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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO COM ÊNFASE EM SAÚDE E INTEGRALIDADE
ESTAGIÁRIAS: CHAYRA SOUZA, FABIANA DUARTE, JÚLIA BUSATTO E MARIA VITÓRIA LORENZETT GOMES
PROFESSOR ORIENTADOR: JOÃO FILLIPE HORR
ITAJAÍ (SC), 2024	Comment by Julia Busatto: Configurar as tabelas para se tornarem visiveis;
Resgatar a história do serviço: OK
Buscar informações nos outros relatorios;
Buscar informações em sites;
Buscar relatórios oficiais que informem historico do serviço, implementação; OK
Narrar também a mudança recente do serviço;
Validar informações com a Fran e equipe;
Em vez de descrever o que esta na Tabela, sugiro indicar o objetivo de cada grupo. - - Validar com a equipe.
indicar diferenças de idade, gênero e padrão de uso. Informar terapêuticas indicadas, conforme o relatório. Demonstrar gráficos que expressem essas informações.
Validar as informações com relatórios científicos e das políticas públicas. Referenciar materiais indicados na pasta do Estágio.
1. CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nas modalidades CAPS I, CAPS II, CAPSi, CAPS III, CAPS AD, CAPS AD III e CAPS AD IV, integram-se como serviços estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Com uma abordagem comunitária e de portas abertas, esses centros contam com uma equipe multiprofissional que atua de forma interdisciplinar, priorizando o atendimento a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, além daqueles que enfrentam sofrimento psíquico em geral, incluindo a dependência de crack, álcool e outras drogas. Sua atuação abrange desde o suporte em situações de crise até a reabilitação psicossocial dos usuários (Brasil, 2011). 
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD), foco deste trabalho, é um serviço de referência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Caracterizado como um serviço de porta aberta, atende espontaneamente pessoas em sofrimento decorrente do uso de substâncias psicoativas, sendo implantado em municípios com mais de 70 mil habitantes (Brasil, 2011). Reconhecido como uma peça fundamental na estrutura da saúde pública brasileira, o CAPS AD oferece atendimento integral voltado à reinserção social e à melhoria da qualidade de vida de seus usuários. Com uma abordagem interdisciplinar, sua equipe inclui psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, entre outros profissionais, garantindo um cuidado mais amplo, eficaz e humanizado (Brasil, 2011).
O CAPS AD referente a este trabalho localiza-se na Rua Silva, 628 - Centro de Itajaí, e tem seu horário de funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. O serviço está instalado atualmente em uma casa que possui dois andares. No piso térreo, encontram-se uma recepção, quatro salas de atendimento individual, uma sala de convivência, quatro banheiros — sendo apenas um deles equipado com chuveiro, uma cozinha para funcionários, uma cozinha com refeitório, uma sala de atividades expressivas e um posto de enfermagem com três leitos, no qual há uma sala para armazenamento de materiais e um banheiro. No andar superior, há uma sala destinada à gestão do serviço, uma sala para grupos, uma sala de reunião da equipe e um banheiro. Nos fundos da casa, há um espaço de convivência com bancos, uma horta, algumas árvores frutíferas e uma lavanderia.
Em setembro de 2023, conforme levantamento realizado pelo CAPS AD, as principais demandas relacionadas ao uso de substâncias continuam sendo o crack, seguido por álcool, cocaína e maconha. O levantamento também apontou que a maior parte do público atendido chega de forma espontânea, enquanto outros são encaminhados por serviços de saúde, como UPA CIS, CAPS II, Centro POP, UPA Cordeiros, CEREDI, Casa de Apoio, Asilo Dom Bosco e UBS Santa Regina. Um dado relevante é que um número significativo de usuários encontra-se em situação de rua.
Em relação ao perfil dos usuários do serviço, dos 203 considerados ativos no período, 97 apresentaram reincidência, seja por recaídas ou reacolhimento na unidade. Quanto ao gênero, predomina o masculino, representando 82,6% dos atendimentos, enquanto o feminino corresponde a 17,4%. A faixa etária mais prevalente é de 30 a 39 anos, com 88 usuários, seguida por 60 usuários entre 40 e 49 anos. A faixa de 18 a 29 anos reúne 36 usuários, e, por último, indivíduos de 50 a 69 anos somam 27 atendimentos.
De acordo com a coordenadora do serviço, eles estão neste local desde o mês de março de 2024. A mudança ocorreu porque a casa anterior não comportava mais o número de usuários e estava com muitos problemas estruturais. A prefeitura alugou o local atual em meados de outubro de 2023, realizando algumas adaptações necessárias para que a equipe de profissionais pudessem ofertar um serviço de qualidade. Essa equipe de profissionais que integra o CAPS-AD é composta pelos seguintes trabalhador
	1. Composição da Equipe de Profissionais do CAPS AD
	Especialidade
	Totalidade
	
