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<p>CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO</p><p>Prof. Bráulia Gomes</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>• Criação animal no Brasil: as pastagens constituem a principal e</p><p>mais barata fonte de alimentação dos rebanhos.</p><p>• Questões climáticas: durante a seca, as pastagens não garantem,</p><p>em quantidade e qualidade, o alimento volumoso necessitado</p><p>pelos animais neste período.</p><p>• Alternativas tecnológicas: produção de silagem, feno,</p><p>capineiras, cana de açúcar, irrigação, forrageiras de inverno,</p><p>etc.</p><p>forma de garantir sua eficiência e reduzir os</p><p>custos com alimentação do rebanho.</p><p>Na época das águas: a degradação das pastagens causada principalmente por</p><p>falhas em seu manejo é um dos principais fatores determinantes da baixa</p><p>produção de forragem.</p><p>• Uma característica importante da pecuária brasileira é ter a maior parte</p><p>de seu rebanho criado a pasto, que se constitui na forma mais</p><p>econômica e prática de produzir e oferecer alimentos para os bovinos.</p><p>O Brasil tem um dos menores custos de produção de carne do mundo</p><p>No sistema de produção a pasto o produtor conta com a vantagem de</p><p>não depender de fatores instáveis, como altas nos preços de grãos.</p><p>redução de custos, riscos econômicos e</p><p>impactos ambientais</p><p>crescente apelo mercadológico, o</p><p>chamado “boi verde” ou “boi de</p><p>capim” (grass-fedbeef)</p><p>geração de um produto tido como mais</p><p>saudável, com qualidade nutricional elevada</p><p>melhoria no bem-estar animal</p><p>A pecuária é uma atividade possível de ser implantada e conduzida, com</p><p>relativo sucesso, sem que seja necessário o preparo mais cuidadoso da</p><p>área, ou o uso mais intensivo de insumos, de tecnologia e de mão de obra.</p><p>Na pecuária é possível produzir,</p><p>embora com baixa eficiência, de forma</p><p>predominantemente extensiva.</p><p>Outras atividades agrícolas, como a produção de grãos ou o plantio de culturas</p><p>perenes, geralmente demandam maior aporte de capital e uso mais intensivo</p><p>de tecnologia, de insumos e de mão de obra, para alcançarem um mínimo de</p><p>sucesso.</p><p>No Brasil é comum que áreas marginais, de difícil acesso e de baixo potencial</p><p>agrícola, sejam preferencialmente destinadas para a formação de pastagens.</p><p>Por ter a capacidade de se autotransportar, o gado adapta-se a regiões onde a</p><p>infraestrutura de estradas e os meios de transporte são deficientes e as distâncias</p><p>do mercado consumidor são grandes.</p><p>Tais características adequam a pecuária desenvolvida a pasto como a atividade</p><p>pioneira na ocupação da terra.</p><p>A principal consequência</p><p>danosa dessa situação</p><p>a alta incidência de pastagens</p><p>degradadas no País e a</p><p>estigmatização da pecuária</p><p>desenvolvida a pasto, como atividade</p><p>improdutiva e essencialmente danosa</p><p>ao meio ambiente.</p><p>Nos últimos anos, pressões ambientais e de mercado, além do aumento na</p><p>disponibilidade de tecnologia (técnicas de recuperação e manejo de pastagens,</p><p>lançamento de cultivares mais produtivas de capins, melhoramento genético do</p><p>rebanho, etc.) têm incentivado uma mudança de atitude no setor produtivo de</p><p>carne e leite do País.</p><p>Um número crescente de produtores vem direcionando a pecuária</p><p>desenvolvida a pasto a uma fase de refinamento, marcada pela busca de maior</p><p>produtividade via intensificação.</p><p>Isto é, produzir maior quantidade de carne ou de leite em menores áreas de</p><p>pastagem, ou seja, ser mais eficiente vem se tornado uma necessidade de</p><p>sobrevivência para a pecuária nacional.