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<p>WBA0538_v2.0</p><p>APRENDIZAGEM EM FOCO</p><p>SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E</p><p>EXPORTAÇÃO</p><p>2</p><p>APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA</p><p>Autoria: Ingrid Pfützenreuter Castanho Bizan</p><p>Leitura crítica: Isamaura Krauss Franco</p><p>Olá, estudante! Seja bem-vindo a disciplina de Sistemática de</p><p>Importação e Exportação.</p><p>Nesta disciplina serão abordados sobre os conceitos das operações</p><p>de comércio exterior, como jurisdição aduaneira, despacho</p><p>alfandegário, Incoterms, Siscomex, Siscoserv, Radar e NCM</p><p>(nomenclatura comum do Mercosul) e você entenderá os principais</p><p>documentos necessários para o desenvolvimento das operações de</p><p>exportação e importação.</p><p>Para que as operações sejam realizadas de forma legal, você</p><p>aprenderá os procedimentos necessários, incluindo os principais</p><p>custos e as despesas que precisam ser analisados para verificação</p><p>de viabilidade do negócio, antes mesmo de seguir para uma</p><p>negociação. Por fim, abordaremos os regimes aduaneiros especiais</p><p>como estratégias de negócios, uma vez que podem gerar reduções</p><p>de custos que auxiliam na expansão dos negócios das empresas.</p><p>Esta disciplina tem como objetivo apresentar os conceitos e como</p><p>se desenvolvem as operações de importação e exportação, o</p><p>auxiliando no processo de tomada de decisões relacionadas ao</p><p>comércio exterior, incrementando sua capacidade de negociar</p><p>compras e vendas internacionais por meio do conhecimento das</p><p>formas legais, além da elaboração documental e formas estratégicas</p><p>de alavancar negócios e redução de custos.</p><p>Espera-se que com esta disciplina, você desenvolva competências</p><p>e habilidades para reconhecer as relações importantes</p><p>existentes entre as questões comerciais, administrativas e fiscais</p><p>3</p><p>das operações de importação e exportação, sendo capaz de</p><p>desenvolver as atividades relacionadas a essas operações dentro</p><p>de um ambiente que promova o crescimento sustentável das</p><p>negociações internacionais. Também se espera que você desenvolva</p><p>o conhecimento necessário para assumir cargos de supervisão e</p><p>gerência, além de desenvolver trabalhos voltados à assessoria e</p><p>consultoria e empreender dentro dos temas abordados.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira</p><p>direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática</p><p>abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar</p><p>reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática</p><p>profissional. Vem conosco!</p><p>Iniciando as operações de</p><p>importação e exportação</p><p>______________________________________________________________</p><p>Autoria: Ingrid Pfützenreuter Castanho Bizan</p><p>Leitura crítica: Isamaura Krauss Franco</p><p>TEMA 1</p><p>TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO</p><p>5</p><p>DIRETO AO PONTO</p><p>As operações de importação e exportação, muitas vezes, deixam as</p><p>empresas assustadas devido às regras que precisam ser cumpridas.</p><p>Entretanto, você está dando um passo importante em sua trajetória</p><p>profissional com a sua formação e verá que o comércio exterior não</p><p>é um bicho de sete cabeças.</p><p>Com foco em sua aplicação profissional, é importante que você saiba</p><p>a diferença entre importar, que é quando compramos ou recebemos</p><p>algo do exterior e exportar e quando vendemos ou enviamos algo ao</p><p>exterior. Ambas as operações têm função extremamente estratégica</p><p>e podem garantir melhoria na qualidade dos produtos, manutenção</p><p>de um determinado produto no catálogo de opções por mais tempo</p><p>e ganhos na economia de escala.</p><p>Como a grande maioria das operações empresariais, começar a</p><p>negociar internacionalmente pede que a empresa compreenda</p><p>sua atual situação em termos de qualidade de produção,</p><p>capacidade produtiva, recursos humanos e capacidade financeira</p><p>para realização de investimentos. Além disso, é importante</p><p>que a empresa entenda as funções dos seus produtos e saiba</p><p>qual mercado é ideal para apresentação daquele produto e,</p><p>principalmente, se ele pode ser vendido daquela forma ou é</p><p>necessária alguma adaptação, incluindo requisitos legais que</p><p>possam ser exigidos (regras de rotulagem, de identificação de</p><p>matérias primas e padrões técnicos). Sendo necessária qualquer</p><p>adaptação, é possível realizá-la seja por questões fabris ou por</p><p>questão de projeto?</p><p>Os negócios internacionais podem ser promissores, até mesmo,</p><p>para as empresas que importam. Mesmo imaginando que</p><p>importações são mais onerosas devido aos custos na entrada, como</p><p>impostos e tarifas aduaneiras, ainda assim, se bem planejado, o</p><p>6</p><p>projeto pode garantir ganhos importantes em termos de qualidade,</p><p>capacidade produtiva e ampliação de mercado. Contudo, algumas</p><p>empresas podem necessitar de importações para seguir com</p><p>a produção e entregar material que será exportado. Em razão</p><p>dos custos, elas buscam opções mais atrativas e sequer tem</p><p>conhecimento de um benefício fiscal como o drawback, que permite</p><p>a importação de materiais com isenção ou suspensão de tributos</p><p>desde que ele seja agregado ao produto final e ele tenha como</p><p>destino uma exportação. Pense no tamanho da economia e nas</p><p>operações que podem ser viabilizadas com essa oportunidade.