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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
INSTITUTO DA SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
VERÔNICA CRISTINA SANTOS DE FREITAS 
 
 
 
 
TRATAMENTOS PARA ENDOMETRITE EQUINA 
(Revisão Sistemática) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
 2022
VERÔNICA CRISTINA SANTOS DE FREITAS 
 
 
 
 
TRATAMENTOS PARA ENDOMETRITE EQUINA 
(Revisão Sistemática) 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Medicina 
Veterinária da Universidade Federal Rural da 
Amazônia como requisito para obtenção do grau 
de Bacharel em Medicina Veterinária. 
 
 
 
Área de concentração: 
Ginecologia Veterinária 
 
Orientador: 
Prof. Dr. Erick Fonseca de Castilho 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
 2022 
 
 
 
Verônica Cristina Santos de Freitas 
 
 
 
TRATAMENTOS PARA ENDOMETRITE EQUINA 
(Revisão Sistemática) 
Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da 
Amazônia como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária 
Data da aprovação 
 
 09/06/2022 
 
Prof. Dr. Erick Fonseca de Castilho 
Orientador/Presidente da Banca Examinadora 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
Prof. Dr. José Dantas Ribeiro Filho 
Membro Titular da Banca Examinadora 
Universidade Federal de Viçosa 
 
 
 
Prof. Dr. Sebastião Tavares Rolim Filho 
Membro Titular da Banca Examinadora 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, por ter sido meu sustento e minha força durante todo esse período para que eu 
pudesse suportar todas as adversidades. Por ter me dado saúde e iluminado meus passos até 
aqui. 
À minha mãe Cristina que sempre sonhou comigo os meus sonhos, que durante todos 
esses anos esteve ao meu lado me dando todo apoio necessário e cobrando minhas notas (rs). 
À minha Vó Domingas (in memória), minha eterna gratidão por sempre ter acreditado em 
mim e por ter sonhado tanto com esse momento. 
Ao meu pai Luciano e meus avós Machado e Nice, gratidão por todo esforço feito para 
que eu chegasse até aqui. Todas as conversas, almoços preparados e caminhadas até a 
parada me deram motivação para chegar até aqui. 
Aos meus tios e tias, obrigada por sempre estarem presentes em minha vida e dispostos 
a me ajudar. 
Ao meu orientador, Prof. Erick, por acreditar no meu potencial, por todos os conselhos 
e principalmente, por não ter me deixado desistir. A sua orientação me fez chegar até aqui. 
Aos meus amigos de graduação Felipe, Débora, Vitória Rodrigues e Vitória Quaresma, 
quero agradecer por todos os dias compartilhados em período integral, pelas risadas 
divididas, trabalhos em grupo e dias estudos. Vocês tornaram esses cinco longos anos bem 
mais leves. 
Ao Projeto Carroceiro como um todo, gratidão por tantos anos vividos e por ter 
despertado em mim um amor incondicional pelos cavalos. Ao professor Djacy, que sempre 
tão paciente me ensinou tantas coisas a respeito da área. Aos amigos que fiz lá dentro, 
Gleycianne, Brenda, Saulo e Douglas, obrigada por toda confiança depositada em mim e por 
todos os conselhos e puxões de orelha durante os anos de trabalho em conjunto. 
Ao Thiago, que durante todas as noites de trabalho ficou acordado ao meu lado me 
dando apoio e não me deixando desistir. Obrigada por nesses últimos meses ter tornado a 
minha vida mais leve e por me ensinar a ser mais grata, até pelas coisas mais simples. 
Sou imensamente grata a todos aqueles que passaram pela minha vida durante este 
processo e me ajudaram a ser quem sou.
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO 9 
2 MATERIAL E MÉTODOS 11 
3 RESULTADOS 12 
4 DISCUSSÃO 15 
4.1. Antibacterianos 17 
4.2. Antifúngicos 18 
4.3. Anti- inflamatórios 19 
4.4. Drogas ecbólicas 19 
4.5. Lavagem uterina 19 
4.6. Outras terapias 20 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A endometrite é um processo infeccioso que acomete o útero de éguas domésticas, originado 
a partir da entrada de agentes exógenos. É uma das princiapais enfermidades que acomete a 
espécie e a principal afecção reponsável por causar infertil idade e subfertilidade em equinos, 
o que leva a grandes perdas econômicas. Sua variedade de etiologias faz com que não exista 
um método de diagnóstico que seja direto e de baixo custo, tornando o exame ginecológico a 
única forma de diagnosticar a doença, por meio da avaliação e presença dos sinais clínicos. 
Na atualidade, não existe um protocolo de tratamento específico e com a diversificação de 
estudos na área da teriogenologia equina é normal a presença da dúvida no atendimento de 
rotina desses pacientes. Com o intuito de unir estudos científicos para facilitar a tomada de 
decisões, a medicina baseada em evidências através de revisão sistemática,poderá auxiliar no 
momento da tomada de decisão nas intervenções clínicas. Sendo assim, essa revisão 
sistemática objetiva identificar e sintetizar evidências científicas a cerca dos tratamentos 
utilizados para endometrite equina, discorrendo sobre suas etiologias, mecanismos de defesa e 
microorganismos envolvidos no processo. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão 
sistemática a cerca dos tratamentos utilizados para endometrite equina nos últimos dez anos. 
A metodologia do trabalho se deu através da definição de uma pergunta científica, onde a 
população elegida para a pesquisa foi a espécie equina e a intervenção foram os tratamentos 
utilizados para endometrite nos últimos dez anos. A base de dados utilizada foi o 
ScienceDirect e os termos empregados combinados a operadores booleanos, foram: equine 
OR horse OR mare AND endometritis AND treatments OR therapy OR therapeutic. O total 
de artigos encontrados foi de 1.338, onde restaram apenas 329 após remoção de duplicatas e 
através da pesquisa por meio da combinação “(equine OR horse OR mare) AND endometritis 
AND (treatments OR therapy OR therapeutic)” 60 artigos foram escolhidos para triagem, 
apenas aqueles classificados como Research Articles e Review Articles, publicados entre os 
anos de 2012 e 2022. As etapas de triagem foram divididas. Primeiro foram selecionados 
apenas artigos que contivessem os termos da pesquisa em título, palavras-chave ou abstract e 
respondessem à pergunta científica, que resultou em 29 artigos. Em seguida, foi realizda a 
leitura completa e minunciosa dos artigos, excluindos àqueles que não correspondessem aos 
objetivos dessa revisão, onde foram selecionados 9 para serem discutidos. Os tratamentos 
mais utilizados para a endometrite equina infecciosa foram os antibacterianos, 44,4% dos 
estudos coligidos, seguidos de lavagem uterina e outras terapias. 
Palavras-chave: Teriogenologia. Égua. Terapêutica. Patologia uterina.
 