</p><p>DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS</p><p>A degradação de pastagens é um fenômeno global.</p><p>Estima-se que cerca de 20% das pastagens mundiais (naturais e plantadas)</p><p>estejam degradadas ou em processo de degradação.</p><p>três vezes maior nas regiões mais áridas do planeta</p><p>Uma das principais causas de degradação de pastagens de influência antrópica</p><p>direta é o manejo inadequado, em particular o uso sistemático de taxas de lotação</p><p>que excedam a capacidade do pasto de se recuperar do pastejo e do pisoteio.</p><p>Em regiões de</p><p>clima tropical e</p><p>subtropical</p><p>as práticas inadequadas de manejo do pastejo</p><p>ausência de adubações periódicas</p><p>as falhas no estabelecimento da</p><p>pastagem e os problemas bióticos</p><p>Uma pastagem pode ser considerada degradada dentro de um universo</p><p>relativamente amplo de condições.</p><p>Os extremos dessas condições são conceitualmente denominados</p><p>“degradação agrícola” e “degradação biológica”.</p><p>Na degradação agrícola, ocorre um aumento excessivo do percentual de plantas</p><p>daninhas na pastagem.</p><p>• A capacidade produtiva do pasto fica temporariamente diminuída ou</p><p>inviabilizada, por causa da competição pelas plantas daninhas no capim e nas</p><p>leguminosas forrageiras.</p><p>• Essa competição reduz sucessivamente a produção de forragem e a eficiência de</p><p>uso da pastagem pelo gado.</p><p>O gado tem dificuldade em selecionar e consumir a forragem, por causa da</p><p>presença excessiva das plantas daninhas.</p><p>Na degradação biológica, a queda de produtividade da pastagem está</p><p>principalmente associada à deterioração do solo.</p><p>• Nesse caso, há um aumento na proporção de solo descoberto (sem vegetação)</p><p>na área da pastagem, facilitando a erosão, a perda de matéria orgânica e de</p><p>nutrientes do solo.</p><p>A degradação biológica é uma condição mais drástica de degradação da</p><p>pastagem, pois também indica a degradação do solo.</p><p>SISTEMA DE PASTEJO</p><p>≠</p><p>MÉTODO DE PASTEJO</p><p>É a combinação definida e integrada do</p><p>animal, da planta, do solo e de outros</p><p>componentes do ambiente e o(s)</p><p>método (s) de pastejo pelo (s) qual (is) o</p><p>sistema é manejado para atingir</p><p>resultados ou objetivos específicos.</p><p>Sistema de pastejo</p><p>Sistema de Pastejo</p><p>Estrutura composta por níveis</p><p>interativos, arranjados de</p><p>forma hierárquica.</p><p>Recursos físicos</p><p>Quantificar as áreas de pastagens, de forrageiras para corte</p><p>e de produção de forragem conservada (feno/silagem).</p><p>• A determinação do tamanho das áreas em hectares de produção de alimentos</p><p>volumosos e a sua localização na propriedade são importantes para melhorar o</p><p>planejamento da alimentação do rebanho. Juntamente com a composição do</p><p>rebanho, indicará a intensidade de uso das pastagens.</p><p>• Também servirá para orientar as futuras práticas de manejo das pastagens e projetar</p><p>a capacidade de suporte da propriedade</p><p>Sistema de Pastejo</p><p>Recursos físicos impõem</p><p>limitações à determinadas</p><p>espécies forrageiras.</p><p>Recursos físicos</p><p>Recursos vegetais</p><p>ESCOLHA DA FORRAGEIRA</p><p>• Não existe espécie ideal para todas as condições (leite, carne: cria, recria e</p><p>engorda, mista (carne e leite), lã e etc)</p><p>• Potencial produtivo da forrageira: quantidade e qualidade</p><p>• Adaptabilidade às condições de solo – clima – manejo da propriedade</p><p>• Forrageiras altamente produtivas são mais exigentes em fertilidade de solo e</p><p>manejo.