Prévia do material em texto
<p>INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS - IGE</p><p>FACULDADE DE GEOLOGIA – FAGEO</p><p>ANA MARIA MATOS SOUSA</p><p>201840603001</p><p>GABRIEL FRANCISCO DA SILVA E SILVA</p><p>201840603008</p><p>IVANEYDE PEREIRA LIMA</p><p>201840603010</p><p>MAIARA PEREIRA DOS SANTOS</p><p>201840603017</p><p>RELATÓRIO DE PRÁTICA DE CAMPO EM SEDIMENTOLOGIA</p><p>DOCENTE: Prof. Dr.</p><p>Antônio Emídio de</p><p>Araújo Santos Junior.</p><p>NOTA:___________</p><p>MARABÁ/PA</p><p>2019</p><p>ANA MARIA MATOS SOUSA</p><p>GABRIEL FRANCISCO DA SILVA E SILVA</p><p>IVANEYDE PEREIRA LIMA</p><p>MAIARA PEREIRA DOS SANTOS</p><p>ANÁLISE DE FÁCIES E RECONSTRUÇÃO PALEOAMBIENTAL DAS</p><p>FORMAÇÕES PIAUÍ, PEDRA DE FOGO, MOTUCA, SAMBAÍBA, MOSQUITO,</p><p>BARREIRAS E COBERTURA SEDIMENTAR PÓS-BARREIRAS NA REGIÃO</p><p>DOS MUNICÍPIOS DE MARABÁ/PA, AGUIARNÓPOLES/TO E BALSAS/MA.</p><p>Relatório apresentado à disciplina de PRÁTICA DE</p><p>CAMPO DE SEDIMENTOLOGIA, disciplina</p><p>pertencente a Faculdade de Geologia (FAGEO),</p><p>instituto de Geociências e Engenharias (IGE),</p><p>Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará</p><p>(UNIFESSPA) como requisito para a aprovação na</p><p>disciplina, sob orientação dos professores: Dr.</p><p>Antônio Emídio de Araújo Santos Junior.</p><p>Assinatura do professor responsável</p><p>MARABÁ/PA</p><p>2019</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4</p><p>1.1. OBJETIVOS .............................................................................................................. 4</p><p>1.2. LOCALIZAÇÃO VIAS E ACESSOS ...................................................................... 5</p><p>2. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 7</p><p>3. GEOLOGIA REGIONAL ......................................................................................... 9</p><p>3.1. FORMAÇÃO PIAUÍ ................................................................................................. 9</p><p>3.2. FORMAÇÃO PEDRA DE FOGO ............................................................................ 9</p><p>3.3. FORMAÇÃO MOTUCA. ....................................................................................... 10</p><p>3.4. FORMAÇÃO SAMBAÍBA .................................................................................... 10</p><p>3.5. FORMAÇÃO MOSQUITO .................................................................................... 11</p><p>3.6. FORMAÇÃO BARREIRAS ................................................................................... 12</p><p>4. GEOLOGIA LOCAL .............................................................................................. 14</p><p>5. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................................................ 24</p><p>5.1. UNIDADE I ............................................................................................................ 24</p><p>5.2. UNIDADE II ........................................................................................................... 24</p><p>5.3. UNIDADE III .......................................................................................................... 24</p><p>5.4. Unidade IV .............................................................................................................. 25</p><p>5.5. Unidade V ................................................................................................................ 25</p><p>6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 26</p><p>7. REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 27</p><p>LISTA DE FIGURAS</p><p>Figura 1: Rodovias de acesso aos municípios visitados. .................................................. 5</p><p>Figura 2: Mapas de localização dos afloramentos ............................................................ 6</p><p>Figura 3: Swaely ............................................................................................................. 15</p><p>Figura 4: Clean ripples ................................................................................................... 15</p><p>Figura 5: Perfil Sedimentar da formação Piauí .............................................................. 16</p><p>Figura 6: Afloramento e particularidades da formação pedra de fogo ........................... 18</p><p>Figura 7: Arenitos com granulação fina e estruturas planos paralelo e cruzada tabular 19</p><p>Figura 8: Perfil estratigráfico da formação Sambaíba .................................................... 20</p><p>Figura 9: Diabásio com veios de quartzo e estrutura de batéia ...................................... 21</p><p>Figura 10: afloramento formação Barreiras e gretas de concreções ............................... 