Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - CAMPUS REALENGO</p><p>BACHARELADO EM FARMÁCIA</p><p>ATENÇÃO À SAÚDE III - Insuficiência Familiar</p><p>Alêssa Muniz Araújo</p><p>Ana Carolina Pereira e Silva</p><p>Antônio Carlos Nascimento da Silva</p><p>Lara Magalhães Pereira de Oliveira</p><p>RIO DE JANEIRO - RJ</p><p>2024.1</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Com o aumento da expectativa de vida da população nos últimos anos, a proporção</p><p>de indivíduos idosos também aumentam rapidamente, resultado do desenvolvimento de</p><p>novas tecnologias que incentivam a qualidade de vida e principalmente avanços na área da</p><p>saúde. No ano de 2025, a população com mais de 60 anos de idade será maior do que a</p><p>população com menos de 15 anos, segundo o Fundo de População das Nações Unidas,</p><p>estudos apontam que 80% das pessoas mais velhas do mundo estarão em países</p><p>emergentes, como o Brasil (SOUZA,2015).</p><p>Com o crescimento da população idosa, alguns temas passam a ser amplamente</p><p>discutidos em aspectos econômicos, sociais, psicossociais e culturais. A temática da saúde</p><p>do idoso passa a ser prioridade, visto que, afeta significativamente a economia de um país,</p><p>sendo necessárias mudanças que potencializem a capacidade funcional e o bem-estar</p><p>dessa população.</p><p>Além de políticas estatais, o suporte familiar desempenha uma função significativa</p><p>no bem-estar dos idosos atribuindo cuidado e suporte a essa população. Segundo a</p><p>Organização Mundial da Saúde (OMS), o ambiente domiciliar é definido como um local</p><p>privilegiado para o cuidado, desde que haja participação familiar ativa que forneça o suporte</p><p>e apoio necessário para que a pessoa idosa se mantenha autônoma, independente e ativa</p><p>(OMS, 2015).</p><p>A família pode ser definida por um conjunto de pessoas ligadas por laços de</p><p>parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, que residem na mesma</p><p>unidade domiciliar ou sozinhas (IBGE, 2014). Também pode ser vista como um sistema</p><p>interpessoal formado por pessoas que interagem por diferentes motivos, tais como</p><p>afetividade e reprodução, dentro de um processo histórico de vida, mesmo sem habitar o</p><p>mesmo espaço físico (ELSEN, 1994). Assim, pode ser facilitadora na formação de pessoas</p><p>saudáveis, emocionalmente estáveis, felizes e equilibradas (SZYMANSKI, 2005). Desse</p><p>modo, a família constitui um espaço de proteção social, à medida que se caracteriza como</p><p>lugar de apoio, solidariedade, de reprodução social e de cuidados a seus membros</p><p>(TEIXEIRA, 2008).</p><p>Insuficiência familiar (IF) é o processo de interação psicossocial tendo como</p><p>princípio o baixo ou nenhum apoio social a pessoas idosas no que diz respeito ao vínculo</p><p>familiar sendo por motivo de falta de condição ou por ausência da família.</p><p>As transformações culturais e sociodemográficas profundas das últimas décadas</p><p>têm remodelado significativamente a estrutura familiar. Fatores como a redução da taxa de</p><p>fecundidade, o aumento da expectativa de vida, o individualismo crescente, a maior</p><p>participação feminina no mercado de trabalho e os conflitos entre gerações têm fragilizado o</p><p>suporte familiar aos idosos. Essa nova dinâmica familiar, combinada com as dificuldades</p><p>financeiras, sociais e psicológicas de muitas famílias, expõe os idosos a uma maior</p><p>vulnerabilidade e insuficiência de cuidados. Atualmente, o conceito de insuficiência familiar</p><p>assume a característica de Síndrome Geriátrica e é considerada um dos sete gigantes da</p><p>Geriatria (LOPES, 2010).</p><p>PREVALÊNCIA</p><p>À medida em que a população segue envelhecendo, os cuidados dos idosos</p><p>geralmente são atribuídos aos familiares, contudo a sociedade enfrenta uma queda</p><p>acelerada nos níveis de fecundidade e mortalidade, assim como mudanças nos arranjos</p><p>familiares. Dessa forma, defende-se a perspectiva de que ocorra o aumento do número de</p><p>idosos, concomitantemente pronuncia uma diminuição da disponibilidades de cuidadores</p><p>familiares.