ABSTRACT 
 
Endometritis is an infectious process that affects the uterus of domestic mares, 
originated from the entry of exogenous agents. It is one of the main diseases that affect the 
species and the main condition responsible for causing infertility and subfertility in horses, 
which leads to great economic losses. Its variety of etiologies means that there is no direct and 
low-cost diagnostic method, making the gynecological examination the only way to diagnose 
the disease, through the evaluation and presence of clinical signs. Currently, there is no 
specific treatment protocol and with the diversification of studies in the field of equine 
theriogenology, the presence of doubt in the routine care of these patients is normal. In order 
to unite scientific studies to facilitate decision-making, evidence-based medicine through 
systematic review can help at the time of decision-making in clinical interventions. Therefore, 
this systematic review aims to identify and synthesize scientific evidence about the treatments 
used for equine endometritis, discussing their etiologies, defense mechanisms and 
microorganisms involved in the process. The objective of this study was to carry out a 
systematic review of the treatmentsused for equine endometritis in the last ten years. The 
methodology of the work was done through the definition of a scientific question, where the 
population chosen for the research was the equine species and the intervention was the 
treatments used for endometritis in the last ten years. The database used was ScienceDirect 
and the terms used, combined with Boolean operators, were: equine OR horse OR mare AND 
endometritis AND treatments OR therapy OR therapeutic. The total number of articles found 
was 1,338, of which only 329 remained after removing duplicates and through a search using 
the combination “(equine OR horse OR mare) AND endometritis AND (treatments OR 
therapy OR therapeutic)” 60 articles were chosen for screening , only those classified as 
Research Articles and Review Articles, published between 2012 and 2022. The screening 
steps were divided. First, only articles were selected that contained the search terms in the 
title, keywords or abstract and answered the scientific question, which resulted in 29 articles. 
Then, the full and detailed reading of the articles was carried out, excluding those that did not 
correspond to the objectives of this review, where 9 were selected to be discussed. The most 
used treatments for infectious equine endometritis were antibiotics, 44.4% of the studies 
collected, followed by uterine lavage and alternative therapies. 
Keywords : Theriogenology. Mare. Therapy. Uterine pathology.
T r a t a m e n t o s p a r a e n d o m e t r i t e e q u i n a ( r e v i s ã o s i s t e m á t i c a ) | 9 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A equinocultura vem crescendo como atividade econômica e mostra-se cada vez mais 
promissora, atualmente, o Brasil soma cerca de 5.926.126 cabeças, segundo a Pesquisa da 
Pecuária Municipal do IBGE (2020). Sendo assim, a fertilidade desses animais é de extrema 
importância assim como também a necessidade de haver profissionais capacitados para lidar 
com problemas que possam prejudicar a produtividade do rebanho (VILHENA, 2020). 
Porém, a fertilidade dos animais pode ser prejudicada por alterações na genitália 
feminina, havendo a necessidade de acompanhamento contínuo e todas as fases do ciclo de 
produção. E nesse contexto, destaca-se a endometrite como uma das principais causas de sub-
fertilidade equina. A endometrite é uma inflamação do endométrio (tecido que reveste a 
cavidade do útero) que pode ser aguda ou crônica. Essa afecção decorre da incapacidade do 
