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Introdução O Egito Antigo foi uma das civilizações mais ricas e poderosas da Antiguidade. Era governado por um faraó e ficou caracterizado por suas grandes pirâmides. O Egito Antigo foi uma importante civilização da Antiguidade, desenvolvendo-se no nordeste do continente africano, às margens do Rio Nilo. O fenômeno das cheias do Nilo garantia a fertilidade do solo no Vale do Nilo, permitindo que os egípcios o cultivassem e tivessem uma das agriculturas mais prósperas da Antiguidade. As terras eram governadas pelo faraó, considerado a encarnação dos deuses pelos egípcios. A sociedade era profundamente hierarquizada, e um dos hábitos mais tradicionais da sua cultura era a mumificação dos seus mortos. Tinham uma economia próspera e um conhecimento científico avançado. As civilizações africanas antigas eram muito diversificadas e complexas, com exemplos notáveis como o Egito Antigo, o Império de Gana, o Império de Mali e o Império Songai, entre outros. Estas civilizações desenvolveram sistemas políticos, religiosos e econômicos próprios, com realizações em áreas como agricultura, metalurgia, comércio e construção. Civilizações e Impérios Notáveis: · Egito Antigo: Conhecido por seus avanços em matemática, astronomia, medicina e arquitetura, com a construção de pirâmides e templos. · Império de Gana: Um poderoso reino na África Ocidental, que controlava o comércio de ouro e sal, e floresceu entre os séculos VIII e XIII. · Império de Mali: Sucedido ao Império de Gana, o Império de Mali também controlava o comércio de ouro e sal, e era conhecido por sua rica cultura e tradições. · Império Songai: Um império que surgiu no século XV, que expandiu seu território e tornou-se um dos maiores da África Ocidental. · Império Axum: Situado na atual Etiópia e Eriteia, era um reino com forte comércio com o Oriente Médio e o Mediterrâneo, e é conhecido por suas estelas monumentais. · Reino de Kush: Um reino na Núbia (atual Sudão), que chegou a dominar o Egito Antigo e foi conhecido por suas riquezas e cultura. · Civilização de Cartago: Uma cidade-estado fenícia, que se estabeleceu na África do Norte e se tornou uma potência comercial e militar no Mediterrâneo. · Cultura Nok: Uma cultura pré-colonial na Nigéria, conhecida por suas esculturas em terracota, que são consideradas as mais antigas da África Ocidental. · Reino do Congo: Um reino na África Central, que se desenvolveu no século XIV e era conhecido por sua rica cultura e tradições. · Império Zimbábue: Um império na África Austral, conhecido por suas grandes construções em pedra, como as ruínas de Grande Zimbábue. Características Gerais: · Diversidade cultural e étnica: A África era um continente com grande variedade de povos e culturas, cada um com suas próprias tradições e costumes. · Desenvolvimento de sistemas políticos e econômicos: As civilizações africanas desenvolveram sistemas de governo, comércio e produção de alimentos, como a agricultura. · Avanços tecnológicos e culturais: As civilizações africanas desenvolveram tecnologias como a metalurgia, a escrita e a arquitetura, além de desenvolver tradições artísticas e culturais. · Interação com outras culturas: As civilizações africanas tinham contato com outras culturas, como a egípcia, a grega, a romana e a islâmica, e trocavam conhecimentos e produtos. · Herança cultural e histórica: As civilizações africanas deixaram uma rica herança cultural e histórica para as futuras gerações, que é importante para entender a diversidade e a complexidade da história africana. História do Egito Antigo O Egito Antigo é uma das civilizações mais conhecidas da Antiguidade, tendo se desenvolvido no nordeste do continente africano, exatamente na região onde está atualmente o Egito moderno. A civilização egípcia se desenvolveu no Vale do Nilo, uma região banhada por um dos maiores rios do planeta, o Rio Nilo. O Egito Antigo ficou conhecido pelo seu alto grau de