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<p>cefaleia</p><p>definição</p><p>· Dor/desconforto de pescoço para cima é cefaleia</p><p>· Podemos diferenciar algumas dores acima da cabeça que não são cefaleia:</p><p>· Dores crânios faciais</p><p>· Distúrbios da ATM</p><p>· Dor em choque na região do trigêmeo</p><p>· Condição clínica mais prevalente</p><p>o que dói?</p><p>· O nosso cérebro não possui terminações nervosas de dor.</p><p>· Onde as terminações nervosas estão localizadas?</p><p>· Meninges</p><p>· Ao redor dos vasos sanguíneos (artérias e arteríolas)</p><p>· Portanto, quando há DISTENSÃO dessas estruturas ou LIBERAÇÃO PRÓ-INFLAMATÓRIAS que atuam nas terminações nervosos de dor.</p><p>sinal x sintoma</p><p>· A dor de cabeça pode ser um sintoma ou um sinal de uma doença que está afetando o sistema nervoso</p><p>· Ex.: um tumor pode promover a compressão de estruturas, promovendo a distensão de vasos ou da meninge causando a dor de cabeça. Nesse caso, a dor de cabeça é um SINAL clínico de um tumor cerebral.</p><p>· Ex.: paciente com enxaqueca e a dor de cabeça é um sintoma clínico.</p><p>· Quando falamos que a dor de cabeça é um sinal clínico, isso significa, que a dor de cabeça de uma causa definida, seja trauma, tumor, infecção.</p><p>epidemiologia</p><p>· Cefaleias primárias recorrente tem prevalência de 20 a 23% em mulheres 15 a 17% em homens.</p><p>· A cefaleia é uma das principais causas de ausência na escola e trabalho.</p><p>classificação</p><p>· Cefaleia primária</p><p>· Não tem uma lesão no encéfalo (infecção, trauma, tumor...)</p><p>· Cefaleia secundária</p><p>· Há uma lesão no tecido encefálico (seja infecção, trauma, tumor), que está provocando uma dor.</p><p>Como diferenciá-las?</p><p>É importante diferenciar a cefaleia primária da secundária, pois as cefaleias secundárias precisam de tratamentos específicos, pois podem causar a morte do paciente.</p><p>Portanto, ao atender um paciente devemos determinar o tipo de cefaleia para saber se podemos apenas passar uma dipirona e mandá-lo para casa ou se precisaremos realizar um atendimento mais específico, como tratamento de uma meningite, um tumor...</p><p>Assim, o primeiro passo é determinar se a cefaleia do paciente se encaixa nas características de uma cefaleia primária. Caso não consiga encaixar, significa que há chances de ser uma cefaleia secundária, sendo necessário uma investigação mais intensa (hemograma, TC, neurologista, interna o paciente).</p><p>diferenciando as cefaleias primárias</p><p>Características da cefaleia primária:</p><p>· Recorrentes: o paciente tem histórico de dor</p><p>· Devemos perguntar ao paciente se ele costuma ter dor de cabeça.</p><p>· Idade de início</p><p>· Ao perguntar se o paciente costuma ter dor de cabeça, precisamos determinar “desde quando ele tem crises de dor de cabeça”.</p><p>· Ex.: paciente com 40 anos relata que apresenta dor de cabeça desde 20 anos -> sugere cefaleia primária</p><p>· Paciente com 60 anos, sem histórico de dor de cabeça, mas há 6 meses vem tendo dor de cabeça -> NÃO é sugestivo de cefaleia primária</p><p>· Logo, precisa ser investigado mais a fundo.</p><p>· Nas meninas as dores de cabeça primária começam no início da adolescência (13-15 anos), já nos meninos começam um pouco depois no final da adolescência (18-23 anos).</p><p>· A cefaleia primária tende a acontecer entre 20 e 45/50 anos, após essa idade há uma tendencia de redução das dores de cabeça.</p><p>· Padrões sugestivos de cefaleias primários mais frequentes.