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<p>Homicídio</p><p>Elementos que compõe o homicídio:</p><p>Elemento subjetivo: Dolo, vontade livre e consciente de matar alguém. Age-se com animus necandi ou</p><p>animus occidendi. Dolo direto, quando o agente quer que produzir o resultado morte e assume ao produzi-</p><p>lo</p><p>Sujeito ativo. Qualquer pessoa. Crime comum</p><p>Sujeito passivo: Qualquer pessoa humana viva</p><p>**a possibilidade do homicídio começa a partir do início do parto (se parto normal: dilatação do colo do</p><p>útero ou rompimento da membrana amniótica; se cesárea, a partir das incisões das camadas abdominais),</p><p>encerrando-se com a morte da vítima**</p><p>Objeto material: Qualquer pessoa viva contra qual recai a conduta praticada (homicídio)</p><p>Bem jurídico protegido: A vida extrauterina</p><p>IMPRUDENCIA: Agir sem cuidado; ação descuidada.</p><p>NEGLIGÊNCIA: É a culpa de quem se omite. Falta de cuidado antes de iniciar uma ação.</p><p>IMPERÍCIA: falta de cuidado mínimo, incompetência. Falta de habilidade</p><p>COMISSÃO: Conduta do agente: O agente age com o fim de causar a morte da vítima.</p><p>Omissão: Conduta do agente: Quando deixa de fazer o que estava obrigado em virtude da sua qualidade de</p><p>garantidor (Art. 13, § 2º, alíneas a, b, e c, do Código Penal, agindo dolosamente em ambas as situações)</p><p>CULPA CONSCIENTE/COM PREVISÃO: O agente prevê o resultado, mas em hipótese alguma admite</p><p>que o resultado possa ocorrer</p><p>MEIOS DE EXECUÇÃO</p><p>Direto: Feito diretamente pelo agente. ex: Homicídio praticado com emprego de arma de fogo</p><p>Indireto: Ataque de animais açulados pelo dono, loucos estimulados</p><p>Materiais: Mecânicos, químicos, patológicos</p><p>Morais: A exemplo: o susto, o medo, a emoção violenta.</p><p>Consumação e tentativa: Crime material (se consuma com a produção do resultado naturalístico).</p><p>Crime instantâneo de efeitos permanentes. O homicídio (crime material e plurissubsistente) admite</p><p>tentativa.</p><p>HOMICÍDIO SIMPLES</p><p>Art. 121. Matar alguém:</p><p>Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos</p><p>Elemento subjetivo do homicídio simples: dolo direto (vontade livre e consciente de produzir aquele</p><p>resultado) ou dolo eventual.</p><p>Conduta do agente: Atua com animus necandi ou animus occidendi.</p><p>HOMICÍDIO PRIVILEGIADO</p><p>Art. 121, § 1.º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,</p><p>ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz</p><p>pode reduzir a pena de um sexto a um terço.</p><p>Causa especial de redução de pena.</p><p>Aquela que prevê penas mínima e máxima inferiores às penas previstas no caput</p><p>Relevante valor social: Atende os interesses da coletividade</p><p>Relevante valor moral: Motivo nobre, mas de caráter individua</p><p>Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima (crime de</p><p>ímpeto):</p><p>a) sob o domínio = completamente dominado, perda da capacidade de autocontrole; se fosse apenas</p><p>influenciado, seria aplicada a minorante do art. 65, III, c CP, em que a reação não precisa ser</p><p>imediata e o agente não precisa estar dominado pela emoção, o que apenas atenua a pena</p><p>b) violenta emoção: É uma forte e transitória perturbação da efetividade, a que estão ligadas certas</p><p>variações somáticas ou modificações particulares das funções da vida orgânica</p><p>c) Logo em seguida: noção de imediatidade; admite lapso temporal razoável; (sem possibilidade de</p><p>planejar uma vingança)</p><p>d) injusta provocação da vítima = sem motivo razoável</p><p>HOMICÍDIO QUALIFICADO</p><p>Art. 121, § 2.º</p><p>Pena- Reclusão de 12 a 30 anos.</p><p>Aquela que prevê penas mínima e máxima superiores às previstas no caput.