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<p>DIREITO PENAL</p><p>Homícidio - art. 121, CP.</p><p> Matar alguem</p><p>Matar: é fazer cessar a vida, é tirar a vida.</p><p>Consiste na cessação das funções vitais do ser</p><p>humano.</p><p>Alguém: é somente o ser humano (com vida</p><p>extrauterina) é necessário seja nascido com</p><p>vida.</p><p> Matar o feto – vida uterina (aborto).</p><p> A mãe matar o recém nascido – vida</p><p>extrauterina (infanticídio).</p><p> Danificar um cadáver - corpo inerte</p><p>(vilipêndio de cadáver e suas cinzas).</p><p> Matar a si mesmo - (suícidio).</p><p> Matar uma pessoa – extrauterina geral</p><p>(homícidio).</p><p>Trata-se de crime comum, material, de forma</p><p>livre, instantâneo, de dano, unissubjetivo,</p><p>plurissubsistente, admite tentativa.</p><p>A morte ocorre quando as funções vitais do ser</p><p>humano são cessadas, como, função cardíaca,</p><p>respiratória e cerebral. A principal função com</p><p>relevância penal é a encefálica.</p><p> Eutanásia - homicídio comissivo</p><p>piedoso, para cessar a dor do paciente.</p><p>Morte sem dor, ex: injeção letal</p><p>ministrada ao paciente que padece de</p><p>doença incurável.</p><p> Ortotanásia - é o homicídio piedoso</p><p>omissivo, quando não liga os aparelhos</p><p>de respiração artificial. (morte no</p><p>momento certo, sem aparelhos, sem</p><p>dor e sem sofrimento). Se difere da</p><p>eutanásia e da distanásia.</p><p> Distanásia - prolongamento da vida por</p><p>meio de recursos extraordinários, de</p><p>modo artificial e sem expectativa de</p><p>cura e melhora, prolonga o processo da</p><p>morte.</p><p> Mistanásia - morte miserável, antes e</p><p>fora de hora. Ex: doentes e deficientes</p><p>que por motivos politicos, sociais e</p><p>econômicos não conseguem ingressar</p><p>no sistema de atendimento médico; os</p><p>que conseguem ser pacientes, mas se</p><p>tornam vítimas por erro médico ou os</p><p>que acabam sendo vítimas por más</p><p>práticas por motivos politicos, sociais e</p><p>econômicos.</p><p> MORTE ENCEFALICA – morte baseada</p><p>na ausência de todas as funções</p><p>neurológicas, como resultado de severa</p><p>agressão ou ferimento grave no</p><p>cérebro, o sangue que vem do corpo e</p><p>supre o cérebro é bloqueado e ele</p><p>morre. A morte encefálica é</p><p>permanente e irreversível.</p><p>HOMÍCIDIO - CAUSA DE REDUÇÃO DE</p><p>PENA.</p><p> Motivo de relevante valor social –</p><p>interesse coletivo. Ex: matar o</p><p>traficante de drogas do filho</p><p>viciado.</p><p> Relevante valor moral – interesse</p><p>de ordem pessoal. Ex: apressar a</p><p>morte do paciente desenganado</p><p>pela medicina.</p><p> Domínio de violenta emoção -</p><p>perda do controle das próprias</p><p>decisões, é a excitação</p><p>incontrolável dos sentimentos de</p><p>ódio, amor exacerbado, ciúmes, etc.</p><p>É homicídio privilegiado. Pg. 1, art.</p><p>121, cp.</p><p> Sob a influência de violenta</p><p>emoção - o agente mantém o</p><p>controle das decisões. Trata-se de</p><p>homicídio com atenuante genérica,</p><p>do art. 65, III, c, CP. A provocação</p><p>diminui a culpabilidade, mas não</p><p>altera a gravidade do fato ilícito.</p><p>CAUSA DE AUMENTO DA PENA.</p><p> Homícidio culposo – se o crime</p><p>resultou por inobservância de</p><p>regras técnicas de profissão, arte</p><p>ou ofício. Ex: médico que por</p><p>descuido corta a artéria importante</p><p>do paciente, ocasionando a morte.