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<p>CRIMES</p><p>VIRTUAIS</p><p>INTERNET</p><p>◎ Benefícios e malefícios</p><p>◎ Utilização da internet como ferramenta</p><p>para a prática delitiva</p><p>◎ Surgimento de novas práticas de crimes</p><p>◎ Avanço e popularização da internet</p><p>◎ Pulverização do comércio eletrônico</p><p>◎ Dinheiro e informações circulando</p><p>conjuntamente</p><p>◎ Algumas condutas praticadas pela internet</p><p>são penalmente tidas por típicas, mas</p><p>outras como atípicas</p><p>◎ Vulnerabilidade do sistema de informática</p><p>◎ Dificuldade na criação de legislação que</p><p>trata acerca de crimes na era Digital</p><p>◎ Risco de punir o inocente</p><p>◎ As “testemunhas máquinas” não</p><p>conseguem diferenciar “dolo” e “culpa”</p><p>◎ O computador não traz informações de</p><p>contexto da situação</p><p>◎ Não traduz a intenção</p><p>◎ “Disseminar vírus é crime.”</p><p>◎ Possibilidade de controle remoto de</p><p>computadores (zumbis) por terceiros para</p><p>gerar este tipo de ação.</p><p>◎ Desafios conceituais – Crime de furto (Art. 155</p><p>CP) em que configura o tipo penal tornar</p><p>indisponível coisa alheia móvel</p><p>◎ Na era dos dados, copiar e colar não tipifica</p><p>furto?</p><p>◎ Diferença entre pegar a quadrilha que passa</p><p>email falso e não o inocente que passa para</p><p>frente um email falso sem saber que está</p><p>mandando vírus</p><p>◎ Necessidade de novas punições para</p><p>condutas novas e antigas</p><p>◎ Atualização do Código Penal, Código de</p><p>Processo Penal e Lei de Execuções Penais</p><p>◎ Modelo forte de prova de autoria</p><p>◎ Crime eletrônico é crime de meio (Robson</p><p>Ferreira em tese de crimes eletrônicos)</p><p>◎ Possibilidade de classificar os crimes por</p><p>computador levando em conta o papel do</p><p>computador no ilícito</p><p> Quando o computador é alvo (invasão,</p><p>contaminação por vírus, sabotagem do sistema,</p><p>destruição ou modificação de banco de dados, furto</p><p>de informação, furto de propriedade intelectual,</p><p>vandalismo cibernético, acesso abusivo)</p><p> Quando o computador é o instrumento para o crime</p><p>(fraude de conta bancária ou cartão de crédito,</p><p>transferência de valores, divulgação ou exploração</p><p>de pornografia)</p><p> Quando o computador é incidental para outro crime</p><p>(crimes contra a honra, jogo ilegal, lavagem de</p><p>dinheiro, fraudes contábeis, registro de atividade de</p><p>crime organizado)</p><p> Quando o crime está associado com o computador</p><p>(pirataria de software, falsificação de programas,</p><p>divulgação, utilização ou reprodução ilícita de dados,</p><p>comércio ilegal de equipamentos e programas)</p><p>◎ Modalidades (Hervé Croze e Yves Bismuth):</p><p>◎ Crimes de informática próprios: atos contra</p><p>o computador (contra o próprio material</p><p>informático, o computador propriamente</p><p>dito e seus componentes) e atos contra os</p><p>dados ou programas de computador</p><p>◎ Crimes de informática impróprios: infrações já</p><p>previstas penalmente, que não são propriamente</p><p>crimes de informática, ou seja, todos e quaisquer</p><p>crimes que utilizarem a informática como</p><p>instrumento para a sua execução. Computador</p><p>como meio.</p><p>◎ Crimes contra o patrimônio, estelionato; contra a</p><p>honra, calúnia; contra a liberdade individual,</p><p>violação da intimidade, da correspondência e da</p><p>liberdade de comunicação.</p><p>◎ Em sua maioria não é um crime de fim, ou seja, o crime cuja</p><p>modalidade só ocorra em ambiente virtual (exceção dos</p><p>cometidos por hackers, por exemplo)</p><p>◎ O meio de materialização da conduta criminosa pode ser</p><p>virtual, mas em certos casos o crime não.</p><p>◎ A maioria dos crimes cometidos na rede ocorre também no</p><p>mundo real.</p><p>◎ A internet surge como facilitador, principalmente em relação</p><p>ao anonimato que proporciona</p><p>◎ As questões quanto ao conceito de crime, delito, ato e</p><p>efeito são as mesmas, quer sejam aplicadas para o Direito</p><p>Penal ou para o Direito Penal Digital.</p><p>◎ As principais inovações jurídicas trazidas no âmbito</p><p>digital se referem à territorialidade e à investigação</p><p>probatória, bem como a necessidade de tipificação penal</p><p>de algumas modalidades que, em razão da suas</p><p>peculiaridades, merecem ter um tipo penal próprio.