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<p>UNIVERSIDADE SALGADO DE</p><p>OLIVEIRA CURSO DE MEDICINA</p><p>VETERINÁRIA</p><p>ALINE GOMES DA SILVA</p><p>DANIELLY CAROLINE MOREIRA GOMES</p><p>GIRLENE DA SILVA FERREIRA E PAULA</p><p>PIOMETRA EM CADELAS: Um estudo comparativo e</p><p>bibliográfico</p><p>2</p><p>ALINE GOMES DA SILVA</p><p>DANIELLY CAROLINE MOREIRA GOMES</p><p>GIRLENE DA SILVA FERREIRA E PAULA</p><p>PIOMETRA EM CADELAS: Um estudo comparativo e</p><p>bibliográfico</p><p>3</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>As Professoras Leila Maria Leal e Daniela C. Morgado, gostaríamos de</p><p>expressar nosso mais sincero agradecimento por todo o apoio, orientação e</p><p>ensinamentos que nos proporcionaram ao longo desta jornada acadêmica. A</p><p>dedicação e o empenho de vocês foram fundamentais para nosso desenvolvimento</p><p>e sucesso.</p><p>Aos veterinários Cintia Machado Chaibud e Sabrina Almeida da Cruz, nossa</p><p>gratidão por nos receberem no estágio e compartilharem conosco sua experiência e</p><p>conhecimento. As valiosas lições e o ambiente acolhedor e profissional que vocês</p><p>criaram nos proporcionaram um aprendizado prático inestimável.</p><p>Aos nossos familiares, queremos agradecer por todo o incentivo, apoio e</p><p>compreensão ao longo desse percurso. O suporte de vocês foi essencial para que</p><p>pudéssemos seguir em frente e conquistar nossos objetivos.</p><p>4</p><p>RESUMO</p><p>Este estudo visa aprofundar o entendimento sobre a piometra em cadelas, através</p><p>da análise comparativa de cinco estudos de caso, contribuindo para o avanço da</p><p>medicina veterinária. A piometra é uma condição complexa que ocorre geralmente</p><p>durante o diestro do ciclo estral, mediada por alterações hormonais e uma resposta</p><p>exagerada ao estímulo da progesterona, resultando em invasão bacteriana e</p><p>anormalidades no útero. Os estudos de caso revisados demonstram uma</p><p>apresentação clínica consistente, incluindo sintomas como secreção vaginal,</p><p>anorexia e aumento do volume abdominal. A confirmação diagnóstica é essencial,</p><p>com exames como hemograma e ultrassonografia abdominal. A</p><p>ovariosalpingohisterectomia emerge como o tratamento padrão, com procedimentos</p><p>cirúrgicos bem-sucedidos e medidas para evitar complicações pós-operatórias.</p><p>Palavras-chave: Piometra, cadelas, ciclo estral, diagnóstico, tratamento,</p><p>ovariosalpingohisterectomia.</p><p>5</p><p>ABSTRACT</p><p>This study aims to deepen the understanding of pyometra in female dogs through the</p><p>comparative analysis of five case studies, contributing to the advancement of</p><p>veterinary medicine. Pyometra is a complex condition that typically occurs during the</p><p>diestrus phase of the estrous cycle, mediated by hormonal changes and an</p><p>exaggerated response to progesterone stimulation, resulting in bacterial invasion and</p><p>abnormalities in the uterus. The reviewed case studies demonstrate a consistent</p><p>clinical presentation, including symptoms such as vaginal discharge, anorexia, and</p><p>increased abdominal volume. Diagnostic confirmation is essential, with tests such as</p><p>complete blood count and abdominal ultrasound. Ovariohysterectomy emerges as</p><p>the standard treatment, with successful surgical procedures and measures to prevent</p><p>postoperative complications.</p><p>Key-words: Pyometra, female dogs, estrous cycle, diagnosis, treatment,</p><p>ovariohysterectomy.</p><p>6</p><p>LISTA DE ABREVIAÇÕES</p><p>FAMED - Faculdade de Medicina Veterinária</p><p>ACEG - Associação Cultural e Educacional de Garça</p><p>OH - Ovariohisterectomia</p><p>OSH - Ovariosalpingohisterectomia</p><p>URCAMP - Centro Universitário da Região da Campanha</p><p>UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro</p><p>SRD - Sem Raça Definida</p><p>UNIVERSO/BH - Universidade Salgado de Oliveira, Belo Horizonte</p><p>FAST - Focused Assessment with Sonography for Trauma</p><p>7</p><p>SUMÁRIO</p><p>● 1. INTRODUÇÃO</p><p>● 2. REVISÃO TEÓRICA E BIBLIOGRÁFICA 09</p><p>● 2.1 Definições, etimologia e conceitos da piometra</p><p>● 2.2 Piometra: Descoberta e Reconhecimento de uma Patologia Veterinária</p><p>● 2.3 Tratamento e Prevenção</p><p>● 3. OBJETIVO 18</p><p>● 2.1 Objetivo Geral</p><p>● 2.2 Objetivos Específicos</p><p>● 4. METODOLOGIA 19</p><p>● 5. ANÁLISE COMPARATIVA SISTÊMICA 21</p><p>● 5.1 Casos Selecionados</p><p>● 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 25</p><p>● 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 29</p><p>● REFERÊNCIAS 31</p><p>8</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A piometra1, uma condição uterina grave que afeta primariamente cadelas não</p><p>castradas, é uma preocupação urgente na medicina veterinária. Caracterizada pela</p><p>acumulação de pus no útero, essa enfermidade não apenas representa uma</p><p>emergência médica para os animais afetados, mas também coloca um desafio</p><p>significativo para médicos veterinários e proprietários de animais. Embora seja mais</p><p>comum em cadelas mais velhas, a piometra pode ocorrer em qualquer idade</p><p>reprodutiva, tornando-se uma questão que demanda atenção constante. (SMITH,</p><p>2006; SILVA, 2009)</p><p>Esta condição multifatorial surge de uma interação complexa entre diversos</p><p>elementos, incluindo alterações hormonais, microbiota uterina e fatores genéticos. O</p><p>desequilíbrio hormonal desempenha um papel central, especialmente quando o</p><p>estrogênio age sem a contraposição adequada da progesterona, resultando em</p><p>hiperplasia endometrial e subsequente infecção bacteriana. (SMITH, 2006)</p><p>No Brasil, a piometra é particularmente preocupante devido à vasta população</p><p>canina e à falta de conscientização sobre a importância da esterilização. Embora a</p><p>incidência exata da doença no país não seja completamente documentada, estudos</p><p>indicam uma prevalência substancial, especialmente em áreas onde a castração não é</p><p>amplamente praticada. Portanto, compreender a epidemiologia da piometra no</p><p>contexto brasileiro é crucial para informar políticas de saúde animal e diretrizes</p><p>clínicas. SILVA, 2009)</p><p>Este estudo se propõe a preencher essa lacuna de conhecimento, realizando</p><p>uma pesquisa comparativa entre cinco estudos de caso. Ao revisar e analisar esses</p><p>casos, buscamos não apenas aprofundar nossa compreensão da piometra em</p><p>cadelas, mas também fornecer insights valiosos que possam orientar práticas clínicas</p><p>e estratégias de prevenção.