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<p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Agora que você já se familiarizou com a , conheça, a</p><p>seguir, os conteúdos que serão estudados neste material.</p><p>De início, de�niremos a , analisaremos diferentes ti-</p><p>pos de estruturas empresariais (como as Sociedades Limitadas, as Sociedades</p><p>Anônimas, o empresário individual, entre outros) e exploraremos como elas</p><p>são formadas e quais as suas características distintas.</p><p>Em seguida, descreveremos as , analisan-</p><p>do desde a aquisição de mercadorias até a venda dos produtos aos clientes, e</p><p>veremos como essas transações são registradas contabilmente e como a</p><p>Contabilidade Comercial auxilia na compreensão do desempenho �nanceiro</p><p>1. Introdução</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>das organizações.</p><p>Outro ponto importante que abordaremos é a : de�nire-</p><p>mos do que ela se trata e examinaremos os seus diferentes componentes (co-</p><p>mo salários, encargos sociais, benefícios e impostos), compreendendo como</p><p>calcular e registrar esses valores adequadamente na contabilidade.</p><p>Por �m, exploraremos as , como inves-</p><p>timentos, imobilizados e intangíveis, observando como esses ativos são adqui-</p><p>ridos, registrados e depreciados ao longo do tempo.</p><p>Pronto(a) para começar?</p><p>Bons estudos!</p><p>2. Informações da Disciplina</p><p>Ementa</p><p>Aborda os conceitos e as práticas fundamentais da contabilidade aplicados à</p><p>constituição de empresas e suas respectivas classi�cações comerciais, como,</p><p>por exemplo, individual, sociedade, sociedade anônima, sociedade em nome</p><p>coletivo. Caracteriza os livros utilizados pelas empresas comerciais enquanto</p><p>obrigatórios e facultativos, e as operações, de abertura, capital social, integra-</p><p>lização, subscrição. Considerando a importância da prática aliada aos conteú-</p><p>dos contábeis, tem-se por meio de teorias e exercícios as operações com mer-</p><p>cadorias, os métodos e sistemas para registro das operações com mercadorias,</p><p>como: as compras, as vendas de mercadorias, os tributos incidentes sobre</p><p>compras e vendas e o resultado da conta mercadorias. Ademais, os métodos e</p><p>os critérios de avaliação dos estoques no âmbito da contabilidade dão suporte</p><p>às operações com mercadorias. Os estudos sobre a folha de pagamento e as</p><p>operações com pessoal, bem como seus conceitos e sua contabilização, condi-</p><p>cionam o estudante a compreender as especi�cidades contábeis que circun-</p><p>dam a folha de pagamento, as principais ocorrências na folha de pagamento</p><p>(FGTS, adiantamentos, salário-família, encargos complementares) e os cálcu-</p><p>los do décimo terceiro salário e das férias. As operações com ativo não circu-</p><p>lante e os conceitos sobre a contabilização do ativo imobilizado e do intangí-</p><p>vel. A disciplina aborda de forma prática os cálculos e a contabilização da de-</p><p>preciação, da amortização e da exaustão dos bens do ativo não circulante, o</p><p>teste de recuperabilidade dos ativos e os ganhos ou perdas de capital na alie-</p><p>nação dos bens do ativo não circulante. Por �m, as operações com instrumen-</p><p>tos �nanceiros envolvendo contas de resultado e o encerramento das ativida-</p><p>des das empresas comerciais encerram os ciclos de estudo desta disciplina.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Os alunos de , compreendendo o processo de consti-</p><p>tuição das empresas comerciais e suas operações, serão capazes de analisar</p><p>as contabilizações de compra, venda, estoque e Ativos Não Circulantes para</p><p>controle �nanceiro e patrimonial. Para isso, contarão não só com as obras de</p><p>referência, mas também outras bibliogra�as e referências eletrônicas, indica-</p><p>ções de links e vídeos.</p><p>Ao �nal, terão condições de atuar pro�ssionalmente e com autonomia para</p><p>controle e registro das transações diárias de uma empresa comercial, levando</p><p>em consideração as ideias debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio de suas</p><p>ferramentas, bem como suas produções durante o estudo.</p><p>Objetivos Especí�cos</p><p>• De�nir a constituição de empresas.</p><p>• Demonstrar as atividades das empresas comerciais.</p><p>• Apresentar os estoques e suas vertentes.</p><p>• Conceituar a Folha de Pagamento.</p><p>• Apresentar operações com Ativos Não Circulantes.</p><p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Ciclo 1 – Constituição de Empresas</p><p>Objetivos</p><p>• Entender como se constituem as empresas.</p><p>• Entender a função e importância dos diferentes livros contábeis na ges-</p><p>tão de empresas comerciais.</p><p>• Analisar as operações de abertura para diferentes tipos de empresas.</p><p>• Compreender a estrutura de empresas com matriz e �lial.</p><p>Conteúdos</p><p>• Livros utilizados pelas empresas comerciais.</p><p>• Classi�cação dos Livros de Escrituração.</p><p>• Operações de abertura (Empresa Individual, Sociedade, Sociedade</p><p>Anônima, Sociedade em Nome Coletivo).</p><p>• e �lial.</p><p>Problematização</p><p>Como a obrigatoriedade dos livros contábeis em empresas comerciais in�uen-</p><p>cia a sua organização �nanceira, transparência e e�cácia operacional? De que</p><p>forma o uso dos Livros de Escrituração impacta na precisão das informações</p><p>contábeis e nas decisões estratégicas dos gestores no âmbito da contabilidade</p><p>comercial? Ao examinar as operações de abertura em diferentes estruturas</p><p>empresariais (Empresa Individual, Sociedade, Sociedade Anônima, Sociedade</p><p>em Nome Coletivo), de que maneira essas operações moldam as práticas con-</p><p>tábeis e in�uenciam na consolidação das informações contábeis?</p><p>Considerando a obrigatoriedade de registros contábeis e a consolidação das</p><p>informações �nanceiras em empresas comerciais diversi�cadas, como a inte-</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2068&action=edit</p><p>ração entre matriz e �lial in�uencia essa con�guração?</p><p>Orientações para o estudo</p><p>Este ciclo de estudos tem como objetivo oferecer uma compreensão abrangen-</p><p>te sobre a constituição das empresas, abordando temas como a utilização de</p><p>livros contábeis, os procedimentos para abertura de diferentes tipos de empre-</p><p>sas e a estrutura organizacional empresarial, incluindo casos de matriz e �lial.</p><p>Para que você aproveite ao máximo o conteúdo, além de sua leitura atenta e</p><p>criteriosa, é importante que dê uma atenção especial às indicações adicionais.</p><p>Ler os textos e assistir aos vídeos tornarão a jornada interessante,</p><p>(2019, p. 116).</p><p>Por �m, o saldo da conta “RCM” é transferido para a conta “Apuração do</p><p>Resultado do Exercício (ARE)”, na qual observamos um Lucro Operacional</p><p>Bruto de R$40.000,00.</p><p>Apresentamos aqui um modo simplista para a apuração do resultado do exercício. É importante ressaltar</p><p>que existem outras contas de resultado que são necessárias para determinar o lucro ou o prejuízo do perío-</p><p>do.</p><p>Para complementar seu aprendizado, preparamos um vídeo exclusivo! Com</p><p>ele, você terá a oportunidade de explorar, de forma prática e dinâmica, os re-</p><p>gistros contábeis relacionados às operações com mercadorias.</p><p>Ao assistir ao vídeo, você será guiado por exemplos que demonstram como os</p><p>registros contábeis desempenham um papel crucial na gestão �nanceira das</p><p>empresas comerciais, obtendo uma visão detalhada de como realizar esses re-</p><p>gistros de forma e�caz e precisa, especialmente nas operações cotidianas de</p><p>compra e venda de mercadorias.</p><p>Para concluir este tópico, podemos resumir os métodos e sistemas de opera-</p><p>ções com mercadorias conforme mostrado no Quadro 1:</p><p>Métodos e sistemas contábeis de operações com mercadorias.</p><p>: elaborado pela autora.</p><p>Depois de estudar os diferentes métodos e sistemas de registro das operações</p><p>com mercadorias, você está pronto(a) para avaliar sua compreensão sobre a</p><p>diferença entre eles? Responda às questões a seguir, que abordam esses te-</p><p>mas.</p><p>Ao concluir nossa análise sobre esse aspecto das operações com mercadorias,</p><p>torna-se evidente como a escolha dos sistemas e métodos, juntamente com</p><p>uma contabilização adequada, desempenha um papel fundamental na</p><p>Contabilidade Comercial, afetando diretamente o desempenho �nanceiro e a</p><p>saúde geral do negócio. Compreender a complexidade das transações comer-</p><p>ciais nos permite tomar decisões mais informadas e estratégicas.</p><p>Agora, avançaremos para o próximo tópico, no qual vamos examinar, detalha-</p><p>damente, as operações de compra e venda de mercadorias.</p><p>4. Compra e venda de mercadorias</p><p>Você já sabe que as operações relacionadas a mercadorias envolvem, princi-</p><p>palmente, compras e vendas, certo?</p><p>Até o momento, aprendemos como essas operações são registradas, os diver-</p><p>sos métodos de contabilidade disponíveis e os sistemas de inventário que as</p><p>empresas podem adotar. No entanto, na prática, sabemos que o processo de</p><p>compra e venda não segue uma trajetória linear. É comum que, durante as</p><p>compras, aconteçam custos adicionais, como frete, por exemplo, ou que uma</p><p>parte da compra seja devolvida por algum motivo.</p><p>Nesse contexto, podemos a�rmar que o processo de compra vai além da sim-</p><p>ples aquisição de mercadorias. Ele envolve considerações sobre devoluções,</p><p>concessão de descontos, custos de frete e impostos incidentes. Esses elemen-</p><p>tos adicionais impactam diretamente no custo �nal dos produtos adquiridos e</p><p>devem ser devidamente registrados para uma análise precisa do desempenho</p><p>�nanceiro da empresa.</p><p>Da mesma forma, as vendas não se limitam à simples transação de produtos.</p><p>Elas podem incluir devoluções por parte dos clientes, concessão de descontos</p><p>e, até mesmo, custos de frete, dependendo dos termos acordados. Todos esses</p><p>aspectos têm impacto direto no resultado líquido das vendas e devem ser mi-</p><p>nuciosamente registrados para uma compreensão completa do cenário �nan-</p><p>ceiro da organização.</p><p>A partir deste ponto, vamos explorar como contabilizar algumas transações</p><p>que impactam as operações de compra e venda de mercadorias, começando</p><p>pelas situações que envolvem as devoluções e descontos concedidos.</p><p>Devoluções e abatimentos</p><p>Iudícibus e Marion (2019) abordam a questão das devoluções e dos abatimen-</p><p>tos no contexto comercial, destacando que tanto os comerciantes quanto os</p><p>clientes enfrentam situações similares, porém, com perspectivas distintas:</p><p>por exemplo, no caso da empresa, atuando como compradora e como vende-</p><p>dora, quando um comerciante recebe uma mercadoria que não corresponde ao</p><p>pedido, ele pode devolvê-la ao fornecedor ou solicitar um abatimento no preço.</p><p>Da mesma forma, quando um cliente adquire um produto com defeito, ele po-</p><p>de devolvê-lo à loja ou pedir um desconto no valor pago.</p><p>Essa dualidade evidencia a complexidade das transações comerciais e as</p><p>múltiplas possibilidades de resolução diante de problemas relacionados à qua-</p><p>lidade, preço ou condições físicas dos produtos.</p><p>Para �car mais claro, acompanhe o seguinte exemplo:</p><p>Imagine uma situação em que uma loja de eletrônicos adquire um lote de smartphones pa-</p><p>ra revenda e, ao receber os produtos, descobre que alguns deles estão com defeito de fábri-</p><p>ca. Nesse cenário, a loja tem a opção de devolver os smartphones defeituosos ao fornecedor</p><p>ou solicitar um abatimento no valor total da compra.</p><p>Por outro lado, imagine um cliente que compra um televisor e, ao ligá-lo em casa, percebe</p><p>que a tela está com defeito. Nesse caso, ele pode retornar à loja e solicitar a troca do produto</p><p>por outro sem defeitos ou, se preferir manter o televisor, negociar um desconto no preço, de-</p><p>vido ao problema encontrado.</p><p>Esses exemplos ilustram como as questões de devoluções e abatimentos po-</p><p>dem surgir tanto para o comprador quanto para o vendedor, exigindo �exibili-</p><p>dade e negociação para resolvê-las de forma satisfatória para ambas as partes.</p><p>Do ponto de vista contábil, devoluções e abatimentos devem ser tratados de</p><p>forma apropriada, para re�etir com precisão as transações comerciais.</p><p>As são registradas como . Por</p><p>exemplo, se uma empresa vendeu R$1.000,00 em mercadorias, mas, posteriormen-</p><p>te, R$200,00 dessas vendas foram devolvidos pelos clientes, o valor líquido das</p><p>vendas seria de R$800,00. Esse valor de R$200,00 seria, então,</p><p>e , para re�etir a devolução.</p><p>Os abatimentos, por sua vez, são registrados como</p><p>ou como . Por exemplo, se um cliente</p><p>compra R$500,00 em mercadorias, mas recebe um abatimento de R$50,00 devido a</p><p>uma promoção, o valor líquido devido pelo cliente seria de R$450,00. Esse abati-</p><p>mento seria, então, registrado como uma</p><p>.</p><p>Na contabilidade, as operações da empresa são rastreadas por meio de lança-</p><p>mentos a débito e a crédito. No caso do inventário periódico, estudado anteri-</p><p>ormente, algumas transações são registradas de maneira especí�ca.</p><p>Para que você possa compreender melhor cada operação, vamos analisar al-</p><p>gumas situações hipotéticas, apresentadas na obra de Iudícibus e Marion</p><p>(2019, p. 117):</p><p> Exemplos de transações realizadas no inventário periódico</p><p>a) Quando um cliente devolve mercadorias por estarem completamente</p><p>diferentes das encomendadas, realizamos o registro de uma devolução</p><p>de vendas. Isso signi�ca que a empresa recebe de volta o valor da venda,</p><p>cancelando-a. Porém, como estamos usando o método do inventário pe-</p><p>riódico, não registramos o custo dessa devolução. Assim, o lançamento é</p><p>feito da seguinte maneira:</p><p>• D – “Devoluções de Vendas”</p><p>• C – “Caixa/Clientes”</p><p>b) Quando um cliente alega que a mercadoria apresenta pequenos defei-</p><p>tos e concorda em receber um abatimento no valor para não devolvê-la,</p><p>procedemos com o registro do abatimento sobre vendas. Nesse caso, o</p><p>valor da venda permanece inalterado, mas uma parte dele é deduzida de-</p><p>vido ao abatimento concedido. O lançamento contábil correspondente</p><p>será:</p><p>• D – “Abatimento s/ Venda”</p><p>• C – “Caixa/Clientes”</p><p>c) Quando a empresa recebe mercadorias dani�cadas de um fornecedor e</p><p>opta por devolvê-las, é feito o registro de uma devolução de compras. Isso</p><p>signi�ca que a empresa envia as mercadorias de volta ao fornecedor e re-</p><p>cupera o valor gasto na aquisição delas. O lançamento contábil corres-</p><p>pondente será:</p><p>• D – “Fornecedores” (ou “Caixa”, se for o caso)</p><p>• C – “Devoluções de Compras”</p><p>d) Quando a empresa identi�ca defeitos nas mercadorias recebidas de</p><p>um fornecedor e este propõe um abatimento para evitar a devolução, pro-</p><p>cedemos com o registro do abatimento sobre compras. Assim, o valor a</p><p>ser pago pelo fornecedor é reduzido em virtude do abatimento concedi-</p><p>do. Logo, o lançamento correspondente será:</p><p>• D – “Fornecedores” (ou “Caixa”)</p><p>• C – “Abatimentos sobre Compras”</p><p>Antes de registrar os Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) e o Resultado</p><p>com Mercadorias (RCM), é necessário fazer outros dois lançamentos.</p><p>Acompanhe!</p><p> Lançamentos antes do CMV e RCM</p><p>e) O saldo das contas “Devoluções de Vendas e Abatimentos s/ Vendas”</p><p>são transferidos para a conta “Vendas”. Isso signi�ca que os valores refe-</p><p>rentes a devoluções e abatimentos são deduzidos das vendas totais, re-</p><p>sultando nas vendas líquidas ou receita operacional líquida. Assim, os</p><p>seguintes lançamentos são realizados:</p><p>• D – “Vendas”</p><p>• C – “Devoluções de Vendas”</p><p>• C – “Abatimentos s/ Vendas”</p><p>f) De forma similar, os saldos das contas “Devoluções de Compras” e</p><p>“Abatimentos s/ Compras” são transferidos para a conta “Compras”.</p><p>Neste caso, os valores das devoluções e abatimentos são deduzidos das</p><p>compras totais, resultando nas compras líquidas.</p><p>• D – “Devoluções de Compras”</p><p>• D – “Abatimentos s/ Compras”</p><p>• C – “Compras”</p><p>Após esses lançamentos, prosseguimos com os registros para calcular o CMV</p><p>e o RCM, conforme mencionamos anteriormente.</p><p> Lançamentos para calcular o CMV e o RCM</p><p>g) Após inventariar o estoque �nal e atribuir um valor a ele, podemos cal-</p><p>cular o CMV com os seguintes lançamentos:</p><p>• D – “Custo das Mercadorias Vendidas”</p><p>• C – “Mercadorias”</p><p>• C – “Compras”</p><p>e,</p><p>• D – “Mercadorias”</p><p>• C – “Custo das Mercadorias Vendidas”</p><p>h) Com o lançamento anterior, já temos o CMV calculado. Agora, pode-</p><p>mos calcular o RCM, que é equivalente ao Lucro Bruto. Para isso, os se-</p><p>guintes lançamentos devem ser feitos:</p><p>• D – “Vendas”</p><p>• C – “Resultado com Mercadorias”</p><p>e,</p><p>• D – “Resultado com Mercadorias”</p><p>• C – “Custo das Mercadorias Vendidas”</p><p>i) Com o Lucro Bruto calculado, o próximo passo é transferi-lo para a con-</p><p>ta de “Apuração do Resultado do Exercício (ARE)”. Isso é feito debitando o</p><p>Resultado com Mercadorias (RCM) e creditando a ARE com o valor do lu-</p><p>cro bruto. O lançamento é feito da seguinte maneira:</p><p>• D – “Resultado com Mercadorias” (RCM)</p><p>• C – “Apuração do Resultado do Exercício” (ARE)</p><p>Lembre-se de que todas as contas de resultado do período devem ser transferi-</p><p>das para a conta “ARE”. Além disso, é importante lembrar que “se o Resultado</p><p>Operacional Bruto fosse negativo (um Prejuízo Operacional Bruto), a conta</p><p>‘RCM’ apresentaria um saldo devedor antes de ser encerrada” (IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019, p. 117).</p><p>De forma simpli�cada, a estrutura da Demonstração do Resultado do</p><p>Exercício, considerando as operações mencionadas anteriormente, pode ser</p><p>representada conforme o Quadro 2 a seguir:</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício na forma dedutiva.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 120).</p><p>Como você pôde observar, na Demonstração do Resultado do Exercício na for-</p><p>ma dedutiva, a primeira linha apresenta as vendas brutas da empresa. Essas</p><p>vendas são ajustadas para re�etir as devoluções e os abatimentos sobre ven-</p><p>das, resultando no valor das vendas líquidas. Em seguida, é calculado o CMV,</p><p>que é obtido subtraindo o estoque �nal do estoque inicial e somando as com-</p><p>pras, ajustadas pelas devoluções e abatimentos sobre compras. O lucro bruto</p><p>então é determinado subtraindo o CMV das vendas líquidas. Esse método per-</p><p>mite uma visão detalhada do impacto das devoluções e abatimentos nos re-</p><p>sultados operacionais da empresa, sendo útil para a gestão de estoques e na</p><p>avaliação da e�ciência operacional (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>É importante lembrar que, na Demonstração do Resultado do Exercício com-</p><p>pleta, a partir do Lucro Bruto, outros custos e despesas operacionais seriam</p><p>deduzidos para se chegar ao Lucro Operacional antes do Imposto de Renda e</p><p>da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e, então, após a dedução</p><p>de despesas não operacionais e impostos, obteríamos o Lucro Líquido.</p><p>Descontos comerciais</p><p>Outras transações que in�uenciam as operações de compra e venda, mas,</p><p>contabilmente, são tratadas de forma mais simples, são os</p><p>. De acordo com Iudícibus e Marion (2019), esses descontos são oferecidos</p><p>pelo vendedor ao comprador durante a compra por vários motivos, como</p><p>grandes quantidades adquiridas, status especial do cliente ou para manter os</p><p>preços constantes nos catálogos através de descontos percentuais.</p><p>Ao contrário dos abatimentos, que são concedidos após a venda devido a pro-</p><p>blemas identi�cados posteriormente, os descontos comerciais são acordados</p><p>no momento da venda e possuem um valor conhecido. Geralmente, esses des-</p><p>contos não são registrados na contabilidade do comprador ou vendedor.</p><p>No entanto, se houver interesse em registrar esses descontos, eles devem ser</p><p>tratados de forma semelhante às devoluções e abatimentos, com a abertura de</p><p>contas especí�cas como “Descontos Comerciais sobre Vendas” ou “Descontos</p><p>Comerciais Concedidos pelo Vendedor” e “Descontos Comerciais sobre</p><p>Compras” ou “Descontos Comerciais Obtidos para o Comprador” (IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019).</p><p>Despesas de transporte</p><p>Segundo Iudícibus e Marion (2019), o custo real de uma mercadoria adquirida</p><p>não se limita apenas ao valor indicado na nota �scal, englobando também to-</p><p>das as despesas necessárias para preparar o produto para venda, como fretes</p><p>e seguros. Essas despesas são contabilizadas debitando a conta especí�ca de</p><p>despesas de transporte em “Compras” e creditando a conta “Caixa” (ou “Contas</p><p>a pagar”). Nesse caso, o lançamento �ca da seguinte maneira:</p><p>• D – “Despesas com Transporte em Compras”</p><p>• C – “Caixa” (ou Contas a Pagar)</p><p>Ao encerrar o período contábil, o saldo dessa conta é somado ao total de com-</p><p>pras e, na Demonstração de Resultados na forma dedutiva, contribui para o</p><p>aumento do total das compras.</p><p>Observe, na Figura 1, um exemplo dessa contabilização:</p><p>: Iudícibus e Marion (2019, p. 121).</p><p>Figura 1 Exemplo de contabilização de despesas de transporte.</p><p>Por �m, no processo de aquisição de mercadorias, de acordo com Ribeiro</p><p>(2017), os são concessões feitas pelos forne-</p><p>cedores no momento da compra de mercadorias, sem a imposição de condi-</p><p>ções. Esses descontos, claramente indicados nas Notas Fiscais, podem ser re-</p><p>gistrados em débito e crédito separadamente.</p><p>Para compreender melhor, acompanhe o exemplo a seguir:</p><p>Por exemplo: ao adquirir mercadorias à vista da empresa fornecedora Flores & Cia, confor-</p><p>me a Nota Fiscal nº 123, no valor total de R$5.000,00, com desconto incondicional destacado</p><p>de R$500,00, a transação pode ser contabilizada pelo valor líquido. Contudo, para uma con-</p><p>tabilização detalhada, sugere-se debitar o valor total da compra (incluindo o desconto) em</p><p>uma conta de débito (como “Mercadorias”, “Compras de Mercadorias” ou “Estoques de</p><p>Mercadorias”) e creditar a conta “Caixa”, “Bancos”, “Fornecedores” etc. pelo valor líquido,</p><p>além de creditar a conta “Descontos Incondicionais Obtidos” (RIBEIRO, 2017).</p><p>Esses registros contábeis garantem que as demonstrações �nanceiras re�i-</p><p>tam com precisão as transações comerciais e os valores reais envolvidos, pro-</p><p>porcionando uma visão clara da saúde �nanceira da empresa. Portanto, ao ex-</p><p>plorarmos as operações de compra e venda no âmbito da Contabilidade</p><p>Comercial, é essencial considerar não apenas os valores das transações em si,</p><p>mas também os diversos elementos que as acompanham.</p><p>Para concluir este tópico e consolidar o seu conhecimento, tente responder a</p><p>mais uma questão:</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Para expandir seu conhecimento sobre os temas vistos até agora, reco-</p><p>mendamos a leitura atenta do artigo de José Antonio Minatel (2022) inti-</p><p>tulado Descontos e boni�cações comerciais nas compras: natureza de</p><p>“redução de custo” (regra contábil) ou “receita” (regra �scal)?</p><p>(https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112</p><p>/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64). Nesse artigo, o</p><p>autor aborda a questão do distanciamento entre as normas contábeis e</p><p>�scais no tratamento de operações realizadas por pessoas jurídicas, além</p><p>de aproveitar a oportunidade para discutir a possibilidade de convergên-</p><p>cia entre as normas contábeis brasileiras e os padrões internacionais,</p><p>com o objetivo de promover uma legislação tributária mais racional.</p><p>No próximo tópico, abordaremos os principais tributos envolvidos nas opera-</p><p>ções de compra e venda de mercadorias.</p><p>5. Principais tributos nas operações de compra</p><p>e venda</p><p>Agora que já abordamos as operações relacionadas a mercadorias e as transa-</p><p>ções que afetam a compra e a venda, é o momento de explorarmos outro as-</p><p>pecto importante da vida empresarial: os . Embora lidar com tributos</p><p>não seja exatamente a parte mais “agradável” da gestão �nanceira de uma</p><p>empresa, trata-se de uma realidade inevitável.</p><p>Os tributos têm um impacto direto nas operações de compra e venda de mer-</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>https://www.crcsc.org.br/uploads/pagina/21112/N1aDoi1eB693wUfwQJMrgnE-9X8Wka73.pdf#page=64</p><p>cadorias das empresas. Eles afetam os custos de aquisição das mercadorias,</p><p>uma vez que os impostos sobre compras, como o ICMS e o IPI, são incorpora-</p><p>dos ao preço dos produtos. Da mesma forma, os tributos sobre vendas, como o</p><p>ICMS e o PIS/COFINS, impactam os preços de venda das mercadorias, o que,</p><p>por sua vez, in�uencia a competitividade no mercado e a margem de lucro das</p><p>empresas.</p><p>Segundo Ribeiro (2017, p. 81), os tributos incidentes sobre as vendas englobam</p><p>“impostos, taxas e contribuições que se relacionam proporcionalmente com o</p><p>valor das transações comerciais realizadas ou dos serviços prestados, mesmo</p><p>que o montante desses tributos faça parte da própria base de cálculo”. Os prin-</p><p>cipais são:</p><p>• : Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e</p><p>sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e</p><p>Intermunicipal e de Comunicação.</p><p>• : Imposto sobre Produtos Industrializados</p><p>• : Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.</p><p>• : Imposto sobre Vendas a de Combustíveis Líquidos e</p><p>Gasosos</p><p>• : Imposto de Exportação.</p><p>Também fazem parte dos tributos incidentes sobre as vendas:</p><p>• as taxas que guardam proporcionalidade com o preço de venda;</p><p>• as parcelas de contribuições mensais com recursos próprios para o</p><p>Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP);</p><p>Programa de Integração Social (PIS); e Contribuição Social sobre o</p><p>Faturamento (COFINS);</p><p>• as quotas de contribuição ou retenção cambial devida na exportação.</p><p>O ICMS, o IPI, o ISS, o IVVC e o IE são alguns dos que incidem</p><p>sobre as vendas. O ICMS, aplicado sobre a circulação de mercadorias e serviços de transpor-</p><p>te, é um exemplo claro dessa tributação.</p><p>Ademais, as taxas que estão diretamente relacionadas ao preço de venda são</p><p>consideradas, juntamente com contribuições como PASEP, PIS e COFINS, que</p><p>são calculadas com base na receita gerada pelas vendas. As quotas de contri-</p><p>buição ou retenção cambial na exportação também entram nessa categoria,</p><p>demonstrando a variedade e complexidade dos tributos que afetam as opera-</p><p>ções comerciais.</p><p>Na perspectiva das empresas comerciais, que são o foco dos estudos deste ci-</p><p>clo, os tributos mais comuns que incidem sobre as vendas são o ICMS, o IPI</p><p>(em determinados casos), o ISS (em situações especí�cas), o PIS sobre o fatu-</p><p>ramento e a COFINS.</p><p>Vamos conhecer agora, em mais detalhes, cada um desses tributos.</p><p>Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de</p><p>Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte</p><p>Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)</p><p>O ICMS é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e</p><p>prestação de determinados serviços, como fornecimento de energia elétrica,</p><p>transporte interestadual e intermunicipal e comunicações. Ele é classi�cado</p><p>como um , pois seu valor é incluído no montante das</p><p>mercadorias ou serviços descritos na Nota Fiscal.</p><p>O cálculo do ICMS baseia-se na aplicação de uma alíquota sobre o valor das</p><p>mercadorias ou serviços envolvidos na operação, variando conforme a nature-</p><p>za da mercadoria ou serviço, sua origem e destino. No Estado de São Paulo,</p><p>por exemplo, a alíquota padrão é, atualmente, de 18%. No entanto, nem todas as</p><p>mercadorias estão sujeitas a essa tributação. Algumas podem ser imunes, de</p><p>acordo com a Constituição Federal, ou não incidirem, devido à legislação esta-</p><p>dual especí�ca, ou, ainda, estarem temporariamente isentas, por meio de be-</p><p>nefícios �scais.</p><p>Uma característica importante do ICMS é sua natureza não cumulativa, o que</p><p>implica que o valor do imposto pago em uma operação é compensado no valor</p><p>do imposto a ser pago na operação subsequente. Isso ajuda a evitar a acumu-</p><p>lação excessiva de impostos ao longo da cadeia produtiva (RIBEIRO, 2017).</p><p>De acordo com Ribeiro (2017), compreender o processo de contabilização do</p><p>ICMS é fundamental para simpli�car sua gestão nas operações comerciais.</p><p>Quando uma empresa adquire produtos de um fornecedor, ela paga não ape-</p><p>nas pelo custo das mercadorias, mas também por uma parcela referente ao</p><p>ICMS. Em contrapartida, ao vender essas mercadorias, a empresa recebe do</p><p>cliente não apenas o valor da venda, mas também uma parcela corresponden-</p><p>te ao ICMS, que, posteriormente, deve ser repassada ao Governo do Estado.</p><p>Antes de realizar o repasse do ICMS ao Governo do Estado, a empresa tem a possibilidade</p><p>de compensar o valor do ICMS recebido do cliente com o ICMS pago ao fornecedor durante</p><p>a compra das mercadorias. Assim, o na compra representa um</p><p>junto ao Governo do Estado, enquanto o na venda representa</p><p>para com o Governo do Estado (RIBEIRO, 2017).</p><p>Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)</p><p>Segundo Ribeiro (2017), além do ICMS, outro tributo de relevância nas opera-</p><p>ções comerciais é o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O IPI é um</p><p>imposto de competência federal, aplicável especialmente às empresas indus-</p><p>triais. Diferentemente do ICMS, o IPI é classi�cado como um</p><p>”, incidindo diretamente sobre o valor dos produtos (mercadorias), sendo</p><p>adicionado a eles.</p><p>Ribeiro (2017) acrescenta que o cálculo do IPI é realizado mediante a aplicação</p><p>de uma alíquota sobre o valor dos produtos, sendo essa alíquota variável de</p><p>acordo com o tipo de produto. Ele ainda ressalta que, apesar de ser um tributo</p><p>especí�co das empresas industriais, há situações em que outras empresas po-</p><p>dem estar sujeitas ao seu pagamento. Por exemplo, algumas exportações rea-</p><p>lizadas por empresas comerciais são equiparadas às empresas industriais pe-</p><p>la legislação, implicando, assim, no recolhimento desse imposto.</p><p>É importante destacar que o IPI não incide sobre todos os produtos e é considerado um</p><p>. Isso signi�ca que o valor do imposto pago na compra de matérias-</p><p>primas ou outros materiais é compensado do imposto a ser pago nas operações subsequen-</p><p>tes de mercadorias, matérias-primas</p><p>ou produtos (RIBEIRO, 2017).</p><p>O mecanismo de incidência do IPI é semelhante ao do ICMS. Em outras pala-</p><p>vras, a empresa tem o direito, junto ao Governo Federal, referente ao IPI pago</p><p>ao fornecedor dos materiais que serão utilizados no processo de produção. Da</p><p>mesma maneira, a empresa tem a obrigação para com o Governo Federal refe-</p><p>rente ao IPI incidente na venda de seus produtos. Assim como no caso do</p><p>ICMS, essa compensação entre direitos e obrigações é fundamental para a</p><p>gestão tributária da empresa (RIBEIRO, 2017).