Prévia do material em texto
<p>CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL RÁPIDO E</p><p>PRÁTICO</p><p>Professor: Flávio Pereira dos Santos</p><p>Formado em Administração de Empresas, MBA Executivo em Gestão de Pessoas com</p><p>Docência em Nível Superior, Pós-Graduado em Comunicação Empresarial, Coach de Vida,</p><p>Carreira e Negócios, Palestrante e Escritor de Artigos. Atuante há mais de 13 anos na área</p><p>de Departamento Pessoal e Recursos Humanos e Professor há mais de 3 anos.</p><p>E-mail: fpdsdossantos@gmail.com</p><p>Whatsapp: (21) 98846-6164</p><p>mailto:fpdsdossantos@gmail.com</p><p>Caro(a) Aluno(a),</p><p>Gostaria de dar as boas-vindas em nosso curso.</p><p>O objetivo do Curso é levar conhecimento com qualidade, contribuindo no desenvolvimento</p><p>e capacitando nossos alunos para o mercado de trabalho.</p><p>Este curso foi desenvolvido com base em Leis e Normativos. A nossa ideia é transmitir</p><p>informações em um material de fácil entendimento, ajudando nossos alunos na parte teórica</p><p>e prática.</p><p>Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou transmitida por</p><p>meios impressos, eletrônicos ou gravações, sem a permissão, por escrito. Os infratores</p><p>serão punidos pela Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, artigos 122-130.</p><p>CONTEÚDO</p><p>Conceitos: Diferença entre Recursos Humanos e Departamento Pessoal.</p><p>PARTE 1: Documentos (Empresa/Funcionário) necessários para Admissão; Contrato de</p><p>Trabalho. Tipos de Contratos de Trabalho: Contrato de Experiência; Contrato por Prazo</p><p>Indeterminado; Contrato por Prazo Determinado; Contrato Estagiário; Contrato Jovem</p><p>Aprendiz; Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho.</p><p>PARTE 2: Empregado x Empregador.</p><p>PARTE 3: Jornada de Trabalho; Jornada de Trabalho 12 por 36 – Lei 13.467/17; Jornada</p><p>de Trabalho sobre aviso; Intervalo Intrajornada; Intervalo Interjornada; Repouso Semanal</p><p>Remunerado; Faltas Justificadas e Não Justificadas; Ponto Eletrônica e Contribuição</p><p>Sindical.</p><p>PARTE 4: Salário; Pagamento; Adicional Noturno; Adicional de Insalubridade; Adicional de</p><p>Periculosidade; Horas Extras. Benefícios: Salário Família; Vale Transporte; Vale Refeição.</p><p>PARTE 5: Férias: Da Concessão e da Época das Férias; Da Remuneração e do Abono</p><p>das Férias; Perda do Direito das Férias; Redução das Férias por Falta Injustificadas;</p><p>Antecipação da 1ª Parcela do 13º Salário nas Férias. 13º Salário.</p><p>PARTE 6: Licença Maternidade; Acidente de Trabalho; Estabilidade após o Retorno de</p><p>Acidente do Trabalho.</p><p>PARTE 7: Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS; Imposto de Renda Retido na</p><p>Fonte – IRRF; Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS; Programa de Integração</p><p>Social – PIS; Seguro Desemprego.</p><p>PARTE 8: Aviso Prévio: Aviso Prévio Trabalhado; Aviso Prévio Indenizado; Projeção do</p><p>Aviso Prévio de Acordo com a Lei 12.506/2011. Demissão por Prazo Determinado;</p><p>Demissão sem Justa Causa; Demissão a Pedido de Funcionário; Demissão Por Justa</p><p>Causa; Demissão Indireta; Demissão do Trabalho em Comum Acordo entre Empregado e</p><p>Empregador incluída pela Lei 13.467/17.</p><p>DEPARTAMENTO PESSOAL X RECURSOS HUMANOS</p><p>Antes de começarmos nossa aula, vamos entender qual a diferença entre</p><p>Departamento Pessoal e Recursos Humanos temas muito confundidos por diversas</p><p>pessoas.</p><p>A Área de Departamento Pessoal é responsável pela parte burocrática:</p><p>Admissão, Demissão, Folha de pagamento, Cálculos das guias do INSS, FGTS e IRRF,</p><p>área voltada para parte de Pagamentos, Legislação Trabalhista e Previdenciária etc.</p><p>A Área de Recursos Humanos é responsável pela parte de Recrutamento e</p><p>Seleção: Análise de Currículo, Convocação de Candidatos, Entrevistas, Testes Pré-</p><p>Admissionais, Dinâmicas de grupo para verificar se os candidatos estão aptos aos cargos</p><p>da empresa. O RH cuida da parte de Relações Humanas entre os funcionários, Ministra</p><p>palestras sobre motivação dentro da empresa, Aplica teste de Avaliação de Desempenho,</p><p>Realiza trabalhos voltados para o lado Psicológico e do bom relacionamento dos</p><p>funcionários da empresa.</p><p>PARTE 1 – DOCUMENTOS (EMPRESA/FUNCIONÁRIO) NECESSÁRIOS PARA</p><p>ADMISSÃO – ORIGINAIS E CÓPIAS E TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO</p><p>✓ Ficha de Cadastro e Solicitação de Emprego;</p><p>Observação: Preenchida antes da admissão, contém todos os dados do funcionário:</p><p>Identidade, CPF, Endereço, Escolaridade etc..</p><p>✓ Contrato de Trabalho;</p><p>Observação: É a regra do jogo, vale o que estiver escrito no contrato, o que não estiver o</p><p>funcionário não está obrigado a cumprir, por exemplo: caso não esteja em contrato “o</p><p>acordo de prorrogação de horas”, o funcionário não estará obrigado a ficar depois do horário</p><p>caso a empresa precise.</p><p>✓ Acordo de compensação de horas (Banco de Horas);</p><p>✓ Acordo de Prorrogação de horas;</p><p>✓ Ficha de Salário Família;</p><p>Observação: Para funcionários que tenham filhos entres 0 e 14 anos, ou ainda inválidos de</p><p>qualquer idade.</p><p>✓ Concessão de Vale Transporte;</p><p>Observação: Formulário preenchido pelo funcionário alegando se pega ou não transporte</p><p>para ir ao trabalho, no mesmo o funcionário concorda com o desconto dos 6% estipulado</p><p>por lei.</p><p>✓ Formulários de Benefícios – Planos de Saúde, Odontológico;</p><p>Observação: Caso a empresa ofereça, faz-se necessária a assinatura do funcionário</p><p>concordando com o desconto em seu contracheque, a não autorização por parte do</p><p>funcionário acarretará punição para a empresa, inclusive de apropriação indevida.</p><p>✓ Formulários de Dependentes para fins de Imposto de Renda;</p><p>Observação: Declara se o funcionário tem dependente(s) para fins do IR, aconselha-se</p><p>que o mesmo preencha o formulário e assine, pois caso essa declaração seja falsa, terá</p><p>ele que se justificar perante a Receita Federal. Para fins de dependência de IR, o filho só</p><p>pode ser dependente ou da mãe ou do pai;</p><p>✓ Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);</p><p>Observação: Exame principal para admissão, sem o mesmo o empregador fica vulnerável</p><p>caso o funcionário comece a trabalhar com algum problema de saúde que já tinha antes de</p><p>ingressar na empresa e pelo fato de não ter feito o exame, o empregador arcará com as</p><p>custas caso o empregado venha piorar.</p><p>CÓPIAS DE DOCUMENTOS DO FUNCIONÁRIO</p><p>✓ Identidade;</p><p>✓ CPF;</p><p>✓ 2 ou 3 fotos 3x4;</p><p>Observação: Geralmente para Crachá ou outro documento de identificação;</p><p>✓ Título Eleitoral;</p><p>✓ Certificado de Reservista (Homem);</p><p>✓ Cartão do Programa de Integração Social – PIS;</p><p>Observação: Caso o funcionário não tenha, a empresa terá que fazer a solicitação</p><p>através do Documento de Cadastramento do Trabalhador (DCT) pela Caixa Econômica e</p><p>sua finalidade é para o Recolhimento de FGTS;</p><p>✓ Carteira de Habilitação - dependendo do cargo;</p><p>✓ Certidão de Nascimento do(s) filho(s);</p><p>✓ Certidão de Nascimento ou Casamento;</p><p>✓ Comprovante de Residência - (Água, Luz ou Telefone fixo) em nome do funcionário,</p><p>caso não tenha nenhuma das contas mencionadas em seu nome, será necessário que o</p><p>proprietário da residência em que o funcionário resida, registre uma carta a próprio punho</p><p>ou digitada e assinada, reconhecida em cartório alegando que o funcionário reside no local</p><p>informado;</p><p>✓ Comprovante de Escolaridade.</p><p>CONTRATO DE TRABALHO</p><p>O contrato de trabalho de acordo com o Art. 442 da CLT pode ser: acordo tácito</p><p>(quando uma pessoa presta serviço a uma empresa sem combinação entre as partes,</p><p>sequer conversaram sobre o emprego, serviço ou função e sem a proibição por parte da</p><p>empresa na prestação dos serviços configura assim vínculo empregatício) ou expresso (É</p><p>uma forma de contrato ajustado entre as partes que pode ser) verbal (quando se trata de</p><p>uma simples combinação entre as partes e para provar a relação em juízo caso haja</p><p>processo é necessário ter: testemunha, confissão, atos processados em juízo etc..) ou</p><p>escrito (onde constam funções, salários, horário etc....que o funcionário irá exercer na</p><p>empresa), correspondente à relação de emprego.</p><p>CONTRATO EXPERIÊNCIA</p><p>o segurado que ultrapassar os 15 dias de</p><p>Doença ou Acidente de Trabalho mesmo que ininterruptos.</p><p>PARTE 7 – INSS, IR, FGTS, PIS E SEGURO DESEMPREGO</p><p>INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL – INSS</p><p>A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus</p><p>beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade,</p><p>desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão</p><p>ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Lei nº 8.213/91, Art. 1º e Portaria</p><p>n°15/2018.</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/acidente_resp_empregador.htm</p><p>O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,</p><p>devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho,</p><p>expressas em benefícios e serviços:</p><p>I - quanto ao segurado:</p><p>a) aposentadoria por invalidez;</p><p>b) aposentadoria por idade;</p><p>c) aposentadoria por tempo de contribuição;</p><p>d) aposentadoria especial;</p><p>e) auxílio-doença;</p><p>f) salário-família;</p><p>g) salário-maternidade;</p><p>h) auxílio-acidente.</p><p>II - quanto ao dependente:</p><p>a) pensão por morte;</p><p>b) auxílio-reclusão.</p><p>III - quanto ao segurado e dependente:</p><p>Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados: trabalhador</p><p>urbano ou rural, trabalhador temporário, empregado em sucursal, Diplomata, Trabalhador</p><p>que trabalhe para união, o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para</p><p>trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, o servidor público ocupante</p><p>de cargo em comissão, empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial.</p><p>O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer</p><p>em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da</p><p>Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família</p><p>e à reabilitação profissional, quando empregado.</p><p>A contribuição para a Previdência é composta de duas parcelas:</p><p>Uma parcela é calculada mediante a aplicação de uma determinada alíquota sobre</p><p>o salário do empregado, conforme tabela abaixo.</p><p>TABELA PROGRESSIVA INSS – 2024</p><p>Salário Contribuição (R$) Alíquotas Parcelas a deduzir</p><p>Até 1.412,00 7,5% -----------------</p><p>De 1.412,01 até 2.666,68 9% R$ 21,18</p><p>De De 2.666,69 até 4.000,03 12% R$ 101,18</p><p>De 4.000,04 até 7.786,02 14% R$ 181,18</p><p>Teto Máximo: 908,85</p><p>A outra parcela é paga pela empresa, geralmente o valor da alíquota é de 20% de</p><p>INSS Patronal sobre a folha de pagamento, tirando os valores que por lei não tem incidência</p><p>de INSS, tais como: Vale Transporte, Alimentação, Salário Família etc..</p><p>O Recolhimento do INSS, sobre os rendimentos do trabalhador é feito por meio do</p><p>Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF.</p><p>Prazos para Recolhimento de INSS:</p><p>Empresa ou Equiparada - Até o dia 20 (vinte) do mês seguinte.</p><p>Contribuintes Pessoa Física (contribuinte individual, facultativo e segurado especial) - Até</p><p>o dia 15 (vinte) do mês seguinte.</p><p>Contribuinte Pessoa Física (empregador doméstico) - Até o dia 7 (vinte) do mês seguinte.</p><p>EXERCÍCIO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE NACIONAL - INSS</p><p>1) Funcionário recebe de salário 1.800,00 por mês, quanto será descontado do salário do</p><p>funcionário de INSS e quanto a empresa terá que recolher de INSS?</p><p>Salário Funcionário: 1.800,00 x 9% = 162,00 – 21,18 = 140,82</p><p>Empresa: 1.800,00 X 20% = 360,00</p><p>Total a Recolher ao INSS: 140,82 + 360,00 = 500,82</p><p>IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF</p><p>O desconto do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os rendimentos do</p><p>trabalhador assalariado deve ser feito pelas fontes pagadoras, mediante a aplicação da</p><p>tabela progressiva e o recolhimento é feito através do Documento de Arrecadação de</p><p>Receitas Federais - DARF.</p><p>Para que serve o IRRF: melhorias em estradas, pontes, projetos culturais e</p><p>esportivos, saneamento básico etc.</p><p>TABELA DE IMPOSTO DE RENDA 2024</p><p>DE ATÉ PERCENTUAL PARCELA A</p><p>DEDUZIR DO IR</p><p>0,00 R$ 2.259,20 -----------------</p><p>R$ 2.259,21 R$ 2.826,65 7,5% R$ 169,44</p><p>R$ 2.826,66 R$ 3.751,05 15% R$ 381,44</p><p>R$ 3.751,06 R$ 4.664,68 22,5% R$ 662,77</p><p>Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 896,00</p><p>Valor a deduzir por dependente – R$ 189,59</p><p>O Vencimento do DARF é até o dia 20 (vinte) do mês seguinte àquele a que as</p><p>contribuições se referirem, ou até o dia útil imediatamente anterior, quando não houver</p><p>expediente bancário na data do vencimento.</p><p>Para a empresa descontar o Imposto de Renda de um funcionário, a regra é</p><p>primeiramente deduzir o INSS do salário do mesmo, depois os dependentes se o</p><p>funcionário tiver e a Pensão caso funcionário tenha que pagar, após aplica a tabela do IR.