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Descrição
Nesta aula, vamos conceituar o procedimento licitatório e analisar a amplitude de seu arcabouço
constitucional e legal.
Propósito
Garantir que o(a) aluno(a) faça uma análise conceitual do procedimento licitatório e conhecer os
dispositivos normativos que dão base ao tema.
Objetivos
Módulo 1
Compreender a noção de licitação e sua importância.
Analisar os dispositivos constitucionais sobre o tema.
Conhecer a competência legislativa em relação às licitações.
Identificar a base normativa infraconstitucional das licitações.
Módulo 2
Analisar as consequências jurídicas da nova Lei Geral de Licitação e Contratos Administrativos
(Lei nº 14.133/2021) e sua coexistência parcial e temporária com a legislação vigente.
Compreender a amplitude de aplicação da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
Analisar a aplicação subsidiária da Lei nº 14.133/2021 às empresas públicas e às sociedades
de economia mista.
Conhecer os casos de não abrangência da nova lei e os casos especiais.
Módulo 3
Conhecer os princípios básicos da Administração Pública, previstos no art. 37, caput da
CF/1988.
Analisar os princípios específicos aplicáveis às licitações e aos contratos da Administração
Pública.
Módulo 4
Conhecer o conceito de agente público à luz do Direito Administrativo.
Analisar os requisitos que devem ser observados na investidura do agente da licitação.
Diferenciar agente da licitação de agente de contratação.
Módulo 1
Aspectos constitucionais
Conceito de licitação
Administração Pública é a soma de todos os órgãos criados para a realização dos objetivos
governamentais. Assim, de forma geral, a Administração representa todo e qualquer instrumento
estatal voltado para a satisfação do bem comum, tendo como atividade precípua a execução de
políticas públicas.
Nesse sentido, a Administração Pública exerce inúmeras atividades, sempre visando à
consecução do bem comum. Para atingir tal desiderato, necessita de bens e serviços fornecidos
por terceiros, razão pela qual é obrigada a firmar contratos de obras, prestação de serviços,
fornecimento de bens, execução de serviços públicos, locações etc.
Não poderia a lei deixar ao exclusivo critério do gestor público a escolha das pessoas que seriam
contratadas, visto que daria margem a escolhas impróprias ou mesmo a ajustes não republicanos
que acarretariam lesão aos cofres públicos. Portanto, a licitação tem por objeto principal contornar
esses riscos, sendo um procedimento “pré-contratual” que visa garantir impessoalidade nas
contratações por parte da Administração Pública.
Nessa senda, podemos conceituar a licitação como uma espécie de processo administrativo,
destinado principalmente à busca da proposta mais vantajosa entre as apresentadas por aqueles
que pretendem celebrar contratos com a Administração Pública.
Pode-se afirmar que a licitação é uma verdadeira “ponte” que liga o interesse da Administração
Pública (contratar) ao interesse do particular (ser contratado), garantindo uma disputa isonômica
entre os competidores, viabilizando a melhor contratação possível para o Estado e permitindo que
qualquer interessado que atenda aos requisitos legais possa contratar.
A licitação tem natureza jurídica de processo administrativo com fim seletivo, visto que se traduz
num conjunto de atos concatenados que fundamentarão uma futura escolha administrativa de
contratar este ou aquele particular.
Destaca-se ainda que se trata de procedimento vinculado, isto é, fixadas as regras, ao gestor
cabe observá-las rigorosamente, não havendo margem para apreciação subjetiva. Somente assim
será assegurado o interesse daqueles que pretendem contratar com a Administração Pública e a
probidade na realização do certame.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_scorm/img/08.jpg
Nessa toada, vale destacar o art. 10, IV da Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa),
in verbis:
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas
no art. 1º desta Lei, e notadamente
(...) IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado.
Ainda em relação ao conceito de licitação, temos o trecho do brilhante voto do ministro Eros Grau,
no julgamento da ADI nº 3.070/RN, STF:
(...) 3. A licitação é um procedimento que visa à satisfação do interesse público, pautando-
se pelo princípio da isonomia. Está voltada a um duplo objetivo: o de proporcionar à
Administração a possibilidade de realizar o negócio mais vantajoso – o melhor negócio – e o
de assegurar aos administrados a oportunidade de concorrerem, em igualdade de
condições, à contratação pretendida pela Administração. Imposição do interesse público,
seu pressuposto é a competição. Procedimento que visa à satisfação do interesse público,
pautando-se pelo princípio da isonomia, a função da licitação é a de viabilizar, através da
mais ampla disputa, envolvendo o maior número possível de agentes econômicos
capacitados, a satisfação do interesse público. A competição visada pela licitação, a
instrumentar a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, impõe-se seja
desenrolada de modo que reste assegurada a igualdade (isonomia) de todos quantos
pretendam acesso às contratações da Administração. 4. A lei pode, sem violação do
princípio da igualdade, distinguir situações, a fim de conferir a um tratamento diverso do que
atribui a outra. Para que possa fazê-lo, contudo, sem que tal violação se manifeste, é
necessário que a discriminação guarde compatibilidade com o conteúdo do princípio. 5. A
Constituição do Brasil exclui quaisquer exigências de qualificação técnica e econômica que
não sejam indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. A discriminação, no
julgamento da concorrência, que exceda essa limitação é inadmissível.
Na visão de Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2011), a licitação pode ser definida como um
procedimento administrativo por meio do qual um ente público, fazendo-se valer do seu exercício
da função administrativa, abre a todos os interessados, que se enquadrem nas condições fixadas
no instrumento convocatório, a possibilidade de oferecer propostas, entre as quais será
selecionada e aceita a mais conveniente para a celebração do contrato.
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Notaremos, que além dos princípios básicos que regem toda a atividade administrativa –
conforme o art. 37 da Constituição Federal (CF)/1988: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência –, a licitação possui princípios próprios e exclusivos, cuja não observância
poderá acarretar a nulidade de todo o processo licitatório:
Lei nº 14.133/2021
Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da
segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da
celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro).
Dessarte, podemos conceituar a licitação como um procedimento administrativo vinculado,
pautado na estrita legalidade, por meio do qual a Administração Pública busca a proposta mais
vantajosa (nem sempre a menos onerosa), garantindo a igualdade de condições entre os
licitantes, mirando a celebração do contrato administrativo para concretizar o bem comum. 
Competência legislativa
Como se sabe, o Brasil adota a federaçãocomo forma de Estado composto, mas diferentemente
da federação estadunidense, nosso pacto é fruto de um movimento centrífugo (separação de um
Estado, que até então era unitário). Dessarte, o federalismo nacional é tido como um federalismo
de desagregação (de dentro para fora), em que os poderes de um Estado unitário são repartidos
entre os entes participantes do pacto federal.
Assim, quando se fala em Estado federal, pressupõe-se uma autonomia dos entes centrais, por
meio de uma repartição de competências materiais (administrativas) e legislativas. Dessa forma,
nossa “lei maior” definiu as matérias próprias de cada um dos entes federativos: União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios.
Figura 1 – Contrato administrativo. 
Fonte: scyther5/istock.com.
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Geralmente, quando o pacto federal deriva de uma segregação, como é o caso do Brasil, o ente
central federal concentra uma parcela maior de poder, em detrimento dos demais entes federados
(Estados, Municípios e DF), ao passo que na federação decorrente de uma agregação
(movimento centrípeto), há uma maior concentração de poderes e competências por parte dos
Estados-membros, como é o caso dos Estados Unidos da América.
Por fim, destaca-se que o princípio básico da repartição de competências é o princípio da
predominância do interesse, isto é, num federalismo de cooperação – que é o caso do Brasil –
não há hierarquia entre os entes centrais e sim uma verdadeira “preponderância de interesses”,
ou seja, a União representará os interesses nacionais, os Estados-membros representarão os
interesses regionais e os Municípios, por sua vez, os interesses locais.
Em nossos estudos, vamos nos limitar às competências legislativas de cada ente central,
notadamente a competência para legislar sobre licitação e contratos da Administração. Nesse
sentido, inicialmente destacamos a competência legislativa privativa da União, prevista no art. 22
da CF/1988:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...) 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Ressalta-se que o citado dispositivo não representa um rol taxativo, isto é, existem outros
dispositivos constitucionais definidores de competências legislativas privativas da União. Destaca-
se também a possiblidade de a União, por meio de lei complementar, autorizar os Estados e o
Distrito Federal a legislarem sobre questões específicas dessas matérias (CF/1988, art. 22,
parágrafo único, e art. 32, § 1º).
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Já os Estados-membros têm as seguintes competências legislativas: residual, delegada por lei
complementar pela União e concorrente-suplementar. Ainda em relação à competência residual
dos Estados-membros, temos a previsão do art. 25, § 1º da CF/1988: “Art. 25, § 1º São
reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”
A competência delegada dos Estados, conforme já visto, é aquela prevista no parágrafo único do
art. 22 da CF/1988: “Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo”.
Já a competência legislativa concorrente dos Estados se refere à possibilidade de a União, os
Estados e o Distrito Federal legislarem sobre os mesmos temas, competindo à União legislar
sobre normas gerais e aos Estados e Distrito Federal sobre normas específicas, desde que não
contrariem as normas gerais federais (CF/1988, art. 24).
