Logo Passei Direto
Buscar

EXERCÍCIOS_-_HUMANAS_-_SOCIOLOGIA

User badge image
alaska 31473

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Prévia do material em texto

<p>EXERCÍCIOS – HUMANAS – SOCIOLOGIA</p><p>01) UEM - 2011 - Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia</p><p>como ciência, assinale o que for incorreto.</p><p>a) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria conduziu a uma grande</p><p>concentração da população no ambiente urbano, o qual acabou se constituindo em laboratório</p><p>para o trabalho de intelectuais interessados no estudo dos problemas que essa nova realidade</p><p>social gerava.</p><p>b) A migração de grandes contingentes populacionais do campo para as cidades gerou uma série</p><p>de problemas modernos, que passaram a demandar investigações visando à sua resolução ou</p><p>minimização.</p><p>c) Os primeiros intelectuais interessados no estudo dos fenômenos provocados pela revolução</p><p>industrial compartilhavam uma perspectiva positiva sobre os efeitos do desenvolvimento</p><p>econômico baseado no modelo capitalista.</p><p>d) Os conflitos entre capital e trabalho, potencializados pela concentração dos operários nas</p><p>fábricas, foram tema de pesquisa dos precursores da sociologia e continuam inspirando debates</p><p>científicos relevantes na atualidade.</p><p>e) No início da Revolução Industrial, as condições de trabalho eram perigosas e os trabalhadores</p><p>tinham pouquíssimos direitos para se defender dos abusos sofridos</p><p>02) A sociologia surgiu para suprir a necessidade de se entender os fenômenos sociais e as</p><p>regras fundamentais pelas quais se baseiam nossas relações. Entretanto, a sociologia</p><p>contemporânea difere-se da ideia original, na medida em que:</p><p>a) entende-se que as sociedades são como organismos vivos, com leis de funcionamento</p><p>estabelecidas e imutáveis.</p><p>b) é amplamente aceito que as diferenças raciais determinam características do convívio do</p><p>sujeito, uma vez que é a raça que estabelece o comportamento social.</p><p>c) entende-se que as sociedades e as relações sociais possuem infinitas variações, não sendo</p><p>possível traçar leis gerais que justifiquem ou expliquem, em termos absolutos, todas as formas</p><p>de interação humana no mundo social.</p><p>d) deixou de ser uma área do conhecimento válida, uma vez que não é possível estudar uma</p><p>sociedade em razão da enorme quantidade de diferenças entre os sujeitos que a compõem.</p><p>e) estuda exclusivamente os animais não racionais, deixando a Filosofia e a História o estudo dos</p><p>seres humanos.</p><p>03) O autor considerado “pai” da sociologia, Augusto Comte, acreditava que a nova ciência</p><p>das sociedades deveria igualar-se às demais ciências da natureza que se pautavam pelos</p><p>fenômenos observáveis e mensuráveis para que assim fosse possível apreender as regras</p><p>gerais que regem o mundo social do indivíduo. Essa perspectiva ideológica é chamada de:</p><p>a) Iluminismo.</p><p>b) Darwinismo.</p><p>c) Dadaísmo.</p><p>d) Positivismo.</p><p>e) Socialismo</p><p>04) (UEM/2011) O evolucionismo social do século XIX teve um papel fundamental na</p><p>constituição da sociologia como ramo científico. Sobre essa corrente de pensamento, que</p><p>reunia autores como Augusto Comte e Herbert Spencer, assinale o que for correto.</p><p>a) O evolucionismo define que as estruturas, naturais ou sociais, passam por processo de</p><p>diferenciação e integração que levam ao seu aprimoramento.</p><p>b) O evolucionismo propõe que a evolução das sociedades ocorre em estágios sucessivos de</p><p>racionalização.</p><p>c) O evolucionismo defende a unidade biológica e cognitiva da espécie humana, independente</p><p>de variações particulares.</p><p>d) O evolucionismo, quando adaptado para teorias sociais, se tornou uma arma social de</p><p>opressão durante o neocolonialismo (ou imperialismo).</p><p>e) O evolucionismo rejeita o modelo político e econômico liberal, baseado na livre iniciativa e</p><p>no laissez-faire, considerando-o uma orientação contrária à evolução social.</p><p>05) (UFMA) Os principais fatos histórico-sociais que propiciaram o surgimento da sociologia</p><p>foram:</p><p>a) a Revolução Cubana e a Revolução Chinesa.</p><p>b) a Revolução Mexicana e a Revolução Nicaragüense.</p><p>c) a Revolução Russa e a Revolução Chinesa.</p><p>d) a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.</p><p>e) a Revolução dos cravos em Portugal e a Revolução Moçambicana.</p><p>06) Sobre o positivismo, corrente teórica pioneira na sistematização do pensamento</p><p>sociológico, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Apesar de reconhecer as diferenças entre fenômenos do mundo físico e do mundo social, o</p><p>positivismo busca no método das ciências da natureza a orientação básica para legitimar a</p><p>sociologia.</p><p>b) O positivismo enfatiza a coesão e a harmonia entre os indivíduos como solução de conflitos,</p><p>para alcançar o progresso social.</p><p>c) O positivismo endereça uma contundente crítica à sociedade europeia do século XIX,</p><p>sobretudo em razão das desigualdades sociais oriundas da consolidação do capitalismo.</p><p>d) O positivismo utiliza recorrentemente a metáfora organicista para se referir à sociedade como</p><p>um todo constituído de partes integradas e coesas, funcionando harmonicamente, segundo uma</p><p>lógica física ou mecânica.</p><p>e) O positivismo defende uma concepção evolucionista da história social, segundo a qual o</p><p>estágio mais avançado seria dominado pela razão técnico-científica.</p><p>07) Leia e responda.</p><p>“A Sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual às novas situações colocadas</p><p>pela revolução industrial. Boa parte de seus temas de análise e de reflexão foi retirada das novas</p><p>situações, como exemplo, a situação da classe trabalhadora, o surgimento da cidade industrial,</p><p>as transformações tecnológicas, a organização do trabalho na fábrica etc”.</p><p>MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982. Coleção Primeiros</p><p>Passos.</p><p>Do texto, depreende-se que:</p><p>a) A Sociologia surge para resolver os problemas advindos com as grandes revoluções ocorridas</p><p>no século XVIII e manter o status quo da classe dominante.</p><p>b) Os temas tratados pela Sociologia voltam-se para a solução de conflitos de classe e visam à</p><p>transformação do status quo da classe dominante no capitalismo.</p><p>c) A sociedade industrial coloca questões como a organização do trabalho, as inovações</p><p>tecnológicas e o conflito de classes, objetos de estudo da Sociologia funcionalista.</p><p>d) O pensamento sociológico volta-se, de maneira divergente, para a análise do social como</p><p>problema fruto da situação vivida no contexto do século XVIII.</p><p>e) As consequências sociais decorrentes das grandes revoluções ocorridas no século XVIII no</p><p>mundo europeu são analisadas unilateralmente pela Sociologia.</p><p>08) A Sociologia é uma ciência moderna que surge e se desenvolve juntamente com o avanço</p><p>do capitalismo. Nesse sentido, reflete suas principais transformações e procura desvendar os</p><p>dilemas sociais por ele produzidos. Sobre a emergência da sociologia, considere as afirmativas</p><p>a seguir.</p><p>I. A Sociologia tem como principal referência a explicação teológica sobre os problemas sociais</p><p>decorrentes da industrialização, tais como a pobreza, a desigualdade social e a concentração</p><p>populacional nos centros urbanos.</p><p>II. A Sociologia é produto da Revolução Industrial, sendo chamada de “ciência da crise”, por</p><p>refletir sobre a transformação de formas tradicionais de existência social e as mudanças</p><p>decorrentes da urbanização e da industrialização</p><p>III. A emergência da Sociologia só pode ser compreendida se for observada sua correspondência</p><p>com o cientificismo europeu e com a crença no poder da razão e da observação, enquanto</p><p>recursos de produção do conhecimento.</p><p>IV. A Sociologia surge como uma tentativa de romper com as técnicas e métodos das ciências</p><p>naturais, na análise dos problemas sociais decorrentes das reminiscências do modo de produção</p><p>feudal.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas:</p><p>a) I e III.</p><p>b) II e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) I, II e IV.</p><p>e) I, III e IV.</p><p>09) (Unicentro) Leia o trecho e responda.</p><p>“Considerando-se as grandes mudanças que ocorreram na história da humanidade, aquelas que</p><p>aconteceram no século XVIII — e que se estenderam no século XIX — só foram superadas pelas</p><p>grandes transformações do final do século XX.</p><p>entre elas.</p><p>e) A sociedade burguesa, por intensificar a exploração dos homens através do trabalho</p><p>assalariado, constitui-se em forma de organização social menos desenvolvida que as anteriores.</p><p>68) (Unioeste 2016) Leia e responda.</p><p>“I. Burgueses e proletários. A história de todas as sociedades até hoje existente é a história das</p><p>lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de</p><p>corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm</p><p>vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre</p><p>ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das classes</p><p>em conflito”</p><p>MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 40</p><p>Assinale a alternativa CORRETA: para Karl Marx (1818-1883) como se originam as classes</p><p>sociais?</p><p>a) As classes sociais se originam da divisão entre governantes e governados.</p><p>b) As classes sociais se originam da divisão entre os sexos.</p><p>c) As classes sociais se originam da divisão entre as gerações.</p><p>d) As classes sociais se originam da divisão do trabalho.</p><p>e) As classes sociais se originam da divisão das riquezas.</p><p>69) (Upe-ssa 2 2016) Leia o texto a seguir:</p><p>“A utilização da força de trabalho é o próprio trabalho. O comprador da força de trabalho</p><p>consome-a, fazendo o vendedor dela trabalhar. Este, ao trabalhar, torna-se realmente no que</p><p>antes era apenas potencialmente: força de trabalho em ação, trabalhador. Para o trabalho</p><p>reaparecer em mercadorias, tem de ser empregado em valores de uso, em coisas que sirvam</p><p>para satisfazer necessidades de qualquer natureza. O que o capitalista determina ao trabalhador</p><p>produzir é, portanto, um valor de uso particular, um artigo especificado. A produção de valores</p><p>de uso muda sua natureza geral por ser levada a cabo em benefício do capitalista ou estar sob</p><p>seu controle. Por isso, temos inicialmente de considerar o processo de trabalho à parte de</p><p>qualquer estrutura social determinada”.</p><p>MARX, Karl. O capital, v. 1, parte III, capítulo VII. Disponível em:</p><p><https://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapitalv1/vol1cap07.htm></p><p>Os três principais elementos que constituem o processo apresentado no texto são</p><p>a) trabalho, vendedor e material.</p><p>b) matéria-prima, trabalho e capitalista.</p><p>c) estrutura social, capitalista e trabalho.</p><p>d) consumo, vendedor, instrumentos de produção.</p><p>e) trabalho, matéria-prima e instrumentos de produção.</p><p>70) (Uem 2016) Leia o trecho de Karl Marx e responda.</p><p>“A conclusão geral a que cheguei e que, uma vez adquirida, serviu de fio condutor de meus</p><p>estudos, pode formular-se resumidamente assim: na produção social de sua existência, os</p><p>homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes de sua vontade,</p><p>relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças</p><p>produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica</p><p>da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política à qual</p><p>correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material</p><p>condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral”.</p><p>(MARX, Karl. Prefácio a Contribuição à crítica da economia política. In BOTELHO, André (org)</p><p>Essencial sociologia. São Paulo: Penguin Classics/Cia. Das Letras, 2013, p. 35).</p><p>Considerando o texto acima e conhecimentos sobre o tema, assinale o que for correto.</p><p>a) São as relações políticas e jurídicas que determinam a organização das formas produtivas e a</p><p>estrutura econômica da sociedade.</p><p>b) O principal fundamento do conflito social é o salário. Acordos capazes de manter aumentos</p><p>salariais constantes levariam à superação da luta de classes.</p><p>c) As relações sociais estabelecidas no mundo produtivo capitalista são determinadas pela</p><p>liberdade, pela qualificação e pela empregabilidade do trabalhador.</p><p>d) O desenvolvimento das forças produtivas transforma as relações sociais existentes e abre</p><p>caminho para o surgimento de processos de revolução social.</p><p>e) Ampliar o acesso ao consumo é uma forma eficiente de alterar as relações de poder existentes</p><p>no interior da sociedade capitalista.</p><p>71) (Uel 2015) O dinheiro alterou enormemente as relações sociais e, no desenvolvimento da</p><p>história econômica da sociedade, atingiu o seu ápice com o modo de produção capitalista.</p><p>Com base nos conhecimentos sobre os estudos de Karl Marx, assinale a alternativa que</p><p>apresenta, corretamente, as explicações sobre a produção da riqueza na sociedade capitalista.</p><p>a) A mercantilização das relações de produção e de reprodução, por intermédio do dinheiro,</p><p>possibilita a desmistificação do fetichismo da mercadoria.</p><p>b) Enquanto mediação da relação social, o dinheiro demonstra as particularidades das relações</p><p>entre indivíduos, como as políticas e as familiares.</p><p>c) O dinheiro tem a função de revelar o valor de uso das mercadorias, ao destacar a valorização</p><p>diferenciada entre os diversos trabalhos.</p><p>d) O dinheiro é um instrumento técnico que facilita as relações de troca e evidencia a exploração</p><p>contida no trabalho assalariado.</p><p>e) O dinheiro caracteriza-se por sua capacidade de expressar um valor genérico equivalente,</p><p>intercambiável por qualquer outro valor.</p><p>72) (Unimontes 2015) Para Karl Marx (1818-1883), no processo produtivo, o trabalhador gera</p><p>o valor equivalente a seu salário, que é o tempo de trabalho necessário, mas também cria</p><p>valor com o tempo de trabalho excedente, que é apropriado pelo proprietário do capital.</p><p>Embora o processo de venda da força de trabalho por um salário apareça como um</p><p>intercâmbio entre equivalentes, o valor que o trabalhador pode produzir durante o tempo em</p><p>que trabalha para aquele que o contrata é um valor superior àquele pelo qual vende suas</p><p>capacidades. Assinale a alternativa que define essa proposição.</p><p>a) Mais-valia.</p><p>b) Modo de produção.</p><p>c) Materialismo histórico.</p><p>d) Trabalho concreto.</p><p>e) Construção Social</p><p>73) (Uem 2015) Leia o texto abaixo e responda.</p><p>“O que dava aos partidos e movimentos operários sua força original era a justificada convicção</p><p>dos trabalhadores de que pessoas como eles não podiam mudar sua sorte pela ação individual,</p><p>mas só pela ação coletiva, de preferência através de organizações, fosse pela ajuda mútua, greve</p><p>ou voto”.</p><p>HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995, p. 300.</p><p>Considerando o trecho citado e os estudos sobre movimentos de trabalhadores no século XX,</p><p>assinale o que for incorreto.</p><p>a) No Ocidente, desde a Revolução Industrial, a greve é um instrumento político amplamente</p><p>utilizado pelos chefes (os donos do meio-de-produção) para barrar direitos trabalhistas.</p><p>b) Segundo a perspectiva marxista, o pertencimento de classe é aquilo que nos define enquanto</p><p>seres históricos e sociais, pois é a partir disso que estabelecemos nossos valores e princípios de</p><p>comportamento.</p><p>c) As greves são manifestações sociopolíticas complexas. Em termos jurídicos, podem ser tanto</p><p>legais quanto ilegais; em termos político-sociais podem ser tanto legítimas quanto ilegítimas.</p><p>d) Sob influência do chamado neoliberalismo e da mundialização de mercados, verifica-se nas</p><p>últimas décadas a ampliação da adoção de medidas que favorecem as negociações</p><p>individualizadas entre empregadores e trabalhadores em detrimento das ações coletivas</p><p>mobilizadas por sindicatos e centrais sindicais.</p><p>e) Os sindicatos são instituições que representam os interesses de determinadas categorias</p><p>profissionais. Contudo, também precisam equacionar constantemente as demandas daqueles</p><p>que representam e os interesses sociais mais amplos que podem se manifestar, por exemplo,</p><p>diante da carência de serviços</p><p>nos setores de saúde, educação, transporte, atendimento público</p><p>e outros durante manifestações, paralisações e greves.</p><p>74) (Unioeste 2014) A teoria do Materialismo Histórico, desenvolvida por Karl Marx, engloba</p><p>um conjunto de conceitos que perpassam um novo entendimento do sistema capitalista, das</p><p>classes sociais e do Estado. Sobre os principais conceitos que compõem a teoria do</p><p>Materialismo Histórico, é CORRETO afirmar que</p><p>a) não há na teoria do Materialismo Histórico uma preocupação sobre o processo de circulação</p><p>de mercadorias no capitalismo.</p><p>b) no processo de formação do capital, o prejuízo nasce no momento em que o produtor fabrica</p><p>sua mercadoria.</p><p>c) Marx define a mais-valia como o excedente do valor produzido pelo empresário que é</p><p>apropriado pelo trabalhador.</p><p>d) segundo Marx, as mercadorias nada mais são do que a materialização do trabalho que foi</p><p>pago ao empregado.</p><p>e) o empresário, ao pagar o salário aos trabalhadores, nunca paga a esses o que eles realmente</p><p>produziram.</p><p>75) (Uema 2014) A história da cultura brasileira é pontuada pelo “jeitinho brasileiro” e pela</p><p>cordialidade, frutos da colonização portuguesa. Sérgio Buarque sugere que nossa cultura tem</p><p>algumas singularidades, tais como: aversão à impessoalidade, forte simpatia e rejeição ao</p><p>formalismo nas relações sociais. Tais singularidades se refletem no ordenamento da sociedade</p><p>expresso no fragmento da música Minha história de João do Vale e Raimundo Evangelista, que</p><p>trata da educação como base da estratificação social na sociedade burguesa.</p><p>“E quando era noitinha, a meninada ia brincar.</p><p>Vige como eu tinha inveja de ver Zezinho contar:</p><p>“o professor ralhou comigo,</p><p>porque eu não quis estudar” (bis)</p><p>Hoje todos são doutor,</p><p>E eu continuo um João Ninguém</p><p>Mas, quem nasce pra pataca</p><p>nunca pode ser vintém.</p><p>Ver meus amigos doutor basta pra mim sentir bem (bis)...”</p><p>João do vale; Chico Evangelista. “Minha história”. In: álbum, João do Vale. Rio de Janeiro:</p><p>Sony, 1981.</p><p>Conforme a contribuição de Karl Marx sobre a análise da sociedade capitalista, os conceitos</p><p>sociológicos expressos nessa música são</p><p>a) superestrutura, anomia social, racionalidade, alienação.</p><p>b) ação social, infraestrutura, solidariedade orgânica, coesão social.</p><p>c) divisão do trabalho, mais valia, solidariedade mecânica, burocracia.</p><p>d) sansão social, relações de produção, organicismo, forças produtivas.</p><p>e) ideologia, classe social, desigualdade social, relações sociais de trabalho.</p><p>76) (Interbits 2014) Leia e responda.</p><p>“Um amigo da área de RH de uma multinacional disse que não sabia onde enfiar a cara quando</p><p>chamou um homem muito, muito simples para informar que ele seria descontinuado. “O</p><p>senhorzinho não entendia nem por um decreto que estava sendo demitido'', diz ele – que teve</p><p>que apelar para o método antigo, quando foi claramente compreendido.</p><p>Aliás, as empresas não falam mais em “empregados''. Agora são “colaboradores”. Há várias</p><p>razões que explicam, muitas delas traçando um resgate da ação coletiva de sinergias voltadas à</p><p>construção de um objetivo comum… Zzzzzz… Prefiro a explicação mais simples que surgiu de</p><p>outro colega, do RH de uma grande empresa brasileira: “isso foi para botar no mesmo pacote o</p><p>pessoal que é contratado como CLT e quem é terceirizado ou integrado mas, na prática, também</p><p>é empregado nosso''. Enfim, todos colaboram com o lucro do patrão, portanto faz sentido”.</p><p>SAKAMOTO, Leonardo. Palavras podem cair em desuso. Mas “idiota” continuará sempre na</p><p>moda. Blog do Sakamoto. 11 mar. 2014. Adaptado. Disponível em:</p><p><http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/...na-moda/> Acesso em 11 mar.</p><p>2014.</p><p>A frase “Enfim, todos colaboram com o lucro do patrão, portanto faz sentido” revela uma</p><p>adesão ideológica. Qual foi o sociólogo abaixo que desenvolveu a compreensão de mundo</p><p>adotada pelo autor do texto acima?</p><p>a) Max Weber.</p><p>b) Anthony Giddens.</p><p>c) Émile Durkheim.</p><p>d) Karl Marx.</p><p>e) Pierre Bourdieu.</p><p>77) (Unioeste 2013) O Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels no ponto</p><p>de inflexão entre as reflexões de juventude e a obra de maturidade, sintetiza os resultados da</p><p>concepção materialista da história alcançados pelos dois autores até 1848. A dinâmica do</p><p>desenvolvimento histórico é então concebida como resultante do aprofundamento da tensão</p><p>entre forças produtivas e relações de produção, que se expressaria através da luta política</p><p>aberta. Com base na concepção materialista da história defendida por Marx e Engels no</p><p>Manifesto, selecione a alternativa correta.</p><p>a) A história das sociedades humanas até agora existentes tem sido o resultado do agravamento</p><p>das contradições sociais que, uma vez maturadas, explode através da luta de classes.</p><p>b) A história das sociedades humanas é o resultado dos desígnios da providência que atuam</p><p>sobre a consciência dos homens e forjam os rumos do desenvolvimento social.</p><p>c) A história das sociedades humanas é o resultado de acontecimentos fortuitos e casuais,</p><p>independentes da vontade dos homens, que acabam moldando os rumos do desenvolvimento</p><p>social.</p><p>d) A história das sociedades humanas é o resultado inevitável do desenvolvimento tecnológico,</p><p>que não só aumenta a produtividade do trabalho, como elimina o antagonismo entre as classes</p><p>sociais.</p><p>e) A história das sociedades humanas é o resultado da ação desempenhada pelos grandes</p><p>personagens que, através de sua emulação moral, guiam as massas no sentido das</p><p>transformações sociais pacíficas.</p><p>78) (Ufpa 2012) Um das importantes preocupações sociológicas é a questão a respeito dos</p><p>fatores que tornam possível a existência e a evolução das sociedades. A ideia de “conflito”</p><p>assume uma posição contraditória, por este ser considerado ora como “motor das</p><p>transformações”, ora como fator que “deixa a sociedade estagnada” e impede a evolução. Em</p><p>relação às consequências do conflito para sociedade, é CORRETO afirmar:</p><p>a) Para Karl Marx, o regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais. A despeito desse</p><p>aumento das riquezas, a miséria continua sendo a sorte da maioria. Essa contradição irá gerar</p><p>conflitos que, mais cedo ou mais tarde, desencadearão um processo de reforma da sociedade</p><p>que a reorganizará com critérios científicos.</p><p>b) Para Karl Marx, a supressão das contradições de classe deve levar logicamente ao</p><p>desaparecimento do Estado, pois este é um dos subprodutos ou a expressão dos conflitos</p><p>sociais.</p><p>c) O marxismo exclui a possibilidade de haver um paralelismo entre o desenvolvimento das</p><p>forças produtivas, a transformação das relações de produção, a intensificação da luta de classes</p><p>e dos conflitos que marcam a marcha para a revolução.</p><p>d) Durkheim diz que os conflitos entre trabalhadores e empresários demonstram a falta de</p><p>organização ou a anomia parcial da sociedade moderna, que deve ser corrigida com uma</p><p>revolução do proletariado, que restaure o consenso social.</p><p>e) Durkheim acredita que a forma como os indivíduos se organizam socialmente para produzir</p><p>determina a sua visão de mundo. Ou seja, ele acredita que não é a consciência dos homens que</p><p>determina a realidade, mas, ao contrário, é a realidade social e principalmente seus conflitos</p><p>que determina a consciência coletiva.</p><p>79) (Interbits 2012) Max Weber e Karl Marx foram sociólogos que procuraram compreender</p><p>as transformações na sociedade moderna. Entretanto, em muitos pontos, eles apresentam</p><p>ideias bastante divergentes. Assinale se as frases a seguir dizem respeito à sociologia de Marx</p><p>ou à sociologia de Weber.</p><p>MARX WEBER</p><p>1. As transformações na sociedade são decorrentes, principalmente, das</p><p>alterações no modo de produção da vida material.</p><p>2. As transformações na sociedade possuem diversas causas.</p><p>3. A estratificação social é influenciada</p><p>por diferenças de classe, status e</p><p>partido.</p><p>4. As classes sociais decorrem das relações de produção e da divisão do</p><p>trabalho.</p><p>5. O Estado é definido pela posse do monopólio do uso legítimo da força.</p><p>6. O Estado está relacionado com a superestrutura da sociedade.</p><p>7. A luta de classes é o motor da história.</p><p>a) Marx: 1,4,6 e 7. Weber: 2,3 e 5.</p><p>b) Marx: 1,2,5 e 7. Weber: 3,4 e 6.</p><p>c) Marx: 2,4,6 e 7. Weber: 1,3 e 5.</p><p>d) Marx: 2,3,4 e 5. Weber: 1,6 e 7.</p><p>e) Marx: 3,4,6 e 7. Weber: 1,2 e 5.</p><p>80) (Uem 2012) Sobre as teorias clássicas da estratificação social, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Segundo a sociologia marxista, a diferenciação entre os indivíduos na sociedade capitalista se</p><p>dá pela posição que eles ocupam na estrutura produtiva.</p><p>b) Apesar de reconhecer a existência da pequena burguesia, Marx defendia que, com o</p><p>desenvolvimento do capitalismo, haveria a redução da sociedade a apenas duas classes</p><p>fundamentais: burguesia e proletariado.</p><p>c) A sociologia weberiana desenvolve uma teoria da estratificação social que inclui, além das</p><p>posses materiais, o nível de educação e o conjunto das habilidades técnicas individuais na</p><p>definição das classes.</p><p>d) Para Max Weber, os grupos de status são unidades de estratificação tão importantes quanto</p><p>a classe social.</p><p>e) Os grupos de status unificam e agrupam os indivíduos de forma igualitária.</p><p>81) (Unicentro 2012) De acordo com as análises de Karl Marx, a divisão social do trabalho</p><p>revela duas classes que se contrapõem. Na produção capitalista, as duas classes antagônicas</p><p>são as indicadas em</p><p>a) senhor e escravo.</p><p>b) clero e burguesia.</p><p>c) servos e senhores.</p><p>d) nobreza e burguesia.</p><p>e) burguesia e proletariado.</p><p>82) (Interbits 2012) Leia.</p><p>“Tá vendo aquele edifício, moço?</p><p>Ajudei a levantar.</p><p>Foi um tempo de aflição,</p><p>eram quatro condução,</p><p>duas pra ir, duas pra voltar.</p><p>Hoje depois dele pronto,</p><p>olho pra cima e fico tonto,</p><p>mas me vem um cidadão</p><p>e me diz desconfiado:</p><p>"Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?"</p><p>Meu domingo tá perdido,</p><p>vou pra casa entristecido,</p><p>dá vontade de beber.</p><p>E pra aumentar meu tédio,</p><p>eu nem posso olhar pro prédio</p><p>que eu ajudei a fazer”.</p><p>(...)</p><p>RAMALHO, Zé. Composição: Lucio Barbosa. Cidadão. Frevoador. Columbia (Sony Music) [CD],</p><p>1992.</p><p>A música Cidadão, interpretada por Zé Ramalho, apresenta uma situação na qual um</p><p>trabalhador conta sobre a sua experiência de ser impedida de contemplar o fruto do seu</p><p>trabalho. Qual conceito sociológico é o mais adequado para compreendermos essa relação</p><p>entre trabalhador e mercadoria?</p><p>a) Fetichismo da mercadoria.</p><p>b) Fato social.</p><p>c) Alienação.</p><p>d) Socialização.</p><p>e) Ação social.</p><p>83) (Interbits 2012) Responda a questão apartir do texto abaixo.</p><p>“Segundo a concepção materialista da história, na produção da vida os homens geram também</p><p>outra espécie de produtos que não têm forma material: as ideologias políticas, concepções</p><p>religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o</p><p>conhecimento filosófico e científico, representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de</p><p>pensar e concepções de vida diversos e plasmados de um modo peculiar”.</p><p>QUITANEIRO, T. Um toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim. 2.ed. rev. amp. Belo</p><p>Horizonte: Editora UFMG, 2002, p. 37.</p><p>Na abordagem marxista, essa outra espécie de produtos imateriais que são derivados da</p><p>produção da vida material humana corresponde à:</p><p>a) Infraestrutura da sociedade.