologia são fenômenos naturais.</p><p>II. as teorias psicológicas devem explicar os eventos, inserindo-os em uma ordem natural.</p><p>III. os objetos da Psicologia são formas expressivas, a serem compreendidos como obras por meio das quais um sujeito se dá a conhecer.</p><p>IV. o conhecimento psicológico deve ser produzido e validado experimentalmente.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>II, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>I, II e III.</p><p>Exercício 5:</p><p>Segundo Figueiredo (2012), a Psicologia é um espaço de dispersão, pois</p><p>I. As suas linhas de pensamento, ou abordagens, voltam-se para distintos objetivos e elegem distintos métodos de investigação científica.</p><p>II. Embora haja grande diversidade de teorias psicológicas, há um único método de investigação dos fenômenos psicológicos.</p><p>III. Há em seu âmbito grande diversidade de modos de pensar e de abordagens teóricas.</p><p>IV. A diversidade é sua característica fundamental.</p><p>V. O conhecimento psicológico está longe de ser unificado, coerente e integrado.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, III e V.</p><p>B)</p><p>II, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, II, IV e V.</p><p>D)</p><p>III, IV e V.</p><p>E)</p><p>I, III, IV e V.</p><p>Exercício 6:</p><p>Leia atentamente o excerto de artigo apresentado a seguir:</p><p>Há mais de vinte anos estivemos formalmente em contato quase diário com a Psicologia, ouvindo, lendo, refletindo, ensinando, criticando, acredita</p><p>caracteriza e distingue cada andar são as proposições de sua construção, da forma de cada andar. O fato de haver vocábulos comuns a vários di</p><p>psicólogo e sua torre de Babel. Torre de Babel, Londrina, v.1, p. 6-10, 1994. Adaptado.).</p><p>O autor do artigo compara a Psicologia à Torre de Babel, porque é uma ciência:</p><p>I. na qual cada andar representa uma específica abordagem teórica.</p><p>II. constituída de muitos andares e cada andar representa uma etapa de estudo e preparo para se tornar psicólogo.</p><p>III. que, embora haja grande diversidade de objetos de estudo, seu método de estudo é único.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I.</p><p>E)</p><p>I e III.</p><p>Modulo</p><p>2 - Os Behaviorismos.</p><p>II.1 Behaviorismo Metodológico.</p><p>II.2 Behaviorismo Radical.</p><p>II.3 As Abordagens Cognitivo - Comportamentais.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>CARRARA, K.; ZILIO, D. (Orgs) Reflexões históricas e conceituais. Vol 1 . 1ª ed. São Paulo: Editora Paradigma, 2016. (Capítulos 1 e 6)</p><p>CARRARA, K.; ZILIO, D. (Orgs) Reflexões históricas e conceituais. Vol 2 . 1ª ed. São Paulo: Editora Paradigma, 2017.(capítulo 5)</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson Learning, 2011. (Capítulos 10 e 11).</p><p>Parte 1: O Behaviorismo Metodológico de J. B. Watson - o "manifesto behaviorista" e os primórdios de uma ciência do comportamento.</p><p>Apresentação do tema: Nos primeiros anos do século XX, havia nos EUA um ambiente favorável à idéia de que a Psicologia deveria  produzir um conh</p><p>Influenciado pelos modelos científicos  que enfatizavam fortemente a obtenção de dados objetivos sobre seus objetos e a produção de conhecim</p><p>a  se ocupar do comportamento (behavior, em inglês):</p><p>Por que não fazemos daquilo que podemos observar, o corpo de estudo da Psicologia? (Watson, 1913).</p><p>Em substituição ao método introspectivo, Watson  defendia  que a psicologia deveria se limitar a dados objetivos e mensuráveis.Contrariamente ao q</p><p>introspecção, o  comportamento permitia a observação pública e a medição objetiva.</p><p>Privilegiando, assim, a observação consensual (isto é, a observação que pode ser comprovada por pelo menos duas pessoas), Watson estabeleceu</p><p>Seguindo a visão mecanicista da época, derivada da física newtoniana, segundo a qual todo fenômeno tem uma causa, e se negando a estudar a me</p><p>Para  Watson,  o  comportamento  era  produto  da  ação  de  variáveis  externas  antecedentes.  Certos  estímulos  eliciariam  respost</p><p>sobre estas estruturas reflexas hereditárias. A resposta condicionada era vista como a menor unidade do comportamento,  a partir da qual cadeias c</p><p>Esquematicamente, podemos grafar o  modelo compreensivo de Watson como E à R (ou  S à R, um estímulo (stimulus), eliciando uma resposta (resp</p><p>O Behaviorismo de Watson veio a ser conhecido como Behaviorismo Metodológico pela ênfase dada às definições objetiva  aos  procedimentos de m</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados. A partir deles e de outras fontes, de sua escolha,                               posicionando-se  criticament</p><p>2) Consulte via internet ou pelos meios convencionais em que consiste o chamado “Manifesto Behaviorista”.</p><p>3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos  textos, na tentativ</p><p>4) A titulo de exemplo, faça o exercício abaixo:</p><p>Considera-se que a psicologia científica começa quando Wundt, em 1879, monta o primeiro laboratório de psicologia,</p><p>em Leipzig, na Alemanha. Wundt concebia a psicologia como uma ciência intermediária, localizada entre as ciências</p><p>naturais e as ciências da cultura. Desenvolveu, assim, um duplo projeto: uma psicologia experimental fisiológica, que se</p><p>propunha a estudar a experiência imediata dos sujeitos seguindo os cânones adotados pelas demais ciências: uma</p><p>psicologia experimental da consciência; e uma psicologia social ou “dos povos”, dedicada ao estudo dos processos superiores da vida mental (pensa</p><p>Método  herdado  da  filosofia,  a  introspecção  consiste  na  observação  e  registro  das  percepções,  pensamentos  e   sentimentos</p><p>-1958) propõe um novo projeto para a psicologia. Do ponto de vista do método de investigação, em que diferem as duas propostas?</p><p>A. No que se refere ao método de investigação, não há divergências, na medida em que tanto a auto-observação, quanto a observação consensual são técnicas</p><p>B. As propostas diferem no que diz respeito ao objeto de estudo: experiência imediata para Wundt, e comportamento para Watson. Quanto ao método, porém,</p><p>C. A divergência metodológica está no fato de Wundt treinar os sujeitos em auto-observação enquanto Watson treinava os experimentadores.</p><p>D. A divergência metodológica está na insistência de Watson de considerar como válida apenas a observação feita, no mínimo, dois observadores independent</p><p>E. A diferença está na ênfase na precisão das medidas: Watson era rigoroso em seus critérios de medição, enquanto Wundt considerava suficiente o relato da</p><p>R: Se voce compreendeu corretamente a proposta de Watson, assinalou a alternativa D. Watson questionado o</p><p>projeto de psicologia wundtiana tanto em relação ao seu objeto quanto em relação ao método. Para garantir a fidedignidade da</p><p>observação do objeto a ser investigado, o dado deveria ser constatado por pelo menos dois observadores independentes.</p><p>Parte 2: Behaviorismo Radical de B. F. Skinner. Uma abordagem funcional do comportamento: o conceito de operante.</p><p>Apresentação do tema:</p><p>Seguindo a tradição behaviorista, B. F. Skinner (1904 - 1990), não obstante, introduz inovações fundamentais no projeto científico de Watson. Embora reconhecess</p><p>proposto por seu predecessor (S -- >R), Skinner salientava que esta classe de comportamentos, que denominou comportamentos respondentes,</p><p>somente englobava uma parte muito limitada desse repertório.</p><p>Para Skinner, a maior parte dos comportamentos humanos não estavam sujeitos a este tipo de controle primário, não sendo possível encontrar, no meio ambiente</p><p>Estes limites levaram-no, em 1937, à conceituação de uma nova classe de comportamentos, os operantes.</p><p>A denominação “operante” se aplica àqueles comportamentos que operam sobre o ambiente (ou seja, produzem algum efeito sobre o ambiente).</p><p>Para Skinner, são justamente estes efeitos da ação humana que, retroagindo sobre o comportamento, alteram a probabilidade de sua ocorrência</p><p>futura. Em outras palavras, algumas consequências ambientais de um dado comportamento atual tornam maior ou menor a probabilidade de</p><p>ocorrência deste mesmo comportamento no futuro. Observando um organismo, é possível identificar que, quando algumas circunstâncias seguem</p><p>uma dada “resposta” comportamental, há um aumento na frequência de ocorrência desta mesma resposta.</p><p>Chamamos estas conseqüências de reforçadores. Em outros casos, uma dada consequência reduz a frequência de um dado comportamento.</p><p>Chamados  esta ocorrência de “estímulo” aversivo.</p><p>Em sua análise funcional, Skinner, além das variáveis que seguem um dado comportamento, também considera</p><p>as condições ambientais que antecedem o comportamento. Na proposta de Skinner, por ele denominada Behaviorismo Radical, as condições</p><p>vigentes na ocasião em que um dado comportamento ocorre adquirem conexões com este determinado comportamento. Esta conexão estímulo-resposta é, no en</p><p>Aqui, o estímulo não elicia (produz) a resposta, mas tão somente assinala a ocasião em que a resposta foi seguida de reforçamento no passado. Desta forma, em</p><p>antecedente de SD (estímulo discriminativo) e podemos esquematicamente grafar a relação funcional estabelecida do seguinte modo: SD > R > SR (um estímulo d</p><p>Skinner  adota  a  concepção  evolucionista  de  Darwin,  segundo  a  qual  determinadas  características  das  espécies  de  seres  vivos</p><p>Skinner propõe a seleção de comportamentos por suas conseqüências: alguns comportamentos ocorrem aleatoriamente e são selecionados os mais aptos à sob</p><p>Esta seleção por conseqüências deve ser considerada em três níveis:</p><p>1. nivel filogenético, estão as características da espécie, de natureza genética, com seus padrões</p><p>comportamentais típicos.</p><p>2. Nível ontogenético, por meio  da modelagem e da imitação, os membros da espécie vem a desenvolver um repertório comportamental aprendido ao longo d</p><p>3. no caso da espécie humana, nívelcultural, que depende da participação de outros elementos do grupo no qual o indivíduo se insere. Assim, para entender o c</p><p>Temos, então, aqui delineada a forma pela qual Skinner concebe o ser humano.</p><p>De acordo com suas próprias</p><p>palavras: “Numa análise comportamental, uma pessoa é um organismo, um membro da espécie humana que adquiriu um repertório</p><p>idêntico) possui sua dotação genética e, sem exceção, ninguém mais tem sua história pessoal. Daí se segue que ninguém mais se comportará precisamente da m</p><p>(B. F. Skinner, Sobre o Behaviorismo, São Paulo, Cultrix/Ed USP, 1982, p. 145)</p><p>Parte 3: As Abordagens Cognitivo - Comportamentais: o desafio cognitivo</p><p>Apesar deste posicionamento mantido por Skinner, a partir do final da década de 60, começou a surgir nos EUA um</p><p>novo desdobramento do projeto inicial Behaviorista, especialmente dentro da área clínica de atuação. Os adeptos deste movimento entendiam que o modelo não m</p><p>variáveis internas na determinação dos</p><p>comportamentos) era insuficiente para explicar todos os aspectos da atividade humana, especialmente o</p><p>comportamento humano complexo –  os processos de formação de crenças, a ação empreendida visando um</p><p>objetivo. Na tentativa de lidar com o comportamento humano complexo, Bandura (1969) conceituou a aprendizagem</p><p>vicariante que ocorre quando o aprendiz apenas observa um modelo atuar e ser reforçado ou punido, por exemplo, ou a aprendizagem de regras comportamentais</p><p>que parece ocorrer quando o sujeito se comporta com relativa originalidade em situações novas, a partir da</p><p>observação de um “estilo” de comportamento de um modelo.</p><p>Estas são situações nas quais faz sentido falar em cognição, expectativas e processamento de informação como fatores determinantes do comportamento.</p><p>Outra área cujo estudo contribuiu para a expansão do cognitivismo entre os behavioristas foi a do autocontrole (Mahoney, 1974), que focalizava o controle voluntá</p><p>Além disso, Ellis (1974) e Beck (1979) desenvolveram técnicas de modificação do comportamento cognitivo baseadas em princípios comportamentais. As mesma</p><p>incorporadas como respostas encobertas capazes de representar simbolicamente, para o sujeito, estímulos ausentes.</p><p>Assim, uma facção da clinica comportamental passou a se deslocar  na direção de um "neomentalismo", abrindo a</p><p>“caixa preta” conceituada por Watson, em cujo paradigma era negado qualquer valor causal a variáveis organísmicas.</p><p>O modelo cognitivista postula que entre a estimulação ambiental e a resposta comportamental do indivíduo</p><p>ocorre a intermediação da atividade do pensamento, que atribui significados aos eventos do mundo externo.</p><p>Entende-se aqui que o modo como um indivíduo estrutura as suas experiências – seus padrões de pensamento,</p><p>formados nos primeiros anos de vida, como resultado de aprendizagens relacionadas</p><p>à inserção da criança em um dado grupo social – determina em grande parte o modo como ele sente e se comporta.</p><p>Dentro desta concepção, determinados padrões cognitivos podem ser desadaptativos, na medida em que não correspondam aos dados da realidade. Uma atuaçã</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados. A partir deles e de outras fontes, de sua escolha, elabore um quadro comparativo</p><p>dos modelos propostos por Watson e Skinner, com relação aos seguintes aspectos: concepção de mente;</p><p>objeto de estudo; método; compreensão da determinação dos comportamentos humanos; noção de causalidade;</p><p>posicionamento frente a continuidade evolutiva animais inferiores-homem; influências positivistas.</p><p>2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de exame dos textos, na tentativa de saná-las. Ca</p><p>3) Realize este exemplo de exercício.</p><p>Quanto ao Behaviorismo Radical, afirma-se:</p><p>I) Difere do Behaviorismo Metodológico, porque, além dos comportamentos respondentes (reflexos condicionados e incondicionados), inclui e enfatiza os operant</p><p>II) Embora se caracterize como um behaviorismo, a proposta de Skinner aceita estudar os eventos privados através</p><p>do método introspectivo.</p><p>III) Entende que o repertório comportamental humano é fruto da aprendizagem que se desenvolve a partir de</p><p>reforços que o ambiente lhe proporciona, especialmente os reforços positivos.</p><p>Responda: está correto o que se afirma em:</p><p>a) I</p><p>b) II</p><p>c) III</p><p>d) I e II</p><p>e) I e III</p><p>R: D. As afiirmações I e II apresentam adequadamente o pensamento de Skinner. A III, porém, é falsa: Skinner considera que o comportamento humano é produto d</p><p>Exercício 1:</p><p>Pode-se dizer que o Behaviorismo Metodológico proposto por Watson adota os pressupostos do Positivismo, o que o leva a afirmar que:</p><p>A)</p><p>O comportamento humano é fruto de uma aprendizagem desenvolvida por meio de reforços proporcionados pelo ambiente, especialmente reforços</p><p>B)</p><p>O comportamento humano é fruto de evolução e seleção natural ocorridas durante o desenvolvimento da espécie e o desenvolvimento de cada indiv</p><p>C)</p><p>O conhecimento científico é fruto de consenso entre os seres humanos, isto é, um conhecimento somente pode ser considerado científico se puder s</p><p>D)</p><p>A ciência do comportamento humano deve ser construída exclusivamente com base em fenômenos de natureza ambiental, biológica e social.</p><p>E)</p><p>O comportamento humano pode ser modificado para se tornar mais adaptativo.</p><p>Exercício 2:</p><p>Mario é um professor de inglês de 28 anos, permanentemente preocupado com a ideia de que seu cérebro está sendo danificado pelo uso. Passa ho</p><p>A respeito desse caso hipotético e apoiado nos pressupostos do behaviorismo radical, se pode afirmar que em uma terapia behaviorista radical:</p><p>I. Os pensamentos obsessivos do cliente são considerados o foco do trabalho, uma vez que, segundo essa abordagem teórica, o comportamento é i</p><p>II. O terapeuta procuraria investigar, detalhadamente, as contingências ambientais do paciente porque, segundo essa abordagem teórica, o comporta</p><p>III. O terapeuta atua diretamente no ambiente do paciente, promovendo alterações, uma vez que nessa abordagem é aceitável o uso de técnicas de c</p><p>IV. O relato do paciente não é aceito dada a impossibilidade de observação de seus pensamentos.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>I e IV.</p><p>C)</p><p>II e IV.</p><p>D)</p><p>III e IV.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 3:</p><p>O objeto de estudo da Análise do Comportamento de Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) é o comportamento dos organismos.</p><p>Segundo essa abordagem, a explicação do comportamento demanda principalmente do conhecimento:</p><p>A)</p><p>do histórico de interações do organismo com o ambiente ao longo de sua ontogênese.</p><p>B)</p><p>dos processos fisiológicos subjacentes às respostas do organismo.</p><p>C)</p><p>dos processos internos determinantes da relação organismo-ambiente.</p><p>D)</p><p>das relações de dependência estabelecidas entre a ação de glândulas e os eventos ambientais.</p><p>E)</p><p>das interações entre filogênese, ontogênese e evolução cultural.</p><p>Exercício 4:</p><p>Considerando as propostas de Watson e de Wundt, constatamos que:</p><p>I. tanto em Wundt quanto em Watson, o comportamento humano é determinado exclusivamente por fatores ambientais, como fica evidente na tentat</p><p>II. em Wundt, o estabelecimento na consciência como objeto reflete uma concepção do ser humano como agente ativo, estruturador da própria expe</p><p>III. em Watson, o ser humano não se observa: apenas se comporta em resposta a uma estimulação, ou seja, ele é considerado uma máquina, que rea</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>I e II.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 5:</p><p>Considere os métodos listados a seguir:</p><p>I. uso de testes.</p><p>II. observação consensual.</p><p>III. introspecção.</p><p>IV. relato verbal em situações passíveis de verificação.</p><p>Assinale a alternativa que reúne corretamente os métodos utilizados pelo Behaviorismo de Watson:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>I e II.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 6:</p><p>Ao afirmar que para os comportamentalistas a Psicologia é um ramo objetivo e experimental da ciência natural, Watson está dizendo que:</p><p>I. nossa ciência tem por objetivos a previsão e o controle do comportamento.</p><p>II. a Psicologia é a ciência dos fenômenos da consciência.</p><p>III. a introspecção não faz parte dos métodos de investigação</p><p>psicológica.</p><p>IV. seus métodos incluem observação e experimentação.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, II e III.</p><p>B)</p><p>I, III e IV.</p><p>C)</p><p>III e IV.</p><p>D)</p><p>I e IV.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 7:</p><p>Quanto ao Behaviorismo Metodológico, é possível afirmar que</p><p>I. Watson, seu criador, rejeitou a consciência como objeto de estudo da Psicologia, limitando-a ao estudo de comportamentos cujas causas ambienta</p><p>II. Watson privilegiou a ação de eventos privados na aquisição de hábitos adaptativos.</p><p>III. o projeto de psicologia proposto por Watson foi chamado Behaviorismo Metodológico, por enfatizar os procedimentos de medida, as definições p</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>I e II.</p><p>C)</p><p>I e III.</p><p>D)</p><p>II e III.</p><p>E)</p><p>III.</p><p>Exercício 8:</p><p>A Psicologia Comportamental de Watson adota uma concepção de homem ambientalista e afirma que o ser humano é um organismo como outro qu</p><p>Com base nisso, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Watson considera que as emoções, por envolverem um padrão particular de mudanças no mecanismo geral do organismo, podem ser entendidas c</p><p>II. Evitando conceitos mentalistas, Watson afirma que todos os aspectos do comportamento que poderiam parecer instintivos são, na realidade, resp</p><p>III. Segundo o comportamentalismo de Watson, a aprendizagem é a chave para a compreensão do desenvolvimento do comportamento humano. De</p><p>É condizente com a teoria de Watson somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II e III.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>II.</p><p>E)</p><p>I e II.</p><p>Exercício 9:</p><p>O Behaviorismo Radical:</p><p>I. conceitua a classe operante de comportamentos, definindo-os como comportamentos voluntários, que mantêm relações funcionais com estímulos</p><p>II. entende o comportamento como produto de contingências estabelecidas nos níveis filogenético, ontogenético e cultural.</p><p>III. considera que os comportamentos não são influenciados por suas consequências. Um organismo, ao se comportar, produz modificações no amb</p><p>IV. rejeita o método introspectivo como recurso de acesso a comportamentos privados.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>I, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>II, III e IV.</p><p>Exercício 10:</p><p>De acordo com Skinner, é possível afirmar que:</p><p>I o behaviorismo tem por princípio básico o fato de as pessoas se comportarem de modo a produzirem reforço e que as diferenças individuais de co</p><p>II uma adequada análise do comportamento social demanda que sejam consideradas as interações entre aspectos do ambiente que afetam o comp</p><p>III não sendo a maioria dos comportamentos sociais uniformemente recompensados em todos os contextos, os indivíduos aprendem a identificar os</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>I e III.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>II e III.</p><p>E)</p><p>I e II.</p><p>Exercício 11:</p><p>Tomando por base as três tendências do Behaviorismo, considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. O Behaviorismo Cognitivo considera a relação entre o ambiente externo e o indivíduo, verifica o modo como o meio externo desencadeia no indivíd</p><p>II. O Behaviorismo Metodológico pressupõe que há uma mediação entre o ambiente e o comportamento dos indivíduos, e que essa mediação consis</p><p>III. O Behaviorismo Metodológico de Watson enfatiza procedimentos de medida do comportamento em sua relação com o ambiente. Esse Behavioris</p><p>IV. O Behaviorismo Cognitivo amplia a noção de comportamento ao considerar as relações do organismo com o ambiente, expressas pela tríplice co</p><p>V. O Behaviorismo Radical de Skinner amplia a noção de ambiente ao considerar que o meio externo em que se encontra o indivíduo determina e con</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, III e V.</p><p>B)</p><p>I, III e IV.</p><p>C)</p><p>II, III e V.</p><p>D)</p><p>I, IV e V.</p><p>E)</p><p>I, II, IV e V.</p><p>Exercício 12:</p><p>Ao formular seu Behaviorismo Radical, Skinner dava a conhecer suas influências filosóficas. Este fato fica evidente ao constatarmos que:</p><p>I. o autor inicia sua obra tomando por modelo as ciências físicas e os desafios por elas enfrentados.</p><p>II. desenvolveu sua teoria a partir do modelo das ciências biológicas, mais especificamente, da teoria da evolução por seleção natural.</p><p>III. sua concepção de Física, diferentemente da adotada por Watson, estava baseada na noção de causalidade mecânica, segundo a qual, para comp</p><p>IV. a principal contribuição de Darwin para os trabalhos de Skinner foi a formulação de uma nova causalidade, apoiada no modelo de seleção por con</p><p>V. as influências da Física sobre o trabalho de Skinner se refletem em sua preocupação com a descrição de relações funcionais. Segundo essa conce</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>I, II, IV e V.