Conceitos básicos de transporte - Modais de Transporte - eng produção

Prévia do material em texto

<p>Conceitos básicos de transporte</p><p>Apresentação</p><p>Antes de você se aprofundar no mundo dos transportes, analisando o modal aéreo, hidroviário e</p><p>rodoviário, é importante aprender os conceitos básicos de transportes que influenciam a logística</p><p>de movimentação de cargas e pessoas.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, os conceitos básicos estudados abordarão elementos que</p><p>orbitam o sistema de transporte, mas que são consequência das características da infraestrutura e</p><p>da operação de cada modal. Serão abordados especialmente os conceitos importantes para</p><p>intermodalidade e logística de transporte.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Identificar as diferentes opções de serviço de transporte e suas características.•</p><p>Apresentar os elementos que servem de indicadores para diferenciar esses serviços.•</p><p>Justificar como esses elementos correlacionam-se para os diferentes modais.•</p><p>Desafio</p><p>Você está fechando um negócio de venda de produção de laranjas na Bahia para o Rio Grande do</p><p>Sul. Os compradores fizeram uma proposta que você considerou interessante, mas ressaltaram que</p><p>os custos de envio dos produtos devem sair do valor total recebido. Para verificar se o negócio será</p><p>vantajoso, você deve fazer uma relação dos custos envolvidos no transporte que deverá ser via</p><p>transporte rodoviário.</p><p>Sendo assim, conceitue custos fixos, variáveis, indiretos e diretos do transporte que podem</p><p>influenciar o valor do seu frete, ilustrando com, pelo menos, um exemplo.</p><p>Infográfico</p><p>O Infográfico apresenta os principais elementos que influenciam nas perdas e nos danos de carga</p><p>em todos os modos de transportes. Cada um deles influencia a perda de alguma forma. Algumas</p><p>ações para resolver essas questões podem partir do poder público e outras da própria</p><p>transportadora. Veja abaixo.</p><p>Conteúdo do livro</p><p>No contexto da logística, existem diversos modelos de transporte, como os modais aéreo,</p><p>hidroviário e rodoviário, cada um com características de infraestrutura e de operação específicas.</p><p>Aprofunde seus conhecimentos no capítulo Conceitos Básicos de Transporte você vai estudar</p><p>sobre as diferentes opções de serviço de transporte e as suas características, bem como os</p><p>elementos que servem como indicadores para diferenciar esses serviços.</p><p>Boa leitura.</p><p>SISTEMAS DE</p><p>TRANSPORTES</p><p>MODAIS</p><p>Gisele Lozada</p><p>Conceitos básicos</p><p>de transporte</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Identificar as diferentes opções de serviço de transporte e as suas</p><p>características.</p><p>� Apresentar os elementos que servem de indicadores para diferenciar</p><p>esses serviços.</p><p>� Justificar como esses elementos se correlacionam para os diferentes</p><p>modais.</p><p>Introdução</p><p>No contexto da logística, existem diversos modelos de transporte, como</p><p>os modais aéreo, hidroviário e rodoviário, cada um com características de</p><p>infraestrutura e de operação específicas. Esses diferentes modais podem</p><p>ser utilizados de forma individual ou combinada, promovendo a chamada</p><p>intermodalidade. A intermodalidade forma um sistema de transportes,</p><p>que serve e influencia a logística de movimentação de cargas e pessoas.</p><p>Por isso, conhecer e compreender as características e os conceitos</p><p>dos sistemas de transportes é essencial para qualquer profissional que</p><p>trabalhe com logística. Afinal, a escolha do modal ideal pode ajudar na</p><p>redução de custos e tempo, proporcionando uma consequente melhoria</p><p>de desempenho na entrega.</p><p>Neste capítulo, você vai estudar sobre as diferentes opções de serviço</p><p>de transporte e as suas características, bem como os elementos que</p><p>servem como indicadores para diferenciar esses serviços. Você também</p><p>vai conferir como esses elementos se correlacionam para os diferentes</p><p>modais.</p><p>1 Opções de transporte e suas características</p><p>Os transportes correspondem a serviços de grande relevância. Tanto que</p><p>as condições de acesso e os custos relativos aos serviços de transporte são</p><p>elementos capazes de influenciar a estrutura econômica de uma região ou pais,</p><p>sendo capazes de promover a criação de um alto nível de atividade econômica.</p><p>Afinal, um sistema de transportes eficiente e barato fomenta a competitividade</p><p>no mercado, aumentando as economias de escala na produção e reduzindo os</p><p>preços dos produtos em geral.</p><p>Entre os diversos custos envolvidos no sistema logístico, o custo de trans-</p><p>porte costuma ser o mais expressivo. Por isso, a tomada de decisão sobre as</p><p>opções de transporte é um tema muito relevante no contexto logístico, sendo</p><p>que o profissional de logística precisa buscar o meio capaz de proporcionar</p><p>melhor desempenho — o que envolve diferentes aspectos do serviço, como</p><p>qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custos. E, para que o</p><p>profissional de logística possa tomar decisões acertadas na hora de escolher</p><p>o modelo de transporte, ele precisa conhecer as diferentes opções de serviço</p><p>de transporte que estão ao seu dispor e as suas características.