</p><p>◎ IP – para o Direito Digital, o IP (internet protocol - protocolo</p><p>de comunicação usado entre todas as máquinas em rede para</p><p>encaminhamento dos dados) constitui uma forma de</p><p>identificação virtual.</p><p>◎ Anonimato na rede é relativo</p><p>◎ Muitas identidades virtuais podem não ter um</p><p>correspondente de identidade real</p><p>◎ Devido à dimensão e caráter globalizado da rede, a facilidade</p><p>para se criar “laranjas” é ainda maior</p><p>◎ Crimes mais comuns no Brasil</p><p>◎ Estelionato</p><p>◎ Pornografia infantil</p><p>◎ ESTUPRO VIRTUAL</p><p>◎ Um homem sueco está sendo julgado por acusações de ter</p><p>estuprado 27 vítimas, garotas menores de idade do Canadá,</p><p>Estados Unidos e Reino Unido.</p><p>◎ O crime aconteceu pela internet – sem haver contato físico</p><p>entre o agressor e as vítimas.</p><p>◎ É a primeira vez que alguém vai a julgamento na Suécia por</p><p>uma violência sexual praticada virtualmente.</p><p>◎ Bjorn Samstrom, de 41 anos, é acusado de forçar as</p><p>vítimas a praticarem diante da webcam atos sexuais</p><p>não consentidos, inclusive com animais, sob ameaça de</p><p>morte a elas e aos familiares ou de terem fotos expostas</p><p>nas redes sociais e sites pornográficos.</p><p>◎ As primeiras agressões, contra duas meninas</p><p>canadenses, teriam ocorrido em 2015. Na época, elas</p><p>tinham 13 anos.</p><p>◎ Em entrevista ao jornal canadense The Globe and Mail,</p><p>a promotora sueca Annika Wennerstrom disse que, na</p><p>lei da Suécia, a definição de estupro não</p><p>necessariamente envolve penetração.</p><p>◎ Segundo a promotora, uma decisão da Suprema Corte do</p><p>país já considerou que violência sexual pode ser cometida</p><p>pela internet, mas nunca houve a condenação de um</p><p>estupro virtual.</p><p>◎ Ela afirma que, uma vez que a tecnologia não tem limites,</p><p>a definição do que pode ser considerado estupro precisa</p><p>ser adaptada.</p><p>◎ Casos no Brasil</p><p>◎ No dia 10 de agosto de 2017 ocorreu a condenação do</p><p>primeiro caso do que ficou conhecido como “estupro virtual”</p><p>no Brasil.</p><p>◎ O episódio aconteceu na capital piauiense, Teresina,</p><p>resultando na prisão de um técnico de informática de 34 anos.</p><p>◎ O agressor ameaçou publicar fotos íntimas da vítima caso ela</p><p>não mandasse fotos e vídeos dela se masturbando com</p><p>vibradores e outros objetos.</p><p>A vítima, de 32 anos, é universitária e já foi namorada</p><p>do agressor.</p><p>◎ O ex-namorado da vítima criou um perfil em</p><p>nome dela que continha fotos íntimas, fotos da</p><p>família e do filho da universitária.</p><p>◎ Como a estudante não sabia de onde partiam as</p><p>ameaças resolveu denunciar.</p><p>◎ Durante a investigação, a polícia chegou ao IP</p><p>(endereço virtual) do técnico de informática,</p><p>efetuando assim a prisão. Também foram</p><p>encontradas no computador dele fotos íntimas de</p><p>outras mulheres.</p><p>◎ Um outro caso interpretado como estupro</p><p>virtual, dessa vez em Minas Gerais, levou</p><p>um homem à prisão no dia 20 de setembro</p><p>de 2017.</p><p>◎ As vítimas, cinco mulheres de idades entre 16 e 24</p><p>anos, eram conhecidas do jovem de 19 anos e</p><p>foram ameaçadas de serem mortas e terem fotos</p><p>íntimas divulgadas.</p><p>Ele também usava um perfil falso nas redes</p><p>sociais e exigia que lhe enviassem fotos e vídeos</p><p>pornográficos.</p><p>◎ Uma das mulheres que foram vítimas tentou se</p><p>matar e o pai de outra das vítimas pagou R$ 3.000</p><p>para livrá-las das ameaças</p><p>◎ O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul</p><p>(TJRS) condenou um estudante de</p><p>medicina a 14 anos, 2 meses e 11 dias de</p><p>prisão por "estupro virtual de vulnerável" e</p><p>por armazenar imagens pornográficas de</p><p>menores de idade.</p><p>◎ A pena foi determinada pela juíza Tatiana</p><p>Gischkow Golbert, da 6° Vara Criminal do</p><p>Foro Central de Porto Alegre.</p><p>◎ A investigação começou em abril de 2018, em São</p><p>Paulo, quando o pai de um menino de 10 anos</p><p>percebeu que o filho trocava mensagens de</p><p>conteúdo sexual com o suspeito.</p><p>◎ Ele levou o caso à Polícia Civil de SP, que rastreou</p><p>os diálogos e chegou a Porto Alegre, descobrindo</p><p>que mensagens eram enviadas de computadores</p><p>da faculdade onde o estudante era aluno</p><p>◎ Segundo o Ministério Público gaúcho, o estudante de</p><p>medicina está preso desde 19 de setembro de 2017.