22</p><p>4</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Segundo Grotzinger e Jordam, (2013) a maior parte da superfície da terra,</p><p>inclusive o assoalho oceânico, é composta de sedimentos. Esses sedimentos, por sua vez</p><p>formam rochas que registram as condições da superfície terrestre no período em que</p><p>foram depositados, ou seja, “a partir do estudo das rochas sedimentares, interferências</p><p>complementares também são possíveis. Pode-se reconstruir o passado para entender o</p><p>posicionamento antigo das placas tectônicas e seus movimentos” (GROTZINGER,</p><p>JORDAN, 2013, p.119)</p><p>Tendo isso em mente o presente trabalho trata do estudo geológico, com o foco</p><p>das fácies e estruturas sedimentares das formações, Piauí, Pedra de Fogo, Motuca,</p><p>Sambaíba, Mosquito pertencentes a bacia do Parnaíba no grupo Balsas, e formação</p><p>Barreiras e coberturas sedimentares Pós-Barreiras no município de Marabá. Para isso foi</p><p>adotado a metodologia de análise faciológica e estrutural, com alguns conceitos de</p><p>estratigrafia, interpretando rochas sedimentares das formações estudadas, afim de</p><p>entender os processos de evolução da bacia do Parnaíba, fazer reconstrução de ambientes</p><p>deposicionais e aplicar os conhecimentos adquiridos na disciplina de sedimentologia. Os</p><p>dados usados no decorrer deste trabalho foram adquiridos durante a excursão de campo</p><p>realizada pelos estudantes de Geologia, da turma de 2018, da Universidade Federal do</p><p>Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA sob orientação do Professor Dr. Antônio Emídio de</p><p>Araújo Santos Junior no período de 21 a 26 de agosto de 2019.</p><p>1.1.OBJETIVOS</p><p>Sintetizar e desenvolver os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula no</p><p>decorrer da disciplina de Sedimentologia, sob orientação do docente Dr. Antônio Emídio</p><p>Santos Junior além de relatar, fotografar e descrever, todos os afloramentos visitados e</p><p>entender as feições geológicas procurando ligar os acontecimentos do passado na procura</p><p>e obtenção de uma visão prática do tempo geológico com a sedimentologia, para ver o</p><p>que aconteceu ao planeta com decorrer desse tempo.</p><p>Mediante isso, catalogar todo o caminho percorrido visando correlacionar esses</p><p>dados com as unidades geológicas de cada afloramento por meio de reconstrução</p><p>paleoambiental dos sistemas deposicionais presentes a partir da descrição, classificação,</p><p>composição, padrão de paleocorrente, conteúdos icnofossilíferos e análise granulométrica</p><p>simples.</p><p>5</p><p>1.2. LOCALIZAÇÃO VIAS E ACESSOS</p><p>A área destinada a Prática de campo de Sedimentologia e foram os municípios</p><p>de Marabá no estado do Pará, Estreito no estado do Tocantins, onde tivemos paramos</p><p>para dormir e seguir viagem de manhã rumo a balsas no Maranhão, onde aconteceu a</p><p>maior parte do estudo.</p><p>Os municípios se interligam pela rodovia transamazônica BR-010/BR-230. A</p><p>distância entre a cidade de Marabá/Pará e a cidade de Aguiarnópoles no Tocantins é</p><p>de 269 km e o tempo estimado do percurso da viagem entre as duas cidades é de</p><p>aproximadamente 3 h 35 min, de Aguiarnópoles para Balsas no Maranhão são 268 km e</p><p>o tempo estimado do percurso da viagem entre as duas cidades é de aproximadamente 3</p><p>h 20 min.</p><p>Na imagem 1 observa-se</p><p>a rodovia BR- 230. Estradas vicinais e rodovias</p><p>estaduais facilitaram o acesso para os locais de estudo.</p><p>Figura 1: Rodovias de acesso aos municípios visitados.</p><p>Fonte: os autores</p><p>6</p><p>A seleção dessa área deve-se à diversificação de afloramentos e registros de</p><p>feições geológicas que se sucederam e que podem ser observadas na figura 2, com os</p><p>pontos de estudos.</p><p>Figura 2: Mapas de localização dos afloramentos</p><p>Fonte: Os autores</p><p>7</p><p>2. MATERIAIS E MÉTODOS</p><p>Para a realização da prática de campo, foi necessária a utilização de alguns</p><p>materiais, conforme está listado abaixo com suas devidas funções:</p><p>• Bússola – Se orientar, mas também para medir a direções e inclinações (mergulho)</p><p>de camadas, veios e fraturas de rochas.</p><p>• GPS – Se orientar e tirar toponímia e coordenadas dos afloramentos.</p><p>• Martelo petrógrafo: Para tirar camadas intempéricas estudo detalhado das rochas.</p><p>• Caderneta de campo: Para anotação das descrições dos afloramentos e informações</p><p>importantes</p><p>• Perneira: Para proteger as pernas na região entre o joelho e o pé de animais</p><p>peçonhentos.</p><p>• Colete Refletivo: Para evita acidentes em ambientes de trabalho com pouca</p><p>visibilidade ou iluminação.</p><p>• Câmara fotográfica: Para registrar detalhes das rochas e do afloramento.</p><p>• Cartão Escala: Serve para orientar o sentido das fotos tiradas durante o campo.</p><p>• Óculos de Proteção: Para proteger os olhos de possíveis acidentes com fraturas de</p><p>rochas ao usar o martelo petrográfico.