</p><p>Entre os custos envolvidos com o sistema logístico, o custo de transporte costuma</p><p>ser o mais expressivo.</p><p>Um serviço de transporte consiste em um conjunto de características</p><p>de desempenho em transportes que são adquiridas a um determinado preço.</p><p>Embora existam diversas opções de serviços de transporte, elas normalmente</p><p>giram em torno de cinco modais básicos, que são:</p><p>� ferroviário;</p><p>� rodoviário;</p><p>� aeroviário;</p><p>� hidroviário;</p><p>� dutoviário.</p><p>Conceitos básicos de transporte2</p><p>Embora alguns desses modais possam ser utilizados de forma indivi-</p><p>dual, também existe a opção da utilização combinada (o que, por vezes, pode</p><p>ser também uma necessidade). Essa possibilidade de combinação entre os</p><p>diferentes modais faz com que a variedade de serviços de transporte seja</p><p>praticamente ilimitada.</p><p>Enquanto o transporte rodoviário pode ser utilizado como uma opção única, capaz de</p><p>garantir o transporte porta a porta, diferentes alternativas podem não ser capazes de</p><p>viabilizar tal cobertura. É o que acontece no caso do transporte aeroviário, que depende</p><p>de outras alternativas para completar o serviço e garantir a entrega até o destino final.</p><p>Assim, é relevante conhecer cada um dos cinco principais modais, as suas</p><p>características e o funcionamento básico dos serviços que viabilizam.</p><p>Ferroviário</p><p>O transporte ferroviário é caracterizado como um serviço de longo curso e</p><p>baixa velocidade, geralmente utilizado para matérias-primas (carvão, madeira,</p><p>produtos químicos) e para produtos manufaturados de baixo custo (alimentos,</p><p>papel e produtos florestais), dando preferência para a movimentação de cargas</p><p>completas (vagões cheios de um mesmo item). Além disso, a maior parte do</p><p>tempo em trânsito desse modal é empregada em atividades como carga e</p><p>descarga, movimentações dentro dos terminais, classificação e montagem de</p><p>vagões nos trens.</p><p>O serviço ferroviário é principalmente de carga completa, que diz respeito</p><p>a um tamanho predeterminado de embarque, normalmente próximo ou exce-</p><p>dente à capacidade média do vagão, para o qual é aplicada uma taxa estabe-</p><p>lecida, refletindo a tendência pelo movimento de grandes volumes. Contudo,</p><p>as ferrovias também oferecem serviços especiais aos embarcadores, que vão</p><p>desde o transporte de granéis (como carvão e cereais) até vagões especiais</p><p>para produtos refrigerados e automóveis novos (que exigem cuidados e equi-</p><p>pamentos diferenciados). Além desses, existem ainda serviços diferenciados,</p><p>3Conceitos básicos de transporte</p><p>que oferecem facilidades como garantia de entrega em um determinado prazo</p><p>(horas), paradas em escalas que permitem carga e descarga parciais entre os</p><p>pontos de origem e destino, entre outros.</p><p>Rodoviário</p><p>Diferente das ferrovias, o serviço rodoviário tem como característica ser</p><p>geralmente destinado ao transporte de produtos semiprontos ou acabados, com</p><p>menor porte. Como vantagens do transporte rodoviário, podem-se elencar a</p><p>frequência e a disponibilidade, o serviço porta a porta (sem necessidade</p><p>de</p><p>carga ou descarga entre origem e destino, o que é inevitável nos modais ferro-</p><p>viário e aéreo) e, ainda, a velocidade e a comodidade inerentes a esse serviço.</p><p>Embora existam distinções entre os transportes rodoviário e ferroviário,</p><p>existe uma grande concorrência entre essas duas modalidades, uma vez que</p><p>inúmeros produtos podem ser movimentados por meio desses dois modais. E,</p><p>ainda que diferentes, ambos precisam respeitar uma série de regras e limitações</p><p>impostas por órgãos reguladores, como no caso do transporte rodoviário, em</p><p>que existem normas de segurança rodoviárias que limitam as dimensões e o</p><p>peso dos fretes.</p><p>Cabe ainda destacar que o transporte rodoviário proporciona entrega ra-</p><p>zoavelmente rápida e confiável, além de ter uma vantagem no que tange à</p><p>qualidade e à possibilidade de serviços no mercado das cargas de menor porte,</p><p>em relação àquelas transportadas em ferrovias.</p><p>Aeroviário</p><p>O transporte aéreo é bastante utilizado, ainda que possua como característica</p><p>marcante o fato de que suas taxas são superiores às do transporte rodoviário e</p><p>ferroviário. O grande atrativo do transporte aéreo é a sua inigualável rapidez no</p><p>trajeto entre origem e destino, principalmente nos casos de grandes distâncias,</p><p>dada a velocidade em que as aeronaves viajam. Além disso, a confiabilidade</p><p>e a disponibilidade do serviço aéreo podem ser qualificadas como boas sob</p><p>condições operacionais normais.</p><p>Conceitos básicos de transporte4</p><p>Jatos comerciais têm velocidade de cruzeiro (aquela atingida entre o fim da subida e o início</p><p>da descida) de 545 a 585 milhas por hora, o que equivale a 877 a 941 quilômetros por hora.