</p><p>· Determinar se a dor de cabeça que o paciente tem se encaixa em algum padrão das principais cefaleias primárias</p><p>· Quais são as principais cefaleias primárias:</p><p>· Cefaleia tensional</p><p>· Cefaleia do tipo enxaqueca ou migrânea</p><p>· Cefaleia em salva</p><p>· Sintomas associados</p><p>· Quando o paciente apresentar um sintoma associado devemos suspeitar que a dor de cabeça é secundária à outra doença e precisamos investigar.</p><p>· Febre</p><p>· Paralisia</p><p>· Mudança de comportamento</p><p>· Aumento de víscera abdominal</p><p>· Alteração de função cardíaca</p><p>· Ausência de febre e sinais alertas</p><p>· Sinais de alerta (paciente pode ter histórico de dor de cabeça, mas tem algo que não se encaixa na cefaleia primária e, por isso, precisamos investigar a fundo)</p><p>· Systemic symptoms</p><p>· Febre, perda de peso</p><p>· Neurologic déficit</p><p>· Déficit neurológico sensitivo ou de par craniano (midríase, ptose palpebral, paralisia facial, hemiparesia)</p><p>· Onset</p><p>· Forma de início se foi SÚBITA (associada a causa vascular)</p><p>· Quando a cefaleia é súbita o paciente consegue determinar com exatidão o momento que iniciou, o que ele estava fazendo.</p><p>· Inicio idade avançada</p><p>· Othres associates condictions</p><p>· Outras condições associadas, por exemplo, paciente que está realizando tratamento de câncer chega ao pronto socorro com uma cefaleia que tem características de enxaqueca. Nesse contexto precisamos investigar a fundo, pois a cefaleia pode estar relacionada com uma metástase, por ser uma paciente oncológica.</p><p>· Pattern (mudança de padrão)</p><p>· O paciente relata que a dor está diferente ou que é a pior dor que já sentiu na vida.</p><p>· A dor de cabeça está progredindo (deve investigar)</p><p>exame neurológico</p><p>Para DIFERENCIAR os tipos de cefaleia (primária ou secundária) é MANDATÓRIO a realização de um exame neurológico, pois se estiver alterado é necessário uma investigação mais a fundo.</p><p>· Avaliar MOTRICIDADE</p><p>· Comparar se há perda de força do lado direito e esquerdo</p><p>· Avaliar se há ALTERAÇÃO DE REFLEEXO</p><p>· Avaliar se há DÉFICIT NEUROLÓRGICO MOTOR OU SENSITIVO</p><p>· Avaliar se há SINAIS MENÍNGEOS (Kernig e Brudzinsk)</p><p>· Presença de convulsão</p><p>· Presença de alteração visual</p><p>· Avaliar se há DESORIENTAÇÃO ou SONOLÊNCIA</p><p>· Exame de fundo de olho para determinar presença de PAPILEDEMA (presente na HIC)</p><p>· Também devemos avaliar a PA do paciente.</p><p>cefaleias primárias</p><p>· Cefaleia tensional</p><p>· Migrânea com ou sem aura</p><p>· Cefaleia em salvas</p><p>· Hemicrânia paroxística</p><p>cefaleia tensional ou tipo tensão</p><p>· É a cefaleia primária mais prevalente</p><p>· Na maioria das vezes a cefaleia tensional é de leve a moderada intensidade.</p><p>A cefaleia tensional é classificada de acordo com a FREQUÊNCIA DAS CRISES:</p><p>· CLASSIFICAÇÃO</p><p>· EPISÓDICA: quando o paciente apresenta a dor de 1 a 14 dias por mês.</p><p>· Esse tipo de cefalia episódica pode se diferenciar em:</p><p>· episódica infrequente: < 1 crise ao mês</p><p>· episódica frequente: 1-14 dias de dor ao mês</p><p>· CRÔNICA: quando o paciente apresenta 15 ou + dias de dor ao mês</p><p>· CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS</p><p>Critérios</p><p>A</p><p>Pelo menos 10 crises preenchendo os critérios B-E</p><p>B</p><p>Cefaleia durando 30 min a 7 dias</p><p>C</p><p>Pelo menos 2 das seguintes características:</p><p>- Qualidade pressão ou aperto (não pulsátil) -> qualidade da dor</p><p>- Intensidade leve a moderada</p><p>- Localização bilateral</p><p>- Não piora coma atividade física diária (subir uma escada....)</p><p>D</p><p>Ambos os seguintes:</p><p>- Sem náuseas e vômitos</p><p>- Ausência de foto e fonofobia, ou presença de apenas um destes.