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<p>NOVACAP</p><p>Companhia Urbanizadora da Nova</p><p>Capital</p><p>Técnico Administrativo</p><p>Conhecimentos Do Distrito</p><p>Federal E Política Para</p><p>Mulheres</p><p>Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos</p><p>pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,</p><p>por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da</p><p>editora Nova Concursos.</p><p>Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso</p><p>de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site</p><p>www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e</p><p>Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações.</p><p>Dúvidas</p><p>www.novaconcursos.com.br/contato</p><p>sac@novaconcursos.com.br</p><p>Obra</p><p>NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital</p><p>Técnico Administrativo</p><p>Autores</p><p>CONHECIMENTOS DO DISTRITO FEDERAL E POLÍTICA PARA MULHERES • André Lima, Fernando</p><p>Zantedeschi, Isadora Terra e Vinícius Bernardo</p><p>Edição: Março/2024</p><p>ISBN: 978-65-5451-310-4</p><p>SUMÁRIO</p><p>CONHECIMENTOS DO DISTRITO FEDERAL E POLÍTICA PARA</p><p>MULHERES ..............................................................................................................................5</p><p>DOMÍNIO DE TÓPICOS ATUAIS E RELEVANTES ACERCA DA REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL,</p><p>HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO DISTRITO</p><p>FEDERAL E DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO FEDERAL E</p><p>ENTORNO (RIDE) .................................................................................................................................. 5</p><p>LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 94/1998 ..................................................................................................30</p><p>DECRETO FEDERAL N° 7.469, DE 2011 ...........................................................................................................33</p><p>PLANO DISTRITAL DE POLÍTICA PARA MULHERES (2020 — 2023) ............................................. 41</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>5</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>CONHECIMENTOS DO DISTRITO FEDERAL E</p><p>POLÍTICA PARA MULHERES</p><p>DOMÍNIO DE TÓPICOS ATUAIS E RELEVANTES ACERCA DA REALIDADE</p><p>ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA</p><p>E ECONÔMICA DO DISTRITO FEDERAL E DA REGIÃO INTEGRADA DE</p><p>DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO (RIDE)</p><p>FORMAÇÃO TERRITORIAL</p><p>Antes da ocupação do atual Distrito Federal, havia diversos povos indígenas vivendo na região.</p><p>Com a colonização do Brasil e, consequentemente, com a descoberta de jazidas de ouro em Goiás e</p><p>Mato Grosso, o local se tornou um ponto de passagem para rotas de exploração e comércio. Logo,</p><p>pequenos núcleos urbanos foram estabelecidos na área.</p><p>A ideia de criar uma cidade planejada para ser a capital do Brasil surgiu durante o período</p><p>colonial e persistiu ao longo do tempo. Esse desejo foi oficialmente reconhecido na Constitui-</p><p>ção, de 1891 — o primeiro documento constitucional do país a tratar explicitamente da trans-</p><p>ferência da capital federal do Rio de Janeiro para o interior do país.</p><p>A criação de uma capital nova exigia a composição de um Distrito Federal que abrangesse</p><p>a área de influência da cidade. Esse modelo já era adotado por outros países com sistemas</p><p>federais, como os Estados Unidos.</p><p>Assim, sob a liderança do governo de Juscelino Kubitschek (1956–1961), o projeto de cons-</p><p>trução da nova capital começou a ser desenvolvido. Vale ressaltar a contribuição dos arquite-</p><p>tos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, bem como do engenheiro Joaquim Cardozo. A escolha da</p><p>localização do Distrito Federal foi motivada por considerações políticas e estratégicas, como</p><p>fortalecer a segurança nacional e promover o desenvolvimento do interior do Brasil.