</p><p>Contudo, é preciso lembrar-se de que a viagem como um todo ainda com-</p><p>preende adições de tempo necessários para atividades como taxiamento, espera</p><p>em cada aeroporto e movimentações terrestres dos itens a serem transportados</p><p>(como coleta e entrega). E todos esses tempos precisam ser computados, para</p><p>representar o tempo porta a porta do transporte aéreo, que, em alguns casos,</p><p>pode chegar a ter tempo semelhante a operações rodoviárias ou ferroviárias,</p><p>se estas forem muito eficientes.</p><p>Ainda que o transporte aéreo opere com cargas de peso expressivo, a</p><p>capacidade do serviço aéreo tem sofrido enormes restrições em decorrência</p><p>das dimensões físicas do espaço de carga e das limitações de potência das</p><p>aeronaves, o que vem sendo contornado e superado conforme aviões de maior</p><p>capacidade e potência entram em serviço.</p><p>Algumas empresas oferecem serviço de carga concomitante às suas operações</p><p>normais de passageiros, mas também existem empresas especializadas apenas</p><p>no transporte de cargas, que operam geralmente à noite, podendo oferecer tarifas</p><p>menores. Além das chamadas empresas de linha, que oferecem serviços de</p><p>frequência regular, existem também transportadores suplementares, com serviços</p><p>sob demanda (sem cronograma fixo). Existe também o modelo de serviço de</p><p>transporte aéreo com conexões, em que transportadores aéreos regionais se</p><p>conectam com transportadores nacionais e, até mesmo, com transportadores</p><p>internacionais, que movimentam cargas para além das fronteiras nacionais.</p><p>Hidroviário</p><p>Os serviços de transporte hidroviário, também chamado aquaviário, apresen-</p><p>tam escopo limitado por vários motivos, como o fato de estarem confinados</p><p>ao sistema nacional de vias aquáticas, que exige que os embarcadores estejam</p><p>localizados nas respectivas vias ou que utilizem outro modal de transporte em</p><p>combinação com o hidroviário. Além disso, o serviço hidroviário costuma ser</p><p>mais lento do que o ferroviário, além de sua confiabilidade e disponibilidade</p><p>dependerem principalmente das condições climáticas, características limitantes</p><p>que tornam o transporte hidroviário menos atrativo.</p><p>5Conceitos básicos de transporte</p><p>Temperaturas muito baixas podem congelar a água, impedindo o movimento nas vias</p><p>aquáticas, assim como inundações e secas podem interromper o serviço.</p><p>Mas o transporte hidroviário também apresenta diferenciais favoráveis,</p><p>como é o caso de sua grande capacidade de carga, tanto em relação a peso</p><p>quanto a dimensões do que é transportado por meio desse modal. Essa capa-</p><p>cidade ainda vem sendo incrementada conforme navios com grandes com-</p><p>partimentos para carga entram em serviço, assim como por conta de outros</p><p>aperfeiçoamentos e progressos. A navegação por satélite, o radar e a pilotagem</p><p>automática contribuem para um serviço com pontualidade cada vez maior.</p><p>Os itens mais frequentemente transportados em navios são commodities</p><p>em grandes volumes, mas os transportadores aquaviários, especialmente os</p><p>que trabalham com transporte internacional, lidam também com outros pro-</p><p>dutos altamente valorizados. Essas cargas são transportadas em contêineres</p><p>e em navios porta-contêiner, para reduzir o tempo de manuseio, facilitar o</p><p>transbordo intermodal e reduzir perdas e danos.</p><p>Curiosidades sobre custos de transporte no modal hidroviário</p><p>� É um dos modais mais baratos para o serviço de transporte em longas distâncias</p><p>e volumes substanciais, sendo o preço do transporte usualmente apresentado na</p><p>unidade de medida ton/milha (tonelada por milha).</p><p>� O investimento mais expressivo para instalação desse modal é com os equipa-</p><p>mentos, visto que, em muitos casos (especialmente no transporte marítimo), não</p><p>é necessário configurar ou modificar a via de transporte, sendo possível a operação</p><p>em seu estado natural.</p><p>� Quando em operação, os custos fixos predominantes no orçamento do transportador</p><p>aquaviário são relacionados aos terminais. Os custos fixos, embora elevados, são</p><p>compensados pelos baixos custos da viagem: o ganho de escala no transporte aqua-</p><p>viário permite reduzir os custos variáveis, compensando, assim, os altos custos fixos.</p><p>Conceitos básicos de transporte6</p><p>Dutoviário</p><p>O modal de transporte dutoviário é ainda extremamente limitado, tanto em</p><p>relação ao leque de serviços quanto às suas capacidades. Os produtos trans-</p><p>portados por dutos são basicamente gases e líquidos (como o petróleo cru e</p><p>os seus derivados), mas alternativas estão em desenvolvimento, para permitir</p><p>que outros produtos possam ser transportados por meio dos dutos (como a</p><p>movimentação de produtos sólidos suspensos em líquido). Se essas inovações</p><p>se mostrarem economicamente viáveis, o serviço dutoviário passará por uma</p><p>grande expansão.</p><p>A movimentação dos produtos via dutos é muito lenta, não passando de três</p><p>a quatro milhas por hora (4,8 e 6,4 km por hora). Em compensação, ela é do</p><p>tipo 24 horas/dia, sete dias por semana, o que torna a velocidade efetiva bem</p><p>maior quando comparada com a de outros modais. A capacidade de transporte</p><p>por meio de dutos é alta, pois o transporte em fluxo permite movimentar</p><p>milhares de litros de líquido ou metros cúbicos de gás.