</p><p> Se o agente deixa de prestar</p><p>imediato socorro a vítima, não</p><p>procura diminuir as consequências</p><p>de seu ato ou foge para evitar</p><p>prisão em flagrante.</p><p> Homícidio doloso – quando</p><p>praticado contra menor de 14 anos</p><p>ou maior de 60 anos.</p><p> Feminicídio – durante gestação ou3</p><p>primeiros meses pós-parto, pessoa</p><p>maior de 60, presença de descente</p><p>ou ascendente.</p><p> Milicia privada – sob pretexto de</p><p>prestação de serviço de segurança</p><p>ou por grupo de extermínio.</p><p>CRIME DE ACIDENTE DE TRÂNSITO -</p><p>aplicam-se os dispositivos do CTB - Lei</p><p>n° 9.503/97.</p><p>HOMÍCIDIO QUALIFICADO, art, 121, pg</p><p>2, CP – Trata-se de crime hediondo, o</p><p>que não ocorre com a figura do caput.</p><p>− Mediante pagamento ou promessa</p><p>de recompensa: homicídio</p><p>mercenário.</p><p>− Motivo torpe: repugnante, abjeto,</p><p>vil, repulsivo etc. Ex: manda matar</p><p>marido p ficar com outro ou</p><p>herança.</p><p>− Motivo fútil: insignificante, banal</p><p>etc. Ex: matar no trânsito, por conta</p><p>de uma “fechada”.</p><p>− Emprego de: veneno, fogo,</p><p>explosivo, asfixia, tortura ou outro</p><p>meio insidioso e cruel</p><p>(interpretação analógica extensiva),</p><p>como é o caso de ministrar vidro na</p><p>comida da vítima.</p><p>− Traição: engano, infidelidade, atirar</p><p>na vítima pelas costas.</p><p>− Emboscada: ficar de tocaia.</p><p>− Dissimulação: hipocrisia,</p><p>fingimento. Outro recurso que</p><p>anule ou dificulte a defesa do</p><p>ofendido, ex: boa noite cinderela.</p><p>− Assegurar a execução de um outro</p><p>crime: matar o segurança da</p><p>empresa para poder roubá-la no dia</p><p>seguinte.</p><p>− Assegurar a ocultação de outro</p><p>crime: matar a testemunha para</p><p>que o crime não seja descoberto.</p><p>− Assegurar a impunidade de outro</p><p>crime: estuprador que mata a</p><p>vítima para não ser incriminado por</p><p>esta.</p><p>− Assegurar a vantagem de outro</p><p>crime: o ladrão mata o</p><p>companheiro de roubo para ficar</p><p>com todo o dinheiro.</p><p>PERDÃO JUDICIAL – art 121, pg 5, CP –</p><p>Somente no caso de homícidio culposo,</p><p>se as consequências da ação atingirem</p><p>o próprio agente de forma tão grave</p><p>que a sanção penal se torne</p><p>desnecessária. Ex: causador do acidente</p><p>que fica paraplégico; ou o pai que causa</p><p>a morte do próprio filho... (o juiz poderá</p><p>conceder, mas trata-se de dever-poder,</p><p>e não poder-faculdade, desde que</p><p>cumpra todos os requisitos).</p><p>Induzir, instigar ou</p><p>auxílio ao suícidio - art.</p><p>122, CP.</p><p>No Brasil, não se pune o autor do suícidio ou da</p><p>automutilação, O suícidio não é penalmente</p><p>punido, embora seja ato ilícito.</p><p>Induzir: dar a ideia, criar o desejo, inspirar.</p><p>Instigar: encorajar um desejo já existente.</p><p>Auxiliar: dar a ajuda material necessária para o</p><p>suicida.</p><p>É possível o auxílio por omissão? Sim, desde</p><p>que o agente tenha deve jurídico de impedir o</p><p>resultado. Ex: enfermeira que sabe a intenção</p><p>do paciente em cometer o suícidio e, nada faz</p><p>para impedir. Ou o pai que sabendo a intenção</p><p>do filho menor não o apoia para que não</p><p>cometa. Em ambos os casos os agentes</p><p>responderão por auxílio omissivo ao suícidio.