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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS - IGE FAGEO - FACULDADE DE GEOLOGIA CAMPUS MARABÁ - UNIDADE II MAPEAMENTO GEOLÓGICO NA ESCALA DE 1: 25.000, NA ÁREA DO MUNICÍPIO DE SANTANA DO CARIRI- CHAPADA DO ARARÍPE - CE. Marabá – PA 2023 Eder dos Santos Vieira Reis - 201940603003 Elica Barbosa da Cruz Silva – 201940603024 Vinicius Carvalho Santos - 201940603027 MAPEAMENTO GEOLÓGICO NA ESCALA DE 1: 25.000, NA ÁREA DO MUNICÍPIO DE SANTANA DO CARIRI - CE. Relatório apresentado ao Instituto de Geociências, Faculdade de Geologia, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Mapeamento Geológico I, sob orientação dos Docentes Ana Valéria Reis Pinheiro, Antônio Emidio Santos de Araújo Júnior, Leonardo Brasil Felipe. Marabá – PA 2023 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Mapa de Localização de Marabá a Santana do Cariri...................................................8 Figura 2: Mapa de logística...........................................................................................................9 Figura 3: Mapa dos pontos mapeados.........................................................................................10 Figura 4: Mapa Geológico da Bacia do Araripe (Assine 2014) ...............................................................15 Figura 5: Perfil da coluna lito estratigráfica (Assine 2014) .......................................................15 Figura 6 - Chapada do Araripe....................................................................................................27 Figura 7: Mapa de drenagem......................................................................................................28 Figura 8: Mapa de relevo............................................................................................................29 Figura 9: Mapa de zonas homologas de drenagem.....................................................................30 Figura 10: Mapa de unidade geológica.......................................................................................31 Figura 11: Fratura sinistral N/S e falha N/W...............................................................................38 Figura 12: Falha de empurrão.....................................................................................................39 Figura 13: Perfil estratigráfico....................................................................................................45 Figura 14: Mapa geológico da área 4..........................................................................................46 LISTA DE QUADROS Quadro 1 .....................................................................................................................................32 Quadro Mosaico 2 ......................................................................................................................33 Quadro Mosaico 3 ......................................................................................................................33 Quadro Mosaico 4.......................................................................................................................34 Quadro 5 .....................................................................................................................................34 Quadro Mosaico 6.......................................................................................................................35 Quadro Mosaico 7.......................................................................................................................36 Quadro 8......................................................................................................................................37 Quadro Mosaico 9.......................................................................................................................38 Quadro Mosaico 10.....................................................................................................................39 Quadro Mosaico 11.....................................................................................................................40 Quadro Mosaico 12.....................................................................................................................40 Quadro Mosaico 13.....................................................................................................................41 Quadro Mosaico 14.....................................................................................................................41 Quadro Mosaico 15.....................................................................................................................42 Quadro 16............................................................................................................................. .......44 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................7 1.1. Objetivos...............................................................................................................7 1.2 Localização e Acessos...........................................................................................7 1.3 Aspectos Socioeconômicos.................................................................................11 1.4 Aspectos Fisiográficos........................................................................................11 1.4.1 Clima....................................................................................................................11 1.4.2 Solo......................................................................................................................11 1.4.3 Vegetação.............................................................................................................11 1.4.4 Relevo ..................................................................................................................12 2. ATIVIDADES E MÉTODOS............................................................................12 2.1 Fase Pré-Campo.................................................................................................12 2.2 Fase de Campo...................................................................................................12 2.3 Fase Pós Campo..................................................................................................13 3. GEOLOGIA REGIONAL.................................................................................13 3.1 Arcabouço Tectônico..........................................................................................13 3.2 Domínios Geomorfológicos...................................................................................16 3.3 Embasamento.....................................................................................................16 3.4 Formação Cariri.................................................................................................18 3.5 Formação Brejo Santo.......................................................................................18 3.6 Formação Missão Velha.....................................................................................19 3.7 Formação Abaiara..............................................................................................20 3.8 Grupo Santana...................................................................................................21 3.8.1 Formação