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<p>Fotografia para gastronomia</p><p>Apresentação</p><p>Seria possível resumir o fotojornalismo gastronômico em uma simples expressão: “comer com os</p><p>olhos”. A fotografia em gastronomia vai muito além de fotografar comida; ela precisa estimular o</p><p>apetite. Além disso, no jornalismo, a imagem não é só uma questão estética; ela tem a missão de</p><p>complementar uma informação. O recente jornalismo gastronômico, originado por conta do</p><p>crescimento do mercado de alimentação e da demanda que se interessa por gastronomia, é um</p><p>campo de trabalho aberto e carente de bons profissionais. Por isso, a proposta aqui é preparar você</p><p>para atuar nesse mercado, especificamente na fotografia.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a história da fotografia, desde sua origem até a era</p><p>digital. Entenderá como funciona o processo de captura e armazenamento de fotografias digitais e</p><p>sua importância, como forma de comunicação, na sociedade atual. Você também verá os elementos</p><p>que compõem a linguagem fotográfica e como ela se aplica à gastronomia. Por fim, você será</p><p>orientado com técnicas, exemplos e exercícios sobre como produzir fotografias na área do</p><p>jornalismo gastronômico.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Identificar o princípio de formação da imagem na fotografia digital e seus mecanismos e</p><p>operacionalização.</p><p>•</p><p>Reconhecer os principais elementos da linguagem fotográfica e a relevância da produção das</p><p>narrativas por meio da imagem de alimentos e preparações alimentares.</p><p>•</p><p>Aplicar os conhecimentos da técnica em rotinas de produção fotográficas em gastronomia de</p><p>forma ética e crítica.</p><p>•</p><p>Desafio</p><p>O fotógrafo que trabalha com jornalismo gastronômico precisa ter em mente que a fotografia de</p><p>alimentos deve extrapolar os limites da sensibilidade visual e estimular os outros sentidos da</p><p>alimentação, como paladar e olfato. Em suma, uma boa fotografia tem que abrir o apetite.</p><p>Considere a seguinte situação:</p><p>Considerando a regra dos terços e todos os outros elementos que você aprendeu até aqui,</p><p>apresente 10 fotografias que tenham como tema principal a goiaba.</p><p>Infográfico</p><p>A distância em que o fotógrafo se posiciona da composição a ser fotografada determina o plano da</p><p>fotografia. Uma imagem pode ser de primeiro plano, plano médio ou plano geral. O fotógrafo deve</p><p>escolher o plano que utilizará de acordo com o objetivo da fotografia.</p><p>Neste Infográfico, veja exemplos de cada um dos planos.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f0d4f5d1-74a1-4beb-9a75-87099bf242fc/5a31d157-6b7e-4499-ba37-3ee95a37208f.png</p><p>Conteúdo do livro</p><p>Muitos estudiosos já sinalizaram que esta é a era das imagens. “Uma imagem vale mais que mil</p><p>palavras”, diz o ditado popular. Nesse sentido, a fotografia é parte integrante do jornalismo e tem</p><p>sua importância até mesmo na compreensão da informação. No entanto, os interesses pela</p><p>gastronomia vêm crescendo a olhos vistos. Trata-se de uma área cada vez mais divulgada e</p><p>admirada pelos mais diversos tipos de público. O surgimento do jornalismo gastronômico é uma</p><p>prova de que há público, e não é pequeno, para matérias que tratam de inúmeros aspectos da</p><p>alimentação humana. Assim, têm surgido no mercado fotógrafos especializados em fotografia de</p><p>alimentos e preparações culinárias. A fotografia de gastronomia se tornou um campo de trabalho</p><p>promissor, e a técnica tem suas peculiaridades.</p><p>No capítulo Fotografia para gastronomia, da obra Comunicação em gastronomia, você vai viajar pela</p><p>história dessa técnica, desde sua invenção até a fotografia digital, entendendo o funcionamento</p><p>dessa última tecnologia. Vai também aprender sobre a linguagem fotográfica e ver detalhadamente</p><p>os elementos que a compõem. Por fim, você vai conhecer as técnicas e dicas específicas da</p><p>fotografia gastronômica, para ser capaz de fazer suas próprias produções.</p><p>Boa leitura.</p><p>COMUNICAÇÃO EM</p><p>GASTRONOMIA</p><p>Luli Neri Riccetto</p><p>Fotografia para</p><p>gastronomia</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Identificar o princípio de formação de imagem na fotografia digital,</p><p>seus mecanismos e operacionalização.</p><p>� Reconhecer os principais elementos da linguagem fotográfica e a</p><p>relevância da produção das narrativas por meio da imagem de ali-</p><p>mentos e preparações alimentares.</p><p>� Aplicar os conhecimentos técnicos em rotinas de produção fotográ-</p><p>ficas em gastronomia de forma ética e crítica.</p><p>Introdução</p><p>Neste capítulo, você conhecerá o surgimento e a evolução da arte de</p><p>fotografar desde seu início até a era da fotografia digital, bem como</p><p>reconhecerá o funcionamento dessa tecnologia. Aprenderá, ainda, sobre</p><p>a linguagem fotográfica e os elementos que a compõem, e poderá ver</p><p>dicas e exemplos para desenvolver a habilidade de produzir suas próprias</p><p>fotografias de gastronomia.