Em relação à competência legislativa dos municípios, podemos defini-la como a possiblidade de
tais entes editarem suas respectivas Leis Orgânicas, legislarem sobre assuntos de interesse local
e suplementarem a legislação federal e estadual no que couber:
CF/1988
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado (...).
A competência para legislar sobre licitação consta do art. 22, XXVII, da Constituição Federal, o
qual estabelece que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e
contratos administrativos, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, observando o art. 37,
XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, observando o art. 173, § 1º,
III, todos da CF.
Em consonância com o referido dispositivo, conclui-se que incumbe à União a edição de normas
gerais sobre os citados temas, cabendo aos demais entes a tarefa de editar leis específicas e
suplementares. Contudo, tais competências legislativas têm abrangências distintas, isto é,
enquanto a lei geral editada pela União abrange todo o território nacional, as normas específicas
estaduais e municipais se limitam ao território do respectivo ente.
Figura 2 – Administração pública. 
Fonte: Jirapong
Manustrong/shutterstock.com.
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Nesse sentido, destaca-se a lição de Fernanda Marinella (2020, p. 474):
Entretanto, o grande problema é a definição de quais regras são normas gerais e quais são
normas específicas. Para a doutrina, são normas gerais os preceitos que estabelecem os
princípios, os fundamentos, as diretrizes, enfim, os critérios básicos conformadores das leis
que necessariamente terão de sucedê-las para completar a regência da matéria. Em regra,
são preceitos que podem ser aplicados uniformemente em todo o país, vale dizer, são
nacionalmente utilizados. Todavia, na prática, a sua identificação não é tão simples assim.
Ao julgar a ADI nº 927-3 (MC) [11], o STF reconheceu que as normas de caráter específico
contidas na Lei Geral Federal de Licitações e Contratos Administrativos se limitam à
Administração Federal e não vinculam as demais esferas de poder, que poderão editar leis
específicas próprias, inclusive contrariando a legislação federal naquilo que não for norma geral.
Dessarte, as normas específicas contidas na Lei Geral Federal de Licitações e Contratos
Administrativos estariam em consonância com a CF/1988 no que tange à União e em
desconsonância com a CF/1988 em relação aos demais entes, que, nesse caso, poderão dispor
diversamente sobre os pontos específicos.
Base normativa
Antes da promulgação da Lei nº 14.133/2021 – a nova Lei Geral de Licitações e Contratos
Administrativos –, tínhamos as seguintes normas gerais sobre os referidos temas: Lei nº
8.666/1993 e a Lei nº 10.520/2002.
A Lei nº 8.666/1993 foi, por quase três décadas, o grande estatuto de contratos e licitações no
Brasil e substituiu o antigo Decreto-Lei nº 2.300/1986. Tal diploma (que ainda está vigente)
consagrou princípios gerais, como autorizado na Constituição, sendo a fonte legislativa primária
da disciplina de licitações e contratos administrativos.
Diante disso, vale destacar que essa lei estabeleceu algumas vedações também a Estados,
Distrito Federal e Municípios, destacando-se, entre elas, a proibição do aumento dos casos de
contratação direta sem licitação (dispensa e inexigibilidade), e dos limites de valor para cada
modalidade de licitação, bem como a redução dos prazos de publicidade e dos recursos –
valendo salientar que a nova Lei Geral de Licitações (Lei nº 14.133/2021) não traz mais em seu
bojo o valor da contratação como critério de escolha da modalidade.
Por fim, ainda em relação à Lei nº 8.666/1963, vale ressaltar que tal diploma– de acordo com seu
art. 22 – estabeleceu três modalidades comuns de licitação (concorrência, tomada de preços e
convite) e duas modalidades especiais (leilão e concurso), trazendo também em seu bojo
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situações excepcionais de contratação direta sem licitação.
Além da Lei nº 8.666/1993, foi editada posteriormente a Lei nº 10.520/2002 (antecedida de várias
medidas provisórias reeditadas), que passou a regular a nova modalidade autônoma de licitação,
denominada “pregão”. A base normativa para o pregão foi, ab initio, a Lei nº 9.472/1997, art. 54,
como modalidade específica das agências reguladoras (autarquias especiais):
Art. 54. A contratação de obras e serviços de engenharia civil está sujeita ao procedimento
das licitações previsto em lei geral para a Administração Pública.
Parágrafo único. Para os casos não previstos no caput, a Agência poderá utilizar
procedimentos próprios de contratação, nas modalidades de consulta e pregão.
Posteriormente, a Medida Provisória nº 2.026, de 4 de maio de 2000, passou também a abranger
os órgãos e entidades da União e, após inúmeras reedições, foi convertida na Lei nº 10.520, de
17 de julho de 2002, que também estendeu a sua aplicação a Estados, Municípios e Distrito
Federal.
O pregão foi criado com o fito de melhorar e modernizar o regime de licitações, permitindo a
efetiva observância do princípio da competitividade e simplificando vários procedimentos,
buscando ainda mais eficiência nas contratações e, consequentemente, economia aos cofres
públicos. Entre as características dessa modalidade, podemos destacar que só admite um critério
para julgamento: o menor preço.
Por meio do pregão, somente serão adquiridos os bens e serviços comuns, isto é, aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade sejam objetivamente definidos por edital, por meio de
especificações usuais de mercado. Apenas a título de exemplo, podemos citar: combustíveis,
material de escritório, serviços de limpeza, vigilância etc. Destaca-se também que nessa
modalidade não há limites quanto ao valor, podendo qualquer quantia ser licitada.
Por fim, vale ressaltar que por determinação expressa do legislador, há situações em que o
pregão não pode ser utilizado, a saber:
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a) as contratações de obras e serviços de engenharia;
b) as locações imobiliárias;
c) as alienações em geral;
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Ainda em relação ao pregão, cumpre ressaltar a atuação do Poder Executivo, que culminou na
edição do Decreto nº 10.024/2019 (pregão eletrônico), em clara manifestação de exercício do
“poder normativo”.
Os Poderes da Administração Pública são verdadeiras prerrogativas que a colocam num patamar
de superioridade em relação aos particulares, viabilizando sua busca pelo bem comum, que
deriva da supremacia do interesse público sobre o privado (princípio constitucional implícito do
Direito Administrativo e explícito no art. 2º da Lei nº 9.784/1999).
Não podemos confundi-los com os Poderes do Estado (clássica divisão tripartite de Montesquieu),
que são poderes estruturais e orgânicos, ou seja, estruturam o Estado em três funções:
legislativa, executiva e jurisdicional. Já os Poderes da Administração Pública são instrumentais;
tratando-se de verdadeiras “ferramentas” para que ela atinja suas finalidades.
Entre os vários Poderes da Administração Pública, destacamos o Poder Normativo (para alguns
Poder Regulamentar), que é a prerrogativa da Administração de minudenciar e dar mais
concretude ao texto legal, editando atos gerais de natureza derivada: decretos, instruções
normativas, resoluções, portarias etc.
Vale destacar que tal poder somente poderá ser exercido à luz de leis que já existam: atos de
natureza originária ou primária. Portanto, não cabe à Administração alterar seu texto, apenas
esclarecê-lo, caso contrário, estará exorbitando seu Poder Regulamentar, cabendo ao Legislativo
o controle de tal ato (CF, art. 49, V).
d) as compras e contratações de bens e serviços de informática e automação.
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Já em relação às empresas públicas e sociedades de economia mista, sua utilização é facultativa,
nos termos do art. 1º, § 2º do Decreto nº 10.024/2019:
Art. 1º, § 2º.
As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, nos termos
do regulamento interno de que trata o art. 40 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016,
poderão adotar, no que couber, as disposições deste Decreto, inclusive o disposto no
Capítulo XVII, observados os limites de que trata o art. 29 da referida Lei.
Entre as várias novidades inseridas pela referida norma, podemos destacar:
a possibilidade de o licitante enviar antecipadamente e junto com a proposta os documentos de
habilitação, garantindo mais dinamismo ao processo;
a criação de novos modos de disputa (formas de envio dos lances);
a realização de sorteio público, caso o empate persista;
a possibilidade de declaração de sigilo do orçamento (valor de referência ou valor máximo); e
a alteração do prazo para impugnação do edital, que passou a ser de até 3 dias úteis antes da
data fixada para a abertura da sessão de pregão.
Por fim, o referido decreto estabeleceu a utilização do pregão eletrônico como “regra” e o
emprego do pregão presencial como “exceção”, nos termos do art. 1º, § 4º do Decreto nº
10.024/2019, in verbis:
Será admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, a
utilização da forma de pregão presencial nas licitações de que trata o caput ou a não
adoção do sistema de dispensa eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade
técnica ou a desvantagem para a administração na realização da forma eletrônica.
Com o passar do tempo e atento às novas demandas da Administração Pública, o legislador
também editou normas gerais de licitações para contratações em situações específicas, como o
que ocorreu com a Lei nº 12.232/2010, que passou a tratar especificamente de licitações e
contratos administrativos de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de
propaganda, além de outras providências.
Destaca-se que a Lei nº 12.232/10 se aplica aos órgãos do Poder Executivo, Legislativo e
Judiciário, às pessoas da administração indireta e todas as entidades controladas direta ou
indiretamente pelos entes centrais (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
Assevera o legislador que as licitações para a contratação de serviços de publicidade serão
processadas pelos órgãos e entidades responsáveis pela contratação, respeitadas as
modalidades definidas no art. 22 da Lei nº 8.666/1993, adotando-se como obrigatórios os tipos
“melhor técnica” ou “técnica e preço” (Lei nº 12.232/2010, art. 5º).
