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<p>AULA 5</p><p>E-CLASS – EDUCAÇÃO</p><p>A DISTÂNCIA</p><p>Prof. Benhur Etelberto Gaio</p><p>2</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Anteriormente, analisamos o novo Decreto n. 9.057, de 25 de maio de</p><p>2017, que ainda está em vigor, mesmo sendo um decreto do governo anterior,</p><p>que regulamentou mais uma vez o art. 80 da LDBEN. Você deve se lembrar de</p><p>que, por meio dele, o MEC flexibilizou algumas ações e, principalmente, liberou a</p><p>criação de polos de apoio presencial pelas IES credenciadas para a EaD, o que</p><p>foi regulamentado pela Portaria n. 11, de 2017. Nesta aula, analisaremos o</p><p>Decreto n. 9.235, de 15 de dezembro de 2017, além das Notas Técnicas da</p><p>SERES que orientaram os respectivos secretários em relação aos processos em</p><p>tramitação no MEC. Tenha uma ótima aula!</p><p>TEMA 1 – DECRETO N. 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>O referido decreto substituiu por revogação o Decreto n. 5.773/2006, as</p><p>demais normas contidas no Decreto n. 6.303/2007, que já analisamos em nossa</p><p>disciplina, além do Decreto n. 5.786/2006, que tratava dos centros universitários,</p><p>e os Decretos n. 8.142 e n. 8.754, que alteravam o Decreto n. 5.773.</p><p>Como você já percebeu, o MEC sempre propõe ao presidente da República</p><p>a edição de 2 (dois) decretos, um para a regulamentação do art. 80 da LDBEN, e</p><p>outro para definir as regras das atribuições relativas à regulação, supervisão e</p><p>avaliação das IES e dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu.</p><p>Quando se trata de cursos de pós-graduação stricto sensu, os decretos remetem</p><p>à Capes para as respectivas regulamentações.</p><p>A primeira referência à educação a distância, no Decreto n. 9.235, aparece</p><p>no parágrafo 5º do art. 1º, que remete o tema para o Decreto n. 9.057/2017. Em</p><p>seguida, retoma o tema no parágrafo 3º do art. 2º, referindo-se às IES públicas</p><p>nas esferas estaduais e municipais, além do Distrito Federal, cujos</p><p>credenciamento para a EaD devem seguir o preconizado nos termos do art.17 e</p><p>art. 80 da LDBEN e no Decreto n. 9.057/2017, já analisado.</p><p>No art. 3º, o decreto define os órgãos envolvidos em todos os processos</p><p>relacionados: o MEC, o CNE, o Inep e a Comissão Nacional de Avaliação da</p><p>Educação Superior (Conaes), mas mantém o Ministro da Educação, com a última</p><p>palavra nos referidos processos, cujos atos homologatórios são irrecorríveis na</p><p>esfera administrativa (Brasil, 2017b).</p><p>3</p><p>No art. 5º, o decreto define que as funções de regulação e supervisão são</p><p>operacionalizadas pela SERES, de acordo com o previsto no Decreto n.</p><p>9.005/2017, que apesar de aparecer no site do governo como ativo, foi revogado</p><p>pelo Decreto n. 9.665/2019, que por sua vez foi revogado pelo Decreto n. 10.195,</p><p>de 30 de dezembro 2019, que ainda está em vigor, mas foi alterado pelo Decreto</p><p>n. 10.652, de 19 de março de 2021. Todas essas alterações estão relacionadas</p><p>com a estrutura regimental, com os cargos em comissão e com as funções de</p><p>confiança do MEC.</p><p>Voltando ao decreto em estudo: o art. 6º define as competências</p><p>específicas do CNE; o art. 7º as competências do Inep; e o art. 8º as competências</p><p>da Conaes.</p><p>A partir do art. 10, o decreto apresenta as condicionantes para o</p><p>funcionamento regular de uma IES e a oferta de curso superior, a partir de ato</p><p>autorizativo do MEC. O art. 11 definiu a obrigatoriedade da publicação de um</p><p>calendário anual de funcionamento do protocolo para o recebimento digital dos</p><p>processos encaminhados pelas IES, contendo duas janelas anuais, com uma</p><p>garantia essencial prevista em seu parágrafo 1º: “O protocolo de pedido de</p><p>recredenciamento de IES e de reconhecimento e de renovação de</p><p>reconhecimento de curso superior, antes do vencimento do ato autorizativo</p><p>anterior, prorroga automaticamente a validade do ato autorizativo até a conclusão</p><p>do processo e a publicação de Portaria” (Brasil, 2017b).</p><p>Quando o decreto trata das organizações acadêmicas, relaciona que</p><p>podem se estruturar como faculdades, centro universitários e universidades,</p><p>devendo sempre iniciar as atividades como faculdades, com possível alteração</p><p>por meio de processo de recredenciamento. O art. 16 trata dos requisitos para</p><p>uma faculdade solicitar o recredenciamento como centro universitário; o art. 17</p><p>aborda o mesmo processo, para o credenciamento como universidade.