</p><p>C)</p><p>II e IV.</p><p>D)</p><p>I e V.</p><p>E)</p><p>III.</p><p>Exercício 13:</p><p>Leia atentamente as afirmativas a seguir:</p><p>I. Watson não aceitava que o estudo das cognições fosse competência da Psicologia. Entendia que, para ser reconhecidamente uma ciência, a Psico</p><p>II. Para Watson, aquilo que não pudesse ser objeto de observação consensual, ou seja, tudo que não fosse observável por pelo menos duas pessoas</p><p>III. No Behaviorismo Radical de Skinner, o ser humano se comporta com o objetivo de obter as ocorrências que sucedem seu comportamento. Em ou</p><p>IV. Skinner aceitava estudar todos os fenômenos comportamentais. Na sua concepção de comportamento estavam incluídos tanto os eventos exter</p><p>V. O Behaviorismo Cognitivo parte da premissa de que processos internos de cognição exercem mediação entre os estímulos do ambiente e a emiss</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, II e III</p><p>B)</p><p>III, IV e V.</p><p>C)</p><p>I, II, IV e V.</p><p>D)</p><p>IV e V.</p><p>E)</p><p>I, III e V.</p><p>Modulo 3: O Funcionalismo Europeu.</p><p>3.1 A Psicologia da Gestalt.</p><p>3.2 Lewin e a Teoria de Campo.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- SCHULTZ, D. P. & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson</p><p>Learning, 2011. (Capítulo 12).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012.</p><p>(Capítulo VI).</p><p>- GOODWIN, C. J. A Psicologia da Gestalt. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix,</p><p>2005. (Capítulo 9).</p><p>- MORAES, M. O gestaltismo e o retorno à experiência psicológica. In: JACÓ-VILELA, A. M.;</p><p>FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 18).</p><p>Apresentação do tema.</p><p>- Como a maioria dos revolucionários intelectuais, os líderes da GESTALT exigiram completa</p><p>revisão da antiga ordem, ou seja da Psicologia Experimental de Wundt.</p><p>Independentemente do movimento Behaviorista que ocorria nos EUA, a Alemanha foi palco de</p><p>uma nova proposta, surgida em oposição à Psicologia Experimental de Wundt. Em lugar de se</p><p>recusar a estudar a experiência subjetiva como no caso do Behaviorismo Metodológico, ou se</p><p>recusar em reconhecer qualquer valor causal em sua existência como no caso do</p><p>Behaviorismo Radical, os fundadores da Psicologia da Gestalt – Wertheimer (1880 – 1943),</p><p>Koffka (1886 – 1941) e Köhler (1887 – 1967) – procuravam compreendê-la e explicá-la,</p><p>utilizando o método fenomenológico.</p><p>A crítica dos gestaltistas se dirigia ao caráter elementarista da Psicologia Experimental de</p><p>Wundt, entendendo que não seria possível atingir a compreensão da mente ou do</p><p>comportamento pela identificação dos elementos básicos da experiência consciente. Para</p><p>eles,  seria necessário considerar que a experiência não se dá pela soma ou associação de</p><p>elementos perceptivos, mas sim pela combinação dos diferentes elementos em uma nova</p><p>configuração – em uma gestalt.</p><p>Grande parte das pesquisas desenvolvidas por esta escola de pensamento focalizou a</p><p>organização perceptual, estabelecendo seus princípios – isto é, as regras fundamentais a</p><p>partir das quais organizamos o mundo.</p><p>CONSTÂNCIA PERCEPTUAL: qualidade de integridade ou plenitude da experiência perceptual,</p><p>que não se altera mesmo com a mudança dos elementos sensoriais. A percepção não pode</p><p>ser explicada simplesmente como um conjunto de elementos ou a soma das partes. A</p><p>percepção é um todo, uma GESTALT, e qualquer tentativa de analisá-la ou reduzi-la</p><p>em</p><p>elementos a destruirá.</p><p>WERTHEIMER apresentou os princípios de organização perceptual da Psicologia da GESTALT</p><p>em um artigo publicado em 1923. Ele alegava que percebemos os objetos do mesmo modo</p><p>que observamos o movimento aparente, como unidades completas e não como</p><p>agrupamentos de sensações individuais. Esses princípios da Gestalt seriam as regras</p><p>fundamentais por meio das quais organizamos nosso universo perceptual.</p><p>Em resultado destes estudos, tornou-se evidente que há uma distinção entre a realidade física</p><p>e a realidade perceptiva, idéia que originará férteis desdobramentos na Psicologia. Um deles é</p><p>a teoria de campo de Lewin.</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados.</p><p>2) A partir dos textos indicados  e de outras fontes, pesquise em que consiste a Teoria de</p><p>Campo de Kurt Lewin, caracterizando-o como uma expansão da Teoria da Gestalt.</p><p>3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas</p><p>dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las.  Caso elas</p><p>persistam, apresente-as  ao professor, nas aulas presenciais.</p><p>4) Faça o exercício abaixo:</p><p>Analise as afirmações abaixo sobre a Psicologia Experimental de Wundt e a Psicologia  da</p><p>Gestalt  e assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas:</p><p>I. A Gestalt afirma, em contraposição à proposta de Wundt, que a totalidade não pode</p><p>compreendida pelo estudo de seus elementos individuais.</p><p>II. A Gestalt dedicou-se principalmente ao estudo da percepção, procurando encontrar suas</p><p>leis. Estas leis vieram a evidenciar que nossa percepção é uma cópia perfeita da realidade,</p><p>corroborando a proposta estruturalista.</p><p>III. A Gestalt compreendia que não seria produtivo para a Psicologia estudar os elementos da</p><p>consciência, uma vez que entendia que o todo é mais do que a simples associação desses</p><p>elementos.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o resultado de sua análise:</p><p>a) I - V; II - V; III - F.</p><p>b) I - V; II - F; III - V.</p><p>c) I - F; II - V; III - V.</p><p>d) I - V; II - F; III - F.</p><p>e) I - F; II - V; III - F.</p><p>R: A alternativa correta é a b. As afirmações I e III apresentam adequadamente o principal</p><p>principio da Psicologia da Gestalt - que a totalidade é mais que a soma de seus elementos.</p><p>Neste sentido, a Gestalt defende que percebemos configurações e não elementos.</p><p>- O projeto da Gestalt: procurar compreender e explicar a experiência subjetiva</p><p>- Desafios: melodia tocada em diferentes tons; semelhança entre figuras; Wertheimer e o</p><p>fenômeno phi: ilusão visual de movimento de um determinado objeto estacionário se este for</p><p>mostrado em uma sucessão rápida de imagens (como no cinema).</p><p>- Principais nomes: Wertheimer (1880 – 1943), Koffka (1886 -1941) e Kohler (1887 -1967), na</p><p>Universidade de Frankfurt</p><p>- Procedimento para captação da experiência tal como de dava ao sujeito: método</p><p>fenomenológico = descrição ingênua dos fenômenos tal como aparecem à consciência, antes</p><p>de qualquer reflexão, conhecimento ou tentativa de análise.</p><p>- Principais conceitos:</p><p>1.      Caráter estrutural dos fenômenos da experiência: todos os fenômenos da percepção, da</p><p>memória, da solução de problemas, da afetividade etc. eram vividos pelos sujeitos sob a</p><p>forma de gestalts (relações entre as partes em que o todo é mais que a soma dos elementos).</p><p>2.      Figura-fundo: o sentido da experiência de dá pela diferenciação entre figura e fundo; se</p><p>não houver heterogeneidade entre figura e fundo não há conhecimento; figura e fundo só têm</p><p>sentido um em relação a outro (as partes se exigem mutuamente numa dinâmica funcional)</p><p>3.      Lei da boa forma: uma estrutura dada possui a tendência de se apresentar de forma</p><p>completa (gestalt): princípios da proximidade, continuidade,  semelhança,  fechamento.</p><p>Proximidade: partes próximas no tempo e no espaço aparecem unidas e tendem a ser</p><p>percebidas juntas (três colunas).</p><p>Continuidade: tendência a perceber de forma que os elementos pareçam fluir em uma direção</p><p>(de cima para baixo).</p><p>Semelhança: as partes similares tendem a ser vistas juntas, formando um grupo (linhas de</p><p>círculos e de pontos)</p><p>Fechamento: tendência a completar figuras.</p><p>- Isomorfismo: correspondência entre a experiência consciente ou psicológica e os processos</p><p>cerebrais subjacentes;</p><p>- Aprendizagem por insight e não por tentativa e erro</p><p>Exercício 1:</p><p>Os articuladores da Psicologia da Gestalt se preocuparam em construir uma teoria</p><p>consistente por meio de um método bem fundamentado.   A respeito dessa vertente da</p><p>Psicologia, é correto afirmar que:</p><p>I. enquanto boa parte dos estudiosos, especialmente nos Estados Unidos, procurava estudar</p><p>o fenômeno psicológico inserido em uma ordem natural, privilegiando os aspectos</p><p>observáveis e mensuráveis da atividade humana, os gestaltistas iniciaram estudos</p><p>psicofísicos, relacionando forma e percepção, e estabelecendo as bases para uma teoria</p><p>eminentemente psicológica, em contraposição às teorias de tendência biologizante.</p><p>II. uma das preocupações dos gestaltistas era a de compreender os fenômenos ocorridos na</p><p>ilusão de ótica, circunstância na qual um estímulo físico é percebido pelo sujeito de modo</p><p>diferente do que ele é na realidade.</p><p>III. outra área de interesse da Psicologia da Gestalt era a de identificação dos elementos</p><p>mínimos envolvidos no processo perceptivo.</p><p>IV. os experimentos realizados na área da percepção pelos gestaltistas produziram evidências</p><p>que se contrapõem a um princípio do behaviorismo: o de que há uma relação de causa e</p><p>efeito entre o estímulo e a resposta comportamental. Os gestaltistas entendiam que a</p><p>investigação de “o que” e “como” os indivíduos percebem seria fundamental para a</p><p>compreensão do comportamento humano.</p><p>Nesse contexto, assinale a alternativa que indica somente as afirmações corretas:</p><p>A)</p><p>I e IV.</p><p>B)</p><p>I, II e III.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>I, III e IV.</p><p>E)</p><p>II, III e IV.</p><p>Exercício 2:</p><p>Leia atentamente o texto abaixo:</p><p>Certamente o chimpanzé não se caracteriza por movimentos fortuitos quando colocado em</p><p>situação experimental. [...] Enquanto seus esforços se voltarem para o objetivo, todos os</p><p>estágios perceptíveis do seu comportamento (do mesmo modo que os dos seres humanos</p><p>em situações semelhantes) tenderão a tomar a forma de tentativas de solução, nenhuma das</p><p>quais parecida com o produto de ações empreendidas acidentalmente. Isso se aplica, mais</p><p>que tudo, à solução finalmente bem-sucedida. Sem dúvida, essa solução geralmente sucede</p><p>um período de perplexidade ou imobilidade (muitas vezes, um período de inspeção); porém,</p><p>nos casos reais e convincentes, a solução nunca se apresenta em meio a desordem de</p><p>impulsos cegos. Ela provém de uma ação contínua e uniforme, que pode ser reduzida a suas</p><p>partes apenas pela imaginação do observador.  (GOODWIN, C.J. História da Psicologia Moderna.</p><p>São Paulo: Cultrix, 2005.)</p><p>As ideias contidas nesse texto foram enunciadas:</p><p>A)</p><p>pelo  Behaviorismo Radical  de Skinner, segundo o qual o organismo é capaz de selecionar</p><p>entre as consequências possíveis de seu comportamento.</p><p>B)</p><p>pela Gestalt, que critica a psicologia experimental proposta por Wundt.</p><p>C)</p><p>pelo Evolucionismo de Darwin, para quem os primatas representam a ancestralidade genética</p><p>do homem.</p><p>D)</p><p>pelo Funcionalismo de William James, que buscava compreender as possibilidades de</p><p>testagem psicológica.</p><p>E)</p><p>pelo Behaviorismo Metodológico de Watson, que tinha o reflexo condicionado como unidade</p><p>básica do comportamento.</p><p>Exercício 3:</p><p>Leia atentamente o texto abaixo:</p><p>No final do século XIX teve iniciou na psicologia um movimento centrado na tese de que o</p><p>estudo da experiência deveria incidir sobre algo mais do que as sensações. (…) Tomemos, por</p><p>exemplo, uma melodia (A). Podemos transpô-la para outro tom, formando uma melodia (B).</p><p>Nessa transposição de (A) para (B), todas as notas se alteram. No entanto, somos</p><p>perfeitamente capazes de perceber a semelhança entre (A) e (B). Ora, se todos os elementos</p><p>variam quando fazemos a transposição da melodia, por que somos capazes de reconhecer a</p><p>semelhança entre (A) e (B)? (…) Por que somos capazes</p><p>de reconhecer a identidade da</p><p>música mesmo quando alteramos o tom no qual ela é executada? (MORAES, M. O gestaltismo e</p><p>o retorno à experiência psicológica. In: JACÓ-VILELA, A.M.; FERREIRA, A.A.L.; PORTUGAL, F.T. (ORGS.).</p><p>História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau, 2007, p. 303).</p><p>Com base nessa leitura, considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. Na transposição de (A) para (B), somos capazes de reconhecer a semelhança entre as</p><p>melodias porque percebemos as relações entre os elementos, e não os elementos</p><p>isoladamente.</p><p>II. A noção de “qualidade estrutural”, que permite o reconhecimento da mesma melodia em</p><p>diferentes tons, como no exemplo, marca a crítica da Psicologia da Gestalt às teorias</p><p>psicológicas que circunscreve o estudo da experiência ao exame das sensações.</p><p>III. A psicologia da Gestalt parte da tese de que a experiência psicológica – seja ela mnêmica</p><p>ou perceptiva – deve ser analisada a partir de sua relação com o mundo físico, definido de um</p><p>ponto de vista mecanicista, de modo mediado pelas sensações.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>III.</p><p>C)</p><p>II e III.</p><p>D)</p><p>I.</p><p>E)</p><p>I e III.</p><p>Exercício 4:</p><p>Em relação às descobertas da teoria da Gestalt, desenvolvida na Alemanha no início do</p><p>século XX, analise as afirmativas a seguir.</p><p>A Gestalt afirma que:</p><p>I. o movimento aparente de um objeto, como por exemplo a impressão de que um carro está</p><p>se movendo quando ele está parado, pode ser explicado pelas leis naturais que regulam a</p><p>percepção.</p><p>II.  muitas vezes a totalidade não é compreendida pelo estudo de seus elementos individuais,</p><p>como propõe Wundt, porque os elementos podem mudar e a totalidade permanecer</p><p>reconhecível, como no caso de uma música tocada em diferentes tons.</p><p>III. a percepção, por obedecer às leis naturais, sempre corresponde fielmente ao que há na</p><p>realidade.</p><p>IV. a dedicação ao estudo da percepção tem por finalidade encontrar suas leis.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e IV.</p><p>B)</p><p>II, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e IV</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>II e IV.</p><p>Exercício 5:</p><p>Em relação à Psicologia da Gestalt, considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. A Psicologia da Gestalt ressalta a existência de qualidades das percepções, que são</p><p>produtos mentais, elementos resultantes da ação de processos mentais sobre os conteúdos</p><p>sensoriais, em operações cognitivas complexas.</p><p>II. Nessa escola (Gestalt), é possível ressaltar que há uma concepção de consciência que,</p><p>embora ainda afirme seu valor enquanto objeto de estudo, propõe compreendê-la de maneira</p><p>diferente daquela apresentada por Wundt em seus estudos.</p><p>III. Os princípios de organização para a Psicologia da Gestalt, não dependem de processos</p><p>mentais superiores, nem de experiências passadas: eles estão presentes nos próprios</p><p>estímulos.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>I e III.</p><p>C)</p><p>II.</p><p>D)</p><p>III.</p><p>E)</p><p>I, II e III.</p><p>Exercício 6:</p><p>A Psicologia da Gestalt causou rebuliço no meio acadêmico, principalmente na Alemanha, por</p><p>se contrapor aos conceitos da psicologia dominante na época, a saber, o estruturalismo,</p><p>derivado dos estudos de Wundt. Para os ____________, a percepção de um estímulo resulta da</p><p>soma de suas partes. Em contrapartida, para os ______________, a percepção de um estímulo é</p><p>mais do que a soma das sensações produzidas por ele: é uma unidade completa em si</p><p>mesma, e não um agrupamento de sensações individuais.</p><p>Assinale a alternativa cujos termos preenchem adequadamente as lacunas do texto acima:</p><p>A)</p><p>gestaltistas / estruturalistas.</p><p>B)</p><p>funcionalistas / gestaltistas.</p><p>C)</p><p>estruturalistas / gestaltistas.</p><p>D)</p><p>estruturalistas / funcionalistas.</p><p>E)</p><p>behavioristas / gestaltistas.</p><p>Exercício 7:</p><p>Analise as afirmações abaixo segundo a teoria de campo:</p><p>I. obedece a orientação da Psicologia da Gestalt, mas a extrapola ao incluir conceitos mais</p><p>aplicados ao cotidiano e à motivação humana, tais como, necessidades, constituição da</p><p>personalidade e influências sociais no comportamento.</p><p>II. teve como teórico mais expressivo Kurt Lewin, discípulo de Kohler, um dos principais</p><p>estudiosos da Psicologia da Gestalt.</p><p>III. é diretamente relacionada ao conceito de espaço vital, modo pelo qual as pessoas</p><p>interpretam as próprias necessidades e interações sociais.</p><p>IV. foi representada por um modelo matemático, no qual os vetores simulam a direção do</p><p>indivíduo que busca atingir uma meta e satisfazer uma necessidade.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, II e IV.</p><p>B)</p><p>II e IV.</p><p>C)</p><p>I.</p><p>D)</p><p>I, II e III.</p><p>E)</p><p>I e III.</p><p>Exercício 8:</p><p>A Psicologia da Gestalt causou rebuliço no meio acadêmico, principalmente na Alemanha, por</p><p>se contrapor aos conceitos da Psicologia dominante na época, cujo teórico mais expressivo e</p><p>influente era Wundt. Na ocasião do surgimento da Psicologia da Gestalt, pode-se afirmar que:</p><p>A)</p><p>os gestaltistas consideravam a percepção um estímulo semelhante a um conjunto de</p><p>elementos, ou à soma de suas partes, enquanto os estruturalistas a consideravam como um</p><p>estímulo, semelhante a um conjunto de elementos ou à soma de suas partes.</p><p>B)</p><p>os psicólogos dessa escola afirmavam que a percepção de um estímulo era maior do que a</p><p>soma das sensações produzidas por ele: essa percepção é uma unidade completa e não um</p><p>agrupamento de sensações individuais.</p><p>C)</p><p>os psicólogos dessa escola foram tão revolucionários quanto os behavioristas, pois ambos</p><p>concordavam que a consciência não é objeto de estudo da Psicologia.</p><p>D)</p><p>essa corrente sofreu forte influência das mudanças de paradigma que estavam ocorrendo</p><p>nas ciências naturais, com especial destaque à nova visão da Física, segundo a qual os</p><p>fenômenos são causados por relações funcionais. Tal proposta superou a noção de</p><p>causalidade mecanicista desenvolvida por Galileu e Newton.</p><p>E)</p><p>os teóricos dessa vertente consideravam que os elementos da percepção são organizados</p><p>para formular um conceito que ultrapassa a soma das partes, sem resultar de processos de</p><p>associação.</p><p>Exercício 9:</p><p>Com base em princípios da Gestalt, Kurt Lewin (1890-1947) desenvolveu a Teoria de Campo.</p><p>Sobre essa teoria, podemos afirmar que:</p><p>I. tem por principal conceito o de espaço vital, ao referir-se ao campo psicológico, que reúne</p><p>um conjunto de fatos determinantes do comportamento de um indivíduo em dado momento.</p><p>II. o campo psicológico, tal como postulado por Lewin, é integrado por crenças, objetivos,</p><p>necessidades e fatores ambientais que afetam o indivíduo.</p><p>III. fora do campo psicológico está o âmbito externo, integrado por todos os eventos,</p><p>circunstâncias e estímulos que em dado momento não exercem efeito algum sobre o</p><p>indivíduo.</p><p>IV. o campo psicológico, ou espaço vital, é estabelecido a partir das primeiras experiências da</p><p>criança no mundo social, atingindo determinada configuração que tende a ser mantida ao</p><p>longo de seu processo de desenvolvimento.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>I, II e III.</p><p>C)</p><p>II e IV.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>IV.</p><p>Modulo 4: A Psicanálise</p><p>4.1. Freud e a criação da Psicanálise.</p><p>4.2. Psicanálise no Período Pós Fundação:</p><p>- Psicologia do Ego. (Anna Freud).</p><p>- A Teoria das Relações entre os Objetos - Melanie Klein.</p><p>- A Teoria do Amadurecimento Emocional - D. W. Winnicott.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- LOUREIRO, I. Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanálise. In: JACÓ-VILELA, A. M.;</p><p>FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 23).</p><p>- SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson</p><p>Learning, 2011. (Capítulo 14).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- DUNKER, C. I. L. Aspectos históricos da psicanálise pós-freudiana. In: JACÓ-VILELA, A. M.;</p><p>FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 24).</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012.</p><p>(Capítulo VII).</p><p>- KAYANO, D. Y. – Psicologia Analítica ou Junguiana: contexto histórico</p><p>e conceitos básicos.</p><p>In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. 4ª ed. São</p><p>Paulo: Cortez, 2011. (Capítulo 5).</p><p>- PENNA, A. G. Introdução à psicologia do século XX. Rio de Janeiro: Imago, 2004. (Capítulo</p><p>5).</p><p>Apresentação do tema:</p><p>- A Psicanálise é um produto de seu tempo.</p><p>Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida psíquica, propondo</p><p>como objeto de reflexão científica seus processos ocultos  – as fantasias, os sonhos, os</p><p>esquecimentos, etc.</p><p>A Psicanálise é, como não poderia deixar de ser, um produto de seu tempo. Neste sentido, diz</p><p>respeito a certas circunstâncias presentes em um dado universo cultural – a Viena da Belle</p><p>Époque, cosmopolita, vibrante,  território propício ao desenvolvimento de novas idéias.</p><p>Também como qualquer sistema de pensamento que se destaca por sua importância, a</p><p>Psicanálise é, por um lado, resultado de um desdobramento de idéias e conceitos que já</p><p>vinham sendo formulados de maneira assistemática no ambiente sócio-cultural do qual surge</p><p>e, de outro, um processo de ruptura com relação ao pensamento vigente.</p><p>Neste sentido, é possível identificar em Freud as influências que o tornam um homem de seu</p><p>tempo. Ao mesmo tempo, é possível identificar os rasgos de criatividade, que atestam sua</p><p>genialidade.</p><p>A Psicanálise será abordada em duas unidades temáticas; nesta, suas leituras devem</p><p>focalizar as condições histórico-culturais presentes no momento de surgimento da teoria</p><p>freudiana e as influências presentes em suas formulação. Deve também compreender o</p><p>percurso inicial de Freud, suas primeiras experiências clínicas, o trabalho com Breuer e o uso</p><p>da hipnose.</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados.</p><p>2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas</p><p>dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las.  Caso elas</p><p>persistam, apresente-as  ao professor, nas aulas presenciais.</p><p>3) Exercício comentado:</p><p>De acordo com Loureiro (2013): “É difícil abordar o solo cultural do qual provém a psicanálise</p><p>sem mencionar a biografia de seu criador. (...) Daí nosso esforço em retomar alguns</p><p>elementos de seu contexto cultual para entender as condições de emergência do saber e da</p><p>prática psicanalítica” (p. 423). 