</p><p>b) Superestrutura da sociedade.</p><p>c) Ideologia.</p><p>d) Luta de classes.</p><p>e) Representação coletiva.</p><p>84) (Uel 2011) Observe a charge.</p><p>Com base na charge e nos conhecimentos sobre a teoria de Marx, é correto afirmar:</p><p>a) A produção mercantil e a apropriação privada são justas, tendo em vista que os patrões detêm</p><p>mais capital do que os trabalhadores assalariados.</p><p>b) Um dos elementos constitutivos da acumulação capitalista é a mais-valia, que consiste em</p><p>pagar ao trabalhador menos do que ele produziu em uma jornada de trabalho.</p><p>c) A mercadoria, para poder existir, depende da existência do capitalismo e da substituição dos</p><p>valores de troca pelos valores de uso.</p><p>d) As relações sociais de exploração surgiram com o nascimento do capitalismo, cuja faceta</p><p>negativa está em pagar salários baixos aos trabalhadores.</p><p>e) Sob o capitalismo, os trabalhadores se transformaram em escravos, fato acentuado por ter</p><p>se tornado impossível, com a individualização do trabalho e dos salários, a consciência de classe</p><p>entre eles.</p><p>85) (Ueg 2011) O comunismo rondava a Europa. Em meados do século XIX, o Manifesto</p><p>Comunista é publicado. As lutas entre as forças conservadoras da nobreza e do clero contra a</p><p>burguesia se acirram. Aumenta também a tensão entre liberais e socialistas. É neste contexto</p><p>que Karl Marx ganha força com seu</p><p>a) espiritualismo histórico dialético.</p><p>b) materialismo histórico dialético.</p><p>c) positivismo histórico dialético.</p><p>d) criticismo histórico dialético.</p><p>e) comunismo histórico dialético.</p><p>86) (Uel 2008) Sobre a exploração do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx</p><p>(1818-1883), é correto afirmar:</p><p>a) A lei da hora-extra explica como os proprietários dos meios de produção se apropriam das</p><p>horas não pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produção das</p><p>mercadorias.</p><p>b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas após o horário contratado, que não</p><p>são pagas ao trabalhador pelos proprietários dos meios de produção.</p><p>c) A lei da mais-valia explica como o proprietário dos meios de produção extrai e se apropria do</p><p>excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas</p><p>trabalhadas.</p><p>d) A lei da mais valia é a garantia de que o trabalhador receberá o valor real do que produziu</p><p>durante a jornada de trabalho.</p><p>e) As horas extras trabalhadas após o expediente constituem-se na essência do processo de</p><p>produção de excedentes e da apropriação das mercadorias pelo proprietário dos meios de</p><p>produção.</p><p>87) (Ufu 2003) Considere o texto apresentado.</p><p>“Em uma de suas colunas de opinião no jornal Folha de São Paulo de 02/05/2003, Clóvis Rossi</p><p>refere-se à existência hoje de uma “hegemonia cultural e midiática das opiniões de gente do</p><p>mundo financeiro”. Segundo esse jornalista, essa hegemonia do setor financeiro, não só no Brasil</p><p>como no resto do mundo, leva os governos a optarem “por adotar políticas que não ofendam o</p><p>poder real e, por extensão, a sua capacidade de gerar críticas virulentas à qualquer inovação. É</p><p>mais fácil prejudicar ou deixar de atender assalariados e marginalizados em geral do que</p><p>banqueiros, como é óbvio”.</p><p>Na análise sociológica marxista, o poder do dinheiro, incluindo suas projeções no plano</p><p>ideológico, tem um nome: fetichismo da mercadoria. Com relação ao tema abordado, atente-</p><p>se para as afirmativas abaixo.</p><p>I. O caráter misterioso da mercadoria provém da utilidade particular que ela tem para cada</p><p>indivíduo; e é, desta forma, que este avalia o próprio dinheiro.</p><p>II. O fetichismo da mercadoria oculta a verdadeira relação entre os trabalhos particulares e o</p><p>trabalho total, ao apresentá-la como uma relação objetiva entre os produtos do próprio</p><p>trabalho.</p><p>III. Os produtos do trabalho humano, ao serem trocados no mercado, adquirem uma realidade</p><p>socialmente homogênea, distinta da sua heterogeneidade de objetos úteis, perceptíveis aos</p><p>sentidos.</p><p>IV. O caráter fetichista da mercadoria nada tem a ver com a questão do valor, pois o fetichismo</p><p>é uma questão de ilusão, de se levar em conta tão somente que, hoje, o dinheiro “faz a cabeça”</p><p>dos indivíduos.</p><p>V. Com o fetichismo da mercadoria, dá-se uma inversão do sujeito em objeto, produzida pela</p><p>alienação</p><p>ou separação entre os produtores e os produtos de seus trabalhos na sociedade.</p><p>Assinale a única alternativa que relaciona todas as afirmações corretas, a respeito do</p><p>fetichismo da mercadoria.</p><p>a) I, II e IV são corretas.</p><p>b) II, III e V são corretas.</p><p>c) II, IV e V são corretas.</p><p>d) I, III e IV são corretas.</p><p>e) Apenas a I está correta.</p><p>88) (Ufu 2002) Responda a questão abaixo.</p><p>“Para Marx, o processo de trabalho é atividade dirigida com o fim de criar valores de uso, (...) é</p><p>condição necessária da troca material entre o homem e a natureza; é condição natural eterna</p><p>da vida humana, sem depender, portanto, de qualquer forma dessa vida, sendo antes comum a</p><p>todas as suas formas sociais”.</p><p>MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Difel, 1985, p. 208, Livro 1, Volume I.</p><p>Com base neste trecho, considere as afirmações abaixo e, em seguida, escolha a alternativa</p><p>correta.</p><p>I. É possível a existência de uma sociedade na qual o trabalho não seja a atividade criadora de</p><p>coisas úteis.</p><p>II. Em todas as sociedades o intercâmbio dos homens com os recursos naturais se dá pelo</p><p>trabalho, sempre no interior de determinadas relações sociais, como por exemplo: escravistas,</p><p>feudais, capitalistas.</p><p>III. A sociedade contemporânea, de alta tecnologia, não depende do trabalho humano para a</p><p>produção de bens e serviços.</p><p>a) I e II estão corretas.</p><p>b) I e III estão.</p><p>c) II está correta.</p><p>d) III está correta.</p><p>e) I e III está correta.</p><p>89) (Ufu 2000) O lucro do capitalismo, segundo Marx, provém</p><p>I. do aumento do preço da venda da mercadoria.</p><p>II. da compra e venda da mercadoria.</p><p>III. do valor excedente criado pelo trabalhador e que não fica com ele, a mais-valia.</p><p>IV. do trabalho não pago que se materializa nas mercadorias.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) I, II e III estão corretas.</p><p>b) I e II estão corretas.</p><p>c) III e IV estão corretas.</p><p>d) II, III e IV estão corretas.</p><p>e) Apenas a I está correta.</p><p>90) (Uem 2018) Acerca do tema “etnocentrismo”, assinale o que for incorreto.</p><p>a) O avanço da globalização aumenta a manifestação do etnocentrismo no mundo.</p><p>b) A xenofobia se configura como uma das consequências práticas do etnocentrismo no dia a</p><p>dia.</p><p>c) O etnocentrismo é uma expressão característica de culturas orientais, que tendem a</p><p>desprezar as influências vindas do ocidente.</p><p>d) A posição etnocêntrica toma a cultura a que se pertence como medida de julgamento e de</p><p>análise do mundo.</p><p>e) Muitos processos de genocídio e de extermínio de populações étnicas foram justificados, ao</p><p>longo da história, como imposição e conquista de uma cultura supostamente mais forte sobre</p><p>outra, mais débil e fraca.</p><p>91) (Ufu 2018) Quando de longe observamos o mundo árabe e o mundo judeu, vemos o</p><p>contraste entre duas religiões – a judaica, baseada no Tanakh (da qual a Torá é parte) e a</p><p>muçulmana, baseada no Alcorão ou no Corão. Menos comum é vermos as semelhanças tal</p><p>como o ritual de circuncisão masculina que, em ambas as religiões, se realiza a partir dos oito</p><p>dias de vida e representa o pacto entre Deus e os homens. Por isso, entre sistemas com</p><p>diferenças, também pode haver semelhanças e, para abarcar essa dupla realidade, as Ciências</p><p>Sociais criaram o conceito de</p><p>a) religiosidade como propensão particular a crenças divinas universais.</p><p>b) identidade como sistemas de diferenças culturais internas.</p><p>c) alteridade como direito particular às diferenças universais.</p><p>d) cultura como conjuntos de sistemas simbólicos.</p><p>e) indivíduo como aquele único e verdadeiro.</p><p>92) (Interbits 2015)</p><p>No fim do século XVIII, foi encontrado em um bosque próximo à cidade de Aveyron, na França,</p><p>um garoto que vivia totalmente isolado. O menino, que na época tinha por volta de 10 e 12</p><p>anos, parecia ter vivido somente na floresta, sem qualquer contato humano. Ao ser</p><p>encontrado, ele passou a viver com um professor, que se encarregou de educa-lo. Tendo em</p><p>mente o caso do menino acima, assinale a alternativa que explica, de forma correta, a relação</p><p>entre natureza e cultura.</p><p>a) A cultura é uma característica que somente algumas pessoas possuem. Indígenas são</p><p>exemplos de povos sem cultura.</p><p>b) A natureza humana é a mesma dos animais. Tanto uns quanto outros agem basicamente por</p><p>instinto.</p><p>c) A natureza humana é desenvolvida através da cultura. Sendo assim, podemos dizer que é da</p><p>natureza humana possuir cultura.</p><p>d) Não existem casos de pessoas sem cultura. É por isso que devemos estudar sociologia, para</p><p>aprendermos a viver em sociedade.</p><p>e) Diferentemente do que se pudesse pensar, o problema do garoto selvagem era mental, e não</p><p>cultural.</p><p>93) (Unioeste 2014) Como a Antropologia provou à exaustão ao longo do século XX, cada</p><p>sociedade humana possui sua própria cultura, sua própria visão de mundo. No entanto, em</p><p>nossa vivência cotidiana, tendemos a sobrevalorizar a identidade de nosso grupo diante de</p><p>outras identidades culturais, tomando nossa visão de mundo como parâmetro de cultura e de</p><p>sofisticação. Na visão etnocêntrica nós somos 'cultos', 'educados', 'civilizados', 'limpos' etc. e</p><p>os outros, ao contrário, tendem a aparecer como 'ignorantes', 'sem educação', 'selvagens',</p><p>'sujos' etc. Com base no que foi dito, escolha a alternativa abaixo que define CORRETAMENTE</p><p>o conceito de etnocentrismo.</p><p>a) Visão de mundo que considera o nosso próprio grupo cultural como centro de tudo e todas</p><p>as demais variações culturais são julgadas através de nossos valores.</p><p>b) Visão de mundo que considera a igualdade inata de todos os grupos culturais.</p><p>c) Visão de mundo fundamentada na alteridade e no reconhecimento da legitimidade das</p><p>diferenças entre os vários grupos culturais.</p><p>d) Visão de mundo fundamentada no uso da ciência para julgar e classificar as diversas</p><p>expressões culturais.</p><p>e) Visão de mundo que considera que todas as expressões culturais podem contribuir para o</p><p>desenvolvimento da espécie humana.</p><p>94) (Uem 2017) Leia e responda a questão abaixo.</p><p>“É fácil constatar que o homem se coloca face à natureza em função da sua cultura. No entanto,</p><p>o universo da cultura é multifacetado. Não há uma única cultura, mas um conjunto delas. Dito</p><p>de outro modo, os homens de diferentes culturas (por exemplo, o europeu moderno e o</p><p>ameríndio) se afirmam frente à natureza segundo diferentes formas de vida.”</p><p>FIGUEREIDO, V. de. (org.) Filosofia: temas e percursos. São Paulo: Berlendis & Vertecchia,</p><p>2013. p. 28.</p><p>Com base no trecho citado e em estudos sobre cultura, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Se existem diferentes culturas, não podemos julgá-las por uma única medida, que é a forma</p><p>como elas compreendem a natureza.</p><p>b) Assumir a ideia de cultura única e universal implica também admitir uma posição</p><p>etnocêntrica.</p><p>c) A diversidade de culturas expressa os diversos modos pelos quais a razão humana busca</p><p>entender a si e seu entorno.</p><p>d) A compreensão dos fenômenos naturais resulta, em diferentes contextos culturais, nas</p><p>mesmas explicações.</p><p>e) A ideia de natureza é culturalmente definida, logo é plausível afirmar que diferentes culturas</p><p>produzem diferentes ideias de natureza.</p><p>95) (Unisc 2017) Leia o trecho abaixo e respnda.</p><p>"O grupo do 'eu' faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a</p><p>melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do 'outro' fica, nessa lógica, como sendo</p><p>engraçado, absurdo, anormal ou inteligível".</p><p>ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984,</p><p>p. 9.</p><p>A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre as</p><p>alternativas abaixo aquela que explica o conceito.</p><p>a) O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos que</p><p>pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não seguirem os</p><p>padrões de comportamento socialmente</p><p>aceitos na sociedade em que vivemos.</p><p>b) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que</p><p>nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e</p><p>avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.</p><p>c) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que</p><p>buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as especificidades culturais</p><p>de cada grupo ou cultura.</p><p>d) O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria</p><p>marxista.</p><p>e) O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.</p><p>96) (Unioeste 2015) Para a antropóloga Ruth Benedict,</p><p>“a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas</p><p>diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas.”</p><p>(BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada. São Paulo: Perspectiva, 1972).</p><p>Portanto, é CORRETO afirmar.</p><p>a) A cultura nos ensina a perceber as 'coisas' e classificá-las, mas não serve para orientar a nossa</p><p>conduta cotidiana.</p><p>b) Um índio Guarani vê a floresta com olhos diferentes das pessoas não Guaranis; seu olhar</p><p>percebe significados em cada árvore (alimento, morada dos Deuses). Uma pessoa não Guarani</p><p>olha para a floresta e pode ver uma oportunidade de negócio.</p><p>c) Um índio Guarani, que vive em sua aldeia, e uma pessoa não índia, que vive na cidade,</p><p>possuem valores idênticos.</p><p>d) Em todas as culturas, mulheres e homens têm os mesmos direitos, os mesmos papéis sociais.</p><p>Exemplo: povo Palestino e povo Americano.</p><p>e) A cultura não tem o poder de influenciar em nossas decisões.</p><p>97) (Enem 2015) Leia o trecho do filosofo Slavoj Žižek e responda.</p><p>“Quanto ao “choque de civilizações”, é bom lembrar a carta de uma menina americana de sete</p><p>anos cujo pai era piloto na Guerra do Afeganistão: ela escreveu que – embora amasse muito seu</p><p>pai – estava pronta a deixá-lo morrer, a sacrificá-lo por seu país. Quando o presidente Bush citou</p><p>suas palavras, elas foram entendidas como manifestação “normal” de patriotismo americano;</p><p>vamos conduzir uma experiência mental simples e imaginar uma menina árabe maometana</p><p>pateticamente lendo para as câmeras as mesmas palavras a respeito do pai que lutava pelo</p><p>Talibã – não é necessário pensar muito sobre qual teria sido a nossa reação”.</p><p>ZIZEK. S. Bem-vindo ao deserto do real. São Paulo: Bom Tempo. 2003.</p><p>A situação imaginária proposta pelo autor explicita o desafio cultural do(a)</p><p>a) prática da diplomacia.</p><p>b) exercício da alteridade.</p><p>c) expansão da democracia.</p><p>d) universalização do progresso.</p><p>e) conquista da autodeterminação.</p><p>98) (Unioeste 2013) A antropologa norte-americana Margaret Mead, em sua obra Sexo e</p><p>Temperamento, pesquisa sobre o condicionamento das personalidades sociais de homens e</p><p>mulheres. Descreve os comportamentos típicos de cada sexo em três culturas diferentes da</p><p>Nova Guiné da seguinte maneira:</p><p>“Numa delas (os Arapesh), homens e mulheres agiam como esperamos que mulheres ajam: de</p><p>um suave modo parental e sensível; na segunda (os Mundugumor), ambos agiam como</p><p>esperamos que os homens ajam: com bravia iniciativa; e na terceira (os Tchambuli), os homens</p><p>agem segundo o nosso estereótipo para as mulheres, são fingidos, usam cachos e vão às</p><p>compras, enquanto as mulheres são enérgicas, administradoras e parceiras desadornadas”.</p><p>MEAD, M. Sexo e Temperamento, prefácio à edição de 1950.</p><p>Partindo da análise do texto transcrito acima, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O sexo, no seu aspecto biológico, é o fator determinante dos temperamentos masculinos e</p><p>femininos nas diferentes sociedades.</p><p>b) O condicionamento cultural é de fundamental importância na definição de temperamentos e</p><p>de papéis sociais de homens e mulheres nas diferentes sociedades.</p><p>c) As diferenças biológicas entre homens e mulheres determinam todas as diferenças culturais</p><p>associadas aos sexos, moldando temperamentos e papéis sociais de homens e mulheres.</p><p>d) Em qualquer sociedade, homens são fortes, agressivos, dominadores, calculistas, controlam</p><p>as relações sociais e sexuais; as mulheres são frágeis, submissas, passionais, temperamentais,</p><p>vaidosas.</p><p>e) Homens e mulheres são morfologicamente diferentes, portanto, apresentam diferenças de</p><p>temperamento e de aprendizado, uns sendo mais aptos para algumas tarefas sociais e papéis</p><p>sociais que outros.</p><p>99) (Interbits 2012) Leia e responda.</p><p>“É um grande erro comparar culturas diferentes. Por exemplo, há indígenas que caçam, pescam,</p><p>coletam e para isso precisam de uma grande área, enquanto nós podemos escolher nossos</p><p>produtos industrializados e com conservantes nas prateleiras de qualquer supermercado”.</p><p>SAKAMOTO, Leonardo. Se os índios estão com fome e não têm terras, que comam brioches!.</p><p>Blog do Sakamoto. 25 jul. 2012. Disponível em:</p><p><http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/07/25/...brioches/>. Acesso em 26 jul.</p><p>2012.</p><p>O trecho acima apresenta uma recomendação metodológica acerca da análise cultural. A</p><p>partir dele e de seus conhecimentos sobre diversidade cultural, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As culturas devem ser analisadas em uma perspectiva comparada, a partir de uma análise</p><p>estatística.</p><p>b) As culturas devem ser estudadas e conhecidas a partir de sua especificidade. O método</p><p>etnográfico busca fazer exatamente isso.</p><p>c) As culturas devem ser estudadas a partir de seu sistema político. O método mais eficaz é o da</p><p>pesquisa de opinião.</p><p>d) As culturas devem ser estudadas a partir da sua saúde. O melhor método é o de entrevistas.</p><p>e) As culturas são analisadas a partir de sua produção artística. Para tanto, deve-se utilizar o</p><p>método de análise bibliográfica.</p><p>100) (Interbits 2012) Leia.</p><p>“Por que os personagens de anime são sempre brancos?</p><p>Uma pergunta que já vi muita gente se fazer: por que todo mundo tem cara de ocidental (leia-</p><p>se, de branco) nos desenhos animados japoneses?</p><p>A pergunta é interessantíssima. Você já se perguntou isso? Eu já.</p><p>Como sempre, a pergunta revela mais sobre nós mesmos do que a resposta revela sobre os</p><p>japoneses.</p><p>A resposta é simples: para os japoneses, os personagens de anime SÃO japoneses. NÓS é que os</p><p>vemos como ocidentais”.</p><p>CASTRO, Alex. Qual é a cor da Turma da Mônica? (Racismo e normalidade – Parte 2).</p><p>Disponível em: <http://papodehomem.com.br/... 2/>. Acesso em 27 ago. 2012.</p><p>O comentário acima serve de exemplo a qual conceito antropológico?</p><p>a) Corporativismo</p><p>b) Fascismo</p><p>c) Etnocentrismo</p><p>d) Geocentrismo</p><p>e) Individualismo</p><p>101) (Interbits 2012) Leia e responda.</p><p>“O casamento não é objeto de nenhuma cerimônia, e a acelerada circulação matrimonial dos</p><p>jovens faz dele um negócio corriqueiro. No entanto, sempre que uma união se torna pública com</p><p>a mudança de domicílio de alguém, produz-se uma sutil comoção na aldeia. O novo casal começa</p><p>imediatamente a ser visitado por outros casais, seu pátio é o mais alegre e bulhento à noite; ali</p><p>se brinca, os homens se abraçam, as mulheres cochicham e riem. Dentro de alguns dias, nota-se</p><p>uma associação frequente entre o recém-casado e um outro homem, bem como entre sua</p><p>mulher e a mulher deste. Os dois casais começam a sair juntos à mata, a pintar-se e decorar-se</p><p>no pátio do casal mais novo. Está criada a relação de apihi-pihã”.</p><p>Fonte: Instituto Socioambiental. Disponível em:</p><p><http://pib.socioambiental.org/pt/povo/arawete/106> Acesso em 13 dez. 2012.</p><p>O texto acima descreve como se constroem as alianças matrimoniais e as relações de amizade</p><p>entre os Araweté, grupo indígena que vive atualmente no estado do Pará. A respeito da</p><p>instituição do casamento, assinale a alternativa correta sociologicamente.</p><p>a) O casamento deve ser sempre constituído por pessoas de</p><p>sexos opostos.</p><p>b) O casamento, por ser uma construção social, pode existir de formas diversas.</p><p>c) O casamento existe somente na sociedade ocidental.</p><p>d) Todo casamento pressupõe um rito de passagem.</p><p>e) O casamento é desejado somente pelas mulheres.</p><p>102) (Interbits 2012) Leia e responda.</p><p>“Mesmo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana podem refletir</p><p>diferenças de cultura. Tomemos, por exemplo, o riso. Rir é uma propriedade do homem e dos</p><p>primatas superiores. O riso se expressa, primariamente, através da contração de determinados</p><p>músculos da face e da emissão de um determinado tipo de som vocal. O riso exprime quase</p><p>sempre um estado de alegria. Todos os homens riem, mas o fazem de maneira diferente por</p><p>motivos diversos”.</p><p>LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar</p><p>Ed., 2003, p. 68-69.</p><p>A partir do texto acima, é correto afirmar que:</p><p>I. O riso é universal. Todas as pessoas riem de forma semelhante.</p><p>II. O riso varia não somente conforme a pessoa, mas também conforme a cultura. Pessoas de</p><p>culturas diferentes riem de maneiras diferentes e por motivos diferentes.</p><p>III. Não somente a forma de rir, mas também as formas de comer e de andar variam de cultura</p><p>para cultura.</p><p>IV. A cultura é um sistema fechado, que determina como os homens devem agir. Há culturas</p><p>estáticas e culturas dinâmicas.</p><p>V. A cultura varia conforme a geografia do lugar. Pessoas de lugares mais quentes são mais</p><p>acolhedoras, enquanto pessoas de lugares mais frios são mais individualistas.</p><p>a) Somente as afirmativas I e II são corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas II e III são corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas IV e V são corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas II e V são corretas.</p><p>103) (Interbits 2012) Leia o texto e responda a questão.</p><p>"Pedir que eu tire o lenço é a mesma coisa que pedir para me despir", afirma a libanesa</p><p>naturalizada brasileira Iman Alloul, 45, que vive há 28 anos no Brasil. Moradora de Foz do Iguaçu</p><p>(PR), teve que tirar o véu ao posar para fotos de documentos. Ela diz que o pedido surgiu em</p><p>2010, num curso do Detran. "A moça falou que eu tinha que tirar o lenço. Aí eu fiquei assustada.</p><p>Perguntei onde eu iria tirar, e ela disse que ali mesmo", afirma Iman. "Daí eu falei: 'moça, não</p><p>posso tirar o meu lenço aqui. Não é uma fitinha que você tira e coloca na hora que quiser. Não é</p><p>um acessório, é parte da vestimenta muçulmana'."</p><p>Fonte: PAULO HENRIQUE ARAUJO. 'Não é um lacinho que você tira quando quer', diz mulher.</p><p>Folha on-line. Disponível em: <http://folha.com/no1162395>. Acesso em 02 out. 2012.</p><p>Sobre o tipo de situação acima descrito, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) O que há é um exemplo claro de relativismo cultural. O DETRAN demonstra estar claramente</p><p>preparado para lidar com a diversidade dos significados religiosos.</p><p>b) A mulher em questão queria se esconder através do véu para não ser identificada caso</p><p>cometesse algum crime.</p><p>c) De acordo com os Direitos Humanos, a Lei do Estado deve estar acima de qualquer norma</p><p>cultural.</p><p>d) A situação acima corresponde a um claro exemplo de mudança social.</p><p>e) Estamos diante de um exemplo de etnocentrismo por parte do DETRAN.</p><p>104) (Interbits 2012) O Natal é caracterizado, entre outras coisas, pela troca de presentes. As</p><p>pessoas presenteiam-se, criam regras e jogos (como o “amigo secreto” ou “amigo oculto”)</p><p>para fazer essas trocas, além de estabelecerem quais tipos de presentes podem ou não ser</p><p>oferecidos. Sobre a prática de presentear, a sociologia afirma que:</p><p>a) Esta não é uma ação social dotada de sentido.</p><p>b) Ela tem a função de aumentar a anomia social.</p><p>c) Esta é uma característica somente da sociedade capitalista.</p><p>d) Ela tem como função primordial aumentar a alienação da população mediante uma lógica de</p><p>consumo.</p><p>e) Ela serve para reforçar os laços sociais, criando redes de reciprocidade e de afeto.</p><p>105) (Interbits 2012) Durante o ano de 2012, pensou-se que o mundo poderia acabar em 21</p><p>de dezembro de 2012, devido a uma antiga “profecia” maia. Esse tipo de profecia revela que</p><p>a sociedade contemporânea ainda preserva muitos mitos. Segundo as ciências sociais, esses</p><p>mitos:</p><p>a) correspondem a uma manifestação de irracionalidade, que tende a deixar de existir, graças à</p><p>civilização.</p><p>b) são parte do pensamento humano. Toda sociedade possui seus mitos e se pensa através</p><p>deles.</p><p>c) dizem respeito somente a sociedades arcaicas. A sociedade moderna, por ser científica, não</p><p>cria mais mitos.</p><p>d) deturpam a consciência coletiva, trazendo medos e falsas profecias sobre a realidade.</p><p>e) contribuem para a dinâmica social de aculturação. É através dos mitos que todos podemos</p><p>conhecer a cultura maia, asteca e egípcia clássica.</p><p>106) (Uem 2011) Sobre o tema diversidade cultural, leia o texto a seguir, que aborda as</p><p>práticas de mutilação genital existentes em sociedades como Somália e Djibuti, e assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>“Uma outra perspectiva em relação à mutilação genital feminina é aquela defendida pelos</p><p>relativistas culturais. Eles argumentam que a perspectiva dos direitos humanos é etnocêntrica.</p><p>Os relativistas culturais percebem as intervenções que interferem nessa prática como pouco mais</p><p>que ataques neoimperialistas às culturas africanas. De acordo com a perspectiva defendida por</p><p>eles, qualquer discurso sobre ‘direitos humanos universais’ nega a soberania cultural de povos</p><p>menos poderosos. Além disso, a oposição à mutilação genital feminina compromete a tolerância</p><p>e o multiculturalismo e promove atitudes racistas”.</p><p>(BRYM, Robert J.. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage</p><p>Learning, 2006, p. 89).</p><p>a) O texto defende a ideia de que haveria um ‘ser humano’ em abstrato e geral a partir do qual</p><p>poderiam ser definidos direitos individuais ou coletivos com validade universal.</p><p>b) Os defensores dessa perspectiva relativista entendem que os chamados direitos humanos</p><p>são, na realidade, a expressão da cultura ocidental, política e economicamente dominante.</p><p>c) Segundo o texto, os relativistas entendem que a soberania cultural das nações é algo que deve</p><p>ser preservado, mesmo diante de práticas que aparentemente pareçam ser absurdas e</p><p>injustificáveis.</p><p>d) Pode-se concluir, a partir do texto, que a oposição à mutilação genital feminina é considerada</p><p>etnocêntrica pelos relativistas culturais porque é resultado da adoção dos valores e costumes</p><p>das sociedades ocidentais como referência para definir o que é certo ou errado.</p><p>e) O argumento proposto pela perspectiva relativista, segundo o texto, expõe a complexidade</p><p>do mundo contemporâneo, no qual princípios supostamente universais se contrapõem a</p><p>elementos culturais particulares de uma ou de outra sociedade.</p><p>107) (Unicentro) Os novos movimentos sociais são diferentes das ações coletivas de antes por</p><p>eles politizarem a esfera privada e tornarem públicas as problemáticas das minorias sociais.</p><p>Assim, dentre esses movimentos, destacam-se aqueles que:</p><p>a) envolvem negros, indígenas, sem-terra e sem-teto.</p><p>b) determinam a opinião pública sobre as questões ecológicas.</p><p>c) produzem discussões locais e regionais, não abarcando questões globais.</p><p>d) desenvolvem-se a partir do controle do Estado e dos partidos políticos.</p><p>e) realizam pressão política, apoiando contestação da política econômica, e lutam por melhores</p><p>salários.