</p><p>Em relação ao tempo em trânsito, o serviço dutoviário é o mais confiável de</p><p>todos os modais, já que o equipamento de bombeamento é altamente confiável,</p><p>fazendo com que quase não ocorram interrupções que causem variabilidade</p><p>desse tempo. A capacidade disponível de dutos é limitada somente pelo uso</p><p>que outros embarcadores possam estar fazendo no momento em que se precisar</p><p>das instalações. Os danos e as perdas de produtos nos dutos são reduzidos,</p><p>uma vez que líquidos e gases não são sujeitos a danos em grau semelhante ao</p><p>dos produtos manufaturados, e ainda porque o número de riscos que podem</p><p>afetar uma operação dutoviária é limitado.</p><p>A partir dessas diversas opções, é possível selecionar um serviço ou uma</p><p>combinação de serviços que seja capaz de proporcionar o melhor conjunto</p><p>de qualidade e custos. Para tanto, o profissional de logística deve escolher a</p><p>alternativa que melhor se encaixa no cenário, e tal decisão pode ser tomada por</p><p>meio da análise das características básicas que os tipos de serviço possuem,</p><p>cada um à sua maneira. São elas: preço, tempo médio de viagem, variabilidade</p><p>do tempo de trânsito, perdas e danos. Essas características básicas servem como</p><p>indicadores capazes de demonstrar as diferenças entre</p><p>as diversas alternativas</p><p>de serviços de transporte.</p><p>7Conceitos básicos de transporte</p><p>2 Elementos que diferenciam os serviços</p><p>de transporte</p><p>O contexto dos serviços logísticos engloba uma grande variedade de opções</p><p>de serviços de transporte, cada uma com características de infraestrutura e</p><p>de operação específicas, que servem como indicadores para diferenciar as</p><p>variadas alternativas. Essas características não só diferenciam os serviços,</p><p>mas também indicam qual é a melhor alternativa para cada contexto.</p><p>Serviços de transporte como os oferecidos por empresas como Fedex e UPS são</p><p>alternativas eficientes, mas geralmente utilizadas para cargas menores.</p><p>A tarefa da seleção dos serviços envolve as circunstâncias que caracterizam</p><p>uma determinada situação de embarque, o que, muitas vezes, acaba limitando</p><p>as opções de serviço a um pequeno grupo de possibilidades razoáveis. En-</p><p>tão, o profissional de logística precisa avaliar a situação e as alternativas de</p><p>transporte, para que possa encontrar a alternativa que melhor se encaixa na</p><p>situação. Tal avaliação, como já mencionado, envolve a análise de algumas</p><p>características básicas que são comuns a todos os serviços, conforme será</p><p>demonstrado a seguir.</p><p>Preço</p><p>O preço (custo) do transporte consiste na taxa de transporte dos produtos,</p><p>somada às despesas complementares cobradas por serviços adicionais, quando</p><p>estas ocorrerem, como taxas de embarque na origem, entrega no destino,</p><p>seguros ou preparação de mercadorias para o embarque — todos esses valores</p><p>somados correspondem ao custo total do serviço. Quando o embarcador é pro-</p><p>prietário do serviço (como uma empresa que possui uma frota de caminhões),</p><p>o custo do serviço é apurado pela alocação dos custos relevantes para uma</p><p>determinada remessa, como combustível, salários, manutenção, depreciação</p><p>do equipamento e custos administrativos.</p><p>Conceitos básicos de transporte8</p><p>O custo do serviço varia bastante de acordo com o transporte utilizado.</p><p>Considerando-se os preços médios de transporte dos cinco modais básicos e</p><p>um item que pudesse ser transportado em qualquer das alternativas, haveria</p><p>a seguinte ordenação entre as alternativas (do mais caro ao mais barato):</p><p>aeroviário, rodoviário, ferroviário, dutoviário e hidroviário. Embora os cus-</p><p>tos médios possam ser usados para efeitos de comparação geral, a análise</p><p>de custos para escolha da opção de transporte deve ser feita com base em</p><p>tarifas reais, que reflitam o produto embarcado, a distância e o destino, além</p><p>de outros serviços adicionais exigidos pelo carregamento. Pode-se encontrar</p><p>situações em que o transporte rodoviário custa cerca de sete vezes mais do</p><p>que o ferroviário, e o ferroviário custa cerca de quatro vezes mais do que o</p><p>dutoviário e o hidroviário.</p><p>Outro aspecto relevante sobre o preço deriva do fato de que determinar</p><p>quais são os custos reais para um determinado tipo de carga exige aloca-</p><p>ções um tanto arbitrárias de custos. Isso ocorre porque muitos dos custos do</p><p>transporte são indivisíveis, correspondendo aos chamados custos comuns</p><p>ou conjuntos. Vários carregamentos de diferentes tamanhos e pesos podem</p><p>ser transportados juntos no mesmo transporte, gerando dúvidas como: qual</p><p>seria a proporção correta dos custos atribuível a cada um deles, e como essa</p><p>atribuição deveria ser feita (se com base no peso da carga total, na proporção</p><p>da capacidade total usada, ou outro fator). A verdade é que não existe uma</p><p>fórmula única para a alocação de custos, fazendo com que essa seja uma</p><p>questão em julgamento constante.</p><p>Algumas expressões utilizadas no contexto dos transportes podem ter relação com</p><p>a determinação de custos, como descrito a seguir.