</p><p>Enfim, os principais conceitos devem ser analisados quando a</p><p>empresa cogita a participação em negociações internacionais. Seu</p><p>foco prático, permite que você possa analisar, inclusive, a situação e</p><p>capacidade de participação em negócios internacionais na empresa</p><p>que atua ou, até mesmo, ampliar seu currículo incluindo sua nova</p><p>capacidade desenvolvida.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Você sabia que para iniciar as operações de exportação a empresa</p><p>pode acessar os mercados de forma direta ou indireta?</p><p>Essa escolha depende do grau de envolvimento e responsabilidade</p><p>que a empresa deseja ter durante o processo e, também, pode</p><p>indicar a falta de expertise para seguir diretamente.</p><p>A modalidade direta implica em enviar as mercadorias para o</p><p>mercado externo em nome da empresa. Para que as mercadorias</p><p>sejam exportadas, é necessário realizar o desembaraço aduaneiro</p><p>e, de acordo com o regulamento aduaneiro, ele é realizado em</p><p>nome do exportador. Se sua opção é exportar diretamente, toda</p><p>documentação, a saber, fatura comercial, packing list, certificados</p><p>7</p><p>de origem, nota fiscal, recebimento da ordem de pagamento,</p><p>fechamento de câmbio, serão realizados em nome da sua empresa</p><p>diretamente.</p><p>Entretanto, se sua escolha for a modalidade indireta de exportação,</p><p>existem algumas empresas, como trading companies ou empresas</p><p>comerciais exportadoras, que realizam a compra de seu produto no</p><p>mercado nacional, em reais com pagamento como em uma venda</p><p>nacional e, em nome delas, realizam os trâmites internacionais</p><p>necessários e formalizam a exportação.</p><p>TEORIA EM PRÁTICA</p><p>A MY Boo é uma saboaria artesanal que atua no mercado nacional</p><p>desde 2015. Seus produtos são reconhecidos pela qualidade e</p><p>originalidade na produção de aromas voltados ao clima tropical</p><p>brasileiro. Trata-se de aromas naturais como pitanga e maracujá,</p><p>por exemplo, são os mais importantes da produção.</p><p>Há cerca de 3 anos, enquanto expunha seus produtos em uma feira</p><p>de artesanato local, a artesã criadora da My Boo foi abordada por</p><p>uma empreendedora portuguesa, dona de uma rede de produtos</p><p>naturais.</p><p>Em Portugal existe uma grande demanda por produtos brasileiros</p><p>naturais e a My Boo oferecia em seus produtos uma fragrância</p><p>suave acompanhada de embalagens diferenciadas que traduziam o</p><p>clima tropical brasileiro.</p><p>Após algumas reuniões, algumas pequenas alterações nas</p><p>embalagens individuais para suportar o envio internacional, o</p><p>produto foi enviado à Portugal iniciando uma trajetória de sucesso</p><p>na exportação de sabonetes naturais.</p><p>8</p><p>Reflita sobre o processo que levou a empresa My Boo ao exterior.</p><p>Entendendo os pontos de planejamento para internacionalização</p><p>de marca, o que você entende que foi importante e estratégico na</p><p>exportação de sabonetes artesanais da empresa My Boo?</p><p>Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,</p><p>acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de</p><p>aprendizagem.</p><p>LEITURA FUNDAMENTAL</p><p>Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis</p><p>em algum</p><p>dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log</p><p>in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em</p><p>sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições</p><p>públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou</p><p>periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.</p><p>Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de</p><p>autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos</p><p>que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,</p><p>portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na</p><p>construção da sua carreira profissional.</p><p>Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da</p><p>nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!</p><p>Indicação 1</p><p>O livro indicado traz conteúdo importante para o seu</p><p>desenvolvimento profissional prático com foco em execução</p><p>Indicações de leitura</p><p>9</p><p>abordando temas, como a importância dos negócios internacionais</p><p>para o desenvolvimento das nações, bem como a evolução do</p><p>comércio exterior brasileiro e as políticas comerciais voltadas a</p><p>esses negócios.</p><p>SOUZA, J. M. M. Fundamentos do comércio internacional. São Paulo: Saraiva,</p><p>2009.</p><p>Indicação 2</p><p>O livro do Professor Nicola Minervini é como um manual para</p><p>que você desenvolva a internacionalização em qualquer empresa.</p><p>Com foco prático e apresentação de checklists, você pode iniciar</p><p>imediatamente a análise exportadora da sua empresa, por exemplo.</p><p>MINERVINI, N. O Exportador. São Paulo: Grupo Almedina, 2019.</p><p>QUIZ</p><p>Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a</p><p>verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber</p><p>Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste</p><p>Aprendizagem em Foco.</p><p>Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão</p><p>elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco</p><p>e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de</p><p>questões de interpretação com embasamento no cabeçalho</p><p>da questão.</p><p>10</p><p>1. Internacionalização é:</p><p>a. Uma oportunidade para as empresas abrirem portas em</p><p>mercados internacionais.</p><p>b. É apenas para empresas que querem exportar.</p><p>c. É apenas para empresas que desejam importar.