</p><p>Com a mudanda através da Medida Provisória Nº 1.171, de 30 de Abril de 2023</p><p>para às deduções também poderá ser utilizado desconto simplificado mensal,</p><p>correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor máximo da faixa com alíquota zero</p><p>da tabela progressiva mensal, caso seja mais benéfico ao contribuinte, dispensadas a</p><p>comprovação da despesa e a indicação de sua espécie.</p><p>Dependentes para o IR</p><p>No tocante à legislação do Imposto de Renda, o dependente é qualificado como</p><p>encargo de família.</p><p>Nesta condição, o contribuinte que suporta o encargo poderá, na determinação da</p><p>base de cálculo do Imposto de Renda, beneficiar-se da dedução relativa a dependentes.</p><p>No caso de dependentes comuns e declaração em separado, cada declarante pode</p><p>deduzir os valores relativos a qualquer dos dependentes comuns, desde que nenhum deles</p><p>conste simultaneamente na declaração do outro declarante.</p><p>Podem ser dependentes, para efeito do imposto sobre a renda:</p><p>✓ companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou</p><p>cônjuge;</p><p>✓ filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade, quando incapacitado</p><p>física ou mentalmente para o trabalho;</p><p>✓ filho(a) ou enteado(a), se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior</p><p>ou escola técnica de segundo grau, até 24 anos de idade;</p><p>✓ irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a</p><p>guarda judicial, até 21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou</p><p>mentalmente para o trabalho;</p><p>✓ irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos,</p><p>se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo</p><p>grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos;</p><p>✓ pais, avós e bisavós que tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até o limite</p><p>de isenção do imposto;</p><p>✓ menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda</p><p>judicial;</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/mpv%201171-2023?OpenDocument</p><p>✓ pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador.</p><p>Observe-se que a inclusão na declaração de um dependente que receba</p><p>rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual, de qualquer valor, obriga a que sejam</p><p>incluídos tais rendimentos na Declaração de Ajuste Anual do declarante.</p><p>Dispensa de Retenção de Imposto de Renda</p><p>Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$</p><p>10,00 (dez reais), deverá ser adicionado ao imposto ou contribuição de mesmo código,</p><p>correspondente aos períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$</p><p>10,00 (dez reais), quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na</p><p>legislação para este último período de apuração. Lei nº 9.430/96 – Art. 67.</p><p>Informe de Rendimento / Declarar Imposto Renda</p><p>De acordo com a legislação e instruções da Receita Federal, as fontes pagadoras</p><p>têm a obrigação de enviar/disponibilizar o Informe de Rendimentos para as prestadoras de</p><p>serviços. Essa entrega, inclusive, deverá ser feita até o último dia útil do mês de fevereiro</p><p>do ano seguinte</p><p>ou por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes</p><p>da referida data.</p><p>EXERCÍCIO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE – IRRF</p><p>Cálculo usando a regra geral</p><p>1) Funcionário, ganha 3.200,00, paga pensão de 20% do salário mínimo e tem um</p><p>dependente. Quanto ele terá que pagar de Imposto Renda?</p><p>Salário: 3.200,00</p><p>INSS: 3.200,00 x 12% = 384,00 – 101,18 = 282,82</p><p>Pensão 20% salário mínimo: 1.412,00 x 20% = 282,40</p><p>Um Dependente de acordo com a tabela de IR: 189,59</p><p>Cálculo de IR: 3.200,00 – 282,82 – 282,40 – 189,59 = 2.445,19 (Tab. IR) x 7,5% = 183,39 –</p><p>169,44 (Fator Redutor) = 13,95</p><p>Valor a pagar de IR: 13,95</p><p>2) Funcionário, ganha 3.200,00. Vamos fazer o cálculo comum e com o desconto simplificado</p><p>de acordo com a MP. 1.171/2023 e vamos ver qual o desconto mais benéfico para o</p><p>funcionário.</p><p>Salário: 3.200,00</p><p>INSS: 3.200,00 x 12% = 384,00 – 101,18 = 282,82</p><p>Desconto Simplificado IR: 2.259,20 X 25% = 564,80</p><p>Cálculo de IR - Normal: 3.200,00 – 282,82 = 2.917,18 (Tab. IR) x 15% = 437,58 – 381,44</p><p>(Fator Redutor) = 56,14</p><p>Cálculo de IR – Desconto Simplificado: 3.200,00 – 564,80 = 2.635,20 (Tab. IR) x 7,5% =</p><p>197,64 – 169,44 (Fator Redutor) = 28,20</p><p>Neste caso a empresa deve descontar do salário do funcionário utilizando o desconto</p><p>simplificado de acordo com a MP 1.171/2023, pois é mais benéfico para o funcionário.</p><p>FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS</p><p>O FGTS é constituído de contas vinculadas, abertas em nome de cada trabalhador,</p><p>quando o empregador efetua o primeiro depósito. O saldo da conta vinculada é formado</p><p>pelos depósitos mensais efetivados pelo empregador, acrescidos de atualização monetária</p><p>e juros. Lei nº 5.107/66 - Lei 8.036/90.</p><p>Todos os trabalhadores regidos pela CLT, rurais, os temporários, os intermitentes,</p><p>Doméstico, os avulsos, os safreiros (operários rurais, que trabalham apenas no período de</p><p>colheita) e os atletas profissionais (jogadores de futebol, vôlei, etc.). O diretor não-</p><p>empregado poderá ser equiparado aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS.</p><p>O valor será o correspondente a 8% (oito por cento) do salário bruto pago ao trabalhador.</p><p>Para os contratos de trabalho firmados nos termos da Lei nº 11.180/2005 - Contrato de</p><p>Aprendizagem, o percentual é reduzido para 2% (dois por cento). No caso de Trabalhador</p><p>Doméstico Lei Complementar nº 150/2015, o recolhimento é correspondente a 11,2%,</p><p>sendo 8% a título de depósito mensal e 3,2% a título de antecipação do recolhimento</p><p>rescisório.</p><p>É importante ressaltar que o FGTS não é descontado do salário do funcionário, pois</p><p>é uma obrigação do empregador.</p><p>A data que a empresa tem que recolher o FGTS</p><p>O empregador ou o tomador de serviços deve realizar o depósito na conta vinculada</p><p>ao FGTS do trabalhador até o dia 7 de cada mês.</p><p>EXERCÍCIO DE FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS</p><p>1) Funcionário, ganha 1.500,00 de salário. Quanto a empresa terá que recolher na conta</p><p>do FGTS do funcionário?</p><p>Salário: 1.500,00</p><p>Recolhimento de FGTS: 1.500,00 x 8% = 120,00</p><p>2) Jovem Aprendiz, ganha 1.000,00 de salário. Quanto a empresa terá que recolher na</p><p>conta do FGTS?</p><p>Salário: 1.000,00</p><p>Recolhimento de FGTS: 1.000,00 x 2% = 20,00</p><p>3) Empregada Doméstica, ganha 1.200,00 de salário. Quanto o empregador terá que</p><p>recolher na conta do FGTS?</p><p>Salário: 1.200,00</p><p>Recolhimento de FGTS: 1.200,00 x 11,2% = 134,40</p><p>PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS</p><p>O Programa de Integração Social (PIS) é uma contribuição tributária realizada pelas</p><p>empresas, que são alocadas no Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, destinada aos</p><p>profissionais do setor privado, que visa financiar o pagamento do Seguro-Desemprego,</p><p>Abono Salarial e Participação na receita destas organizações.</p><p>O Registro no Programa é efetuado na primeira admissão do empregado, já que</p><p>este cadastramento é feito pela organização contratante por meio do DCN - Documento de</p><p>Cadastramento do NIS (Número de Identificação Social).</p><p>Após o cadastro no PIS, o trabalhador recebe um cartão, com o qual consegue</p><p>realizar consultas e saques de benefícios sociais como o FGTS e o Seguro-Desemprego.</p><p>Abono Salarial</p><p>O Abono Salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo a ser pago</p><p>conforme calendário anual estabelecido pelo CODEFAT aos trabalhadores que satisfaçam</p><p>os requisitos previstos em lei. Lei n° 7.998/90.</p><p>Para ter direito ao Abono Salarial, o trabalhador precisa:</p><p>✓ Estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos;</p><p>✓ Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-</p><p>base;</p><p>✓ Ter exercido atividade remunerada para Pessoa Jurídica, durante pelo menos 30 dias,</p><p>consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração;</p><p>✓ Ter seus dados informados pelo empregador (Pessoa Jurídica) corretamente na Relação</p><p>Anual de Informações Sociais (RAIS).</p><p>Parcelas pagas do Abono Salarial de acordo com meses trabalhados:</p><p>O Abono Salarial passou a ter valor proporcional ao tempo de serviço do</p><p>trabalhador no ano-base em questão. O cálculo do valor do benefício corresponde ao</p><p>número de meses trabalhados no ano-base multiplicado por 1/12 do valor do salário mínimo</p><p>vigente na data do pagamento. Lei 13.134/15.</p><p>O trabalhador deverá ter trabalhado no mínimo 30 dias com carteira assinada por</p><p>empresa no ano-base, requisito para ter o direito ao Abono Salarial, e cada mês trabalhado</p><p>equivale a 1/12 de salário mínimo no valor do benefício, sendo que o período igual ou</p><p>superior a 15 dias contará como mês integral.</p><p>Veja tabela de exemplos, com base no salário mínimo de R$ 1.412,00.</p><p>Meses Trabalhados (dias) Valor Abono</p><p>1 (30 a 44) R$ 117,67</p><p>2 (45 a 74) R$ 235,34</p><p>3 (75 a 104) R$ 353,01</p><p>4 (105 a 134) R$ 470,68</p><p>5 (135 a 164) R$ 588,35</p><p>6 (165 a 194) R$ 706,02</p><p>7 (195 a 224) R$ 823,69</p><p>8 (225 a 254) R$ 941,36</p><p>9 (255 a 284) R$ 1.059,03</p><p>10 (285 a 314) R$ 1.176,70</p><p>11 (315 a 344) R$ 1.294,37</p><p>12 (345 a 365) R$ 1.412,00</p><p>O pagamento do Abono Salarial pode ser realizado:</p><p>✓ por crédito em conta, quando o trabalhador possui conta corrente ou poupança na Caixa;</p><p>✓ nos caixa eletrônicos, nas Casas Lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui utilizando</p><p>o Cartão do Cidadão;</p><p>✓ em agência da Caixa, apresentando o número do PIS e um documento de identificação.</p><p>SEGURO DESEMPREGO</p><p>O Programa de Seguro-Desemprego tem por finalidade:</p><p>✓ prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de</p><p>dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente</p><p>resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo;</p><p>✓ auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto,</p><p>ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.</p><p>O MTE tem auxiliado os trabalhadores no retorno ao mercado de trabalho. Ao dar</p><p>entrada no requerimento do Seguro-Desemprego nas agências do MTE, na CAIXA ou nas</p><p>agências do SINE, o trabalhador está automaticamente inscrito no processo de</p><p>intermediação de emprego.</p><p>Se der entrada no SINE o processo de busca pelo emprego ocorrerá de forma</p><p>automática, no exato momento do requerimento, visto que informações mais detalhadas do</p><p>perfil do trabalhador estão sendo coletadas na própria agência. Contudo, o trabalhador que</p><p>requerer seu benefício nas agências do MTE e da CAIXA, caso existam vagas compatíveis</p><p>com seu perfil profissional, será convidado a comparecer no SINE para participar do</p><p>processo de seleção.</p><p>Vale ressaltar que o benefício do seguro-desemprego será cancelado pela recusa,</p><p>por parte do trabalhador desempregado condizente com sua qualificação e remuneração</p><p>anterior, de outro emprego.</p><p>O trabalhador no período que estiver recebendo o seguro-desemprego, não pode</p><p>receber outra remuneração oriunda de vínculo empregatício formal ou informal.</p><p>A apuração do valor do benefício tem como base o salário mensal do último</p><p>vínculo empregatício, na seguinte ordem:</p><p>✓ Tendo o trabalhador recebido três ou mais salários mensais a contar desse último vínculo</p><p>empregatício, a apuração considerará a média dos salários dos últimos três meses;</p><p>✓ Caso o trabalhador, em vez dos três últimos salários daquele vínculo empregatício, tenha</p><p>recebido apenas dois salários mensais, a apuração considerará a média dos salários dos</p><p>dois últimos meses;</p><p>✓ Caso o trabalhador, em vez dos três ou dois últimos salários daquele mesmo vínculo</p><p>empregatício, tenha recebido apenas o último salário mensal, este será considerado, para</p><p>fins de apuração.</p><p>QUANTIDADE DE PARCELAS</p><p>TABELA PARA CÁLCULO DO BENEFÍCIO SEGURO-DESEMPREGO JANEIRO/2024</p><p>Faixas de Salário Médio Valor da Parcela</p><p>Até R$ 2.041,39 Multiplica-se o salário médio por 0,8 (80%)</p><p>De R$ 2.041,40 até R$ 3.042,65 O que exceder a R$ 2.041,39 multiplica-se por</p><p>0,5 e soma-se com R$ 1.633,10</p><p>Acima de R$ 3.402,65 Parcela será de R$ 2.313,74, invariavelmente</p><p>Obs: O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo.</p><p>Salário Mínimo: R$ 1.412,00</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO SEGURO DESEMPREGO</p><p>1) Funcionário, trabalhou em uma empresa por um ano e dois meses, foi mandado sem</p><p>justa e percebeu os últimos três salários o valor de 2.300,00, foi a primeira vez que o</p><p>mesmo deu entrada no Seguro Desemprego. Quanto ele irá receber de Seguro</p><p>Desemprego e qual o número de parcelas a receber?</p><p>Salário: 2.300,00</p><p>Cálculo: 2.300,00 – 2.041,39 = 258,61 x 50% = 129,30</p><p>Soma: 1.633,10 + 129,30 = 1.762,40</p><p>Parcelas: O funcionário irá receber 4 parcelas</p><p>PARTE 8 - AVISO PRÉVIO E TIPOS DE DEMISSÃO</p><p>AVISO PRÉVIO</p><p>Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho que pode ser</p><p>feito tanto pelo empregador quanto pelo empregado, que decide rescindir o contrato</p><p>acordado entre as partes, com a antecedência que estiver obrigada por força de lei.</p><p>Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir</p><p>o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: Art.