</p><p>A atividade de campo ocorreu no dia 21 a 26 de agosto de 2019 situados nos</p><p>municípios de Marabá/PA, Aguiarnópoles/TO e Balsas/MA, e foi adotada a metodologia</p><p>de analises faciológica e estratigráficas para descrição e interpretação paleoambiental das</p><p>rochas nos municípios de estudo. Aplicaram-se os fundamentos da análise faciológica e</p><p>de sistemas deposicionais juntamente com alguns conceitos de estratigrafia.</p><p>As informações de campo foram registradas por meio da análise de parâmetros</p><p>sedimentológicos, tais como estruturas, texturas, mineralogia, padrão de paleocorrente, e</p><p>conteúdo fossilífero.</p><p>Cada afloramento primeiramente era analisado a distância, no intuito de</p><p>identificar qualquer geometria, mudanças bruscas de coloração ou falhas e estruturas</p><p>sedimentares mais ressaltadas. Posteriormente, na proximidade do afloramento eram</p><p>feitas análises mais minuciosas para notar diferenças texturais, mineralógicas,</p><p>granulométricas e litológicas, de modo a corroborar ou refutar as primeiras impressões.</p><p>Em seguida foi realizada a análise de superfícies estratigráficas, as quais permitiram o</p><p>estabelecimento de estratos sedimentares contemporâneos.</p><p>8</p><p>Com o estudo desses parâmetros foi possível construir os perfis verticais, bem</p><p>como as seções geológicas, permitindo a identificação das fácies sedimentares, com isso</p><p>foi possível compreender a história deposicional dos corpos estudados e realizar a</p><p>correlação entre esses dados com as unidades geológicas.</p><p>9</p><p>3. GEOLOGIA REGIONAL</p><p>Góes (1990, 1993) propôs o Grupo Balsas para reunir o complexo clástico-</p><p>evaporítico, sobreposto em discordância ao Grupo Canindé e sotoposto, também em</p><p>discordância, às formações Mosquito (leste da bacia), Grajaú, Codó e Itapecuru (norte e</p><p>nordeste da bacia), Urucuia (sul da bacia) e ao Grupo Mearim na parte central. É</p><p>constituído por quatro formações: Piauí, Pedra de Fogo, Motuca e Sambaíba, ocupando o</p><p>intervalo compreendido entre o Neocarbonífero (Formação Piauí) e o Paleotriássico</p><p>(Formação Sambaíba), (CPRM, 2011).</p><p>3.1. FORMAÇÃO PIAUÍ</p><p>Foi definida por Small (1914) que utilizou o termo “Série Piauí” para designar a</p><p>sequência Paleozóica completa da Bacia do Parnaíba. Com estudos de Oliveira e</p><p>Leonardo (1934, apud Santos et al., 1984) e de Duarte (1936) restringiram o termo “Série”</p><p>para representar somente as camadas Carboníferas do Pensilvaniano. Os limites</p><p>estratigráficos atuais para a sequência pensilvaniana, compreendidos entre os arenitos e</p><p>siltitos da formação Poti e o sílex basal da formação Pedra de Fogo é o conceito adotado</p><p>por Lima & Leite (1978).</p><p>Litologicamente a formação Piauí consiste de uma sequência principalmente</p><p>arenosa, com níveis de siltitos e folhelhos, além de intercalações de calcário, no topo</p><p>desenvolvem-se, localmente, níveis de sílex, os sedimentos arenosos da seção inferior são</p><p>representados por arenitos avermelhados, róseos e amarelados, finos e grosseiros,</p><p>argilosos, localmente feldspáticos. A seção superior é constituída de arenitos</p><p>avermelhados, amarelo-esbranquiçados, finos e médios, pintalgados de caulim,</p><p>regularmente selecionados e grãos sub arredondados. As estruturas dominantes na seção</p><p>são estratificação cruzada tipo plano-tabular e acanalada (CPRM, 2011).</p><p>3.2. FORMAÇÃO PEDRA DE FOGO</p><p>Segundo Plummer (1946) o termo Pedra de Fogo é designado as camadas ricas</p><p>em chert e fósseis vegetais Psaronius, que afloram no vale do Rio Pedra de Fogo, entre</p><p>Pastos Bons e Nova Iorque. Esse conceito foi adotado por Lima & Leite (1978). A</p><p>formação caracteriza-se, principalmente, por uma sequência de siltitos, folhelhos e</p><p>calcários, com arenitos predominando na seção média. Em todo o pacote desenvolvem-</p><p>se leitos de até 0,50 m de espessura, lentes ou nódulos achatados de silexito, uma</p><p>10</p><p>característica marcante da unidade. Troncos de madeira silificada, descritos como</p><p>Psaronius, com até 50 cm de diâmetro, são encontrados na base e próximo do topo da</p><p>formação.</p><p>É comum nos níveis de arenitos, as estratificações cruzadas, enquanto nos</p><p>níveis de folhelhos e siltitos ocorrem fragmentos de conchas e impressões de restos de</p><p>vegetais. Estruturas de escorregamentos (slumping) em “pequenos dobramentos”, são</p><p>frequentes causados por acomodação de estratos de diferentes competências (CPRM,</p><p>2011).</p><p>3.3. FORMAÇÃO MOTUCA.