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<p>Pré natal</p><p>Profa. Enfa. Isabela</p><p>Objetivos</p><p>● Definir gravidez de risco e risco habitual;</p><p>● Pré natal;</p><p>● Exames laboratoriais;</p><p>● Equipe multidisciplinar;</p><p>● Exame fisico;</p><p>● Altura uterina;</p><p>● Manobra de Leopold (FDAS);</p><p>● Calendário de consultas;</p><p>● Condutas gerais;</p><p>Gravidez de risco x Risco habitual</p><p>O pré-natal de risco habitual caracteriza-se pela assistência prestada</p><p>pela equipe de saúde da família ao pré-natal de gestantes sem fatores de</p><p>risco para agravos à saúde materno-perinatal ou que apresente fatores</p><p>de risco que possam ser conduzidos na atenção primária.</p><p>Gestação de alto risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou</p><p>do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas</p><p>que as da média da população considerada”.</p><p>Encaminhamento para alto risco</p><p>● Cardiopatias</p><p>● Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada)</p><p>● Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de</p><p>transplantados)</p><p>● Endocrinopatias (especialmente DM)</p><p>● Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme)</p><p>● Doenças neurológicas (epilepsia)</p><p>● Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses,</p><p>depressão grave etc.)</p><p>● Doenças autoimunes</p><p>● Alterações genéticas maternas</p><p>Encaminhamento para alto risco</p><p>● Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar</p><p>● Ginecopatias (malformação uterina e outras)</p><p>● Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose,</p><p>infecção pelo HIV, Sífilis terciária (USG com malformação fetal) e</p><p>outras ISTs;</p><p>● Hanseníase;</p><p>● Tuberculose;</p><p>● Anemia grave;</p><p>● Isoimunização Rh;</p><p>● Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento</p><p>especializado;</p><p>Fatores relacionados a historia</p><p>reprodutiva anteior</p><p>● Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se</p><p>for de causa desconhecida</p><p>● Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas)</p><p>● Esterilidade/infertilidade</p><p>● História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado</p><p>obstétrico e/ou perinatal.</p><p>Fatores relacionados a gravidez</p><p>atual</p><p>● Restrição do crescimento intrauterino</p><p>● Polidrâmnio ou oligodrâmnio</p><p>● Malformações fetais ou arritmia fetal</p><p>● Evidência laboratorial de proteinúria</p><p>● DM gestacional</p><p>● Desnutrição materna severa</p><p>● Obesidade mórbida ou baixo peso</p><p>Gravidez de risco</p><p>habitual</p><p>Gravidez de Risco Habitual</p><p>● Inclusão do pai e/ou parceiro (quando houver) e família, desde que esse</p><p>seja o desejo da mulher.</p><p>● A gestante precisa ser orientada sobre questões referentes a seus</p><p>direitos sexuais, sociais e trabalhistas.</p><p>● No caso de uma gestação indesejada, é importante acompanhamento e</p><p>abordagem multidisciplinares, devendo-se acompanhar a mulher de forma</p><p>acolhedora, singular e integral, com atenção para a detecção precoce de</p><p>problemas.</p><p>Qualidade do pré natal</p><p>Captação precoce da gestante</p><p>• Número de consultas</p><p>- Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número</p><p>adequado seria igual ou superior a 6 (risco habitual) e 12 (alto risco).</p><p>• Adesão</p><p>- Assistência prestada pelo serviço e pelos profissionais de saúde</p><p>Equipe multidisciplinar</p><p>● Cadastro de todas as gestantes da área adscrita</p><p>● Realizar visita domiciliar;</p><p>● Identificar os motivos para o não comparecimento;</p><p>● Oferecer novo agendamento;</p><p>● Atenção às mulheres com menstruação em atraso;</p><p>● Estímulo a grupos de saúde específicos;</p><p>● Realizar a consulta em domicílio.