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<p>ASS/20236</p><p>Tema 3 – A produção de recursos a nível mundial</p><p>3.1. A indústria e os seus reflexos na organização do espaço</p><p>O espaço geográfico contemporâneo é resultado das transformações introduzidas pela Revolução Industrial nas suas diferentes etapas. O modo de vida actual é directa ou indirectamente, fruto das transformações trazidas pela tecnologia industrial.</p><p>O sector secundário foi predominante um longo período, mas a necessidade reciclagem constante na área técnico-científico deslocou as atenções para o sector terciário por passar a incluir actividades como a pesquisa e o desenvolvimento.</p><p>No quadro do desenvolvimento acelerado que caracteriza os tempos actuais, a informática e a robótica exercem um papel de destaque, impulsionando a nova Revolução Industrial que está em curso: Revolução técnico-científica.</p><p>3.1.1 A evolução do processo de produção</p><p>A evolução industrial significou uma formidável transformação das técnicas e relações de produção. A ela se deve a substituição do trabalho manual pelo trabalho mecanizado, isto é, a passagem da manufatura ao sistema fabril de produção.</p><p>A evolução industrial foi sempre acompanhada por:</p><p>· Pelo crescimento demográfico;</p><p>· Pela aplicação da ciência a indústria;</p><p>· Pelo investimento de capitais;</p><p>· Pela conservação das comunidades rurais em comunidades urbanas.</p><p>Quanto a sua evolução histórica, podemos reconhecer três estágios fundamentais;</p><p>1. Na fase do artesanato, o produtor (artesão) executava sozinho todas as fases de produção e até assegurava a comercialização do produto. Não havia divisão do trabalho nem emprego de máquinas, apenas se recorria a ferramentas simples. Esta fase vigorou até ao século XVII.</p><p>2. A fase da manufactura corresponde ao estágio intermédio entre o artesanato e a maquinofactura. Neste estágio já ocorria a divisão do trabalho (cada operário realizava uma tarefa ou parte de produção), mas a produção ainda dependia fundamentalmente do trabalho manual, havendo contudo já o emprego da máquina simples. Este estágio corresponde a fase inicial de implementação das máquinas e do início do Capitalismo (1620-1750).</p><p>3. A fase da maquinofactura é o estágio de indústria actual, iniciado com a Revolução Industrial. Podendo ser caracterizada emprego maciço de máquinas e fontes de energia modernas (carvão mineral, petróleo, etc.), pela produção em larga escala e por uma grande divisão e especialização do trabalho, considera-se que teve início em 1750.</p><p>Nesta fase da maquinofatura ocorreu ainda, após a 1ª Revolução Industrial e no quadro dos grandes avanços tecnológicos, a 2ª Revolução industrial (1887-1945) e a 3ª Revolução Industrial ou Revolução técnico-científica (já após 1945).</p><p>A Revolução Industrial</p><p>Revolução Industrial são as profundas transformações resultantes do progresso da técnica aplicada à indústria, ou seja, a passagem de uma sociedade rural e artesanal para uma sociedade urbana e industrial. Com o seu desenvolvimento a indústria expandiu-se a partir da Inglaterra, estabelecendo-se noutros países europeus, como a Alemanha, a Bélgica, a França e, mais tarde alargou-se a outras áreas fora da Europa Ocidental, como o Japão, os Estados Unidos da América, a Rússia.</p><p>A Industrialização clássica é a etapa da expansão industrial dos países hoje desenvolvidos (entre os séculos XVII E XIX).</p><p>Principais causas da Revolução industrial</p><p>· A acumulação de capitais provenientes da expansão comercial e da política mercantilista.</p><p>· Transformação da estrutura agrária, libertando mão-de-obra para as zonas urbanas.</p><p>· A aceleração do processo de urbanização.</p><p>· A ascensão da burguesia.</p><p>· Invenções mecânicas e utilização de fontes de energia moderna.</p><p>Caraterísticas da 1ª e 2ª Revolução Industrial</p><p>A organização espacial variou de acordo com o papel diferenciado que ocuparam as colónias e as metrópoles, com maior ou menor grau de integração do novo sistema económico.</p><p>A mais profunda transformação espacial ocorreu com a introdução da indústria moderna em Inglaterra, o que marcou o início do Capitalismo Industrial (concorrencial ou liberal).</p><p>A industrialização não provocou mudanças apenas na forma de produção, mas direcionou toda a configuração do espaço actual. Modificou as relações sociais e os territórios, difundiu a cultura e a técnica, aprofundou a competição entre os povos, concentrou população no espaço e provocou o crescimento exponencial das zonas urbanas. Parte da mão-de-obra disponível foi empregue nas minas de carvão (fonte de energia dessa primeira fase da Revolução Industrial).