</p><p>Sistema de Pastejo</p><p>Os recursos físicos definem a potencial produtivo</p><p>dos recursos vegetais, os quais apontam as</p><p>melhores alternativas para exploração dos</p><p>recursos animais</p><p>Recursos físicos</p><p>Recursos vegetais</p><p>Recursos animais</p><p>Determinar a composição do rebanho</p><p>Refere-se ao número de animais por categoria animal, sendo expressa em unidade-</p><p>animal (UA). É uma informação necessária para:</p><p>• o dimensionamento dos pastos;</p><p>• a determinação da quantidade necessária de alimentos volumosos suplementares</p><p>(feno, silagem etc.);</p><p>• a indicação da intensidade de uso dos pastos na propriedade, juntamente com a área</p><p>de pastagens;</p><p>• a separação dos animais em categorias conforme a exigência nutricional.</p><p>Calcular a taxa de lotação da propriedade</p><p>A taxa de lotação refere-se à relação entre o número de animais por unidade de área e</p><p>é calculada do seguinte modo:</p><p>A taxa de lotação dá uma ideia da intensidade de uso dos recursos</p><p>forrageiros da propriedade.</p><p>Superpastejo e</p><p>Subpastejo</p><p>• O superpastejo é caracterizado pela</p><p>utilização de uma taxa de lotação</p><p>maior do que a capacidade de</p><p>suporte da pastagem, sendo a</p><p>principal causa da degradação e da</p><p>redução da vida útil das pastagens.</p><p>• O superpastejo é considerado a</p><p>maior “praga” das pastagens,</p><p>portanto, deve ser sempre evitado.</p><p>Superpastejo e</p><p>Subpastejo</p><p>• No subpastejo há sobra de</p><p>forragem devido à utilização de</p><p>uma</p><p>taxa de lotação menor do</p><p>que a suportada pela pastagem.</p><p>Neste caso, embora a vida útil da</p><p>pastagem não seja afetada, deixa-</p><p>se de aproveitar o recurso</p><p>forrageiro disponível.</p><p>Sistema de Pastejo</p><p>O manejo do sistema refere-se às tomadas de</p><p>decisão relativas às restrições verificadas nos</p><p>níveis hierárquicos anteriores</p><p>Recursos físicos</p><p>Recursos vegetais</p><p>Recursos animais</p><p>MANEJO DO</p><p>SISTEMA</p><p>Sistema de Pastejo</p><p>Os três níveis de recursos são interativos e o</p><p>grau de interação entre eles é fortemente</p><p>influenciado pelo manejo do sistema (perfil do</p><p>sistema e manejo do pastejo).</p><p>Recursos físicos</p><p>Recursos vegetais</p><p>Recursos animais</p><p>MANEJO DO</p><p>SISTEMA</p><p>Manejo do pastejo</p><p>• Procedimento ou técnica de manejo do pastejo,</p><p>idealizado para atingir objetivos específicos, referente</p><p>à estratégia de desfolha e colheita pelos animais.</p><p>Objetivos do manejo</p><p>• Manter constante a produção de capim por unidade de área;</p><p>• Conservar a qualidade do solo;</p><p>• Proporcionar ao animal alimentação em quantidade e qualidade</p><p>nutritiva;</p><p>• Evitar a degradação da pastagem.</p><p>Slide 1: Produção Vegetal</p><p>Slide 2: INTRODUÇÃO</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13: DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20: SISTEMA DE PASTEJO ≠ MÉTODO DE PASTEJO</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22: Sistema de Pastejo</p><p>Slide 23: Quantificar as áreas de pastagens, de forrageiras para corte e de produção de forragem conservada (feno/silagem).</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25: Sistema de Pastejo</p><p>Slide 26: ESCOLHA DA FORRAGEIRA</p><p>Slide 27: Sistema de Pastejo</p><p>Slide 28: Determinar a composição do rebanho</p><p>Slide 29: Calcular a taxa de lotação da propriedade</p><p>Slide 30: Superpastejo e Subpastejo</p><p>Slide 31: Superpastejo e Subpastejo</p><p>Slide 32</p><p>Slide 33: Sistema de Pastejo</p><p>Slide 34: Sistema de Pastejo</p><p>Slide 35: Manejo do pastejo</p><p>Slide 36: Objetivos do manejo</p><p>Slide 37</p>