</p><p>O Pré natal</p><p>Pressupõe a identificação de fatores de risco, por meio da</p><p>anamnese, exames físico, gineco-obstétrico e laboratoriais,</p><p>realizados nas consultas e nas visitas domiciliares, a avaliação</p><p>dinâmica das situações para identificar problemas e, se necessário,</p><p>intervir.</p><p>Etapas</p><p>1. Identificação / Anamnese = Entrevista</p><p>2. História Clínica</p><p>3. História da Gravidez Atual</p><p>4. Exame Físico</p><p>5. Vacinas da Gestante</p><p>6. Solicitação de exames complementares</p><p>7. Condutas gerais</p><p>Entrevista</p><p>Antecedentes</p><p>clinicos</p><p>Antecedentes</p><p>Antecedentes familiares:</p><p>● Antecedentes pessoais</p><p>● Medicamentos utilizados</p><p>● Internação durante a gestação atual</p><p>Antecedentes ginecológicos:</p><p>● Cirurgias ginecológica</p><p>● Infecçao sexualmente transmissível (IST)</p><p>● Infecção urinária</p><p>Antecedentes</p><p>● Número de gestações - Filhos vivos e mortes infantis</p><p>● Paridade e abortamentos (G2 P1 A1)</p><p>● Data e tipo do último parto ( PN / PC)</p><p>● Gravidez ectópica - Patologias obstétricas</p><p>● História de Aleitamento</p><p>O Pré natal</p><p>● Cálculo da Idade Gestacional (IG) e data provável do parto (DPP)</p><p>● Avaliação do estado nutricional e ganho de peso</p><p>● Avaliação dos níveis tensionais</p><p>● Avaliação da altura uterina</p><p>● Exame fisico e palpação obstétrica (Manobras de Leopold)</p><p>● Verificação da ausculta obstétrica (BCF)</p><p>● Avaliação dos exames laboratoriais e de imagem</p><p>Exame fisico</p><p>Avaliar sentada ou em decúbito lateral</p><p>esquerdo:</p><p>1. Pressão arterial (PA)</p><p>2. Frequência respiratória (FR)</p><p>3. Frequência cardíaca / pulso (FC / P)</p><p>4. Temperatura axilar (TAX)</p><p>5. Dor</p><p>PA sistólica ≥ 140 mmHg e/ou PA</p><p>diastólica ≥ 90 mmHg (em 3 ou mais</p><p>avaliações de saúde, em dias diferentes,</p><p>com duas medidas em cada avaliação)</p><p>caracterizam HAS na gestação e devem</p><p>ser acompanhadas no alto risco.</p><p>Avaliação nutricional</p><p>- Medida de peso em todas as avaliações e medida inicial de altura (a</p><p>cada trimestre, em gestantes com menos de 20 anos).</p><p>- Cálculo do IMC e classificação do estado nutricional baseado na</p><p>semana gestacional, de acordo com a tabela específica.</p><p>- Caracteriza-se risco nutricional: extremos de peso inicial (< 45kg e ></p><p>75kg).</p><p>- Monitoramento do ganho de peso de acordo com a classificação inicial</p><p>nutricional ou pela curva no Gráfico de Acompanhamento Nutricional da</p><p>Gestante, do Cartão da Gestante, baseado no IMC semanal.</p><p>Altura uterina</p><p>A avaliação da altura uterina é realizada com fita métrica flexível.</p><p>Consiste da medida da distância da borda superior da sínfise púbica até o</p><p>fundo do útero, estando a mulher em decúbito dorsal, com a finalidade de</p><p>observar o crescimento fetal que é normalmente 4 cm por mês.</p><p>Altura uterina</p><p>● 12° semana – o útero enche a pelve, de modo que é palpável na</p><p>sínfise púbica;</p><p>● 16° semana – o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a</p><p>cicatriz umbilical;</p><p>● 20° semana – o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz</p><p>umbilical;</p><p>● 20° até 30 é a semana – relação direta entre as semanas da</p><p>gestação e a medida da altura uterina;</p><p>● 30° semana em diante – parâmetro menos fiel.</p><p>Manobra de</p><p>Leopold</p><p>Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos:</p><p>1. Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a</p><p>parte fetal que o ocupa;</p><p>2. Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o</p><p>dorso e as pequenas partes do feto;</p><p>3. Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico;</p><p>4. Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas,</p><p>deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se</p><p>apresenta. As situações que podem ser encontradas são: longitudinal</p><p>(apresentação cefálica e pélvica), transversa (apresentação córmica) e oblíquas.</p><p>FUNDO UTERINO DORSO (posição) APRESENTAÇÃO SITUAÇÃO</p><p>Atenção!</p><p>A situação transversa reduz a medida de</p><p>altura uterina, podendo falsear sua relação</p><p>com a idade gestacional.</p><p>A apresentação pélvica ao final da gestação</p><p>pode trazer risco ao parto, e a gestante</p><p>deve ser encaminhada para a maternidade</p><p>de referência.</p><p>Ausculta dos BCF</p><p>● Audíveis com uso do sonar doppler a partir da 10° / 12°</p><p>semana.</p><p>● Audível com o estetoscópio Pinard a partir da 20°</p><p>semana.</p><p>● Verificar ritmo, frequência e regularidade dos BCF</p><p>(1 minuto).</p><p>● Frequência esperada: 110 a 160 bpm.</p><p>● Verificar em todas as consultas, a partir da 10° a 12°</p><p>semana de gestação.</p><p>Calendário de consultas</p><p>Iniciar pré-natal precocemente (primeiro trimestre). Captaçao precoce até</p><p>12° semana. Total de consulta esperado: no mínimo 6 (intercalar médico e</p><p>enfermeiro - RH) e 12 (Alto Risco).</p><p>• Até</p><p>28 semanas – Mensalmente.</p><p>• De 28 a 36 semanas – Quinzenais.</p><p>• De 36 semanas até o parto – Semanais.</p><p>Ministério da Saúde (MS): pré-natal de baixo risco, intervalo deve ser de 4</p><p>semanas e no máximo de 8 semanas. Após a 36° semana deverá ser</p><p>semanalmente.</p><p>Condutas gerais</p><p>A suplementação diária oral de FERRO e ÁCIDO FÓLICO é</p><p>recomendada como parte da assistência pré-natal para reduzir o risco de</p><p>baixo peso no nascimento, anemia materna e deficiência de ferro.</p><p>As baixas concentrações de hemoglobina indicando anemia moderada ou</p><p>severa durante a gestação foram associadas com maior risco de parto</p><p>prematuro, mortalidade materna e da criança, e doenças infecciosas.</p><p>O crescimento e o desenvolvimento também podem ser afetados, tanto</p><p>intrauterino como no longo prazo.</p><p>Condutas gerais</p><p>Suplementação de ferro e ácido fólico:</p><p>- Ferro elementar (40 mg/dia)</p><p>- Ácido fólico (400 μg/dia ou 0,4 mg/dia)</p><p>- Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.</p><p>Imunização: dT / dTpa; hepatite B; influenza; COVID-19.</p><p>Encaminhamentos.</p><p>Videos</p><p>1. Altura uterina: https://www.youtube.com/watch?v=X9ub6OymK94</p><p>2. Exame físico: https://www.youtube.com/watch?v=yncrTbvdSus&t=276s</p><p>3. Exame físico: https://www.youtube.com/watch?v=d0_PmflsaL4</p><p>Material complementar:</p><p>https://coren-se.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.p</p><p>df</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=X9ub6OymK94</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yncrTbvdSus&t=276s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=d0_PmflsaL4</p><p>https://coren-se.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf</p><p>https://coren-se.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf</p><p>CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo,</p><p>including icons by Flaticon and infographics & images by Freepik</p><p>Obrigada!</p><p>https://bit.ly/3A1uf1Q</p><p>http://bit.ly/2TyoMsr</p><p>http://bit.ly/2TtBDfr</p><p>Referências</p><p>BARBOSA, C.A.M; FILHO, J.R. Obstetrícia Fundamental. 14° edição.</p><p>Grupo GEN, 2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Pre-natal de baixo risco. Caderno de</p><p>atenção básica, 2012.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica. Saúde das</p><p>Mulheres. Brasília-DF, 2016.</p>