</p><p>Fotografia</p><p>Compreender o mundo a sua volta não é uma tarefa simples; trata-se de um</p><p>processo mediado pelo cérebro, que, apesar de instintivo, é bem complexo.</p><p>Olhos, boca, nariz, ouvidos e pele são as “ferramentas” que nos permitem</p><p>ver, degustar, cheirar, ouvir e sentir, e são fundamentais em nossa percepção.</p><p>Segundo Goldman (1964, p. 51), “numa pessoa normal, o sentido da visão</p><p>ocupa 87% da percepção total, o auditivo 7%, o do olfato 3%, ficando o saldo</p><p>dividido entre o paladar e o tato com 1,5% de percepção para cada” (Figura 1).</p><p>Figura 1. Sentidos da percepção em uma pessoa normal.</p><p>Fonte: Goldman (1964, p. 51).</p><p>Portanto, podemos considerar que as imagens têm grande importância</p><p>em nossa percepção. A visão é um dos mais complexos sistemas do corpo</p><p>humano, e podemos comparar seu processo de funcionamento com o de uma</p><p>lente objetiva de uma câmera fotográfica. Aliás, a invenção da fotografia</p><p>certamente se inspirou no processo da visão.</p><p>História da fotografia</p><p>De forma bem simples, a fotografia é o resultado da captura de uma imagem</p><p>através da ação de luz. Em 1793, Joseph Nicéphore Niépce, cientista francês,</p><p>desenvolveu uma câmara escura (do tipo que hoje conhecemos como pinhole)</p><p>e um tipo de papel com cloreto de prata, com os quais foi capaz de “imprimir”</p><p>a luz em uma superfície sem utilizar nenhum tipo de tinta (NEMES, 2014,</p><p>documento on-line). No entanto, a fotografia se apagava em pouco tempo.</p><p>Assista a experiência do canal Manual do Mundo sobre como funciona e como é</p><p>possível fazer uma pinhole.</p><p>https://qrgo.page.link/P9pBd</p><p>Fotografia para gastronomia2</p><p>Em 1824, Niépce, aprimorando insistentemente suas pesquisas, conseguiu</p><p>encontrar um método que permitia maior duração da “impressão”. Em 1826,</p><p>por fim, ele produziu a primeira fotografia de duração indefinida, que existe</p><p>até hoje. Contudo, a qualidade de resolução dessa fotografia era péssima e o</p><p>processo completo de captura levava cerca de oito horas.</p><p>Em 1834, Henry Fox Talbot, cientista inglês, publicou um artigo explicando</p><p>suas experiências de fixar imagens usando um papel tratado com cloreto de</p><p>prata, como fazia Niépce, mas que depois era mergulhado em uma solução de</p><p>sal. Com esse processo, Talbot estava inventando o filme negativo, que podia</p><p>ser copiado diversas vezes.</p><p>Em 1849, outro cientista francês, Louis Daguerre, marcou a história da foto-</p><p>grafia. Até então, essa arte estava enclausurada nos laboratórios experimentais</p><p>de cientistas que se dedicavam à fotografia. Porém, Daguerre conseguiu apoio</p><p>e financiamento do governo francês e, aproveitando as pesquisas anteriores,</p><p>desenvolveu o daguerreótipo, uma espécie de câmera fotográfica que podia</p><p>ser usada por leigos. A invenção de Daguerre fixava a imagem capturada em</p><p>uma placa espelhada rígida, mas que precisava ser guardada com cuidado por</p><p>ser extremamente frágil.</p><p>A invenção de Daguerre foi o primeiro método de captura de imagens</p><p>que possibilitou a comercialização em escala. Obviamente, na época, apenas</p><p>pessoas muito ricas e entusiastas tinham a possiblidade</p><p>de adquirir o daguer-</p><p>reótipo. Contratar um pintor para fazer seu retrato em uma tela saía ainda mais</p><p>barato do que comprar a nova câmera. Por isso, estudiosos consideram este</p><p>invento como o início da era da fotografia. A partir disso, muitos cientistas se</p><p>dedicaram a aprimorar o processo da fotografia, tornando as máquinas mais</p><p>simples, melhorando a resolução e a fixação das imagens.</p><p>Em 1861, James Clerk-Maxwell marca a história, apresentando o pri-</p><p>meiro método para obtenção de fotografias coloridas, por meio do uso de</p><p>três negativos.</p><p>Uma das maiores revoluções na fotografia ocorreu em 1892, com a funda-</p><p>ção da empresa Eastman Kodak Company (nome definitivo da Eastman Dry</p><p>Plate Company fundada por George Eastman em 1881). Sua primeira câmera</p><p>fotográfica vinha com um rolo de vinte metros e permitia a captura de até 100</p><p>imagens. Esse rolo não era substituível e isso tornava a câmera descartável. Os</p><p>modelos seguintes, com desenvolvimento da tecnologia, foram ficando cada</p><p>vez menores e portáteis, aproximando-se do que conhecemos hoje como a</p><p>câmera fotográfica analógica. Em 1935, a Kodak inovou novamente, lançando</p><p>os Kodachromes, um tipo de filme que permitia tirar fotos coloridas. Porém,</p><p>3Fotografia para gastronomia</p><p>o processo de revelação era muito complexo e realizado apenas por cerca de</p><p>25 laboratórios em todo o mundo. A qualidade das imagens e das cores dessa</p><p>tecnologia é reconhecida até hoje, e os Kodachromes foram considerados</p><p>um dos melhores métodos de captura da história, deixando de ser fabricados</p><p>apenas em 2009.