</p><p>Após compreender o mecanismo de contabilização do ICMS, lidar com o IPI</p><p>não será um desa�o. Na rotina de uma empresa industrial tradicional, a</p><p>sequência usual envolve a compra de materiais, sua transformação em produ-</p><p>tos �nais e a venda destes. O IPI pago na compra dos materiais será compen-</p><p>sado pelo valor do IPI incidente na venda dos produtos fabricados com esses</p><p>materiais. Assim como o ICMS, o IPI é apurado periodicamente, sendo mais</p><p>comum sua apuração mensal (RIBEIRO, 2017).</p><p>Uma estratégia para a contabilização do IPI é adotar uma única conta para re-</p><p>gistrar os direitos e as obrigações. A distinção entre o IPI e o ICMS na contabi-</p><p>lidade está na forma como eles são tratados na receita de vendas: o ICMS é in-</p><p>tegrado ao valor das mercadorias e contabilizado internamente, enquanto o</p><p>IPI, por ser um imposto externo, é registrado separadamente, não afetando a</p><p>receita bruta de vendas. A apuração do saldo da conta de IPI segue procedi-</p><p>mentos semelhantes aos do ICMS, exigindo uma análise do saldo da conta “IPI</p><p>a Recuperar”, para determinar se as transações resultaram em direitos ou</p><p>obrigações para a empresa (RIBEIRO, 2017).</p><p>Para determinar se o ICMS e o IPI devem ser incluídos nos custos de aquisição, é crucial acompanhar re-</p><p>gularmente as legislações tributárias e aplicar os critérios vigentes a cada período.</p><p>Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)</p><p>Em relação ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), conforme</p><p>estabelecido pela Lei Complementar nº 116/2003, o fato gerador ocorre com a</p><p>prestação de serviços listados na legislação, independentemente de serem as</p><p>atividades preponderantes do prestador. Por exemplo, uma empresa de con-</p><p>sultoria em informática que oferece serviços de manutenção de sistemas deve</p><p>pagar ISS sobre esses serviços, mesmo que a consultoria seja sua atividade</p><p>principal.</p><p>A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, ou seja, a receita bruta corres-</p><p>pondente, sem deduções, exceto descontos concedidos sem condições. Por</p><p>exemplo, se uma empresa de design grá�co fatura R$10.000,00 em um mês, o</p><p>ISS incidirá sobre esse valor. A alíquota máxima do ISS é de 5% para a maioria</p><p>dos serviços, conforme estabelecido pela mesma lei.</p><p>Segundo Ribeiro (2017), a conta “ISS” é considerada uma despesa e atua como</p><p>redutora da “Receita Bruta de Serviços Prestados”. Em empresas que realizam</p><p>tanto a venda de mercadorias quanto a prestação de serviços, essa conta é in-</p><p>tegrada à fórmula do “Resultado da Conta Mercadorias”, onde age como redu-</p><p>tora da “Receita Bruta de Vendas”.</p><p>Além disso, a conta “ISS a Recolher” é classi�cada como uma obrigação e per-</p><p>tence ao Passivo Circulante. Ela representa a obrigação da empresa em reco-</p><p>lher o tributo aos cofres do município no mês seguinte.</p><p>O recolhimento do ISS geralmente é mensal, com base na Receita Bruta de</p><p>Serviços Prestados no mês anterior. Por exemplo, se uma empresa de contabi-</p><p>lidade prestou serviços em janeiro, o ISS sobre esses serviços deve ser recolhi-</p><p>do até o mês de fevereiro seguinte, de acordo com a legislação municipal vi-</p><p>gente.</p><p>PIS, PASEP e COFINS</p><p>Conforme destacado por Ribeiro (2017), as entidades em geral devem recolher</p><p>mensalmente ao Governo Federal as contribuições para o Programa de</p><p>Integração Social (PIS), para o Programa de Formação do Patrimônio do</p><p>Servidor Público (PASEP) e para o Financiamento da Seguridade Social</p><p>(COFINS).</p><p>Essas contribuições, regulamentadas por legislações especí�cas, operam sob</p><p>dois regimes de incidência: cumulativo e não cumulativo.</p><p>• No , as entidades calculam os valores devidos com ba-</p><p>se em alíquotas e bases de cálculo �xadas pelo governo, recolhendo os</p><p>respectivos montantes aos cofres públicos no mês seguinte ao da ocor-</p><p>rência dos fatos geradores.</p><p>• Por outro lado, no , além das alíquotas e bases de</p><p>cálculo diferenciadas, as entidades podem compensar valores devidos</p><p>por outras entidades em decorrência de transações comerciais.</p><p>No regime cumulativo, as alíquotas para o PIS/PASEP e para a COFINS são,</p><p>respectivamente, 0,65% e 3,0%. A base de cálculo dessas contribuições, aplicá-</p><p>vel às pessoas jurídicas de direito privado e equiparadas, é o faturamento,</p><p>compreendido como a Receita Bruta da empresa. Importante ressaltar que re-</p><p>ceitas provenientes de operações �nanceiras ou aluguéis de bens móveis ou</p><p>imóveis, por exemplo, não entram na composição dessa base de cálculo.</p><p>A legislação tributária estabelece diversos valores a serem excluídos da Receita</p><p>Bruta para determinar a base de cálculo dessas contribuições, como vendas can-</p><p>celadas, descontos incondicionais concedidos, IPI, ICMS, entre outros.</p><p>A contabilização dessas contas é feita da seguinte maneira:</p><p>D – “PIS/PASEP sobre Faturamento”</p><p>C – “PIS/PASEP a Recolher 0,65%”</p><p>D – “COFINS sobre Faturamento”</p><p>C – “COFINS a Recolher”</p><p>Conforme destacado por Ribeiro (2017), as contas “PIS/PASEP sobre</p><p>Faturamento” e “COFINS sobre Faturamento”, mencionadas nos lançamentos 1</p><p>e 2, têm a função de reduzir a Receita Bruta de Vendas e são posteriormente</p><p>transferidas para a conta “Resultado da Conta Mercadorias” durante a apura-</p><p>ção do resultado bruto.</p><p>Por outro lado, as contas “PIS/PASEP a Recolher” e “COFINS a Recolher”, que</p><p>também são creditadas nos mesmos lançamentos, são contas patrimoniais</p><p>incluídas no Passivo Circulante do Balanço Patrimonial. Essas contas repre-</p><p>sentam as obrigações futuras da empresa relacionadas ao recolhimento des-</p><p>ses tributos aos órgãos competentes.</p><p>Importa ressaltar que outras bases de cálculo e alíquotas são aplicáveis a entidades sem �ns lucrativos,</p><p>públicas ou particulares, como folhas de pagamento para o PIS/PASEP e receitas correntes, conforme pre-</p><p>visto na legislação tributária.</p><p>No vídeo apresentado a seguir, vamos utilizar como exemplo o caso da empre-</p><p>sa �ctícia “Moda & Cia Ltda.” e, por meio dele, explorar, de forma detalhada, os</p><p>principais tributos que impactam as operações de compra e venda de merca-</p><p>dorias. O intuito é fornecer a você uma visão abrangente de como esses im-</p><p>postos in�uenciam os custos, a competitividade no mercado e a margem de</p><p>lucro das organizações.</p><p>Agora que você adquiriu uma compreensão mais profunda sobre a complexi-</p><p>dade e o impacto dos tributos no ambiente empresarial, pode reconhecer a im-</p><p>portância de uma gestão tributária e�ciente para assegurar a saúde �nanceira</p><p>da empresa e embasar decisões estratégicas.</p><p>Para expandir ainda mais seu conhecimento sobre este importante tema, re-</p><p>comendamos continuar pesquisando sobre os assuntos abordados até o mo-</p><p>mento.</p><p> Saiba mais sobre as contabilizações tributárias!</p><p>Para ampliar sua compreensão e praticar o processo de contabilização</p><p>das operações envolvendo mercadorias em diferentes contextos tributá-</p><p>rios, sugerimos que assista à aula completa do Prof. Ricardo Haase, inti-</p><p>tulada Aula de operações com mercadorias (Contabilidade Geral)</p><p>(https://www.youtube.com/watch?v=nTE2�VyhDw), disponível no Canal</p><p>TecConcursos.</p><p>Para concluir esta etapa de aprendizado, apresentamos as questões a seguir,</p><p>que têm o intuito de avaliar sua compreensão sobre o conteúdo abordado. Não</p><p>deixe de responder e, se tiver alguma dúvida, leia novamente o conteúdo.</p><p>Como sabemos, a legislação é frequentemente atualizada, portanto, é fundamental</p><p>estar atento a quaisquer alterações. As alíquotas mencionadas neste material re-</p><p>�etem os valores estabelecidos para o ano de 2024. Portanto, consulte sempre o si-</p><p>te da Receita Federal (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos</p><p>/orientacao-tributaria/tributos), para obter informações atualizadas.</p><p>Devido às particularidades dos estados e municípios, é importante consultar as</p><p>alíquotas nos sites institucionais.</p><p>6. Considerações</p><p>Após estudar este ciclo, compreendemos melhor aspectos cruciais para a ges-</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=nTE2fiVyhDw</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos</p><p>tão e contabilização empresarial. Exploramos as operações comerciais desde</p><p>a aquisição até a venda de mercadorias, enfatizando a importância do registro</p><p>adequado dessas transações. Destacamos os principais tributos que incidem</p><p>sobre as operações comerciais e sua in�uência nos custos e na lucratividade</p><p>das empresas, além da necessidade de atualização sobre legislações tributári-</p><p>as.</p><p>É fundamental compreender profundamente essas operações e tributos para</p><p>uma gestão �nanceira e�ciente e para a tomada de decisões estratégicas.</p><p>Continuar buscando conhecimento é fundamental para o sucesso no ambien-</p><p>te empresarial.</p><p>Este ciclo nos proporcionou uma base sólida sobre atividades comerciais e as-</p><p>pectos contábeis e �scais, preparando-nos para enfrentar os desa�os e apro-</p><p>veitar oportunidades.</p><p>No próximo ciclo, abordaremos os estoques e seus critérios de avaliação, as-</p><p>pecto essencial para as empresas comerciais, já que in�uencia diretamente os</p><p>resultados �nanceiros e contábeis das organizações. Exploraremos os méto-</p><p>dos de avaliação de estoque como PEPS, UEPS e média ponderada, entenden-</p><p>do seu impacto na apuração de custos e resultados empresariais.</p><p>Esperamos por você lá, para continuar nossa jornada de aprendizado. Até bre-</p><p>ve!</p><p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Ciclo 3 – Estoques</p><p>Objetivos</p><p>• Conhecer os estoques e suas vertentes.</p><p>• Compreender os critérios de avaliação de estoques.</p><p>• Compreender a importância do na gestão</p><p>de estoques.</p><p>Conteúdos</p><p>• Critérios de avaliação de estoques.</p><p>• Métodos PEPS e UEPS.</p><p>• Métodos Custo Médio Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo.</p><p>• Custo da Mercadoria Vendida (CMV).</p><p>Problematização</p><p>Como a escolha e aplicação dos critérios de avaliação de estoques impactam</p><p>na gestão �nanceira, transparência e e�cácia operacional das empresas co-</p><p>merciais? De que forma a adoção dos métodos PEPS, UEPS, Custo Médio</p><p>Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo in�uencia na precisão das</p><p>informações contábeis e nas decisões estratégicas dos gestores no contexto</p><p>da Contabilidade Comercial? Como as particularidades dos métodos de avalia-</p><p>ção de estoques in�uenciam as práticas contábeis e a consolidação das infor-</p><p>mações �nanceiras em empresas comerciais? Como a escolha e aplicação</p><p>desses critérios afetam a con�guração dos registros contábeis e a precisão das</p><p>informações contábeis em diferentes ambientes organizacionais?</p><p>Orientações para o estudo</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2098&action=edit</p><p>Este ciclo tem como objetivo proporcionar uma compreensão ampla sobre os</p><p>critérios de avaliação de estoques, abordando métodos como PEPS, UEPS,</p><p>Custo Médio Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo, além do cálculo</p><p>do Custo da Mercadoria Vendida (CMV). Para aproveitá-lo ao máximo, reco-</p><p>mendamos não apenas a leitura do conteúdo disponível, mas também a ex-</p><p>ploração dos materiais complementares indicados. Artigos, vídeos explicati-</p><p>vos e exercícios práticos serão recursos fundamentais para aprofundar seus</p><p>conhecimentos sobre esse tema complexo. Esteja preparado(a) para uma jor-</p><p>nada de aprendizado interessante e enriquecedora.</p><p>Lembre-se de que cada recurso recomendado oferece uma oportunidade única</p><p>para aprimorar a compreensão dos conceitos abordados e sua aplicação práti-</p><p>ca. Não perca a chance de expandir sua compreensão e desenvolver habilida-</p><p>des na área de contabilidade de estoques.</p><p>Dedique-se aos estudos com determinação e curiosidade, e, dessa forma, esta-</p><p>remos con�antes de que você alcançará resultados valiosos. Ótimos estudos!</p><p>1. Introdução</p><p>Nos ciclos anteriores, abordamos as operações iniciais de uma empresa co-</p><p>mercial e a contabilização das operações de compra e venda, destacando as-</p><p>pectos legais e contábeis relevantes. Agora, direcionaremos nosso foco para o</p><p>controle de estoques, explorando os principais critérios de valoração. A gestão</p><p>de estoques representa uma área crucial na Contabilidade Comercial, exigindo</p><p>atenção especial; por isso, compreender como as empresas valoram as merca-</p><p>dorias estocadas é fundamental para garantir uma gestão e�caz.</p><p>Conforme Ribeiro (2017), ao lidar com estoques em empresas comerciais, de-</p><p>vemos considerar não apenas o valor das compras, mas também fatores como</p><p>popularidade, demanda, condições e obsolescência das mercadorias. Além</p><p>disso, a incidência de impostos sobre as compras, como ICMS e IPI, é relevan-</p><p>te, sendo que esse último é excluído em situações especí�cas de equiparação</p><p>entre empresas comerciais e industriais.</p><p>Outro ponto a ser considerado é a recorrência das compras, com empresas fre-</p><p>quentemente adquirindo as mesmas mercadorias em momentos distintos e a</p><p>preços variados. Portanto, é necessário adotar critérios consistentes para de-</p><p>terminar o custo desses itens em estoque, como preço especí�co, PEPS, UEPS,</p><p>Custo Médio Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo.</p><p>Durante este estudo, vamos explorar os aspectos teóricos dos critérios de valo-</p><p>ração de estoques, complementando-os com a sua aplicação prática em con-</p><p>textos comerciais. Analisaremos exercícios para aprofundar o entendimento</p><p>sobre o tema e desenvolver habilidades para</p><p>tomar decisões assertivas na</p><p>gestão de estoques.</p><p>Discutiremos as implicações dos diferentes critérios de valoração nos relatóri-</p><p>os contábeis, no planejamento �nanceiro e na tomada de decisão estratégica</p><p>das empresas. Com isso, ao �nal deste ciclo, esperamos que você esteja apto a</p><p>compreender, aplicar e analisar os diversos critérios de valoração de estoques,</p><p>contribuindo para uma gestão mais e�ciente e transparente das operações co-</p><p>merciais.</p><p>O conhecimento sobre a valoração de estoques é essencial não apenas para</p><p>pro�ssionais da área contábil, mas também para os gestores, investidores e</p><p>outros stakeholders interessados no desempenho e na saúde �nanceira das</p><p>empresas. Ao longo deste ciclo, pretendemos abordar este tema de forma didá-</p><p>tica e acessível, relacionando teoria e prática e estimulando a re�exão crítica</p><p>sobre as melhores práticas de gestão de estoques.</p><p>Vamos começar?</p><p>2. Critérios de avaliação de estoques</p><p>De acordo com Ribeiro (2017), o custo das mercadorias em estoque envolve a</p><p>análise dos custos das compras, ou seja, o montante efetivamente pago pela</p><p>aquisição das mercadorias, e esse valor pode ser afetado por diversos fatores,</p><p>como descontos, devoluções, ajustes de preço e custos de transporte, entre ou-</p><p>tras transações comerciais, todos já discutidos no ciclo anterior.</p><p>Conforme discutido por Iudícibus e Marion (2019), a adoção do método</p><p>Inventário Permanente implica em um controle constante por parte da</p><p>Contabilidade sobre todas as movimentações ocorridas nos estoques, tanto de</p><p>entrada quanto de saída. Esse controle é crucial, pois as transações devem ser</p><p>registradas à medida que ocorrem, garantindo, assim, a precisão e atualização</p><p>dos registros contábeis.</p><p>Vamos imaginar uma empresa que adota o método de Inventário Permanente para admi-</p><p>nistrar seus estoques. Quando essa empresa realiza uma compra de mercadorias, não basta</p><p>apenas registrar o valor do estoque inicial e os custos de cada compra subsequente. É ne-</p><p>cessário conhecer ainda o custo de cada lote de mercadorias vendido, assim como a receita</p><p>obtida com a venda. Essa informação é essencial para a Contabilidade, pois é a partir dela</p><p>que os registros contábeis serão realizados. Para isso, a empresa precisa ter à disposição</p><p>mecanismos adequados que permitam gerar essas informações de maneira precisa e e�ci-</p><p>ente.</p><p>Os métodos para controlar as movimentações nos estoques podem variar con-</p><p>sideravelmente, desde processos manuais até a utilização de equipamentos e</p><p>sistemas informatizados. No entanto, é importante ressaltar que esses contro-</p><p>les vão além das anotações físicas realizadas nos almoxarifados, pois incluem</p><p>o registro detalhado dos valores �nanceiros associados a cada transação</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Embora haja uma integração entre os controles físicos e �nanceiros, especial-</p><p>mente para atender às exigências contábeis, são os</p><p>. Isso signi�ca que a informação sobre</p><p>o valor do custo de cada mercadoria vendida está diretamente relacionada à</p><p>avaliação dos estoques (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Assim, ao de�nir o valor do estoque �nal, automaticamente, o Custo das</p><p>Mercadorias Vendidas (CMV) é determinado, e vice-versa. Essa interdepen-</p><p>dência entre o valor do estoque �nal e o CMV destaca a importância de man-</p><p>ter um controle rigoroso e atualizado sobre as movimentações nos estoques,</p><p>garantindo a integridade e con�abilidade das informações contábeis</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>A avaliação de mercadorias é um aspecto crucial da Contabilidade, inserida</p><p>em um contexto mais amplo de avaliação de todos os itens patrimoniais. Essa</p><p>avaliação é fundamental, pois variações nos valores atribuídos aos ativos e às</p><p>obrigações impactam diretamente o Patrimônio Líquido, re�etindo no tão de-</p><p>batido “valor da empresa” (IUDÍCIBUS; MARION, 2019, p. 122).</p><p>A Contabilidade, seguindo os princípios fundamentais, adota o princípio do</p><p>como base de valor. Sob esse princípio, as mercado-</p><p>rias são registradas pelo valor pactuado entre o comerciante e seu fornecedor</p><p>na data da transação. Esse valor permanece como o custo das mercadorias</p><p>enquanto estiverem sob posse da empresa (estoques no Ativo), e, quando ven-</p><p>didas, torna-se o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019).</p><p>Embora o princípio do custo original (histórico) seja o mais adotado para a</p><p>avaliação das mercadorias, há outras abordagens que surgiram para lidar com</p><p>situações especí�cas de gestão empresarial. Segundo Iudícibus e Marion</p><p>(2019, p. 122), esses critérios de avaliação podem incluir:</p><p>• custo de aquisição (histórico);</p><p>• custo de reposição ou custo corrente;</p><p>• preço de venda ou preço de mercado.</p><p>O segundo e terceiro critérios divergem do princípio tradicional do custo origi-</p><p>nal (histórico). Dentro do critério do custo de aquisição, há diversos métodos</p><p>de abordagem, como:</p><p>• Método do custo especí�co.</p><p>• Método do custo mais recente.</p><p>• Método PEPS (ou FIFO – First In, First Out).</p><p>• Método UEPS (ou LIFO – Last In, First Out).</p><p>• Método do Custo Médio Ponderado.</p><p>• Método do Custo Médio Ponderado Variável.</p><p>Ainda conforme Iudícibus e Marion (2019), esses métodos apresentam varia-</p><p>ções e são aplicados conforme as necessidades e características especí�cas</p><p>de cada empresa.</p><p>No contexto do Inventário Permanente, neste ciclo, examinaremos particular-</p><p>mente os seguintes métodos: PEPS, UEPS, Custo Médio Ponderado Móvel e</p><p>Custo Médio Ponderado Fixo. A análise desses métodos fornecerá uma com-</p><p>preensão mais abrangente e detalhada de suas aplicações práticas e implica-</p><p>ções na gestão de estoques e na contabilidade empresarial.</p><p>Assim, surge a questão de como determinar o preço das mercadorias estoca-</p><p>das quando novas compras são efetuadas. Por exemplo, quando a empresa ad-</p><p>quire mais estoques de um produto que já está em sua posse, surge a incerteza</p><p>sobre qual preço atribuir a esses novos itens: devemos utilizar o método PEPS,</p><p>o Custo Médio Ponderado Móvel (CMPM) ou outro critério de valoração de es-</p><p>toques?</p><p>Ao longo deste ciclo, ainda exploraremos detalhadamente como esses diferen-</p><p>tes fatores podem in�uenciar o custo das mercadorias estocadas e como po-</p><p>demos incorporá-los adequadamente aos registros contábeis. Neste momento,</p><p>após compreender de forma geral a importância da adoção desses critérios de</p><p>avaliação de estoques na Contabilidade Comercial, teste seus conhecimentos</p><p>respondendo à questão a seguir:</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Antes de apresentar os critérios de avaliação de estoques, recomenda-</p><p>mos a você assistir ao vídeo Aula de estoques – CPC 16 (Contabilidade</p><p>Geral) (https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY), do Prof.</p><p>Ricardo Haase, no qual são explorados, de forma detalhada, diversos as-</p><p>pectos relacionados aos estoques, desde a mensuração até o reconheci-</p><p>mento como despesa e sua divulgação, conforme preconizado pelo CPC</p><p>16 (Comitê de Pronunciamentos Contábeis).</p><p>Haase aborda conceitos essenciais, como custos de aquisição, custos de</p><p>transformação, valor realizável líquido, entre outros relevantes para uma</p><p>compreensão abrangente da contabilidade de estoques. Assistir a essa</p><p>aula será uma oportunidade valiosa para aprofundar seus conhecimen-</p><p>tos à luz das normas contábeis e preparar-se adequadamente para com-</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KgzAPCVNfY</p><p>preender os critérios de avaliação que serão apresentados.</p><p>Após assistir ao vídeo sobre a gestão completa de estoques, no próximo tópico,</p><p>abordaremos os primeiros dois métodos de avaliação: o PEPS (“Primeiro a</p><p>Entrar, Primeiro a Sair”) e o UEPS (“Último a Entrar, Primeiro a Sair”). Esses</p><p>métodos são amplamente utilizados na</p><p>prática contábil e são fundamentais</p><p>para compreender como os estoques são valorados e como isso impacta as de-</p><p>monstrações �nanceiras das empresas. É fundamental estudá-los cuidadosa-</p><p>mente, pois eles são essenciais para aprofundar o seu entendimento sobre</p><p>contabilidade de estoques.</p><p>3. PEPS e UEPS</p><p>Anteriormente, você aprendeu que a escrituração, na Contabilidade, desempe-</p><p>nha um papel crucial, ao registrar as compras de mercadorias. Esses registros</p><p>não se limitam apenas a documentar as transações �nanceiras, mas também</p><p>fornecem uma visão abrangente do estoque da empresa. Ao acompanhar as</p><p>entradas de mercadorias, podemos manter um controle preciso do estoque</p><p>disponível em qualquer momento, garantindo, assim, que a empresa possa</p><p>atender à demanda dos clientes de forma e�ciente e oportuna.</p><p>Além disso, os registros das compras de mercadorias são fundamentais para</p><p>calcular os custos de aquisição, que incluem o preço de compra das mercado-</p><p>rias e outras despesas adicionais, como transporte e seguro. Esses custos de</p><p>aquisição são essenciais para determinar o valor total do estoque da empresa</p><p>e para calcular o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), que é um compo-</p><p>nente importante para o cálculo do Lucro Bruto.</p><p>Agora, vamos aprender os métodos de avaliação de estoque conhecidos como</p><p>e</p><p>, adaptados da versão em inglês “FIFO” (First In, First Out) e “LIFO” (Last</p><p>In, First Out), respectivamente (IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Tais métodos são</p><p>cruciais para a gestão e�ciente dos estoques e desempenham um papel funda-</p><p>mental na determinação dos custos e no resultado �nanceiro das empresas.</p><p>O método baseia-se na premissa de que os itens mais antigos em esto-</p><p>que são os primeiros a serem utilizados ou vendidos, re�etindo, assim, os cus-</p><p>tos mais baixos. Por outro lado, o método adota a abordagem oposta,</p><p>considerando que os itens mais recentemente adquiridos são os primeiros a</p><p>sair do estoque, resultando em custos mais altos atribuídos ao estoque rema-</p><p>nescente. É essencial compreender esses métodos para tomar decisões infor-</p><p>madas sobre a gestão de estoques e garantir uma contabilidade precisa dos</p><p>ativos da empresa.</p><p>Vamos explorar em detalhes esses conceitos e suas implicações práticas nos</p><p>tópicos a seguir.</p><p>Exemplo prático de adoção do método PEPS</p><p>Conforme mencionado, no método de controle dos estoques conhecido como</p><p>PEPS, observa-se que, para �ns de apuração do Custo da Mercadoria Vendida,</p><p>as unidades que foram compradas primeiro são as primeiras a serem retira-</p><p>das do estoque pelo seu valor de custo. Isso signi�ca que o CMV re�ete o custo</p><p>das mercadorias que foram adquiridas há mais tempo, enquanto o valor res-</p><p>tante no Final representa o custo das mercadorias mais recentemente</p><p>adquiridas (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Para exempli�car, vamos utilizar o caso de uma loja de roupas. Acompanhe!</p><p>Suponha que, em 01/02/20x1, uma loja tenha adquirido 100 camisetas por R$10,00 cada e,</p><p>depois, em 03/02/20x1, comprado mais 100 camisetas por R$15,00 cada. Se 150 camisetas fo-</p><p>rem vendidas, de acordo com o método PEPS, consideraremos que as primeiras 100 camise-</p><p>tas vendidas foram aquelas adquiridas por R$10,00 cada. As outras 50 foram aquelas adqui-</p><p>ridas por R$15,00 cada. Assim, o CMV será calculado com base nesse valor mais baixo, en-</p><p>quanto as 50 camisetas restantes no Estoque Final serão avaliadas pelo custo de aquisição</p><p>mais recente, ou seja, R$15,00 cada.</p><p>O método PEPS permite uma representação clara da movimentação física e �-</p><p>nanceira dos produtos, facilitando a compreensão sobre como o custo é atri-</p><p>buído às mercadorias vendidas e ao Estoque Final. Para �car mais claro,</p><p>acompanhe a Tabela 1 a seguir:</p><p>Exemplo de aplicação do método PEPS.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 125).</p><p>Observe, na Tabela 1, que o CMV corresponde a R$1.750,00 e o Estoque Final �-</p><p>cou com 50 unidades avaliadas a R$750,00. Logo, conforme explicam</p><p>Iudícibus e Marion (2019), pelo método PEPS, o CMV possui o valor das merca-</p><p>dorias que foram compradas primeiro, e o Estoque Final �ca com o preço das</p><p>mercadorias adquiridas recentemente. No exemplo da loja de roupas, sobra-</p><p>ram 50 unidades a R$15,00, com um total de R$750,00.</p><p>Agora, vamos entender como funciona o método UEPS.</p><p>Exemplo prático de adoção do método UEPS</p><p>De acordo com o método UEPS, as unidades mais recentemente adquiridas</p><p>são as primeiras a serem vendidas. Isso signi�ca que o Custo das Mercadorias</p><p>Vendidas (CMV) calculado pelo UEPS re�ete o valor das mercadorias compra-</p><p>das mais recentemente, enquanto o Estoque Final representa o valor das mer-</p><p>cadorias adquiridas anteriormente (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Dando continuidade ao exemplo anterior, observe agora, na Tabela 2, como �-</p><p>ca o controle de estoque pelo método UEPS.</p><p>Exemplo de aplicação do método UEPS.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 125).</p><p>Como pode ser observado, pelo método UEPS, o Estoque Final será de 50 uni-</p><p>dades avaliadas por R$500,00, e o CMV, de R$2.000,00 (R$1.500,00 + R$500,00).</p><p>No vídeo a seguir, oferecemos mais um exemplo para facilitar o entendimento</p><p>prático da aplicação dos métodos PEPS e UEPS, abordando, também, as vanta-</p><p>gens e desvantagens de cada um. Com isso, você estará mais preparado(a) pa-</p><p>ra fazer uma escolha alinhada às necessidades do seu trabalho.</p><p>A utilização dos métodos PEPS e UEPS na gestão de estoques proporciona</p><p>uma abordagem e�ciente para atribuir custos às mercadorias vendidas e ao</p><p>Estoque Final. Assim, a escolha entre esses métodos deve considerar as ne-</p><p>cessidades especí�cas da empresa, seu impacto nos relatórios �nanceiros e a</p><p>conformidade com os princípios contábeis. Ambos os métodos fornecem in-</p><p>formações valiosas para a gestão de estoques, permitindo uma análise mais</p><p>precisa do desempenho �nanceiro e das estratégias de preci�cação. No próxi-</p><p>mo tópico, serão apresentados os outros dois métodos discutidos neste ciclo,</p><p>que são os de Custo Médio Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo.</p><p> Saiba mais sobre o método PEPS!</p><p>No vídeo Aula 5 | PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai)</p><p>(https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU), do Prof. Daniel</p><p>Santana, você terá uma explicação bem detalhada sobre o método de</p><p>controle de estoque PEPS. Aproveite-o ao máximo!</p><p>Antes de iniciar o próximo tópico, no qual estudaremos mais métodos de con-</p><p>trole e avaliação de estoques, é importante que você tente responder à questão</p><p>a seguir, para veri�car seu conhecimento sobre os dois métodos que acabamos</p><p>de estudar. Vamos lá?</p><p>4. Custo Médio Ponderado Móvel e Custo</p><p>Médio Ponderado Fixo</p><p>Os métodos de Custo Médio Ponderado Móvel e Custo Médio Ponderado Fixo</p><p>representam abordagens alternativas na gestão de estoques para atribuir cus-</p><p>tos às mercadorias vendidas e ao Estoque Final. Enquanto o método de Custo</p><p>Ponderado Móvel recalcula o custo médio de cada unidade sempre que há</p><p>uma nova compra, o Custo Ponderado Fixo mantém um custo médio constan-</p><p>te ao longo do tempo, independentemente das mudanças nos preços de com-</p><p>pra.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU</p><p>Ambos os métodos têm suas vantagens e limitações, e a escolha entre eles de-</p><p>pende das necessidades especí�cas da empresa, da natureza de seus produtos</p><p>e das condições do mercado. Nesta análise, exploraremos as características</p><p>distintas de cada método, seus impactos na contabilidade e na gestão de esto-</p><p>ques, além de identi�car os cenários em que cada um pode ser mais apropria-</p><p>do.</p><p>Custo Médio Ponderado Móvel</p><p>O método do Custo Médio Ponderado Móvel consiste em combinar os valores</p><p>das compras mais recentes com o custo total das mercadorias já em estoque</p><p>antes</p><p>dessas compras. O novo custo por unidade é calculado dividindo esse</p><p>valor total pelo número total de unidades em estoque. Cada nova compra, se</p><p>tiver um custo por unidade diferente do custo anterior, resultará em uma alte-</p><p>ração no novo custo por unidade, sendo in�uenciado tanto pela quantidade de</p><p>unidades (já existentes e compradas) quanto pelo custo por unidade (anterior</p><p>e da nova compra). As vendas não afetam o custo por unidade, pois o custo</p><p>das unidades vendidas é sempre baseado no custo mais recente calculado</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Retomemos o exemplo apresentado no tópico anterior, nas Tabelas 1 e 2.</p><p>Perceba como �ca a organização do controle de estoque na Tabela 3 a seguir:</p><p>Exemplo de aplicação do método Custo Médio Ponderado Móvel.