</p><p>108) (Uece 2019) Os movimentos sociais revelam ações presentes nas sociedades</p><p>democráticas e são expressão da organização e luta da sociedade civil. Atuam coletivamente</p><p>na afirmação de direitos e na resistência à exclusão social. Considerando a afirmação acima, é</p><p>correto dizer que os movimentos sociais</p><p>a) foram criados pelo Estado como meio de colaborar com a administração dos governos e de</p><p>suas propostas políticas.</p><p>b) são importantes para a sociedade civil porque, por meio deles, direitos de cidadania são</p><p>conquistados e a democracia é fortalecida.</p><p>c) são exemplos de protestos que promovem a desordem social e põem em risco os direitos e a</p><p>cidadania conquistados historicamente pela sociedade.</p><p>d) ao se constituírem, atuam aleatoriamente, sem foco nem direção, apenas movidos pela ideia</p><p>da mobilização.</p><p>e) não são importantes para a sociedade civil porque, por meio deles, direitos de cidadania são</p><p>conquistados e a democracia é enfraquecida e aumenta a chance de uma ditadura se</p><p>desenvolver.</p><p>109) (Uece 2019) Atente para o enunciado a seguir:</p><p>“O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST – é um dos mais importantes movimentos</p><p>sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no</p><p>tocante à luta pela reforma agrária brasileira”.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/mst.htm.</p><p>No que diz respeito ao conceito de “movimentos sociais”, é correto afirmar que são</p><p>a) ações coletivas de segmentos socialmente organizados que têm como objetivo alcançar</p><p>mudanças sociais por meio do embate político, dentro de uma determinada sociedade e de um</p><p>contexto específico.</p><p>b) expressões individuais dos sujeitos em seus cotidianos na busca de realização de seus desejos</p><p>e sonhos a serem alcançados no mercado de trabalho e no reconhecimento de seus méritos</p><p>pelo Estado.</p><p>c) organizações governamentais com o objetivo de mobilizar setores da população para fazerem</p><p>valer os direitos sociais e civis, tendo como referências o acesso a serviços que reconheçam a</p><p>plena cidadania.</p><p>d) organizações de interesse público mantidas por meio de fundos públicos com o objetivo de</p><p>cooperar na organização das instituições privadas da sociedade, em parceria com os governos.</p><p>e) ações coletivas de segmentos socialmente organizados que têm como objetivo alcançar</p><p>mudanças sociais por meio do embate militar, destruindo toda a instituição conhecida como</p><p>Estado.</p><p>110) (Upe-ssa 2 2018) Observe a seguinte imagem:</p><p>O fenômeno sociológico nela apresentado pode ser definido como ações coletivas, cujo</p><p>objetivo é o de manter ou mudar uma situação historicamente contextualizada. Sobre esse</p><p>fenômeno, assinale a alternativa que NÃO indica uma característica estrutural da organização</p><p>social representada na imagem.</p><p>a) Utiliza-se, em alguns casos, do líder como principal representante e articulador das</p><p>reivindicações, que são o foco da organização dos seus membros.</p><p>b) É constituída de pessoas articuladas politicamente e reconhecidas pelo pluralismo</p><p>organizacional e pela ideologia defendida.</p><p>c) Elabora e estabelece canais comunicativos entre os indivíduos, a sociedade e o Estado.</p><p>d) Manipula a opinião pública para atender aos objetivos dos poderes políticos estabelecidos,</p><p>permitindo que estes exerçam a força necessária para manter a ordem moral e policial do</p><p>Estado.</p><p>e) Declara-se, em sua maioria, apartidária e laica, evitando a utilização do movimento para</p><p>beneficiar políticos ou líderes religiosos no contexto das relações sociais.</p><p>111) (Uel 2018) Leia a charge a seguir e responda à(s) questão(ões).</p><p>Na figura, o “fim da linha” é também uma metáfora para interpretações como aquelas que</p><p>defendem que a sociedade atual encontra-se no “fim da história”, tese popularizada por</p><p>Francis Fukuyama, ou diante do “fim das utopias”, formulada por autores como Anthony</p><p>Giddens e Zigmunt Baumann. Este debate teórico e social coloca no centro da reflexão temas</p><p>como modernidade, mudanças e movimentos sociais. Sobre o contexto sociopolítico e os</p><p>fundamentos presentes nesse debate, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Os protestos coletivos urbanos, a partir dos anos 1990, quando ocorrem, demonstram ser</p><p>uma ferramenta política empregada primordialmente pelos indivíduos mais pobres e menos</p><p>escolarizadas.</p><p>b) Os novos movimentos sociais têm apresentado como grandes traços a heterogeneidade dos</p><p>atores envolvidos, a valorização das adesões individuais e as alianças pontuais independentes</p><p>do pertencimento de classe.</p><p>c) O liberalismo econômico é o referencial teórico dos movimentos contra a globalização,</p><p>revelando a descrença geral com os grandes projetos inspirados nos ideais socialistas e o fim das</p><p>grandes narrativas.</p><p>d) Para teóricos do “fim da linha” ou do “fim da história”, a pós-modernidade está marcada pela</p><p>ausência de perspectivas para superar a cristalização de valores, práticas e projetos sociais</p><p>defendidos na época da modernidade.</p><p>e) O “fim da linha” é o reconhecimento de que os valores criados pela modernidade foram</p><p>cumpridos, restando às novas gerações, garanti-los sem alterações significativas.</p><p>112) (Enem 2017) Leia o trecho e responda.</p><p>“Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa da Mina (Nagô de Nação), de nome</p><p>Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa de</p><p>estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos</p><p>como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida. Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito</p><p>laboriosa e, mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de</p><p>insurreição de escravos que não tiveram efeito”.</p><p>AZEVEDO, E. “Lá vai verso!”: Luiz Gama e as primeiras trovas burlescas de Getulino. In:</p><p>CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. M. A história contada: capítulos de história social da literatura</p><p>no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1998 (adaptado).</p><p>Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a importância dos(as)</p><p>a) laços de solidariedade familiar.</p><p>b) estratégias de resistência cultural.</p><p>c) mecanismos de hierarquização tribal.</p><p>d) instrumentos de dominação religiosa.</p><p>e) limites da concessão de alforria.</p><p>113) (Uel 2017) Leia o texto a seguir.</p><p>“Uma parte considerável dos novos ativistas já compareceu a protestos e a encontros</p><p>presenciais, mas há muitos que se manifestam exclusivamente na Internet sob a forma de textos,</p><p>hashtags e vídeos. E o volume de informação produzido por eles sinaliza a centralidade que a</p><p>política assumiu no dia a dia dos brasileiros”.</p><p>Adaptado de: CIRNE, S. Somos todos ativistas. Galileu. abr. 2016, p. 41.</p><p>As formas de ativismo on-line e off-line, no Brasil, demonstram a emergência, na sociedade</p><p>civil, de novos atores políticos, que se articulam por meio de ações coletivas em rede. Com</p><p>base no texto e nos conhecimentos sobre as recentes formas de mobilização dos atores da</p><p>sociedade civil, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As ações coletivas em rede podem ser comparadas aos movimentos sindicais brasileiros da</p><p>década de 1970, por adotarem práticas de organização e de mobilização em defesa da esfera</p><p>privada contra a opressão estatal.</p><p>b) As manifestações políticas organizadas em redes de movimentos caracterizam-se pela</p><p>participação de diversos grupos e de múltiplos atores imersos na vida cotidiana, com militância</p><p>parcial e efêmera.</p><p>c) O atual ativismo político no Brasil, a exemplo do mundo, mobiliza entidades e organizações</p><p>ideologicamente unificadas e com práticas comuns no mercado, a fim de obter vantagens</p><p>coletivas trabalhistas e salariais.</p><p>d) O ciberativismo, na contemporaneidade, envolve, como no passado, a mobilização das</p><p>grandes classes e a afirmação do movimento operário como principal protagonista das</p><p>transformações socioeconômicas.</p><p>e) Os sujeitos dos movimentos favoráveis às políticas neoliberais, na atualidade brasileira,</p><p>organizam-se em rede para a defesa da intervenção e da regulação da economia e das relações</p><p>de trabalho, pelo Estado.</p><p>114) (Uem 2016) Sobre o tema Movimentos Sociais e Participação Política, assinale o que for</p><p>correto.</p><p>a) Os movimentos sociais exercem papel importante na tarefa de exigir</p><p>do Estado o</p><p>reconhecimento de direitos de grupos minoritários e a redistribuição de recursos econômicos</p><p>que minimizem as injustiças sociais.</p><p>b) Movimentos sociais e partidos políticos têm a mesma tarefa na ordem democrática. Ambos</p><p>disputam o poder e o controle do Estado.</p><p>c) Os movimentos sociais, por mais distintas que sejam as suas reivindicações, utilizam todos um</p><p>mesmo repertório, ou seja, as mesmas práticas de ação.</p><p>d) Mobilizações com ajuda da internet são formas de ativismo que escapam das formas legítimas</p><p>de participação reconhecidas nas sociedades democráticas.</p><p>e) O voto constitui o único instrumento legítimo de participação política nas democracias</p><p>representativas.</p><p>115) (Upe-ssa 2 2016) Observe a imagem a seguir:</p><p>O fenômeno nela apresentado é definido como uma</p><p>a) ação de partidos políticos que possuem o objetivo de mudar uma determinada situação em</p><p>um país ou região.</p><p>b) determinação social de grupos minoritários que reivindicam melhores situações para</p><p>determinados indivíduos desprotegidos culturalmente.</p><p>c) solução definitiva e tranquila de conflitos e desigualdades sociais impostas pelos grupos</p><p>menos favorecidos aos grupos sociais considerados elitizados.</p><p>d) ação coletiva com base em uma determinada visão de mundo, objetivando a mudança ou a</p><p>manutenção das relações sociais numa dada sociedade.</p><p>e) norma de comportamento determinada pela sociedade para controlar manifestações</p><p>individuais ou grupais que contrariem os interesses do poder político do país.</p><p>116) (Enem 2015) Leia e responda a questão.</p><p>“Não nos resta a menor dúvida de que a principal contribuição dos diferentes tipos de</p><p>movimentos sociais brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da reconstrução do processo</p><p>de democratização do país. E não se trata apenas da reconstrução do regime político, da</p><p>retomada da democracia e do fim do Regime Militar. Trata-se da reconstrução ou construção de</p><p>novos rumos para a cultura do país, do preenchimento de vazios na condução da luta pela</p><p>redemocratização, constituindo-se como agentes interlocutores que dialogam diretamente com</p><p>a população e com o Estado”.</p><p>GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).</p><p>No processo da redemocratização brasileira, os novos movimentos sociais contribuíram para</p><p>a) diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos então criados.</p><p>b) tornar a democracia um valor social que ultrapassa os momentos eleitorais.</p><p>c) difundir a democracia representativa como objetivo fundamental da luta política.</p><p>d) ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de trabalhadores com os sindicatos.</p><p>e) fragmentar as lutas políticas dos diversos atores sociais frente ao Estado.</p><p>117) (Enem PPL 2014) Leia o trecho abaixo e responda.</p><p>“Os movimentos sociais do século XXI, ações coletivas deliberadas que visam à transformação</p><p>de valores e instituições da sociedade, manifestam-se na e pela internet. O mesmo pode ser dito</p><p>do movimento ambiental, o movimento das mulheres, vários movimentos pelos direitos</p><p>humanos, movimentos de identidade étnica, movimentos religiosos, movimentos nacionalistas</p><p>e dos defensores/proponentes de uma lista infindável de projetos culturais e causas políticas”.</p><p>CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio</p><p>de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.</p><p>De acordo com o texto, a população engajada em processos políticos pode utilizar a rede</p><p>mundial de computadores como recurso para mobilização, pois a internet caracteriza-se por</p><p>a) diminuir a insegurança do sistema eleitoral.</p><p>b) reforçar a possibilidade de maior participação qualificada.</p><p>c) garantir o controle das informações geradas nas mobilizações.</p><p>d) incrementar o engajamento cívico para além das fronteiras locais.</p><p>e) ampliar a participação pela solução da escassez de tempo dos cidadãos.</p><p>118) (Unioeste 2014)</p><p>O símbolo acima reproduzido ficou nacionalmente conhecido após uma série de</p><p>manifestações públicas que ocorreram em junho de 2013 e representa o Movimento Passe</p><p>Livre: um movimento social que luta pela implantação da 'tarifa zero' no transporte público,</p><p>como forma de garantir o acesso ao transporte para todas as camadas da população. Tendo</p><p>em vista aqueles acontecimentos, assinale qual das alternativas abaixo é CORRETA.</p><p>a) Os movimentos sociais deveriam ser proibidos porque provocam tumultos e depredações.</p><p>b) Os movimentos sociais são movimentos de oposição aos governos.</p><p>c) Os movimentos sociais só acontecem em épocas de crise.</p><p>d) Os movimentos sociais são importantes instrumentos na luta pelo reconhecimento de novos</p><p>direitos.</p><p>e) Os movimentos sociais têm como objetivo a conquista do Estado.</p><p>119) (Upe 2014) Leia o texto a seguir:</p><p>“A história do século XX apresenta outros conflitos de interesses que vão além da divisão da</p><p>sociedade em classes: conflitos entre homens e mulheres, entre adultos e jovens, entre</p><p>heterossexuais e homossexuais, entre brancos e não brancos e/ou minorias étnicas”.</p><p>OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. C. R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial</p><p>Novo Milênio, 2007, p.115-116.</p><p>Atualmente, no Brasil, existe um número significativo de grupos, que reivindicam direitos</p><p>sociais e políticos importantes para a formação de cidadania, identidade e pertencimento no</p><p>contexto nacional. Com base nas desigualdades apresentadas no texto e nas reflexões sobre</p><p>os grupos sociais que as vivenciam, assinale a alternativa CORRETA.</p><p>a) A opressão sofrida pelas mulheres é conhecida como desigualdade de gênero. Ela se refere</p><p>às normas sociais que são aceitas pelas mulheres como forma de reconhecimento do seu papel</p><p>transformador das condições sociais desiguais.</p><p>b) A homossexualidade é representada no Brasil como um desvio de conduta e, por isso, deve</p><p>ser tratada como doença psíquica e social. Para isso, há no país leis que garantem a intervenção</p><p>médica de indivíduos que apresentam traços do comportamento homossexual.</p><p>c) O racismo no Brasil é considerado pelos sociólogos como um preconceito disfarçado. Assim,</p><p>as piadas, brincadeiras e frases de duplo sentido com relação a grupos étnicos são consideradas</p><p>formas sutis de racismo.</p><p>d) Os conflitos entre adultos e jovens têm como base as vivências socioculturais. Todavia um</p><p>fator fundamental para formação e manutenção desses conflitos é a diferença financeira, pois</p><p>os jovens recebem menos que os adultos na sua vida profissional.</p><p>e) “A marcha das vadias” é um movimento social, que tem como objetivo conscientizar a</p><p>sociedade acerca da opressão que as mulheres vivenciam diariamente. Isso representa um</p><p>avanço, pois todas as reivindicações do movimento são aceitas e acatadas imediatamente pelas</p><p>instituições sociais como forma de melhorar a condição das mulheres.</p><p>120) (Uem 2013) Assinale o que for incorreto sobre a temática dos movimentos sociais.</p><p>a) Os movimentos sociais são ações coletivas que visam ao confronto político, objetivando</p><p>mudar ou manter uma situação.</p><p>b) Os camponeses, os negros, os jovens e as mulheres estão entre os vários grupos de sujeitos</p><p>históricos que realizam movimentos de resistência.</p><p>c) O movimento zapatista não pode ser classificado como um movimento social, pois suas ações</p><p>são pontuais, restritas à luta contra um acordo de livre comércio da América do Norte.</p><p>d) A organização dos movimentos sociais pode ser local, regional, nacional ou internacional e</p><p>está relacionada à luta por acesso aos direitos civis, políticos e sociais.</p><p>e) A estruturação dos movimentos sociais pode criar uma identidade coletiva para os seus</p><p>agentes.</p><p>121) (Interbits 2012)</p><p>A figura acima, retirada do site “Floresta faz diferença” faz referência a um movimento social.</p><p>No momento</p><p>de eleição para prefeitura municipal e de vereadores, esse movimento adquire</p><p>um novo aspecto. Assinale a alternativa CORRETA sobre a relação entre política e movimentos</p><p>sociais.</p><p>a) Não há, no sistema político contemporâneo, qualquer relação entre política e movimentos</p><p>sociais.</p><p>b) Todos os movimentos sociais surgem em um contexto democrático.</p><p>c) Os movimentos sociais muitas vezes procurar influenciar o voto dos eleitores.</p><p>d) Todas as pessoas são chamadas a fazer parte de movimentos sociais.</p><p>e) O movimento ambientalista não está preocupado com o bem estar da população. Sua</p><p>intenção é somente frear o desenvolvimento do país.</p><p>122) (Unicentro 2012) Leia e responda</p><p>“A vida política não acontece apenas dentro do esquema ortodoxo dos partidos políticos, da</p><p>votação e da representação em organismos legislativos e governamentais. O que geralmente</p><p>ocorre é que alguns grupos percebem que esse esquema impossibilita a concretização de seus</p><p>objetivos ou ideais, ou mesmo os bloqueia efetivamente. [...] Às vezes, a mudança política e</p><p>social só pode ser realizada recorrendo-se a formas não ortodoxas de ação política”.</p><p>GIDDENS, A. Sociologia. 4. ed. Tradução Sandra Regina Netz. Porto Alegre : Artmed, 2008.</p><p>Há um tipo comum de atividade política não ortodoxa, que busca promover um interesse</p><p>comum ou assegurar uma meta comum através de ações fora das esferas institucionais, que</p><p>se chama de</p><p>a) interação social.</p><p>b) mobilidade lateral.</p><p>c) movimento social.</p><p>d) princípio preventivo.</p><p>e) movimento de acomodação urbana.</p><p>123) (Uem 2012) Estudos recentes sobre ações coletivas e movimentos sociais apontam que</p><p>a mobilização dos cidadãos é um fenômeno complexo que depende de uma pluralidade de</p><p>fatores. Sobre esse assunto, assinale o que for incorreto.</p><p>a) O engajamento político dos cidadãos está relacionado à disponibilidade de recursos materiais</p><p>e subjetivos, como tempo, dinheiro, informação e educação.</p><p>b) Características do sistema político, que o tornam mais aberto ou fechado à contestação, são</p><p>relevantes para explicar os níveis de ação coletiva e a eclosão de movimentos sociais nas</p><p>sociedades modernas.</p><p>c) O acesso a fontes alternativas de informação e graus elevados de descontentamento com as</p><p>elites políticas são variáveis fundamentais para a explicação dos movimentos pró-democracia</p><p>que eclodiram recentemente no Oriente Médio.</p><p>d) Fatores relacionados à privação, tais como aumento dos preços dos produtos, elevação das</p><p>taxas de desemprego e retração da economia conduzem diretamente à mobilização dos</p><p>indivíduos para a contestação.</p><p>e) O envolvimento dos cidadãos em associações dos mais variados tipos favorece a eclosão de</p><p>movimentos sociais, uma vez que facilita a mobilização e a ação coletiva organizada.</p><p>124) (Uem 2012) Sobre os novos movimentos sociais que eclodiram na segunda metade do</p><p>século XX, assinale o que for incorreto.</p><p>a) As alterações na estrutura social que conduziram à crescente presença das mulheres na vida</p><p>econômica, política e cultural, contribuíram para o surgimento do movimento feminista que</p><p>defende, dentre outras causas, o direito à isonomia.</p><p>b) O ambientalismo se caracteriza como um novo movimento social ao questionar o modelo de</p><p>desenvolvimento autodestrutivo do capitalismo em sua fase monopolista avançada.</p><p>c) Uma das novidades apresentadas pelos novos movimentos sociais foi a denúncia das</p><p>contradições da sociedade capitalista em diferentes padrões de relações e não apenas na</p><p>dimensão produtiva.</p><p>d) Apesar de serem organizados por grupos bastante diversos, os novos movimentos sociais se</p><p>orientam pelo mesmo dogmatismo revolucionário característico do movimento operário</p><p>tradicional.</p><p>e) Os movimentos ecológico e pacifista estendiam suas críticas também ao bloco de países do</p><p>chamado socialismo real.</p><p>125) (Unicentro 2010) O conceito de Movimentos Sociais se define, exceto, por</p><p>a) movimentos que se caracterizam por diferentes reivindicações.</p><p>b) movimentos que se caracterizam por serem coletivos.</p><p>c) movimentos que priorizam interesses individuais e isolados.</p><p>d) movimentos que tem como objetivo mudar ou manter uma situação social.</p><p>e) movimentos que podem ser locais, regionais, nacionais e internacionais.</p><p>126) (Ueg 2019) Um dos fenômenos mais analisados pela sociologia é o das classes sociais.</p><p>Algumas análises sociológicas apontam para uma mudança na estrutura de classes na</p><p>sociedade, o que teria se iniciado após a Segunda Guerra Mundial e com maior intensidade</p><p>nas décadas posteriores. A respeito das alterações na estrutura de classes que ocorreram a</p><p>partir dessa época, verifica-se que</p><p>a) a longa crise econômica e o consequente enxugamento do Estado a partir dos anos 1950</p><p>geraram uma redução drástica da burocracia e uma precarização intensa da intelectualidade.</p><p>b) houve, nas últimas décadas, um decréscimo quantitativo e proporcional do proletariado</p><p>industrial, devido ao crescimento do setor de serviços e do comércio em detrimento do setor</p><p>industrial.</p><p>c) o desenvolvimento tecnológico e o avanço da informática fizeram emergir uma nova classe,</p><p>denominada tecnocracia, que vem, paulatinamente, substituindo a burguesia como classe</p><p>dominante.</p><p>d) a pós-modernidade e o neoliberalismo criaram um intenso processo de fragmentação social,</p><p>o que provocou o desaparecimento das classes sociais e sua substituição pelos grupos sociais.</p><p>e) o estado de bem-estar social nos países capitalistas mais avançados gerou uma reforma</p><p>agrária que teve como principal efeito o crescimento quantitativo do campesinato e da classe</p><p>latifundiária.</p><p>127) (Uem 2017) Sobre as relações entre diferenças e desigualdades sociais, assinale o que</p><p>for incorreto.</p><p>a) A distribuição desigual do trabalho doméstico se dá em decorrência das diferenças naturais</p><p>existentes entre homens e mulheres. As mulheres têm mais habilidades emocionais e</p><p>psicológicas no trato de crianças e nos cuidados com a casa, enquanto os homens são</p><p>biologicamente mais bem preparados para enfrentar a vida pública e as disputas políticas.</p><p>b) A desigualdade social é um tema clássico das Ciências Sociais. No âmbito deste tema se</p><p>investigam as relações sociais assimétricas existentes entre diferentes indivíduos e grupos em</p><p>uma sociedade.</p><p>c) A simples existência de diferenças entre grupos resulta em relações de desigualdade de</p><p>condições e oportunidades. Pessoas de diferentes grupos religiosos ou diferentes origens</p><p>étnicas tendem a se considerar superiores ou inferiores a outras.</p><p>d) A concepção de igualdade que estrutura nosso mundo social contemporâneo tem origem</p><p>histórica no pensamento filosófico iluminista e se constitui num dos princípios fundamentais das</p><p>nossas instituições jurídicas e políticas.</p><p>e) O princípio da igualdade de oportunidades e condições orienta a maioria das políticas públicas</p><p>tanto na redução das desigualdades sociais, tais como as políticas de combate à fome e à</p><p>mortalidade infantil, quanto na defesa e garantia de direitos, tais como o combate à violência</p><p>contra as mulheres e a expressão pública e civil da população LGBT.</p><p>128) (Enem (Libras) 2017) Leia e responda.</p><p>“Você sabe que lá fora você pode abrir seu laptop na praça, pode deixar a porta aberta, a</p><p>bicicleta sem cadeado. Mas lá fora, não esqueça, é você quem limpa a sua privada. Você já</p><p>relacionou as duas coisas? Nos países em que você lava a própria privada, ninguém mata por</p><p>uma bicicleta. Nos países em que uma parte da população vive para lavar a privada de outra</p><p>parte da população, a parte que tem sua privada lavada por outrem não pode abrir o laptop no</p><p>metrô”.</p><p>DUCLOS, D. apud DUVIVIER, G. A privada e a bicicleta. Disponível em:</p><p>www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 6 jul. 2015 (adaptado).</p><p>O texto, apresentado como uma carta às elites brasileiras, sucedeu a notícia sobre um</p><p>assassinato por causa</p><p>de uma bicicleta. Nele contrapõem-se dois padrões de sociabilidade,</p><p>diferenciados pelo(a)</p><p>a) desenvolvimento tecnológico.</p><p>b) índice de impunidade.</p><p>c) laicização do Estado.</p><p>d) desigualdade social.</p><p>e) valor dos impostos.</p><p>129) (Upe-ssa 3 2017) Observe a imagem a seguir:</p><p>Valendo-se do conteúdo sociológico contido nessa imagem, é INCORRETO afirmar que, no</p><p>Brasil,</p><p>a) a dificuldade de acesso aos serviços básicos provoca uma grande distância social entre os</p><p>habitantes ricos e pobres.</p><p>b) o Plano “Brasil Sem Miséria”, criado em 2011 pelo governo federal, propõe identificar e</p><p>direcionar as pessoas, que não possuem nenhum benefício social, para algum tipo de auxílio,</p><p>cujo objetivo é diminuir a desigualdade no país.</p><p>c) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio é um índice econômico, que aponta as</p><p>diferenças entre os indivíduos, abandonando o conceito de classe social e a exploração, pois seu</p><p>objetivo é quantificar e descrever a realidade de pobres e ricos.</p><p>d) as diferenças entre as pessoas estão presentes não apenas nas classes sociais mas também</p><p>nas relações de gênero, nas relações étnico-raciais e no grau de instrução da população.</p><p>e) o desenvolvimento do capitalismo criou as desigualdades evidenciadas na miséria e na</p><p>pobreza em todo o país, mas a superação foi resolvida com as políticas de divisão de riquezas</p><p>implantadas nos últimos anos pelo governo federal.</p><p>130) (Ebmsp 2016)</p><p>“O termo desigualdades sociais se refere a disparidades existentes entre indivíduos nas chances</p><p>de acesso a bens e recursos sociais escassos e disputados. Tais bens e recursos podem ser de</p><p>vários tipos e variam historicamente”.</p><p>BERTONCELO, Edison Ricardo E. A teoria do capital de Bourdieu. Grandes temas do</p><p>conhecimento Sociologia. São Paulo: Mythos, a. 1, n.1, p. 42-46. Adaptado.</p><p>A observação da charge, associada ao texto, permite afirmar:</p><p>a) Nas últimas décadas, as transformações ocorridas no sistema capitalista asseguraram grande</p><p>mobilidade na sociedade global, gerando uma nova ordem social no espaço geográfico.</p><p>b) As diferenças entre as classes sociais no mundo periférico só são visíveis pelo padrão de</p><p>consumo.</p><p>c) Os marcadores das diferenças sociais aparecem isolados e não estão articulados com as</p><p>experiências dos indivíduos e nem com o espaço onde eles vivem.</p><p>d) As diferenças e as desigualdades entre os homens são construídas socialmente e precisam</p><p>ser contextualizadas no tempo e no espaço.</p><p>e) Os mecanismos de legitimação das desigualdades sociais no sistema capitalista facilitam a</p><p>percepção de que são indevidas.</p><p>131) (Enem PPL 2015) Leia o trecho e responda.</p><p>“Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial dispunham de um capital trinta vezes mais</p><p>elevado do que o dos 20% mais pobres, o que já era escandaloso. Mas, ao invés de melhorar, a</p><p>situação ainda se agravou. Hoje, o capital dos ricos em relação ao dos pobres é, não mais trinta,</p><p>mas oitenta e duas vezes mais elevado”.</p><p>RAMONET, I. Guerras do século XXI: novos temores e novas ameaças. Petrópolis: Vozes,</p><p>2003 (adaptado).</p><p>Que característica socioeconômica está expressa no texto?</p><p>a) Expansão demográfica.</p><p>b) Homogeneidade social.</p><p>c) Concentração de renda.</p><p>d) Desemprego conjuntural.</p><p>e) Desenvolvimento econômico.