</p><p>487 – CLT.</p><p>✓ trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)</p><p>meses de serviço na empresa.</p><p>A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos</p><p>salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período</p><p>no seu tempo de serviço.</p><p>A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de</p><p>descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.</p><p>Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, será feito de acordo</p><p>com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.</p><p>O valor das horas extraordinárias habituais (considera habituais a partir de 6 meses)</p><p>integra o aviso prévio.</p><p>O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia</p><p>o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os</p><p>salários correspondentes ao período do aviso (através de rescisão complementar), que</p><p>integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.</p><p>AVISO PRÉVIO TRABALHADO</p><p>Rescindido o contrato de trabalho por iniciativa do empregador, duas situações</p><p>podem ocorrer neste caso:</p><p>O horário normal de trabalho do empregado será reduzido de 2 (duas) horas diárias,</p><p>sem prejuízo do salário integral. Art. 488 – CLT.</p><p>É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias, caso</p><p>em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia (se o</p><p>pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior), e por 7 (sete) dias corridos (para</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/quadro_incidencias.htm</p><p>os recebem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na</p><p>empresa).</p><p>Quando for por iniciativa do empregado, o mesmo deverá cumprir o Aviso Prévio de</p><p>30 dias, sem redução de 2 horas ou 7 dias.</p><p>Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo</p><p>prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu término, à outra parte é</p><p>facultado aceitar ou não a reconsideração.</p><p>Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado</p><p>o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado.</p><p>O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar</p><p>ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração</p><p>correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.</p><p>O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas</p><p>consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo</p><p>prazo.</p><p>A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da</p><p>extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores</p><p>constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez</p><p>dias contados a partir do término do contrato. Lei 13.467/2017.</p><p>AVISO PRÉVIO INDENIZADO</p><p>O Aviso Prévio Indenizado acontece quando o empregador determina o</p><p>desligamento imediato do empregado sem que o mesmo trabalhe, ou seja, a empresa</p><p>efetua o pagamento da parcela relativa ao respectivo período.</p><p>A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da</p><p>extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores</p><p>constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez</p><p>dias contados a partir do término do contrato. Lei 13.467/2017.</p><p>Considera-se também aviso prévio indenizado quando o empregado pede seu</p><p>desligamento imediato da empresa, com isso dá o direito a empresa descontar o valor do</p><p>aviso do empregado na rescisão de contrato.</p><p>PROJEÇÃO DO AVISO PRÉVIO DE ACORDO COM A LEI 12.506/2011</p><p>O aviso prévio, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados</p><p>que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.</p><p>Ao aviso prévio serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na</p><p>mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90</p><p>(noventa) dias. Lei 12.506/11.</p><p>Exemplo: O Funcionário que trabalhou por mais de 11 anos em uma empresa terá direito</p><p>há 30 dias de Aviso + 33 dias de projeção de acordo com a Lei 12.506/2011. Os 30</p><p>primeiros dias de Aviso poderão ser indenizados ou trabalhados de acordo com o Art.</p><p>488 da CLT - reduzindo 2 horas nos dias de trabalho ou não trabalhando os últimos 7 dias.</p><p>Os 33 dias apenas serão pagos como indenização.</p><p>Com base na IN/MTE 15/2010 o aviso prévio projeta-se para todos os fins de</p><p>direito (férias, 13º salário e incidências de INSS e FGTS), inclusive sobre os dias trazidos</p><p>pela Lei 12.506/11, no exemplo acima a empresa pagaria mais 2/12 avos de Férias, 13º</p><p>Salário, INSS e FGTS proporcional aos 33 dias.</p><p>DEMISSÃO POR PRAZO DETERMINADO</p><p>A demissão por prazo determinado já deixa clara que ter uma data de início e</p><p>término antecipadamente combinadas entre o trabalhador e o empregador.</p><p>Multa caso a empregador/empregado reincida o contrato antes do prazo:</p><p>Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador/empregado que, sem</p><p>justa causa, queira reincidir o contrato antes do prazo, pagar-lhe, a título de indenização, e</p><p>por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Art. 479/480 – CLT.</p><p>Direitos Contrato Por Prazo Determinado:</p><p>✓ Saldo de salário;</p><p>✓ Férias proporcionais, acrescido de ⅓ do valor das férias;</p><p>✓ Caso seja contrato por mais de um ano (Férias não gozadas mais um terço, mais às</p><p>Férias Proporcionais);</p><p>✓ 13º salário proporcional;</p><p>✓ Caso tenha direito, comissões, banco de horas, horas extras;</p><p>✓ Salário Família;</p><p>http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-12506-2011.htm</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão (Extinção Automática);</p><p>✓ Multa Art. 480 – CLT por termino de contrato (Por Antecipação do Empregado) no</p><p>valor da metade do tempo que restava para o termino do contrato que o empregado terá que</p><p>pagar a favor da empresa.</p><p>Não tem direito</p><p>✓ Aviso Prévio;</p><p>✓ Multa de 40% do FGTS;</p><p>✓ Seguro Desemprego.</p><p>EXERCÍCIO DE DEMISSÃO POR PRAZO DETERMINADO EXTINÇÃO AUTOMÁTICA</p><p>1) Funcionário com salário de 1.500,00, teve sua admissão em 24/10/2017 e Demissão em</p><p>21/01/2018. Quais são os direitos o funcionário tem a receber?</p><p>✓ Saldo Salário: 1.500,00 / 30 dias X 21 dias = 1.050,00</p><p>- Desconto Inss: 1.050,00 X 7,5% = 78,75</p><p>- Desconto de IR: Isento.</p><p>✓ Férias Proporcionais - 3/12 Avos: 1.500,00 / 12 meses X 3 meses = 375,00</p><p>✓ 1/3 Das Férias: 375,00 / 3 = 125,00</p><p>- Observação: não há incidência sobre INSS, FGTS e IR nas Férias, sejam vencidas ou</p><p>proporcionais.</p><p>✓ 13º Salário Proporcional - 1/12 Avos: 1.500,00 / 12 meses = 125,00</p><p>- Desconto Inss: 125,00 X 7,5% = 9,37</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão: 1.050,00 + 125,00 = 1.175,00</p><p>✓ Recolhimento de FGTS pela empresa: 1.175,00 X 8% = 94,00</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão (Antecipada pela Empresa), nesse caso o empregado terá</p><p>direito a Multa dos 40% e Multa Art. 479 no valor da metade do tempo que restava para</p><p>o termino no contrato;</p><p>✓ Seguro Desemprego – caso o funcionário tenha sido demitido antes ou após a data do</p><p>termino do contrato, terá direito ao benefício, uma vez que houve dispensa sem justa</p><p>causa e desde que hajam comprovados os critérios de habilitação e prazos exigidos</p><p>EXERCÍCIO DE DEMISSÃO POR PRAZO DETERMINADO ANTECIPADA PELA</p><p>EMPRESA</p><p>2) Funcionário com salário de 1.380,00, teve sua admissão em 02/01/2018 com previsão</p><p>de término em 01/04/2018, em 12/03/2018 houve a quebra de contrato por parte do</p><p>Empregador faltando 20 dias para o término comum do contrato. Quais são os direitos</p><p>o funcionário tem a receber?</p><p>✓ Saldo Salário: 1.380,00 / 30 dias X 12 dias = 552,00</p><p>- Desconto Inss: 552,00 X 7,5% = 41,40</p><p>✓ Multa Artigo 479: Faltavam 20 dias para acabar o contrato</p><p>✓ Salário: 1.380,00 / 30 dias X 10 dias = 460,60</p><p>- Observação: não há incidência de INSS, FGTS E IR da Multa Artigo 479.</p><p>✓ 13º Salário Proporcional – 2/12 Avos: 1.380,00 / 12 X 2 meses = 230,00</p><p>- Desconto Inss: 230,00 X 7,5% = 17,25</p><p>✓ Férias Proporcionais – 2/12 Avos: 1.380,00 / 12 X 2 = 230,00</p><p>1/3 Das Férias: 230,00 / 3 = 76,67</p><p>- Observação: não há incidência de INSS, FGTS E IR nas férias, sejam vencidas ou</p><p>proporcionais.</p><p>FGTS</p><p>Janeiro 2018: 1.380,00 X 8% = 110,40 / Fevereiro 2018: 1.380,00 X 8% = 110,40 / Março</p><p>2018: 1.380,00 / 30 X 12 dias = 552,00 X 8% = 44,16</p><p>Multa dos 40%: 110,40 + 110,40 + 44,16 X 40% = 105,98</p><p>Total a Receber de FGTS: 110,40 + 110,40 + 44,16 + 105,98 = 370,94</p><p>DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA</p><p>Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na</p><p>Carteira de Trabalho e Previdência Social.</p><p>O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou</p><p>forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao</p><p>empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às</p><p>mesmas parcelas.</p><p>O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:</p><p>✓ em dinheiro, depósito bancário (quando o empregado for analfabeto) ou cheque visado,</p><p>conforme acordem as partes.</p><p>Qualquer compensação no pagamento não poderá exceder o equivalente a um mês</p><p>de remuneração do empregado.</p><p>A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da</p><p>extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores</p><p>constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez</p><p>dias contados a partir do término do contrato. Lei 13.467/17 - Art. 477 – CLT, § 6o.</p><p>A inobservância do prazo de pagamento de 10 dias contados a partir do termino do</p><p>contrato sujeitará o infrator ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor</p><p>equivalente ao seu salário, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à</p><p>mora (a empresa não conseguir pagar o trabalhador por culpa do trabalhador. Exemplo: o</p><p>trabalhador fornece uma conta que não é de sua titularidade). Art. 477 – CLT - § 8o</p><p>As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos</p><p>os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de</p><p>celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. Art.</p><p>477-A – CLT e Lei 13.467/17.</p><p>Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou</p><p>coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação</p><p>plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em</p><p>contrário estipulada entre as partes. Lei. 13.467/17 e Art. 477-B – CLT.</p><p>A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1</p><p>(um) mês de remuneração.</p><p>Para os empregados que trabalhem a comissão ou que tenham direito a</p><p>percentagens, a indenização será calculada pela média das comissões ou percentagens</p><p>percebidas nos últimos 12 (doze) meses de serviço.</p><p>Para os empregados que trabalhem por tarefa ou serviço feito, a indenização será</p><p>calculada na base média do tempo costumeiramente gasto pelo interessado para realização</p><p>de seu serviço, calculando-se o valor do que seria feito durante 30 (trinta) dias.</p><p>Direitos do Funcionário:</p><p>✓ Saldo de Salário;</p><p>✓ Aviso Prévio;</p><p>✓ 13º salário proporcional;</p><p>✓ Férias Vencidas, acrescidas de ⅓ sobre elas (DEMITIDOS COM MAIS DE UM ANO);</p><p>✓ Férias Proporcionais, acrescidas de ⅓ sobre elas;</p><p>✓ Caso tenha direito, comissões, banco de horas, horas extras;</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão;</p><p>✓ FGTS Multa dos 40%;</p><p>✓ Salário Família;</p><p>✓ Seguro Desemprego.</p><p>EXERCÍCIO DE DEMISSÃO SEM JUSTA COM MENOS DE UM ANO</p><p>1) Funcionário com salário de 1.850,00, teve sua admissão em 02/01/2018, recebeu o Aviso</p><p>Prévio Trabalhado em 31/08/2018 com término do Aviso em 30/09/2018. Quais são os</p><p>direitos o funcionário tem a receber?</p><p>✓ Saldo Salário: 1.850,00</p><p>- Desconto Inss: 1.850,00 X 9% = 166,50 – 21,18 = 145,32</p><p>- Desconto de IR: Isento.</p><p>✓ 13º Salário Proporcional – 9/12 Avos: 1.850,00 / 12 X 9 meses = 1.387,50</p><p>- Desconto Inss: 1.387,50 X 7,5% = 104,06</p><p>✓ Férias Proporcionais – 9/12 Avos: 1.850,00 / 12 X 9 meses = 1.387,50</p><p>1/3 Das Férias: 1.387,50 / 3 = 462,50</p><p>Observação: Não há incidência sobre INSS, FGTS e IR nas férias, sejam vencidas,</p><p>proporcionais e indenizadas.</p><p>FGTS</p><p>Janeiro a Setembro 2018: 1.850,00 X 9 meses X 8% = 1.332,00</p><p>13º Salário – 1.387,50 x 8% = 111,00</p><p>Multa dos 40%: 1.332,00 + 111,00 X 40% = 577,20</p><p>Total a Receber de FGTS: 1.332,00 + 577,20 = 1.909,20</p><p>EXERCÍCIO DE DEMISSÃO SEM JUSTA COM MAIS DE UM ANO</p><p>2) Funcionário com salário de 1.700,00, teve sua admissão em 02/03/2015, recebeu o Aviso</p><p>Prévio Indenizado em 13/09/2018 com término do (13/10/2018) + Projeção em 22/10/2018.</p><p>O mesmo tem férias vencidas. Quais são os direitos o funcionário tem a receber?</p><p>✓ Saldo Salário: 1.700,00 / 30 dias X 13 dias = 736,67</p><p>- Desconto Inss: 736,67 X 7,5% = 55,25</p><p>✓ Aviso Prévio Indenizado: 1.700,00</p><p>✓ Projeção do Aviso Prévio: 1.7000,00 / 30 X 9 dias = 510,00</p><p>- Desconto Inss: 1.700,00 + 510,00 = 2.210,00 X 9% = 198,90 – 21,18 = 177,72</p><p>Observação: Não é descontado IR do Aviso Prévio Indenizado e de Projeção - Apenas</p><p>do Aviso Prévio Trabalhado</p><p>✓ 13º Salário Proporcional – 8/12 Avos: 01/01 a 13/09 – 1.700,00 / 12 X 8 meses =</p><p>1.133,33</p><p>- Desconto Inss: 1.133,33 X 7,5% = 84,99</p><p>✓ 13º Salário Indenizado – 2/12 Avos: 14/09 a 22/10 – 1.700,00 / 12 X 2 = 283,33</p><p>- Desconto Inss: 283,33 X 7,5% = 21,24</p><p>✓ Férias Vencidas: 1.700,00</p><p>1/3 Das Férias: 1.700,00 / 3 = 566,67</p><p>✓ Férias Proporcionais de 02/03/2018 a 01/09/2018 – 6/12 Avos: 1.700,00 / 12 X 6 =</p><p>850,00</p><p>1/3 Das Férias: 850,00 / 3 = 283,33</p><p>✓ Férias Proporcionais Indenizadas de 02/09/2018 a 22/10/2018 – 2/12 Avos: 1.700,00</p><p>/ 12 X 2 = 283,33</p><p>1/3 Das Férias: 283,33 / 3 = 94,44</p><p>Observação: Das férias Vencidas, Proporcionais e Indenizadas NÃO incidem INSS, FGTS</p><p>E IR.