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 125).</p><p>O valor do Estoque Final (50 unidades) �cou com o valor de R$625,00 pelo mé-</p><p>todo Custo Médio Ponderado Móvel, enquanto o valor do CMV foi de</p><p>R$1.875,00.</p><p>Custo Médio Ponderado Fixo</p><p>De acordo com Ribeiro (2017), ao adotar o método Custo Médio Ponderado Fixo,</p><p>as mercadorias em estoque são avaliadas apenas ao �nal do período (geral-</p><p>mente, no �nal do ano), utilizando a média dos custos das mercadorias dispo-</p><p>níveis para venda ao longo desse período. Isso signi�ca que a valoração das</p><p>mercadorias em estoque só é realizada no �m do período contábil, como no �-</p><p>nal do ano �scal, diferentemente do Custo Médio Ponderado Móvel, que é re-</p><p>calculado durante o exercício, a cada nova compra.</p><p>Essa abordagem exige a divisão do custo total das mercadorias disponíveis</p><p>para venda pela quantidade total dessas mesmas mercadorias. Para alcançar</p><p>esse valor, é necessário somar o custo do estoque inicial ao custo das compras</p><p>líquidas realizadas no mesmo período. É importante observar que o custo total</p><p>das compras líquidas inclui o custo total das aquisições ajustado pelos even-</p><p>tos que modi�cam o valor das compras (RIBEIRO, 2017).</p><p>É fundamental destacar que o critério do Custo Médio Ponderado Fixo é viável apenas para empresas que</p><p>adotam o sistema de Inventário Periódico, pois sua apuração é realizada somente ao término do exercício</p><p>contábil. O valor resultante da média ponderada �xa é atribuído a todas as unidades de mercadorias em</p><p>estoque no último dia do ano, assim como a todas as unidades de mercadorias vendidas durante o ano, in-</p><p>dependentemente das datas de suas respectivas vendas (RIBEIRO, 2017).</p><p>O cálculo do Custo Médio Ponderado Fixo é uma maneira de determinar o cus-</p><p>to médio de cada mercadoria disponível para venda. Para realizar esse cálcu-</p><p>lo, somamos o custo total de todas as mercadorias disponíveis para venda e</p><p>dividimos pelo total de mercadorias disponíveis. Em outras palavras, adicio-</p><p>namos o custo de todas as compras líquidas e dividimos pelo número total de</p><p>unidades dessas mercadorias. Se não houver estoque inicial, todas as merca-</p><p>dorias disponíveis para venda são as que foram compradas. Portanto, o custo</p><p>total e a quantidade de mercadorias disponíveis para venda são exatamente</p><p>iguais ao total das compras líquidas que �zemos (RIBEIRO, 2017).</p><p>Considerando o exemplo anterior da Tabela 3, em que não havia estoque inici-</p><p>al, mas foram compradas 100 unidades a R$10,00, o total da compra foi de</p><p>R$1.000,00, resultando em um Custo Médio Ponderado Fixo de R$10,00. Esse</p><p>custo permanece constante, mesmo com novas compras até o �nal do perío-</p><p>do.</p><p>Em seguida, para atribuir o custo ao Estoque Final, multiplicamos o número</p><p>de unidades de mercadorias que estão no estoque no �nal do período pelo</p><p>Custo Médio Ponderado Fixo calculado anteriormente. Por exemplo, se o Custo</p><p>Médio Ponderado Fixo das nossas mercadorias for R$12,50 por unidade e ti-</p><p>vermos 50 unidades no estoque, o custo total dessas mercadorias será de</p><p>R$625,00 (50 unidades x R$12,50 por unidade). Essa etapa é importante para</p><p>obtermos uma visão precisa do valor do Estoque Final, o que nos ajuda a to-</p><p>mar decisões �nanceiras mais informadas sobre nosso negócio.</p><p>Por �m, para calcular o Custo das Mercadorias Vendidas, que é a forma de des-</p><p>cobrir quanto custaram todas as mercadorias que vendemos durante determi-</p><p>nado período, subtraímos o custo do Estoque Final do custo total de todas as</p><p>mercadorias disponíveis para venda. Em outras palavras, subtraímos o valor</p><p>total de todas as mercadorias que tínhamos para vender e do valor das merca-</p><p>dorias que ainda temos no estoque no �nal do período. No nosso exemplo:</p><p>R$2.500,00 – R$625,00 = R$1.875,00).</p><p>Ainda nesse exemplo, observe que tanto o Custo Médio Ponderado Móvel</p><p>quanto o Custo Médio Ponderado Fixo resultaram iguais devido à simplicida-</p><p>de das operações, especialmente pela ausência de estoque inicial. Isso signi�-</p><p>ca que, em situações com poucas transações ou variações signi�cativas nos</p><p>preços de compra, os dois métodos podem resultar em valores semelhantes. A</p><p>diferença entre os dois métodos, no entanto, está no momento do cálculo do</p><p>custo médio e na sua atualização.</p><p>No Custo Médio Ponderado Móvel, a média é recalculada após cada nova compra, re�etindo</p><p>o preço médio atualizado das mercadorias disponíveis para venda. Já no Custo Médio</p><p>Ponderado Fixo, a média é calculada só uma vez, geralmente, no �m do período contábil, e</p><p>permanece constante ao longo do período, independentemente das mudanças nos preços</p><p>de compra. Desse modo, enquanto o Custo Médio Ponderado Móvel é mais sensível às �utu-</p><p>ações nos preços de compra e re�ete um custo médio sempre atualizado, o Custo Médio</p><p>Ponderado Fixo oferece uma visão estável e previsível dos custos das mercadorias ao longo</p><p>do tempo.</p><p>No vídeo a seguir, vamos aprofundar os dois métodos de gestão de estoque que</p><p>você acabou de estudar, com o objetivo de reforçar o conteúdo e oferecer uma</p><p>explicação mais prática dos conceitos.</p><p></p><p>Aprofunde seus conhecimentos sobre a importância do controle</p><p>de estoques nas empresas</p><p>No artigo A importância do controle de estoque: um estudo no ramo far-</p><p>macêutico em Itumbiara-GO (https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads</p><p>/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf), os au-</p><p>tores Odair Santos e Andreia Borges examinam a gestão de estoques,</p><p>com ênfase no ramo farmacêutico, destacando a importância de evitar</p><p>custos elevados e garantir a disponibilidade de produtos para os clientes.</p><p>A metodologia adotada inclui pesquisa teórica, estudo de caso em uma</p><p>farmácia e comparação entre métodos de avaliação de estoques. A análi-</p><p>se revela um forte controle de estoque na empresa estudada, o que é fun-</p><p>damental para garantir a qualidade do gerenciamento de estoque.</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>https://unifasc.edu.br/wp-content/uploads/2022/04/11-A-IMPORTANCIA-DO-CONTROLE-DE-ESTOQUE1.pdf</p><p>Agora, teste seus conhecimentos sobre a diferença entre os dois métodos de</p><p>Custo Médio Ponderado com a seguinte questão:</p><p>No próximo tópico, abordaremos o conceito e a importância do Custo da</p><p>Mercadoria</p><p>Vendida (CMV), um indicador fundamental na Contabilidade e na</p><p>gestão de estoques, por representar o valor total dos produtos que foram ven-</p><p>didos durante determinado período.</p><p>5. Custo da Mercadoria Vendida (CMV)</p><p>Quando administramos um negócio, compreender os custos envolvidos na</p><p>venda dos produtos é fundamental. Imagine que você esteja administrando</p><p>uma loja de biscoitos caseiros: para garantir que o negócio seja lucrativo, você</p><p>precisa entender o custo de produção de cada biscoito e o retorno �nanceiro</p><p>obtido com a venda, não é mesmo? O conceito de Custo da Mercadoria</p><p>Vendida (CMV) é essencial para você alcançar esse entendimento, porque ele</p><p>engloba não apenas os custos dos ingredientes, mas também os gastos com</p><p>gás e energia elétrica, necessários para assar os biscoitos.</p><p>O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é o valor atribuído pelo comerciante</p><p>às mercadorias que foram comercializadas com os clientes. Essencialmente, o</p><p>CMV representa o custo incorrido pelo comerciante para adquirir e disponibi-</p><p>lizar tais mercadorias para a venda. Ele é chamado de “custo” porque re�ete o</p><p>investimento �nanceiro necessário para tornar os produtos disponíveis à co-</p><p>mercialização. O CMV desempenha um papel fundamental na análise �nan-</p><p>ceira de um negócio, pois é confrontado com o valor de venda (Receita) para</p><p>calcular o Resultado com Mercadorias (RCM), que representa o lucro obtido</p><p>com a venda (IUDICÍBUS; MARION, 2019).</p><p>De forma mais técnica, com base em Iudícibus e Marion (2019, p. 112), o CMV é</p><p>calculado utilizando a seguinte equação:</p><p>Essa equação simplesmente adiciona o custo inicial do estoque ao total de</p><p>compras líquidas (compras totais menos devoluções ou descontos) e subtrai o</p><p>custo �nal do estoque (valor do estoque remanescente no �nal do período).</p><p>Isso nos dá o custo total das mercadorias que foram vendidas durante o perío-</p><p>do. É importante entender essa fórmula para uma gestão e�caz dos estoques e</p><p>para avaliar o desempenho �nanceiro do negócio.</p><p>Segundo Iudícibus e Marion (2019), é comum que o comprador de mercadorias</p><p>não inclua todo o valor cobrado como parte de seus estoques. Isso resulta na</p><p>distinção entre , que representam o valor total indicado na</p><p>Nota Fiscal ou fatura de compra, e , que correspondem ao</p><p>valor efetivamente considerado como estoque pelo comprador. Para simpli�-</p><p>car a análise, supõe-se que Compras Brutas seja igual a Compras Líquidas.</p><p>Para calcular o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), é essencial conhecer</p><p>três valores: o (que corresponde ao estoque �nal do período an-</p><p>terior e, portanto, é conhecido), o (registrado no momento</p><p>da transação) e o . Se uma empresa nunca vendesse suas merca-</p><p>dorias, o estoque �nal seria sempre igual à soma do estoque inicial com todas</p><p>as compras realizadas até o momento. No entanto, na prática, isso não aconte-</p><p>ce, devido às vendas ocorridas durante o período. Para determinar o valor do</p><p>estoque �nal, são utilizados métodos de controle de estoque, como o Inventário</p><p>Periódico e o Inventário Permanente, que foram discutidos em ciclos de estu-</p><p>dos anteriores. Esses métodos permitem a atualização do valor do estoque �-</p><p>nal com base nas compras e vendas realizadas ao longo do período</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Além disso, ao longo do tempo, seus estoques podem consistir em itens seme-</p><p>lhantes, mas com custos variados, devido a compras feitas em momentos di-</p><p>ferentes. Isso nos leva a adotar diferentes critérios para atribuir custos aos es-</p><p>toques ao longo do tempo, como os métodos PEPS, UEPS ou Custo Médio</p><p>Ponderado. Essas escolhas afetam diretamente o Custo da Mercadoria</p><p>Vendida, o qual é essencial para compreender quanto estamos investindo na</p><p>produção do que vendemos e, consequentemente, para maximizar nossos lu-</p><p>cros (RIBEIRO, 2017).</p><p>No �nal de um período contábil, durante a preparação do balanço para avaliar</p><p>a saúde �nanceira do negócio, é essencial determinar o custo dos estoques de</p><p>forma precisa. Isso se mostra crucial, pois é necessário comparar o valor dos</p><p>estoques com o seu valor potencial de venda (conhecido como</p><p>).</p><p>Nesse contexto, o custo atribuído aos estoques ao longo do período, utilizando</p><p>um dos critérios mencionados anteriormente (como PEPS, UEPS ou Custo</p><p>Médio Ponderado), é o ponto de referência para essa comparação (RIBEIRO,</p><p>2017). Em outras palavras, o custo escolhido ao longo do período para a conta-</p><p>bilização dos estoques é o valor que será comparado com a expectativa de ga-</p><p>nhos provenientes da venda desses estoques. Essa comparação é fundamental</p><p>para garantir que o balanço re�ita com precisão a real posição �nanceira da</p><p>empresa em relação aos seus estoques.</p><p>No vídeo a seguir, apresentaremos dois exemplos, para que você consiga en-</p><p>tender melhor como é feito o cálculo do CMV. Vamos lá?</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Para aprender mais sobre a importância do Custo da Mercadoria Vendida</p><p>e sua aplicabilidade, cálculo e contabilização, assista ao vídeo do Prof.</p><p>Fonseca, intitulado Aprenda Contabilidade – operações com mercadorias</p><p>– CMV – Custo da Mercadoria Vendida (https://www.youtube.com</p><p>/watch?v=emiPx-GITUg). Por meio dele, você vai poder praticar o con-</p><p>teúdo aprendido.</p><p>Agora, avalie sua aprendizagem sobre CMV, respondendo à questão a seguir:</p><p>6. Considerações</p><p>Na medida em que concluímos este ciclo de estudos sobre os métodos de con-</p><p>trole de estoque PEPS, UEPS, Custo Médio Ponderado Fixo e Móvel, além do</p><p>Custo da Mercadoria Vendida (CMV), é fundamental ressaltar a importância</p><p>de compreender esses conceitos para alcançar uma gestão e�ciente dos recur-</p><p>sos empresariais. Por meio desses métodos, adquirimos habilidades para ava-</p><p>liar e administrar estrategicamente os estoques, otimizando os custos e ga-</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=emiPx-GITUg</p><p>rantindo a lucratividade do negócio.</p><p>No próximo ciclo, abordaremos um tema igualmente relevante: a folha de pa-</p><p>gamento. Esse novo tópico nos permitirá obter uma compreensão aprofunda-</p><p>da sobre como calcular e administrar os salários e benefícios dos colaborado-</p><p>res de uma empresa. Abordaremos diversos aspectos relacionados à folha de</p><p>pagamento, desde os impostos e contribuições até os direitos trabalhistas dos</p><p>funcionários.</p><p>Nossa jornada de aprendizado continua, e estamos entusiasmados para com-</p><p>partilhar e detalhar, junto com você, as nuances da folha de pagamento e sua</p><p>interação com a gestão �nanceira e administrativa das organizações. Esteja</p><p>preparado para mais uma etapa de aprendizado!</p><p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Ciclo 4 – Folha de Pagamento</p><p>Objetivos</p><p>• Conceituar a Folha de Pagamento.</p><p>• Analisar as ocorrências na Folha de Pagamento e compreender os aspec-</p><p>tos legais e contábeis envolvidos.</p><p>• Compreender o processo de contabilização das ocorrências na Folha de</p><p>Pagamento.</p><p>Conteúdos</p><p>• Conceitos relacionados à Folha de Pagamento.</p><p>• Contabilização da Folha de Pagamento.</p><p>• Principais ocorrências na Folha de Pagamento: FGTS, adiantamentos,</p><p>salário-família, entre outros.</p><p>• Encargos complementares, cálculo de salário décimo terceiro e férias.</p><p>Problematização</p><p>De que forma a Folha de Pagamento onerosa in�uencia a gestão �nanceira e a</p><p>conformidade regulatória? Qual é o impacto da precisão e integridade dos re-</p><p>gistros da Folha de Pagamento na transparência e con�abilidade das informa-</p><p>ções �nanceiras? De que forma a integração da Folha de Pagamento com ou-</p><p>tros sistemas funcionais, como Recursos Humanos e Contabilidade, contribui</p><p>para</p><p>um gerenciamento e�caz e a tomada de decisões na organização? Como</p><p>as mudanças nas leis trabalhistas e previdenciárias in�uenciam os processos</p><p>de coleta e processamento da Folha de Pagamento, bem como as estratégias</p><p>de remuneração das organizações?</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2109&action=edit</p><p>Orientações para o estudo</p><p>Este ciclo de estudos tem como objetivo proporcionar uma compreensão</p><p>abrangente sobre a Folha de Pagamento, abordando conceitos fundamentais,</p><p>técnicas de contabilização, principais ocorrências e cálculos associados.</p><p>Recomendamos que você dedique tempo para estudar cada um desses temas</p><p>de forma detalhada, buscando entender não apenas os procedimentos, mas</p><p>também as implicações legais e �nanceiras envolvidas.</p><p>Aprofundar-se em casos práticos também será valioso para consolidar seu</p><p>aprendizado. Certamente, esta jornada de estudos será muito proveitosa e en-</p><p>riquecedora para sua compreensão sobre a Folha de Pagamento e seus aspec-</p><p>tos. Desejamos sucesso em seus estudos e um excelente aprendizado!</p><p>1. Introdução</p><p>Após explorarmos o tema dos estoques no ciclo anterior, este novo ciclo nos</p><p>conduzirá a outro assunto relevante da Contabilidade Comercial: a Folha de</p><p>Pagamento. Esse aspecto é essencial para compreendermos a gestão �nancei-</p><p>ra e a dinâmica entre a empresa e seus colaboradores. Vamos abordar concei-</p><p>tos como cálculo de salários, descontos legais, benefícios trabalhistas e técni-</p><p>cas de contabilização, destacando a importância de cada um desses elemen-</p><p>tos na administração de recursos humanos e no cumprimento das obrigações</p><p>legais. Este é o ponto de partida em nossa jornada de estudos sobre a Folha de</p><p>Pagamento, fornecendo uma visão introdutória desses temas fundamentais.</p><p>A Folha de Pagamento, longe de ser apenas uma formalidade, é uma ferra-</p><p>menta essencial para registrar os vencimentos e os descontos dos colaborado-</p><p>res de uma empresa. Imagine a Folha de Pagamento como um “espelho �nan-</p><p>ceiro”, re�etindo as transações relacionadas aos salários e benefícios concedi-</p><p>dos aos funcionários.</p><p>Já pensou como esses registros ajudam a empresa a manter sua relação com</p><p>os colaboradores de forma transparente e legalmente correta? Agora, conside-</p><p>re: como a correta contabilização dos salários e benefícios impacta na trans-</p><p>parência dessas relações? Compreender os conceitos e os procedimentos en-</p><p>volvidos é vital para garantir a conformidade com as normas trabalhistas e</p><p>previdenciárias.</p><p>Quando aprendermos os cálculos e técnicas de contabilização da Folha de</p><p>Pagamento, será importante nos atentarmos não apenas aos aspectos numéri-</p><p>cos, mas também às implicações legais e �nanceiras de cada componente. A</p><p>precisão e a integridade desses registros, além de garantir o cumprimento das</p><p>obrigações legais, contribuem signi�cativamente para a gestão e�ciente dos</p><p>recursos humanos e para a tomada de decisões estratégicas dentro da empre-</p><p>sa.</p><p>As principais ocorrências na Folha de Pagamento, como o cálculo do décimo</p><p>terceiro salário, férias, FGTS, adiantamentos e encargos complementares, re-</p><p>presentam momentos críticos no ciclo de pagamento dos colaboradores.</p><p>Compreender os procedimentos adequados para cada uma dessas situações é</p><p>essencial para evitar erros e garantir a satisfação e a segurança dos funcioná-</p><p>rios, ao mesmo tempo em que a empresa mantém sua conformidade com as</p><p>obrigações da legislação trabalhista.</p><p>Este ciclo de estudos oferecerá uma visão geral e detalhada de como cada ele-</p><p>mento da Folha de Pagamento está interligado. Ao explorar esses temas, você</p><p>não só entenderá a teoria, mas também terá acesso a exemplos práticos para</p><p>aplicar em diversas situações.</p><p>Como esses conceitos podem in�uenciar as políticas de remuneração e os</p><p>processos internos da empresa? Com essas ideias em mente, vamos aprender</p><p>os detalhes dos cálculos e da contabilização da Folha de Pagamento, come-</p><p>çando por explorar os conceitos relacionados e como essas informações são</p><p>essenciais para a gestão �nanceira e de recursos humanos da empresa.</p><p>Vamos lá?</p><p>2. Conceitos relacionados à Folha de</p><p>Pagamento</p><p>No processo de contratação de funcionários, as empresas devem se adequar</p><p>às normas estabelecidas pela legislação trabalhista, por meio da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho (CLT) e suas alterações previstas na Lei nº 13.467, de 13</p><p>de julho de 2017. Embora seja comum surgirem dúvidas sobre os impostos e</p><p>tributos aplicáveis às empresas, é essencial dedicar atenção a todos os deta-</p><p>lhes envolvidos nos cálculos trabalhistas, uma vez que eles têm um impacto</p><p>direto no planejamento �nanceiro da organização.</p><p>Nesse sentido, é importante compreender que o custo de um trabalhador para</p><p>uma empresa vai além do pagamento do salário, abrangendo os encargos tra-</p><p>balhistas que oneram a Folha de Pagamento. Ademais,</p><p>, que, conforme o artigo 457 da CLT, inclui gra-</p><p>ti�cações, comissões, diárias e abonos (pagos pelo empregador), bem como</p><p>gorjetas (pagas pelo cliente).</p><p>Os são valores remuneratórios concedidos diretamente</p><p>ao funcionário, seja de forma mensal, seja ao término do contrato de trabalho,</p><p>representando benefícios diretos concedidos ao colaborador. Esses valores são</p><p>de natureza obrigatória e são responsabilidade da empresa contratante.</p><p>Quando uma empresa contrata um funcionário, é estabelecido um contrato que determina o</p><p>valor a ser pago ao trabalhador pelo serviço prestado. Esse valor é denominado e é</p><p>conceituado como a remuneração que o empregador concede ao empregado pela execução</p><p>do serviço ou pela disponibilidade do trabalhador para a empresa, mesmo quando não há</p><p>trabalho efetivo. O , conforme o caput do artigo 4º da CLT, é “o pe-</p><p>ríodo em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando</p><p>ordens, salvo disposição especial expressamente consignada” (BRASIL, 1943).</p><p>Sabemos que os salários variam de acordo com os cargos ocupados pelos em-</p><p>pregados, sendo in�uenciados por diversos fatores. O pagamento do salário</p><p>pode ser efetuado em dinheiro ou, alternativamente, através de benefícios em</p><p>espécie, de modo que é imprescindível registrar os valores acordados no con-</p><p>trato na Carteira de Trabalho e no livro ou �cha de registro do empregado.</p><p>Vale destacar que o valor acordado entre empregador e empregado deve res-</p><p>peitar o mínimo estipulado pela legislação. O foi estabelecido</p><p>pela Constituição Federal de 1988 como a remuneração capaz de suprir as ne-</p><p>cessidades básicas vitais do trabalhador e sua família, sendo um dos direitos</p><p>sociais fundamentais. Assim foi estabelecido no artigo 7º, parágrafo IV:</p><p>IV – Salário-mínimo, �xado em lei, nacionalmente uni�cado, capaz</p><p>pois, certa-</p><p>mente, você encontrará informações valiosas para aprofundar seus conheci-</p><p>mentos.</p><p>Ótimos estudos!</p><p>1. Introdução</p><p>Vamos iniciar nossos estudos na , um campo funda-</p><p>mental para compreender o registro das operações �nanceiras das empresas</p><p>do comércio. Ao abordar tópicos como livros contábeis, constituição de em-</p><p>presas, operações de abertura e a relação entre matriz e �lial, destacaremos</p><p>como cada um desses elementos desempenha um papel crucial na gestão �-</p><p>nanceira das organizações.</p><p>Este é o primeiro ciclo de estudos, que lhe proporcionará uma visão inicial</p><p>desses temas essenciais.</p><p>Os , longe de serem apenas formalidades, são ferramentas</p><p>obrigatórias para registrar a história �nanceira de uma empresa. Imagine os</p><p>livros contábeis como “diários �nanceiros”, onde cada transação deve ser re-</p><p>gistrada.</p><p>Já pensou como esses registros ajudam a empresa a contar sua história �nan-</p><p>ceira? Agora, considere: como a escolha desses livros impacta na transparên-</p><p>cia dessas histórias? Compreender a função de cada livro e sua estrutura é vi-</p><p>tal para a divulgação correta das informações contábeis, bem como para asse-</p><p>gurar transparência e conformidade com as normas.</p><p>Na constituição de empresas, vamos adentrar o processo prático de iniciar</p><p>uma . Nesse processo, é importante escolher a estrutura</p><p>certa e entender as implicações contábeis.</p><p>Ao começar a constituir uma empresa, você se depara com escolhas, como,</p><p>por exemplo, decidir entre ser uma Sociedade Limitada ou uma Empresa</p><p>Individual. Essa escolha vai além da papelada; ela afeta diretamente a respon-</p><p>sabilidade e as obrigações contábeis.</p><p>E como essas escolhas podem moldar o futuro do negócio? Essa fase não ape-</p><p>nas estabelece a entidade comercial, como também representa um impacto</p><p>signi�cativo em seus rumos futuros.</p><p>As , que variam entre diferentes estruturas – Empresa</p><p>Individual, Sociedade, Sociedade Anônima e Sociedade em Nome Coletivo –,</p><p>representam o cerne do nascimento de uma empresa.</p><p>Seu cotidiano já envolve escolhas �nanceiras, certo? Imagine, agora, a com-</p><p>plexidade dessas escolhas quando se trata do nascimento de uma empresa.</p><p>Pense nessas operações como os primeiros passos de uma empresa, sendo</p><p>que cada estrutura trará consigo desa�os e implicações contábeis especí�cas.</p><p>A dinâmica entre é um aspecto fascinante da Contabilidade</p><p>Comercial e, por vezes, desa�ador. Imagine como deve ser o processo de coor-</p><p>denar �liais de uma loja em diferentes bairros da sua cidade: como os regis-</p><p>tros �nanceiros entre essas unidades são mantidos? Compreender como as</p><p>transações são registradas e consolidadas entre essas entidades é crucial para</p><p>obter uma visão detalhada do patrimônio e do resultado contábil da atividade</p><p>comercial.</p><p>Ao explorar aspectos como esses, você entenderá não só a teoria, mas também</p><p>obterá insights práticos para aplicar em situações diversas.</p><p>De início, vamos focar nos livros contábeis, explorando como os registros nos</p><p>ajudam a entender as movimentações �nanceiras, demonstrando, de forma</p><p>clara, o que a empresa está fazendo. Cada livro contábil possui uma função es-</p><p>pecí�ca, fornecendo diferentes tipos de informações, que, juntas, formam a</p><p>imagem completa de como a empresa está do ponto de vista patrimonial e �-</p><p>nanceiro.</p><p>Ao entender como cada livro funciona, você vai se sentir mais à vontade para</p><p>também entender como as operações da empresa são organizadas.</p><p>Prosseguimos, então?</p><p>2. Livros contábeis utilizados pelas empresas</p><p>comerciais</p><p>O objetivo deste tópico é apresentar os livros contábeis utilizados pelas empre-</p><p>sas comerciais e descrever suas funções, mas, antes disso, vamos compreen-</p><p>der o funcionamento e a relevância da atividade comercial, assim como a im-</p><p>portância da Contabilidade Comercial para o registro das informações dessas</p><p>empresas.</p><p>Iudícibus e Marion (2019) explicam que a atividade comercial é essencial. Seu</p><p>funcionamento ocorre por meio da conexão entre vendedores e compradores</p><p>para realizar trocas de mercadorias, proporcionando uma variedade de bens e</p><p>serviços fundamentais para satisfazer as necessidades humanas.</p><p>Os autores ressaltam que o comerciante, que pode ser uma pessoa física ou ju-</p><p>rídica, desempenha o papel crucial de “intermediário”, facilitando operações</p><p>comerciais que envolvem a troca de mercadorias por dinheiro ou outros pro-</p><p>dutos. No contexto de nossos estudos, trataremos da</p><p>– a qual possui diversas responsabilidades contábeis.</p><p>Para que as empresas comerciais possam operar, é necessário que estejam de-</p><p>vidamente constituídas e legalizadas, mediante o registro de seus atos consti-</p><p>tutivos na Junta Comercial do Estado, na Secretaria da Receita Federal, na</p><p>Prefeitura Municipal da localidade, na Secretaria da Fazenda do Estado, na</p><p>Previdência Social e na Delegacia Regional do Trabalho. Conforme o ramo de</p><p>atividade, essas empresas podem estar sujeitas a registros em outros órgãos e,</p><p>também, à obtenção de alvarás (RIBEIRO, 2017).</p><p></p><p>Antes de prosseguir, vamos entender melhor o que é necessário</p><p>para abrir uma empresa?</p><p>Recomendamos que você assista ao vídeo informativo do Prof. Lian</p><p>Cavallini, O passo a passo atualizado para abertura de empresas</p><p>(https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-</p><p>7UmPgBzMH). Esse conteúdo lhe fornecerá uma visão prática e esclare-</p><p>cedora do caminho necessário à regularização completa para a abertura</p><p>das empresas.</p><p>Iudícibus e Marion (2019) exploram uma classi�cação fundamental das enti-</p><p>dades mercantis, dividindo-as em entidades comerciais e</p><p>. A distinção entre esses dois tipos de empresas se torna evidente ao carac-</p><p>terizar a função que cada uma exerce no campo econômico.</p><p>A clientela predominante das empresas atacadistas é composta por outras</p><p>empresas, geralmente industriais, agrícolas ou intermediárias, que utilizam as</p><p>mercadorias como matérias-primas ou suprimentos. Essas mercadorias não</p><p>são destinadas diretamente ao consumidor �nal, mas, sim, a outras empresas</p><p>na cadeia de distribuição.</p><p>Por sua vez, as empresas varejistas comercializam, em geral, os bens de con-</p><p>sumo, que são direcionados diretamente aos consumidores �nais. Vale ressal-</p><p>tar que existem, ainda, as empresas com características mistas, que podem</p><p>atuar em ambos os tipos de mercados (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Conforme disposto por Ribeiro (2017), todos os eventos diários que afetam o</p><p>patrimônio de uma empresa comercial são registrados em seus livros especí-</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>https://www.youtube.com/live/OWd2oY11WQQ?si=mUEM8v-7UmPgBzMH</p><p>�cos, re�etindo a trajetória e a movimentação ao longo do tempo. O artigo</p><p>1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002 (https://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm)) estipula a obrigatorieda-</p><p>de para todas as empresas, sejam elas empresário individual ou sociedade</p><p>empresária, de adotarem um sistema contábil, mecanizado ou não, fundamen-</p><p>tado na escrituração uniforme de seus livros, em concordância com a docu-</p><p>mentação correspondente.</p><p>A partir de agora, abordaremos os livros contábeis essenciais para as empre-</p><p>sas comerciais, seguindo, entre outros autores, as orientações de Ribeiro (2017)</p><p>e Iudícibus e Marion (2019) e as diretrizes estabelecidas pelo artigo 1.179 do</p><p>Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002). Este estudo proporcionará uma com-</p><p>preensão aprofundada</p><p>de atender às</p><p>suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,</p><p>educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com rea-</p><p>justes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-</p><p>ção para qualquer �m (BRASIL, 1988).</p><p>O valor do salário é ajustado periodicamente, com o intuito de preservar o po-</p><p>der aquisitivo da população, conforme disposto no parágrafo da Constituição</p><p>Federal citado anteriormente. Além do salário-mínimo previsto constitucio-</p><p>nalmente, há os estabelecidos para diferentes categorias pro-</p><p>�ssionais, podendo ser determinados por lei ou por associações e sindicatos</p><p>representativos. O piso salarial, que é superior ao salário-mínimo, pode sofrer</p><p>variações entre cidades e estados.</p><p>No que se refere às , as mais comuns são:</p><p>• : nesta modalidade, o valor a ser recebido pelo em-</p><p>pregado é �xo e independe do esforço realizado na execução do serviço.</p><p>Por exemplo: operadores de caixa, secretárias, recepcionistas, professores</p><p>etc.</p><p>• : nesta modalidade, o valor é variável, isto é, modi�ca-</p><p>se a cada mês, dependendo do quanto é produzido pelo funcionário. Logo,</p><p>quanto mais o empregado produz, maior é seu salário. Por exemplo: cos-</p><p>tureiras, operadores de máquinas, digitadores etc.</p><p>• : nesta modalidade, há uma junção de ganhos �xos</p><p>e variáveis. Geralmente, o funcionário ganha um valor �xo estabelecido</p><p>em contrato mais um valor de comissão, que pode ser decorrente de suas</p><p>vendas ou mesmo da venda de outras pessoas. Essa parte variável depen-</p><p>derá do desempenho do empregado. Por exemplo: vendedores, gerentes</p><p>de produção etc.