</p><p>Em última análise, este trabalho representa um avanço significativo na luta</p><p>contra a piometra, contribuindo para o bem-estar dos animais de estimação e o</p><p>progresso contínuo da medicina veterinária no Brasil e além.</p><p>1 Durante todo este trabalho, faremos referência especificamente à piometra em cadelas. Entretanto, é</p><p>importante ressaltar que esta condição também pode ocorrer em outras espécies, como gatas, cabras,</p><p>ovelhas e até mesmo em seres humanos, embora seja muito mais raro.</p><p>9</p><p>2. REVISÃO TEÓRICA E BIBLIOGRÁFICA</p><p>2.1 Definições, etimologia e conceitos da piometra</p><p>Um bom ponto de partida para definir "piometra" é explorar sua etimologia.</p><p>Derivada do grego antigo, a palavra combina "pyo," que significa "pus," e "metra," que</p><p>significa "útero." Assim, "piometra" literalmente traduz-se como "útero com pus",</p><p>descrevendo com precisão a condição médica em que há uma acumulação de pus no</p><p>útero. (NASCENTES, 1932)</p><p>A compreensão da patogenia2 é reconhecida como um desafio complexo e</p><p>multifacetado, ainda não completamente desvendado. Este processo envolve uma</p><p>intrincada interação entre diversos fatores, cujo entendimento detalhado continua em</p><p>evolução. Os elementos hormonais desempenham um papel fundamental,</p><p>influenciando os ciclos reprodutivos e as condições uterinas. Além disso, a presença</p><p>de agentes bacterianos é reconhecida como um componente crucial, podendo</p><p>desencadear e agravar a condição. É importante destacar também a relevância dos</p><p>mecanismos de defesa local, os quais, quando comprometidos, podem contribuir para</p><p>a progressão da doença. Essa complexidade subjacente ressalta a necessidade</p><p>contínua de pesquisas aprofundadas para elucidar completamente os mecanismos</p><p>envolvidos na patogênese da piometra.</p><p>A piometra é uma desordem que ocorre geralmente na fase do diestro,</p><p>sendo mediada por alterações hormonais e uma resposta exagerada ao</p><p>estímulo da progesterona que resulta em invasão bacteriana e</p><p>consequentes anormalidades no endométrio (GANDOTRA et al., 1994).</p><p>Essa citação de Gandotra et al. (1994) destaca a complexidade da piometra</p><p>em cadelas, enfatizando a interação entre fatores hormonais e invasão bacteriana no</p><p>desenvolvimento dessa</p><p>condição. Durante a fase do diestro, que é a fase do ciclo</p><p>estral em que a progesterona está elevada, o útero está predisposto a infecções</p><p>devido às alterações no tecido endometrial e na função imunológica. (GANDOTRA et</p><p>al., 1994)</p><p>A resposta exagerada ao estímulo da progesterona pode levar a uma</p><p>proliferação excessiva do tecido endometrial, criando um ambiente favorável para a</p><p>2 "Patogenia" é o conjunto de processos ou mecanismos pelos quais uma doença se desenvolve e</p><p>progride no organismo. Em outras palavras, é o estudo dos mecanismos pelos quais agentes</p><p>patogênicos, como vírus, bactérias, parasitas ou fungos, causam doenças nos organismos hospedeiros.</p><p>A compreensão da patogenia é fundamental para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças.</p><p>10</p><p>colonização bacteriana. Essa invasão bacteriana pode resultar em inflamação,</p><p>formação de pus e outras anormalidades no útero, caracterizando a piometra.</p><p>Essa compreensão dos mecanismos subjacentes à piometra é fundamental</p><p>para o diagnóstico e tratamento eficazes da condição. Ao entendermos as bases</p><p>fisiopatológicas da piometra, podemos desenvolver estratégias de manejo mais</p><p>direcionadas e intervenções terapêuticas mais eficientes para melhorar o prognóstico e</p><p>o bem-estar das cadelas afetadas.</p><p>Antes de seguirmos aprofundando no que é sabido sobre, é importante</p><p>entender que o ciclo estral é o período reprodutivo dos mamíferos fêmeas, incluindo as</p><p>cadelas. Ele é composto por várias fases distintas, sendo o diestro uma das fases</p><p>fundamentais, durante a qual ocorre a piometra.</p><p>● Proestro: Esta é a fase inicial do ciclo estral, caracterizada por um</p><p>aumento nos níveis de estrogênio e preparação do trato genital para a</p><p>ovulação. Durante o proestro, a cadela pode exibir sinais</p><p>comportamentais de receptividade ao acasalamento, como a posição de</p><p>"flagração".</p><p>● Estro: O estro é o período de receptividade sexual, onde ocorre a</p><p>ovulação. Nesta fase, a cadela pode atrair machos e permitir a monta. Os</p><p>níveis de estrogênio atingem o pico durante o estro.</p><p>● Metaestro: Após o estro, a cadela entra na fase de metaestro, onde</p><p>ocorre a formação do corpo lúteo no ovário. Os níveis de estrogênio</p><p>diminuem e os de progesterona aumentam gradualmente.</p><p>● Diestro: Esta é a fase final do ciclo estral, caracterizada por níveis</p><p>elevados de progesterona. Durante o diestro, o útero da cadela está</p><p>preparado para suportar uma possível gestação. No entanto, se a</p><p>gestação não ocorrer, a exposição prolongada à progesterona pode levar</p><p>a alterações no tecido uterino, criando um ambiente propício para o</p><p>desenvolvimento de piometra.</p><p>Durante o diestro, a progesterona estimula o desenvolvimento e a atividade</p><p>secretora das glândulas endometriais, promovendo a quiescência do miométrio</p><p>11</p><p>(camada muscular do útero) e o fechamento da cérvix (colo do útero). Essas</p><p>mudanças criam um ambiente favorável para a proliferação bacteriana no útero,</p><p>aumentando o risco de piometra. (GRUNERT, BIRGEL e VAL, 2005; SMITH, 2006;</p><p>HAGMAN et al.,2006)</p><p>É importante destacar que, embora o diestro seja a fase mais associada à</p><p>piometra, a condição pode ocorrer em qualquer fase do ciclo estral. No entanto, é</p><p>durante o diestro que as alterações hormonais e estruturais do útero favorecem</p><p>significativamente o desenvolvimento da piometra em cadelas não castradas.