Barbalha..............................................................................................21 3.8.2 Formação Crato....................................................................................................223.8.3 Formação Ipubi....................................................................................................22 3.8.4 Formação Romualdo............................................................................................23 3.9 Grupo Araripe..........................................................................................................24 3.9.1 Formação Araripina................................................................................................24 3.9.2 Formação Exu......................................................................................................25 4. GEOLOGIA LOCAL........................................................................................26 4.1 Geomorfologia....................................................................................................26 4.2 Unidade I.............................................................................................................32 4.2.1 Toponímia...............................................................................................................32 4.2.2 Descrição da Unidade.............................................................................................32 4.2.3 Estrutural...............................................................................................................32 4.3 Unidade II...........................................................................................................34 4.3.1 Toponímia...............................................................................................................34 4.3.2 descrições da unidade..............................................................................................35 4.3.3 Estrutural...............................................................................................................38 5. DISCURSÃO.......................................................................................................42 6. CONCLUSÃO....................................................................................................47 7. REERÊNCIAS...................................................................................................48 7 1. INTRODUÇÃO Este relatório, apresenta os resultados obtidos a partir dos levantamentos geológicos realizados na região do Ceará, localizado no município de Santana do cariri, região conhecida por possuir um vasto sítio paleontológico. Este conjunto de mapeamento é parte integrante do curso de geologia, da Universidade Federal do Sul e sudeste do Pará (unifesspa) e sintetiza as atividades ocorridas durante a saída de campo da turma entre os dias 22 à 05 de agosto. As atividades ocorreram sob a orientação dos professores: Antônio Emídio, Leonardo Brasil, Valéria Pinheiro e... 1.1. Objetivos Visamos como objetivos do trabalho de campo realizado, o aprendizado da geologia na prática e teórico, investigando a evolução geológica da região ao longo do tempo, interpretando os processos deposicionais que ocorreram na Bacia do Araripe, incluindo os diferentes tipos de formações litológicas presentes nas áreas mapeadas e integrando os dados litoestratigráficos, sedimentológicos, geomorfológicos e estruturais, compreendendo e reconstruindo o seu contexto geológico. Assim, produzindo um mapa com escala 1: 25.000. 1.2. Localização e Acesso Segundo Neumann & Cabrera (1999), a Bacia do Araripe localiza-se na região nordeste do Brasil entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Sua área de ocorrência não se limita à Chapada do Araripe, estendendo-se também pelo Vale do Cariri em um total de aproximadamente 9.000 km2. A feição geomorfológica principal desta área é a Chapada do Araripe, que se encontra posicionada entre as coordenadas 7000’ e 7045’S e entre 39000’ e 41000’We. Brejo Grande e Santana do Cariri-CE, estão numa distância de mais de 1300 km da cidade de Marabá-PA, cidade onde iniciou-se a saída para a realização da prática de campo. Brejo Grande, está situada dentro da área 2, área onde foi realizada todo o mapeamento geológico deste relatório. 8 Figura 1 – Mapa de localização e acesso da área de estudo. Fonte: Autores 2023. 9 Figura 2 – Mapa de logística . Fonte: Autores 2023. 10 Figura 3 – Mapa de pontos. Fonte: Autores 2023. 11 1.3 Aspectos Socioeconômicos Santana do Cariri é um município do estado do Ceará, Brasil. Localiza-se na microrregião do Cariri, mesorregião do Sul Cearense, bem como na Região Metropolitana do Cariri. O município tem área territorial de 855,165 km². Foi criado em 1885 pela lei 2.096, código: 2312106. Possui o título de "Capital Cearense da Paleontologia". O PIB per capita é de 8,4 mil, e conta com 16.954 habitantes. O nível de alfabetização entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, é de 97,9%. O IDHM é de 0.612, de acordo com os dados obtidos pelo IBGE (2010/2023). Abriga 19 escolas municipais públicas, 2 escolas privadas e 1 escola estadual, e possui 14 unidades de saúde ligadas ao SUS. Santana do Cariri destaca-se também pela gastronomia, comércio de produtos feitos manualmente na Associação Santanense de Apoio ao Artesão. Os turistas podem comprar artesanato típico feito em renda, bordado, couro, cerâmica e pintura (Prefeitura de Santana do Cariri). 1.4 Aspectos Fisiográficos 1.4.1 Clima A área da Chapada do Araripe e seu entorno caracterizam-se pelo clima tropical úmido. Esta região está submetida a condições climáticas subúmidas e com regime de chuvas bastante irregular, uma vez que a distribuição anual das chuvas se caracteriza pela grande concentração em poucos meses. Na região, as chuvas mais significativas ocorrem no mês de fevereiro, quando se inicia a chamada “quadra chuvosa”, podendo estender-se até junho, dependendo das condições oceânicas e atmosféricas atuantes. O regime de chuvas varia em média de 700 a 1.000mm/ano ((Geopark Araripe). 1.4.2 Solo Os solos da região são compostos por solos litólicos, latossolo vermelho-amarelo, terra roxa estruturada similar e vertissolo (FUNCE/IPECE 2012). 1.4.3 Vegetação Sua vegetação é caracterizada por Floresta Subcaducifóloa Tropical Xeromorfa, Carrasco, Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial, Floresta Subcaducifóloa e Tropical Plúvio-Nebular Salgado. (FUNCE/IPECE 2012). 12 1.4.4 Relevo A chapada do Araripe representa uma vasta superfície cimeira alçada em cotas variando entre 800 e 950 metros A chapada do Araripe representa uma vasta superfície cimeira (R2c) alçada em cotas variando entre 800 e 950 metros, sendo abruptamente delimitada nos flancos por escarpas festonadas em franco recuo erosivo, com desnivelamentos totais que variam entre 250 metros (próximo à divisa com o Piauí, a oeste) a 500 metros (no contato com a Depressão do Cariri, a leste). Em termos gerais, a escarpa do Araripe que, no Estado do Ceará, consiste em seu flanco norte, representa um imponente escarpamento dissecado em amplos arcos de cabeceiras de drenagem, notáveis junto à Depressão do Cariri, e esporadicamente, sulcados em vales encaixados, como os observados junto às localidades de Araripe e Santana do Cariri. No sopé do Araripe, em sua porção ocidental, foram depositadas extensas rampas coluvionares que se espraiam em meio aos terrenos mais baixos da Depressão Sertaneja. 