útero de remover bactérias, espermatozoides ou exsudatos inflamatórios e leva a falhas na 
concepção, abortos e problemas de fertilidade futuras, causando repetições de cio e 
aumentando o intervalo de partos (GALHÓS, 2018). As éguas, quando se trata de 
endometrite, podem ser classificadas de duas formas: suscetíveis e resistentes baseando-se na 
capacidade de eliminação de bactérias do trato reprodutivo (CARNEIRO et al., 2021). 
Segundo VILHENA (2020), é o terceiro problema clínico que mais acomete equinos e 
a principal afecção reprodutiva responsável pela infertilidade e subfertilidade em éguas, 
gerando prejuízos ecônomicos para o produtor assim como também para o bem-estar animal. 
Frequentemente, quando não diagnosticada de forma correta, tem uma prevalência de 
aproximadamente 25-60% nos casos de doenças reprodutivas em equinos. A endometrite é 
uma patologia de origem multifatorial e que pode ser classificada como: persistente pós-
cobertura, infecciosa, de origem sexualmente transmissível, crônica ou subclínica (KATILA, 
2016). 
Na maioria dos casos, a endometrite infecciosa é de origem bacteriana, causada pelos 
agentes Escherichia coli, Streptococcus spp., Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella 
pneumoniae, contudo o número de casos de endometrite causada por fungos tem aumentado 
consideravelmente, principalmente àquelas causadas por Candida sp. (CARNEIRO et al, 
2021). Os sinais clínicos podem variar de acordo com a etiologia, mas comumente observa-se 
a presença de liquido intrauterino, cervicite, vaginite, secreção mucopurulenta e edema 
endometrial ou um padrão incomum ao ultrassom. 
Até o atual momento, não há um método específico para o diagnóstico de endometrite 
que seja de fácil execução e de baixo custo, sendo assim a única forma de diagnosticar esta 
T r a t a m e n t o s p a r a e n d o m e t r i t e e q u i n a ( r e v i s ã o s i s t e m á t i c a ) | 10 
 
enfermidade é através da avaliação e soma dos sinais clínicos e achados durante o exame 
ginecológico (CARNEIRO et al, 2020). Para que seja delineado um tratamento eficaz é 
necessário conhecer a origem da afecção, sendo crucial o diagnóstico correto da enfermidade. 
Contudo, os tratamentos utilizados para endometrite podem ser considerados empíricos e 
controversos, visto que não há um protocolo específico a ser seguido (LOPES, 2013). 
Atualmente, há uma grande variedade de estudos existentes na área da Teriogenologia 
Equina, realizados através de diversos métodos e com diferentes resultados, que dificultam a 
tomada de decisões principalmente na hora de determinar protocolos de tratamentos. É 
comum a presença da dúvida na rotina clínica, sendo assim surgiu a medicina baseada em 
evidências, que une provas científicas existentes e disponíveis dentro da atualidade, que vão 
contribuir para a aplicação de seus resultados em tratamentos e intervenções clínicas 
(ZANDONADI et al, 2021). 
Neste cenário, surgiram as revisões sistemáticas que servem como investigações 
científicas, nas quais os resultados obtidos serão sintetizados, cujo objetivo é triar os estudos 
de melhor qualidade existentes sobre determinado assunto de forma a identificar, selecionar, 
avaliar e sintetizar a evidência científica. Segundo ZANDONADI (2021), trazer essa 
metodologia de avaliação de resultados para a medicina veterinária reflete melhorias para a 
área, uma vez que conduzem os profissionais aos melhores e mais eficazes tratamentos. 
Sendo assim, o objetivo desta revisão sistemática foi identificar e sintetizar evidências 
científicas, contidas nas literaturas selecionadas, em relação aos tratamentos utilizados para 
endometrite equina nos últimos dez anos, discorrendo sobre suas etiologias e os principais 
microorganismos envolvidos no processo. 
 