</p><p>Dentro das unidades fabris ocorreram mudanças importantes: a grande produtividade e o aprofundamento da divisão do trabalho e o crescimento a produção em série. Nessa época, a segunda metade do século XIX, ocorreu o que se convencionou chamar 2ª Revolução Industrial. Uma das suas caraterísticas mais importantes foi a introdução das novas tecnologias e de novas fontes de energia no processo produtivo. Pela primeira vez, tendo como pioneiro a Alemanha e os Estados Unidos, a ciência era apropriada pelo capital, sendo posta ao serviço da técnica.</p><p>Se no decurso da 1ª Revolução Industrial as tecnologias era um resultado espontâneo e autónomo, na 2ª Revolução Industrial as empresas eram criadas com fim de descobrirem novas técnicas de produção.</p><p>Fases da Revolução Industrial</p><p>Características</p><p>1ª Fase</p><p>Revolução Mecânico</p><p>2ª Fase</p><p>Revolução Energética</p><p>3ª Fase Revolução</p><p>Neotécnica ou Electrónica</p><p>Período</p><p>Finais do século XVII até finais do século XIX</p><p>Final do século XIX até à 2ª Guerra Mundial</p><p>Após a 2ª Guerra Mundial</p><p>Fonte de energia</p><p>Carvão (hulha)</p><p>Petróleo; Electricidade; Gás natural</p><p>Energia nuclear; Energias alternativas</p><p>Factores de localização</p><p>Junto às fontes de energia e matéria-prima</p><p>Junto ao mercado</p><p>Proximidade à mão-de-obra e aos centros de investigação científica</p><p>Principal potência industrial</p><p>Reino Unido</p><p>Alemanha e E.U.A.</p><p>Japão</p><p>Inovações na produção</p><p>Maquinofactura</p><p>Produção em série, trabalho em cadeias</p><p>Automatização, informatização, robótica</p><p>A revolução técnico-científica</p><p>Com a revolução técnico-científica, a difusão e aplicação prática de qualquer inovação em forma de mercado ou de serviço tornou-se cada vez mais imediata. Os produtos industriais classificados genericamente como “bens de consumo duradouros”, especialmente os ligados aos sectores de ponta como a microelectrónica e a informática, tornaram-se rapidamente obsoletos devido a rapidez com que são superados pela introdução de novas tecnologias.</p><p>O impacto mundial dos avanços técnico-científicos foi marcante a partir da 2ª Guerra Mundial, época em que foi convencionado referenciar o início da 3ª Revolução Industrial. A microelectrónica, o microcomputador, o software, a telemática, a robótica, a engenharia genética e os semicondutores são alguns dos símbolos dessa nova etapa. A flexibilidade da actividade industrial tornou-se necessária num mundo em que a evolução da activiade industrial tornou-se necessária num mundo em que a evolução da tecnologia provoca uma diminuição da vida útil das mercadorias.</p><p>Just in time (tempo exato) é um sistema de produção totalmente adaptado ao mercado. O Just in time é por exemplo, o principal pilar do sistema de Toyota de produção. Através deste sistema, o produto ou matéria-prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que é necessário. Os produtos só são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados.</p><p>Este sistema permite a diminuição do custo de armazenamento e o volume de produção que fica directamente relacionado com a capacidade de mercado, evitando-se perdas de stocks ou a diminuição do preço, caso ocorra um desfasamento tecnológico do produto.</p><p>3.1.2 Classificação das indústrias</p><p>A desigualdade entre os países desenvolvidos e os países em via de desenvolvimento não ocorre somente ao nível da produção e consumo de recursos energéticos e matéria-prima, também, e talvez até fundamentalmente, no seu grau de industrialização e no tipo de indústrias dominantes.</p><p>Classificação das indústrias consoante</p><p>os bens produzidos:</p><p>1. Indústrias de bens de produção (industria de bens de equipamentos).</p><p>2. Indústrias de bens intermédios.</p><p>3. Indústrias de bens de consumo.</p><p>Classificação das indústrias mediante a tecnologia empregue:</p><p>· Indústrias tradicionais.</p><p>· Indústrias dinâmicas.</p><p>1. Indústrias de bens de produção (industria de bens de equipamentos).</p><p>Existentes ou realizados só por parte dos países ricos, com avultados capitais para investir. Neste tipo de indústria incluem-se as siderurgias, as metalúrgicas, as petroquímicas e as indústrias do cimento. Neste tipo de indústria é transformado grande quantidade de matérias-primas e por conseguinte as unidades fabris costumam localizar-se próximo dos portos, dos caminhos-de-ferro e das fontes de matérias-primas para facilitar a recepção das últimas e com vista a facilitar o escoamento da produção.</p><p>2. Indústrias de bens intermédios.