2. ATIVIDADES E MÉTODOS 2.1 Fase Pré-Campo Nesta etapa foram realizadas as aulas teóricas para ajudar na compreensão da geologia regional da área estudada bem como a revisão bibliográfica para contextualizar geologicamente auxiliando na elaboração do raciocínio geológico paleoambiental e litoestratigráfico. Foram Seguidas as etapas de: • Referencial teórico usando da consulta de artigos, livros e trabalhos sobre a geologia regional da área. • Elaboração de mapas de localização e acessos, zonas homólogas de relevo,alinhamentos, drenagens, geomorfologia e geologia, com escala de 1;160.000, confecionados utilizando-se de imagens Alos Palsar, com o Software Qgis. • Relatório de pré-campo contendo a geologia regional bem como os mapas da totalidade da área. 2.2 Fase de Campo Esta fase é composta pelo mapeamento geológico prático e pelas seguintes fases: 13 • Reconhecimento prévio da área de estudo: nos dois primeiros dias foram realizadas o reconhecimento da região e vias e a visitas em alguns geossítios, com o propósito de ambientação. • Mapeamento geológico: composta pela etapa prática e organização logística da de toda a área que será dia a dia mapeada, em conjunto com a descrição dos afloramentos, classificando litologicamente, extraindo as estruturas geológicas, observando o relevo, solo e vegetação. Para esta etapa se faz uso dos seguintes equipamentos de trabalho: martelo petrógrafo, bússola, caderneta, GPS configurado em WGS 84, trena, lupa de mão, canivete e celular para a captura das imagens. • SW Maps, aplicativo com o shape da área, que permite fazer os registros dos pontos mapeados contendo foto, localização, hora e elevação. • Ao final do dia fez-se a apresentação da área percorrida, os dados obtidos, a possível interpretação e as considerações dos professores e das outras equipes. 2.3 Fase Pós Campo Elaboração do Relatório Final; durante dois dias as equipes fizeram a síntese e análise utilizando-se de todos os dados obtidos nas etapas anteriores, descrevendo, confecionando os mapas, organizando as interpretações, sequenciando os possíveis eventos para a obtenção de um mapa geológico que contemple todas as quatro áreas sendo ele o produto final do mapeamento. 3. GEOLOGIA REGIONAL 3.1 Arcabouço Tectônico A Bacia do Araripe (Figura 1) é a maior dentre as Bacias Interiores do Nordeste do Brasil, com mais de 9.000 km2, compreendendo toda a Chapada do Araripe e se estendendo pelo Vale do Cariri. Exibe estruturação alongada segundo E-W, com mergulho suave da chapada para oeste (Ponte, 1996). A Bacia do Araripe destaca-se na geomorfologia da Região Nordeste do Brasil pela existência da Chapada do Araripe, uma feição geomorfológica alongada na direção EW, de topo plano mergulhante suavemente para oeste e limitada por escarpas erosivas e íngremes (Assine 2007). Possui composição sedimentar e está sobre a Província Borborema, localizada no Sul do Ceará, fazendo divisa com os estados do Pernambuco, Paraíba e Piauí, também é considerada a maior 14 bacia geológica do interior nordestino. A chapada é formada por unidades das sequências pós-rifte (Aptiano/Cenomaniano), cujos estratos apresentam atitude suborizontal, com leve caimento para oeste. As sequências pós-rifte recobrem em discordância angular unidades das sequências mais antigas ou repousam diretamente sobre o embasamento cristalino, sendo a segunda configuração comum na porção oeste da bacia. A reativação tectônica e o consequente rifteamento do Supercontinente Gondwana no Mesozoico causaram diversas transformações estruturais (Almeida, 1967). As tensões geradas pelo rifteamento reativaram zonas de cisalhamento no Nordeste brasileiro a exemplo daquelas da Província Borborema (Brito Neves et al., 2000). Desde as propostas iniciais, houve pouco consenso que permitisse se estabelecer uma única proposta para representar a coluna litoestratigráfica da Bacia do Araripe. As propostas consideradas mais importantes, por serem mais difundidas e empregadas, são as de Assine (1992, 2007), Neumann (1999), Neumann e Cabrera (1999) e Ponte e Appi (1990). Recentemente, Assine et al. (2014) propuseram nova classificação para o Andar Alagoas da Bacia do Araripe. Dentre os diversos métodos de estudo feitos na bacia para entender os esforços estruturais ocorridos, Camacho e Sousa (2017) usaram a magnetometria por causa da sua capacidade de classificar os lineamentos até em subsuperfície, nos quais os tais lineamentos podem representar zonas de cisalhamento, como falhas e diques. Matos (1992) classifica a geometria da Bacia do Araripe como sendo controlada por zonas de cisalhamento com direção NE-SW, assim o Lineamento Patos que passa no Sul da bacia possui muitas falhas com geometria sigmoidal, tendo sofrido processo distensivo direcionando para NW-SE, tornando suas falhas anteriores de transpressionais para falhas normais, originando as bacias sedimentares do interior da região nordeste do Brasil. 15 Figura 4 - Mapa Geológico da Bacia do Araripe (Assine 2014). Fonte: Bacia do Araripe Mario Luís Assine 2014. Assine (2007) divide a coluna estratigráfica em quatro sequências distintos, nos quais inicia com a fase Pré-Rifte composta pelas Formações Brejo Santo e Missão, na Fase Rifte está a Formação Abaiara, na Pós-Rifte I, as Formações Barbalha e Santana e no Pós-Rifte II, as Formações Araripina e Exu. Figura 5 - Perfil da coluna lito estratigráfica (Assine 2014). Fonte: modificado da proposta de Assine (2014). 16 3.2 Domínios Geomorfológicos De acordo com (Assine, 2007), a geomorfologia da região nordeste e onde se encontra a bacia do Araripe, é destacada pela existência da Chapada do Araripe sendo ela uma feição de caráter alongado e direcionada a EW preferencialmente, apresentando topo plano e levemente inclinado para o oeste, os delimitadores são escarpas íngremes que são afetadas diretamente por constates processos erosivos. Escarpas dissecadas, formam cabeceiras de drenagem em formato de sulcados em vales, (Geodiversidade do Ceará, 2014). 3.3 Embasamento A província estrutural da Borborema compreende a área de estudo, representada por um extenso cinturão orogênico com aproximadamente 450.000 km2 originado durante o evento da orogenia Brasiliana/Pan-Africana Neoproterozoica em torno de 600 Ma, como resultado da convergência entre os crátons Oeste Africano-São Luiz, Amazônico e São Francisco-Congo na consolidação do Supercontinente Gondwana Ocidental segundo (TEIXEIRA, 2015). Os seus limites estendem-se a oeste da Bacia do Parnaíba, ao sul o cráton São Francisco e bordejada de norte a leste pelo Oceano Atlântico e as bacias costeiras da plataforma brasileira. A Província Borborema tem mais de 80% de suas rochas pré-cambrianas, com idades que variam de paleoarqueanas a neoproterozoica (MARTINS, 2017) e é composta por embasamento gnáissico migmatítico variando composição de granítica a quartzo diorítica, com importantes eventos tectônicos, magmáticos e térmicos de idades principalmente paleoproterozoica e neoproterozoica (TEIXEIRA, 2015). A Subprovíncia Transversal, onde a área de estudo se encontra tem unidades paleoproterozóicas que foram arrastadas para oeste pelo conjunto de zonas de cisalhamento NE-SW, que conectam os lineamentos Pernambuco ao sul e Patos ao norte (SANTOS et al., 2014), que sustentam as principais propostas de subdivisão da subprovíncia como a defendidas por Brito Neves et al. (2005; BASTOS, 2018) que, de leste a oeste, denomina de domínio Rio Capibaribe, Alto Moxotó, Alto Pajeú, Riacho Gravatá, Piancó-Alto Brígida, São José do Caiano e São Pedro. Domínio Rio Capibaribe: Conforme Santos et al. (2014) são blocos paleoproterozoicos associados a rochas supracrustais metamorfizadas de arranjo complexo e idade toniana. 