</p><p>Em relação ao início das atividades de uma IES, o parágrafo 2º do art. 18</p><p>menciona que o credenciamento poderá ocorrer para a oferta de cursos</p><p>presenciais ou a distância, ou para ambas as modalidades. A única restrição é o</p><p>limite de cursos que poderão tramitar para o credenciamento: no máximo 5 (cinco),</p><p>com a exceção de cursos de licenciaturas, como prevê o parágrafo 3º do art. 19.</p><p>Os documentos necessários ao credenciamento de uma IES estão</p><p>relacionados nos incisos e parágrafos do art. 20 do referido decreto, e também</p><p>em seu art. 21, que trata da composição do PDI, ressaltando que se trata do</p><p>4</p><p>documento mais relevante para a condução de uma IES. As informações sobre a</p><p>educação a distância estão relacionadas no inciso XI do referido artigo.</p><p>O processo de credenciamento receberá um parecer da SERES, e então</p><p>será encaminhado à Câmara de Educação Superior do CNE, para emissão de</p><p>parecer e devolução ao gabinete do ministro, para a necessária homologação e</p><p>publicação do ato ou atos autorizativos. No art. 24, temos a previsão do</p><p>credenciamento prévio, como já analisamos anteriormente.</p><p>Você deve se lembrar da situação dos registros de diplomas das</p><p>faculdades, que já estudamos anteriormente. Pois bem, vamos retomar esse tema</p><p>agora, considerando o art. 27 do Decreto n. 9.235, que definiu os requisitos para</p><p>que as faculdades possam registrar seus próprios diplomas. Não serão todas,</p><p>certamente, pois não é simples obter o Conceito Institucional (CI) máximo, isto é,</p><p>conceito 5 (cinco) em duas avaliações consecutivas. Deve ainda ofertar um curso</p><p>de pós-graduação no stricto sensu, de mestrado ou doutorado, devidamente</p><p>reconhecido pelo MEC. Como requisito adicional, a IES não pode ter sido</p><p>penalizada por processo administrativo de supervisão nos dois últimos anos.</p><p>A atribuição de registrar os seus próprios diplomas ocorrerá no</p><p>recredenciamento, quando são verificados os atributos condicionantes previstos</p><p>no art. 27. Caso a IES perca qualquer um dos três requisitos mencionados,</p><p>perderá, ato contínuo, a referida atribuição, como está destacado no parágrafo</p><p>único do referido artigo.</p><p>A partir do art. 39, o decreto trata das autorizações dos cursos de</p><p>graduação e pós-graduação lato e stricto sensu, trazendo as regras para</p><p>faculdades, centros universitários e universidades, com regras específicas para</p><p>os cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem. Você já</p><p>sabe que não há prerrogativa de autonomia para essas ofertas por parte da IES.</p><p>Em seguida, o decreto trata dos reconhecimentos e da renovação de</p><p>reconhecimentos dos cursos, bem como do encerramento da oferta de cursos,</p><p>além do descredenciamento de IES a pedido próprio, ou como consequência de</p><p>processos sancionadores. É relevante importante esses aspectos, em função de</p><p>ocorrências recentes relacionadas com transações de compra e venda de IES,</p><p>que acabaram com o seu fechamento, deixando os alunos sem acesso a seus</p><p>documentos pessoais e acadêmicos. A partir desse decreto, as mantenedoras das</p><p>IES passaram a ser responsáveis pela guarda e pela gestão de todo o acervo</p><p>acadêmico, com responsabilização do representante legal da mantenedora, de</p><p>5</p><p>acordo com os termos contidos na legislação civil e penal, considerando a</p><p>hipótese de ações de negligência ou mesmo de utilização fraudulenta, o que está</p><p>definido no art. 58.</p><p>TEMA 2 – REGRAS DOS PROCESSOS DE SUPERVISÃO DO MEC E NOTAS</p><p>TÉCNICAS</p><p>A partir do art. 62, o decreto trata especificamente da supervisão como</p><p>processo administrativo instaurado com o intuito de apurar deficiências ou mesmo</p><p>irregularidades que sejam identificadas pelo MEC ou denunciadas por estudante,</p><p>professores,</p><p>pessoal técnico-administrativo, ou ainda por meio de sindicatos e</p><p>entidades organizadas na sociedade civil, não ficando de fora os órgãos de defesa</p><p>dos consumidores.</p><p>Após todos os procedimentos relacionados no decreto, vêm as decisões</p><p>devidamente relacionadas no art. 73, iniciando com a possibilidade de</p><p>arquivamento da denúncia, e chegando no descredenciamento da IES. Qualquer</p><p>decisão poderá ser contestada pela IES na Câmara de Educação Superior do</p><p>CNE, cujo parecer deverá ser submetido à homologação do Ministro da Educação.</p><p>A partir do art. 79, o decreto trata dos processos avaliativos contidos no</p><p>Sinaes, por meio das avaliações in loco, bem como do Enade.