</p><p>d. Trabalha somente com a logística da operação internacional.</p><p>e. Trata-se apenas da questão cambial para recebimento de</p><p>pagamentos.</p><p>2. Alguns órgãos possuem papel especial no processo de</p><p>desembaraço e fiscalização das operações de comércio</p><p>exterior. É correto dizer que a Receita Federal:</p><p>a. Atua na fiscalização das importações e exportações de</p><p>mercadorias e serviços.</p><p>b. Desenvolve a política internacional e realiza missões</p><p>comerciais fora do país.</p><p>c. Planeja e executa a política cambial brasileira, além de</p><p>controlar a entrada e saída de divisas do país.</p><p>d. Atua na formulação de políticas governamentais servindo de</p><p>ponte ao diálogo entre os produtores e o governo.</p><p>e. É responsável pela assistência diplomática oficiais dentro e</p><p>fora do país.</p><p>GABARITO</p><p>Questão 1 - Resposta A</p><p>Resolução: A internacionalização permite que as empresas</p><p>ampliem suas possibilidades de negócios internacionais,</p><p>seja por meio de importações ou exportações, afinal, a</p><p>11</p><p>internacionalização trata de sua marca, de seu produto, dos</p><p>ajustes necessários para alcance dos mercados. Não é apenas</p><p>um processo de venda ou compra, é um processo de inserção,</p><p>adequação e adaptação da empresa no novo mercado e do</p><p>novo mercado perante a empresa.</p><p>Questão 2 - Resposta A</p><p>Resolução: A Receita Federal do Brasil tem o papel de fiscalizar</p><p>as operações de importação e exportação, verificando se os</p><p>benefícios estão sendo corretamente utilizados, trabalhando</p><p>para eliminação de contrabandos e operações ilegais. Quem</p><p>atua no desenvolvimento da política internacional realizando</p><p>missões comerciais fora do país é o MDIC (Ministério do</p><p>Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). O órgão</p><p>responsável por planejar e executar a política cambial brasileira</p><p>e controla a entrada e a saída de mercadorias é o BACEN</p><p>(Banco Central). Além disso, a atuação na formação de políticas</p><p>governamentais e ferramenta para diálogo entre produtos</p><p>e governo é a CAMEX (Secretaria Executiva da Câmara de</p><p>Comércio Exterior) que é incorporada ao MDIC. E, por último,</p><p>a responsabilidade na assistência consular e diplomática em</p><p>visitas oficiais dentro e fora do país é do MRE (Ministério das</p><p>Relações Exteriores).</p><p>Iniciando as operações de</p><p>importação e exportação</p><p>______________________________________________________________</p><p>Autoria: Ingrid Pfützenreuter Castanho Bizan</p><p>Leitura crítica: Isamaura Krauss Franco</p><p>TEMA 2</p><p>TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO</p><p>13</p><p>DIRETO AO PONTO</p><p>Cada país possui suas regulamentações para realizar os</p><p>procedimentos de entrada e saída de mercadorias. Muitas vezes,</p><p>o passo a passo necessário pode assustar novas empresas</p><p>que acabam deixando de lado oportunidades valiosas de</p><p>desenvolvimento que podem ser alcançadas com as operações de</p><p>importação e exportação.</p><p>Com foco na execução, é importante entender o que é Radar e</p><p>Siscomex e a importância desses mecanismos para o processo de</p><p>desenvolvimento de novas políticas públicas. São os dados inseridos</p><p>no Siscomex para geração das DU-Es ou das DU-IMPs, por exemplo,</p><p>que permitem análises de mercado para melhora de incentivos aos</p><p>exportadores.</p><p>Além disso, o processo de importação e exportação não envolve</p><p>apenas entender o mercado alvo e cadastramento nos sistemas</p><p>governamentais. O processo se complementa com cada atividade</p><p>realizada, porque nem sempre o mesmo profissional tem o perfil</p><p>necessário para todas as etapas, então, são requeridos vários</p><p>profissionais com habilidades diversas para atender as necessidades</p><p>de cada etapa. O processo de negociação não se restringe apenas</p><p>a apresentar o produto que o cliente quer. A negociação envolve a</p><p>decisão da melhor forma de pagamento, que deixe seguros tanto</p><p>o importador quanto o exportador. É no processo de negociação</p><p>que se definem as responsabilidades do vendedor e do comprador.</p><p>Onde será realizada a entrega? Quem pagará o frete internacional?</p><p>Quem se responsabilizará pela contratação do pick up na fábrica do</p><p>exportador? Essas são perguntas de extrema importância que se</p><p>não negociadas podem levar uma das partes a um prejuízo razoável.</p><p>Para isso, contamos com os Incoterms. Cada um dos Incoterms</p><p>tem suas definições de responsabilidades e direitos e, de forma</p><p>14</p><p>clara e objetiva, permite que as partes saibam o que está incluso</p><p>naquele preço. Um embarque FOB (Free on board), por exemplo,</p><p>indica que o exportador fará a entrega do material dentro do navio</p><p>determinado pelo importador, devidamente desembaraçado e com</p><p>despesas aduaneiras no país de origem pagas. As despesas com</p><p>frete internacional, seguro internacional, desembaraço no destino</p><p>e entrega no destino, ocorrerão por conta e responsabilidade do</p><p>importador.</p><p>As formas de pagamento são um ponto bem sensível na prática da</p><p>negociação. Nesse processo, tanto o importador como o exportador</p><p>querem se resguardar, de modo que o exportador apresentar</p><p>forma de pagamento antecipada como única opção e pode levar</p><p>seu comprador a buscar outro fornecedor. É preciso entender a</p><p>linha tênue que separa o vendedor e o comprador no quesito de</p><p>necessidade de segurança. O exportador deseja ter a certeza de que</p><p>receberá seu pagamento e, muitas vezes, precisa do dinheiro para</p><p>financiar o processo de produção, enquanto o importador deseja ter</p><p>a certeza de que receberá seu pedido. Uma forma de pagamento</p><p>que deixe ambos seguros pode, e deve, ser analisada como uma</p><p>maneira de tornar a negociação sustentável. Afinal, você quer que os</p><p>clientes sigam comprando, não é mesmo?