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<p>RESUMO APOSTILA 1</p><p>1. O que é a Constituição?</p><p>Definição: A Constituição é a lei principal e mais importante de um país. Ela é como um manual que</p><p>define como o Estado deve funcionar, como o poder é organizado e dividido, e quais são os direitos e</p><p>garantias das pessoas.</p><p>Função: A Constituição estabelece as regras básicas sobre como o governo deve operar, como o</p><p>poder é dividido, e quais são os direitos e deveres das pessoas. Ela pode ser escrita ou não e serve</p><p>para criar e organizar o poder do Estado, passando de uma ideia abstrata para uma estrutura real e</p><p>institucionalizada.</p><p>Importância: A Constituição é essencial para qualquer país porque organiza tudo o que é necessário</p><p>para o funcionamento do Estado, define os órgãos governamentais, os direitos fundamentais das</p><p>pessoas, e limita os poderes dos governantes. Ela é a base sobre a qual todas as outras leis se</p><p>apoiam.</p><p>Neoconstitucionalismo: Hoje, a Constituição não só organiza o Estado, mas também regula</p><p>aspectos da vida social, como os direitos dos trabalhadores e a economia. Além de definir a estrutura</p><p>do Estado, a Constituição moderna também cuida da proteção dos direitos dos cidadãos em relação</p><p>uns aos outros.</p><p>2. Diferentes Sentidos da Constituição</p><p>2.1. Sentido Sociológico</p><p>O que é: De acordo com Ferdinand Lassalle, a Constituição é mais do que um documento escrito.</p><p>Ela reflete o poder real e os valores da sociedade. Existe a Constituição Real (o que realmente</p><p>acontece na prática) e a Constituição Escrita (o texto oficial).</p><p>Explicação: A Constituição escrita é apenas um pedaço de papel se não refletir o poder real e os</p><p>valores da sociedade. Quando há uma correspondência entre a Constituição real e a escrita, a</p><p>Constituição é eficaz e reflete a realidade social.</p><p>2.2. Sentido Político</p><p>O que é: Para Carl Schmitt, a Constituição é uma decisão política fundamental. Ela representa a</p><p>escolha do povo sobre como querem ser governados e quais valores devem ser seguidos.</p><p>Explicação: A Constituição é o resultado de uma decisão política que reflete o desejo da sociedade.</p><p>O que importa é que a Constituição seja uma expressão dessa decisão política fundamental, e não</p><p>necessariamente se corresponde ao poder real.</p><p>2.3. Sentido Jurídico</p><p>O que é: Na visão de Hans Kelsen, a Constituição é a lei suprema que valida todas as outras leis. É</p><p>um conjunto de normas jurídicas que estabelece a hierarquia das leis e deve ser respeitada por</p><p>todos.</p><p>Explicação: A Constituição é vista como a norma principal do sistema jurídico. Toda lei deve seguir as</p><p>regras estabelecidas pela Constituição. Ela é a base do ordenamento jurídico e pode ser alterada</p><p>apenas seguindo procedimentos específicos.</p><p>2.4. Sentido Cultural</p><p>O que é: A Constituição é vista como um produto da cultura e da sociedade. Ela reúne aspectos</p><p>econômicos, sociais, morais e jurídicos, refletindo a atividade criativa humana.</p><p>Explicação: A Constituição é mais do que uma norma jurídica; ela também incorpora elementos</p><p>culturais e sociais. É uma mistura de fatores econômicos, morais e filosóficos que, juntos, criam um</p><p>documento que reflete a totalidade da sociedade.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES</p><p>1. Quanto à Origem</p><p>● Democrática: Elaborada com participação popular direta ou indireta (ex.:</p><p>Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946, 1988).</p><p>● Outorgada: Imposta unilateralmente pelo governante, sem participação popular (ex.:</p><p>Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967, EC nº 1/1969).</p><p>● Cesarista: Elaborada sem participação popular, mas ratificada por ela (ex.:</p><p>Constituição de Napoleão).</p><p>● Dualista: Resultado de um pacto entre monarca e representantes populares (ex.:</p><p>Constituições da monarquia constitucional).</p><p>2. Quanto à Estabilidade</p><p>● Imutável: Não permite alterações, uma idealização histórica (raramente aplicada</p><p>hoje).</p><p>● Transitoriamente Imutável: Impede alterações nos primeiros anos de vigência (ex.:</p><p>Constituição Imperial de 1824).</p><p>● Fixa: Alterada apenas pelo órgão que a criou.</p><p>● Rígida: Exige um processo legislativo complexo para alterações (ex.: Constituição</p><p>Federal de 1988).</p><p>● Flexível: Pode ser alterada por processo legislativo comum (ex.: Constituição do</p><p>Reino Unido).</p><p>● Transitoriamente Flexível: Flexível por um tempo e depois rígida.</p><p>● Semirrígida: Algumas partes são mais difíceis de modificar do que outras (ex.:</p><p>Constituição Imperial de 1824).</p><p>3. Quanto à Forma</p><p>● Escrita: Todas as normas em um único documento sistemático (ex.: Constituição</p><p>dos EUA de 1787).</p><p>● Não Escrita: Normas dispersas em várias fontes (ex.: Reino Unido, Israel).</p><p>4. Quanto ao Modo de Elaboração</p><p>● Dogmática: Elaborada de uma vez, reflete os valores da época (ex.: Constituição</p><p>Federal de 1988).