</p><p>No cálculo do salário, é importante que o departamento de Recursos Humanos</p><p>compreenda a diferença entre salário bruto e salário líquido. O</p><p>representa o valor registrado pela empresa para o pagamento ao funcionário,</p><p>enquanto o é o valor efetivamente recebido pelo trabalhador,</p><p>considerando os descontos que incidem sobre o salário. Dessa forma, pode-</p><p>mos dizer que:</p><p>O cálculo do salário líquido pode ser complexo devido aos descontos, os quais</p><p>são in�uenciados por diversos fatores, resultando em variações nos valores</p><p>pagos a cada funcionário.</p><p>Uma das obrigações das empresas que têm empregados sob o regime CLT é a</p><p>, conforme estabelecido na Lei nº</p><p>8.212/1991 e no artigo 225 do Decreto nº 3.048/1999. Geralmente, é responsabi-</p><p>lidade do pro�ssional de Recursos Humanos realizar essa elaboração, exigin-</p><p>do conhecimento detalhado da legislação e dos procedimentos necessários</p><p>para o fechamento da Folha de Pagamento a cada mês, além de estar atento às</p><p>variáveis envolvidas nos cálculos trabalhistas. Alternativamente, a empresa</p><p>pode optar por terceirizar a folha para escritórios especializados.</p><p>A importância da Folha de Pagamento para o empregador reside na capacida-</p><p>de de fornecer uma visão detalhada dos gastos mensais com os funcionários.</p><p>Para o empregado, a Folha de Pagamento representa um registro transparente</p><p>da remuneração recebida mensalmente, incluindo os descontos pertinentes.</p><p>Em outras palavras, ambas as partes têm acesso a uma versão da Folha de</p><p>Pagamento que re�ete seus respectivos interesses.</p><p> Saiba mais!</p><p>Caso queira entender melhor como são feitos os cálculos relacionados à</p><p>Folha de Pagamento, assista ao vídeo Folha de Pagamento – passo a pas-</p><p>so (https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE), do Prof. Weslei</p><p>Nascimento. Nesse vídeo, você terá a oportunidade de acompanhar um</p><p>guia detalhado sobre o cálculo dos salários, descontos legais, benefícios e</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4shjskh-fhE</p><p>outros elementos que compõem a Folha de Pagamento.</p><p>Antes de avançar para o próximo tópico, convidamos você a responder uma</p><p>questão conceitual sobre Folha de Pagamento. Esta é uma excelente oportuni-</p><p>dade para testar seus conhecimentos e consolidar sua compreensão sobre es-</p><p>se importante aspecto da legislação trabalhista e contabilidade empresarial.</p><p>Vamos lá!</p><p>No próximo tópico, abordaremos um aspecto prático e importante da</p><p>Contabilidade Comercial: a contabilização da Folha de Pagamento. Vamos en-</p><p>tender como os valores relacionados aos salários, descontos e benefícios são</p><p>registrados nos livros contábeis da empresa. Esta etapa é fundamental para</p><p>manter a organização �nanceira e garantir que todas as transações estejam</p><p>corretamente documentadas.</p><p>3. Contabilização da Folha de Pagamento</p><p>A partir de agora, vamos analisar como os salários, descontos e benefícios são</p><p>anotados nos registros contábeis da empresa. Esta é uma parte bem prática e</p><p>importante para entendermos melhor como a contabilidade registra os salári-</p><p>os e encargos e como eles são considerados na apuração do resultado.</p><p>Seguindo a metodologia proposta por Iudícibus e Marion (2019), evitaremos</p><p>uma explanação detalhada de aspectos legais e a enumeração de valores e alí-</p><p>quotas. Em vez disso, nosso foco será fornecer uma compreensão clara e aces-</p><p>sível do processo de contabilização, utilizando exemplos simples para eluci-</p><p>dar os conceitos essenciais. Essa abordagem visa facilitar seu entendimento,</p><p>permitindo que absorva os princípios fundamentais da contabilização da</p><p>Folha de Pagamento de forma mais prática e acessível.</p><p>Vamos começar?</p><p>Contabilização mensal</p><p>Após a de�nição dos salários dos empregados, a contabilização da Folha de</p><p>Pagamento deve ser realizada de acordo com o regime de competência men-</p><p>sal (IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Por exemplo, consideremos que o empregado</p><p>José tem um salário mensal de R$3.000,00. Ao �nal do mês de março/x5, sem</p><p>faltas registradas, a contabilização seria feita da seguinte maneira:</p><p>• D – “Despesa com Salários” – R$3.000,00.</p><p>• C – “Caixa/Bancos (Salários a Pagar)” – R$3.000,00.</p><p>Dessa forma, independentemente de ser pago no mês de março/x5 ou no mês</p><p>seguinte, a despesa é registrada no mês correspondente (março/x5). Embora</p><p>seja comum que o pagamento dos salários seja realizado no mês subsequente,</p><p>conforme permitido pela legislação, quando ocorre, a empresa apenas liquida</p><p>uma dívida, visto que a despesa já foi devidamente registrada (IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019).</p><p>Adiantamentos</p><p>Antes de prosseguirmos com a contabilização da Folha de Pagamento, é im-</p><p>portante compreendermos os adiantamentos concedidos aos empregados.</p><p>Esses adiantamentos são, basicamente, empréstimos fornecidos pela empresa</p><p>aos funcionários, que irão reembolsar o montante adiantado quando recebe-</p><p>rem seus salários (IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Por exemplo, em 10 de mar-</p><p>ço/x5, o empregado José recebe um adiantamento de R$50,00, a ser pago em</p><p>duas parcelas iguais a partir do próprio mês de março/x5. O registro contábil</p><p>desse adiantamento seria o seguinte:</p><p>• D – “Adiantamento a Empregados” – R$50,00.</p><p>• C – “Caixa (ou Bancos c/ Movimento)” – R$50,00.</p><p>A conta “Adiantamento a Empregados” representa um direito da empresa e,</p><p>geralmente, é classi�cada no Ativo Circulante, pois o prazo de devolução é bre-</p><p>ve. Ao �nal de março/x5, os primeiros R$25,00 são deduzidos do salário de</p><p>março/x5. Supondo que o salário mensal do empregado ainda seja de</p><p>R$3.000,00, seu “líquido a receber” será de R$2.975,00.</p><p>A contabilização da Folha de Pagamento de março/x5 seria a seguinte:</p><p>• D – “Despesa com salários” – R$3.000,00.</p><p>• C – “Adiantamento a Empregados” – R$25,00.</p><p>• C – “Caixa/Bancos (Salários a Pagar)” – R$2.975,00.</p><p>A despesa com salários em março/x5 totaliza R$3.000,00, e não R$2.975,00.</p><p>Após esse registro, o direito da empresa relacionado ao adiantamento feito em</p><p>10 de março/x5 é de apenas R$25,00.</p><p>Encargos ao empregado (INSS, IRRF e Contribuição</p><p>Sindical)</p><p>Após abordarmos os salários e adiantamentos concedidos aos empregados, é</p><p>crucial entendermos os encargos que incidem sobre eles. Um dos mais</p><p>conhe-</p><p>cidos é direcionado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os próprios</p><p>funcionários contribuem parcialmente para o custeio da Previdência Social</p><p>o�cial, enquanto as empresas têm a responsabilidade de apenas arrecadar as</p><p>contribuições (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Além disso, é comum que os trabalhadores que recebem salários acima de de-</p><p>terminados valores sejam submetidos a outro desconto: o Imposto de Renda</p><p>Retido na Fonte (IRRF). A empresa, na condição de fonte pagadora, é responsá-</p><p>vel por efetuar essa retenção, que representa uma tributação sobre o salário</p><p>dos empregados.</p><p>Outro encargo a ser considerado é a Contribuição Sindical, a qual também in-</p><p>cide sobre os salários dos empregados e é retida na fonte pela empresa empre-</p><p>gadora, geralmente uma vez por ano.</p><p>Além dos encargos mencionados, há outros descontos que podem ser aplica-</p><p>dos na Folha de Pagamento, reduzindo o valor líquido a ser recebido pelos em-</p><p>pregados. Muitos desses descontos não são exigidos por disposições legais,</p><p>“como contribuições para associações de empregados, planos de seguros de</p><p>vida, associação de assistência médica, entre outros” (IUDÍCIBUS; MARION,</p><p>2019, p. 194).</p><p>Tanto nos descontos destinados ao governo (INSS e IRRF) quanto nos demais, a empresa empregadora</p><p>tem um prazo para realizar o recolhimento das quantias descontadas. Geralmente, esse prazo não se es-</p><p>tende além do mês subsequente ao período em que os salários foram pagos. Portanto, entre o momento da</p><p>retenção e a data do recolhimento, as empresas têm um passivo (uma obrigação pendente), representando</p><p>verdadeiras dívidas com o governo ou órgão para o qual os descontos foram efetuados (IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019).</p><p>Agora, vamos entender como será feita a contabilização desses encargos na</p><p>empresa. Para isso, vamos retomar o exemplo do empregado José, que tem um</p><p>salário mensal de R$3.000,00. Os demais valores, exceto o adiantamento, são</p><p>�ctícios, e a Folha de Pagamento é referente ao mês de abril/x5.</p><p>Acompanhe:</p><p>Contabilização dos encargos de José.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 194).</p><p>Para contabilizar a Folha de Pagamento de José, no �nal de abril/x5, devemos</p><p>realizar os seguintes lançamentos:</p><p>Lançamentos da Folha de Pagamento de José.</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion (2019, p. 195).</p><p>Encargos ao empregador</p><p>Após estudarmos os encargos dos empregados, é importante entender os en-</p><p>cargos que recaem sobre as empresas empregadoras. Um desses encargos</p><p>compreende uma parte do custeio da Previdência Social o�cial, sendo calcula-</p><p>do com base nos salários dos empregados. O valor pago pela empresa ao INSS</p><p>é composto por diversos elementos, incluindo o Fundo de Previdência e</p><p>Assistência Social, salário-família, salário-maternidade, salário-educação, se-</p><p>guro contra acidentes de trabalho, entre outros (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>É importante destacar que uma parte dos encargos sociais da empresa para</p><p>com o INSS pode ser reembolsada pelo governo, ao menos parcialmente. Por</p><p>exemplo, o , um valor estipulado pelo governo e pago pelas em-</p><p>presas aos funcionários com �lhos de até 14 anos, é descontado do encargo da</p><p>empresa para com o INSS. Conforme observado por Iudícibus e Marion (2019),</p><p>mesmo que nem todas as empresas tenham funcionários habilitados para re-</p><p>ceber o salário-família, um percentual �xo desse benefício é incorporado ao</p><p>cálculo do encargo da empresa para com o INSS, garantindo que todas contri-</p><p>buam para ele.</p><p>De maneira similar, o , pago pela empresa durante o pe-</p><p>ríodo próximo ao parto, também é subtraído do total do encargo da empresa</p><p>para com o INSS. Quanto ao , recebido pelo funcionário di-</p><p>retamente do INSS, ele não in�uencia na contabilidade da empresa, a menos</p><p>que a própria empresa opte por efetuar o pagamento, caso em que o valor é de-</p><p>duzido de seu encargo mensal para com o INSS (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Outro encargo social exclusivo da empresa é o</p><p>, o qual é calculado com base nos salários dos funcionários e</p><p>repassado ao governo no mês seguinte.</p><p>Considerando a Folha de Pagamento de abril/x5 do funcionário José, que não</p><p>possui direito ao salário-família nem ao salário-maternidade, suponhamos</p><p>que a empresa tenha calculado os encargos correspondentes ao INSS e ao</p><p>FGTS, resultando em valores de R$115,00 e R$240,00, respectivamente.</p><p>Portanto, ao �nal de abril/x5, além dos registros contábeis já apresentados, te-</p><p>ríamos os seguintes lançamentos:</p><p>• D – “Despesa com INSS” – R$115,00.</p><p>• C – “INSS a Recolher” – R$115,00.</p><p>E também:</p><p>• D – “Despesa com FGTS” – R$240,00.</p><p>• C – “FGTS a Recolher” – R$240,00.</p><p>Perceba que, além do salário líquido pago ao funcionário, a empresa recolheria</p><p>R$445,00 (R$115,00 + R$330,00) para o INSS e R$240,00 para o FGTS.</p><p>De acordo com Iudícibus e Marion (2019), há várias abordagens para contabilizar a Folha de</p><p>Pagamento e seus encargos sociais, e diferentes práticas podem ser adotadas. O fundamen-</p><p>tal, independentemente do método escolhido, é garantir que os registros contábeis estejam</p><p>em conformidade com o regime de competência mensal. Além disso, é essencial veri�car e</p><p>incluir, quando aplicável, na Folha de Pagamento, as trabalhadas pelos funcio-</p><p>nários, assunto que será abordado no próximo tópico.</p><p>Além disso, é importante destacar que certas empresas, conforme a sua área</p><p>de atuação, devem levar em conta os adicionais de (quando as</p><p>atividades envolvem riscos à vida dos funcionários) e de (quan-</p><p>do as atividades podem afetar a saúde dos funcionários) na Folha de</p><p>Pagamento.</p><p>No próximo tópico, abordaremos as principais situações que ocorrem na Folha</p><p>de Pagamento, com o objetivo de oferecer uma compreensão de como a</p><p>Contabilidade aborda esses aspectos cruciais da gestão de Recursos Humanos.</p><p>Porém, antes de prosseguirmos, sugerimos que você tente responder à seguin-</p><p>te questão, para consolidar o conhecimento adquirido sobre contabilização da</p><p>Folha de Pagamento. Preparado(a)?</p><p>4. Principais ocorrências na Folha de</p><p>Pagamento</p><p>Vamos dar continuidade ao estudo da Folha de Pagamento, focando em aspec-</p><p>tos especí�cos. Inicialmente, vamos destacar os rendimentos dos funcionári-</p><p>os, abordando como eles são registrados e contabilizados. Em seguida, tratare-</p><p>mos das retenções ou descontos. Por �m, exploraremos o salário-família, um</p><p>benefício importante para os funcionários com dependentes, compreendendo</p><p>sua natureza, cálculo e tratamento contábil. Essa sequência proporcionará</p><p>uma compreensão mais prática e detalhada da contabilização da Folha de</p><p>Pagamento, proporcionando uma visão abrangente de como os diversos ele-</p><p>mentos são tratados na contabilidade das empresas.</p><p>Vamos começar?</p><p>Rendimentos dos funcionários</p><p>Conforme mencionado por Ribeiro (2017), os rendimentos mensais dos funcio-</p><p>nários consistem em um salário �xo, podendo ser complementados por co-</p><p>missões e/ou horas extras. Ademais, eles têm direito a receber, conforme a le-</p><p>gislação, benefícios como férias e 13º salário. Além dos rendimentos já menci-</p><p>onados, existem outros benefícios, como o salário-maternidade para gestantes</p><p>e licenças por motivos de doença etc.</p><p>Retenções ou descontos</p><p>Ainda conforme Ribeiro (2017), os descontos na Folha de Pagamento são apre-</p><p>sentados de forma detalhada. Antes de determinar o valor bruto do salário do</p><p>funcionário, alguns descontos são aplicados. Por exemplo, os dias de ausência</p><p>ou atraso do funcionário são subtraídos do seu salário-base, para calcular o</p><p>rendimento mensal. Além disso, como já vimos, há o desconto obrigatório pa-</p><p>ra a Previdência Social, cuja quantia varia conforme o valor do salário a ser re-</p><p>cebido. Outros descontos condicionais também são comuns, sendo determina-</p><p>dos em função do salário e de outras circunstâncias.</p><p>Dentre os descontos mais comuns, destacam-se o , cuja alí-</p><p>quota varia conforme o rendimento e é regulamentada pela Secretaria da</p><p>Receita Federal, e a , que pode ser</p><p>associativa e não obrigatória, mas cuja �liação permite à empresa descontar</p><p>uma taxa mensal, repassada ao</p><p>respectivo sindicato. Além disso, os emprega-</p><p>dos podem estar sujeitos a contribuições sindicais obrigatórias, como a</p><p>, descontada do salário em março, e a</p><p>ou taxa assistencial, acordada nas datas-bases entre sindicatos</p><p>da categoria pro�ssional e econômica.</p><p>Segundo Ribeiro (2017), é possível que a empresa estabeleça uma parceria com</p><p>um , oferecendo atividades como esporte e recreação aos funcio-</p><p>nários. Caso o colaborador seja associado a esse clube, ele pode autorizar a</p><p>empresa a realizar descontos mensais em seus rendimentos, direcionados ao</p><p>Clube Social ou a iniciativas similares. Além disso, podem surgir outros tipos</p><p>de descontos, como contribuições para cooperativas, pagamentos de emprésti-</p><p>mos ou adesão a seguro de vida opcional.</p><p>Também existem os adiantamentos a funcionários, que discutimos no tópico</p><p>anterior. Sobre isso, é importante observar que algumas empresas adotam o</p><p>seguinte método de pagamento: os colaboradores recebem seus</p><p>. No adianta-</p><p>mento, incide apenas o Imposto de Renda (IR), enquanto os demais descontos</p><p>são retidos no momento da elaboração da Folha de Pagamento, no �nal do</p><p>mês. O valor adiantado será deduzido dos salários dos empregados na própria</p><p>Folha de Pagamento.</p><p>Para oferecer uma visão completa desse processo, vamos apresentar um</p><p>exemplo detalhado, conforme Ribeiro (2017, p. 170), que inclui a concessão do</p><p>adiantamento de salário em 20 de setembro; a elaboração da Folha de</p><p>Pagamento e sua contabilização em 30 de setembro; e a liquidação da Folha de</p><p>Pagamento, que envolve o pagamento aos empregados e o recolhimento das</p><p>obrigações, em 5 de outubro.</p><p>Exemplo prático</p><p>No dia 20 de setembro, uma empresa comercial concedeu adiantamento de sa-</p><p>lário aos seus três funcionários, totalizando R$6.000,00 em dinheiro. O lança-</p><p>mento contábil para registrar esse adiantamento de salário seria:</p><p>• D – “Adiantamentos a Empregados” – R$6.000,00.</p><p>• C – “Caixa (ou Bancos c/ Movimento)” – R$6.000,00.</p><p>A conta “Adiantamentos a Empregados” é considerada um ativo pela empresa, pois repre-</p><p>senta um direito a ser deduzido no momento da elaboração da Folha de Pagamento. Essa</p><p>conta está classi�cada no Ativo Circulante, o que indica que será liquidada a curto prazo,</p><p>geralmente no próximo pagamento dos funcionários.</p><p>Na segunda etapa, ocorrida em 30 de setembro, durante a elaboração da Folha</p><p>de Pagamento do mês referido, são considerados os seguintes dados: o valor</p><p>bruto da folha, totalizando R$15.000,00, e as retenções, que englobam a</p><p>Previdência Social de R$1.200,00, o Imposto de Renda de R$1.000,00, a</p><p>Contribuição para o Sindicato de Classe de R$1.200,00, o Clube Social de</p><p>R$60,00 e os Adiantamentos de R$6.000,00.</p><p>Atente-se ao fato de que, neste momento, estamos lidando com a Folha de Pagamento total da empresa, e</p><p>não com a folha de um empregado apenas, como �zemos anteriormente, com a folha do empregado José.</p><p>Para registrar o valor total da folha a ser paga, é feito o seguinte lançamento:</p><p>• D – “Salários” – R$15.000,00.</p><p>• C – “Salários a Pagar” – R$15.000,00.</p><p>Para as retenções do salário, são feitos os seguintes lançamentos:</p><p>• D – “Salários a Pagar” – R$8.350,00.</p><p>• C – “Contribuições de Previdência a Recolher” – R$1.200,00.</p><p>• C – “Imposto de Renda Retido na Fonte a Recolher” – R$1.000,00.</p><p>• C – “Contribuição Sindical de Classe a Recolher” – R$90,00.</p><p>• C – “Clube Social a Pagar” – R$60,00.</p><p>• C – “Adiantamentos a Empregados” – R$6.000,00.</p><p>Conforme Ribeiro (2017), as retenções mencionadas representam os valores</p><p>que serão deduzidos do salário bruto dos funcionários. A empresa é responsá-</p><p>vel por pagar esses valores aos destinatários, que podem ser da Previdência</p><p>Social, da Receita Federal, do sindicato de classe e de outras entidades.</p><p>Na etapa de apropriação dos encargos sociais, a empresa deve considerar as</p><p>contribuições previdenciárias e o FGTS. No exemplo apresentado, a parte pa-</p><p>tronal da contribuição de previdência corresponde a 26,8%, totalizando</p><p>R$4.020,00, enquanto o FGTS, calculado à taxa de 8%, soma R$1.200,00. Esses</p><p>valores serão recolhidos conforme as obrigações legais estabelecidas</p><p>(RIBEIRO, 2017).</p><p>Os lançamentos contábeis serão os seguintes:</p><p>• D – “Encargos Sociais” – R$5.220,00.</p><p>• C – “Contribuições de Previdência a Recolher” – R$4.020,00.</p><p>• C – “FGTS a Recolher” – R$1.200,00.</p><p>Na etapa de liquidação da Folha de Pagamento, que ocorre em 5 de outubro, a</p><p>empresa efetua o pagamento do líquido aos funcionários, além de todos os re-</p><p>colhimentos referentes à Folha de setembro. O lançamento contábil corres-</p><p>pondente é realizado da seguinte forma:</p><p>• D – “Diversos” – R$14.220,00.</p><p>• C – “Caixa” – R$14.220,00.</p><p>Pela liquidação da Folha de Pagamento, esse valor total é conseguido após a</p><p>apuração da folha, como no exemplo da Figura 1 a seguir:</p><p>: Ribeiro (2017, p. 173).</p><p>Figura 1 Apuração da Folha de Pagamento.</p><p>Entender a Folha de Pagamento é crucial para várias partes interessadas, in-</p><p>cluindo empregadores, funcionários, contadores e órgãos reguladores.</p><p>Para empregadores, compreender a Folha de Pagamento é fundamental para</p><p>garantir o cumprimento das obrigações legais e �scais, minimizando riscos de</p><p>penalidades e litígios trabalhistas. Isso inclui o cálculo correto dos salários,</p><p>bem como a retenção e repasse de impostos e contribuições previdenciárias.</p><p>Para os funcionários, compreender a Folha de Pagamento é essencial para ga-</p><p>rantir que estão sendo remunerados de forma adequada pelos serviços presta-</p><p>dos, incluindo salários, horas extras, benefícios e eventuais descontos. Isso</p><p>promove transparência nas relações trabalhistas e previne mal-entendidos ou</p><p>disputas sobre remuneração.</p><p>Para os contadores, o estudo da Folha de Pagamento é fundamental para ga-</p><p>rantir a precisão e conformidade das informações contábeis da empresa. Isso</p><p>engloba o registro adequado das despesas com salários, encargos sociais e im-</p><p>postos retidos na fonte, contribuindo para a elaboração de relatórios �nancei-</p><p>ros precisos e oportunos.</p><p>Além disso, órgãos reguladores e �scais, como o Ministério do Trabalho e</p><p>Previdência Social e a Receita Federal, dependem das informações contidas</p><p>na Folha de Pagamento para monitorar o cumprimento das leis trabalhistas e</p><p>�scais. Um estudo detalhado da Folha de Pagamento auxilia na identi�cação</p><p>de possíveis irregularidades ou inconsistências, contribuindo para a manu-</p><p>tenção da conformidade legal e a prevenção de fraudes.</p><p>Salário-família</p><p>Para �nalizar este tópico, abordemos o salário-família, que, como já mencio-</p><p>namos, é um benefício destinado aos trabalhadores de baixa renda que têm �-</p><p>lhos com até 14 anos de idade, ou inválidos. Esse auxílio, pago por dependente,</p><p>é periodicamente determinado pela Previdência Social. A responsabilidade</p><p>pelo pagamento aos empregados recai sobre a empresa, que, posteriormente, é</p><p>reembolsada pela Previdência Social, durante os recolhimentos da Folha de</p><p>Pagamento.</p><p>É importante destacar que, sobre o salário-família, não incide nenhum tipo de desconto ou</p><p>encargo. Do ponto de vista contábil, o valor do salário-família é incorporado à conta</p><p>“Salários a Pagar” e subtraído da conta “Contribuições de Previdência a Recolher”.</p><p>Nesse contexto, o crédito na conta “Salários a Pagar” implica em um aumento</p><p>no valor total a ser pago aos funcionários, já que esse montante representa os</p><p>salários que ainda não foram pagos. Por outro lado, o débito na conta</p><p>“Contribuições de Previdência a Recolher” reduz a obrigação da empresa para</p><p>com a Previdência Social, re�etindo a compensação fornecida à empresa pelo</p><p>pagamento direto do salário-família aos funcionários. Essa compensação é</p><p>fundamental para garantir que a empresa não arque com custos adicionais ao</p><p>oferecer esse benefício aos seus colaboradores. Todos esses procedimentos</p><p>contábeis são essenciais para manter a integridade e precisão dos registros</p><p>contábeis relacionados à Folha de Pagamento, garantindo conformidade com</p><p>as normas e regulamentos contábeis e trabalhistas.</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Recomendamos que você faça uma pausa em seus estudos e assista ao</p><p>vídeo Principais encargos da Folha de Pagamento (https://www.youtu-</p><p>be.com/watch?v=yOfs4PgdC8M), disponível no Canal Contabilidade</p><p>Facilitada. Esta é uma excelente oportunidade para aprofundar seus co-</p><p>nhecimentos sobre o tema que acabamos de estudar!</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yOfs4PgdC8M</p><p>Antes de prosseguir para o próximo tópico, no qual estudaremos os encargos</p><p>complementares, tente responder a mais uma questão:</p><p>5. Encargos complementares: cálculos do déci-</p><p>mo terceiro e férias</p><p>Neste tópico, daremos continuidade ao nosso aprendizado abordando os en-</p><p>cargos complementares e dos funcionários.</p><p>Esses são aspectos importantes da Folha de Pagamento, que exigem uma</p><p>compreensão detalhada para garantir o correto cumprimento das obrigações</p><p>trabalhistas e contábeis pelas empresas.</p><p>Décimo terceiro salário</p><p>Uma das grati�cações salariais que permaneceu inalterada com a Reforma</p><p>Trabalhista foi o décimo terceiro salário, o qual constitui um bônus salarial</p><p>assegurado aos trabalhadores conforme a legislação trabalhista (MATINEZ,</p><p>2017). Implementado em 1962, seu propósito foi seguir o exemplo de empresas</p><p>que já ofereciam tal grati�cação voluntariamente, e, desde então, tornou-se</p><p>um direito adquirido do trabalhador. É crucial compreender que</p><p>, e a falha em fazê-lo pode resultar</p><p>em multas ou processos na Justiça do Trabalho.</p><p>O décimo terceiro é calculado com base no valor do salário de um mês do tra-</p><p>balhador na empresa. No entanto, o valor recebido pelo funcionário pode vari-</p><p>ar de acordo com os meses trabalhados no ano.</p><p>A Lei nº 4.090/1962 estabelece que “no mês de dezembro de cada ano, a todo</p><p>empregado será paga, pelo empregador, uma grati�cação salarial, indepen-</p><p>dentemente da remuneração a que �zer jus” (BRASIL, 1962). Portanto, o décimo</p><p>terceiro é uma remuneração extra, garantida por lei aos trabalhadores, sendo</p><p>proporcional a 1/12 (um doze avos) de seu salário por mês ao longo do ano.</p><p>Conforme estipula a Lei nº 4.749/1965, o décimo terceiro deve ser pago em du-</p><p>as parcelas: a primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de no-</p><p>vembro, podendo ser antecipada na saída de férias do trabalhador. Já a segun-</p><p>da parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro.</p><p>Além da opção de pagamento integral ou parcelado até o dia 20 de dezembro, a</p><p>empresa pode adiantar o décimo terceiro, desde que esteja em acordo com o</p><p>sindicato da categoria, conforme especi�cado na convenção coletiva. O des-</p><p>conto do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) segue uma tabela progres-</p><p>siva, com uma faixa salarial isenta e podendo chegar até 27,5% do salário. Da</p><p>mesma forma, o desconto do INSS segue uma tabela especí�ca, sendo neces-</p><p>sário consultar os sites o�ciais do Governo para realizar os cálculos dos des-</p><p>contos.</p><p>A empresa tem responsabilidades em ambas as parcelas do décimo terceiro.</p><p>Tanto na primeira quanto na segunda parcela, a empresa deve efetuar o reco-</p><p>lhimento de 8% referente ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).</p><p>Além disso, é necessário recolher as contribuições previdenciárias sobre o va-</p><p>lor integral da segunda parcela, juntamente com o valor descontado do em-</p><p>pregado (também sobre a parcela integral). Em casos de falta ou atraso de pa-</p><p>gamento, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prevê uma multa por em-</p><p>pregado prejudicado, sendo o valor dobrado em caso de reincidência.</p><p>Importa frisar que podem existir prazos diferentes para o pagamento do décimo terceiro, desde que esta-</p><p>belecidos em convenção coletiva do sindicato. O não cumprimento do prazo para o pagamento acarreta</p><p>multa ao empregador (https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-</p><p>e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA</p><p>%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do).</p><p>No cálculo do décimo terceiro, são considerados o salário do funcionário, adi-</p><p>cional noturno, horas extras, comissões, entre outros. As faltas não justi�ca-</p><p>das também impactam o valor �nal. O cálculo é realizado dividindo-se o valor</p><p>total do salário do funcionário por 12 e, em seguida, multiplicando-se pelo nú-</p><p>mero de meses trabalhados no ano (RIBEIRO, 2017). Os valores estão sujeitos a</p><p>descontos de INSS e IRRF.</p><p>Vejamos, a seguir, como são feitos os cálculos para dois grupos de trabalhado-</p><p>res: aqueles com uma remuneração mensal �xa e aqueles que têm direito a</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/artigos/13-salario-veja-a-data-limite-de-pagamento-e-multas-em-casos-de-atraso/2105267011#:~:text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20lei%20prev%C3%AA%20uma%20multa,aqui%20com%20advogado%20especialista%20em%20Direito%20do</p><p>adicionais, como horas extras, comissões, entre outros.</p><p>Cálculo do décimo terceiro salário – remuneração �xa</p><p>Quando o empregado trabalha o ano inteiro, ele tem direito a receber o décimo</p><p>terceiro integral, ou seja, o benefício referente ao ano completo. Por exemplo,</p><p>se um funcionário recebe o salário mensal �xo de R$2.800,00 e trabalha o ano</p><p>todo, ele receberá esse valor como décimo terceiro salário, com os respectivos</p><p>descontos.</p><p>Suponhamos que a alíquota de INSS para o salário desse funcionário seja de</p><p>8%. Nesse caso, o trabalhador terá um desconto de R$224,00 em seu décimo</p><p>terceiro, valor que será descontado somente no momento do pagamento da se-</p><p>gunda parcela.</p><p>Assim, na do décimo terceiro, o funcionário receberá</p><p>(R$2.800,00 dividido por dois) e, na ,</p><p>(R$1.400,00 menos R$224,00 de INSS). Note que a segunda parcela é sempre</p><p>menor do que a primeira devido aos descontos.</p><p>Para o funcionário que não trabalhou o ano inteiro, é devido o</p><p>. Por exemplo, se um determinado funcio-</p><p>nário, que recebe um salário de R$1.750,00, trabalhou durante</p><p>, qual seria o valor do décimo terceiro a que ele teria direito?</p><p>Vamos aos cálculos, é bem simples!</p><p>Primeiramente, precisamos descobrir o valor de 1/12 (um doze avos) do salário</p><p>desse funcionário. Para isso, basta dividirmos o valor total do salário pela</p><p>quantidade de meses do ano e, em seguida, multiplicarmos pelo número de</p><p>meses que foram trabalhados. Observe o cálculo na fórmula a seguir:</p><p>Valor\ 13^{o}=\frac{valor\ total\ mensal}{meses\ do\ ano}\times meses\ tra-</p><p>balhados</p><p>Valor\ 13^{o}=\frac{1.750,00}{12}\times 7</p><p>Valor\ 13^{o}=145,83\times 7=1.020,83</p><p>Por meio desse cálculo, encontramos o valor proporcional aos sete meses tra-</p><p>balhados no ano, que totalizou R$1.020,83. Para determinar o valor de cada</p><p>parcela do décimo terceiro, dividimos esse total por dois, resultando em</p><p>R$510,42. Como já mencionamos, os descontos de INSS e IRRF não são aplica-</p><p>dos na primeira parcela; apenas na segunda.</p><p>Assim, considerando uma alíquota de INSS de 8%, o valor descontado será de</p><p>R$81,67 (correspondente a 8% de R$1.020,83). Com a primeira parcela no valor</p><p>de R$510,42, a segunda parcela será igual a esse montante, descontando-se os</p><p>R$81,67 referentes ao INSS. Portanto, o valor da segunda parcela será de</p><p>R$428,74.</p><p>Se um funcionário trabalha menos do que 15 dias em seu primeiro mês na empresa, esse período não é</p><p>considerado no cálculo do décimo terceiro salário. Por exemplo, se um empregado começou a trabalhar no</p><p>dia 18 de fevereiro, esse mês não será incluído no cálculo para o pagamento proporcional do décimo ter-</p><p>ceiro.