</p><p>Foi proposto por Plummer (1948 apud SANTOS et al., 1984) a denominação</p><p>formação Motuca para designar os folhelhos vermelho-tijolo com intercalações de</p><p>calcário e anidrita, sobrejacente aos estratos Pedra de Fogo que afloram nos arredores da</p><p>fazenda Motuca, entre São Domingos e Benedito Leite, no estado do Maranhão. Aguiar</p><p>(1971) dividiu essa formação em três membros e ratificou a sua concordância com as</p><p>formações Pedra de Fogo e Sambaíba, considerando-a de idade permo-triássica. A</p><p>espessura máxima dessa formação na Bacia Sedimentar do Parnaíba, atravessada em</p><p>sondagem, é de 296 m (PETRI E FÚLVARO, 1983). Reúne, na sua seção inferior,</p><p>arenitos finos a médios, róseos a esbranquiçados, além de folhelhos e siltitos arenosos,</p><p>vermelho-tijolo. Na seção média predominam siltitos e folhelhos esverdeados, bem</p><p>laminados, com fraturas preenchidas por aragonita. A seção superior constitui-se de</p><p>arenitos avermelhados, finos a médios, argilosos.</p><p>3.4. FORMAÇÃO SAMBAÍBA</p><p>Segundo Plummer (1948 apud SANTOS et al., 1984) o termo Sambaíba é</p><p>atribuído aos arenitos que afloram, em forma de mesetas, próximo à cidade de Sambaíba,</p><p>no estado do Maranhão. Litologicamente, esta formação consiste de arenitos</p><p>avermelhados, róseos, escuros e esbranquiçados, predominantemente finos a médios. Em</p><p>geral, são pintalgados de caulim, com grãos sub angulares à sub arredondados e foscos.</p><p>É comum, na seção mais superior, níveis de sílex. Ainda, no topo da unidade, onde</p><p>ocorrem intercalações de níveis de basalto, esses arenitos apresentar-se bastante</p><p>silicificados. Estratificação cruzada de grande porte do tipo torrencial é a estrutura</p><p>sedimentar, predominante. Northfleet & Neves (1967 apud SANTOS et al., 1984) citam</p><p>11</p><p>espessuras variáveis de 60 a 110 metros para a formação Sambaíba. Lima & Leite (1978)</p><p>referem-se a 40 metros de espessura na região de Lizarda-Gurupá, no Estado do</p><p>Tocantins. 200 metros, próximo a cidade de Sambaíba/MA. Na região centro-sul, da</p><p>bacia, nota-se maior expressividade, em termos de espessura dessa unidade, enquanto na</p><p>borda oeste</p><p>da bacia suas espessuras são decrescentes no sentido E-W.</p><p>No contato inferior da formação Sambaíba, com unidades Paleozóicas</p><p>(formações Piauí e Pedra de Fogo) é discordante e, concordante com a formação Motuca</p><p>(Lima & Leite, 1978). Seu contato superior com a formação Urucuia é discordante e, em</p><p>geral, marcado por uma superfície aplainada, com cobertura arenosa sendo, também</p><p>discordante com a formação Corda. No contato dos arenitos Sambaíba com os basaltos</p><p>observa-se o truncamento dos primeiros pelos basaltos. Aflora em uma área situada no</p><p>extremo norte do município de Balsas. Depósitos Colúvio-Eluviais, a primeira tentativa</p><p>de separação dessas coberturas interioranas, determinando-as de Cobertura Colúvio-</p><p>Eluviais Indiferenciadas, coube a Campos et al. (1976).</p><p>Porém, com base em estudos de campo Oliveira et al. (1974), esses capeamentos</p><p>foram definidos como produtos de alteração de rochas cristalinas transformados em</p><p>sedimentos areno-siltico-argilosos, inconsolidados, de idade Terciário-quaternário. Braga</p><p>et al. (1977) caracterizam litologicamente esses sedimentos como um material areno-</p><p>argiloso, caulinítico, com cimento argiloso e/ou ferruginoso. Elas são constituídas de</p><p>grãos de quartzo imaturos e pouco desgastados, ocasionais pontuações de opacos,</p><p>palhetas de mica e grãos de feldspatos, em vias de alteração. A falta de estratificação, o</p><p>caráter arcoseano, a presença de minerais micáceos e feldspáticos caracterizam esses</p><p>sedimentos como imaturos e, por outro lado, sugerem, em seu processo de formação,</p><p>condições climáticas semiáridas a que foram submetidos, desde a degradação até os</p><p>tempos atuais, (CPRM, 2011).</p><p>3.5. FORMAÇÃO MOSQUITO</p><p>São encontrados derrames basálticos com intercalações de arenitos que afloram</p><p>no rio Mosquito, ao sul de Fortaleza dos Nogueiras. Segundo Aguiar (1971), descreve</p><p>cinco membros para esta formação: basalto inferior, Macapá, basalto médio, Tinguí e</p><p>basalto superior. Os membros Macapá e Tiguí são constituídos por arenitos vermelhos,</p><p>com leitos de sílex e siltitos róseos com intercalações de sílex. O membro Tinguí não foi</p><p>identificado pelos estudos realizados pelo CPRM (Estudos Global dos Recursos Minerais</p><p>da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Integração geológica-metalogenética. Relatório final</p><p>12</p><p>da Etapa III, volumes I e II) que concluíram que se trata do mesmo membro Sedimentar</p><p>Macapá, constituído essencialmente por basaltos tholeíticos, amigdaloides, tendo apenas</p><p>uma intercalação sedimentar lenticular e restrita à região de Fortaleza dos Nogueiras. Os</p><p>derrames basálticos da formação afloram principalmente na região centro – oeste da bacia</p><p>sedimentar do Parnaíba, abrangendo a porção NW do Estado de Goiás e S – SW do Estado</p><p>do Maranhão. Ocorrem ainda em faixas descontínuas, geralmente alinhadas nas direções</p><p>W-E e SW-NE, nas proximidades de Riachão e Fortaleza dos Nogueiras, 130 metros; na</p><p>serra das Alpercatas fica em torno de 4 metros, adelgaçando-se até desaparecer</p><p>completamente nas proximidades de São Raimundo da Mangabeiras (CPRM, 2011).