</p><p>A construção de Brasília começou em 1956, e a cidade foi inaugurada em 21 de abril de 1960.</p><p>A partir daí, o Distrito Federal foi oficialmente estabelecido como uma divisão administrativa</p><p>do país, correspondendo ao poder central.</p><p>O Distrito Federal se consolidou como um importante centro político do Brasil e atraiu a</p><p>migração de pessoas de outras regiões do país, contribuindo para a ocupação do território.</p><p>Apesar de ser a menor unidade federativa do Brasil, o Distrito Federal é composto por 33</p><p>regiões administrativas.</p><p>Vejamos, na figura a seguir, o mapa do Brasil atual por estados.</p><p>6</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>AM</p><p>RR</p><p>PA</p><p>AP</p><p>AC</p><p>RO</p><p>MT</p><p>MS</p><p>RS</p><p>PR</p><p>SC</p><p>SP</p><p>RJ</p><p>ES</p><p>MG</p><p>DFGO</p><p>BA</p><p>TO</p><p>MA</p><p>PI</p><p>CE</p><p>SE</p><p>AL</p><p>PB</p><p>PE</p><p>RN</p><p>Fonte: Duarte [s.d.].</p><p>Mesorregiões e Microrregiões</p><p>De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando da cria-</p><p>ção das mesorregiões foram considerados critérios como as características sociais, a geo-</p><p>grafia e a conexão espacial. Esses aspectos foram levados em conta para agrupar áreas que</p><p>compartilhavam características semelhantes em termos de população, cultura e localização</p><p>geográfica.</p><p>Quanto às microrregiões, os critérios utilizados foram a produção econômica e a conexão</p><p>entre diferentes áreas. A ideia era agrupar regiões que tinham uma forte relação econômica</p><p>devido à produção agrícola, industrial ou de outros setores relevantes. Além disso, a articula-</p><p>ção espacial foi considerada, levando em conta como essas microrregiões se interligavam em</p><p>termos de infraestrutura e transporte.</p><p>A seguir, vejamos o mapa do Distrito Federal.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>7</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>As cidades do entorno do Distrito Federal</p><p>Distrito Federal</p><p>Unaí (MG)</p><p>Buritis (MG)</p><p>Formosa</p><p>Vila Boa</p><p>Cabeceiras</p><p>Cabeceira</p><p>Grande (MG)</p><p>Águas Lindas</p><p>de Goiás</p><p>Pirenópolis</p><p>Abadiânia</p><p>Mimoso</p><p>drePa</p><p>Ber</p><p>Sant</p><p>do De</p><p>nardo</p><p>Antônioo</p><p>scoberto</p><p>Corumbá</p><p>Alexânia</p><p>Valparaíso de</p><p>Goiás</p><p>Cidade</p><p>Ocidental</p><p>Água Fria</p><p>Planaltina</p><p>CristalinaLuziânia</p><p>Novo Gama</p><p>Cocalzinho de</p><p>Goiás</p><p>Adaptado de: Agência Senado, 2012.</p><p>Em 2017, o território das unidades federativas brasileiras estava dividido em um total de</p><p>137 mesorregiões, que, por sua vez, eram compostas por 558 microrregiões. Essas divisões</p><p>agrupavam os 5.570 municípios existentes na época.</p><p>No sistema federativo brasileiro, o Distrito Federal se difere dos estados, pois não é com-</p><p>posto por nenhum município em sua estrutura. Em vez disso, o Distrito Federal é dividido</p><p>em 31 regiões administrativas, que não têm uma correspondência direta com municípios</p><p>específicos.</p><p>ASPECTOS FÍSICOS</p><p>Clima</p><p>De acordo com a classificação climática de Köppen1, o clima no Distrito Federal é conside-</p><p>rado tropical, caracterizado por uma concentração maior de precipitações durante o verão.</p><p>Existem diferentes tipos climáticos presentes na região. Atentemo-nos:</p><p>z Clima tropical: apresenta temperaturas acima de 18 °C no mês mais frio. Esse tipo de</p><p>clima é predominante em áreas com altitudes abaixo de 1.000 m;</p><p>z Clima tropical de altitude: apresenta temperaturas abaixo de 18 °C no mês mais frio,</p><p>com uma média superior a 22 °C no mês mais quente. Esse tipo de clima é encontrado em</p><p>áreas com altitudes entre 1.000 e 1.200 m.