</p><p>Trata-se de crime comum, material,</p><p>instantâneo, unissubjetivo, de forma livre.</p><p>Não se admite a tentativa (caso o agente induza</p><p>e a mesma tentando sofra apenas lesões</p><p>corporais leves, respondera pelo caput, se</p><p>ocorrer lesão grave/gravíssima, responderá</p><p>pelo pg. 1 e ocorrendo morte pg. 2).</p><p> Pacto de morte: ocorre quando duas ou</p><p>mais pessoas resolvem morrer ao</p><p>mesmo tempo.</p><p>➢ Se cada uma delas ingerir veneno</p><p>sozinha, a que sobreviver</p><p>responderá por participação em</p><p>suícidio em relação as demais que</p><p>morreram;</p><p>➢ Se uma misturar veneno as demais,</p><p>sobrevivendo, responderá por</p><p>homícidio em relação as que</p><p>morreram e tentativa as que</p><p>sobreviveram;</p><p>➢ Se cada um ingerir o veneno</p><p>sobreviver e todas sobreviverem</p><p>com lesões leves, cada uma irá</p><p>responder pela figura do caput do</p><p>art. 122, CP;</p><p>➢ Se cada pessoa ministrar o veneno</p><p>a outra e todas sobreviverem,</p><p>responderá cada uma por tentativa</p><p>de homícidio em relação àquele a</p><p>quem deu o veneno;</p><p>➢ Se três pessoas contratarem um</p><p>médico para ministrar-lhes veneno,</p><p>morrendo duas delas e</p><p>sobrevivendo uma, a que</p><p>sobreviver responderá por</p><p>participação em suícidio das que</p><p>responderam e o médico</p><p>responderá por 2 homicídios</p><p>consumados e 1 tentativa de</p><p>homícidio.</p><p> Roleta Russa: Quando os autores</p><p>passam entre si uma arma carregada</p><p>para apenas 1 tiro, em que cada um</p><p>aponta para a própria cabeça e atira.</p><p>Quem sobreviver responderá por</p><p>participação em suícidio, tendo por</p><p>vítima quem morreu.</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA – ART. 122, pg.</p><p>3.</p><p>➢ Se o crime for praticado por motivo</p><p>egoístico. Ex: induzir alguem para ficar</p><p>com a herança ou receber seguro de</p><p>vida;</p><p>➢ Se a vítima é menor ou tem capacidade</p><p>diminuída de resistência.</p><p> Vítima menor: idade entre 14 e 18</p><p>anos, configura-se como homícidio (pg.</p><p>7), pois, não possui capacidade para</p><p>consentir;</p><p> Vítima com capacidade diminuída de</p><p>resistência: com doença física</p><p>ou</p><p>mental, alcoolizada, senil, oligofrenias</p><p>etc. Essas não possuem a menor</p><p>capacidade de resistir a ideia de suicídio</p><p>ou a automutilação;</p><p> Realizada por meio de</p><p>computadores/redes sociais: o</p><p>aumento decorre da facilidade da</p><p>instigação pela via computador;</p><p> Se o agente é líder ou coordenador de</p><p>grupo ou rede virtual;</p><p> Se o crime que trata o pg. 1, causa</p><p>lesão corporal grave e é cometido</p><p>contra menor de 14 anos ou quem com</p><p>enfermidade ou doença mental, não</p><p>tem o menor discernimento para</p><p>prática do ato ou possa oferecer</p><p>resistência, responde o agente pelo</p><p>crime do art. 129, pg 2, CP.</p><p> Se o crime que trata o pg. 2, deste</p><p>artigo é cometido contra menor de 14</p><p>anos ou quem com enfermidade ou</p><p>doença mental, não tem o menor</p><p>discernimento para prática do ato ou</p><p>possa oferecer resistência, responde o</p><p>agente pelo crime do art. 121, CP.</p><p>Infanticídio – art. 123.</p><p>É uma hipótese de homicídio privilegiada. A</p><p>única exigência é que a mãe esteja sob a</p><p>influência do estado puerperal, durante ou logo</p><p>após. O infanticídio ocorre após o nascimento,</p><p>enquanto o aborto ocorre com o feto ainda no</p><p>útero.