</p><p>E</p><p>Dor não atribuída a outra causa, sem sinais de alerta e exame neurológico normal</p><p>Para entender se a dor de cabeça do paciente é em aperto/pressão e não pulsátil, devemos perguntar: “como é a sua dor, latejando, pulsando, em aperto ou pressão?”</p><p>Não podemos seguir com anamnese sem antes distinguir como é a qualidade da dor, pois isso é fundamental!</p><p>· DIGANÓSTICO DIFERENCIAL</p><p>· CEFALEIA TENSIONAL EPISÓDICA, diagnósticos diferenciais:</p><p>· Migrânea sem aura</p><p>· Cefaleia cervicogênica</p><p>· Cefaleia por SINUSOPATIAS</p><p>· CEFALEIA TENSIONAL CRÔNICA, diagnósticos diferenciais:</p><p>· Cefaleia crônica diária de outras causas</p><p>· Cefaleia secundária</p><p>· Cefaleia por abuso de medicamentos</p><p>· TRATAMENTO</p><p>· CEFALEIA TENSIONAL NA FASE AGUDA</p><p>· Inicialmente devemos começar com ANALGÉSICOS COMUNS</p><p>· Ex.: dipirona e paracetamol</p><p>· Anti-inflamatório não hormonal</p><p>· Usado quando o analgésico comum não resolver.</p><p>· Ansiolíticos</p><p>· Para paciente ansioso</p><p>· Opiáceos</p><p>· Muito raro o uso</p><p>· CEFALEIA TENSIONAL CRÔNICA</p><p>· TRATAMENTO PROFILÁTICO</p><p>· Deve ser realizado em pacientes os quais a cefaleia provoca impacto em sua vida, seja pela intensidade das crises ou pela frequência.</p><p>· O medicamento deve ser usado todos os dias para diminuir a intensidade e a frequência das crises de dor de cabeça com o passar do tempo.</p><p>· Medicamentos utilizados:</p><p>· Bloqueadores canais de Ca: FLUNARIZINA</p><p>· Betabloqueadores: ATENOL</p><p>· Antiepiléticos: TOPIRAMATO</p><p>· Antidepressivos: AMITRIPTILINA</p><p>· Imunomoduladores</p><p>· Epidemiologia:</p><p>· Prevalência durante a vida: 79%</p><p>· Prevalência anual: 37%</p><p>· Mulher > homem</p><p>· Pico prevalência: 30-39 anos</p><p>· Prejuízo no trabalho ou escola: 43%</p><p>migrânea (enxaqueca)</p><p>· TIPOS</p><p>· Migrânea com aura</p><p>· Migrânea sem aura</p><p>· Migrânea crônica</p><p>· CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS</p><p>Critérios</p><p>A</p><p>5 crises preenchendo os critérios B a D</p><p>B</p><p>Cefaleia durando 4-72h</p><p>C</p><p>Pelo menos 2 das seguintes características:</p><p>- Unilateral</p><p>- Pulsátil</p><p>- Intensidade moderada a forte</p><p>- Piora com esforço</p><p>D</p><p>Durante a cefaleia:</p><p>- Náuseas e vômitos</p><p>- Foto e/ou fonofobia.</p><p>E</p><p>Dor não atribuída a outra causa, sem sinais de alerta e exame neurológico normal</p><p>· TRATAMENTO</p><p>· MIGRÂNEA FASE AGUDA</p><p>· Inicialmente devemos começar com ANALGÉSICOS COMUNS</p><p>· Dipirona: preferência em gotas</p><p>· Isso porque durante a crise de migrânea, o peristaltismo esofagiano fica alterado.</p><p>· Paracetamol</p><p>· Medicamentos específicos para enxaqueca: Triptanos (preferid) e Ergotamina (usado menos)</p><p>· Utilizados quando não há melhora após 30 min de ingestão dos analgésicos comuns</p><p>· Anti-inflamatório não hormonal</p><p>· Usado quando o analgésico comum não resolver.</p><p>· Anti-inflamatório hormonal</p><p>· Decadron (dexametasona) -> quando a dor estiver muito forte, demorando a melhorar com os outros medicamentos.</p><p>· Antiemético</p><p>· Dramin, plasil....</p><p>· Opiáceos</p><p>· Muito raro o uso</p><p>· REPOUSO</p><p>· Além do medicamento, é necessário que o paciente fique de repouso para que haja melhora.</p><p>· TERAPIA MULTIDISCIPLINAR</p><p>· Psicoterapia</p><p>· Higiene do sono</p><p>· Mudança de hábitos e vícios</p><p>· Atividade física</p><p>image1.png</p>

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