</p><p>Em 1936, a empresa alemã Agfa lançou o Agfacolor Neu, um filme colorido</p><p>que podia ser revelado em qualquer laboratório. Esse lançamento consolidou</p><p>de vez a fotografia colorida no mercado. Todos os filmes coloridos até hoje</p><p>usam esse método de captura.</p><p>Até meados de 1960, as fotografias em preto e branco ainda dominavam</p><p>o mercado, por conta dos altos preços dos filmes coloridos, e apenas a</p><p>partir da década de 1970 a tecnologia de fotografia a cores se popularizou,</p><p>sendo possível que, praticamente, qualquer pessoa pudesse ter uma câmera</p><p>em casa.</p><p>Fotografia digital</p><p>Após a popularização da fotografia colorida, poucos avanços foram tão mar-</p><p>cantes para a arte da fotografia como o surgimento da tecnologia digital.</p><p>O funcionamento da câmera fotográfica digital é, basicamente, o seguinte:</p><p>� a luz do objeto fotografado é captada por um conjunto de lentes esfé-</p><p>ricas e projetada no fundo da câmera (da mesma forma como ocorre</p><p>na câmera analógica);</p><p>� o registro da imagem é feito por um sensor (denominado charge coupled</p><p>device [CCD]) que transforma a luz em sinais elétricos, os pixels;</p><p>� os pixels são transportados até um chip que transforma as informações</p><p>eletrônicas recebidas em sinais digitais e armazena a imagem em uma</p><p>memória.</p><p>O pixel é a menor parte formadora de uma imagem digital, e pode ser</p><p>entendido como um ponto de cor. Quanto maior for a quantidade de pixels,</p><p>melhor será a resolução da imagem. Por isso, a resolução de uma imagem é</p><p>medida pela quantidade de pixels e a proporção entre a quantidade de pontos</p><p>horizontais e verticais. Veja no Quadro 1 o uso recomendado de cada tipo de</p><p>resolução de imagem.</p><p>Fotografia para gastronomia4</p><p>Tamanho (em pixels) Uso recomendado</p><p>640 x 480 Apenas para veiculação na Internet (plataformas digitais)</p><p>1024 x 768 Impressões de até 9 cm x 12 cm</p><p>1290 x 960 Impressões de até 10 cm x 15 cm</p><p>1600 x 1200 Impressões de até 13 cm x 18 cm</p><p>2048 x 1536 Impressões de até 20 cm x 30 cm</p><p>2560 x 1920 Impressões de posters</p><p>Quadro 1. Uso recomendado para cada resolução de imagem</p><p>A tecnologia das câmeras digitais apresenta três grandes vantagens em</p><p>relação à tecnologia analógica:</p><p>� Não depende da quantidade de poses de um filme.</p><p>� Possui baixo custo de impressão das fotos.</p><p>� A imagem pode ser vista antes da impressão.</p><p>No início dessa tecnologia, a qualidade de cores e texturas era inferior a</p><p>das imagens obtidas por câmeras analógicas. Hoje em dia, no entanto, já há</p><p>no mercado câmeras digitais com sensores de alta qualidade. Ainda há muitas</p><p>pessoas que defendem o processo fotográfico analógico, o julgando como</p><p>insuperável em termos de qualidade.</p><p>Preferências à parte, atualmente a câmera fotográfica digital está presente</p><p>nos smartphones mais simples e, literalmente, a um clique da maioria das</p><p>pessoas, sejam elas fotógrafos profissionais, amadores, ou até crianças. A</p><p>fotografia sai do celular para as redes sociais em questão de segundos, dei-</p><p>xando, assim, de ser apenas um meio de guardar recordações e se tornando</p><p>uma forma de comunicação com linguagem própria.</p><p>Linguagem fotográfica</p><p>A imagem já era uma forma de comunicação antes mesmo do surgimento</p><p>da fotografia, no entanto, a popularização das tecnologias fotográficas fez as</p><p>5Fotografia para gastronomia</p><p>fotografias se tornarem uma forma de linguagem com elementos próprios e</p><p>peculiares. Apesar de ter surgido com o objetivo de “captar a realidade”, a</p><p>fotografia já é entendida como muito mais do que uma imagem, reconhecemos</p><p>a fotografia como uma representação da realidade, ou seja, ela carrega consigo</p><p>o olhar do fotógrafo.</p><p>Juchem (2009, p. 328) esclarece esse aspecto dizendo que:</p><p>[...] considerando a fotografia como meio de comunicação emitido por um</p><p>remetente a um destinatário, que transmite certa mensagem codificada, parece</p><p>coerente sintetizar este complexo processo como uma mensagem que contém</p><p>determinado conteúdo expresso em uma determinada forma. Esta, por sua vez,</p><p>vem a ser bastante relacionada ao código fotográfico, ou seja, à linguagem</p><p>fotográfica. Assim, pode-se considerar a linguagem como o modo pelo qual</p><p>o fotógrafo-remetente se expressa.</p><p>Sabemos que toda mensagem, além de conter a subjetividade de quem a</p><p>produz e envia, recebe também a interpretação de quem a recebe. A mesma</p><p>coisa acontece com a fotografia: quem vê a foto, insere também sua subjeti-</p><p>vidade, sua experiência e sua compreensão.</p><p>Portanto, para o jornalista gastronômico, é imprescindível conhecer e</p><p>compreender o papel da fotografia e de seus elementos como forma de co-</p><p>municação e interação com seu público. Além disso, é importante considerar</p><p>que a fotografia jornalística não deixa de ser uma forma de arte, mesmo que</p><p>tenha a responsabilidade de transmitir e/ou complementar uma informação.