</p><p>◎ No apartamento do suspeito, a Polícia encontrou um</p><p>computador com mais de 12 mil fotos de crianças e</p><p>adolescentes.</p><p>◎ Celular e outros equipamentos também foram</p><p>recolhidos pelos peritos, que acompanharam o</p><p>cumprimento do mandado de busca e apreensão e</p><p>iniciaram a perícia nos equipamentos ainda no local.</p><p>◎ Julio Almeida – Promotor de Justiça do caso –</p><p>◎ “Embora abusador e vítima estivessem</p><p>geograficamente em estados diferentes, o ambiente</p><p>virtual é capaz de simular o encontro, como se de fato,</p><p>fisicamente, juntos estivessem, e isso, certamente,</p><p>provocou danos à vítima, que, após o ocorrido, passou</p><p>a manifestar comportamento atípico e a repetir a</p><p>situação vivenciada por influencia do réu, tanto que</p><p>vem recebendo acompanhamento psicológico”</p><p>◎ A repercussão dos casos foi grande e gerou</p><p>muitos questionamentos a respeito do</p><p>termo usado para categorizar o crime de</p><p>“estupro virtual”.</p><p>◎ TIPO PENAL</p><p>◎ CP Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,</p><p>a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique</p><p>outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009 –</p><p>ampliou o conceito de estupro)</p><p>◎ Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.</p><p>◎ § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a</p><p>vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:</p><p>◎ Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.</p><p>◎ § 2o Se da conduta resulta morte:</p><p>◎ Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos</p><p>◎ Sujeito at ivo: qualquer pessoa</p><p>◎ Sujeito passivo: qualquer pessoa</p><p>◎ Objeto jurídico: liberdade sexual da</p><p>pessoa humana</p><p>◎ Objeto material: a pessoa que sofre o</p><p>constrangimento</p><p>◎ Elementos objet ivos do t ipo: Constranger (tolher</p><p>a liberdade, forçar ou coagir) alguém (pessoa</p><p>humana), mediante o emprego de violência ou</p><p>grave ameaça, à conjunção carnal (cópula entre</p><p>pênis e vagina), ou à prática de outro ato</p><p>libidinoso (qualquer contato que propicie a</p><p>satisfação do prazer sexual, como por exemplo, o</p><p>sexo oral ou anal, ou o beijo lascivo), bem como a</p><p>permitir que com ele se pratique (forma passiva)</p><p>outro ato libidinoso</p><p>◎ Elemento subjet ivo do crime: dolo</p><p>◎ Elemento subjet ivo do t ipo específico: finalidade de</p><p>obter a conjunção carnal ou outro ato libidinoso,</p><p>satisfazendo a lascívia.</p><p>◎ Momento consumat ivo: basta a introdução, ainda</p><p>que incompleta, do pênis na vagina,</p><p>independentemente de ejaculação ou satisfação</p><p>efetiva do prazer sexual, sob um aspecto; e com a</p><p>prática de qualquer ato libidinoso,</p><p>independentemente de ejaculação ou satisfação</p><p>efetiva do prazer sexual, em outro prisma.</p><p>◎ Desnecessidade de contato físico ent re autor e vít ima</p><p>para que se configure o crime de estupro</p><p>◎ Em 2016 o Superior Tribunal de Justiça (STJ), julgou um</p><p>caso do Estado do Mato Grosso (Recurso em Habeas</p><p>Corpus – RHC 70976/MS) em que uma criança de dez anos</p><p>de idade foi levada por mulheres (cafetinas) a um motel.</p><p>◎ Lá, elas a despiram e a expuseram nua a um homem, que</p><p>havia pago R$ 400 pelo encontro, a fim de contemplar</p><p>lascivamente a criança sem roupas.</p><p>◎ O homem foi denunciado por estupro de vulnerável (art. 217-A</p><p>do Código Penal Brasileiro – CPB), mas a defesa alegou que,</p><p>visto que não houve contato físico entre autor e vítima, não</p><p>seria possível a ocorrência de tal crime.</p><p>◎ O caso chegou ao STJ por meio do RHC 70976 / MS e o relator</p><p>Joel Ilan Paciornik negou provimento ao RHC e considerou</p><p>que não há necessidade de contato físico entre autor e vítima</p><p>para que se configure o estupro, pois “a dignidade sexual não</p><p>se ofende somente com lesões de natureza física” e que “a</p><p>maior ou menor gravidade do ato libidinoso praticado […]</p><p>constitui matéria afeta à dosimetria da pena”.