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2 MATERIAL E MÉTODOS 
A estratégia da pesquisa se deu através do anagrama PICO (SANTOS; GALVÃO, 
2014); SANTOS; PIMENTA; NOBRE, 2007), onde: P corresponde a população/paciente na 
qual foi escolhida a espécie equina; o I é a intervenção e corresponde aos tratamentos 
utilizados em casos de endometrite equina; a letra C é a comparação, que irá se basear na 
opinião de autores a respeito dos tratamentos utilizados nos últimos anos; e O equivale ao 
desfecho/resultado, que é a avaliação dos medicamentos utilizados, se houveram mudanças ao 
longo do tempo e a evolução das terapêuticas. 
A construção da pergunta científica foi elaborada após a estratégia PICO ser 
empregada e se baseará nos principais tratamentos utilizados nos casos de endometrite equina. 
Sendo assim, utilizou-se a base eletrônica de dados ScienceDirect para garantir 
especificidades nas buscas e resultados obtidos. A pesquisa foi feita com base na combinação 
dos termos em inglês Equine OR Horse OR Mare AND Endometritis AND Treatment OR 
Therapy OR Therapeutic. Nesta pesquisa, serviram apenas artigos classificados pela 
plataforma ScienceDirect como Review Articles e Research Articles, publicados em inglês, 
nos últimos dez anos (2012-2022). 
 Após a etapa de busca, realizou-se duas etapas. A primeira, foi a exclusão de estudos 
que não contivessem os termos da pesquisa no título, palavras-chaves ou abstract e 
informações referentes à pergunta base. Na segunda etapa, os artigos foram avaliados em sua 
forma completa, excluindo àqueles que não correspondessem aos objetivos dessarevisão. 
Para obter-se o real número de artigos a serem triados, utilizou-se a pesquisa avançada 
de forma a combinar os termos da pesquisa e operadores booleanos desta maneira “(equine 
OR horse OR mare) AND endometritis AND (treatment OR therapy OR therapeutic)”, os 
resultados a serem acessados deveriam conter os termos da pesquisa em título, ou palavras-
chave ou abstract e que respondessem à pergunta científica. 
Os estudos escolhidos para esta revisão tiveram seu critério de elegibilidade a partir do 
acesso aos artigos completos e de uma leitura minunciosa dos mesmos. Estudos classificados 
como literatura cinza não foram incluídos nesta revisão. 
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3 RESULTADOS 
A busca realizada na base de dados ScienceDirect deu como resultado um total de 
1.338 artigos somados dentre todas as combinações dos termos de pesquisas (Tabela 1 e 
Figura 1). Após a pesquisa, utilizando as diferentes palavras-chave e operadores booleanos, 
observou-se que muitos artigos apareciam de maneira repetida mesmo após a combinação de 
diversos termos. 
 
TABELA 1. Resultados obtidos a partir da base de dados ScienceDirect para cada 
combinação de termos da pesquisa (2012-22). 
Combinações de termos da pesquisa 
Review 
articles 
Research 
articles 
Total 
Equine AND Endometritis AND Treatment 43 220 263 
Horse AND Endometritis AND Treatment 54 215 269 
Mare AND Endometritis AND Treatment 44 237 281 
Equine AND Endometritis AND Therapy 29 79 108 
Horse AND Endometritis AND Therapy 35 80 115 
Mare AND Endometritis AND Therapy 25 74 99 
Equine AND Endometritis AND Therapeutic 23 47 70 
Horse AND Endometritis AND Therapeutic 25 41 66 
Mare AND Endometritis AND Therapeutic 21 46 67 
Total 299 1039 1338 
 
 
 
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FIGURA 1. Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para a revisão sistemática. 
 
 
 
Ao final da seleção, restaram seis artigos classificados como Research article e três 
Review article que foram incluídos nesta revisão e posteriormente discutidos (Tabela 2). 
Os artigos selecionados para a revisão consistiram em estudos que abordaram um ou 
mais tratamentos para os variados tipos de endometrite, sendo eles baseados em relatos de 
experiência, revisões de literatura e experimentos. Os estudos que abordavam exclusivamente 
a endometrite e não apresentavam tratamentos, não foram abordados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigos identificados 
através das buscas na 
base de dados 
(1.338) 
 
 
Artigos restantes após 
exclusão de duplicatas 
(329) 
 
 
Artigos selecionados 
para triagem 
(60) 
 
 
Artigos elegíveis por 
leitura de título, 
palavras-chave e 
abstract 
(29) 
 
 
Artigos incluídos na 
revisão 
(9) 
 