</p><p>Karsch (2003, p.862) informa que:</p><p>[...] a frequência das doenças crônicas e a longevidade atual</p><p>dos brasileiros são as duas principais causas do crescimento</p><p>das taxas de idosos portadores de incapacidades. A prevenção</p><p>das doenças crônicas e degenerativas, a assistência à saúde</p><p>dos idosos dependentes e o suporte aos cuidadores familiares</p><p>representam novos desafios para o sistema de saúde instalado</p><p>no Brasil.</p><p>Com essa disponibilidades diminuída dos cuidadores familiares e a dificuldade das</p><p>famílias em cuidar do idoso no próprio lar, acabam recorrendo à inserção do mesmo em</p><p>Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), que surge com uma alternativa não</p><p>familiar para suprir as necessidades de moradia e cuidados dessa população. Definem-se,</p><p>para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), essas instituições</p><p>como governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao</p><p>domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem</p><p>suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania (BENEVIDES,</p><p>2019).</p><p>Dessa maneira, grande parte dos idosos que estão inseridos nas ILPI são admitidos</p><p>pela Insuficiência familiar que podem ser por diversos motivos como: morar sozinho, falta de</p><p>cuidadores familiares, a não responsabilização da família pelo idoso ou a falta de estrutura</p><p>dos familiares para cuidar. Estudos demonstram que cerca de 60,7% das mulheres idosas</p><p>e 67,7% dos homens idosos são residentes dessas instituições gerado pela insuficiência</p><p>familiar (BENEVIDES, 2019). Outro fator importante é o abandono do idoso, em 2023 foram</p><p>registrados cerca de 19,9 mil casos de abandono familiar de Janeiro a Maio, enquanto que</p><p>no ano anterior apresentou 2 mil casos, no mesmo período, representando um aumento de</p><p>855%, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).</p><p>Além disso, a insuficiência familiar pode contribuir para a sobrecarga do sistema de</p><p>saúde. Com o pouco apoio da família que é um dos pilares da rede social dos idosos, a falta</p><p>de cuidados com os mesmos contribuem para o avanço da Síndrome Geriátrica. A</p><p>Síndrome Geriátrica é o desenvolvimento da incapacidade cognitiva, Incontinência urinária</p><p>ou fecal, Instabilidade postural, Imobilidade e Insuficiência familiar. O idoso que já possui</p><p>alguma dessas deficiências, sem o apoio familiar e da atenção básica de saúde, pode-se</p><p>ocorrer o agravo dessa síndrome, devido ao isolamento social, falta de cuidados e falta de</p><p>suporte, fazendo com que o idoso fique mais suscetível a problemas de saúde e piorar as</p><p>restrições da idade, aumentando a busca pelas unidades de saúde sobrecarregando esse</p><p>sistema.</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>Alguns elementos são determinantes e colaboraram com os antecedentes do</p><p>conceito de insuficiência familiar em conjunto com o idoso. Ao analisar estudos os fatores</p><p>de riscos são transformações contemporâneas no sistema familiar; conflitos</p><p>intergeracionais; comprometimento das relações familiares e a vulnerabilidade da família.</p><p>Nos últimos anos houve modificações consideráveis no sistema familiar patriarcal, como,</p><p>mudanças demográficas, econômicas e sociais.</p><p>As transformações contemporâneas tem como exemplo o tamanho decrescente do</p><p>número de agregados da família, ninho vazio e inversão dos papeis de seus membros, com</p><p>isso, o idoso oferece cuidado e apoio à família. Com a aposentadoria, o idoso, passou a ser</p><p>um importante apoio financeiro a sua família, desempenhando um papel de cuidador.</p><p>Entretanto, com a mudança do sistema familiar e da globalização, os filhos adultos passam</p><p>a morar mais distante dos pais, por causa das oportunidades econômicas e sociais, fazendo</p><p>com que surja a condição do ninho vazio, que em conjunto com a condição de inversão de</p><p>papeis, contribuem para a questão de insuficiência familiar na pessoa idosa.