DFC

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<p>DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA</p><p>CPC 03 e NBC TG 03</p><p>Profª Rosemary Gelatti</p><p>Faculdade CNEC Santo Ângelo</p><p>DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA</p><p>Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa.</p><p>As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.</p><p>Atividades na DFC</p><p>A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.</p><p>Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.</p><p>Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.</p><p>Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.</p><p>Atividades Operacionais</p><p>Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Receitas e despesas que estariam na DRE</p><p>Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:</p><p>recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;</p><p>recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;</p><p>pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;</p><p>pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;</p><p>recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;</p><p>pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e</p><p>recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. (Investimentos temporários)</p><p>Atividades Operacionais</p><p>Exemplos: recebimento de vendas, pagamento de fornecedores, pagamento de funcionários, pagamento de aluguel, etc.</p><p>Alternativas:</p><p>Receitas e Despesas Financeiras – atividades operacionais / atividades de financiamento</p><p>Dividendos recebidos/ Pagos - atividades operacionais (recebidos)/ atividades de financiamento (pagos)</p><p>Atividades de Investimento</p><p>A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em função de tais fluxos de caixa representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades de investimento.</p><p>São aquisição e venda de ativos de longo prazo e outros investimentos .</p><p>Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:</p><p>(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo.</p><p>(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;</p><p>(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias;</p><p>(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias;</p><p>(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);</p><p>(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);</p><p>(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento;</p><p>(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento.</p><p>Atividades de Financiamento</p><p>A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade.</p><p>São atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do Patrimônio Líquido e empréstimos da entidade, que representam exigências de futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade.</p><p>Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:</p><p>(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;</p><p>(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;</p><p>(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;</p><p>(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e</p><p>(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento. (A expressão “arrendamento mercantil” foi substituída em todo o pronunciamento por “arrendamento” pela Revisão CPC 14)</p><p>Apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais</p><p>A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente:</p><p>o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou</p><p>o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.</p><p>DUPLICATAS A RECEBER</p><p>Saldo Inicial 100</p><p>Vendas 80	 ? 80</p><p>Recebimentos em caixa</p><p>Saldo Final 100</p><p>FÓRMULA P/ COMPOSIÇÃO DOS SALDOS NA DFC:</p><p>Razonete: Saldo inicial + entradas (-) saídas = saldo final.</p><p>Fórmula Método Direto: Saldo inicial do BP + DRE (-) Saldo Final do BP</p><p>A DFC pode ser elaborada pelos Métodos Direto ou Indireto, sendo incentivada a elaboração pelo método direto.</p><p>Fórmula Método Direto:</p><p>Exceções:</p><p>1- Fornecedores:</p><p>Saldo inicial do BP + COMPRAS (-) Saldo Final do BP</p><p>Sendo COMPRAS: CMV = EI + COMPRAS – EF</p><p>2- Despesas do Exercício Seguinte:</p><p>Saldo inicial do BP (-) DRE (-) Saldo Final do BP</p><p>* reduz o valor da DRE porque não houve compra, mas consumo/apropriação.