</p><p>◎ A par da decisão do STJ, deve-se destacar</p><p>que a maior parte dos autores de direito</p><p>penal consideram que a contemplação</p><p>lasciva configura o ato libidinoso</p><p>constitutivo dos tipos dos arts. 213 e 217-A</p><p>do Código Penal</p><p>◎ A desnecessidade de contato físico entre autor e vítima para que se</p><p>configure o crime de estupro é o fundamento que permite a prática</p><p>desse crime por meio da internet.</p><p>◎ Ora, se o STJ considerou (RHC 70976 / MS) que configura ato</p><p>libidinoso contemplar o corpo nu de uma criança em um quarto de</p><p>motel, mediante paga, tendo aquela sido transportada por, em</p><p>tese, cafetinas, então com muito mais razão configura a prática de</p><p>ato libidinoso exigir via internet que uma mulher pratique atos</p><p>sexuais diante de uma webcam sob a grave ameaça de ter seus</p><p>vídeos íntimos publicados.</p><p>◎ Nos casos de estupro virtual, são satisfeitos todos os</p><p>requisitos previstos pelo art. 213 do Código Penal para</p><p>que o crime de estupro se configure.</p><p>◎ O que ocorre é que houve o crime de estupro na</p><p>modalidade virtual, já que não existe no ordenamento</p><p>jurídico brasileiro o crime de estupro virtual.</p><p>◎ “No estupro existe um certo sadismo. Alguém tem</p><p>prazer com a dor do outro. Para esse crime ser</p><p>tipificado como virtual, é preciso existir uma grave</p><p>ameaça, que pode ser contra um membro da família ou</p><p>a própria pessoa”, explica a delegada adjunta da</p><p>Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam),</p><p>Scheyla Cristina Costa Santos.</p><p>◎ A apuração desse crime é complicada.</p><p>Dependemos da ajuda do Facebook, do</p><p>Google e de provedores de internet, mas eles</p><p>demoram a passar as informações. Alguns</p><p>usuários usam IP de fora do Brasil. É preciso</p><p>colaboração internacional nesses</p><p>casos."Scheyla Cristina Costa Santos,</p><p>delegada adjunta da Delegacia Especial de</p><p>Atendimento à Mulher (Deam)</p><p>◎ Análise do grau de resistência da vít ima</p><p>◎ “A tendência, contudo, é a de não se exigir da ofendida</p><p>a atitude de mártir, ou seja, de quem em defesa de sua</p><p>honra deva arriscar a própria vida, só consentindo no</p><p>ato após ter-se esgotado toda a sua capacidade de</p><p>reação. É importante, em cada caso concreto, avaliar a</p><p>superioridade de forças do agente, apta a configurar o</p><p>constrangimento através da violência.” (Scarance</p><p>Fernandes e Duek Marques in Estupro – Enfoque</p><p>vitimológico, p. 268)</p><p>◎ É primordial identificar se houve “consentimento” da</p><p>parte que se diz vítima na realização dos atos sexuais</p><p>virtuais. O teor das conversas ou mensagens trocadas</p><p>podem revelar se a vítima foi forçada a realizar tais atos</p><p>por se sentir psicologicamente constrangida ou</p><p>ameaçada.</p><p>◎ “Essa questão de que ‘os atos foram consentidos’ ou de</p><p>haver o constrangimento psicológico faz toda a diferença</p><p>na tipificação dessa modalidade de estupro”.</p><p>◎ De acordo com a advogada e especialista em Direito Digital, Patrícia</p><p>Peck Pinheiro, um exemplo de estupro virtual pode ser “quando uma</p><p>pessoa, por meio da internet, WhatsApp, Skype ou mídia social, venha a</p><p>constranger ou ameaçar a outra a tirar a roupa na frente de uma</p><p>webcam, praticar masturbação ou se fotografar pelada”.</p><p>◎ “Nós tínhamos uma visão de que, para haver o estupro, tinha que ter</p><p>contato físico. Com a atualização da lei, [foi contemplado] o uso das vias</p><p>digitais em que você não está junto da pessoa no mesmo espaço físico,</p><p>mas consegue gerar um nível de influência, ao gerar medo na vítima</p><p>mesmo de forma remota”, explica a advogada.</p><p>◎ “Quando a gente ia para o estupro a moda antiga (da lei),</p><p>sempre tinha aquela discussão de que era a palavra de um</p><p>contra a do outro. No estupro virtual, as testemunhas são as</p><p>máquinas. Elas vão depor com aquilo que ficou registrado,</p><p>frases, fotos, filmagens”, explica Patrícia Peck.</p><p>◎ Em alguns casos, em que houve mal entendido e inocentes</p><p>são falsamente acusados, os registros eletrônicos podem</p><p>atestar se houve crime ou não.</p><p>◎ REVENGE PORN</p><p>◎ Ato de expor na internet fotos e/ou vídeos íntimos de terceiros</p><p>sem o consentimento dos mesmos, geralmente contendo</p><p>cenas de sexo explícito que mesmo quando gravadas de</p><p>forma consentida, não tinham a intenção de divulgá-las</p><p>publicamente. Após o fim do relacionamento, uma das partes</p><p>divulga as cenas íntimas na internet como forma de "vingar-</p><p>se" da pessoa com quem se relacionou.