</p><p>**O homicídio doloso (qualificado), tentado ou consumado, é considerado CRIME HEDIONDO pela Lei</p><p>8.072/90. **</p><p>Qualificadoras</p><p>I- Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe: Torpe é o</p><p>motivo abjeto que causa repugnância, nojo, sensação de repulsa pelo fato praticado pelo agente.</p><p>A paga é o valor ou qualquer outra vantagem, tenha ou não natureza patrimonial, recebida</p><p>antecipadamente, para que o agente leve a efeito a empreitada criminosa</p><p>Promessa é o pagamento futuro.</p><p>II- Motivo fútil: Motivo insignificante, que faz com que o comportamento do agente seja</p><p>insignificante. (matar porque a pessoa deve um real). Circunstância Subjetiva.</p><p>III- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou</p><p>cruel, ou de que possa resultar perigo comum:</p><p>POR MEIO</p><p>Insidioso é o meio utilizado pelo agente sem que a vítima dele tome conhecimento</p><p>Cruel que causa sofrimento desnecessário à vítima enquanto viva; brutalidade incomum.</p><p>COM EMPREGO DE</p><p>VENENO, toda substância que, atuando química ou bioquimicamente sobre o organismo, lesa a</p><p>integridade corporal ou a saúde do indivíduo ou lhe produz a morte. Devendo ser</p><p>necessariamente de modo insidioso</p><p>FOGO, Ex: Fogueira humana</p><p>EXPLOSIVO é o meio utilizado pelo agente que traz perigo, também, a um número</p><p>indeterminado de pessoas. Matar a vítima arremessando contra ela uma granada qualifica o</p><p>homicídio pelo uso de explosivo</p><p>ASFIXIA é a supressão da respiração. Sendo mecânica enforcamento, o imprensamento, o</p><p>estrangulamento, o afogamento, a submersão, a esganadura e tóxica, produzida por gases</p><p>deletérios, como o óxido de carbono, o gás de iluminação, o cloro, o bromo etc.</p><p>TORTURA é tão somente um meio para o cometimento do homicídio. É um meio cruel de que</p><p>se utiliza o agente, com o fim de causar a morte da vítima. Preterdoloso.</p><p>**Tortura na lei 9.455/97 é um fim em si mesmo. Se vier a ocorrer o resultado morte, este</p><p>somente poderá qualificar a tortura a título de culpa**</p><p>IV- À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte</p><p>ou torne impossível a defesa do ofendido</p><p>TRAIÇÃO: é a ação do agente que colhe a vítima por trás, desprevenida, sem ter essa qualquer</p><p>visualização do ataque.</p><p>EMBOSCADA: tocaia, o agente se esconde enquanto aguarda a vítima</p><p>MEDIANTE DISSIMULAÇÃO: significa ocultar a intenção homicida; fazendo-se passar por</p><p>amigo, conselheiro, dando falsas impressões de amizade;</p><p>DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL: Dificultar tornar impossível a defesa do ofendido.</p><p>Impossibilitar é eliminar, completamente, qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima</p><p>V- Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro</p><p>crime:</p><p>ASSEGURAR A EXECUÇÃO: relaciona-se a um crime futuro</p><p>OCULTAÇÃO: quando se pretende manter desconhecida a infração penal praticada</p><p>VANTAGEM DE OUTRO CRIME: quando o agente visa fruir de qualquer vantagem,</p><p>patrimonial ou não conexão consequencial.</p><p>VI- contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Só é considerado crime de</p><p>feminicídio, quando é praticado por razões de condição do sexo feminino (o § 2º-A do art. 121 I</p><p>– violência doméstica 41 e familiar; II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher.)</p><p>Feminicídio = matar mulher por razões da condição de sexo feminino. Qualificadora do crime de</p><p>homicídio. Matar por preconceito, discriminação a mulher</p><p>Femicídio = matar mulher (a pena não é mais rigorosa que o homicídio contra qualquer outra</p><p>pessoa)</p><p>Se o homicídio é qualificado pelo feminicídio, não se conjuga com a agravante</p><p>genérica do art.