Critérios de elegibilidade: 
- Artigos publicados entre os 
anos de 2012 e 2022. 
- Artigos que retratem sobre 
tratamentos para endometrite 
equina 
- Artigos classificados como 
Review articles e Research 
articles 
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TABELA 2. Artigos selecionados para a revisão após as etapas de triagem, de acordo com os 
resultados obtidos na base de dados ScienceDirect (2012-2022). 
ANO TÍTULO AUTORES CATEGORIA 
2013 Equine endometrial tissue 
concentration of fluconazole 
following oral administration 
 
SCOFIELD, D.B.; 
WITTENBURG, L.A.; 
FERRIS, R.A. et al. 
Research 
2015 Proteomics of endometrial fluid 
after dexamethasone treatment in 
mares susceptible to endometritis 
 
ARLAS, T.R.; WOLF, C.A.; 
PETRUCCI, B.P.L. et al. 
Research 
2016 Inflammatory response in chronic 
degenerative endometritis mares 
treated with platelet-rich plasma 
 
REGHINI, M.F.S.; NETO, 
C.R.; SEGABINAZZI, L.G. et 
al. 
Research 
2016 Managing persistent post-breeding 
endometritis 
CANISSO, I.F.; STEWART, 
J.; COUTINHO DA SILVA, 
M.A. 
 
Review 
2016 Endometritis: Nontradicional 
therapies 
 
SCOGGIN, C.F. Review 
2017 In Vitro Biofilm Disruption and 
Bacterial Killing Using Non-
Antibiotic Compounds Against 
Gram-Negative Equine Uterine 
Pathogens 
 
LONKAR, K.D.; FERRIS, R. 
A.; MCCUE, P.M. et al. 
Research 
2018 Concentrations of sulfadiazine and 
trimethoprim in blood and 
endometrium of mares 
following administration of an oral 
suspension 
 
DAVOLLI, M.T.; BEAVERS, 
K.; MEDINA, V. et al. 
Research 
2019 Periovulatory administration of 
firocoxib did not alter ovulation 
rates and mitigated post-breeding 
FRISO, A. M.; 
SEGABINAZZI, L.G.M.T.; 
CYRINO, M. et al. 
Research 
T r a t a m e n t o s p a r a e n d o m e t r i t e e q u i n a ( r e v i s ã o s i s t e m á t i c a ) | 15 
 
inflammatory response in mares 
 
2021 Treatments for Endometritis in 
Mares Caused by Streptococcus 
equi Subspecies zooepidemicus : A 
Structured Literature Review 
ZHAO et al. Review 
 
 
4 DISCUSSÃO 
Na Tabela 3, foram adicionados apenas os tratamentos descritos nas literaturas 
coligidas, não retratando aqueles citados como “não recomendados” ou “não contém 
informações suficientes”. 
 
Tabela 3. Tratamentos utilizados para endometrite equina retratados pelos autores 
selecionados, de acordo com os resultados obtidos na base de dados ScienceDirect (2012-
2022). 
AUTOR, ANO 
TRATAMENTO 
SUGERIDO 
RECOMENDAÇÕES 
(SISTÊMICO) 
RECOMENDAÇÕES 
(INTRAUTERINO) 
SCOFIELD et al., 
2013 
Antifúngicos 
Fluconazol 
Dose de ataque: (14 mg/kg) 
Dose de manutenção: (5 mg/kg) 
 
 
ARLAS, 2015 
 
Imunomoduladores 
Dexametasona 
(0,1 mg/kg) 
 
REGHINI, et al., 
2016 
Terapias 
alternativas 
 PRP 
(Plasma Rico em Plaquetas). 
CANISSO et al., 
2016 
Antibacteriano 
Amicacina (10 mg/kg) 
Ampicilina (29 mg/kg) 
Ceftiofur sódico (2,5 mg/kg) 
Ceftiofur cristalino (6,6 mg/kg) 
Enrofloxacino (5 mg/kg) 
Gentamicina (6,6 mg/kg) 
Metronidazol (15-25 mg/kg) 
Penicilina (25.000 UI) 
Sulfadiazina-trimetropima (30 
mg/kg) 
Amicacina (1-2 g) 
Ampicilina (1-2 g) 
Ceftiofur sódico (1g ) 
Gentamicina (1-2 g) 
Penicilina (5x10
6
 UI) 
Ticarcilina (3- 6g) 
T r a t a m e n t o s p a r a e n d o m e t r i t e e q u i n a ( r e v i s ã o s i s t e m á t i c a ) | 16 
 
Agentes ecbólicos 
 
 
DMSO (10-20%) 
N-Acetilcisteína (5-10%) 
Quelantes tamponados 
Lavagem uterina 
Ocitocina (10-40 UI) 
Cloprostenol (250 mg) 
 
 
Imunomoduladores 
Prednisolona (0,1 mg/kg) 
Dexametasona (20-40 mg) 
 