</p><p>Finalizando essa análise, destacamos o art. 97, que alterou o art. 5º do</p><p>Decreto n. 9057/2017, que por sua vez redefiniu o conceito de polo de apoio</p><p>presencial: “o polo de educação a distância é a unidade descentralizada da</p><p>instituição de educação superior, no País ou no exterior, para o desenvolvimento</p><p>de atividades presenciais relativas aos cursos ofertados na modalidade a</p><p>distância” (Brasil, 2017a)</p><p>No parágrafo 2º do referido artigo, ocorre a vedação da oferta de cursos</p><p>presenciais nos polos, bem como a oferta de cursos a distância em locais não</p><p>previstos na legislação. Fica claro que a oferta de cursos EaD só pode ocorrer na</p><p>sede da IES, em um polo devidamente credenciado no sistema e-MEC, ou em</p><p>situação de formação profissional com formalização de parceria institucionalizada</p><p>e sob total responsabilidade da IES. O trânsito de alunos de cursos a distância</p><p>para cursos presenciais, e vice-versa, está previsto no art. 98. O art. 100 traz a</p><p>vedação do registro da respectiva modalidade nos diplomas.</p><p>6</p><p>Foram revogados por este os Decretos n. 5.773/2006, o n. 5.786/2006, o</p><p>n. 6.303/2007, o n. 8.142/2013, o n. 8.754/2016, e o art. 15 do Decreto n.</p><p>6.861/2009.</p><p>Ainda temos três classes de documentos que interferem diretamente na</p><p>elaboração e na publicação dos decretos e das portarias que os regulamentam,</p><p>ou que são emitidos para título orientar procedimentos no âmbito do Sistema</p><p>Federal de Ensino: Notas Técnicas no âmbito interno do MEC; Pareceres; e</p><p>respectivas Resoluções das Câmaras do CNE.</p><p>Iniciemos pelas Notas Técnicas das áreas do MEC1. As que mais nos</p><p>interessam são as emitidas pelas Diretorias da SERES. Comecemos pela análise</p><p>da Nota Técnica n. 917, de 13 de dezembro 2012, emitida pela Coordenação-</p><p>Geral de Regulação da Educação Superior a Distância (Coread), área da Diretoria</p><p>de Regulação da Educação Superior (Direg) da Secretaria de Regulação e</p><p>Supervisão da Educação Superior (SERES). Faz referência aos Processos</p><p>Regulatórios de Cursos na modalidade EaD, propondo a racionalização do fluxo</p><p>processual de atos regulatórios, relacionados às visitas de avaliação aos polos de</p><p>apoio presencial.</p><p>A referida Nota Técnica (NT) inicia com um forte argumento relacionado ao</p><p>fluxo dos processos: certos elementos caracterizados na EaD apresentavam</p><p>superposição de ações nos processos regulatórios, principalmente nas avaliações</p><p>dos polos in loco. A NT foi redigida ainda no período em que os polos teriam que</p><p>ser avaliados no transcorrer dos processos de recredenciamento de IES, com</p><p>autorizações de cursos e reconhecimentos e renovações de reconhecimentos de</p><p>cursos, o que poderia levar um mesmo polo a ser avaliado até 4 (quatro) vezes</p><p>dentro de um mesmo ciclo avaliativo, o que foi caracterizado na NT como</p><p>irracionalidade. Pode parecer absurdo, mas era isso que de fato poderia</p><p>acontecer.</p><p>O argumento era simples e direto: se um mesmo polo era utilizado para</p><p>todas as atividades presenciais dos cursos a distância de uma mesma IES, o</p><p>processo avaliativo deveria ser considerado de forma sistêmica. Havia um período</p><p>de vigência da Portaria n. 40 de 2007 (republicada em 29 de dezembro 2010), que</p><p>definia em seu art. 55 os critérios para a definição da quantidade de polos a serem</p><p>1 As Notas Técnicas estão disponíveis no endereço: BRASIL. Ministério da Educação. Notas</p><p>Técnicas. <http://portal.mec.gov.br/publicacoes-para-professores/30000-uncategorised/18971-notas-</p><p>tecnicas>. Acesso em: 18 jun. 2021.</p><p>7</p><p>avaliados in loco, podendo chegar a 10% (dez por cento) do total de polos de uma</p><p>IES. Considere uma IES com 300 polos; ela teria que passar por 30 (trinta)</p><p>avaliações in loco para cada processo, podendo chegar a 150 (cento e cinquenta)</p><p>se tivesse pedido 5 (cinco) cursos em seu credenciamento para EaD, para serem</p><p>reconhecidos.</p><p>Podemos afirmar com segurança que seria uma insanidade, pois temos a</p><p>experiência de passar por 43 (quarenta e três) avaliações de polos da nossa base</p><p>de 440 (quatrocentos e quarenta) polos, em processos de recredenciamento para</p><p>EaD. Você deve estar se perguntando: mas não seriam 44 (quarenta e quatro), já</p><p>que a norma fala em 10% (dez por cento)? Sim, seriam, mas quando estávamos</p><p>na 43ª avaliação in loco da nossa rede, a regra mudou, e os polos não precisaram</p><p>mais ser avaliados. Parece brincadeira, mas não foi.</p><p>Em 2011, a área jurídica do MEC elaborou um parecer, o Conjur/MEC n.</p><p>261/2011, orientando a utilização de elementos constantes nos relatórios de</p><p>supervisão, com a finalidade de regulação, o que dispensaria as visitas de</p><p>avaliação in loco nos reconhecimentos e na renovação de reconhecimentos de</p><p>cursos. Porém, após as devidas verificações, a equipe da SERES constatou que</p><p>isso não seria possível, tendo em vista que os relatórios de supervisão eram</p><p>focados na sede da IES, e não nos cursos, e que as avaliações in loco dos polos</p><p>seriam focadas nos indicadores relacionados aos cursos.