	Coordenadora
	1
	
	Terapeuta Ocupacional
	2
	
	Psicólogo
	2
	
	Assistente Social
	1
	
	Enfermeiro
	2
	
	Tec. de Enfermagem
	3
	
	Médico
	1
	
	Secretária
	2
	
	Cozinheiro
	1
	
	Ajudante de Serviços Gerais
	2
	
	Vigias
	2
	
	Farmacêutico
	1
	
	Fonte: Confeccionado pelos autores do presente trabalho.
O CAPS AD de Itajaí oferece uma ampla gama de serviços, que inclui acolhimento de demanda espontânea, atendimento individual, atendimento familiar, grupos terapêuticos, grupo de famílias, oficinas terapêuticas, apoio matricial itinerante, assembleias mensais, atendimento médico, atendimento interdisciplinar (psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeiro, farmacêutico), atendimento farmacológico (dispensado e assistido), visitas domiciliares do serviço e compartilhadas, reuniões de articulação intra e intersetoriais, reunião diária de equipe interdisciplinar, desintoxicação, observação clínica em leitos com equipe técnica regime ambulatorial, fornecimento de laudos para usuários vinculados, ações de promoção e prevenção de riscos e danos à saúde com cronograma mensal de atividades internas e externas para usuários, familiares e comunidade, alimentação com preparo diário, vale transporte público para usuários em tratamento, veículo com motorista para atendimento domiciliar/ territorial, espaço de convivência para usuários em tratamento, local para banho e oferta de insumos de higiene para atendimento de usuários em vulnerabilidade biopsicossociais, além de possuir parceria com o projeto Arte Nos Bairros. 
O fluxo de atendimento começa com a procura espontânea pelo usuário ou pelo encaminhamento de outros serviços da rede. Nesse primeiro contato com o CAPS AD, o acolhimento é realizado, podendo ser coordenado por Assistente Social, Técnico de Enfermagem, Enfermeiros, Terapeuta Ocupacional ou Psicólogos, ou, de forma geral, pelo profissional responsável pelo turno de atendimento naquele dia.
Após o acolhimento inicial, realiza-se uma análise para identificar a necessidade de encaminhamento ao clínico geral ou psiquiatra, além de avaliar a possível mobilização da rede de apoio, incluindo a família e o serviço social. O profissional responsável por este atendimento inicial assume a função de Técnico de Referência (TR) do usuário, compondo um trio de referência com mais dois profissionais. Essa organização assegura que, mesmo na ausência do TR principal, outros integrantes do trio possam gerenciar situações relacionadas ao usuário, garantindo continuidade e consistência no acompanhamento. Cabe ao técnico que realizou o acolhimento inicial a responsabilidade de elaborar o Projeto Terapêutico Singular (PTS), tarefa que envolve discussões prévias com a equipe multiprofissional e o próprio usuário, assegurando um plano de cuidado individualizado e colaborativo.
O PTS (Projeto Terapêutico Singular) é um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas com um indivíduo, uma família ou um grupo que resulta dadiscussão coletiva de uma equipe interdisciplinar (Ferreira et.al, 2022). Deste modo, o PTS constitui uma metodologia de cuidado estruturada a partir de práticas interdisciplinares, com foco na atenção às demandas de saúde dos indivíduos em seus contextos sociais específicos. Essa abordagem estratégica contribui para a reorganização das atividades das equipes de saúde nos distintos níveis de atenção, incorporando aspectos transversais na elaboração do cuidado (Ferreira et.al, 2022). Além disso, o PTS favorece a articulação entre os serviços que compõem a rede de atenção à saúde, com o propósito de assegurar uma assistência integral e coordenada (Rocha; Lucena, 2018).
	2. Projeto Terapêutico Singular - CAPS AD Itajaí/SC
	Turno
	Segunda-Feira
	Terça-Feira
	Quarta-Feira
	Quinta-Feira
	Sexta-Feira
	Manhã
	Oficina de Criatividade
	Oficina em Saúde
	
Sentimentos
 
Oficina de TO
	Papo de Mulheres
	Contação de Histórias
Oficina de TO
	
	
	
	
	Práticas Corporais
	
	
	
	
	
	Grupo de Família
	
	
	
