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<p>Transtorno da Personalidade Histriônica (F60.4)</p><p>Consiste em um individuo que necessita constantemente ser o centro das atenções, geralmente ocorre no inicio da vida adulta. Os indivíduos que apresentam esse transtorno costumam ser muito enérgicos e extrovertidos o que facilita para formar novas amizades, além disso, utilizam muito da sua aparência física para tentar chamar e reter a atenção das pessoas ao seu redor. Por buscarem atenção constantemente, acabam se tornando suscetíveis as opiniões das pessoas ao seu redor e em alguns momentos muito submissos.</p><p>Conceito: Esse transtorno consiste em um indivíduo que necessita constantemente ser o centro das atenções, no início da vida adulta, chegando a ficar deprimida quando não alcança seu objetivo, usam sua aparência física, agindo de forma inadequadamente sedutora ou provocadora, para chamar a atenção dos outros. Eles não têm um senso de autodireção e são altamente sugestionáveis, muitas vezes agindo de forma submissa para reter a atenção dos outros. Além disso falam de forma dramática expressando opiniões fortes, mas com poucos fatos.</p><p>Características: Padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção, esse padrão se caracteriza pela apresentação de 5 ou mais dos seguintes:</p><p>· Desconforto quando eles não são o centro das atenções</p><p>· Interação com os outros que é inadequadamente sedutora ou provocativa sexualmente</p><p>· Mudança rápida e expressão superficial das emoções</p><p>· Uso consistente da aparência física para chamar a atenção para eles mesmos</p><p>· Discurso que é extremamente impressionista e vago</p><p>· Autodramatização, teatralidade e expressão extravagante das emoções</p><p>· Sugestionabilidade (facilmente influenciados por outras pessoas ou situações)</p><p>· Interpretação dos relacionamentos como mais íntimos do que são</p><p>Além disso, os sintomas devem ter ocorrido no início da idade adulta.</p><p>Epidemiologia: Menos de 2% da população geral, algo em torno de 1,84%</p><p>Tratamento: A psicoterapia psicodinâmica, que focaliza os conflitos subjacentes, pode ser tentada. O terapeuta pode começar incentivando os pacientes a substituir o discurso pelo comportamento e, portanto, os pacientes podem compreender-se e se comunicar com os outros de uma forma menos dramática. Podem ser utilizados como adjuvantes antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos, dependendo dos casos, visto que esse transtorno está associado a outros, como o transtorno depressivo maior por exemplo.</p><p>Referências:</p><p>1 - AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>2 - PAULOS, Fernando. Manual Clínico Dos Transtornos De Personalidade. Joinvile, SC: Clube de Autores, 2019.</p><p>3 - DE FRANCISCO CARVALHO, Lucas; DE OLIVEIRA, Sérgio Eduardo Silva; PIANOWSKI, Giselle. E-TRAP: entrevista diagnóstica para transtornos de personalidade. São Paulo: Vetor Editora, 2020.</p>