</p><p>A NT continua com a argumentação de que há necessidade de promover</p><p>alterações no processo, propondo a aglutinação dos processos de</p><p>reconhecimentos e a renovação de reconhecimentos dos cursos EaD,</p><p>promovendo avaliações in loco sincronizadas, atendendo à amostragem definida</p><p>no parágrafo 2º do art. 55, combinado com o parágrafo único do art. 13 da PN</p><p>MEC n. 40/2007. Para tanto, seria necessário que as comissões de avaliação in</p><p>loco do Inep captassem todas as informações do polo relacionadas aos cursos</p><p>ofertados na modalidade a distância da IES avaliada. A NT ainda trazia um estudo</p><p>de horas gastas nas avaliações, com os respectivos custos financeiros e os</p><p>esforços de toda a estrutura dos órgãos oficiais e das IES, além de desenhos dos</p><p>fluxos das fases processuais para orientar a decisão na Secretaria de Educação</p><p>a Distância (SEED) do MEC, chamando a sugestão de “Medida de Racionalidade</p><p>e Eficiência Regulatória por fase do fluxo processual de Reconhecimento e</p><p>Renovação de Reconhecimento de Cursos” (Brasil, 2012).</p><p>8</p><p>Finalizando, a NT propunha que essa solução poderia ser implementada</p><p>imediatamente, bastando para isso que a equipe de Tecnologia de Informação</p><p>(TI) do MEC implementasse, no Sistema e-MEC, o agrupamento dos processos</p><p>de uma mesma IES que estivessem em tramitação, desde que fossem do mesmo</p><p>ato regulatório, além de ajustes necessários nos Instrumento de Avaliações para</p><p>a EaD, especificamente os de polos de apoio presencial. Finalmente, a equipe de</p><p>TI deveria ser capaz de desenvolver no e-MEC a possiblidade de relatórios dos</p><p>polos avaliados serem vinculados em todos os processos de cursos da IES. Não</p><p>sabemos quais foram os obstáculos, mas essas sugestões foram</p><p>desconsideradas, e continuamos ainda por um bom período de tempo com as</p><p>dificuldades criadas pelos processos previstos na Portaria n. 40.</p><p>TEMA 3 – INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2013 E NOTA TÉCNICA N.</p><p>786/2013</p><p>Decorrente da Nota Técnica n. 917, de 2012, a SERES emitiu a Instrução</p><p>Normativa n. 1, em 14 de janeiro de 2013, por meio da qual alterou o fluxo dos</p><p>processos de regulação dos reconhecimentos e das renovações dos</p><p>reconhecimentos dos cursos EaD, orientando que os polos de apoio presencial</p><p>passassem a ser avaliados de forma global, envolvendo vários cursos EaD de</p><p>uma IES.</p><p>Dessa forma, um polo avaliado uma única vez teria que fornecer os</p><p>subsídios ao sistema regulatório do MEC, para aplicação em todos os demais</p><p>processos daquela IES. A validade da referida avaliação in loco passou a ser</p><p>considerada para os fins de regulação pelo período de três anos.</p><p>Ainda em 2013, em 05 de dezembro, foi produzida a Nota Técnica (NT) n.</p><p>786/2013, emitida pela Direg/SERES/MEC, analisando e propondo a</p><p>sistematização de parâmetros e procedimentos para a expedição de atos</p><p>regulatórios de renovação de reconhecimentos de cursos cujos resultados no</p><p>Ciclo Avaliativo do Enade de 2012, e nos Conceitos Preliminares de Cursos</p><p>(CPC), foram publicados em 2013. Lembrando que cada curso é avaliado no Ciclo</p><p>Avaliativo trienalmente, fazendo parte de grupo específico organizado por área</p><p>relacionada ao exercício profissional e ao Catálogo de Cursos Superiores de</p><p>Tecnologia, devidamente divulgado pelo Inep.</p><p>Caso um curso tenha obtido um CPC menor do que 3 (três), o MEC abre</p><p>de ofício o processo de renovação de reconhecimento para a avaliação in loco,</p><p>cabendo à IES o preenchimento no Sistema e-MEC com i, Protocolo de</p><p>9</p><p>Compromisso contendo uma proposta de Plano de Melhorias, com o objetivo de</p><p>sanear as deficiências identificadas pelo Enade, juntamente com as informações</p><p>referentes ao curso, que serão verificadas pela Comissão de Avaliação.</p><p>Esses procedimentos são obrigatórios; se uma IES deixar de cumprir uma</p><p>das etapas, o seu curso passará à situação de irregularidade, pela falta de ato</p><p>autorizativo válido. Isso é muito sério, pois como já vimos, o referido curso não</p><p>poderá mais ofertar vagas até que seja regularizado ou encerrado definitivamente,</p><p>o que ocorrerá a partir de processo administrativo instruído pela SERES.