</p><p>3.6. FORMAÇÃO BARREIRAS</p><p>O Grupo Barreiras constitui uma cobertura sedimentar terrígena continental e</p><p>marinha (ARAI, 2006), de idade miocênica a pleistocênica inferior (SUGUIO;</p><p>NOGUEIRA, 1999; VILAS BOAS; SAMPAIO; PEREIRA, 2001). O Grupo Barreiras,</p><p>por ser praticamente afossilífero, possui datação dificultada. Em todo caso, em que se</p><p>pesem as dúvidas sobre a origem do referido Grupo, considera-se que, pelo menos a</p><p>última grande mobilização de seus sedimentos, parece ser mais recente que o Mioceno,</p><p>conforme as datações procedidas por Krasser em 1903 e Berry, referendadas</p><p>respectivamente por Bigarella e Andrade (1964) e King (1956). O Grupo Barreiras é</p><p>composto por uma sequência de sedimentos detríticos, siliciclásticos, de origem fluvial e</p><p>marinha (ARAI, 2006), pouco ou não consolidados, mal selecionados, de cores</p><p>variegadas (VILAS BOAS, 1996; VILAS BOAS; SAMPAIO; PEREIRA, 2001),</p><p>variando de areias finas a grossas, predominando grãos angulosos, argilas cinza-</p><p>avermelhadas, com matriz caulinítica e ocorrência escassa de estruturas sedimentares</p><p>(MABESSONE et al., 1972; BIGARELLA, 1975; LIMA, 2002).</p><p>Encontram-se repousando sobre os depósitos marinhos cretácicos do Recôncavo</p><p>Baiano (VILAS BOAS, 1996), bem como em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba,</p><p>Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte. Também podem ser encontrados repousando</p><p>sobre o embasamento cristalino pré-cambriano no Espírito Santo, na Bahia e no Ceará, e</p><p>sobre ou interdigitado com calcários terciários em Pernambuco, Paraíba, Pará e Maranhão</p><p>(SUGUIO; NOGUEIRA, 1999; LIMA, 2002). Ocorrem ao longo do litoral brasileiro e se</p><p>estendem desde a região amazônica, por toda região costeira norte e nordeste, até o estado</p><p>do Rio de Janeiro. A continuidade física do Grupo Barreiras, na forma de lençol quase</p><p>contínuo, sugere que inicialmente correspondia a rampas detríticas coalescentes</p><p>13</p><p>mergulhando em direção ao Oceano Atlântico, correspondendo à sedimentação</p><p>correlativa de eventos de soerguimento epirogenético, que edificaram as superfícies</p><p>culminantes em diversos pontos do interior brasileiro (BEZERRA, 2001; SAADI et al.,</p><p>2005). Segundo Bezerra (2001), os sedimentos Barreiras se constituem na última rocha</p><p>sedimentar terciária do Nordeste do Brasil formada na história da abertura do Atlântico,</p><p>representada pela sequência sedimentar ao longo de mais de 4.000 km do litoral</p><p>(Embrapa, 2011).</p><p>14</p><p>4. GEOLOGIA LOCAL</p><p>Afloramento 01</p><p>Formação Piauí</p><p>Coordenadas UTM X: 0377138 Y: 9129401 Zona: 23M</p><p>Elevação: 349m Acurácia: 3m</p><p>Data: 23/08/19 3º dia Hora: 09:40</p><p>Localização: Vicinal da fazenda Águas Claras, Balsas – Maranhão.</p><p>Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, de coloração vermelha</p><p>esbranquiçada com rochas sedimentares formadas na era paleozoica em torno de 250</p><p>milhões de anos. Na base do afloramento observam-se camadas de arenito fino com</p><p>estratificação cruzada tabular de baixo ângulo com atitude de 92°/360Az intercaladas com</p><p>camadas de laminação Plano-paralela.</p><p>Na parte lateral do afloramento foi possível observar estruturas com</p><p>estratificação cruzada de ondas (Swaely) (Figura A), sua gênese foi proposta como sendo</p><p>resultado da ação de ondas de tempestade, e com o passar do tempo formou uma planície</p><p>arenosa, criando um sistema de canal meandrante. Na outra parte do afloramento foi</p><p>possível observar estrutura clean ripples, estratificação cruzada cavalgante, com pequenas</p><p>formas onduladas indicando a margem do lago (Figura B)</p><p>Na parte do meio do afloramento, observa-se camadas com intercalação de</p><p>arenito feldspático fino maciço com percolação de ferro com cor vermelha-</p><p>esbranquiçada, com várias camadas superiores de arenito médio com laminação plano</p><p>paralela intercaladas com argilito com laminação lenticular. Posteriormente, foi</p><p>observado uma camada de argila que possui em média 4 metros de espessura, em seguida,</p><p>existem camadas de arenito fino com laminação plano-paralela, seguida por uma camada</p><p>que mostra uma estratificação cruzada cavalgante.</p><p>Na parte superior do afloramento tem uma camada de 2 metros que está posta na</p><p>forma de um acamamento heterolécito entre sílte e argila, seguinda por outras camadas</p><p>de arenito fino e arenito de médio a grosso, e por fim, uma última camada de sílte que</p><p>possui 2 metros de espessura.