1 Sobre o advento e constituição da Psicanálise, analise as</p><p>afirmativas abaixo:</p><p>I) Freud observava e formulava conceitos sobre os fenômenos psíquicos a partir de suas</p><p>próprias experiências, de seus sonhos e de suas relações com seus pacientes, amigos e</p><p>familiares.</p><p>II) Freud empregou por um período significativo de suas investigações clínicas o método da</p><p>hipnose no tratamento de seus pacientes.</p><p>III) A sexualidade humana é entendida por Freud como um conjunto de atividades</p><p>relacionadas à procriação e ao prazer.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>A) as afirmativas I e II são verdadeiras</p><p>B) as afirmativas II e III são verdadeiras</p><p>C) a afirmativa III é verdadeira</p><p>D) as afirmativas I, II e III são verdadeiras</p><p>E) a afirmativa I é verdadeira</p><p>Resposta: A. Freud considerava a Sexualidade em sentido amplo: mais que genitálias e</p><p>reprodução, tanto que reconhecia a sexualidade infantil como importante para o</p><p>desenvolvimento psíquico.?</p><p>- Psicanálise: Principais Conceitos</p><p>Para compreender a proposta psicanalítica é essencial retraçar o percurso freudiano,</p><p>acompanhando o desenvolvimento de sua compreensão do psiquismo humano, ocorrido ao</p><p>longo de seu trabalho clínico. O arcabouço teórico da psicanálise foi surgindo à medida que</p><p>novos problemas foram sendo enfrentados, demandando conceitos mais amplos e de maior</p><p>abrangência.</p><p>Há uma lógica na trama conceitual que Freud vai urdindo em sua longa e fértil vida intelectual,</p><p>que se torna evidente na leitura de suas obras.</p><p>Freud foi um escritor bem sucedido, que convida o leitor a acompanhá-lo em seu raciocínio.</p><p>Ler o texto freudiano é permitir-se o prazer de partilhar suas suposições, seus argumentos em</p><p>defesa desta ou daquela idéia, a construção de conceitos a partir da observação e o</p><p>abandono de idéias sempre que a realidade da clínica lhe propiciava novas evidências.</p><p>Recomendamos que, além das leitura indicadas, você leia um artigo de Freud, de sua escolha,</p><p>penetrando em seu discurso, compreendendo e acompanhando seu pensamento.</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados, atentando . Além disso, escolha uma</p><p>artigo de Freud e leia-o, acompanhando o desdobrar de sua argumentação.</p><p>2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas</p><p>dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas</p><p>persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.</p><p>3) Exercício comentado:</p><p>O problema que gerou o interesse de Freud pela psicologia era essencialmente avesso à</p><p>perspectiva empírica proposta pelos modelos científicos da época: as “causas” supostas para</p><p>os fenômenos que constituíam seu objeto de estudo, eram inacessíveis a observação direta, o</p><p>que levava o problema a ser investigado para o interior do homem. Assim, foi necessário o</p><p>desenvolvimento de uma metapsicologia. A esse respeito, considere as afirmações abaixo:</p><p>I) Os conceitos que compõem a metapsicologia freudiana são construtos hipotéticos</p><p>referidos a algo imaterial; como dizia Freud, estão “abertos à revisão”, dependendo de “quanto</p><p>se pode alcançar com sua ajuda”.</p><p>II) A metapsicologia mantém-se no nível estritamente individual no qual ocorre o trabalho</p><p>analítico.</p><p>III) O aparelho psíquico - sua estrutura e sua dinâmica -, conforme descrito na metapsicologia,</p><p>é uma ficção, um recurso para pensar, um modelo.</p><p>IV) Tal como um modelo atômico, que mostra os elétrons fisicamente localizados em torno do</p><p>núcleo, a metapsicologia freudiana nos permite ver como é, na realidade, a estrutura da</p><p>personalidade.</p><p>Responda: É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e II</p><p>b) I e III</p><p>c) II e IV</p><p>d) II e III</p><p>e) III e IV</p><p>R: b</p><p>As afirmações I e II apontam mostram uma compreensão correta da rede de conceitos</p><p>elaborada por Freud. Seu arcabouço teórico é um instrumento para pensar o psiquismo, não</p><p>devendo ser compreendido como pretendendo representar a realidade da estreutura psíquica.</p><p>- PSICANÁLISE: Desdobramentos da Psicanálise Freudiana.</p><p>- Psicologia do Ego.</p><p>A filha de Freud, ANNA FREUD (1895 – 1982), foi a líder da Psicologia do Ego Neofreudiana.</p><p>A Psicologia do Ego incluía a noção de maior independência do Ego em relação ao Id,</p><p>ou seja ele era dotado de energia própria, e não derivada deste, e com funções</p><p>separadas do Id.</p><p>Os neofreudianos consideravam que o Ego estava isento em relação ao conflito</p><p>produzido pela pressão dos impulsos do id em busca de satisfação. O ego funcionaria</p><p>independente do id.</p><p>- As Teorias das Relações entre os Objetos.</p><p>A principal teórica das Relações entre os Objetos foi a Psicanalista Melanie Klein (1882 –</p><p>1960), que trabalhou como analista infantil na Inglaterra.</p><p>Freud usava a palavra “objeto” para se referir a qualquer pessoa, objeto ou atividade com</p><p>capacidade  para satisfazer ao instinto.</p><p>Os teóricos das Relações Objetais concentravam – se nas relações interpessoais entre</p><p>esses objetos, enquanto Freud  enfocava mais os impulsos instintivos propriamente</p><p>ditos, dando desta forma maior ênfase às influências sociais e ambientais sobre a</p><p>personalidade , principalmente na interação entre mãe e filho.</p><p>Os teóricos das Relações Objetais consideraram que a formação da personalidade na</p><p>infância, ocorria mais cedo do que Freud afirmava.</p><p>Os teóricos das Relações Objetais também consideraram que as questões mais cruciais</p><p>no desenvolvimento da personalidade envolvem o aumento da capacidade  e da</p><p>necessidade da criança, com o passar do tempo, de libertar-se do objeto primário (a</p><p>mãe), a fim de estabelecer uma firme noção de si mesma e desenvolver relações com</p><p>outros objetos (pessoas).</p><p>- A Teoria do Amadurecimento Emocional - D. W. Winnicott.</p><p>Ser humano nasce como um conjunto desorganizado de pulsões,</p><p>instintos, capacidades</p><p>perceptivas e motoras que conforme progride o desenvolvimento vão se integrando,</p><p>até alcançar uma imagem unificada de si e do mundo externo.?</p><p>O papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita integrar suas</p><p>sensações corporais, os estímulos ambientais e suas capacidades motoras nascentes.?</p><p>Desenvolvimento psíquico - Maturação emocional - três etapas sucessivas: ?</p><p>Integração e personalização:? Na etapa inicial de desenvolvimento a questão primordial</p><p>é a presença de uma mãe-ambiente confiável que se adapte às suas necessidades de</p><p>maneira virtualmente perfeita.?</p><p>Período em que a criança, graças às experiências , consegue reunir os núcleos do</p><p>seu ego, adquirindo a noção de que ela é diferente do mundo que a rodeia. ?</p><p>A função do holding em termos psicológicos é fornecer apoio egóico, em</p><p>particular na fase de dependência absoluta antes do aparecimento da integração</p><p>do ego.?</p><p>Adaptação à realidade: ?Nessa etapa, a mãe tem o papel de prover a criança com</p><p>os elementos da realidade com que irá construir a imagem psíquica do mundo externo.</p><p>A adaptação absoluta do meio ao bebê se torna adaptação relativa, através de um</p><p>delicado processo gradual de falhas em pequenas doses.?</p><p>Crueldade primitiva (fase de pré-inquietude)?: A mãe é, além do objeto que recebe, em</p><p>certos momentos, a agressão da criança, é também aquela que cuida dela e a protege.</p><p>Quando a criança exprime raiva e recebe amor, a criança confirma que a mãe sobreviveu</p><p>e é um ser separado dela. O bebê adquire a noção de que suas próprias pulsões não são</p><p>tão danosas e pode, pouco a pouco, aceitar a responsabilidade que possui sobre elas.?</p><p>Módulo 5. V - A Psicologia Analítica de C. G. Jung.</p><p>- A Psicologia Analítica.</p><p>O fundador da Psicologia Analítica foi Carl Gustav Jung (1875 – 1961), médico psiquiatra e</p><p>analista suíço. Freud chegou a considerar Jung como o seu substituto e herdeiro do</p><p>movimento psicanalítico. Depois do rompimento da amizade entre os dois, em 1914, Jung</p><p>desenvolveu a Psicologia Analítica, - (ou Psicologia Junguiana) -  em oposição à grande parte</p><p>do trabalho de Freud.</p><p>No que se referem aos principais pontos de divergência de Jung para Freud estão:</p><p>Jung não considerava o Complexo de Édipo como o ponto central do desenvolvimento</p><p>da personalidade.</p><p>Jung discordava no que se refere ao entendimento da LIBIDO. Para Jung, a libido é uma</p><p>energia de vida generalizada, da qual a pulsão sexual apenas faz parte. A energia básica</p><p>da libido expressa-se no crescimento, na reprodução, e em outras atividades cruciais no</p><p>momento para o indivíduo, assim como em sua criatividade e manifestação do</p><p>potencial.</p><p>Outra questão importante, que diferencia Jung de Freud, consiste na direção das forças</p><p>que afetam a personalidade. Freud descrevia o indivíduo como vítima dos</p><p>acontecimentos da infância, enquanto Jung acreditava na pessoa formada não apenas</p><p>pelos acontecimentos do passado, como também pelas próprias metas, esperanças e</p><p>aspirações futuras.</p><p>Para Jung a personalidade não é totalmente determinada pelas experiências vividas</p><p>durante os primeiros cinco anos de vida e pode ser modificada ao longo da vida do</p><p>indivíduo.</p><p>Jung também investigou a mente inconsciente mais fundo do que Freud. Acrescentou</p><p>uma nova dimensão – o Inconsciente Coletivo – que descreveu como as experiências</p><p>herdadas das espécies humanas e de seus ancestrais animais, que se manifestam</p><p>através de arquétipos.</p><p>Exercício 1:</p><p>Nas afirmativas abaixo há informações sobre o contexto histórico da Alemanha na ocasião do</p><p>surgimento da Psicanálise.</p><p>Nesse contexto, leia e analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Os efeitos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial foram sentidos na Alemanha</p><p>somente quase meio século depois, porque a constituição territorial e etnográfica germânica,</p><p>impedia a disseminação de ideias tão avançadas.</p><p>II. Na época do surgimento da psicanálise, na Alemanha as universidades proliferavam,</p><p>visando a uma produção científica que compensasse o atraso do país em relação aos demais</p><p>países europeus.</p><p>III. A tradição filosófica decorrente da ruptura com as concepções empírico-racionalistas de</p><p>França e Inglaterra, conduziu a Alemanha a especulações filosóficas guiadas pelo idealismo e</p><p>pelo romantismo.</p><p>IV. A chegada da modernidade na Alemanha ocorreu em um cenário de conflitos e mudanças:</p><p>o confronto entre valores e forças revolucionárias da Revolução Francesa e os e valores e</p><p>forças restauradoras do Antigo Regime.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e IV.</p><p>B)</p><p>II e IV.</p><p>C)</p><p>III e IV.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>I, II, III e IV.</p><p>Exercício 2:</p><p>(ESBOPCSF, 1911, Rio de Janeiro: Imago) Em “Formulações sobre os dois princípios do</p><p>funcionamento mental”, Freud afirma: “Na psicologia que se baseia na psicanálise,</p><p>acostumamo-nos a tomar como ponto de partida os processos mentais inconscientes, com</p><p>cujas peculiaridades nos tornamos familiarizados através da análise. Consideramos que são</p><p>os processos mais antigos, primários, resíduos de uma fase de desenvolvimento em que</p><p>eram o único tipo de processo mental. O propósito dominante obedecido por estes processos</p><p>primários é fácil de reconhecer; ele é descrito como o princípio de prazer-desprazer [Lust-</p><p>Unlust], ou, mais sucintamente, princípio de prazer. Estes processos esforçam-se por alcançar</p><p>prazer; a atividade psíquica afasta-se de qualquer evento que possa despertar desprazer.</p><p>(Aqui, temos a repressão.) Nossos sonhos à noite e, quando acordados, nossa tendência a</p><p>afastar-nos de impressões aflitivas, são resquícios do predomínio deste princípio e provas do</p><p>seu poder”.</p><p>De acordo com o ponto de vista psicanalítico, se entende que:</p><p>I. diante da necessidade de levar em conta as circunstâncias reais do mundo, se instaura um</p><p>segundo princípio de funcionamento mental: o princípio de realidade.</p><p>II. a despeito da instauração do princípio de realidade, os processos inconscientes continuam</p><p>sendo guiados pela necessidade de descarregar os estímulos que provocam desprazer.</p><p>III. a libido é o último elemento do psiquismo a se render ao princípio de realidade.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>I e II.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 3:</p><p>Sobre um dos aspectos centrais da psicanálise de Freud – sua compreensão de conflito –</p><p>considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. Conhecendo o conflito, é possível prever sua evolução no âmbito da economia psíquica e,</p><p>assim, eliminar suas consequências na vida adulta.</p><p>II. O conflito é constitutivo do funcionamento psíquico humano.</p><p>III. O conflito e a dinâmica psíquica constituem o nexo causal, que está na origem do ato</p><p>psíquico.</p><p>IV. O ser humano considerado normal é movido por tendências contraditórias.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>I, III e IV.</p><p>C)</p><p>II, III e IV.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>I e II.</p><p>Exercício 4:</p><p>Classifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F) com base na seguinte</p><p>afirmação: A psicanálise é uma teoria e um método de tratamento desenvolvido por Freud no</p><p>final do século XX:</p><p>I. (    ) desde o seu início foi uma teoria aplicada, isto é, voltada não apenas para o estudo</p><p>acadêmico do psiquismo (consciente ou inconsciente), mas também para a resolução de</p><p>problemas práticos, como o tratamento de pacientes neuróticos.</p><p>II. (  )  seu procedimento de investigação e tratamento consistem no método catártico.</p><p>III. (     ) para a psicanálise, só faz sentido pensar na sexualidade humana a partir da</p><p>adolescência.</p><p>IV. (   ) para a psicanálise os sonhos devem ser entendidos como manifestações da atividade</p><p>cerebral noturna, sem relação alguma com fenômenos ocorridos em vigília.</p><p>V. (   )  para a psicanálise, a sexualidade infantil é semelhante a adulta.</p><p>Tendo assinalado V diante das afirmativas verdadeiras e F diante das falsas, observe as</p><p>alternativas a seguir e assinale a que apresenta a sequência correta:</p><p>A)</p><p>V, F, F, F e F.</p><p>B)</p><p>V, F, V, F e F.</p><p>C)</p><p>V, V, F, V e F.</p><p>D)</p><p>F, F, V, V e F.</p><p>E)</p><p>F, F, V, F e V.</p><p>Exercício 5:</p><p>(…) A partir de 1896, Freud passa a empregar o método da associação livre (ou livre</p><p>associação), que será considerada a regra fundamental do tratamento psicanalítico: ele</p><p>solicita a seus pacientes que, deitados em um divã e de costas para o psicanalista, digam</p><p>livremente tudo o que lhes ocorrer à mente, sem qualquer tipo de censura ou inibição, mesmo</p><p>que as ideias assim surgidas pareçam absurdas ou triviais. Freud verifica que tais ideias, na</p><p>verdade, vão se encadeando e se remetendo umas às outras, de modo a irem formando</p><p>cadeias associativas que tendem a se entrecruzar. Assim, emergem elementos que</p><p>possibilitam a constituição e reconstituição de múltiplas redes de sentido sobre as</p><p>ocorrências ou fenômenos (aparentemente) banais. No fundo, ele supõe que as associações</p><p>livres não se dão ao acaso (não sendo, portanto, exatamente livres...); ao contrário, acredita</p><p>em um determinismo psíquico, isto é, que no psiquismo tudo possui ou remete a um sentido</p><p>latente.  (LOUREIRO, I. Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanálise. In: JACÓ-VILELA, A.M.;</p><p>FERREIRA, A.A.L.; PORTUGAL, F.T. (ORGS.) História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro:</p><p>Nau Editora, 2007, p. 377).</p><p>Sobre o texto apresentado considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. O texto dá indicações do recorte epistemológico da psicanálise, reunindo elementos que</p><p>fazem parte do método de trabalho de Freud: a observação do comportamento e a</p><p>experimentação.</p><p>II. Em contraste com os Behaviorismos, o determinismo no pensamento de Freud é psíquico:</p><p>do inconsciente para o consciente.</p><p>III. Na teoria psicanalítica, a técnica de associação livre está diretamente ligada ao</p><p>determinismo psíquico, ou seja, às influências do inconsciente.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>II.</p><p>B)</p><p>I e II.</p><p>C)</p><p>I e III.</p><p>D)</p><p>II e III.</p><p>E)</p><p>III.</p><p>Exercício 6:</p><p>Em sua teoria psicanalítica, Freud postula que a frustração:</p><p>I. é responsável pelo estabelecimento do princípio da realidade, com consequente</p><p>desenvolvimento de diversas funções egóicas.</p><p>II. precoce pode e deve ser evitada, a fim de não prejudicar a estruturação do psiquismo.</p><p>III. promove na criança uma gradativa capacidade de pensar e simbolizar.</p><p>IV. obriga a criança a levar em consideração o mundo real.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>II, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, III e IV.</p><p>D)</p><p>I, II e IV.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 7:</p><p>Sigmund Freud entrou em contato e experimentou diferentes métodos de estudo ao longo de</p><p>sua trajetória profissional. Porém, priorizou e desenvolveu apenas um método, por ele</p><p>considerado fundamental para o tratamento psicanalítico.</p><p>Esse método de investigação dos fenômenos psíquicos na psicanálise é a:</p><p>A)</p><p>hipnose, pois foi a partir dos estudos com Charcot que Freud aprimorou esse método e</p><p>desenvolveu o conceito de repressão.</p><p>B)</p><p>associação livre, pois no psiquismo tudo possui ou remete a um sentido latente, ou</p><p>inconsciente.</p><p>C)</p><p>interpretação dos sonhos, pois Freud analisava os próprios sonhos e os de seus pacientes, os</p><p>considerando manifestações de conteúdos conscientes.</p><p>D)</p><p>associação entre ideias e sintomas manifestos, pois tais dados são importantes para a</p><p>interpretação de conteúdos reprimidos na consciência dos pacientes.</p><p>E)</p><p>observação de sintomas clínicos, pois para Freud são esses sintomas são os únicos indícios</p><p>de conteúdos latentes.</p><p>Exercício 8:</p><p>A psicanálise é, como não poderia deixar de ser, um produto de seu tempo. Nesse sentido, diz</p><p>respeito a certas circunstâncias presentes na Viena da Belle Époque, cosmopolita, vibrante,</p><p>território propício ao desenvolvimento de novas ideias. Como qualquer sistema de</p><p>pensamento que se destaca por sua importância, a psicanálise resulta, por um lado, do</p><p>desdobramento de ideias e conceitos que já vinham sendo formulados de modo</p><p>assistemático no ambiente sociocultural em que ela surgiu e, por outro, de um processo de</p><p>ruptura com o pensamento vigente.</p><p>Atente para as afirmativas abaixo e para a possível relação entre elas:</p><p>I. Desde seu início, a psicanálise foi uma teoria aplicada, isto é, voltada não apenas para o</p><p>estudo acadêmico do psiquismo (consciente ou inconsciente), mas, também, para a</p><p>resolução de problemas práticos, como a neurose de alguns pacientes.</p><p>Por esse motivo,</p><p>II. Freud entendia que o conflito é constitutivo do funcionamento psíquico humano e o homem</p><p>normal é movido por tendências contraditórias.</p><p>A respeito das afirmativas apresentadas, conclui-se que:</p><p>A)</p><p>ambas são verdadeiras, e a II justifica a I.</p><p>B)</p><p>ambas são verdadeiras, mas a II não justifica a I.</p><p>C)</p><p>a I é verdadeira, e a II falsa.</p><p>D)</p><p>a I é falsa, e a II verdadeira.</p><p>E)</p><p>ambas são falsas.</p><p>Módulo 6:   VI. O Humanismo Americano.</p><p>1.  A Psicologia Humanista.</p><p>2.  O Movimento da Psicologia Humanista.</p><p>3.  A terceira força, em oposição à Psicanálise e ao Behaviorismo.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- BUYS, R. C. A psicologia humanista. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro:</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulo VIII).</p><p>- ROSA, E. Z.; KAHHALE, E. M. P. Psicologia humanista: uma tentativa de sistematização da denominada terceira força da psicologia. In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A Diversi</p><p>Paulo: Cortez, 2011. (Capítulo 9).</p><p>Apresentação do Tema:</p><p>Apresentação do tema:</p><p>A Psicologia Humanista surge a partir da década de 50, nos EUA, apresentando - se como uma proposta restauradora dos grandes valores humanos</p><p>que, de acordo com o seu próprio ponto de vista, não eram contemplados nos principais sistemas psicológicos de maior proeminência,</p><p>na época – a Psicanálise e o Behaviorismo.</p><p>Baseado em uma concepção positiva sobre o homem e sua possibilidade de auto-desenvolvimento, o projeto humanista</p><p>expandiu-se rapidamente.</p><p>O surgimento e disseminação das idéias humanistas, nos EUA, foi visto por diversos autores, como resultado do crescente</p><p>mal-estar provocado pelo esgotamento dos sistemas sociais vigentes; neste sentido, as estratégias de auto-conhecimento que iam sendo propostas,</p><p>foram caracterizadas como busca compensatória de soluções individualizantes para um sentimento coletivo de desamparo.</p><p>Um destes comentadores do período é Christopher Lasch que, em “A cultura narcisista: a vida americana numa era de esperanças em declínio”(1983),</p><p>afirma:</p><p>“Após a ebulição política dos anos sessenta, os americanos recuaram para preocupações puramente pessoais.</p><p>Desesperançados de incrementar suas vidas com o que interessa, as pessoas convenceram-se de que o importante é o autocrescimento psíquico:</p><p>entrar em contato com seus sentimentos, comer alimentos saudáveis, tomar lições de dança clássica ou</p><p>dança-do-ventre, mergulhar numa sabedoria do Oriente, correr, aprender a se “relacionar”, superar o “medo do prazer”.</p><p>Por si sós inofensivas, essas buscas, elevadas ao nível de um programa e embrulhadas na retórica da autenticidade e da consciência,</p><p>significam um recuo da política e um repúdio ao passado recente. (Lash, 1983, p.24-25)</p><p>Para o autor, o interesse que se verificava entre os americanos por estas “psicotecnologias", era uma ‘estratégia de sobrevivência’ adotadas</p><p>pelos indivíduos, face ao profundo sentimento de fim de era característico do período e o conseqüente enfraquecimento do sentido do tempo histórico.</p><p>Tais críticas, porém, não reduziram o impacto, nem reverteram o interesse que se vinha registrando não apenas nos Estados Unidos pelo</p><p>conjunto de métodos, práticas, técnicas, que pudesse ser utilizado como caminho viável para o estabelecimento de condições mais</p><p>satisfatórias de convivência.</p><p>Os textos de Rogers são da mesma época e foram produzidos dentro da mesma cultura.</p><p>Esta contextualização é importante porque coloca o autor em completa sintonia com correntes de pensamento que então vicejavam,</p><p>dos EUA espalhando-se para outros países.</p><p>Outros modelos teóricos [1] foram produzidos</p><p>não</p><p>se adaptassem às normas estabelecidas, os denominados desordeiros. Cabia à ciência</p><p>médica e psicológica contribuírem na identificação desses sujeitos e no seu tratamento em</p><p>locais específicos, como os asilos e manicômios.