</p><p>132) (Upe 2013) Observe a charge a seguir:</p><p>Ela faz referência a uma forma de desigualdade. Acerca das características dessa estrutura</p><p>social, analise as alternativas e marque a CORRETA.</p><p>a) A hierarquização é rígida, baseada em critérios hereditários, profissionais, étnicos, religiosos,</p><p>que determinam as relações entre as pessoas.</p><p>b) A tradição é um elemento fundamental na definição das relações estabelecidas entre os</p><p>diferentes grupos.</p><p>c) A mobilidade de um estrato para outro nessa estrutura é possível, mas é controlada pelos</p><p>indivíduos que estão na hierarquia superior da organização.</p><p>d) As pessoas se diferem umas das outras pelo lugar ocupado por elas num sistema</p><p>historicamente determinado de produção social, de relação com os meios de produção e por</p><p>seu papel na organização social do trabalho.</p><p>e) A escolha do cônjuge deve ser feita exclusivamente no seio da organização social, com base</p><p>nos critérios hereditários.</p><p>133) (Uem 2013) Considerando seus conhecimentos sobre os processos de desigualdade</p><p>social, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Martin Luther King é um dos principais nomes associados aos movimentos de luta por direitos</p><p>civis nos Estados Unidos no século XX, representando as ações contra o racismo e contra a</p><p>segregação naquele país.</p><p>b) O apartheid foi um sistema de leis que vigorou na África do Sul durante o século XX,</p><p>estabelecendo os domínios político, social e econômico da população branca sobre a maioria</p><p>negra naquele país. Nelson Mandela, um dos líderes do movimento contra o apartheid, foi</p><p>condenado à prisão pelo governo africano nos anos de 1960 e libertado na década de 1990, após</p><p>a destituição legal do regime de segregação racial.</p><p>c) Os casos de estupro coletivo ocorridos na Índia, os quais vêm sendo constantemente</p><p>anunciados pela mídia, não podem ser considerados fatos de violação aos direitos humanos,</p><p>uma vez que obedecem a uma lógica cultural e religiosa característica do sistema de castas</p><p>indiano.</p><p>d) No Brasil, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, criada em 1995, é uma comissão</p><p>permanente da Câmara de Deputados e tem como uma de suas atribuições garantir a aplicação</p><p>do princípio de que toda pessoa tem direitos básicos e inalienáveis que devem ser protegidos</p><p>pelo Estado.</p><p>e) No Brasil, a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, cria</p><p>mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e representa um</p><p>importante avanço no combate à discriminação de gênero no Brasil.</p><p>134) (Interbits 2013) Leia o trecho abaixo e responda.</p><p>“Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar</p><p>O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar</p><p>E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar</p><p>Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá”.</p><p>Até Quando? – Gabriel, o Pensador.</p><p>O trecho acima, retirado da música Até Quando? de Gabriel, o Pensador, serve para</p><p>compreendermos que aspecto da sociedade?</p><p>a) O aumento da violência policial contra negros e pobres.</p><p>b) O aumento da escolarização dos estratos mais baixos da sociedade.</p><p>c) A diminuição do acesso à educação pública no Rio de Janeiro.</p><p>d) A reprodução das desigualdades de classe ao longo da vida dos indivíduos.</p><p>e) A mudança social na vida dos indivíduos habitantes de favelas.</p><p>135) (Interbits 2012)</p><p>A pobreza é um fenômeno inerente ao sistema capitalista. Sociologicamente, o que faz com</p><p>que certas pessoas se preocupem em modificar esse tipo de situação e outras não?</p><p>a) A religião. Sabe-se que os cristãos são as únicas pessoas preocupadas com as necessidades</p><p>dos mais pobres.</p><p>b) O engajamento político-ideológico. Pessoas que possuem concepções políticas divergentes</p><p>tendem a se preocupar mais ou menos com a pobreza.</p><p>c) O individualismo acadêmico. Os acadêmicos, por serem individualistas, se tornam os grandes</p><p>responsáveis pela injustiça na distribuição de riqueza da sociedade.</p><p>d) A ética coletiva. Somente alguns povos estão preocupados em erradicar a pobreza.</p><p>e) O etnocentrismo. Pessoas etnocêntricas são as principais responsáveis por fazerem com que</p><p>os pobres deixem de existir.</p><p>136) (Uffs 2011) Ao relacionar Sociologia e Política, temos o pensador Jean-Jacques Rousseau</p><p>como um expoente do iluminismo do século XVIII. Esse autor, com muita propriedade,</p><p>analisou as origens das desigualdades existentes na sociedade de sua época</p><p>As mudanças provocadas pela revolução</p><p>científico-tecnológica, que denominamos Revolução Industrial, marcaram profundamente a</p><p>organização social, alterando-a por completo, criando novas formas de organização e causando</p><p>modificações culturais duradouras, que perduram até os dias atuais”.</p><p>DIAS, 2004, p. 15</p><p>Sobre o surgimento da Sociologia e as mudanças ocorridas na modernidade, é correto afirmar:</p><p>a) O aparecimento das fábricas e o seu desenvolvimento levou ao crescimento das cidades</p><p>rurais.</p><p>b) A antiga forma de ver o mundo não podia mais solucionar os novos problemas sociais.</p><p>c) A intensificação da economia agrária em larga escala nas metrópoles gerou o êxodo para o</p><p>campo.</p><p>d) A agricultura familiar desse período foi o objeto de estudo que fez surgir as ciências sociais.</p><p>e) O aumento do trabalho humano nas fábricas ocasionou a diminuição da divisão do trabalho.</p><p>10) (Mackenzie) Leia o texto abaixo e responda.</p><p>“Como a lei da gravitação universal de Newton, a Teoria da Evolução teve conseqüências</p><p>revolucionárias fora da área científica. [...] Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões</p><p>darwinianas à ordem social, produzindo teorias que as transferiram à explicação dos problemas</p><p>sociais. As expressões "luta pela existência" e "sobrevivência do mais capaz" foram tomadas de</p><p>Darwin para apoiar a defesa que faziam do individualismo econômico”.</p><p>Flávio de Campos e Renan Garcia - Oficina de História</p><p>O darwinismo social foi utilizado como argumento para justificar, no século XIX, o:</p><p>a) colonialismo.</p><p>b) imperialismo.</p><p>c) liberalismo.</p><p>d) socialismo.</p><p>e) neoliberalismo</p><p>11) (UNESP) Leia e responda.</p><p>“É difícil acreditar na guerra terrível, mas silenciosa, que os seres orgânicos travam em meio aos</p><p>bosques serenos e campos risonhos”.</p><p>C. Darwin, anotação no Diário de 1839"</p><p>Na segunda metade do século XIX, a doutrina sobre a seleção natural das espécies, elaborada</p><p>pelo naturalista inglês Charles Darwin, foi transferida para as relações humanas, numa</p><p>situação histórica marcada</p><p>a) pela concórdia universal entre povos de diferentes continentes.</p><p>b) pela noção de domínio, supremacia e hierarquia racial.</p><p>c) pelos tratados favoráveis aos povos colonizados.</p><p>d) pelas concepções de unificação europeia e de paz armada.</p><p>e) pela fundação de instituições destinadas a promover a paz.</p><p>12) (UNESP) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características</p><p>novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a</p><p>pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale</p><p>a alternativa que destaca, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses</p><p>imperialistas.</p><p>a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os</p><p>ocidentais.</p><p>b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.</p><p>c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.</p><p>d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas</p><p>contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-</p><p>americanas.</p><p>e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas</p><p>colonizadas em contato com o mundo exterior.</p><p>13) O Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:</p><p>a) o estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das abelhas, das formigas etc.</p><p>b) a tentativa de igualar, a nível de organização social, os animais superiores, como os</p><p>mamíferos, e a sociedade dos homens.</p><p>c) o período da atividade intelectual de Charles Darwin em que o naturalista inglês dedicou-se à</p><p>criação da Sociologia, ao lado de nomes como August Comte.</p><p>d) a transposição da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do terreno da ciência</p><p>natural para a realidade sociocultural.</p><p>e) a tentativa de estabelecer relação entre o comportamento animal e o comportamento</p><p>humano a partir de experimentos psicológicos.</p><p>14) (FGV) Leia atentamente o texto abaixo e depois assinale a alternativa correta:</p><p>"As bases de inspiração dessas novas elites eram as correntes cientificistas, o darwinismo social</p><p>do inglês Spencer, o monismo alemão e o positivismo francês de Auguste Comte. Sua principal</p><p>base de apoio econômico e político procedia da recente riqueza gerada pela expansão da cultura</p><p>cafeeira no Sudeste do país, em decorrência das crescentes demandas de substâncias</p><p>estimulantes por parte das sociedades que experimentavam a intensificação do ritmo de vida e</p><p>da cadência do trabalho".</p><p>(SEVCENKO, N. “Introdução”. In: História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia das Letra,</p><p>1998, p. 14).</p><p>a) A difusão das teorias cientificistas e evolucionistas ao longo do século XIX forneceram</p><p>argumentos para a crítica das práticas neocolonialistas, favorecendo o processo de</p><p>descolonização.</p><p>b) A influência das teorias cientificistas no Brasil é exemplificada, principalmente, pela formação</p><p>de uma elite que estabeleceu uma plataforma de modernização que tinha como base o</p><p>desenvolvimento comercial e agrícola do país.</p><p>c) Apesar de o consumo do café estar adequado à aceleração do ritmo social no século XIX, a</p><p>industrialização brasileira processou-se independentemente do complexo cafeeiro.</p><p>d) A incorporação do positivismo pelos militares brasileiros foi impedida pelas definições de</p><p>Comte sobre o tipo militar como característico do regime teológico, marcado pelo domínio da</p><p>força, da guerra e do comando irracional, ao contrário do tipo industrial que se manifestava na</p><p>cooperação, na livre produção e na aceitação racional.</p><p>e) A adoção do ideário cientificista favoreceu a separação da Igreja e do Estado, bem como</p><p>repercutiu no projeto de modernização conservadora das elites brasileiras no período</p><p>republicano.</p><p>15) Podemos dizer que uma das consequências da doutrina do Darwinismo Social, elaborada</p><p>no século XIX, foi:</p><p>a) o aperfeiçoamento das sociedades democráticas e a evolução tecnológica ocidental.</p><p>b) as lutas pelos direitos civis e pela “igualdade racial”.</p><p>c) as políticas de segregação racial do século XX.</p><p>d) as leis de segregação racial implementadas no Brasil durante o período republicano.</p><p>e) o fim da segregação racial nos Estados Unidos na primeira metade do século XX.</p><p>16) (Upe-ssa 1 2018) Leia os textos a seguir:</p><p>TEXTO I</p><p>“Convicto de que a reorganização da sociedade exigiria a elaboração de uma nova maneira de</p><p>conhecer a realidade, Comte procurou estabelecer os princípios que deveriam nortear os</p><p>conhecimentos humanos. Seu ponto de partida era a ciência e o avanço que ela vinha obtendo</p><p>em todos os campos de investigação. (...) O advento da sociologia representava para Comte o</p><p>coroamento da evolução do conhecimento científico, já constituído em várias áreas do saber”.</p><p>MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 44.</p><p>TEXTO II</p><p>“O conjunto da nova filosofia tenderá sempre a fazer sobressair, tanto na vida ativa como na</p><p>especulativa, a ligação de cada um a todos, sob uma série de aspectos diversos, de modo a tornar</p><p>involuntariamente familiar o sentimento íntimo da solidariedade social, (...) Não somente a ativa</p><p>busca do bem público será sempre privada, será sempre representada como a maneira mais</p><p>conveniente de assegurar a felicidade privada; mas, por uma influência (...) dos pendores</p><p>generosos, se tornará a principal fonte da felicidade pessoal”.</p><p>COMTE, August. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: Escala, s/d, p. 74.</p><p>A Revolução Industrial e a Revolução Francesa impulsionaram o surgimento da Sociologia</p><p>como ciência voltada para compreender as novas relações entre as pessoas. Essas relações</p><p>envolviam agora um complexo de hábitos e costumes e eram provocadas por causa da</p><p>maneira de se produzirem e se consumirem os excedentes na Europa</p><p>e, segundo ele, a</p><p>espécie humana apresentava dois tipos de desigualdade:</p><p>a) Uma, que chamava de espiritual, porque o ser humano sempre se orientou pela necessidade</p><p>religiosa de adoração ao divino. Outra pela desigualdade produzida pela luta do homem pela</p><p>sobrevivência.</p><p>b) Uma, que apontava como natural, visto que os seres humanos são dotados de diferenças</p><p>físicas que muitas vezes são determinantes de sucesso. Outra relacionada à questão psicológica,</p><p>pois os homens naturalmente são diferentes de mulheres, orientando diferenças inatas de</p><p>comportamento social.</p><p>c) Uma, que chamava de espiritual ou gnosiológica, pois a espiritualidade humana acabava por</p><p>moldar a cultura do homem diferente da cultura animal. Outra que ele designou como diferença</p><p>cultural, pois a cultura é genuinamente humana.</p><p>d) A desigualdade provocada por fenômenos naturais que acabava por orientar diferenças</p><p>culturais das sociedades ainda pré-históricas e a desigualdade promovida pela luta do homem</p><p>pela sobrevivência, visto que essa luta representou a evolução do ser humano até os dias de</p><p>hoje.</p><p>e) Uma, que chamava natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste na</p><p>diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades da alma. Outra, que se</p><p>pode chamar de desigualdade moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção e</p><p>foi estabelecida pelo consentimento dos homens.</p><p>137) (Ufal 2009) O capitalismo modificou os costumes das sociedades tradicionais e incentivou</p><p>a competição social. Com o crescimento da sociedade capitalista, as relações de mobilidade</p><p>social:</p><p>a) ganharam um espaço importante para se compreender as crises existentes na produção dos</p><p>valores econômicos.</p><p>b) construíram uma hierarquia definidora das relações de poder, destruindo as possibilidades</p><p>de desigualdades.</p><p>c) são aceitas sem problemas pelas administrações públicas, não havendo políticas que</p><p>objetivem alterá-las.</p><p>d) revelam situações de conflito entre grupos de valor apenas econômico, sem maiores</p><p>problemas sociais.</p><p>e) mostram a força do capitalismo e das suas verdades que garantem a felicidade humana.</p><p>138) (Upe-ssa 2 2018) Leia a tirinha a seguir:</p><p>Sobre o grupo social apresentado na tirinha, analise os seguintes itens:</p><p>I. A objetividade e a exterioridade são características importantes na formação desse grupo, pois</p><p>os grupos sociais sempre são superiores aos indivíduos, e suas regras e normas de convivência</p><p>não são construções individuais, e sim coletivas.</p><p>II. A Sociologia classifica esse grupo social como intermediário.</p><p>III. As maneiras de pensar e agir desse grupo estão ressaltadas na consciência individual, pois o</p><p>sentimento coletivo provoca conflitos e tensões irresolutos.</p><p>IV. A mediação política desse grupo está concentrada no discurso dos estudantes e representada</p><p>por uma pluralidade de indivíduos e por uma organização polianárquica.</p><p>V. O grupo profissional apresentado na tirinha estabelece relações no âmbito do</p><p>desenvolvimento de competências e de habilidades sistematizadas e demandadas pela</p><p>sociedade.</p><p>Estão CORRETOS apenas</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I, III e V.</p><p>c) IV e V.</p><p>d) I, II e V.</p><p>e) I, II e IV.</p><p>139) (Upe-ssa 3 2017) Leia o texto a seguir:</p><p>“O saber da comunidade, aquilo que todos conhecem de algum modo; o saber próprio dos</p><p>homens e das mulheres, de crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos; o saber de guerreiros</p><p>e esposas; o saber que faz o artesão, o sacerdote, o feiticeiro, o navegador e outros tantos</p><p>especialistas, envolve, portanto, situações pedagógicas interpessoais, familiares e comunitárias,</p><p>em que ainda não surgiram técnicas pedagógicas escolares, acompanhadas de seus profissionais</p><p>de aplicação exclusiva”.</p><p>BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação? São Paulo: Brasiliense, 2007, p. 20.</p><p>O tema discutido no texto é uma preocupação nos estudos da Sociologia desde a sua</p><p>consolidação como ciência. Nos trabalhos de Émile Durkheim, esse tema ganhou um destaque</p><p>por considerar uma forma de integração dos indivíduos e de perpetuação dos hábitos e</p><p>costumes do grupo, ou seja, dos fatos sociais. Sobre isso, assinale a alternativa que NÃO indica</p><p>uma característica do tipo de transmissão do conhecimento.</p><p>a) A aprendizagem acontece sem que haja um planejamento específico e, muitas vezes, sem que</p><p>os sujeitos se deem conta.</p><p>b) O processo de construção do conhecimento é permanente, contínuo e não previamente</p><p>organizado, desenvolvendo-se ao longo da vida.</p><p>c) O conhecimento transmitido permite ao sujeito resolver situações referentes aos processos</p><p>de socialização e àqueles relacionados às imposições da natureza para sobrevivência do grupo.</p><p>d) A percepção gestual, a moral e a comportamental, provenientes de meios familiares de</p><p>amizade, de trabalho e de socialização midiática, fazem parte do rol de aprendizagens e</p><p>conhecimentos.</p><p>e) O conhecimento e a habilidade são transmitidos por meio de um currículo pré-definido em</p><p>ambientes especializados, num processo conhecido como escolarização.</p><p>140) (Unisc 2017) Na última década, entre os investimentos mais significativos do Governo</p><p>Federal está a Educação. Dada uma série de fatores econômicos e políticos, externos e</p><p>internos à Nação, o orçamento da União prevê uma redução drástica no orçamento da</p><p>educação que certamente repercutirá nos dois programas mais significativos de</p><p>financiamento para estudantes de Universidades privadas e comunitárias. Das alternativas</p><p>abaixo, assinale aquela que contempla os dois programas aqui destacados.</p><p>a) Bolsa Família e Jovem Aprendiz.</p><p>b) Minha Casa Minha Vida e PRONATEC.</p><p>c) FIES e PROUNI.</p><p>d) PETI-MT e Criança Feliz.</p><p>e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.</p><p>141) (Uel 2016) Leia o texto a seguir.</p><p>“Inevitavelmente, nós consideramos a sociedade um lugar de conspiração, que engole o irmão</p><p>que muitas de nós temos razões de respeitar na vida privada, e impõe em seu lugar um macho</p><p>monstruoso, de voz tonitruante, de pulso rude, que, de forma pueril, inscreve no chão signos em</p><p>giz, místicas linhas de demarcação, entre as quais os seres humanos ficam fixados, rígidos,</p><p>separados, artificiais. Lugares em que, ornado de ouro ou de púrpura, enfeitado de plumas como</p><p>um selvagem, ele realiza seus ritos místicos e usufrui dos prazeres suspeitos do poder e da</p><p>dominação, enquanto nós, “suas” mulheres, nos vemos fechadas na casa da família, sem que</p><p>nos seja dado participar de nenhuma das numerosas sociedades de que se compõe a sociedade”.</p><p>(WOOLF, V. Trois Guinées. Paris: Éditions des Femmes, 1997. p.200. apud Bourdieu, P. A</p><p>Dominação Masculina. 2.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. p.4.)</p><p>Em sua obra, Virginia Woolf reflete sobre a condição social das mulheres. Tal condição foi</p><p>historicamente abordada com base no pensamento binário, a exemplo da díade masculino-</p><p>feminino, também presente na oposição entre ordem e caos, o que pode ser encontrado em</p><p>diferentes culturas e no pensamento científico. O binarismo, no entanto, é uma forma de</p><p>racionalização da vida social criticada por diferentes correntes teóricas. Com base no texto e</p><p>nos conhecimentos sobre as críticas ao pensamento binário aplicado às explicações das</p><p>relações sociais de gênero, considere as afirmativas a seguir.</p><p>I. Nesse trecho, Virginia Woolf invoca o paradigma do construtivismo social e entende que os</p><p>posicionamentos sociais das mulheres e dos homens são fruto de forças sociais que tendem a</p><p>transcender as vontades individuais e a gerar opressões.</p><p>II. Para Virginia Woolf, as separações entre o mundo dos homens e o mundo das mulheres são</p><p>intransponíveis, havendo correspondência real entre as representações sociais e as práticas dos</p><p>sujeitos empreendidas na experiência concreta.</p><p>III. As evidências de que diferentes sociedades</p><p>atribuem posição de domínio ao masculino</p><p>fornecem a comprovação de que os valores culturais são determinados pelas diferenças</p><p>biológicas entre os sexos, o que se expressa em uma cultura universal.</p><p>IV. Pelos exemplos históricos conhecidos, os esquemas binários de representação do masculino</p><p>e do feminino produzem hierarquias entre esses dois termos, de modo a reservar um status</p><p>superior aos atributos classificados como masculinos.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Somente as afirmativas I e II são corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.</p><p>142) (Unesp 2016) Leia o texto de Mateus Prado e responda.</p><p>“A escola que se autointitula a primeira colocada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)</p><p>ocupa, ao mesmo tempo, a e a posição no ranking que a imprensa faz com os resultados do</p><p>Enem. A escola separou numa sala diferente os alunos que acertavam mais questões em suas</p><p>provas internas. Trouxe, inclusive, alguns alunos de suas franquias pela Grande São Paulo. E</p><p>“criou” uma outra escola (abriu outro CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço físico. E de lá pra</p><p>cá esta ‘outra escola’ todo ano é a primeira colocada no Enem. A posição é a que melhor reflete</p><p>as condições da escola. O lugar é uma farsa. A primeira colocada no Enem NÃO é uma escola,</p><p>é uma artimanha jurídica que faz com que os alunos tenham suas notas computadas em duas</p><p>listas diferentes. Todos estudam no mesmo prédio, com os mesmos professores, com o mesmo</p><p>material, no mesmo horário, convivendo no mesmo pátio e no mesmo horário de intervalo.</p><p>No Brasil todo temos centenas de escolas que trabalham com a regra na mão para tentar parecer</p><p>que são a melhor e depois divulgar, em suas propagandas, que são a melhor escola do país, do</p><p>estado, da região, da cidade e, em cidades grandes, como várias capitais, até mesmo que é a</p><p>melhor escola de um determinado bairro”.</p><p>(Mateus Prado. “Escola campeã do Enem ocupa, ao mesmo tempo, o e o lugar do ranking”.</p><p>O Estado de S.Paulo, 26.12.2014. Adaptado.)</p><p>O fato relatado pode ser explicado em função da</p><p>a) hegemonia dos critérios instrumentais da empresa capitalista em alguns setores da educação.</p><p>b) falência da meritocracia como critério de acesso ao ensino superior na sociedade atual.</p><p>c) priorização de aspectos humanísticos, em detrimento da preparação para o mercado de</p><p>trabalho.</p><p>d) resistência dos educadores à transformação da escola em instrumento de reprodução</p><p>ideológica.</p><p>e) separação rigorosa entre os âmbitos da educação e da publicidade na sociedade capitalista.</p><p>143) (Fgv 2015) A imagem retrata a jovem paquistanesa Malala Yousafzai em discurso na</p><p>ONU, em julho de 2013, trajando o véu e o xale da ex-premiê do Paquistão Benazir Bhutto,</p><p>assassinada em 2007 em um atentado político.</p><p>Leia trechos do discurso de Malala:</p><p>“Queridos amigos, em 09 de outubro de 2012, o Talibã atirou no lado esquerdo da minha testa.</p><p>Atiraram nos meus amigos também. Eles acharam que aquelas balas nos silenciariam. Mas</p><p>falharam e, então, do silêncio vieram milhares de vozes. (...) O sábio ditado que diz A caneta é</p><p>mais poderosa que a espada é verdadeiro. Os extremistas têm medo dos livros e das canetas. O</p><p>poder da educação os assusta e eles têm medo das mulheres. (...) É por isto que eles mataram</p><p>14 estudantes inocentes no recente ataque em Quetta. E é por isto que eles matam professoras.</p><p>É por isto que eles atacam escolas todos os dias: porque tiveram e têm medo da mudança, da</p><p>igualdade que vamos trazer para a nossa sociedade. (...) Deixem-nos pegar nossos livros e</p><p>Canetas porque estas são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro</p><p>e uma caneta podem mudar o mundo”.</p><p>http://www.ikmr.org.br/dia-malala-discurso-onu/</p><p>Com base no texto, o apelo lançado por Malala</p><p>a) simboliza a luta das meninas para frequentarem a escola em países com restrições religiosas,</p><p>culturais e políticas à instrução feminina, como no caso do Paquistão, sob domínio Talibã, e da</p><p>Índia, submetida à lei oficial da Sharia.</p><p>b) advoga o princípio da educação como arma contra a discriminação muçulmana das minorias</p><p>étnico-religiosas curda e pachtun e como meio para pacificar a guerra civil em seu país.</p><p>c) apoia a formação militar feminina, inspirando-se no programa de Benazir Bhutto, a primeira</p><p>mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um estado muçulmano moderno.</p><p>d) defende a educação como um dos direitos humanos básicos e como um meio para a</p><p>libertação dos indivíduos de regimes e crenças excludentes e discriminatórios.</p><p>e) sustenta o protagonismo feminino de todas as mulheres e condena todas as religiões, em</p><p>nome da adoção de um sistema de educação laico e igualitário no Paquistão.</p><p>144) (Interbits 2012) Leia o texto a seguir.</p><p>“A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram</p><p>ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo</p><p>número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu</p><p>conjunto, e pelo meio espacial a que a criança, particularmente, se destine”.</p><p>DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.41.</p><p>Tomando em consideração a definição acima, é correto afirmar que, para Durkheim:</p><p>a) a educação está relacionada ao processo de socialização. Através dela, as gerações mais novas</p><p>internalizam as normas, valores e a moral da sociedade em que estão inseridas. Nesse sentido,</p><p>é pela educação que a sociedade reproduz-se e se sustenta intergeracionalmente.</p><p>b) a educação é essencialmente transformadora. A obra de Paulo Freire demonstra justamente</p><p>como, através da educação, as gerações mais novas podem se emancipar e pensar</p><p>autonomamente.</p><p>c) a educação não ocorre somente nas escolas, dado que as escolas são uma invenção moderna.</p><p>Antes dela, a educação ocorria, sobretudo, no ambiente do trabalho.</p><p>d) toda forma de educação é contrária aos interesses da criança. A criança naturalmente quer</p><p>brincar e se divertir. A escola acaba por tolher das crianças a sua pureza, obrigando-as a</p><p>estudarem e assumirem responsabilidades que não são condizentes à sua faixa etária.</p><p>e) a educação tende a fazer com que a sociedade se modifique, uma vez que os valores</p><p>transmitidos às gerações mais novas são diferentes daqueles que as gerações mais antigas</p><p>receberam.</p><p>145) (Unimontes 2012 - adaptada) Escrevendo num contexto de vigência do Estado liberal-</p><p>democrático, Émile Durkheim (1858-1917) foi o autor, entre os clássicos da Sociologia, que</p><p>mais refletiu sobre a estreita relação entre educação e cidadania. Ao mesmo tempo em que</p><p>sintetiza sua análise, desenvolve um conjunto de ideias que influenciarão o desenvolvimento</p><p>da teoria sociológica aplicada no contexto educacional. Considerando as reflexões do autor</p><p>sobre esse tema, é incorreta a afirmativa</p><p>a) O caráter classista da estrutura educacional demonstra que ocorre uma seleção natural dos</p><p>indivíduos que alcançarão níveis mais elevados no sistema educacional e no processo produtivo,</p><p>graças aos currículos, aos exames e às formas de acesso socialmente desiguais.</p><p>b) O Estado não pode negligenciar-se ou desinteressar-se do processo educativo, pois cabe a ele</p><p>manter e tornar os indivíduos conscientes de uma série de ideias e sentimentos necessários à</p><p>organização social.