</p><p>Nesse afloramento foi possível identificar que faz parte da formação Piauí,</p><p>devido algumas características predominantes na área como, arenitos de granulometria</p><p>fina a média, onde predominam estratificações plano-paralelas e cruzadas de baixo</p><p>ângulo.</p><p>15</p><p>Figura 3: Swaely</p><p>Figura 4: Clean ripples</p><p>Fonte: Autores</p><p>A</p><p>B</p><p>16</p><p>Figura 5: Perfil Sedimentar da formação Piauí</p><p>Fonte: Autores</p><p>17</p><p>Afloramento2</p><p>Formação Pedra de Fogo e Motuca</p><p>Coordenadas UTM X:</p><p>0417244 Y: 9183958 Zona: 23M</p><p>Elevação: 295m Acurácia: 3m</p><p>Data: 24/08/19 4º dia Hora: 10:54</p><p>Localização: Mina de Calcário Serracal – Balsas/MA</p><p>Descrição Geral do Afloramento: Afloramento artificial - mina de calcário -</p><p>de coloração branca e amarelos esbranquiçados que fazem parte da unidade pedra de fogo</p><p>onde o contato apresenta-se concordante com a Formação Mutuca. Esta unidade é</p><p>caracterizada por uma diversificação de rochas dolomíticas (Mg2CO3) e calcíticas</p><p>(Ca2CO3) que foram geradas a partir de sedimentos depositados durante quase todo o</p><p>Permiano á 290 milhões de anos atrás (Figura B). Durante o período Permiano houve</p><p>uma extinção em massa de maiores proporções que já ocorreu na Terra, por isso foi</p><p>encontrado vestígios de fósseis no afloramento como pequenas folhas em bolsões de</p><p>argila, também tinham fosseis em formato de conchas, por isso o ambiente de</p><p>sedimentação era, possivelmente, marinho.</p><p>São rochas sedimentares de coloração branca e acinzentada intercalado com</p><p>arenito fino e argila, também conhecidas como margas. Em algumas partes do</p><p>afloramento foi encontrado argila avermelhada devido apresentar um pouco de teor de</p><p>ferro (Imagem D). Foi possível observar estruturas, como gretas de concreção, indicando</p><p>que ficou exposta ao ambiente seco e ressecou, além de cavernas pequenas (Figuras C e</p><p>A).</p><p>Há a hipótese de que os sedimentos dessa unidade foram depositados, muito</p><p>provavelmente, num ambiente marinho raso a litorâneo pois durante o inverno o leito do</p><p>lago recebia os sedimentos siltíticos e argilítos que foram transportados e depositavam na</p><p>margem, por conta do grande aumento no fluxo de água do rio que alimentava esse lago,</p><p>deixando assim o meio do lago, onde apenas o calcário dolomítico se depositava nas</p><p>beiradas e o calcítico ficavam mais puro no centro.</p><p>18</p><p>Figura 6: Afloramento e particularidades da formação pedra de fogo</p><p>Fonte: Autores</p><p>A B</p><p>C D</p><p>19</p><p>Afloramento3</p><p>Formação Sambaíba</p><p>Coordenadas UTM X: 0231547 Y: 9215454 Zona: 23M</p><p>Elevação: 312m Acurácia: 3m</p><p>Data: 22/08/19 2º dia Hora: 10:21</p><p>Localização: BR 010.</p><p>Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural de capa intempérica</p><p>preta e coloração marrom avermelhado devido a presença de ferro. São rochas</p><p>sedimentares arenitos com granulação fina a média, grão dos sedimentos quartzosos</p><p>apresenta camadas com estruturas planas paralela, cruzadas tabular e tangencial em</p><p>arranjo granocrescente indicando ambiente de deposição eólico desértico. (Figura A e B)</p><p>Na base do afloramento apresenta camada de arenito fino com estratificação</p><p>cruzada tabular, de coloração vermelho pálido, largura de 1,5m e com direção</p><p>28°/295°Az. Com camada superior de arenito médio com laminação plano paralela de</p><p>baixo ângulo com espessura de 0,24cm. Camada superior de arenito fino com</p><p>estratificação cruzada tabular com direção 20°/257°Az com espessura de 44 cm</p><p>intercalando com camada de arenito plano paralela de baixo ângulo medindo25 cm,</p><p>formando um arranjo granocrescente.</p><p>Unidade estratigráfica é Sambaíba, pois é composta de arenitos vermelhos de</p><p>coloração creme alaranjada com estratificação plano-paralela e estratificação cruzada de</p><p>grande a médio porte, depositados em um sistema eólico deserto.</p><p>Figura 7: Arenitos com granulação fina e estruturas planos paralelo e cruzada tabular</p><p>Fonte: Autores</p><p>A B</p><p>20</p><p>Figura 8: Perfil estratigráfico da formação Sambaíba</p><p>Fonte: Os autores</p><p>21</p><p>Afloramento 04</p><p>Formação mosquito</p><p>Coordenadas UTM X: 0227857 Y: 9274101 Zona: 23M</p><p>Elevação: 131m Acurácia: 3m</p><p>Data: 22/08/19 2º dia Hora: 07:57</p><p>Localização: Rio Tocantins abaixo da ponte Aguiarnópoles- TO, BR 230.</p><p>Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural de coloração preto</p><p>acinzentado, são rochas ígneas com blocos dispersos em ambiente fluvial alguns</p><p>fragmentados com presença de minerais de plagioclásio, olivina e piroxênio. Os blocos</p><p>tem composição de rocha subvulcânica Diabásio/ Gabro. Alguns blocos apresentam veios</p><p>de quartzo com direção 160°Az (Imagem A).