</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Você sabe interpretar os Incoterms?</p><p>Cada Incoterm é permitido para um determinado tipo de</p><p>modalidade de embarque e, principalmente, cada um deles se refere</p><p>aos conjuntos diferentes de responsabilidades que precisam ser</p><p>avaliadas antes da decisão por um ou outro.</p><p>15</p><p>Por exemplo, o Incoterm EXW (Ex Works), em um contrato</p><p>formalizado sob esse Incoterm, o exportador</p><p>apenas deve</p><p>disponibilizar a mercadoria no dia agendado em sua fábrica</p><p>para que o importador providencie a retirada, entrega no porto</p><p>ou aeroporto, desembaraço, embarque internacional, seguro</p><p>internacional, desembaraço no destino, entrega no local final. Note</p><p>que a menor responsabilidade nesse Incoterm cabe ao exportador e</p><p>toda a responsabilidade em termos de riscos e pagamentos recaem</p><p>sobre o importador.</p><p>Outro exemplo é o FOB (Free on board). Nesse Incoterm, temos uma</p><p>maior responsabilidade ao exportador que precisa disponibilizar</p><p>a carga ao importador no navio escolhido por ele com todas as</p><p>despesas nacionais e desembaraço pagos. Aqui é importante</p><p>entender que a entrega é formalizada quando a mercadoria passa</p><p>pela amurada do navio e encosta no chão. Até que a carga encoste</p><p>no chão do navio, todas as despesas e riscos são do exportador,</p><p>após esse momento, elas são do importador.</p><p>Os Incoterms são importante ferramenta de negociação!</p><p>TEORIA EM PRÁTICA</p><p>A Kids Keep Learning é uma fabricante de brinquedos educativos</p><p>que atua no mercado nacional desde 2010. Com produtos de</p><p>qualidade e grande impacto no aprendizado de crianças e crianças</p><p>especiais, a KKL tem sido destaque no mercado nacional ao fornecer</p><p>produtos para as escolas infantis da região do ABC Paulista.</p><p>Simone, idealizadora da KKL, começou produzindo seus brinquedos</p><p>em casa, com feltro, madeira e recentemente, em 2017, com a</p><p>necessidade de vendas para escolas da região, se formalizou como</p><p>MEI (Microempreendedora Individual), que é um modelo mais</p><p>16</p><p>simples para formalização empresarial cujo limite de faturamento</p><p>é reduzido. Para a KKL, a produção está aumentando, mas ainda</p><p>assim os níveis de faturamento estão ajustados com os limites</p><p>permitidos pela MEI.</p><p>Pensando em expandir seus negócios, Simone foi ao Sebrae e teve</p><p>acesso à pesquisa de comercio exterior realizada para produtos</p><p>artesanais e viu que existe um mercado grande com acordos</p><p>preferenciais entre Brasil e Estados Unidos.</p><p>Simone já está pensando em quais produtos podem ser</p><p>interessantes ao mercado americano e está estudando a</p><p>possibilidade de viajar para lá e participar de feiras do setor,</p><p>entretanto, ela ainda tem dúvidas sobre a possibilidade da KKL</p><p>exportar sendo MEI.</p><p>Reflita sobre o processo que levou a empresa KKL ao exterior.</p><p>Entendendo os pontos necessários para uma empresa iniciar as</p><p>atividades no comércio exterior, o que você acha que deve ser feito</p><p>antes mesmo de viajar para os Estados Unidos?</p><p>Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,</p><p>acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de</p><p>aprendizagem.</p><p>LEITURA FUNDAMENTAL</p><p>Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis</p><p>em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log</p><p>in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em</p><p>sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições</p><p>Indicações de leitura</p><p>17</p><p>públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou</p><p>periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.</p><p>Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de</p><p>autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos</p><p>que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,</p><p>portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na</p><p>construção da sua carreira profissional.</p><p>Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da</p><p>nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!</p><p>Indicação 1</p><p>O livro indicado apresenta um conteúdo importante para o seu</p><p>desenvolvimento profissional, especialmente no capítulo 9, que traz</p><p>uma introdução aos contratos internacionais.</p><p>VASCONCELLOS, M. A. S. D.; SILBER, M. L.; Davi, S. Manual de comércio</p><p>exterior e negócios internacionais. São Paulo: Saraiva, 2017.</p><p>Indicação 2</p><p>O livro indicado traz, no capítulo 8, informações importantes sobre</p><p>os Incoterms.</p><p>SOUZA, J. M. M. D. Fundamentos do comércio internacional. São Paulo:</p><p>Saraiva, 2009.</p><p>QUIZ</p><p>Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a</p><p>verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber</p><p>18</p><p>Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste</p><p>Aprendizagem em Foco.</p><p>Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão</p><p>elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco</p><p>e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de</p><p>questões de interpretação com embasamento no cabeçalho</p><p>da questão.