 
SCOGGIN, C.F., 
2016 
Antibacteriano 
Amicacina (10-15 mg/kg) 
Ampicilina (29 mg/kg) 
Ceftiofur sódico (2 mg/kg) 
Enrofloxacino (5 mg/kg) 
Gentamicina (6,6 mg/kg) 
Penicilina (20.000-40.000 UI) 
Ticarcilina+ácido clavulonico 
(50 mg/kg) 
Amicacina (1-2 g/60mL soro 
fisiológico) 
Ampicilina ( 2g/60mL soro 
fisiológico) 
Ceftiofur sódico (1-2 g/60mL 
soro fisiológico) 
Enrofloxacino (50 mL de 
suspensão a base de água a 
2,5%) 
Gentamicina (1g) 
Penicilina (5x10
6
 UI) 
Ticarcilina+acido clavulonico 
(3,1-6,2 g) 
Agentes ecbólicos 
Ocitocina (30 UI) 
Cloprostenol (250mg) 
 
 
Lavagem 
intrauterina 
 
 
Ringer com lactato (2-4L) 
 
Imunomoduladores 
e Terapias 
alternativas 
Dexametasona (50 mg) 
Prednisolona (0,1 mg/kg) 
N-acetilcisteína (20%/150-250 
mL solução fisiológica) 
Células-tronco 
 
 
LONKAR et al, 
2018 
Anti-inflamatórios 
 
 
DMSO 30% 
Terapias 
alternativas 
 Peptídeos antimicrobianos 
DAVOLLI et al, 
2018 
Antibacteriano 
Sulfadiazina-trimetropima (24 
mg/kg) 
 
 
FRISO et al, 2019 Anti-inflamatório Firocoxib (0,2 mg/kg) 
 
 
T r a t a m e n t o s p a r a e n d o m e t r i t e e q u i n a ( r e v i s ã o s i s t e m á t i c a ) | 17 
 
ZHAO et al., 
2021. 
Antimicrobiano Enrofloxacino (5,5 mg/kg) 
Ampicilina (4% - 50 mL) 
Gentamicina(2g) 
Ticarcilina dissódica (6g) + 
Clavulanato de potássio 
(0,2g)/100mL 
Penicilina G potássica (10x10
6
 
UI) 
Lavagem uterina 
 
 
 
Solução 0,1% de idodopovidona 
Imunomodulador 
 
Dexametasona (0,1mg/kg) 
Extrato de parede celular de 
Mycobacterium phlei (1,5 mg) 
Ocitocina (20 UI) Cloprostenol 
(10mg) 
 
 
Terapias 
alternativas 
 
 
Lipossacarídeos (LPS) 100 ÿg 
(50 mL) 
 
4.1. Antibacterianos 
Apesar dos tratamentos para endometrite equina dependerem da sua variabilidade de 
etiologias, o tratamento de escolha inicialmente sempre consiste no uso de antibacteriano, 
sejam eles de uso intrauterino ou sistêmico (DAVOLLI; BEAVERS; MEDINA; SONES; 
PINTO; PACCAMONTI; CAUSEY, 2018). 
Dentre os trabalhos utilizados para esta revisão 44,4% (4/9) fizeram menção ao uso de 
antibacteriano para o tratamento de endometrite em éguas. Sendo os mais abordados entre os 
artigos a amicacina (10 mg kg-1), a amipicilina (29 mg kg-1) , a gentamicina (6,6 mg kg-1), o 
ceftiofur (2 mg kg-1), a penicilina (25 milhões UI) e a sulfonamida combinada com a 
trimetropima (24 mg kg-1) administrados de maneira sistêmica. 
Os antibacterianos sistêmicos são preferíveis aos intrauterinos para o tratamento de 
endometrite equina, visto que quando administrados via intrauterina aumentam o risco de 
contaminação iatrogênica, enquanto que os sistêmicos tem uma distribuição mais homogênea 
em todo o endométrio (DAVOLLI et al, 2018). 
Segundo SCOGGIN (2016), tratamentos intrauterinos são mais utilizados que os 
sistêmicos, todavia depedendo da fase do ciclo estral pode aumentar o risco de endometrite 
fúngica. Antibacterianos como o ceftiofur (1 g), a gentamicina (1 g) e a ticarcilina associada 
ao ácido clavulônico (3,1 g - 6,2 g), são frequentemente utilizados para infusão intrauterina, 
enquanto que a enrofloxacina (5 mg kg-1) mostra-se mais eficaz quando utilizada de forma 
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sistêmica. 
Em ZHAO et al. (2021), os antibacterianos apenas devem ser usados como primeira 
opção em casos de endometrite bacteriana. O autor recomenda a combinação de 
antibacterianos e agentes ecbólicos. Os tratamentos discorridos no artigo indicam que 
antibacterianos, agentes imunomoduladores e uso de glóbulos brancos frescos mostraram 
eficácia superior quando empregados para endometrite bacteriana causada pelo agente 
Streptococcus equi zooepidemicus quando comparados a lavagem uterina e ocitocina de 
maneira isolada. 
A administração oral de sulfadiazina-trimetropima (24 mg kg-1) foi eficaz no 
tratamento de endometrite bacteriana causada pelos agentes S. zooepidemicus e E. Coli e 
segura, visto que não foram observados efeitos adversos principalmente na função 
gastrointestinal dos equinos que receberam o tratamento (Davolli et al., 2018). Em vista disso, 
a sulfadiazina combinada a trimetroprima se mostra uma boa opção de custo-benefício para 
tratamentos sistêmicos. 
O uso de antibacterianos no tratamento para endometrite equina é uma das alternativas 
mais utilizadas pelos médicos veterinários, podendo ser muitas vezes empregado de forma 
errônea. O tratamento instituído dependerá da experiência do veterinário e do caso em foco, 
alguns animais se adaptarão a certos protocolos de tratamento, enquanto outros precisarão ser 
ajustados. 
 
