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<p>Nota: Questão 1 (Valor: - sobre as aulas 10. 11 e 16 No ensaio "A Vida ao Rés do publicado no livro Recortes, de Antonio Candido apresenta aos leitores um estudo indispensável para compreender os aspectos mais importantes da crônica como gênero Veja o trecho abaixo: A crônica não é um maior" Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que dessem o brilho universal dos grandes dramaturgos e Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero "Graças a Deus". seria o caso de porque sendo assim ela fica mais perto de E para muitos pode servir de caminho não apenas para a que ela serve de perto, mas para a literatura [...]. Por meio dos assuntos, da composição solta, do de coisa sem necessidade que costuma se ajusta à sensibilidade de todo o Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural Na sua humaniza: e esta humanização permite, como compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa profundidade de significado e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada embora discreta candidata à (CANDIDO, 2004. 26-27) Leia, a seguir, a crônica "Despir um corpo a primeira de Afonso Romano de Sant Anna e explique como os pontos destacados no ensaio de Antonio Candido se manifestam no texto em Despir um Corpo a Primeira Vez (Affonso Romano de Sant'Anna) Despir um corpo a primeira vez é um acontecimento entre dois Não se pode profanar o E os amantes devem manter o ritmo dos Porque, embora nesses rituais haja sempre panos e trajes para agradar o Olimpo, é para a nudez total que o nos quer As mãos têm que ter um compasso certo. Um andante ou largo de Bach nos gestos, compondo a alegria dos homens e As mãos, não podem se Com os olhos têm que aprender com a ponta dos contemplar os acordes que irão surgir quando, peça por o corpo for se desvestindo ao do altar. Antes de se tocar com as mãos e lábios, na verdade, já se tocou o corpo alheio com um distraido olhar envolvente E ninguém toca um corpo impunemente. Despir um corpo a primeira vez não pode ser coisa de poeta desatento colhendo futilmente a flor oferta num abundante canteiro de poesia. Nem pode ser coisa de um puro microscopista que olha as coisas Se tem que ser de sábio o olhar, que seja do porque esse sabe aflorar em cada espécie o que cada espécie tem de mais secreto ou distante, o que cada espécie sabe Despir um corpo pela primeira vez é pela primeira uma E os corpos das cidades têm portas para abrir, jardins de repousar, torres e altitudes que excitam a visitação. Algumas cidades sitiadas caem ao som de outras se entregam porque não mais suportam a sede e a fome de amar. As cidades têm limites e E. como o corpo, querem que as habite com intimidade Khan, ou qualquer conquistador vulgar tem com as cidades e corpos uma estranha relação. O objetivo é a devassa e a dominação. Conquistada a cidade, a ordem é Por cuidado para não se acercar do outro apenas com esse olhar guerreiro ou com esse olhar tolo de O embora procure os sabores tipicos, é um que quer fotografar. Mas ha turistas c e o pior turista é aquele que olha sem olhar. É um perdido marinheiro que está preso em algum porto, que não se permite num outro corpo inteiramente</p>