</p><p>(GRUNERT, BIRGEL e VAL, 2005; SMITH, 2006; HAGMAN et al.,2006)</p><p>A patogênese da piometra surge da interação prolongada da progesterona em</p><p>um útero previamente sensibilizado pelos estrogênios. Durante o proestro e o estro,</p><p>embora o estrogênio por si só não induza a piometra, ele contribui indiretamente para</p><p>o seu desenvolvimento ao aumentar a disponibilidade de receptores para a</p><p>progesterona. Isso resulta em uma maior sensibilidade do útero à ação da</p><p>progesterona e aumenta o risco de contaminação bacteriana uterina, já que o fluido</p><p>uterino, devido à sua composição, oferece um meio propício para o crescimento</p><p>bacteriano. (GRUNERT, BIRGEL e VAL, 2005; SMITH, 2006; HAGMAN et al.,2006)</p><p>Durante o diestro, o ambiente uterino é favorável tanto para uma eventual</p><p>gestação quanto para o crescimento microbiano. A progesterona estimula o</p><p>desenvolvimento e a atividade secretora das glândulas endometriais, induz a</p><p>quiescência do miométrio e o fechamento da cérvix. Esses efeitos são cumulativos,</p><p>podendo as alterações uterinas se agravarem a cada ciclo estral. Além disso, a</p><p>progesterona reduz o fluxo sanguíneo uterino, diminui a imunidade local no útero</p><p>(imunidade inata) e favorece a expressão de receptores endometriais propícios à</p><p>adesão bacteriana. Essas alterações combinadas promovem a colonização bacteriana</p><p>do útero durante essa fase específica do ciclo reprodutivo. (GRUNERT, BIRGEL e</p><p>VAL, 2005; SMITH, 2006; HAGMAN et al.,2006)</p><p>Existem duas formas principais de piometra: a piometra aberta e a piometra</p><p>fechada.</p><p>Na piometra aberta, há uma abertura no colo do útero que permite a drenagem</p><p>do pus para fora do corpo da cadela. Isso geralmente resulta em sintomas mais</p><p>12</p><p>evidentes, como secreção vaginal purulenta ou sanguinolenta. A presença dessa</p><p>secreção pode chamar a atenção do tutor mais rapidamente, levando a um diagnóstico</p><p>e tratamento precoces. No entanto, apesar da drenagem de pus, a infecção ainda está</p><p>presente e requer intervenção veterinária imediata para evitar complicações graves.</p><p>(GRUNERT, BIRGEL e VAL, 2005; SMITH, 2006; HAGMAN et al.,2006)</p><p>Figura 1 - Piometra aberta, com drenagem via vaginal de conteúdo intra</p><p>uterino de aspecto purulento</p><p>Fonte: Researchgate</p><p>Na piometra fechada, não há abertura no colo do útero, o que impede a</p><p>drenagem do pus para fora do corpo da cadela. Nesse caso, o pus acumula-se dentro</p><p>do útero, levando a um aumento do volume uterino. Os sinais clínicos podem ser</p><p>menos evidentes inicialmente, o que torna a detecção da doença mais desafiadora. Os</p><p>sintomas podem incluir letargia, falta de apetite, aumento de sede, aumento do volume</p><p>abdominal e, em estágios avançados, sepse e choque séptico. A piometra fechada é</p><p>considerada uma emergência médica e requer intervenção veterinária imediata para</p><p>salvar a vida da cadela. (GRUNERT, BIRGEL e VAL, 2005; SMITH, 2006; HAGMAN et</p><p>al.,2006)</p><p>13</p><p>Figura 2 - Piometra fechada e ausência de corrimento vaginal</p><p>Fonte: Researchgate</p><p>2.2 Piometra: Descoberta e Reconhecimento de uma Patologia Veterinária</p><p>A piometra é uma condição veterinária que tem sido objeto de estudo e</p><p>observação ao longo da história, com sua compreensão e reconhecimento evoluindo</p><p>ao longo do tempo. As primeiras observações da piometra remontam a séculos atrás,</p><p>quando os veterinários começaram a documentar doenças reprodutivas em animais.</p><p>Acredita-se que as primeiras descrições da doença datam da Grécia Antiga, com</p><p>Aristóteles mencionando "inflamações uterinas" em seus escritos e Hipócrates, por</p><p>volta de 400 a.C., descreveu secreções purulentas vaginais como um possível sinal da</p><p>doença. No entanto, o reconhecimento formal da piometra como uma entidade</p><p>patológica distinta veio mais tarde. (ALI et al, 2023; HENRIKSEN, 1956;</p><p>(KARASSZON, 1988).</p><p>Foi no século XIX, um período marcado por avanços significativos na medicina</p><p>veterinária, surgiram veterinários pioneiros que se dedicaram ao estudo das doenças</p><p>reprodutivas em animais. Dois desses visionários foram Benjamin Rush e John</p><p>Gamgee, cujo trabalho contribuiu significativamente para a compreensão da piometra</p><p>e outras condições uterinas em cadelas. (PEARSON, 2013; KARASSZON, 1988;</p><p>14</p><p>CONSTABLE, 2016).</p><p>Benjamin Rush e John Gamgee foram os primeiros a observar e documentar</p><p>casos de inflamação uterina grave em cadelas. Suas observações detalhadas</p><p>revelaram padrões recorrentes de sintomas, como secreção vaginal purulenta e</p><p>aumento do volume abdominal, indicativos de piometra. Além disso, ele identificou a</p><p>presença de infecções bacterianas no útero, contribuindo para a compreensão da</p><p>etiologia da doença. (PEARSON, 2013; KARASSZON, 1988; DUNLOP, 1996).</p><p>Os estudos de Rush e Gamgee foram fundamentais</p><p>para lançar luz sobre a</p><p>gravidade e a complexidade da piometra, destacando a necessidade urgente de</p><p>intervenção médica para tratar e prevenir essa condição debilitante em cadelas. Suas</p><p>contribuições abriram caminho para futuras pesquisas e avanços na medicina</p><p>veterinária, estimulando uma abordagem mais sistemática e científica para o estudo</p><p>das doenças reprodutivas em animais. (PEARSON, 2013; KARASSZON, 1988).</p><p>Outros pesquisadores, como William Youatt, um dos primeiros veterinários a</p><p>sistematizar o conhecimento da medicina veterinária, e James Law, cujo trabalho em</p><p>obstetrícia veterinária foi pioneiro em identificar distúrbios reprodutivos em animais,</p><p>também contribuíram para a compreensão inicial da piometra e de outras condições</p><p>uterinas. (DUNLOP, 1996; KARASSZON, 1988).