</p><p>c) A sociedade deve lembrar aos professores quais são as ideias e sentimentos que deverão estar</p><p>presentes na ação educativa, sendo materializados nos currículos, programas e estruturas</p><p>escolares.</p><p>d) A ação educativa deve ser exercida em sentido social, essencial na formação do cidadão,</p><p>moldado nos padrões e valores preconizados no interesse coletivo</p><p>em detrimento dos interesses</p><p>e egoísmos estritamente particulares.</p><p>e) Dentro dos aspectos analíticos ele coloca a educação no sentido amplo do termo, para além</p><p>da escolarização. A educação também assume um sentido plural e dinâmico que sobre sua base</p><p>repousa algo comum: cada sociedade alimenta certo ideal humano.</p><p>146) (Unimontes 2011) Leia e responda.</p><p>“A Educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram</p><p>ainda preparadas para a vida social, que tem como objetivo suscitar e desenvolver, na criança,</p><p>certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu</p><p>conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine”.</p><p>(Émile Durkheim, Educação e Sociedade)</p><p>Sobre a definição do autor para educação, podemos afirmar, exceto</p><p>a) Um tipo de educação absolutamente homogêneo e igualitário pode ser encontrado em</p><p>sociedades simples onde não existe diferenciação social.</p><p>b) Uma sociedade repousa em certo número de ideias, de sentimentos e práticas que a educação</p><p>deve inculcar a todas as crianças, promovendo a homogeneidade necessária à vida coletiva.</p><p>c) A educação desenvolve a espontaneidade das personalidades individuais, sendo o ser</p><p>individual determinante para a escolha do sistema de ideias, sentimentos e hábitos sociais.</p><p>d) Cada sociedade constrói, para seu uso, certo ideal de homem, tanto do ponto de vista</p><p>intelectual quanto do ponto de vista físico e moral, e, por ser coletivo, esse ideal vale para todos</p><p>os cidadãos.</p><p>e) A educação desenvolve a um controle sobre as personalidades individuais, sendo o ser</p><p>individual destruído apartir de doutrinações Estatais.</p><p>147) (Uffs 2011) O Capital Cultural consiste em ideias e conheci¬mentos que pessoas usam</p><p>quando participam da vida social. Tudo, de regras de etiqueta à capacidade de falar e escrever</p><p>bem, pode ser considerado capital cultural. A incorporação do capital cultural efetua-se</p><p>através de ações pedagógicas. O conceito de Capital Cultural foi muito discutido no meio</p><p>acadêmico por:</p><p>a) Anthony Giddens.</p><p>b) Herbert Marcuse.</p><p>c) Juan Tedesco.</p><p>d) Pierre Bourdieu.</p><p>e) Theodor Adorno.</p><p>148) (Uffs 2011) A estratificação social no campo é potencializada quando o extensionista (ex.</p><p>agrônomo) não promove um diálogo que leve em conta as condições históri¬cas, sociológicas</p><p>e culturais dos agricultores. A mera transmissão de uma determinada técnica agrícola não</p><p>garante a libertação da possível consciência oprimida por parte do agricultor. O autor que</p><p>aponta a necessidade da extensão rural estar vinculada à comunicação libertadora é:</p><p>a) Paulo Freire</p><p>b) Nelson Piletti</p><p>c) Noam Chomsky</p><p>d) Pierre Joseph Proudhon</p><p>e) Paulo Sérgio do Carmo</p><p>149) (Udesc 2019) Leia o trecho a seguir:</p><p>“Não existe democracia racial efetiva, onde o intercâmbio entre indivíduos pertencentes a ‘raças’</p><p>distintas começa e termina no plano da tolerância convencionalizada. Esta pode satisfazer as</p><p>exigências do bom-tom, de um discutível espírito cristão e da necessidade prática de ‘manter</p><p>cada um no seu lugar’. Contudo, ela não aproxima realmente os homens senão na base da mera</p><p>coexistência no mesmo espaço social e, onde isso chega a acontecer, da convivência restritiva,</p><p>regulada por um código que consagra a desigualdade, disfarçando-a e justificando-a acima dos</p><p>princípios de integração da ordem social democrática”.</p><p>Florestan Fernandes, 1960.</p><p>Florestan Fernandes se refere à ideia de “democracia racial” que, durante um período, foi</p><p>considerada constitutiva da identidade nacional brasileira. Esta tese era caracterizada por:</p><p>a) pressupor uma miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos constitutivos da</p><p>nação brasileira.</p><p>b) apregoar que representantes de todos os grupos étnicos deveriam ter representatividade</p><p>política em âmbito legislativo.</p><p>c) promover a denúncia de práticas racistas contra negros, mulheres e indígenas.</p><p>d) reivindicar a instauração de processos e eventuais julgamentos dos responsáveis pelo</p><p>processo de favelização nas grandes capitais brasileiras, a partir de fins do século XIX.</p><p>e) defender as candidaturas plurirraciais nos processos eleitorais, pós 1964.</p><p>150) (Ufsc 2018) Leia e responda.</p><p>“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo</p><p>– há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil –, a sombra, ou pelo menos a</p><p>pinta, do indígena ou do negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais,</p><p>principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota, do africano. Na ternura, na</p><p>mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na</p><p>fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos</p><p>quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu</p><p>de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida”.</p><p>FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala, 2005 [1933], p. 367.</p><p>“Em suma, a expansão urbana, a revolução industrial e a modernização ainda não produziram</p><p>efeitos bastante profundos para modificar a extrema desigualdade racial que herdamos do</p><p>passado. Embora “indivíduos de cor” participem (em algumas regiões segundo proporções</p><p>aparentemente consideráveis) das “conquistas do progresso”, não se pode afirmar,</p><p>objetivamente, que eles compartilhem, coletivamente, das correntes de mobilidade social</p><p>vertical vinculadas à estrutura, ao funcionamento e ao desenvolvimento da sociedade de</p><p>classes”.</p><p>FERNANDES, Florestan, O negro no mundo dos brancos, 2006 [1972], p. 67. [Adaptado].</p><p>Acerca do debate sobre relações raciais no Brasil e com base na leitura dos textos acima, é</p><p>incorreto afirmar que:</p><p>a) a chamada “democracia racial” é uma expressão normalmente atribuída a Gilberto Freyre,</p><p>que defendia essa ideia sobre o Brasil.</p><p>b) para o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, o Brasil seria um país miscigenado não apenas</p><p>no plano biológico, mas também no cultural.</p><p>c) há diferentes interpretações sociológicas e antropológicas sobre como se dão as relações</p><p>raciais no Brasil, inclusive correlacionando as desigualdades raciais com outros fatores, como</p><p>gênero e classe social.</p><p>d) segundo as ideias de Florestan Fernandes, no Brasil foi necessária a realização de medidas</p><p>formais para separar negros de brancos.</p><p>e) segundo Gilberto Freyre, era necessário distinguir raça de cultura, pois algumas diferenças</p><p>existentes entre brancos e negros seriam de ordem cultural, e não racial, como defendiam</p><p>algumas teorias.</p><p>151) (Enem PPL 2017) Leia os textos e responda</p><p>TEXTO I</p><p>“A Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou a disciplinar o exercício do</p><p>nepotismo cruzado, isto é, a troca de parentes entre agentes para que tais parentes sejam</p><p>contratados diretamente, sem concurso. Exemplificando: o desembargador A nomeia como</p><p>assessor o filho do desembargador B que, em contrapartida, nomeia o filho deste como seu</p><p>assessor”.</p><p>COSTA, W. S. Do nepotismo cruzado: características e pressupostos. Jusnavigandi, n. 950, 8</p><p>fev. 2006.</p><p>TEXTO II</p><p>“No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um</p><p>corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses”.</p><p>HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.</p><p>A administração pública no Brasil possui raízes históricas marcadas pela</p><p>a) valorização do mérito individual.</p><p>b) punição dos desvios de conduta.</p><p>c) distinção entre o público e o privado.</p><p>d) prevalência das vontades particulares.</p><p>e) obediência a um ordenamento impessoal.</p><p>152) (Uem-pas 2017) A nação, a nacionalidade e a identidade nacional são construções</p><p>sócio-</p><p>históricas, portanto, são resultado da ação de vários agentes sociais. O intelectual é um dos</p><p>agentes sociais envolvidos na construção das ideias de nação, de nacionalidade e de</p><p>identidade nacional. Para o caso brasileiro, no que diz respeito à criação da identidade</p><p>nacional, um intelectual central foi Gilberto Freyre (1900-1987). Em suas obras, Freyre</p><p>sistematizou, divulgou e ajudou a sedimentar a ideia do Brasil como país mestiço, atrelando a</p><p>identidade nacional brasileira à miscigenação, à mestiçagem.</p><p>Sobre a identidade nacional brasileira assentada na miscigenação e na mestiçagem, é</p><p>incorreto afirmar:</p><p>a) A identidade nacional brasileira assentada nos ideais da mestiçagem e da miscigenação busca</p><p>conciliar discursivamente uma sociedade altamente estratificada onde o racismo é um operador</p><p>social importante.</p><p>b) A construção da identidade nacional brasileira favoreceu a expropriação do patrimônio</p><p>cultural da população negra, uma vez que elementos da cultura negra foram transformados em</p><p>cultura nacional, situação que colaborou para fortalecer a ideia da ausência de uma cultura da</p><p>população negra no Brasil.</p><p>c) A identidade nacional alicerçada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem é algo que foi e</p><p>ainda é utilizado para encobrir o racismo existente no Brasil.</p><p>d) A construção da identidade nacional em torno do ideal da miscigenação e da mestiçagem</p><p>favoreceu o desenvolvimento do mito da democracia racial e da ausência de racismo no Brasil.</p><p>e) A identidade nacional calcada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem favoreceu o</p><p>surgimento de conflito racial explícito no Brasil.</p><p>153) (Enem (Libras) 2017) Leia e responda.</p><p>“A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo</p><p>se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a</p><p>senzala. O que a monocultura latifundiária e escravocrata realizou no sentido de</p><p>aristocratização, extremando a sociedade brasileira em senhores e escravos, com uma rala e</p><p>insignificante lambujem de gente livre sanduichada entre os extremos antagônicos, foi em</p><p>grande parte contrariado pelos efeitos sociais da miscigenação”.</p><p>FREYRE, G. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 1999.</p><p>A temática discutida é muito presente na obra de Gilberto Freyre, e a explicação para essa</p><p>recorrência está no empenho do autor em</p><p>a) defender os aspectos positivos da mistura racial.</p><p>b) buscar as causas históricas do atraso social.</p><p>c) destacar a violência étnica da exploração colonial.</p><p>d) valorizar a dinâmica inata da democracia política.</p><p>e) descrever as debilidades fundamentais da colonização portuguesa.</p><p>154) (Unesp 2017) Leia os textos abaixo e responda.</p><p>TEXTO I</p><p>“O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de juiz do</p><p>Rio de Janeiro que reivindica que a Justiça obrigue os funcionários do prédio onde esse juiz mora</p><p>a chamá-lo de “senhor” ou de “doutor”, sob pena de multa diária. Na ação judicial, o juiz</p><p>argumenta que foi chamado pelo porteiro do condomínio de “você” e de “cara” e que ouviu a</p><p>expressão “fala sério!” após ter feito uma reclamação”.</p><p>Mariana Oliveira. “Ministro do STF nega pedido de juiz que quer ser chamado de ‘doutor’”.</p><p>http://g1.globo.com, 22.04.2014. Adaptado.</p><p>TEXTO II</p><p>“O “Você sabe com quem está falando?” não parece ser uma expressão nova, mas velha,</p><p>tradicional, entre nós. Na medida em que as marcas de posição e hierarquização tradicional,</p><p>como a bengala, as roupas de linho branco, o anel de grau e a caneta-tinteiro no bolso de fora</p><p>do paletó se dissolvem, incrementa-se imediatamente o uso da expressão separadora de</p><p>posições sociais para que o igualitarismo formal e legal, mas cambaleante na prática social,</p><p>possa ficar submetido a outras formas de hierarquização social”.</p><p>Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983. Adaptado.</p><p>Considerando a análise do antropólogo Roberto da Matta, o fato descrito no texto 1 pode ser</p><p>corretamente interpretado como resultante</p><p>a) da contradição entre igualitarismo liberal e autoritarismo cultural.</p><p>b) da plena assimilação cultural dos ideais iluministas de cidadania.</p><p>c) das tendências estatais de controle totalitário da existência cotidiana.</p><p>d) da superação das hierarquias sociais pela universalização ética.</p><p>e) da hegemonia ideológica da classe operária sobre a classe burguesa.</p><p>155) (Enem PPL 2016) Flor da negritude</p><p>“Nascido numa casa antiga, pequena, com grande quintal arborizado, localizada no subúrbio de</p><p>Lins de Vasconcelos, o Renascença Clube foi fundado por 29 sócios, todos negros. Buscava-se</p><p>instaurar, por meio do Renascença, um campo de relações em que os filhos de famílias negras</p><p>bem-sucedidas pudessem encontrar pessoas consideradas do mesmo nível social e cultural, para</p><p>fins de amizade ou casamento. Os homens usavam trajes obrigatoriamente formais, flores na</p><p>lapela, às vezes de summer ou até de fraque. As mulheres se vestiam com muitas sedas, cetins e</p><p>rendas, não esquecendo as luvas e os chapéus”.</p><p>GIACOMINI, S. M. Revista de História da Biblioteca Nacional, 19 set 2007 (adaptado).</p><p>No início dos anos 1950, a fundação do Renascença Clube, como espaço de convivência,</p><p>demonstra o(a)</p><p>a) inexperiência associativa que levou a elite negra a imitar os clubes do brancos.</p><p>b) isolamento da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira.</p><p>c) interesse de um grupo de negros na afirmativa social para se livrar do preconceito.</p><p>d) existência de uma elite negra imune ao preconceito pela posição social que ocupava.</p><p>e) criação de um racismo invertido que impedia a presença de pessoas brancas nesses clubes.</p><p>156) (Uem 2016) Leia o texto e responda.</p><p>“Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque desenvolve uma ideia em torno da qual constrói sua</p><p>interpretação sociológica: a do ‘homem cordial’. Este seria o brasileiro típico, fruto da</p><p>colonização portuguesa e representante conceitual de nossa sociedade.</p><p>(...).</p><p>A cordialidade, tal como entendida por Sérgio Buarque, sugere aversão à impessoalidade. Nós,</p><p>brasileiros, estaríamos sempre buscando estabelecer intimidade, pondo os laços pessoais e os</p><p>sentimentos como intermediários de nossas relações. Estamos acostumados a ‘fazer amizade’,</p><p>‘contar a vida’, ‘pedir conselho’ a pessoas que nunca vimos antes enquanto aguardamos na fila</p><p>do banco ou do supermercado.</p><p>(...)</p><p>Podemos concluir, assim, que o ‘homem cordial’ caracteriza-se fundamentalmente pela rejeição</p><p>da distância e do formalismo nas relações sociais. Mas o caso brasileiro tem outra característica:</p><p>as atitudes e princípios vigentes no universo íntimo da família acabaram por transbordar para a</p><p>esfera pública”.</p><p>(BOMENY, H.; FREIRE-MEDEIROS, B.; EMERIQUE, R. B.; O’DONNELL, J. Tempos modernos,</p><p>tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2013, p. 348 e 349).</p><p>Considerando o texto citado e conhecimentos sobre os temas das representações, das</p><p>identidades e das diferenças culturais, assinale o que for incorreto.</p><p>a) O homem cordial existe como um tipo ideal, isto é, trata-se de uma construção abstrata que</p><p>se refere a certos padrões de comportamento individual relacionados com uma estrutura</p><p>política, econômica e cultural predominante na vida social brasileira.</p><p>b) A noção de cordialidade foi amplamente difundida dentro e fora do Brasil como estereótipo</p><p>da hospitalidade e da simpatia do brasileiro e até hoje é considerada uma marca de grande valor</p><p>simbólico no mercado turístico internacional.</p><p>c) A cordialidade se manifesta também na concepção do espaço público como prolongamento</p><p>do espaço privado.</p><p>d) Interpretações sociológicas baseadas na observação de hábitos e costumes como elementos</p><p>delineadores de uma identidade nacional marcaram de forma decisiva a constituição do</p><p>pensamento social brasileiro no início</p><p>do século XX.</p><p>e) Ao instaurar um comportamento marcado pela proximidade, pela afetividade e pela emoção,</p><p>a cordialidade impede o surgimento de relações desiguais e hierárquicas, tais como o</p><p>preconceito social, o racismo e a violência de gênero.</p><p>157) (Unioeste 2016) Leia e responda.</p><p>“Para Gilberto Freire, a família, não o indivíduo, nem tampouco o Estado nem nenhuma</p><p>companhia de comércio, é, desde o século XVI, o grande fator colonizador no Brasil, a unidade</p><p>produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as fazendas, compra escravos, bois,</p><p>ferramentas, a força social que se desdobra em política, constituindo-se na aristocracia colonial</p><p>mais poderosa da América. Sobre ela, o rei de Portugal quase reina sem governar. Os senados</p><p>de Câmara, expressões desse familismo político, cedo limitam o poder dos reis e mais tarde o</p><p>próprio imperialismo ou, antes, parasitismo econômico, que procura estender do reino às</p><p>colônias os seus tentáculos absorventes”.</p><p>Gilberto Freire. Casa Grande & Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio. 1994, p. 19.</p><p>Assinale a afirmativa CORRETA.</p><p>a) Para Freire, o Estado Brasileiro foi o grande impulsionador do desenvolvimento brasileiro.</p><p>b) Para Freire, o rei de Portugal mantinha o total controle sobre o processo de colonização no</p><p>Brasil.</p><p>c) Para Freire, a família não pode ser considerada o agente colonizador do Brasil.</p><p>d) Para Freire, a família foi predominante no desenvolvimento da sociedade brasileira, sua</p><p>existência relacionou-se, desde o início, ao domínio das grandes propriedades, tanto na zona</p><p>rural como posteriormente no meio urbano.</p><p>e) Para Freire, a família manteve-se longe da aristocracia colonial brasileira.</p><p>158) (Enem PPL 2015) Leia o trecho abaixo e responda.</p><p>“A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente</p><p>procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o</p><p>futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais</p><p>de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a</p><p>igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje,</p><p>apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a</p><p>humilhação de muitos”.</p><p>CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,</p><p>2006 (adaptado).</p><p>Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra</p><p>que</p><p>a) essa ideologia equipara a nação a outros países modernos.</p><p>b) esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação.</p><p>c) essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros.</p><p>d) esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes.</p><p>e) essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias.</p><p>159) (Upe 2015) Observe a tabela a seguir:</p><p>Diferença entre as populações de brancos e negros no Brasil (em médias)</p><p>Analfabetismo</p><p>Proporção de</p><p>pobres (família)</p><p>Proporção de</p><p>crianças pobres</p><p>Domicílios com</p><p>banheiros e</p><p>água encanada</p><p>BRASIL 12,9 32,8 46,0 77,0</p><p>Brancos 8,3 22,2 20,2 87,0</p><p>Negros 18,7 45,5 43,1 65,1</p><p>Fonte: ESCÓSSIA, Fernanda. Raças ocupam posições, e negro sofre mais. Folha de São Paulo,</p><p>2, out. 2003. Caderno Especial Qualidade de Vida, p. A-4. Adaptado</p><p>Ela apresenta as principais dimensões que caracterizam a desigualdade racial no Brasil. Com</p><p>base nas médias nela apresentadas, é CORRETO afirmar que</p><p>a) a proporção de negros analfabetos é menor que a média nacional.</p><p>b) os domicílios com banheiro e água encanada representam a dimensão mais desigual,</p><p>mostrando a proximidade do negro em relação ao branco.</p><p>c) a desigualdade social no Brasil aumentou significativamente, pois a proporção de pobres</p><p>negros foi maior que a de brancos e a da média nacional juntas.</p><p>d) as formas de perseguição étnica e racial no Brasil são relações sociais, que refletem a</p><p>desigualdade existente, apresentada na tabela.</p><p>e) há uma desigualdade forte no país entre brancos e negros, e os dados são insuficientes para</p><p>perceber todas as dimensões sociais que tornam os indivíduos desiguais.</p><p>160) (Ufu 2015) O discurso sobre a formação da identidade nacional brasileira tem como uma</p><p>de suas vertentes o estudo das consequências do encontro de três matrizes étnicas: o negro,</p><p>o europeu (branco) e o indígena. Em meio a este debate, e contrariando as teorias raciais,</p><p>elaborou-se uma tese conhecida como “democracia racial”, caracterizada por</p><p>a) defender o direito de participação de representantes de todas as raças no processo político.</p><p>b) pressupor a miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos que formaram a</p><p>nação brasileira.</p><p>c) denunciar os conflitos raciais e a desvalorização dos afrodescendentes no Brasil.</p><p>d) culpar os grupos dominantes pela marginalização dos afrodescendentes e da população</p><p>indígena brasileira.</p><p>e) pressupor a miscigenação resultante de constantes guerras entre os diferentes grupos étnicos</p><p>que formaram a nação brasileira.</p><p>161) (Uema 2015) Leia o fragmento abaixo.</p><p>“[...] Se a supressão do nexo colonial não se refletiu na condição de escravo nem afetou a</p><p>natureza da escravidão mercantil, ela alterou a situação econômica do senhor que deixou de</p><p>sofrer o peso da ‘espoliação colonial‘ e passou a contar, por conseguinte, com todas as vantagens</p><p>da ‘espoliação escravista‘ que não fossem absorvidas diretamente pelos mecanismos</p><p>secularizados do comércio internacional”.</p><p>FERNANDES, Florestan. Circuito Fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”.</p><p>São Paulo: Globo, 2010.</p><p>Baseando-se no fragmento de Florestan Fernandes, pode-se afirmar que a independência do</p><p>Brasil</p><p>a) dificultou o fortalecimento da economia nacional.</p><p>b) fortaleceu o setor econômico escravista nacional.</p><p>c) extinguiu o tráfico de pessoas escravizadas ao país.</p><p>d) rompeu com a estrutura econômica baseada na escravidão.</p><p>e) aumentou a dependência brasileira aos interesses portugueses.</p><p>162) (Enem 2015) Leia o texto abaixo e responda a questão.</p><p>“Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os</p><p>simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para</p><p>a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As</p><p>agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre</p><p>facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O</p><p>peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente</p><p>enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia</p><p>correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras”.</p><p>HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.</p><p>Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador,</p><p>na</p><p>a) rigidez das normas jurídicas.</p><p>b) prevalência dos interesses privados.</p><p>c) solidez da organização institucional.</p><p>d) legitimidade das ações burocráticas.</p><p>e) estabilidade das estruturas políticas.</p><p>163) (Uepa 2015) Leia o texto abaixo para respondera questão proposta.</p><p>Responsabilidade pelas diferenças é da sociedade atual</p><p>“No período colonial e imperial brasileiro, um modelo de escravidão extremamente</p><p>brutal sobre suas vítimas não deixará de lograr mecanismos de mobilidade social para alguns</p><p>descendentes de escravizados que se tornaram libertos.No Brasil do século 19, em algumas</p><p>regiões, eles poderiam chegar mesmo a 80% do total da população livre; dados semelhantes</p><p>aos de Cuba. No Sul dos Estados Unidos, por exemplo, o índice era de</p><p>apenas 4%. Alguns destes</p><p>chegaram – de forma ainda hoje inédita – aos altos escalões da vida cultural e política do país.</p><p>A lista não e tão pequena assim: Rebouças, Patrocínio, Caldas Barbosa, Machado de Assis.</p><p>Na contramão, há quem afirme que a liberdade conquistada pela alforria, em nossa</p><p>antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da cor, tornando as pessoas libertas</p><p>de tez mais escura no máximo quase-cidadãos. De qualquer maneira, se é verdade que nossa</p><p>realidade colonial e imperial guarda uma complexidade própria, o fato é que ao longo do século</p><p>20 a antiga sociedade acabaria abrigando um desconcertante paradoxo. O escravismo não tivera</p><p>nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.</p><p>Para as experiências do pós-emancipação, cor, raça e racismo foram paisagens</p><p>permanentemente reconfiguradas. Ordem, trabalho, disciplina e progresso dialogaram com as</p><p>políticas públicas de aparato policial e criminalização dos descendentes dos escravizados e suas</p><p>formas de manifestação cultural e simbólica. No projeto de nossas elites desse período vigorou</p><p>a concepção de que o desenvolvimento socioeconômico era incompatível com nossas origens</p><p>ancestrais em termos étnicos. Países com maiorias não brancas não atingiram, e jamais</p><p>alcançariam, o tão desejado progresso. Os perniciosos efeitos do sistema escravista foram</p><p>associados às suas vitimas, ou seja, os escravizados.</p><p>No contexto posterior aos anos 1930, a valorização simbólica da mestiçagem seria um</p><p>importante combustível ideológico do projeto desenvolvimentista. Dado o momento histórico</p><p>em que fora forjado, se pode até reconhecer que tal discurso poderia abrigar algum tipo de</p><p>perspectiva progressista. Por outro lado, ao consagrar como natural a convergência das linhas</p><p>de classe e cor, tal lógica tentou convencer que diferenças sociais derivadas de aparências físicas</p><p>(cor da pele, traços faciais), conquanto nítidas e persistentes, inexistiam.</p><p>Ou se existiam eram para ser esquecidas, abafadas ou comentadas no íntimo do lar.</p><p>Como tal, o mito da democracia racial serviu não apenas ao projeto de industrialização do país.</p><p>Também se associou a um modelo de desenvolvimento que viria a ser assumidamente</p><p>concentrador de renda e poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias</p><p>passaram a ser incorporadas à paisagem das coisas.</p><p>Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com</p><p>uma segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do</p><p>escravismo, findado há 120 anos.</p><p>Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção</p><p>de um quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas</p><p>nos ombros do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre</p><p>cor da pele e uma condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos</p><p>momentos da vida social, econômica e institucional.</p><p>A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a</p><p>dimensão de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal</p><p>realidade, fica então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá</p><p>ruptura de nossa paz social.</p><p>O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão,</p><p>muito embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua</p><p>e acriticamente atual.</p><p>O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste</p><p>sexto século brasileiro que há pouco despertou.</p><p>(Flávio Gomes e Marcelo Paixão. Disponível em</p><p>http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2311200806.htm.Texto adaptado)</p><p>Segundo o texto, o primeiro mito é o da democracia racial e o segundo é de que:</p><p>a) as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo.</p><p>b) a ruptura de nossa paz social acontecerá a qualquer momento.</p><p>c) não há mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.</p><p>d) onde há ordem, trabalho, disciplina e progresso não há escravidão.</p><p>e) a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária</p><p>– em razão da classe.</p><p>164) (Uema 2014) A história da cultura brasileira é pontuada pelo “jeitinho brasileiro” e pela</p><p>cordialidade, frutos da colonização portuguesa. Sérgio Buarque sugere que nossa cultura tem</p><p>algumas singularidades, tais como: aversão à impessoalidade, forte simpatia e rejeição ao</p><p>formalismo nas relações sociais. Tais singularidades se refletem no ordenamento da sociedade</p><p>expresso no fragmento da música Minha história de João do Vale e Raimundo Evangelista, que</p><p>trata da educação como base da estratificação social na sociedade burguesa.