	
	
	Encontro
	
	Tarde
	Encontro
	Grupo de Horta
Oficina de Poesia
Grupo de família
	
Ajuda Mútua
	Oficina de Música
	Práticas Corporais
Grupo GAM
	
	
	
	
	Oficina e Cine Debate
	
	Fonte: CAPS AD Itajaí/SC
	
	
	
	
2. CLÍNICA DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
A análise do modelo de cuidado adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) após a reforma sanitária exige uma compreensão aprofundada do desenvolvimento histórico do saber biomédico. No século XIX, Philippe Pinel consolidou a psiquiatria como disciplina médica ao inserir a "loucura" no domínio da medicina, classificando-a como doença mental. Esse paradigma resultou na institucionalização dos pacientes em manicômios, com base no modelo clínico de isolamento, que separava os considerados desviantes da norma social. Esse modelo permaneceu dominante, influenciando profundamente as práticas em saúde mental e a percepção social dos indivíduos diagnosticados como "loucos" (CREPOP, 2013).
No século XVII, surgiram novos modelos de hospitais, como o hospital geral, que desempenhou papel crucial na redefinição do “lugar social” reservado aos loucos na cultura ocidental. A partir desse momento, consolidou-se no imaginário popular a ideia de que os loucos eram incapazes de se integrar à vida social e, por isso, deveriam ser isolados. Contudo, a Revolução Francesa trouxe consigo os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, que fomentaram a democratização dos espaços sociais. Nesse contexto, muitos internos foram libertados, embora tenham sido criadas instituições assistenciais como orfanatos, reformatórios e centros de reabilitação, que continuaram a abrigar populações marginalizadas (Amarante, 2007).
No Brasil, a reforma psiquiátrica buscou romper com o modelo manicomial, promovendo uma sociedade sem manicômios e encerrando as atividades de asilos e hospitais especializados. Esse movimento contou com a liderança de figuras como Nise da Silveira, Luís da Rocha Cerqueira e Osório César e ganhou força no final da década de 1970, consolidando-se na década de 1980 como o movimento da luta antimanicomial. A reforma psiquiátrica brasileira transformou-se, assim, em política pública, propondo a substituição dos hospitais psiquiátricos por serviços alternativos, como unidades de acolhimento, centros de atenção psicossocial e centros de convivência (Pitta; Guljor, 2019). Vale destacar que o objetivo não era extinguir as internações em casos de crise aguda ou risco iminente, mas priorizar o atendimento comunitário e contínuo, reservando a internação apenas para situações imprescindíveis (Vasconcelos, 2019).
Posto isso, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD) foi instituído em 2002, por meio da Portaria nº 336, como parte integrante do movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Este marco representou um avanço significativo na atenção psicossocial, ao consolidar serviços voltados para o cuidado de indivíduos que fazem uso problemático de substâncias. Em 2005, a Portaria nº 1.028 determinou que o CAPS-AD adotasse a Redução de Danos (RD) como metodologia norteadora das práticas de cuidado, abordagem que vigorou até 2019 (Nicodemos, 2020).
O conceito de Redução de Danos, no entanto, não é uma criação brasileira, mas foi incorporado ao cenário nacional como um paradigma alinhado aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) universalidade, integralidade e equidade. Desde sua criação, no final da década de 1980, o SUS ampliou a atenção ao público que faz uso de substâncias psicoativas, favorecendo o desenvolvimento de dispositivos comunitários de cuidado, como o CAPS-AD. A partir da Portaria nº 1.028/2005, a RD foi consolidada como uma metodologia que reconhece as especificidades e os direitos dos usuários, focando no cuidado integral e na autonomia do sujeito (Silveira; D’Tôlis, 2016).
Deste modo, a abordagem da Redução de Danos não tem como premissa central a abstinência, mas busca compreender o papel das substâncias na vida dos usuários e oferecer cuidados que minimizem os danos associados ao consumo, respeitando a liberdade e os direitos dos indivíduos. Nesse sentido, a RD enfatiza a corresponsabilidade entre usuários, profissionais e serviços, promovendo práticas democráticas que integram o sujeito ao processo terapêutico e à vida social (Machado; Boarini, 2013). Trata-se de um modelo que entende o consumo de substâncias como um fenômeno inerente às diversas formas de organização social e econômica, priorizando intervenções adaptadas às necessidades e escolhas de cada usuário (Coelho, 2018).
