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<p>Fluidoterapia em cães e gatos Paula Castro</p><p>Guideline atual VETERINARY PRACTICE GUIDEL 2024 AAHA Fluid Therapy Guidelines for Dogs and Cats Mariana Pardo, BVSc, MV, DACVECC+, , Erin Spencer, MEd, CVT, VTS (ECC)+, Adesola Odunayo, DVM, MS, DACVECC, Mary L. Ramirez, DVM, DABVP (Canine and Feline), Elke Rudloff, DVM, DACVECC, Heidi Shafford, DVM, PhD, DACVAA, Ann Weil, DVM, MS, DACVAA, Ewan Wolff, DVM, PhD, DACVIM (Small Animal Internal Medicine)</p><p>Desidratação Condição em que o corpo perde mais fluidos do que recebe, resultando num desbalanço de água e eletrótitos Euvolemia Normalidade no balanço e distribuição da água total no corpo Definições Água total do corpo Nos mamíferos, distribuída entre os compartimentos da seguinte forma: Compartimento intracelular - 67% Compartimento extracelular - 33% Interstício - 25% Plasma sanguíneo (espaço intravascular) - 8%</p><p>Intolerância a fluidos / sobrecarga de fluidos Hipervolemia, edemas e efusões latrogênica Ligada à comorbidade Hipervolemia Definições Aumento no volume de fluidos no espaço intravascular Hipovolemia Diminuição no volume de fluidos no espaço intravascular</p><p>Fluidoterapia de manutenção Soluções cristaloides com eletrólitos para fornecer a necessidade diária de fluido ao paciente É o volume necessário para repor as perdas fisiológicas de líquido do corpo: urina, saliva, transpiração, sucos digestivos... Definições Ringer com lactato, solução fisiológica (NaCl a 0,9%) Fluidoterapia de reposição Soluções cristaloides com eletrólitos para repor perdas de fluidos e eletrólitos que o paciente possa ter tido</p><p>Fluidos são medicamentos e devem ser prescritos de acordo com o objetivo individual de cada caso Cada compartimento de fluido no Princípios gerais da corpo terá um requerimento e, por isso, necessitará de uma fluidoterapia prescrição diferente Estabelecer arbitrariamente volume de fluido e a velocidade de infusão aumentam a morbidade e mortalidade dos pacientes Avaliar caso a caso!!!</p><p>Meio intravascular: Histórico do paciente - perdas agudas Avaliação dos parâmetros de perfusão: Avaliando a Estado mental FC TPC necessidade de Mucosas Temperatura das extremidades fluido do paciente Turgor de pele Pulso PAS, ECG Exames laboratoriais Exames de imagem</p><p>Avaliação do volume intravascular Criteria Hypovolemia Hypervolemia* Patient history Vomiting, diarrhea, decreased water intake, latrogenic fluid overload, polydipsia, salt anorexia or hyporexia, respiratory signs, fever, intoxication, osmotic agent administration blood loss and hemorrhage Physical examination See Table 2 Bounding pulse quality, new cardiac murmur, findings Can occur with severe dehydration (>12%) wet lung sounds, ocular/nasal discharge, May see evidence of hemorrhage (bleeding, jugular vein distention, peripheral edema epistaxis, etc.) Blood pressure or Hypotension, arrhythmia Arrhythmia electrocardiogram findings Laboratory test results Hyperlactamia, metabolic acidosis, acute Hemodilution of packed cell volume, anemia, hypoproteinemia (may be secondary blood urea nitrogen, and electrolytes to hemorrhage) Diagnostic imaging results Microcardia, small caudal thoracic vena cava, Abdominal venous distension, caudal (e.g., radiography, caudal vena cava collapsibility index >27% vena cava collapsibility index <27%, ultrasonography, computed pleural effusion, ascites, retroperitoneal tomography) effusion, perirenal effusion</p><p>Avaliação do volume intravascular MM Peripheral Peripheral blood Heart rate CRT color pulses pressure Extremities Body temperature Compensatory Cat Rarely recognized (seconds to a few minutes in duration) Dog Normal or 1-2 S Normal Bounding Normal or Normal Hypothermic, hyperthermic increased or red increased temperature or normothermic to touch Early decompensatory Cat Normal or >2 S Pale Weak Low Cool to touch Hypothermic decreased Dog Increased >2 S Pale to Weak Normal or Cool to touch Hypothermic, hyperthermic white decreased or normothermic Late decompensatory Cat Decreased >2 S or White Absent Low or unable to Cool to cold Hypothermic absent obtain to touch Dog Normal or >2 S or White Absent Low or unable to Cool to cold Hypothermic, hyperthermic decreased absent obtain to touch or normothermic</p><p>Gatos 5 a 10mL/kg Paciente 15 a 20mL/kg Em 15 a 30 minutos Cães Pode ser repetido de acordo com a necessidade</p><p>Pacientes hipovolêmicos, com déficit de fluidos no meio intravascular, necessitam de rápida reposição de volume Hipovolemia X desidratação Pacientes desidratados necessitam de reposição lenta e contínua, permitindo que os compartimentos intracelulares e intersticiais absorvam o fluido que está sendo administrado.