</p><p>� Carga completa: é aquela que ocupa toda a unidade de transporte, otimizando</p><p>o uso do espaço físico disponível para o transporte da carga.</p><p>� Carga fracionada: consiste na consolidação de diferentes mercadorias para</p><p>melhor ocupação do espaço físico, podendo incluir mercadorias de vários</p><p>clientes (demandando desconsolidação no destino).</p><p>� Unitização: ocorre quando os produtos são agrupados em lotes padronizados</p><p>(como um pallet), o que não implica necessariamente em uma carga completa.</p><p>9Conceitos básicos de transporte</p><p>Por fim, cabe comentar que são vários os critérios utilizados no desenvol-</p><p>vimento das tarifas de transportes, aplicados sobre uma grande variedade de</p><p>situações de precificação. Contudo, é possível verificar que as estruturas mais</p><p>comuns de tarifas têm relação com três fatores, que são volume, distância e</p><p>demanda, dando origem a diferentes perfis de tarifas.</p><p>No perfil de tarifas baseado em volume, entende-se que os custos dos</p><p>serviços de transporte dependem muito do tamanho da carga, fator capaz de</p><p>gerar consideráveis economias. As estruturas das tarifas, em geral, refletem</p><p>essas economias, uma vez que carregamentos de volumes significativamente</p><p>maiores são transportados a tarifas mais baixas do que cargas de menor volume.</p><p>O volume é refletido de diversas maneiras na estrutura das tarifas, sendo</p><p>considerado de duas formas básicas:</p><p>� diretamente em relação à quantidade embarcada: carregamentos peque-</p><p>nos geram pouco lucro para o transportador, que acaba optando por um</p><p>preço mínimo ou uma tarifa de qualquer quantidade; cargas maiores,</p><p>mas que ainda não atinjam o status de carga completa, pagam tarifas de</p><p>carga incompleta; grandes carregamentos que sejam iguais ou excedam</p><p>a carga completa pagam a tarifa de carga completa;</p><p>� por meio de um sistema de classificação de cargas que permite des-</p><p>contos por volume (grandes volumes recebem tarifas especiais para</p><p>determinados produtos).</p><p>Já no perfil de tarifas baseado na distância, as tarifas são entendidas como</p><p>uma função da distância, abrangendo desde aquelas totalmente invariáveis por</p><p>distância até aquelas que variam diretamente conforme a distância percorrida,</p><p>com diversas outras estruturas de taxas em meio a esses dois extremos.</p><p>� Tarifas uniformes: correspondem à mais simples de todas as estruturas,</p><p>correspondendo a uma taxa de transporte única para todas as distâncias</p><p>origem-destino, entendendo que a simplicidade é fator-chave para o</p><p>estabelecimento de uma estrutura de tarifas de transporte.</p><p>� Tarifas proporcionais: utilizadas para os modais de transporte com</p><p>componentes importantes de custos de linha de transporte (rodoviário</p><p>e, em menor proporção, aéreo), promovendo um equilíbrio entre a</p><p>simplicidade da estrutura de taxas e os custos do serviço.</p><p>Conceitos básicos de transporte10</p><p>� Tarifas decrescentes: construídas sobre o princípio econômico dos</p><p>rendimentos decrescentes; correspondem a uma estrutura de tarifas</p><p>que acompanha os custos, com preços aumentando com a distância</p><p>percorrida (em proporção decrescente).</p><p>� Tarifas de cobertura: têm a intenção de igualar as taxas dos concorrentes</p><p>e simplificar a divulgação e a administração, o que fazem utilizando</p><p>tarifas únicas, que cobrem uma ampla área na origem e no destino, ou</p><p>em ambos.</p><p>Por fim, o perfil de tarifas baseado na demanda parte da percepção de</p><p>valor que o cliente (embarcador) tem em relação ao serviço, promovendo a</p><p>determinação de níveis de tarifas pouco ou nada relacionados com os custos</p><p>do serviço de transporte. Ou seja, os usuários percebem no transporte algo</p><p>com valor limitado para eles, sendo as tarifas determinadas de forma a se</p><p>manterem dentro de um limite máximo que o usuário esteja pronto para pagar</p><p>ao transportador. O valor do serviço de transporte para um embarcador geral-</p><p>mente decorre de duas dimensões: sua situação econômica e as alternativas</p><p>de serviços de transportes disponíveis.</p><p>Saiba mais sobre o preço e como ele se apresenta nos diferentes tipos de transporte</p><p>na obra Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial, em especial no</p><p>item “Características de Custos por Modal” (BALLOU, 2007, p. 165).</p><p>Tempo em trânsito e variabilidade</p><p>do tempo de entrega</p><p>Quando se trata de avaliar o desempenho do transporte, o tempo médio e a</p><p>variabilidade do tempo da entrega</p><p>geralmente são considerados os fatores</p><p>mais relevantes. O tempo de entrega (viagem/trânsito) é calculado como o</p><p>tempo médio do percurso de um frete entre origem e destino, o que pode variar</p><p>muito entre os modais de transporte, já que alguns deles podem não conseguir</p><p>proporcionar conexão direta entre esses dois os pontos. Contudo, para que</p><p>11Conceitos básicos de transporte</p><p>se possa fazer comparações entre o desempenho dos meios de transporte, o</p><p>mais apropriado é considerar o tempo em trânsito porta a porta, ainda que</p><p>isso demande mais de um modal.