Apesar de seu potencial transformador, a Redução de Danos enfrenta desafios substanciais no Brasil, sobretudo no que se refere à discriminação, à violência e às barreiras jurídicas e políticas que ainda marcam o debate sobre o uso de drogas. A Lei nº 11.343, de 3 de agosto de 2006, que estabelece o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, define como droga qualquer substância ou produto capaz de causar dependência. No entanto, a implementação de políticas baseadas em Redução de Danos tem sido impactada pela abordagem punitivista e pelo viés moral que permeiam a discussão sobre o consumo de substâncias no país.
Por conseguinte, em 2019, durante o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, foi implementada a Nova Política Nacional sobre Drogas (NPND), por meio do Decreto nº 9.761, de 11 de abril. Este normativo substituiu o Decreto nº 4.345, que regulamentava a Política Nacional Antidrogas (PNAD), promovendo alterações significativas na abordagem governamental sobre o uso de substâncias psicoativas.
A NPND marcou uma mudança de paradigma ao despriorizar a metodologia da Redução de Danos e enfatizar modelos de cuidado centrados exclusivamente na abstinência total. Paralelamente, fortaleceu as Comunidades Terapêuticas, que frequentemente empregam abordagens proibicionistas e moralistas no tratamento de pessoas que fazem uso de substâncias (Fernandes, 2021). Essas mudanças acarretaram uma redução no investimento destinado aos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD), o que comprometeu a capacidade desses serviços em oferecer cuidados pautados pela liberdade, pela autonomia e pelo respeito às especificidades de cada indivíduo.
Em suma, com a publicação da Nota Técnica n.º 11/2019-CGMAD/DAPES/SAS/MS, a abstinência foi estabelecida como diretriz exclusiva para usuários de CAPS-AD, inviabilizando a redução de danos e aproximando o modelo vigente de práticas manicomiais. Esse movimento reflete retrocessos históricos, que tratam o uso de substâncias sob uma ótica moral e criminal, ignorando avanços das políticas públicas que buscavam garantir direitos e atendimentos humanizados (Brasil, 2019 apud Cruz; Gonçalves; Delgado, 2020).
3. ANÁLISE DE DADOS DE ACOLHIMENTO
O acolhimento é o primeiro contato com o usuário, ou seja, a porta de entrada do serviço. Como ressaltado por Matumoto (1998) e Merhy (1994 - 1997) o acolhimento é a reorganização do serviço de saúde que garante o acesso universal, nãoé apenas receber bem, mas também prestar um atendimento humanizado buscando assim trazer a resolutividade da necessidade de saúde de cada usuário que procura o serviço, pois o acolhimento entrepõe-se durante todo processo de trabalho.
Ao ser feita a admissão no serviço, o usuário passa a integrar a lista de acolhimento para indicadores, onde demonstram dados importantes para serem analisados. 
Para Campos (1994), o acolhimento vai desde a abertura dos serviços públicos para a demanda, até a responsabilização de todos os envolvidos no tratamento de problemas de saúde, e de acordo com Merhy (1994) essa responsabilização é a formação de um compromisso entre a equipe e usuário e sua família, tornando a equipe mais sensível a subjetividade do sofrimento do usuário. Assim o acolhimento poderia estabelecer relações de proximidade onde a escuta deveria estar presente, e de modo que possa transformar o usuário em um co-responsável por sua saúde possibilitando, assim, sua autonomia e cidadania.
Os dados levantados por meio dos indicadores abrangem os meses de maio, junho, julho e agosto de 2023, sendo comparados com o mesmo período em 2024. As análises realizadas pelo CAPSad revelaram um panorama detalhado sobre os padrões de uso de substâncias, evidenciando diferenças significativas relacionadas a faixas etárias, gêneros e condições sociais, como a situação de rua. Essas informações fornecem subsídios essenciais para a formulação de estratégias em conjunto com o serviço, visando a implementação de práticas de tratamento mais eficazes
O padrão de uso varia significativamente conforme a idade dos usuários. Por exemplo, em jovens adultos (20-29 anos), o crack se revela como a droga mais prevalente tanto entre homens quanto mulheres. Nos adultos de meia-idade (30-49 anos), observa-se que o crack continua a dominar entre os homens, enquanto as mulheres apresentam uma transição: o uso de cocaína é mais comum dos 30 aos 39 anos, mas o crack predomina na faixa de 40-49 anos.