4.2. Antifúngicos 
Dos trabalhos compilados apenas um de nove, retratou o uso de antifúngicos no 
tratamento de endometrite fúngica. Dentre os casos de endometrite infecciosa, apenas 1% a 
5% das éguas diagnósticadas, são acometidas por causa fúngica. 
O tratamento para endometrite fúngica consiste na lavagem uterina, correção de 
fatores predisponentes e infusão de antifúngicos intrauterinos. O fluconazol mostrou ser uma 
opção custo-efetiva para administração oral em cavalos. Enquanto outros agentes antifúngicos 
azólicos são pouco absorvidos, ou até mesmo tóxicos para a espécie quando administrados por 
via oral (SCOFIELD et al., 2013). 
Segundo Scofield et al. (2013), o fluconazol apresenta grande potencial para 
tratamento de infecções causadas pelo fungo do gênero Candida spp. A administração oral na 
dose de 14 mg kg-1 como dose de ataque, seguido de manutenção com doses de 5 mg kg-1 a 
cada 24 horas teve bons resultados quando administradas para o tratamento de Candida 
albicans, apresentando uma eficácia prolongada sem necessidade de estar submetendo o 
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animal a terapias intrauterinas repetidas. 
 
4.3. Anti-inflamatórios 
O uso de anti- inflamatórios está incluso na terapêutica de endometrite, contudo seu 
uso ainda é restrito, devido seus efeitos adversos. O protocolo que envolve a administração de 
anti- inflamatórios, geralmente é realizado prévio a inseminação e em combinação com 
imunomoduladores e mostram-se eficazes nos casos de endometrite persistente induzida pós-
acasalamento (FRISO; SEGABINAZZI, 2019) 
O firocoxib é um AINE que inibe a COX-2, atua diminuindo a inflamação e tem ação 
no controle de dor, tem alto poder no volume de distribuição. O firocoxib 0,2 mg kg-1 com 
base no estudo de FRISO e SEGABINAZZI (2019) apresenta alto índice terapêutico e não 
apresenta reações adversas no trato reprodutivo. 
 
4.4. Drogas ecbólicas 
Os agentes ecbólicos têm sido bastante empregados em tratamentos de endometrite, 
essas drogas agem estimulando a contratilidade uterina e eliminando o excesso de líquido 
intrauterino. A ocitocina e a prostaglandina (cloprostenol) são os agentes ecbólicos mais 
utilizado. 
Um neuropeptídeo produzido no hipotálamo e ativado pela hipófise, a ocitocina está 
associada a fortes contrações do miométrio em um curto intervalo de tempo. Quando utilizada 
em doses menores (10-20 unidades/IM) e administrada em intervalos de 2 horas mostra-se 
mais eficaz por causar contrações uterinas cíclicas (CANISSO; STEWART; COUTINHO DA 
SILVA, 2016). No estudo de SCOGGIN, relata-se que deve se levar em consideração o ciclo 
estral das éguas, para se obter o resultado desejado. Durante o estro a dose recomendada é de 
10 a 20 unidades, enquanto que após a ovulação a dose deve ser de 25 a 40 unidades. As vias 
de administração variam entre intramuscular, intravenosa e intrauterina. 
Segundo SCOGGIN (, de maneira inversamente proporcional, a PGF2a (cloprostenol) 
apresenta contratilidades de menor amplitude e a dose utilizada foi de 250mcg/égua, contudo 
apresenta uma duração mais prolongada. Embora não haja comprovações que o uso de 
cloprostenol afete a fertilidade das fêmeas tratadas, o seu uso deve ser cauteloso, pois pode 
estar associado a folículos hemorrágicos anovulatórios. 
 