</p><p>DEMISSÃO A PEDIDO DO FUNCIONÁRIO</p><p>Quando o funcionário por algum motivo deseja rescindir o contrato de trabalho com</p><p>a empresa, deve avisá-la conforme já mencionado anteriormente e terá às seguintes verbas</p><p>a receber:</p><p>Direitos do Funcionário:</p><p>✓ Saldo de Salário;</p><p>✓ 13º salário proporcional;</p><p>✓ Férias Vencidas, acrescidas de ⅓ sobre elas (COM MAIS DE UM ANO);</p><p>✓ Férias Proporcionais, acrescidas de ⅓ sobre elas;</p><p>✓ Caso tenha direito, comissões, banco de horas, horas extras;</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão;</p><p>✓ Salário Família.</p><p>Observação: Caso o funcionário não queira cumprir o aviso prévio à empresa poderá</p><p>descontar o aviso em sua rescisão. Caso o funcionário cumpra o Aviso não terá redução</p><p>da jornada de 2 horas ou deixar de trabalhar os últimos 7 dias. Perderá também a projeção</p><p>do Aviso Prévio. Na rescisão, os descontos serão tributados normalmente, como o INSS e</p><p>IRRF.</p><p>DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA</p><p>Art. 482 – CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho</p><p>pelo empregador:</p><p>a) ato de improbidade;</p><p>b) incontinência de conduta ou mau procedimento - (Assédio Sexual, Envio de conteúdo</p><p>pornográfico, exposição de partes íntimas);</p><p>c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando</p><p>constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for</p><p>prejudicial ao serviço;</p><p>d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido</p><p>suspensão da execução da pena;</p><p>e) desídia no desempenho das respectivas funções – (Conduta do empregado em</p><p>desempenhar suas funções com negligência, má vontade, desleixo, displicência ou mesmo,</p><p>desatenção ou indiferença);</p><p>f) embriaguez habitual ou em serviço;</p><p>g) violação de segredo da empresa;</p><p>h) ato de indisciplina ou de insubordinação;</p><p>i) abandono de emprego - (Considera abondo quando o funcionário falta 30 dias sem aviso</p><p>ao empregador ou justificativa);</p><p>j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou</p><p>ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de</p><p>outrem;</p><p>k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e</p><p>superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;</p><p>l) prática constante de jogos de azar;</p><p>m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão,</p><p>em decorrência de conduta dolosa do empregado.</p><p>Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática,</p><p>devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança</p><p>nacional.</p><p>Observação: Para ser considerado “atos atentatórios à segurança nacional” o empregado</p><p>deve utilizar recursos da empresa: acesso restrito, link de banda larga, informações</p><p>privilegiadas, substâncias químicas de controle governamental, produção de armamento.</p><p>Direitos do Funcionário:</p><p>✓ Saldo Salário;</p><p>✓ Férias Vencidas, acrescidas de ⅓ sobre elas, não tem direito às férias proporcionais,</p><p>acrescidas de ⅓ sobre elas (COM MAIS DE UM ANO);</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão;</p><p>✓ Salário Família.</p><p>DEMISSÃO INDIRETA</p><p>Art. 483 - CLT - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e</p><p>pleitear a devida indenização quando:</p><p>a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons</p><p>costumes, ou alheios ao contrato;</p><p>b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;</p><p>c) correr perigo manifesto de mal considerável - (Quando a empresa põe em risco a vida</p><p>do empregado ou sua integridade física. Exemplo: O empregador põe seu empregado para</p><p>trabalhar em um local que é perigoso ou insalubre, mas não disponibiliza equipamento para</p><p>o empregado trabalhar, EPI);</p><p>d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato (Pagamento de salário após o</p><p>quinto dia útil ou ficar meses sem pagar o funcionário, não recolher os tributos – INSS,</p><p>FGTS etc);</p><p>e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo</p><p>da honra e boa fama;</p><p>f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima</p><p>defesa, própria ou de outrem;</p><p>g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar</p><p>sensivelmente a importância dos salários.</p><p>O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,</p><p>quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do</p><p>serviço.</p><p>No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado</p><p>ao empregado rescindir o contrato de trabalho.</p><p>Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu</p><p>contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não</p><p>no serviço até final decisão do processo.</p><p>Direitos do Funcionário:</p><p>✓ Saldo de Salário;</p><p>✓ Aviso Prévio;</p><p>✓ 13º salário proporcional;</p><p>✓ Férias Vencidas, acrescidas de ⅓ sobre elas (COM MAIS DE UM ANO);</p><p>✓ Férias Proporcionais, acrescidas de ⅓ sobre elas;</p><p>✓ Caso tenha direito, comissões, banco de horas, horas extras;</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão;</p><p>✓ FGTS Multa dos 40%;</p><p>✓ Salário Família;</p><p>✓ Seguro Desemprego.</p><p>DEMISSÃO DO TRABALHO EM COMUM ACORDO ENTRE EMPREGADOR E</p><p>EMPREGADO</p><p>O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e</p><p>empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: Art. 484-A</p><p>– CLT – Lei 13.467/17.</p><p>✓ por metade:</p><p>a) o aviso prévio, se indenizado; e</p><p>b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço de quarenta por</p><p>cento (40%) para vinte por cento (20%), prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11</p><p>de maio de 1990;</p><p>✓ na integralidade, as demais verbas trabalhistas.</p><p>A extinção do contrato permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador</p><p>no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036,</p><p>de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.</p><p>A extinção do contrato por acordo não autoriza o ingresso no Programa de</p><p>Seguro-Desemprego.</p><p>Direitos do Funcionário:</p><p>✓ Saldo de salário;</p><p>✓ Aviso Prévio (pela metade se indenizado);</p><p>✓ 13º salário proporcional;</p><p>✓ Férias Vencidas, acrescidas de ⅓ sobre elas (COM MAIS DE UM ANO);</p><p>✓ Férias Proporcionais, acrescidas de ⅓ sobre elas;</p><p>✓ Caso tenha direito, comissões, banco de horas, horas extras;</p><p>✓ FGTS Mês e da Rescisão;</p><p>✓ FGTS Multa de 20%;</p><p>✓ Saque de 80% do que tiver recolhido na conta de FGTS do funcionário;</p><p>✓ Salário Família.</p><p>É uma modalidade de contrato por prazo determinado, sua finalidade é verificar se</p><p>o trabalhador tem aptidão para exercer a função para o qual foi contratado. Por outro lado,</p><p>o funcionário, no decorrer do contrato, verificara-se a estrutura do empregador e as</p><p>condições do trabalho a que está subordinado está de acordo com o que foi acordado.</p><p>Conforme determina o Art. 445 da CLT - Parágrafo único. O contrato de experiência</p><p>não poderá exceder de 90 (noventa) dias.</p><p>Pode ser prorrogado por uma única vez 30+60 / 45+45 / 60+30.</p><p>Observação: Os dados do contrato de experiência são anotados na carteira de trabalho.</p><p>CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO</p><p>O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,</p><p>verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. Art. 443 – CLT – Lei</p><p>13.467/17.</p><p>É o contrato de trabalho que tem datas de início e término antecipadamente</p><p>combinadas entre o trabalhador e o empregador.</p><p>O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:</p><p>a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;</p><p>Exemplo: Substituição de empregado permanente em gozo de Férias, Licença</p><p>Maternidade, a execução de uma obra específica.</p><p>b) de atividades empresariais de caráter transitório;</p><p>Exemplo: Atividades empresariais em feiras industriais ou agropecuárias, atividades</p><p>circenses, atividades sazonais.</p><p>c) de contrato de experiência.</p><p>Ainda de acordo Art. 445 da CLT - O contrato de trabalho por prazo determinado</p><p>não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451 da CLT.</p><p>O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for</p><p>prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Art. 451 da</p><p>CLT.</p><p>CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO</p><p>O contrato de trabalho por prazo indeterminado prevê o dia de inicio em que o</p><p>empregado começa a trabalhar, mas não o prazo ou qualquer condição que determinará o</p><p>seu término. Na carteira de trabalho e Previdência Social (CTPS) costuma-se preencher</p><p>dia, mês e ano do inicio do trabalho, ficando em branco o campo onde consta a data de</p><p>término.</p><p>CONTRATO ESTÁGIO</p><p>Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de</p><p>trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam</p><p>frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação</p><p>profissional, de ensino médio, da educação especial (Deficientes) e dos anos finais do</p><p>ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Lei</p><p>11.788/2008.</p><p>A contratação de Estagiário não é regida pela CLT e não estabelece remuneração.</p><p>A formalização da contratação de estágio é regulamentada exclusivamente pelo Termo de</p><p>Compromisso de Estágio que é firmado pelo (estagiário) ou com seu (representante) ou</p><p>(assistente) legal e pelos representantes legais da parte concedente (empresa) e da</p><p>(instituição de ensino).</p><p>O Estagiário todo mês assina o pagamento do recibo de Bolsa-Estágio no caso de</p><p>estágio obrigatório, antes do e-Social o valor pago não entrava na Folha de pagamento da</p><p>empresa, agora com o e-Social terá que ser transmita as informações através da Folha de</p><p>Pagamento.</p><p>A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a</p><p>instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante</p><p>legal, devendo constar no termo de compromisso ser compatível com as atividades</p><p>escolares e não ultrapassar:</p><p>✓ Quatro horas diárias e vinte semanais – No caso de estudantes de educação especial</p><p>(Deficientes) e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de</p><p>educação de jovens e adultos;</p><p>✓ Seis horas diárias e trinta horas semanais – No caso de estudantes do ensino superior,</p><p>da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular;</p><p>✓ Oito horas diárias e quarenta horas semanais – No caso de estágio relativo a cursos</p><p>que alternam teoria e prática (Médico, Enfermeiro), nos períodos em que não estão</p><p>programadas aulas presenciais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do</p><p>curso e da instituição de ensino.</p><p>O prazo de duração do estágio poderá ser de até dois anos, para o mesmo</p><p>concedente, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.</p><p>O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a</p><p>ser acordada, sendo compulsória (obrigatória) a sua concessão, bem como a do auxílio-</p><p>transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.</p><p>Estágio Obrigatório</p><p>É o estágio definido como obrigatório no projeto pedagógico do curso, cuja carga</p><p>horária é requisito para aprovação e obtenção do diploma (§ 1º do art. 2º da Lei nº</p><p>11.788/2008).</p><p>Estágio Não Obrigatório</p><p>É o estágio desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular</p><p>e obrigatória, e parte do projeto pedagógico do curso (§ 2º do art. 2º da Lei nº 11.788/2008)</p><p>A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e</p><p>saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.</p><p>Recesso do Estagiário</p><p>É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior</p><p>a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente</p><p>durante suas férias escolares.</p><p>O recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma</p><p>de contraprestação.</p><p>Os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o</p><p>estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.</p><p>O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das</p><p>entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:</p><p>✓ de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;</p><p>✓ de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;</p><p>✓ de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco)estagiários;</p><p>✓ acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.</p><p>Observação: Sobre esta contratação, sabendo que não é regulamentada pela</p><p>CLT, não incidem a maioria dos impostos tais como: FGTS, INSS, 13º Salário, Aviso Prévio,</p><p>podendo ser descontado apenas o Imposto de Renda Retido na Fonte.</p><p>Observação: É de responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado e os</p><p>órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes</p><p>da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais</p><p>de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização</p><p>profissional contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja</p><p>apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de</p><p>compromisso.