De acordo com MacRae et al. (2013), o consumo de crack apresenta diferentes contextos e padrões associados às condições sociais e culturais dos usuários. Os meios de comunicação veiculam imagens e notícias sobre o uso, o tráfico e a violência relacionada à substância. As imagens geralmente demonstram usuário sem situações de mendicância, ruas decadentes dos grandes centros urbanos do país, favorecendo conclusões precipitadas sobre a relação entre a substância e seu presumido poder de desestabilização da estrutura social, atribuído a um efeito neuroquímico supostamente quase ilimitado. Porém, a realidade tem mostrado um usuário de crack com características de dependência química próximas às encontradas entre usuários de outras substâncias de abuso, onde padrões heterogêneos de consumo são a regra, apontando para uma complexa relação entre a droga, o sujeito e o ambiente (físico e sociocultural). Essa visão estereotipada promovida pelos meios de comunicação contribui para reforçar o estigma associado aos usuários de crack, retratando-os como agentes de caos social e desconsiderando os múltiplos fatores que influenciam seu comportamento.
Uma narrativa simplista não apenas ignora a diversidade de padrões de consumo, mas também dificulta a implementação de políticas públicas efetivas, que deveriam focar na redução de danos e na atenção integral ao usuário. Além disso, ao centrar o problema apenas na substância, marginaliza-se a discussão sobre os determinantes sociais e econômicos que muitas vezes levam ao uso abusivo, como a pobreza, exclusão social e falta de acesso a serviços de saúde mental. Por isso, é essencial que a análise do uso de crack seja particular e subjetiva, indo além do sensacionalismo midiático, abordando-o sob uma perspectiva multidimensional que contemple as interações entre indivíduo, substância e contexto.
	Partindo para a análise referente a diferenças de gênero, entre as mulheres, o padrão de consumo apresenta maior diversidade: a cocaína é a substância mais utilizada em idades mais jovens (20-29 anos), o crack ganha relevância nas faixas intermediárias (40-49 anos) e o álcool predomina entre as idosas (60+).
4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
No primeiro semestre do Estágio Específico, foi possível conhecer o campo de atuação e acompanhar diversas atividades realizadas pelo serviço, como Acolhimentos, acompanhamento de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), reuniões de equipe e assembleias, grupos, oficinas, atividades extramuros, além de estabelecer contato direto com os usuários do serviço. Esse contato inicial foi marcado pela construção de vínculos e pela compreensão do funcionamento do serviço também pela perspectiva dos próprios usuários. Neste momento, o foco esteve na observação, sem práticas de intervenção. A promoção de saúde feita por meio da clínica ampliada inclui o matriciamento, por exemplo, quando o CAPS-AD mantém algum nível de contato com a unidade básica de saúde, que pode ou não ter sido a porta de entrada daquele indivíduo que encaminha para entrega psicossocial, para através de um fortalecimento da atenção básica, o tratamento daquele indivíduo também é fortalecido (Cohen; Castanho, 2021).
4.1. Grupo GAM
As reuniões do GAM (Gestão Autônoma de Medicação) seguem uma dinâmica participativa, com rodas de conversa onde os usuários compartilham suas experiências e reflexões. Além do foco na medicação, o grupo explora questões mais amplas, como a percepção que os usuários têm de si mesmos, como se sentem em relação ao julgamento alheio e as dificuldades em construir ou manter redes de apoio. Durante essas conversas, muitas vezes surgem histórias de traumas que explicam desafios pessoais, como o isolamento. O grupo também aborda os impactos do uso de drogas, não apenas para os usuários, mas para suas famílias, promovendo reflexões sobre as dificuldades de convivência e os efeitos do processo de desintoxicação. Reconhece-se que recaídas fazem parte do processo e que a superação envolve um esforço contínuo, tanto do indivíduo quanto da equipe. Ao oferecer apoio emocional e informações claras e orientações precisas, esses grupos ajudam os participantes a compreender melhor a realidade de sua situação. Os grupos de apoio ou suporte criam um espaço de aprendizagem, onde os participantes têm a oportunidade de desenvolver novos comportamentos em um ambiente de compartilhamento e acessibilidade mútua (Oliveira et al, 2010).
4.2. Grupo de Família
	O Grupo de Família colabora para a construção de vínculos mais saudáveis ​​e solidários, fortalecendo tanto os laços familiares quanto o comprometimento com o tratamento no CAPS. Ao integrar-se ao PTS, o grupo demonstra a relevância de trabalhar não apenas com o usuário, mas também com aqueles que convivem diretamente com ele, promovendo uma abordagem verdadeiramente ampliada e integrada de cuidado em saúde mental. Os encontros também promovem a escuta ativa e a troca de experiências entre os participantes, contribuindo para a conscientização sobre os papéis que os familiares desempenham no cuidado e recuperação dos usuários. Além disso, busca-se desmistificar conceitos relacionados ao tratamento psicossocial e à autonomia do usuário, incentivando uma abordagem mais acolhedora. Para trabalhar a saúde mental no contexto familiar por meio de ações de educação em saúde, é fundamental compreender a família em sua complexidade, considerando seus múltiplos aspectos e oferecendo o suporte necessário. Assim, promover a saúde mental na família exige, antes de tudo, conhecer suas percepções, recursos e potencialidades (Souza et al. 2011).