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O referido diploma considera como serviços de publicidade o
conjunto de atividades realizadas integradamente que tenham por objetivo o estudo, o
planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a execução interna, a intermediação
e a supervisão da execução externa e a distribuição de publicidade aos veículos e demais
meios de divulgação, com o objetivo de promover a venda de bens ou serviços de qualquer
natureza, difundir ideias ou informar o público em geral. (Lei nº 12.232/2010, art. 2º).
Nessa mesma toada e para garantir mais “dinamismo” a algumas contratações pontuais, foi
aprovada a Lei nº 12.462/2011 (RDC – Regime Diferenciado de Contratação), cuja utilização
inicial era restrita às licitações e contratos necessários à realização da Copa das Confederações
de 2013, da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicosde 2016, além das
obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados
da Federação distantes até 350 km das cidades-sede dos referidos mundiais.
Entretanto, o referido diploma foi drasticamente alterado e para alguns até “desvirtuado”, tendo
sua aplicação ampliada para casos até então não abarcados pelo texto original: ações integrantes
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); obras e serviços de engenharia no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS); obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e
reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento
socioeducativo; ações no âmbito da segurança pública; obras e serviços de engenharia
relacionados a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; contratos
de locação de bens móveis e imóveis nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou
reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem
especificado pela administração; e ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à
tecnologia e à inovação.
Destaca-se também a Lei nº 12.598/2012, que definiu normas especiais para compras,
contratações e desenvolvimento de produtos e de sistemas de defesa, dispondo também sobre
regras de incentivo à área estratégica de defesa.
Por fim e também antes da promulgação da Lei nº 14.133/2021, foi editada a Lei nº 13.303/2016,
que instituiu o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, exploradoras de atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, estabelecendo para tais entidades, entre outras coisas, normas gerais de
licitação e contratos da administração.
Figura 3 – Obras e serviços de
engenharia. 
Fonte: ilkercelik/istock.com.
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A referida lei também definiu vários mecanismos de transparência e governança a serem
observados por tais entidades estatais, como regras para divulgação de dados, práticas de gestão
de risco, códigos de conduta, formas de controle pelo Estado e pelos administrados e formas de
criação e operação dos conselhos, bem como requisitos mínimos para nomeação de seus
superintendentes.
Vale ainda comentar que nem todas as estatais estarão sujeitas a todas as regras de governança
inseridas pela Lei nº 13.303/2016, pois algumas determinações não se aplicam às empresas
públicas e sociedades de economia mista, incluindo subsidiárias, com receita operacional bruta
inferior a R$ 90 milhões no exercício anterior.
Em relação às licitações e aos contratos administrativos que envolvem empresas públicas e
sociedades de economia mista, as principais peculiaridades inseridas pela Lei nº 13.303/2016
são:
as empresas públicas e sociedades de economia mista passarão a contar com hipóteses
específicas de contratação direta sem licitação (art. 28, § 3º, e arts. 29 e 30);
também estarão sujeitas, nas licitações e nos contratos administrativos, aos princípios da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade
administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao
instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do julgamento objetivo, de
acordo com o art. 31;
a lei prevê que em regra, não será inicialmente divulgado o valor com estimativa de preços,
evitando-se dessa forma a “contaminação das propostas” (art. 34);
o prazo de divulgação do edital não será estanque, variando de acordo o critério de
julgamento utilizado (art. 39);
inversão das fases de julgamento e habilitação, tornando o procedimento mais célere (art.
51);
previsão – em regra - de apenas uma fase recursal (art. 59);
duração dos contratos, como regra, de cinco anos, admitidas determinadas exceções (art.
71); e
vedação de alteração unilateral contrato pela entidade pública (art. 72);
Finalmente, no dia 1º de abril de 2021, foi sancionada a Lei nº 14.133, que estabelece as regras
da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em substituição à Lei de Licitações (Lei nº
8.666/1993), à Lei do Pregão (Lei nº 10.520/2002) e à Lei do Regime Diferenciado de
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Contratações (RDC – Lei nº 12.462/2011). Ressalta-se que a nova lei entrou em vigor
imediatamente, na data de sua publicação na imprensa oficial, não havendo vacatio legis.
Cumpre ser destacado que durante o período de dois anos, a contar da publicação oficial da nova
legislação, as disposições da Lei nº 14.133/2021 coexistirão com as regras da Lei nº 8.666/1993,
da Lei nº 10.520/2002 e do Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC (arts. 1º ao 47-
A da Lei nº 12.462/2011), salvo as disposições penais da Lei nº 8.666/1993, que foram revogadas
de imediato. Após o decurso de dois anos, as normas antigas serão revogadas:
Revogam-se:
I - os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na data de publicação desta
Lei;
II - a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e os
arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, após decorridos 2 (dois) anos da
publicação oficial desta Lei. (Lei nº 14.133/2021, art. 193).
A nova lei define as normas gerais sobre licitação e contratos administrativos que serão aplicadas
a toda Administração Pública direta, autárquica e fundacional de todos os entes da Federação
(União, Estados, DF e Municípios), incluindo os Fundos Especiais e as Entidades Controladas.
Assim, a referida lei tem por objeto principal o preenchimento de lacunas decorrentes da
defasagem da legislação até então vigente, que ao nosso entender não acompanhou todas as
mudanças sociais, mercadológicas e tecnológicas das últimas décadas.
Com a criação de uma única norma, evoluída e contemporânea, o legislador buscou garantir mais
publicidade, eficiência e dinamismo para as licitações e para a execução dos contratos
administrativos e, consequentemente, uma gestão mais republicana dos recursos públicos.
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Verificando o aprendizado
1 - Sobre licitações, analise as alternativas e assinale a correta.
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a) Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação.
b) Os Estados jamais legislarão sobre o tema licitação.
c) Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais e específicas de licitação.
d) Os municípios jamais legislarão sobre o tema licitação.
e) Compete aos Estados e aos Municípios legislar irrestritamente sobre o tema licitação.
2 - No âmbito da Administração Pública, a Lei de Geral de Licitações (Lei nº 14.133/2021) não se
aplica às(aos):
a) alienações e concessões de direito real de uso de bens.
b) compras, inclusive por encomenda.
c) locações.
d) concessões e permissões de uso de bens públicos.
e) contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida
pública.
3 - No âmbito da Lei de Geral de Licitações (Lei nº 14.133/2021), assinale a alternativa incorreta.
a) Considera-se órgão a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Pública.
b) Considera-se entidade a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
c) Considera-se autoridade o agente público dotado de poder de decisão.
d) Considera-se contratante a pessoa jurídica integrante da Administração Pública responsável
pela contratação.
e) Considera-se compra a atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada
utilidade, intelectual ou material, de interesse da Administração.
Módulo 2
Obrigatoriedade
Neste módulo investigaremos os impactos da promulgação da nova Lei Geral de Licitação e
Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021), bem como sua coexistência parcial e temporária
com a legislação vigente. Também analisaremos a amplitude da referida lei em relação aos
órgãos e entidades públicos.Vamos assegurar que o(a) estudante conheça efetivamente as consequências jurídicas da
promulgação da Lei nº 14.133/21.
A nova Lei Geral de Licitação e Contratos
Administrativos
Atendendo ao clamor social por mais eficiência, foi promulgada no dia 1º de abril de 2021 a Lei nº
14.133, que conforme já dito instituiu o novo regime de licitação e contratos administrativos para
toda a Administração Pública.
Com 194 artigos, a nova lei veio trazer mais celeridade e modernidade aos processos licitatórios e
contratuais, adequando-os a práticas mais modernas e eficazes, adotadas pelas Administrações
Públicas de várias partes do mundo.
Além de codificar num único diploma várias regras constantes em textos legais e infralegais que
disciplinavam os procedimentos licitatórios e os contratos administrativos, a nova lei também trata
de instrumentos de fiscalização da própria Administração, entre outros temas de suma
importância, que serão minuciosamente analisados.
Vale relembrar que o novo diploma veio em substituição à Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993), à
Lei do Pregão (Lei nº 10.520/2002) e à Lei do Regime Diferenciado de Contratações (RDC – Lei
nº 12.462/2011) e que durante um biênio, a contar da publicação oficial da nova legislação, as
disposições da Lei nº 14.133/2021 coexistirão com as regras das citadas normas (Lei nº
8.666/1993; Lei nº 10.520/2002 e arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462/2011), salvo as disposições
penais da Lei nº 8.666/1993, que foram revogadas de imediato. Após o decurso de dois anos, as
normas antigas serão revogadas.
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Destaca-se que a legislação até então existente, notadamente a Lei nº 8.666/1993, era alvo de
inúmeras críticas por parte dos servidores públicos e também dos licitantes, que a viam como
defasada e insuficiente para atender às novas demandas – a Lei nº 8.666/1993 foi alterada 225
vezes desde a sua edição.
Na visão de muitos administrativistas, embora a nova lei seja “recheada” de novidades, não
rompeu totalmente com os modelos até então existentes, mas buscou aprimorá-los e aperfeiçoá-
los, unificando várias previsões “esparsas” num só texto, levando em conta posicionamentos da
Corte Federal de Contas.