17 Domínio Alto Moxotó: É formado por ortognaisses de alto grau e pequenas intercalações anfibolíticas Paleoproterozoicas, cálcio-silicatadas, xistosas e máfico- ultramáfico. Domínio Alto Pajeú: Segundo Brito Neves (et al., 1995, 2000; KOZUCH, 2003; CAXITO et al., 2016) é uma área composta de metagrauvacas com diversas intercalações de rochas vulcânicas e ortognaisses. Mas segundo Santos et al. (2014), representa uma área-tipo do evento Cariris Velhos, formado por uma sequência metavulcanossedimentar e granitoides gerados em um ambiente de arcomagmático ou de rift. Complexo/Domínio Riacho Gravatá: De acordo com Campos Neto (et al., 1994; BITTAR, 1998; BASTOS, 2018) se trata de uma faixa de rochas supracrustais que inclui metapsamitos e metapelitos com contribuição vulcânica e carbonática subordinada. Faixa Piancó-Alto Brígida: Bittar (1998), citado por Bastos (2018) afirma ser constituída por metassedimentos siliciclásticos e metavulcânicas subordinadas, além de uma restrita seção metaconglomerática tendo um desenvolvimento neoproterozoico e baixo grau metamórfico. Terreno São José do Caiano: Conforme Brito Neves (et al., 2005; BASTOS, 2018) se trata de uma região de embasamento paleoproterozoico provavelmente seccionada do Domínio Rio Grande do Norte (BRITO NEVES et al., 2000; SANTOS et al., 1997; BASTOS, 2018), localizado acima do Lineamento Patos. Terreno São Pedro: Ainda em conformidade com Brito Neves (et al., 2005; BASTOS, 2018), inclui duas unidades de embasamento arqueano/paleoproterozoico, denominadas Complexo Granjeiro e Complexo Itaizinho, e uma sequência metavulcanossedimentar de origem e idade até então desconhecidas, designada Grupo Ipueirinha (BASTO E DO VALE, 2017, BASTOS, 2018). Analisando mapas antigos (figura 1) a bacia como um todo encontra-se sobre a Faixa Piancó-Alto Brígida e Terreno São José do Caiano, mas como Brito Neves (et al., 2005; BASTOS, 2018) muito bem retratou, mapas mais novos como o do banco de dados do IBGE (figura 2), pode-se observar o Domínio Rio Grande do Norte parte norte da bacia e observando a área de estudo pode-se afirmar que a parte noroeste da área está sobre o domínio Rio grande do Norte, mas grande parte do mapeamento será realizado na zona Transversal. 18 3.4 Formação Cariri Formação Cariri foi definida por Beurlen (1962), como uma única unidade litoestratigráfica, Gaspary & Anjos (1964) definiram de Formação Mauriti que foi adotada por Ponte e Appi (1990). Representa um registro de uma extensa sedimentação que se deu em grande parte no Nordeste brasileiro. É constituída por arenitos imaturos, de granulação média a muito grossa, com grãos angulares a subangulares, interpretados como fácies de sistemas fluviais entrelaçados. Níveis de ortoconglomerados ocorrem, sendo mais comuns na base, onde incluem fragmentos líticos do embasamento e clastos de feldspatos róseos bem preservados. Constitui-se quase que exclusivamente de arenitos, onde descontínuos níveis decimétricos de siltitos brancos com tonalidades arroxeadas completam o quadro de uma unidade litologicamente monótona. Na parte inferior predominam arenitos feldspáticos, freqüentemente verdadeiros arcósios. São brancos com tons róseos, têm granulometria média a muito grossa, muitas vezes conglomerática, com grãos angulares a subangulares. Níveis de conglomerados ocorrem, sendo mais comuns na base onde incluem fragmentos líticos do embasamento e feldspatos bem preservados. Em direção ao topo, os arenitos feldspáticos gradam para arenitos quartzosos branco-acinzentados de granulometria média a grossa, com seixos de quartzo dispersos ou acompanhando os planos de estratifícação, quando por vezes formam níveis delgados de conglomerados quartzosos. Característica diagnostica destes arenitos é a ocorrência disseminada de minerais esverdeados, identificados por Feitosa (1987) como palygorskita (argilomineral flbroso). As estratificações são geralmente cruzadas de médio porte, tabulares planares e secundariamente acanaladas, em sets com espessuras decimétricas a métricas. São interpretadas como originadas em sistemas fluviais entrelaçados (braided), com escassez acentuada da fração pelítica de planície de inundação 3.5 Formação Brejo Santo Constituindo a unidade basal da sequência, é composta por folhelhos e argilitos vermelhos, sílticos, calcíferos, localmente listrados ou manchados de verde claro, entre os quais ocorrem entremeadas camadas decimétricas a métricas de arenitos finos a médios, e delgadas lâminas de calcário argiloso, rico em ostracodes, às vezes formando bancos decimétricos de puro ostracódeo. Os próprios pelitos são frequentemente ricos em 19 carapaças destes crustáceos, o que os toma comumente calcíferos, achando-se presentes formas típicas do Andar Dom João, como Bisulcocyprispricei P & S e Darwinula oblonga ROEMER, anteriormente constatadas por Braun (1966). Também comuns na associação são os restos de vertebrados, especialmente peixes, ainda não estudados. Originalmente, a unidade foi descrita como fração basal da Formação Missão Velha (Beurlen, 1962). Porém, Assine (1992) leva em consideração a literatura descrita por Moraes et al. (1976) e Lima & Perinotto (1984), onde os autores descrevem na F. Missão Velha arenitos de idade aptiana superior, e para Formação Brejo Santo idade juro- neocomiana, ela é constituída por folhelhos e argilitos vermelhos (sílticos, calcíferos) podem apresentar pequenas manchas em verde claro, alternado com camadas de arenito fino à médio de tamanhos decimétricos a métricos (Fambrini et al., 2013). Além da comum estratificação plano- paralela, estão presentes também estratificação cruzada cavalgante e gretas de contração no topo das camadas arenosas indicativas de exposição subaérea. Para Fambrini et al. (2013), essa formação corresponde à primeira fase de implantação lacustre da bacia com influência fluvial. 3.6 Formação Missão Velha A formação Missão Velha, definida e formalizada por Beurlen (1962, 1963), para englobar todo o pacote siliciclástico inferior estratigraficamente ao “Calcário Santana”, correspondendo ao “Arenito Inferior” de Small (1913). Beurlen (1962, 1963) notou a presença abundante de troncos fósseis silicificados in situ nos arenitos da Formação Missão Velha, sendo uma das características principais dessa unidade. A ocorrência abundante de troncos fósseis silicificados é identificada como vestígio de uma vasta floresta de coníferas do gênero Dadoxilon benderi (Brito, 1987). A formação Missão Velha se encontra sobreposta a formação Brejo Santo, onde suas características compõem arenitos quartzosos, feldspáticos e/ou caulínicos, localmente conglomerático, incluindo troncos e fragmentos de madeira da conífera. Conforme (Assine, 2007), a formação obtém uma associação faciológica de planícies fluviais de sistemas entrelaçados definidos por canais rasos de alta energia. As rochas desse grupo têm amplas apresentações na porção leste da bacia, ao longo do Vale do 20 Cariri, em sub-bacia controlada por falhas predominantemente distensionais de direções NE e E-W, ordenada na forma de horsts e grábens, conforme (Fambrini, 2020). De acordo com Fambrini et al. (2017), a análise conjugada de litofácies, as associações de facies, os elementos arquitetônicos, os dados de paleocorrentes e os sistemas deposicionais proporcionaram o desenvolvimento de um arcabouço estratigráfico para o pacote sedimentar da Formação Missão Velha. Nesse contexto, a unidade apresenta discordância erosiva interna separando-a em duas sequências fluviais: sequência 1 (S1) e sequência 2 (S2). A S1 mostra predominância de arenitos médios a finos estratificados e intercalações de pelitos, enquanto na S2 predominam arenitos grossos a muito grossos, por vezes conglomeráticos, com conglomerados subordinados, que exibem abundantes troncos fósseis silicificados. A S1 regionalmente compreende também rochas pelíticas da Formação Brejo Santo (sistema lacustre). 