</p><p>As temperaturas médias anuais na região variam entre 19 °C e 23 °C. O período mais</p><p>quente ocorre entre setembro e outubro, com médias históricas de temperaturas mais altas</p><p>1 A classificação climática de Köppen, também conhecida como classificação climática de Köppen-Geiger, é um sistema desenvolvido pelo clima-</p><p>tologista alemão Wladimir Köppen e pelo geógrafo alemão Rudolf Geiger. Essa classificação tem como objetivo definir os diferentes tipos de cli-</p><p>mas com base em critérios climáticos e de vegetação.</p><p>8</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>chegando a 30 °C. O período mais frio ocorre entre junho e julho, quando as temperaturas</p><p>mais baixas podem atingir 13 °C.</p><p>A quantidade de chuvas no Distrito Federal apresenta uma sazonalidade bastante marcan-</p><p>te. A maior parte das precipitações, cerca de 90%, ocorre durante a estação das chuvas, que se</p><p>estende de</p><p>Urbanização no Distrito Federal. Minha Cidade, ano 7, set. 2006. Disponível</p><p>em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/07.074/1940. Acesso em: 7 jun.</p><p>2023.</p><p>SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, 2015.</p><p>SÉRIE “O futebol nas cidades-satélites”: Cruzeiro — Parte 1. Almanaque do Futebol Brasi-</p><p>liense, 2014. Disponível em: http://historiafutebolbrasiliense.blogspot.com/2014/12/serie-</p><p>-o-futebol-nas- cidades-satelites.html. Acesso em: 25 mar. 2024.</p><p>LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 94/1998</p><p>A seguir, estudaremos a Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998, que trata da</p><p>criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Essa</p><p>lei estabelece as bases legais para a coordenação da ação administrativa entre a União, os</p><p>estados de Goiás e Minas Gerais, e o Distrito Federal, com o objetivo de promover o desenvol-</p><p>vimento socioeconômico integrado da área circundante ao Distrito Federal.</p><p>Em resumo, a RIDE foi criada com o propósito de facilitar a cooperação entre os diferentes</p><p>entes federativos e promover políticas públicas conjuntas para impulsionar o desenvolvi-</p><p>mento regional. Ela engloba não apenas o Distrito Federal, mas também diversos municípios</p><p>dos estados de Goiás e Minas Gerais que estão em sua região de influência. Aborda questões</p><p>como infraestrutura, geração de empregos e desenvolvimento econômico. Vamos à leitura</p><p>dos artigos.</p><p>Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a criar, para efeitos de articulação da ação adminis-</p><p>trativa da União, dos Estados de Goiás e Minas Gerais e do Distrito Federal, conforme previsto</p><p>nos arts. 21, inciso IX, 43 e 48, inciso IV, da Constituição Federal, a Região Integrada de Desen-</p><p>volvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE</p><p>§ 1º A Região Administrativa de que trata este artigo é constituída pelo Distrito Federal, pelos</p><p>Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso</p><p>de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho</p><p>de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimo-</p><p>so de Goiás, Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio</p><p>do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício,</p><p>no Estado de Goiás, e de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí, no Estado de Minas Gerais</p><p>§ 2º Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de território de</p><p>Município citado no § 1º deste artigo passarão a compor, automaticamente, a Região Integra-</p><p>da de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.