</p><p>Trata-se de um crime próprio, material,</p><p>instantâneo, de dano, unissubjetivo.</p><p>➢ É imprescindível que o bebê ainda</p><p>esteja vivo no momento da agressão;</p><p>➢ Coatores e participantes respondem</p><p>pelo mesmo crime da mãe;</p><p>➢ O estado puerperal sendo logo após,</p><p>não pode se estender por muitos dias,</p><p>sendo de 5 a 7 dias;</p><p>➢ Não se pode confundir o estado</p><p>puerperal com as psicoses puerperal;</p><p>➢ As psicoses puerperais, agravam as</p><p>anormalidades psíquicas, configurando</p><p>assim, como semi-imputabilidade penal,</p><p>art. 26, CP. Assim havendo uma</p><p>diminuição na pena;</p><p>➢ Poderá ainda ser considerada</p><p>inimputável, sendo submetida a medida</p><p>de segurança;</p><p>➢ Inexiste a possibilidade culposa;</p><p>Aborto – art. 124, CP.</p><p>É a cessação de uma gravidez ocasionada pela</p><p>morte do feto ou embrião.</p><p>Na doutrina penal brasileira, prevalece a teoria</p><p>conceptista, a qual entende que a vida humana</p><p>se inicia no momento da fecundação.</p><p>FORMAS DE ABORTO:</p><p> Natural: oriundo de causas patológicas,</p><p>espontaneo;</p><p> Acidental: oriundo de causas</p><p>traumáticas;</p><p> Criminoso: oriundo de vontade da</p><p>gestante ou de terceiros, que provoca a</p><p>morte do feto;</p><p> Econômico: oriundo da vontade da</p><p>gestante e parceiro, por razões</p><p>socioeconômicas;</p><p> Eugenésico: é a interrupção da</p><p>gravidez, com a morte do feto, com o</p><p>fim de evitar o nascimento de criança</p><p>defeituosa.</p><p>ABORTO DE ANCEFALOS NÃO É MAIS CRIME,</p><p>DECIDE O STF.</p><p>QUANDO ABORTO NÃO CONFIGURA CRIME</p><p>(excludente de ilicitude)</p><p> Terapêutico ou Necessário: é a</p><p>interrupção da gravidez por critério</p><p>médico, com a finalidade de salvar a</p><p>vida da gestante;</p><p> Sentimental ou Humanitário: é a</p><p>interrupção da gravidez com</p><p>autorização legal, quando a mulher for</p><p>vítima de estupro.</p><p>QUANDO SE CONFIGURA COMO CRIME:</p><p> Autoaborto, art. 124, CP - É quando a</p><p>gestante provoca o aborto em si mesma</p><p>ou consente que outro provoque. Nesse</p><p>caso quem realizou responde pelo art.</p><p>126, CP. (se o feto ou embrião já estiver</p><p>morto, é crime impossível);</p><p>→ Trata-se de crime próprio, instantâneo,</p><p>material, de dano, unissubjetivo,</p><p>plurissubsistente, de forma livre e</p><p>admite tentativa;</p><p>→ Inexiste a forma culposa, pois, caso</p><p>ocorra torna o fato atípico;</p><p>→ Gravidez extrauterina afasta o aborto,</p><p>pela inviabilidade da mesma.</p><p> Aborto provocado por terceiro SEM o</p><p>consentimento da gestante, art. 125,</p><p>CP – trata-se de crime comum,</p><p>comissivo ou omissivo, de dano, forma</p><p>livre, plurissubsistente, admite a</p><p>tentativa.</p><p> Aborto provocado por terceiro COM</p><p>consentimento da gestante, art. 126,</p><p>CP – Este delito é uma exceção ao</p><p>princípio da teoria monista do concurso</p><p>de agentes, pois, pune o autonamente</p><p>o participe ou coautor do delito do art.</p><p>124, CP.</p><p>→ O parágrafo único do art. 126, CP, diz</p><p>que a pena mais grave do art. 125, CP.