</p><p>1. Incoterms são:</p><p>a. Os temos internacionais que determinam os direitos e as</p><p>responsabilidades do importador e exportador.</p><p>b. Os termos internacionais que determinam o país que deve</p><p>pagar pela mercadoria.</p><p>c. Os termos internacionais que determinam qual deve ser o</p><p>modo de embarque.</p><p>d. Os termos internacionais que definem se é necessário ou não</p><p>emitir certificado de origem.</p><p>e. Os termos internacionais que indicam que existem acordos de</p><p>preferência tarifária na negociação</p><p>2. No processo de desembaraço aduaneiro existe a</p><p>parametrização fiscal. É correto dizer que:</p><p>a. Canal vermelho indica a necessidade de conferência</p><p>documental e de carga.</p><p>b. Canal amarelo indica a necessidade de conferência</p><p>documental e de carga.</p><p>c. Canal verde indica a necessidade de conferência documental e</p><p>de carga.</p><p>19</p><p>d. Canal cinza indica a liberação da carga sem necessidade de</p><p>conferência adicional.</p><p>e. Canal laranja indica a liberação da carga sem necessidade de</p><p>conferência adicional.</p><p>GABARITO</p><p>Questão 1 - Resposta A</p><p>Resolução: Os Incoterms são os temos internacionais</p><p>do comércio exterior que determinam os direitos e as</p><p>responsabilidades do importador e exportador. A escolha</p><p>de um Incoterm impacta, inclusive, na formação do preço de</p><p>venda, uma vez que pode ser necessária a inclusão de valores</p><p>de frete, seguros ou inland, por exemplo.</p><p>Questão 2 - Resposta A</p><p>Resolução: A parametrização é realizada durante o processo de</p><p>despacho aduaneiro e é dividida em quatro canais: verde indica</p><p>a liberação da carga sem necessidade de conferência adicional;</p><p>amarelo (importação)/laranja (exportação) indica a necessidade</p><p>de uma conferência documental da carga; vermelho indica</p><p>a necessidade de conferência documental e física; e cinza</p><p>(importação) indica a verificação documental, física e de</p><p>valoração aduaneira da mercadoria.</p><p>Operações de importação e</p><p>exportação</p><p>______________________________________________________________</p><p>Autoria: Ingrid Pfützenreuter Castanho Bizan</p><p>Leitura crítica: Isamaura Krauss Franco</p><p>TEMA 3</p><p>TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO</p><p>21</p><p>DIRETO AO PONTO</p><p>O desenvolvimento da economia mundial tem nos negócios</p><p>internacionais seu motor propulsor. Sabe-se que os países não são</p><p>autossuficientes e importar e exportar passam a ser operações</p><p>estratégicas ao crescimento.</p><p>Entretanto, não se trata apenas de comprar e vender. Os são países</p><p>diferentes, com estrutura econômica e financeira individual, com</p><p>estratégias de desenvolvimento e promoção diferentes entre si.</p><p>Logo, não basta apenas decidir comprar do Chile ou do Brasil,</p><p>é necessário conhecer a estrutura de cada país para que sejam</p><p>cumpridas as exigências técnicas e administrativas.</p><p>A fim de que as negociações internacionais sejam mais</p><p>transparentes, os países dentro de suas individualidades criam sua</p><p>forma de organizar as operações, ou seja, criam sua sistemática</p><p>de comércio exterior como forma de permitir que as negociações</p><p>sempre sigam os mesmos passos, de maneira que as oportunidades</p><p>sejam iguais a todos e estabeleçam tratamentos administrativos às</p><p>mercadorias.</p><p>Para que as operações sejam organizadas e essa organização seja</p><p>fiscalizada foram criados sistemas informatizados, como o Siscomex;</p><p>portais de integração (como o Portal Único); além de documentos</p><p>necessários para efetivação da entrada e saída das mercadorias e</p><p>órgãos intervenientes, como Camex, Apex, Sebrae, BNDES, Receita</p><p>Federal, que fiscalizam, analisam e desenvolvem o comércio</p><p>exterior, garantindo o cumprimento das regras estabelecidas, bem</p><p>como determinando novas regras de acordo com as análises das</p><p>estatísticas e necessidades do mercado.</p><p>De acordo com algumas pesquisas, o pleno desenvolvimento dos</p><p>mercados é formado pelo livre mercado. Livre mercado é quando</p><p>22</p><p>as trocas entre os países acontecem sem interferência do Estado,</p><p>de forma livre e independente. A concorrência tende a aumentar</p><p>a qualidade dos produtos e mercadorias ofertados. A tendência</p><p>de desenvolvimento tecnológico é alta, entretanto, para alguns</p><p>países, principalmente para aqueles em desenvolvimento, pode</p><p>ser necessária a criação de algumas barreiras protecionistas como</p><p>forma de proteger a indústria nacional.</p><p>Esse tipo de barreira é parte do tratamento administrativo criado</p><p>para cada mercadoria e pode se tratar de apenas um certificado</p><p>que comprove a origem do material, mas pode ser uma licença de</p><p>importação que precisa verificar antes do embarque se determinado</p><p>produto produzido em determinado país, pode ser importado ou,</p><p>até mesmo, apenas uma confirmação de órgão anuente aprovando</p><p>a importação de algum item controlado no país como alimentos, por</p><p>exemplo.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>VASCONCELLOS, M. A. S.; SILBER, D.; LIMA, M. Manual de comércio exterior e</p><p>negócios internacionais. São Paulo: Saraiva, 2017.</p><p>VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Barreiras alfandegárias: você sabe o que são?