</p><p>Nos hospícios, também havia a produção de conhecimento psicológico a partir das práticas</p><p>nos laboratórios criados na época. Um dos mais relevantes foi, segundo Antunes (2004), o da</p><p>Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro, criado em 1923, dirigido pelo psicólogo polonês</p><p>Waclaw Radecki. Tornou-se nove anos depois, o Instituto de Psicologia, subordinado ao</p><p>Ministério da Educação e da Saúde Pública. Produziu um rol de pesquisas temáticas em</p><p>psicologia sobre seleção e orientação profissional, fadiga em trabalhadores menores de</p><p>idade, seleção de aviadores, psicometria, entre outras.</p><p>Outro laboratório importante foi fundado junto à Liga Brasileira de Higiene Mental, em 1923,</p><p>no Rio de Janeiro, dirigida por Alfred Fessard, Plínio Olinto e Lemes Lopes. Realizaram vários</p><p>simpósios e seminários de Psicologia, com o intuito de divulgar as pesquisas realizadas.</p><p>Predominava o ideal eugênico, profilático e a preocupação com a educação dos indivíduos</p><p>mal adaptados. (ANTUNES, 2004)</p><p>Segundo Antunes (2006, p 51), em 1932, a " Liga propôs ao Ministério da Educação e da</p><p>Saúde Pública, a presença obrigatória de gabinetes de Psicologia, junto às Clínicas</p><p>Psiquiátricas" . Além disso,  promovia, todo ano, as Jornadas Brasileiras de Psicologia, para</p><p>difundir conhecimento.</p><p>Um dos projetos que mais destoaram da tendência eugênica, foi o movimento antipsiquiátrico</p><p>de Recife, com Ulysses Pernambucano e seu modelo humanista e existencial de atendimento</p><p>dos doentes mentais. Também propiciou contribuições para a Educação e investia na</p><p>formação dos funcionários: os monitores de saúde mental e auxiliares psicólogos.</p><p>Antunes (2006) afirma, que:</p><p>A evolução do pensamento psicológico no interior da Medicina até o século XIX</p><p>preparou o terreno para que o conhecimento e a prática da Psicologia se</p><p>desenvolvessem a tal ponto que fizeram delinear-se com maior clareza seus contornos,</p><p>tendo assim contribuído para a penetração da Psicologia Científica e sua definição</p><p>como campo autônomo de conhecimento e ação, o que veio a se concretizar nas</p><p>décadas iniciais do século XX.(ANTUNES, 2006, p 61)</p><p>A Psicologia em Instituições Educacionais</p><p>Com o desenvolvimento urbano-industrial, no século XX, o pensamento republicano aliado ao</p><p>positivismo e à ideologia liberal, mostrava uma preocupação com uma educação humanista e</p><p>cientificista.  Surge no Brasil, então, uma corrente educacional que reivindicava a ampliação</p><p>do número de escolas e o combate ao analfabetismo, a partir do ideário escolanovista.</p><p>Essa proposta de renovação e ampliação educacional chegou ao nosso país em 1882, pelas</p><p>mãos de Rui Barbosa e alcançou o século XX com outras reformas importantes. Um exemplo</p><p>foi a proposta de Benjamin Constant, em 1890, que propunha maior liberdade, laicidade e</p><p>gratuidade do ensino. O escolanovismo implementou uma tendência cientificista, introduzindo</p><p>disciplinas científicas, como a Psicologia e a Lógica, no lugar da Filosofia de cunho</p><p>humanista.</p><p>Segundo Vidal (2003), o movimento da Escola Nova propôs uma   renovação do ensino, na</p><p>Europa, na América e no Brasil, na primeira metade do século XX. O escolanovismo</p><p>desenvolveu-se no Brasil sob importantes impactos de transformações econômicas, políticas</p><p>e sociais, porém, com eles surgiram graves conflitos nos aspectos políticos e sociais,</p><p>resultando  uma mudança significativa no ponto de vista intelectual brasileiro.</p><p>O escolanovismo acreditava que a educação era o instrumento eficaz para a reconstrução de</p><p>uma sociedade cidadã e legitimamente democrática, considerando as diversidades e a</p><p>individualidade do sujeito, preparados psicossocialmente  para refletir  e mudar a sociedade</p><p>em que viviam.</p><p>Esse movimento agregou nomes importantes ao cenário educacional e psicológico, como</p><p>Antônio Carneiro Leão, Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Manoel Bonfim, entre outros. Esse</p><p>último educador merece destaque pelo seu enfrentamento dos problemas sociais e o seu</p><p>entendimento de que a educação deveria ser instrumento contra a opressão, que a maioria do</p><p>povo sofria. Afirmava, por exemplo, que o analfabetismo era uma vergonha nacional.</p><p>A Psicologia, enquanto saber foi essencial no projeto educacional do país, no inicio do século</p><p>XX, pois serviu como pilar de sustentação científica para a consolidação do escolanovismo,</p><p>ao cuidar dos sujeitos e das suas diferenças individuais (Psicologia Diferencial), ao estudar o</p><p>processo de desenvolvimento vital, ao observar os processos de ensino-aprendizagem e ao</p><p>criar testes de inteligência e de seleção profissional.</p><p>Ainda nesse cenário, apesar de nomes emancipadores como Bonfim, existia no campo</p><p>educacional aliado ao suporte da Psicologia, a preocupação com a formação de um país</p><p>robusto, baseado no lema de um povo forte mental e fisicamente, o que mantinha vivos os</p><p>ideais eugênicos em busca da higienização das raças.</p><p>Nessa interface entre a Educação e a Psicologia, há de se destacar a criação do Instituto de</p><p>Psicologia de Ulysses Pernambucano em Recife, em 1925, com produções significativas nas</p><p>áreas de testes psicológicos de nível mental, aptidão, de cunho pedagógico, padronização de</p><p>testes coletivos, entre outros, com o intuito de formar pesquisadores na área da Psicologia.</p><p>(ANTUNES, 2006)</p><p>Também é indicada a importância das Escolas Normais para o estabelecimento da Psicologia</p><p>Científica no Brasil, seja compondo os currículos ou construindo laboratórios de psicologia,</p><p>por volta de 1912. Destaque para a Escola Normal de São Paulo, que foi responsável pela</p><p>"divulgação das teorias psicológicas em voga na Europa e nos Estados Unidos e, por</p><p>decorrência, das técnicas delas derivadas, em especial, a psicometria". (ANTUNES, 2006, p.</p><p>78)</p><p>Em 1925, Lourenço Filho revitalizou o laboratório de Psicologia Experimental, junto a Escola</p><p>Normal de São Paulo, que se tornou anos depois Gabinete de Psicologia e Antropologia</p><p>Pedagógica, com o italiano Ugo Pizzoli, com produções vinculadas à medida de funções</p><p>psicológicas, com destaque para estudos perceptivos.</p><p>Antunes (2006) nos revela a importância das Escolas Normais para a autonomização da</p><p>Psicologia, pois encontrou:</p><p>o mais fértil terreno para seu desenvolvimento, não somente por serem estas campos</p><p>potenciais de aplicação de conhecimentos e técnicas derivadas da ciência psicológica,</p><p>mas também por permitirem a produção de pesquisas.  (...) além de, no caso, ter sido</p><p>uma das mais importantes bases para que a Psicologia se tornasse mais tarde</p><p>disciplina universitária. (ANTUNES, 2006, p 81)</p><p>A Psicologia e a organização do trabalho</p><p>Com a promessa do desenvolvimento urbano-industrial desde o século XIX, o Brasil assistiu a</p><p>emergência de diferentes camadas sociais, uma diversificação das atividades produtivas e</p><p>novos conflitos sociais oriundos da complexificação econômica do país.</p><p>Segundo Antunes (2006, p 87), encontra-se na década de 20, em pleno século XX, as primeiras</p><p>experiências da aplicação de Psicologia ao mundo do trabalho, confirmando-a como um</p><p>"conjunto de conhecimento e práticas capazes de dar respostas e subsidiar ações que</p><p>interviessem nos problemas sociais".</p><p>A Psicologia inseria-se nesse cenário, buscando promover ações que maximizassem a</p><p>produção industrial. Participava de um conhecimento racionalizável e cientificista, como</p><p>ocorreu com o panorama educacional. Eram práticas com finalidade de controle social nas</p><p>indústrias, onde grupos de operários começavam a se organizar contra condições subumanas</p><p>de trabalho, mantidas pelos modelos tayloristas e fordistas de produção.</p><p>Em 1929, criou-se o Instituto de Organização Científica do Trabalho, que possuía diferentes</p><p>funções, como seleção e educação profissional, organização psicológica do modo de</p><p>produção, entre outros. Porém, não conseguiu se manter devido a crises econômicas.</p><p>Em 1930, sob a tutela de Aldo Mario de Azevedo, criou-se</p><p>neste mesmo cadinho e guardam aproximações com os aspectos discutidos com relação à</p><p>abordagem rogeriana. É preciso destacar que, na medida em que divulgam uma versão positiva da condição humana, os adeptos dessa</p><p>corrente supõem a compatibilidade entre a realização autêntica do indivíduo e a felicidade coletiva. Esta harmonia pode ser prejudicada, mas um processo restaurativo a</p><p>trará de volta, conforme afirma Figueiredo (1991), aos apresentar esta matriz de pensamento:</p><p>“A natureza é sempre boa, sempre positiva, é uma fonte inesgotável de criações e prazeres; a sociedade pode não ser tão boa, mas nada</p><p>impede que se torne, e isto dependerá essencialmente da transformação do indivíduo, que nada mais é que a sua autêntica realização, que a atualização infinita do potenc</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados, atentando para os conceitos e pressupostos da Psicologia Humanista.</p><p>2) Leia o texto-aula, considerando-o como um incentivo às suas próprias reflexões.</p><p>3) Acompanhe este exermplo de exercicio:</p><p>A Psicologia Humanista, denominada a terceira força em Psicologia, surge na década de 60, como uma forma de responder aos anseios da</p><p>sociedade da época, com concepções que rompiam com as propostas psicanalíticas e behavioristas, e que buscavam resgatar a individualidade, a subjetividade,</p><p>as emoções próprias e particulares de cada ser humano. A respeito dessa corrente de pensamento psicológico, pode-se afirmar que:</p><p>I) Entre outras proposições, a Psicologia Humanista defende uma maior ênfase à consciência, em oposição ao que propunha a psicanálise; quanto ao behaviorismo, neste</p><p>II) A Psicologia Humanista considera que a vida humana possui uma dinâmica na qual o indivíduo deve obter um certo grau de realização.</p><p>III) A Psicologia Humanista opõe-se terminantemente ao determinismo que caracteriza o Behaviorismo; neste sentido, porém,</p><p>não havia divergência em relação ao que propõe a psicanálise.</p><p>Responda: É verdadeiro o que se afirma em:</p><p>A) I</p><p>B) II</p><p>C) III</p><p>D) I e II</p><p>E) II e III</p><p>R: Como dito no enunciado, o movimento Humanista contrapõe-se tanto à Psicanálise</p><p>quanto ao Behaviorismo, acusando estas correntes de pensamento de serem deterministas. Na Psicanálise pela determinação inconsciente das condutas, e no Behavioris</p><p>Acusa-as também pelo fato de não considerarem a consciência como o aspecto mais importante do ser humano.</p><p>Portanto, a única afirmação verdadeira é a II e a alternativa correta a ser assinalada é a B.</p><p>4) Realize os exercícios anexados, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução.</p><p>Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.</p><p>[1] A Gestalt Terapia é, em parte, assemelhada à Psicologia proposta por Rogers, mas é necessário precaver-se contra generalizações impensadas.</p><p>Exercício 1:</p><p>De acordo com os postulados de Carl Rogers, importante representante da Psicologia Humanista, é correto afirmar que:</p><p>A)</p><p>as atividades humanas que dão sentido e valor à vida só podem ser compreendidas quando entendemos o funcionamento do aparelho biológico que</p><p>B)</p><p>aspectos psicológicos e físicos compõem uma realidade única e indissolúvel, cabendo ao psicólogo compreender a complexidade envolvida nessa t</p><p>C)</p><p>a vida humana é parcialmente biológica e parcialmente psicológica e, sendo assim, a soma de esforços para compreender cada um desses diferente</p><p>D)</p><p>ao se anular as diferenças entre os aspectos biológicos e psicológicos, torna-se possível alcançar uma vida mais integrada.</p><p>E)</p><p>“corpo e alma” caminham juntos e, se atentarmos às condições físicas/fisiológicas de uma pessoa, chegaremos a seu substrato psicológico.</p><p>Exercício 2:</p><p>Um dos precursores teóricos da psicologia humanista foi Abraham Maslow, ao propor a psicologia da autorrealização (ou autoatualização), caracter</p><p>potencialidades etc., que conduzem a uma grande realização.” Maslow é conhecido entre os alunos de psicologia por sua hierarquia das necessidade</p><p>A esse respeito, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I. Para Maslow o homem possui uma hierarquia de necessidades, sendo que a supressão de alguma(s) dela(s) leva a um estado de desequilíbrio: en</p><p>impossível buscar a autoatualização.</p><p>II. Embora o ambiente no qual o homem está inserido não seja capaz de criar um ser humano, no caminho de busca por autoatualização é o</p><p>concretize suas possibilidades internas.</p><p>III. Para atingir a autoatualização é preciso satisfazer grande parte das necessidades, mas não necessariamente todas.</p><p>IV. Maslow propõe uma organização das necessidades em forma de pirâmide, com as de níveis inferiores e mais primitivas situadas na base e a de a</p><p>V. Maslow propõe uma organização das necessidades em forma de círculo, com a autoatualização ocupando o centro e as necessidades inferiores o</p><p>Está correto somente o enunciado em:</p><p>A)</p><p>II, IV e V.</p><p>B)</p><p>II, III, IV e V.</p><p>C)</p><p>I, II e III.</p><p>D)</p><p>I, II e IV.</p><p>E)</p><p>III, IV e V.</p><p>Exercício 3:</p><p>Partindo do princípio de que o Humanismo Americano se desenvolveu em oposição ao determinismo postulado pelo Behaviorismo e pela Psicanális</p><p>I. O Behaviorismo Radical apresenta uma concepção mecanicista de ser humano, compreendendo-o como um ser que somente reage involuntariame</p><p>II. Em sua concepção de ser humano, a psicanálise freudiana postula o determinismo; porém, um determinismo que não é mecanicamente conce</p><p>comportamentais têm um sentido que pode ser buscado em sua funcionalidade.</p><p>III. A Psicologia Humanista representa um rompimento com o Behaviorismo e a Psicanálise, as duas tendências predominantes à época de seu sur</p><p>em processo de evolução, capaz de se desenvolver e se realizar.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>III.</p><p>B)</p><p>I e II.</p><p>C)</p><p>I e III.</p><p>D)</p><p>II e III.</p><p>E)</p><p>I.</p><p>Exercício 4:</p><p>As Psicologias Humanistas embasam sua proposta em princípios filosóficos e em um posicionamento crítico contra outras correntes predominantes</p><p>Sobre os pressupostos da Psicologia Humanista é correto afirmar que:</p><p>I. criticam a Psicologia Comportamental por sua visão mecanicista de ser humano.</p><p>II. questionam a postura neutra e distante do psicanalista.</p><p>III. se fundamentam na filosofia de Bergson.</p><p>IV. se apoiam na visão de mundo e nas críticas marxistas ao sistema econômico.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III e IV.</p><p>D)</p><p>II e IV.</p><p>E)</p><p>I, II e III.</p><p>Exercício 5:</p><p>Sobre o pensamento de Maslow, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Para Maslow, as neuroses e os desajustamentos psicológicos provêm de conflitos psicológicos inconscientes que afetam a vida do sujeito, o impe</p><p>II. A proposta teórica de Maslow, considerado o “pai espiritual” da Psicologia Humanista, representa o estágio de transição da terceira para a quarta f</p><p>III. Na pirâmide da hierarquia de necessidades de Maslow as necessidades se mostram organizadas de tal modo que as necessidades fisiológicas</p><p>necessidades de segurança, de amor e pertença, de estima dos outros e de si, e da necessidade de autorrealização.</p><p>IV. A principal preocupação de Maslow foi a de criar recursos de promoção de bem-estar social e psicológico.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, III e IV.</p><p>B)</p><p>I e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e III.</p><p>D)</p><p>II, III e IV.</p><p>E)</p><p>I e IV.</p><p>Exercício 6:</p><p>A psicologia humanista se opôs às correntes dominantes de sua época em alguns aspectos e manteve concordância com outros.</p><p>Com base nesse contexto, leia atentamente as afirmativas a seguir:</p><p>I. A pessoa em sua totalidade é de interesse fundamental da psicologia humanista, porque os seres humanos não são apenas objetos de estudo. P</p><p>em termos de suas visões subjetivas de mundo, suas percepções do Eu e seus sentimentos de valor próprio.</p><p>II. A escolha humana, a criatividade e a autorrealização são principais tópicos de investigação da psicologia humanista.</p><p>III. Embora as pessoas sejam motivadas fundamentalmente por impulsos básicos, como sexo e agressão, esses motivos primários devem ser supla</p><p>De acordo com os</p><p>pressupostos da psicologia humanista, está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>I e III.</p><p>Exercício 7:</p><p>A psicologia humanista se opôs às correntes dominantes de sua época, divergindo de alguns aspectos e concordando com outros.</p><p>Nesse sentido, em consonância com os autores dessa abordagem, é correto afirmar que:</p><p>I. MASLOW critica o determinismo de algumas correntes da psicologia, ao afirmar que a pessoa sadia é capaz de transcender a cultura, as condições</p><p>II. MURPHY se refere a um “determinismo frouxo” em oposição a um "determinismo estrito”, por ele considerado como fatalismo.</p><p>III. ALLPORT propõe o conceito de “autonomia funcional dos motivos”, segundo o qual o homem não pode ser considerado um ser reativo, mas sim,</p><p>IV. todos os autores do Humanismo concordam quanto à negação da possibilidade de autorrealização do homem por não haver um potencial human</p><p>V. ROGERS enfatiza a importância da liberdade essencial do indivíduo em face de qualquer forma de determinação, seja social, biológica ou histó</p><p>pessoais favoráveis é possível transcender condições desfavoráveis de qualquer natureza.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>II, III e IV.</p><p>B)</p><p>I, II e IV.</p><p>C)</p><p>II, IV e V.</p><p>D)</p><p>I, II, III e V.</p><p>E)</p><p>IV.</p><p>Exercício 8:</p><p>A respeito de Bergson, um dos precursores das ideias humanistas, afirma-se que:</p><p>I. distinguiu o “eu de superfície” do “eu profundo”, considerando que o eu profundo diz respeito à ‘pessoa propriamente’, sendo uma instância capaz</p><p>e livre.</p><p>II. é o autor da expressão “élan vital”, que significa impulso original da vida, ou seja, a tendência de agir sobre a matéria, dado que vida e matéria são</p><p>III. o chamado “eu de superfície”, proposto pelo autor, é estático e mecanizado. Segundo Bergson, a maioria dos seres humanos jamais experimenta</p><p>apenas à vivência de um “eu social”.</p><p>Está correto somente o enunciado em:</p><p>A)</p><p>I, II e III.</p><p>B)</p><p>II e III.</p><p>C)</p><p>I e II.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>I.</p><p>Exercício 9:</p><p>A Psicologia Humanista aprofundou suas raízes no Humanismo Renascentista. Com base nisso, podemos afirmar que:</p><p>A)</p><p>o termo Humanismo surgiu no Renascimento, entre o final do século XIV e início do século XV, para designar escritos clássicos e um viés filosófico, a</p><p>tentativa de compreendê-lo.</p><p>B)</p><p>o movimento de deslocamento da atenção para o homem, que passou a ser considerado o centro das atenções, ficou conhecido como Teocentrismo</p><p>C)</p><p>o Humanismo provocou a conscientização, pelo homem, de seu papel de agente passivo frente aos problemas do mundo.</p><p>D)</p><p>ao colocar Deus no centro das preocupações e afirmar que tudo ocorre “graças à Deus”, sem esforço humano, o Humanismo perpetuou sua influênc</p><p>E)</p><p>o teocentrismo é um dos princípios do Humanismo Renascentista que influenciou a Psicologia Humanista.</p><p>Exercício 10:</p><p>A Abordagem Humanista, conhecida como Terceira Força da Psicologia, rejeita alguns princípios e fundamentos da psicanálise e do behaviorismo, c</p><p>elitização. De modo contrário, propõe que as qualidades que melhor caracterizam os seres humanos são o livre-arbítrio, o senso de responsabilidad</p><p>vida, e a tendência inata de crescer rumo à autoatualização, ou seja, rumo ao ápice do próprio potencial.</p><p>A respeito das críticas dos psicólogos humanistas sobre a Psicanálise e o Behaviorismo, é correto afirmar que:</p><p>I. refutam a ideia de ser o comportamento humano redutível a instintos biológicos recalcados.</p><p>II. discordam da ideia de ser o comportamento humano redutível a simples processos de condicionamento.</p><p>III. rejeitam a concepção segundo a qual a história pessoal limita possibilidades futuras, e negam os pressupostos deterministas do Behaviorism</p><p>Psicologia.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>I, II e III.</p><p>Exercício 11:</p><p>Um dos precursores teóricos da psicologia humanista foi Abraham Maslow, com sua psicologia da autorrealização (ou autoatualização), caracteriz</p><p>potencialidades etc., que conduzem a uma grande realização.” Maslow é conhecido entre os alunos de psicologia por sua hierarquia das necessidade</p><p>A esse respeito, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I. Para Maslow, o homem possui uma hierarquia de necessidades, sendo que a supressão de alguma(s) dela(s) leva a um desequilíbrio: enquanto ne</p><p>buscar autoatualização.</p><p>II. Embora o ambiente no qual o homem está inserido não seja capaz de criar um ser humano, no caminho de busca de autoatualização é o ambie</p><p>suas possibilidades internas.</p><p>III. Para atingir a autoatualização é preciso satisfazer grande parte das necessidades, mas não necessariamente todas.</p><p>IV. Maslow propõe uma organização das necessidades em forma de pirâmide, com as de níveis inferiores e mais primitivas situadas na base e a de a</p><p>V. Maslow propõe uma organização das necessidades em forma de círculo, com a autoatualização ocupando o centro e as necessidades inferiores o</p><p>Está correto somente o enunciado em:</p><p>A)</p><p>I, II, III, IV e V.</p><p>B)</p><p>II, III, IV e V.</p><p>C)</p><p>I, II e III.</p><p>D)</p><p>I, II e IV.</p><p>E)</p><p>III, IV e V.</p><p>Módulo 7: VII. O Existencialismo Europeu.</p><p>1.  A Fenomenologia de Husserl e a Analítica Existencial de Heidegger.</p><p>2.  O Existencialismo de Sartre.</p><p>3.  A Analítica do Dasein de Heidegger.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- SÁ, R. N. As influências da fenomenologia e do existencialismo na Psicologia. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: R</p><p>Leitura para aprofundamento:</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulos IX, X, XI).</p><p>- KAHHALE, E. M. P. Fenomenologia: fundamentos epistemológicos e principais conceitos. In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teór</p><p>Apresentação do tema:</p><p>O Existencialismo e a Daseinsanálise (Texto didático reproduzido com a permissão da autora,</p><p>Cláudia Costabile)</p><p>1. Origem e fundamentos:</p><p>Para alcançarmos um tratamento minimamente rigoroso das assim chamadas ‘psicoterapias existenciais’ devemos buscar suas origens na</p><p>filosofia, estabelecendo um ponto de partida que nos guiará na compreensão das abordagens psicológicas que, ao se distanciarem das</p><p>propostas terapêuticas vigentes nas décadas de 1940 e 1950 do século XX, propuseram um outro caminho para a compreensão do fenômeno psicológico.