</p><p>Outra situação que afeta o cálculo do décimo terceiro são as . As faltas</p><p>justi�cadas, como aquelas decorrentes de doença com apresentação de atesta-</p><p>do médico, falecimento de ascendente ou descendente, cumprimento de obri-</p><p>gações eleitorais ou as previstas no artigo 473 da CLT, não interferem no cál-</p><p>culo. No entanto, as , ou seja, aquelas em que a lei não exi-</p><p>ge que o empregador conceda o abono, podem reduzir o valor do benefício.</p><p>.</p><p>Cálculo do décimo terceiro salário – remuneração variável</p><p>Nas situações em que as , o empregador deve ade-</p><p>rir às normas estabelecidas no Decreto nº 57.155/1965, que dispõe em seu arti-</p><p>go 2º o seguinte procedimento:</p><p>Para os empregados que recebem salário variável, a qualquer título, a grati�cação</p><p>será calculada na base de 1/11 (um onze avos) da soma das importâncias variáveis</p><p>devidas nos meses trabalhados até novembro de cada ano. A esta grati�cação se</p><p>somará a que corresponder à parte do salário contratual �xo (BRASIL, 1965).</p><p>Dessa forma, o cálculo é realizado somando-se as remunerações variáveis re-</p><p>cebidas entre janeiro e novembro do ano, dividindo-se esse total por 11. Após o</p><p>mês de dezembro, soma-se o valor recebido nesse mês e divide-se por 12. Se o</p><p>resultado �nal for maior, a diferença deverá ser paga no mês seguinte. Caso</p><p>seja menor, a diferença será descontada no mês subsequente.</p><p>Quando se trata de , os percentu-</p><p>ais determinados por lei são adicionados ao décimo terceiro. Enquanto a insa-</p><p>lubridade diz respeito à exposição do trabalhador a agentes prejudiciais à saú-</p><p>de (acentuação), a periculosidade refere-se à exposição do trabalhador ao risco</p><p>de morte durante o horário de trabalho. Para a insalubridade, os adicionais po-</p><p>dem variar de 10% a 40% do salário-mínimo, enquanto, para a periculosidade, é</p><p>de 30% sobre o salário do trabalhador, conforme o artigo 193 § 1º da CLT. O cál-</p><p>culo segue as mesmas regras mencionadas anteriormente.</p><p>As e as também são consideradas no cálculo do déci-</p><p>mo terceiro. O método de cálculo consiste em determinar a média mensal e</p><p>multiplicá-la pelo número de meses trabalhados. Esses valores, sejam de ho-</p><p>ras extras, sejam de comissões, serão somados ao décimo terceiro salário.</p><p>Para funcionários com remuneração variável, como comissões ou boni�cações atreladas ao desempenho,</p><p>as podem impactar não apenas o período de férias, mas também a remuneração total. Se as faltas</p><p>resultarem em menor produtividade ou desempenho, isso pode re�etir nas boni�cações ou comissões, re-</p><p>duzindo, assim, a renda total durante o período de férias e também nos meses subsequentes.</p><p>Em termos de contabilização, é comum solicitar o cálculo do décimo terceiro</p><p>salário com base no valor bruto da Folha de Pagamento, conforme a prática</p><p>usual. No entanto, na prática real, para garantir uma precisão maior, é essen-</p><p>cial realizar os cálculos levando em consideração os direitos individuais de</p><p>cada trabalhador (RIBEIRO, 2017).</p><p>Por exemplo, um trabalhador que se ausenta por mais de 15 dias em um mês</p><p>pode não ter direito ao décimo terceiro salário daquele mês, mesmo que seu</p><p>salário esteja incluído no valor bruto da Folha de Pagamento. Essa abordagem</p><p>visa assegurar uma distribuição justa dos benefícios, de acordo com os direi-</p><p>tos adquiridos pelos funcionários.</p><p>Novamente, para oferecer uma visão completa desse processo, vamos apre-</p><p>sentar um exemplo de Ribeiro (2017, p. 176).</p><p>Exemplo prático</p><p>Suponhamos que o total bruto da Folha de Pagamento do departamento co-</p><p>mercial da Comercial Navarenho Ltda. em janeiro seja de R$120.000,00. Nesse</p><p>caso, para apropriação em 31 de janeiro da parcela do décimo terceiro referen-</p><p>te ao próprio mês de janeiro, serão realizados os seguintes cálculos:</p><p>1. Cálculo da parcela devida aos empregados: 1/12 de R$120.000,00 =</p><p>R$10.000,00.</p><p>2. Cálculo da Contribuição Previdenciária devida pela empresa: 26,8% de</p><p>R$10.000,00 = R$2.680,00.</p><p>3. Cálculo do FGTS devido pela empresa: 8% de R$10.000,00 = R$800,00.</p><p>Considerando o provisionamento da parcela devida, a contabilização será a</p><p>seguinte:</p><p>• D – “Décimo Terceiro Salário” – R$10.000,00.</p><p>• C – “Décimo Terceiro Salário a Pagar” – R$10.000,00.</p><p>O provisionamento dos encargos com a Previdência e com o FGTS serão con-</p><p>tabilizados, respectivamente, da seguinte maneira:</p><p>• D – “Contribuição de Previdência” – R$2.680,00.</p><p>• C – “Contribuição de Previdência sobre Décimo Terceiro Salário a</p><p>Recolher” – R$2.680,00.</p><p>• D – “FGTS” – R$800,00.</p><p>• C – “FGTS sobre Décimo Terceiro Salário a Recolher” – R$800,00.</p><p>Nos três lançamentos contábeis mencionados, as contas debitadas correspon-</p><p>dem às despesas operacionais e contribuirão para o resultado do mês de janei-</p><p>ro. Estas despesas re�etem os custos incorridos pela empresa relacionados à</p><p>Folha de Pagamento do referido mês. Em contrapartida, as contas creditadas</p><p>nos três lançamentos são contas patrimoniais, especi�camente do Passivo</p><p>Circulante. Estas contas representam os encargos devidos pela empresa rela-</p><p>tivos à Folha de Pagamento de janeiro, incluindo obrigações com a</p><p>Previdência Social, FGTS e outros benefícios e contribuições dos funcionários.</p><p>O crédito nessas contas re�ete a obrigação da empresa em relação a esses en-</p><p>cargos, que serão quitados conforme o vencimento estabelecido (RIBEIRO,</p><p>2017).</p><p>A despesa correspondente à parcela devida aos funcionários, somada aos en-</p><p>cargos, será provisionada e registrada no Passivo Circulante, nas contas que</p><p>representam as respectivas obrigações. Quando a empresa efetuar os paga-</p><p>mentos aos funcionários e realizar o recolhimento dos encargos, será neces-</p><p>sário liquidar as contas que registram essas obrigações. Se os saldos destas</p><p>contas forem insu�cientes, as diferenças serão contabilizadas como despesas</p><p>operacionais. Por outro lado, se houver excedentes, eles serão revertidos como</p><p>receitas.</p><p>É importante ressaltar que, em caso de aumento salarial, os saldos das contas referentes às</p><p>obrigações devem ser ajustados.</p><p>Segundo Ribeiro (2017), a empresa deve elaborar demonstrativos contendo os</p><p>cálculos realizados e os montantes acumulados até o respectivo mês, geral-</p><p>mente elaborados pelo setor de Recursos Humanos. Esses demonstrativos de-</p><p>vem incluir os saldos remanescentes do mês anterior, os abatimentos por pa-</p><p>gamentos efetuados e os acréscimos que devem ser contabilizados, conside-</p><p>rando sempre o número de funcionários e o valor real ao qual cada um tem di-</p><p>reito, caso recebesse o décimo terceiro salário no �nal do mês correspondente.</p><p>Ainda segundo o autor, no momento do pagamento da segunda parcela do dé-</p><p>cimo terceiro salário, a empresa deve elaborar uma folha especial ou um mapa</p><p>demonstrativo. Nesse documento, devem constar a relação dos funcionários,</p><p>os valores da grati�cação de Natal, os adiantamentos concedidos, as retenções</p><p>para a Previdência Social e o Imposto de Renda Retido na Fonte, se aplicável,</p><p>além do valor líquido a ser recebido por cada funcionário. Essa folha especial</p><p>ou mapa demonstrativo é essencial para garantir transparência e precisão no</p><p>pagamento do décimo terceiro salário, além de fornecer informações detalha-</p><p>das aos funcionários sobre os valores que estão recebendo.</p><p>Em ambos os exemplos, é importante esclarecer que os descontos de INSS variam de acordo com a faixa</p><p>salarial, enquanto os descontos de IRRF seguem as alíquotas da tabela progressiva. Portanto, à medida</p><p>que o salário do colaborador muda, os cálculos também sofrem alterações. Além disso, as faltas injusti�-</p><p>cadas, como já mencionado, afetam o cálculo do décimo terceiro. De acordo com a lei, se o empregado tra-</p><p>balhar por menos de 15 dias no mês e tiver faltas injusti�cadas, ele ao qual</p><p>teria direito.</p><p>Agora que você aprendeu bastante sobre o décimo terceiro e sua contabiliza-</p><p>ção, responda à seguinte questão:</p><p> Continue pesquisando sobre o assunto...</p><p>O artigo intitulado O processo decisório para terceirização da atividade-</p><p>�m de uma empresa comercial (https://repositorio.ufersa.edu.br/items</p><p>/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc), escrito por Nara Souza e</p><p>Kléber Miranda, oferece uma análise detalhada da decisão envolvendo a</p><p>terceirização das atividades principais de uma empresa comercial, espe-</p><p>cialmente aquelas submetidas ao regime tributário de lucro real. Os auto-</p><p>res demonstram como a terceirização se revelou uma estratégia para re-</p><p>duzir o passivo trabalhista e os encargos tributários e previdenciários;</p><p>por isso, convidamos você a realizar sua leitura e absorver o conheci-</p><p>mento compartilhado!</p><p>Cálculo das férias</p><p>A contagem do período para as férias do trabalhador inicia-se desde o mo-</p><p>mento de sua admissão na empresa. Ao completar um ano de serviço, o funci-</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>https://repositorio.ufersa.edu.br/items/7f290d08-55cd-49b9-b2b8-0604ccae25bc</p><p>onário adquire o direito a esse benefício, conhecido como .</p><p>Conforme estipulado pelo artigo 129 da CLT: “Todo empregado terá direito anu-</p><p>almente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração”. Esse</p><p>período de férias é de 30 dias remunerados, podendo ser reduzido devido às</p><p>faltas do funcionário, de acordo com o artigo 130 da CLT.</p><p>Após o período aquisitivo, inicia-se o período concessivo, durante o qual o fun-</p><p>cionário tem 12 meses para usufruir das férias. Por exemplo, se um trabalha-</p><p>dor completa um ano de empresa em fevereiro de 2025, ele tem até fevereiro</p><p>do ano seguinte para tirar suas férias. O não cumprimento do período conces-</p><p>sivo pode levar a empresa a pagar ao funcionário o valor correspondente às</p><p>férias em dobro. Além disso, a concessão das férias requer um acordo entre a</p><p>empresa e o colaborador, e o empregado deve ser informado sobre o período de</p><p>descanso com, pelo menos, 30 dias de antecedência (MATINEZ, 2017).</p><p>Outras situações relacionadas às férias incluem férias vencidas, férias propor-</p><p>cionais e férias coletivas.</p><p>As referem-se às que ainda não foram usufruídas pelo funcio-</p><p>nário ou àquelas em que ele utiliza apenas uma parte do período (alguns dias,</p><p>por exemplo) e deixa o restante como saldo para ser tirado posteriormente no</p><p>período concessivo.</p><p>Em contrapartida, as ocorrem quando o período de traba-</p><p>lho dentro dos 12 meses não está completo. Por exemplo, em caso de demissão</p><p>de um funcionário que trabalhou por oito meses, ele não completou todo o pe-</p><p>ríodo aquisitivo, mas tem direito às férias proporcionais, referentes aos oito</p><p>meses trabalhados. Esses detalhes são fundamentais para o cálculo das férias,</p><p>especialmente em situações de demissão.</p><p>Já as são concedidas no mesmo período aos funcionários de</p><p>uma empresa ou de um setor especí�co dela. Elas podem ser concedidas mes-</p><p>mo que os períodos aquisitivos de férias individuais não tenham sido comple-</p><p>tados.</p><p>Embora o período de férias seja, tradicionalmente, de 30 dias, há possibilidade de �exibilização por meio</p><p>do fracionamento desse período. A CLT, após a Reforma Trabalhista, permite que o fracionamento seja rea-</p><p>lizado em , sendo que um deles não pode ser inferior a 14 dias, e os demais não podem ser</p><p>inferiores a cinco dias. Por exemplo, essa divisão poderia ocorrer em 14 dias + 10 dias + 6 dias, ou, então,</p><p>em 20 dias + 5 dias + 5 dias.</p><p>Para o cálculo das férias, são considerados os seguintes valores:</p><p>• Salário-base do empregado.</p><p>• Valor diário pago ao empregado.</p><p>• Número de dias de férias.</p><p>• Um terço (1/3) do valor total, conforme previsto na legislação trabalhista.</p><p>Acompanhe um exemplo para entender como esse cálculo é feito:</p><p> Cálculo de férias (funcionário com um ano completo de trabalho)</p><p>Suponhamos que Joaquim, um funcionário de uma empresa, tenha deci-</p><p>dido tirar após um acordo. Com um salário atual de</p><p>R$1.500,00, podemos calcular o valor total a ser pago pelas férias.</p><p>De início, calculamos o valor diário de trabalho dividindo o salário-base</p><p>por 30 dias. Acompanhe:</p><p>Em seguida, multiplicamos o valor diário pelo número de dias de férias,</p><p>para obter o valor total dos dias de férias. Observe:</p><p>Depois, calculamos o valor referente a 1/3 de férias:</p><p>Por último, somamos o valor dos dias de férias ao valor do 1/3 de férias,</p><p>para obter o valor total das férias:</p><p>Portanto, o valor total a ser pago ao funcionário pelas</p><p>.</p><p>No caso de férias proporcionais, o cálculo é ajustado ao dividir o salário pelo</p><p>número total de meses do ano e multiplicá-lo pelo número de meses efetiva-</p><p>mente trabalhados. Contudo, o pagamento do 1/3 de férias permanece inalte-</p><p>rado.</p><p>Vamos acompanhar esse cálculo em mais um exemplo a seguir:</p><p> Cálculo de férias proporcionais</p><p>Qual seria o valor total de férias a ser pago a um funcionário que traba-</p><p>lhou durante quatro meses e recebe um salário de R$1.000,00?</p><p>Inicialmente, devemos calcular o valor do salário por mês:</p><p>Em seguida, multiplicamos esse valor pelo número de meses trabalha-</p><p>dos, para encontrar o valor proporcional.</p><p>Depois, calculamos o valor referente a 1/3 de férias:</p><p>Por �m, somamos ao valor proporcional o valor correspondente ao 1/3 de</p><p>férias:</p><p>O valor total a ser pago ao funcionário pelas</p><p>suas</p><p>.</p><p>É importante observar que, em ambos os casos apresentados, as contribuições</p><p>de INSS (8%) e Imposto de Renda devem ser descontadas. Como ressaltado por</p><p>Ribeiro (2017), ao conceder as férias, cabe à empresa a responsabilidade de re-</p><p>colher tais contribuições.</p><p>Contabilização das férias</p><p>Conforme explica Ribeiro (2017), a contabilização das férias pela empresa é</p><p>feita com os seguintes lançamentos:</p><p>Segundo Ribeiro (2017), no próximo exercício, ao realizar o pagamento das fé-</p><p>rias aos funcionários e efetuar o recolhimento dos encargos correspondentes,</p><p>a empresa deve ajustar as contas que registram as obrigações (“Férias a</p><p>Pagar”, “Contribuição de Previdência sobre Férias a Recolher” e “FGTS sobre</p><p>Férias a Recolher”), levando em consideração os saldos disponíveis nessas</p><p>contas. Se os saldos forem insu�cientes, as diferenças serão registradas como</p><p>despesas operacionais; caso haja excedentes, serão considerados como recei-</p><p>tas. O procedimento contábil ao efetuar o pagamento das férias aos funcioná-</p><p>rios, que deve ocorrer até dois dias antes do início do gozo das férias pelo fun-</p><p>cionário, é o seguinte: “Débito em Férias a Pagar” e “Crédito em Caixa”.</p><p>No Brasil, as férias são um direito assegurado aos trabalhadores após um de-</p><p>terminado período de serviço, com o objetivo de proporcionar descanso e re-</p><p>cuperação física e mental. Além disso, representam um período de remunera-</p><p>ção, durante o qual o trabalhador recebe seu salário acrescido do terço consti-</p><p>tucional. A gestão e�caz das férias requer um planejamento antecipado, para</p><p>garantir a continuidade das operações da empresa e o cumprimento das obri-</p><p>gações legais. Isso inclui o registro preciso das férias no sistema de Folha de</p><p>Pagamento, o cálculo exato dos valores devidos ao empregado, o recolhimento</p><p>dos encargos sociais e previdenciários pertinentes, além da correta contabili-</p><p>zação dessas despesas.</p><p>Antes de prosseguir, faça uma avaliação do seu aprendizado sobre férias, res-</p><p>pondendo à seguinte pergunta:</p><p>Para complementar ainda mais seu aprendizado, elaboramos um vídeo exclu-</p><p>sivo para você! Nele, você terá a chance de explorar de forma prática os regis-</p><p>tros contábeis relacionados aos principais elementos da Folha de Pagamento</p><p>em uma empresa comercial. Durante o vídeo, você será conduzido por exem-</p><p>plos que demonstram como efetuar esses registros de maneira precisa na prá-</p><p>tica pro�ssional.</p><p>Agora, você deu um passo signi�cativo para aprofundar seu entendimento em</p><p>Contabilidade Comercial. Por meio dos exemplos apresentados no vídeo, você</p><p>certamente obteve uma compreensão mais clara de como os registros contá-</p><p>beis são realizados na prática, especialmente no contexto da Folha de</p><p>Pagamento de uma empresa.</p><p>É fundamental destacar que os registros contábeis desempenham um papel</p><p>crucial na organização �nanceira das empresas, fornecendo informações es-</p><p>senciais para a tomada de decisões estratégicas e o cumprimento de obriga-</p><p>ções legais. Ao compreender como contabilizar de maneira adequada os itens</p><p>da Folha de Pagamento, você estará mais bem preparado(a) para compreender</p><p>a dinâmica da Contabilidade Comercial.</p><p>Se ainda houver dúvidas, recomendamos revisitar os conceitos e exemplos</p><p>apresentados para um entendimento mais aprofundado e outros esclareci-</p><p>mentos sobre qualquer ponto que possa não estar claro. A prática nesse con-</p><p>teúdo é fundamental, e refazer os exercícios ajudará na consolidação do co-</p><p>nhecimento.</p><p>6. Considerações</p><p>Após uma análise detalhada do processo de contabilização da Folha de</p><p>Pagamento, desde os rendimentos dos funcionários até os encargos sociais e</p><p>benefícios como décimo terceiro e férias, torna-se evidente a importância de</p><p>compreendermos esse aspecto crucial da gestão �nanceira das empresas,</p><p>dentro do contexto da Contabilidade Comercial.</p><p>Durante este ciclo de estudos, você teve a oportunidade de explorar os diver-</p><p>sos elementos que compõem a Folha de Pagamento, desde os rendimentos bá-</p><p>sicos até os descontos obrigatórios e benefícios adicionais. Além disso, discu-</p><p>timos os lançamentos contábeis necessários para registrar cada transação re-</p><p>lacionada à Folha de Pagamento, proporcionando uma compreensão de como</p><p>esses eventos são contabilizados.</p><p>No próximo ciclo de estudos, continuaremos nossa jornada na Contabilidade</p><p>Comercial, concentrando-nos nas operações com Ativos Não Circulantes, ou-</p><p>tro aspecto fundamental da contabilidade empresarial. Abordaremos temas</p><p>como investimentos em ativos �xos, depreciação, amortização e outras opera-</p><p>ções relacionadas aos recursos de longo prazo das empresas.</p><p>Convidamos você a continuar sua jornada de aprendizado conosco, adquirin-</p><p>do novos conhecimentos e aprofundando sua compreensão sobre a gestão �-</p><p>nanceira e contábil das organizações dentro no contexto da Contabilidade</p><p>Comercial. Até lá, aproveite para revisar e consolidar os conhecimentos adqui-</p><p>ridos neste ciclo de estudos, pois uma base sólida é essencial para o progresso</p><p>contínuo em sua trajetória educacional e pro�ssional.</p><p>Desejamos sucesso em seus estudos e aguardamos você no próximo ciclo!</p><p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Ciclo 5 – Operações com Ativos Não Circulantes</p><p>Objetivos</p><p>• Conhecer operações com Ativos Não Circulantes.</p><p>• Analisar os métodos de depreciação, amortização e exaustão e sua apli-</p><p>cabilidade nos Ativos Não Circulantes.</p><p>• Compreender as operações com Ativo Recuperável a Longo Prazo.</p><p>Conteúdos</p><p>• Intangível.</p><p>• Depreciação, amortização e exaustão.</p><p>• Recuperabilidade e ganhos ou perdas de capital.</p><p>• Recuperável a Longo Prazo (RLP).</p><p>Problematização</p><p>Como as operações envolvendo Ativos Não Circulantes afetam a estrutura �-</p><p>nanceira das empresas? Por que é importante compreender os métodos de de-</p><p>preciação, amortização e exaustão na gestão desses ativos de longo prazo? De</p><p>que forma a contabilização dos Ativos Intangíveis contribui para a transpa-</p><p>rência e e�ciência operacional das empresas? Como os métodos de deprecia-</p><p>ção, amortização e exaustão são aplicados aos Ativos Não Circulantes e qual é</p><p>seu impacto nas demonstrações �nanceiras? Ao analisar a recuperabilidade e</p><p>os ganhos ou perdas de capital relacionados aos Ativos Não Circulantes, como</p><p>essas operações podem in�uenciar a saúde �nanceira e as decisões estratégi-</p><p>cas das empresas? Como a gestão dos Ativos Recuperáveis a Longo Prazo</p><p>(RLP) impacta na consolidação das informações �nanceiras e na prestação de</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2112&action=edit</p><p>contas aos stakeholders? Por que entender as operações com RLP é crucial pa-</p><p>ra garantir conformidade contábil e e�cácia na gestão �nanceira das empre-</p><p>sas?</p><p>Orientações para o estudo</p><p>O objetivo deste ciclo é oferecer uma compreensão detalhada das operações</p><p>com Ativos Não Circulantes, abordando conceitos fundamentais, como depre-</p><p>ciação, amortização e exaustão, além da gestão de Ativos Intangíveis.</p><p>Para obter o máximo benefício deste estudo, é recomendável não apenas dedi-</p><p>car tempo à leitura do conteúdo principal, mas também explorar os materiais</p><p>complementares fornecidos. Assistir aos vídeos sugeridos e revisar os textos</p><p>complementares será fundamental para aprofundar seu entendimento e ad-</p><p>quirir insights valiosos sobre o assunto.</p><p>Desejamos a você excelentes estudos!</p><p>1. Introdução</p><p>Depois de estudar as operações comerciais de compra, venda e estocagem nos</p><p>ciclos anteriores, adquirimos uma base sólida sobre o funcionamento operaci-</p><p>onal cotidiano das empresas comerciais. Neste último ciclo de estudos, abor-</p><p>daremos as operações relacionadas aos Ativos Não Circulantes, um domínio</p><p>essencial para compreender as complexas operações �nanceiras das empre-</p><p>sas.</p><p>Todas essas operações são feitas dentro de um período que, na Contabilidade,</p><p>denominamos “curto prazo”. Por exemplo, mensalmente, espera-se que a em-</p><p>presa realize transações como compra, estocagem, venda e pagamento de for-</p><p>necedores e funcionários. No entanto, além dessas transações diárias e men-</p><p>sais, há operações que acontecem em períodos mais longos, como quando</p><p>uma empresa compra uma máquina, e esta sofre depreciação ao longo do tem-</p><p>po, ou quando registra uma patente. Essas operações serão o foco deste ciclo</p><p>de estudos.</p><p>As operações com Ativos Não Circulantes envolvem a contabilização dos bens</p><p>que não são/se espera serem vendidos ou convertidos em dinheiro a curto</p><p>prazo. Inicialmente, abordaremos os Ativos Intangíveis, que englobam marcas</p><p>registradas e patentes. Na sequência, discutiremos a depreciação, seguida por</p><p>amortização e exaustão. Também trataremos da Recuperabilidade de Ativos e,</p><p>por �m, dos Ganhos ou Perdas de Capital Recuperáveis a Longo Prazo.</p><p>À medida que avançarmos nessas discussões, você não só entenderá melhor a</p><p>teoria, mas também perceberá como esses conceitos são importantes na prá-</p><p>tica, in�uenciando as decisões �nanceiras das empresas.</p><p>Você está pronto(a) para começar esta jornada? Vamos dar o primeiro passo,</p><p>aprendendo sobre os Ativos Intangíveis.</p><p>2. Ativo Intangível</p><p>Você lembra que, contabilmente, após as empresas registrarem suas opera-</p><p>ções, há uma junção dos dados de um determinado período para a elaboração</p><p>das demonstrações �nanceiras, como o Balanço Patrimonial e a</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício? Então, relembre-se da estrutura do</p><p>Balanço Patrimonial...</p><p>Conforme Ribeiro (2017) explica, o Balanço Patrimonial é dividido em duas</p><p>partes principais: e . No Passivo, encontramos as fontes de re-</p><p>cursos da empresa, ou seja, os capitais de terceiros (obrigações) e os capitais</p><p>próprios (Patrimônio Líquido). Já no Ativo, estão as aplicações desses recur-</p><p>sos, ou seja, os bens e direitos da empresa.</p><p>Dentro do Ativo, os recursos são classi�cados em duas categorias principais:</p><p>e . O Ativo Circulante inclui os recursos</p><p>que serão utilizados ou convertidos em dinheiro em um curto prazo, geral-</p><p>mente dentro de um ano. Já o Ativo Não Circulante abriga os recursos que se-</p><p>rão utilizados ou convertidos em um prazo maior que um ano (RIBEIRO, 2017).</p><p>De acordo com o § 1º do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976, o Ativo Não Circulante</p><p>é composto por quatro grupos: , ,</p><p>e .</p><p>Concentraremos nossos estudos no grupo dos Ativos Intangíveis, os quais re-</p><p>presentam bens e direitos que não possuem uma forma física tangível, como</p><p>marcas registradas, patentes, softwares, entre outros. Eles têm valor para a</p><p>empresa devido às suas características intangíveis, como o reconhecimento</p><p>de marca ou a exclusividade de uma patente (RIBEIRO, 2017).</p><p>Conforme a Lei nº 6.404/1976, artigo 179, inciso VI, estão classi�cados no in-</p><p>tangível: “os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à</p><p>manutenção da companhia ou exercidos com essa �nalidade, inclusive o fun-</p><p>do de comércio adquirido”. Em resumo, os Ativos Intangíveis são direitos ou</p><p>bens pertencentes a uma empresa, porém não possuem uma forma física tan-</p><p>gível, como as máquinas ou equipamentos. Eles englobam elementos como</p><p>marcas, patentes, conhecimento técnico, reputação e, até mesmo, o bom nome</p><p>da empresa.</p><p>Imagine que uma empresa comprou uma máquina/ferramenta controlada por computador. Essa máqui-</p><p>na/ferramenta possui tanto elementos tangíveis quanto intangíveis. Um dos elementos intangíveis é o</p><p>software necessário para que ela funcione corretamente.</p><p>Para decidir como contabilizar esse software, a empresa precisa avaliar qual elemento é mais importante:</p><p>o software ou a máquina/ferramenta em si. Se o software for essencial para o funcionamento da máqui-</p><p>na/ferramenta e não puder ser separado dela, então ele deve ser tratado como parte integrante do</p><p>. Isso signi�ca que o software será registrado junto com a máquina/ferramenta como um úni-</p><p>co ativo.</p><p>Por outro lado, se o software puder ser separado do hardware (a máquina/ferramenta), ou seja, se for pos-</p><p>sível utilizá-lo em outras máquinas ou contextos, então ele deve ser tratado como um .</p><p>Nesse caso, “o software será registrado separadamente como um ativo distinto” (RIBEIRO, 2017, p. 212).</p><p>Em outro exemplo, se a empresa possuir um software de design que possa ser</p><p>utilizado em diferentes máquinas, ele será classi�cado como um Ativo</p><p>Intangível, pois não está vinculado exclusivamente a uma máquina especí�-</p><p>ca.</p><p>Perceba que a decisão de classi�car um elemento como Ativo Imobilizado ou</p><p>Ativo Intangível é baseada em sua relação com outros ativos e sua capacidade</p><p>de ser separado e utilizado de forma independente. De acordo com a de�nição</p><p>dada pela norma NBC TG 04, esses ativos são identi�cáveis, ou seja, podem ser</p><p>reconhecidos e separados dos demais ativos da empresa. Por exemplo, uma</p><p>patente pode ser vendida ou licenciada separadamente da empresa em si</p><p>(RIBEIRO, 2017).</p><p>A norma também destaca que as empresas frequentemente investem recursos</p><p>na aquisição, desenvolvimento ou manutenção desses ativos intangíveis. Isso</p><p>pode incluir atividades como pesquisa e desenvolvimento de novos produtos,</p><p>aquisição de licenças de software ou até mesmo investimentos em marketing</p><p>para aprimorar a reputação da marca (RIBEIRO, 2017).</p><p>É importante observar que nem tudo pode ser considerado um Ativo Intangível. A norma</p><p>estabelece critérios especí�cos que o ativo deve cumprir para receber essa classi�cação, in-</p><p>cluindo a capacidade de ser e a conformidade com requisitos legais.</p><p>Caso não atenda esses critérios, o gasto relacionado à sua aquisição ou desenvolvimento</p><p>deve ser contabilizado como despesa no momento em que ocorre. Assim como Ribeiro</p><p>(2017) esclarece, os Ativos Intangíveis são recursos valiosos detidos por uma empresa, mas</p><p>que não podem ser tocados. Eles representam uma parte signi�cativa do valor de uma em-</p><p>presa e são fundamentais para sua competitividade e sucesso no mercado.</p><p>Agora, vamos entender melhor como é feita a incorporação de bens no grupo</p><p>de Ativos Intangíveis, identi�cando os itens que podem fazer parte desse gru-</p><p>po e fornecendo exemplos de sua contabilização.</p><p>Incorporação de bens no Intangível</p><p>De acordo com o item 21 da NBC TG 04, um Ativo Intangível é reconhecido</p><p>apenas se duas condições forem cumpridas:</p><p>• É provável que os benefícios econômicos futuros associados ao ativo se-</p><p>jam gerados para a empresa, indicando que algum tipo de vantagem �-</p><p>nanceira ou benefício é esperado do uso futuro do Ativo Intangível.</p><p>• O custo do ativo pode ser mensurado com con�abilidade, garantindo que</p><p>a empresa possa determinar com segurança o valor gasto na aquisição</p><p>ou desenvolvimento do Ativo Intangível.</p><p>Por exemplo, se uma empresa investe na criação de um software próprio, esse</p><p>gasto só</p><p>é reconhecido como Ativo Intangível se houver expectativa de benefí-</p><p>cios econômicos futuros, como aumento da e�ciência operacional ou geração</p><p>de receita adicional. Além disso, o custo desse desenvolvimento precisa ser</p><p>claramente mensurável e con�ável.</p><p>Nesse contexto, um dos itens do grupo Intangível é o Fundo de Comércio</p><p>(Goodwill), o qual representa o valor adicional que uma empresa paga ao ad-</p><p>quirir outra empresa. Esse valor é além do que seria esperado apenas pelos</p><p>Ativos Tangíveis e Intangíveis identi�cáveis da empresa adquirida (RIBEIRO,</p><p>2017).</p><p>Para entender melhor, vamos utilizar o exemplo apresentado por Ribeiro (2017,</p><p>p. 2013).</p><p>Se a empresa A compra a empresa B por um determinado valor, por exemplo, R$500,00, e</p><p>esse montante excede o valor justo dos Ativos Tangíveis e Intangíveis identi�cáveis da em-</p><p>presa B, então a diferença é registrada como Goodwill. Ao considerarmos que o patrimônio</p><p>da empresa B no momento da transação consistia em um Ativo total de R$400,00 e um</p><p>Passivo total de R$100,00, o Ativo Líquido, ou Patrimônio Líquido, é de R$300,00. Isso signi�-</p><p>ca que a empresa A pagou R$200,00 a mais do que o valor patrimonial da empresa B.</p><p>Essa diferença ocorre porque a empresa A reconhece que a empresa B possui</p><p>Ativos Intangíveis não registrados em seus livros contábeis, como uma marca</p><p>sólida, uma base de clientes leais, uma equipe talentosa ou uma reputação fa-</p><p>vorável no mercado. Esses elementos intangíveis são considerados e</p><p>têm o potencial de gerar para a empresa A.</p><p>Assim, o Goodwill representa o montante adicional pago pela empresa A devi-</p><p>do ao reconhecimento desses Ativos Intangíveis, os quais não estão detalha-</p><p>dos separadamente no Balanço Patrimonial da empresa B. Esse é um método</p><p>para capturar o valor dos aspectos não tangíveis que contribuem para o suces-</p><p>so e a lucratividade futura da empresa adquirida.