</p><p>◎ Reedição da violência de gênero - nova modalidade de violência</p><p>contra mulher.</p><p>◎ "O Brasil</p><p>tem números absurdos de violência de gênero. A sociedade</p><p>trata a sexualidade da mulher como algo passível de diminuí-la .</p><p>Você não vê pessoas culpando um homem por ser exposto em vídeo.</p><p>A sociedade ainda valoriza o exercício sexual do homem, mas deseja</p><p>ver o exercício sexual da mulher ocultado. Quando isso vaza na</p><p>internet, as pessoas veem a culpa na mulher. Ela passa de vítima a</p><p>ré", diz Monalisa Barros, psicóloga e membro do Conselho Federal</p><p>de Psicologia.</p><p>◎ “Os casos de pornografia de vingança</p><p>revelam a desigualdade entre homens e</p><p>mulheres, pois nossa sociedade não aceita</p><p>que mulheres exponham sua sexualidade.”</p><p>Carmita Abdo, coordenadora do programa</p><p>de estudos em sexualidade da USP.</p><p>◎ Tiziana Cantone</p><p>◎ Em abril de 2015, enviou pelo whatsapp alguns vídeos íntimos para</p><p>5 pessoas.</p><p>◎ Entre elas o namorado, Sergio Di Palo.</p><p>◎ Os vídeos foram rapidamente compartilhados e publicados em</p><p>páginas de conteúdo adulto.</p><p>◎ Mas os italianos fizeram mais do que assistir ao vídeo:</p><p>transformaram as palavras de Tiziana em meme. Fotos dela com</p><p>as frases inundaram páginas de humor na internet e estamparam</p><p>camisetas.</p><p>◎ Ninguém se preocupou em saber o que ela</p><p>poderia estar sentindo, afinal Tiziana</p><p>parecia bastante satisfeita nas imagens.</p><p>◎ A jovem decidiu reagir. Mas não havia uma forma rápida de</p><p>tirar os vídeos de circulação.</p><p>◎ Ela levou o caso à Justiça, argumentando que as filmagens</p><p>foram colocadas em sites públicos sem o seu consentimento.</p><p>◎ Neste momento, já não conseguia levar uma vida normal.</p><p>◎ "Ela não queria sair de casa porque podia ser reconhecida. Ela</p><p>descobriu que o mundo virtual e o mundo real eram a mesma</p><p>coisa", explica Teresa Petrosino, sua amiga por mais de 15</p><p>anos.</p><p>◎ "Em algum momento, entendeu que o caso nunca</p><p>seria resolvido; que seu futuro marido, seus futuros</p><p>filhos, poderiam achar os vídeos, que eles nunca</p><p>iriam desaparecer.” Teresa Petrosino.</p><p>◎ No dia 13 de setembro de 2016 Tiziana se</p><p>suicidou.</p><p>◎ Depois do suicídio de Tiziana Cantone, o tom do</p><p>debate em torno da pornografia e da privacidade</p><p>mudou na Itália</p><p>◎ "Os jornalistas costumavam ter uma</p><p>abordagem muito despreocupada, e a</p><p>morte dela mudou isso. Em casos seguintes,</p><p>um deles envolvendo uma celebridade, eles</p><p>foram muito mais cuidadosos", afirma a</p><p>comentarista Selvaggia Lucarelli.</p><p>◎ Enquadramento legal antes da lei 13.718/18:</p><p>injúria ou difamação.</p><p>◎ Aproximadamente 70% dos casos envolve</p><p>pessoas que possuem um relacionamento efetivo</p><p>◎ Duvidas acerca da aplicação da Lei Maria da</p><p>Penha.</p><p>◎ Uma das dificuldades acerca da aplicação da Lei nº</p><p>11.340/2006, consiste em discernir os comportamentos que</p><p>caracterizam a violência doméstica contra a mulher,</p><p>sobretudo diante das constantes práticas que surgem a</p><p>cada dia na sociedade.</p><p>◎ Quando a referida lei dispõe em seu artigo 7º, II, que a</p><p>violência psicológica é, em síntese, “toda e qualquer</p><p>conduta que cause dano emocional”, torna-se</p><p>perfeitamente cabível a associação da violência psicológica</p><p>à ‘pornografia de vingança’, por todos os danos que causa</p><p>à mulher que desta conduta se tornou vítima.</p><p>◎ Difamação</p><p>◎ CP Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo</p><p>à sua reputação:</p><p>◎ Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>◎ Exceção da verdade</p><p>◎ Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite</p><p>se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao</p><p>exercício de suas funções.</p><p>◎ Sujeito at ivo: Qualquer pessoa</p><p>◎ Sujeito passivo: Qualquer pessoa, inclusive a jurídica,</p><p>que tem imagem a preservar</p><p>◎ Objeto jurídico: honra objetiva (reputação ou imagem da</p><p>pessoa diante de terceiros)</p><p>◎ Objeto material: Reputação da pessoa</p><p>◎ Elementos objet ivos do t ipo: difamar significa</p><p>desacreditar publicamente uma pessoa, maculando-lhe a</p><p>reputação. Imputar algo desairoso a outrem.