</p><p>Você já sabe que a troca entre os países é importante para o</p><p>crescimento e desenvolvimento da economia mundial. Além disso,</p><p>você sabe que o mundo ideal para esse desenvolvimento, segundo</p><p>as pesquisas, é o livre mercado.</p><p>23</p><p>O livre mercado possibilita a instalação de novas indústrias nos</p><p>países, trazendo mais tecnologia e com a concorrência maior, as</p><p>indústrias já instaladas tendem a melhorar a qualidade dos produtos</p><p>ofertados ou diminuir preços. Mas nem sempre é assim tão simples.</p><p>A instalação de novas indústrias, por exemplo, pode fazer com que</p><p>as já instaladas percam espaço de mercado e a consequência disso</p><p>é a diminuição de faturamento, demissão de funcionários e, na pior</p><p>hipótese, encerramento total das atividades por não ter condições</p><p>de competir com as novas indústrias.</p><p>Nesses casos, muitas vezes são necessárias barreiras alfandegárias.</p><p>Essas barreiras podem ser medidas cambiais desvalorizando a</p><p>moeda e tornando o produto importado mais caro, pode ser a</p><p>permissão de importações ou exportações por meio de licenças</p><p>previamente solicitadas, aumento de tarifas aduaneiras como</p><p>uma forma de inibir as importações, além de barreiras técnicas,</p><p>ecológicas, burocráticas e sanitárias. Com essas barreiras são</p><p>criadas dificuldades que podem inviabilizar operações.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>MAIA, J. de M. Economia internacional e comércio exterior. 16. ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2020.</p><p>TEORIA EM PRÁTICA</p><p>A fabricante de sapatos infantis Seu Caminho recebeu sua primeira</p><p>importação de matéria prima. Essa matéria-prima será utilizada na</p><p>produção da nova linha de sapatos que será lançada nos próximos</p><p>meses.</p><p>24</p><p>Thaís, a proprietária da empresa, não tem um departamento</p><p>de comércio exterior com expertise para tratar desses temas,</p><p>entretanto, ela tem realizado alguns cursos de curta duração com</p><p>temas específicos voltados ao comércio exterior como forma de</p><p>apoiá-la nessa nova fase da empresa.</p><p>Com a confirmação de prontidão de carga, Thaís começou a se</p><p>perguntar se tudo estaria certo para que o embarque seja liberado.</p><p>Trata-se de um embarque FOB com saída da China e destino Brasil.</p><p>Reflita sobre o processo de importação. Quais passos são</p><p>necessários a partir de agora? Indique a Thaís quais ações e</p><p>documentos são necessários para garantir o embarque e a chegada</p><p>no Brasil sem problemas aduaneiros.</p><p>Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,</p><p>acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de</p><p>aprendizagem.</p><p>LEITURA FUNDAMENTAL</p><p>Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis</p><p>em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log</p><p>in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em</p><p>sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições</p><p>públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou</p><p>periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.</p><p>Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de</p><p>autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos</p><p>Indicações de leitura</p><p>25</p><p>que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,</p><p>portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na</p><p>construção da sua carreira profissional.</p><p>Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da</p><p>nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!</p><p>Indicação 1</p><p>Este trabalho traz informações importantes sobre a gestão</p><p>das operações, incluindo Incoterms, documentos essenciais e</p><p>modalidades de transporte.</p><p>DAVID, P. A. Logística internacional: gestão de operações de comércio</p><p>internacional. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2018.</p><p>Indicação 2</p><p>A indicação a seguir é muito importante para seu estudo, pois</p><p>trata os fundamentos da importação de forma prática por meio de</p><p>exemplos de aplicação incluindo documentos, Siscomex e Radar.</p><p>ANDRADE, J. M. Sistemática de importação. Curitiba: Contentus, 2020.</p><p>QUIZ</p><p>Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a</p><p>verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber</p><p>Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste</p><p>Aprendizagem em Foco.</p><p>Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão</p><p>elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco</p><p>e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de</p><p>26</p><p>questões de interpretação com embasamento no cabeçalho</p><p>da questão.</p><p>1. A parametrização em canal vermelho significa que:</p><p>a. Será necessária a conferência da documentação e da carga</p><p>física.</p><p>b. A carga está liberada sem necessidade de conferência</p><p>adicional.</p><p>c. Será necessária a conferência da documentação.</p><p>d. Será necessária a conferência da carga física.</p><p>e. Trata-se de um canal exclusivo da importação por meio do</p><p>qual se confere a valoração aduaneira.</p><p>2. Sobre o transporte aéreo, é correto afirmar que:</p><p>a. Tem restrições de uso devido ao alto custo, mas é importante</p><p>por sua velocidade e menor quantidade de manuseio.</p><p>b. O mais comum e simples no mercado. Realizado pelas</p><p>estradas, ele é muito comum como traslado entre a fábrica e o</p><p>ponto de embarque.</p><p>c. Faz uso da cabotagem para viajar entre as cidades próximas.</p><p>d. Tem problemas devido as bitolas dos trilhos serem diferentes</p><p>entre os países.