</p><p>(reclusão de 3 a 10 anos) será aplicada a</p><p>este delito, se esta não é maior de 14</p><p>anos ou alienada ou débil mental, ou</p><p>ainda se o consentimento for obtido</p><p>por meio de fraude, grave ameaça ou</p><p>violência.</p><p>→ Se o agente provocar o aborto em</p><p>menina de 13 anos, alienada, ou débil</p><p>mental, o consentimento desta não é</p><p>válido.</p><p> Aborto Qualificado, art. 127, CP –</p><p>aplicado apenas aos casos dos arts. 125</p><p>e 126, CP. Exclui-se o art. 124, CP, uma</p><p>vez que a autolesão não é punida no</p><p>direito brasileiro.</p><p>→ As lesões graves ou a morte decorrem</p><p>da culpa do agente, sendo uma forma</p><p>preterdolosa do crime (fusão de dolo na</p><p>conduta anterior e da culpa no</p><p>resultado alcançado).</p><p>→ Caso o agente queira o resultado lesões</p><p>corporais grave ou morte da gestante,</p><p>responderá pelos crimes dos arts. 129,</p><p>e 121, em concurso com art. 125 ou</p><p>126, CP.</p><p>Lesão Corporal – art. 129,</p><p>CP.</p><p>Ofender a integridade corporal ou a saúde de</p><p>outrem. Excluída a ofensa moral. Pena:</p><p>detenção de três meses a 1 ano.</p><p>A gravidade é variável, através de um processo</p><p>de exclusão: a lesão que não estiver nos</p><p>parágrafos 1 e 2: lesões graves e gravíssimas, é</p><p>leve.</p><p> Lesão corporal grave Art. 129, pg1.:</p><p>incapacidade habitual por mais de 30</p><p>dias, perigo de vida, debilidade</p><p>permanente de membro (diminuição da</p><p>capacidade), debilidade permanente de</p><p>sentido, debilidade permanente de</p><p>função (perder um rim), aceleração de</p><p>parto. Ex: transmitir vírus da Aids</p><p>propositalmente, facada no pulmão,</p><p>lesões penetrantes no abdome. Pena:</p><p>reclusão de 1 a 5 anos;</p><p> Lesão corporal gravíssima Art. 129,</p><p>pg2.: incapacidade permanente para o</p><p>trabalho (exige-se que a atividade seja</p><p>remunerada economicamente),</p><p>enfermidade incurável (incabível</p><p>revisão criminal, caso a evolução</p><p>médica descubra reversão), perda ou</p><p>inutilização de membro, perda ou</p><p>inutilização de sentido, perda ou</p><p>inutilização de função, cirurgia para a</p><p>mudança de sexo (não configura crime,</p><p>por ser escolha da vítima),</p><p>deformidade permanente</p><p>(queimaduras, cicatrizes, estéticas ou</p><p>não, tatuagem em menor sem</p><p>autorização dos pais etc.), aborto. Pena</p><p>2 a 8 anos;</p><p> Lesão corporal seguida de morte Art.</p><p>129, pg3.: trata-se de crime</p><p>preterdoloso, ou seja, dolo antecedente</p><p>de conduta agressiva, sem ânimo de</p><p>matar, com o resultado morte a título</p><p>culposo (se o agente agiu com dolo</p><p>indireto quanto ao resultado morte,</p><p>deverá responder por homicídio</p><p>doloso);</p><p> Lesão corporal privilegiada (redução</p><p>da pena) ART. 129, pg4.:</p><p>→ Relevante valor social;</p><p>→ Relevante valor moral;</p><p>→ Sob domínio de violenta emoção, após</p><p>a injusta provocação da vítima;</p><p>Redução da pena de 1/6 a 1/3</p><p> Lesão corporal privilegiada</p><p>(substituição da pena) ART. 129, pg.5.:</p><p>Caso a lesão corporal seja leve o juiz</p><p>poderá substituir a pena de detenção</p><p>por multa, quando:</p><p>→ Relevante valor social;</p><p>→ Relevante valor moral;</p><p>→ Sob domínio de violenta emoção, após</p><p>a injusta provocação da vítima;</p><p>→ Se as lesões forem reciprocas.</p><p> Lesão corporal culposa Art. 129, pg6.: é</p><p>a lesão que ocorre nas situações de</p><p>negligência, imprudencia ou imperícia.