</p><p>Vamos exemplificar, para que fique evidenciado que isso não é difícil de</p><p>ocorrer. Destacamos as irregularidades das IES relacionadas no Anexo I da Nota</p><p>Técnica n. 739/2013, emitida pela Disup/SERES/MEC, que define a necessidade</p><p>de processos de supervisão pela falta de tramitação de atos institucionais de</p><p>recredenciamentos, e pelas entidades não terem prestado informações ao Censo</p><p>da Educação Superior referente ao ano de 2012. A referida NT, emitida pela</p><p>Diretoria de Supervisão da Educação Superior da SERES, relaciona em sua</p><p>introdução toda a legislação que já mencionamos anteriormente, de modo a dar</p><p>suporte às indicações de instauração de processos de supervisão e respectivas</p><p>medidas cautelares às IES que se encontravam com atos institucionais inválidos,</p><p>sem a necessária tramitação de processos de recredenciamentos.</p><p>As medidas cautelares sugeridas na NT pela Disup tinham o propósito de</p><p>que todos os processos de regulação das IES fossem sobrestados: a vedação da</p><p>abertura de novos processos de regulação, a suspensão de ingressos de novos</p><p>alunos em todos os cursos das referidas IES, a suspensão de novos contratos de</p><p>Financiamento Estudantil (Fies), de bolsas do Programa Universidade para Todos</p><p>(Prouni), além da participação das IES no Programa Nacional de Acesso ao</p><p>Ensino Técnico (Pronatec). A NT conta com 16 (dezesseis) páginas orientando ao</p><p>Secretário da SERES para a implementação de medidas restritivas às IES,</p><p>equivalentes à interrupção de todas as suas atividades, com exceção aos cursos</p><p>em andamento, caso existissem. O Anexo I da NT continha a relação de 47</p><p>(quarenta e sete) IES, uma quantidade considerável de faculdades e institutos</p><p>superiores que passaram por longos processos de credenciamentos e</p><p>autorizações de cursos, que provavelmente não conseguiram viabilizar a sua</p><p>sustentabilidade financeira.</p><p>Vamos continuar com as análises das notas técnicas significativas que, ao</p><p>longo dos anos, foram sendo elaboradas com a intenção de corrigir situações</p><p>10</p><p>conflitantes entre as normas instituídas pelos decretos e suas portarias</p><p>regulamentadoras. Também veremos as situações que surgiram com o</p><p>crescimento exponencial dos cursos EaD, cujas matrículas saíram de 40.714</p><p>(quarenta mil, setecentas e quatorze) em 2002, chegando a 992.927 (novecentas</p><p>e noventa e duas mil, novecentas e vinte e sete) matrículas em 2.011,</p><p>representando um crescimento de 2339% (dois mil, trezentos e trinta e nove por</p><p>cento) no referido período, segundo o Censo da Educação Superior do Inep. Esse</p><p>crescimento ocorreu mesmo com a intervenção direta da Secretaria de Educação</p><p>a Distância (SEED) do MEC naquele episódio que ocorreu no período de 2008 a</p><p>2010, como já relatamos.</p><p>O crescimento dos cursos na modalidade EaD foi acelerado no período,</p><p>atingindo sua maturidade com relação à necessidade de reconhecimento, o que</p><p>demandava a avaliação in loco por Comissão do Inep. Estavam represados em</p><p>tramitação na SERES, que já havia sucedido a SEED, um passivo de 699</p><p>(seiscentos e noventa e nove) processos de reconhecimentos de cursos à espera</p><p>da análise e parecer conclusivo para a emissão do ato pertinente. Havia 752.259</p><p>(setecentos e cinquenta e dois mil, duzentos e cinquenta e nove) estudantes</p><p>esperando o seu diploma a partir de um curso reconhecido, segundo a Nota</p><p>Técnica n. 309/2013 – CGREAD/Direg/SERES/MEC, de 14 de maio de 2013. O</p><p>cenário ficou ainda mais complicado pelas determinações da antiga SEED, que</p><p>interrompeu o fluxo normal dos processos das IES, que tiveram que responder</p><p>aos Termos de Saneamento de Deficiências (TSD) criados por Carlos</p><p>Bielschowski, como você deve lembrar. Ele reduziu a entrada de novos alunos</p><p>nos cursos a distância, mas os cursos que apresentavam funcionamento regular</p><p>continuaram o seu percurso, formando centenas de milhares de alunos que, ainda</p><p>por cima, tiveram que participar do Enade ao longo dos anos, o que resultou</p><p>naturalmente em Conceitos Preliminares de Cursos (CPC).</p><p>Como se não bastasse, havia ainda a necessidade da avaliação dos polos</p><p>de apoio presencial das IES, o representava na média 20 (vinte) processos para</p><p>cada IES; multiplicado pelo número de processos protocolados, chegaria a 13.988</p><p>(treze mil, novecentos e oitenta e oito) avaliações in loco, apenas para fins de</p><p>reconhecimentos de cursos.</p><p>Esse cenário caótico levou a Coordenação Geral de Regulação da</p><p>Educação Superior a Distância (CGREAD) da SERES a elaborar a NT em análise,</p><p>chamando a atenção da alta gestão do MEC para o fato de que não houve</p><p>11</p><p>proporcional evolução sistêmica e tecnológica do Sistema e-MEC que</p><p>apresentava contínuas inconsistências, além da estrutura deficiente de pessoal</p><p>da área, que contava com 6 (seis) colaboradores à época, sendo 4 (quatro) de</p><p>nível médio. Para aumentar ainda mais a pressão sobre o MEC, lembre-se de que</p><p>estávamos no período em que a legislação não permitia a ampliação de cursos a</p><p>distância de uma IES, enquanto um dos seus cursos EaD não fosse reconhecido.