3.7 Formação Abaiara A formação Abaiara teve início de sua formação no Neocomiano no início do estágio rifte na bacia do Araripe, tal unidade apresenta significativas variações faciológicas laterais e verticais, diferenciando - se claramente do registo estratigráfico do estágio pré – rifite (ASSINE, 2016). De acordo registros adquiridos apartir de perfurações de poços para a obtenção de água subterrâneana área de Juazeiro, foram observadas seções portadoras de conglomerados e folhelhos verdes pertencentes à Formação Abaiara. Tais características tratam-se de conglomerados polimíticos, com seixos e calhaus de rochas metamórficas e magmáticas, recentemente descritos em afloramentos existentes a sul da cidade de Missão Velha (ASSINE 2007). Nas aproximidades da cidade Abaiara foram encontrados Folhelhos sílticos e siltitos vermelhos, com intercalações lateralmente descontínuas de camadas decimétricas de arenitos finos, dominam na base da seção, à medida que arenitos finos predomina na parte superior. Além disso, é visto Lentes decamétricas de arenitos quartzosos finos a muito grossos, com fácieis conglomeráticas, que ocorrem de forma intercaladas, e ainda há ocorrência de fragmentos de madeira silicificada (ASSINE, 1992) A Formação Abaiara é uma unidade heterogênea, com associações de arenitos finos a médios, subarredondados, apresenta sets decimétricos a métricos, com estratificação cruzada tabular. Apresentam pequenas intercalações de folhelhos 21 papiráceos e geralmente são fossilíferos, contendo escamas de peixes e ostracodes muito recristalizados (ASSINE, 1992). Assine (1992), sugere que o ambiente deposicional dos siltitos avermelhados seja de um ambiente lacustre raso/planícies aluviais e o topo sobreposto por arenitos fluviais, e os folhelhos esverdeados e os ostracodes de sistema lacustre, adjacentes ao canal. 3.8 Grupo Santana 3.8.1 Formação Barbalha A Formação Barbalha, faz parte da unidade inferior do Grupo Santana, e limita- se, na base, pela discordância pré-Alagoas e se acomoda discordantemente sobre a Formação Abaiara. Tal unidade aflora nos sopés das escarpas nas regiões circunvizinhas da Chapada do Araripe e no morro testemunho Serra da Mãozinha, na área leste da bacia (Vale do Cariri). Essa unidade dispõe litologias psamíticas e também, pelíticas. Trata-se de folhelhos betuminosos de coloração preta ricos em fragmentos de fosseis de peixes (Dastilbe elongatus), conchostráceos, ostracodes, fragmentos de vegetais carbonizados e pólens (ASSINE, 2020). A Formação Barbalha é composta basicamente por duas sequências fluviais granodecrescentes que se encerram em níveis pelíticos lacustres ou fluviais (Assine, 2007; Fambrini et al., 2015a, 2015b, 2016, 2019b). A primeira sequência apresenta, na base, arenitos grossos, comumente conglomeráticos, com estratificações cruzadas tabulares, cruzadas e acanaladas, feições de corte e preenchimento de canal e crostas ferruginosas (Fambrini et al., 2015a, 2015b, 2016, 2019b; Ponte e Appi, 1990). Segundo Assine (1992,2007) a sequência superior da Formação Barbalha mostra uma nova implantação fluvial apontado por discordância acima dos folhelhos lacustres, seguida de sedimentação lacustre e deltaica. Na definição dos sistemas deposicionais da Formação Barbalha, Fambrini et al. (2015) propôs que a Sequência Inferior seja representada por sistemas de barras em canais efêmeros rasos, lateralmente extensos, com pouca proporção de planície de inundação. Separada pela sucessão lacustre, ou seja, a (Camada Batateira), a Sequência Superior é representada pelo sistema fluvial anastomosado com pacotes pelíticos mais extensos no topo do perfil, apresentando corpos arenosos estratificados subordinados aos pacotes pelíticos em forma de canais arenosos agradacionais. 22 A Formação Barbalha é constituída principalmente por arenitos, que apresentam uma considerável quantidade de estruturas sedimentares, além de conter conglomerados e alguns estratos de folhelhos com diversas colorações. Essa sequência é atribuída ao período Aptiano-Albiano, conforme mencionado por (Chagas, 2006). 3.8.2 Formação Crato A Formação Crato surge nos paredões das escarpas da chapada e em pedreiras, com espessura aproximada de 90–100 m. As camadas de calcários laminados correspondem ao tipo lito característico da Formação Crato, que se sobrepõem à Formação Barbalha. São representadas por folhelhos papiráceos calcários, intercalados com calcários micríticos laminados e argilosos, formando extensas camadas com mais de 20 m de espessura, depositadas durante o período Aptiano. O topo do Membro Crato, redefinido com o aparecimento de inclusão da associação que contém as camadas de gipsita, o qual é marcado por descontinuidade erosiva de curta duração, caracterizando um contato diastêmico com o Membro Romualdo (ASSINE 2007). Folhelhos pirobetuminosos com teores de até 25% de carbono orgânico total e frequentemente calcários, devido à grande ocorrência de exoesqueletos de ostracodes, acham-se presentes (Assine, 1992; Neumann, 1999). A presença de pseudomorfos de sal-gema nos calcários laminados revela que a bacia experimentou condições de crescente aridez em direção ao topo das camadas (Neumann, 1999). Nos calcários laminados, principalmente, são encontrados: ostracodes, conchostráceos, fragmentos lenhosos carbonizados, crustáceos, aracnídeos e peixes. Além disso, o ápice do Membro Crato, redefinido com a inclusão da associação que contém as camadas de gipsita, é marcado por uma descontinuidade erosiva de curta duração, caracterizando um contato diastêmico com o Membro Romualdo. 3.8.3 Formação Ipubi A Formação Ipubi está principalmente localizada na margem oeste da bacia, onde mantém continuidade lateral. Entretanto, na porção leste, os depósitos evaporíticos, predominantemente compostos de gipsita, não se estendem lateralmente e ocorrem intercalados com camadas finas de folhelhos verdes e pretos, além de depósitos arenosos e calcário laminado. 23 Considerando as pesquisas realizadas por Beurlen (1971) e Mabesoone e Tinoco (1973), o Ipubi é identificado como o segundo membro do Grupo Santana. No entanto, Assine (2007) argumenta que estabelecer seus limites práticos é bastante desafiador em áreas onde os evaporitos não são distintos, o que gera muitas incertezas. Por isso, ele propõe uma nova abordagem, substituindo a terminologia de "membro" por "camada", denominando-as como Camadas Ipubi. Essa proposta inovadora fundamenta-se na idade neoaptiana, a qual está correlacionada com os evaporitos presentes nas margens das bacias e serve como marcadores estratigráficos. Os autores interpretaram o sistema da Formação Ipubi, sugerindo a possibilidade da ação simultânea de fenômenos hidrotermais em um ambiente de deposição tipo playa- lake. De acordo com as descobertas de Castro et al. (2017), os folhelhos pretos betuminosos foram caracterizados por meio de análises de pirólise Rock-Eval, revelando uma associação da matéria orgânica com querogênio do tipo I (lacustre), indicando que a rocha é imatura, mas possui um alto potencial para gerar hidrocarbonetos. 