</p><p>As cargas aéreas transitam de aeroporto a aeroporto, e os fretes por hidrovia, de porto</p><p>a porto. No caso de um transporte ferroviário, ainda que a maior parte do percurso</p><p>de um frete seja feito na ferrovia, quando não existem ramais ferroviários disponíveis</p><p>nos pontos de origem e/ou destino das cargas, a coleta e a entrega locais geralmente</p><p>são feitos em caminhão.</p><p>A variabilidade do tempo de entrega, por sua vez, diz respeito às dife-</p><p>renças normais que ocorrem entre embarques feitos em modais diferentes.</p><p>Ainda que os fretes tenham os mesmos pontos de origem e de destino e sejam</p><p>feitos por um único e mesmo modal, isso não significa que o percurso será</p><p>completado em tempo exatamente igual. Afinal, variáveis como condição</p><p>do tempo, congestionamento de tráfego, escalas e outras podem provocar</p><p>incrementos de tempo. Sendo assim, a variabilidade do tempo de viagem</p><p>corresponde a uma medida de incerteza no desempenho do transportador.</p><p>Ainda que estatísticas sobre o desempenho dos transportadores não sejam</p><p>muito extensivas, sempre que existem dados disponíveis que permitam veri-</p><p>ficações cruzadas e seletivas em relação às cargas por diferentes modais, eles</p><p>normalmente não chegam a demonstrar diferenças significativas com relação à</p><p>variabilidade do tempo em trânsito. Contudo, um ponto que se destaca em tais</p><p>verificações é que, em longas distâncias, os transportes ferroviários e aéreos</p><p>apresentam tempos médios de trânsito relativamente constantes, enquanto o</p><p>transporte rodoviário apresenta aumento progressivo nos tempos de trânsito.</p><p>No caso de longas distâncias, o transporte aéreo costuma ser o modo mais</p><p>rápido entre dois pontos, seguido pelos transportes rodoviário e ferroviário. Já</p><p>em distâncias menores, os modais aéreo e rodoviário são comparáveis. Cabe</p><p>destacar que, quanto menor a distância, maior é a influência da operação</p><p>de coleta e entrega sobre o tempo de trânsito, podendo ser tão ou até mais</p><p>expressiva que o tempo em movimento.</p><p>Conceitos básicos de transporte12</p><p>Em termos de variabilidade do tempo de entrega, os serviços de transporte</p><p>costumam ser avaliados com base no tempo médio de entrega, situação na qual</p><p>o transporte ferroviário apresenta a maior variabilidade, e o aeroviário, a menor,</p><p>com o rodoviário situado entre esses extremos. Já em termos da variabilidade</p><p>em relação ao tempo médio em trânsito (porta a porta), o aéreo é o transporte</p><p>que apresenta a maior variação, enquanto o rodoviário apresenta a menor.</p><p>No caso do transporte aeroviário, a variabilidade do tempo de entrega é</p><p>baixa em valores absolutos, embora o serviço aéreo seja extremamente sensível</p><p>em termos de manutenção mecânica, condições climáticas e congestionamento</p><p>de tráfego. Tanto que a variabilidade, quando comparada com os tempos</p><p>médios de entrega, chega a qualificar o transporte aéreo como um dos modais</p><p>menos confiáveis.</p><p>Danos e perdas</p><p>Os transportadores costumam apresentar diferenças em relação à sua capaci-</p><p>dade de movimentar cargas com segurança, exibindo maior ou menor índice de</p><p>danos e perdas, o que corresponde a um dos principais fatores na decisão de</p><p>optar por um determinado transportador. Isso porque a condição dos produtos</p><p>é uma das mais importantes considerações em matéria de serviços ao cliente.</p><p>Os transportadores têm a obrigação de realizar o processo de movimen-</p><p>tação de cargas fazendo uso de cuidados razoáveis, a fim de evitar perdas</p><p>e danos, sendo responsáveis pelos reflexos destes, caso ocorram. Contudo,</p><p>essa responsabilidade é anulada se as perdas e danos forem motivadas por</p><p>causas naturais, negligência do embarcador ou outros motivos que fogem ao</p><p>controle do transportador.</p><p>Os processos de reparação de danos geralmente são demorados, dada</p><p>a dificuldade de reunir os fatos relativos a eles, e ainda demandam trabalho</p><p>do embarcador para a elaboração dos documentos necessários. Além disso,</p><p>provocam a imobilização do capital durante o processamento das reclamatórias,</p><p>podendo até mesmo representar aumento considerável dos custos, quando a</p><p>solução envolver recurso à justiça.</p><p>Em função disso, quanto menor o número de reclamações contra um trans-</p><p>portador, mais favorável será a impressão dos clientes quanto aos serviços</p><p>oferecidos. Uma alternativa comum adotada pelos embarcadores em situações</p><p>com alta perspectiva de danos é a utilização de embalagens com maior grau</p><p>de proteção. Embora isso represente uma despesa adicional para o embarcador,</p><p>muitas vezes, ela é repassada (mesmo que parcialmente) ao usuário final do</p><p>processo.</p><p>13Conceitos básicos de transporte</p><p>No que diz respeito a perdas e danos, o transporte aéreo apresenta vanta-</p><p>gens quando comparado aos transportes rodoviário e ferroviário. Isso porque</p><p>o transporte aéreo necessita embalagem menos protetora, uma vez que o</p><p>manuseio em terra não representa exposição maior a danos do que na fase de</p><p>trânsito; além disso, os roubos em aeroportos não são comuns.