</p><p>Relações intergeracionais dentro da família incorpora emoções como respeito e</p><p>proximidade entre os pais e os filhos, a prestação de apoio aos pais é comos e fosse uma</p><p>obrigação moral e social, e os filhos deverão ser obedientes e os respeitado por toda vida,</p><p>entretanto há famílias que são fontes de conflitos intergeracionais, onde há relações de</p><p>violência,</p><p>negligência, desrespeito, abandono, dominação, poder e força, com isso, deixa de</p><p>desempenhar o papel de apoio, resultando no prejuízo da afiliação familiar. Sendo assim,</p><p>esse cenário é associado ao desgaste dos problemas da vida moderna, ressaltando a perda</p><p>do valor cultural da autoridade e do respeito entre os membros da família, levando a</p><p>diminuição do vínculo familiar com o idoso.</p><p>A análise de comprometimento das relações familiares, com a falta de membros da</p><p>família, pode trazer implicações negativas no apego pessoal da pessoa idosa, intimidade</p><p>emocional ou cuidados físicos, além do mau relacionamento familiar pode diminuir a</p><p>autoestima da pessoa idosa.</p><p>O declínio funcional, depressão, comportamentos de saúde adaptativos e aumento</p><p>do afeto negativo podem vir da desaprovação ou rejeição da família em relação ao</p><p>comportamentos e decisões do idoso. A vulnerabilidade social da família pode ser gerada</p><p>pelo desemprego, dependência de álcool e drogas, valorização dos bens materiais,</p><p>fortalecimento do individualismo entre os familiares, perda dos valores da autoridade e do</p><p>respeito. O isolamento social do idoso depende das condições de sobrevivência familiar.</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>A insuficiência familiar geralmente se refere a dificuldades que uma família enfrenta</p><p>em atender às suas necessidades básicas ou em manter relacionamentos saudáveis. Essas</p><p>dificuldades podem ser causadas por uma variedade de fatores, por isso, a avaliação desse</p><p>problema é complexo e necessita de um trabalho multidisciplinar e pode envolver diversos</p><p>profissionais, como:</p><p>● Assistentes sociais: Realizam entrevistas com os membros da família para identificar</p><p>as necessidades e os recursos disponíveis.</p><p>● Psicólogos: Avaliam a saúde mental dos membros da família e oferecem terapia</p><p>individual ou familiar.</p><p>● Trabalhadores sociais: Auxiliam as famílias a acessar serviços como assistência</p><p>financeira, moradia e educação.</p><p>● Médicos: Avaliam a saúde física dos membros da família e identificam possíveis</p><p>problemas de saúde que possam estar contribuindo para as dificuldades.</p><p>Esse trabalho de avaliação pode ser feito através de:</p><p>● Entrevistas: Conversas individuais ou em grupo com os membros da família para</p><p>coletar informações sobre a dinâmica familiar, as dificuldades enfrentadas e as</p><p>necessidades.</p><p>● Observação: Observação da interação entre os membros da família em diferentes</p><p>contextos.</p><p>● Questionários: Utilização de questionários para avaliar a percepção dos membros da</p><p>família sobre a situação familiar.</p><p>● Testes psicológicos: Avaliação da saúde mental dos membros da família.</p><p>O trabalho de avaliação multidisciplinar busca entender os problemas enfrentados pelos</p><p>idosos dentro do seu contexto familiar, como:</p><p>● Problemas financeiros: Dificuldade em pagar contas, comprar alimentos ou manter</p><p>uma moradia adequada.</p><p>● Doenças crônicas: A presença de um membro da família com uma doença crônica</p><p>pode sobrecarregar os demais e gerar estresse financeiro.</p><p>● Desemprego: A falta de renda pode levar a instabilidade e dificuldades em manter a</p><p>família.</p><p>● Violência doméstica: A presença de violência física, psicológica ou sexual pode</p><p>causar traumas e afetar a dinâmica familiar.</p><p>● Problemas de saúde mental: Depressão, ansiedade e outros problemas de saúde</p><p>mental podem afetar a capacidade dos membros da família de se relacionarem e</p><p>cuidar de si mesmos.</p><p>● Adicções: O uso de drogas ou álcool pode causar sérios problemas familiares.