</p><p>Comecemos, então, por Martin Heidegger (1889-1976). Este pensador foi quem, em 1927, nos ofereceu em sua obra magistral – Ser e Tempo o ponto de partida para o qu</p><p>seja na psicologia.</p><p>Segundo Heidegger (1927) o homem tem marcada sua diferença em relação aos outros entes porque o ser humano é aquele que se coloca</p><p>como intérprete do ser. Na verdade, a questão sobre o ser, das questões a mais abstrata, constitui todo o percurso do pensamento</p><p>heideggeriano, em torno do que seria para ele o início de toda a história do pensamento ocidental.</p><p>Sendo o homem este ente que se pergunta desde sempre sobre o sentido das coisas, sua verdade, inclusive sobre o sentido de si mesmo, isto o coloca como objeto privil</p><p>conhecimento e existência.</p><p>E é assim que se dá em Ser e Tempo a retomada sobre a questão que caiu no esquecimento do pensamento e do ‘modus vivendi’ ocidental, marcados pelo desenvolvimen</p><p>Heidegger, como discípulo de Edmund Husserl (1859-1938), foi quem primeiro utilizou o método fenomenológico</p><p>para investigar o existir humano. E é por isto que o campo de conhecimento que então se desenvolve pode ser denominado de</p><p>‘fenomenológicoexistencial’: referência simultânea  ao método (fenomenológico) de investigação e ao âmbito (o existir) a partir do qual todo e</p><p>qualquer conhecimento pode ser concebido.</p><p>E como é definido este “existir”? Como a condição humana por excelência, na qual o homem “é” na exata medida em que se encontra com</p><p>algo além de si mesmo, formando uma rede de significações a que chamamos “mundo”, na qual habita.</p><p>Deixando de lado a questão de, se o pensamento de Heidegger pode ser considerado como existencialista ou não,</p><p>o que interessa a nosso propósito é assinalar que seu pensamento</p><p>filosófico, particularmente o desenvolvido em Ser e tempo,</p><p>constitui-se o ponto de partida das chamadas “psicoterapias existenciais”.</p><p>A característica essencial do homem, com efeito, segundo Heidegger (1927),é a de ser intérprete do ser. Isto obriga a Ontologia Fundamental a analisar, em primeiro lugar</p><p>Encontra-se na etimologia da própria palavra existir (estar-fora-de) mais uma possibilidade de interpretação da condição humana correlata à noção de</p><p>consciência transcendental proposta por Husserl: não é só a consciência que é consciência de algo fora de si mesma, o homem, possuidor desta consciência é ser-no-mun</p><p>O sentido deste existir não está nele mesmo, qualquer apreensão de si mesmo, origina-se de um casamento monogâmico e indissolúvel</p><p>entre o objeto que é visto e o olho que o contempla (Pellegrino, 1988).</p><p>2. Do transcendental ao empírico: aproximações entre filosofia e psicologia.</p><p>A proposta da fenomenologia-existencial oferece como referência para a psicologia e para a psicoterapia a noção de ser-no-mundo. O acesso a este ocorre no exercício da</p><p>a ir ao encontro do que se apresenta, como se apresenta à nossa consciência.</p><p>É importante ressaltar, neste ponto, que as propostas terapêuticas que surgiram a partir do encontro entre a fenomenologia-existencial heideggeriana</p><p>e a psicologia e psiquiatria visavam principalmente, para não dizer exclusivamente em muitos casos, as atitudes do psicoterapeuta.</p><p>Os questionamentos que daí surgiram em relação aos tratamentos psicoterápicos psicanalíticos ou comportamentais dirigiam-se ao predomínio</p><p>do método científico e tecnológico nas práticas clínicas: cabia aqui, neste domínio, a mesma crítica empreendida por Husserl</p><p>no tocante às diferenças e especificidades dos objetos de estudo das ciências naturais e das ciências humanas.</p><p>Segundo esta perspectiva, a única possibilidade de se modificar o método de investigação de um dado fenômeno é quando reconhecemos as diferençasde cada objeto de</p><p>qualquer dimensão da realidade. Concebendo o ser humano, o seu existir, com suas particularidades,</p><p>muda-se tanto a atitude diante dele, quanto o tipo de intervenção</p><p>e análise que venha a se fazer, incluindo aí as teorizações que poderá fazer sobre ele. Assumindo a abordagem fenomenológica do existir</p><p>como possibilidade privilegiada de compreensão do fenômeno psicológico, destaca-se o ser-no-mundo como a característica básica que irá nortear a atitude clínica.</p><p>Se o homem pode ser definido, na sua origem como o ser que é capaz de tomar consciência de sua própria existência (consciência reflexiva) e a partir desta consciência</p><p>pode-se dizer que o seu ser, aquilo que ele é, em essência está indissoluvelmente ligado ao mundo,</p><p>é a sua própria existência. Portanto, para o homem o seu existir e a consciência disso são dependentes do mundo.</p><p>Mundo, aqui, são as significações atribuídas às coisas, tal como surgem para uma dada existência.</p><p>Esta compreensão do ser humano fundada no seu existir-no-mundo, revela que os significados atribuídos às experiências possuem duas características</p><p>básicas: o humor e a compreensão, que são, por assim dizer, o fundamento e as pré-condições de todo conhecimento posterior.</p><p>No que diz respeito ao humor, encontramo-nos diante do mundo sempre numa dada disposição afetiva e a nossa compreensão</p><p>é modulada a partir destas tonalidades de afetos (afetos são sinônimos de emoções no sentido fisiológico, mas refere-se ao modo como</p><p>somos afetados pelo que vem ao nosso encontro). O que se defende é que as nossas análises racionais,</p><p>os conceitos e as teorias que somos capazes de elaborar originam-se das significações atribuídas no encontro entre consciência e mundo.</p><p>Esta compreensão coloca a dimensão racional em segundo plano, submetido ao e dependente do âmbito existencial.</p><p>Os parâmetros e referenciais “objetivos” fornecidos pelas teorias são um bom norte para o estar-no-mundo, porém não suprimem nem substituem</p><p>a tarefa de cada um de encontrar um sentido para si e para as coisas que lhe vêm ao encontro.</p><p>Os significados atribuídos às experiências vividas, ou em outras palavras, o conhecimento que se adquire nestas experiências são verdades</p><p>relativas, ouseja, só podem ser consideradas verdades num determinado tempo e num dado espaço. Estes por sua vez, também são</p><p>interpretados e vividos pelo homem originariamente aquém de suas características objetivas,</p><p>isto é, cada momento vivido não se restringe aos seus aspectos puramente objetivos, por exemplo, o tempo presente – seja lá que hora do dia ou da noite for – pode esta</p><p>que permitem a transcendência do tempo cronológico.</p><p>A isto se dá o nome de temporalizar: a autoconsciência que se constitui através da experiência interna do tempo, o tempo presente que</p><p>resgata o que já foi (passado) e gesta o que está por vir (futuro). O mesmo se dá no tocante ao espaço: não existe uma relação direta de</p><p>igualdade entre as dimensões objetivas de um espaço e a forma como é a  experiência vivida pela consciência reflexiva.</p><p>Portanto a perspectiva fenomenológico-existencial – dirigida às vivências e centrada na existência humana –promove uma interrogação e busca compreender a estrutura</p><p>das estruturas do sujeito. Isto significa que:</p><p>a) A experiência individual (mesmo a patológica) não deverá ser fragmentada em categorias abstratas;</p><p>b) Nada é verdadeiro ou real para o sujeito a menos que ele participe e tenha consciência e uma certa relação com a verdade ou realidade em questão;</p><p>c) O que se torna central é o fenômeno3] que aparece à consciência, a experiência individual e a dinâmica existencial.</p><p>3) O homem e seu devir: a angústia de existir</p><p>Este modo de trabalhar os fenômenos, re-situando o pensar a partir de questões existenciais, define as relações entre homem e mundo</p><p>como algo construído ao longo do tempo. Estar-no-mundo para o homem não é algo fixo e imutável, pelo contrário,</p><p>é a própria experiência da abertura às infinitas possibilidades de significar e representar o mundo, reveladora da liberdade constituinte,</p><p>originária do existir humano. No entanto, liberdade é liberdade de escolha, ou seja, o homem tomado no seu âmbito existencial não cria seus próprios limites, mas é obriga</p><p>A consciência reflexiva e a condição de mortal formam no homem uma combinação muito particular, pois, se à semelhança de todos os outros seres vivos também irá mo</p><p>de que o sentido de seu ser e das coisas flui e encaminha-se para o seu oposto, a morte enquanto ausência radical de sentido</p><p>que faz emergir a “fonte” de todos os afetos: a angústia.</p><p>Este vazio no qual o homem “nasce” existencialmente, posto que não lhe é dada qualquer garantia ou segurança, a não ser a de que é mortal é, de novo, o que atesta a rela</p><p>Enfim, toda verdade ou representação do real é tão provisória quanto o próprio homem o é.</p><p>Este hiato entre os significados e as coisas, a sempre presente possibilidade de se romper a trama das significações que constituem e sustentam homem e mundo permi</p><p>radical rompimento da significabilidade do real, do vazio irrepresentável,</p><p>porém igualmente constituinte da condição humana, a saber, a sua própria finitude, seuser-para-a-morte.</p><p>A angústia, esta lufada que retira do homem todas as certezas é, para Heidegger, a disposição fundante. Se, de um lado, esta experiência</p><p>pode ser assustadora, é também só a partir dela que se abre a possibilidade de investir,</p><p>de empenhar-se autenticamente na busca do conhecimento, na tentativa de preencher este vazio e ao mesmo tempo resgatar a</p><p>re-ligação com o real.</p><p>Esta é a liberdade humana: fundada na angústia revela a nossa indigência diante do real, nenhum conceito ou coisa alguma garante a</p><p>permanência de verdades absolutas, para sempre. Em outras palavras, nenhum saber preenche totalmente este vazio já mencionado.   Permanece, enquanto há vida (bioló</p><p>4) A prática terapêutica analítico-existencial ou daseinsanalise</p><p>Trata-se, portanto, de tentar instaurar um diálogo entre a perspectiva conceitual e</p><p>a existencial, sem anular as diferenças e o mérito</p><p>de cada uma.</p><p>Tomar, então, por objeto a experiência do sujeito enquanto suscetível de descrição e compreensão de suas estruturas intencionais,</p><p>o que implica na  compreensão da relação homem-mundo.</p><p>A preocupação centra-se em como as coisas se passam, pois acredita-se nas infinitas possibilidades da mudança na relação ser-no-mundo,</p><p>em que mundo não é mais um conjunto de “objetos em si”, mas a significação atribuída a eles.</p><p>Coloca-se entre parênteses o mundo da ciência e investiga-se a experiência vivida, compreendendo a perturbação em relação</p><p>ao quadro mais amplo do  projeto existencial, ou seja, as relações estabelecidas têm um sentido próprio para cada ser humano,</p><p>e no âmbito psicoterápico é esta característica que deve ser privilegiada: a busca da compreensão de cada projeto existencial,</p><p>seu rumo e suas significações.</p><p>A atitude solicita uma mobilização pessoal no contato com o outro – o paciente é tomado como referência anterior aos referenciais teóricos.   Abrir-se à situação - recuo e</p><p>da crença no conhecimento para a crença no sujeito existente. O existir não pode ser restrito a um processo psíquico (um processo psíquico é uma, e não a única, forma d</p><p>A atitude do terapeuta é marcada por uma espontaneidade do ir ao encontro, assim como está atento à espontaneidade do paciente.</p><p>Resgatando o pré-reflexivo na terapia, procura estimular o sujeito a contatar com a vida,</p><p>fazê-lo sair de uma apropriação indevida ou inautêntica.</p><p>As questões que mais de perto afetam qualquer existente, na condição de ser-para-a-morte e que requerem uma atenção especial</p><p>no trabalho psicoterápico são angústia e culpa.</p><p>O próprio existir é o “pelo que” cada angústia se preocupa. Para que o ser humano viva e sobreviva ele necessita estar minimamente</p><p>seguro e amparado. Porém, nem todo amparo e segurança eliminam a possibilidade de o homem experimentar a angústia, em maior ou</p><p>menor grau; sempre existe a possibilidade de ser diferente – o inesperado, o tempo futuro e com isto,</p><p>há aproximação, mais ou menos direta, mais ou menos intensa de uma certeza inerente ao existir humano:</p><p>a de não-poder-mais-ser.Assim, parece inevitável, diante da certeza pré-reflexiva de que é finito, que todo ser humano tenha durante</p><p>toda a vida razão suficiente para temer pela sua vida, em ter medo de sua morte e do seu não-poder-mais-ser.</p><p>Toda angústia é inerente à vida, é um “dote” do ser-no-mundo, não sendo possível livrar-se disto pela psicoterapia.</p><p>Mas esta angústia é medo e possibilidade fundante de cuidado e amor à vida – angústia e amor são peso e contra-peso de uma mesma experiência.  A confiança, o cuida</p><p>aproxime-se de suas angústias, enfrentando-as em profundidade,</p><p>possibilitando maior liberdade em suas escolhas, vida e morte compondo uma totalidade a partir da qual as percepções dicotomizadas e distorcidas vão sendo substituíd</p><p>Nesse existir, estando lançado no mundo, há a implicação de estar fazendo escolhas – optando por algumas coisas, deixando outras de lado.</p><p>Só é possível acolher o que vem ao encontro dentro do limite de um dado tempo(ralizar) e espaço. Portanto, existencialmente, está-se</p><p>sempre em falta, sempre seria possível ter feito diferente, dito sim ao invés de não, assim como a percepção e apreensão do real sempre se</p><p>dá por perfis – não abarcamos o todo de forma absoluta.</p><p>A existência humana é esta abertura que os fenômenos de nosso mundo necessitam para poderem aparecer e ser.</p><p>A possibilidade de corresponder ou esquivar-se às reivindicações do mundo forma a característica básica da liberdade humana.</p><p>Culpa (limite) e liberdade são peso e contra-peso de uma mesma experiência. A psicoterapia deveria propiciar este</p><p>aproximar-se da vivência de culpa, profundamente, colocando o ser-aí diante de seus limites, enfrentando-os, libertando-se de sua carga opressiva.</p><p>5) O existencialismo sartreano</p><p>Jean-Paul Sartre (1905-1980) estudou a fenomenologia de Husserl e as idéias de Heidegger.</p><p>Desenvolveu sua filosofia da existência a partir da análise da condição humana segundo a qual: e existência precede a essência, apontando</p><p>sempre para o absurdo da vida: o homem que toma consciência de sua condição de mortal,</p><p>de ser marcado pela morte e com a tarefa de dar um sentido a sua existência.</p><p>A sua essência, o que o homem  é não está dado, será construído no seu próprio existir.</p><p>A consciência é o elemento central da busca de sentido para a sua existência, pois é reveladora tanto do absurdo da vida quanto da</p><p>existência do outro</p><p>(lembremos que a consciência como intencionalidade não existe se não no encontro com algo diferente de si mesma). É neste embate com o outro,</p><p>neste confronto entre duas ou mais liberdades, dois ou mais existentes, que o homem se vê condenado a ser livre: precisa assumir sua</p><p>liberdade, a falta de sentido prévio para a sua própria existência, vivendo autenticamente seu projeto de vida. Assumir significa seu</p><p>engajamento com o que faz, a consciência de que é aquilo que faz, é o conjunto de seus atos, em oposição aos papéis sociais que lhe são</p><p>mpostos. A potência do homem está nos seus atos.</p><p>O homem carrega consigo o nada, como a consciência da ausência prévia de sentido, tanto das coisas quanto de si mesmo, é o homem que traz o nada ao mundo, quem</p><p>refugiar-se da liberdade e da angústia apropriando-se ou fingindo escolher idéias que indiquem que seu destino está traçado,</p><p>fugindo do dilema radicalmente humano de ser ou não ser, tentando eximir-se da responsabilidade pelos seus atos.</p><p>A morte para Sartre não é o supremo projeto humano, pois não significa uma das possibilidades do homem, ao contrário, é aniquiladora de</p><p>todos os seus projetos, retira o sentido da vida</p><p>Este modo de pensar, concebido sim como existencialista, posto que se preocupa exclusivamente com o existir humano pode ser apropriado pela psicologia clínica na me</p><p>engajamento do homem em relação às suas escolhas e seus atos, que são o que constituem, por fim sua própria existência.</p><p>Referências Bibliográficas:</p><p>CRITELLI, Dulce. Analítica do sentido: uma aproximação e interpretação do real de orientação fenomenológica. São Paulo: EDUC: Brasiliense, 1996.</p><p>CANCELLO, Luiz A. O fio das palavras: um estudo de psicoterapia existencial. São Paulo: Summus, 1991.</p><p>HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1980.</p><p>JAPIASSÚ, Hilton. Dicionário básico de filosofia. - 3 ed. rev. e ampliada. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996.</p><p>SARTRE, Jean-Paul. “O existencialismo é um humanismo”. In: Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril S. A. Cultural e Ind., 1973.</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados, atentando para os conceitos e pressupostos do Existencialismo e da Fenomenologia.</p><p>2) Leia o texto-aula, considerando-o como um incentivo às suas próprias reflexões.</p><p>3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso el</p><p>Husserl, ao formular sua filosofia, parte de críticas a alguns aspectos do positivismo e das ciências naturais vigentes em sua época. Assinale a alternativaque não apresen</p><p>A) Husserl questiona o psicologismo, ou seja, a idéia de que todos os fenômenos do conhecimento teriam seu fundamento na atividade psíquica do  homem, reduzida aos</p><p>B) Husserl questiona a influência da mentalidade objetivista sobre as ciências. Afirma que elas não incluem a subjetividade em seus trabalhos e ignoram uma provável infl</p><p>C) A crítica ao historicismo se dá quando Husserl percebe pontos dentro das ciências que levam ao ceticismo, submetendo o conhecimento às condições sociais, psicoló</p><p>D) Husserl entende que é a história que decide o que é válido. Deve-se interpretar toda a realidade</p><p>e toda a verdade como se fossem relativas ao desenrolar histórico.</p><p>E) Husserl questiona o naturalismo do conhecimento da época por este querer se fundar em realidades, ditas naturais. A ciência recusa assim qualquer  realidade ideal, te</p><p>R: Deve ser assinalada a alternativa D, que apresenta uma compreensão</p><p>que contraria a crítica ao historicismo feita por Husserl,</p><p>corretamente expressa em C.</p><p>[1] Besora, Manuel V. Las psicoterapias existeniales: desarollo historico y modalidades conceptuales. In: Fenomenologia e Psicologia: 1ª Jornada de psicologia e psicopatolo</p><p>[2] Na fenomenologia de Husserl, a redução é um dos procedimento centrais do método fenomenológico, significando que deve se concentrar a atenção nas coisas mesm</p><p>objetos concretos. Por fim, a redução transcendental se dá quando a consciêincia engloba as essências e os objetos considerando-os como fenômenos. (Japiassú, 1996).</p><p>[3] Para Husserl, fenômeno é aquilo que aparece à consciência, que se dá como seu objeto intencional, portanto o fenômeno só existe a partir do  encontro entre consciên</p><p>Exercício 1:</p><p>Para compreender o projeto fenomenológico de Husserl, é preciso compreender que o filósofo descreve a estrutura da consciência como intenciona</p><p>Portanto, a consciência não é uma substância (alma), mas uma atividade constituída de atos (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão</p><p>p. 7).</p><p>Com base no excerto acima, podemos afirmar que Husserl:</p><p>I. apresenta uma concepção de consciência semelhante à dos associacionistas, que consideram a mente um espaço no qual as sensações se comb</p><p>II. concebe a consciência como um espaço interior, um mundo interno e passivo, que reproduz com fidelidade elementos do mundo externo.</p><p>III. define consciência como atividade intencional de atribuição de sentido e de significado às coisas, atividade intencional de apreensão do mundo: a</p><p>IV. se refere à intencionalidade da consciência como sendo o ato da consciência de reportar-se ou referir-se a outra coisa que não ele próprio: a cons</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>III e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>I, III e IV.</p><p>E)</p><p>II, III e IV.</p><p>Exercício 2:</p><p>Sá (2007) observa que Husserl, como Descartes e Kant, perguntava: “Como fundamentar de modo absolutamente seguro o conhecimento?”</p><p>Com base nesse contexto, considere as afirmativas abaixo:</p><p>I. Husserl critica o psicologismo, ou seja, o entendimento dos fenômenos humanos sob a ótica das ciências naturais.</p><p>II. Husserl considera haver uma naturalização da existência das coisas em si mesmas, independentemente de sua relação com uma consciência.</p><p>III. Husserl define a consciência como atividade intencional de atribuição de sentido, de significado às coisas, e de apreensão do mundo.</p><p>IV. Husserl afirma que nada pode ser descrito sem que se leve em conta o olhar do sujeito: sua intencionalidade.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, III e IV.</p><p>B)</p><p>I e III.</p><p>C)</p><p>II e III.</p><p>D)</p><p>III e IV.</p><p>E)</p><p>I, II e III.</p><p>Exercício 3:</p><p>No século XIX ocorreu o desmoronamento dos sistemas filosóficos tradicionais e a ascensão do positivismo. Na ocasião, Husserl criticou os sistem</p><p>Nesse contexto, de acordo com os postulados de Husserl e a sua crítica aos sistemas positivistas, podemos afirmar que:</p><p>I. Os fenômenos do conhecimento têm fundamento na atividade psíquica, o que não é levado em conta pelos cientistas.</p><p>II. Conhecimento baseado apenas em realidades (naturais): apenas empírico e físico são considerados reais, o que deixa de lado a realidade ideal e i</p><p>III. As ciências ignoram a subjetividade.</p><p>IV. O cientista tem influência sobre seu objeto de estudo e não leva isso em consideração.</p><p>V. Ao descrever fenômenos individuais não é possível a replicação e o controle.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>II, III e V.</p><p>B)</p><p>I, IV e V.</p><p>C)</p><p>II, III e IV.</p><p>D)</p><p>I, II, e V.</p><p>E)</p><p>I, II, III, IV e V.</p><p>Exercício 4:</p><p>A fenomenologia de Edmund Husserl propõe que o ponto de partida de todo conhecimento deva ser um retorno à “coisa mesma”.</p><p>Sobre esse tema, afirma-se que:</p><p>I. a “coisa mesma” é a realidade em si mesma, o que exige do pesquisador o conhecimento de suas características intrínsecas.</p><p>II. todo fenômeno está vinculado a um sentido para quem o percebe.</p><p>III. a “coisa mesma” deve ser vista como um fenômeno cuja essência é intuída.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>II e III.</p><p>B)</p><p>I.</p><p>C)</p><p>II.</p><p>D)</p><p>III.</p><p>E)</p><p>I e II.</p><p>Exercício 5:</p><p>De acordo com o Existencialismo de Sartre, é correto afirmar que o ser humano é um ser:</p><p>I. livre, porém, influenciado pelo meio em que vive.</p><p>II. livre para se tornar algo, já que sua natureza não é pré-determinada.</p><p>III. determinado pela tradição e cultura à qual pertence, tendo, portanto, um destino socialmente estabelecido, do qual, contudo, pode e deve se libert</p><p>IV. determinado por um poder que o transcende, tendo, portanto, um destino pré-estabelecido ao qual deve se conformar.</p><p>Corresponde à visão do Existencialismo de Sartre o afirmado somente em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>III e IV.</p><p>C)</p><p>I.