</p><p>No caso do transporte hidroviário, os custos em perdas e danos são consi-</p><p>derados baixos em relação aos de outros modais, pois o dano não é a maior das</p><p>preocupações quando se trata de produtos de alto volume e reduzido preço, e</p><p>as perdas derivadas de atrasos não costumam gerar grandes problemas, pois</p><p>os compradores geralmente mantêm grandes estoques. Contudo, é necessário</p><p>muito cuidado com a embalagem, a fim de proteger os bens, especialmente</p><p>contra os eventuais danos causados por manejo inadequado durante as ope-</p><p>rações de carga e descarga.</p><p>3 Correlação de elementos nos diferentes</p><p>modais</p><p>Para demonstrar a qualidade dos serviços de transportes, a Figura 1 apre-</p><p>senta uma comparação dos cinco modais básicos, avaliados e classificados</p><p>em relação a quatro características de custo e desempenho. Logicamente,</p><p>sob circunstâncias específicas (como tipo de produto, distância percorrida,</p><p>gerenciamento dos transportadores e condições de tempo, entre outras), essa</p><p>classificação pode apresentar alterações, podendo até mesmo não existir</p><p>disponibilidade de serviços em determinados modais. Mas, ainda assim, tal</p><p>comparação oferece subsídios que facilitam a demonstração das distinções</p><p>entre os diferentes modais. Além disso, permite verificar como os elementos</p><p>que servem de indicadores para diferenciar esses serviços se correlacionam</p><p>nos diferentes modais, inclusive demonstrando alguns trade offs, como na</p><p>relação entre as características de desempenho e custo, em que optar por altas</p><p>performances implica em renunciar baixos custos.</p><p>Conceitos básicos de transporte14</p><p>Figura 1. Classificação dos modais de transporte com base em custo e desempenho</p><p>operacional..</p><p>Fonte: Adaptada de Ballou (2007).</p><p>a) Presume-se que o serviço esteja disponível.</p><p>b) Custo por tonelada-milha.</p><p>c) Velocidade porta a porta.</p><p>d) Taxa da variação absoluta do tempo de entrega em relação ao tempo médio de entrega.</p><p>a</p><p>É válido reforçar que os cinco modais básicos podem ser utilizados de</p><p>forma combinada, dando origem a serviços de transporte intermodais, que</p><p>consistem em processos que utilizam mais de um modal para a realização do</p><p>serviço de transporte como um todo. Os serviços intermodais proporcionam</p><p>consideráveis ganhos econômicos, tendo como principal característica o livre</p><p>intercâmbio de equipamentos entre os diversos modais.</p><p>Um contêiner carregado por um caminhão pode ser embarcado e transportado em</p><p>um avião, assim como um vagão ferroviário pode ser embarcado em um navio, com</p><p>o uso de um guindaste.</p><p>15Conceitos básicos de transporte</p><p>Existem 10 combinações de serviços intermodais possíveis:</p><p>1. trem-caminhão;</p><p>2. trem-navio;</p><p>3. trem-duto;</p><p>4. caminhão-avião;</p><p>5. navio-avião;</p><p>6. caminhão-navio;</p><p>7. caminhão-duto;</p><p>8. navio-duto;</p><p>9. navio-avião;</p><p>10. avião-duto.</p><p>Contudo, nem todas essas combinações são práticas, e algumas das que</p><p>são viáveis ainda não conquistaram a confiança do mercado.</p><p>O semirreboque sobre vagão é uma modalidade de serviços de transporte</p><p>intermodal, na qual o transporte é realizado com a utilização de semirreboques</p><p>em vagões-plataforma ferroviários, sendo empregado normalmente em trajetos</p><p>bem maiores do que os normalmente atendidos por caminhões. Representa</p><p>a combinação da conveniência e da flexibilidade do transporte rodoviário</p><p>com a economia da ferrovia em longos percursos. Ou seja, o semirreboque é</p><p>transportado via ferrovia em parte do percurso (aquela onde houver estrutura</p><p>ferroviária disponível) e, depois, passa para o transporte rodoviário, sendo</p><p>encaixado em um caminhão-trator, que dá continuidade ao transporte sem</p><p>que a carga precise ser remanejada do vagão para o caminhão.</p><p>A combinação dessas modalidades de transporte permite fazer com que a</p><p>taxa seja normalmente mais baixa do que aquela decorrente de um transporte</p><p>exclusivamente rodoviário, permitindo que o transporte pesado rodoviário</p><p>possa expandir seu alcance econômico. Além disso, permite que a ferrovia</p><p>possa atrair parte do transporte que, de outra forma, seria feito exclusivamente</p><p>pelo modal rodoviário. Esse contexto permite que o embarcador possa desfrutar</p><p>da conveniência do serviço porta a porta de longa distância, ao mesmo tempo</p><p>que paga taxas razoáveis. Essa combinação faz desse modelo de transporte</p><p>intermodal um dos mais procurados em matéria de serviços coordenados de</p><p>transporte.</p><p>Conceitos básicos de transporte16</p><p>BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto</p><p>Alegre: Bookman, 2007.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>BATALHA, M. O. (coord.). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São</p><p>Paulo: Atlas, 2019.</p><p>BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed. Porto Alegre:</p><p>AMGH, 2014.</p><p>JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e de operações: o essencial. Porto</p><p>Alegre: Bookman, 2009.