</p><p>“E quando era noitinha, a meninada ia brincar.</p><p>Vige como eu tinha inveja de ver Zezinho contar:</p><p>“o professor ralhou comigo,</p><p>porque eu não quis estudar” (bis)</p><p>Hoje todos são doutor,</p><p>E eu continuo um João Ninguém</p><p>Mas, quem nasce pra pataca</p><p>nunca pode ser vintém.</p><p>Ver meus amigos doutor basta pra mim sentir bem (bis)...”</p><p>João do vale; Chico Evangelista. “Minha história”. In: álbum, João do Vale. Rio de Janeiro:</p><p>Sony, 1981.</p><p>Conforme a contribuição de Karl Marx sobre a análise da sociedade capitalista, os conceitos</p><p>sociológicos expressos nessa música são</p><p>a) superestrutura, anomia social, racionalidade, alienação.</p><p>b) ação social, infraestrutura, solidariedade orgânica, coesão social.</p><p>c) divisão do trabalho, mais valia, solidariedade mecânica, burocracia.</p><p>d) sansão social, relações de produção, organicismo, forças produtivas.</p><p>e) ideologia, classe social, desigualdade social, relações sociais de trabalho.</p><p>165) (Uem 2013) Os arranjos familiares têm sido considerados pelo pensamento social</p><p>moderno como agências primárias de socialização dos indivíduos. A partir das contribuições</p><p>sociológicas sobre o assunto, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Para Gilberto Freyre, a lógica patriarcal, que regulou as relações familiares no Brasil colônia,</p><p>também ajudou a estruturar as relações políticas e econômicas da época a partir da figura do</p><p>“patriarca”.</p><p>b) A “família nuclear” burguesa pode ser compreendida como um modelo idealizado de</p><p>organização familiar que representou valores e relações sociais dominantes no imaginário</p><p>ocidental contemporâneo.</p><p>c) Os novos papéis sociais assumidos pelas mulheres vêm produzindo mudanças nas relações</p><p>familiares contemporâneas, pois alteram os sentidos tradicionais atribuídos ao casamento e à</p><p>maternidade.</p><p>d) No Brasil, o reconhecimento jurídico da união estável de pessoas do mesmo sexo significou</p><p>uma conquista recente dos grupos envolvidos nas lutas pela legitimação de arranjos familiares</p><p>alternativos.</p><p>e) O aumento expressivo no número de divórcios ocorridos nas últimas décadas está</p><p>diretamente relacionado à crise moral e social por que passa a sociedade brasileira.</p><p>166) (Enem 2013) Leia o trecho abaixo e responda.</p><p>“A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo</p><p>cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo</p><p>do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural</p><p>brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente”.</p><p>MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo</p><p>Público Mineiro, 1988.</p><p>Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira</p><p>ou o candomblé, deve considerar que elas</p><p>a) permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.</p><p>b) perderam a relação com o seu passado histórico.</p><p>c) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.</p><p>d) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos</p><p>no Brasil atual.</p><p>e) demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos europeus.</p><p>167) (Uem 2012) Os sociólogos consideram que o Carnaval é uma das mais importantes</p><p>manifestações da cultura popular brasileira. Assinale o que for incorreto sobre a abordagem</p><p>sociológica dessa festa popular.</p><p>a) A expressiva participação das camadas populares em festas como o Carnaval indica como, no</p><p>Brasil, as desigualdades socioeconômicas não impedem o acesso das classes trabalhadoras às</p><p>mais diversas manifestações culturais.</p><p>b) Festas populares, como o Carnaval, possibilitam o encontro dos grupos, das classes sociais e</p><p>das diferentes etnias.</p><p>c) A festa carnavalesca permite que papéis sociais sejam invertidos; contudo, essa inversão da</p><p>vida diária não se sustenta para além do período carnavalesco.</p><p>d) Por meio do Carnaval, a Sociologia consegue revelar as estruturas de uma sociedade</p><p>altamente hierarquizada e marcada por definições de papéis que dificultam a mobilidade dos</p><p>indivíduos.</p><p>e) O Carnaval brasileiro foi apropriado pela indústria cultural e se tornou um espetáculo que</p><p>movimenta milhões de reais para o setor do turismo, gerando empregos.</p><p>168) (Uema 2015) Leia o trecho abaixo e responda o que for necessário.</p><p>“O sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro Globalização: as consequências humanas, afirma</p><p>que a ‘globalização‘ tem sido apresentada como o destino irremediável do mundo, mas que, no</p><p>fenômeno da globalização, há mais coisas do que pode o olho apreender, pois o fenômeno da</p><p>globalização tanto divide como une”.</p><p>Fonte: BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge</p><p>Zahar, 1999. (adaptado)</p><p>Essa crítica do autor é, também, expressa em outras linguagens como na charge abaixo. Com</p><p>base na charge e nas ideias de Zygmunt Bauman, pode-se afirmar que o fenômeno da</p><p>globalização</p><p>a) seleciona povos, países e setores que serão inseridos no processo, determinando a forma da</p><p>inserção.</p><p>b) uniformiza todos os países e atinge a todos da mesma maneira, sem distinção de etnia, credo</p><p>e ideologia.</p><p>c) distribui igualmente entre povos e países os produtos advindos do desenvolvimento</p><p>econômico e tecnológico.</p><p>d) transforma as nações em uma só, criando uma verdadeira “aldeia global”, na qual todos os</p><p>povos são iguais.</p><p>e) padroniza o mundo social, cultural, política e economicamente, reduzindo as desigualdades</p><p>entre as nações.</p><p>169) (Unimontes 2014) Zygmunt Bauman e Tim May afirmam que a Sociologia</p><p>“é uma disciplina dinâmica e progressiva, produzindo permanentemente novos estudos – o que,</p><p>aliás, não surpreende, considerando que nossa vida muda de várias maneiras e de diferentes</p><p>momentos”.</p><p>Diante do exposto por esses autores contemporâneos e de seus estudos de Sociologia,</p><p>assinale a alternativa INCORRETA.</p><p>a) A Sociologia contribui para o pensar de forma relacional e auxilia a nos situar em redes de</p><p>relações sociais.</p><p>b) A Sociologia estuda processos sociais, funções, normas e ações coletivas, bem como analisa</p><p>as estruturas presentes na sociedade.</p><p>c) A Sociologia contribui para a produção de uma visão crítica dos fenômenos sociais.</p><p>d) Por ser uma ciência da pós-modernidade, a Sociologia procura respostas definitivas e</p><p>irrefutáveis sobre a complexidade social, apontando os melhores caminhos a serem seguidos</p><p>por todos em sociedade.</p><p>e) A Sociologia estuda a estrutura social que o homem vive.</p><p>170) (Interbits 2012) Leia e responda</p><p>“A internet opera preferencialmente com a escrita, a escrita curta e imediata. A velocidade de</p><p>escrita e de leitura está relacionada à agitação mais ou menos alucinada da vida cotidiana,</p><p>estimulada pelas tecnologias comunicacionais. A sociedade mediatizada não é uma sociedade</p><p>feliz; ao contrário, é uma sociedade da compulsão, da cobrança invisível, dos apelos</p><p>permanentes de estar conectado, pois, caso contrário, a pessoa estará "morta".</p><p>Ciro Marcondes Filho. Entrevista. In: IHU On-line. 09 abr. 2011. Adaptado. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/RGR7Xg>. Acesso em 06 nov. 2012.</p><p>Alguns sociólogos desenvolveram conceitos que nos ajudam a compreender o contexto</p><p>apresentado no texto acima. Um desses pensadores, Zygmunt Bauman, define esse tipo de</p><p>contexto como sendo uma:</p><p>a) Sociedade do espetáculo, devido à falta de profundidade da vida humana.</p><p>b) Sociedade infeliz, devido à transformação do homem em coisa.</p><p>c) Sociedade do consumo, uma vez que as pessoas passam a ser definidas pelo que compram.</p><p>d) Modernidade líquida, devido às formas fluídas de existência humana.</p><p>e) Pós-modernidade, devido às transformações geradas pela internet.</p><p>171) (Unioeste 2012) Segundo Zygmunt Bauman, a Sociologia é constituída por um conjunto</p><p>considerável de conhecimentos acumulados ao longo da história. Pode-se dizer que a sua</p><p>identidade forma-se na distinção com o chamado senso comum. Considerando que a</p><p>Sociologia estabelece diferenças com o senso comum e estabelece uma fronteira entre o</p><p>pensamento formal e o senso comum, é correto afirmar que</p><p>a) a Sociologia se distingue do senso comum por fazer afirmações corroboradas por evidências</p><p>não verificáveis, baseadas em ideias não previstas e não testadas.</p><p>b) o pensar sociologicamente caracteriza-se pela descrença na ciência e pouca fidedignidade de</p><p>seus argumentos. O senso comum, ao contrário, evita explicações imediatas ao conservar o rigor</p><p>científico dos fenômenos sociais.</p><p>c) pensar sociologicamente é não ultrapassar o nível de nossas preocupações diárias e</p><p>expressões cotidianas, enquanto o senso comum preocupa-se com a historicidade dos</p><p>fenômenos sociais.</p><p>d) o pensamento sociológico se distingue do senso comum na explicação de alguns eventos e</p><p>circunstâncias, ou seja, enquanto o senso comum se preocupa em analisar e cruzar diversos</p><p>conhecimentos, a Sociologia se preocupa apenas com as visões particulares do mundo.</p><p>e) um dos papéis centrais desempenhados pela Sociologia é a desnaturalização das concepções</p><p>ou explicações dos fenômenos sociais, conservando o rigor original exigido no campo científico.</p><p>172) (Uenp 2011) TEXTOS PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:</p><p>TEXTO I</p><p>“A insegurança ambiente concentra-se no medo pela segurança pessoal; que por sua vez aguça</p><p>ainda mais a figura ambígua e imprevisível do estranho. Estranho na rua, gatuno perto de casa...</p><p>Alarmes contra assalto, bairros vigiados e patrulhados, condomínios fechados, tudo isso serve</p><p>ao mesmo propósito: manter os estranhos afastados. A prisão é apenas a mais radical dentre</p><p>muitas medidas — diferente do resto pelo suposto grau de eficiência, não por sua natureza. As</p><p>pessoas que cresceram numa cultura de alarmes contra ladrões tendem a ser entusiastas</p><p>naturais das sentenças de prisão e de condenações cada vez mais longas. Tudo combina muito</p><p>bem e restaura a lógica ao caos da existência”.</p><p>Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,</p><p>1999.</p><p>TEXTO II</p><p>“Depois de vinte anos sem prestar atenção nas consequências sociais e humanas de um</p><p>capitalismo global incontido, o presidente do Banco Mundial chegou à conclusão de que, para a</p><p>maior parte da população mundial, a palavra ‘globalização’ sugere ‘medo e insegurança’ em vez</p><p>de ‘oportunidade e inclusão’.”</p><p>Eric Hobsbawn, Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras,</p><p>2007.</p><p>Texto 03</p><p>“Entre os jovens, cada vez mais prevalece o ‘cada um por si’. Mais do que a amizade, são redes</p><p>de cumplicidade que orientam a busca da sobrevivência, a abstenção da balbúrdia política. A</p><p>sociedade pretensamente sem classes resulta num egoísmo cheio de cautela. Tal como o</p><p>capitalismo. Isso significa que as ‘derivações’, para falar como Pareto, têm pouca influência e o</p><p>homem continua a ser o que é (mais hobbesiano e menos rousseauísta), sejam quais forem o</p><p>sistema político e a ideologia que o legitimam”.</p><p>Gerard Vincent, Uma história do</p><p>segredo? São Paulo: Companhia das Letras, 2009.</p><p>A cultura contemporânea é marcada pelo medo do outro, pelo egoísmo e pela intolerância; é</p><p>possível identificar, ainda, uma ideologia que é caracterizada pela ausência de fraternidade,</p><p>pela desintegração dos laços humanos e pela solidão. Entre as principais críticas relacionadas</p><p>a essa problemática (guerra civil, democracia e exclusão) estão as queixas ao sistema</p><p>representativo, as queixas de direito e justiça, as queixas econômicas. Sobre o tema assinale</p><p>a alternativa incorreta.</p><p>a) O ceticismo quanto à política – sobretudo a democracia – acompanha esta mesma linha de</p><p>raciocínio. As relações autônomas minoram a criação de uma identidade e os direitos já</p><p>reconhecidos, poucas vezes são efetivados. A solidão cresce na mesma proporção da atitude</p><p>cética.</p><p>b) Embora haja medo do outro, as culturas de um modo geral estão se abrindo para acolher o</p><p>diferente, e isso pode ser percebido tanto na Europa, com relação ao mulçumano, quanto no</p><p>Brasil, com relação aos negros e indígenas, por exemplo.</p><p>c) As queixas de representatividade se dirigem tanto às distorções de representação internas de</p><p>cada Estado, quanto externas, voltadas a atacar as distorções de representatividade existentes</p><p>na Organização das Nações Unidas, por exemplo.</p><p>d) As queixas de direito e justiça ocorrem porque, a despeito de serem frequentemente</p><p>reconhecidos nas constituições nacionais, não são efetivados especialmente no tocante aos</p><p>grupos minoritários, isso tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo subdesenvolvido, o</p><p>que tem colaborado para o aumento do número de movimentos que têm por escopo a</p><p>reivindicação de direitos, ou da efetivação dos já reconhecidos.</p><p>e) Quanto às queixas econômicas, diga-se que estão relacionadas ao alcance da pobreza no</p><p>mundo de hoje. Embora presente no mundo todo, ela é distribuída de forma desigual, de acordo</p><p>com critérios de raça, etnia e gênero. Por exemplo, encontram-se no sul da Ásia e na África</p><p>subsaariana aproximadamente 70% da população mundial que vivem com menos de um dólar</p><p>por dia.</p><p>173) (Ufsc 2019) Leia e responda.</p><p>TEXTO I</p><p>“Assim, nessa pequena comunidade, deparava-se com o que parece ser uma constante universal</p><p>em qualquer figuração de estabelecidos-outsiders: o grupo estabelecido atribuía a seus</p><p>membros características humanas superiores; excluía todos os membros do outro grupo do</p><p>contato social não profissional com seus próprios membros; e o tabu em torno desses contatos</p><p>era mantido através de meios de controle social como a fofoca elogiosa [praise gossip], no caso</p><p>dos que o observavam, e a ameaça de fofocas depreciativas [blame gossip] contra os suspeitos</p><p>de transgressão”.</p><p>ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders. Sociologia das relações de</p><p>poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, p. 20.</p><p>TEXTO II</p><p>“Por conseguinte, o espaço dos estilos de vida, ou seja, o universo das propriedades pelas quais</p><p>se diferenciam, com ou sem intenção de distinção, os ocupantes das diferentes posições no</p><p>espaço social não passa em si mesmo de um balanço, em determinado momento, das lutas</p><p>simbólicas cujo pretexto é a imposição do estilo de vida legítimo e que encontram uma realização</p><p>exemplar nas lutas pelo monopólio dos emblemas da “classe”, ou seja, bens de luxo, bens de</p><p>cultura legítima ou modo de apropriação legítimo desses bens”.</p><p>BOURDIEU, Pierre. A distinção. Crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre:</p><p>Zouk, 2008, p. 233.</p><p>Com relação às teorias de Norbert Elias e John Scotson e de Pierre Bourdieu, é incorreto</p><p>afirmar que:</p><p>a) de acordo com Elias e Scotson, os grupos estabelecidos mobilizam características naturais de</p><p>superioridade a fim de se mostrarem mais valiosos do que outros grupos.</p><p>b) o par conceitual formado por valorização e exclusão é considerado por Elias e Scotson uma</p><p>constante das relações de poder.</p><p>c) a aquisição de símbolos distintivos cumpre uma função de legitimação do estilo de vida que,</p><p>segundo Bourdieu, é parte de um conflito simbólico permanente.</p><p>d) um traço comum a essas teorias é que elas assumem que os mecanismos de exercício do</p><p>poder não são meras imposições das classes dominantes, mas expressam relações entre os</p><p>grupos dominantes e dominados.</p><p>e) Elias e Scotson e Bourdieu podem ser considerados representantes de teorias sociológicas</p><p>que buscam realizar uma síntese teórica entre o papel das estruturas sociais e o papel dos</p><p>agentes da vida social, e isso se expressa na forma como esses autores entendem a luta por</p><p>poder.</p><p>174) (Uel 2017) Leia o texto a seguir.</p><p>“O homem ocidental nem sempre se comportou da maneira que estamos acostumados a</p><p>considerar como típica ou como sinal característico do homem “civilizado”. Se um homem da</p><p>atual sociedade civilizada ocidental fosse, de repente, transportado para uma época remota de</p><p>sua própria sociedade, tal como o período medievo-feudal, descobriria nele muito do que julga</p><p>“incivilizado” em outras sociedades modernas. Sua reação em pouco diferiria da que nele é</p><p>despertada no presente pelo comportamento de pessoas que vivem em sociedades feudais fora</p><p>do Mundo Ocidental. Dependendo de sua situação e de suas inclinações, sentir-se-ia atraído pela</p><p>vida mais desregrada, mais descontraída e aventurosa das classes superiores dessa sociedade</p><p>ou repelido pelos costumes “bárbaros”, pela pobreza e rudeza que nele encontraria. E como quer</p><p>que entendesse sua própria “civilização”, ele concluiria, da maneira a mais inequívoca, que a</p><p>sociedade existente nesses tempos pretéritos da história ocidental não era “civilizada” no mesmo</p><p>sentido e no mesmo grau que a sociedade ocidental moderna”.</p><p>Adaptado de: ELIAS, N. O processo civilizador. v. 1. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994,</p><p>p. 13.</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos de Norbert Elias sobre as normas e as emoções</p><p>disseminadas nas práticas cotidianas, especialmente no tocante à formação da civilização na</p><p>sociedade moderna ocidental, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A construção social do processo civilizador comprova que este é um fenômeno sem</p><p>características evolutivas, dadas as sucessivas rupturas e descontinuidades observadas, por</p><p>exemplo, em relação aos controles das funções corporais.</p><p>b) Os estudos do processo civilizador comprovam que as emoções são inatas, com origem</p><p>primitiva, o que garante a empatia entre indivíduos de diversas sociedades e culturas, bem como</p><p>de diferentes classes sociais.</p><p>c) Os mecanismos de controle e de vigilância da sociedade sobre as maneiras de gerenciar as</p><p>funções corporais correspondem a um aparelho de repressão que se forma na economia política</p><p>da sociedade, sendo, portanto, exterior aos indivíduos.</p><p>d) O modo de se alimentar, o cuidado de si, a relação com o corpo e as emoções em resposta às</p><p>funções corporais são produtos de um processo civilizador, de longa duração, por meio do qual</p><p>se transmitem aos indivíduos as regras sociais.</p><p>e) O processo civilizador propiciou sucessivas aproximações sociais entre o mundo dos adultos</p><p>e o das crianças, favorecendo a transição entre etapas geracionais e reduzindo o embaraço com</p><p>temas relativos à sexualidade.</p><p>175) (Unimontes 2016) Norbert Elias (1897-1990), alemão de origem judaica, é considerado,</p><p>na atualidade, um dos mais importantes representantes da Sociologia. Elias ganhou</p><p>notoriedade, entre outros motivos, por fazer análises dos hábitos e costumes sobre o</p><p>desenrolar do “processo civilizatório”. No que se refere a esse assunto, é INCORRETO afirmar:</p><p>a) Segundo Elias, o termo “civilização” configura-se como um conjunto de hábitos, valores e</p><p>costumes internalizados pelos indivíduos que lhes dão o caráter “social” ou “humano”. Os seres</p><p>humanos, por natureza, não possuem aspectos civilizados, porém possuem</p><p>um potencial que</p><p>lhes permite adquirir e aprender os modos civilizados de existência.</p><p>b) Um aspecto vital da civilização, para Elias, é a autorregulação dos impulsos e pulsões, o</p><p>autocontrole das energias instintivas que brotam dos seres humanos. Importante frisar que se</p><p>trata de um “autocontrole”, ou seja, diferentemente de coações externas que eram antes</p><p>necessárias para a convivência humana.</p><p>c) Os modos civilizados de ser têm relação estreita com o refinamento dos costumes, que</p><p>passam a caracterizar os indivíduos ocidentais modernos. A limpeza e a higiene pessoal são</p><p>exemplos básicos desse refinamento dos costumes.</p><p>d) Estudos sobre civilização e cultura não interessam à Sociologia, por ser uma disciplina</p><p>acadêmica vinculada apenas aos problemas de gestão do aparato estatal.</p><p>e) Um dos objetivos é entender como costumes e comportamento específicos de cada indivíduo</p><p>que vive em sociedade acaba moldando quem ele é.</p><p>176) (Uel 2015) Leia o texto a seguir.</p><p>“A sociedade, com sua regularidade, não é nada externa aos indivíduos; tampouco é</p><p>simplesmente um “objeto oposto” ao indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer dizer</p><p>quando diz “nós”. Mas esse “nós” não passa a existir porque um grande número de pessoas</p><p>isoladas que dizem “eu” a si mesmas posteriormente se une e resolve formar uma associação.</p><p>As funções e as relações interpessoais que expressamos com partículas gramaticais como “eu”,</p><p>“você”, “ele” e “ela”, “nós” e “eles” são interdependentes. Nenhuma delas existe sem as outras</p><p>e a função do “nós” inclui todas as demais. Comparado àquilo a que ela se refere, tudo o que</p><p>podemos chamar “eu”, ou até “você”, é apenas parte”.</p><p>ELIAS, N. A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.57.</p><p>O modo como as diferentes perspectivas teóricas tratam da noção de identidade vincula-se à</p><p>clássica preocupação das Ciências Sociais com a questão da relação entre indivíduo e</p><p>sociedade. Com base no texto e nos conhecimentos da sociologia histórica, de Norbert Elias,</p><p>assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a noção de origem do indivíduo e da</p><p>sociedade.</p><p>a) O indivíduo forma-se em seu “eu” interior e todos os outros são externos a ele, seguindo cada</p><p>um deles o seu caminho autonomamente.</p><p>b) A origem do indivíduo encontra-se na racionalidade, conforme a perspectiva cartesiana,</p><p>segundo a qual “penso, logo existo”.</p><p>c) A sociedade origina-se do resultado diretamente perceptível das concepções, planejamentos</p><p>e criações do somatório de indivíduos ou organismos.</p><p>d) A sociedade forma-se a partir da livre decisão de muitos indivíduos, quando racional e</p><p>deliberadamente decide-se pela elaboração de um contrato social.</p><p>e) A sociedade é formada por redes de funções que as pessoas desempenham umas em relação</p><p>às outras por meio de sucessivos elos.</p><p>177) (Enade 2011) Leia e responda</p><p>“A sociedade do que hoje denominamos era moderna caracteriza-se, acima de tudo no Ocidente,</p><p>por certo nível de monopolização. O livre emprego de armas militares é vedado ao indivíduo e</p><p>reservado a uma autoridade central, qualquer que seja seu tipo, e de igual modo a tributação da</p><p>propriedade ou renda de pessoas concentra-se em suas mãos. Os meios financeiros arrecadados</p><p>pela autoridade sustentam-lhe o monopólio da força militar, o que, por seu lado, mantém o</p><p>monopólio da tributação. [...] É preciso haver uma divisão social muito avançada de funções</p><p>antes que possa surgir uma máquina duradoura, especializada, para administração do</p><p>monopólio. É só depois que surge esse complexo aparelho é que o controle sobre o exército e a</p><p>tributação assumem seu pleno caráter monopolista. Só nessa ocasião está firmemente</p><p>estabelecido o controle militar e fiscal. A partir desse momento, os conflitos sociais não dizem</p><p>mais respeito à eliminação do governo monopolista, mas apenas à questão de quem deve</p><p>controlá-lo, em que meio seus quadros devem ser recrutados e como devem ser distribuídos os</p><p>ônus e benefícios do monopólio. Apenas quando surge esse monopólio permanente da</p><p>autoridade central, é que esses domínios assumem o caráter de Estados”.</p><p>ELIAS, N. O processo civilizador. Formação do Estado e Civilização, v. 2. Tradução Ruy</p><p>Junomann. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. p. 97-8.</p><p>Considerando a dinâmica do processo de formação e consolidação dos Estados Nacionais</p><p>Modernos, exposta por Norbert Elias no texto acima, conclui-se que</p><p>a) a implantação de um aparato militar precedeu, nos estados europeus, a formação de seus</p><p>aparelhos de cobrança de impostos. Com isso, foi possível garantir os privilégios e o prestígio</p><p>social dos grupos burgueses contra o poder econômico dos nobres.</p><p>b) o processo de formação dos Estados Nacionais foi similar na Inglaterra, na França e nos Reinos</p><p>Germânicos. Esses Estados estabeleceram um processo de monopolização da força, da</p><p>tributação e territorial ao longo do século XIV, chegando ao século XVIII como um Estado</p><p>Nacional unificado.</p><p>c) a Revolução de 1789, na França, pode ser caracterizada pela luta da burguesia contra a</p><p>nobreza. Ela foi motivada pelo rompimento das relações de equilíbrio entre ambos os grupos,</p><p>vigentes desde a Idade Média, em virtude de a burguesia assumir, ao longo do século XVIII, o</p><p>controle militar e fiscal da sociedade francesa.</p><p>d) a livre competição, no processo de formação do Estado Moderno, tendeu para a formação de</p><p>monopólios privados e para a gradual transformação desses monopólios privados em públicos.</p><p>A expressão “O Estado sou eu”, de Luis XIV, conserva essa confusão entre o público e o privado.</p><p>e) o estabelecimento de atitudes comportamentais específicas para cada grupo social que</p><p>compunha as “sociedades de corte” faz parte do que Norbert Elias chamou de processo</p><p>civilizador. Esse aspecto, por pertencer ao foro da subjetividade, encontra-se dissociado, no</p><p>âmbito do pensamento do autor, da formação dos Estados nacionais, aspecto de cunho político.</p><p>178) (UFAM) São características da Globalização:</p><p>a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos</p><p>mercados e a valorização tecnológica.</p><p>b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento do</p><p>controle estatal na economia.</p><p>c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e diminuição dos índices</p><p>de robotização na indústria.</p><p>d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos</p><p>trabalhistas.</p><p>e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital</p><p>financeiro.</p><p>179) A economia brasileira, após a maior integração do país no processo de Globalização,</p><p>passou a ter uma relação mais dinâmica com o comércio internacional. A principal atuação do</p><p>Brasil em termos de exportação ocorre por meio de:</p><p>a) produtos industrializados, graças às novas descobertas em pesquisa e tecnologia de ponta.</p><p>b) gêneros agrícolas, com destaque para alimentos de fabricação orgânica.</p><p>c) produtos industrializados, voltados para atender a maior demanda dos países europeus.</p><p>d) produtos primários, com destaque para as vendas ao mercado chinês.</p><p>e) gêneros industriais de base, para abastecer as indústrias tecnológicas norte-americanas.</p><p>180) (Cesgranrio) A década de 90 do século XX será lembrada na história da economia</p><p>brasileira como o período em que o Brasil entrou para a era da globalização, ao mesmo tempo</p><p>em que se desmontaram as bases do modelo de substituição das importações, adotado desde</p><p>a última década do século XIX.</p><p>Sobre o processo mencionado, pode-se afirmar que:</p><p>I – a estruturação de um novo modelo desenvolvimentista no Brasil permitiu o aparecimento de</p><p>um ritmo de crescimento econômico classificado como um dos mais elevados do mundo;</p><p>II – para atingir as suas metas, o governo brasileiro implementou a estabilidade econômica, com</p><p>a redução dos altos juros inflacionários que prevaleciam antes da adoção do Plano Real;</p><p>III – a redução dos gastos públicos e a diminuição do papel do Estado na economia levaram a</p><p>cortes nos investimentos em infraestrutura, piorando a oferta de serviços públicos;</p><p>IV – a paridade cambial que marcou esse período resultou em uma aceleração do consumo e,</p><p>em consequência, no aumento da oferta de emprego e na elevação da qualidade de vida da</p><p>população.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>a) I e II, apenas.</p><p>b) I e III, apenas.</p><p>c) II e III, apenas.</p><p>d) II e IV, apenas.</p><p>e) III e IV, apenas.