4.3. Grupo Encontro
	Criado há cerca de três anos, o Grupo Encontro é uma evolução de formatos anteriores, como o grupo de prevenção à recuperação, e carrega o aprendizado acumulado ao longo do tempo. Com quase uma década de experiência conduzindo atividades no CAPS, o facilitador utiliza esse espaço para promover conscientização, acolhimento e integração, oferecendo aos participantes uma oportunidade de "encontrar-se" não apenas com os outros, mas tambémconsigo mesmos. Cada encontro é estruturado em torno de um tema específico, escolhido previamente. O facilitador inicia apresentando o significado básico do tema, e complementando com frases ou reflexões de autores e pensadores diversos. Essa abordagem não apenas enriquece a discussão, mas também estimula os participantes a refletirem sobre o tema de maneira mais profunda. Para facilitar a interação, os números são distribuídos para definir a ordem de fala, incentivando a participação, especialmente aqueles que inicialmente podem demonstrar resistência ou timidez. Essa estratégia ajuda a criar um ambiente de inclusão e respeito, onde todos têm a oportunidade de se expressar. Os temas abordados são variados e incluem sentimentos como saudade e alegria, trazendo perspectivas positivas e reflexivas. Apesar de sua leveza, o grupo também se apresenta como um espaço para abordar questões complexas, como a redução de danos, de forma sutil e integrada. Ao contrário de um grupo focado exclusivamente na redução de danos, que muitas vezes encontra resistências devido a preconceitos e tabus, o Encontro permite discutir o assunto de maneira acessível e contextualizada, integrando-o a reflexões mais amplas sobre a vida dos participantes. De acordo com Oliveira (2010) os grupos de apoio ou suporte têm se consolidado como uma técnica utilizada por profissionais de saúde para ajudar a aliviar sentimentos de solidão e isolamento social, promovendo a troca de experiências e a reflexão. A efetividade desses grupos depende da criação de um ambiente acolhedor, onde os participantes sintam-se seguros para compartilhar vivências e emoções, com a confiança de serem compreendidos pelos demais integrantes.
4.4. Educação em Saúde
	O grupo Educação em Saúde com usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), conduzido pela enfermeira Fabi, apresenta-se como uma estratégia fundamental para a promoção da saúde, cuidado integral e melhoria da qualidade de vida dos participantes. A proposta busca envolver os usuários em um processo ativo de aprendizado e troca, promovendo reflexões sobre o bem-estar físico, mental e social. A abordagem realizada no grupo permite discutir temas amplos relacionados à saúde, indo além da dimensão clínica para englobar aspectos da saúde corporal, física e psíquica. Essa perspectiva integral é essencial no contexto do CAPS, onde muitos usuários enfrentam desafios relacionados à saúde mental que impactam diretamente em outras esferas de suas vidas.
A presença da enfermeira no grupo é um diferencial importante, pois, com sua expertise, ela pode abordar tópicos específicos ligados à enfermagem, como autocuidado, prevenção de doenças, adesão a tratamentos e a importância da higiene e da alimentação saudável. Além disso, os temas podem incluir saúde preventiva, como a vacinação, e orientação sobre primeiros socorros e manejo de condições crônicas. Outro aspecto relevante é o papel do grupo na criação de um espaço acolhedor, onde os usuários se sintam à vontade para compartilhar experiências e dificuldades, ajudando a reduzir o estigma em torno da saúde mental. Esse ambiente favorece a troca de saberes entre os participantes, promovendo um aprendizado coletivo e uma maior conscientização sobre o cuidado consigo mesmo e com os outros. A educação em saúde no CAPS, com a liderança de uma enfermeira, reforça o compromisso com a promoção da autonomia dos usuários. A ênfase em temas de saúde integral e a abordagem participativa tornam o grupo uma ferramenta poderosa para fortalecer o vínculo entre os usuários e os profissionais de saúde, promovendo mudanças significativas na vida de todos os envolvidos. No grupo de apoio ou suporte, o enfermeiro desempenha um papel fundamental ao oferecer escuta ativa, promovendo a comunicação e o estabelecimento de um relacionamento terapêutico com a família do usuário de drogas. Por meio dessa abordagem, é possível humanizar o cuidado, incentivando tanto o dependente químico quanto seus familiares a enfrentarem as dificuldades e a preservarem o equilíbrio psicossocial. O objetivo é atender às necessidades individuais de cada pessoa, auxiliando na construção de um novo projeto de vida e na promoção de sua saúde e bem-estar (Almeida et al, 2005).