</p><p>A terapia cirúrgica emergiu como a única intervenção disponível para a</p><p>piometra em cadelas. A castração, um procedimento invasivo que envolve a remoção</p><p>15</p><p>dos ovários e do útero, tornou-se a abordagem predominante para tratar essa</p><p>condição. Embora demonstrasse eficácia, tal método cirúrgico era associado a</p><p>consideráveis riscos e complicações, representando um desafio considerável para os</p><p>proprietários de animais. (BIERER, 1955; ALI et al, 2023; KARASSZON, 1988).</p><p>Um marco crucial na história da piometra surgiu com a descoberta da</p><p>penicilina por Alexander Fleming em 1928. A penicilina, enquanto o primeiro antibiótico</p><p>eficaz, rapidamente ascendeu como um componente vital no arsenal terapêutico para</p><p>combater infecções bacterianas. Sua eficácia no tratamento de uma ampla gama de</p><p>enfermidades infecciosas, incluindo a piometra, inaugurou uma nova era na prática</p><p>veterinária. (BENNETT, 2001; ALI et al, 2023; KARASSZON, 1988).</p><p>Com a introdução da penicilina e o subsequente desenvolvimento de outros</p><p>agentes antimicrobianos ao longo do século XX, uma transformação significativa</p><p>ocorreu no manejo terapêutico da piometra. Os antibióticos proporcionaram uma</p><p>alternativa menos invasiva e mais acessível à abordagem cirúrgica, possibilitando que</p><p>inúmeros casos de piometra fossem tratados com êxito sem a necessidade de</p><p>intervenções cirúrgicas agressivas. (BENNETT, 2001; ALI et al, 2023; KARASSZON,</p><p>1988).</p><p>Esses avanços na terapêutica da piometra, catalisados pela descoberta dos</p><p>antibióticos, refletem uma mudança substancial na abordagem clínica desta condição.</p><p>Contudo, desafios contemporâneos persistem, como o surgimento de cepas</p><p>bacterianas resistentes a antibióticos e questões éticas relacionadas à esterilização de</p><p>cadelas. (DUNLOP, 1996; ALI et al, 2023; KARASSZON, 1988).</p><p>Olhando para o futuro, é evidente que a pesquisa contínua e a inovação serão</p><p>fundamentais para enfrentar esses desafios e melhorar ainda mais o diagnóstico,</p><p>tratamento e prevenção da piometra em cadelas.</p><p>2.3 Tratamento e Prevenção</p><p>O tratamento da piometra em cadelas é uma decisão clínica que depende da</p><p>gravidade da condição, bem como das preferências do proprietário e do estado de</p><p>saúde geral do animal. Em casos agudos ou graves, caracterizados por sintomas</p><p>graves como letargia, dor abdominal intensa e toxemia, a intervenção cirúrgica</p><p>16</p><p>imediata, como a ovariohisterectomia(OH)3, é frequentemente indicada. A OH é</p><p>altamente eficaz na resolução da piometra e na prevenção de recorrências, conforme</p><p>demonstrado em estudos anteriores (DE SOUZA et al., 2015).</p><p>A decisão de realizar a ovariohisterectomia, ou cirurgia de remoção dos</p><p>ovários e útero, em casos de piometra em cadelas é baseada em uma série de fatores</p><p>clínicos e individuais. Quando a piometra é diagnosticada, é fundamental avaliar a</p><p>gravidade dos sintomas e o estado geral de saúde da cadela.</p><p>Nos casos agudos ou graves, nos quais a cadela apresenta sinais como</p><p>letargia, falta de apetite, aumento do volume abdominal, secreção vaginal purulenta e</p><p>possíveis complicações sistêmicas como toxemia, a intervenção cirúrgica é</p><p>frequentemente considerada a opção mais indicada e urgente. A OH permite a</p><p>remoção completa do útero infectado e previne a recorrência da piometra. Estudos</p><p>científicos têm demonstrado consistentemente a eficácia desse procedimento na</p><p>resolução da piometra e na melhoria da qualidade de vida das cadelas afetadas (DE</p><p>SOUZA et al., 2015).</p><p>Além disso, a ovariohisterectomia também oferece benefícios a longo prazo,</p><p>como a prevenção de outras doenças uterinas, como tumores uterinos e piometra</p><p>recorrente. Portanto, mesmo que a cadela se recupere completamente da piometra</p><p>após o tratamento cirúrgico, a remoção do útero pode ser considerada uma medida</p><p>preventiva para garantir sua saúde futura.</p><p>É importante ressaltar que a ovariohisterectomia é uma cirurgia segura que é</p><p>comumente realizada em cadelas (HOWE, 2006), mas requer cuidados</p><p>pós-operatórios adequados para garantir uma recuperação tranquila. Após o</p><p>procedimento, a cadela precisará de repouso, monitoramento da incisão cirúrgica e</p><p>administração de medicamentos conforme orientação veterinária. Em muitos casos, os</p><p>benefícios da cirurgia superam os riscos, especialmente quando se considera a</p><p>possibilidade de complicações graves associadas à piometra não tratada.</p><p>Quando a cirurgia não é a opção mais viável, seja devido à condição física da</p><p>3 A ovariohisterectomia é um procedimento cirúrgico realizado em cadelas para remover os ovários e o</p><p>útero. Também conhecida como "castração" ou "esterilização", essa intervenção é comumente realizada</p><p>como medida preventiva ou terapêutica em diversas situações clínicas. Durante o procedimento, o</p><p>cirurgião veterinário faz uma incisão na parede abdominal da cadela para acessar os órgãos</p><p>reprodutivos. Em seguida, os ovários e o útero são cuidadosamente removidos.</p><p>17</p><p>cadela ou à preferência do proprietário, o tratamento médico com terapia</p><p>antimicrobiana pode ser uma alternativa. Nesses casos menos graves, os antibióticos</p><p>são prescritos para combater a infecção bacteriana presente no útero e aliviar os</p><p>sintomas associados à piometra.</p><p>A terapia antimicrobiana é frequentemente utilizada como um complemento ao</p><p>tratamento cirúrgico ou em situações em que a cirurgia não é uma opção imediata. Os</p><p>antibióticos ajudam a reduzir a carga bacteriana no útero, controlando a infecção e</p><p>prevenindo complicações graves. Estudos têm demonstrado que o uso de antibióticos</p><p>pode resultar em melhorias significativas no estado clínico das cadelas com piometra,</p><p>reduzindo a inflamação e aliviando os sintomas clínicos (SAVOLDI et al., 2019).