sofisticação, desenvolvendo uma civilização que detinha enormes conhecimentos, e soube realizar grandes feitos, como a construção das pirâmides. Desenvolveram um complexo sistema de escrita, souberam explorar adequadamente os recursos oferecidos pela natureza e deixaram um enorme legado cultural. O Egito ficou conhecido por sua enorme prosperidade, e muito dela se deveu ao Nilo, que fornecia as condições ideais para a sobrevivência humana em um lugar hostil, o Deserto do Saara. O Rio Nilo cruza o território egípcio de sul a norte, sendo conhecido pelo seu ciclo de cheias, que permitiam que as margens se transbordassem. Com isso, as terras próximas às margens do rio eram alagadas e fertilizadas com o húmus, material orgânico encontrado no fundo dos rios. Quando as águas do rio recuavam, esse solo estava fertilizado e pronto para o cultivo agrícola. Além disso, os egípcios conseguiram construir canais de irrigação para transportar a água do rio para locais mais distantes. Mapa do Egito Antigo O mapa a seguir é uma representação do território do Egito Antigo durante o Novo Império: Império Períodos do Egito Antigo A presença humana no Egito remonta a milhares de anos atrás, mas o desenvolvimento humano naquela região fez com que os grupos humanos se agrupassem no Vale do Nilo, por conta dos recursos oferecidos pelo rio. Os diferentes povoados que se estabeleceram nessa região receberam o nome de nomos. Durante o Período Pré-Dinástico, esses nomos sobreviviam da agricultura e do comércio, disputando entre si a hegemonia do vale. A tradição acerca da história egípcia conta que esses nomos se reuniram em dois grandes reinos, Baixo Egito e Alto Egito, unificados por Menés por volta de 3100 a.C. Os historiadores, no entanto, apontam que não há evidências que sustentem essa unificação por parte de Menés. Eles acreditam que a unificação egípcia e a centralização do poder tenham sido um processo gradual e lento. Com a unificação egípcia, os historiadores estabeleceram uma periodização padrão para os eventos da história egípcia. Assim se deu os seguintes períodos na história do Egito: Época Tinita (3100-2686 a.C.): quando se deu a transição até a consolidação do poder unificado no Egito. Antigo Império (2686-2160 a.C.): marcado por grande desenvolvimento econômico, sobretudo na agricultura, que registrou grande produtividade. As principais pirâmides egípcias foram construídas nesse período. Primeiro Período Intermediário (2160-2055 a.C.): marcado pelo enfraquecimento do poder central, havendo guerras civis e crises econômicas sucessivas. Médio Império (2055-1650 a.C.): marcado pela reconstrução do poder central e pela expansão territorial dos domínios egípcios, em especial para o sul na região habitada pelos cuxitas. Segundo Período Intermediário (1650-1550 a.C.): o novo enfraquecimento do poder central egípcio permitiu que os hicsos dominassem as terras do Egito. Novo Império (1550-1069 a.C.): fase iniciada com a expulsão dos hicsos e marcada como o momento de maior prosperidade do Egito. Os territórios egípcios foram alargados, estendendo-se da Síria até a Núbia. Terceiro Período Intermediário (1069-664 a.C.): marcado por mais uma ruptura no poder central e por divisões internas. Depois disso, o território egípcio foi dominado por diferentes povos, como os assírios, os persas, os macedônios, os romanos, os bizantinos, até a conquista árabe, após o surgimento do islamismo. Características do Egito Antigo Sociedade do Egito Antigo A sociedade egípcia era profundamente hierarquizada, portanto, havia grupos sociais com papéis muito bem definidos. As chances de mobilidade social eram pequenas, e a sociedade era patriarcal, fazendo com que as chances de alguma influência social para as mulheres se resumissem àquelas que se dedicavam à religião ou pertenciam à nobreza egípcia. O topo da sociedade egípcia era representado pelo faraó, o governante considerado a encarnação divina na Terra. As terras egípcias pertenciam