</p><p>◎ Elemento subjet ivo do t ipo específico:</p><p>vontade de macular a imagem de alguém.</p><p>◎ Elemento subjet ivo do crime: dolo.</p><p>◎ Lei 13.718/18</p><p>◎ Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou</p><p>expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio</p><p>- inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de</p><p>informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro</p><p>audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de</p><p>vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem</p><p>o consent imento da vít ima, cena de sexo, nudez ou</p><p>pornografia: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato</p><p>não constitui crime mais grave.</p><p>◎ Aumento de pena</p><p>◎ § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime</p><p>é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de</p><p>afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.</p><p>◎ Exclusão de ilicitude</p><p>◎ § 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no</p><p>caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica,</p><p>cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a</p><p>identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja</p><p>maior de 18 (dezoito) anos.”</p><p>◎ Incriminação semelhante aos arts. 241 e 241-A da Lei n.</p><p>8.069/1990 (ECA). Todavia, o ECA se restringe às imagens de</p><p>crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou</p><p>pornográficas, ao passo em que o objeto do art. 218-C é mais</p><p>amplo, contemplando fotografia, vídeo ou outro registro</p><p>audiovisual que contenha:</p><p>◎ (a) cena de estupro ou de estupro de vulnerável;</p><p>◎ (b) apologia ou indução ao estupro ou ao estupro de vulnerável;</p><p>◎ (c) cena de sexo, nudez ou pornografia de pessoa que não</p><p>consent iu com os verbos incriminados no t ipo penal.</p><p>◎ O dispositivo não incriminou o sexting (sex + texting), que é a</p><p>conduta de trocar fotos, vídeos e congêneres com conteúdo</p><p>erótico, a fim de excitar a libido de alguém.</p><p>◎ A prática continua permitida e é uma decorrência da liberdade</p><p>sexual, como aspecto da autonomia da vontade.</p><p>◎ Pune-se, no art. 218-C, um comportamento posterior: após a</p><p>obtenção da imagem, que pode se dar por qualquer meio, sua</p><p>difusão desautorizada.</p><p>◎ Tipificação da divulgação de cenas de Estupro, Estupro de</p><p>Vulnerável, cenas de Sexo ou Pornografia</p><p>◎ Não é necessário que a obtenção se dê diretamente por ato</p><p>voluntário da vítima, isto é, o sujeito ativo pode conseguir a</p><p>imagem de forma clandestina ou através de terceiros.</p><p>◎ Suponhamos que uma pessoa instale uma vulnerabilidade em</p><p>computador alheio, valendo-se desse expediente para ter acesso</p><p>remoto à máquina, o que lhe permite a ter acesso às fotos da</p><p>vítima nua, por exemplo (Carolina Dieckman).</p><p>◎ A obtenção, nesse caso, configura o crime do art. 154-A do CP.</p><p>Posterior divulgação, crime do art. 218-C.</p><p>◎ Outro exemplo: a mulher repassa ao namorado uma</p><p>foto em que aparece nua e esse namorado, sem</p><p>autorização, divulga a foto em um grupo de</p><p>WhatsApp.</p><p>◎ Vários dos participantes desse grupo armazenam a</p><p>foto consigo e um deles confere nova publicidade,</p><p>publicando-a em um site de fotos eróticas.</p><p>◎ O namorado, ao obter a foto, não comete crime algum, mas</p><p>sim ao repassá-la; os integrantes do grupo de WhatsApp</p><p>que armazenaram a foto, igualmente não cometem crime,</p><p>desde que não tenham estimulado a divulgação (se</p><p>estimularam, são partícipes da conduta do namorado),</p><p>mas aquele que expôs a foto a pessoas indeterminadas,</p><p>comete o crime do art. 218-C.</p><p>◎ É possível, ainda, que os administradores do site, desde</p><p>que tenham ciência de que a foto ali se encontra publicada</p><p>de forma não autorizada, sejam enquadrados no mesmo</p><p>delito.</p><p>◎ Causa de aumento da pena prevista no § 1º</p><p>do art. 218-C, aplicável ao sujeito ativo que</p><p>mantenha ou tenha mantido relação íntima</p><p>de afeto para com a vítima (namorado,</p><p>marido, companheiro, ex-namorado, ex-</p><p>marido e ex-companheiro).