</p><p>É importante ressaltar que o tratamento com antibióticos requer</p><p>monitoramento cuidadoso e acompanhamento veterinário regular para garantir a</p><p>eficácia do tratamento e evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. Além</p><p>disso, embora os antibióticos possam controlar a infecção, eles não podem resolver a</p><p>piometra completamente, sendo a cirurgia muitas vezes necessária para prevenir</p><p>recorrências e complicações futuras. Portanto, a decisão entre o tratamento cirúrgico e</p><p>o tratamento médico com antibióticos deve ser individualizada e baseada na avaliação</p><p>cuidadosa do veterinário em conjunto com o proprietário, levando em consideração o</p><p>estado de saúde da cadela e outros fatores relevantes.</p><p>18</p><p>3. OBJETIVOS</p><p>3.1 Objetivo Geral</p><p>Este estudo tem como objetivo geral aprofundar o entendimento sobre a</p><p>piometra em cadelas, através da análise comparativa de cinco estudos de caso,</p><p>visando contribuir para o avanço da medicina veterinária e para o desenvolvimento de</p><p>estratégias eficazes de prevenção e tratamento da doença.</p><p>3.2 Objetivos Especficos</p><p>1. Realizar uma revisão detalhada dos cinco estudos de caso selecionados,</p><p>identificando as características clínicas, históricos médicos e tratamentos</p><p>aplicados em cada caso.</p><p>2. Analisar as semelhanças e diferenças entre os casos estudados,</p><p>destacando padrões comuns de apresentação clínica, fatores de risco e</p><p>desfechos terapêuticos.</p><p>3. Investigar possíveis correlações entre a idade, raça, histórico reprodutivo</p><p>e outros fatores epidemiológicos dos animais afetados, com base nos</p><p>dados disponíveis</p><p>nos estudos de caso.</p><p>4. Avaliar a eficácia dos tratamentos utilizados em cada caso, incluindo</p><p>terapias médicas e cirúrgicas, para determinar as melhores práticas</p><p>clínicas no manejo da piometra em cadelas.</p><p>5. Propor recomendações práticas para a prevenção da piometra em</p><p>cadelas, com base nas conclusões obtidas a partir da análise dos</p><p>estudos de caso e da literatura científica atualizada.</p><p>19</p><p>4. METODOLOGIA</p><p>A investigação conduzida neste trabalho desdobrou-se em dois estágios</p><p>distintos. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica embasada nos princípios</p><p>delineados por Lakatos e Marconi (2003) em "Metodologia Científica", bem como nos</p><p>conceitos de estudo comparativo também definidos por esses autores. O objetivo</p><p>primordial foi adquirir uma compreensão abrangente do conceito de piometra por meio</p><p>de uma revisão sistemática da literatura, visando consolidar o conhecimento existente</p><p>sobre essa condição.</p><p>Em seguida, o foco voltou-se para um estudo comparativo, o qual envolveu a</p><p>análise de cinco estudos de caso cuidadosamente selecionados. Esta etapa da</p><p>pesquisa teve como propósito examinar de forma detalhada as características clínicas,</p><p>os tratamentos aplicados e os desfechos terapêuticos desses casos específicos.</p><p>Através dessa abordagem comparativa, buscou-se identificar padrões recorrentes,</p><p>correlações significativas e insights valiosos que contribuíssem para uma</p><p>compreensão mais profunda da piometra em cadelas. Essa análise comparativa foi</p><p>fundamental para contextualizar e enriquecer as informações obtidas na fase inicial da</p><p>pesquisa bibliográfica, possibilitando uma visão mais abrangente e informada sobre a</p><p>condição em questão.</p><p>Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica em bancos de dados</p><p>científicos, como PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando os termos "piometra",</p><p>"piometra em cadelas" e "piometra em cães". O foco foi em artigos que abordavam o</p><p>conceito, a fisiopatologia, os fatores de risco, os métodos de diagnóstico e as opções</p><p>de tratamento relacionados à piometra em cadelas. Selecionaram-se estudos</p><p>publicados em português e inglês, preferencialmente postados nos últimos 15 anos,</p><p>que oferecessem informações relevantes para a compreensão abrangente da</p><p>condição.</p><p>Após a revisão bibliográfica, identificaram-se cinco estudos de caso brasileiros</p><p>que abordavam casos de piometra em cadelas. A seleção dos casos foi baseada em</p><p>critérios pré-estabelecidos, incluindo relevância clínica, detalhamento dos casos e</p><p>disponibilidade de informações sobre diagnóstico, tratamento e desfechos.</p><p>Excluíram-se estudos publicados em idiomas diferentes do português, aqueles que</p><p>não fossem de origem brasileira, pesquisas que não fossem caracterizadas como</p><p>20</p><p>estudo de caso e trabalhos publicados há mais de 15 anos.</p><p>Os cinco estudos de caso selecionados foram analisados de forma</p><p>comparativa, destacando semelhanças, diferenças, tendências e padrões observados</p><p>nos casos apresentados. Avaliaram-se aspectos como idade e raça das cadelas</p><p>afetadas, sintomas clínicos, métodos de diagnóstico, tratamentos realizados e</p><p>desfechos clínicos. A análise foi realizada de acordo com os princípios metodológicos</p><p>estabelecidos por Lakatos e Marconi (2003), visando garantir a consistência e a</p><p>validade dos resultados obtidos.</p><p>A metodologia proposta visou fornecer uma abordagem sistemática e</p><p>abrangente para a investigação da piometra em cadelas, integrando uma revisão</p><p>bibliográfica detalhada com uma análise comparativa de casos clínicos brasileiros. A</p><p>utilização de critérios de seleção e a aplicação de princípios metodológicos garantiram</p><p>a relevância dos resultados obtidos, contribuindo para um melhor entendimento e</p><p>manejo dessa importante condição veterinária.</p><p>21</p><p>22</p><p>5. ANÁLISE COMPARATIVA SISTÊMICA</p><p>5.1 Casos Selecionados</p><p>De acordo com os parâmetros estabelecidos na seção de "Metodologia",</p><p>foram identificados e selecionados cinco estudos de relatos de casos referentes à</p><p>piometra em cadelas. Neste ponto, é imprescindível listar e referenciar cada um</p><p>desses estudos.