Como já mencionado alhures, a Lei nº 14.133/2021 define as normas gerais sobre licitação e
contratos administrativos que serão aplicadas a toda Administração Pública direta, autárquica e
fundacional de todos os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios), incluindo os
Fundos Especiais e as Entidades Controladas. Relembramos também que o referido diploma não
abrange as licitações e os contratos administrativos que envolvam estatais – empresas públicas e
sociedades de economia mista –, que continuam a ser regidas pela Lei nº 13.303/2016, estando
sujeitas somente aos aspectos penais introduzidos pela Lei nº 14.133/2021).
Pode-se afirmar que o novo estatuto de licitações e contratos administrativos veio com o intuito de
aperfeiçoar todos os procedimentos que se refiram a contratações por parte de órgãos e
entidades públicas, garantindo uma gestão mais transparente, inteligente e segura de recursos
públicos.
Ressalta-se ainda que o novo diploma modificou vários dispositivos, como as fases do
procedimento licitatório, os critérios de julgamento, as modalidades de licitação, e princípios que
devem ser observados pelo gestor público, entre outras novidades que serão analisadas em
momento oportuno.
Outro ponto que merece destaque é o fato de que a nova Lei de Licitações torna como regra o
procedimento licitatório remoto/virtual, e como exceção o procedimento presencial, garantindo
com isso mais agilidade e economia de recursos públicos.
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A seguir, verificaremos de forma resumida algumas mudanças inseridas pela Lei nº 14.133/2021,
destacando-se que tais alterações ainda serão abordadas com mais minúcias.
Etapas do procedimento licitatório
De acordo com a Lei nº 14.133/2021 e solidificando uma tendência já prevista em normas
anteriores, o legislador previu uma inversão de fases na etapa externa da licitação, isto é, a fase
de julgamento e classificação das propostas antecede a etapa de análise dos documentos de
habilitação, evitando-se que a Administração tenha que analisar toda a documentação de todos
os participantes, independentemente da classificação, garantindo-se assim mais rapidez e
eficiência ao procedimento.
Vale comentar que o legislador facultou ao gestor a possibilidade de “inverter a inversão de
fases”, ou seja, realizar a habilitação antes do julgamento das propostas, desde que a decisão
seja motivada e comprovada a vantagem à Administração Pública, conforme o art. 17 da Lei nº
14.133/2021:
Figura 4 – Procedimento virtual. 
Fonte: StepanPopov/shutterstock.com
O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, mediante ato motivado com
explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV do
caput deste artigo, desde que expressamente previsto no edital de licitação (...).
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Modalidades de licitação
O novo diploma licitatório também inovou em relação às modalidades de licitação, isto é, extinguiu
duas modalidades da Lei nº 8.666/1993 (convite e tomada de preços), incluiu a modalidade
pregão em seu bojo – que até então e conforme já visto era prevista em normas autônomas – e,
por fim, criou uma nova modalidade denominada diálogo competitivo.
Nesse sentido, temos o art. 28 da Lei nº 14.133/2021:
São modalidades de licitação:
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
A nova norma veda a possiblidade de escolha da modalidade em razão do valor do objeto e,
justamente por esse motivo, foram extintas as modalidades “tomada de preços e convite”, que
eram utilizadas para contratações de médio e pequeno vultos, respectivamente.
Em relação à nova modalidade “diálogo competitivo”, sua previsão consta do art. 32 da referida
norma e será estudada em momento oportuno.
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Ampliação dos valores no caso de licitação
dispensável
Em algumas situações, o legislador admite a contratação direta sem licitação por parte da
Administração. Quando tal contratação decorrer da inviabilidade de competição, estaremos diante
da “inexigibilidade de licitação” (Lei nº 14.133/2021, art. 74).
Já em outras hipóteses, embora seja viável a competição, ora a lei proibirá a realização do
certame (licitação dispensada – art. 76, I da Lei nº 14.133/21), ora facultará ao gestor público a
escolha de realizá-lo ou não (licitação dispensável – art. 75 da Lei nº 14.133/2021).
Assim, de acordo com o novo diploma, os casos de licitação dispensável em razão do valor do
objeto foram majorados. Para obras ou serviços de engenharia, ou serviços de manutenção de
veículos automotores, até R$ 100.000,00 (cem mil reais) e, para bens e outros serviços, até R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).
Mitigação do princípio da publicidade em relação
ao valor de referencia
Outra novidade da nova lei é a possibilidade de se declarar o sigilo dos orçamentos. Consoante o
art. 24 da Lei nº 14.133/2021, desde que justificado, o orçamento estimado da contratação poderá
ter caráter sigiloso, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais
informações necessárias para a elaboração das propostas, sendo que tal sigilo não se aplica aos
órgãos de controle interno.
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https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_scorm/img/20.jpgVale ressaltar que tal possiblidade (sigilo do orçamento) não se aplica quando o critério para
julgamento adotado for o maior desconto, visto que nesse caso só será possível ao licitante
ofertar o “maior desconto” se souber o valor de referência proposto pela Administração Pública.
Procedimentos auxiliares
A Lei nº 14.133/2021 inovou também ao prever alguns procedimentos auxiliares que estarão à
disposição dos órgãos e das entidades públicas, com previsão no art. 78, in verbis:
Art. 78. São procedimentos auxiliares das licitações e das contratações regidas por esta Lei:
I - credenciamento;
II - pré-qualificação;
III - procedimento de manifestação de interesse;
IV - sistema de registro de preços;
V - registro cadastral.
Já em relação à pré-qualificação (art. 80), podemos conceituá-la como um procedimento técnico-
administrativo, utilizado para selecionar previamente licitantes que reúnam condições de
habilitação para participar de futura licitação ou de licitação vinculada a programas de obras ou de
serviços objetivamente definidos, e também para selecionar bens que atendam às exigências
técnicas ou de qualidade estabelecidas pela Administração.
No que tange ao procedimento de manifestação de interesse, estabelece o art. 81 da referida lei:
Art. 81. A Administração poderá solicitar à iniciativa privada, mediante procedimento aberto
de manifestação de interesse a ser iniciado com a publicação de edital de chamamento
público, a propositura e a realização de estudos, investigações, levantamentos e projetos de
soluções inovadoras que contribuam com questões de relevância pública, na forma de
regulamento.
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Já em relação ao sistema de registro de preços, podemos defini-lo como um procedimento pelo
qual a Administração Pública registra em ata preços oferecidos por interessados em com ela
contratar, evitando-se, dessa forma, a realização de inúmeras licitações para as mesmas e
habituais contratações. Tal procedimento já era previsto nas Leis nº 8.666/1993 e nº 10.520/2002
e no Decreto nº 7.892/2013.
Por fim, temos o último procedimento auxiliar, denominado registro cadastral, podendo ser
definido como um conjunto de dados e informações que documentam a situação jurídica, fiscal,
técnica e financeira dos interessados em participar de futuras licitações e, consequentemente,
celebrar contratos com a Administração Pública.
Nesses termos, temos o art. 87 da Lei nº 14.133/2021:
Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública deverão utilizar o
sistema de registro cadastral unificado disponível no Portal Nacional de Contratações
Públicas (PNCP), para efeito de cadastro unificado de licitantes, na forma disposta em
regulamento.
Alterações na fase de habilitação
Como uma das fases externas da licitação, a habilitação é a etapa em que se verifica o conjunto
de informações e documentos necessários e suficientes para demonstrar a capacidade do
licitante de realizar o objeto da licitação, dividindo-se em:
jurídica;
técnica;
fiscal, social e trabalhista; e
econômico-financeira (Lei nº 14.133/2021, art. 62).
Uma das novidades inseridas nessa fase é a prevista no art. 65, § 1º, que autoriza que as
empresas criadas no exercício financeiro da licitação substituíam os demonstrativos contábeis
pelo balanço de abertura.
Destaca-se também a exigência de que os licitantes, na qualificação econômico-financeira,
forneçam o balanço patrimonial dos últimos dois exercícios, salvo em relação às empresas
constituídas há menos de dois anos, nos termos do art. 69, I e § 6º da Lei nº 14.133/2021:
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Art. 69. A habilitação econômico-financeira visa demonstrar a aptidão econômica do licitante
para cumprir as obrigações decorrentes do futuro contrato, devendo ser comprovada de
forma objetiva, por coeficientes e índices econômicos previstos no edital, devidamente
justificados no processo licitatório, e será restrita à apresentação da seguinte
documentação:
I - balanço patrimonial, demonstração de resultado de exercício e demais demonstrações
contábeis dos 2 (dois) últimos exercícios sociais;
(...) § 6º Os documentos referidos no inciso I do caput deste artigo limitar-se-ão ao último
exercício no caso de a pessoa jurídica ter sido constituída há menos de 2 (dois) anos.
Por fim, destaca-se o art. 66, § 3º, que passou a admitir, na qualificação técnica, que o licitante
comprove seu conhecimento técnico e experiência prática na execução do serviço, por meios não
convencionais, desde que previstos no edital do certame, destacando-se que tal previsão não se
aplica a serviços de engenharia.
A nova Lei Geral de Licitação e Contratos Administrativos tem por objeto principal o
preenchimento de lacunas decorrentes da defasagem da legislação até então vigente, que ao
nosso entender não acompanhou as mudanças sociais, mercadológicas e tecnológicas das
últimas décadas.