</p><p>Outro fato político foi a aprovação, à época, do Plano Nacional de Educação</p><p>(PNE), que projetava índice de 33% (trinta e três por cento) de matrículas no</p><p>Ensino Superior, apesar da porcentagem de 14,7% (quatorze vírgula sete por</p><p>cento) naquele ano. Os cursos a distância deveriam alavancar as matrículas para</p><p>o atingimento daquele índice ou, pelo menos, reduzir a distância entre o real e o</p><p>projetado no PNE.</p><p>Para a elaboração das propostas contidas na NT em análise, a CGREAD</p><p>apoiou-se na Lei n. 10.861, do Sinaes, e no Decreto n. 5.773/2006 e suas</p><p>alterações introduzidas pelo Decreto n. 6.303/2007, para que os processos de</p><p>reconhecimento de cursos com Enade ou CPC satisfatórios, ainda sem atos</p><p>emitidos, desde que a respectiva IES também tivesse CI ou IGC satisfatório –</p><p>conceito 3 (três) pelo menos –, fossem finalizados com a emissão de um ato de</p><p>reconhecimento, ressaltando que, para a renovação do reconhecimento, deveriam</p><p>ocorrer avaliações in loco. Já no caso dos cursos que ainda não haviam sido</p><p>avaliados pelo Enade, o processo de reconhecimento passaria por um rito</p><p>simplificado, mas seria encaminhado ao Inep</p><p>dependem para a realização das atividades presenciais previstas nos PPC</p><p>dos cursos ofertados.</p><p>TEMA 5 – CONCLUSÃO DA NT N. 66/2018, PORTARIA N. 1.186/2018 E</p><p>REGULAMENTAÇÃO CAPES DA EAD EM STRICTO SENSU</p><p>Após todas as considerações relativas às preocupações da equipe técnica</p><p>da SERES relacionadas com o fato de as suas atribuições não estarem sendo</p><p>suficientemente executadas, a NT propõe:</p><p>15</p><p>Nesse contexto, o Projeto de Avaliação Especial da Educação Superior</p><p>possui o objetivo geral de contribuir para o cumprimento e o</p><p>aperfeiçoamento da função regulatória de supervisão da Seres, por meio</p><p>de ações preventivas e corretivas organizadas em três pilares, conforme</p><p>especificado nos objetivos específicos. Portanto, tem-se como objetivos</p><p>específicos:</p><p>a) avaliar a regularidade e a qualidade das instituições e cursos de</p><p>educação superior na modalidade a distância (Sede e Polo);</p><p>b) avaliar a regularidade dos atos regulatórios de instituições de</p><p>educação superior (IES) e seus cursos no sistema federal de ensino</p><p>superior;</p><p>c) avaliar os procedimentos de registros de diplomas das instituições de</p><p>educação superior. (Brasil, 2018).</p><p>Fica estabelecido ainda como meta a ser atingida: “a) 150 (cento e</p><p>cinquenta) verificações in loco de IES que ofertam cursos na modalidade EaD</p><p>(sede e polo); b) 30 (trinta) realizações de auditorias in loco de atos autorizativos</p><p>institucionais vencidos; c) 20 (vinte) verificações in loco em universidades que</p><p>registram diplomas das Instituições de Ensino Superior.” (Brasil, 2018).</p><p>Lembra ainda a NT que o processo avaliativo in loco, em função das</p><p>determinações do Sinaes, deveria ser efetivado por meio de avaliadores ad hoc</p><p>componentes do Basis/Inep, devendo permanecer sob supervisão direta da</p><p>equipe da SERES, com publicação de Portaria Ministerial instituindo o referido</p><p>Projeto de Avaliação Especial, ainda que este tivesse duração de 12 (doze)</p><p>meses.</p><p>Como consequência do “alerta” emitido pela equipe técnica da SERES</p><p>quanto às responsabilidades legais, o Ministro da Educação, Rossieli Soares da</p><p>Silva, assinou e enviou ao D.O.U. a “Portaria nº 1.186 de 12 de novembro de</p><p>2.018, instituindo a Avaliação Especial da Educação Superior no âmbito do</p><p>Sistema Federal de Ensino” (Brasil, 2018)</p><p>Nossa IES foi uma das 150 (cento e cinquenta) IES avaliadas, partindo do</p><p>princípio de que todas foram efetivadas. Não temos registros sobre os relatórios</p><p>produzidos pela SERES após o prazo de 12 (doze) meses vigentes da referida</p><p>portaria. O instrumento de avaliação utilizado pelos avaliadores ad hoc era um</p><p>compilado de indicadores constantes no Instrumento de Avaliação de IES do</p><p>INEP, sem as opções de graduar os conceitos de 1 (um) a 5 (cinco), como nos</p><p>instrumentos normais. Os avaliadores somente podiam optar por “sim” ou “não”,</p><p>se atendem aos indicadores do referido instrumento.</p><p>Neste ponto de nosso conteúdo, vamos abordar a regulamentação da</p><p>educação a distância nos cursos de mestrados e doutorados, stricto sensu,</p><p>portanto, como já foi definido diversas vezes na legislação que analisamos,</p><p>16</p><p>reconhecendo que sua atribuição é inteiramente da Coordenação de</p><p>Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que emitiu a Portaria</p><p>n. 275, em 18 de dezembro de 2018, que dispunha sobre os programas de pós-</p><p>graduação stricto sensu na modalidade a distância.