</p><p>O primeiro caso selecionado remonta a 2010 e foi documentado pela</p><p>estudante, no período da publicação, de medicina veterinária Vanessa Murakami,</p><p>cujos achados foram publicados na Revista Científica Eletrônica de Medicina</p><p>Veterinária FAMED (Faculdade de Medicina Veterinária da ACEG – Associação</p><p>Cultural e Educacional de Garça). O médico veterinário responsável pelo caso foi o</p><p>Dr. Jorge Costa, que atendeu uma cadela da raça pit bull, fêmea, de quatro anos de</p><p>idade, de cor caramelo e peso de 18,6 Kg. (MURAKAMI, 2011).</p><p>Durante o exame clínico inicial, foram observados sintomas como fezes</p><p>escuras, anorexia, cruzamento há 30 dias e presença de discreta secreção vaginal.</p><p>O paciente foi submetido a exames laboratoriais, incluindo hemograma, que revelou</p><p>anemia normocítica hipocrômica, discreta anisocitose, policromasia, leucocitose com</p><p>desvio à esquerda moderado (regenerativa) e trombocitose, além de</p><p>hiperproteinemia. Um exame radiográfico confirmou a presença de dilatação uterina</p><p>anormal compatível com piometra. (MURAKAMI, 2011).</p><p>Diante da suspeita confirmada, foi instituído um protocolo terapêutico que</p><p>incluiu a administração dos antibióticos indicados. No dia seguinte, a cadela foi</p><p>submetida à ovariohisterectomia. Após a cirurgia, foi realizado o curativo local</p><p>utilizando fita microporosa hipoalérgica e esparadrapo, sendo aplicada uma roupa</p><p>cirúrgica para prevenir a remoção dos pontos pela paciente. A cadela retornou após</p><p>10 dias para a retirada dos pontos cirúrgicos (MURAKAMI, 2011).</p><p>O segundo relato foi publicado nos anais do evento acadêmico CONGREGA</p><p>URCAMP 2021 pelas alunas do curso de Medicina Veterinária da URCAMP (Centro</p><p>Universitário da Região da Campanha): Luisa Biagini de Oliveira, Amanda de Melo</p><p>Araújo e Vitória Azambuja Brum. (DE OLIVEIRA, DE MELO ARAÚJO, BRUM, 2021)</p><p>23</p><p>O paciente em questão foi atendido em uma clínica veterinária na cidade de</p><p>Caçapava do Sul. Tratava-se de uma cadela sem raça definida, fêmea, de</p><p>aproximadamente quinze anos de idade, não castrada e com protocolo de vacinação</p><p>em atraso, com peso de 15 Kg. Inicialmente, os sinais observados incluíam um</p><p>aumento no volume abdominal e secreção vaginal sanguinolenta. Exames</p><p>complementares foram solicitados, incluindo hemograma completo e</p><p>ultrassonografia abdominal, que revelou um útero aumentado de volume e</p><p>preenchido com líquido, indicativo de piometra. (DE OLIVEIRA, DE MELO ARAÚJO,</p><p>BRUM, 2021)</p><p>Após a confirmação do diagnóstico, os riscos foram explicados ao tutor,</p><p>ressaltando que apenas a terapia clínica não seria adequada para esse caso</p><p>específico. Portanto, a escolha terapêutica foi a ovariosalpingohisterectomia(OSH)4.</p><p>Devido à idade avançada da paciente e com o objetivo de minimizar possíveis</p><p>complicações, optou-se por utilizar anestesia inalatória durante o procedimento</p><p>cirúrgico. O resultado da cirurgia foi bem-sucedido e, após um dia de internação</p><p>para observação, a cadela recebeu alta médica para retornar a sua casa. (DE</p><p>OLIVEIRA, DE MELO ARAÚJO, BRUM, 2021)</p><p>O terceiro relato de caso foi publicado pela PubVet em 2013 pela então</p><p>doutoranda Julia Peixoto e apresentado no Hospital Veterinário da Universidade</p><p>Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). (PEIXOTO, 2023)</p><p>O paciente em questão foi atendido no serviço de clínica do Hospital</p><p>Veterinário da UFRRJ com queixa clínica de secreção vulvar muco/hemorrágica há</p><p>24 horas e prostração. Tratava-se de uma cadela da raça Bulldog Inglês, de 10</p><p>meses de idade, que havia apresentado cio 13 dias antes do atendimento. A cadela</p><p>estava vacinada, vermifugada e fazia preventivo para pulga e carrapato, sem</p><p>histórico de doenças anteriores. (PEIXOTO, 2023)</p><p>Durante a avaliação clínica, foram observados diversos sinais, incluindo</p><p>taquicardia, taquipneia, edema de vulva e secreção vulvar muco/hemorrágica.</p><p>4 A diferença principal entre "ovariohisterectomia" e "ovariosalpingohisterectomia" é a extensão da</p><p>remoção realizada durante a cirurgia.</p><p>Ovariosalpingohisterectomia é um procedimento que é uma forma</p><p>mais completa de castração. Além de remover os ovários e o útero, as trompas de falópio (tubas</p><p>uterinas) também são retiradas. Portanto, a "ovariosalpingohisterectomia" envolve a remoção dos</p><p>ovários, trompas de falópio e útero, oferecendo uma abordagem mais abrangente para prevenir a</p><p>reprodução e certas condições médicas.</p><p>24</p><p>Exames complementares, como FAST abdominal de emergência, hemograma</p><p>completo e bioquímica sérica renal e hepática, foram realizados. O diagnóstico de</p><p>piometra foi confirmado após análise dos resultados. (PEIXOTO, 2023)</p><p>Diante do quadro clínico, foi decidido que a terapia cirúrgica seria a melhor</p><p>opção para o caso. A paciente foi encaminhada para o serviço de cirurgia do</p><p>Hospital Veterinário da UFRRJ, onde foi submetida à ovariosalpingohisterectomia. A</p><p>cirurgia foi realizada sem intercorrências, e a paciente teve uma recuperação</p><p>bem-sucedida, recebendo alta médica após um período de 10 dias de observação</p><p>pós-operatória. (PEIXOTO, 2023)</p><p>O quarto caso aqui descrito foi extraído da monografia elaborada pelos</p><p>estudantes de Medicina Veterinária Jefferson Daniel e Pollyanna Suzano como parte</p><p>de sua conclusão de curso em 2023 pela Universidade Salgado de Oliveira, Belo</p><p>Horizonte (UNIVERSO-BH).</p><p>No Hospital Veterinário Carlos Prates, em 16 de março de 2023, uma cadela</p><p>Sem Raça Definida (SRD), fêmea, não castrada, de 7 anos e com peso de 16.9 kg,</p><p>foi trazida para atendimento. O proprietário relatou sintomas como falta de apetite,</p><p>aumento da sede, urina frequente e fezes escuras e pastosas, logo após o término</p><p>do cio. Durante a avaliação inicial, notou-se palidez das mucosas, elevação da</p><p>temperatura corporal e distensão abdominal, além da presença de pus na vagina. O</p><p>ultrassom confirmou o diagnóstico de piometra, e amostras de sangue foram</p><p>coletadas para análise. (DANIEL, SUZANO, 2013)</p><p>As imagens ultrassonográficas corroboraram as alterações uterinas</p><p>indicativas de hiperplasia endometrial avançada e piometra. Após o diagnóstico, a</p><p>cadela foi encaminhada para cirurgia. Recebeu medicação analgésica opióide e</p><p>sedativa como pré-anestésico, seguida pela indução à anestesia com Propofol,</p><p>Fentanil e Diazepam. A técnica cirúrgica realizada foi a OSH, com remoção do útero</p><p>e dos ovários. No pós-operatório, foi administrada dipirona e um anti-inflamatório.