</p><p>Ex: deixar cair tijolo do andaime, deixar</p><p>instrumento cirúrgico no abdome da</p><p>vítima, disparar arma enquanto a limpa;</p><p> Lesão corporal culposa de trânsito: art.</p><p>303, do CTB. (Lei 9.503/97).</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA – ART. 129,</p><p>PG.7.:</p><p>→ Aumento de 1/3 da pena, caso ocorra</p><p>inobservância de regras técnicas de</p><p>profissão, arte ou ofício, se o agente</p><p>deixar de prestar socorro imediato a</p><p>vítima ou fugir para evitar prisão em</p><p>flagrante. SE O CRIME FOR CULPOSO;</p><p>→ Aumento de 1/3 se a vítima for menor</p><p>de 14 anos ou maior de 60 anos. SE O</p><p>CRIME FOR DOLOSO.</p><p>PERDÃO JUDICIAL – ART. 129, PG8.: O juiz pode</p><p>deixar de aplicar a pena, caso, as consequências</p><p>da agressão atingirem o próprio agente de</p><p>forma tão grave que a sanção penal se torne</p><p>desnecessária. Aplica-se à lesão culposa o</p><p>disposto no pg. 5 do art. 121.</p><p>VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - ART. 129. PG9.:</p><p>Punem-se os crimes cometidos na mesma casa</p><p>– vida em família.</p><p>→ É uma forma de lesão qualificada pela</p><p>violência familiar;</p><p>→ Lesão praticada contra ascendente,</p><p>descendente, irmão, cônjuge ou</p><p>companheiro, ou em contexto de</p><p>violência doméstica.</p><p>→ Ação penal pública incondicionada;</p><p>→ Vítima com quem conviva ou tenha</p><p>convivido</p><p>→ Prevalecendo-se o agente das relações</p><p>domésticas (marido e mulher),</p><p>coabitação (moradores de uma mesma</p><p>pensão, ou hospitalidade (visita ou</p><p>convidado);</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA NA VIOLÊNCIA</p><p>DOMÉSTICA - ART. 129, PG10.:</p><p>→ Ocorrendo lesões graves e gravíssimas</p><p>dentro do contexto de violência</p><p>doméstica, a pena é aumentada em</p><p>1/3;</p><p>→ O aumento incide sobre a pena já</p><p>computada dos respectivos</p><p>agravamentos, e não da figura simples</p><p>fundamental.</p><p>CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA NA</p><p>VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - ART. 129. PG11, 12 E</p><p>13.:</p><p>→ Sendo a pessoa agredida portadora de</p><p>deficiência (mental ou física), a pena</p><p>será aumentada em 1/3. PG.11</p><p>→ Se a agressão for cometida contra</p><p>autoridade ou agente descritos nos</p><p>arts. 142 e 144 da CF. Pena será</p><p>aumentada de 1 a 2 terços PG. 12</p><p>→ Se a lesão for prática contra a mulher,</p><p>por razões da condição do sexo</p><p>feminino, nos termos do art., 121 pg2-</p><p>A. Pena reclusão de 1 a 4 anos.</p><p>Crimes Contra a Honra:</p><p>A honra é um direito fundamental do ser</p><p>humano, protegido constitucional e</p><p>penalmente, e está vinculado ao conceito da</p><p>dignidade da pessoa.</p><p>HONRA OBJETIVA: é o julgamento que a</p><p>sociedade faz do indivíduo. Imagem do mesmo</p><p>perante a sociedade.</p><p>HONRA SUBJETIVA: é o julgamento que o</p><p>indivíduo faz de si mesmo, está ligado a</p><p>autoestima, dignidade, decoro.</p><p>Calúnia - Art. 138, CP:</p><p>Caluniar é fazer acusação falsa de alguém</p><p>tirando-lhe a credibilidade social.