</p><p>● Divórcio ou separação: A ruptura de um casamento pode ser um período difícil para</p><p>todos os membros da família.</p><p>Além disso, há sinais de alerta para iniciar uma investigação a fim de entender se o</p><p>idoso está passando por uma situação de insuficiência familiar, então também é importante</p><p>observar sinais como: isolamento social, problemas de saúde não tratados, sinais de abuso</p><p>e falta de higiene pessoal.</p><p>Dessa forma, nota-se que a insuficiência familiar é um tema extremamente complexo</p><p>e uma boa avaliação do paciente vai fazer total diferença no diagnóstico e na forma de</p><p>tratá-lo.</p><p>SINTOMAS</p><p>A vulnerabilidade social da pessoa idosa, declínio da sua saúde psicológica, declínio</p><p>funcional, menor qualidade de vida e envelhecimento mal sucedido, são situações e</p><p>eventos dos incidentes da consequência da insuficiência familiar, ou seja, sintomas gerados</p><p>após o idoso não ter amparo devido de seus familiares. A boa vivência com os familiares</p><p>favorece o vínculo afetivo nas relações interpessoais do idoso. Com isso, a vulnerabilidade</p><p>social da pessoa idosa ocorre quando enfrenta potenciais de ameaças às suas</p><p>necessidades. A consequência do declínio da saúde psicológica do idoso, ocorre quando</p><p>ele não se encontra integrado na família, nem a comunidade em que pertence, não</p><p>possuindo relacionamentos saudáveis, gerando sentimentos negativos com a vida, baixa</p><p>autoestima e aumento do afeto negativo, em vista disso, a solidão, isolamento e trocas</p><p>sociais negativas intensifica o emocional ruim, acarreta situações de estresse, contribuindo</p><p>para a deficiência da saúde mental do idoso.</p><p>A consequência do declínio da saúde psicológica do idoso, ocorre quando ele não</p><p>se encontra integrado na família, nem a comunidade em que pertence, não possuindo</p><p>relacionamentos saudáveis, gerando sentimentos negativos com a vida, baixa autoestima e</p><p>aumento do afeto negativo, em vista disso, a solidão, isolamento e trocas sociais negativas</p><p>intensifica o emocional ruim, acarreta situações de estresse, contribuindo para a deficiência</p><p>da saúde mental do idoso.</p><p>Além disso, as consequências do apoio social insuficiente estão relacionadas ao</p><p>comprometimento do comportamento de promoção da saúde e diminuição do bem-estar</p><p>psicológico, contribuindo assim para o sofrimento psicológico da pessoa idosa, podendo</p><p>aumentar quando há situações combinadas, como por exemplo, saúde física precária com</p><p>dificuldade financeira, ou seja, uma rede familiar podre ou restrita pode promover</p><p>diminuição do humor, com sintomas depressivos, podendo chegar no quadro de depressão,</p><p>e ser agravada pelas doenças crônicas comuns da velhice.</p><p>O declínio da saúde psicológica está correlacionado com o declínio funcional da</p><p>pessoa idosa, caracterizada pelo comprometimento dos comportamentos de promoção da</p><p>saúde. Em vista disso, a interação restrita, está relacionada ao aumento de dependência e</p><p>vulnerabilidade a problemas de saúde no idoso, e como consequência sua saúde física fica</p><p>comprometida. Logo o idoso que convive pouco com seus familiares apresenta maior</p><p>declínio em suas atividades de vida diária, recebendo menor assistência nas tarefas do dia</p><p>a dia, como o cuidado físico. A falta do apoio familiar dificulta a manutenção da vida</p><p>saudável, causando diminuição ou perda da satisfação com a vida e de sua qualidade,</p><p>favorecendo ainda mais o isolamento do familiar idoso.</p><p>O envelhecimento mal sucedido é a soma da vulnerabilidade social, declínio da</p><p>saúde psicológica e funcional e menor qualidade de vida, pois o idoso que apresenta</p><p>ausência de familiares, tende a experimentar o maior declínio cognitivo, já que é por trajetos</p><p>psicológicos, comportamentais e fisiológicos que ocorre os estimulos, prejudicando o</p><p>envelhecimento físico.