</p><p>Elementos da linguagem fotográfica</p><p>Para entender a linguagem fotográfica, é preciso que você conheça os elementos</p><p>que a compõe, descritos a seguir.</p><p>� Ponto de vista — trata-se do lugar em que o fotógrafo se posiciona para</p><p>bater a foto. É uma escolha subjetiva e crucial, pois interfere totalmente</p><p>no resultado da imagem obtida. É importante experimentar diversos</p><p>ângulos e distâncias antes de decidir o ponto de vista.</p><p>� Composição — é a prática de dispor os itens do assunto a ser fotogra-</p><p>fado, considerando os objetivos desejados. Em gastronomia, o chef é o</p><p>artista do prato, mas o fotógrafo pode, e deve, auxiliar na composição</p><p>de acordo com seus conhecimentos das técnicas fotográficas.</p><p>Fotografia para gastronomia6</p><p>� Planos — de acordo com o distanciamento entre a câmera e o objeto</p><p>a ser fotografado, a imagem pode ser de plano geral, plano médio ou</p><p>primeiro plano (nomenclatura herdada do cinema).</p><p>Uma fotografia de plano geral é aquela cujo ambiente todo é o elemento</p><p>principal. Já em plano médio, o item principal se destaca na foto, mas há</p><p>espaço para que apareçam outros itens que complementam o principal. Ima-</p><p>gens com esse tipo de plano são bem descritivas e, normalmente, narram o</p><p>sujeito e sua ação. Quando a fotografia destaca por enquadramento um item,</p><p>enfatizando um gesto, uma fisionomia ou uma textura, por exemplo, trata-se</p><p>de enquadramento em primeiro plano.</p><p>Uma única fotografia pode conter vários planos, nesses casos ela será classificada pelo</p><p>plano responsável por suas características principais.</p><p>Você já deve ter ouvido a expressão “em segundo plano”, que faz referência</p><p>a pessoas, assuntos ou objetos que, embora de não estejam em</p><p>destaque no</p><p>primeiro plano, têm sua importância na imagem.</p><p>Sabe-se que uma fotografia é bidimensional, ou seja, possui apenas</p><p>largura e comprimento. A perspectiva é uma ilusão de ótica, que cria no</p><p>espectador a sensação de profundidade. Por meio da perspectiva, linhas</p><p>retas e paralelas dão a impressão de convergência; objetos colocados em</p><p>frente a outros, tampando-os parcialmente, promovem uma sensação de</p><p>profundidade; e o distanciamento dos objetos dá a impressão de parecerem</p><p>menores. Os recursos de perspectiva devem ser utilizados de acordo com o</p><p>objetivo da imagem a ser produzida.</p><p>A luz é um elemento fundamental e indispensável à fotografia e faz parte</p><p>do seu próprio nome (vocábulos gregos foto e grafia = escrita pela luz). A</p><p>combinação de luz e sombras é uma propriedade presente na fotografia, que</p><p>determina e revela a forma espacial, o tom e a textura dos objetos fotografa-</p><p>dos. Uma mesma composição pode gerar fotografias diferentes alternando-se</p><p>apenas a qualidade e a direção da luz.</p><p>7Fotografia para gastronomia</p><p>A natureza da fonte de luz, que pode ser suave ou dura, é chamada de</p><p>qualidade. A luz natural de uma tarde nublada, por exemplo, é uma fonte de</p><p>luz suave, que proporciona sombras tênues e bordas pouco definidas. Já o</p><p>sol forte de meio-dia gera uma luz dura, produzindo sombras mais escuras e</p><p>bordas mais definidas.</p><p>A direção da fonte de luz em relação à composição é outro fator determi-</p><p>nante. De acordo com a localização da fonte de luz, é possível dar destaque</p><p>na luz ou “esconder” nas sombras determinados objetos da fotografia. Em</p><p>relação à posição da luz, ela pode ser: lateral, direta (ou frontal) ou contraluz.</p><p>� Luz lateral: como o próprio nome diz, é a luz que incide lateralmente</p><p>na composição a ser fotografada. Destaca texturas e profundidade.</p><p>� Luz direta ou frontal: tem sua fonte localizada por trás do fotógrafo e</p><p>incide de forma direta pela frente da composição. Proporciona maior</p><p>riqueza de detalhes porque as sombras se escondem por trás da com-</p><p>posição, no entanto, faz a imagem perder volume.</p><p>� Contraluz: é o efeito causado quando a fonte de luz é colocada por</p><p>trás da composição. Caracteriza uma imagem na qual prevalecem as</p><p>silhuetas e perde-se a textura e demais detalhes.</p><p>Quanto mais dura for a fonte luminosa da fotografia, mais nítida será a</p><p>textura; é ela que permite reconhecer o material do qual é feito o objeto foto-</p><p>grafado. Especialmente na fotografia para o jornalismo gastronômico, quando</p><p>se trata de pratos ou ingredientes, a textura ajuda não apenas a identificar o</p><p>ingrediente, mas também a saber que sensação teríamos ao comê-lo.</p><p>Ajustar o foco de acordo com o que se quer destacar é essencial. Dependendo</p><p>da câmera utilizada, você pode não só escolher onde o foco será mais nítido</p><p>dentro do campo, como também escolher as partes que quer desfocar, dando</p><p>mais destaque ao item principal da composição. O foco interfere também na</p><p>sensação de profundidade da fotografia.