</p><p>Referência</p><p>17Conceitos básicos de transporte</p><p>Dica do professor</p><p>Os cinco principais modos de transportes podem ser usados de forma combinada ou sozinhos,</p><p>sempre de forma a tornar o transporte mais eficiente e eficaz. As decisões de transportes são</p><p>orientadas, principalmente, por preço, tempo médio de viagem, variabilidade de tempo de trânsito,</p><p>perdas e danos. Nesse sentido, conhecer as características principais de cada modo é fundamental</p><p>para orientar a tomada de decisão quanto à escolha do modo a ser adotado. No vídeo a seguir, a</p><p>profissional Clara é confrontada com a tarefa de indicar as características que podem orientar a</p><p>seleção de modos, confira quais são essas características.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/8a07b2600f93913bebf54755fddcbd2c</p><p>Exercícios</p><p>1) A estimativa de tempo de transporte representa o tempo médio entre a saída do local de</p><p>origem até a chegada no local de destino. Considera-se o tempo médio, pois o ato de</p><p>transportar é afetado por uma série de fatores que podem inserir variabilidade nesses</p><p>valores. Qual das alternativas a seguir representa um fator de variabilidade do tempo de</p><p>transporte?</p><p>A) Propulsão do veículo.</p><p>B) A possibilidade de transporte porta a porta.</p><p>C) Paradas programadas para abastecimento.</p><p>D) Dependência multimodal.</p><p>E) Congestionamentos.</p><p>2) Qual das alternativas abaixo apresenta a verdadeira definição de carga completa?</p><p>A) É um tipo de carga que necessita de desconsolidação no destino.</p><p>B) Unidades de transportes que podem ter mercadorias de vários clientes.</p><p>C) Cargas que ocupam toda a unidade de transporte.</p><p>D) É a consolidação de diferentes mercadorias para melhor ocupação do espaço físico de</p><p>transporte.</p><p>E) Quando os produtos são agrupados em lotes padronizados, por exemplo, um pallet.</p><p>Com base no quadro comparativo entre modais abaixo, assinale a alternativa correta. 3)</p><p>A) O modo aquaviário, ou hidroviário, caracteriza-se por um transporte lento, mas barato e</p><p>confiável em termo de perdas e danos.</p><p>B) O ferroviário é o modal de transporte com o custo mais elevado.</p><p>C) O modal dutoviário tem poucas perdas mas muita variabilidade de tempo.</p><p>D) Numa análise absoluta, o transporte aquaviário possui baixa variabilidade; já em uma análise</p><p>percentual, a variabilidade é alta.</p><p>E) Se o cliente está preocupado somente com custo, o melhor modal para transporte é o</p><p>rodoviário.</p><p>4) Sobre custos de transporte e transporte hidroviário ou aquaviário, indique a alterantiva</p><p>correta.</p><p>A) Os custos fixos predominantes no orçamento do transportador aquaviário são os</p><p>relacionados às viagens de longa distância.</p><p>B) Os custos fixos elevados compensam pelos baixos custos da viagem.</p><p>C) O modal é um dos mais caros para transporte em longas distâncias e volumes substanciais.</p><p>D) O preço do transporte está usualmente apresentado em kg/km.</p><p>http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/layout/1095965458/2019-09-21-15-24-38-exercicio3.jpg?v=747947397</p><p>E) A configuração da via de transporte é um dos investimentos mais elevados para operação do</p><p>modal.</p><p>5) As sentenças abaixo referem-se a qual modal? Responda essa questão preenchendo as</p><p>lacunas "A confiabilidade e disponibilidade do serviço ____ podem ser qualificadas como</p><p>boas sob condições operacionais normais. A variabilidade do tempo de entrega é baixa em</p><p>valores absolutos, embora o serviço ______ seja extremamente sensível em termos de</p><p>manutenção mecânica, condições do tempo e congestionamento de tráfego".</p><p>A) Dutoviário.</p><p>B) Rodoviário.</p><p>C) Aéreo.</p><p>D) Ferroviário.</p><p>E) Hidroviário.</p><p>Na prática</p><p>Não existe uma forma única de transporte de carga e passageiro, sendo, muitas vezes, mais</p><p>eficiente optar por formas multimodais. Plataformas ou terminais multimodais, portanto, otimizam</p><p>custos e tempos de deslocamento, sendo bons investimentos para cidades de todo o mundo.</p><p>É o caso do município de Ananópolis, que fica no coração da Plataforma Logística Multimodal de</p><p>Goiás. O projeto busca aumentar a eficiência, a agilidade e reduzir os custos do transporte de carga</p><p>da região.</p><p>Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Modais de Transporte – Logística</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>LOGÍSTICA DE TRANSPORTE: A IMPORTÂNCIA DOS</p><p>CUSTOS LOGÍSTICOS AJM TRANSPORTE LINS SP</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Custos logísticos de transporte relacionados ao escoamento da</p><p>uva de mesa cultivada na região do Submédio São Francisco</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>O papel da roteirização na redução de custos logísticos e</p><p>melhoria do nível de serviço em uma empresa do segmento</p><p>alimentício no Ceará</p><p>https://www.youtube.com/embed/Kf-owMFbPEw</p><p>https://docplayer.com.br/18411200-Logistica-de-transporte-a-importancia-dos-custos-logisticos-ajm-transporte-lins-sp.html</p><p>https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/600/600</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/186/186</p>