</p><p>Tem como principal função de equipar indústrias de todos os tipos. Produzem máquinas e ferramentas, auto-peças e outros bens. Localizam-se próximo dos centros de consumo, isto é, em grandes regiões industriais.</p><p>3. Indústrias de bens de consumo.</p><p>Produzem bens que não têm finalidade produtiva ou seja, que se destinam a um consumo imediato e final. Estas indústrias produzem uma grande diversidade de bens, como por exemplo: electrodoméstico, produtos alimentares, têxteis, calçado, bebidas (refrigerantes), aparelhos electrónicos, etc.</p><p>Este tipo de indústria esta mais ligado ao mercado consumidor e à oferta de mão-de-obra, encontrando-se as unidades fabris geograficamente dispersas.</p><p>As indústrias tradicionais são as que se ligam as descobertas da 1ª Revolução Industrial, utilizam muita mão-de-obra e pouca tecnologia, contrariamente às indústrias dinâmicas.</p><p>3.1.3 Factores de localização industrial</p><p>Os factores de localização industrial são:</p><p>Decisão política; Centro de investigação; Energia</p><p>Matéria-prima; Mão-de obra; mercado e</p><p>Transporte e vias de comunicação.</p><p>3.1.4 Os grandes focos de industrialização no mundo</p><p>As principais áreas de actividade industrial no mundo localizam-se essencialmente na Europa Ocidental, Estados Unidos da América e Japão, embora também se verifiquem importantes concentrações industrias na Europa de Leste e Rússia. Estas concentrações industriais resultam de diferentes evoluções e apresentam-se bem distintas umas das outras.</p><p>· Europa, a região mais industrializada abrange o Reino Unido, Norte de França, Benelux, Alemanha, Suíça e Norte de Itália.</p><p>Aqui é possível encontrar importantes contrastes:</p><p>· As velhas regiões indústrias siderúrgicas, nas imediações das minas de carvão, situadas no Centro do Reino Unido, e na fronteira franco-belga e que se encontram actualmente em grande crise, devido aos métodos produtivos ultrapassados pela extracção do minério.</p><p>· As regiões de indústria moderna ligada aos sectores mais dinâmicos como são a informática, telecomunicações ou a indústria aerospacial e que se localizam na região do Reno-Rhur na Alemanha, no sul do sul de Reino Unido, Holanda, Norte de Itália e Região de Paris, em França.</p><p>· A Suíça regista uma especialização industrial em determinados sectores, que são mundialmente importantes, tais como: os alimentares (lacticínios e chocolates) e a relojoaria, entre outros.</p><p>· Na Europa de Leste as maiores áreas industriais verificam-se na Rússia, Polónia e ex-Checoslováquia onde predominavam industriais como a metalúrgica, siderúrgica e química pesada. Este facto decorria do sistema económico que estes países perfilhavam, antes das alterações políticas recentes e que apontavam para a auto-suficiência em sectores indústrias vitais e privilégio do emprego relativamente à modernização da tecnologia.</p><p>· Na Europa do sul, as regiões de maior dinamismo industrial ocorrem no Sul de França 8regiao de Toulouse) e em Espanha (Catalunha).</p><p>· Portugal registou uma tardia industrialização, assente em sectores tradicionais como são a cortiça, têxtil e alimentares (conserva de sardinha e de tomate) e só recentemente tem vindo a diversificar as suas produções para outras mais modernas como a electrónica ou a montagem automóvel.</p><p>· Nos E. U.A., apesar de serem a maior potência industrial do mundo devido aos seus recursos minerais e energéticos, também se registam diferentes tipos de regiões indústrias. Assim, a área mais antiga localizam-se na Região Nordeste deste país, próximo do Atlântico, onde predominam sectores tradicionais como o metalúrgico e o da construção naval, enquanto no Oeste (região da Califórnia) localizam-se os sectores mais modernos como a electrónica, a informática, entre outros. Esta região ganhou uma clara importância como o crescente dinamismo do Japão e as outras economias asiáticas.</p><p>· No Japão, o processo de industrialização ocorreu mais tarde (essencialmente após a segunda Guerra Mundial) e assumiu características algo diferentes das anteriores, pois este país superou a falta de matérias-primas e recursos energéticos, com uma mão-de-obra muito qualificada e disciplinada, que aliada à tecnologia permite elevadas produtividades em sectores como o da electrónica, telecomunicações e informática.</p><p>· Países como a Austrália e Nova Zelândia, Canadá e mais recentemente o Brasil e Argentina ou México e a África do Sul registam significativas concentrações industriais e desempenham importante papel a nível regional.</p><p>image1.png</p>

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