3.8.4 Formação Romualdo O membro Romualdo engloba a unidade do Grupo Santana, constituindo o mais amplo e renomado por jazigo paleontológico da bacia. Tal membro é composto por arenitos interestratificados com intervalos de folhelhos cinza-escuros a pretos, ricos em matéria orgânica e com espessura de até 5 m, folhelhos esverdeados e margas, contendo concreções frequentemente fossilíferas que ocorrem em meio a folhelhos esverdeados ricos em ostracodes. A grosso modo, estudos petrográficos relataram que as concreções são constituídas por calcário micrítico, finamente laminado em concordância com a laminação dos folhelhos, com presença de ostracodes constituindo biomicritos cimentados por calcita espática (Assine, 1992). De acordo com Assine (2007), a configuração geológica demonstra um fluxo antigo do trato transgressivo no sentido NNW, na direção contrária ao fluxo das correntes antigas em direção ao sul. Isso sugere que a entrada do mar ocorreu como resultado da influência do sistema Recôncavo- Tucano-Jatobá, ou da Bacia Sergipe, ou de Alagoas. Sales (2005) argumentou que os tempestitos foram responsáveis pelaextinção em massa de organismos, como evidenciado pelas coquinas. Além disso, o autor identificou esses depósitos como resultado de tempestitos proximais e distais, bem como concentrações autóctones e resíduos transgressivos (Sales, 2005). Essas descobertas 24 inquestionavelmente confirmaram a ocorrência de uma invasão marinha na Bacia do Araripe. 3.9 Grupo Araripe 3.9.1 Formação Araripina Por outro lado, é considerado que essa unidade, que é distintamente mapeável e desempenha um papel importante no entendimento da evolução da bacia, apresenta sua melhor exposição nas proximidades de Araripina. Nesse contexto, sugere-se nomeá-la de Formação Araripina representada pela idade albiano. Anteriormente, Silva (1986) já havia proposto essa designação para abranger os membros Crato e Ipubi. No entanto, essa proposta gerou mais confusão na nomenclatura estratigráfica e não foi aceita por outros pesquisadores. As mais destacadas exposições da Formação Araripina apresentam-se em cortes da rodovia BR-316, nas escarpas da chapada a leste e a oeste de Marcolândia (divisa entre Pernambuco e Piauí (PE/PI). Tal formação é representada basicamente por ritmitos constituídos por arenitos finos e lamitos, de colorações avermelhadas, arroxeadas e amareladas, neles ocorre corpos lenticulares de arenitos médios a grossos todos intercalados, com espessuras que ultrapassam, relativamente, três metros. Compõe estruturas de sobrecarga, como pseudonódulos e almofadas, e estruturas em chama são comuns na associação, sendo a presença de truncamentos na estratificação uma característica marcante, constituindo diastemas angulares internos à unidade. Os truncamentos internos e as deformações existentes na seção heterolítica da Formação Araripina sugerem tectônica sindeposicional, expressa também pelo fato de a unidade encontrar-se intensamente fraturada. Além disso, os ritmitos também podem apresentar dobramentos convolutos gerados por deformação penecontemporânea e intervalos constituídos por brechas intraformacionais com clastos de ritmitos (ASSINE, 2007). Este evento tectônico, que não se prolongou com a mesma intensidade até o tempo de sedimentação da Formação Exu, já que está se apresenta muito menos deformada e quase subhorizontalizada, pode estar relacionado à uma mudança no regime de esforços no interior do Nordeste, decorrente da mudança do pólo de rotação da deriva dos continentes africano e sul-americano, datada em cerca de 106 Ma por Rabinowitz e Labrecque (1979). 25 3.9.2 Formação Exu Sequencialmente, os ritmitos da Formação Araripina repousam sobre os arenitos da Formação Exu em uma seção contínua que recobre toda a área da Chapada do Araripe, com atitude sub-horizontal e limitada na base por uma superfície erosiva sobre a Formação Araripina (ASSINE, 2020). Essa unidade tectono-sedimentar é composta por uma grande diversidade de características faciológicas, incluindo arenitos vermelhos alaranjados friáveis e argilosos, que contêm porções caulínicas e apresentam granulometria bastante variável. Além disso, ela também possui camadas alternadas de arenitos grossos a conglomeráticos, com algumas áreas bastante silicificadas (VALENÇA, 1987). A direção das paleocorrentes encontradas nos arenitos da Formação Exu sugere que houve um afundamento deposicional para o oeste, representando uma significativa mudança paleogeográfica em comparação com os padrões das sequências pré-rifte, rifte e pós-rifte I. A transição de volta para condições de sedimentação continental na Bacia do Araripe ocorreu devido ao movimento de soerguimento epirogênico na região Nordeste do Brasil, a partir do período Albiano (ASSINE, 2007). Com forme o trabalho do Assine (2007), a estrutura sedimentar desta unidade é marcada por ciclos ascendentes de granulação decrescente. Esses ciclos são compostos por arenitos conglomeráticos na base, que se transformam em arenitos de granulação mais grossa, exibindo estratificação cruzada tabular e acanalada. Em direção ao topo, esses arenitos alternam-se com camadas de fácies pelíticas, que indicam a ocorrência de uma planície de inundação. Integram essa sequência duas unidades com características litológicas diferentes, separadas por uma discordância erosiva, anteriormente mencionadas como porções inferior e superior da Formação Exu. Neste estudo, a referência Exu é utilizada exclusivamente para identificar o membro superior. A parte correspondente ao que foi chamado de membro inferior da Formação Exu é limitada à porção oeste da bacia e é formada por uma combinação de fácies heterolíticas, marcada por uma ampla variedade de litotipos, repetitivos e geneticamente interligados (ASSINE, 2007). Desse modo, a espessura atual da Formação Exu pode corresponder apenas a uma porção da espessura original. O evento de resfriamento ocorreu antes da formação da superfície de erosão na América do Sul, cujo processo final ocorreu no início do Paleoceno e está relacionado à intensa laterização encontrada nos arenitos do topo da Formação Exu. 26 4. GEOLOGIA LOCAL 4.1 Geomorfologia Localizada na porção sudoeste da folha SB-24, entre os Planaltos da Borborema, a leste, e da Ibiapaba, a oeste, a Chapada do Araripe prolonga-se de modo considerável na direção dos meridianos e estreita-se de sul para norte. É caracterizada por topo plano, conservado, limitado em toda a sua extensão por escarpas erosivas. A chapada do Araripe acha-se limitada em toda a sua extensão por escarpas erosivas, sendo mais pronunciadas nos setores nordeste e sul, onde tornam-se mais abruptas. A oeste, a escarpa que liga esta superfície estrutural ao patamar sertanejo é menos ressaltada, chegando por vezes a ser apenas esboçada. No setor norte, o contato com o patamar sertanejo é feito através de rampas, enquanto próximo à cidade de Araripina-PE verifica-se um desdobramento em patamares. Litologicamente é constituída por rochas sedimentares de idade cretácea, contendo fácies carbonatada, intercalações de margas, siltitos calcíferos, argilito carbonoso, folhelhos betuminosos calcíticos, calcarenitos fossilíferos e, próximo ao topo, folhelho com concreções calcárias de maior significado fossilífero; na camada superior dominam os arenitos e siltitos pertencentes à Formação Exu. Todo esse conjunto mergulha suavemente em direção norte e leste, o que possibilita a ocorrência de inúmeras nascentes responsáveis pela presença dos "brejos de pé-de-serra", evidenciados na região do Cariri Cearense. O contato dos sedimentos cretácicos com as rochas do pré-cambriano é feito na cota média de 480m. Neste caso, passa-se para os folhelhos da Formação Santana, que estão subjacentes à Formação Exu. Este contato, que pode ser observado através de escarpas nítidas, tende a ser mais elevado na parte leste, onde estão as maiores espessuras de sedimentos. 