Com a criação de uma única norma, evoluída e contemporânea, o legislador buscou garantir mais
publicidade, eficiência e dinamismo para as licitações e para a execução dos contratos
administrativos e consequente, uma gestão mais republicana dos recursos públicos.
Abrangência
Antes de verificarmos a abrangência da Lei nº 14.133/2021, vale a pena relembrarmos a forma
pela qual a Administração Pública é organizada:
Consoante o art. 4º, inciso I do Decreto-Lei nº 200/1967, a Administração Direta é manifestada
pelos órgãos integrantes dos entes centrais (União, Estados, Municípios e Distrito Federal). Já a
Administração Indireta é composta de entidades dotadas de personalidade jurídica própria
Figura 5 – Balanço patrimonial. 
Fonte: utah778/istock.com.
a) Estrutura vertical – divide-se em Administração Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal,
sendo que não uma há uma gradação de autoridade (hierarquia) entre os níveis.
b) Estrutura horizontal – compreende a Administração Direta (órgãos públicos) e Indireta (entidades
públicas – Decreto-Lei nº 200/1967).
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(Decreto-Lei nº 200/1967, art. 4º, inciso II), sendo elas: autarquias, fundações públicas, empresas
públicas e sociedades de economia mista.
A nova lei define as normas gerais sobre licitação e contratos administrativos que serão aplicadas
a toda Administração Pública direta, autárquica e fundacional de todos os entes da Federação
(União, Estados, DF e Municípios), incluindo os Fundos Especiais e as Entidades Controladas.
Nesses termos, temos o art. 1º da Lei nº 14.133/2021:
Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações
Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e abrange:
I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito
Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de
função administrativa;
II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
Administração Pública.
Nota-se que o legislador abrangeu também os “fundos especiais”, nada mais do que uma dotação
orçamentária voltada a uma finalidade. Dessa forma, a licitação não será realizada pelo próprio
fundo, e sim pelo órgão gestor.
Empresas públicas e sociedades de economia
mista
Em regra, o referido diploma não abrange as licitações e os contratos administrativos que
envolvam estatais – empresas públicas e sociedades de economia mista –, que continuam a ser
regidas pela Lei nº 13.303/2016.
Contudo, a Lei nº 14.133/2021 terá aplicação subsidiária também às estatais (empresas públicas
e sociedades de economia mista) nos casos expressamente previstos na Lei nº 13.303/2016, a
saber:
a) critérios de desempate previstos no art. 60 (conforme art. 55, III, da Lei das Estatais, combinado
com o previsto no art. 189 da Lei nº 14.133/2021);
b) modalidade pregão (conforme art. 32, IV, da Lei das Estatais, combinado com o previstono art.
189 da Lei nº 14.133/2021);
c) disposições penais previstas no art. 178 (Título XI da Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 – Código Penal).
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Casos especiais
Não serão abarcados pelo novo diploma os contratos que tenham por objeto operações de crédito
e gestão da dívida pública, que já possuem regulação própria, condizente com suas
especificidades, e também contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria (Lei nº
14.133/2021, art. 3º).
Já as contratações realizadas no âmbito das repartições públicas sediadas no exterior
obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos estabelecidos na nova lei, na forma
de ato normativo próprio (Lei nº 14.133/2021, art. 1º, § 2º). Assim, no que tange à licitação e
contratos referentes a recursos de agências e organismos internacionais, admite o legislador que
tenham regras próprias, nos termos art. 1º, § 3º da Lei nº 14.133/2021:
Nas licitações e contratações que envolvam recursos provenientes de empréstimo ou
doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou de organismo financeiro
de que o Brasil seja parte, podem ser admitidas:
I - condições decorrentes de acordos internacionais aprovados pelo Congresso Nacional e
ratificados pelo Presidente da República;
II - condições peculiares à seleção e à contratação constantes de normas e procedimentos
das agências ou dos organismos, desde que:
a) sejam exigidas para a obtenção do empréstimo ou doação;
b) não conflitem com os princípios constitucionais em vigor;
c) sejam indicadas no respectivo contrato de empréstimo ou doação e tenham sido objeto
de parecer favorável do órgão jurídico do contratante do financiamento previamente à
celebração do referido contrato.
Por fim, destaca-se que as contratações relativas à gestão de reservas internacionais do país
serão disciplinadas em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil, assegurada a
observância dos princípios estabelecidos no caput do art. 37 da Constituição Federal.
Como exemplo, citamos a “compra e venda de dólar pelo Banco Central do Brasil”, que não
estará sujeita à Lei de Licitações, mas a ato administrativo do próprio órgão, respeitando sempre
os princípios constitucionais que regem a Administração Pública (CF/1988, art. 37, caput).
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Verificando o aprendizado
1 - Consoante a Lei nº 14.133/2021, o dever de licitar não se aplica às(aos):
a) administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
b) órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os
órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa.
c) fundos especiais.
d) entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.
e) sociedades empresárias não controladas pela Administração Pública.
2 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, as contratações realizadas no âmbito das repartições
públicas sediadas no exterior obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos
estabelecidos nessa lei, na forma de regulamentação específica a ser editada pelo:
a) ministro de Estado.
b) presidente da República.
c) presidente do Senado.
d) advogado-geral da União.
e) presidente do Banco Central.
3 - Em relação à Lei nº 14.133/2021, as contratações relativas à gestão, direta e indireta, das
reservas internacionais do país, inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade,
serão disciplinadas em ato normativo próprio do(da):
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
b) Banco Central do Brasil.
c) Ministério da Economia.
d) Presidência da República.
e) Tribunal de Contas da União. 
Módulo 3
Princípios
Neste módulo abordaremos os princípios básicos da Administração Pública, bem como os
princípios específicos aplicáveis às licitações e aos contratos da Administração, destacando as
novidades da Lei nº 14.133/21 em relação ao tema.
Princípios básicos da Administração Pública
Os princípios básicos da Administração Pública são verdadeiros mandamentos que ordenam toda
a atuação administrativa. Nesse sentido, são todos aqueles que orientam a atuação dos agentes
públicos, não importando se explícitos (CF, art. 37, caput) ou implícitos no texto constitucional.
Dessa forma, inobstante as divergências doutrinárias, preconiza o art. 37, caput da CF/88:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...).
Princípios norteadores das licitações e contratos
administrativos
Os princípios que serão observados na condução das licitações e na execução dos contratos
administrativos foram positivados no art. 5º da Lei nº 14.133/2021, in verbis:
Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade
administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação
de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança
jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da
economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as disposições do
Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro).
A seguir, trataremos do conceito e da ideia essencial de cada um desses princípios:
Princípio da legalidade: é a base do Estado Democrático de Direito, no qual todos os conflitos
são resolvidos por lei. Estabelece que a Administração terá sua conduta pautada em lei,
devendo, nas licitações e nos contratos administrativos, seguir as regras impostas pelo
legislador.
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Assim como toda atividade administrativa, a licitação dever ser pautada no princípio da legalidade.
Toda atuação estatal – incluindo a licitação – deve ser prevista em lei, caso contrário, será
considerada atividade ilícita.
É de bom tom salientar que a expressão “legalidade” deve ser analisada num sentido amplo, isto
é, englobando toda e qualquer norma jurídica estatal coercitiva, geral e abstrata: normas
constitucionais, leis ordinárias, leis complementares, tratados internacionais, medidas provisórias
etc. 
Na licitação, tal princípio é de suma importância, pois a lei definirá as condições da atuação do
gestor público, determinando sua conduta e impondo critérios objetivos que pautarão sua escolha.
Princípio da impessoalidade: a Administração deve voltar-se exclusivamente para o interesse
público e não para o privado, vedando-se, nas licitações, o (des)favorecimento de alguns
indivíduos em detrimento de outros.
Princípios da moralidade e probidade: estabelecem a obrigatoriedade de observância pela
autoridade administrativa a preceitos éticos – honestidade, lealdade, boa-fé de conduta – no
exercício de sua função administrativa.
Vale destacar que a não observância de referidos princípios na condução de uma licitação ou na
execução de um contrato administrativo pode caracterizar, inclusive, um ato de improbidade
administrativa:
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
(...)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de
parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente (...) (Lei nº
8.429/1992, art. 10).
Princípio da igualdade: proíbe qualquer tipo de favorecimento porparte da Administração
Pública.
Princípio da competitividade: veda a imposição, por parte da Administração Pública, de
restrições indevidas que possam impedir interessados em participar do certame.
Figura 6 – Princípio da legalidade. 
Fonte: BCFC/istock.com.
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Princípio da publicidade: nas licitações e nos contratos administrativos, os atos devem ter a
mais ampla divulgação possível. Em algumas situações, tal princípio será relativizado:
quando o sigilo for imprescindível para a segurança da sociedade e do Estado; e nas
hipóteses em que a Administração, mediante decisão fundamentada, declara sigilo do
orçamento e em relação ao próprio conteúdo das propostas, que por si só já é sigiloso até a
divulgação do resultado.
Princípio da transparência: é dever da Administração, além de publicizar seus atos, tornar
claras e de fácil compreensão as informações neles contidas.
Princípio da eficiência: é o princípio da “qualidade do serviço prestado” e exige que a
atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. Nas
licitações e contratos administrativos, tal princípio determina que tais instrumentos gerem
resultados positivos para a sociedade.
Princípio da economicidade: traz a ideia de “minimização de custos, sem comprometimento
da qualidade”, isto é, o “mais por menos”.