</p><p>TRATAMENTO</p><p>A estrutura familiar possui um importante papel na saúde do idoso, sendo muitas</p><p>vezes responsáveis por prestar cuidados diários e continuado, uma vez que os indivíduos</p><p>da terceira idade apresentam uma maior vulnerabilidade fisiológica e dependência de seus</p><p>cuidadores.</p><p>A família auxilia os idosos com aconselhamento, cuidado e acompanhamento,</p><p>quando ocorre a perda desse vínculo, os indivíduos da terceira idade deixam de participar</p><p>das consultas, deixam de se cuidar, aumenta a fragilidade e vulnerabilidade, além da perda</p><p>de autonomia. Esse abandono ou diminuição da participação familiar acarreta nos baixos</p><p>índices de aderência ao tratamento, assim como o isolamento social.</p><p>Assim, o baixo apoio social resulta em danos na independência, na fragilidade</p><p>emocional e diminuição da autoestima</p><p>podem provocar no envelhecimento com maiores</p><p>disfunções cognitivas.</p><p>Atrelado a isso, é o papel da atenção primária de saúde a realização de medidas de</p><p>promoção à saúde, trabalhando na identificação precoce de distúrbios e realizando</p><p>reabilitações destinadas a prevenir o afastamento social e familiar dos indivíduos (SILVA,</p><p>2014).</p><p>A atenção primária, assim como o sistema de saúde no Brasil, concentra-se na</p><p>família em vez de focar exclusivamente no indivíduo. Portanto, a família deve ser parte</p><p>integrante do processo de cuidado. É essencial desenvolver um modelo de assistência que</p><p>seja contínuo e eficaz no suporte a pacientes e seus familiares, com o objetivo de diminuir a</p><p>fragilidade, promover a autonomia e garantir a independência pelo maior tempo possível.</p><p>Esses indivíduos também precisam estar cientes não apenas das doenças que já possuem,</p><p>mas dos principais problemas de saúde que podem surgir nesta fase da vida (ALMEIDA,</p><p>2013).</p><p>Primeiramente, é fundamental que os profissionais proporcionem ao idoso e à sua</p><p>família um atendimento de qualidade, que inclua orientação e acompanhamento. Além</p><p>disso, quando necessário, deve ser oferecido atendimento domiciliar para aqueles que não</p><p>podem se deslocar até a unidade de saúde. Em segundo lugar, a atenção primária também</p><p>desempenha um papel importante ao planejar e executar ações de promoção da saúde e</p><p>prevenção de doenças, com o objetivo de reduzir as inseguranças associadas ao</p><p>envelhecimento, aumentar a autonomia dos idosos e compreender seus hábitos de vida,</p><p>valores culturais e éticos.</p><p>CUIDADO FARMACÊUTICO</p><p>O cuidado farmacêutico, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo,</p><p>tem por por definição a ação integrada do farmacêutico com a equipe multidisciplinar de</p><p>saúde objetivando a proteção, recuperação, prevenção de agravos e promoção à saúde do</p><p>paciente. A população idosa passa por um processo natural do envelhecimento onde ocorre</p><p>alterações neuronal, motora e física significativas que comprometem as atividades comuns</p><p>do dia-a-da. Na promoção à saúde do idoso, o profissional farmacêutico tem um papel</p><p>importante na instrução ao uso racional de medicamentos, adesão e otimização do</p><p>tratamento. Tendo em vista que grande parte dessa população faz uso da polifarmácia</p><p>devido a presença de multimorbidades, é importante evitar discrepância, erros</p><p>administração e duplicidades na terapia.</p><p>O acompanhamento farmacêutico é fundamental para reduzir a vulnerabilidade</p><p>dessa população no manejo dos problemas relacionados ao uso de medicamentos</p><p>utilizando da atenção personalizada por meio da anamnese para identificar interações</p><p>medicamentosas, uso de doses subterapêuticas ou sobredosagem, automedicação e</p><p>administração incorreta.</p><p>Nessas circunstâncias o farmacêutico por possuir competências e habilidades,</p><p>desempenha o papel ao longo do seguimento farmacoterapêutico, de fornecer informações</p><p>relacionadas aos medicamentos prescritos e as multimorbidades do paciente ao prescritor,</p><p>alertando riscos associados e apresentando melhorias na adesão ao tratamento (CRF-SP,</p><p>2020). A atenção farmacêutica deve ser registrada em prontuário a fim de contribuir com a</p><p>elaboração do plano terapêutico junto a equipe multidisciplinar e o paciente.