</p><p>CONTRATO JOVEM APRENDIZ</p><p>Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e</p><p>por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14</p><p>(quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem</p><p>formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico,</p><p>moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias</p><p>a essa formação. Art. 428 – CLT.</p><p>A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de</p><p>Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não haja</p><p>concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a</p><p>orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional (Serviço Nacional de</p><p>Aprendizagem Industrial - SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC,</p><p>Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - SENAT, Serviço Nacional de</p><p>Aprendizagem Rural - SENAR ou Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo -</p><p>SESCOP (exceto cursos no SESC e no SESI que não são válidos</p><p>para esse fim)) metódica.</p><p>Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo</p><p>hora.</p><p>O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos.</p><p>A formação técnico-profissional caracteriza-se por atividades teóricas e práticas,</p><p>metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no</p><p>ambiente de trabalho.</p><p>A idade máxima prevista em Lei (até 24 anos) não se aplica a aprendizes</p><p>portadores de deficiência.</p><p>Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de</p><p>aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e</p><p>competências relacionadas com a profissionalização.</p><p>A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo</p><p>vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. Art. 432 – CLT.</p><p>O limite de horário poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já</p><p>tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas</p><p>à aprendizagem teórica.</p><p>Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular</p><p>nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a</p><p>http://www.google.com.br/custom?q=Servi%E7o%2BNacional%2Bde%2BAprendizagem%2Bdo%2BCooperativismo&sa=Pesquisar&client=pub-6895347663279881&forid=1&channel=9377706769&ie=ISO-8859-1&oe=ISO-8859-1&cof=GALT%3A%2300CC00%3BGL%3A1%3BDIV%3A%23FFFFFF%3BVLC%3A663399%3BAH%3Acenter%3BBGC%3AFFFFFF%3BLBGC%3AFFFFFF%3BALC%3A0033FF%3BLC%3A0033FF%3BT%3A000000%3BGFNT%3A0000FF%3BGIMP%3A0000FF%3BLH%3A88%3BLW%3A293%3BL%3Ahttp%3A%2F%2Fwww.siglas.com.br%2Fimages%2Fsiglas.gif%3BS%3Ahttp%3A%2F%2Fwww.siglas.com.br%3BFORID%3A1%3B&hl=pt</p><p>cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes</p><p>em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. Art. 429 - CLT</p><p>Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser</p><p>considerada a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do</p><p>Trabalho e Emprego.</p><p>São excluídas da base de cálculo da cota de aprendizagem as seguintes</p><p>funções:</p><p>1) As funções que exijam formação de nível técnico ou superior e os cargos de direção, de</p><p>gerência ou de confiança;</p><p>2) Os empregados em regime de trabalho temporário;</p><p>3) Os aprendizes já contratados.</p><p>Observação: O Jovem aprendiz não poderá trabalhar em local Insalubre, de</p><p>Periculosidade e em horário Noturno.</p><p>Observação: Teoria (SENAC, SENAI) – Prática (EMPRESA).</p><p>Observação: O recolhimento de INSS segue a tabela normal, o FGTS é recolhido na</p><p>porcentagem de 2% do valor da remuneração.</p><p>INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO</p><p>1) Na interrupção do contrato o empregado continua recebendo salários e há a contagem</p><p>do tempo de serviço. Trata-se, portanto, de interrupção parcial, como paralisação</p><p>temporária da prestação dos serviços, com a manutenção do pagamento de salários ou</p><p>algum efeito do contrato de trabalho.</p><p>Exemplos: a) Falecimento do cônjuge, ascendente (pais, avós, bisavós, etc.) descendente</p><p>(filhos, netos, bisnetos etc.) - Até 2 (dois) dias consecutivos (caso o dia do falecimento caia</p><p>em dia de folga não é contado este dia); b) Em virtude de casamento, até 3 (três) dias</p><p>consecutivos; c) Licença maternidade - com duração de cento e vinte dias; d) Férias Anuais</p><p>Remuneradas - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do</p><p>que o salário normal.</p><p>2) Na suspensão o pagamento de salários não será exigido como também não se</p><p>computará o tempo de afastamento como tempo de serviço. Entende-se como suspensão</p><p>total está, pois paralisa temporariamente a prestação dos serviços, com a cessação das</p><p>obrigações patronais e de qualquer efeito do contrato enquanto perdurar a paralisação dos</p><p>serviços.</p><p>Exemplos: a) Faltas injustificadas ao serviço; b) No caso de Acidente de Trabalho, após 15</p><p>dias o contrato de trabalho passa a ser suspenso.</p><p>PARTE 2 – EMPREGADO X EMPREGADOR</p><p>EMPREGADO X EMPREGADOR</p><p>Empregado</p><p>A Consolidação das Leis do Trabalho em seu Art. 3º considera empregado toda</p><p>pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual (habitualidade) a empregador,</p><p>sob a dependência (subordinação) deste e mediante salário.</p><p>Empregador</p><p>Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os</p><p>riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.</p><p>Art. 2 – CLT.</p><p>Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,</p><p>os profissionais liberais (médicos, advogados, arquitetos, dentistas, jornalistas), as</p><p>instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins</p><p>lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.</p><p>PARTE 3 – JORNADA DE TRABALHO, INTERVALO INTRAJORNADA e</p><p>INTERJORNADA, REPOUSO SEMANAL REMUNERADO, FALTA JUSTIFICADAS E</p><p>NÃO JUSTIFICADAS E PONTO ELETRÔNICO.</p><p>JORNADA DE TRABALHO</p><p>Conceitua-se jornada de trabalho como o período de tempo em que o empregado</p><p>fica obrigado, contratualmente, a cumprir as tarefas que lhe forem atribuídas pelo</p><p>empregador. Recomenda-se que a fixação da duração diária e semanal do trabalho deverá</p><p>constar em cláusula no contrato celebrado entre as partes, não ultrapassando, entretanto,</p><p>os limites estabelecidos na legislação.</p><p>A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,</p><p>não excederá de 8 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, 220</p><p>(duzentos e Vinte) horas mensais. CF, Art. 7, XIII.</p><p>A legislação ainda dispõe que não serão descontadas nem computadas como</p><p>jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco</p><p>minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.</p><p>Não é considerado tempo à disposição do empregador:</p><p>Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado</p><p>como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite</p><p>de cinco minutos, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em</p><p>caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar</p><p>ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre</p><p>outras:</p><p>✓ práticas religiosas;</p><p>✓ descanso;</p><p>✓ lazer;</p><p>✓ estudo;</p><p>✓ alimentação;</p><p>✓ atividades de relacionamento social;</p><p>✓ higiene pessoal;</p><p>✓ troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na</p><p>empresa. Lei 13.467/17, § 2o.</p><p>JORNADA DE TRABALHO 12 POR 36 DE ACORDO O ART. 59-A – CLT – 13.467/17</p><p>É facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou</p><p>acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por</p><p>trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para</p><p>repouso e alimentação. Lei 13.467/17, Art. 59-A.</p><p>A remuneração mensal abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal</p><p>remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados</p><p>e as prorrogações de trabalho noturno, antes da reforma os feriados eram pagos em dobro.</p><p>Lei 13.467/17 – Parágrafo Único.</p><p>O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive</p><p>quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das</p><p>horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal,</p><p>sendo devido apenas o respectivo adicional.</p><p>A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de</p><p>compensação de jornada e o banco de horas.</p><p>JORNADA DE TRABALHO SOBREAVISO</p><p>Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua</p><p>própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de</p><p>"sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, as horas de "sobre-aviso",</p><p>para</p><p>todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. ART. 244 –</p><p>CLT, § 2º.</p><p>Variações de acordo com o horário de trabalho mais comuns</p><p>Quem trabalha 8/6/5/4h20m/4 tem suas variações de horas mensais conforme abaixo:</p><p>44h semanais / 6 dias de trabalho X 30 dias = 220h</p><p>36h semanais / 6 dias de trabalho X 30 dias = 180h</p><p>30h semanais / 6 dias de trabalho X 30 dias = 150h</p><p>26h semanais / 6 dias de trabalho X 30 dias = 130h</p><p>24h semanais / 6 dias de trabalho X 30 dias = 120h</p><p>INTERVALO INTRAJORNADA</p><p>Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória</p><p>a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1</p><p>(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder</p><p>de 2 (duas) horas. Art. 71 – CLT.</p><p>Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um</p><p>intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.</p><p>Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.</p><p>A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre</p><p>a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: Art.611-A – CLT – Lei 13.467/17.</p><p>✓ intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas</p><p>superiores a seis horas.</p><p>A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para</p><p>repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza</p><p>indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por</p><p>cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Art 71 - CLT, § 4o - Lei</p><p>13.467/17.</p><p>INTERVALO INTERJORNADA</p><p>Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas</p><p>consecutivas para descanso. Art. 66 CLT.</p><p>Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro)</p><p>horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa</p><p>do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.</p><p>REPOUSO SEMANAL REMUNERADO – RSR ou DESCANSO SEMANAL</p><p>REMUNERADO - DSR</p><p>O repouso semanal remunerado, deverá ser preferencialmente, no todo ou em</p><p>parte, com o domingo. Nos serviços que exigem trabalho aos domingos (exceção feita aos</p><p>elencos de teatro e congêneres), o descanso semanal deverá ser efetuado em sistema de</p><p>revezamento, constante de escala mensalmente organizada e sujeita à fiscalização,</p><p>necessitando de autorização prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Art.</p><p>67 – CLT.</p><p>Se o empregado faltar, injustificadamente, em um dos seis dias que</p><p>antecedem o descanso semanal, perderá o direito a ele?</p><p>Não. O empregado continuará a ter direito ao descanso, que é matéria de ordem</p><p>social, perdendo, contudo, o direito à remuneração pelo dia de descanso semanal.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.100,00. Faltou 1 dia no mês. Trabalha em escala de 5 por</p><p>2. Quanto será descontado do funcionário?</p><p>Cálculo: 1.100,00 / 30 dias = 36,66</p><p>Desconto de 1 dia da Falta: 36,66 + 1 dia da RSR = 36,66</p><p>Total do Desconto: 73,32</p><p>Observação: Conforme exercício acima, os valores dos RSR já estavam incluídos no</p><p>salário de 1.100,00 do funcionário e por este motivo foi descontada a falta e um dia de RSR.</p><p>FALTAS: JUSTIFICADAS E NÃO JUSTIFICADAS</p><p>Faltas Justificadas</p><p>O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do</p><p>salário: Art. 473 CLT.</p><p>✓ até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,</p><p>descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência</p><p>social, viva sob sua dependência econômica;</p><p>✓ até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;</p><p>✓ por cinco dias, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;</p><p>✓ por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de</p><p>sangue devidamente comprovada;</p><p>✓ até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei</p><p>respectiva.</p><p>✓ no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar.</p><p>✓ nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para</p><p>ingresso em estabelecimento de ensino superior.</p><p>✓ pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.</p><p>✓ pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade</p><p>sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil</p><p>seja membro.</p><p>✓ até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante</p><p>o período de gravidez de sua esposa ou companheira;</p><p>✓ por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.</p><p>Além das faltas justificadas mencionadas acima e de acordo com Art. 1º e O § 2º</p><p>do art. 6º da Lei nº 605 de 5 de janeiro de 1949, serão abonadas as faltas mediante atestado</p><p>de médico da instituição da previdência social a que estiver filiado o empregado, e, na falta</p><p>deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria; de</p><p>médico da empresa ou por ela designado; de médico a serviço de representação federal,</p><p>estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou não</p><p>existindo estes, na localidade em que trabalhar, de médico de sua escolha."