</p><p>Como já vimos, o decreto em vigor, na data da publicação da referida</p><p>portaria, era o n. 9.057/2017, além da Resolução CNE/CES n. 7 de 11 de</p><p>dezembro de 2017. Já analisamos o decreto; a Resolução n. 7 será analisada</p><p>posteriormente, quando falaremos especificamente do Conselho Nacional de</p><p>Educação (CNE).</p><p>A portaria, em seu art. 2º, definia que “um programa de pós-graduação é</p><p>composto por no máximo dois cursos, sendo um em nível de mestrado e outro em</p><p>nível de doutorado, podendo serem ofertados nas modalidades presencial ou a</p><p>distância de acordo com as normas vigentes” (Brasil, 2018).</p><p>A Portaria n. 275/2018 foi a primeira regulamentação da Capes relacionada</p><p>com os cursos stricto sensu e a modalidade a distância, mas teve sua validade</p><p>abreviada após 4 (quatro) meses, tendo sido revogada pela Portaria n. 90, em 24</p><p>de abril de 2019.</p><p>Diferentemente da portaria anterior, esta, em seu art. 2º, estabelece: “Um</p><p>programa de pós-graduação é composto por no máximo dois cursos, sendo um</p><p>em nível de mestrado e outro em nível de doutorado, ofertados exclusivamente</p><p>na modalidade de educação a distância” (Brasil, 2019).</p><p>Qual a diferença? Simples. No texto anterior, um mesmo curso de mestrado</p><p>ou doutorado poderia ser ofertado presencialmente ou a distância, o que foi</p><p>alterado para exclusivamente a distância na nova portaria. Na sequência, o art. 3º</p><p>remete à necessidade de os cursos a distância atenderem a portaria e “outros</p><p>regulamentos próprios”. A que “regulamentos” a portaria se refere, você deve</p><p>estar se perguntando. Aos “regulamentos” das respectivas Comissões de Áreas,</p><p>que definem em detalhes as regras para os seus programas no stricto sensu.</p><p>A portaria disciplina ainda que é obrigatória realizar de forma presencial: “I</p><p>- estágios obrigatórios, seminários integrativos, práticas profissionais e avaliações</p><p>presenciais, em conformidade com o projeto pedagógico e previstos nos</p><p>respectivos regulamentos; II - pesquisas de campo, quando se aplicar; e III -</p><p>atividades relacionadas a laboratórios, quando se aplicar” (Brasil, 2019).</p><p>Mas há uma flexibilização, pois as atividades presenciais previstas nos</p><p>Projetos dos Cursos poderão ser efetivadas na sede da IES, em ambiente</p><p>17</p><p>profissional ou nos polos de educação a distância, desde que sejam autorizados</p><p>pela Capes, de acordo com os seus critérios.</p><p>Para uma IES pleitear à Capes a autorização de ofertar um curso de</p><p>mestrado ou doutorado a distância, tem que atender a dois requisitos básicos: ser</p><p>credenciada pelo MEC para a oferta de cursos de graduação ou pós-graduação</p><p>lato sensu a distância, e apresentar Índice Geral de Cursos igual ou superior a 4</p><p>(quatro). Você deve lembrar-se de que o IGC é um índice intermediário no Sinaes,</p><p>resultante da média dos últimos três anos dos Conceitos Preliminares dos Cursos</p><p>de uma IES que passaram pelo Enade. Apontamos ainda que o próprio MEC</p><p>estabeleceu como índice prioritário para qualificar uma IES o Conceito</p><p>Institucional (CI), como define a Lei do Sinaes.</p><p>Em reunião com o Presidente da Capes e sua equipe, questionamos a</p><p>Diretora de Avaliação (DAV) sobre o motivo da utilização do IGC, e não do CI,</p><p>como prevê o Sinaes, mas não obtivemos resposta plausível. A verdade é que,</p><p>devido ao grande número de alunos dos cursos a distância que fazem o Enade, é</p><p>muito complicado para uma IES obter IGC igual ou maior que 4 (quatro), e a</p><p>equipe da Capes sabe disso.</p><p>Aqui cabe mencionar que os Documentos das Áreas da Capes. Vamos</p><p>focar em duas áreas, a de Educação e a de Direito. No caso da Educação, o</p><p>referido Documento de Área, no item 2.8, visão da área sobre a modalidade a</p><p>distância, cria legislação restritiva à oferta de cursos de pós-graduação stricto</p><p>sensu a distância quando limita as propostas das IES somente aos mestrados em</p><p>um primeiro momento. Além disso, pasme, limitava a oferta do futuro curso – se</p><p>aprovado – a 5 (cinco) polos de apoio presencial, que deverão ser credenciados</p><p>pela CPAES, não valendo o credenciamento realizado no Sistema e-MEC do</p><p>Ministério da Educação. No caso do Direito, idem. No item 2.8 do Documento da</p><p>Área, o texto inicia com a constatação de que, como não há cursos de Direito na</p><p>modalidade a distância, ainda há muito espaço para os cursos de pós-graduação</p><p>stricto sensu presenciais; claro, há espaço também para o uso das tecnologias</p><p>ativas de ensino-aprendizagem, desde que não sejam utilizadas para “burlar” –</p><p>esse é o verbo utilizado – os cursos presenciais autorizados.