</p><p>Do ponto de vista contábil, a empresa A registrará os R$200,00 da seguinte</p><p>maneira:</p><p>• D – “Diversos”</p><p>Participação na Controlada B ............ 300,00</p><p>Fundo de Comércio (Goodwill) .......... 200,00</p><p>• C – “Bancos Conta Movimento” ................ 500,00</p><p>A conta Fundo de Comércio, que também poderia ser chamada “Ágio por</p><p>Expectativa de Rentabilidade Futura”, é um Ativo Intangível e deve ser incluí-</p><p>da no grupo de Investimentos no balanço individual da empresa A e no grupo</p><p>de Intangíveis no balanço consolidado (RIBEIRO, 2017).</p><p>Segundo Ribeiro (2017), a amortização dessa conta só é permitida após a reali-</p><p>zação do , o qual é conduzido ao término de cada pe-</p><p>ríodo contábil (um vídeo exclusivo será disponibilizado ainda neste ciclo, para</p><p>uma explicação detalhada desse conceito). Caso o valor de mercado do</p><p>Goodwill exceda o valor contabilizado, não há necessidade de amortização.</p><p>No entanto, se o valor de mercado for inferior, a diferença será reconhecida</p><p>como amortização a ser registrada.</p><p>Conforme ressalta Ribeiro (2017), de acordo com as normas contábeis, as pequenas e médias empresas po-</p><p>dem optar por amortizar o Fundo de Comércio ao longo de dez anos, a menos que um critério diferente in-</p><p>dique outra forma de amortização.</p><p>Por �m, se a aquisição do patrimônio da empresa B fosse feita por um valor in-</p><p>ferior ao valor justo dos Ativos Líquidos, isso seria considerado uma compra</p><p>vantajosa, e qualquer diferença seria reconhecida como um ganho no resulta-</p><p>do do período.</p><p>Agora vamos falar sobre as marcas e patentes, dois Ativos Intangíveis impor-</p><p>tantes para muitas empresas.</p><p>Marcas e patentes</p><p>Conforme Ribeiro (2017), marcas e patentes são Ativos Intangíveis que repre-</p><p>sentam a propriedade intelectual de uma empresa. Enquanto as marcas são</p><p>sinais distintivos que identi�cam produtos ou serviços de uma empresa, as</p><p>patentes concedem direitos exclusivos sobre invenções ou processos de fabri-</p><p>cação.</p><p>Normalmente, os gastos relacionados ao registro de marcas e patentes são re-</p><p>lativamente baixos, consistindo em taxas para o registro no Instituto Nacional</p><p>da Propriedade Industrial (INPI) ou outras entidades governamentais. No en-</p><p>tanto, em casos de gastos signi�cativos ou aquisição de direitos de uso, as em-</p><p>presas podem optar por registrar esses gastos separadamente, utilizando con-</p><p>tas segregadas.</p><p>No Brasil, a legislação que regula as marcas e patentes é a Lei nº 9.279/1996.</p><p>Além disso, o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) estabelece regras</p><p>relacionadas à amortização desses ativos para �ns �scais.</p><p>Para garantir exclusividade e proteção legal de uma marca ou patente, é necessário regis-</p><p>trar esses direitos no . Apenas por meio</p><p>do registro é possível usufruir de todos os direitos e benefícios estabelecidos na legislação</p><p>(RIBEIRO, 2017).</p><p>Por exemplo, para contabilizar a criação de uma marca, que envolve o paga-</p><p>mento pelo serviço de um pro�ssional e o registro no INPI, fazemos o lança-</p><p>mento da seguinte maneira:</p><p>• D – “Marcas e Patentes”</p><p>• C – “Bancos Conta Movimento”</p><p>Para �ns �scais, a conta “Marcas e Patentes”, especi�camente no que se refere</p><p>às marcas, só será passível para amortização se houver um prazo de�nido pa-</p><p>ra sua utilização. Caso contrário, de acordo com o inciso I do artigo 425 do</p><p>Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (RIR/99), a amortização não será</p><p>permitida.</p><p>Conforme o artigo 133 da Lei nº 9.279/1996, o registro de uma marca tem</p><p>, a partir da data de concessão do registro, podendo</p><p>ser prorrogado por períodos iguais e consecutivos (RIBEIRO, 2017).</p><p>Já de acordo com o artigo 6º da mesma lei, o autor de uma invenção ou mode-</p><p>lo de utilidade tem o direito de obter a patente que garanta sua propriedade,</p><p>conforme estabelecido pela legislação. A contabilização dos custos relaciona-</p><p>dos às patentes segue um procedimento semelhante ao da contabilização das</p><p>marcas, como exempli�cado anteriormente.</p><p>Importante observar que, uma vez que a Lei nº 9.279/1996 estabelece um pe-</p><p>ríodo limitado para a vigência do direito relacionado às patentes, a amortiza-</p><p>ção dos custos correspondentes deve ser realizada durante esse período, de</p><p>acordo com o inciso I do artigo 325 do Regulamento do Imposto de Renda de</p><p>1999 (RIR/99).</p><p> Saiba mais sobre marcas e patentes!</p><p>Para aprofundar sua compreensão sobre marcas e patentes, recomenda-</p><p>mos assistir ao vídeo Diferença entre registro de marca e patente</p><p>(https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0), no qual você terá</p><p>acesso a informações valiosas e que esclarecem uma das dúvidas mais</p><p>frequentes entre empresários e empreendedores: a distinção entre “regis-</p><p>tro de marca” e “registro de patente” é fundamental para assegurar um</p><p>registro adequado!</p><p>Prosseguindo o assunto, outro elemento que pode ser incluído na contabilida-</p><p>de é a Lista de Clientes.</p><p>Contabilização da Aquisição de Lista de Clientes</p><p>Uma empresa pode pagar para ter acesso aos contatos de potenciais clientes,</p><p>conforme mencionado por Ribeiro (2017), estipulando um prazo de utilização</p><p>dessa lista. Nessas circunstâncias, a Lista de Clientes é categorizada como</p><p>Ativo Intangível e estará sujeita à amortização. A contabilização da aquisição</p><p>da lista poderá ser feita da seguinte maneira:</p><p>• D – “Lista de Clientes”</p><p>• C – “Bancos Conta Movimento”</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0</p><p>Ainda segundo Ribeiro (2017), a avaliação dos Ativos Intangíveis é essencial</p><p>para determinar seus valores e apresentá-los adequadamente nas</p><p>Demonstrações Contábeis ao término de cada exercício social. De acordo com</p><p>o artigo 183 da Lei nº 6.404/1976, os direitos classi�cados como intangíveis de-</p><p>vem ser avaliados com base no custo incorrido na aquisição, deduzido do sal-</p><p>do correspondente de amortização. Existem dois métodos principais</p><p>de avali-</p><p>ação para os Ativos Intangíveis: o método de custo e o método de reavaliação.</p><p>Ribeiro (2017) explica que o consiste em atribuir aos Ativos</p><p>Intangíveis seu valor original, ou seja, o custo de aquisição ou o custo de gera-</p><p>ção interna, quando aplicável. Sob esse método, os Ativos Intangíveis são re-</p><p>gistrados no Balanço pelo seu custo original, o qual é ajustado pela amortiza-</p><p>ção acumulada e possíveis perdas acumuladas por redução ao valor recuperá-</p><p>vel.</p><p>Por outro lado, o é aplicado somente após o ativo ter si-</p><p>do inicialmente contabilizado pelo custo. De acordo com o item 75 da NBC TG</p><p>04, se permitido por Lei, a reavaliação de bens imateriais envolve a apresenta-</p><p>ção do bem no Balanço Patrimonial pelo seu valor justo na data da reavalia-</p><p>ção. O valor justo de um ativo é determinado pelo preço que seria obtido em</p><p>uma transação entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e indepen-</p><p>dentes entre si, sem in�uências que levem à liquidação da transação ou carac-</p><p>terizem uma transação compulsória (RIBEIRO, 2017).</p><p>A prática da reavaliação, quando autorizada pela legislação, desempenha um papel fundamental em asse-</p><p>gurar que, na data do Balanço, os valores registrados dos ativos correspondam precisamente a seus valo-</p><p>res justos. Do ponto de vista contábil, esse procedimento envolve um débito na conta que representa o ati-</p><p>vo a ser reavaliado e crédito em uma conta do Patrimônio Líquido, comumente denominada “Ajustes de</p><p>Avaliação Patrimonial” ou “Reserva de Reavaliação”. No entanto, é importante ressaltar que, sem permis-</p><p>são legal e regulamentação adequada do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a reavaliação de Ativos</p><p>Intangíveis não pode ser realizada (RIBEIRO, 2017).</p><p>De acordo com as práticas contábeis, a baixa dos Ativos Intangíveis geralmen-</p><p>te acontece quando a conta que registra sua amortização acumulada alcança</p><p>100% do seu valor. Nesse momento, a baixa é realizada debitando-se a conta</p><p>que registrou a amortização acumulada e creditando-se a conta que represen-</p><p>ta o ativo em questão, que será retirado do patrimônio da empresa. É impor-</p><p>tante ressaltar que, em algumas situações, a baixa dos Ativos Intangíveis pode</p><p>ocorrer antes mesmo de sua amortização total, ou mesmo na ausência de</p><p>qualquer amortização. Nessas circunstâncias, o saldo a amortizar ou o valor</p><p>total do ativo não amortizado serão baixados, com contrapartida em uma con-</p><p>ta representativa de despesa (RIBEIRO, 2017).</p><p>Antes de �nalizarmos o assunto do Ativo Intangível, que tal testar seus conhe-</p><p>cimentos sobre o registro de marcas e patentes? Para isso, tente responder à</p><p>questão a seguir e avalie seu entendimento sobre esse importante aspecto da</p><p>gestão empresarial.</p><p>A análise sobre os bens do Ativo Intangível proporcionou uma compreensão</p><p>mais aprofundada sobre sua avaliação e contabilização, destacando os méto-</p><p>dos de custo e reavaliação. No próximo tópico, abordaremos aspectos igual-</p><p>mente importantes relacionados à contabilidade de Ativos Não Circulantes,</p><p>focando em temas como depreciação, amortização e exaustão. Esses concei-</p><p>tos são essenciais para compreender como os ativos físicos e intangíveis so-</p><p>frem desvalorização gradualmente ou consumo ao longo do tempo, impactan-</p><p>do de forma direta a saúde �nanceira e a transparência contábil das empre-</p><p>sas.</p><p>3. Depreciação, amortização e exaustão</p><p>Imagine uma empresa que invista em equipamentos, os quais, ao longo do</p><p>tempo, vão perdendo seu valor, devido ao uso constante – isso é a</p><p>. Já a diz respeito à maneira como registramos o custo de</p><p>Ativos Intangíveis, como os softwares, ao longo de sua vida útil. Por �m, a</p><p>trata da utilização de recursos naturais, como os minerais, por</p><p>exemplo, que se esgotam com o tempo.</p><p>Compreender esses processos não apenas auxilia na gestão dos recursos, mas</p><p>também nos torna mais conscientes sobre como lidar com os ativos da em-</p><p>presa. Vamos aprofundar nossos estudos sobre eles?</p><p>Depreciação</p><p>Conforme estipulado pelo item 6 da NBC TG 27, a depreciação é de�nida como</p><p>a distribuição sistemática do valor depreciável de um ativo ao logo de sua vida</p><p>útil. Essa prática é principalmente aplicada aos bens materiais (tangíveis) que</p><p>compõem o Ativo Imobilizado, como computadores, instalações, móveis, veí-</p><p>culos, edifícios, entre outros. De acordo com essa norma, o valor depreciável</p><p>representa o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o</p><p>seu .</p><p>O de um ativo é a estimativa do valor que a entidade receberia pela venda do</p><p>ativo após deduzir as despesas estimadas de venda, considerando sua idade e condição es-</p><p>perada ao término de sua vida útil. Por sua vez, a vida útil de um ativo é o período durante o</p><p>qual a entidade planeja utilizar o ativo ou o número de unidades de produção esperadas pe-</p><p>la sua utilização. Essas de�nições são essenciais para uma aplicação adequada do conceito</p><p>de depreciação na contabilidade da empresa (RIBEIRO, 2017).</p><p>A Lei nº 11.638/2007 introduz mudanças nas regras para determinar o prazo e</p><p>a taxa de depreciação, as quais não são mais de�nidas pelo Fisco, mas, sim,</p><p>com base na vida útil econômica do bem. Isso requer que as empresas reali-</p><p>zem análises periódicas para assegurar a correta recuperação dos valores re-</p><p>gistrados nos ativos imobilizados e intangíveis ao longo do tempo.</p><p>Conforme estabelecido pelo § 3º do artigo 183 da Lei nº 6.404/1976, as empre-</p><p>sas são orientadas a realizar análises periódicas para garantir a recuperação</p><p>dos valores registrados nos ativos imobilizados e intangíveis. Essas análises</p><p>visam alcançar dois objetivos principais:</p><p>• quando há decisão de en-</p><p>cerrar empreendimentos ou atividades relacionadas aos ativos, ou quan-</p><p>do se comprova que tais empreendimentos não conseguem gerar resulta-</p><p>dos su�cientes para recuperar esse valor.</p><p>• utilizados para determinar a vida útil</p><p>econômica estimada dos ativos e calcular a depreciação, exaustão e</p><p>amortização. Essas práticas são fundamentais para assegurar que os re-</p><p>gistros contábeis re�itam precisamente a situação �nanceira da empresa</p><p>e a utilização adequada dos ativos ao longo do tempo (RIBEIRO, 2017).</p><p>Conforme explicado por Ribeiro (2017), a depreciação dos ativos é justi�cada</p><p>por diversas causas, conforme detalhado no quadro a seguir:</p><p>Depreciação dos ativos.</p><p>: elaborado pela autora com base em Ribeiro (2017).</p><p>Essas causas demonstram como a depreciação é um fenômeno natural e ine-</p><p>vitável na vida útil dos ativos, in�uenciada pelo uso, pelas condições ambien-</p><p>tais e pelo progresso tecnológico.</p><p>Métodos de depreciação</p><p>No que diz respeito aos métodos de depreciação, temos algumas possibilida-</p><p>des: a depreciação pelo método linear, o método das unidades produzidas e o</p><p>método da soma dos dígitos. Conforme consta no Item 60 da NBC TG 27, o mé-</p><p>todo de depreciação escolhido deve ser aquele que melhor representar como</p><p>os benefícios econômicos futuros serão consumidos pela empresa.</p><p>Devido à sua simplicidade e praticidade, o método mais utilizado de deprecia-</p><p>ção é o . Nele, taxas constantes são aplicadas ao longo da vida</p><p>útil estimada do ativo, também conhecido como “método das quotas constan-</p><p>tes” ou “em linha reta” (RIBEIRO, 2017).</p><p>Por exemplo, se considerarmos um ativo com uma vida útil estimada de cinco</p><p>anos, a taxa anual de depreciação seria de 20%, valor esse obtido por meio da</p><p>seguinte fórmula:</p><p>= 100% / tempo de vida útil</p><p>= 100% / 5 =</p><p>Esse método permite uma alocação sistemática do valor depreciável do ativo</p><p>ao longo do tempo, facilitando a gestão e o controle dos ativos da empresa.</p><p>Tipos de cálculo</p><p>A depreciação pode ser calculada de duas maneiras: por quotas anuais ou quo-</p><p>tas mensais.</p><p>No , a depreciação é calculada e registrada uma vez por ano. A</p><p>quota anual é determinada aplicando-se a taxa de depreciação normal ao va-</p><p>lor depreciável do ativo, que é o custo do ativo menos o seu valor residual. Por</p><p>outro lado, no , a depreciação é calculada e registrada mensal-</p><p>mente. A quota mensal é obtida dividindo-se a quota anual por 12.</p><p>Vamos considerar um exemplo para ilustrar</p><p>de como os números contábeis narram a trajetória �-</p><p>nanceira das organizações, detalhando os eventos cotidianos que in�uenciam</p><p>o patrimônio empresarial. Trata-se de uma análise que merece sua dedicação;</p><p>portanto, acompanhe o conteúdo de forma criteriosa e focada no assunto.</p><p>Livro Diário</p><p>A contabilidade das empresas é registrada em livros especí�cos, por meio dos</p><p>lançamentos contábeis. O conjunto desses lançamentos contábeis é denomi-</p><p>nado . Dessa forma, quando você está registrando os fatos contá-</p><p>beis que acontecem na empresa, na verdade, está fazendo a escrituração.</p><p>O primeiro livro contábil obrigatório para as empresas comerciais é chamado</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Para compreender sua função, pode-</p><p>mos fazer a seguinte analogia: assim como um diário pessoal narra experiên-</p><p>cias, o Livro Diário, na Contabilidade Comercial, registra, diariamente, as ope-</p><p>rações e movimentações que in�uenciam a saúde �nanceira da organização.</p><p>O Livro Diário pode assumir diferentes formas – desde �chas soltas, que se-</p><p>guem uma abordagem mais tradicional, até formulários contínuos, que surgi-</p><p>ram com o advento do computador, representando a evolução tecnológica na</p><p>contabilidade (IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Essa variedade de formatos re�ete</p><p>a capacidade contínua da contabilidade em se adaptar às mudanças tecnoló-</p><p>gicas ao longo do tempo.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>Atualmente, os registros do Livro Diário são feitos por meio do</p><p>, instituído no Decreto nº 6.022/2007.</p><p>Esse sistema trouxe mudanças importantes na forma de controlar os dados</p><p>contábeis, pois os papéis passaram a ser substituídos por dados eletrônicos</p><p>(OLIVEIRA, 2014). Independentemente do meio de processamento dos dados,</p><p>papel ou eletrônico, as informações que devem constar no Livro Diário são as</p><p>mesmas, e você vai aprendê-las agora.</p><p>Segundo Marion (2023), no Livro Diário, os fatos contábeis devem ser registra-</p><p>dos pelo método das partidas dobradas: para cada débito, deve ser lançado um</p><p>crédito correspondente, e isso deverá ser feito diariamente. Esses fatos devem</p><p>ser anotados no livro de forma sistemática, seguindo a ordem cronológica do</p><p>dia, mês e ano em que ocorreram. Caso a escrituração do Diário apresente um</p><p>atraso superior a 180 dias, isso poderá acarretar uma multa, conforme as re-</p><p>gras do Imposto de Renda.</p><p>Ainda de acordo com Marion (2023), os elementos essenciais em um Livro</p><p>Diário geral incluem:</p><p>• a data da transação;</p><p>• o título das contas de débito e crédito;</p><p>• os valores correspondentes de débito e crédito;</p><p>• o histórico, com informações cruciais como número da nota �scal, che-</p><p>que e terceiros envolvidos.</p><p>A seguir, vejamos um exemplo de Livro Diário no formato bicolunado – com</p><p>uma coluna dedicada às contas de débito e outra às contas de crédito. Esse</p><p>modelo foi apresentado na obra de Marion (2023) e se destaca como padrão</p><p>para a escrituração contábil por meio de processamento de dados. No exem-</p><p>plo, são apresentadas algumas movimentações �nanceiras ocorridas em uma</p><p>empresa e registradas no Livro Diário de duas colunas:</p><p>: Marion (2023, p. 206).</p><p>Figura 1 Exemplo de Livro Diário de duas colunas elaboradas por processamento eletrônico de dados.</p><p>Conseguiu observar como os dados são organizados no Livro Diário?</p><p>No dia 04/01/20X1, por exemplo, foi efetuado um pagamento de ao</p><p>sócio Hepaminondas no valor de R$890,00. A escrituração dessa movimenta-</p><p>ção é feita por meio de um , represen-</p><p>tando a diminuição dessa conta por conta do pagamento efetuado, e um</p><p>, para efetuar a baixa dessa obrigação, que havia</p><p>sido reconhecida anteriormente.</p><p>Dessa forma, as informações são apresentadas no Livro Diário de maneira organizada, dis-</p><p>postas em colunas e detalhadas conforme as exigências desse registro. Assim, são especi�-</p><p>cadas a data do pagamento do Pró-labore, o número do lote, a classi�cação e o nome da</p><p>conta, um histórico detalhado da transação e o valor lançado a débito e a crédito.</p><p>Agora, você conhecerá o , responsável por consolidar as informa-</p><p>ções provenientes do Livro Diário. Vamos entender como esses livros se co-</p><p>nectam, obtendo uma visão mais detalhada das �nanças, e explorar as infor-</p><p>mações que ajudam a entender o presente e planejar o futuro da empresa.</p><p>Livro Razão</p><p>Segundo Iudícibus e Marion (2019), o Livro Razão é outro livro contábil obriga-</p><p>tório. Nele, todas as informações do Livro Diário são apresentadas de forma</p><p>mais detalhada. Enquanto o Livro Diário se assemelha a um diário que regis-</p><p>tra todas as transações em ordem cronológica e com grande grau de detalha-</p><p>mento, o Livro Razão funciona como um , que tem como objetivo agru-</p><p>par essas transações por tipo de conta.</p><p>Pense no Livro Razão como um catálogo organizado de todas as contas da em-</p><p>presa. Nele, as transações de cada conta são agrupadas em um único lugar, fa-</p><p>cilitando a compreensão dos valores que entram e saem de cada conta especí-</p><p>�ca em um determinado período.</p><p>Podemos entender o Livro Diário como um de todas as ações, enquanto</p><p>o Livro Razão atua como um guia detalhado para cada . Por</p><p>exemplo, se ocorreram diversas transações relacionadas a “Vendas”, o Livro Razão as agru-</p><p>pará, para fornecer uma visão abrangente dessa atividade especí�ca.</p><p>Para �car mais claro, vamos retomar o exemplo que utilizamos anteriormente.</p><p>Relembre que, no Livro Diário, registramos o pagamento de Pró-labore ao sócio</p><p>Hepaminondas em 04/01/20X1. No Livro Razão, essa informação seria agrupa-</p><p>da com todas as relacionadas à conta “Pró-labore”. Assim,</p><p>ao folhear o Livro Razão, você veria todos os pagamentos de Pró-labore agru-</p><p>pados, facilitando a compreensão e análise dessa despesa especí�ca. No Livro</p><p>Razão, não teríamos apenas o pagamento de Pró-labore ao sócio</p><p>Hepaminondas, e sim, todas as movimentações da conta “Pró-labore” em ter-</p><p>mos de débito e crédito.</p><p>Por meio de um razonete, podemos demonstrar como foi realizado o lança-</p><p>mento do pagamento do Pró-labore a Hepaminondas. No exemplo, foi conside-</p><p>rado um saldo inicial para a conta “Pró-labore” de R$2.000,00 e, para a conta</p><p>“Caixa”, um saldo de R$1.000,00.</p><p>Observe:</p><p>Agora, veja um modelo simples de �cha do Livro Razão com a referida transa-</p><p>ção:</p><p>: adaptado de Marion (2023, p. 203).</p><p>Figura 2 Modelo simples de �cha do Livro Razão.</p><p>No exemplo da Figura 2, a transação de pagamento de Pró-labore em</p><p>04/01/20X1 é registrada na conta “Pró-labore” e na conta “Caixa”. A coluna de</p><p>débito da conta “Pró-labore” demonstra que a obrigação da empresa com esses</p><p>pagamentos, que era de R$2.000,00, teve uma redução de R$890,00 e resultou</p><p>em um saldo credor de R$1.110,00 a pagar. Já a coluna de crédito da conta</p><p>“Caixa” mostra que os R$890,00 foram retirados da conta que continha um sal-</p><p>do de R$1.000,00 para efetuar o pagamento ao sócio Hepaminondas e �cou,</p><p>portanto, com um saldo devedor de R$110,00.</p><p>Esse registro no Livro Razão, organizado por contas, ajuda a manter o controle</p><p>e organização das transações relacionadas a cada uma dessas contas ao longo</p><p>do tempo. Além disso, auxilia na elaboração das demonstrações contábeis,</p><p>uma vez que o saldo �nal de cada conta em um determinado período é utiliza-</p><p>do para o fechamento do Balanço Patrimonial. Por exemplo, se considerarmos</p><p>o Balanço Patrimonial da empresa do exemplo da Figura 2 fechado hoje, a em-</p><p>presa evidenciaria a conta “Caixa” com o valor de R$110,00 e a conta “Pró-</p><p>labore” a pagar com R$1.110,00. Isso ocorre porque o Balanço Patrimonial não</p><p>evidencia cada movimentação</p><p>esses dois métodos de cálculo de</p><p>depreciação:</p><p> Depreciação anual e mensal</p><p>Suponha que uma empresa adquiriu uma máquina por R$100.000,00. O</p><p>valor residual estimado da máquina é de R$10.000,00 e sua vida útil é de</p><p>cinco anos.</p><p>Para calcular a depreciação anual, primeiro determinamos o valor depre-</p><p>ciável do ativo:</p><p>= Custo do ativo – Valor residual</p><p>= R$100.000,00 – R$10.000,00</p><p>= R$90.000,00</p><p>Suponha, agora, que a taxa de depreciação normal para essa máquina se-</p><p>ja de 20% ao ano.</p><p>= Valor depreciável × Taxa de depreciação</p><p>= R$90.000,00 × 20% = R$18.000,00</p><p>Portanto, a será de .</p><p>Para calcular a depreciação mensal, considerando este mesmo exemplo,</p><p>basta dividirmos a quota anual que encontramos por 12, ou seja:</p><p>= Quota anual / 12</p><p>= R$18.000,00 / 12 = R$1.500,00</p><p>Portanto, a será de .</p><p>A contabilização da depreciação tem início no mês em que o ativo é instalado</p><p>e começa a ser utilizado para gerar benefícios à empresa. Por exemplo, se um</p><p>ativo é adquirido em fevereiro, mas só começa a operar em abril, a deprecia-</p><p>ção desse ativo será contabilizada a partir de abril (RIBEIRO, 2017).</p><p>É importante notar que, mesmo que o ativo comece a operar no , para �ns de deprecia-</p><p>ção, considera-se o .</p><p>Quando a depreciação acumulada atinge 100% do valor depreciável do ativo</p><p>(ou seja, o custo de aquisição menos o valor residual) e o ativo ainda está em</p><p>uso na empresa, não há mais cálculo ou contabilização de depreciação. O ativo</p><p>permanece na contabilidade pelo seu valor original, enquanto a conta</p><p>“Depreciação Acumulada” re�ete o valor depreciável, até que o ativo seja bai-</p><p>xado. Esse processo garante uma gestão precisa dos ativos e uma representa-</p><p>ção adequada do seu valor contábil ao longo do tempo.</p><p>Para uma melhor compreensão, no vídeo a seguir, apresentaremos um exem-</p><p>plo prático, para ilustrar como ocorre a contabilização de bens depreciados:</p><p>Vamos veri�car seu aprendizado sobre a depreciação? Convidamos você a res-</p><p>ponder a uma pergunta para consolidar seu conhecimento:</p><p>Agora vamos entender como funciona a amortização.</p><p>Amortização</p><p>De acordo com Ribeiro (2017), a amortização é de�nida como a alocação siste-</p><p>mática do valor amortizável de Ativo Intangível ao longo de sua vida útil, con-</p><p>forme estabelecido no Item 8 da NBC TG 04. Esse conceito envolve a distribui-</p><p>ção do custo de um Ativo Intangível ao longo do tempo para re�etir seu des-</p><p>gaste, uso ou obsolescência.</p><p>Um ponto importante a ser destacado é que nem todos os Ativos Intangíveis estão sujeitos à</p><p>amortização. O critério determinante para a aplicação ou não da amortização é a vida útil</p><p>do ativo imaterial. Enquanto os Ativos Intangíveis com vida útil de�nida devem ser amorti-</p><p>zados, aqueles com vida útil inde�nida não estão sujeitos a esse processo (RIBEIRO, 2017).</p><p>No entanto, para os Ativos Intangíveis com vida útil inde�nida, as empresas devem realizar</p><p>anualmente o teste de recuperabilidade, para garantir que o valor contábil não exceda seu</p><p>valor recuperável.</p><p>Conforme de�nido na Seção 18.19 da NBC TG 1.000, esse procedimento</p><p>. De acordo com</p><p>essa norma, todas as PMEs devem considerar que os Ativos Intangíveis têm</p><p>vida útil �nita e, por isso, devem ser amortizados. Caso a vida útil do ativo não</p><p>possa ser estabelecida de forma con�ável, uma estimativa deve ser feita, mas</p><p>.</p><p>Contabilmente, a amortização é semelhante à depreciação, pois ambas são</p><p>maneiras de distribuir o custo dos ativos ao longo do tempo. Enquanto a de-</p><p>preciação é aplicada a Ativos Tangíveis, a amortização é aplicada a Ativos</p><p>Intangíveis. Por meio da depreciação, uma parte do valor gasto na compra de</p><p>bens de uso da empresa é considerada como despesa ou custo do período. Por</p><p>outro lado, por meio da amortização, uma parte do capital investido em bens</p><p>intangíveis com vida útil de�nida, que fazem parte do Ativo Intangível, é con-</p><p>siderada como despesa ou custo do período (RIBEIRO, 2017).</p><p>A vida útil de um Ativo Intangível pode ser classi�cada como ou</p><p>, o que é crucial para a sua contabilização. A vida útil de�nida é esta-</p><p>belecida quando há um limite previsível para o período em que o ativo deverá</p><p>gerar �uxos de caixa positivos para a entidade. Nesses casos, o Ativo</p><p>Intangível deve ser amortizado ao longo de sua vida útil (Itens 97 a 106 da NBC</p><p>TG 04). Por outro lado, quando não há um limite previsível para o período em</p><p>que o ativo deverá gerar �uxos de caixa líquidos positivos, a vida útil é consi-</p><p>derada inde�nida, e o ativo não é amortizado (Itens 107 a 110 da NBC TG 04).</p><p>Métodos de amortização</p><p>Ribeiro (2017) explica que existem diversos métodos de amortização que po-</p><p>dem ser utilizados para distribuir o valor amortizável do ativo ao longo de sua</p><p>vida útil. Os métodos linear, dos saldos decrescentes e crescentes e das unida-</p><p>des produzidas são aplicáveis aos bens intangíveis com vida útil de�nida. No</p><p>entanto, para os bens intangíveis com vida útil inde�nida, a amortização não</p><p>se aplica, sendo necessário realizar, anualmente, o teste de recuperabilidade.</p><p>A taxa anual de amortização varia de acordo com o método utilizado, e a quota</p><p>de amortização é determinada aplicando-se a taxa anual sobre o valor amorti-</p><p>zável do ativo. Assim como na depreciação, a amortização pode ser distribuí-</p><p>da em quotas mensais, considerando sempre o mês integral no início ou tér-</p><p>mino do período de amortização. Esse processo é essencial para garantir uma</p><p>distribuição adequada dos custos dos ativos ao longo do tempo e uma repre-</p><p>sentação precisa de seu valor contábil.</p><p>Para contabilizar a amortização, o lançamento contábil será:</p><p>• D – “Amortização” (referente à despesa calculada no período)</p><p>• C – “Amortização Acumulada” (conta patrimonial redutora da conta de</p><p>ativo intangível)</p><p>Para uma compreensão mais clara do processo de contabilização, acompanhe</p><p>o exemplo a seguir:</p><p> Contabilização da amortização</p><p>Vamos imaginar que uma determinada empresa adquiriu um software</p><p>por e que a sua será de , sem valor resi-</p><p>dual.</p><p>O registro da aquisição desse Ativo deve ser feito da seguinte maneira:</p><p>• D – “Ativo Intangível” (software) – R$50.000,00</p><p>• C – “Caixa ou Banco” – R$50.000,00.</p><p>Para calcularmos a do software, temos de pegar o va-</p><p>lor da aquisição e dividir pelo seu tempo de vida útil. Observe:</p><p>= R$50.000,00 / 5</p><p>= R$10.000,00</p><p>Assim, teremos o valor anual de , que será contabilizado des-</p><p>sa forma:</p><p>• D – “Despesa de Amortização” – R$10.000,00</p><p>• C – “Acumulado de Amortização” – R$10.000,00.</p><p>No �nal do quinto ano, o valor contábil do equipamento será zero, indi-</p><p>cando que ele foi totalmente amortizado.</p><p>É importante destacar que a escolha do método de amortização e o cálculo das</p><p>quotas devem seguir as normas contábeis aplicáveis e re�etir o padrão de</p><p>consumo dos benefícios econômicos futuros gerados pelo ativo. Além disso, a</p><p>contabilização da amortização é essencial para cumprir com os princípios</p><p>contábeis de , e das informações �-</p><p>nanceiras.</p><p>Vamos prosseguir com nossos estudos e falar, agora, sobre a exaustão.</p><p>Exaustão</p><p>A exaustão é um conceito contábil utilizado principalmente no contexto de re-</p><p>cursos naturais, como depósitos minerais, �orestas e reservas de petróleo.</p><p>Segundo Ribeiro (2017), refere-se à alocação sistemática do custo de recursos</p><p>naturais explorados ao longo do tempo, à medida que são extraídos ou esgota-</p><p>dos. Assim como a depreciação e a amortização, a exaustão é essencial para</p><p>garantir uma representação precisa dos custos associados à utilização de re-</p><p>cursos naturais e para re�etir o desgaste desses ativos ao longo do tempo.</p><p>Segundo as diretrizes apresentadas por Ribeiro (2017), a determinação da quo-</p><p>ta anual de exaustão de recursos minerais pode seguir os princípios de depre-</p><p>ciação, com base no custo de aquisição ou prospecção, de duas maneiras dis-</p><p>tintas. Uma delas é por meio do , que representa a autori-</p><p>zação obtida pela empresa perante o governo para explorar o minério deseja-</p><p>do. Nesse caso, o cálculo da quota de exaustão é realizado sobre o valor dos</p><p>gastos incorridos para obter essa concessão, incluindo</p><p>desde a análise do solo,</p><p>levantamentos aerofotogramétricos e medição de jazidas até o pagamento de</p><p>taxas e outros encargos associados. Por exemplo, “se o prazo de concessão de</p><p>uma mina de carvão for de oito anos, a taxa de exaustão a ser aplicada sobre</p><p>os gastos efetuados para obter o direito de exploração será de 12,5% ao ano”</p><p>(RIBEIRO, 2017, p. 233).