</p><p>Essa formação foi formada na era mesozoica no período Permo-Triássico 252</p><p>milhões de anos atrás, o processo tectônico colaborou para a existência do rio na região</p><p>nas proximidades Norte o rio é mais estreito, conforme se aproxima da banda do Oeste</p><p>fica mais espaçoso devido o leito rochoso.</p><p>Nesse afloramento foi possível identificar que faz parte da formação Mosquito,</p><p>pois representam ocorrências basálticas relacionadas à abertura do Oceano Atlântico no</p><p>período Jurássico/Triássico e Cretáceo, respectivamente situados na borda oeste da bacia</p><p>do Parnaíba. Protólito é sedimentar e indica que o derrame basáltico truncou os arenitos</p><p>ficando exposto na superfície e o arenito está em baixo da crosta.</p><p>Alguns blocos apresentam estrutura de bateia natural, esse aspecto é devido o</p><p>fluxo do rio que tem grande capacidade erosiva na rocha e indica presença de Ouro no</p><p>ambiente fluvial. (Figura B).</p><p>Figura 9: Diabásio com veios de quartzo e estrutura de batéia</p><p>Fonte: Autores</p><p>A B</p><p>22</p><p>Afloramento 05</p><p>Formação Barreiras</p><p>Coordenadas UTM X: 0704105 Y: 9405670 Zona: 22M</p><p>Elevação: 110m Acurácia: 3m</p><p>Data: 21/08/19 1º dia Hora: 10:03</p><p>Localização: Residencial Castanheira-transamazônica km 08 sentido Itupiranga.</p><p>Descrição Geral do Afloramento: Afloramento sedimentar, artificial 62m de</p><p>largura e 6 de altura, o relevo da área apresenta morrotes de topo plano sustentados por</p><p>uma capa laterítica (Figura A). São rochas de coloração vermelha roxeada, na base possui</p><p>estruturas como laminação plano paralela a presença de concreções e bem aparente pois</p><p>as fraturas são preenchidas por siltito argilosos que retém água e são facilmente moldados</p><p>pelo processo de elasticidade e quando secam contrai-se dando origem as gretas de</p><p>contração, indicando que foi exposto a um ambiente seco, e a medida que a água entrava</p><p>nos poros da rocha fazia com que a sua forma ficasse arredondada formando gretas de</p><p>contração (Figura B).</p><p>A intercalação de argila e arenito indica um possível canal fluvial meandrante.</p><p>O afloramento na parte superior encontrou-se uma falha com fraturas expostas, na lateral</p><p>foi encontrado arenito com composição feldspática, indicando que está próximo do canal,</p><p>na base seria a planície de inundação e na lateral como sendo o primeiro canal e logo</p><p>acima o segundo canal devido ser um canal fluvial meandrante fica mudando de lugar</p><p>conforme o tempo passa e formando uma gradação normal.</p><p>A litoestratigrafia é Formação Barreiras devido a textura do arenito "pele de</p><p>onça" com lateritas colunares.</p><p>Figura 10: afloramento formação Barreiras e gretas de concreções</p><p>Fonte: Autores</p><p>A B</p><p>23</p><p>Afloramento 06 Formação</p><p>Pós- Barreira</p><p>Coordenadas UTM X: 0704105 Y: 9405670 Zona: 22M</p><p>Elevação: 110m Acurácia: 3m</p><p>Data: 21/08/19 1º dia Hora: 10:03</p><p>Afloramento natural, com rochas sedimentares areníticas, fica exposta na parte</p><p>superior da formação barreiras e é caracterizado por sua coloração amarelado maciço e</p><p>esbranquiçado. Foi possível observar no afloramento as barras arenosas do canal fluvial</p><p>devido a presença de arenito com granulometria média e conglomerados, ficando evidente</p><p>que são arenitos ferrificado a cimentado e o ferro móvel que está presente na camada de</p><p>conglomerados e está formando uma capa arenosa.</p><p>24</p><p>5. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS</p><p>5.1. UNIDADE I</p><p>A partir da coleta de dados do primeiro afloramento, foram observadas</p><p>características gerais; afloramento natural de coloração vermelho-pálido,</p><p>majoritariamente composto por arenitos médios a grossos, com estratificação cruzada</p><p>tabula e laminação plano paralela, caracterizam</p><p>uma granodecrescência ascendente,</p><p>inferindo uma planície de inundação.</p><p>No mesmo afloramento, a presença de estruturas como swaely e acamamento</p><p>heterolítico de arenito fino com predominância de argila, caracterizando um ambiente</p><p>deposicional crevasse splay.</p><p>As características descritas acima deduzem ao ambiente um canal fluvial</p><p>meandrante.</p><p>5.2. UNIDADE II</p><p>Cerca de 90% deste afloramento é composto de Calcários, Dolomitico e</p><p>Calcítico, de coloração branca, em algumas partes é possível ver bolsões de calcário</p><p>causados pela dissolução e quanto mais próximo do solo a quantidade de margas</p><p>aumentam.</p><p>Além disso, outra cacteristica deste ambiente e a presença de fosseis,</p><p>principalmente de folhas fossilizadas. No entanto, O fato de não haver estruturas dificulta</p><p>uma análise mais detalhada do ambiente. Ainda assim, as caracticas descritas inicialmente</p><p>inferem que se trata da formação Pedra de Fogo; Os sedimentos dessa unidade foram</p><p>depositados num ambiente marinho raso a litorâneo, durante o inverno o leito do lago</p><p>recebia os sedimentos silte e argila que ficavam na margem e assim no interior do lago o</p><p>calcário (Mg2CO3) e (Ca2CO3) ficavam mais puro.