</p><p>◎ Exclui relacionamento fugaz (rede social)</p><p>◎ A majorante não se aplica às relações de parentesco entre</p><p>ascendentes e descendentes, ou entre colaterais, embora, nessa</p><p>hipótese, possa ser usado o art. 226, II, do CP, que aumenta a</p><p>pena em metade</p><p>(cláusula genérica).</p><p>◎ Aumento de pena</p><p>◎ Art. 226. A pena é aumentada</p><p>◎ I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2</p><p>(duas) ou mais pessoas;</p><p>◎ II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou</p><p>madrasta , t io, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,</p><p>preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro</p><p>título tiver autoridade sobre ela ;</p><p>◎ Outra causa de aumento de pena prevista</p><p>no dispositivo: quando o crime é praticado</p><p>por vingança ou com o fim de humilhação</p><p>(naquilo que se convencionou chamar</p><p>de porn revenge).</p><p>◎ Nessa hipótese, dispensa-se a afetividade,</p><p>bastando o especial fim de agir.</p><p>◎ Caso a imagem contenha duas ou mais</p><p>pessoas filmadas ou retratadas, todas em</p><p>cena de sexo, nudez ou pornográfica,</p><p>teremos concurso formal de crimes.</p><p>◎ O número de crimes será equivalente ao</p><p>número de pessoas que foram expostas de</p><p>forma não autorizada.</p><p>◎ ESTUDO DE CASO</p><p>◎ Fotos capturadas de webcam</p><p>◎ Ação de indenização pela disseminação</p><p>das fotos da mulher nua</p><p>◎ Culpa de quem?</p><p>◎ TRIBUNAL DE JUSTIÇA</p><p>◎ R$ 100.000,00 – R$ 75.000,00 – R$ 5.000,00</p><p>◎ Trechos:</p><p>◎ “A vítima dessa divulgação foi a autora embora tenha</p><p>concorrido de forma bem acentuada e preponderante.</p><p>Ligou sua webcam, direcionou-a para suas partes</p><p>íntimas. Fez poses. Dialogou com o réu por algum</p><p>tempo. Tinha consciência do que fazia e do risco que</p><p>corria.”</p><p>◎ Dúvidas existem quanto a moral a ser protegida.</p><p>◎ Moral é postura absoluta. É regra de postura de</p><p>conduta - Não se admite sua relativização. Quem tem</p><p>moral a tem por inteiro. As fotos em momento algum</p><p>foram sensuais. As fotos em posições ginecológicas que</p><p>exibem a mais absoluta intimidade da mulher não são</p><p>sensuais. Fotos sensuais são exibíveis, não agridem e</p><p>não assustam.</p><p>◎ São poses que não se tiram fotos.</p><p>◎ As fotos viajaram de forma vulnerável na internet em</p><p>cabos opticos. E foi a autora quem ligou sua webcam que é</p><p>postada em lugar estratégico no monitor do seu</p><p>computador para o melhor ângulo fotográfico.</p><p>◎ Quem ousa posar daquela forma e naquelas</p><p>circunstâncias tem um conceito moral diferenciado,</p><p>liberal. Dela não cuida. Irrelevantes para avaliação moral</p><p>as ofertas modernas, virtuais, de exibição do corpo nu. A</p><p>exposição do nu em frente a uma webcam é o mesmo que</p><p>estar em público.</p><p>◎ Mas, de qualquer forma, e apesar de tudo isso, essas fotos</p><p>talvez não fossem para divulgação. A imagem da autora na sua</p><p>forma grosseira demonstra não ter ela amor-próprio e</p><p>autoestima.</p><p>◎ É prazeiro. Mas ainda assim temos lugar para exercitá-lo. A</p><p>postura da autora, entretanto, fragiliza o conceito genérico de</p><p>moral, o que pôde ter sido, nesse sentido, avaliado pelo réu.</p><p>Concorreu ela de forma positiva e preponderante.</p><p>◎ De qualquer forma, entretanto, por força de culpa</p><p>recíproca, ou porque a autora tenha facilitado</p><p>conscientemente sua divulgação e assumido esse risco a</p><p>indenização é de ser bem reduzida. Avaliado tudo que está</p><p>nos autos, as linhas e entrelinhas; avaliando a dúvida</p><p>sobre a autoria; avaliando a participação da autora no</p><p>evento, avaliando o conceito que a autora tem sobre o seu</p><p>procedimento, creio proporcional o valor de R$5.000,00.</p><p>◎ O Google anunciou, em junho de 2015, estar</p><p>empreendendo esforços para remover resultados</p><p>de revenge porn dos resultados de busca, algo</p><p>bastante excepcional do ponto de vista de suas</p><p>políticas.</p><p>◎ https://support.google.com/websearch/answer/6</p><p>302812?hl=pt-BR</p><p>https://support.google.com/websearch/answer/6302812?hl=pt-BR</p><p>◎ EXTORSÃO SEXUAL</p><p>◎ Pessoas que buscam namoro e sexo na internet se tornam</p><p>alvos de crimes</p><p>◎ Reino Unido - homem sozinho em casa. Uma garota pediu</p><p>para ser amiga em uma rede social. Naquela mesma noite,</p><p>começaram a trocar mensagens. Não demorou muito e a</p><p>menina já sugeria ligar as câmeras.