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Introdução
A violência é todo ato intencional autoinfligido ou cometido contra terceiros que provoca danos físicos e psicológicos a um indivíduo, podendo levar também à morte.
A violência é todo ato intencional autoinfligido ou praticado contra outra pessoa ou grupo que possa resultar em lesões, problemas psicológicos, deficiência, privação e morte, segundo definição dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É compreendida também como um problema estrutural agravado pelas desigualdades socioeconômicas características do sistema em que estamos inseridos, além da falta ou ineficácia das políticas públicas destinadas à sua prevenção.
Resumo sobre violência
· A violência é um problema estrutural agravado com o aprofundamento das desigualdades socioeconômicas, a exclusão social e a ausência ou negligência do poder público.
· É classificada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em: violência autoinfligida (automutilação e suicídio), violência interpessoal (violência doméstica e violência comunitária) e violência coletiva (violência política, violência social, violência econômica).
· A prevenção da violência passa pela compreensão do problema em escala local e posterior elaboração e execução de políticas públicas que visem à inclusão social, à redução das desigualdades socioeconômicas e a melhorias na qualidade de vida da população.
· O Brasil integra a lista dos países mais violentos do mundo.
· O problema da violência no Brasil apresenta origem na história de formação social do país, que aconteceu de maneira desigual e excludente.
Quais são os tipos de violência
A violência pode ser descrita como sendo um fenômeno social e um problema de saúde pública.
A principal tipologia utilizada para os estudos sobre violência é a elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em diferenciar esse problema com base na forma como ele é perpetuado e também pela análise da relação estabelecida entre o autor e a vítima. Sendo assim, a OMS classifica a violência em:
· Violência autoinfligida: quando um indivíduo comete o ato de violência contra ele próprio, sem a interferência de terceiros. Dentro dessa categoria, enquadram-se duas formas de violência, a automutilação (ou autoabuso) e o suicídio.
· Violência interpessoal: quando os atos de violência são cometidos entre indivíduos, ou seja, há a existência de um (ou mais) autor e uma (ou mais) vítima. A violência interpessoal pode ser subdividia em duas categorias:
· Violência familiar e conjugal, ou violência doméstica, que se dá no interior de um mesmo núcleo familiar e é cometida entre parentes, cônjuges e/ou parceiros íntimos. A violência contra a mulher, compreendida também no escopo da violência de gênero, a violência contra idosos e a violência contra crianças são alguns exemplos.
· Violência comunitária, que, diferentemente da violência doméstica, ocorre entre indivíduos que não pertencem a uma mesma família ou possuem relação próxima. A OMS elenca como exemplos os crimes contra a propriedade, abusos contra estranhos e a violência no local de trabalho.
· Violência coletiva: tem como perpetuadores grupos de indivíduos visando atacar indivíduos ou grupos de indivíduos em específico, com uma causa determinada. Essa categoria se subdivide em:
· violência política;
· violência social;
Possíveis medidas para prevenir a violência
A violência é um problema com origem complexa e difusa que varia de país para país, mas que mantém aspectos em comum, como a sua perpetuação na medida em que as desigualdades socioeconômicas se aprofundam.
Nesse sentido, a Organização das Nações Unidas (ONU) entende que a prevenção das diversas formas de violência e a redução do número de mortes causadas por ações violentas são fundamentais para a garantia do desenvolvimento sustentável e para que se alcance justiça e paz em escala global.
As formas pelas quais as condutas violentas podem ser prevenidas são objeto de inúmeras discussões, uma vez que devem abordar questões sociais, econômicas e de segurança e saúde públicas. Um dos primeiros passos é o mapeamento da violência e a realização de diagnósticos acerca das ações violentas para se pensar em ações direcionadas.
A partir de então, cabe a elaboração de políticas públicas que atuem na redução das desigualdades socioeconômicas, na inclusão social de crianças e jovens, na ampliação do acesso à educação, na criação de cursos profissionalizantes e oportunidades de trabalho digno e também em melhorias na qualidade de vida nas cidades, como a ampliação das redes de saneamento básico e o acesso à infraestrutura urbana.
Causas da violência
A violência é um fenómeno multifacetado com múltiplas causas, que abrangem desde fatores individuais a fatores sociais e estruturais. Alguns dos fatores mais comuns incluem a falta de oportunidades, desigualdades sociais, falta de apoio institucional, consumo excessivo de álcool e drogas, e a exposição a violência na infância ou no ambiente familiar. 
· Fatores Individual e Psicossociais:
· Falta de educação e oportunidades:
· A falta de acesso à educação e oportunidades de trabalho pode gerar frustração e violência, especialmente em grupos vulneráveis. 
· Falta de valores e princípios:
· A ausência de valores éticos e morais, como o respeito e a empatia, pode levar a comportamentos agressivos. 
· Problemas de saúde mental:
· A depressão, a ansiedade e outros problemas de saúde mental podem aumentar a probabilidade de comportamentos violentos. 
· Uso de álcool e drogas:
· O consumo excessivo de álcool e drogas pode alterar o comportamento e aumentar a impulsividade e a agressividade. 
· Exposição à violência:
· A exposição à violência na infância ou no ambiente familiar pode ter um impacto negativo no desenvolvimento da criança, aumentando a probabilidade de violência. 