</p><p>do século XIX. Sobre esse</p><p>período da Sociologia e com base na concepção apresentada nos textos I e II, é CORRETO</p><p>afirmar que</p><p>a) a Sociologia foi chamada de física social e deveria utilizar os métodos da filosofia teológica</p><p>como instrumento de compreensão da sociedade.</p><p>b) as investigações sociológicas deveriam utilizar os mesmos procedimentos das ciências</p><p>naturais, ou seja, a observação, a experimentação e a comparação.</p><p>c) o positivismo foi a corrente filosófica, que fundamentou o surgimento da Sociologia como</p><p>ciência da sociedade, pois tinha uma visão metafísica das relações entre as pessoas.</p><p>d) o principal representante da Sociologia nesse período foi August Comte, que tinha uma visão</p><p>positiva de sociedade, ou seja, uma reflexão sobre a essência e o significado abstrato das</p><p>relações sociais.</p><p>e) as ideias de Comte tinham como objetivo encontrar leis universais para explicar as relações</p><p>sociais, com base nos princípios de subjetividade e parcialidade, utilizados pelas ciências da</p><p>natureza.</p><p>17) (Uem 2018) Auguste Comte (1798-1857), a quem se atribui a formulação do termo</p><p>Sociologia, foi o principal representante e sistematizador do Positivismo. Acerca do</p><p>pensamento comteano, é incorreto afirmar que</p><p>a) considerava os problemas sociais malefícios do desenvolvimento econômico das sociedades</p><p>industriais.</p><p>b) teve grande influência sobre o pensamento social brasileiro do século XIX e início do XX.</p><p>c) a inspiração para o método de investigação dos fenômenos sociais de Comte veio das ciências</p><p>da natureza.</p><p>d) era uma tentativa de constituição de um método objetivo para a observação dos fenômenos</p><p>sociais.</p><p>e) considerava o progresso e a evolução social um princípio da história humana.</p><p>18) (Uel 2016) A ordem e o progresso constituem partes fundamentais da Sociologia de</p><p>Auguste Comte.</p><p>Com base nas ideias comteanas, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A ordem social total se estabelece de acordo com as leis da natureza, e as possíveis</p><p>deficiências existentes podem ser retificadas mediante a intervenção racional dos seres</p><p>humanos.</p><p>b) A liberdade de opinião e a diferença entre os indivíduos são fundamentos da solidariedade</p><p>na formação da estática social; essa diversidade produz vantagens para a evolução, em</p><p>comparação com a homogeneidade.</p><p>c) O desenvolvimento das forças produtivas é a base para o progresso e segue uma linha reta,</p><p>sem oscilações e, portanto, a interferência humana é incapaz de alterar sua direção ou</p><p>velocidade.</p><p>d) O progresso da sociedade, em conformidade com as leis naturais, é resultado da competição</p><p>entre os indivíduos, com base no princípio de justiça de que os mais aptos recebem as maiores</p><p>recompensas.</p><p>e) O progresso da sociedade é a lei natural da dinâmica social e, considerado em sua fase</p><p>intelectual, é expresso pela evolução de três estados básicos e sucessivos: o doméstico, o</p><p>coletivo e o universal.</p><p>19) (Unimontes 2015) O positivismo foi a corrente de pensamento que teve forte influência</p><p>sobre o método de investigação na Sociologia, por propor um sistema geral do conhecimento</p><p>com a pretensão de “organizar” a sociedade. São aspectos fundamentais do positivismo,</p><p>exceto</p><p>a) Para o positivismo clássico, é impossível conhecer o estado de um fenômeno social particular</p><p>se não for considerado cientificamente o todo social.</p><p>b) Na concepção positivista, graças à aplicação da ciência à organização do trabalho, a</p><p>humanidade desenvolve suas potencialidades.</p><p>c) As ideias na Sociologia positivista tentam descobrir qual é a ordem social que orienta a história</p><p>humana.</p><p>d) O positivismo fundamenta-se na concepção dialética de Georg Wilhelm F. Hegel (1770-1831),</p><p>originária do Idealismo alemão. Propõe um método interpretativo de sociedade baseado na</p><p>ideia de contrato social.</p><p>e) Augusto Comte acreditava que era possível elaborar uma ciência capaz de estudar o</p><p>comportamento humano coletivo seguindo os mesmos métodos das ciências naturais.</p><p>20) (Uel 2015) Leia o texto a seguir.</p><p>“Até o século XVIII, a maioria dos campos de conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de</p><p>ciências, era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas</p><p>filosóficos. A constituição de saberes autônomos, organizados em disciplinas específicas, como</p><p>a Biologia ou a própria Sociologia, envolverá, de uma forma ou de outra, a progressiva reflexão</p><p>filosófica, como a liberdade e a razão”.</p><p>Adaptado de: QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um Toque de</p><p>Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002. p.12.</p><p>Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da Sociologia, assinale a alternativa que</p><p>apresenta, corretamente, a relação entre conhecimento sociológico de Auguste Comte e as</p><p>ideias iluministas.</p><p>a) A ideia de desenvolvimento pela revolução social foi defendida pelo Iluminismo, que</p><p>influenciou o Positivismo.</p><p>b) A crença na razão como promotora do progresso da sociedade foi compartilhada pelo</p><p>Iluminismo e pelo Positivismo.</p><p>c) O Iluminismo forneceu os princípios e as bases teóricas da luta de classes para a formulação</p><p>do Positivismo.</p><p>d) O reconhecimento da validade do conhecimento teológico para explicar a realidade social é</p><p>um ponto comum entre o Iluminismo e o Positivismo.</p><p>e) Os limites e as contradições do progresso para a liberdade humana foram apontados pelo</p><p>Iluminismo e aceitos pelo Positivismo.</p><p>21) (Unimontes 2015) As preocupações intelectuais de Auguste Comte (1798-1857) decorrem,</p><p>principalmente, da herança do Iluminismo e da Revolução Francesa. Inspirado no método de</p><p>investigação das ciências da natureza, procurava identificar os princípios da vida social assim</p><p>como outros cientistas explicavam a vida natural. Além de cunhar o nome da nova ciência de</p><p>Sociologia, foi dele a primeira tentativa de definir-lhe o objeto, seus métodos e problemas</p><p>fundamentais, bem como a primeira tentativa de determinar-lhe a posição no conjunto das</p><p>ciências. Considerando as reflexões e definições de Auguste Comte sobre a natureza da</p><p>Sociologia, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Definiu a lei dos três estados, na qual o conhecimento está sujeito, em sua evolução, a passar</p><p>por três estados diferentes: o teológico, o metafísico e o positivo.</p><p>II. Propôs classificação das ciências, que tratam do pensamento sobre cada domínio do universo</p><p>e da sociedade, pela ordem, matemática/astronomia, física, química, biologia e sociologia.</p><p>III. Defendeu que a observação cuidadosa dos fatos empíricos e o teste sistemático de teorias</p><p>sociológicas tornam-se modos dominantes para se acumular conhecimento metafísico.</p><p>IV. Preocupou-se em definir a Sociologia como ciência da humanidade, capaz de desvendar as</p><p>leis da organização humana, cujo conhecimento deveria ter utilidade prática a fim de melhorar</p><p>a vida das pessoas.</p><p>Estão CORRETAS as afirmativas</p><p>a) I, II e III, apenas.</p><p>b) I, III e IV, apenas.</p><p>c) I, II e IV, apenas.</p><p>d) II, III e IV, apenas.</p><p>e) II e IV, apenas.</p><p>22) (Interbits 2013) A bandeira nacional, símbolo maior da República Federativa do Brasil, é</p><p>bastante simbólica. Além das suas cores, existem também os dizeres “Ordem e Progresso”.</p><p>Esses dizeres possuem sua origem em qual teoria filosófica?</p><p>a) No Materialismo histórico, de Karl Marx.</p><p>b) No Positivimo, de Auguste Comte.</p><p>c) No Idealismo, de Friedrich Hegel.</p><p>d) No Funcionalismo, de Émile Durkheim.</p><p>e) No Iluminismo, de René Descartes.</p><p>23) (Ueg 2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do</p><p>positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são:</p><p>a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências</p><p>humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.</p><p>b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos</p><p>de evolução: o metafísico, o empírico</p><p>e o teológico, no qual predomina a religião positivista.</p><p>c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser</p><p>neutra porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.</p><p>d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que</p><p>necessariamente levaria a uma sociedade comunista.</p><p>e) a sociedade é regida por leis naturais tal como a natureza é regida por leis quânticas; as</p><p>ciências humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser</p><p>política.</p><p>24) (Ufrgs 2012) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx identificam imperfeições na</p><p>sociedade industrial capitalista, embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o</p><p>positivismo de Comte, os conflitos entre trabalhadores e empresários são fenômenos</p><p>secundários, deficiências, cuja correção é relativamente fácil, enquanto, para Karl Marx, os</p><p>conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais importante das sociedades modernas.</p><p>A respeito das concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar:</p><p>a) Comte pensava que a organização científica da sociedade industrial levaria a atribuir a cada</p><p>indivíduo um lugar proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça social.</p><p>b) Comte considera que a partir do momento em que os homens pensam cientificamente, a</p><p>atividade principal das coletividades passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à</p><p>resolução de todos os conflitos.</p><p>c) Marx acredita que a história humana é feita de consensos e implica, por um lado, o</p><p>antagonismo entre opressores e oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois</p><p>blocos: burgueses e proletários.</p><p>d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo manifesta-se no fato de que o</p><p>crescimento dos meios de produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos</p><p>trabalhadores embora não elimine as desigualdades sociais.</p><p>e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que a sociedade capitalista industrial</p><p>expressa a predominância de um tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas</p><p>características se refletirão diretamente em suas instituições.</p><p>25) (Uem 2012) Sobre o positivismo, corrente teórica pioneira na sistematização do</p><p>pensamento sociológico, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Apesar de reconhecer as diferenças entre fenômenos do mundo físico e do mundo social, o</p><p>positivismo busca no método das ciências da natureza a orientação básica para legitimar a</p><p>sociologia.</p><p>b) O positivismo enfatiza a coesão e a harmonia entre os indivíduos como solução de conflitos,</p><p>para alcançar o progresso social.</p><p>c) O positivismo endereça uma contundente crítica à sociedade europeia do século XIX,</p><p>sobretudo em razão das desigualdades sociais oriundas da consolidação do capitalismo.</p><p>d) O positivismo utiliza recorrentemente a metáfora organicista para se referir à sociedade como</p><p>um todo constituído de partes integradas e coesas, funcionando harmonicamente, segundo uma</p><p>lógica física ou mecânica.</p><p>e) O positivismo defende uma concepção evolucionista da história social, segundo a qual o</p><p>estágio mais avançado seria dominado pela razão técnico-científica.</p><p>26) (Unioeste 2012) ,A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte –</p><p>foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de</p><p>mostrar por que o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três</p><p>Estados” formulada por Comte, é correto afirmar que</p><p>a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano</p><p>desenvolvem-se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a</p><p>teológica e a metafísica.</p><p>b) na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado</p><p>teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado</p><p>positivo.</p><p>c) o estado teológico, segundo está formulada na “Lei dos Três Estados”, não tem o poder de</p><p>tornar a sociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentação da vida moral.</p><p>d) o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a</p><p>observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos</p><p>fenômenos observáveis.</p><p>e) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o</p><p>estado metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem.</p><p>27) (Ifsp 2011) Segundo a Lei dos Três Estados, conceito fundamental na obra de Auguste</p><p>Comte, a evolução das concepções intelectuais da humanidade percorreu três estados</p><p>teóricos distintos e consecutivos, a saber:</p><p>a) Mitológico, teológico e filosófico.</p><p>b) Teológico, metafísico e científico.</p><p>c) Metafísico, abstrato e positivo.</p><p>d) Fetichista, teológico e positivo.</p><p>e) Mitológico, filosófico e científico.</p><p>28) (Uel 2019) Leia o texto a seguir.</p><p>“A modernidade [...] é um fenômeno de dois gumes. O desenvolvimento das instituições sociais</p><p>modernas e sua difusão em escala mundial criaram oportunidades bem maiores para os seres</p><p>humanos gozarem de uma existência segura e gratificante que qualquer tipo de sistema pré-</p><p>moderno. Mas a modernidade tem também um lado sombrio”.</p><p>GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991, 2ª</p><p>reimpressão, p. 16.</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre o debate a respeito da modernidade, considere</p><p>as afirmativas a seguir.</p><p>I. Para Marx, a modernidade identificava-se com o capitalismo, o qual continha, em suas origens</p><p>industriais, dimensões sociais potencialmente revolucionárias.</p><p>II. No momento do surgimento do industrialismo, Durkheim identificou o lado sombrio da</p><p>modernidade com a possibilidade dos fenômenos da anomia social.</p><p>III. Weber compreendia o mundo moderno como aquele no qual a racionalização implicava a</p><p>expansão da burocracia e dos limites que o corpo de funcionários estabelecia à autonomia</p><p>individual.</p><p>IV. Para Giddens, a atual fase da modernidade, ao reduzir as possibilidades de autodestruição</p><p>social, eliminou a existência da chamada “sociedade de risco”.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Somente as afirmativas I e II são corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.</p><p>29) (Uece 2019) Durkheim afirmou que os acontecimentos sociais – como os crimes, os</p><p>suicídios, a família, a escola, as leis – poderiam ser observados como coisas, pois assim seria</p><p>mais fácil de estudá-los pela Sociologia. Esses fenômenos são por ele denominados de fatos</p><p>sociais. Assinale a opção que apresenta corretamente características do fato social.</p><p>a) É subjetivo, aleatório e coercitivo.</p><p>b) É individual, exterior e representa homogeneização social.</p><p>c) É exterior ao indivíduo, tem poder de generalização e exerce coerção social.</p><p>d) É coletivo, coercitivo e pessoal.</p><p>e) É singular e única para cada.</p><p>30) (Ueg 2019) O objeto de estudo da sociologia remete ao social. Alguns delimitam tal objeto</p><p>a partir de um conceito específico e assim constroem sua abordagem sociológica. Tendo em</p><p>vista que os sociólogos clássicos lançaram as bases para a constituição da sociologia como</p><p>ciência, verifica-se que uma das definições do objeto de estudo da sociologia é</p><p>a) a consciência coletiva, tal como apontou Durkheim.</p><p>b) a luta de classes sociais, tal como definiu Marx.</p><p>c) a comunicação, tal como desenvolveu Adorno.</p><p>d) a ação social, tal como especificou Weber.</p><p>e) a modernidade, tal como colocou Comte.</p><p>31) (Uem-pas 2017) Émile Durkheim (1858-1917) é considerado, conjuntamente com Auguste</p><p>Comte (1798-1857), Karl</p><p>Marx (1818-1883) e Max Weber (1864-1920), um dos fundadores da</p><p>Sociologia. Em 1895, Durkheim publicou As regras do método sociológico, onde apresenta o</p><p>conceito de fato social. Este conceito é central na sociologia durkheiminiana. Sobre o fato</p><p>social é incorreto afirmar:</p><p>a) Émile Durkheim afirma em As regras do método sociológico que o fato social é exterior às</p><p>pessoas.</p><p>b) O fato social, segundo Émile Durkheim, possui uma existência própria, para além das</p><p>manifestações individuais.</p><p>c) Em As regras do método sociológico, Émile Durkheim propõe que o fato social é geral,</p><p>ocorrendo no conjunto de uma sociedade.</p><p>d) Para Émile Durkheim, o fato social é particular e individual.</p><p>e) Uma das características definidoras do fato social, segundo Émile Durkheim, é a sua</p><p>capacidade de coerção sobre as pessoas.</p><p>32) (Interbits 2017) Brasil vive momento de 'anomia', diz FHC</p><p>“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que o Brasil vive um "momento de</p><p>anomia" - estado que se caracteriza pela ausência de regras - e que é preciso "botar ordem na</p><p>casa". "Há falta de sentido de organização e autoridade. Em toda a parte”. Questionado sobre o</p><p>que faria se estivesse no lugar do presidente Michel Temer, FHC disse que "a essa altura, estaria</p><p>considerando o futuro do Brasil e pensando bem: será que eu tenho condições de governar?". Na</p><p>sequência, o tucano foi perguntado quanto tempo levaria para fazer essa reflexão. "Não muito.</p><p>As coisas vão variar com muita velocidade, vão se mover com muita rapidez, eu acho. Sem julgar,</p><p>mas em termos das condições do Brasil, estamos passando por um momento de... Vou falar em</p><p>sociologuês, mas é simples... De anomia”.</p><p>NUCCI, João Paulo. Brasil vive momento de ‘anomia’, diz FHC. O Estado de S.Paulo. 22 mai.</p><p>2017. Disponível em: <http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-vive-momento-</p><p>de-anomia-diz-fhc,70001804232> Acesso em 25 mai. 2017.</p><p>Considerando o contexto político apresentado na notícia acima, assinale a alternativa que</p><p>apresenta, de forma correta, uma interpretação sociológica do contexto brasileiro.</p><p>a) O Brasil vive em uma anomia pela pobreza e desnutrição de sua população.</p><p>b) Ao utilizar o conceito de anomia, Fernando Henrique Cardoso faz referência a uma corrente</p><p>de pensamento sociológico que tem origem no positivismo de Auguste Comte, que valoriza</p><p>ideais como a ordem e o progresso.</p><p>c) Fernando Henrique Cardoso é um ex-presidente do Brasil, do PSDB. Sua análise da política</p><p>tem como objetivo evitar que Lula chegue ao poder nas próximas eleições.</p><p>d) Há uma clara intenção do ex-presidente de criticar o atual presidente, Michel Temer. Assim,</p><p>Fernando Henrique demonstra que seu objeto é assumir o país através de eleições indiretas.</p><p>e) Ao criticar a governabilidade de Michel Temer e defender o sentido de organização e</p><p>autoridade, FHC demonstra que tem uma visão política baseada nas ideias de John Locke, ou</p><p>seja, de que o homem é naturalmente livre.</p><p>33) (Ueg 2016) O objeto de estudo da sociologia, para Durkheim, é o fato social, que deve ser</p><p>tratado como “coisa” e o sociólogo deve afastar suas prenoções e preconceitos. A construção</p><p>durkheimiana do objeto de estudo da sociologia pode ser considerada</p><p>a) positivista, pois se fundamenta na busca de objetividade e neutralidade.</p><p>b) dialética, pois reconhece a existência de uma realidade exterior ao pesquisador.</p><p>c) kantiana, pois trata da “coisa em si” e realiza a coisificação da realidade.</p><p>d) nietzschiana, pois coloca a “vontade de poder” como fundamento para a pesquisa.</p><p>e) weberiana, pois aborda a ação social racional atribuída por um sujeito.</p><p>34) (Ufu 2015) Leia e responda.</p><p>“A concepção da Sociologia de Durkheim se baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo é</p><p>demonstrar que pode e deve existir uma Sociologia objetiva e científica, conforme o modelo das</p><p>outras ciências, tendo por objeto o fato social”.</p><p>ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 336.</p><p>Em vista do exposto, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Durkheim demonstrou que o fato social está desconectado dos padrões de comportamento</p><p>culturais do indivíduo em sociedade e, portanto, deve ser usado para explicar apenas alguns</p><p>tipos de sociedade.</p><p>b) Segundo Durkheim, a primeira regra, e a mais fundamental, é considerar os fatos sociais como</p><p>coisas para serem analisadas.</p><p>c) O estado normal da sociedade para Durkheim é o estado de anomia, quando todos os</p><p>indivíduos exercem bem os fatos sociais.</p><p>d) A solidariedade orgânica, para Durkheim, possui pequena divisão do trabalho social, como</p><p>pode ser demonstrada pela análise dos fatos sociais da sociedade.</p><p>e) A sociologia de Durkheim estudo que o homem é um ser com conhecimento inato, nasce</p><p>pronto e que todas as suas capacidades são baseadas na sua descendência.</p><p>35) (Uem 2014) Leia e responda</p><p>“O devoto, ao nascer, encontra as crenças e as práticas da vida religiosa; existindo antes dele, é</p><p>porque existem fora dele. O sistema de sinais de que me sirvo para exprimir meus pensamentos,</p><p>o sistema de moedas que emprego para pagar as dívidas, os instrumentos de crédito que utilizo</p><p>nas minhas relações comerciais, as práticas seguidas na profissão etc. funcionam</p><p>independentemente do uso que delas faço”.</p><p>(DURKHEIM, E. As regras do método. São Paulo: Editora Nacional, 1974, p. 2).</p><p>Considerando a citação e a teoria sociológica de Durkheim, assinale o que for incorreto.</p><p>a) Conforme Durkheim, a Sociologia pode ser definida como uma ciência que estuda a gênese,</p><p>a duração e o funcionamento dos comportamentos coletivos instituídos pela sociedade.</p><p>b) Segundo Durkheim, os “fatos sociais” são fenômenos coletivos que exercem sobre o indivíduo</p><p>uma coerção exterior que influencia suas maneiras de agir, de pensar e de sentir.</p><p>c) Da perspectiva durkheimiana, os “fatos sociais” são fenômenos subjetivos ou psicológicos que</p><p>dependem da vontade e do desejo individual das pessoas para que possam aparecer na</p><p>sociedade.</p><p>d) De acordo com Durkheim, as “representações coletivas” constituem uma das expressões dos</p><p>fatos sociais, pois compreendem os modos como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a</p><p>envolve.</p><p>e) Para Durkheim, a educação escolar é um momento importante de socialização, no qual as</p><p>novas gerações são levadas a internalizar regras, valores e maneiras de ser que são exigidas pela</p><p>sociedade.</p><p>36) (Unioeste 2013) O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra As Regras</p><p>do Método Sociológico, ocupou-se em estabelecer o objeto de estudo da sociologia. Entre as</p><p>constatações de Durkheim, está a de que o fato social não pode ser definido pela sua</p><p>generalidade no interior de uma sociedade. Nessa obra, Durkheim elabora um tratamento</p><p>científico dos fatos sociais e cria uma base para a sociologia no interior de um conjunto coeso</p><p>de disciplinas sociais, visando fornecer uma base racional e sistemática da sociedade civil.</p><p>Sobre o significado do fato social para Durkheim, é correto afirmar que</p><p>a) os fenômenos sociais, embora obviamente inexistentes sem os seres humanos, residem nos</p><p>seres humanos como indivíduos, ou seja, os fatos sociais são os estados mentais ou emoções</p><p>dos indivíduos.</p><p>b) os fatos sociais, parecem, aos indivíduos, uma realidade que pode ser evitada, de maneira</p><p>que se apresenta dependente de sua vontade. Nesse sentido, desobedecer a uma norma social</p><p>não conduz o indivíduo a sanções punitivas.</p><p>c) a proposição fundamental do método de Durkheim é a de que os fatos sociais devem ser</p><p>tratados como coisas, ou seja, como objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de</p><p>forma natural, mas através da observação e da experimentação.</p><p>d) Durkheim considera os fatos sociais como coisas materiais. Pode-se afirmar, portanto, que</p><p>todo objeto de ciência é uma coisa material e deve ser abordado a partir do</p><p>princípio de que o</p><p>seu estudo deve ser abordado sem ignorar completamente o que são.</p><p>e) os fatos sociais são semelhantes aos fatos psíquicos, pois apresentam um substrato</p><p>semelhante e evoluem no mesmo meio, de maneira que dependem das mesmas condições.</p><p>37) (Upe 2013) A Sociologia nasce no século XIX com o objetivo de combater a visão de mundo</p><p>predominante nesse período, defendendo o estudo da ação coletiva e social. Assim, o objeto</p><p>de estudo da Sociologia é definido como um conjunto de relacionamentos, que os homens</p><p>estabelecem entre si, na vida em sociedade, num determinado contexto histórico. Na tirinha</p><p>a seguir, percebe-se um objeto de estudo da Sociologia, que representa o modo de pensar,</p><p>sentir e agir de um grupo social. Assinale a alternativa que contém a principal característica</p><p>desse objeto de estudo.</p><p>a) Igualdade</p><p>b) Individualismo</p><p>c) Liberdade</p><p>d) Coerção</p><p>e) Solidariedade</p><p>38) (Unimontes 2013) Para o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), a definição</p><p>objetiva de suicídio diz respeito a "todo caso de morte que resulte direta ou indiretamente de</p><p>um ato positivo ou negativo praticado pela própria vítima, sabedora de que deveria produzir</p><p>esse resultado”. Analisando o suicídio como um fenômeno coletivo, esse autor recorre a dados</p><p>relativos ao número de suicídios de várias sociedades para encontrar regularidades e construir</p><p>uma taxa específica para cada uma delas. Analisou variáveis que podem estar relacionadas ao</p><p>suicídio, tais como sexo, crises políticas, crises econômicas, família, religião, escolaridade,</p><p>entre outras. Com base no texto e nas proposições desse autor, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Esse autor estabeleceu a tipologia de suicídios como egoísta, altruísta e anômico. O suicídio</p><p>egoísta é característico nas sociedades tradicionais, enquanto o altruísta e o anômico são</p><p>frequentes apenas nas sociedades modernas.</p><p>II. Cada grupo social tem uma disposição coletiva para o suicídio, e desta derivam as inclinações</p><p>individuais. O grau de coesão ou vitalidade das instituições às quais a pessoa está ligada pode</p><p>preservá-la ou estimulá-la a cometer um ato dessa natureza.</p><p>III. As sociedades religiosa, doméstica e política podem exercer sobre o suicídio uma influência</p><p>moderadora. Ao se constituírem em sociedades integradas, elas protegem seus membros. A</p><p>ultrapassagem, por parte de qualquer delas, de seu grau normal de intensidade pode expor</p><p>alguns membros a formas de suicídio.</p><p>IV. Certas condições de vida social revelam o estado moral da sociedade, podendo gerar</p><p>correntes de egoísmo, de altruísmo ou de anomia que afligem a todos e consequentemente</p><p>aumentam as taxas de suicídio.</p><p>Estão CORRETAS as afirmativas</p><p>a) II, III e IV, apenas.</p><p>b) I, II e IV, apenas.</p><p>c) I, II e III, apenas.</p><p>d) I e III apenas.</p><p>e) I, II, III e IV, apenas.</p><p>39) (Interbits 2012) Um dos aspectos do fato social é a coerção que ele exerce sobre todos os</p><p>indivíduos. Em diversas ações que tomamos na nossa sociedade, podemos identificar fatos</p><p>sociais que aparecem sem que nos demos conta. Qual das ações abaixo pode ser considerada</p><p>como um fato social?</p><p>a) O ato de ir ao estádio de futebol. Todas as mulheres devem, ao menos uma vez, assistir a um</p><p>jogo de futebol no estádio.</p><p>b) O ato de presentear a criança que faz aniversário. Os adultos sabem que se forem convidados</p><p>para uma festa de criança, é bom levarem um presente para ela.</p><p>c) O ato de andar. Toda pessoa deve, obrigatoriamente, saber andar.</p><p>d) O ato de ler livros de literatura. Uma pessoa que não lê literatura fica excluída do convívio</p><p>social.</p><p>e) O ato de brincar de peão. Toda criança é socializada mediante o jogo de peão.</p><p>40) (Interbits 2012) Leia e responda.</p><p>“Para compreender a maneira como a sociedade representa a si mesma e o mundo que a cerca,</p><p>é a natureza da sociedade, e não a dos particulares, que se deve considerar. Os símbolos com os</p><p>quais ela se pensa mudam conforme o que ela é”.</p><p>DURKHEIM, Émile. As regras do Método Sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003,</p><p>p.XXIII.