</p><p>Não houve complicações anestésicas, e o animal recebeu alta no mesmo dia,</p><p>retornando após dez dias para remoção dos pontos cirúrgicos. (DANIEL, SUZANO,</p><p>2013)</p><p>O quinto e último selecionado para análise foi extraído de um Trabalho de</p><p>25</p><p>Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título</p><p>de Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Salgado de Oliveira -</p><p>Universo BH, elaborado pelos alunos Ronaldo Funayama e Samir Ferreira.</p><p>Trata-se de uma cadela da raça American Bully, do sexo feminino, com 3</p><p>anos de idade e pesando 21.4kg, que foi levada à Clínica Veterinária Espaço Pet em</p><p>17 de abril de 2023. O tutor relatou que o animal havia sido submetido a uma</p><p>inseminação e, alguns dias após o procedimento, começou a manifestar sintomas</p><p>preocupantes, incluindo apatia, falta de apetite e polidipsia, além de apresentar um</p><p>aumento visível no volume abdominal. (FUNAYAMA, FERREIRA, 2023)</p><p>Após uma avaliação inicial, foram solicitados exames laboratoriais, incluindo</p><p>hemograma, e um exame ultrassonográfico para uma investigação mais detalhada.</p><p>O diagnóstico de piometra foi confirmado, e o tutor foi devidamente orientado sobre</p><p>os riscos associados à condição. Ficou claro que apenas a terapia medicamentosa</p><p>não seria suficiente para tratar adequadamente o caso, e, portanto, optou-se pela</p><p>realização da ovariosalpingohisterectomia, visando à remoção completa da piometra</p><p>e à prevenção de complicações adicionais. (FUNAYAMA, FERREIRA, 2023)</p><p>A cirurgia foi conduzida utilizando um acesso mediano ventral retro umbilical,</p><p>e um protocolo anestésico adequado foi aplicado durante o procedimento. Após a</p><p>cirurgia, a cadela recebeu medicações pós-operatórias, incluindo enrofloxacino,</p><p>meloxicam e dipirona, para garantir seu conforto e recuperação adequada. Além</p><p>disso, foi recomendado o uso de um colar elizabetano5 para evitar que o animal</p><p>remova os pontos. A expectativa era de que os pontos seriam retirados após 12</p><p>dias, conforme planejado pela equipe veterinária. (FUNAYAMA, FERREIRA, 2023)</p><p>5 colar elizabetano, também conhecido como colar isabelino ou colar cone, é um dispositivo utilizado em</p><p>medicina veterinária para evitar que animais se lambam, mordam ou mexam em áreas do corpo que</p><p>precisam de proteção, como após cirurgias ou para evitar que machuquem feridas. O nome</p><p>"elizabetano" é uma referência à gola usada na época da Rainha Elizabeth I da Inglaterra, que tinha</p><p>uma forma semelhante. O colar é geralmente feito de plástico rígido ou outro material que não pode ser</p><p>dobrado, permitindo que o animal possa comer, beber e se mover, mas evitando que alcance as áreas</p><p>protegidas.</p><p>26</p><p>6. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Ao revisar os cinco relatos de casos sobre piometra em cadelas, é possível</p><p>observar uma série de semelhanças e diferenças nos cenários clínicos,</p><p>diagnósticos, tratamentos e desfechos. Vamos explorar alguns desses paralelos:</p><p>A apresentação clínica da piometra em cadelas é bastante consistente nos</p><p>casos analisados. Os sintomas iniciais, como secreção vaginal, anorexia, aumento</p><p>do volume abdominal e apatia, são indicativos de uma possível infecção uterina.</p><p>Esses sinais podem ser facilmente observados pelos tutores e são frequentemente</p><p>os motivos pelos quais os animais são levados para consulta veterinária. A secreção</p><p>vaginal, muitas vezes purulenta, é um sinal clássico de inflamação uterina e,</p><p>juntamente com a anorexia e o aumento do volume abdominal, levanta suspeitas de</p><p>piometra, conforme descrito por Ali (2023).</p><p>A confirmação diagnóstica é essencial para orientar o tratamento adequado.</p><p>Para isso, são realizados exames complementares, como hemograma e</p><p>ultrassonografia abdominal. O hemograma pode revelar alterações como leucocitose</p><p>com desvio à esquerda, sugerindo uma resposta inflamatória aguda, além de</p><p>anemia, trombocitose e outras alterações relacionadas à infecção (CONSTABLE,</p><p>2016). Já a ultrassonografia abdominal permite uma avaliação detalhada do útero,</p><p>identificando características como dilatação uterina anormal e conteúdo luminal</p><p>anormal, que são consistentes com o diagnóstico de piometra (CONSTABLE, 2010).</p><p>Esses achados clínicos e diagnósticos destacam a importância da avaliação</p><p>cuidadosa e abrangente dos pacientes com suspeita de piometra. O reconhecimento</p><p>precoce dos sintomas e a confirmação diagnóstica adequada são fundamentais para</p><p>iniciar o tratamento oportuno e garantir a melhor chance de recuperação para os</p><p>animais afetados.</p><p>Outro aspecto observado que salta aos olhos é a escolha quase unânime da</p><p>ovariosalpingohisterectomia (OSH), exceto pelo primeiro caso que optou pela</p><p>ovariohisterectomia (OH). Em todos os casos ressalta-se a ampla aceitação e</p><p>reconhecimento desse procedimento como o padrão no tratamento da piometra em</p><p>cadelas. A OSH e OH são intervenções cirúrgicas que envolvem a remoção do útero</p><p>e dos ovários, eliminando assim a fonte da infecção e prevenindo futuros episódios</p><p>27</p><p>da doença. Essa consistência na abordagem terapêutica sugere uma prática comum</p><p>e bem estabelecida na comunidade veterinária para lidar com essa condição</p><p>específica (Howe, 2006). Esse processo, popularmente chamado de castração, é,</p><p>como Howe (2006) aponta, o mais comum entre os procedimentos cirúrgicos</p><p>veterinários, tanto pela razão da piometra quanto de outros fatores.