</p><p>D)</p><p>II.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 6:</p><p>Segundo Sá (2009), a fenomenologia e o existencialismo constituem juntos as mais importantes matrizes filosóficas das psicologias do século XX.</p><p>Considerando isso, analise as afirmativas abaixo:</p><p>I. A fenomenologia tem por objetivo “voltar às coisas mesmas”, sendo, em primeira instância, descritiva, pois busca clarificar temas, os despojando d</p><p>II. Para o existencialismo, o ser humano não pode ser explicado com base em alguma essência universal.</p><p>III. Para o existencialismo, a consciência e os fenômenos subjetivos, como a percepção, a imaginação e a volição, devem ser estudados por meio do</p><p>IV. Para a fenomenologia, a consciência não é uma substância (alma), mas uma atividade constituída por atos motivados por objetivos a alcançar: a</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>III e IV.</p><p>C)</p><p>I.</p><p>D)</p><p>II.</p><p>E)</p><p>I, II e IV.</p><p>Exercício 7:</p><p>De acordo com Sá (2009), a fenomenologia proposta por Edmund Husserl (1859-1938) influenciou decisivamente o existencialismo, movimento filos</p><p>A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Para a Fenomenologia, o conhecimento deve estar atrelado apenas ao que está relacionado com a experiência.</p><p>II. Husserl concorda com o método de estudo do conhecimento proposto pelas ciências naturais, ao afirmar que a intuição deve ser priorizada em de</p><p>III. A fenomenologia pode ser entendida como a descrição das estruturas gerais da consciência, não da consciência compreendida pela psicologia tr</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>II e III.</p><p>C)</p><p>I.</p><p>D)</p><p>II.</p><p>E)</p><p>III.</p><p>Exercício 8:</p><p>Como afirma Sá (2007), "Fenomenologia e existencialismo, em suas convergências, tensões e entrecruzamentos, constituem juntos importantes m</p><p>psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau, 2007, p. 319).</p><p>De acordo com esse contexto, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. A fenomenologia trata de descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à percepção.</p><p>II. A fenomenologia é um método de pesquisa da realidade, que lhe possibilita manifestar o que esconde.</p><p>III. Para a fenomenologia husserliana é por meio da intencionalidade da consciência que os objetos se constituem no campo intersubjetivo, de modo</p><p>IV. A filosofia de Husserl pode ser compreendida como uma forma de idealismo transcendental, uma tentativa de descrição fenomenológica da subje</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e II.</p><p>B)</p><p>II e III.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>III.</p><p>E)</p><p>IV.</p><p>Módulo 8: A Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>1. A Contribuição Marxista: O Materialismo Histórico e Dialético.</p><p>2. Os Primórdios da Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>3. A Concretização da Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- ROSA, E. Z.; ANDRIANI, A. G. P. Psicologia sócio-histórica: uma tentativa de sistematização epistemológica e metodológica. In: KAHHALE, E. M. P. (org.)</p><p>A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Capítulo 10).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- FERREIRA, A. A. L. Da psicologia ideológica à psicologia revolucionária: o marxismo na psicologia ocidental. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.;</p><p>PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora,</p><p>2013. (Capítulo 22).</p><p>- REY,F. L. G. A psicologia soviética: Vigotsky, Rubinstein e as tendências que a caracterizaram até o fim dos anos 1980. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A.</p><p>A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 21).</p><p>Apresentação do tema:</p><p>A Contribuição Marxista: O Materialismo Histórico e Dialético.</p><p>A Psicologia Sócio-Histórica é uma vertente teórica da Psicologia, cujas proposições ligadas ao conhecimento do homem e de sua subjetividade estão</p><p>guiadas pela concepção materialista dialética.</p><p>Segundo o Dicionário Houaiss MATERIALISMO DIALÉTICO é um conjunto de ideias fundamentadas nos escritos finais de Engels (1820-1895) e</p><p>transformadas em doutrina sistemática pelos marxistas soviéticos, que busca integrar a reflexão de Marx a respeito da sociedade e de suas transformações</p><p>– o materialismo histórico – a uma teoria sobre o processo dialético na realidade natural, no pensamento humano, e nas relações entre os seres vivos.</p><p>Ainda segundo o Dicionário Houaiss MATERIALISMO HISTÓRICO é uma doutrina formulada nos escritos de Karl Marx (1818-1883), que se propõe a uma</p><p>compreensão do processo histórico universal fundamentada no labor humano, em sua finalidade de satisfazer as necessidades econômicas da sociedade</p><p>(alimentação, vestimenta, abrigo etc.), e na luta estabelecida entre as classes sociais pelo controle dos instrumentos e frutos desta produção.</p><p>A produção de Karl Marx (1818-1883) está intimamente relacionada ao momento histórico em que viveu e desenvolveu seu pensamento. Assim, sua obra é</p><p>fortemente determinada pelos acontecimentos políticos, econômicos e históricos em que está inserido, bem como por um forte comprometimento em</p><p>relação à classe trabalhadora.</p><p>Os Primórdios da Psicologia Sócio-Histórica:</p><p>A Psicologia Sócio-Histórica Surge no início do século XX, na União Soviética, momento em que esta procurava reconstruir suas teorias científicas a partir do</p><p>referencial marxista. Destaca-se o nome de Vygotsky (1896-1934), a quem se deve os primeiros passos em direção a esta nova Psicologia, a qual teve como</p><p>principais seguidores Luria (1902-1977) e Leontiev (1903-1979).</p><p>Vygotsky por volta de 1924 mostra-se insatisfeito com as correntes psicológicas, apontando a existência de uma crise mundial na Psicologia, uma vez que</p><p>suas diversas escolas se dirigiam ora para modelos elementaristas, negando a consciência, ora para modelos subjetivistas, considerando a consciência e os</p><p>processos interiores desvinculados das condições materiais que os constituíam.  Vygotsky procura diluir a oposição mundo interno versus mundo externo</p><p>com  a teoria  histórico - cultural.</p><p>Vygotsky propõe construir a Psicologia pelos princípios e métodos do MATERIALISMO DIALÉTICO, de modo que sua produção se destinava à descrição e</p><p>explicação da construção e desenvolvimento do psiquismo e comportamento humano, a partir das funções psicológicas superiores (pensamento, linguagem</p><p>e consciência), guiando-se pelo princípio da  gênese social da consciência.</p><p>A Concretização da Psicologia Sócio-Histórica.</p><p>A obra de Vygotsky é fortemente marcada pela CONCEPÇÃO MARXISTA de HOMEM e REALIDADE, uma vez que estava guiada pelo princípio de que o</p><p>Ser Humano constrói a si mesmo nas relações que estabelece com a realidade, na medida em que:</p><p>É determinado por esta realidade.</p><p>Atua sobre esta realidade</p><p>Transforma esta realidade.</p><p>Os PRESSUPOSTOS para o desenvolvimento da teoria de Vygotsky são:</p><p>1. Crítica a tentativa de compreensão de funções superiores por intermédio da psicologia animal, bem como do desenvolvimento natural humano,</p><p>segundo o qual estas funções são resultados de um processo de maturação.</p><p>2. Ênfase na origem social da linguagem, do pensamento, colocando a cultura como parte do desenvolvimento, e a visão das funções psicológicas como</p><p>produto da atividade cerebral.</p><p>3. De acordo com a teoria marxista, compreende os fenômenos como processos em movimento e mudança.</p><p>4. O homem é entendido como um ser que atua sobre a realidade por intermédio de instrumentos, transformando-a e a si próprio.</p><p>5. O conhecimento deve apreender,  a partir do aparente, as determinações constitutivas do objeto.</p><p>�. A origem e a base do movimento individual estão nas condições sociais de vida historicamente formadas.</p><p>Vygotsky nega qualquer tentativa de explicação referente a uma concepção da natureza humana universal e imutável, a qual necessita apenas aflorar e se</p><p>desenvolver ao longo da vida do indivíduo.</p><p>Atividades:</p><p>1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados.</p><p>2) Leia o texto-aula, considerando-o como um incentivo às suas próprias reflexões.</p><p>3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-</p><p>las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.</p><p>Exercício comentado:</p><p>A respeito da Psicologia Sócio-Histórica, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I) Concebe o homem como ativo, social e histórico; e a sociedade, como produção histórica dos homens.</p><p>II) Fundamenta-se no marxismo e adota o materialismo dialético como filosofia, teoria e método.</p><p>III) Adota uma visão abstrata do fenômeno psicológico.</p><p>IV) Considera que o homem é produto e produtor de seu meio social, da história da humanidade e da cultura.</p><p>Estão corretas as afirmativas</p><p>A) I, II e III</p><p>B) I, II, III e IV.</p><p>C) III e IV</p><p>D) I, II e IV</p><p>E) I, III e IV</p><p>Resposta: D. A afirmativa III é falsa, pois a psicologia sócio-histórica abandona esta visão e representa uma crítica às psicologias que</p><p>tratam o fenômeno  psicológico dessa forma.</p><p>Exercício 1:</p><p>Natureza humana, conjunto de características que incluem formas de agir e pensar comum a todos os seres humanos, é estudada por</p><p>vários ramos da ciência - sociologia, sociobiologia e psicologia, entre outros, como também pela filosofia e teologia. De acordo com o</p><p>conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é o componente humano que permanece normal e/ou invariável ao longo do</p><p>tempo e nos mais diversos contextos socioculturais.</p><p>Com base nisso, podemos afirmar que a visão de Vygotsky e da psicologia sócio-histórica acerca da natureza humana é:</p><p>A)</p><p>compatível com a descrita no texto acima.</p><p>B)</p><p>parcialmente compatível com a descrita no texto acima, pois não aceita o conceito de normalidade.</p><p>C)</p><p>incompatível com a descrita no texto acima, uma vez que, para Vygotsky, não faz sentido falarmos em natureza humana: o homem se</p><p>constitui nas relações sociais e históricas.</p><p>D)</p><p>incompatível com a descrita no texto acima, uma vez que, para Vygotsky, natureza humana diz respeito a todo o conjunto de</p><p>comportamentos, o que inclui a predisposição genética e os comportamentos sociais e culturais.</p><p>E)</p><p>impossível de ser conhecida, porque Vygotsky e a psicologia sócio-histórica não se posicionaram em relação a esse tema.</p><p>Exercício 2:</p><p>A psicologia sócio-histórica surgiu no início do século XX, na União Soviética, período em que se procurava reconstruir as teorias</p><p>científicas com base no referencial marxista.</p><p>Isto posto, leia e analise as afirmativas abaixo.</p><p>I. Vygotsky se propôs a construir uma psicologia guiada pelos princípios e métodos do materialismo dialético, de modo que sua produção</p><p>era destinada a descrever e explicar a construção e o desenvolvimento do psiquismo e do comportamento humano, com base nas</p><p>funções psicológicas superiores - pensamento, linguagem e consciência -, guiando-se pelo princípio da gênese social da consciência.</p><p>II. Vygotsky apontou que estava havendo uma crise mundial da psicologia, uma vez que suas diversas escolas se dirigiam ora para</p><p>modelos elementaristas, negando a consciência, ora para modelos subjetivistas, considerando a consciência e os processos interiores</p><p>desvinculados das condições materiais que os constituíam.</p><p>III. No contexto de uma Rússia pós-revolucionária, a construção de teorias psicológicas somente poderia estar desvinculada</p><p>de</p><p>demandas práticas referentes a problemas sociais e econômicos do povo soviético. Não era possível construir uma psicologia que</p><p>estivesse de acordo com as normas do padrão comunista soviético.</p><p>IV. A crítica de Vygotsky recai sobre a noção de que os conhecimentos produzidos pela psicologia, em sua tentativa de compreender</p><p>quem é o homem e como se constrói sua subjetividade, haviam mantido sempre a dualidade da objetividade versus a subjetividade,</p><p>mundo externo versus mundo interno.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e IV.</p><p>B)</p><p>II e IV.</p><p>C)</p><p>I, II e IV.</p><p>D)</p><p>I, II e III.</p><p>E)</p><p>I, III e IV.</p><p>Exercício 3:</p><p>A psicologia sócio-histórica é uma vertente teórica cujas proposições a respeito do conhecimento do homem e de sua subjetividade são</p><p>guiadas pela concepção materialista. Segundo o Dicionário Houaiss, materialismo dialético é um conjunto de ideias fundamentadas nos</p><p>escritos finais de Engels (1820-1895), e transformadas em doutrina sistemática pelos marxistas soviéticos, que buscaram integrar a</p><p>reflexão de Marx a respeito da sociedade e de suas transformações – o materialismo histórico – a uma teoria sobre o processo dialético</p><p>na realidade natural, no pensamento humano e nas relações entre os seres vivos.</p><p>Sobre a concepção materialista dialética de Marx, considere as afirmativas a seguir:</p><p>I. A obra de Marx foi fortemente determinada pelos acontecimentos políticos, econômicos e históricos em que estava inserida, bem como</p><p>por seu forte compromisso com a classe trabalhadora.</p><p>II. A obra marxista liga toda a realidade à matéria e suas modificações.</p><p>III. Para Marx toda transformação é realizada por meio de relações concretas.</p><p>IV. A obra marxista se distanciou das análises sociais, econômicas e políticas de sua época.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>III e IV.</p><p>B)</p><p>I, II e III.</p><p>C)</p><p>II.</p><p>D)</p><p>I, III e IV.</p><p>E)</p><p>II e IV.</p><p>Exercício 4:</p><p>Analise as afirmações abaixo sobre a psicologia sócio-histórica:</p><p>I. está fundamentada no marxismo e adota o materialismo dialético como filosofia, teoria e método.</p><p>II. concebe o ser humano como ativo, social e histórico, e a sociedade como produção histórica dos seres humanos que, por meio do</p><p>trabalho, produzem sua vida material.</p><p>III. entende que as ideias são uma representação da realidade material, estando esta, fundada em contradições.</p><p>IV. concebe a história como o movimento contraditório e constante do fazer humano; na história, a partir da base material, pode ser</p><p>compreendida toda a produção de ideias, o que inclui a ciência e a Psicologia.</p><p>V. representa o abandono da visão abstrata do fenômeno psicológico e, mais, representa uma crítica às psicologias que tratam o</p><p>fenômeno dessa forma.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>II e III.</p><p>B)</p><p>I e III.</p><p>C)</p><p>IV e V.</p><p>D)</p><p>II e V.</p><p>E)</p><p>I, II, III, IV e V.</p><p>Exercício 5:</p><p>Rosa e Andriani (2011), argumentam que a partir da crise da Psicologia Social, surge a proposta de construção de uma psicologia social</p><p>crítica e, assim, a concretização da psicologia sócio-histórica.</p><p>Sobre isso afirma-se que:</p><p>I. o contexto das ditaduras militares, da repressão e das injustiças nas décadas de 1960 e 1970, contribuíram para a politização da</p><p>Psicologia Social, produzindo uma psicologia crítica.</p><p>II. já nas décadas de 1970 e 1980, com a abertura da “guerra fria”, foi possível o acesso às obras russas de Vygotsky, Luria e Leontiev,</p><p>obras que colaboraram para a concretização da Psicologia Sócio-histórica.</p><p>III. posteriormente, nas décadas de 1980 e 1990, com o movimento da globalização e da revolução tecnológica, foi possível estabelecer</p><p>contato com psicólogos russos que participaram de congressos científicos na América Latina, e formaram os psicólogos latinos em</p><p>Psicologia Social crítica.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I e III.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>II e III.</p><p>Exercício 6:</p><p>A Psicologia Sócio-histórica está estruturada em torno da concepção materialista dialética, segundo a qual a base da sociedade está</p><p>fundamentada nas condições materiais de vida.</p><p>Isto significa que:</p><p>I. o modo como o ser humano se relaciona e se organiza na realidade determina a sua consciência.</p><p>II. o ser humano só pode conhecer o concreto, pois, para essa abordagem teórica, não há o subjetivo.</p><p>III. a realidade é concebida como uma totalidade de determinações ordenadas de modo a constituir uma unidade, geradora das próprias</p><p>contradições, que promove transformações.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I.</p><p>B)</p><p>II.</p><p>C)</p><p>I e III.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>III.</p><p>Exercício 7:</p><p>Os conteúdos básicos da produção de Vygotsky surgiram por volta da segunda década do século XX.</p><p>A propósito de suas contribuições, afirma-se que:</p><p>I. sua produção estava voltada à gênese social da consciência.</p><p>II. o estudo do psiquismo e do comportamento humano se dá a partir das funções psicológicas superiores.</p><p>III. sua produção foi sobretudo elementarista, o que é próprio das correntes psicológicas soviéticas da época.</p><p>IV. seus estudos sobre funções psicológicas superiores foram fundamentados em resultados obtidos nos experimentos da psicologia</p><p>animal.</p><p>Está correto somente o afirmado em:</p><p>A)</p><p>I, II e III.</p><p>B)</p><p>II, III e IV.</p><p>C)</p><p>I, III e IV.</p><p>D)</p><p>I e II.</p><p>E)</p><p>III e IV.</p><p>Exercício 8:</p><p>A Psicologia Sócio-histórica tem por foco central:</p><p>A)</p><p>as representações sociais do ego, seus mecanismos de defesa e a dinâmica do aparelho psíquico dos vários sujeitos em interação.</p><p>B)</p><p>os processos inconscientes que constituem o sujeito psíquico, mediados pela linguagem e pelos artefatos culturais.</p><p>C)</p><p>a constituição da consciência em sua relação com a atividade mediada pela interação social e a linguagem.</p><p>D)</p><p>a análise das contingências ambientais que determinam o comportamento social, emitido a partir de esquemas de reforçamento.</p><p>E)</p><p>o desenvolvimento pleno do indivíduo, a ser realizado por meio de vivências e de experiências pessoais, no sentido existencial e</p><p>fenomenológico desses termos.</p><p>Módulo 9: IX - Psicologia ou Psicologias?</p><p>Objetivos:</p><p>- Retomar a proposta de compreensão da diversidade teórica e prática da psicologia que esteve presente</p><p>em todo o percurso da disciplina.</p><p>- Reafirmar o reconhecimento da Psicologia como um saber referido às condições históricas, filosóficas e</p><p>sociais presentes em sua produção.</p><p>- Retomar os aspectos principais discutidos ao longo do semestre, estabelecendo comparações entre as</p><p>teorias e sistemas estudados, em termos de pressupostos sobre o Homem e a possibilidade de estudá-lo.</p><p>Leitura Obrigatória:</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. ( Capítulo XII).</p><p>Leitura para Aprofundamento:</p><p>- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulo II).</p><p>Apresentação do tema:</p><p>Em uma visão perspectiva, é possível  avaliar com mais precisão o que afirmamos, no início do curso, a</p><p>respeito da diversidade das teorias psicológicas. Como bem coloca Figueiredo (2012), a diversidade é</p><p>particularmente notável, na medida em que, ao longo do tempo,</p><p>observa-se “surtos” de interesse por um ou outro enfoque metodológico, um ou outro modelo de</p><p>compreensão dos problemas humanos.</p><p>Vimos, ao apresentar a Psicologia Humanista, que a proposta surgiu no e do contexto americano do pós-</p><p>guerra, concretizando os ideais de uma sociedade em crise. Atualmente, vemos recrudescer as tentativas</p><p>de desenvolvimento de uma psicologia de caráter mais biologizante, na esteira dos avanços</p><p>contemporâneos na área das neurociências e da psicofarmacologia.</p><p>Neste sentido, é bastante oportuno reiterar a idéia de que os projetos de Psicologia guardam estreita</p><p>relação com as condições sociais, econômicas e culturais que os possibilitam e dão sentido e um profundo</p><p>compromisso com as ideologias em curso em dado momento histórico. Este fato, hoje, mais que nunca,</p><p>obriga-nos a um esforço reflexivo que, para além dos aspectos puramente epistemológicos, envolvamos</p><p>em uma avaliação dos compromissos éticos  que implicam.</p><p>Atividades:</p><p>1) Leia atentamente os textos indicados.</p><p>2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser</p><p>motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las.  Caso elas persistam, apresente-as  ao professor,</p><p>nas aulas presenciais.</p><p>3) Exercício comentado:</p><p>À respeito da diversidade de atuação que se observa entre psicólogos adeptos de diferentes abordagens</p><p>teóricas, é possível dizer que:</p><p>I. Reflete o fato de serem pessoas diferentes, sem que divirjam necessariamente em relação aos</p><p>pressupostos teóricos que orientam suas atuações.</p><p>II. Indica que as divergências de pensamento no corpo teórico da psicologia se refletem na diversidade de</p><p>atuação dos psicólogos</p><p>III. Esta diversidade de atuação está, em última análise, vinculada à diversidade de pensamento que</p><p>caracteriza o conhecimento psicológico atual, e foi originada historicamente a partir de pressupostos e</p><p>pontos de vista diferentes, sobre os quais a psicologia se desenvolveu.</p><p>IV) Indica que a Psicologia, por não ter um objeto de estudo definido consensualmente pelas diferentes</p><p>teorias, não se constitui como ciência independente.</p><p>Considerando a proposta da disciplina, é verdadeiro o que se afirma em:</p><p>A) I e II</p><p>B) I e III</p><p>C) II e III</p><p>D) II e IV</p><p>E) III e IV</p><p>R: Se voce compreendeu adequadamente a forma como a disciplina defende que se compreenda a</p><p>diversidade teórica e prática da Psicologia, assinalou a alternativa C. As diferenças na forma de pensar e de</p><p>atuar dos psicólogos não provem de caracteristicas pessoais. Também não são decorrencias do fato de a</p><p>Psicologia não ter ainda alcançado um estágio de desenvolvimento tal que permita que o conhecimento</p><p>criado nessa área seja reconhecido como verdadeiramente científico. A diversidade teorica e prática da</p><p>Psicologia decorre da adesão a diferentes conjuntos de pressupostos sobre como é o homem e como é</p><p>possível estudá-lo.</p><p>CONVIVENDO COM A DIVERSIDADE</p><p>Como você sabe, as diferentes teorias psicológicas, partindo de diferentes conjuntos de</p><p>pressupostos, propõem e solucionam diferentes problemas da prática profissional. Assim, as técnicas que</p><p>intrumentalizam nosso trabalho têm uso limitado, não sendo efetivas na resolução de todos os problemas</p><p>com os quais se defronta o psicólogo.</p><p>O conhecimento das matrizes do pensamento psicológico permite ao psicólogo evitar as atitudes</p><p>dogmáticas e ecléticas e conduzir seu trabalho fundamentado em teorizações provenientes dos mesmos</p><p>pressupostos sobre o que é o homem e o que é a realidade.</p><p>Atividades:</p><p>1) Leia atentamente os textos indicados.</p><p>2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser</p><p>motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,</p><p>nas aulas presenciais.