</p><p>Não < 5 Histórico: menor ingestão de água. 5 6 Discreta perda do turgor cutâneo ou elasticidade Avaliação da Histórico: episódios esporádicos de vômito e diarreia. Demora evidente o retorno da pele à posição normal Ligeiro prolongamento do tempo de preenchimento capilar Possível desidratação 6-8 retração do globo ocular Possível ressecamento das membranas mucosas. Histórico: inapetência, vômito e diarreia moderados. Permanência de pele em forma de "tenda" no local do teste Evidente prolongamento do tempo de preenchimento capilar Retração do globo ocular Ressecamento de membranas 10 - 12 mucosas Possíveis sinais de choque (taquicardia, extremidades frias, pulso fraco e rápido). Histórico: anorexia, vômito e diarreia severos, insuficiência renal crônica. 12 - 15 Sinais evidentes de choque Morte eminente. Histórico: hemorragias, queimaduras.</p><p>Correção da desidratação Volume de fluido (L) = Peso X % de desidratação (decimal) Exemplo: Animal de 10Kg Desidratação estimada em 7% Em quanto tempo? Volume = 12 a 24h, as vezes mais Volume = 0,7 L Avaliar tempo que animal levou pra ficar desidratado 0,7L =</p><p>Status de fluido Hipovolemia Desidratação Parâmetros iniciais Slide 7 Slide 12 Estratégia inicial 5 a 10 mL/kg em gato Calcular o volume a ser reposto 15 a 20 mL/kg em cão em 12 a 24h Durante 15 minutos Reavaliar o animal Reavaliar parâmetros constantemente durante o após o bolus período de reposição e reajustar conforme a necessidade End points / resultados Melhora da FC, PAS, Melhora do turgor de pele, esperados TPC, estado mental... coloração e umidade das Monitorando mucosas, densidade urinária, peso corporal e débito urinário Estratégias de acordo Se parâmetros Se desidratação for resolvida, com os resultados estabilizarem, avaliar avaliar se animal consegue obtidos desidratação e seguir ingerir água e alimentos VO, se com reposição não conseguir, manter em fluido Se parâmetros não de manutenção estabilizarem, repetir Se desidratação não for bolus e reavaliar resolvida, recalcular e instituir mais um período de 12 a 24h de re-hidratação.</p><p>volume necessário para repor as perdas fisiológicas de líquido do corpo: urina, saliva, transpiração, sucos Fluido de nanutenção Será necessária sempre que O animal não estiver apto a ingerir água/alimento</p><p>Fluido de manutenção Cães 60mL/kg/dia 132 X mL/kg/dia 30 X peso +70 mL/kg/dia Gatos Incluir O volume de líquido 40mL/kg/dia fornecido no alimento / água e volume utilizado na 80 X mL/kg/dia administração dos 30 X peso + 70 mL/kg/dia medicamentos IV Pediátrico Cães: 3 X dose do adulto Gatos: 2,5 X dose do adulto</p><p>20 a 30 mL/kg uma a duas vezes ao dia Fluidoterapia Não deve haver pretensão de empírica reidratar animal por via subcutânea subcutânea Ringer com lactato, NaCl 0,9% 10 a 20mL/kg por sítio de aplicação</p><p>Necessita de fluido de choque? Está desidratado? Tem capacidade de se Conclusão água sozinho? Após melhora dos sinais de choque, instituir fluidoterapia: Reposição + manutenção Reposição Manutenção</p><p>No doente renal: administrar mais lentamente E no paciente No cardiopata: sempre que crítico? possível usar via enteral; considerar fluidoterapia hipotônica NaCl a 0,45% com 2,5% de glicose Metade da taxa de manutenção Hipotensão? Recorrer mais precocemente aos fármacos vasoativos</p><p>Sobrecarga de fluidos Redução da pressão oncótica por hemodiluição de proteínas plasmáticas e eletrólitos Danos ao glicocálix e aumento da permeabilidade vascular Glicocálix: camada formada por carboidratos Meio extracelular e lipídeos que recobre a superfície externa da Carboidrato membrana plasmática (glicoproteínas e Proteína glicolipídeos. Funções: Carboidrato Proteção contra danos mecânicos e químicos Reconhecimento celular, crucial para processos como resposta imune e comunição celular Adesão celular (formação de tecidos) Citoplasma Modulação da permeabilidade Interações com o ambiente</p><p>Sobrecarga de fluidos Hypervolemia latrogenia Increased body weight Brain edema Pode ocorrer com qualquer animal Dilution of coagulation Altered mental status factors, risk of bleeding Extremamente grave em animais doentes renais Dilution of oncotic factors Lung edema oligúricos/anúricos Pulmonary Kidney edema edema Potencialmente prejudicial ao cardiopata Decreased renal Pleural effusion blood flow Hypoxemia NÃO HÁ TERAPIA DEFINITIVA Decreased GFR Hypoventilation Descontinuar a fluidoterapia Intestinal edema Liver edema Myocardial Restringir sódio e água lleus Decreased liver edema Decreased blood flow Decreased Administrar diuréticos absorption Altered glucose cardiac output metabolism Estimular a movimentação do paciente Increased gut Arrhythmias permeability Decreased drug Vomiting, diarrhea metabolism Ascites Peripheral (tissue) edema Increased risk of infection Impaired wound healing Weakness FIGURE 11 Impact of Fluid Overload on Organ Function</p>