</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L0605.htm#art6§2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L0605.htm#art6§2</p><p>Faltas Não Justificadas</p><p>As Faltas não justificadas tem por consequência o desconto da remuneração dos</p><p>dias não trabalhados do empregado.</p><p>Quando o funcionário falta ao trabalho sem justificativa, pode sofrer algumas</p><p>sanções por parte da empresa:</p><p>✓ Desconto do dia de sua remuneração;</p><p>✓ Desconto do Repouso Semanal Remunerado;</p><p>✓ Desconta-se no período de férias do colaborador de acordo com a quantidade de faltas</p><p>a partir de seis faltas não justificadas.</p><p>PONTO ELETRÔNICO</p><p>O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido</p><p>pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse</p><p>quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados</p><p>de uma mesma seção ou turma. Art. 74 – CLT.</p><p>O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de</p><p>acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.</p><p>Para os estabelecimentos com mais de dez trabalhadores será obrigatória a</p><p>anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,</p><p>conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-</p><p>assinalação do período de repouso.</p><p>Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados</p><p>constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder.</p><p>A Portaria nº 1.510, de 21 de agosto de 2009 do Ministério de Trabalho e Emprego,</p><p>disciplina o registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de</p><p>Ponto - SREP previsto no Art. 74 da CLT.</p><p>Sistema de Registro Eletrônico de Ponto - SREP - é o conjunto de equipamentos e</p><p>programas informatizados destinado à anotação por meio eletrônico da entrada e saída dos</p><p>trabalhadores das empresas.</p><p>O SREP deve registrar fielmente as marcações efetuadas, não sendo</p><p>permitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destina, tais como:</p><p>✓ restrições de horário à marcação do ponto;</p><p>✓ marcação automática do ponto, utilizando-se horários predeterminados ou o horário</p><p>contratual;</p><p>✓ exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de sobrejornada;</p><p>e</p><p>✓ existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados registrados pelo</p><p>empregado.</p><p>O Registrador Eletrônico de Ponto - REP é o equipamento de automação utilizado</p><p>exclusivamente para</p><p>o registro de jornada de trabalho e com capacidade para emitir</p><p>documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à entrada e à saída</p><p>de empregados nos locais de trabalho.</p><p>Para a utilização de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto é obrigatório o uso</p><p>do REP no local da prestação do serviço, vedados outros meios de registro.</p><p>Observação: A empresa não é obrigada a usar o SREP e o REP, podendo ser utilizada</p><p>folha de ponto manual com assinatura do funcionário.</p><p>Não se aplica a anotação de Folha de Ponto para os profissionais conforme</p><p>Artigo 62 da CLT:</p><p>✓ os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de</p><p>trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e</p><p>no registro de empregados;</p><p>✓ os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se</p><p>equiparam, os diretores e chefes de departamento ou filial;</p><p>✓ os empregados em regime de teletrabalho.</p><p>CONTRIBUIÇÃO SINDICAL</p><p>As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias</p><p>econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas</p><p>entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas</p><p>na forma estabelecida, desde que prévia e expressamente autorizadas. Art. 578 – CLT Lei</p><p>13.467/17.</p><p>A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente e</p><p>consistirá:</p><p>Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os</p><p>empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração;</p><p>Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus</p><p>empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos empregados</p><p>que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos.</p><p>Art. 582 – CLT – Lei 13.467/17.</p><p>PARTE 4 – SALÁRIO</p><p>SALÁRIO</p><p>Salário é o valor pago pelo empregador ao empregado pelos serviços prestados</p><p>em decorrência do contrato de trabalho.</p><p>Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as</p><p>comissões pagas pelo empregador. Art. 457, § 1o, CLT/13.467/17.</p><p>Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos</p><p>legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa,</p><p>por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Art. 458 – CLT.</p><p>Não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas</p><p>pelo empregador:</p><p>✓ vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados</p><p>no local de trabalho, para a prestação do serviço;</p><p>✓ educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os</p><p>valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;</p><p>✓ transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou</p><p>não por transporte público;</p><p>✓ assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-</p><p>saúde;</p><p>✓ seguros de vida e de acidentes pessoais;</p><p>✓ previdência privada;</p><p>✓ o valor correspondente ao vale-cultura.</p><p>A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos</p><p>fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por</p><p>cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.</p><p>O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio</p><p>ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos</p><p>ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salarios_pgto.htm</p><p>quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o</p><p>salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição. Art. 458 – CLT –</p><p>Lei 13.467/17.</p><p>PAGAMENTO DO SALÁRIO</p><p>O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser</p><p>estipulado por período superior a 1 (um) mês.</p><p>Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais</p><p>tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.</p><p>A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País, o</p><p>pagamento não realizado em moeda corrente considera-se como não feito. Art. 463 - CLT</p><p>O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em</p><p>se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo</p><p>esta possível, a seu rogo. Art. 464 CLT.</p><p>Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para</p><p>esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento</p><p>de crédito próximo ao local de trabalho.</p><p>O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro</p><p>do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado</p><p>por depósito em conta bancária. Art. 465 - CLT.</p><p>ADICIONAL NOTURNO</p><p>O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua</p><p>remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.</p><p>Art. 73 – CLT.</p><p>Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e</p><p>noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno.</p><p>Considera-se noturno, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e às 5</p><p>horas do dia seguinte para os trabalhadores urbanos e entre 21:00 horas de um dia às 5:00</p><p>horas do dia seguinte para os trabalhadores rurais.</p><p>A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna, por</p><p>disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois)</p><p>minutos e 30 (trinta) segundos. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e</p><p>30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna.</p><p>Nas atividades rurais não há redução conta-se a hora normal como 60 minutos.</p><p>EXERCÍCIO DE ADICIONAL NOTURNO</p><p>1) Funcionário, ganha 1.200,00 por mês, trabalha em horário noturno, quanto ele terá que</p><p>receber de Adicional Noturno?</p><p>Salário: 1.200,00</p><p>Adicional: 1.200,00 X 20% = 240,00</p><p>Total: 1.440,00 por mês.</p><p>ADICIONAL DE INSALUBRIDADE</p><p>Consideram-se atividades ou operações de insalubridades aquelas que expõe os</p><p>trabalhadores a agentes nocivos à saúde e acima dos limites de tolerância, intensidade do</p><p>agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. NR 15, da Portaria n° 3.214/78.</p><p>São exemplos de Atividades Insalubres: Ruídos contínuos ou intermitente, frio, Agentes</p><p>químicos, radiações ionizantes.</p><p>O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância</p><p>estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional</p><p>respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)</p><p>do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.</p><p>Art. 192 – CLT.</p><p>EXERCÍCIO DE ADICIONAL INSALUBRIDADE</p><p>1) Funcionário, recebe de salário R$ 1.600,00 por mês, qual o valor que terá que receber</p><p>de Adicional de Insalubridade levando em consideração o grau máximo?</p><p>Salário mínimo ano de 2024: 1.412,00</p><p>Cálculo: 1.412,00 x 40% = 564,80</p><p>Total do salário: 1.600,00 + 564,80 = 2.164,80</p><p>ADICIONAL DE PERICULOSIDADE</p><p>São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da</p><p>regulamentação aprovada pelo MTE, aquelas que, por sua natureza ou métodos de</p><p>trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do</p><p>trabalhador a: Art. 193 – CLT.</p><p>✓ inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;</p><p>✓ roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança</p><p>pessoal ou patrimonial (Vigia, Porteiro etc., o roubo está relacionado ao que pode ocorrer</p><p>durante seu horário de trabalho, Por exemplo: O porteiro pode ter seus pertences</p><p>roubados, ser agredido ou ser sequestrado</p><p>enquanto os bandidos fazem assalto no</p><p>condomínio onde trabalha).</p><p>✓ São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.</p><p>O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional</p><p>de 30% (trinta por cento) sobre o salário base sem os acréscimos resultantes de</p><p>gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.</p><p>O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará</p><p>com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física.</p><p>A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo</p><p>as normas do MTE, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou</p><p>Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. Art. 195 – CLT.</p><p>EXERCÍCIO DE ADICIONAL PERICULOSIDADE</p><p>1) Funcionário, com salário R$ 1.500,00 por mês, quanto irá receber de Adicional</p><p>Periculosidade?</p><p>Salário: 1.500,00</p><p>Cálculo: 1.500,00 x 30% = 450,00</p><p>Total do salário: 1.500,00 450,00 = 1.950,00</p><p>Observação: A simultaneidade do trabalho em condições de Periculosidade e</p><p>Insalubridades faculta ao empregado optar por um dos adicionais.</p><p>HORAS EXTRAS</p><p>A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não</p><p>excedente de duas, por acordo individual (Empregado x Empregador), convenção coletiva</p><p>ou acordo coletivo de trabalho. Art. 59 – CLT – Lei 13.467/17.</p><p>A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior</p><p>à da hora normal de segunda à sábado e de 100% aos domingos e feriados.</p><p>Súmula nº 340 do TST - Horas Extras para o trabalhador que recebe por comissão</p><p>O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem</p><p>direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras,</p><p>calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como</p><p>divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.</p><p>Compensação de Horas</p><p>Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou</p><p>convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela</p><p>correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo</p><p>de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o</p><p>limite máximo de dez horas diárias.</p><p>Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a</p><p>compensação integral da jornada extraordinária, o trabalhador terá direito ao pagamento</p><p>das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da</p><p>rescisão.</p><p>É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual</p><p>(Empregador x Empregado), tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.</p><p>A remuneração mensal pactuada pelo horário abrange os pagamentos devidos pelo</p><p>descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados</p><p>compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno.</p><p>O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive</p><p>quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das</p><p>horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal,</p><p>sendo devido apenas o respectivo adicional. Art. 59-B – Lei 13.467/17.</p><p>A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de</p><p>compensação de jornada e o banco de horas.</p><p>Banco de Horas</p><p>O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito (Empregador</p><p>x Empregado) sem a necessidade do Sindicato, desde que a compensação ocorra no</p><p>período máximo de seis meses. Lei 13.467/17.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.100,00 por mês, trabalha 220hs por mês, fez 6 Horas</p><p>Extras há 50%, 3 Horas Extras há 100%. Qual o valor que ele terá que receber?