</p><p>A contabilização para a exaustão é feita com o seguinte lançamento:</p><p>• D – “Exaustão” (despesa ou custo do período).</p><p>• C – “Exaustão Acumulada” (conta patrimonial que receberá anualmente o</p><p>valor das quotas até atingir 100% do valor exaurível)</p><p>Para uma melhor compreensão, acompanhe o exemplo a seguir:</p><p> Contabilização da exaustão</p><p>Vamos imaginar que uma empresa adquiriu uma área de mineração por</p><p>, estimando uma extração de .</p><p>A exaustão por seria de .</p><p>Se a empresa extrair em determinado ano, a despesa de</p><p>exaustão será de (10.000 toneladas x R$5,00).</p><p>O registro contábil dessa transação é o seguinte:</p><p>• Débito – “Despesa de Exaustão” – R$50.000,00.</p><p>• Crédito em “Exaustão Acumulada” – R$50.000,00.</p><p>Podemos concluir este tópico cientes de que a despesa ou o custo relacionado</p><p>ao uso de Ativos Imobilizados e Intangíveis é reconhecido contabilmente por</p><p>meio dos termos depreciação, amortização e exaustão. A depreciação refere-se</p><p>aos Ativos Tangíveis; a amortização, aos Ativos Intangíveis; e a exaustão, aos</p><p>recursos minerais.</p><p>No próximo tópico, abordaremos a recuperabilidade e os ganhos ou perdas de</p><p>capital. Analisaremos como os ativos são avaliados em relação ao seu valor</p><p>recuperável, ou seja, o valor esperado pela empresa com a venda ou uso futuro</p><p>do ativo. Também discutiremos como as empresas registram os ganhos ou</p><p>perdas de capital, que surgem quando um ativo é vendido por um valor dife-</p><p>rente de seu valor contábil.</p><p>4. Recuperabilidade e ganhos ou perdas de ca-</p><p>pital</p><p>De acordo com a NBC TG 01, uma entidade deve manter em seu Ativo apenas</p><p>os bens e direitos registrados por valores que seus valores de re-</p><p>cuperação. Isso signi�ca que um Ativo está registrado contabilmente por um</p><p>valor que excede o seu valor de recuperação quando seu valor contábil é maior</p><p>do que o valor que pode ser recuperado pelo uso ou pela venda do Ativo. Por</p><p>exemplo, se uma máquina está registrada no Balanço Patrimonial por</p><p>R$50.000,00, mas seu valor de mercado é apenas R$40.000,00, há um excesso</p><p>no valor contábil em relação ao valor recuperável (RIBEIRO, 2017).</p><p>Conforme Ribeiro (2017) explica, quando um elemento do Ativo está registrado</p><p>por um valor superior ao valor recuperável, como é o caso desse exemplo que</p><p>acabamos de citar, isso indica a necessidade de .</p><p>Nesse caso, a entidade deve ajustar o valor do Ativo para re�etir o seu valor re-</p><p>cuperável, reconhecendo uma perda por desvalorização. Por outro lado, se um</p><p>elemento do Ativo está registrado por um valor inferior ao valor recuperável,</p><p>nenhuma ação é necessária por parte da entidade.</p><p>Ainda segundo o autor, contabilmente, o ajuste decorrente da perda por desva-</p><p>lorização é realizado debitando-se uma conta representativa de despesa e</p><p>creditando-se uma conta redutora do Ativo, que evidencia a respectiva perda.</p><p>Por exemplo, se a máquina mencionada anteriormente precisar de um ajuste</p><p>de perda por desvalorização de R$10.000,00, a empresa debitará uma conta de</p><p>despesa (por exemplo, “Perdas por desvalorização de Ativos”) e creditará uma</p><p>conta redutora do Ativo (por exemplo, “Máquinas – Ajuste de perda por desva-</p><p>lorização”) para re�etir essa perda em seus registros contábeis.</p><p>O teste de recuperabilidade, que já citamos algumas vezes neste ciclo, também</p><p>conhecido como , é uma avaliação realizada periodica-</p><p>mente para veri�car se o valor contábil de um Ativo excede seu valor recupe-</p><p>rável. O objetivo é garantir que os ativos estejam registrados por um valor que</p><p>não exceda o valor que a empresa espera recuperar por meio do uso contínuo</p><p>do ativo ou por sua venda.</p><p>O processo de teste de recuperabilidade envolve dois passos principais:</p><p>• : o valor recuperável é o maior valor</p><p>entre o valor justo do ativo menos os custos de venda e seu valor em uso.</p><p>O valor justo é determinado com base no preço que seria obtido em uma</p><p>transação de venda entre partes independentes e conhecedoras. Já o va-</p><p>lor em uso é calculado com base na estimativa dos �uxos de caixa futu-</p><p>ros que o ativo pode gerar.</p><p>• : o valor contábil do ativo é comparado</p><p>com seu valor recuperável. Se o valor contábil for maior que o valor recu-</p><p>perável, o ativo está desvalorizado, e é necessário reconhecer uma perda</p><p>por impairment.</p><p>Ao �nal de cada período, a entidade deve avaliar se há alguma indicação de que um Ativo</p><p>possa ter sofrido desvalorização. Caso haja indícios, a entidade precisa estimar o valor re-</p><p>cuperável do Ativo e reconhecer essa desvalorização no respectivo exercício. Se surgirem</p><p>indicações de desvalorização em um bem do Ativo Imobilizado ou do Ativo Intangível, será</p><p>necessário revisar e ajustar a vida útil remanescente, o método de depreciação, amortiza-</p><p>ção e exaustão, ou o valor residual, se aplicável (RIBEIRO, 2017).</p><p>A contabilização após o reconhecimento da perda, seguindo as normas da</p><p>NBC TG 01, deve ser feita da seguinte maneira:</p><p>• D – “Despesas com perdas estimadas”.</p><p>• C – “Perdas por redução ao valor recuperável” (conta patrimonial reduto-</p><p>ra de ativo).</p><p>Para uma melhor compreensão, acompanhe o exemplo a seguir:</p><p> Contabilização de perda por impairment</p><p>Suponha que uma empresa tenha um equipamento registrado em seu</p><p>balanço patrimonial por R$100.000,00, mas, após uma análise detalhada,</p><p>determina-se que seu valor recuperável é de apenas R$80.000,00. Nesse</p><p>caso, a empresa precisará reconhecer uma perda por impairment de</p><p>R$20.000,00, para ajustar o valor contábil do equipamento ao seu valor</p><p>recuperável.</p><p>Para contabilizar uma perda por impairment, o lançamento contábil será</p><p>o seguinte:</p><p>• D – “Despesa de Impairment” – R$20.000,00.</p><p>• C – “Equipamentos” – R$20.000,00.</p><p>Esse lançamento reduzirá o valor contábil do equipamento no Balanço</p><p>Patrimonial da empresa para re�etir sua desvalorização.</p><p>Agora que você já entendeu como funciona o teste de recuperabilidade, vamos</p><p>introduzir o tema dos , que são outras operações</p><p>que acontecem no Ativo Circulante das empresas.</p><p>Ganhos ou perdas de capital</p><p>Os ganhos ou perdas de capital referem-se aos resultados decorrentes das bai-</p><p>xas de bens ou direitos do Ativo Não Circulante. Essa de�nição está alinhada</p><p>com o disposto no Artigo 418 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999</p><p>(RIR/99).</p><p>Os ganhos ou perdas de capital são calculados pela comparação entre o valor contábil do</p><p>bem e o resultado obtido na alienação, desapropriação, baixa por perecimento, extinção,</p><p>desgaste, obsolescência, exaustão ou liquidação de bens do Ativo Não Circulante.</p><p>Segundo Ribeiro (2017), para determinar esses ganhos ou perdas, o valor con-</p><p>tábil é de�nido como o saldo pelo qual o bem está registrado na escrituração</p><p>comercial, levando em consideração os encargos de depreciação, amortização</p><p>ou exaustão acumulados, além de perdas estimadas. A legislação tributária re-</p><p>gula esse assunto nos artigos 418 a 433 do RIR/99.</p><p>No próximo vídeo, fundamentando-nos nas ideias de Ribeiro (2017), examina-</p><p>remos um exemplo prático para compreender como os ganhos ou perdas de</p><p>capital são calculados e contabilizados na venda de um Ativo Imobilizado.</p><p>Vamos lá?</p><p>Agora que você assistiu a um exemplo, podemos explorar as diferentes opções</p><p>de contabilização para registrar essa transação de forma adequada.</p><p>Contabilização com adoção da conta transitória</p><p>Nesta opção, utilizamos uma conta transitória para registrar o lucro ou prejuí-</p><p>zo decorrente da venda do ativo. Os lançamentos contábeis envolvem a trans-</p><p>ferência do valor da venda para essa conta transitória e a baixa do valor con-</p><p>tábil do ativo. Em seguida, o lucro ou prejuízo é transferido para a conta apro-</p><p>priada.</p><p>Os lançamentos do exemplo que apresentamos no vídeo anterior �cariam as-</p><p>sim:</p><p>1. Registro da venda:</p><p>D – “Caixa” – R$1.750,00.</p><p>C – “Ganhos</p><p>ou Perdas de Capital” – R$1.750,00.</p><p>2. Transferência da depreciação acumulada:</p><p>D – “Depreciação Acumulada” – R$2.040,00.</p><p>C – “Computadores” – R$2.040,00.</p><p>3. Baixa do valor contábil do bem:</p><p>D – “Ganhos ou Perdas de Capital” – R$1.360,00.</p><p>C – “Computadores” – R$1.360,00.</p><p>4. Transferência do ganho de Capital para a conta apropriada:</p><p>D – “Ganhos ou Perdas de Capital” – R$390,00</p><p>C – “Ganhos na Baixa de Bens do Ativo Imobilizado” – R$390,00</p><p>Contabilização sem adoção da conta transitória</p><p>Nesta opção, o lucro ou prejuízo é diretamente registrado nas contas relacio-</p><p>nadas, sem a necessidade de uma conta transitória. Os lançamentos contábeis</p><p>envolvem a baixa do valor contábil do ativo e o registro do valor da venda,</p><p>com o lucro ou prejuízo transferido diretamente para a conta apropriada.</p><p>Vamos novamente fazer uso no exemplo anterior para veri�car como �cariam</p><p>os lançamentos:</p><p>1. Apuração do valor contábil do bem:</p><p>D – “Depreciação Acumulada” – R$2.040,00</p><p>C – “Computadores” – R$2.040,00</p><p>2. Registro do valor da venda e consequente lucro:</p><p>D – “Caixa” – R$1.750,00</p><p>C – “Diversos” Computadores – R$1.360,00</p><p>C – “Ganhos na baixa de bens do Ativo Imobilizado” – R$390,00</p><p>Ambas as opções de contabilização são válidas, mas a escolha entre elas de-</p><p>pende da preferência da empresa e das práticas contábeis adotadas.</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Dê uma pausa em seus estudos e assista atentamente ao vídeo do Prof.</p><p>Ricardo Haase, disponível no Canal Tec Concursos, intitulado Aula de</p><p>Ativos Intangíveis (https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY).</p><p>Com ele, você ampliará seu entendimento sobre o conceito de Ativo</p><p>Intangível, seus requisitos, identi�cação, a diferença entre Ativo</p><p>Intangível e Goodwill, custos diretamente atribuídos, vida útil e Ativos</p><p>Intangíveis gerados internamente.</p><p>Antes de prosseguir ao próximo tópico, no qual estudaremos o Ativo</p><p>Realizável a Longo Prazo, responda a mais uma questão:</p><p>5. Realizável a longo prazo</p><p>O Realizável a Longo Prazo compreende todos os itens que serão transforma-</p><p>dos em dinheiro em um ou de acordo com o ciclo</p><p>operacional predominante da empresa. Em outras palavras, são recursos que</p><p>a empresa espera receber em um prazo mais estendido, em contraste com os</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=qiIMybFbCVY</p><p>recebíveis de curto prazo, que são esperados em um horizonte temporal mais</p><p>imediato (MARION, 2022).</p><p>Um exemplo concreto dessa situação é quando uma empresa vende um imóvel e espera re-</p><p>ceber o pagamento em parcelas ao longo de cinco anos. Nesse caso, o valor total a ser rece-</p><p>bido não será obtido de forma imediata, mas, sim, ao longo de um período estendido, ultra-</p><p>passando um ano. Portanto, essa conta a receber pela venda do imóvel será classi�cada co-</p><p>mo parte do Realizável a Longo Prazo no Balanço Patrimonial da empresa. Isso re�ete a na-</p><p>tureza do negócio e os prazos de recebimento associados a essa transação especí�ca.</p><p>A contabilização do Realizável a Longo Prazo envolve a classi�cação adequa-</p><p>da dos valores que se enquadram nessa categoria no Balanço Patrimonial da</p><p>empresa. Ao registrar os recebíveis de longo prazo, a empresa deve identi�car</p><p>claramente quais itens serão realizados em um período superior a um ano e</p><p>separá-los dos recebíveis de curto prazo. Isso permite uma apresentação mais</p><p>precisa da saúde �nanceira da empresa e uma melhor avaliação de sua capa-</p><p>cidade de cumprir obrigações no longo prazo.</p><p>No vídeo a seguir, exempli�caremos, de forma prática, como é feita a contabi-</p><p>lização do Realizável a Longo Prazo:</p><p>Como você pôde perceber, a correta contabilização do Realizável a Longo</p><p>Prazo é essencial para garantir a transparência e a precisão das demonstra-</p><p>ções �nanceiras da empresa.</p><p>Uma classi�cação inadequada dos recebíveis pode distorcer a percepção dos</p><p>stakeholders sobre a saúde �nanceira da empresa e comprometer a tomada de</p><p>decisão.</p><p>Portanto, as empresas devem seguir as normas contábeis e os princípios con-</p><p>tábeis geralmente aceitos ao contabilizar o Realizável a Longo Prazo, garan-</p><p>tindo a conformidade com os padrões contábeis e a transparência nas infor-</p><p>mações �nanceiras apresentadas.</p><p> Entenda mais sobre os Ativos de Longo Prazo!</p><p>No artigo de Bravo, Santana e Sarquis (2023), intitulado A incidência de</p><p>impairment de Ativos Não Circulantes diante da crise da COVID-19</p><p>(https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt),</p><p>é investigado o impacto da crise da COVID-19 na incidência de impair-</p><p>ment de Ativos Não Circulantes em empresas brasileiras. Utilizando uma</p><p>amostra de 383 companhias abertas no período de 2016 e 2020, a pesqui-</p><p>sa encontrou uma relação signi�cativa entre a crise e o aumento do im-</p><p>pairment, especialmente em Ativos Intangíveis. Os resultados destacam</p><p>a importância de considerar os efeitos de crises como a COVID-19 na con-</p><p>tabilização de Ativos de Longo Prazo e fornecem insights relevantes para</p><p>investidores e gestores empresariais na tomada de decisão.</p><p>Para encerrar nossos estudos, responda à última questão:</p><p>6. Considerações �nais</p><p>Neste ciclo de estudos, exploramos os conceitos essenciais relacionados às</p><p>operações com Ativos Não Circulantes, desde a contabilização de Ativos</p><p>Intangíveis até os métodos de depreciação, amortização e exaustão.</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/rcf/a/DYwKVvmw488gnPKK9cnZktx/?lang=pt</p><p>Compreendemos a importância de cada um desses processos na gestão �nan-</p><p>ceira e contábil das empresas, assim como seu impacto nas demonstrações �-</p><p>nanceiras.</p><p>Ao longo deste ciclo, também discutimos a recuperabilidade e os ganhos ou</p><p>perdas de capital, destacando a necessidade de avaliação constante dos ativos</p><p>e a importância de reconhecer eventuais perdas por desvalorização. Além dis-</p><p>so, exploramos o conceito de Ativo Recuperável a Longo Prazo (RLP) e sua re-</p><p>levância na gestão patrimonial das empresas.</p><p>À medida que nos despedimos deste ciclo e, consequentemente, desta nossa</p><p>disciplina, é importante reconhecer quão longe chegamos e o quanto aprende-</p><p>mos juntos. Cada tópico abordado contribuiu para expandir nossos conheci-</p><p>mentos e aprimorar nossas habilidades na área da Contabilidade Comercial.</p><p>Embora este ciclo esteja terminando, o aprendizado não para por aqui. O co-</p><p>nhecimento adquirido continuará a nos acompanhar em nossa jornada pro�s-</p><p>sional, capacitando-nos para enfrentar desa�os futuros e buscar oportunida-</p><p>des de crescimento.</p><p>É com gratidão que encerramos este ciclo, celebrando o progresso alcançado e</p><p>os insights adquiridos. Que as lições apreendidas aqui nos inspirem a buscar a</p><p>excelência em nossa prática de trabalho e a explorar novos horizontes em</p><p>nosso campo de atuação.</p><p>Desejamos a você ótimos estudos!</p><p>realizada nas contas, mas, sim, o saldo �nal</p><p>delas no período de fechamento.</p><p>Depois de aprender sobre os livros contábeis, convidamos você a fazer uma</p><p>pausa e testar seus conhecimentos, respondendo a uma pergunta sobre como</p><p>os registros ajudam a entender as transações comerciais.</p><p>Para concluir este tópico, é importante ressaltar que os registros contábeis de-</p><p>sempenham um papel fundamental não apenas na compreensão do histórico</p><p>�nanceiro da empresa, mas também na orientação para tomada de decisão.</p><p>Dando sequência aos nossos estudos, no próximo tópico, passaremos à classi-</p><p>�cação dos livros de escrituração.</p><p>3. Classi�cação dos livros de escrituração</p><p>Conforme comentamos no início deste ciclo, a escrituração, na Contabilidade,</p><p>refere-se ao ato de registrar as transações �nanceiras que aconteceram na</p><p>empresa em determinado período. Observamos, também, que os livros obriga-</p><p>tórios para as empresas comerciais têm �nalidades e métodos de organização</p><p>distintos entre si.</p><p>A classi�cação dos livros de escrituração contábil é fundamental para com-</p><p>preender sua relevância e aplicação. De acordo com Ribeiro (2017), eles são</p><p>classi�cados quanto à sua utilidade, natureza e �nalidade.</p><p>Quanto à utilidade</p><p>No que se refere à sua utilidade, esses livros podem ser divididos em duas ca-</p><p>tegorias: os e os . Os principais são aqueles utilizados de</p><p>forma regular e diária na empresa. Os auxiliares, por sua vez, são utilizados de</p><p>forma esporádica, em situações pontuais.</p><p>Na categoria dos principais, estão os , os quais, como já</p><p>vimos, são utilizados diariamente, para registrar as movimentações �nancei-</p><p>ras. Já na categoria dos auxiliares, encontram-se os livros destinados a even-</p><p>tos especí�cos e que fornecem suporte aos livros principais. Geralmente, esses</p><p>livros são facultativos, e não há exigência legal para a sua manutenção, mas</p><p>eles podem ser essenciais para um controle mais detalhado da empresa.</p><p>Exemplos incluem o e o (RIBEIRO, 2017).</p><p>Um livro auxiliar exigido pela legislação comercial é o</p><p>, conforme previsto na Lei nº 5.474/1968.</p><p>Quanto à natureza</p><p>Nesta classi�cação, as categorias dividem-se em cronológicas e sistemáticas.</p><p>Os seguem uma ordem temporal, registrando eventos por</p><p>dia, mês e ano. Atualmente, a legislação estipula que todos os livros de escri-</p><p>turação comercial devem seguir essa natureza (RIBEIRO, 2017). Por outro lado,</p><p>os são destinados a eventos de mesma natureza. Por</p><p>exemplo, no Livro Caixa, são encontrados somente os registros de entradas e</p><p>saídas de dinheiro. Da mesma forma, o Livro Registro de Duplicatas é destina-</p><p>do a registrar as duplicatas recebidas e emitidas pela empresa.</p><p>Quanto à �nalidade</p><p>A última classi�cação dos livros de escrituração é quanto à sua �nalidade,</p><p>dividindo-os em obrigatórios e facultativos.</p><p>Como o próprio nome sugere, os são aqueles que possuem</p><p>exigência legal, enquanto os podem ser utilizados, mas não</p><p>têm uma exigência legal especí�ca. Por exemplo, o Livro Diário e o de Registro</p><p>de Duplicatas são considerados obrigatórios. Já o grupo dos livros facultativos</p><p>inclui o Livro Caixa e o Livro de Controle de Contas a Pagar (RIBEIRO, 2017).</p><p>Para proporcionar uma visão mais clara, preparamos um quadro resumido da</p><p>classi�cação dos livros de escrituração contábil, dividindo-os entre obrigatóri-</p><p>os e auxiliares e classi�cando de acordo com sua utilidade, natureza e �nali-</p><p>dade.</p><p>Classi�cação dos livros de escrituração.</p><p>: elaborado pela autora com base na classi�cação de Ribeiro (2017).</p><p>Essa classi�cação proporciona uma visão abrangente dos diferentes tipos de</p><p>livros de escrituração contábil, bem como evidencia seus propósitos e as exi-</p><p>gências legais associadas. Por exemplo, é possível deduzir que o Livro Diário</p><p>se classi�ca como principal, cronológico e obrigatório. Já o Livro Caixa é um</p><p>livro auxiliar, sistemático e facultativo.</p><p>Diante da organização dos livros de escrituração, surge um questionamento:</p><p>Qual o impacto da classi�cação desses livros, seja por utilidade, seja por natu-</p><p>reza, seja por �nalidade, na gestão �nanceira de uma empresa?</p><p>Ao explorar essa interconexão, podemos compreender melhor a função espe-</p><p>cí�ca de cada livro e como a sua aplicação estratégica pode contribuir para</p><p>um controle mais e�ciente. Imagine um cenário em que a classi�cação dos li-</p><p>vros é negligenciada: Como isso afetaria a precisão e a praticidade na análise</p><p>das transações �nanceiras?</p><p>Certamente, o conhecimento adquirido até aqui é essencial, pois a falta de cla-</p><p>reza na gestão das �nanças diárias pode levar a complicações e di�culdades</p><p>na análise das movimentações empresariais, comprometendo a e�cácia do</p><p>controle �nanceiro.</p><p> Aprofunde seus conhecimentos sobre escrituração contábil!</p><p>Antes de prosseguir para o próximo tópico, no qual estudaremos as ope-</p><p>rações de abertura de uma empresa comercial, recomendamos que você</p><p>assista atentamente ao vídeo Escrituração contábil: 6 características es-</p><p>senciais (https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&</p><p>pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA</p><p>%3D%3D), que aborda a escrituração contábil e sua importância para a</p><p>gestão �nanceira de uma empresa. Vale a pena conferir!</p><p>Para �xar esses conhecimentos, tente responder a mais uma questão:</p><p>4. Operações de abertura (Empresa Individual,</p><p>Sociedade, Sociedade Anônima, Sociedade em</p><p>Nome Coletivo)</p><p>Neste tópico, você vai aprender como funcionam os registros contábeis relaci-</p><p>onados à constituição dos diferentes tipos de empresas comerciais. Desde em-</p><p>preendimentos individuais até Sociedades Anônimas, cada categoria de em-</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>https://m.youtube.com/watch?v=FrVaZ_MdN2Y&pp=ygUibGl2cm9zIGRlIGVzY3JpdHVyYcOnw6NvIGNvbnTDoWJpbA%3D%3D</p><p>presa demanda registros contábeis especí�cos para sua constituição.</p><p>Portanto, compreender essas contabilizações é fundamental tanto para conta-</p><p>dores quanto para empreendedores, bem como a todas as partes interessadas</p><p>em compreender o processo de abertura e legalização de empresas.</p><p>Antes de iniciar este assunto, vamos relembrar algumas informações impor-</p><p>tantes sobre Contabilidade. Conforme aprendemos anteriormente, os registros</p><p>contábeis das empresas são efetuados por meio de lançamentos a débito e a</p><p>crédito, seguindo o regime contábil de competência nos livros contábeis. Esse</p><p>procedimento é denominado “escrituração”.</p><p>Então, lembre-se de que, toda vez que ocorre um evento na empresa, é neces-</p><p>sário registrá-lo nos livros contábeis, incluindo detalhes como data, descrição</p><p>do evento e movimentação realizada a débito e a crédito</p><p>nas respectivas con-</p><p>tas.</p><p>Agora, você vai aprender como devem ser realizados os lançamentos iniciais</p><p>das empresas, ou seja, como registrar contabilmente sua abertura. Para isso,</p><p>os lançamentos serão categorizados de acordo com o tipo de empresa. Vamos</p><p>começar?</p><p>Empresa Individual</p><p>A abertura de uma Empresa Individual é o processo pelo qual um único indi-</p><p>víduo estabelece e registra o seu negócio (RIBEIRO, 2017). De acordo com o</p><p>Código Civil (2002), no artigo 966, o empresário individual é de�nido como al-</p><p>guém que exerce pro�ssionalmente uma atividade econômica organizada pa-</p><p>ra a produção ou circulação de bens ou serviços. Em resumo, ele é responsável</p><p>por conduzir uma atividade econômica por conta própria, assumindo respon-</p><p>sabilidade pessoal pelos resultados dessa atividade, o que signi�ca responder</p><p>por todas as questões relacionadas ao negócio e por quaisquer problemas que</p><p>possam surgir. Então, basicamente, trata-se de uma pessoa que trabalha de</p><p>forma independente para obter lucro e é responsável por todos os aspectos</p><p>desse empreendimento.</p><p>Nesse caso, o empreendedor assume pessoalmente todas as responsabilida-</p><p>des da empresa, abrangendo dívidas e obrigações legais. Os primeiros regis-</p><p>tros contábeis de uma Empresa Individual geralmente envolvem a capitaliza-</p><p>ção do negócio pelo proprietário, que pode ser realizada por meio de dinheiro</p><p>somente ou por meio de dinheiro e bens e direitos (RIBEIRO, 2017).</p><p>Para compreender melhor, acompanhe o exemplo a seguir:</p><p> Abertura de Empresa Individual na prática!</p><p>Tomás constituiu uma Empresa Individual e registrou a petição na Junta</p><p>Comercial do Estado de São Paulo. A empresa de Tomás é uma loja de</p><p>roupas, e ele investiu R$70.000,00 em dinheiro próprio na sua constitui-</p><p>ção. O lançamento contábil para essa operação é o seguinte:</p><p>D – “Caixa” (ou Bancos): R$70.000,00</p><p>C – “Capital Social” (ou Conta Capital): R$70.000,00</p><p>Esse lançamento representa o aumento do ativo da empresa (Caixa ou</p><p>Bancos) e o aumento do Patrimônio Líquido (Capital Social), re�etindo a</p><p>entrada de recursos do proprietário.</p><p>Além do investimento de R$70.000,00 em dinheiro próprio, Tomás deci-</p><p>diu utilizar um imóvel como parte do capital inicial da empresa. O imó-</p><p>vel foi avaliado em R$150.000,00. O lançamento contábil para essa opera-</p><p>ção �ca da seguinte forma:</p><p>D – “Imóveis”: R$150.000,00</p><p>D – “Caixa” (ou Bancos): R$70.000,00</p><p>C – “Capital Social” (ou Conta Capital): R$220.000,00</p><p>Nesse registro contábil, ao debitar a conta de “Imóveis”, reconhecemos a</p><p>entrada do bem no patrimônio da empresa pelo seu valor justo, ou seja,</p><p>R$150.000,00. Esse valor representa o custo do imóvel para a empresa e</p><p>será re�etido no Balanço Patrimonial como um Ativo Não Circulante.</p><p>Ao debitar também a conta de “Caixa” ou “Bancos”, estamos reconhecen-</p><p>do o investimento em dinheiro próprio de R$70.000,00, que aumenta os</p><p>recursos �nanceiros disponíveis para a empresa.</p><p>Por �m, ao creditar a conta de “Capital Social” ou “Conta Capital”, esta-</p><p>mos registrando o aumento do Patrimônio Líquido da empresa em</p><p>R$220.000,00. Esse valor re�ete a soma do investimento em dinheiro</p><p>(R$70.000,00) e do valor do imóvel (R$150.000,00), representando a contri-</p><p>buição total de Tomás para o capital inicial da empresa.</p><p>Esse lançamento contábil representa, de forma clara e precisa, os recur-</p><p>sos investidos por Tomás no início das operações da empresa, tanto em</p><p>dinheiro quanto em bens, e seu impacto nos registros contábeis iniciais</p><p>da empresa.</p><p>Sociedades</p><p>De acordo com Ribeiro (2017), ao estabelecerem uma sociedade, duas ou mais</p><p>pessoas se unem para criar um empreendimento conjunto. Há diferentes tipos</p><p>de sociedades, e sua constituição geralmente ocorre por meio de um docu-</p><p>mento denominado – exceto as Sociedades Anônimas, que</p><p>são constituídas por estatutos.</p><p>Neste tópico, você aprenderá sobre as operações de abertura de Sociedades</p><p>por Quotas de Responsabilidade Limitada, Sociedades Anônimas e Sociedades</p><p>em Nome Coletivo.</p><p>Vamos começar?</p><p>Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada</p><p>Os primeiros registros contábeis para uma sociedade incluem a contribuição</p><p>de capital pelos sócios e a elaboração do Contrato Social. Na Sociedade por</p><p>Quotas de Responsabilidade Limitada, conforme estabelecido no artigo 1.052</p><p>do Código Civil, a responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor das cotas,</p><p>porém, na integralização do capital, todos os sócios respondem solidariamen-</p><p>te (RIBEIRO, 2017).</p><p>Acompanhe o exemplo a seguir para entender melhor esse tipo de sociedade:</p><p></p><p>Abertura de empresa de Sociedade por Quotas de</p><p>Responsabilidade Limitada</p><p>Maria Santos e Luiz Pereira decidiram estabelecer uma Sociedade por</p><p>Quotas de Responsabilidade Limitada para atuar no setor de alimentos</p><p>saudáveis, sob o nome “Santos & Pereira Alimentação Ltda.”, com um</p><p>Capital Inicial de R$180.000,00. O capital foi dividido igualmente entre</p><p>eles, em 180 quotas de R$1.000,00 cada, todas integralizadas em dinheiro.</p><p>Após o registro na Junta Comercial, feito em 20/03, sob o número 30.500,</p><p>Maria e Luiz abriram uma conta bancária no Banco Nutrição S/A, efetu-</p><p>ando o depósito do montante total do capital subscrito. O depósito foi efe-</p><p>tuado na conta de número 350-85236, com o recibo de depósito número</p><p>060, datado de 15/03.</p><p>O lançamento contábil �cou da seguinte forma:</p><p>D – “Banco” (ou Caixa): R$180.000,00</p><p>C – “Capital Social” (Maria): R$90.000,00</p><p>C – “Capital Social” (Luiz): R$90.000,00</p><p>Essa contabilização representa a entrada do capital na empresa, eviden-</p><p>ciando os recursos �nanceiros disponíveis para iniciar as operações,</p><p>além de resultar no aumento do Patrimônio Líquido da empresa pelo va-</p><p>lor das quotas subscritas pelos sócios.</p><p>Sociedade Anônima</p><p>As Sociedades Anônimas são empresas reguladas pela Lei nº 6.404/1976. Seu</p><p>processo de abertura envolve a emissão de ações para os acionistas, cuja res-</p><p>ponsabilidade é limitada ao valor dessas ações. Isso signi�ca que o patrimô-</p><p>nio pessoal dos acionistas não �ca em risco além do valor das ações que pos-</p><p>suem.</p><p>A constituição de uma Sociedade Anônima pode ocorrer de duas maneiras:</p><p>por , na qual as ações são oferecidas ao público em geral,</p><p>ou por , na qual as ações são inicialmente adquiridas por</p><p>um grupo limitado de investidores (RIBEIRO, 2017). Em ambos os casos, o obje-</p><p>tivo é o mesmo: levantar capital para �nanciar as operações da empresa e per-</p><p>mitir a participação de investidores na propriedade e nos lucros.</p><p>Os registros contábeis iniciais para uma Sociedade Anônima incluem a subs-</p><p>crição e a integralização do Capital Social. Quando uma Sociedade Anônima</p><p>emite ações para levantar capital, os investidores interessados subscrevem (se</p><p>comprometem a comprar) essas ações e, em seguida, integralizam (pagam) o</p><p>valor das ações subscritas. No exemplo a seguir, você entenderá melhor essa</p><p>dinâmica. Acompanhe!</p><p> Constituição de uma Sociedade Anônima</p><p>Uma S/A emitiu 1.000 ações no valor de R$10,00 cada, das quais 80% fo-</p><p>ram subscritas e integralizadas pelos acionistas, resultando em um</p><p>Capital Social autorizado de R$10.000,00 (1.000 ações x R$10,00 cada).</p><p>Dessa forma, apenas 80% desse capital autorizado foi de fato comprome-</p><p>tido e pago pelos acionistas, totalizando R$8.000,00.</p><p>O lançamento contábil �cou da seguinte forma:</p><p>D – “Caixa” (ou Bancos): R$8.000,00</p><p>C – “Capital Social Subscrito”: R$8.000,00</p><p>Esse lançamento representa o aumento do ativo da empresa (Caixa ou</p><p>Bancos) e o aumento do Patrimônio Líquido (Capital Social subscrito). O</p><p>lançamento contábil foi de R$8.000,00, e não de R$10.000,00, porque re-</p><p>presenta apenas a parte efetivamente subscrita e integralizada pelos aci-</p><p>onistas, correspondendo a 80% do capital autorizado. Os R$2.000,00 res-</p><p>tantes representam as ações não subscritas e, portanto, não foram regis-</p><p>tradas como entrada de Caixa ou como aumento do Capital Social subs-</p><p>crito.