</p><p>e. Só pode ser usado entre os países do Mercosul.</p><p>27</p><p>GABARITO</p><p>Questão 1 - Resposta A</p><p>Resolução: O processo de parametrização é realizado após a</p><p>inserção da declaração no Siscomex, seja para uma exportação</p><p>ou importação.</p><p>A parametrização em canal vermelho indica que existe a</p><p>necessidade de conferência física e documental para certificar</p><p>que o que consta no sistema é o que foi declarado nos</p><p>documentos e existe fisicamente.</p><p>Questão 2 - Resposta A</p><p>Resolução: O transporte aéreo é um dos mais atrativos por sua</p><p>velocidade e menor quantidade de manuseio, entretanto, é um</p><p>dos mais caros por considerar em seu preço o valor da carga,</p><p>cubagem, peso etc.</p><p>Incentivos fiscais e financeiros</p><p>______________________________________________________________</p><p>Autoria: Ingrid Pfützenreuter Castanho Bizan</p><p>Leitura crítica: Isamaura Krauss Franco</p><p>TEMA 4</p><p>TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO</p><p>29</p><p>DIRETO AO PONTO</p><p>Muitas são as razões para que as empresas decidam por iniciar suas</p><p>atividades no comércio exterior. A ação de exportar gera divisas</p><p>para o país, que permite uma reserva para comprarmos aqueles</p><p>produtos que não somos produtores. Essa pode ser estratégia para</p><p>momentos de crise ou expansão de mercado. Exportar permite</p><p>que as empresas diluam os riscos de seus negócios, além de que a</p><p>marca seja mais prestigiada, inclusive, no mercado nacional.</p><p>E importar? Importar é tão estratégico quanto exportar. Importar</p><p>permite melhorar a matéria-prima aplicada em nossos produtos,</p><p>adquirir máquinas e equipamentos com tecnologias que ainda não</p><p>foram desenvolvidas no Brasil, melhorando aspectos produtivos e</p><p>reduzindo custos.</p><p>Entretanto, o mercado internacional pede competitividade. A</p><p>concorrência com tantos países pede que os produtos atendam</p><p>aos rígidos padrões de qualidade internacional e, também, que</p><p>sua cadeia de custos seja enxuta, permitindo que os preços sejam</p><p>competitivos.</p><p>Nesse ponto, a engenharia de preços é uma ferramenta importante</p><p>para melhorar a competitividade dos preços, uma vez que ela</p><p>considera a precificação baseada nos mercados que são desejados,</p><p>ou seja, é preciso ter um preço competitivo para cada mercado que</p><p>vou concorrer e esses preços devem considerar os custos locais</p><p>para importação das mercadorias e competidores locais. Com essa</p><p>necessidade, não é possível trabalhar com uma lista geral de preços</p><p>de exportação e se faz necessário pensar a engenharia de preços</p><p>que analisa cada particularidade dos mercados.</p><p>30</p><p>Agora, para que se pense em engenharia de preços é preciso</p><p>garantir que seus custos sejam cobertos e sua margem de</p><p>lucratividade seja garantida. Para isso, no padrão tributário</p><p>brasileiro, o produto nacional vai para o mercado externo</p><p>extremamente caro e nada competitivo.</p><p>Com o intuito de promover as exportações brasileiras, possibilitar</p><p>maior competitividade aos produtos e permitir a entrada das divisas</p><p>possíveis pelas exportações são concedidos alguns incentivos fiscais</p><p>e financeiros.</p><p>Os incentivos têm como objetivo desonerar a cadeia tributária dos</p><p>produtos e permitir maior competitividade. A não incidência de</p><p>IPI e ICMS nas exportações e a manutenção dos créditos gerados</p><p>por esses tributos na aquisição dos insumos é um dos maiores</p><p>incentivos às exportações. Além disso, para as empresas que</p><p>também importam, há a possibilidade de contar com o drawback,</p><p>que é um regime aduaneiro especial que permite a importação de</p><p>materiais com suspensão ou isenção dos impostos, desde que eles</p><p>sejam destinados à exportação.</p><p>Os regimes aduaneiros são estratégicos e podem permitir uma</p><p>redução de custos importante na cadeia de valor. As empresas</p><p>que pretendem atuar como loja franca, aquelas lojas duty free que</p><p>encontramos nos aeroportos em viagens internacionais, podem</p><p>contar com o DAC (Depósito Alfandegado Certificado), que é um</p><p>regime aduaneiro especial que permite a exportação ficta das</p><p>mercadorias.</p><p>Além dos incentivos fiscais e de regimes aduaneiros especiais, é</p><p>possível contar com incentivos financeiros que possibilitam financiar</p><p>o processo produtivo ou a comercialização de suas mercadorias,</p><p>em opções que são lastreadas ou não em suas operações e são</p><p>todas trabalhadas com taxas de juros internacional, tornando as</p><p>31</p><p>operações mais competitivas e atrativas quando comparadas às</p><p>operações de captação de capital de giro no mercado nacional.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Você sabia que o drawback isenção pode ser uma estratégia</p><p>importante?</p><p>O regime aduaneiro especial drawback permite que a empresa</p><p>importe material ou insumos com suspensão ou isenção dos</p><p>impostos, desde que esse material tenha como destino a</p><p>exportação.</p><p>Isso você já sabe!</p><p>A estratégia aqui está na utilização da modalidade isenção como</p><p>estratégia para o seu processo produtivo.</p><p>O drawback isenção consiste na importação de material na mesma</p><p>qualidade, quantidade e valor de produtos que estavam em seu</p><p>estoque foram importados com pagamento integral dos impostos e</p><p>foram exportados.