</p><p>Ao fotografar objetos em movimento, é necessário saber controlar a ve-</p><p>locidade de abertura da objetiva da câmera fotográfica. Quanto mais tempo</p><p>a objetiva fica aberta, maior é o desfoque causado pelo movimento do item</p><p>fotografado. Algumas câmeras permitem um controle tão preciso dessa ferra-</p><p>menta que a velocidade da objetiva permite captar estaticamente o momento</p><p>preciso de um determinado movimento.</p><p>No foco do jornalismo gastronômico, frequentemente são realizadas fotogra-</p><p>fias em cozinhas e restaurantes, que são locais em que o movimento não para.</p><p>Portanto, é muito importante dominar a técnica de fotografia em movimento.</p><p>Fotografia para gastronomia8</p><p>A Figura 2 sintetiza os elementos da linguagem fotográfica.</p><p>Figura 2. Elementos da linguagem fotográfica.</p><p>Ponto</p><p>de vista</p><p>Composição</p><p>Planos</p><p>Perspectiva</p><p>Luz</p><p>Textura</p><p>Foco</p><p>Movimento</p><p>Linguagem</p><p>fotográ�ca</p><p>Além desses elementos, um bom fotógrafo gastronômico precisa entender</p><p>que comer é um ato sensorial complexo, e fotografar gastronomia não se resume</p><p>apenas a tirar fotos de comida. Diferentes da fotografia artística, na qual o</p><p>visual estético é o que mais importa, as fotografias de alimentos precisam</p><p>estimular todos os sentidos. Ao ver a foto de uma preparação culinária, o</p><p>espectador deve não apenas perceber as texturas e as cores, mas ser capaz de</p><p>imaginar o cheiro e/ou o sabor daquele prato.</p><p>9Fotografia para gastronomia</p><p>Produção fotográfica em gastronomia</p><p>Sabbag (2014, p. 13–14) fez uma importante reflexão sobre a relação entre</p><p>imagem e sabor:</p><p>A expressão “comer com os olhos”, tão difundida em nossa cultura, de-</p><p>monstra o quanto a imagem da comida influencia sua degustação, pois, de</p><p>maneira agradável ou não, ao vivenciar experiências gustativas, cria-se um</p><p>repertório de imagens, que se armazenam no sistema perceptivo relacio-</p><p>nado ao sentir ou rememorar o sabor que o alimento possui. Diante disso,</p><p>é possível observar que a percepção humana carrega a imagem e o sabor</p><p>como signo relevante e suscetível de ser interpretado. Também se observa</p><p>o trabalho cuidadoso de chefs na elaboração de seus pratos, levando em</p><p>conta o entrelaçamento de cores, a forma e a materialidade dos elementos,</p><p>para tornar o prato uma obra de arte.</p><p>O registro fotográfico vai eternizar a arte do chef, antes de ela ser degustada.</p><p>No caso da fotografia de alimentos, é essencial considerar que a responsabili-</p><p>dade do fotógrafo vai além da qualidade estética. A imagem precisa traduzir</p><p>sabores, cheiros, texturas, temperaturas e todas as sensações do ato de comer.</p><p>Isso significa que a foto precisa ter uma aparência apetitosa ou, como se diz</p><p>popularmente, “dar água na boca”. Isso é possível quando se valoriza a forma</p><p>orgânica dos alimentos e se destacam bem suas cores e seu volume. Mas, afinal,</p><p>como fazer isso? De fato, a prática é que vai levar à perfeição, mas conhecer</p><p>algumas técnicas e dicas pode ajudar muito.</p><p>Em relação às cores, é preciso ter muita atenção, pois em gastronomia é</p><p>fundamental ser fiel às cores dos alimentos. Danger (1973, p. 125) destaca</p><p>que “a cor é, sempre, uma parte do alimento. É um elemento visual ao qual</p><p>o olho, a mente e o paladar são altamente sensíveis. Com o passar do tempo,</p><p>o homem desenvolveu associações fortes e intuitivas entre o que vê e o que</p><p>come.” Você beberia um leite preto? Comeria um purê de batatas marrom?</p><p>Certamente, se for uma pessoa muito curiosa, poderia até estar disposta a</p><p>experimentar, mas não sem alguma estranheza. Estudos revelam que cores</p><p>quentes, como vermelho, alaranjado e amarelo, estimulam o sistema nervoso</p><p>humano, incluindo a digestão, e estão associadas a alimentos gostosos como</p><p>carnes, pães e a maioria das frutas. Já as cores frias, como lilás e azul, retardam</p><p>Fotografia para gastronomia10</p><p>o sistema nervoso. Nutricionistas indicam que se utilize louças nessas cores</p><p>quando se quer comer menos. Não existe absolutamente nenhum item comes-</p><p>tível na natureza que seja da cor azul.</p><p>A iluminação é outro ponto muito importante. Como você já viu, a luz é um</p><p>fator determinante na fotografia. Para fotografar alimentos, você deve evitar</p><p>a luz direta ou frontal, como o flash; a comida é um tema muito delicado para</p><p>receber luz tão forte. A iluminação lateral é a mais indicada, porque valoriza</p><p>as sombras, dando nuance e volume ao objeto fotografado.</p><p>Um fator de muita atenção do fotógrafo gastronômico é o cuidado com os</p><p>reflexos. Louças, vidros, inox, espelho e outros materiais que geram reflexos</p><p>estão muito presentes nas cozinhas e nas composições culinárias. Ninguém</p><p>quer ver o fotógrafo refletido em uma taça de vinho em uma bela foto. Os</p><p>reflexos podem até ser úteis e embelezar a fotografia, mas é necessário ter</p><p>muita atenção com o que exatamente está aparecendo neles.