</p><p>● Histórica: Evolui gradualmente, refletindo mudanças sociais e políticas.</p><p>5. Quanto à Extensão</p><p>● Analítica: Detalhada e extensa, cobre muitos aspectos da vida estatal (ex.:</p><p>Constituição do Brasil de 1988).</p><p>● Concisa: Breve e focada nos princípios fundamentais (ex.: Constituição dos EUA de</p><p>1787).</p><p>6. Quanto ao Conteúdo</p><p>● Material: Normas essenciais para a estruturação do Estado (independente de</p><p>estarem no texto constitucional).</p><p>● Formal: Normas que estão no texto da Constituição (podem não tratar de assuntos</p><p>materiais).</p><p>7. Quanto à Finalidade</p><p>● Garantia: Restringe o poder estatal e protege direitos individuais (ex.: Constituição</p><p>dos EUA de 1787).</p><p>● Balanço: Reflete o estado atual da sociedade e economia (ex.: Constituições</p><p>soviéticas).</p><p>● Dirigente: Estabelece objetivos e diretrizes para o futuro (ex.: Constituição Brasileira</p><p>de 1988).</p><p>8. Quanto à Interpretação</p><p>● Nominativa: Texto preciso, interpretado literalmente.</p><p>● Semântica: Texto que requer interpretação mais ampla e múltiplos métodos</p><p>hermenêuticos.</p><p>9. Quanto à Correspondência com a Realidade</p><p>● Normativa: Alta correspondência entre texto e prática.</p><p>● Nominalista: Ideal de correspondência, mas com discrepâncias reais.</p><p>● Semântica: Destina-se a legitimar o poder, sem preocupação com a</p><p>correspondência prática.</p><p>10. Quanto à Ideologia</p><p>● Eclética: Pluralidade de ideologias, conciliando várias visões (ex.: Constituição</p><p>Brasileira de 1988).</p><p>● Ortodoxa: Baseada em uma única ideologia, sem espaço para pluralidade (ex.:</p><p>Constituição da China de 1982).</p><p>11. Quanto à Unidade Documental:</p><p>○ Orgânica: Constituição com todos os dispositivos constitucionais em um</p><p>único documento, sem normas constitucionais dispersas. Exemplo:</p><p>Constituição brasileira de 1988.</p><p>○ Inorgânica: Constituição formada por várias estruturas documentais.</p><p>Exemplo: Constituição da França de 1875.</p><p>12. Quanto ao Sistema:</p><p>○ Principiológica: Constituições que enfatizam princípios gerais, que</p><p>requerem interpretação e aplicação por meio de legislação ou decisão</p><p>judicial. Exemplo: Constituição brasileira de 1988.</p><p>○ Preceitual: Constituições com normas detalhadas e específicas que</p><p>permitem aplicação direta e coercitiva. Exemplo: Constituição mexicana de</p><p>1917.</p><p>13. Quanto ao Local da Decretação:</p><p>○ Heteroconstituição: Constituição elaborada fora do Estado que a adotará,</p><p>geralmente por organismos internacionais ou outros Estados. Exemplo:</p><p>Constituições da Nova Zelândia, Canadá e Austrália, aprovadas pelo</p><p>Parlamento Britânico.</p><p>○ Autoconstituição: Constituição elaborada e adotada dentro do próprio</p><p>Estado. Exemplo: Constituição brasileira de 1988.</p><p>14. Quanto ao Papel da Constituição:</p><p>○ Constituição-lei: Constituição com status semelhante ao das leis ordinárias,</p><p>sem hierarquia superior. Exemplo: Constituições que não estabelecem</p><p>controle rígido sobre o legislador.</p><p>○ Constituição-moldura: Constituição que limita a atuação do legislador,</p><p>estabelecendo uma “moldura” dentro da qual as leis devem se manter.</p><p>○ Constituição-fundamento: Constituição que estabelece normas superiores</p><p>e cogentes, orientando e restringindo a atuação legislativa. Exemplo:</p><p>Constituição brasileira de 1988.</p><p>15. Quanto ao Conteúdo Ideológico:</p><p>○ Liberal: Constituição que garante liberdades individuais e limita a</p><p>intervenção estatal. Exemplo: Constituição dos EUA de 1787.</p><p>○ Social: Constituição que inclui direitos sociais e econômicos</p><p>e promove a</p><p>intervenção estatal para alcançar igualdade material. Exemplo: Muitas</p><p>constituições pós-liberais.</p><p>16. Outras Classificações:</p><p>○ Suave (dúctil): Constituição que assegura várias formas de vida e escolhas</p><p>pessoais.</p><p>○ Plástica: Constituição que permite releituras e adaptações constantes.</p><p>○ Expansiva: Constituição que amplia o tratamento jurídico e abrange novas</p><p>situações.</p><p>○ Em Branco: Constituição que permite alterações sem especificar os</p><p>procedimentos de reforma. Exemplo: Constituição que não define regras para</p><p>sua própria modificação.</p><p>Constituição Brasileira de 1988:</p><p>1. Quanto à Origem: Promulgada.</p><p>2. Quanto à Estabilidade: Rígida.</p><p>3. Quanto à Forma: Escrita.</p><p>4. Quanto ao Modo de Elaboração: Dogmática.</p><p>5. Quanto à Extensão: Analítica.</p><p>6. Quanto ao Conteúdo: Formal.</p><p>7. Quanto à Finalidade: Dirigente.</p><p>8. Quanto à Interpretação: Semântica.</p><p>9. Quanto à Correspondência com a Realidade: Nominativa.</p><p>10. Quanto à Ideologia: Eclética.</p><p>11. Quanto à Unidade Documental: Orgânica.</p><p>12. Quanto ao Sistema: Principiológica.</p><p>13. Quanto ao Local de Decretação: Autoconstituição.</p><p>14. Outras Classificações: Plástica, suave e expansiva.</p>

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