</p><p> Fato deve ser definido como crime, não</p><p>abrangendo a contraversão penal, caso</p><p>contrário seria difamação;</p><p> Atinge a HONRA OBJETIVA da pessoa</p><p> A falsa imputação deve chegar ao</p><p>conhecimento de terceiros, além da</p><p>própria vítima. (irrelevante para</p><p>configuração do crime);</p><p> O fato deve ser determinado (situação</p><p>concreta);</p><p> Crime comum, formal, de forma livrem</p><p>instantâneo;</p><p> Deve haver o animus calluniandi</p><p>(intenção de caluniar), pois, o animus</p><p>jocandi, exclui o crime (ex: roubou um</p><p>pedaço da lua, intenção de brincar)</p><p>quando provado.</p><p> Pena: deteção de 6 meses a 2 anos e</p><p>multa.</p><p>➢ Extensividade delituosa: - Art. 138,</p><p>pg1.: o terceiro que sabendo ser falsa a</p><p>acusação feita a vítima e mesmo assim</p><p>passa adiante, também comete crime.</p><p>➢ A memória dos mortos está protegida</p><p>– Art. 138, pg2.: de todos os crimes</p><p>contra a honra, o morto pode sofrer</p><p>apenas a calúnia.</p><p>➢ Exceção da verdade – Art. 138, pg3.: é</p><p>basicamente o direito do réu de</p><p>demonstrar que as palavras</p><p>difamatórias ou caluniosas imputadas a</p><p>outro, são verdadeiras.</p><p>→ Se o crime for de ação penal</p><p>privada e ainda não houve sentença</p><p>penal condenatória irrecorrível;</p><p>→ Se o crime é imputado contra o</p><p>presidente da república ou chefe de</p><p>governo estrangeiro;</p><p>→ Se houve sentença absolutória</p><p>irrecorrível.</p><p>Difamação - Art. 139, CP:</p><p>Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à</p><p>sua reputação.</p><p> Implica em divulgar fatos infamantes á</p><p>honra objetiva do ofendido, sejam eles</p><p>verdadeiros ou falsos, com animus</p><p>diffamandi;</p><p> O animus narrandi exclui o crime. Ex: a</p><p>testemunha que narra o que ouviu ao</p><p>juiz;</p><p> Pessoa jurídica pode ser difamada, mas</p><p>não pode ser caluniada ou injuriada,</p><p>STF;</p><p> A difamação deve chegar ao</p><p>conhecimento de terceiro, que não o</p><p>ofendido;</p><p> Aquele que propaga a difamação</p><p>também comete crime;</p><p> Trata-se de crime comum, formal,</p><p>instantâneo e de forma livre;</p><p>➢ Exceção da verdade Art. 139, pg</p><p>Único.: somente se admite se o</p><p>ofendido for funcionário público e a</p><p>difamação tiver relação com o exercício</p><p>de sua função. (é necessário que esteja</p><p>no exercício da função)</p><p>Injúria - Art. 140, CP:</p><p>Injuriar alguém, atendendo-lhe a dignidade ou o</p><p>decoro. Pena: reclusão de 1 a 3 anos.</p><p> Pessoa jurídica não pode ser injuriada;</p><p> Deve haver o animus injuriandi, o</p><p>animus corrigendi “vontade de corrigir”,</p><p>exclui o crime. Ex: pai chamando o filho</p><p>de burro, objetivando corrigi-lo;</p><p> É crime formal;</p><p>➢ Exceção da verdade Art. 140, pg1.:</p><p>Inadmissível;</p><p>➢ Injuria Qualificada pg.2: quando é</p><p>acompanhada de violência ou vias de</p><p>fato;</p><p>➢ Injuria racial: referentes a religião, ou a</p><p>condição da pessoa idosa ou portadora</p><p>de deficiência;</p><p>➢ Injuria racial propriamente dita está no</p><p>pg. 2-A da Lei 7.716/1989. pena in</p><p>abstracto de 2 a 5 anos;</p><p>➢ Injuria reflexa: chamar alguem de</p><p>corno, ofende a esposa;</p><p>➢ Injuria Obliqua: é quando ofende</p><p>pessoa diversa do ofendido. Ex: chamar</p><p>seu filho de vagabundo</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA – ART. 141, CP:</p><p> Ocorre o aumento de 1/3 na pena,</p><p>quando:</p><p>→ Presidente da República ou chefe</p><p>de governo estrangeiro;</p><p>→ Funcionário público no exercício da</p><p>sua função;</p><p>→ Na presença de diversas pessoas;</p><p>→ Maiores de 60 ou pessoas com</p><p>deficiência. (exceto nos casos do art</p><p>140, pg3.);</p><p>→ Paga ou promessa: pena dobra.