</p><p>61, II, f (crime praticado com violência contra a mulher), pois representaria bis in</p><p>idem.</p><p>Causas de aumento de pena: Presentes no art. 121, § 7º , I,II,III,IV.</p><p>**A condição da vítima (seja de gestante, menor de 14, maior de 60 etc) tem que fazer parte do</p><p>dolo do agente. *</p><p>VII- contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,</p><p>integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no</p><p>exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou</p><p>parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena – reclusão, de doze</p><p>a trinta anos.</p><p>***VALE LEMBRAR! Independente do êxito em fazer valer as ações, subsiste a qualificadora, uma vez que</p><p>esta diz respeito à culpabilidade do sujeito,</p><p>sua MOTIVAÇÃO. ***</p><p>** IMPORTANTE: o Código prevê uma modalidade de tipo derivado qualificado. Isso significa que todas as</p><p>qualificadoras devem ser consideradas como circunstâncias, e não como elementares do tipo.</p><p>(Circunstâncias são elementos acessórios (acidentais) que, agregados ao crime, têm função de aumentar ou</p><p>diminuir a pena. Não interferem na qualidade do crime, mas sim afetam a sua gravidade (quantias delicti))</p><p>Tratando-se de homicídio cuja incidência das qualificadoras seja mais de uma, poderá qualquer uma delas</p><p>servir para qualificar a infração penal, e as demais serão utilizadas como circunstâncias agravantes, no</p><p>segundo momento de aplicação da pena, segundo estipulado pelo art. 68 do CP.</p><p>HOMICÍDIO CULPOSO</p><p>§ 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.</p><p>Requisitos para o homicídio culposo:</p><p>a) Previsibilidade objetiva!</p><p>O evento deve ser previsível, para o homem comum, de diligência mediana.</p><p>b) Quebra do dever objetivo de cuidado</p><p>Crime culposo é aquele em que há imprudência, imperícia, negligencia (art. 18,II. CP)</p><p>****Em sede de crimes culposos, vige o princípio da excepcionalidade, ou seja, a regra é que todo crime</p><p>seja doloso, somente sendo punido a título de culpa se houver previsão expressa nesse sentido, como é</p><p>o caso do §3º do art. 121 do CP, que diz: Se o homicídio é culposo. ****</p><p>** Perdão judicial (§5º CP)</p><p>Pode atingir conhecidos do agente ou não.</p><p>Esta é uma CAUSA DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE – deixa-se de aplicar a pena.</p><p>Ex. caso da atriz Cristiane Torloni, recebeu perdão judicial.</p><p>**sumula 18 STJ***</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA</p><p>Aumento de 1/3 (um terço) da pena:</p><p>1) Culposo</p><p>a) se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício;</p><p>b) se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências</p><p>do seu ato, ou foge para evitar a prisão em flagrante</p><p>**A omissão de socorro, quando não punida de forma autônoma,</p><p>como acontece na hipótese do art. 135 do Código Penal, funciona,</p><p>geralmente, como causa de aumento de pena**</p><p>2) Doloso</p><p>a) se o crime for cometido contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos</p><p>**As duas majorantes podem ser aplicadas a todas as modalidades de homicídio doloso –</p><p>simples, privilegiado e qualificado**</p><p>Aumento de 1/3 (um terço) até a metade da pena:</p><p>1) Praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança</p><p>2) Grupo de extermínio.</p><p>Exame de corpo de delito</p><p>Sendo o crime não transeunte/não transitório (aquele que deixa vestígio), necessário exame necroscópico.</p><p>Art. 158, CPP Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou</p><p>indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do</p><p>exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:</p><p>I – violência doméstica e familiar contra mulher;</p><p>II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência</p><p>Art. 167.CPP Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a</p><p>prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.