</p><p>Ou seja, possivelmente por causa da regressão marinha existiam grandes lagos</p><p>neste ambiente (sistema Lacustre).</p><p>5.3. UNIDADE III</p><p>Este afloramento expõe rochas ígneas com blocos insitos e rolados, de coloração</p><p>preta e textura fanerítica fina. O afloramento está localizado as margens do rio Tocantins.</p><p>25</p><p>Uma das características marcante são as falhas, pois estão no mesmo sentido do curso do</p><p>rio.</p><p>Diante da análise do afloramento, é possível concluir que este é um possível</p><p>afloramento de diabásio, justamente por causa da coloração, dos minerais que compõem</p><p>a rocha e de sua textura. Um aspecto importante é a mudança que essas rochas causam no</p><p>leito do rio, por elas serem mais difíceis de serem erodidas, na parte onde elas estão o rio</p><p>é mais estreito. Possivelmente ouve um derrame ígneo vulcânico neste ambiente e logo</p><p>após a tectônica propiciou a entrada do rio.</p><p>Com as informações descritas ao longo do texto, pode se afirmar que esse</p><p>afloramento se encontra na formação Mosquito.</p><p>5.4. Unidade IV</p><p>O afloramento da Formação Barreiras está localizado em um ambiente</p><p>geomorfológico de morros e morrotes de topo planar, sustentado por uma cobertura</p><p>laterítica. Localizado no Oeste da Bacia do Parnaíba, formado na era paleozoica.</p><p>Este afloramento apresenta uma capa laterítica, são rochas sedimentares de</p><p>coloração vermelha-arroxeada, possui estruturas com laminação plano paralela e outra</p><p>característica evidente é a presença de muitas gretas de concreção. Possivelmente este era</p><p>um ambiente marinho de idade miocênica e pleistocênica.</p><p>5.5. Unidade V</p><p>A formação barreiras possui uma camada laterítica e em alguns afloramentos é</p><p>possível ver que essa camada tem continuação em lugares que ainda não foram erodidos.</p><p>Sendo assim, a camada de laterita separa a formação barreiras da pós-barreiras.</p><p>A formação pós barreiras possui coloração amarelada e sedimentos maciços.</p><p>Outra característica são os arenitos de granulometria média a conglomerados, os arenitos</p><p>são ferrificados. Anteriormente o ambiente dessa formação provavelmente era um canal</p><p>fluvial, justamente com por causa de composição arenítica.</p><p>26</p><p>6. CONCLUSÃO</p><p>Em primeiro lugar, a prática de campo da disciplina de sedimentologia tem o</p><p>objetivo de fazer o aluno colocar em prática todo o conhecimento teórico adquirido</p><p>durante o semestre, sendo capaz de reconhecer os ambientes sedimentares e reconstruí-</p><p>los através de reconhecimento de padrões de estruturas, construção de perfis</p><p>estratigráficos e analise geral do ambiente, desde a geomorfologia até mesmo o solo se</p><p>necessário.</p><p>Em segundo lugar, os estudos de campo foram feitos sobre algumas</p><p>formações; Piauí, Pedra de Fogo/Motuca, Sambaíba, Mosquito, Barreiras/Pós-barreiras,</p><p>as investigações destas formações se deram de acordo com suas idades geológicas, para</p><p>que assim fosse possível correlaciona-las, pois possuem características distintas e</p><p>necessitam de um estudo que leve em consideração os eventos que as correlacionem em</p><p>seus respectivos períodos e idades.</p><p>Por fim, as correlações das formações Piauí, Pedra de fogo e Barreiras,</p><p>mostram ambientes úmidos, sendo lago ou canal fluvial, apenas a formação sambaíba tem</p><p>características de um ambiente desértico e a mosquito que possui rochas ígneas.</p><p>27</p><p>7. REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Francisco L. C. F. et al., Relatório diagnóstico do mu de Balsas. CPRM – Serviço</p><p>geológico do Brasil. Terezina, 2011. 31p.</p><p>http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/15410/rel-balsas.pdf?sequence=1</p><p>Acesso em: 18/11/2019</p><p>Francisco L. C. F. et al., Relatório diagnóstico do município de Estreito. CPRM -</p><p>Serviço geológico do Brasil. Terezina, 2011. 31p.</p><p>http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/15460/rel-estreito.pdf?sequence=1</p><p>Acesso em: 18/11/2019</p><p>Fabio C. N. e Enio F. S. Boletim de pesquisa e desenvolvimento. Embrapa solos. Rio</p><p>de Janeiro, 2011. 31p.</p><p>https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/937565/1/BPD194GrupoBarreira</p><p>s.pdf , Acesso em: 18/11/2019</p><p>http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/15410/rel-balsas.pdf?sequence=1</p><p>http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/15460/rel-estreito.pdf?sequence=1</p><p>https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/937565/1/BPD194GrupoBarreiras.pdf</p><p>https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/937565/1/BPD194GrupoBarreiras.pdf</p>