</p><p>Outro cuidado importante é a qualidade dos ingredientes e alimentos</p><p>que serão fotografados. Quanto mais frescas forem as folhas, mais crocantes</p><p>os biscoitos, mais fofinhos os pães, mais tenras as carnes, melhores cores</p><p>e formatos eles apresentarão, gerando uma imagem</p><p>mais bonita e atraente.</p><p>No jornalismo, a fotografia sempre complementa uma informação, portanto,</p><p>se você vai informar uma receita de bolo de cenoura, por exemplo, é interes-</p><p>sante adicionar à composição uma cenoura crua ao lado da fatia de bolo, por</p><p>exemplo. Inserir ingredientes da receita na imagem, além de incrementar as</p><p>cores, a tornam mais informativa.</p><p>Posicionar a câmera de frente e na mesma altura da composição é, normal-</p><p>mente, um problema. Essa direção costuma gerar uma imagem “chapada”,</p><p>deixando os alimentos muito uniformes e sem nuances. Por isso, você deve</p><p>optar por alguma angulação, por exemplo, um pouco para cima ou um pouco</p><p>para o lado.</p><p>Em relação ao enquadramento, conhecer a “regra dos terços” é um bom</p><p>começo. Essa técnica consiste em dividir, mentalmente, em três partes hori-</p><p>zontais e três verticais, o quadro da fotografia, e usar os pontos de interseção</p><p>das linhas internas. Veja o modelo na Figura 3.</p><p>11Fotografia para gastronomia</p><p>Figura 3. Regra dos terços.</p><p>Os pontos de interseção são conhecidos como pontos de interesse e indicam</p><p>a localização de maior impacto visual na fotografia. São quatro, portanto, as</p><p>opções para a colocação do centro de interesse para uma boa imagem. Escolher</p><p>qual (ou quais) dos pontos utilizar depende do assunto e de como o fotógrafo</p><p>quer que ele seja apresentado.</p><p>Veja como os copos de vinho ganham destaque na fotografia a seguir (adaptada de</p><p>Prostock-studio/Shutterstock.com):</p><p>Fotografia para gastronomia12</p><p>Isso acontece porque eles estão localizados nas áreas dos pontos de interesse. Nesse</p><p>caso, os dois da direita, como você pode observar na imagem a seguir.</p><p>A técnica também funciona para fotos verticais. Perceba, nas imagens a seguir (adap-</p><p>tadas de VICUSCHKA/Shutterstock.com), o destaque para os ingredientes dispostos e</p><p>como eles estão localizados nas áreas dos pontos de interesse (nesse caso, utilizando</p><p>os dois da direita e o inferior da esquerda):</p><p>13Fotografia para gastronomia</p><p>De modo geral, fotos com o item de destaque centralizado horizontal e</p><p>verticalmente tendem a dar uma impressão mais estática e menos interessante</p><p>do que quando o item é deslocado para um dos pontos de interesse, ou seja,</p><p>fora do centro da imagem. Portanto, o enquadramento da composição deve</p><p>colocar em um, dois, três ou quatro pontos de interesse o(s) item(ns) de maior</p><p>importância da fotografia.</p><p>Como já mencionado, a experimentação é a melhor forma de praticar.</p><p>No entanto, outra boa tática para aprimoração é “colecionar” referências. Só</p><p>aprendemos a falar, porque ouvimos; só escrevemos bem, se lermos muito; da</p><p>mesma forma ocorre na fotografia. Quanto mais fotos você observar, maiores</p><p>serão as suas referências para produzir fotografias. Assim, procure conhecer o</p><p>trabalho de fotógrafos já bem reconhecidos no mercado. Observe as fotografias</p><p>e analise os elementos que você acabou de estudar. Quanto maior for seu re-</p><p>pertório de referências, maior será sua criatividade para desenvolver a técnica.</p><p>A matéria do site iPhoto Channel indica dez profissionais da área de fotografia de</p><p>gastronomia que podem ajudar você a começar o trabalho de pesquisa de referências.</p><p>https://qrgo.page.link/AjqRb</p><p>Equipamentos de fotografia</p><p>De início, não há necessidade de comprar inúmeros acessórios diferentes e</p><p>caros para ter bons resultados na área de fotografia gastronômica. Obviamente,</p><p>conforme você for se profissionalizando e criando seu próprio estilo, terá</p><p>necessidade e vontade de adquirir novas ferramentas. Porém, para começar a</p><p>treinar, basta você providenciar os equipamentos listados a seguir.</p><p>� Uma lente macro, pois quanto maior for a capacidade da máquina de</p><p>registrar pequenos detalhes, maior será a chance de captar boas texturas,</p><p>o que já vimos ser importante na fotografia de alimentos.</p><p>� Um tripé para estabilizar a câmera, fundamental na utilização de len-</p><p>tes macro, pois por mais firmes que sejam suas mãos, nunca irão se</p><p>comparar a uma câmera devidamente estabilizada.</p><p>Fotografia para gastronomia14</p><p>� A luz natural é sempre a melhor opção, mas ter um ou dois rebatedo-</p><p>res pode ajudar a ter um melhor controle sobre a iluminação de uma</p><p>composição.</p><p>� No caso de fotos para cardápios ou catálogos, uma caixa de luz ajuda</p><p>a realçar os pratos e os ingredientes.