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Fica evidente, portanto a necessidade de profissionais bem capacitados, a</p><p>ampliação de programas de saúde e políticas públicas mais efetivas, como também adultos</p><p>responsáveis por um envelhecimento ativo, através das atitudes saudáveis praticadas e de</p><p>familiares mais inteiros no processo, que assumam o papel de zelador de uma velhice digna</p><p>e livre de incapacidades. Com isso, o papel da família na assistência ao idoso é inegável.</p><p>Como principal fonte de cuidados, ela exerce um impacto significativo na qualidade de vida</p><p>dos mais velhos. A conscientização sobre as responsabilidades familiares e a importância</p><p>do envolvimento dos familiares nos cuidados são essenciais para garantir um atendimento</p><p>personalizado e humanizado. Ao atuar como aliados dos profissionais de saúde, as famílias</p><p>contribuem para que o domicílio se torne um ambiente seguro e acolhedor para o cuidado</p><p>dos idosos, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALMEIDA, Micheli Aparecida Brandes. A insuficiência familiar no cuidado ao idoso e seus</p><p>reflexos na atenção primária à saúde. Trabalho de Conclusão de Curso em atenção Básica</p><p>em saúde da família, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2013.</p><p>BenevidesKGCB, IbiapinaAS, SousaSC et al. Quadro clínico de idosos em uma instituição</p><p>de longa permanência. Rev. enferm. UFPE, 2019. Disponível em: Vista do Quadro clínico de</p><p>idosos em uma instituição de longa permanência (ufpe.br)</p><p>Cuidado Farmacêutico. Disponível em:</p><p><https://capital.sp.gov.br/web/saude/w/atencao_basica/304029#:~:text=O%20Cuidado%20F</p><p>armac%C3%AAutico%20%C3%A9%20a%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 26 ago. 2024.</p><p>Cuidado FarmaCêutiCo ao idoso. [s.l: s.n.]. Disponível em:</p><p>https://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/idoso.pdf>.</p><p>KARSCH, U.M. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad. Saúde Pública, v.19, n.3,</p><p>p. 861-866, 2003. Disponível em: http://www.scielo.org/php/index.php.</p><p>MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA. Violência contra a pessoa</p><p>idosa: saiba quais são as mais recorrentes e o que fazer nesses casos. Disponível em:</p><p>Violências contra a pessoa idosa: saiba quais são as mais recorrentes e o que fazer nesses</p><p>casos — Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (www.gov.br)</p><p>ROCHA, Renally Chrystina de Araújo, et al. Impactos da insuficiência familiar no cuidados</p><p>ao idoso e as contribuições da atenção primária. In: VI Congresso Internacional de</p><p>Envelhecimento Humano, 2019</p><p>SETOGUCHI, L. S. et al. Insuficiência familiar e a condição e os marcadores de fragilidade</p><p>física de idosos em assistência ambulatorial. Escola Anna Nery, v. 26, 2022.</p><p>SILVA, P. L. N.; CORDEIRO, S. Q.; SOUTO, S. G. T. et al. Psychological and nursing</p><p>assistance to the elderly in primary care. Revista online de pesquisa: cuidado é</p><p>fundamental, Rio de Janeiro, v. 6, n. 4, p. 1707-1718, out./dez. 2014. Disponível em: Portal</p><p>de Periódicos da UNIRIO</p><p>SOUZA, A. DE et al. Conceito de insuficiência familiar na pessoa idosa: análise crítica da</p><p>literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 68, n. 6, p. 1176–1185, dez. 2015.</p><p>https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/237427/31534</p><p>https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/237427/31534</p><p>https://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/idoso.pdf</p><p>https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/junho/violencias-contra-a-pessoa-idosa-saiba-quais-sao-as-mais-recorrentes-e-o-que-fazer-nesses-casos</p><p>https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/junho/violencias-contra-a-pessoa-idosa-saiba-quais-sao-as-mais-recorrentes-e-o-que-fazer-nesses-casos</p><p>https://seer.unirio.br/</p><p>https://seer.unirio.br/</p>

Mais conteúdos dessa disciplina