Princípio da eficácia: preconiza que as licitações e os contratos administrativos cumpram
seus objetivos.
Princípio do planejamento: determina que as contratações sejam planejadas em todos os
níveis, garantindo uma gestão eficiente e “inteligente” dos recursos públicos.
Princípio da segregação de funções: tal princípio proíbe que o mesmo agente público pratique
todos os atos no procedimento licitatório e contratual. Quando tais procedimentos são
executados por vários agentes, diminui-se a possiblidade de ocultação de erros e fraudes.
Princípio da motivação: trata-se de verdadeiro instrumento de fiscalização e controle da
Administração Pública, na medida em que determina a exposição, pela autoridade prolatora
do ato, dos fundamentos de fato e de direito que embasaram sua prática. Na licitação, os atos
devem ser justificados, com indicação dos pressupostos de fato e de direito.
Princípio da vinculação ao edital: traduz a ideia de que o edital é a lei interna da licitação,
sendo que o processo licitatório deverá ser fielmente conduzido conforme suas regras
preestabelecidas.
Princípio do julgamento objetivo: de acordo com tal mandamento, deverá a Administração
analisar objetivamente as propostas, a partir de critérios preestabelecidos no edital de
licitação, evitando-se, dessa forma, a subjetividade por parte do agente público.
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Princípio da segurança jurídica: dá a ideia de estabilidade das relações jurídicas e
uniformidade de entendimentos administrativos.
Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade: tais princípios vedam os excessos por
parte da Administração Pública, proibindo exigências e sanções desproporcionais,
constituindo-se em verdadeiros “vetores” da atuação discricionária.
Princípio da celeridade: de acordo com tal princípio, a licitação deve ser concluída dentro de
prazo razoável, isto é, deve ser um procedimento ágil e dinâmico.
Princípio do desenvolvimento nacional sustentável: estabelece que as licitações não se
destinam apenas a selecionar as propostas economicamente mais vantajosas, mas também à
satisfação de políticas públicas sociais, econômicas e ambientais.
Observância da Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942) na aplicação da Lei nº
14.133/2021
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), conhecida como “Lei das Leis”,
também deve ser observada na aplicação da Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos.
Inicialmente era denominada como Lei de Introdução ao Código Civil, e posteriormente foi
alterada pela Lei nº 12.376/2010, recebendo nova nomenclatura.
A LINDB visa regulamentar a criação e aplicação de outras normas jurídicas, tendo como
principais objetivos:
definir a vigência e a produção de efeito das normas jurídicas;
estabelecer o caso de conflitos temporais de normas;
definir o caso de conflitos espaciais de normas;
resolver conflitos de interpretação de leis; e
estabelecer critérios de intepretação das leis.
Com a edição da Lei nº 13.675/2018, a LINDB passou também a tratar da responsabilidade dos
agentes públicos em caso de dolo ou erro grosseiro: “Art. 28. O agente público responderá
pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro”.
Definir erro grosseiro não é uma tarefa simples, visto que é um conceito indeterminado, mas
podemos entender que se trata de algo que se aproxima da desídia, da indiferença e do desprezo
ao bem comum.
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Nota-se que o legislador exigiu uma ação mais grave do que a necessária para configurar a mera
culpa baseada na teoria da responsabilidade civil, que era o parâmetro inicial.
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Verificando o aprendizado
1 - Assinale a alternativa que indica um princípio exclusivo das licitações.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Publicidade.
e) Segregação de funções.
2 - A exigência de que decisões nas licitações contenham os pressupostos de fato e de direito
que as embasaram se refere ao princípio da(do):
a) igualdade.
b) planejamento.
c) transparência.
d) eficácia.
e) motivação.
3 - A Administração Pública não pode, em regra, optar por modelo ou marca de produtos e
serviços na realização de licitações. Tal vedação é estribada principalmente no princípio da(do):
a) impessoalidade.
b) moralidade.
c) publicidade.
d) eficiência.
e) interesse público.
Módulo 4
Agentes da licitação
Neste módulo analisaremos o conceito de agente público à luz do Direito Administrativo, bem
como o conceito e as competências dos agentes da licitação. Por fim, investigaremos as
atribuições do agente de contratação.
Vamos assegurar que o(a) estudante conheça todas as atribuições e responsabilidades dos
agentes da licitação, bem como as competências do agente de contratação.
Conceito de agentes públicos à luz do Direito
Administrativo
De acordo com os principais “juspublicistas”, a expressão “agentes públicos” abrange todos
aqueles que exerçam uma função pública – remunerada, não remunerada, efetivos, temporários,
aprovados em concurso, nomeados livremente, eleitos pelo povo –, isto é, todos aqueles que de
alguma forma integrem a Administração. Como exemplo, citamos: parlamentares, magistrados,
servidores públicos, jurados do Tribunal do Júri e mesários, entre tantos outros.
A doutrina, buscando dar mais didática ao tema, fragmentou o gênero “agentes públicos” em
algumas categorias, a saber:
a) Os agentes políticos: são os integrantes do governo em seus primeiros níveis, desempenhando
funções estabelecidas na Constituição e em Leis Especiais.
São eles: os chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos, os membros do Legislativo, do
Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, os representantes diplomáticos e as
demais autoridades que atuem com independência funcional no desempenho de suas atribuições.
Destaca-se que tais agentes possuem várias prerrogativas, isto é, garantias do cargo para que
não cedam a pressões externas.
b) Os agentes administrativos ou servidores em sentido amplo: são todos aqueles que integram o
Estado através de relações profissionais, sujeitos à gradação de autoridade (hierarquia e
subordinação).
Tal categoria é subdividida em:
servidor público: todo aquele que é investido em cargo público (regime estatutário);
empregado público: é o agente público que exerce um emprego público permanente (relação
contratual), sob regime da CLT;
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_scorm/img/34.jpgservidor temporário: é o agente contratado diante de uma situação de excepcional interesse
público – com ou sem concurso público -, consoante o art. 37, inciso IX, da Constituição
Federal.
Com base em tal divisão, faz-se necessário conceituar as seguintes expressões:
cargo: é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional
que devem ser cometidas a um servidor (art. 3º da Lei nº 8.112/1990);
emprego público: é o núcleo de encargo de trabalho efetivo a ser ocupado por agente
contratado para exercê-lo sob a CLT; e
função pública: trata-se de atribuição pública residual, isto é, se a atribuição pública não se
referir a um cargo público nem a um emprego público, tratar-se-á de uma função pública.
c) Os agentes honoríficos: são pessoas recrutadas para prestar temporariamente serviços ao
Estado, sem vínculo empregatício ou estatutário e geralmente sem remuneração. Como
exemplos, citamos: mesários, jurados do Tribunal do Júri, conselheiros tutelares etc.
d) Os agentes delegados: são indivíduos que recebem a delegação do Estado para realizar
atividades, obras ou serviços públicos, em nome próprio e por sua conta e risco. São os casos de
concessão e permissão, por exemplo.
e) Os agentes credenciados: são os particulares que recebem a tarefa do Estado para representá-
lo em determinado ato ou praticar certa atividade, mediante remuneração do Poder Público. Como
exemplo, citamos os artistas que representaram o Brasil no show de abertura das Olimpíadas que
aqui ocorreram.
f) Gestor de negócios: são aqueles que assumem uma função pública em razão de uma situação
atípica, como uma situação de calamidade pública. Por exemplo: bombeiros voluntários.
g) Militares: são todos os agentes públicos sujeitos a um regime militar, não importando o local de
lotação (órgão militar ou civil).
Figura 7 – Agentes públicos. 
Fonte: OPOLJA/shutterstock.com.
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Os agentes públicos no âmbito da Lei nº
14.133/2021
Em relação às licitações e aos contratos administrativos, estabeleceu o legislador no art. 7º da
referida lei que caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem as normas de
organização administrativa indicarem, promover gestão por competências e designar agentes
públicos para o desempenho das funções essenciais à execução dessa lei que preencham os
seguintes requisitos:
De forma genérica, nota-se que os agentes públicos da licitação, serão “preferencialmente”
efetivos, isto é, aprovados em concurso público. Destaca-se também que seus cargos devem ter
atribuições que tenham relação com licitações e contratos ou que suas formações sejam
compatíveis com referidos temas ou que pelo menos, tenham sido qualificados pela
Administração Pública para o desempenho de tais funções, evitando-se com isso a atuação de
indivíduos sem nenhuma familiaridade com tais procedimentos.
Agentes de contratação
Entre os agentes de públicos da licitação, destaca-se o agente de contratação, que será o
responsável pelas decisões mais relevantes no procedimento licitatório, por acompanhar o
andamento da licitação, por dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras
atividades necessárias ao bom andamento da licitação (Lei nº 14.133/2021, art. 8º).
Ressalta-se que o agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá
individualmente pelos atos que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
Em relação à licitação que envolva bens ou serviços especiais (aqueles que não podem ser
definidos de acordo com critérios objetivos), o agente de contratação poderá ser substituído por
comissão de contratação formada por, no mínimo, 3 (três) membros, que responderão
a) sejam, preferencialmente, servidor efetivo ou empregado público dos quadros permanentes da
Administração Pública;
b) tenham atribuições relacionadas a licitações e contratos ou possuam formação compatível ou
qualificação atestada por certificação profissional emitida por escola de governo criada e mantida pelo
poder público; e
c) não sejam cônjuge ou companheiro de licitantes ou contratados habituais da Administração nem
tenham com eles vínculo de parentesco, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, ou de natureza
técnica, comercial, econômica, financeira, trabalhista e civil (Lei nº 14.133/2021, art. 7º).