</p><p>◎ Ela tirou a roupa primeiro; ele, depois.</p><p>◎ Foi nessa hora que a webcam desligou.</p><p>◎ Na tela, apareceu um link. Era um vídeo</p><p>que capturou as cenas de intimidade dos</p><p>dois. Em seguida a mensagem: “Eu sou um</p><p>homem. Eu te gravei pelado e hackeei toda</p><p>a sua lista de contatos. Você só tem uma</p><p>semana para me mandar o equivalente a R$</p><p>2 mil”.</p><p>◎ A maioria não faz ideia de quem está do</p><p>outro lado da tela.</p><p>◎ Às vezes, é um vigarista ou uma vigarista,</p><p>mas acontece de a conversa nem ser com</p><p>alguém de carne e osso.</p><p>◎ Existem programas de computador que</p><p>simulam uma pessoa na webcam.</p><p>◎ Verdadeira armadilha.</p><p>◎ A moça simpática da tela é comandada por botões.</p><p>Alguém aperta para ela acenar e ela acena, joga</p><p>beijinho, faz o diabo. E a vida do outro lado vira um</p><p>inferno.</p><p>◎ O número de casos de “sextorsão” mais que dobrou</p><p>em um ano no Reino Unido, passando de 385 para 864</p><p>registros entre 2015 e novembro de 2016, segundo a</p><p>Agência Nacional de Crimes (NCA, na sigla em inglês).</p><p>◎ Cerca de 95% das vítimas de sextorsão são</p><p>homens, de acordo com a NCA. As vítimas</p><p>têm entre 14 e 82 anos, mas o principal alvo</p><p>é o grupo com idades entre 21 e 30 anos.</p><p>◎ De acordo com a polícia, quatro homens</p><p>cometeram suicídio no país em 2016</p><p>depois de sofrer o crime.</p><p>◎ A NCA afirmou acreditar que o número de</p><p>vítimas é muito maior e que muitas</p><p>simplesmente não prestam queixa.</p><p>◎ Proximidade com o crime de estupro</p><p>virtual - uma modalidade do crime de</p><p>extorsão que, ao invés de vulnerar valores</p><p>patrimoniais, ataca a integridade e a</p><p>liberdade sexual da vítima.</p><p>◎ Instauração de estado de temor na vítima</p><p>em relação ao agente criminoso – mesmo</p><p>exemplo do estupro virtual</p><p>https://tecnoblog.net/229801/airbnb-quartos-cameras-ocultas/</p><p>https://tecnoblog.net/229801/airbnb-quartos-cameras-ocultas/</p><p>CRIMES VIRTUAIS�</p><p>Número do slide 2</p><p>Número do slide 3</p><p>Número do slide 4</p><p>Número do slide 5</p><p>Número do slide 6</p><p>Número do slide 7</p><p>Número do slide 8</p><p>Número do slide 9</p><p>Número do slide 10</p><p>Número do slide 11</p><p>Número do slide 12</p><p>Número do slide 13</p><p>Número do slide 14</p><p>Número do slide 15</p><p>Número do slide 16</p><p>Número do slide 17</p><p>Número do slide 18</p><p>Número do slide 19</p><p>Número do slide 20</p><p>Número do slide 21</p><p>Número do slide 22</p><p>Número do slide 23</p><p>Número do slide 24</p><p>Número do slide 25</p><p>Número do slide 26</p><p>Número do slide 27</p><p>Número do slide 28</p><p>Número do slide 29</p><p>Número do slide 30</p><p>Número do slide 31</p><p>Número do slide 32</p><p>Número do slide 33</p><p>Número do slide 34</p><p>Número do slide 35</p><p>Número do slide 36</p><p>Número do slide 37</p><p>Número do slide 38</p><p>Número do slide 39</p><p>Número do slide 40</p><p>Número do slide 41</p><p>Número do slide 42</p><p>Número do slide 43</p><p>Número do slide 44</p><p>Número do slide 45</p><p>Número do slide 46</p><p>Número do slide 47</p><p>Número do slide 48</p><p>Número do slide 49</p><p>Número do slide 50</p><p>Número do slide 51</p><p>Número do slide 52</p><p>Número do slide 53</p><p>Número do slide 54</p><p>Número do slide 55</p><p>Número do slide 56</p><p>Número do slide 57</p><p>Número do slide 58</p><p>Número do slide 59</p><p>Número do slide 60</p><p>Número do slide 61</p><p>Número do slide 62</p><p>Número do slide 63</p><p>Número do slide 64</p><p>Número do slide 65</p><p>Número do slide 66</p><p>Número do slide 67</p><p>Número do slide 68</p><p>Número do slide 69</p><p>Número do slide 70</p><p>Número do slide 71</p><p>Número do slide 72</p><p>Número do slide 73</p><p>Número do slide 74</p><p>Número do slide 75</p><p>Número do slide 76</p><p>Número do slide 77</p><p>Número do slide 78</p><p>Número do slide 79</p><p>Número do slide 80</p><p>Número do slide 81</p><p>Número do slide 82</p><p>Número do slide 83</p><p>Número do slide 84</p><p>Número do slide 85</p><p>Número do slide 86</p><p>Número do slide 87</p>