4.5. Oficina de Poesia
A Oficina de Poesia, idealizada pela psicopedagoga e técnica de enfermagem Márcia, é uma iniciativa criativa e expressiva que visa promover o envolvimento dos usuários do CAPS por meio da arte. Com uma abordagem especial na poesia de rua, o grupo busca oferece um espaço lúdico onde a palavra e a criatividade se tornam ferramentas de expressão pessoal e coletiva. Essa atividade explora a poesia como um meio de comunicação e reflexão, permitindo que os participantes ressignifiquem suas experiências e sentimentos. A proposta é trabalhar não apenas o conteúdo poético, mas também a performance, a sonoridade e o impacto das palavras no contexto social e emocional dos usuários. Ao se inspirar na poesia de rua, o workshop conecta os participantes com um estilo acessível e próximo da realidade deles, incentivando a conveniências e a liberdade na criação.
A Oficina de Poesia tem um caráter expressivo, funcionando como um espaço terapêutico que vai além das palavras escritas. É um ambiente onde os usuários podem explorar suas emoções, compartilhar histórias e desenvolver novas formas de se relacionar consigo mesmos e com os outros. Além disso, o grupo contribui para a construção da autoestima, promovendo o empoderamento dos participantes ao valorizarem suas próprias produções artísticas. Lazzarini (2003) ressalta que o fazer artístico não se limita à expressão do potencial humano com foco estético, mas busca também promover o autoconhecimento, possibilitando que o indivíduo desenvolva recursos para encontrar soluções mais satisfatórias e significativas para sua vida e seu modo de viver.
4.6. Oficina e Cine Debate
	A Oficina e Cine Debate realizadas com os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) configuram-se como ferramentas valiosas na promoção do cuidado em saúde mental por meio de abordagens criativas e lúdicas. Essas atividades proporcionam um espaço alternativo de expressão, reflexão e interação, contribuindo significativamente para o bem-estar dos participantes. O Cine Debate, em especial, combina elementos de lazer e aprendizado ao oferecer um ambiente descontraído onde os usuários podem explorar diferentes narrativas e histórias apresentadas nos filmes. Os enredos e personagens servem como gatilhos para que os participantes reflitam sobre suas próprias vivências, identifiquem emoções e percebam novas perspectivas sobre temas complexos, como relações interpessoais, superação de desafios e resiliência. Esse formato facilita a expressão de sentimentos e ideias que, muitas vezes, são difíceis de verbalizar diretamente, proporcionando um caminho mais leve e criativo para a comunicação. Além do caráter terapêutico, o Cine Debate também promove a socialização e o fortalecimento de vínculos entre os usuários, estimulando o diálogo e o compartilhamento de diferentes pontos de vista em um espaço seguro e acolhedor. Essa troca ajuda a combater o isolamento social, que é uma realidade comum para muitos que enfrentam transtornos mentais, ao mesmo tempo que fortalece a sensação de pertencimento ao grupo. Já a oficina, como extensão desse trabalho, pode incorporar outras atividades complementares, como a produção de materiais artísticos ou discussões aprofundadas sobre os temas dos filmes, estimulando a criatividade e habilidades cognitivas dos participantes. Essas ações ampliam a capacidade de expressão e proporcionam momentos de lazer que são essenciais no contexto do CAPS, reforçando o cuidado integral que vai além da abordagem clínica tradicional. A arteterapia, quando aplicada a dependentes de drogas dentro dos novos paradigmas de atenção à saúde mental, constitui um processo terapêutico que utiliza recursos artísticos para acolher o indivíduo em sua diversidade, complexidade e dinamicidade. Essa abordagem auxiliana construção de novos sentidos para a vida, com o objetivo de promover a reinserção e inclusão social (Valladares, 2008).
4.7. Grupo Ajuda Mútua