</p><p>Induzimento, Instigação ou Auxílio</p><p>a Suicídio ou a automutilação</p><p>Art. 122, CP: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe</p><p>auxílio material para que o faça:</p><p>Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.</p><p>Induzir: Fazer nascer a ideia, influenciar a.</p><p>Instigar: Reforçar, estimular</p><p>Auxiliar: Ajudar materialmente, fornecendo instrumentos ou explicando como utilizar</p><p>Sujeito ativo: qualquer pessoa</p><p>INFRAÇÃO DE MENOR</p><p>POTENCIAL OFENCIVO</p><p>(Desde que não resulte em</p><p>lesão corporal grave ou</p><p>gravíssima)</p><p>Sujeito passivo: Qualquer pessoa com autodeterminação e capacidade de discernimento</p><p>Bem jurídico protegido: Vida e integridade física</p><p>Participação moral: Induzir ou instigar</p><p>Participação material: Dar ou auxiliar material</p><p>Consumação: Consumação se dá pela morte ou pela lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.</p><p>Tentativa:</p><p>Qualificadoras</p><p>Pena de reclusão de um a três anos: Se da automutilação ou tentativa resultar lesão corporal grave ou</p><p>gravíssima</p><p>Pena de reclusão de dois a seis anos: se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte.</p><p>Causas de aumento de pena</p><p>Por motivo egoísta: Por vantagem própria. Ex: recebimento de herança</p><p>Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência: pessoa entre 14 a</p><p>18 anos, porque o menor de 14 não tem sequer capacidade civil para consentir o ato.</p><p>Ex. embriaguez, idade avançada, enfermidade física ou mental grave em fases críticas, abalos psicológicos,</p><p>infantilidade, ingestão de substâncias de efeitos análogos ao álcool.</p><p>Infanticídio</p><p>Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio</p><p>filho, durante o parto ou logo após:</p><p>Pena- detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos</p><p>Aquele que induz, instiga ou auxilia</p><p>materialmente alguém que não</p><p>possui capacidade de discernimento,</p><p>deve ser considera do autor mediato</p><p>do delito de homicídio.</p><p>A vítima menor de 14 ou</p><p>aquela com capacidade de</p><p>resistência nula, será</p><p>considerada vítima de</p><p>homicídio.</p><p>Estado puerperal: O puerpério pode acometer a mulher a perturbações de ordem física e psicológica,</p><p>motivando-a a eliminar a vida do infante. A análise deve ser feita por perito-médico</p><p>Puerpério: Período que vai do descolamento e expulsão da placenta à volta do organismo às condições de</p><p>“normalidade” do corpo de quem gesta. Entende-se que a puerpério dura entre a saída da placenta e</p><p>terminar com a primeira ovulação.</p><p>Durante o parto ou logo após: indicação de lapso temporal. A ação deve ocorrer durante ou logo após o</p><p>parto, mesmo que o resultado morte se dê em período posterior.</p><p>Sujeito ativo: Genitora em estado puerperal</p><p>Sujeito passivo: Nascente ou neonato VIVO, que apresenta atividade funcional</p><p>Início do parto: Assim, o início da parte dá-se com a ruptura da bolsa, pois a partir daí o feto se torna</p><p>acessível às ações violentas – por instrumentos ou pela própria mãe do agente. Assim, iniciado o parto,</p><p>torna-se o ser vivo sujeito ao crime de infanticídio. Antes disso, a hipótese é de aborto.</p><p>CONCURSO DE PESSOAS</p><p>Existem três correntes que explicarão o concurso de pessoas no crime de infanticídio:</p><p>a) A primeira corrente entende que as condições de coautor e partícipe se comunicam, em razão do</p><p>art. 30 do CP. Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando</p><p>elementares do crime.</p><p>b) A segunda corrente afirma que apesar do artigo citado acima, as condições não se comunicam, uma vez</p><p>que o “estado puerperal” é personalíssimo, ou seja, é somente da parturiente.</p><p>c) A terceira corrente entende pela relatividade, se for coautor: responderá pelo crime do art. 121 do CP</p><p>(homicídio), se for partícipe, responderá por infanticídio.</p><p>Aborto</p><p>Aborto é a interrupção de uma vida intrauterina</p><p>Art. 124 Provocar aborto em si mesma ou consentir para que outrem lhe provoque</p><p>• Sujeito ativo: gestante</p><p>• Sujeito passivo: Vida intrauterina</p><p>• **Pela pena, admite suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95)**</p><p>• Crime material: Consuma-se com a morte da vida intrauterina</p><p>• Elemento subjetivo: Dolo</p><p>• Não importa se a morte do feto ocorre dentro ou fora do ventre materno, contanto que aconteça em</p><p>decorrência da manobra abortiva. São três hipóteses possíveis:</p><p>a) a gestante pratica manobra abortiva e o feto nasce sem vida art. 124 em sua forma consumada</p><p>b) a gestante pratica manobra abortiva e o feto nasce com vida, mas vem a morrer em razão destas</p><p>manobras, art. 124 em sua forma consumada</p><p>Se ocorrido antes do</p><p>início do parto, o crime</p><p>será de ABORTO, não</p><p>infanticídio!</p><p>c) a gestante pratica manobra abortiva e o feto nasce</p><p>com vida; ainda sim, a gestante renova a</p><p>execução, por ação ou omissão e mata essa vida extrauterina</p><p>A tentativa de aborto será absorvida pelo crime mais grave cometido</p><p>Art. 125: Aborto provocado por terceiro Provocar aborto, sem o consentimento da gestante</p><p>• Sujeito ativo: qualquer pessoa</p><p>• Sujeito passivo: a gestante e a vida intrauterina</p><p>• Elemento subjetivo: dolo</p><p>• Crime material: consuma-se com a morte da vida intrauterina</p><p>• DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA = crime que obrigatoriamente tem mais de uma vítima</p><p>• Aplica-se também a pena mesmo havendo o consentimento da gestante, se esta não é maior de 14</p><p>(quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave</p><p>ameaça ou violência</p><p>Art. 126: Provocar aborto com o consentimento da gestante</p><p>• Quem responde ao crime é o TERCEIRO, mesmo que os dois concorram para o crime</p><p>• Sujeito ativo: qualquer pessoa</p><p>• Sujeito passivo: vida intrauterina</p><p>• Elemento subjetivo: dolo</p><p>• Crime material: consuma-se com a morte da vida intrauterina</p><p>Art. 127: Nos crimes previstos nos arts. 125 e 126 do CP</p><p>• Penas são aumentadas de 1/3 se, do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo,</p><p>resultar lesão corporal de natureza grave</p><p>• São duplicadas se sobrevier a morte da gestante.</p><p>Se a gestante não se</p><p>encontrava em</p><p>estado puerperal: art.</p><p>121 crime de</p><p>homicídio</p><p>Se a gestante estava</p><p>em estado puerperal:</p><p>art.123 Infanticídio</p><p>Se, no processo de aborto a gestante se arrepende e</p><p>resolve manter a gravidez, mas mesmo assim o</p><p>terceiro leva à frente o intento:</p><p>Gestante: responde pelo art. 124!</p><p>Terceiro provocador: a partir do momento em que</p><p>não tem mais o consentimento, responde pelo art.</p><p>125.</p><p>Para que haja o arrependimento ele precisa ser</p><p>EFICAZ, a vida intrauterina precisa está protegida.</p><p>• Não se aplica a causa de aumento ao crime do art. 124 (autoaborto), já que a autolesão não</p><p>é punível</p><p>Art. 128: Não se pune o aborto praticado por médico</p><p>• Exclusão da ilicitude (estado de necessidade)</p><p>• Causa de exclusão de culpabilidade (inexigibilidade de conduta adversa)</p>

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