4.5. Lavagem uterina 
A lavagem intrauterina é bastante utilizada em manejos reprodutivos de éguas 
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suscetíveis, esse procedimento vai remover micrrorganismos, espermatozoides e detritos 
inflamatórios. O manejo vai depender da gravidade do caso e do clínico veterinário. Três dos 
nove artigos selecionados relataram sobre lavagem uterina no manejo reprodutivo. 
A solução mais comumente utilizada para lavagens uterinas são as de Ringer com 
lactato (CANISSO; STEWART; COUTINHO DA SILVA, 2016; SCOGGIN, 2016). Em uma 
lavagem pós-acasalamento, geralmente 2 a 5 L são suficientes para limpeza intrauterina. 
Alguns mucolíticos e quelantes podem ser adicionados à lavagem uterina. O DMSO, 
quando usado em lavagens, age reduzindo a inflamação pela ação de radicais livres, na 
solução de 10 a 20%. A n-acetilcisteína em solução de 5 a 10% rompe ligações entre 
polímeros e resulta em depuração. O uso de Tris EDTA (quelantes tamponados) também foi 
relatado e age alterando a integridade estrutural fúngica (CANISSO et al, 2016).O uso da solução de iodopovidona a 0,1% é eficaz em infecções bacterianas. No 
estudo de ZHAO et al (2021) éguas tratadas com essa solução após três dias não 
demonstraram evidências de crescimento bacteriano. 
 
4.6. Outras terapias 
O uso de outras etrapias vem sendo bastante utilizado e discutido na atualidade, 70% 
dos artigos coligidos relataram o uso de terapias alternativas no tratamento de endometrite 
equina, principalmente aquelas com imunomoduladores. Três dos sete artigos relataram a 
eficácia dos imunomoduladores quando inclusos no tratamento de éguas que apresentam 
acúmulo de fluidos e inflamação uterina. 
A dexametasona costuma ser droga de eleição quando determinado o uso de 
imunomoduladores no tratamento, em dose única de 50 mg (0,1 mg kg-1) antes da cobertura 
mostraram aumento no índice de prenhez. O uso de corticóides vai atuar suprimindo a 
resposta imunitária, levando a uma baixa manifestação das citocinas pró- inflamatórias, 
diminuindo a inflamação. 
A escolha de glicocorticóides deve ser feita com cuidado necessitando de uma seleção 
dos pacientes. O uso de glicocorticóides apresenta uma variedade de efeitos adversos, entre 
eles o desenvolvimento de laminite. 
O MCWE (Extrato de parede celular de Mycobacterium phlei) tem grande efeito na 
eliminação da infecção uterina causada por Streptococcus equi zooepidemicus, quando 
administrados na dose de 1,5mg IV (SCOGGIN, 2016; ZHAO et al., 2021). A administração 
durante três dias é capaz de diminuir o líquido intrauterino acumulado. (SCOGGING, 2016). 
O uso de lipossacarídeos como opção de tratamento para endometrites causadas por 
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Escherichia coli tem se mostrado eficaz, quando usados na dose de 100 ÿg dissolvido em 50 
mL de solução salina 0,9%. Em ZHAO et al. (2021), utilizar este tratamento resultou em 
aumentos de taxas de prenhez e de parto, desde que seu uso fosse intrauterino combinado de 
injeções intravenosas de ocitocina. O uso de citocina como único método de tratamento pode 
não ser ideal. 
As terapias regenerativas aparecem com bastante frequência nos estudos coligidos. O 
plasma rico em plaquetas, ou PRP, é caracterizado por um concentrado de proteínas de caráter 
biológico retirado do sangue do próprio animal. É utilizado em terapias de suporte e modula a 
resposta inflamatória pós-cobertura em éguas suscetíveis (SCOGGIN, 2016). O uso de PRP 
pós-reprodução resultou em diminuição do acúmulo de fluidos uterinos, resultado semelhante 
ao observado quando o PRP é utilizado antes da inseminação artificial (REGHINI et al., 
2016). 
 
 
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5. CONCLUSÕES 
Apesar da grande quantidade de agentes etiológicos, o uso de antibacterianos, 
administrados por via parenteral ou por via intrauterina, ainda são as principais substâncias 
recomendadas para o tratamento de éguas com endometrite, porém os glicocorticóides, 
MCWE, lipossacarídeos + ocitocina e plasma rico em plaquetas tem ganho destaque como 
tratamento inovadores. 
 
 
 
 
 
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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