</p><p>Salário: 1.100,00 / 220hs = 5,00 por hora</p><p>Horas Extras 50%: 5,00 + 50% ou (X 1,5) = 7,50 X 6hs = 45,00</p><p>Horas Extras 100%: 5,00 + 100% ou (X 2) = 10,00 X 3hs = 30,00</p><p>Total de Horas Extras: 45,00 + 30,00 = 75,00</p><p>Total a receber no mês: 1.100,00 + 75,00 = 1.175,00</p><p>CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS COM REPOUSO SEMANAL REMUNERADO</p><p>2) Funcionário, com salário de 1.300,00 por mês, trabalha 180hs por mês, fez 4 Horas</p><p>Extras há 50%, 5 Horas Extras há 100%, considerando o mês com 25 dias úteis e 6 dias</p><p>não úteis. Qual o valor que o funcionário irá receber de Horas Extras e Repouso Semanal</p><p>Remunerado?</p><p>Salário: 1.300,00 / 180hs = 7,22 por hora</p><p>Horas Extras 50%: 7,22 + 50% ou (X 1,5) = 10,83 X 4hs = 43,32</p><p>Horas Extras 100%: 7,22 + 100% ou (X 2) = 14,42 X 5hs = 72,20</p><p>Total de Horas Extras: 43,32 + 72,20 = 115,52</p><p>A forma de calcular a RSR é feita de acordo com os dias úteis e não úteis. Para Legislação</p><p>os dias úteis são de segunda à sábado e dias não úteis são domingos e feriados.</p><p>Regra para cálculo RSR: Horas Extras / Dias Úteis X Dias não Úteis = RSR ou DSR</p><p>Valor de Horas Extras: 115,52 / 25 dias X 6 dias = 27,72</p><p>Total a Receber: 43,32 + 72,20 + 27,72 = 143,24</p><p>BENEFÍCIOS</p><p>SALÁRIO FAMÍLIA</p><p>De acordo com CF em seu Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e</p><p>rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:</p><p>✓ salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda.</p><p>O salário-família, será devido, pelas empresas vinculadas à Previdência Social, a</p><p>todo empregado, como tal definido na CLT, qualquer que seja o valor e a forma de sua</p><p>remuneração, e na proporção do respectivo número de filhos. Lei nº 4.266/63, Art. 1º.</p><p>O salário-família será pago sob a forma de uma quota percentual, calculada sobre</p><p>o valor do salário-mínimo local, por filho menor de qualquer condição, até 14 anos de idade.</p><p>TABELA SALÁRIO FAMÍLIA 2024</p><p>REMUNERAÇÃO QUOTA</p><p>Até R$ 0,00 a R$ 1.819,26 R$ 62,04</p><p>Acima de R$ 1.819,26 Não tem direito</p><p>O custeio do salário-família será feito mediante o sistema de compensação,</p><p>cabendo a cada empresa, qualquer que seja o número e o estado civil de seus empregados.</p><p>O pagamento das quotas do salário-família será feito pelas próprias empresas,</p><p>mensalmente, aos seus empregados, juntamente com o do respectivo salário e descontado</p><p>na guia de Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF.</p><p>Para efeito do pagamento das quotas, exigirão as empresas, dos empregados, as</p><p>certidões de nascimento dos filhos.</p><p>As quotas do salário-família não se incorporarão, para nenhum efeito, ao salário ou</p><p>remuneração devidos aos empregados.</p><p>Fica estendido aos filhos inválidos de qualquer idade o salário-família. Lei nº</p><p>5.559/68, Art. 1º.</p><p>SALÁRIO-FAMÍLIA - DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE SER APRESENTADA PELO</p><p>EMPREGADO</p><p>O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à</p><p>empresa ou ao órgão gestor de mão de obra ou ao sindicato dos trabalhadores</p><p>avulsos ou ao INSS, a documentação abaixo:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5890.htm</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_familia.htm</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sindicato.htm</p><p>✓ CTPS;</p><p>✓ certidão de nascimento do filho (original e cópia);</p><p>✓ caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente conte com até sete anos de</p><p>idade;</p><p>✓ comprovação de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, quando dependente</p><p>maior de quatorze anos; e</p><p>✓ comprovante de frequência à escola, quando dependente a partir de sete anos.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE SALÁRIO FAMÍLIA</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.550,00 por mês, tem três filhos menores de 14 anos. Quanto</p><p>o funcionário irá receber de salário família?</p><p>3 Filhos: 62,04 X 3 = 186,12</p><p>Observação: Caso o funcionário seja casado e sua esposa ganhe o mesmo salário ou</p><p>outro salário que se enquadre dentro da tabela de salário família, todos os dois terão direito</p><p>ao benefício.</p><p>VALE TRANSPORTE</p><p>De acordo com Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987 em seu Art. 1º</p><p>- São beneficiários do</p><p>Vale-Transporte, nos termos da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro</p><p>de 1985, os trabalhadores em geral, tais como:</p><p>✓ os empregados;</p><p>✓ os empregados domésticos;</p><p>✓ os trabalhadores de empresas de trabalho temporário;</p><p>✓ os empregados a domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à prestação do</p><p>trabalho, percepção de salários e os necessários ao desenvolvimento das relações com o</p><p>empregador;</p><p>✓ os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro principal;</p><p>✓ os atletas profissionais.</p><p>O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador</p><p>para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.</p><p>O Vale-Transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público</p><p>urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao</p><p>urbano.</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/anotacoes_desabonadoras.htm</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%2095.247-1987?OpenDocument</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7418.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7418.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7418.htm</p><p>Está exonerado da obrigatoriedade do Vale-Transporte o empregador que</p><p>proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte</p><p>coletivo, o deslocamento, residência-trabalho e vice-versa, de seus trabalhadores.</p><p>Caso o empregador forneça ao beneficiário transporte próprio ou fretado que não</p><p>cubra integralmente os deslocamentos deste, o Vale-Transporte deverá ser aplicado para</p><p>os segmentos da viagem não abrangidos pelo referido transporte.</p><p>É vedado ao empregador substituir o Vale-Transporte por antecipação em dinheiro</p><p>ou qualquer outra forma de pagamento.</p><p>A declaração falsa ou o uso indevido do Vale-Transporte constituem falta grave e</p><p>passível de demissão por justa causa.</p><p>O Vale-Transporte será custeado:</p><p>✓ pelo beneficiário, na parcela equivalente até 6% (seis por cento) de seu salário básico</p><p>ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;</p><p>✓ pelo empregador, no que exceder à parcela referida neste caso de 6%; e</p><p>✓ o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa ou</p><p>serviço feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de comissões,</p><p>percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE VALE TRANSPORTE</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.250,00 por mês, gasta 8,00 por dia de Vale Transporte.</p><p>Quanto à empresa terá que descontar do funcionário e custear o restante do Transporte do</p><p>mesmo no mês que tenha 22 dias úteis?</p><p>Salário: 1.250,00 X 6% = 75,00 – A empresa vai descontar do funcionário.</p><p>Valor Total de Transporte para o mês: 8,00 X 22 dias (úteis) = 176,00</p><p>Valor que a empresa terá que custear: 176,00 – 75,00 = 101,00</p><p>O Cálculo dos 6% de Vale Transporte do salário do empregado também pode ser feito de</p><p>outra forma, algumas empresas utilizam essa formula de cálculo.</p><p>Salário: 1.250,00 / 30 dias X 22 dias úteis X 6% = 55,00</p><p>Usando essa forma seria descontado do funcionário o valor de 55,00, forma mais vantajosa</p><p>para o funcionário.</p><p>VALE REFEIÇÃO</p><p>O Vale Refeição ou Alimentação é uma parcela paga “in-natura” pela empresa, não</p><p>tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui</p><p>base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de</p><p>Serviço e nem se configura como rendimento tributável do trabalhador.</p><p>A Lei não obriga o empregador a disponibilizar refeição ou alimentação ao</p><p>funcionário, mas se o empregador disponibilizar só poderá descontar do funcionário até</p><p>20% do custo da refeição conforme artigo da CLT abaixo:</p><p>“A participação do trabalhador fica limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto</p><p>da refeição. Art. 458 – CLT.”</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE VALE REFEIÇÃO</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.200,00 por mês, com custo de alimentação de R$ 19,00</p><p>reais por dia, suponhamos que o mês tenha 21 dias úteis. Quanto a empresa terá que pagar</p><p>de alimentação ao funcionário e quanto poderá ser descontado do mesmo?</p><p>Valor da Alimentação por dia 19,00 por dia: 19,00 X 21 dias úteis = 399,00 por mês.</p><p>Valor descontado do funcionário: 399,00 X 20% = 79,80</p><p>Valor que a empresa terá que custear: 399,00 – 79,80 = 319,20</p><p>Observação: A empresa pode descontar 1,00 apenas do funcionário por mês de</p><p>alimentação, de acordo com a lei, caso não seja descontado nenhum valor “vira salário” e</p><p>incorporando ao salário serão recolhidos alguns encargos tais como: INSS, IR, FGTS etc...</p><p>PARTE 5 – FÉRIAS, 13º SALÁRIO</p><p>DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS</p><p>É direito do trabalhador o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um</p><p>terço a mais do que o salário normal. CF – Art. 7, XVIII.</p><p>Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem</p><p>prejuízo da remuneração. Art. 129 – CLT.</p><p>As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)</p><p>meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Art. 134</p><p>– CLT.</p><p>PERÍODO AQUISITIVO E CONCESSIVO</p><p>Período aquisitivo: o período aquisitivo de férias é o período de 12 (doze) meses a contar</p><p>da data de admissão do empregado que, uma vez completados, gera o direito ao</p><p>empregado de gozar os 30 (trinta) dias de férias.</p><p>Período Concessivo: o período concessivo de férias é o prazo que a lei estabelece para</p><p>que o empregador conceda as férias ao empregado. Este prazo equivale aos 12 (doze)</p><p>meses subsequentes a contar da data do período aquisitivo completado.</p><p>Parcelas das Férias em três períodos</p><p>Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em</p><p>até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os</p><p>demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Lei 13.467/17, Art. 134</p><p>– CLT, § 1o .</p><p>É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de</p><p>repouso semanal remunerado.</p><p>A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com</p><p>antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.</p><p>Art. 135 – CLT.</p><p>O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao</p><p>empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a</p><p>respectiva concessão.</p><p>A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do</p><p>empregador. Art. 136 – CLT.</p><p>Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou</p><p>empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto</p><p>não resultar prejuízo para o serviço.</p><p>O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir</p><p>suas férias com as férias escolares.</p><p>Sempre que as férias forem concedidas após o prazo (período concessivo), o</p><p>empregador pagará em dobro com um terço da respectiva remuneração. Art. 137 – CLT.</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/admissao.htm</p><p>DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO PECUNIÁRIO</p><p>REMUNERAÇÃO</p><p>O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na</p><p>data da sua concessão. Art. 142 – CLT.</p><p>Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do</p><p>período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.</p><p>Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média da produção no</p><p>período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data</p><p>da concessão das férias.</p><p>Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem (caminhoneiro</p><p>etc..), apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que</p><p>precederem à concessão das férias.</p><p>A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação</p><p>na Carteira de Trabalho</p><p>e Previdência Social.</p><p>Sumula TST n° 367</p><p>Assim, caracteriza salário in natura (utilidade) quando houver:</p><p>✓ Fornecimento de utilidade pelo empregador;</p><p>✓ Com habitualidade;</p><p>✓ Qualificada pela natureza de retribuição, ou seja, concessão PELO trabalho;</p><p>✓ Utilidade precisa ser benéfica, sendo vedada bebida alcoólica, drogas, cigarros (Sumula</p><p>367, II, TST).</p><p>“a habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado,</p><p>quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que,</p><p>no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares”.</p><p>Observação: A empresa paga a habitação do funcionário, energia elétrica etc, nas férias o</p><p>funcionário continuará recebendo.</p><p>Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão</p><p>computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias.</p><p>ABONO PECUNIÁRIO</p><p>É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver</p><p>direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias</p><p>correspondentes. Art. 143 – CLT.</p><p>O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do</p><p>período aquisitivo.</p><p>O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono serão</p><p>efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Art. 145 –CLT.