</p><p>DFC Método DIRETO</p><p>Saldo inicial do BP + DRE (-) Saldo Final do BP</p><p>BP 1 + DRE - BP 2</p><p>Demonstração do Resultado de 01/01/2010 a 31/12/2010 (em R$):</p><p>Vendas Líquidas	40.000</p><p>(-) Custo das Mercadorias Vendidas	-20.000</p><p>(=) Lucro Bruto	20.000</p><p>Despesas Operacionais	17.800</p><p>Despesas com Vendas	-3.500</p><p>Despesas Administrativas	-11.500</p><p>Depreciação	-1.500</p><p>Amortização de Despesas Pagas Antecipadas	-600</p><p>Despesas Financeiras	-1.000</p><p>Receitas Financeiras	300</p><p>Resultado Operacional	2.200</p><p>Ganho na Alienação de Imobilizado	3.000</p><p>Resultado antes do IR e CSLL	5.200</p><p>IR e CSLL	-1.300</p><p>Resultado Líquido do Exercício</p><p>3.900</p><p>Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do período 01/01/2001 a 31/12/2010:</p><p>Capital 	Reservas de Lucros	Lucros/Prej. Acumulados	Total</p><p>Saldo em 31/12/2009	5.000	1.600		6.600</p><p>Aumento de capital	10.000			10.000</p><p>Resultado do Exercício			3.900	3.900</p><p>Constituição de Reservas de Lucros		2.400	-2.400</p><p>Dividendos Distribuídos			-1.500	-1.500</p><p>Saldo em 31/12/2010	15.000	4.000 	 	19.000</p><p>Outras Informações:</p><p>Venda do imobilizado por: R$ 10.000 Compra imobilizado: R$ 15.000,000</p><p>Recebimento de Clientes	35.500</p><p>Clientes em X1 2009	9000</p><p>Receita bruta de vendas	40000</p><p>(-) Clientes em X2 2010	-13500</p><p>Recebimento de Receita Financeira	 300</p><p>Rendimentos a receber X1 2009	0</p><p>Receita financeiraDRE	 300</p><p>(-) Rendimentos a receber X2 2010	  0</p><p>Pagamento a Fornecedores 	10.000</p><p>Precisamos encontrar o vl das compras: CMV = EI + compras - EF</p><p>20.000 = 12000+ compras - 15.000</p><p>20.000 - 12000 +15000 = compras</p><p>23.000 = compras</p><p>Fornecedores X1 2009	10.000</p><p>Compras	23.000</p><p>(-) Fornecedores X2 2010	-23.000</p><p>Pagamento de Impostos	2.000</p><p>Impostos a recolher X1 2009	2000</p><p>Impostos DRE	1300</p><p>(-) Impostos a recolher X2 2010	-1300</p><p>Pagto de despesas Adm/vendas	22.000</p><p>Dívidas relacionadas X1 2009	15000</p><p>Despesas com vendas/gerais DRE	15000</p><p>(-) Dívidas relacionadas X2 2010	-8000</p><p>Pagamento de despesas Financeiras	1.000</p><p>Juros a pagar X1 2009 	 0</p><p>Despesas com juros DRE	1000</p><p>(-) Juros a pagar X2 2010	 0</p><p>Pagamento de despesas antecipadas	-2.600</p><p>Despesas antecipadas X1 2009	3000</p><p>(-) Despesas antecipadas DRE *	- 600</p><p>(-) Despesas antecipadas X2 2010	-5000</p><p>* reduz o valor da DRE pq não houve compra, mas consumo/apropriação.</p><p>ATIVIDADE OPERACIONAL é apresentada da seguinte forma:</p><p>Lucro líquido do exercício</p><p>2) Ajustado pelas receitas e despesas que não representam caixa (R$), como depreciação, exaustão, amortização, ganho ou perda de capital, equivalência patrimonial.</p><p>Assim, as despesas serão somadas e as receitas serão reduzidas para ajustar o lucro econômico da DRE ao “lucro financeiro”, ou seja, que represente caixa.</p><p>3) Depois se utiliza das variações de ativos e passivos no Balanço patrimonial de um ano para o outro, sendo:</p><p>Contas do Ativo: Redução no BP = Aumento na DFC</p><p>Aumento no BP = Redução na DFC</p><p>Ou seja, no ativo = CONTRÁRIO BP e DFC</p><p>Contas do Passivo: Redução no BP = Redução na DFC</p><p>Aumento no BP = Aumento na DFC</p><p>Ou seja, Passivo IGUAL BP e DFC</p><p>DFC Método INDIRETO</p><p>Demonstração de Fluxos de Caixa - Método Indireto</p><p>Atividades Operacionais</p><p>Lucro líquido	 3.900</p><p>Mais: depreciação	 1.500</p><p>Menos: lucro na venda de imobilizado	 (3.000)</p><p>Variação em duplicatas a receber (líquido da PCLD) 9000-13500	 (4.500)</p><p>Variação em estoques 12000-15000	 (3.000)</p><p>Variação em despesas pagas antecipadamente 3000-5000	 (2.000)</p><p>Variação em fornecedores 10000-23000	 13.000</p><p>Variação em provisão de IR 2000-1300	 (700)</p><p>Variação em Salários a pagar 15000-8000	 (7.000)</p><p>Caixa Líquido Gerado/Consumido nas Atividades Operacionais	 (1.800)</p><p>Atividades de Investimento</p><p>Recebimento pela venda de imobilizado 	 10.000</p><p>Pagamento pela compra de imobilizado	 (15.000)</p><p>Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Investimento	 (5.000)</p><p>Atividades de Financiamento</p><p>Aumento de capital	 10.000</p><p>Empréstimo de CP	 10.000</p><p>Dividendos distrubuídos	 (1.500)</p><p>Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Financiamento	 18.500</p><p>Aumento Líquido nas Disponibilidades	 11.700</p><p>Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em 31/12/2009	 5.600</p><p>Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em 31/12/2010	 17.300</p><p>image1.emf</p><p>Ativo 31/12/2009 31/12/2010</p><p>Ativo Circulante 29.600 50.800</p><p>Caixa 100</p><p>100</p><p>Bancos 500</p><p>5.000</p><p>Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 5.000</p><p>12.200</p><p>Duplicatas a Receber 9.000</p><p>13.500</p><p>Estoques 12.000 15.000</p><p>Despesas Pagas Antecipadamente 3.000</p><p>5.000</p><p>Ativo Não Circulante 24.000</p><p>30.500</p><p>Imobilizado 30.000</p><p>35.000</p><p>Depreciação Acumulada (6.000)</p><p>(4.500)</p><p>ATIVO TOTAL 53.600 81.300</p><p>Passivo</p><p>Passivo Circulante 27.000 32.300</p><p>Fornecedores 10.000 23.000</p><p>IR e CSLL a Pagar 2.000 1.300</p><p>Salários a Pagar 15.000 8.000</p><p>Passivo Não Circulante 20.000 30.000</p><p>Empréstimos e Financiamento 20.000 30.000</p><p>Patrimônio Líquido 6.600 19.000</p><p>Capital Social 5.000 15.000</p><p>Reserva de Lucros 1.600 4.000</p><p>PASSIVO TOTAL 53.600 81.300</p><p>image2.png</p>