</p><p>3) Exercício comentado:</p><p>Luís e Cristina vieram à terapia encaminhados pela médica de sua filha de 5 anos. Estavam casados há 6 anos</p><p>e a convivência estava tão difícil, que pensavam em separação. Procuraram a terapia como sendo a última</p><p>chance para salvar seu casamento. Os dois diziam que não queriam separar-se, mas concordavam que viver</p><p>como estavam vivendo não dava mais. Luís apresentava um ciúme “doentio” em relação à Cristina e ela não</p><p>sabia mais como lidar com isso. Brigavam muito, passando por episódios de intensa agressão verbal, tendo</p><p>inclusive havido agressão física, no início do casamento. Cristina, que sempre havia sido uma moça alegre,</p><p>ressentia-se de ter perdido toda a sua alegria e até mesmo sua referência. Não sabia mais para onde olhar,</p><p>como comportar-se, para onde olhar, como falar. Ambos sentiam-se tristes e infelizes. A terapia foi</p><p>extremamente breve – apenas três meses – , ao final dos quais o casal parecia ter conseguido atingir o</p><p>objetivo que os trouxera a mim: estavam podendo freqüentar lugares sociais, com muita gente, sem que os</p><p>episódios de ciúme se manifestassem. Ambos relatavam estar confiantes em seu relacionamento e sentirem-</p><p>se bem por terem podido resolver seus próprios problemas. Mostravam-se agradecidos à terapia à qual</p><p>creditavam sua melhora.</p><p>Questionados sobre o que, de fato, percebiam ter havido em suas vidas, em decorrência do processo</p><p>psicoterápico, ambos afirmaram que a terapia fez uma grande diferença no sentido de resgatarem sua</p><p>condição de agentes, na reapropriação da possibilidade de autoria das suas existências. Acima de tudo,</p><p>entendem que os domínios de suas existências foram ampliados. Sentiam-se mais livres para tomar decisões</p><p>e creditavam esta possibilidade à harmonia que conseguiram pela terapia. (adaptado de Grandesso, M. A.</p><p>Sobre a reconstrução do significado. São Paulo: Casa do Psicólogo,  2000, p.307-309)</p><p>Em nossa área de trabalho, a maneira como compreendemos o fenômeno psicológico resulta da adoção de</p><p>determinados pressupostos, o que implica uma certa forma de trabalho profissional e uma conceituação</p><p>determinada do que é mudança, saúde e bem-estar. Analisando o relato apresentado, é possível tecer</p><p>algumas conjeturas a respeito da teoria que poderia estar embasando o trabalho do psicoterapeuta.</p><p>Considerando o exposto, o psicoterapeuta de Luís e Cristina (assinale a alternativa correta):</p><p>A) Não poderia ser um psicanalista, mas poderia ser um behaviorista radical ou um humanista.</p><p>B) Não poderia ser um behaviorista radical, mas poderia ser um humanista ou de um psicanalista.</p><p>C) Não poderia ser nem um psicanalista, nem um behaviorista radical, mas poderia ser um humanista.</p><p>D) Não poderia ser nem um psicanalista, nem um humanista, mas poderia ser um behaviorista radical.</p><p>E) Poderia ser um psicanalista, um humanista ou um behaviorista radical.</p><p>R: A alternativa a ser assinalada é a C. O psicoterapeuta compreende que o casal é capaz</p><p>de autonomamente estabelecer objetivos e escolher alternativas de ação que a eles conduzam. Esta visão</p><p>de ser humano não se coaduna com perspectivas deterministas, como a Psicanálise e o Behaviorismo.</p><p>Exercício 1:</p><p>De acordo com a abordagem que embasa o trabalho de determinado psicoterapeuta, esse entenderá a</p><p>queixa do paciente de determinada maneira. Sua escuta e a avaliação clínica que fará do caso, bem como a</p><p>indicação terapêutica que elaborará, dependerá da teoria psicológica por ele adotada.</p><p>Leia com atenção o caso descrito a seguir.</p><p>Carmen, uma mulher de 30 anos, solteira, morando com os pais, busca um serviço de atendimento</p><p>psicológico devido à sua obesidade. Está com 120 quilos, passa o dia todo assistindo TV e comendo e não</p><p>tem vontade de falar com ninguém. Estas informações foram obtidas com dificuldade, pois, no contato</p><p>com a psicóloga, insistiu em permanecer silenciosa.</p><p>Caso concordasse em fazer psicoterapia, a estratégia psicoterapêutica a ser utilizada dependeria da teoria</p><p>adotada pelo terapeuta. Considere as afirmativas abaixo para verificar se estão corretas.</p><p>I Humanismo:  o psicoterapeuta teria por objetivo colaborar para que Carmen desenvolvesse padrões mais</p><p>adaptativos de pensamentos e crenças.</p><p>II Psicanálíse: a obesidade é um sintoma que ocupa o lugar de algo banido da consciência.</p><p>III Humanismo:   o terapeuta entende a obesidade como um recurso de expressão da individualidade de</p><p>Carmem.</p><p>IV Comportamentalismo radical: o terapeuta estabelecerá contingências capazes de efetivamente competir</p><p>com as contingências já estabelecidas de relação de Carmem com a própria obesidade.</p><p>V Psicanálíse: não é indicada nesse caso por ser a obesidade um sintoma físico e não psicológico.</p><p>Está incorreto somente o afirmado em</p><p>A)</p><p>I e V.</p><p>B)</p><p>II e IV.</p><p>C)</p><p>III.</p><p>D)</p><p>I e III.</p><p>E)</p><p>IV e V.</p><p>o Instituto Paulista de Eficiência,</p><p>que facilitou a Organização Racional do Trabalho (IDORT), que se desdobrou em instituições</p><p>de claro cunho psicológico, como a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes.</p><p>Também foram experiências igualmente importantes, as pesquisas realizadas a partir dos</p><p>processos de seleção de aviadores para a Aviação Militar, sob tutela do Laboratório de</p><p>Psicologia da Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro.</p><p>Segundo Antunes (2006, p 91), nesse contexto, a Psicologia serviu como função de</p><p>sustentáculo cientifico dos novos métodos administrativos, onde imperava a lógica racional e</p><p>científica de atuação, seja pelos testes implementados ou por processos de seleção</p><p>profissional objetivos. Nessa lógica, o individuo era compreendido como uma peça material</p><p>do processo produtivo, inclusive pela própria Psicologia, que o nominava como parte dos</p><p>Recursos Humanos.</p><p>A Regulamentação da Psicologia e do Conselho Federal</p><p>A Psicologia foi regulamentada como profissão, no Brasil, no ano de 1962, decorrente da Lei</p><p>nº 4119, de 27 de agosto de 1962. Porém, somente em 1972, é que se criou o Conselho</p><p>Federal de Psicologia, órgão encarregado de zelar pela organização do exercício profissional e</p><p>que congregava todos os psicólogos brasileiros.</p><p>Segundo Soares (2010, p.20), em 1946, foi aprovado um decreto-lei que "ampliava o regime</p><p>didático da Filosofia, referindo-se à possibilidade de ter diploma de licenciado" em Psicologia,</p><p>quem por exemplo, fosse aprovado nos três primeiros anos do curso de Filosofia, bem em</p><p>cursos de Biologia, Fisiologia, Antropologia, Estatística e em cursos de especialização de</p><p>Psicologia.</p><p>Em 1962, o Presidente da República João Goulart, promulgou a 27 de agosto, a Lei nº 4.119</p><p>dispondo sobre os Cursos de Formação de Psicólogos, com importantes inovações, tais</p><p>como  permitir, aos portadores de diplomas ou certificados de especialista em Psicologia,</p><p>Psicologia Educacional, Psicologia Clínica e Psicologia Aplicada ao Trabalho, o exercício do</p><p>ofício de psicólogo, como também   permitir aos que já venham exercendo, na data da</p><p>publicação da Lei, ou tenham exercido por mais de cinco anos, atividades profissionais de</p><p>Psicologia Aplicada, o registro de Psicólogo. (SOARES,2010)</p><p>Romaro (2006, p 28) afirma que, a partir do Decreto 53464, em 1964, regulamenta-se</p><p>definitivamente a Lei 4119 e se estruturam os cursos de psicologia, junto às Faculdades de</p><p>Filosofia, em cursos de bacharelado, licenciatura e psicologia.  A lei estabelece como "funções</p><p>privativas do psicólogo brasileiro o diagnóstico psicológico, a orientação e seleção pessoal, a</p><p>orientação psicopedagógica, a solução de problemas de ajustamento, a colaboração em</p><p>assuntos psicológicos ligados a outras ciências".</p><p>Esse marco foi essencial para a profissionalização da Psicologia, pois como Pereira & Pereira</p><p>Neto (2003) elucidam:</p><p>Para que uma atividade seja reconhecida como tal, é necessário que reúna algumas</p><p>características. Por um lado, a profissão deve ter um conhecimento delimitado,</p><p>complexo e institucionalizado. Por outro, ela tem que organizar seus interesses em</p><p>associações  profissionais que padronizem a conduta dos pares, realizando uma auto-</p><p>regulação. O controle interno da profissão é feito através da fiscalização das condutas</p><p>profissionais com dispositivos formais, entre os quais se destacam os códigos de</p><p>ética. (PEREIRA&PEREIRA NETO, 2003, p 20)</p><p>Bock (2001), ao discutir a regulamentação da Psicologia em 1962, através da Lei nº 4119 e o</p><p>Catálogo Brasileiro de Ocupações do mesmo ano, ressalta o caráter disciplinador e</p><p>moralizante das práticas psicológicas, como podemos vislumbrar:</p><p>A psicologia e a profissão lá estão limitadas a aspectos intervencionistas orientados</p><p>para o ajustamento e a adaptação do individuo. Fala-se, então, de desenvolvimento e de</p><p>condições para sua facilitação, como se o desenvolvimento tivesse percurso</p><p>determinado. (....) A finalidade do trabalho é ajustamento, adaptação, auto realização,</p><p>desenvolvimento, convivência e desempenho, sempre supondo um estado de</p><p>normalidade. O trabalho do psicólogo está muito relacionado a esses objetivos, seja ele</p><p>em escolas, empresas ou clínicas. ( BOCK, 2001, p. 26).</p><p>Apenas em 1971 cria-se o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, com o</p><p>intuito de regulamentar, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão, sendo</p><p>elaborando o primeiro Código de Ética apenas em 1975, pela resolução CFP 008/75, por uma</p><p>Comissão de Ética.</p><p>Segundo Soares (2010, p. 28), o primeiro Conselho Federal enfrentou uma tarefa árdua, pois</p><p>precisou se empenhar em elaborar leis sobre  "as quais viessem a assentar, sólidas e</p><p>definitivas, a tradição e a unidade da classe, recentemente reconhecida, ao lado de  uma</p><p>consciência de corpo, sob a égide de uma só Autarquia".</p><p>Nesse processo constitutivo, o Conselho Federal de Psicologia no Brasil se definia como uma</p><p>autarquia federal, ou seja, como instituição com autonomia de gestão didático-científica,</p><p>administrativa e financeira.  Porém, devido ao contexto político e histórico de teor ditatorial,</p><p>nas décadas de 1960 e de 1970, o Conselho permaneceu como extensão dos poderes e</p><p>decisões do Estado, sem independência jurídica ou social. Somente a partir da</p><p>redemocratização do país, em meados dos anos de 1980, o Conselho assumiu sua vocação</p><p>autárquica, mostrando-se com maior autonomia em suas agendas políticas e profissionais.</p><p>Pode-se comprovar esse fato, pelas informações que constam atualmente no site do</p><p>Conselho Federal:</p><p>O Conselho Federal de Psicologia – CFP é uma autarquia de direito público, com</p><p>autonomia administrativa e financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e</p><p>fiscalizar o exercício profissional, como previsto na Lei 5766/1971, regulamentada pelo</p><p>Decreto 79.822, de 17 de junho de 1977,  deve promover espaços de discussão sobre</p><p>os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais</p><p>prestados pela categoria à sociedade. (CFP, disponível <</p><p>http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/>, acesso 2013)</p><p>Em 1976, elegeu-se o segundo Conselho Federal, focado em fortalecer a imagem profissional</p><p>do psicólogo brasileiro, assim como também oficializar o exercício de fiscalização em relação</p><p>ao exercício profissional, sob uma Comissão de Fiscalização,  fixada pela Resolução nº 3, de</p><p>27 de fevereiro de 1977.</p><p>Desde então, o Conselho Federal de Psicologia passou por diferentes momentos dentro do</p><p>contexto sociopolítico brasileiro. Entretanto, foi com a democratização e com a Constituição</p><p>Cidadã, em 1988, que esse órgão passou a seguir uma vocação mais crítico-social, criando</p><p>inúmeras Comissões pertinentes e comprometidas com a realidade brasileira. Atualmente,</p><p>encontramos as seguintes comissões permanentes:</p><p>§  Comissão de Direitos Humanos, criada pela Resolução CFP nº 11/1998 tem como atribuições: incentivar a</p><p>reflexão sobre os direitos humanos inerentes à formação, à prática profissional e à pesquisa em</p><p>Psicologia;  intervir em todas as situações em que existam violações dos direitos humanos que produzam</p><p>sofrimento mental;  participar de todas as iniciativas que preservem os direitos humanos na sociedade</p><p>brasileira; apoiar o movimento internacional dos direitos humanos;  e lutar contra todas as formas de exclusão</p><p>que violem os direitos humanos e provoquem qualquer tipo de sofrimento mental.</p><p>§  Comissão de Análise  sobre Título  Especialistas, criada pela Resolução CFP nº 014/200, revogada pela</p><p>Resolução CFP nº 013/2007: criada para fins de concessão de credenciamento de cursos de especialista e</p><p>análise de recursos  sobre títulos de especialistas. Essa comissão também tem a responsabilidade de</p><p>subsidiar o plenário do CFP para as diversas demandas relacionadas ao tema “Especialidades em Psicologia”.</p><p>§  Comissão Nacional de Credenciamento de sites, criada pela Resolução CFP nº 003/2000, revogada pela</p><p>Resolução CFP nº 012/2005:   além de realizar avaliação dos sites que oferecem serviços de</p><p>Psicologia, apresenta sugestões para o aprimoramento</p><p>dos procedimentos e critérios envolvidos nesta tarefa</p><p>e subsidia o Sistema Conselhos de Psicologia a respeito da matéria.</p><p>§  Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, criada pela Resolução CFP nº 025/2001, revogada pela</p><p>Resolução CFP nº 002/2003:   integrada por psicólogos convidados de reconhecido saber em testes</p><p>psicológicos, tem como objetivo analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP,</p><p>com base nos parâmetros definidos nesta Resolução, bem como apresentar sugestões para o aprimoramento</p><p>dos procedimentos e critérios envolvidos nessa tarefa, subsidiando as decisões do Plenário a respeito da</p><p>matéria.</p><p>(CFP, disponível < http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/>, acesso 2013)</p><p>Atualmente, no século XXI, segundo Pereira & Pereira Neto (2003), enfrentamos um período de</p><p>profissionalização mais madura, porém a Psicologia sofre com as alterações e crises sócio</p><p>econômicas, causando uma maior proliferação de faculdades de psicologia, a queda na</p><p>qualidade da formação e, ao  mesmo tempo, uma degradação do valor do trabalho do</p><p>psicólogo no mercado de trabalho. Há novos espaços de atuação profissional que surgem</p><p>devido, inclusive, a uma crise mercadológica e epistêmica no cenário clínico. Surgem  novos</p><p>dilemas éticos situados nos fenômenos intersubjetivos da contemporaneidade, desafiando a</p><p>categoria profissional a se rever continua e criticamente. Esse é o processo de</p><p>profissionalização aberto e ainda por ser feito, na prática cotidiana de uma profissão</p><p>relativamente nova em nosso país.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>ANTUNES, M. A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua constituição. São Paulo: Ed</p><p>Unimarco EDUC, 2005.</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil. Psicol. cienc. prof.  [online]. 2010, vol.30,</p><p>n.spe, pp. 8-41</p><p>Bibliografias Complementares</p><p>ANTUNES, M. A Psicologia no Brasil no século XX: Desenvolvimento Científico e Profissional.</p><p>In MASSIMI & GUEDES (orgs). História da Psicologia no Brasil: novos estudos. São Paulo: Ed</p><p>EDUC, 2004.</p><p>BERNARDES, L. História da Psicologia no Brasil. São Paulo: Ed Casa do Psicólogo, 2007.</p><p>BOCK, A. História da organização do psicólogo e a concepção do fenômeno psicológico. In:</p><p>JACO-VILELA,CEREZZO, RODRIGUES  (org). Clio-Psyque hoje:  fazeres e dizeres psi na história</p><p>do Brasil. RJ: Relume- Dumará. 2001, p 25-33.</p><p>COSTA, J. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Ed Graal, 1987.</p><p>PEREIRA e PEREIRA NETO. O Psicólogo no Brasil: notas sobre seu processo de</p><p>profissionalização. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v 8 , n.2, PP 19-27, 2003.</p><p>PESSOTTI, I. Notas para uma história da psicologia brasileira. In CONSELHO FEDERAL DE</p><p>PSICOLOGIA. Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo: Ed Edicon, 1988.</p><p>SAVIANI, Dermeval. O legado educacional do “longo século XX” brasileiro. In: SAVIANI,</p><p>Dermeval ( et. al.).  O legado educacional do século XX no Brasil.  Campinas, SP: Autores</p><p>Associados, 2004.</p><p>VIDAL, Diana Gonçalves. Escola Nova e processo educativo. In: LOPES, Eliane Marta,</p><p>FIGUEIREDO, Luciano e GREIVAS, Cynthia (orgs.).  500 anos de educação no Brasil. Belo</p><p>Horizonte: Autêntica, 3ª. Ed., 2003.</p><p>Uma Reflexão Inquietante:   Diante a apresentação histórica e contextual desse módulo sobre</p><p>a autonomização da Psicologia no Brasil e seu viés adaptativo e eugênico, de que modo na</p><p>atualidade, os psicólogos brasileiros podem e devem rever sua história e transformar sua</p><p>atuação com parâmetros mais éticos e comprometidos com a sociedade?</p><p>Sugestão hipermidiática:</p><p>Visite o site da Memória da Psicologia junto ao Conselho Federal de Psicologia, escolha um</p><p>vídeo disponível e o relacione com o conteúdo do módulo, cabe a sugestão do vídeo Memória</p><p>do Projeto de Ulysses Pernambucano, disponível http://www.youtube.com/watch?</p><p>feature=player_embedded&v=dzsYlRp93uU, acesso nov/2013..</p><p>Projeto Memória da Psicologia Brasileira, disponível em</p><p><http://site.cfp.org.br/multimidia/projeto-memorias-da-psicologia-brasileira/videos/>,</p><p>acesso nov/2013.</p><p>Atividades Teórico-Práticas:</p><p>I)                        Leia o texto de Soares (2010) e grife trechos que dizem respeito às funções do Conselho</p><p>Federal de Psicologia.</p><p>TEXTO BASE: SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil.  Psicol. cienc. prof.  [online]. 2010, vol.30,</p><p>Caderno Especial, pp. 8-41.</p><p>II)                      Crie uma linha do tempo a partir das informações disponíveis no texto base do Módulo,</p><p>identificando: eventos sociais, históricos e profissionais importantes na fase de implementação da</p><p>Psicologia como ciência no século XX, a criação do Conselho Federal de Psicologia e  a constituição</p><p>dos Códigos de Ética.</p><p>Exercício comentado:</p><p>Sobre as idéias psicológicas brasileiras dos séculos XIX e XX, na fase de autonomização da</p><p>Psicologia Científica, Antunes ( 2006) afirma que possuíam:</p><p>I)                          a finalidade de conscientizar critico e socialmente o individuo diante o modelo de</p><p>desenvolvimento urbano-industrial.</p><p>II)             a finalidade de adaptar o sujeito aos padrões de alta produtividade da época.</p><p>III)            a finalidade de moralizar os sujeitos, nos padrões morais e éticos da elite brasileira, excluindo</p><p>os desordeiros, que não seguiam esses padrões.</p><p>IV)                   a finalidade de localizar o homem certo para o lugar certo no padrão organizacional e no</p><p>mundo do trabalho.</p><p>São corretas as afirmativas:</p><p>a)    I, II e III</p><p>b)    II, III e IV</p><p>c)    III e IV</p><p>d)    I, III e IV</p><p>e)    III e IV</p><p>Comentários do exercício: o aluno deve ler o texto base do módulo e as citações realizadas a</p><p>partir de Antunes (2006), para compreender o viés hegemônico adaptativo e higienicista dos</p><p>saberes psicológicos no contexto brasileiro (séc XIX e XX) que possuía essa demanda: manter o</p><p>sujeito disciplinado e em alto padrão de produtividade. A partir dessa concepção, percebe-se que</p><p>o item I está incorreto, pois não se objetivava conscientizar criticamente a população através das</p><p>práticas psicológicas, mas mantê-la moralizada e disciplinada, como está explícitos nos itens II ,</p><p>III e IV. Portanto, alternativa B é a correta.</p><p>MÓDULO 3 – INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO</p><p>PSICOLOGO</p><p>OBJETIVOS:</p><p>-Apresentar a História Breve dos Códigos de Ética do Psicólogo no Brasil.</p><p>-Apresentar as concepções de homem e mundo que subjazem o Código de Ética Profissional</p><p>do Psicólogo: a concepção de homem social (provinda da ética material de Aristóteles) e a</p><p>concepção sócio-histórica.</p><p>INTRODUÇÃO E BIBLIOGRAFIAS</p><p>Toda profissão ao se definir como um conjunto de práticas e teorias que buscam atender as</p><p>necessidades psicossociais de uma população, controlada por padrões técnicos e éticos,</p><p>organiza-se e regulamenta-se a partir de um documento deontológico, denominado</p><p>comumente de Código de Ética. Com a regulamentação da Psicologia em 1962, fez-se</p><p>necessário construir um Código de normas para o reconhecimento social da profissão em</p><p>âmbito nacional.</p><p>O novo Código de Ética do Psicólogo foi proposto em 2005, como resultado de um</p><p>percurso histórico da Psicologia frente às novas demandas sociais e também como carta que</p><p>dialoga ativamente com a Cultura de Direitos Humanos, instituída a partir da Constituição</p><p>Federal de 1988.</p><p>Esse documento promulgado em 27 de agosto de 2005, é o quarto Código de Ética do</p><p>Psicólogo no Brasil. Ele veio responder, principalmente,   ao contexto organizacional e</p><p>institucional, oriundo de um pedido social para as entidades representativas, os Conselhos</p><p>Regionais de Psicologia. Portanto, esse é um Código que veio atender à evolução do contexto</p><p>institucional do Brasil, com a crescente democratização e industrialização.</p><p>Em 1967, o primeiro Código de Ética do Psicólogo foi aprovado pela Associação Brasileira de</p><p>Psicólogos, presidida por Arrigo Angelini, possuía cinco princípios fundamentais e 40 artigos.</p><p>Em 1975, por sua vez, este foi modificado e reorganizado como oficialmente o primeiro</p><p>Código de Ética, agora promulgado por um Conselho</p><p>Federal de Psicologia.  (Romaro, 2006)</p><p>Em 1979, aprova-se o segundo Código de Ética da profissão, em tempos de ditadura militar no</p><p>Brasil. Esse documento possuía, segundo Romaro (2006), cinco princípios fundamentais e 50</p><p>artigos, com grifos sobre o trabalho do psicólogo em equipes multiprofissionais.</p><p>Em 1987, aprova-se o terceiro Código de Ética Profissional da Psicologia, mais denso e com</p><p>grande quantidade de artigos e alíneas, refletindo, segundo Romaro (2006), as dificuldades</p><p>enfrentadas na confecção desse documento em um momento de transição da ditadura para a</p><p>redemocratização do país. Os pontos salientados foram o respeito pelo outro e sua</p><p>integridade, que faz alusão aos Direitos Humanos, e também à importância da função social</p><p>do psicólogo por meio de uma análise crítica da realidade.</p><p>Depois de 40 anos, a classe profissional se viu mobilizada a rever esse documento, num</p><p>contexto sócio político mais amadurecido e com novas demandas psicossociais,</p><p>principalmente no cenário institucional, no qual os psicólogos brasileiros intervinham e</p><p>encontravam dilemas éticos, complexos e pouco contemplados pelo Conselho Federal de</p><p>Psicologia.