27 Figura 6 - Chapada do Araripe. Fonte: Autores, 2023. 28 Figura 7: Mapa de drenagem. Fonte: Autores, 2023. 29 Figura 8: Mapa de relevo e curvas de nível. Fonte: Autores, 2023. 30 Figura 9: Mapa de zonas homologas de drenagem. Fonte: Autores, 2023. 31 Figura 10: Mapa de unidade geológica. Fonte: Autores, 2023. 32 4.2 Unidade I 4.2.1 Toponímia A unidade visitada no dia 29 de julho de 2023, está situado dentro do bairro Brejo Grande, localizado a oito quilômetros da cidade Santana do Cariri, na região norte da área delimitada, situada na escavação de drenagens. No afloramento, foram coletadas as coordenadas UTM, com a utilização do GPS, obtendo-se as informações de localização detalhada, descritas na (tabela 1). Quadro 1: Coordenada detalhada daunidade I. UNIDADE I Coordenadas UTM X: 0415899 Y: 9198823 Elevação: 525 m Acurácia: 3 m Fonte: Autores, 2023. 4.2.2 Descrição da Unidade Na unidade I, constatou-se a presença do calcário laminado, mais comumente conhecido como Pedra Cariri. Com aproximadamente 50 cm da espessura aflorante, localizado dentro de uma cava de drenagem, o calcário laminado possui uma coloração bastante alterada, com tons de vermelho escuro, resultado do processo de intemperismo e erosão (figura x). Além disso expressa estrutura acamadadas e fraturamento intenso com direções SW. Em outra perfil aflorante com distância de aproximadamente 800 m do primeiro afloramento visitado, foi encontrado em uma drenagem, o calcário laminado com coloração amarelo pálido a esbranquiçado. Sua estrutura expressa bastante alteração com intercalação de solo alterado, bem como presença de leve a alto basculamento contínuo das camadas, e fraturamento verticalizado cortando horizontalmente as camadas da Pedra Cariri. Além disso, registros fossilíferos é extremamente significativo, abundante e diversificado nos calcários laminados, o que infere que tal sucessão carbonática descrita acima tem característica representativa de sistemas deposicional lacustres. Uma outra característica dessa unidade, de acordo a literatura, é a presença de margas, ou seja, intercalação de carbonato, porém, essa característica não foi claramente visualizada na seção aflorante da área delimitada. 33 Quadro Mosaico 2 - Calcário laminado intemperizado. Fonte: Autores, 2023. a b c d Quadro Mosaico 3. a) Visão geral da unidade aflorante; b) Topo do Calcáreo laminado com coloração alterada vermelho escuro; c) Calcáreo laminado fraturado; d) Calcário laminado basculado com intenso fraturamento. Fonte: Autores, 2023. 34 4.2.3 Estrutural 4.3 UNIDADE II 4.3.1 Toponímia A unidade visitada nos dias 27 e 28 de julho de 2023, está situada no bairro Brejo Grande do município de Santana Cariri, mais precisamente seguindo a CE – 166 a leste, e a rua Padre Cícero a oeste. O afloramento é descrito como corte de estrada escarpado com dois diferentes litotipos separados por uma possível superfície ferruginosa. No afloramento, foram coletadas as coordenadas UTM, com a utilização do GPS, obtendo-se as informações de localização detalhada, descritas na (tabela 3). Quadro Mosaico 4 - Calcário laminado. Fonte: Autores, 2023. a a Quadro Mosaico 5 -a) Plano de fratura; b) Direção preferencial plotado no diagrama de roseta. Fonte: Autores, 2023. 35 Quadro 6: Coordenada detalhada Da unidade II. UNIDADE II- Afloramento 1 Coordenadas UTM X: 0413851 Y: 9198182 Elevação: 828 m Acurácia: 3 m Fonte: Autores, 2023. 4.3.2 descrições da unidade Na unidade II, na parte superior, foi encontrado arenito quartzo feldspático maciço com granulometria fina, de coloração amarelo claro, além disso constatou – se evidencias de arenito arcosiano, bem como, presença de blocos rolados silicificados por toda área, em seguida, surge uma superfície de exposição ferrificada com escólitos e pisólitos, o qual infere a uma gradação deposicional inversa. Em uma pequena seção, foi encontrada uma camada ferrificada no modelo lenticular, onde é possível observar em seu interior, arenito fino com coloração amarelo esbranquiçado expressando estruturas de estratificação cruzada tabular. Logo a baixo nota - se presença de arenito felspático de cores variadas, avermelho quase rosado, lilás aroxeado e branco. Seguindo a uns 100 metros abaixo, foi observado estratificação plano paralela, um arenito quartzoso feldspático grosso a muito grosso com coloração rosa avermelhado. Em outra sessão, os arenitos quartzosos feldspáticos continua presente, porém, uma intercalação de arenito fino para muito grosso é notada caracterizando uma gradação normal deposicional, e comporta-se com estruturas de estratificação cruzada tabular, e em seguida, no arenito muito grosso estratificação plano paralela. Seguindo o caminhamento, na porção intermediaria das superfícies escarpadas, foi encontrado uma diferença de granulometria, com presença de arenito conglomerático levemente imbricado com seixos centimétricos subangulosos inserido na estrutura de canais lobados, representando estrutura de estratificação cruzada tabular, dispondo de uma coloração amarelo esbranquiçado. Abaixo do conglomerado possui um arenito representado por uma estrutura plano paralela com intercalação de coloração avermelhada para amarelada. Já em outra sessão aflorante, a camada mais acima é caracterizada por um arenito quartzoso feldspático com granolometria fina a média com coloração amarelo esbranquiçado com estruturas de estratificação plano paralela. Na sua parte inferior apresenta um arenito feldspático micácio com estratificação cruzada acanalada. Logo é percebido também uma fina camada de seixos angulosos a subangulosos, seguindo a baixo um arenito fino a médio maciço. Em seguida, observou- 36 se corpos de arenitos feldspáticos com uma granolometria fina a média e de colaração rosado claro, com estruturas de estratificação plano paralela, com gradação normal variando de médio a fino. Na base desse arenito, encontra -se grandes barras arenosas com uma geometria côncava com presença de acamamento heterolítico laminado, possuindo composição de argilito com laminação plano paralela. c Quadro Mosaico 7 - a) Visão geral da unidade aflorante; b) Fratura; c) Camada de superfície ferrificada; d) Estratificação cruzada acanalada e) Acamamento heterolítico; f) Fácies de pisoíitos; Fonte: Autores, 2023. f e d b a 37 Quadro Mosaico 8 - a) Blocos escalonados; b) Blocos escalonados; c) Glóbulos deltaicos com estruturas lobadas; d) Estrutura lobadas; e) Falha preenchida; f) Falha preenchida. Fonte: Autores, 2023. a e c d b f 38 4.3.3 Estrutural Quadro 9: Medidas estruturais Da Unidade II. Figura 11 – Fratura sinistral N/S e falha N/W. Fonte: Autores, 2023. Afloramento ANEE-01 Tipo de Estrutura Dip direction Plano de Foliação 275 Az 240 Az 280 Az 265 Az 255 Az Fonte: Autores, 2023. 