</p><p>Dentre os conceitos abaixo, qual é aquele que Durkheim utiliza para compreender a forma</p><p>como a sociedade representa a si mesma?</p><p>a) Sociedade mecânica.</p><p>b) Sociedade orgânica.</p><p>c) Suicídio.</p><p>d) Representação coletiva.</p><p>e) Anomia social.</p><p>41) (Interbits 2012) No dia 12/07/2012, no Programa “Na Moral”, Pedro Cardoso foi</p><p>entrevistado por Pedro Bial a respeito do trabalho dos paparazzi. Leia abaixo um trecho da</p><p>entrevista:</p><p>“Pedro Bial – Mas seguindo o seu raciocínio: o empresário busca o ganho – pra evitar a palavra</p><p>lucro, que vamos dizer... ou lucro, o que for –, o empresário quer vender revista. As pessoas</p><p>compram essas revistas. Esses sites são os mais acessados – os acessos de celebridades.</p><p>Pedro Cardoso – É, os alemães também compraram o Nazismo, por esse raciocínio. A sociedade</p><p>tem demandas. Nem todas as demandas da sociedade são a saúde dela. [...] Nós temos uma</p><p>doença cultural. Uma doença social que mata pessoas, que constrange a liberdade, que</p><p>principalmente vende uma mentira”.</p><p>Programa Na Moral apresentado em 12/07/2012. [transcrição]. Disponível em:</p><p><http://tvg.globo.com/programas/na-moral...i/2038750/>. Acesso em 15/07/2012.</p><p>No trecho acima, Pedro Cardoso considera que a sociedade possui uma saúde que deve ser</p><p>preservada. Dentre os autores abaixo, qual aquele que apresenta uma concepção</p><p>semelhante?</p><p>a) Max Weber.</p><p>b) Karl Marx.</p><p>c) Émile Durkheim.</p><p>d) Marcel Mauss.</p><p>e) Pierre Bourdieu.</p><p>42) (Interbits 2012) Émile Durkheim, em seus estudos de sociologia, confere importância</p><p>central à religião em uma sociedade. Segundo ele, a religião:</p><p>a) Fortalece os laços de coesão social e contribui para a solidariedade entre os membros da</p><p>sociedade.</p><p>b) Favorece a solidariedade do tipo mecânica, fundamental para evitar a anomia em uma</p><p>sociedade moderna.</p><p>c) Aumenta a alienação dos indivíduos na sociedade capitalista.</p><p>d) Está intimamente relacionada ao surgimento do capitalismo na Europa.</p><p>e) Contribui para que o individualismo moderno seja relegado a somente alguns estratos sociais</p><p>minoritários.</p><p>43) (Unimontes 2012) Segundo Émile Durkheim (1858-1917), os costumes e as ideias</p><p>existentes na sociedade não fomos nós, individualmente, que fizemos. São produtos da vida</p><p>em comum e exprimem as necessidades sociais. São mesmo, na sua maior parte, obras de</p><p>gerações passadas. Segundo as reflexões do autor sobre esse tema, marque a alternativa</p><p>incorreta.</p><p>a) Cada sociedade dispõe de certas regras, normas e leis que existem independentemente dos</p><p>indivíduos e fazem com que a sociedade se perpetue.</p><p>b) As leis e regras sociais existem fora da consciência individual, pairam como que acima de</p><p>todos, formando uma consciência coletiva que a todos permeia.</p><p>c) Os costumes e normas solidificam-se em instituições sociais e essas, por sua vez, são todas as</p><p>crenças e comportamentos instituídos e essenciais para a coletividade.</p><p>d) As transformações das regras e normas sociais ocorrem de forma dialética, em que o processo</p><p>de mudanças é condicionado principalmente pela interação dos indivíduos na ação-reflexão-</p><p>ação.</p><p>e) Os costumes são construídos ao longo do tempo pela necessidade da sociedade.</p><p>44) (Unioeste 2012) Émile Durkheim é considerado um dos fundadores das Ciências Sociais e</p><p>entre as suas diversas obras se destacam “As Regras do Método Sociológico”, “O Suicídio” e</p><p>“Da Divisão do Trabalho Social”. Sobre este último estudo, é correto afirmar que</p><p>a) a divisão do trabalho possui um importante papel social. Muito além do aumento da</p><p>produtividade econômica, a divisão garante a coesão social ao possibilitar o surgimento de um</p><p>tipo específico de solidariedade.</p><p>b) a solidariedade mecânica é o resultado do desenvolvimento da industrialização,</p><p>que garantiu</p><p>uma robotização dos comportamentos humanos.</p><p>c) a solidariedade orgânica refere-se às relações sociais estabelecidas nas sociedades mais</p><p>tradicionais. O nome remete ao entendimento da harmonia existentes nas comunidades de</p><p>menor taxa demográfica.</p><p>d) indiferente dos tipos de solidariedade predominantes, o crime necessita ser punido por</p><p>representar uma ofensa às liberdades e à consciência individual existente em cada ser humano.</p><p>e) a consciência coletiva está vinculada exclusivamente às ações sociais filantrópicas</p><p>estabelecidas pelos indivíduos na contemporaneidade, não tendo nenhuma relação com</p><p>tradições e valores morais comuns.</p><p>45) (Interbits 2012) Leia.</p><p>– Escreveu A ética protestante e o espírito do capitalismo.</p><p>– Nasceu em 1864 e morreu em 1920.</p><p>– Desenvolveu a noção de conceitos ideais típicos.</p><p>– Desenvolveu a chamada sociologia compreensiva.</p><p>As informações acima dizem respeito a qual cientista social?</p><p>a) Max Weber</p><p>b) Émile Durkheim</p><p>c) Karl Marx</p><p>d) Friedrich Hegel</p><p>e) Friedrich Nietzsche</p><p>46) (Interbits 2012) Cada um dos grandes teóricos da sociologia contribuiu com um ponto</p><p>específico de sua teoria para a compreensão do mundo presente. Entre esses teóricos, está</p><p>Max Weber. Podemos afirmar que a grande questão teórica de Weber era o processo de</p><p>racionalização do mundo durante a modernidade. Esse processo pode ser definido como:</p><p>a) A forma como a sociedade ocidental encontrou meios para desenvolver seus valores</p><p>religiosos.</p><p>b) O processo pelo qual a natureza, a sociedade e a ação individual são crescentemente</p><p>enquadradas por uma orientação voltada para a ação racional.</p><p>c) O desenvolvimento das forças produtivas resultantes da luta de classes entre burgueses e</p><p>proletários.</p><p>d) O processo de acomodação dos anseios individuais em uma lógica de acumulação e produção</p><p>de mercadorias.</p><p>e) A utilização da teologia como principal explicação dos anseios humanos.</p><p>47) (Unimontes 2011) Considerando as obras dos clássicos da Sociologia e seus respectivos</p><p>autores, associe a 2ª coluna com a 1ª.</p><p>1) As regras do método sociológico</p><p>2) A ética protestante e o espírito do</p><p>capitalismo</p><p>3) O Capital</p><p>( ) Karl Marx (1818-1883)</p><p>( ) Émile Durkheim (1858-1917)</p><p>( ) Max Weber (1864-1920)</p><p>A sequência correta é</p><p>a) 3, 1, 2.</p><p>b) 1, 2, 3.</p><p>c) 2, 1, 3.</p><p>d) 3, 2, 1.</p><p>e) 1, 3, 2.</p><p>48) (Unicentro 2011) Max Weber, um dos fundadores da Sociologia, tinha amplo</p><p>conhecimento em muitas áreas afins a essa ciência, tais como economia, direito e filosofia.</p><p>Assim, ao analisar o desenvolvimento do capitalismo moderno, buscou entender a natureza e</p><p>as causas da mudança social. Em sua obra, existem dois conceitos fundamentais, ou seja,</p><p>a) cultura e tipo Ideal.</p><p>b) classe e proletariado.</p><p>c) anomia e solidariedade.</p><p>d) fato social e burocracia.</p><p>e) ação social e racionalidade.</p><p>49) (Unicentro 2010) Leia e responda.</p><p>“A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se pela ação de outros, que podem ser</p><p>passadas, presentes ou esperadas como futuras (vingança por ataques anteriores, réplica a</p><p>ataques presentes, medidas de defesa diante de ataques futuros). Os ´outros` podem ser</p><p>individualizados e conhecidos ou um pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente</p><p>desconhecidos”.</p><p>(Max Weber. Ação social e relação social. In M.M. Foracchi e J.S Martins. Sociologia e</p><p>Sociedade. Rio de Janeiro, LTC, 1977, p.139).</p><p>Max Weber, um dos clássicos da sociologia, autor dessa definição de ação social, que para ele</p><p>constitui o objeto de estudo da sociologia, apontou a existência de quatro tipos de ação social.</p><p>Quais são elas?</p><p>a) Ação tradicional, ação afetiva, ação política com relação a valores, ação racional com relação</p><p>a fins.</p><p>b) Ação tradicional, ação afetiva, ação racional e ação carismática.</p><p>c) Ação tradicional, ação afetiva, ação política com relação a valores, ação política com relação</p><p>a fins.</p><p>d) Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação racional com relação a</p><p>valores.</p><p>e) Ação tradicional, ação emotiva, ação racional com relação a fins e ação política não esperada.</p><p>50) (Uel 2008) Max Weber, sociólogo alemão, conceituou três tipos ideais de dominação:</p><p>dominação legal, dominação tradicional e dominação carismática. São tipos ideais porque são</p><p>construções conceituais que o investigador utiliza para fazer aproximações entre a teoria e o</p><p>mundo empírico. Leia a seguir o trecho da Carta Testamento de Getúlio Vargas:</p><p>“Sigo o destino que é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos</p><p>econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho</p><p>de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos</p><p>braços do povo”.</p><p>(VARGAS, G. Carta Testamento. Disponivel em:</p><p>http://www.cpdoc.fgv.br/dhbd/verbetes_htm/5458_53.asp. Acesso em: 17 nov. 2007.)</p><p>Com base nos conhecimentos sobre os tipos ideais de dominação e levando em consideração</p><p>o texto citado e as características históricas e políticas do período, assinale a única alternativa</p><p>que apresenta a configuração correta do tipo de dominação exercida por Getúlio Vargas.</p><p>a) Dominação carismática e tradicional.</p><p>b) Dominação tradicional que se opõe à dominação carismática.</p><p>c) Dominação tradicional e legal.</p><p>d) Dominação legal e carismática.</p><p>e) Dominação legal que reforça a dominação tradicional.</p><p>51) (Ufsc 2018) O ano de 2017 marca os 500 anos da publicação do documento considerado o</p><p>marco fundador da Reforma Protestante: as 95 teses de Martinho Lutero. Sobre a Reforma</p><p>Protestante e seus desdobramentos, é incorreto afirmar que:</p><p>a) Martinho Lutero recusava o princípio católico de que a salvação dependia da fé, das obras</p><p>humanas e da graça divina porque, na sua concepção, apenas a fé levava à salvação.</p><p>b) ao contrário do que defendia a Igreja Católica, Lutero sustentava que todas as pessoas,</p><p>religiosas ou leigas, deveriam ter acesso à Bíblia para que compreendessem individual e</p><p>livremente a palavra de Deus.</p><p>c) de acordo com o sociólogo Max Weber, há uma adequação entre a atitude protestante e a</p><p>atitude capitalista.</p><p>d) como consequência imediata da Reforma Protestante, os camponeses, estimulados pelas</p><p>palavras de Lutero contra a autoridade da Igreja Católica, iniciaram uma série de levantes contra</p><p>a nobreza e o clero.</p><p>e) o movimento luterano, apesar de toda a sua crítica reformista, mantinha a defesa da</p><p>negociação das indulgências (perdões) para os pecados que os infiéis cometessem.</p><p>52) (Uel 2019) Leia o texto a seguir.</p><p>“A menos que seja um físico, quem anda num bonde não tem ideia de como o carro se</p><p>movimenta. E não precisa saber. Basta-lhe poder contar com o comportamento do bonde a</p><p>orientar sua conduta de acordo com sua expectativa; mas nada sabe sobre o que é necessário</p><p>para produzir o bonde ou movimentá-lo. O selvagem tem um conhecimento incomparavelmente</p><p>maior sobre suas ferramentas”.</p><p>WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. Max Weber. Ensaios de</p><p>Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 165.</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade moderna, conforme Max Weber,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A secularização da vida moderna e o consequente desencantamento do mundo são</p><p>expressões da racionalização ocidental.</p><p>b) O homem moderno detém menor controle sobre as forças da natureza, em comparação com</p><p>o domínio que possuía o “selvagem”.</p><p>c) O avanço da racionalidade produz, também, uma maior revitalização da cultura clássica, dado</p><p>que amplia o alcance das escolhas efetivas disponíveis.</p><p>d) O desencantamento do mundo é um fato social que atua como força coercitiva sobre as</p><p>vontades individuais, visando à construção da consciência coletiva.</p><p>e) O desencantamento do mundo destitui o Ocidente</p><p>de um elemento diferenciador em relação</p><p>ao Oriente: as ações sociais dotadas de sentido.</p><p>53) (Ueg 2019) O objeto de estudo da sociologia remete ao social. Alguns delimitam tal objeto</p><p>a partir de um conceito específico e assim constroem sua abordagem sociológica. Tendo em</p><p>vista que os sociólogos clássicos lançaram as bases para a constituição da sociologia como</p><p>ciência, verifica-se que uma das definições do objeto de estudo da sociologia é</p><p>a) a consciência coletiva, tal como apontou Durkheim.</p><p>b) a luta de classes sociais, tal como definiu Marx.</p><p>c) a comunicação, tal como desenvolveu Adorno.</p><p>d) a ação social, tal como especificou Weber.</p><p>e) a modernidade, tal como colocou Comte.</p><p>54) (Ufu 2018) Leia e responda.</p><p>“Para Weber, um tipo de dominação é estabelecido, pois “obedece-se não à pessoa em virtude</p><p>de seu direito próprio, mas à regra estatuída, que estabelece ao mesmo tempo a quem e em que</p><p>medida se deve obedecer”.</p><p>COHN, Gabriel (Org.). Weber: Sociologia. 5.ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 129. Coleção</p><p>Grandes Cientistas Sociais.</p><p>Com base na análise weberiana, assinale a alternativa que indica o tipo de dominação a que</p><p>essa descrição está relacionada.</p><p>a) Dominação Legal.</p><p>b) Dominação Carismática.</p><p>c) Dominação Tradicional.</p><p>d) Dominação Altruísta.</p><p>e) Dominação Católica.</p><p>55) (Ueg 2018) O sociólogo Max Weber desenvolveu estudos sobre a ética protestante e o</p><p>espírito do capitalismo. A esse respeito tem-se o seguinte:</p><p>a) a tentativa de constituir uma ciência da sociedade promoveria um processo de pesquisa</p><p>multidisciplinar e não especializado e por isso Weber concebia a economia como determinante</p><p>da cultura e o capitalismo determinante do protestantismo.</p><p>b) o processo de racionalização era o fio condutor da análise do capitalismo ocidental por parte</p><p>de Weber e por isso ele analisou o papel da ética protestante, que apontaria um primeiro</p><p>momento de racionalização na esfera religiosa.</p><p>c) Weber considerava que as ideias dominantes eram as ideias da classe dominante, que, na</p><p>modernidade, era a classe capitalista, e por isso a ética protestante desenvolvida pelos</p><p>comerciantes gerou o espírito do capitalismo.</p><p>d) a inspiração na dialética idealista hegeliana fez com que Weber focalizasse a questão cultural</p><p>e desenvolvesse um determinismo cultural segundo o qual o modo de produção capitalista seria</p><p>produto do protestantismo.</p><p>e) a concepção weberiana surgiu a partir de uma síntese da filosofia kantiana e marxista e por</p><p>isso ele focaliza o processo de formação do capitalismo ao lado do desenvolvimento do</p><p>protestantismo e do apriorismo.</p><p>56) (Unioeste 2016) Max Weber (1864-1920) afirma que</p><p>“devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos</p><p>limites de determinado território […], reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física”.</p><p>(Weber, Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2006, p. 56).</p><p>Assinale a alternativa CORRETA, a respeito do significado da afirmação de Weber.</p><p>a) Para Weber, no caso do Estado contemporâneo, apenas seus agentes podem utilizar a</p><p>violência de modo legítimo dentro dos limites do seu território.</p><p>b) O Estado foi sempre o único agente que pode utilizar legalmente a violência com o</p><p>consentimento dos cidadãos – a violência dos pais contra os filhos, por exemplo, sempre foi</p><p>ilegal.</p><p>c) Atualmente, o Estado é o único agente que utiliza a violência (ameaças, armas de fogo, coação</p><p>física) como meio de atingir seus fins – assim a segurança de todos os cidadãos está garantida.</p><p>d) Outros grupos também podem utilizar a violência como recurso – por exemplo, as empresas</p><p>privadas de vigilância – independente da autorização legal do Estado.</p><p>e) Todos os cidadãos reconhecem como legítima qualquer violência praticada pelos agentes do</p><p>Estado contemporâneo – por exemplo, quando a polícia usa balas de borracha contra grevistas.</p><p>57) (Uel 2015) Leia o texto a seguir.</p><p>“Lembra-te de que tempo é dinheiro; aquele que pode ganhar dez xelins por dia por seu trabalho</p><p>e vai passear, ou fica vadiando metade do dia, embora não despenda mais do que seis pence</p><p>durante seu divertimento ou vadiação, não deve computar apenas essa despesa; gastou, na</p><p>realidade, ou melhor, jogou fora, cinco xelins a mais”.</p><p>WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Pioneira; Brasília:</p><p>UNB, 1981, p.29.</p><p>O conselho de Benjamin Franklin é analisado por Max Weber (1864-1920) na obra A Ética</p><p>Protestante e o Espírito do Capitalismo. Com base nessa obra, assinale a alternativa que</p><p>apresenta, corretamente, a compreensão weberiana sobre o sentido da conduta do indivíduo</p><p>na formação do capitalismo moderno ocidental.</p><p>a) Tradicionalidade.</p><p>b) Racionalidade.</p><p>c) Funcionalidade.</p><p>d) Utilitariedade.</p><p>e) Organicidade.</p><p>58) (Upe 2015) Leia os textos a seguir:</p><p>TEXTO 1</p><p>“Toda maneira de agir, fixa ou não; suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior;</p><p>ou então, ainda que seja geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma</p><p>existência própria, independentemente das manifestações individuais que possa ter”.</p><p>SILVA, José Otacílio da. Elementos da Sociologia Geral. 2. ed. Cascavel: Edunioeste, 2006, p.</p><p>102.</p><p>TEXTO 2</p><p>“A interação entre torcedor e jogador constitui-se em um fenômeno social, pois seus agentes</p><p>têm um ao outro como referência para seus atos. Do mesmo modo, podem ser tratadas todas</p><p>as interações existentes no âmbito do esporte, que, no geral, tomam o comportamento do</p><p>jogador como referência, orientando seus atos a partir desse parâmetro”.</p><p>DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010, p. 15.</p><p>Os estudos sociológicos se baseiam em vários objetos que são temas específicos de</p><p>investigação. Os objetos de estudos descritos nos textos 1 e 2 são, respectivamente,</p><p>a) dialética e materialismo.</p><p>b) fato social e ação social.</p><p>c) fato social e materialismo.</p><p>d) positivismo e funcionalismo.</p><p>e) funcionalismo e sociologia compreensiva.</p><p>59) (Interbits 2014) A sociologia desenvolvida por Max Weber é tradicionalmente conhecida</p><p>como sociologia compreensiva. Assinale a alternativa correta a respeito da sociologia</p><p>weberiana:</p><p>a) Para Max Weber, os fatos sociais devem ser tratados como coisas.</p><p>b) Para Weber, a ação compreensiva é a ação com sentido, sendo analisada mediante tipos</p><p>puros ou ideais.</p><p>c) Segundo Weber, a sociologia deve estar comprometida com a transformação social resultante</p><p>da luta de classes.</p><p>d) Weber está interessado em compreender o desenvolvimento do capitalismo moderno. Por</p><p>isso ele desenvolve a noção de solidariedade orgânica e mecânica.</p><p>e) Weber pouco se interessou pelo fenômeno da Religião. Segundo ele, a religião é o ópio do</p><p>povo e, por isso, deve ser substituída pela razão como forma de compreender o mundo.</p><p>60) (Interbits 2013) Leia o trecho e responda.</p><p>“Basta uma vista de olhos pelas estatísticas ocupacionais de um país pluriconfessional para</p><p>constatar a notável frequência de um fenômeno por diversas vezes vivamente discutido na</p><p>imprensa e na literatura católicas bem como nos congressos católicos da Alemanha: o caráter</p><p>predominantemente protestante dos proprietários do capital e empresários, assim como das</p><p>camadas superiores da mão de obra qualificada, notadamente do pessoal de mais alta</p><p>qualificação técnica ou comercial das empresas modernas”.</p><p>WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, 2004, p. 29.</p><p>O livro A ética protestante e o “espírito” do capitalismo começa com a constatação de uma</p><p>relação entre dois fenômenos. Que fenômenos são esses, expressos no texto acima?</p><p>a) Confissão religiosa e estratificação social.</p><p>b) Confissão religiosa e preferência sexual.</p><p>c) Estratificação social e desenvolvimento social.</p><p>d) Formação universitária e desenvolvimento econômico.</p><p>e) Estatística e literatura.</p><p>61) (Interbits 2012) Leia e responda.</p><p>“Sendo uma ciência generalizadora, a Sociologia constrói conceitos-tipo, ‘vazios frente à</p><p>realidade concreta do histórico’ e distanciados desta, mas unívocos porque pretendem ser</p><p>fórmulas interpretativas através das quais se apresenta uma explicação racional para a</p><p>realidade empírica que organiza. [...] Um conceito típico-ideal é um modelo simplificado do real,</p><p>elaborado com base em traços considerados essenciais para a determinação da causalidade,</p><p>segundo os critérios de quem pretende explicar um fenômeno”.</p><p>QUITANEIRO, T. Um toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim. 2.ed. rev. amp. Belo</p><p>Horizonte: Editora UFMG, 2002, p. 112-113.</p><p>Uma das formas de interpretação sociológica é por meio de conceitos ideais-típicos, que</p><p>servem ao sociólogo como forma de objetivar a realidade e compreendê-la de forma rigorosa.</p><p>Quem foi o autor que desenvolveu esse tipo de compreensão sociológica?</p><p>a) Karl Marx.</p><p>b) Max Weber.</p><p>c) Émile Durkheim.</p><p>d) Augusto Comte.</p><p>e) Marcel Mauss.</p><p>62) (Uema 2012) No conjunto da sua Sociologia compreensiva, o sociólogo alemão Max Weber</p><p>define ação social como ação</p><p>a) racional em que o agente associa um sentido objetivo aos fatos sociais.</p><p>b) desprovida de sentido subjetivo e motivacional.</p><p>c) humana associada a um sentido objetivo.</p><p>d) cuja intenção fomentada pelos indivíduos se refere à conduta de outros, orientando-se por</p><p>ela.</p><p>e) não orientada significativamente pela conduta do outro em prol de um bem comum.</p><p>63) (Uel 2007) Max Weber, sociólogo alemão, presenciou as crises e as grandes</p><p>transformações da Europa do início do século XX, desenvolvendo uma obra vasta que aborda</p><p>os aspectos econômicos, políticos e sociais do mundo atual. Tomando como base a teoria</p><p>weberiana, é correto afirmar que:</p><p>a) O Estado moderno é controlado pela classe detentora do capital e, sendo assim, a função do</p><p>Estado é dominar e oprimir os trabalhadores.</p><p>b) A sociedade moderna caracteriza-se pela complexidade das relações sociais, exigindo para o</p><p>seu funcionamento o aperfeiçoamento de organizações racionais e burocratizadas.</p><p>c) Em sua essência, todas as sociedades são iguais, pois, independentemente do período</p><p>histórico, os seres humanos são egoístas e ambiciosos.</p><p>d) As sociedades humanas são organizadas tal como os organismos biológicos, com as</p><p>instituições sociais estabelecendo entre si uma interdependência semelhante ao funcionamento</p><p>dos órgãos do corpo humano.</p><p>e) A complexidade da sociedade moderna cria um significativo sentimento de insegurança nos</p><p>indivíduos, que os leva à busca da religiosidade e dos rituais mágicos e místicos.</p><p>64) (Ueg 2017) O ser humano é explicado por diversas abordagens sociológicas e filosóficas</p><p>que propõem diferentes concepções de natureza humana, chegando mesmo a negá-la. Em</p><p>relação a tais concepções, tem-se o seguinte:</p><p>a) Marx compreendia a natureza humana a partir das necessidades humanas, especialmente o</p><p>desenvolvimento de sua sociabilidade, e que, com o surgimento das classes sociais e da</p><p>alienação, essa natureza seria negada.</p><p>b) a sociologia recusa totalmente a ideia de natureza humana, pois essa natureza seria</p><p>metafísica, já que o ser humano é um produto social e histórico e o indivíduo nasce como uma</p><p>folha em branco, na qual a cultura escreve seu texto.</p><p>c) Durkheim concebia a existência de uma dupla natureza humana, sendo que uma natureza</p><p>humana seria caracterizada pela violência e a outra pela razão, cabendo à socialização o papel</p><p>de superar ambas pela solidariedade.</p><p>d) para Kant e Hegel, a natureza humana era uma criação ideológica do iluminismo, que deveria</p><p>ser superada por uma filosofia racionalista que reconhecesse que o ser humano é um projeto</p><p>gestado pela razão.</p><p>e) Nietzsche considerava que a essência do ser humano é a racionalidade, e cuja existência é</p><p>comprovada pelo fato de que somente os seres pensantes possuem certeza de sua existência a</p><p>partir do próprio ato de pensar.</p><p>65) (Uel 2016) A ópera-balé Os Sete Pecados Capitais da Pequena Burguesia, de Kurt Weill e</p><p>Bertold Brecht, composta em 1933, retrata as condições dessa classe social na derrocada da</p><p>ordem democrática com a ascensão do nazismo na Alemanha, por meio da personagem Anna,</p><p>que em sete anos vê todos os seus sonhos de ascensão social ruírem. A obra expressa a visão</p><p>marxista na chamada doutrina das classes. Em relação à doutrina social marxista, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) A alta burguesia é uma classe considerada revolucionária, pois foi capaz de resistir à ideologia</p><p>totalitária através do controle dos meios de comunicação.</p><p>b) A classe média, integrante da camada burguesa, foi identificada com os ideais do nacional-</p><p>socialismo por defender a socialização dos meios de produção.</p><p>c) A pequena burguesia ou camada lúmpen é revolucionária, identificando a alta burguesia como</p><p>sua inimiga natural a ser destruída pela revolução.</p><p>d) A pequena burguesia ou classe média é uma classe antirrevolucionária, pois, embora esteja</p><p>mais próxima das condições materiais do proletariado, apoia a alta burguesia.</p><p>e) O proletariado e a classe média formam as classes revolucionárias, cuja missão é a derrubada</p><p>da aristocracia e a instauração do comunismo.</p><p>66) (Fatec 2013) Em 2012, o Brasil comemorou os 100 anos de nascimento do escritor baiano</p><p>Jorge Amado. Uma das características de seus livros é a defesa de suas ideias políticas.</p><p>Leia atentamente o trecho do romance Jubiabá, publicado em 1937.</p><p>“Quando eu saio de casa, digo a meus filhos: vocês são irmãos de todas as crianças operárias do</p><p>Brasil. Digo isso porque posso morrer e quero que meus filhos continuem a lutar pela redenção</p><p>do proletariado. O proletariado é uma força e se souber se conduzir, se souber dirigir a sua luta,</p><p>conseguirá o que quiser...”</p><p>(AMADO, Jorge. Jubiabá. São Paulo: Martins Fontes, s/d, p. 286. Adaptado)</p><p>Considerando que o trecho expressa o ponto de vista do escritor, conclui-se que Jorge Amado</p><p>defendia uma posição política</p><p>a) integralista.</p><p>b) socialista.</p><p>c) neoliberal.</p><p>d) absolutista.</p><p>e) nazifascista.</p><p>67) (Uel 2018) Leia o texto a seguir.</p><p>“Assim como Darwin descobriu a lei do desenvolvimento da natureza orgânica, Marx descobriu</p><p>a lei do desenvolvimento da história humana. A produção dos meios imediatos de vida, materiais</p><p>e, por conseguinte, a correspondente fase de desenvolvimento econômico de um povo ou de uma</p><p>época é a base a partir da qual tem se desenvolvido as instituições políticas, as concepções</p><p>jurídicas, as ideias artísticas. A descoberta da mais-valia clareou estes problemas”.</p><p>(Adaptado de: ENGELS, F. Discurso diante do túmulo de Marx. 1883. Disponível em:</p><p><http://www.marxists.org/espanol/m-e/1880s/83-tumba.htm>. Acesso em: 11 set. 2017.)</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção materialista da história, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>a) Existem leis gerais e invariáveis na história, que fazem a vida social retornar continuamente</p><p>ao ponto de partida, isto é, a uma forma idêntica de exploração do homem sobre o homem.</p><p>b) A mais-valia, ou seja, uma maneira mais eficaz de os proprietários lucrarem por meio da venda</p><p>dos produtos acima de seus preços, é uma manifestação típica da sociedade capitalista e do</p><p>mundo moderno.</p><p>c) O darwinismo social é a base da concepção materialista da história na medida em que esta</p><p>teoria demonstra cientificamente que somente os mais aptos podem sobreviver e dominar,</p><p>sendo os capitalistas um exemplo.</p><p>d) A partir de intercâmbios na infraestrutura da vida social, desenvolve-se um conjunto de</p><p>relações que passam a integrar o campo da superestrutura, com uma interdependência</p><p>necessária</p>

Mais conteúdos dessa disciplina