· Fatores Sociais e Estruturais:
· Desigualdades sociais:
As desigualdades sociais e económicas, a pobreza, o desemprego e a falta de acesso a bens e serviços essenciais podem gerar violência e conflitos. 
· Falta de apoio institucional:
· A falta de apoio institucional, como escolas, centros de saúde e redes de apoio social, pode aumentar a vulnerabilidade das pessoas e a ocorrência de violência. 
· Poder e controle:
· A busca por poder e controle, tanto em nível individual como em nível institucional, pode levar a comportamentos violentos. 
· Ausência de oportunidades:
A falta de oportunidades de educação, emprego e crescimento pessoal pode gerar frustração e violência. 
· Conflitos e desordem social:
· A violência pode ser um produto de conflitos sociais, falta de estabilidade política e desordem social. 
· Fatores Cultural e Político:
· Cultura de violência:
A cultura de violência, que legitima ou normaliza a violência como forma de resolução de conflitos ou de expressão de poder, pode contribuir para a perpetuação da violência. 
· Legislação e punição:
· A falta de legislação eficaz e a aplicação inadequada das leis podem não deter a violência, e podem mesmo reforçar a cultura de impunidade. 
· Políticas públicas:
A falta de políticas públicas eficazes para combater a violência, como políticas de emprego, educação, saúde e segurança, pode contribuir para a perpetuação da violência. 
A violência é um problema complexo que exige abordagens multidisciplinares e abrangentes. A prevenção da violência requer um esforço conjunto da sociedade, que envolve a implementação de políticas públicas eficazes, a promoção da educação e conscientização sobre a violência, o apoio às vítimas e a promoção de uma cultura de paz e respeito. 
Violência em Angola
A violência baseada no género (VBG) ameaça a saúde, o bem-estar e a vida das mulheres em toda a sociedade angolana. A mais recente Pesquisa de Indicadores Múltiplos e de Saúde relata que 32% das mulheres angolanas sofreram violência física desde os 15 anos de idade; 8% serão vítimas de violência sexual em algum momento de suas vidas; e 34% foram vítimas de violência física ou sexual perpetrada por seus maridos ou parceiros (Instituto Nacionalde Estatística (2017).
O governo angolano ratificou as convenções e instrumentos internacionais de combate à VBG, incluindo a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (Nações Unidas, 1979) e o Protocolo de Maputo (União Africana, 2003), e as leis do país contra a violência doméstica e a Política Nacional de Igualdade e Equidade de Gênero procuram proteger as mulheres contra a violência.
Mas, apesar desses instrumentos normativos e legais, ainda existem grandes desafios no combate à VBG, tanto na valorização da sociedade sobre a necessidade de combatê-la quanto no compromisso do governo com ações decisivas para a sua eliminação. No seu discurso sobre o Estado da Nação em outubro de 2022, o Presidente João Lourenço (2022) pediu penas mais severas para reduzir a violência doméstica no país.
Este dispatch relata um módulo especial de pesquisa incluído no inquérito da 9a ronda do Afrobarometer (2021/2022) para explorar as experiências e percepções dos africanos sobre a violência de gênero.
Os Angolanos consideram a violência de gênero a questão mais importante dos direitos das mulheres que o governo e a sociedade devem abordar. A maioria dos cidadãos diz que a VBG é uma realidade comum nas suas comunidades e deve ser tratada como uma questão criminal, e não como um assunto privado a ser resolvido dentro da família. Os cidadãos expressam confiança de que a polícia leva a sério os casos relatados de VBG.
Violência contra a mulher
A violência contra a mulher é um tipo de violência de gênero que acontece quando se comete atos físicos, psicológicos, sexuais ou de outra natureza, como moral e patrimonial, contra uma pessoa em função do seu gênero, causando sofrimento (físico e psicológico), dores e até mesmo a morte.
Apesar de essas ações violentas acontecerem principalmente dentro de casa, perpetradas por familiares, cônjuges e parceiros, a violência contra a mulher acontece de várias formas e em diversos ambientes, de forma que as mulheres também são vítimas de assédios e agressões nas ruas, no trabalho, no transporte público ou em consultórios médicos, o que demonstra a dimensão e a gravidade desse problema.
A violência contra a mulher pode acarretar o desenvolvimento de doenças e severos problemas psicológicos, podendo também levar à morte.
Em 2021, 1319 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, de acordo com o 
Países mais violentos do mundo
Confira, a seguir, a lista dos 10 países mais violentos do mundo feita com base nos dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês).|2|
	País
	Taxa de homicídio*
	Jamaica
	44,95
	Honduras
	36,33
	África do Sul
	33,46
	México
	28,37
	Santa Lúcia
	28,32
	Belize
	25,65
	Colômbia
	22,64
	Brasil
	22,45
	Dominica
	20,84
	Guiana
	19,86
*A taxa de homicídio é igual ao número de homicídios registrados dividido por 100 mil habitantes.
Conclusão
Concluímos que a violência resultam em prejuízos sociais e individuais, desde atraso no crescimento econômico das regiões e impactos na saúde pública a efeitos deletérios físicos e mentais, para as vítimas.
Bibliográfia
https://www.pucrs.br/revista/os-efeitos-da-violencia/
https://www.significados.com.br/violencia/
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/violencia.htm
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