	O Grupo de Ajuda Mútua no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é uma estratégia que integra as novas abordagens no cuidado em saúde mental, com foco no fortalecimento do protagonismo dos usuários. Centrado na troca de experiências entre pares, esse grupo cria um espaço onde os participantes podem compartilhar suas vivências, reflexões e desafios relacionados ao uso de substâncias, promovendo apoio mútuo e aprendizado coletivo. A dinâmica do grupo parte do princípio de que a experiência pessoal possui um valor terapêutico e pode ser uma poderosa ferramenta de empoderamento. Ao relatar suas histórias, os usuários não apenas encontram um ambiente de acolhimento, mas também se reconhecem em trajetórias similares, percebendo que não estão sozinhos em seus desafios. Essa identificação mútua favorece o desenvolvimento de estratégias práticas para lidar com as adversidades do uso de substâncias, além de estimular a construção de novas perspectivas para a vida.
O mediador desse grupo, que pode ser um usuário ou uma pessoa externa, desempenha um papel crucial na facilitação da conversa, garantindo que o espaço seja seguro, inclusivo e respeitoso. O mediador atua como um elo entre os participantes, incentivando a participação ativa e colaborativa, mas sem centralizar o debate, permitindo que os próprios usuários conduzam a troca de experiências. Essa horizontalidade no diálogo é um dos pilares do sucesso do grupo, reforçando o conceito de autonomia e corresponsabilidade no cuidado. Além de abordar diretamente questões relacionadas ao uso de substâncias, o grupo também se propõe a discutir os impactos desse uso na vida cotidiana, incluindo aspectos emocionais, sociais e relacionais. Ao trazer a perspectiva de quem vive a realidade do uso ou recuperação, o grupo rompe com estigmas e promove um ambiente de aprendizado coletivo que vai além das intervenções tradicionais.
O Grupo de Ajuda Mútua não é apenas uma ferramenta terapêutica, mas também uma forma de ressignificar as relações dos usuários com o CAPS e entre si, ao fomentar redes de apoio e a construção de novas identidades para além do rótulo do uso de substâncias. Nesse processo, os participantes se tornam não apenas receptores de cuidado, mas também agentes ativos de mudança em suas vidas e na vida de seus pares. Segundo Pinheiro (2008) participar de grupos de apoio proporciona a troca de experiências com pessoas que enfrentam desafios semelhantes, permitindo que os participantes percebam que não estão sozinhos. Essa oportunidade de compartilhar dificuldades promove a sensação de inclusão, apoio mútuo, fortalecimento da autoestima e a confiança necessária para enfrentar e superar adversidades. Grupos de apoio podem ser reconhecidos como uma importante fonte de suporte social, atuando como pilares no processo de recuperação e adaptação à nova realidade, além de se configurarem como espaços de transformação psicofísica e psicossocial.
4.8. Contação de Histórias
O Grupo de Contação de Histórias realizado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) oferece aos usuários um ambiente lúdico, criativo e repleto de possibilidades de expressão. Mais do que uma simples atividade recreativa, este grupo é uma ferramenta terapêutica que utiliza a narrativa como meio de estimular a imaginação, promover o bem-estar emocional e proporcionar um espaço de escuta e interação. A contação de histórias funciona como um catalisador para a expressão de pensamentos, sentimentos e experiências, permitindo que os usuários se identifiquem com os personagens ou situações apresentadas. Nesse processo, o grupo também possibilita que cada participante encontre uma maneira de revisitar ou resignificar suas próprias vivências, de forma simbólica, dentro de um ambiente acolhedor e desprovido de julgamentos.
A ludicidade, elemento central dessa prática, favorece a conexão emocional e fortalece a autoestima dos participantes. Ao ouvir ou contar histórias, os usuários exercitam sua criatividade, o que pode contribuir para a redução de tensões e proporcionar momentos de leveza e prazer em meio às rotinas do tratamento. Além disso, a atividade promove habilidades sociais ao incentivar a interação, o respeito às diferenças e o fortalecimento de vínculos interpessoais. A condução do grupo é realizada de forma a respeitar as particularidades de cada participante, dando voz àqueles que desejam narrar suas próprias histórias ou simplesmente compartilhar impressões sobre os enredos apresentados. O mediador atua como facilitador do processo, escolhendo histórias que estimulem a reflexão e promovam mensagens positivas, ao mesmo tempo que incentiva a participação ativa dos usuários. Para falar sobre grupos de criatividade, Rogers (2002) diz que o núcleo é freqüentemente constituído pela expressão criadora, através dos vários meios da arte, sendo o objetivo a espontaneidade individual e a liberdade de expressão. Portanto muito temos a explorar a partir destes recursos artísticos que podem contribuir no tratamento da dependente químico.
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