</p><p>DANGER, E. P. A cor na comunicação. Rio de Janeiro: Fórum, 1973. 211 p.</p><p>GOLDMAN, S. Psicodinâmica das cores. 4. ed. Canoas: La Salle, 1964. 2 v. 591 p.</p><p>JUCHEM, M. Linguagem fotográfica: uma possibilidade de leitura de fotografias. Lin-</p><p>guagens — Revista de Letras, Artes e Comunicação, Blumenau, v. 3, n. 3, p. 325–347, 2009.</p><p>Disponível em: https://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/1954/.</p><p>Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>NEMES, A. 175 anos de fotografia: conheça a história dessa forma de arte. TecMundo,</p><p>Curitiba, 22 ago. 2014. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/fotografia-e-</p><p>-design/60982-175-anos-fotografia-conheca-historia-dessa-forma-arte.htm. Acesso</p><p>em: 11 ago. 2019.</p><p>SABBAG, P. H. Fotografia gastronômica: um convite a “comer com os olhos”. Orientadora:</p><p>Heloísa de Araújo Duarte Valente. 2014. 92 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) —</p><p>Universidade Paulista, São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.unip.br/presencial/</p><p>ensino/pos_graduacao/strictosensu/comunicacao/download/comunic_perciahele-</p><p>nasabbag.pdf. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>COUTINHO, L. M. Audiovisuais: arte, técnica e linguagem. 4. ed. Cuiabá: Universidade</p><p>Federal de Mato Grosso; Rede e-Tec Brasil, 2013. 123 p. Disponível em: http://portal.</p><p>mec.gov.br/docman/fevereiro-2016-pdf/33651-06-disciplinas-ft-md-caderno-11-au-</p><p>diovisuais-pdf/file. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>GODINHO, R. D. Como foi inventada a fotografia? Superinteressante, São Paulo, 18 abr.</p><p>2011. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-inventada-</p><p>-a-fotografia/. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>MAUAD, A. M. Fotografia e História. Rede Memória — rede da memória virtual brasileira,</p><p>Rio de Janeiro; Brasília, [201-?]. Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/rede-</p><p>-da-memoria-virtual-brasileira/artes/fotografia-e-historia/. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>RICCETTO, L. N. O efeito da percepção visual das cores na comensalidade humana. In: MA-</p><p>RINHO, R. J. (org.). Comunicação, poética e imaginário. Brasília: Casa das Musas, 2013. 138 p.</p><p>15Fotografia para gastronomia</p><p>SILVA, L. A. S.; MADIO, T. C. C. Linguagem cinematográfica e documentos audiovisuais:</p><p>compreendendo seus elementos. In: SEMINÁRIO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 6., 2016,</p><p>Londrina. Anais [...]. Londrina: Centro de Educação, Comunicação e Artes; Programa de</p><p>Desenvolvimento Educacional, Universidade Estadual de Londrina, 2016. p. 972–989.</p><p>Disponível em: http://www.uel.br/eventos/cinf/index.php/secin2016/secin2016/paper/</p><p>viewFile/273/190. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>TUCHERMAN, I. Gastronomia, cultura e mídia: o longo percurso “você é o que você</p><p>come”. Revista Famecos — mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 17, n. 3, p. 314–323,</p><p>set./dez. 2010. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revis-</p><p>tafamecos/article/view/8199/. Acesso em: 11 ago. 2019.</p><p>Fotografia para gastronomia16</p><p>Dica do professor</p><p>A fotografia de alimentos exige diversos cuidados. Existem diversas técnicas de produção de</p><p>alimentos para fotografia, elas sempre priorizam a aparência e a apresentação dos pratos.</p><p>Nesta Dica do Professor, você vai ver algumas técnicas de produção de alimentos para fotografia.</p><p>Acompanhe!</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/781d946b783009212690026e118c3297</p><p>Exercícios</p><p>1) A fotografia digital foi um dos mais importantes avanços tecnológicos dessa arte. As</p><p>alternativas a seguir trazem características do processo fotográfico digital. No entanto, uma</p><p>delas é comum ao processo analógico. Qual?</p><p>A) A luz do objeto fotografado é captada por um conjunto</p><p>de lentes e projetada no fundo da</p><p>câmera.</p><p>B) O registro da imagem é feito por um sensor que transforma a luz em sinais elétricos.</p><p>C) O pixel é a menor parte formadora da imagem e pode ser entendido como um ponto de cor.</p><p>D) A imagem pode ser vista antes mesmo da impressão.</p><p>E) Não há limitação de poses por um filme.</p><p>2) De acordo com o distanciamento entre a câmera e o objeto a ser fotografado, a imagem</p><p>pode ser de plano geral, plano médio ou primeiro plano. Escolha a alternativa que apresenta</p><p>uma fotografia em plano geral:</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A combinação de luz e sombras é uma propriedade presente na fotografia; é ela que determina e</p><p>revela a forma espacial, o tom e a textura dos objetos fotografados. De acordo com a localização</p><p>da fonte de luz, pode-se dar destaque na luz ou “esconder” nas sombras determinados objetos da</p><p>fotografia. Em relação à posição da luz, ela pode ser lateral, direta (ou frontal) ou contraluz.