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solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar
posição individual divergente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que
houver sido tomada a decisão (Lei nº 14.133/2021, art. 8º, § 2º).
Como se verifica, tal substituição – do agente de contratação pela comissão de contratação –, no
caso de bens ou serviços especiais, é facultativa, sendo obrigatória quando se tratar da
modalidade diálogo competitivo, conforme o art. 32, § 1º, XI da Lei nº 14.133/2021:
A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração:
§ 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas as seguintes disposições:
(...) XI - o diálogo competitivo será conduzido por comissão de contratação composta de
pelo menos 3 (três) servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos quadros
permanentes da Administração, admitida a contratação de profissionais para
assessoramento técnico da comissão.
A referida comissão de licitação deverá atender aos requisitos do art. 7º. Logo, serão
“preferencialmente” servidores efetivos ou empregados do quadro permanente. Já no caso da
modalidade diálogo competitivo, os membros da comissão deverão ser servidores efetivos ou
empregados do quadro permanente.
Quando forem escolhidos – na licitação – os critérios de julgamento “melhor técnica ou de técnica
e preço”, estabelece o legislador que será instituída uma “banca”, que terá a função de emitir as
notas para as propostas técnicas. Ela, porém, não substituirá o agente de contratação ou a
comissão de contratação, tendo apenas a tarefa específica de atribuir uma nota para a proposta
técnica (Lei nº 14.133/2021, art. 37, II).
Nos termos do art. 31, § 1º, quando se tratar da modalidade leilão, poderá a condução do
procedimento ser cometida a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela autoridade competente
da Administração, sendo que o regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos
operacionais. O leiloeiro oficial será selecionado por meio de credenciamento ou licitação na
modalidade pregão.
Destaca-se também o art. 53, estabelecendo que ao final da fase preparatória o processo
licitatório seguirá para o órgão de assessoramento jurídico da Administração para emissão de
parecer jurídico, no âmbito do controle prévio de legalidade.
Por fim, salienta-se, que nos termos do art. 176 da Lei nº 14.133/21, os municípios com até 20 mil
habitantes terão o prazo de até 6 anos para atender às exigências legais em relação aos agentes
da licitação.
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Verificando o aprendizado
1 - Em relação aos “agentes da licitação”, previstos na Lei nº 14.133/2021, assinale a alternativa
incorreta.
a) Caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem as normas de
organização administrativa indicarem, promover gestão por competências e designar agentes
públicos para o desempenho das funções essenciais à execução da Lei Geral de Licitações e
Contratos Administrativos.
b) Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não seja rotineiramente
contratado pela Administração, poderá ser contratado, por prazo determinado, serviço de
empresa ou de profissional especializado para assessorar os agentes públicos responsáveis
pela condução da licitação.
c) Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução do contrato
agente público de órgão ou entidade licitanteou contratante, devendo ser observadas as
situações que possam configurar conflito de interesses no exercício ou após o exercício do
cargo ou emprego, nos termos da legislação que disciplina a matéria.
d) O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente
pelos atos que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
e) Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será
designado leiloeiro.
2 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, não é vedado ao agente público designado para atuar na
área de licitações e contratos:
a) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que comprometam,
restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo licitatório, inclusive nos casos de
participação de sociedades cooperativas.
b) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que estabeleçam
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio dos licitantes.
c) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que sejam pertinentes ou
relevantes para o objeto específico do contrato.
d) estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária
ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere à
moeda, à modalidade e ao local de pagamento, mesmo quando envolvido financiamento de
agência internacional.
e) opor resistência injustificada ao andamento dos processos e, indevidamente, retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei.
3 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a licitação será conduzida por agente de contratação,
pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos
dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite
da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades
necessárias ao bom andamento do certame até a(o):
a) homologação.
b) publicação do edital.
c) adjudicação.
d) habilitação.
e) julgamento e a classificação.
Conclusão
Bibliografia
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 24. ed São Paulo: Atlas, 2011.
MARINELLA, F. Direito Administrativo. 14. ed. São Paulo. Saraiva Jur, 2020.
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Módulo 1
Artigos:
Nova Lei de Licitações e controle externo: avanço ou retrocesso?, disponível em:
www.tce.sp.gov.br.
Lei nº 14.133/2021: inovações e visão geral, disponível em: www.gov.br.
Vídeos:
AGU Explica – Fase interna da licitação, disponível em: www.youtube.com.
AGU Explica – Competências legislativas, disponível em: www.youtube.com.
Módulo 2
Artigos:
O que muda com a nova Lei de Licitações, disponível em: www.conjur.com.br.
Competência normativa sobre contratações públicas: o que é norma geral e norma específica
na Lei nº 14.133/2021, disponível em: www.novaleilicitacao.com.br.
Vídeos:
Nova Lei de Licitações: O que muda nas Compras Públicas?, disponível em:
www.youtube.com.
Webinários Nova Lei de Licitações - Planejamento e fase interna da licitação, disponível em:
www.youtube.com.
Módulo 3
Artigos:
Planejamento: a pedra de toque da Nova Lei de Licitações, disponível em:
lageportilhojardim.com.br.
Princípios do Direito Administrativo que regem as licitações públicas, disponível em:
joinsy.com.br
Vídeos:
https://www.tce.sp.gov.br/6524-artigo-nova-lei-licitacoes-e-controle-externo-avanco-ou-retrocesso#:~:text=J%C3%A1%20em%20vigor%2C%20a%20nova,4%20de%20abril%20de%202023
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/eventos/NovaLei.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=W_FYJRuCXb0
https://www.youtube.com/watch?v=ueknASmy38M
https://www.conjur.com.br/2021-abr-08/aldem-johnston-muda-lei-licitacoes
http://www.novaleilicitacao.com.br/2021/09/17/competencia-normativa-sobre-contratacoes-publicas-o-que-e-norma-geral-e-norma-especifica-na-lei-no-14-133-2021/
https://www.youtube.com/watch?v=bd8lTbPuqYA
https://www.youtube.com/watch?v=sB6rzAgWk1M
https://lageportilhojardim.com.br/blog/planejamento-nova-lei-de-licitacoes/#:~:text=poderia%20ser%20diferente!-,Princ%C3%ADpios%20inovadores%20trazidos%20pela%20Nova%20Lei%20de%20Licita%C3%A7%C3%B5es,e%20o%20princ%C3%ADpio%20da%20motiva%C3%A7%C3%A3o
https://joinsy.com.br/principios-direito-licitacao/
Nova Lei de Licitações [E3] - Princípios da Nova Lei de Licitações, disponível em:
www.youtube.com.
Módulo 4
Artigos:
Das comissões na Lei nº 14.133/2021, disponível em: inovecapacitacao.com.br
Quem é o agente da contratação de acordo com a Nova Lei de Licitações?, disponível em:
joinsy.com.br.
Vídeos:
Nova Lei de Licitações [E4] - Agentes de licitação, disponível em: www.youtube.com.
Conteudista
Leonardo Secassi Torres
Professor de Direito Administrativo, Ética Profissional na Advocacia, Legislação Aplicada e
Processo do Trabalho, atuando há mais de 15 anos como professor universitário, na capacitação
de servidores públicos e na preparação de candidatos para concursos públicos e Exame de
Ordem, possuindo vasta experiência em cursos presenciais e EaD. Autor de livros pela editora
Juspodvim (Lei de Acesso à Informação - Lei 12.527/11 e Lei da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares - Lei 12550/11). Advogado especialista em seleções públicas, sócio da TORRES &
SCHIAVO - ADVOGADOS. Site: www.professorleonardotorres.com.br. YouTube:
leonardotorres_professor. Instagram: @professorleonardotorres.
Exercícios de fixação - respostas
https://www.youtube.com/watch?v=QCwmUjvUB0E
https://inovecapacitacao.com.br/das-comissoes-na-lei-no-14-133-21/
https://joinsy.com.br/agente-da-contratacao-nova-lei-licitacoes/
https://www.youtube.com/watch?v=FRRvKLpuSaY
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_scorm/img/foto_professor.jpg
Módulo 1
1 - Sobre licitações, analise as alternativas e assinale a correta.
a) Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação.
b) Os Estados jamais legislarão sobre o tema licitação.
c) Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais e específicas de licitação.
d) Os municípios jamais legislarão sobre o tema licitação.
e) Compete aos Estados e aos Municípios legislar irrestritamente sobre o tema licitação.
Explicação: Nos exatos termos do art. 22, XXVII da CF/1988: “normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas
e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art.
37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art.
173, § 1°, III”
Errado. Explicação: Nos exatos termos do art. 22, XXVII da CF/1988: “normas gerais de
licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos
termos do art. 173, § 1°, III”
2 - No âmbito da Administração Pública, a Lei de Geral de Licitações (Lei nº 14.133/2021) não se
aplica às(aos):
a) alienações e concessões de direito real de uso de bens.
b) compras, inclusive por encomenda.
c) locações.
d) concessões e permissões de uso de bens públicos.
e) contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida
pública.