</p><p>Complementando essas indicações das respectivas áreas com os seus</p><p>documentos, a CAPES criou em 2019 um GT-EAD para elaborar e propor critérios</p><p>de avaliação para as propostas de mestrados e doutorados a distância. O GT-</p><p>EAD desqualificou a Educação a Distância brasileira em suas análises, com</p><p>18</p><p>exceção do CEDERJ do Rio de Janeiro, que foi qualificado como um exemplo de</p><p>alta qualidade, a partir da análise das informações coletadas em artigos, do seu</p><p>Diretor, Carlos Bielschowski. Sim, ele mesmo. O ex-Secretário de Educação a</p><p>Distância do MEC, cujas decisões provocaram um grande atraso no crescimento</p><p>das IES privadas no Brasil, além das limitações de investimentos em novas</p><p>tecnologias, em função de suas exigências pessoais, que custaram muito caro às</p><p>IES que enfrentaram os Termos de Saneamento de Deficiências (TSD).</p><p>O GT-EAD da Capes finalizou o seu trabalho propondo um instrumento de</p><p>avaliação que foi aprovado em reunião em 27 de julho de 2019, iniciando com três</p><p>perguntas. Se qualquer uma receber um “não”, o processo é arquivado. Já</p><p>falamos de dois pré-requisitos às IES para propor um mestrado a distância, que</p><p>seriam: ter ICG igual ou superior a 4 (quatro), além de ser credenciada pelo MEC</p><p>para a oferta de cursos a distância. O que de fato surpreendeu foi o terceiro</p><p>indicador condicionante, pois a proposta do curso não pode conter em sua grade</p><p>curricular atividades a distância que superem 40% (quarenta por cento) do total</p><p>da carga horária. Sim, um curso a distância com 60% (sessenta por cento) de</p><p>suas atividades realizadas presencialmente!</p><p>19</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Decreto n. 9.057, de 25 de maio de 2017. Diário Oficial da União,</p><p>Brasília, DF, 26 maio 2017a.</p><p>BRASIL. Decreto n. 9.235, de 15 de dezembro de 2017. Diário Oficial da União,</p><p>Brasília, DF, 18 dez. 2017b.</p><p>BRASIL. Nota Técnica MED n. 917, de 13 de dezembro de 2012. Diário Oficial</p><p>da União, Brasília, DF, 14 dez. 2012.</p><p>BRASIL. Nota Técnica n. 66 de 21 de junho de 2018. Diário Oficial da União,</p><p>Brasília, DF, 21 jun. 2018.</p><p>BRASIL. Portaria Capes n. 90 de 24 de abril de 2019. Diário Oficial da União,</p><p>Brasília, DF, 26 abr. 2019.</p><p>introdução</p>documentos, a CAPES criou em 2019 um GT-EAD para elaborar e propor critérios 
de avaliação para as propostas de mestrados e doutorados a distância. O GT-
EAD desqualificou a Educação a Distância brasileira em suas análises, com 
 
 
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exceção do CEDERJ do Rio de Janeiro, que foi qualificado como um exemplo de 
alta qualidade, a partir da análise das informações coletadas em artigos, do seu 
Diretor, Carlos Bielschowski. Sim, ele mesmo. O ex-Secretário de Educação a 
Distância do MEC, cujas decisões provocaram um grande atraso no crescimento 
das IES privadas no Brasil, além das limitações de investimentos em novas 
tecnologias, em função de suas exigências pessoais, que custaram muito caro às 
IES que enfrentaram os Termos de Saneamento de Deficiências (TSD). 
O GT-EAD da Capes finalizou o seu trabalho propondo um instrumento de 
avaliação que foi aprovado em reunião em 27 de julho de 2019, iniciando com três 
perguntas. Se qualquer uma receber um “não”, o processo é arquivado. Já 
falamos de dois pré-requisitos às IES para propor um mestrado a distância, que 
seriam: ter ICG igual ou superior a 4 (quatro), além de ser credenciada pelo MEC 
para a oferta de cursos a distância. O que de fato surpreendeu foi o terceiro 
indicador condicionante, pois a proposta do curso não pode conter em sua grade 
curricular atividades a distância que superem 40% (quarenta por cento) do total 
da carga horária. Sim, um curso a distância com 60% (sessenta por cento) de 
suas atividades realizadas presencialmente! 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto n. 9.057, de 25 de maio de 2017. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 26 maio 2017a. 
BRASIL. Decreto n. 9.235, de 15 de dezembro de 2017. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 18 dez. 2017b. 
BRASIL. Nota Técnica MED n. 917, de 13 de dezembro de 2012. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 14 dez. 2012. 
BRASIL. Nota Técnica n. 66 de 21 de junho de 2018. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 21 jun. 2018. 
BRASIL. Portaria Capes n. 90 de 24 de abril de 2019. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 26 abr. 2019. 
 
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