</p><p>A partir desse novo cenário e dos novos fazeres, a Psicologia Brasileira foi chamada a</p><p>participar de um processo de reflexão e construção de novas diretrizes para as ações</p><p>profissionais da Psicologia. Esse processo se iniciou em 2001, quando os psicólogos foram</p><p>convocados a confeccionar um novo código, superando o anterior que havia sido feito em</p><p>1987. O documento anterior tinha marcas direcionadas predominantemente ao campo clínico,</p><p>e não dialogava com as novas configurações psicossociais e com leis mais modernas, como</p><p>o Estatuto da Criança e do Adolescente(1990).</p><p>Os Conselhos Regionais de Psicologia em território nacional foram mobilizados a</p><p>chamar os seus participantes a organizarem Fóruns Regionais de Ética, formulando teses que</p><p>indicariam quais mudanças seriam realizadas em um novo documento da categoria</p><p>profissional.</p><p>O Código retrata a   imagem da nossa prática profissional, que muitas vezes incomoda</p><p>a classe profissional, pelo seu viés ainda elitista e curativo, resultado da identidade clássica</p><p>do psicólogo clínico e do modelo biomédico de atendimento. A partir disso, os psicólogos</p><p>brasileiros  buscaram  uma prática mais refletida, um retrato mais fiel do que fazem de fato ou</p><p>do que querem fazer na Psicologia. Por isso, o novo Código de Ética do Psicólogo é um</p><p>projeto profissional coletivo, que desenha uma possível nova identidade desse sujeito que</p><p>trabalha e faz psicologia no Brasil.</p><p>O novo código foi pensado dentro do movimento da história da Psicologia, na sua prática com</p><p>a sociedade brasileira. Desse modo ele expõe princípios que:  representa essa história;</p><p>valoriza o sujeito na perspectiva social; respeita as diversidades humanas na trama sócio</p><p>cultural; reconhece a diversidade interna da própria Psicologia em suas diferentes teorias e</p><p>fazeres; garante os direitos do individuo e apresenta uma perspectiva de promoção de saúde.</p><p>Esse novo documento modificou sua forma, apresentando metade dos artigos, em</p><p>contraponto ao antigo código com 50 artigos. É uma mudança formal, mas primordialmente</p><p>de sentido. Buscou-se um código que permite uma maior reflexão do sujeito, enfocando</p><p>amplos princípios norteadores e que não dita somente regras fechadas. Com isso, temos um</p><p>documento voltado para os direitos do psicólogo.</p><p>As concepções filosóficas referentes à concepção de homem e de mundo presentes no</p><p>Código de Ética, podem ser reconhecidas em dois eixos:</p><p>a) Aristotélico – ressalta a concepção de homem como um animal político e que tem sua</p><p>existência permeada de sentido no coletivo.</p><p>b)  Sócio histórico-   destaca a constituição do homem a partir da condição humana e da</p><p>relação com a sociedade e a cultura em que está inserido.</p><p>Concepção Aristotélica e o Código de Ética do Psicólogo (2005)</p><p>A antropologia  aristotélica continua sendo, até hoje,  um dos</p><p>fundamentos da concepção ocidental do homem. Os problemas</p><p>levantados por Aristóteles em torno da pergunta sobre o que é</p><p>o homem e as categorias com que tentou resolvê-los, embora</p><p>tivessem como alvo principal o homem helênico no contexto da</p><p>Polis, tornaram-se o fundo conceptual permanente da filosofia</p><p>moderna, e nada indica que sua fecundidade heurística tende</p><p>a  esgotar-se.( LIMA VAZ, 2004,p.40)</p><p>Aristóteles desenvolveu em sua obra De Anima, um repertório filosófico significativo,</p><p>referente à concepção antropológica, ou seja, sobre sua visão da constituição humana.</p><p>Definiu-a primeiramente demarcada pela estrutura biopsíquica, na qual a psyqué é o conceito</p><p>fundamental, significando um princípio vital que é o ato ou a perfeição de todo ser vivo e ao</p><p>qual compete a capacidade de mover-se a si mesmo (autokinêton).  A  gênese</p><p>dapsyqué está na dimensão da physis (natureza), caracterizando o homem como um ser vivo</p><p>que possui psyché (como forma racional) e soma (corpo).</p><p>Para Aristóteles, o homem é definido como zoon logikón.  Ele se distingue de todos os</p><p>outros seres da natureza em virtudes do predicado da racionalidade: “ele é um animal racional</p><p>que fala e discorre, enquanto ser dotado de logos, o homem transcende de alguma maneira a</p><p>natureza e não pode ser considerado simplesmente um ser natural” (LIMA VAZ, 2004, p. 37).</p><p>Everson (2007, pág 168)   afirma que a psicologia aristotélica não se interessou por um</p><p>enfoque mental ou o entendimento da diferença entre corpo e mente, mas sim por uma</p><p>psicologia da vida, especialmente na distinção entre vida e morte: “What determines the</p><p>scope of his psychology is not the recognition of a distinction to be drawn between the mental</p><p>and the physical, but rather that between the living and the dead. “</p><p>Uma das maiores contribuições de Aristóteles para a Psicologia e a visão de homem</p><p>presente, na maioria dos Códigos de Ética profissionais do Ocidente, se encontra no livro I</p><p>da Política, no qual ele afirma que o homem é um animal político (Zoôn politikón) por natureza.</p><p>Afirma que o indivíduo, não é auto-suficiente e necessita sempre do Outro nas relações de</p><p>sociabilidade.</p><p>Também no livro I da obra Ética à Nicômaco, Aristóteles afirma que o homem possui</p><p>uma marca essencial que o diferencia dos outros, sua racionalidade. Essa capacidade o faz</p><p>criar a ética, como um modo de refletir sobre sua vida e seus hábitos cotidianos, em direção a</p><p>um fim, que para o pensador resumia-se na seguinte questão: O que posso e devo fazer para</p><p>ser feliz junto a minha comunidade na pólis? Porém, para Aristóteles, nem tudo que quero,</p><p>como individuo, pode ser vivido em nome dessa felicidade. Há um balizador importante nessa</p><p>história: a pólis, ou seja, a cidade e a sociedade nela vivente. Pegoraro apud Aristóteles (2006,</p><p>p 36) reafirma para seus leitores: “O homem é um animal capaz de pensar e de fazer política”</p><p>Essa supremacia política do âmbito público sobre o privado é uma contribuição</p><p>evidente para a elaboração dos códigos deontológicos na contemporaneidade, pois evidencia</p><p>uma preocupação com o coletivo ao invés de privilegiar o individualismo, marca recorrente de</p><p>tempos atuais (MAIORINO, 2005).</p><p>Essa valorização do público e do aspecto político está evidente na obra Política, quando</p><p>o pensador grego afirma que a cidade é uma comunidade política, que visa um bem maior e</p><p>abrange outras comunidades menores, como a família e os indivíduos. A cidade tem como</p><p>finalidade promover uma vida boa aos seus cidadãos, porém, ela deve ter e ser o poder</p><p>político supremo e fundamental em relação as aldeias, famílias e indivíduos que a</p><p>constituem.  Aristóteles afirma ainda, que a natureza humana só pode ser realizada de modo</p><p>pleno pelo pertencimento a comunidade social e política.</p><p>No livro III, da obra Política, Aristóteles discute a importância sobre a condição de</p><p>cidadania nas cidades, definindo como cidadão aquele sujeito que participa da vida política</p><p>verdadeiramente, seja por funções deliberativas ou judiciais.   Com essa lógica, o pensador</p><p>ainda complementa, que a cidade não existe apenas para se viver. É preciso viver uma vida</p><p>boa (eu  zen), ou seja, realizar a excelência humana em comunidade é primordial na visão</p><p>aristotélica. Portanto, define que a cidade é uma comunidade de homens livres.</p><p>Com relação ao projeto ético, Aristóteles o define como aquele que está subordinado</p><p>ao plano político, tornando-se uma ciência prática da vida. Afirma que a ética deve estudar o</p><p>bem supremo, a partir de um conhecimento do humano, investigando em que consiste a sua</p><p>felicidade (eudamonia).</p><p>Pegoraro (2006) delimita quatro eixos em torno dos quais giram o projeto ético</p><p>aristotélico, denominado de material, são eles: (1) a ética é natural, emerge da estrutura</p><p>biológica do ser humano; (2) a ética é finalista, todas as escolhas e decisões humanas visam</p><p>alcançar um fim, produzir um bem; (3) a ética é racional, ou seja, a razão deve harmonizar a</p><p>luta entre os desejos instintivos do homem e as exigências sociais; (4) a ética é heterônoma,</p><p>ou seja, ela vem do exterior, não está dada, o homem nasce como um animal ético que</p><p>precisará escolher, pelo uso da razão que o faz  livre.</p><p>Essas quatro marcas do projeto ético aristotélico são a base da materialidade do seu</p><p>entendimento da ética, pois ele a compreende como um exercício racional realizado junto ao</p><p>mundo em que se vive, e não como um dado deliberativo  a priori. Dessa forma, Aristóteles</p><p>torna-se atual para as práticas profissionais na contemporaneidade, pois ele apresenta uma</p><p>visão de ética material e racional, que está na base da maioria dos códigos de normas das</p><p>profissões. Essa visão ética que transcende o individuo está na apresentação do Código de</p><p>Ética do Psicólogo:</p><p>É a ética, enquanto Filosofia Moral, que impede um Código sem criticismo, e também uma visão</p><p>cristalizada do comportamento humano. É essa ética filosófica que apela para uma reflexão e</p><p>compreensão das singularidades; é ela que faz um apelo à criatividade, liberdade e</p><p>espontaneidade. É ela que faz o profissional ver seu cliente como pessoa, como um ser de</p><p>relação no mundo, como um ser singular à procura de uma compreensão que lhe é pertinente. É</p><p>essa visão de totalidade existencial-filosófica que faz com que o profissional abra as janelas de</p><p>sua mente para ver o mundo como uma realidade social, política, comunitária e perca a</p><p>mesquinhez de só ver o indivíduo no seu imediatismo. É essa visão que o faz transcender do</p><p>indivíduo para o grupo, do momento para a história, de soluções precárias para procuras mais</p><p>globais. (Apresentação do Código de Ética de Psicologia, 2005, disponível <</p><p>http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/, acesso novembro 2013)</p><p>Pode-se aprender com a visão aristotélica de homem e de projeto ético, pois ela ensina que o</p><p>humano se define como ser complexo, pertencente ao mesmo tempo, à natureza, como ser</p><p>biológico, mas também como um ser político, que se organiza a partir da sua racionalidade.</p><p>Ao se inserir na comunidade citadina, o homem torna-se ético, usa de sua razão para ser livre</p><p>e escolher, dentro da complexidade sócio-política a qual pertence. Portanto, o exercício ético</p><p>depende das condições materiais e sociais dessa realidade que o cerca.</p><p>Concepção Sócio Histórica e o Código de Ética do Psicólogo</p><p>A visão aristotélica anuncia a base sócio histórica que também está presente na</p><p>confecção do código de ética do psicólogo brasileiro, participando de uma visão de homem</p><p>materialista-histórico-dialética.</p><p>Essa visão é oriunda da Psicologia Sócio Histórica, de origem latino americana que tem</p><p>enfrentado a realidade sócio-cultural e econômica desses países em desenvolvimento, por</p><p>meio de uma postura crítica, reflexiva e combativa. O homem é compreendido como um ser</p><p>multideterminado pelas relações dialógicas que mantém com a sociedade, com a cultura,</p><p>com os laços intersubjetivos, e consigo mesmo, através da auto reflexão consciente.  Não</p><p>existe natureza humana apriorística para essa visão, o homem nasce como um ser biológico.</p><p>Essa condição é necessária, mas não suficiente para constituir o homem psicossocial. Para</p><p>isso, é preciso adentrar em uma sociedade, a partir da mediação de instrumentos técnicos e</p><p>pela linguagem, agir e constituir consciência, racional e afetiva, que o faz produto e ao mesmo</p><p>tempo produtor da sua realidade. A esse processo, chama-se hominização. Conforme Aguiar</p><p>nos ensina:</p><p>O homem é, assim, visto como um ser inerentemente social e, como tal, sempre ligado às</p><p>condições sociais. Homem que, além de produto da evolução biológica das espécies, é também</p><p>produto histórico, mutável, pertencente a uma determinada sociedade, em uma determinada</p><p>etapa de sua evolução. Não se está simplesmente afirmando, no caso, que o homem se encontra</p><p>ligado ao mundo e à sociedade ou que é influenciado por ela, mas sim que se constitui sob</p><p>determinadas condições sociais, resultado da atividade de gerações anteriores. (AGUIAR, 2000,</p><p>p.126)</p><p>Na visão sócio histórica concebe-se o homem dialeticamente como um ser produzido pelas</p><p>condições sócio históricas, culturais e econômicas, mas também como um ser produtor da</p><p>sua realidade. Essa capacidade de transformar o mundo e a si mesmo, está em conformidade</p><p>com a filosofia do Código de Ética do Psicólogo, que em seu preâmbulo reafirma:</p><p>Se o homem é um ser de relação, sujeito a contínuas mudanças na sua luta por ocupar, a cada</p><p>momento, o espaço que lhe compete no mundo e se, ao mesmo tempo, ele é o sujeito e o objeto</p><p>do estudo da Psicologia, segue que qualquer sistema ou Código só será real se sujeito, também</p><p>ele, a essa transitoriedade que é própria do homem à procura de seu destino e significação.</p><p>(Apresentação do Código de Ética de Psicologia, 2005 disponível <</p><p>http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/, acesso novembro 2013)</p><p>Gonçalvez (2010) reafirma que a Psicologia Sócio Histórica é uma visão pertinente</p><p>aos novos tempos da psicologia brasileira, pois ela permite que se observe a produção</p><p>histórica da subjetividade no país, contestando visões naturalizantes de outrora, que visavam</p><p>a adaptação do indivíduo aos padrões normapatológicos.</p><p>Essas concepções naturalizadas, segundo a autora, implicam em práticas normativas,</p><p>fechadas, inflexíveis que dificultam ou impedem o movimento de transformação social. Ao</p><p>contrário, no viés sócio histórico, a consideração do determinante histórico permite o</p><p>incentivo de práticas voltadas à liberdade e autonomia dos sujeitos, garantindo os seus</p><p>direitos, pois eles podem aprender com os acontecimentos passados, abrindo assim, uma</p><p>maior oportunidade de uma vida melhor e saudável.</p><p>Desse modo, percebe-se como a Psicologia Sócia Histórica está presente na elaboração do</p><p>novo Código de Ética do Psicólogo, em suas premissas filosóficas e antropológicas, partindo</p><p>de uma visão de homem atuante, crítico e criativo, que pode vir a transformar o seu cotidiano,</p><p>convidando a humanidade ao inusitado e a vida.</p><p>BIBLIOGRAFIAS BASICAS:</p><p>ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.</p><p>PEGORARO. O. Ética dos maiores mestres através da história. São Paulo: Ed Vozes, 2006.</p><p>BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES:</p><p>ARISTOTELES. Ética à Nicômaco. Tradução de Pietro Nassetti. SP: Ed Martin Claret, 2003.</p><p>_____________.De Anima. Tradução de Maria Cecília Gomes dos Reis. SP: Ed 34, 2006.</p><p>____________. Metafísica. Tradução de Edson Bini. SP: Ed EDIPRO, 2006.</p><p>________________. Política. Tradução de Maria da Gama Kury. 3. ed. Brasília: Editora UnB, 1997.</p><p>EVERSON. Psychology. IN BARNES, J. The Cambridge Companion to Aristotle. Cambridge</p><p>University Press, 1995.</p><p>GONÇALVEZ,</p><p>M. Psicologia, subjetividade e políticas públicas. SP: Ed Cortez, 2010.</p><p>LIMA VAZ, H. Antropologia Filosófica. Vol I e II. SP: Ed Loyola. 2004.</p><p>Uma Reflexão Inquietante:   Um dos pressupostos presentes na construção do nosso código</p><p>refere-se à ética material aristotélica. A partir disso, pode-se  questionar:  o que essa forma de</p><p>pensar eticamente, tão antiga, pode contribuir para a formação do psicólogo na atualidade?</p><p>Por que é ainda uma ética tão atual?</p><p>Sugestão hipermidiática:  Visite os links externos sugeridos e leia os artigos pertinentes ao</p><p>conteúdo temático do módulo:</p><p>AGUIAR, W.  Reflexões a partir da Psicologia Sócio Histórica sobre a categoria</p><p>consciência.  Cadernos de Pesquisa, nº 110, PP 125-142, julho/2000. Disponível em</p><p>< http://www.scielo.br/pdf/cp/n110/n110a05.pdf>, acesso nov/2013.</p><p>Apresentação do Código de ética do Psicólogo (2005), disponível</p><p><http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_exposicao.aspx>, acesso</p><p>em novembro /2013.</p><p>GRETER&FERMINO. Comunicação e seus aspectos ideológicos. Revista Filosofia, Ciência e</p><p>Vida Online. Disponível em</p><p><http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/71/artigo265223-1.asp>, acesso em</p><p>novembro/2013.</p><p>MALINOSKI & SILVA.  Felicidade: o bem supremo, no livro I da Obra Ética a Nicâmaco de</p><p>Aristóteles. Disponível em <http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/069e4.pdf>, acesso</p><p>em novembro/2013.</p><p>Atividades Teórico-Práticas:</p><p>I)             Entre no site do Conselho Federal De Psicologia (http://www.pol.org.br) e imprima o código de</p><p>ética do psicólogo, as principais resoluções éticas, como a referente às avaliações psicológicas</p><p>(007/2003). Monte uma pasta com documentos éticos importantes para o psicólogo.</p><p>II)                        Entre no site <  http://www.youtube.com/watch?v=zZEwXlI8BYA>, assista a palestra do</p><p>Professor Antonio Severino, sobre a Filosofia dos Gregos Clássicos, incluindo Aristóteles.  Organize</p><p>então,  um quadro resumo das principais ideias desse pensador. Em seguida relacione-as com a</p><p>visão de homem contida no Código de Ética.</p><p>Exercício comentado:</p><p>Assinale a alternativa correta   referente a visão sócio-histórica do fenômeno psicológico e do</p><p>homem encontrada no Código de Ética do Psicólogo(2005):</p><p>A)  A idéia do homem como um ser autônomo, possuidor de uma natureza humana.</p><p>B)  O psiquismo como fenômeno inerente ao ser humano, no seu agir e pensar.</p><p>C)  O homem possui uma "natureza humana", isto é, uma essência, que deve ser descoberta e</p><p>investigada pela Psicologia.</p><p>D) O homem contendo uma condição humana, estruturada a partir da sua filogênese e do</p><p>acesso ao mundo da linguagem.</p><p>E)  O homem como possuidor de uma essência humana, que é influenciada pelo seu meio</p><p>ambiente.</p><p>Comentários: a alternativa correta é a D, que remete a construção sócio histórica humana, que é</p><p>condizente com as premissas presentes no CEP (2005), que concebe o homem como um ser</p><p>construído a partir da sociedade a qual pertence, assim como determinado pelo aspecto</p><p>temporal histórico. Desse modo essa é a alternativa única que remete a idéia de constituição , as</p><p>outras remetem a idéia de natureza humana, como algo dado e naturalizado.</p><p>·</p><p>MÓDULO 4 : OS PRINCÍPIOS INERENTES AOS ARTIGOS DO CÓDIGO DE ÉTICA</p><p>Objetivos:</p><p>Apresentar os princípios constitutivos do Código de Ética, comentando e relacionando-os com</p><p>os principais documentos éticos da atualidade (Constituição Federal 1988, Estatuto da Criança e</p><p>do Adolescente, Código Civil ( 2002).</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>I)             O Código de Ética em diálogo com a Cultura de Direitos Humanos</p><p>O novo Código de Ética do Psicólogo (2005) é resultado de um percurso histórico da Psicologia</p><p>frente as  novas demandas psicossociais e diante as suas práticas profissionais ampliadas,</p><p>fomentando a produção de conhecimento científico com as novas interfaces da Psicologia com</p><p>a área jurídica, do esporte, da informática entre outras.</p><p>O Código de Ética Profissional dialoga com mudanças sociais e econômicas no panorama</p><p>nacional, disparadas pela crescente democratização nos anos 90, quando o Brasil tornou-se um</p><p>país em desenvolvimento, guiado por uma Constituição Federal Brasileira denominada Cidadã</p><p>(1988).</p><p>A Carta Magna Federativa foi construída num cenário político ainda marcado pelos resquícios da</p><p>ditadura militar, porém sensível à instituição de uma Cultura de Direitos Humanos, na qual o</p><p>sujeito cidadão tem papel destacado. É uma Constituição que privilegia a garantia dos direitos</p><p>sociais, não descuidando dos individuais. Sem dúvida, uma carta comprometida com uma</p><p>filosofia de bem estar social, sensível aos movimentos sociais e políticos, a serviço da</p><p>cidadania.</p><p>Alguns juristas de renome, como Bittar (2006), afirma que a Constituição Federal Brasileira de</p><p>1988 promoveu uma mudança paradigmática importante: privilegiou o cuidado ético e cidadão</p><p>com o humano, antes destinado predominantemente ao Estado Maior. Encontra-se, portanto, em</p><p>nosso panorama jurídico e social, uma Lei Federal que defende a dignidade humana frente a</p><p>quaisquer postulados jurídicos, como se vislumbra no preâmbulo dessa Constituição:</p><p>Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte</p><p>para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos</p><p>sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade</p><p>e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem</p><p>preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e</p><p>internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de</p><p>Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.</p><p>(ConstituiçãoFederal<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>,</p><p>acesso novembro/2013).</p><p>No ano de 1990, o Brasil ampliou a lógica cidadã da Constituição Federal, aprovando a lei nº</p><p>8.069, denominada de Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa ação tinha como meta</p><p>promover uma lei nacional de proteção integral para as crianças e adolescentes. Promulgada no</p><p>artigo 3º:</p><p>Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à</p><p>pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-</p><p>lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes</p><p>facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de</p><p>liberdade e de dignidade.( ELIAS, p 3, 1994)</p><p>Considera-se, ainda hoje, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como uma referência na</p><p>Cultura de Direitos Humanos do país, pois ele anuncia o compartilhamento da responsabilidade</p><p>social entre família, Estado e sociedade, em defesa dos direitos desses cidadãos.</p><p>Em 2002, substituindo o anterior de 1906, aprovou-se o Novo Código Civil, que regulamenta as</p><p>situações de direito privado existentes entre cidadãos, ou seja, aqueles sujeitos capazes de</p><p>constituir direitos e obrigações civis. Essa lei nova foi consolidada a partir de uma sociedade</p><p>contemporânea em transição nos seus aspectos éticos, morais e psicossociais.</p><p>Diante desse contexto, o novo Código Civil apresentou maior sensibilidade legal frente às novas</p><p>configurações familiares, reconhecendo, por exemplo, as uniões estáveis validadas a partir de</p><p>dois anos de convivência, inclusive entre parceiros do mesmo sexo.</p><p>Enfim, nota-se que o Código de Ética do Psicólogo (2005) situa-se num cenário interessado em</p><p>garantir aos sujeitos seus direitos, e abrir espaço para políticas públicas que promovam o pleno</p><p>desenvolvimento psicossocial dos seus cidadãos.</p><p>A partir disso, compreende-se que o Código Profissional de Psicologia herda e se constitui no</p><p>espectro de uma filosofia humanista e cidadã.</p><p>II)            Os Princípios Éticos inerentes aos artigos do Código de Ética do Psicólogo</p><p>A partir desse cenário, impresso pelas mudanças sócio econômicas do Brasil e da própria</p><p>Psicologia, os profissionais construíram um Código de Ética em 2005, norteado</p>

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