</p><p>O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das</p><p>férias.</p><p>PERDA DO DIREITO DAS FÉRIAS</p><p>Art. 133 – CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período</p><p>aquisitivo:</p><p>✓ deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua</p><p>saída; neste caso é válido para o funcionário que pede demissão e não for contrato dentro</p><p>do prazo já mencionado, no contrário continua a contagem do período aquisitivo;</p><p>✓ permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;</p><p>✓ deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude</p><p>de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e</p><p>✓ tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-</p><p>doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.</p><p>A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho</p><p>e Previdência Social.</p><p>Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o</p><p>implemento de qualquer das condições previstas, retornar ao serviço.</p><p>REDUÇÃO DAS FÉRIAS POR FALTA INJUSTIFICADAS</p><p>Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de</p><p>trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:</p><p>✓ 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;</p><p>✓ 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)</p><p>faltas;</p><p>✓ 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;</p><p>✓ 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas)</p><p>faltas.</p><p>serviço.</p><p>É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.</p><p>O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de</p><p>ANTECIPAÇÃO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO NAS FÉRIAS</p><p>O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o</p><p>requerer no mês de janeiro do correspondente ano.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE FÉRIAS E ABONO PECUNIÁRIO</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.800,00 por mês, vai entrar de férias do 01/06/2017 à</p><p>30/06/2017. Quanto o funcionário irá receber de Férias?</p><p>Salário: 1.800,00</p><p>1/3 das Férias: 1.800,00 / 3 = 600,00</p><p>Total a Receber de Férias: 1.800,00 + 600,00 = 2.400,00</p><p>2) Funcionário, com salário de 1.700,00 por mês, vai gozar suas férias do 01/06/2017 à</p><p>20/06/2017, pois solicitou que fosse convertido 1/3 (um terço) do período de férias a que</p><p>tem direito em abono pecuniário. Quanto o funcionário irá receber de Férias + Abono</p><p>Pecuniário?</p><p>20 dias de Férias</p><p>Salário: 1.700,00 / 30 dias X 20 dias = 1.133,33</p><p>1/3 das Féria: 377,77</p><p>10 dias de Abono Pecuniário</p><p>Abono Pecuniário: 1.700,00 / 30 dias X 10 dias = 566,67</p><p>1/3 de Abono das Férias: 188,89</p><p>Total a Receber das Férias + Abono: 1.133,33 + 377,77 + 566,67+ 188,89 = 2.266,66</p><p>Observação: Além dos valores mencionados acima, o funcionário ainda vai receber como</p><p>forma de salário + 10 dias trabalhados, ou seja, o funcionário abriu mão de 10 dias de férias</p><p>e vai retornar ao trabalho no dia 21/06/2017.</p><p>13º SALÁRIO</p><p>O pagamento da gratificação salarial, será efetuado pelo empregador até o dia 20</p><p>de dezembro de cada ano, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês de</p><p>acordo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso. Decreto nº 57.155/65 –</p><p>Art. 1º; Lei nº 4.090/63 e Lei nº 4.749/65.</p><p>A gratificação corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida em</p><p>dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, sendo que a fração igual ou superior</p><p>a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral.</p><p>Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano (30 de novembro), o</p><p>empregador pagará, como adiantamento da gratificação, de uma só vez, metade do salário</p><p>recebido pelo empregado no mês anterior.</p><p>O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento no mesmo mês a todos</p><p>os seus empregados.</p><p>A importância que o empregado houver recebido a título de adiantamento será</p><p>deduzida do valor da gratificação devida.</p><p>Quando parte da remuneração for paga em utilidades, o valor da quantia</p><p>efetivamente descontada e correspondente a essas, será computado para fixação da</p><p>respectiva gratificação.</p><p>Os descontos de INSS, IRRF, incidirão sobre o pagamento da gratificação efetuado</p><p>no mês de dezembro.</p><p>SÚMULA Nº 45 DO TST – HORAS EXTRAS</p><p>A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo</p><p>da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962.</p><p>SÚMULA Nº 60 DO TST – ADICIONAL NOTURNO</p><p>I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos</p><p>os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974);</p><p>II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é</p><p>também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ</p><p>nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996).</p><p>ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE</p><p>Os adicionais de insalubridade e de periculosidade integram o pagamento do 13º</p><p>salário, uma vez que fazem parte da remuneração do empregado.</p><p>Estes adicionais, embora sejam percentuais aplicados sobre valores determinados</p><p>(salário básico ou salário-normativo, se mais vantajoso), não precisa ser feito média, ou</p><p>seja, há que se verificar a proporcionalidade em relação ao período em que o empregado</p><p>realmente exerceu atividade insalubre ou periculosa.</p><p>EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE 13º SALÁRIO</p><p>1) Funcionário, com salário de 1.200,00 por mês, entrou na empresa em 10/01/2017.</p><p>Quanto o funcionário irá receber de 13º salário?</p><p>Salário: 1.200,00</p><p>Primeira parcela a receber: 1.200,00 / 2 = 600,00 paga até dia 30 de novembro.</p><p>Segunda parcela a receber: 600,00 paga até dia 20 de dezembro.</p><p>2) Funcionário, com salário de 1.350,00 por mês, entrou na empresa em 20/01/2017.</p><p>Quanto o funcionário irá receber de 13º salário?</p><p>Salário: 1.350,00 / 12 meses = 112,50 por mês. Como o funcionário entrou na empresa em</p><p>20/01/2017 deixou de receber 1/12 avos.</p><p>Cálculo: 112,50 X 11 meses = 1.237,50</p><p>Primeira parcela a receber: 1.237,50 / 2 = 618,75 paga até dia 30 de novembro.</p><p>Segunda parcela a receber: 618,75 paga até dia 20 de dezembro.</p><p>PARTE 6 – LICENÇA MATERNIDADE, ACICENTE DE TRABALHO E ESTABILIDADE DE</p><p>RETORNO AO TRABALHO</p><p>LICENÇA MATERNIDADE</p><p>Não constitui justo motivo para</p><p>a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato</p><p>de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Art. 391- CLT.</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/insalubridade.htm</p><p>http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/periculosidade.htm</p><p>Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos</p><p>ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de</p><p>casamento ou de gravidez.</p><p>A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho,</p><p>ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada</p><p>gestante a estabilidade provisória. Art. 391-A – CLT.</p><p>Aplica-se a mesma regra do parágrafo anterior ao empregado (homem) adotante</p><p>ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. Lei 13.509/17 - Art.</p><p>391-A – CLT.</p><p>A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte)</p><p>dias, sem prejuízo do emprego e do salário. Art. 392 – CLT.</p><p>A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data</p><p>do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia</p><p>antes do parto e ocorrência deste.</p><p>Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2</p><p>(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.</p><p>Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias.</p><p>É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e</p><p>demais direitos:</p><p>✓ transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a</p><p>retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;</p><p>✓ dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo,</p><p>seis consultas médicas e demais exames complementares.</p><p>À empregada ou empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de</p><p>adoção de criança ou adolescente será concedida licença-maternidade de 120 (cento e</p><p>vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.</p><p>A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial</p><p>de guarda à adotante ou guardiã.</p><p>Durante o período de 120 dias, a mulher terá direito ao salário integral e, quando</p><p>variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem</p><p>como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que</p><p>anteriormente ocupava. Art. 393 – CLT.</p><p>Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de</p><p>insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:</p><p>I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, médio e mínimo, enquanto durar a</p><p>gestação. Art. 394-A – CLT – Lei 13.467/17.</p><p>Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada exerça suas</p><p>atividades em local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de</p><p>risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, durante todo o período de</p><p>afastamento. Lei 13.467/17, Art. 394-A, § 3o.</p><p>Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a</p><p>mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito</p><p>de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Art. 395 – CLT.</p><p>Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete</p><p>6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois)</p><p>descansos especiais de meia hora cada um. Art. 396 – CLT.</p><p>Os horários dos descansos de meia hora cada um deverão ser definidos em acordo</p><p>individual entre a mulher e o empregador.</p><p>ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa</p><p>ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando</p><p>lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,</p><p>permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Lei nº 8.213/91 – Art. 19.</p><p>A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de</p><p>proteção e segurança da saúde do trabalhador.</p><p>Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as</p><p>normas de segurança e higiene do trabalho.</p><p>É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da</p><p>operação a executar e do produto a manipular.</p><p>O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e</p><p>entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos</p><p>parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.</p><p>Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes entidades mórbidas:</p><p>I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do</p><p>trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo</p><p>Ministério do Trabalho e da Previdência Social;</p><p>II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de</p><p>condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.</p><p>Não são consideradas como doença do trabalho:</p><p>a) a doença degenerativa;</p><p>b) a inerente a grupo etário;</p><p>c) a que não produza incapacidade laborativa;</p><p>d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se</p><p>desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto</p><p>determinado pela natureza do trabalho.</p><p>Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação</p><p>prevista nos itens I e II resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e</p><p>com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do</p><p>trabalho.</p><p>III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua</p><p>atividade;</p><p>O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:</p><p>a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;</p><p>b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou</p><p>proporcionar proveito;</p><p>c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta</p><p>dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do</p><p>meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;</p><p>d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que</p><p>seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.</p><p>Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de</p><p>outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é</p><p>considerado no exercício do trabalho.</p><p>Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,</p><p>resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do</p><p>anterior.</p><p>A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará</p><p>caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo</p><p>técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade</p><p>da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade</p><p>elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que</p><p>dispuser o regulamento. Art. 21-A. Lei Complementar nº 150/15.</p><p>A perícia médica do INSS deixará de aplicar sua regra quando demonstrada a</p><p>inexistência do nexo causal apurado.</p><p>ESTABALIDADE APÓS O RETORNO DO ACIDENTE DO TRABALHO</p><p>O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de 12 meses,</p><p>a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio- doença</p><p>acidentário, independente de percepção de auxílio-acidente. Significa dizer que tem</p><p>garantido o emprego o empregado que recebeu alta médica, após o retorno do benefício</p><p>previdenciário. Lei nº 8.213/91, Art. 118.</p><p>Observação: Só terá direito a Estabilidade</p>