Explicação: A resposta tem como base o art. 3º da Lei 14.133/21, in verbis: “Art. 3º Não se
subordinam ao regime desta Lei: I - contratos que tenham por objeto operação de crédito,
interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro
e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos.”
Módulo 2
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 3º da Lei 14.133/21, in verbis: “Art. 3º
Não se subordinam ao regime desta Lei: I - contratos que tenham por objeto operação de
crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente
financeiroe a concessão de garantia relacionadas a esses contratos.”
3 - No âmbito da Lei de Geral de Licitações (Lei nº 14.133/2021), assinale a alternativa incorreta.
a) Considera-se órgão a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Pública.
b) Considera-se entidade a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
c) Considera-se autoridade o agente público dotado de poder de decisão.
d) Considera-se contratante a pessoa jurídica integrante da Administração Pública responsável
pela contratação.
e) Considera-se compra a atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada
utilidade, intelectual ou material, de interesse da Administração.
Explicação: Afirmativa e é a inverídica, visto que traduz o conceito de “serviço” e não de
“compras” (Lei nº 14.133/2021, art. 6º, XI).
Errado. Explicação: Afirmativa e é a inverídica, visto que traduz o conceito de “serviço” e não
de “compras” (Lei nº 14.133/2021, art. 6º, XI).
1 - Consoante a Lei nº 14.133/2021, o dever de licitar não se aplica às(aos):
a) administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
b) órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os
órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa.
c) fundos especiais.
d) entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.
e) sociedades empresárias não controladas pela Administração Pública.
Explicação: A resposta tem como base o art. 1º da Lei nº 14.133/2021, in verbis: “Art. 1º Esta
Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e abrange: I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos
Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no
desempenho de função administrativa; II - os fundos especiais e as demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública”.
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 1º da Lei nº 14.133/2021, in verbis: “Art.
1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações
Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e abrange: I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos
Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no
desempenho de função administrativa; II - os fundos especiais e as demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública”.
2 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, as contratações realizadas no âmbito das repartições
públicas sediadas no exterior obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos
estabelecidos nessa lei, na forma de regulamentação específica a ser editada pelo:
a) ministro de Estado.
b) presidente da República.
c) presidente do Senado.
d) advogado-geral da União.
e) presidente do Banco Central.
Explicação: A resposta tem como base o art. 1º, § 2º da Lei nº 14.133/2021, in verbis: “§ 2º
As contratações realizadas no âmbito das repartições públicas sediadas no exterior
obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos estabelecidos nesta Lei, na
forma de regulamentação específica a ser editada por ministro de Estado”.
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 1º, § 2º da Lei nº 14.133/2021, in verbis:
“§ 2º As contratações realizadas no âmbito das repartições públicas sediadas no exterior
obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos estabelecidos nesta Lei, na
forma de regulamentação específica a ser editada por ministro de Estado”.
Módulo 3
3 - Em relação à Lei nº 14.133/2021, as contratações relativas à gestão, direta e indireta, das
reservas internacionais do país, inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade,
serão disciplinadas em ato normativo próprio do(da):
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
b) Banco Central do Brasil.
c) Ministério da Economia.
d) Presidência da República.
e) Tribunal de Contas da União. 
Explicação: A resposta tem como base o art. 1º, § 5º da Lei nº 14.133/2021, in verbis: “§ 5º
As contratações relativas à gestão, direta e indireta, das reservas internacionais do País,
inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade, serão disciplinadas em ato
normativo próprio do Banco Central do Brasil, assegurada a observância dos princípios
estabelecidos no caput do art. 37 da Constituição Federal.”
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 1º, § 5º da Lei nº 14.133/2021, in verbis:
“§ 5º As contratações relativas à gestão, direta e indireta, das reservas internacionais do
País, inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade, serão disciplinadas
em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil, assegurada a observância dos
princípios estabelecidos no caput do art. 37 da Constituição Federal.”
1 - Assinale a alternativa que indica um princípio exclusivo das licitações.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Publicidade.
e) Segregação de funções.
Explicação: Os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade também
são princípios gerais do Direito Administrativo (art. 37, caput da CF/1988); já o princípio da
segregação de funções é privativo das licitações, de acordo art. 5º caput da Lei 14.133/21, a
saber: “Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da
segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade,
da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as disposições do
Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro)”.
Errado. Explicação: Os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade
também são princípios gerais do Direito Administrativo (art. 37, caput da CF/1988); já o
princípio da segregação de funções é privativo das licitações, de acordo art. 5º caput da Lei
14.133/21, a saber: “Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse
público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da
eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento
objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade,
da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro)”.
2 - A exigência de que decisões nas licitações contenham os pressupostos de fato e de direito
que as embasaram se refere ao princípio da(do):
a) igualdade.
b) planejamento.
c) transparência.
d) eficácia.
e) motivação.
Explicação: O princípio da motivação estabelece que as decisões nas licitações contenham
os pressupostos de fato e de direito que as embasaram.
Errado. Explicação: O princípio da motivação estabelece que as decisões nas licitações
contenham os pressupostos de fato e de direito que as embasaram.
3 - A Administração Pública não pode, em regra, optar por modelo ou marca de produtos e
serviços na realização de licitações. Tal vedação é estribada principalmente no princípio da(do):
a) impessoalidade.
Módulo 4
b) moralidade.
c) publicidade.
d) eficiência.
e) interesse público.
Explicação: O princípio da impessoalidade proíbe, por parte da Administração Pública, o
favorecimentode alguns indivíduos em detrimento de outros.
Errado. Explicação: O princípio da impessoalidade proíbe, por parte da Administração
Pública, o favorecimento de alguns indivíduos em detrimento de outros.
1 - Em relação aos “agentes da licitação”, previstos na Lei nº 14.133/2021, assinale a alternativa
incorreta.
a) Caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem as normas de
organização administrativa indicarem, promover gestão por competências e designar agentes
públicos para o desempenho das funções essenciais à execução da Lei Geral de Licitações e
Contratos Administrativos.
b) Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não seja rotineiramente
contratado pela Administração, poderá ser contratado, por prazo determinado, serviço de
empresa ou de profissional especializado para assessorar os agentes públicos responsáveis
pela condução da licitação.
c) Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução do contrato
agente público de órgão ou entidade licitante ou contratante, devendo ser observadas as
situações que possam configurar conflito de interesses no exercício ou após o exercício do
cargo ou emprego, nos termos da legislação que disciplina a matéria.
d) O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente
pelos atos que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
e) Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será
designado leiloeiro.
Explicação: Em licitação na modalidade pregão o agente responsável pela condução do
certame será designado “pregoeiro” (Lei nº 14.133/2021, art. 8º, § 5º).
Errado. Explicação: Em licitação na modalidade pregão o agente responsável pela condução
do certame será designado “pregoeiro” (Lei nº 14.133/2021, art. 8º, § 5º).
2 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, não é vedado ao agente público designado para atuar na
área de licitações e contratos:
a) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que comprometam,
restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo licitatório, inclusive nos casos de
participação de sociedades cooperativas.
b) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que estabeleçam
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio dos licitantes.
c) admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que sejam pertinentes ou
relevantes para o objeto específico do contrato.
d) estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária
ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere à
moeda, à modalidade e ao local de pagamento, mesmo quando envolvido financiamento de
agência internacional.
e) opor resistência injustificada ao andamento dos processos e, indevidamente, retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei.
Explicação: A resposta tem como base o art. 9º da Lei nº 14.133/2021, notadamente o inciso
I, alínea “c”, in verbis: “Art. 9º É vedado ao agente público designado para atuar na área de
licitações e contratos, ressalvados os casos previstos em lei:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que:
a) comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo licitatório,
inclusive nos casos de participação de sociedades cooperativas;
b) estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio
dos licitantes;
c) sejam impertinentes ou irrelevantes para o objeto específico do contrato;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista,
previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que
se refere a moeda, modalidade e local de pagamento, mesmo quando envolvido
financiamento de agência internacional;
III - opor resistência injustificada ao andamento dos processos e, indevidamente, retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei.”
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 9º da Lei nº 14.133/2021, notadamente
o inciso I, alínea “c”, in verbis: “Art. 9º É vedado ao agente público designado para atuar na
área de licitações e contratos, ressalvados os casos previstos em lei:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situações que:
a) comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo licitatório,
inclusive nos casos de participação de sociedades cooperativas;
b) estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio
dos licitantes;
c) sejam impertinentes ou irrelevantes para o objeto específico do contrato;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista,
previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que
se refere a moeda, modalidade e local de pagamento, mesmo quando envolvido
financiamento de agência internacional;
III - opor resistência injustificada ao andamento dos processos e, indevidamente, retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei.”
3 - De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a licitação será conduzida por agente de contratação,
pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos
dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite
da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades
necessárias ao bom andamento do certame até a(o):
a) homologação.
b) publicação do edital.
c) adjudicação.
d) habilitação.
e) julgamento e a classificação.
Explicação: A resposta tem como base o art. 8º, caput da Lei nº 14.133/2021, in verbis: “Art.
8º A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela autoridade
competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da
Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso
ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom
andamento do certame até a homologação.”
Errado. Explicação: A resposta tem como base o art. 8º, caput da Lei nº 14.133/2021, in
verbis: “Art. 8º A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela
autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros
permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da
licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades
necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.”

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