</p><p>No momento em que a empresa fez a importação das peças, não</p><p>havia intenção (ou confirmação) de que as peças poderiam compor</p><p>produto para exportação, sendo assim, a importação foi realizada</p><p>com o pagamento integral dos tributos incidentes. Nesse caso,</p><p>com a exportação de mercadorias que fizeram uso desse estoque,</p><p>a empresa pode comprar o material para reposição e solicitar a</p><p>32</p><p>isenção tributária na importação que chegará alegando a exportação</p><p>já realizada.</p><p>Apesar da regra ser clara e a isenção só poder ser realizada no</p><p>material com as mesmas condições das já importadas, ainda assim</p><p>é estratégico, pois permite a redução dos custos de manutenção dos</p><p>estoques e, nesse novo pedido, já que haverá a redução de parte</p><p>dos tributos, é possível pensar em um pedido maior para compor</p><p>o estoque e, caso exista nova possibilidade de exportações, na</p><p>próxima reposição é possível solicitar novo drawback isenção.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.</p><p>TEORIA EM PRÁTICA</p><p>Você é o gerente financeiro de uma empresa nacional que exporta</p><p>seus produtos para o Chile, México e Estados Unidos.</p><p>Recentemente, após uma rodada de negócios promovida pela FIESP,</p><p>a empresa que você trabalha fechou sete novos negócios com um</p><p>montante de US$ 150.000,00, que serão pagos pelos importadores a</p><p>30 dias de cada embarque.</p><p>Para iniciar sua produção seria interessante receber um</p><p>adiantamento desse montante, a fim de garantir o pagamento dos</p><p>fornecedores e do seu pessoal.</p><p>Reflita sobre o processo de financiamento às exportações. Quais são</p><p>os financiamentos possíveis? Qual seria o financiamento adequado a</p><p>essa operação?</p><p>33</p><p>Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,</p><p>acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de</p><p>aprendizagem.</p><p>LEITURA FUNDAMENTAL</p><p>Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis</p><p>em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log</p><p>in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em</p><p>sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições</p><p>públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou</p><p>periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.</p><p>Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de</p><p>autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos</p><p>que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,</p><p>portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na</p><p>construção da sua carreira profissional.</p><p>Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da</p><p>nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!</p><p>Indicação 1</p><p>A dissertação indicada aborda o regime aduaneiro especial drawback</p><p>por meio de uma análise de seus benefícios para as micro e</p><p>pequenas empresas.</p><p>SANTOS, E. A. dos. Regime aduaneiro especial Drawback: vantagens e</p><p>desvantagens para microempresa e empresas de pequeno porte. 2016.</p><p>Dissertação (Mestrado em Direito) – UNIMAR, Marília, 2016.</p><p>Indicações de leitura</p><p>34</p><p>Indicação 2</p><p>A obra traz informações importantes sobre as linhas de</p><p>financiamentos às exportações e aos custos do processo.</p><p>SILVA, D. A. de. S. et al. Planejamento e viabilidade das operações de</p><p>exportação e importação. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>QUIZ</p><p>Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a</p><p>verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber</p><p>Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste</p><p>Aprendizagem em Foco.</p><p>Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão</p><p>elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco</p><p>e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de</p><p>questões de interpretação com embasamento no cabeçalho</p><p>da questão.</p><p>1. Não incidência dos tributos na exportação significa que:</p><p>a. Há a impossibilidade ou proibição da tributação prevista pela</p><p>Constituição Federal.</p><p>b. Não há a proibição da tributação prevista pela Constituição</p><p>Federal.</p><p>c. Não há a impossibilidade da tributação prevista pela</p><p>Constituição Federal.</p><p>d. O regime aduaneiro especial é o drawback.</p><p>e. O regime aduaneiro especial é o de exportação temporária.</p><p>35</p><p>2. Entreposto Aduaneiro é:</p><p>a. Um regime aduaneiro especial que permite o armazenamento</p><p>da mercadoria em local alfandegado com suspensão dos</p><p>impostos.</p><p>b. Um financiamento administrado pelo Banco do Brasil que</p><p>permite parcelar o valor dos tributos devidos.</p><p>c. Um regime aduaneiro especial que</p><p>permite o financiamento</p><p>dos impostos devidos.</p><p>d. Um regime aduaneiro especial destinado às atividades de</p><p>pesquisa de petróleo e gás natural.</p><p>e. Um regime aduaneiro especial que permite o armazenamento</p><p>da mercadoria em local alfandegado com suspensão dos</p><p>impostos de peças importadas sem cobertura cambial.</p><p>GABARITO</p><p>Questão 1 - Resposta A</p><p>Resolução: Não incidência significa que há a impossibilidade</p><p>ou proibição de tributação, uma vez que a Constituição Federal</p><p>impede os Estados e Distrito Federal de onerar com ICMS a</p><p>exportação de manufaturados.</p><p>Questão 2 - Resposta A</p><p>Resolução: O Entreposto Aduaneiro é um regime aduaneiro</p><p>que permite o armazenamento em local alfandegado com</p><p>suspensão do pagamento dos impostos, permitindo que a</p><p>nacionalização ocorra de acordo a necessidade do material</p><p>importado.</p><p>BONS ESTUDOS!</p>