</p><p>Sociedade em Nome Coletivo</p><p>Conforme estabelecido no artigo 1.039 do Código Civil, uma Sociedade em</p><p>Nome Coletivo é uma forma de parceria na qual os sócios têm</p><p>responsabilida-</p><p>de ilimitada pelas obrigações da empresa. Isso signi�ca que, em caso de dívi-</p><p>das ou obrigações da empresa, os sócios são pessoalmente responsabilizados,</p><p>com seus próprios bens para cobri-las.</p><p>Os registros contábeis iniciais para uma Sociedade em Nome Coletivo são se-</p><p>melhantes aos de uma Sociedade Simples, abrangendo a contribuição de capi-</p><p>tal pelos sócios. Esses registros re�etem o momento em que os sócios inves-</p><p>tem recursos na empresa para iniciar suas operações (RIBEIRO, 2017).</p><p>Vamos a um exemplo?</p><p> Contabilização de abertura de empresa em nome coletivo</p><p>José e Maria decidiram abrir uma padaria em nome coletivo, e cada um</p><p>investiu R$20.000,00. O lançamento contábil �cou da seguinte forma:</p><p>D – “Caixa” (ou Bancos): R$40.000,00</p><p>C – “Capital Social” de José: R$20.000,00</p><p>C – “Capital Social de Maria”: R$20.000,00</p><p>Esse lançamento representa o aumento do ativo da empresa (Caixa ou</p><p>Bancos) e o aumento do Patrimônio Líquido (Capital Social), indicando a</p><p>entrada de recursos pelos sócios para �nanciar o início das operações do</p><p>negócio.</p><p>Agora, uma questão para re�exão: Como os diferentes modelos de sociedade e</p><p>as práticas contábeis associadas podem impactar as decisões de investimen-</p><p>to, governança e gestão empresarial? Re�etir sobre isso permitirá uma visão</p><p>mais ampla, indo além dos números, e uma compreensão mais profunda do</p><p>papel essencial da Contabilidade no mundo dos negócios.</p><p>Compreender os diversos tipos de sociedades empresariais e os procedimen-</p><p>tos contábeis relacionados a elas é fundamental. Cada forma societária, seja</p><p>Sociedade Anônima, seja Sociedade em Nome Coletivo, seja Sociedade por</p><p>Quotas de Responsabilidade Limitada, apresenta características especí�cas</p><p>que in�uenciam tanto a contabilidade quanto a gestão das empresas.</p><p> Entenda mais sobre a constituição das Sociedades Anônimas!</p><p>No artigo de Pereira et al. (2021), intitulado Constituição das Sociedades</p><p>Anônimas (https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/vi-</p><p>ew/2140), é feita uma análise e descrição do processo de formação desse</p><p>tipo de sociedade, utilizando como exemplo a trajetória da empresa</p><p>Apple, retratada no �lme Jobs. Desfrute da leitura do artigo e absorva o</p><p>conhecimento que será compartilhado!</p><p>Agora que você compreendeu os diferentes tipos de sociedade e as operações</p><p>de abertura de empresas, é hora de testar seus conhecimentos sobre esse as-</p><p>sunto. Para tanto, tente responder às seguintes questões:</p><p>No próximo tópico, discutiremos a relação existente entre diferentes unidades</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>https://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/view/2140</p><p>empresariais, examinando como essas unidades se relacionam, operam e são</p><p>estruturadas dentro de uma organização.</p><p>5. Matriz e �lial</p><p>Após o estudo das operações de abertura de empresas e dos diferentes tipos de</p><p>sociedades, é chegado o momento de expandir nossos conhecimentos para</p><p>entender melhor como essas empresas podem se organizar e se estruturar.</p><p>Neste contexto, compreender o conceito e as diferenças entre matriz e �lial</p><p>são questões fundamentais; portanto, vamos explorar como as relações entre</p><p>essas unidades empresariais são estabelecidas e como elas in�uenciam o fun-</p><p>cionamento e a expansão das organizações.</p><p>, responsável pela gestão e controle das ativi-</p><p>dades, enquanto , localizada em uma área ge-</p><p>ográ�ca diferente, operando de forma autônoma, mas ainda vinculada à ma-</p><p>triz. Iudícibus e Marion (2019, p. 420) explicam que “a �lial é uma entidade</p><p>acessória dependente de outro estabelecimento” e acrescentam que, quando</p><p>uma empresa possui �liais, é fundamental que ela apresente tanto relatórios</p><p>contábeis individuais para cada �lial quanto um relatório geral para a empre-</p><p>sa como um todo. Essa prática é essencial para que a administração possa re-</p><p>alizar análises detalhadas sobre as operações e os custos e planejar estrategi-</p><p>camente as operações futuras.</p><p>Os relatórios individuais de cada �lial funcionam como um “raio X”, oferecen-</p><p>do uma visão clara e especí�ca das atividades e do desempenho de cada uni-</p><p>dade. Isso signi�ca que cada �lial se torna um centro de responsabilidade, ca-</p><p>paz de monitorar e avaliar seu próprio desempenho de forma autônoma</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Por exemplo, se uma empresa possui �liais em di-</p><p>ferentes cidades, cada �lial terá seu próprio relatório contábil, no qual serão</p><p>registrados seus lucros, prejuízos, receitas e despesas.</p><p></p><p>Antes de aprender sobre a contabilização das operações das �li-</p><p>ais, que tal entender melhor as diferenças entre elas?</p><p>Para isso, assista ao vídeo Matriz e �lial: quais são as diferenças?</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>(https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym). Por meio dele,</p><p>você vai entender como são feitas as decisões nessas estruturas de negó-</p><p>cios.</p><p>Quanto à contabilização das operações realizadas pelas �liais, existem duas</p><p>abordagens possíveis: centralizada e descentralizada (IUDÍCIBUS; MARION,</p><p>2019).</p><p>Na , todas as transações �nanceiras das �liais são re-</p><p>gistradas e processadas em um único local, geralmente na matriz da empresa.</p><p>Esse tipo de abordagem é muito comum em empresas com grande número de</p><p>�liais, como é o caso dos bancos.</p><p>Agora, imagine uma rede de lojas de roupas com �liais em várias cidades. Na</p><p>abordagem centralizada, todas as vendas, compras e outras transações �nan-</p><p>ceiras de todas as �liais seriam registradas e processadas na sede da empre-</p><p>sa.</p><p>Já na , cada �lial é responsável por registrar e pro-</p><p>cessar suas próprias transações �nanceiras de forma independente. No en-</p><p>tanto, é recomendável manter a uniformidade no plano de contas e nos critéri-</p><p>os contábeis entre a matriz e suas �liais (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Na prática contábil, é comum que a matriz de uma empresa mantenha um</p><p>controle detalhado do �uxo de bens entre ela e suas �liais. Para isso, é criada</p><p>uma conta especí�ca no Plano de Contas da matriz, denominada</p><p>, na qual são registradas todas as transações de entrada e saí-</p><p>da de bens entre a matriz e essa �lial especí�ca (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p>Da mesma forma, para garantir a efetividade desse controle, a �lial deve man-</p><p>ter uma conta correspondente, que substituirá a conta de capital, e será deno-</p><p>minada, normalmente, de . Essa conta, na �lial, age</p><p>como um re�exo da conta na matriz, registrando todas as transações relacio-</p><p>nadas aos bens que circulam entre ambas.</p><p>Por exemplo, quando a matriz envia mercadorias para a �lial X, esse envio é</p><p>registrado na conta Filial X – Conta-Corrente na matriz, como uma saída de</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>https://youtu.be/wt3G57JQqaA?si=3sOeD_LotjPCD9ym</p><p>mercadorias, e, simultaneamente, na conta Matriz – Conta-Corrente na �lial,</p><p>como uma entrada correspondente de mercadorias. Essa prática permite um</p><p>controle preciso do estoque e dos ativos em trânsito entre a matriz e suas �li-</p><p>ais, promovendo uma gestão e�ciente e transparente dos recursos da empresa.</p><p>Resumidamente, os relatórios contábeis individuais das �liais e a decisão en-</p><p>tre uma abordagem centralizada ou descentralizada na contabilização das</p><p>operações são aspectos cruciais da organização contábil de empresas com vá-</p><p>rias unidades.</p><p>Que tal agora você testar sua aprendizagem sobre matrizes e �liais? Para isso,</p><p>tente responder à questão a seguir.</p><p>Para enriquecer ainda mais o seu aprendizado, criamos um vídeo especial-</p><p>mente para você! Nele, você terá a oportunidade de explorar, de forma prática,</p><p>os registros contábeis relacionados à abertura de uma empresa comercial,</p><p>compreendendo melhor o papel crucial que desempenham na gestão �nan-</p><p>ceira dessas organizações. Assista ao vídeo para visualizar como esses regis-</p><p>tros são feitos corretamente.</p><p>Após o vídeo, certamente você pôde compreender a importância desses regis-</p><p>tros desde o início do empreendimento!</p><p>Ainda tem dúvidas? Não se preocupe, pois, nos próximos ciclos de aprendiza-</p><p>gem, detalharemos mais atividades relacionadas às empresas comerciais,</p><p>abrangendo desde a aquisição de estoques até registros de bens adquiridos e</p><p>vendas efetuadas, entre outros aspectos.</p><p>Para �nalizar seus estudos neste ciclo, tente responder à última questão, para</p><p>veri�car se realmente assimilou o conteúdo até aqui apresentado.</p><p>6. Considerações</p><p>Durante este ciclo, exploramos os conceitos fundamentais relacionados à</p><p>constituição de empresas comerciais, ampliando nossa compreensão não</p><p>apenas sobre a importância dos diferentes livros contábeis na gestão empre-</p><p>sarial, mas também sobre as operações especí�cas envolvidas na abertura de</p><p>diferentes tipos de empresas. Além disso, adquirimos conhecimentos essenci-</p><p>ais sobre a estrutura organizacional empresarial, incluindo a distinção entre</p><p>matriz e �lial, e as nuances associadas aos diversos tipos de sociedades. Essa</p><p>base sólida nos prepara para avançar ao próximo ciclo, no qual exploraremos</p><p>detalhadamente as operações relacionadas às mercadorias, um aspecto cruci-</p><p>al para a gestão �nanceira e contábil das empresas comerciais.</p><p>No próximo ciclo, nosso foco estará nas operações com mercadorias, aprofun-</p><p>dando o entendimento sobre as transações comerciais que sustentam as ativi-</p><p>dades empresariais. Você aprenderá questões como compra, venda, gestão de</p><p>estoque, custo das mercadorias vendidas e outras operações fundamentais re-</p><p>lacionadas ao �uxo de produtos dentro do ambiente empresarial.</p><p>Espero você no próximo ciclo. Até lá!</p><p>(https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-</p><p>ago-2024-grad-ead/)</p><p>Ciclo 2 – Atividades das Empresas Comerciais</p><p>Objetivos</p><p>• Compreender como funcionam as atividades das empresas comerciais.</p><p>• Compreender como o registro das operações com mercadorias deve ser</p><p>feito.</p><p>• Conhecer os principais tributos envolvidos nas operações com mercado-</p><p>rias.</p><p>Conteúdos</p><p>• Operações com mercadorias.</p><p>• Registro das operações com mercadorias.</p><p>• Compra e venda de mercadorias.</p><p>• Principais tributos nas operações com mercadorias.</p><p>Problematização</p><p>Qual a importância das operações com mercadorias na contabilidade das em-</p><p>presas comerciais? De que forma a correta apuração do resultado com merca-</p><p>dorias pode in�uenciar na tomada de decisões estratégicas e no desempenho</p><p>�nanceiro de uma empresa comercial? Como a compreensão dos métodos e</p><p>sistemas de contabilização auxilia na escolha mais adequada para o controle</p><p>das operações de compra e venda e, consequentemente, na saúde �nanceira</p><p>do negócio? De que forma o registro adequado das operações de compra e ven-</p><p>da de mercadorias in�uencia na precisão dos registros contábeis e na de-</p><p>monstração dos resultados �nanceiros? Como os principais tributos inciden-</p><p>tes sobre as operações comerciais, como ICMS, IPI e PIS/COFINS, afetam os</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>https://md.claretiano.edu.br/concom-g00406-ago-2024-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2079&action=edit</p><p>custos e preços de venda das mercadorias? Como a correta contabilização dos</p><p>tributos nas operações comerciais impacta na margem de lucro e na competi-</p><p>tividade das empresas no mercado?</p><p>Orientações para o estudo</p><p>Este ciclo de estudos proporcionará a você uma compreensão abrangente das</p><p>atividades das empresas comerciais, com foco nas operações com mercadori-</p><p>as e principais tributos envolvidos. Durante o estudo, você terá a oportunidade</p><p>de explorar os processos de compra e venda de mercadorias, os diversos siste-</p><p>mas e métodos possíveis para contabilização, além de compreender o registro</p><p>contábil dessas operações.</p><p>Para aproveitar ao máximo, recomendamos que você se dedique à leitura</p><p>atenta dos materiais fornecidos, analisando os exemplos apresentados, bus-</p><p>cando recursos complementares, re�etindo sobre o conteúdo e praticando a</p><p>aplicação dos conceitos. Ao seguir essas orientações, você estará preparado(a)</p><p>para aplicar os princípios fundamentais da Contabilidade Comercial e das</p><p>operações empresariais.</p><p>Desejamos ótimos estudos!</p><p>1. Introdução</p><p>Ao iniciarmos este novo ciclo de estudos, é importante retomar alguns apren-</p><p>dizados anteriores e destacar como eles se relacionam com os temas que se-</p><p>rão agora abordados.</p><p>No ciclo anterior, exploramos a constituição de empresas e os também os li-</p><p>vros contábeis, que são importantes ferramentas para o registro da história �-</p><p>nanceira de uma empresa. Esses temais não serão o foco deste ciclo, mas é es-</p><p>sencial compreender como as decisões tomadas durante a constituição da</p><p>empresa, assim como a utilização correta dos livros contábeis, impactam dire-</p><p>tamente as operações comerciais do dia a dia.</p><p>Neste ciclo, nossa atenção estará voltada para as operações essenciais das</p><p>empresas do setor comercial, com destaque para as transações com mercado-</p><p>rias e os principais tributos incidentes nessas atividades, como o ICMS e</p><p>PIS/COFINS. Ao entender como as operações de compra e venda de mercado-</p><p>rias são realizadas e registradas, você terá uma visão mais clara de como os</p><p>registros contábeis são fundamentais para manter a transparência e a confor-</p><p>midade com as normas contábeis.</p><p>Durante o estudo, você terá a oportunidade de contatar exemplos práticos, que</p><p>vão a�nar sua compreensão quanto às operações com mercadorias e os tribu-</p><p>tos envolvidos. Assim, ao �nal deste ciclo, você estará mais preparado(a) para</p><p>aplicar os conceitos aprendidos em cenários reais e tomar decisões �nancei-</p><p>ras mais bem embasadas no contexto das operações comerciais.</p><p>Pronto(a) para explorar mais sobre a Contabilidade Comercial e suas aplica-</p><p>ções práticas? Vamos lá!</p><p>2. Operações com mercadorias</p><p>Neste tópico, vamos abordar o signi�cado</p><p>das operações com mercadorias na</p><p>contabilidade. Esse entendimento é fundamental para você compreender, pos-</p><p>teriormente, o registro contábil dessas operações, que será explorado no tópico</p><p>seguinte.</p><p>Conforme Ribeiro (2017), as compreendem os produtos adquiri-</p><p>dos pelas empresas com o propósito de revenda posterior. Essa categoria pode</p><p>incluir uma ampla variedade de itens, desde alimentos e vestuários até eletrô-</p><p>nicos e mobiliários.</p><p>Por exemplo, uma loja de eletrônicos realiza a compra de smartphones, lap-</p><p>tops e acessórios diretamente dos fabricantes ou distribuidores para, depois,</p><p>comercializá-los aos consumidores �nais. Da mesma forma, um supermerca-</p><p>do adquire uma diversidade de produtos alimentícios e de higiene pessoal pa-</p><p>ra oferecer aos seus clientes. Em ambas as situações, as empresas desempe-</p><p>nham um papel intermediário entre os fabricantes e os consumidores, agre-</p><p>gando valor ao proporcionar conveniência e uma ampla seleção de produtos</p><p>em um único local.</p><p>Ao adquirirem mercadorias para revenda, as empresas levam em considera-</p><p>ção diversos fatores, como as demandas do mercado, as tendências de consu-</p><p>mo e as preferências dos clientes. Para isso, é essencial que gerenciem seus</p><p>estoques de forma e�ciente, garantindo a disponibilidade de produtos su�ci-</p><p>entes para atender à demanda, ao mesmo tempo que evitam excessos que</p><p>possam resultar em perdas �nanceiras decorrentes de produtos encalhados</p><p>ou obsoletos. Portanto, o processo de compra e revenda de mercadorias de-</p><p>sempenha um papel fundamental no funcionamento do sistema econômico,</p><p>estabelecendo a conexão entre produtores e consumidores por meio da ativi-</p><p>dade comercial.</p><p>No âmbito empresarial, as operações com mercadorias ocupam uma posição</p><p>central, sendo essenciais para o funcionamento e o sucesso de uma empresa</p><p>comercial (IUDÍCIBUS; MARION, 2019). Essas operações podem ser divididas,</p><p>basicamente, em duas categorias: e .</p><p>Para que você possa entender melhor, vamos começar explicando o processo</p><p>de compra de mercadorias. Quando uma empresa adquire produtos para re-</p><p>venda, essa transação é registrada como uma . O valor</p><p>pago por essas mercadorias é contabilizado como um custo, que será posteri-</p><p>ormente utilizado para calcular o .</p><p>Por outro lado, temos as vendas de mercadorias. Quando a empresa vende</p><p>seus produtos, essa transação é registrada como uma .</p><p>O valor pelo qual os produtos são vendidos é registrado como</p><p>.</p><p>É importante registrar não apenas o valor da venda, mas também o custo dos</p><p>produtos vendidos, a �m de resultante</p><p>dessa transação. Com essas informações, podemos determinar o</p><p>(também conhecido como “Resultado Bruto”).</p><p>De acordo com Iudícibus e Marion (2019, p. 111), o Resultado com Mercadorias</p><p>desempenha um papel crucial nas �nanças das empresas comerciais, “repre-</p><p>sentando aproximadamente 80% do Resultado Líquido”. Esse indicador é cal-</p><p>culado pela diferença entre o valor das vendas realizadas e o custo das merca-</p><p>dorias vendidas em um determinado período, ou, em outras palavras, o</p><p>Resultado com Mercadorias é obtido pela subtração do custo das mercadorias</p><p>vendidas do total das vendas.</p><p>Esse resultado é fundamental para avaliar o desempenho operacional da em-</p><p>presa, pois re�ete diretamente a e�ciência na gestão das operações de compra</p><p>e venda de mercadorias.</p><p>Quando o é , temos um , en-</p><p>quanto um resultado indica .</p><p>Para calcular o , além do Resultado com Mercadorias, são consideradas</p><p>outras receitas e despesas operacionais.</p><p>A fórmula para calcular o Resultado com Mercadorias (RCM) é a seguinte:</p><p>Por exemplo, se uma empresa realizou vendas no valor de R$100.000,00 du-</p><p>rante o mês e o Custo das Mercadorias Vendidas foi R$60.000,00, então, o cál-</p><p>culo do Resultado com Mercadorias seria:</p><p>Assim, o Resultado com Mercadorias seria de R$40.000,00, signi�cando que a</p><p>empresa obteve um Lucro Operacional Bruto de R$40.000,00 em suas opera-</p><p>ções de compra e venda durante o período especi�cado.</p><p>Além das operações de compra e venda, as empresas devem acompanhar</p><p>seus estoques de mercadorias e garantir produtos su�cientes para atender à</p><p>demanda dos clientes, ao mesmo tempo evitando excessos que possam resul-</p><p>tar em custos adicionais de armazenamento. Esse assunto será detalhado no</p><p>próximo ciclo; por enquanto, seguiremos estudando mais sobre o Resultado</p><p>com Mercadorias, por meio de um exemplo.</p><p>Vamos considerar uma empresa que comercializa roupas: quando essa empresa adquire</p><p>novos itens para adicionar ao seu estoque, essa transação é registrada como compra de</p><p>mercadorias. Por exemplo, se a empresa comprar 100 camisetas por R$10,00 cada, ela regis-</p><p>trará uma compra de R$1.000,00 em mercadorias. Ao vender essas camisetas por R$20,00</p><p>cada, a empresa registrará uma venda de R$2.000,00 em mercadorias. O Custo das</p><p>Mercadorias Vendidas seria calculado com base no custo das 100 camisetas vendidas, ou</p><p>seja, R$1.000,00. Portanto, o Lucro Líquido dessa transação seria R$1.000,00.</p><p>Iudícibus e Marion (2019, p. 111) explicam que as operações com mercadorias</p><p>são o “núcleo da atividade comercial”. Os autores defendem que um sistema</p><p>e�ciente de apuração de resultados nessas operações é crucial, pois permite à</p><p>empresa monitorar suas receitas, custos e lucros relacionados à compra e</p><p>venda de mercadorias.</p><p>Além disso, controles físicos precisos são indispensáveis, para garantir a inte-</p><p>gridade e exatidão dos registros contábeis e ajudar na prevenção de perdas de-</p><p>correntes de erros ou fraudes. Por exemplo, um sistema de gestão de estoque</p><p>e�caz permite à empresa acompanhar o �uxo de mercadorias desde a entrada</p><p>no estoque até a venda ao cliente �nal, garantindo que os produtos estejam</p><p>disponíveis quando necessário e evitando rupturas de estoque que possam</p><p>impactar negativamente as vendas. Portanto, o investimento em sistemas e</p><p>controles sólidos para as operações com mercadorias é fundamental para ga-</p><p>rantir a saúde �nanceira e o sucesso a longo prazo de uma empresa comercial</p><p>(IUDÍCIBUS; MARION, 2019).</p><p> Aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Até o momento, utilizamos exemplos simpli�cados, para você entender</p><p>super�cialmente como as transações comerciais afetam o Resultado</p><p>com Mercadorias. No vídeo intitulado Exercício de Operações com</p><p>Mercadorias (https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms), a</p><p>Prof.ª Camila Sá detalha diversas contas mais complexas envolvidas</p><p>nesses cálculos. Esta é uma oportunidade de se preparar para os conteú-</p><p>dos que virão na sequência, quando adentraremos com profundidade es-</p><p>se conteúdo tão importante para a gestão �nanceira das empresas co-</p><p>merciais.</p><p>Após explorarmos conceitos essenciais sobre as operações com mercadorias,</p><p>é hora de você testar seus conhecimentos. Está pronto(a) para o desa�o?</p><p>Então, tente responder à questão a seguir:</p><p>Em síntese, as operações com mercadorias na Contabilidade Comercial são</p><p>essenciais para o funcionamento e a gestão �nanceira de qualquer empresa</p><p>que comercialize produtos. Ao registrar e controlar cuidadosamente as transa-</p><p>ções de compra e venda de mercadorias, as empresas podem avaliar sua ren-</p><p>tabilidade, tomar decisões embasadas e garantir o sucesso a longo prazo.</p><p>3. Registro das operações com mercadorias</p><p>Neste tópico, você aprenderá como registrar todas as operações relacionadas</p><p>às mercadorias de forma clara e organizada. Desde a compra até a comerciali-</p><p>zação, vamos explicar cada etapa de maneira prática e acessível, para que vo-</p><p>cê possa compreender os conceitos contábeis essenciais deste conteúdo.</p><p>Vamos começar?</p><p>Técnicas e sistemas de contabilização das operações de</p><p>compra e venda de mercadorias das empresas comerciais</p><p>Para realizar o registro das operações de compra e venda de mercadorias,</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>https://youtu.be/mI03EGV-08Y?si=dHTK-E9fBfOlCnms</p><p>Ribeiro (2017) menciona dois métodos e dois sistemas. Primeiramente, vamos</p><p>entender as duas técnicas de registro, que envolvem os métodos de conta mis-</p><p>ta e o de conta desdobrada.</p><p>No , uma única conta é utilizada para registrar tanto as</p><p>mercadorias adquiridas quanto as vendidas. De acordo com Ribeiro (2017), es-</p><p>sa conta pode ser denominada “Mercadorias” ou “ de Mercadorias”.</p><p>Nesse método, como o próprio nome sugere, todas as operações são mistura-</p><p>das em uma única conta. Isso signi�ca que todas as operações, como estoque</p><p>inicial, estoque �nal, compras, vendas, devoluções, entre outras, são registra-</p><p>das na mesma conta. Por exemplo, ao comprar mercadorias por R$1.000,00 e</p><p>vendê-las por R$1.500,00, a conta mista registraria uma entrada de R$1.000,00</p><p>e uma saída de R$1.500,00.</p><p>Já no , são utilizadas contas separadas para re-</p><p>gistrar as mercadorias adquiridas e as vendidas. Assim, há uma conta para o</p><p>“Estoque de Mercadorias” (inicial e �nal), outra para as compras (conta de</p><p>“Compras”) e outra para as vendas (conta de “Vendas”). No exemplo anterior, a</p><p>conta de “Compras” seria debitada em R$1.000,00 e a conta de “Vendas” seria</p><p>creditada em R$1.500,00, ou seja, em registros separados. Além disso, se julgar</p><p>necessário, a empresa pode abrir mais contas, como a de “Devolução de</p><p>Compras” e a de “Devolução de Vendas” (RIBEIRO, 2017).</p><p>Para reforçar sua compreensão sobre a diferença entre os métodos de conta</p><p>mista e conta desdobrada, vamos analisar mais um exemplo, agora utilizando</p><p>razonetes.</p><p>Suponha que uma empresa compre mercadorias por R$2.000,00 e, em seguida,</p><p>venda essas mercadorias por R$3.000,00. Na conta mista, uma única conta se-</p><p>rá utilizada para registrar tanto a compra quanto a venda. Na conta desdobra-</p><p>da, teremos contas separadas para compras e vendas de mercadorias. Observe</p><p>a diferença:</p><p>Após compreender os métodos de conta mista e conta desdobrada para regis-</p><p>trar as operações de compra e venda de mercadorias, é importante explorar os</p><p>sistemas de contabilização que podem ser utilizados para acompanhar essas</p><p>transações de forma mais e�ciente.</p><p>Sistemas de contabilização</p><p>Os e desempenham</p><p>um papel crucial nesse processo de contabilização. Segundo Ribeiro (2019), é</p><p>crucial que a empresa opte por um desses sistemas, pois não é viável utilizá-</p><p>los simultaneamente. Conforme explicado pelo autor, não há exigência em</p><p>normas ou leis quanto à adoção de algum dos métodos ou sistemas aqui apre-</p><p>sentados.</p><p>Para compreender o funcionamento desses sistemas, é importante analisá-los</p><p>individualmente. O requer uma contagem manual (física)</p><p>do estoque em intervalos especí�cos, como ao �nal de um período contábil,</p><p>para valorar os estoques em termos monetários na contabilidade. Por outro la-</p><p>do, o mantém um registro contínuo e atualizado das</p><p>entradas e saídas de mercadorias em tempo real (RIBEIRO, 2019; IUDÍCIBUS;</p><p>MARION, 2019).</p><p>Para aprofundar nosso conhecimento sobre esses sistemas e sua aplicação</p><p>prática na contabilidade das empresas comerciais, vamos começar com uma</p><p>breve explanação sobre a contabilização, utilizando o método do inventário</p><p>periódico.</p><p>De acordo com esse método, o registro do Resultado com Mercadorias (RCM),</p><p>que já foi apresentado anteriormente como um indicador, demanda a realiza-</p><p>ção de um levantamento físico do estoque, acrescentando uma camada de in-</p><p>formação extracontábil ao processo, conforme destacado por Iudícibus e</p><p>Marion (2019).</p><p>Uma vez obtido esse dado, o RCM pode ser calculado por meio das fórmulas</p><p>apropriadas. Porém, para garantir a integridade e precisão dos registros contá-</p><p>beis, é essencial contabilizar essa apuração do RCM. Isso é necessário para ga-</p><p>rantir que a conta “Mercadorias” apresente o saldo correto, re�etindo o valor</p><p>do “Estoque” no último dia do período contábil, o que é essencial para a elabo-</p><p>ração precisa do balanço.</p><p>Além disso, o Resultado com Mercadorias deve expor o Resultado Bruto obti-</p><p>do, que, posteriormente, será transferido para a conta “Resultado”. Nessa con-</p><p>ta, após a inclusão das demais Receitas e Despesas, será consolidado o</p><p>Resultado Final do Período, conforme explicado por Iudícibus e Marion (2019).</p><p>Que tal um exemplo para uma compreensão mais clara? Vamos lá!</p><p>Imagine uma situação �ctícia, em que uma empresa comece o período contá-</p><p>bil com um estoque inicial no valor de R$300.000,00. Nesse contexto, a conta-</p><p>bilização desse estoque inicial seria representada da seguinte maneira, no ra-</p><p>zonete da conta “Mercadorias” (usaremos o método de conta desdobrada):</p><p>Imagine, agora, que a empresa realizou uma compra a prazo no valor de</p><p>R$50.000,00. O registro contábil dessa transação deve ser feito na conta</p><p>“Compras a Débito” e na conta “Fornecedores a Crédito”, �cando representado</p><p>da seguinte maneira:</p><p>• D – “Compras”</p><p>• C – “Fornecedores”</p><p>Nos razonetes das contas desdobradas, considerando</p><p>, o saldo �caria assim:</p><p>Durante o processo de venda, a contabilização é realizada debitando a conta “Clientes”, se a</p><p>venda for a prazo, ou a conta “Caixa”, se for à vista. Por outro lado, o crédito é registrado na</p><p>conta “Vendas”. Assim, temos:</p><p>• D – “Caixa” (ou “Clientes”)</p><p>• C – “Vendas”</p><p>Suponha, agora, que a empresa realizou uma venda no valor de R$170.000,00 à</p><p>vista. A apresentação dos razonetes de operações com mercadorias �caria da</p><p>seguinte maneira:</p><p>Como você pôde perceber, a conta “Mercadorias” permanece inalterada ao lon-</p><p>go do exercício contábil, e é evidente que seu saldo,</p><p>, já não re�ete mais o valor do estoque. Essa “situação per-</p><p>dura até o �nal do período contábil, que pode coincidir com o término do exer-</p><p>cício social da empresa” (IUDÍCIBUS; MARION, 2019, p. 115).</p><p>Conforme explicado por Iudícibus e Marion (2019), ao �nal do período contábil,</p><p>são necessárias para a apuração do Resultado com</p><p>Mercadorias (RCM).</p><p>A primeira etapa consiste na</p><p>. Contabilmente, o CMV apresenta-se somente com saldo devedor, re-</p><p>presentando a diminuição do Patrimônio Líquido, devido à diminuição do</p><p>Ativo pelo valor de custo das mercadorias que foram vendidas e já não fazem</p><p>mais parte do estoque da empresa.</p><p>Para calcular o CMV, é utilizada uma conta especí�ca com essa denominação.</p><p>Nessa conta, os valores do Estoque Inicial e das Compras são registrados co-</p><p>mo débito, enquanto o valor do Estoque Final é registrado como crédito. Esse</p><p>processo de transferência de valores permite calcular de forma precisa o</p><p>Custo das Mercadorias Vendidas ao longo do período contábil.</p><p>Assim, a fórmula do CMV pode ser apresentada da seguinte maneira:</p><p>Segundo Iudícibus e Marion (2019), a contabilização para anular o saldo da</p><p>conta “Mercadorias” e da conta “Compras” �ca da seguinte maneira:</p><p>D – “Custo das Mercadorias Vendidas”</p><p>C – “Mercadorias” (pelo valor do Estoque Final)</p><p>C – “Compras” (pelo saldo)</p><p>Para que a conta CMV apresente corretamente o valor do Custo das</p><p>Mercadorias Vendidas no período e, simultaneamente, o Estoque Final como</p><p>saldo da conta “Mercadorias”, é feito o seguinte lançamento:</p><p>D – “Mercadorias” (pelo valor do Estoque Final)</p><p>C – “Custo das Mercadorias Vendidas” (pelo valor do Estoque Final)</p><p>Para compreender melhor, vamos retomar o exemplo anterior.</p><p>Suponha que, após o levantamento físico do estoque do período, foi constatado</p><p>o valor das mercadorias em R$210.000,00, o que foi registrado como Estoque</p><p>Final.</p><p>Na segunda etapa, é feita a apuração do Resultado com Mercadorias.</p><p>Conforme explicado por Iudícibus e Marion (2019), esse processo envolve a</p><p>transferência dos saldos das contas de “Vendas” e “CMV” para a conta “RCM”.</p><p>A contabilização �ca da seguinte maneira:</p><p>D – “Resultado com Mercadorias”</p><p>C – “Custo das Mercadorias Vendidas” (pelo saldo)</p><p>D – “Vendas”</p><p>C – “Resultado com Mercadorias” (pelo saldo da conta Vendas)</p><p>Nos razonetes, o exemplo �ca da seguinte forma:</p><p>: adaptado de Iudícibus e Marion</p>