a ele, e eram ele quem recebia os impostos cobrados da população. Abaixo do faraó, vinham os outros gruposque compunham a sociedade egípcia: Funcionários de Estado e sacerdotes: ocupavam posições semelhantes na hierarquização social, mas executavam papéis diferentes. Os funcionários de Estado cuidavam da administração do reino, enquanto os sacerdotes eram os responsáveis pelo culto aos deuses e pela administração dos templos. Comerciantes: dedicavam-se ao comércio, tanto interno quanto externo, vendendo e comprando mercadorias para outros povos. Militares: os comandantes do exército egípcio gozavam de prestígio e boa condição econômica. Artesãos: responsáveis pela confecção de móveis, roupas, joias e outros artigos do tipo. Os artesãos de luxo gozavam de melhores condições econômicas do que aqueles que produziam artigos comuns. Camponeses: trabalhavam no cultivo agrícola, devendo entregar parte significativa de sua produção como impostos. Também trabalhavam nas obras públicas, construindo templos e estradas, por exemplo. Escravos: estrangeiros capturados como prisioneiros de guerra. Faziam o trabalho mais pesado, como nas pedreiras. Governo do Egito Antigo O Egito era governado pelo faraó, dono das terras, executor da justiça e comandante das tropas. Possuía uma série de burocratas que o auxiliavam no comando do reino, como o vizir, o segundo em comando nas terras egípcias. O poder do faraó era teocrático, porque ele era considerado um deus, e hereditário, porque era transmitido para os seus herdeiros. Cultura do Egito Antigo O faraó era mumificado e colocado em um sarcófago, junto de seus pertences, considerando-se que havia a ideia de uma vida após a morte. Um dos hábitos mais tradicionais da cultura egípcia era a mumificação dos mortos. Nessa prática funerária, os egípcios realizavam um processo para garantir a preservação do corpo da pessoa que havia morrido, e o objetivo dessa prática era que ela pudesse gozar da vida após sua morte. A prática era realizada por toda a sociedade egípcia, embora os ricos o fizessem de maneira mais sofisticada. Foi o costume da mumificação que fez com que centenas de corpos fossem encontrados por arqueólogos no Egito. A arte poderia ser usada para os ritos funerários, embora também tivesse um papel religioso e político. Economia do Egito Antigo A economia egípcia era próspera, e grande parte de sua riqueza provinha da agricultura. A fertilidade do solo egípcio é explicada pelo fenômeno das cheias. A agricultura egípcia era uma das mais ricas da Antiguidade, sendo responsável pela produção de grandes quantidades de trigo, cevada, sorgo, além de frutas, legumes e leguminosas de diferentes tipos. Além disso, a economia egípcia também sobrevivia da criação de animais, da mineração e do comércio. Os egípcios mantiveram relações comerciais com diferentes povos, como os cuxitas, fenícios, gregos e outros povos que habitavam locais como a Mesopotâmia, a Palestina, a Ásia Menor, entre outros. Ciência do Egito Antigo Os egípcios detinham conhecimentos avançados em diversas áreas, como a matemática e a medicina. Produziam um vidro de alta qualidade que era comercializado para outros povos. Na medicina, produziam remédios para diversas doenças, além de procedimentos cirúrgicos. Conclusão O Egito Antigo, como uma das antigas civilizações africanas, deixou um legado cultural, político, econômico e social que continua a fascinar e influenciar o mundo. A civilização egípcia, com sua agricultura próspera, sua estrutura social hierárquica, sua religião influente, suas obras de arte e arquitetura imponentes e seus avanços científicos, merece ser estudada e valorizada como um exemplo da rica história africana. Bibliografia https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/civilizacoes-africanas-da-antiguidade-vale-do-nilo-e-peninsula-somali.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/egipcio.htm https://www.todamateria.com.br/civilizacao-egipcia/ 5 image1.png