</p><p>A escolha da intervenção como tratamento principal destaca não apenas a</p><p>necessidade de resolver a piometra atual, mas também a importância de prevenir</p><p>recorrências e complicações futuras. Ao remover completamente o útero e os</p><p>ovários, o procedimento elimina a possibilidade de novos acúmulos de pus no útero</p><p>e reduz o risco</p><p>de doenças relacionadas ao sistema reprodutivo no futuro (HAGMAN</p><p>R, 2018). Essa abordagem proativa demonstra um compromisso com a saúde a</p><p>longo prazo das cadelas afetadas pela piometra.</p><p>Outro aspecto relevante para análise é a idade das cadelas nos casos</p><p>analisados, que são bem variadas. Como podemos analisar no gráfico a seguir</p><p>baseado nos resultados.</p><p>Figura 3 - Gráfico comparativo com idade das cadelas.</p><p>Fonte: Autoria Própria</p><p>Observando o gráfico, é evidente que a piometra é mais comum em cadelas</p><p>de idade avançada. No entanto, a condição não é exclusiva de animais mais velhos.</p><p>O terceiro caso, que envolve uma cadela de apenas 10 meses, destaca que</p><p>28</p><p>piometra também pode ocorrer em cadelas mais jovens. Isso sublinha a importância</p><p>da vigilância contínua e dos cuidados preventivos em todas as fases da vida das</p><p>cadelas, independentemente da idade.</p><p>Também é notado que em todos os casos, foram tomadas medidas para</p><p>evitar complicações pós-operatórias, como a aplicação de curativos locais e o uso</p><p>de colares elizabetanos para evitar que os animais lambessem ou removessem os</p><p>pontos cirúrgicos.</p><p>Outro aspecto que pode ser observado é o tempo de internação após o</p><p>procedimento cirúrgico ou ausência de internação em alguns casos. Como no</p><p>gráfico abaixo podemos observar:</p><p>Figura 4 - Gráfico referente ao tempo de internação em cada caso.</p><p>Fonte: Autoria Própria</p><p>A internação do animal por alguns dias após a cirurgia de piometra é crucial</p><p>para assegurar uma recuperação adequada e monitorar possíveis complicações</p><p>pós-operatórias. Embora, como nos casos citados, alguns animais sejam liberados</p><p>no mesmo dia, essa prática não é recomendada no tratamento de uma infecção tão</p><p>grave como a piometra. A internação permite a administração contínua de</p><p>antibióticos intravenosos, monitoramento rigoroso dos sinais vitais, e manejo</p><p>adequado da dor, aumentando significativamente as chances de uma recuperação</p><p>29</p><p>completa e sem intercorrências</p><p>Em geral, os casos apresentaram resultados cirúrgicos bem-sucedidos, com</p><p>os animais se recuperando adequadamente após a remoção da piometra. Isso</p><p>ressalta a eficácia da abordagem terapêutica adotada e sugere um prognóstico</p><p>favorável para os pacientes afetados por essa condição.</p><p>30</p><p>7. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O estudo comparativo dos cinco casos de piometra em cadelas proporcionou</p><p>uma visão abrangente sobre os aspectos clínicos, diagnósticos, tratamentos e</p><p>desfechos associados a essa condição. A análise revelou padrões consistentes na</p><p>apresentação clínica da piometra, incluindo sintomas como secreção vaginal, anorexia</p><p>e aumento do volume abdominal, que foram frequentemente observados nos casos</p><p>revisados.</p><p>A confirmação diagnóstica desempenhou um papel crucial na orientação do</p><p>tratamento adequado, com exames complementares como hemograma e</p><p>ultrassonografia abdominal sendo fundamentais para esse fim. A identificação precoce</p><p>dos sintomas e a confirmação diagnóstica adequada foram consideradas essenciais</p><p>para garantir o início do tratamento oportuno e melhorar os desfechos clínicos dos</p><p>animais afetados.</p><p>A ovariosalpingohisterectomia emergiu como a abordagem terapêutica</p><p>predominante nos casos revisados, destacando-se como o padrão no tratamento da</p><p>piometra em cadelas. Essa intervenção cirúrgica foi amplamente aceita e reconhecida</p><p>pela comunidade veterinária devido à sua eficácia em eliminar a fonte da infecção e</p><p>prevenir recorrências futuras da doença.</p><p>Além disso, medidas preventivas foram adotadas para evitar complicações</p><p>pós-operatórias e promover uma recuperação adequada dos animais, incluindo a</p><p>aplicação de curativos locais e o uso de colares elizabetanos para proteger os pontos</p><p>cirúrgicos. Os resultados cirúrgicos foram geralmente bem-sucedidos, com os animais</p><p>se recuperando satisfatoriamente após a remoção da piometra.</p><p>No entanto, apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento da piometra,</p><p>desafios contemporâneos persistem, como o surgimento de cepas bacterianas</p><p>resistentes a antibióticos e questões éticas relacionadas à esterilização de cadelas.</p><p>Portanto, é evidente que a pesquisa contínua e a inovação serão fundamentais para</p><p>enfrentar esses desafios e melhorar ainda mais o manejo clínico da piometra em</p><p>cadelas.</p><p>Em suma, o estudo dos casos de piometra em cadelas contribuiu para a</p><p>ampliação do entendimento sobre essa condição e forneceu insights valiosos para a</p><p>31</p><p>prática clínica veterinária. Ao continuar investigando e desenvolvendo estratégias</p><p>eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento, podemos avançar na melhoria da</p><p>saúde e do bem-estar das cadelas afetadas por essa doença.</p><p>32</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>.</p><p>ALI, Othman J. et al. Pyometra in Dogs, Clinical, Bacteriological and Histopathological</p><p>Observations. Pakistan Veterinary Journal, v. 43, n. 4, 2023</p><p>ARTHUR, Geoffrey H. et al. Veterinary reproduction and obstetrics. Balliere Tindall,</p><p>1982.</p><p>BENNETT, Joan W.; CHUNG, King-Thom. Alexander Fleming and the discovery of</p><p>penicillin. 2001.</p><p>BIERER, Bert W. A short history of veterinary medicine in America. 1955.</p><p>BOURGELAT, Claude. Art vétérinaire, ou Médecine des animaux. Chez</p><p>Vallat-La-Chapelle, 1767.</p><p>CONSTABLE, Peter D. et al. Veterinary medicine: a textbook of the diseases of cattle,</p><p>horses, sheep, pigs and goats. Elsevier Health Sciences, 2016.</p><p>DANIEL, Jeferson; SUZANO, Pollyanna. 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