</p><p>EXCLUDENTES DO CRIME – ART 142, CP:</p><p>➢ Ofensa irrogada em juízo, discussão da</p><p>causa;</p><p>➢ Opinião desfavorável da crítica literária,</p><p>artística ou cientifica, salvo quando</p><p>inequívoca a intenção de</p><p>injuriosa/difamante;</p><p>➢ Conceito desfavorável de funcionário,</p><p>em apreciação ou informação de dever</p><p>de ofício.</p><p>Retratação - Art. 143, CP:</p><p>Aquele que se retrata da calúnia ou da</p><p>difamação, antes da sentença, fica isento da</p><p>pena.</p><p> A retratação deve ser realizada pelo</p><p>mesmo meio a qual ocorreu a ofensa.</p><p>Ex: via redes sociais ou pelo jornal;</p><p> É causa extintiva da punibilidade;</p><p> Admitida somente nos casos de ação</p><p>penal privada;</p><p> Cabível apenas nos crimes de Calunia e</p><p>Difamação.</p><p>Pedido de Explicação - Art. 144, CP:</p><p>Quem se sente ofendido pode pedir explicação</p><p>em juízo, calunia, difamação ou injuria. Aquele</p><p>que se recusa a dar, responde pela ofensa.</p><p>Ação Penal – Art. 145, CP:</p><p> Ação penal privada: Calunia, difamação</p><p>e injuria – regra geral;</p><p> Ação penal publica incondicionada:</p><p>Injuria real – Art. 140, pg2, CP;</p><p> Ação penal publica condicionada à</p><p>requisição do ministro da justiça: se o</p><p>ofendido for o Presidente da República;</p><p> Ação penal pública condicionada a</p><p>representação: se o ofendido for</p><p>funcionário público, em razão das suas</p><p>funções.</p><p>Constrangimento Ilegal –</p><p>Art. 146, CP:</p><p>Constranger alguém, mediante violência ou</p><p>grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido,</p><p>por qualquer outro meio, a capacidade de</p><p>resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a</p><p>fazer o que ela não manda.</p><p> Pena: Detenção de três meses a um</p><p>ano, ou multa;</p><p> Vantagem econômica indevida: art. 158</p><p>- extorsão, ou art. 157 – roubo;</p><p> Natureza sexual: art. 213 – estupro;</p><p> Privar a liberdade: art. 148 – sequestro</p><p> Empregar violência ou grave ameaça:</p><p>tortura – art.1 da Lei 9455/97;</p><p> Forçar idoso a dar procuração: art.107</p><p>Lei 10.741/03 (estatuto do idoso);</p><p> Pagar dívida: art. 71 da Lei 8069/90</p><p>CDC;</p><p> Votar ou não em candidato: art. 301 da</p><p>Lei 4737/65 (código eleitoral).</p><p>Para a caracterização do crime de</p><p>constrangimento ilegal, a pretensão deve ser</p><p>ilegítima, pois se for legitimar o crime será</p><p>outro. Ex.: Ameaçar inquilino para que pague</p><p>aluguel (art. 346, CP);</p><p>Se a intenção do agente for constranger a</p><p>vítima para que não cometa ato imoral =</p><p>Constrangimento Ilegal, pois, a lei não proíbe.</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA – Art. 145,</p><p>pg1.:</p><p>→ Exige ao menos 4 coautores;</p><p>→ Porte de armas (brinquedo não</p><p>aumenta)</p><p>→ Se houver lesão corporal ou morte</p><p>pg,2.</p><p>EXCLUDENTES DO CRIME – Art. 145, pg3.:</p><p>→ Intervenção médica ou cirúrgica sem</p><p>consentimento do paciente, se houver</p><p>risco</p><p>de morte;</p><p>→ Coação para evitar suicídio. Ex: amarrar</p><p>alguem para evitar que se mate.</p>