</p><p>3)</p><p>Observe a fotografia deste café expresso e marque a alternativa que descreve corretamente a</p><p>direção da luz:</p><p>A) A utilização da contraluz permite valorizar a silhueta do copo em que o café está servido.</p><p>B) A luz frontal utilizada na fotografia realça a textura do café expresso.</p><p>C) O uso da luz lateral forma sombras que valorizam a superfície parcialmente iluminada do café.</p><p>D) A fonte de luz é suave, e, por isso, as sombras aparentes são tênues.</p><p>E) A iluminação superior incide na composição e esconde as sombras, valorizando o café.</p><p>4) Para o jornalista gastronômico, é imprescindível conhecer e compreender o papel da</p><p>fotografia e de seus elementos como forma de comunicação e interação com seu público-</p><p>alvo.</p><p>Sobre os elementos da linguagem fotográfica, é correto afirmar:</p><p>A) O ponto de vista não é um elemento de muita importância, pois cada fotógrafo irá escolher o</p><p>que melhor domina de acordo com sua técnica.</p><p>B) Em relação aos planos, quando se trata de jornalismo gastronômico, devemos sempre optar</p><p>pelo primeiro plano.</p><p>C) Ajustes de foco são uma escolha essencialmente estética, não interferindo no valor</p><p>informativo da imagem.</p><p>D) A textura será mais nítida quanto mais dura for a fonte luminosa da fotografia, e é ela que nos</p><p>permite reconhecer o material de que é feito o objeto fotografado.</p><p>E) Para fotografar objetos em movimento, quanto mais tempo a objetiva fica aberta, menor será</p><p>o desfoque causado pelo movimento do item fotografado.</p><p>5) Uma boa dica para enquadramento é utilizar a regra dos terços. Sobre essa técnica, é correto</p><p>afirmar:</p><p>A) Deve-se escolher apenas um ponto de interesse para localizar o objeto de maior destaque e</p><p>não posicionar mais nada nos outros três.</p><p>B) Se o objeto de destaque estiver localizado nos dois pontos de interesse superiores, não deve</p><p>haver nada mais localizado nos pontos inferiores.</p><p>C) Se o objeto de destaque estiver localizado nos dois pontos de interesse da esquerda, não</p><p>deve haver nada mais localizado nos pontos da direita.</p><p>D) O objeto de maior destaque da composição deve sempre ser centralizado entre os quatro</p><p>pontos de interesse.</p><p>E) Essa técnica consiste em dividir mentalmente, em três partes horizontais e três verticais, o</p><p>quadro da fotografia e usar os pontos de interseção das linhas internas.</p><p>Na prática</p><p>Praticar fotografia é essencial para quem quer entrar nesse ramo. No entanto, a formação</p><p>acadêmica não pode ser deixada de lado. Ter um bom diploma e certificados que complementem a</p><p>formação ajuda muito na hora de garantir trabalho no mercado, principalmente se você ainda não</p><p>tem muita experiência profissional. Grandes empresas costumam filtrar candidatos por análise de</p><p>currículo e, em seguida, submetem os aprovados nessa etapa a algumas provas, para verificar se as</p><p>habilidades citadas no currículo realmente fazem parte do perfil do candidato.</p><p>Neste Na Prática, veja um caso de seleção, no qual o recém-formado Caio foi submetido a uma</p><p>prova teórica de fotografia para comprovar suas habilidades.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/8f52aa59-ee15-44f9-8e7f-8b3e0ebdd3ef/7cf5a9ce-bda0-4c25-9ad0-c25de91fefcd.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Alexander Landau #imagenscomsabor</p><p>Visite, conheça e explore os vídeos do canal de Alexander Landau, fotógrafo com 30 anos de</p><p>carreira, que foi colaborador das melhores revistas de alimentos do Brasil, assinou vários livros de</p><p>gastronomia e é contratado por importantes indústrias de alimentos para ilustrar suas embalagens e</p><p>anúncios. Você vai aprender muito com ele!</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>A iluminação na fotografia de alimentos</p><p>A luz é parte integrante da fotografia. Dominar as técnicas de iluminação permite dominar</p><p>elementos importantes na fotografia de alimentos, como volume, texturas, cores e perspectiva.</p><p>Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns exemplos da utilização da luz nas técnicas de</p><p>fotografia em gastronomia, para ser capaz de começar a treinar suas habilidades de fotógrafo</p><p>gastronômico.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Dicas para tirar fotografias tentadoras de alimentos</p><p>O site da Nikkon traz, nesta matéria de sua seção de dicas e técnicas, a experiência pessoal e</p><p>profissional da fotógrafa Alison Lyons em suas experiências com o mundo da gastronomia. A leitura</p><p>é divertida e muito informativa.</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCCQmDT2yfApJ9grAhGmMgxg/about</p><p>http://pvbps-sambavideos.akamaized.net/account/2975/3/2019-09-05/video/4f0337ff2e35759bb5459de1f7366c08/4f0337ff2e35759bb5459de1f7366c08_720p.mp4</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.nikon.com.br/learn-and-explore/a/tips-and-techniques/dicas-para-tirar-fotos-tentadoras-de-alimentos.html</p>

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