39 Figura 12 – Falha de empurrão. Fonte: Autores, 2023. a b Quadro mosaico 10: a) Planos de falha; b) Plano de falha E/W e fratura N/S. Fonte: Autores, 2023. 40 a b a b d c Quadro mosaico 11: a) Planos de falha N/S; b) Direção preferencial do mergulho de Falha apresentados no diagrama de roseta caindo para S/E; c) Plano de falha e caimento do mergulho; e) Direção dos polos. Fonte: Autores, 2023. Quadro mosaico 12: a) Planos de fraturas sub - horizontalizada. b) Direção preferencial dos planos de fratura apresentada no diagrama de roseta N/S e NE/SW. Fonte: Autores, 2023. 41 Quadro mosaico 13: a) Planos de fraturas sub - horizontalizada. b) Direção preferencial dos planos de fratura apresentada no diagrama de roseta NW/SE. Fonte: Autores, 2023. a b a b Quadro mosaico 14: a) Planos de fraturas sub - horizontalizada. b) Direção preferencial dos planos de fratura apresentada no diagrama de roseta NNW/SSE. Fonte: Autores, 2023. 42 5. DISCURSÃO A área estudada, faz parte do contexto associado a fase de rifteamento de Gondwana e a abertura do atlântico sul. A bacia do Araripe está situada sobreembasamento pré-cambriano, província Borborema. Eventos de pré-rifte rift e pós riftes modificaram as estruturas da bacia estudada. Durante o evento de separação da plataforma Sul-americana e africana houve a reativação das falhas, fraturas, e zonas de cisalhamento do embasamento. Essas estruturas são herdadas do evento de colagem do supercontinente Gondwana, e são de características rúpteis compressivas e que durante a abertura e separação as estruturas são rúpteis extencionais. É possível observar e coletar dados sobre o controle tectônico transcorrente efetivo na área. A bacia do Araripe apresenta topos mais altos a leste com diminuição da altitude e caimento para oeste. Na unidade I, com variação altimétrica de 140 metros foi possível observar solo remobilizado recobrindo toda a área, sendo possível avistar os afloramentos apenas nas encostas das drenagens que cortam a área em direção ao centro. Apresentou em sua cota mais baixa a presença de calcário laminado fortemente alterado e em uma extensão de aproximadamente 10 metros. Não sendo possível extrair dados estruturais devido a pouca consistência de estruturas significativas. Acima, estava disposto o solo alterado variando de argiloso com coloração escura, a arenoso de coloração branco. A unidade II, apresenta estruturas e cores variadas estando localizada na porção superior da área. Observou-se se a presença de fácies areníticas, variações granulométricas e estratificação variadas. Estas fácies podem indicar o ambiente pretérito de formação. Esta unidade reflete a idade mais nova de toda a bacia a b Quadro mosaico 15: a) Planos de fraturas b) Direção preferencial dos planos de fratura apresentada no diagrama de roseta N/S e E/W. Fonte: Autores, 2023. 43 do Araripe. Estruturas como fraturas estão bem presentes. Sugere-se que o ambiente de formação destas unidades compreende ciclos fluvial lacustre e ciclo de sistemas deposicionais mistos carbonato-evaporítico-siliciclástico. sistemas deltaicos e pró-deltas também são inferidos com base nas estruturas observadas. A sequência segue com o retorno do ambiente terrestre com deposição de depósitos aluviais meandrastes, da sequência pós rift transgressão marinha. Sugere- se que o ambiente de formação da unidade I compreende ciclos fluvial lacustre e ciclo de sistemas deposicionais mistos carbonato-evaporítico-siliciclástico. A sequência segue com o retorno do ambiente terrestre com deposição de depósitos aluviais meandrastes representado a unidade II. Intercalando fácies de arenito médio, grosso, arenito conglomerático. Os principais lineamentos da área são N-S e E-W. Durante a coleta de dados em campo isso foi comprovado. A unidade II apresenta 4 grupos distintos de falhas seguindo na ordem de mais abundantes N-S, E-W, NW-SE e NE-SW. Corroborando com a estrutural da área. Na unidade I ,com variação altimétrica de 140 metros foi possível observar solo remobilizado recobrindo toda a área sendo possível avistar os afloramentos apenas nas encostas das drenagens que cortam a área em direção ao centro. Apresentou em sua cota mais baixa a presença de calcário laminado fortemente alterado e em uma extensão de aproximadamente 10 metros. Não sendo possível extrair dados estruturais devido a pouca consistência de estruturas significativas. Acima, estava disposto o solo alterado variando de argiloso de coloração escura a arenoso de coloração branco. As estruturas observadas na unidade 2 compreendem um perfil de aproximadamente 200 m de altura. Foram observadas estruturas que compreendem os ambientes de deposição pós rifte. 44 Quadro 16 – Medidas estruturais de falhas e fraturas Fonte: Autores, 2023. 45 Figura 13 – Perfil estratigráfico. Fonte: Autores, 2023. 46 Figura 14: Mapa Geológico da área 4. Fonte: Autores, 2023. 47 6. CONCLUSÃO Tendo como base todos os dados aqui adquiridos através da estatigrafia, litoestatigrafia, fotointerpretação, geomoforlogia e campo apresentados e discutidos neste trabalho, tem-se as seguintes conclusões a respeito da correlação das litologias, com as unidades regionais de trabalhos anteriores: A unidade I, é composta principalmente por rochas carbonáticas, especialmente calcários, que foram formados pela deposição de carbonato de cálcio em um ambiente aquático. Esses calcários são geralmente bem laminados, e um um deles, mais comumente conhecido como Pedra Cariri, que tem camadas finas e distintas. Além disso, registros fossilíferos inferem que houve presença de águas tranquilas, como as de lagos, que proporcionam condições favoráveis para a preservação de fósseis. Dessa forma, segundo a literatura, essa unidade é pertencente ao membro Crato, dentro da formação Santana, na unidade II, caracterizada pelo grupo Araripe, que está incluso duas formações, Araripina e Exu. Na qual dados obtidos durante o mapeamento geológico coincidem e confirmam que a formação Araripina constitui por arenitos quartzosos feldspáticos friáveis, argilosos e corpos lenticulares de granulometria variável, seguindo por uma coloração entre amarelo ao roxo. As estruturas planas- paralelas e estratificações cruzadas, e marcas de ondas são evidentes nessa unidade. Já na formação Exu, esses arenitos quartzosos feldspáticos também afloram, com uma coloração vermelho alaranjado, friáveis e argilosos. Pisólitos e escólitos também são possíveis encontrá-los nesta unidade. Conforme o trabalho do Assine (2007), a estrutura sedimentar desta unidade é marcada por ciclos ascendentes de granulação decrescente. Esses ciclos são compostos por arenitos conglomeráticos na base, que se transformam em arenitos de granulação mais grossa, exibindo estratificação cruzada tabular e acanalada. 48 7. REFERÊNCIAS ASSINE, M. L. Tectônica transtensional durante a ruptura de Gondwana no nordeste Brasil: Inversão de paleoestresse do Cretáceo Inferior na Bacia do Araripe. Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Ciências Naturais e Tecnologia, Programa de Pós- Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Rio Claro, Brasil, 2014. Carvalho, R. R., Neumann, V. H. M. L., Fambrini, G. L., Assine, M. L., Vieira, M. M., Rocha, D. E. G. A., Ramos, G. M. S. (2018). The basal siliciclastic Silurian-Devonian Tacaratu Formation of the Jatobá Basin, analysis of fácies, provenance and palaeocurrents. Journal of South American Earth Sciences. Fambrini, G. L., Menezes-Filho, J. A. 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