</p><p>A partir dessa lei, fica autorizada a criação da Região Integrada de Desenvolvimento do</p><p>Distrito Federal e Entorno (RIDE), uma área que abrange municípios de Goiás, Minas Gerais</p><p>e do Distrito Federal. O principal objetivo é a coordenação da ação administrativa entre o</p><p>Governo Federal e os estados envolvidos, visando promover o desenvolvimento socioeconô-</p><p>mico integrado da região e facilitando a cooperação entre as esferas do governo e implemen-</p><p>tação de políticas públicas. Vejamos no mapa a seguir a área englobada pela RIDE:</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>31</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>RIDE — REGIÃO INTEGRADA</p><p>DE DESENVOLVIMENTO</p><p>DO DISTRITO FEDERAL E</p><p>ENTORNO</p><p>DISTRITO FEDERAL</p><p>Planaltina</p><p>de Goiás Formosa</p><p>Vila</p><p>Boa</p><p>Água Fria de</p><p>GoiásMimoso de</p><p>Goiás</p><p>Padre</p><p>Bernardo</p><p>Cabeceiras</p><p>Cocalzinho</p><p>de Goiás</p><p>Pirinópolis</p><p>Abadiânia</p><p>Alexânia</p><p>Águas</p><p>de</p><p>Lindas</p><p>Goiás</p><p>St. A.</p><p>do</p><p>Desco-</p><p>berto Valparaíso</p><p>de Goiás</p><p>Luziânia</p><p>Cristalina</p><p>Novo</p><p>Gama</p><p>Cidade</p><p>Ocidental</p><p>Unaí / MG</p><p>Corumbá</p><p>de Goiás</p><p>Cabeceira</p><p>Grande</p><p>Buritis / MG</p><p>Fonte: Gov.br, 2022.</p><p>Art. 2º É o Poder Executivo autorizado a criar um Conselho Administrativo para coordenar as</p><p>atividades a serem desenvolvidas na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal</p><p>e Entorno.</p><p>Parágrafo único. As atribuições e a composição do Conselho de que trata este artigo serão</p><p>definidas em regulamento, dele participando representantes dos Estados e Municípios abran-</p><p>gidos pela RIDE.</p><p>Importante!</p><p>O Poder Executivo poderá autorizar a criação de um conselho administrativo para coorde-</p><p>nar as atividades da RIDE, visando facilitar uma gestão integrada e eficiente das iniciativas</p><p>de desenvolvimento regional.</p><p>Art. 3º Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito Federal e</p><p>aos Municípios que a integram, especialmente aqueles relacionados às áreas de infra-estrutu-</p><p>ra e de geração de empregos.</p><p>O legislador ainda estabeleceu que os serviços públicos compartilhados entre o Distrito</p><p>Federal e os municípios da RIDE, especialmente aqueles relacionados à infraestrutura e gera-</p><p>ção de empregos, são considerados de interesse regional, destacando a importância da coo-</p><p>peração e coordenação na gestão dessas áreas.</p><p>32</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Art. 4º É o Poder Executivo autorizado a instituir o Programa Especial de Desenvolvimento</p><p>do Entorno do Distrito Federal.</p><p>Parágrafo único. O Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal,</p><p>ouvidos os órgãos competentes, estabelecerá, mediante convênio, normas e critérios para</p><p>unificação de procedimentos relativos aos serviços públicos, abrangidos tanto os federais e</p><p>aqueles de responsabilidade de entes federais, como aqueles de responsabilidade dos entes</p><p>federados referidos no art. 1º, especialmente em relação a:</p><p>I - tarifas, fretes e seguros, ouvido o Ministério da Fazenda;</p><p>II - linhas de crédito especiais para atividades prioritárias;</p><p>III - isenções e incentivos fiscais, em caráter temporário, de fomento a atividades produtivas</p><p>em programas de geração de empregos e fixação de mão-de-obra.</p><p>O Poder Executivo está autorizado a estabelecer o Programa Especial de Desenvolvimen-</p><p>to do Entorno do Distrito Federal. Esse programa visa implementar medidas específicas</p><p>para promover o desenvolvimento socioeconômico da área circundante ao Distrito Federal,</p><p>conhecida como “Entorno”. Além disso, o Programa Especial de Desenvolvimento do Entor-</p><p>no do Distrito Federal será instituído por meio de convênio, com a participação dos órgãos</p><p>competentes.</p><p>Também está previsto que esse programa definirá normas e critérios para unificar proce-</p><p>dimentos relacionados aos serviços públicos, tanto os de responsabilidade federal quanto os</p><p>dos entes federados.</p><p>Por fim, é importante lembrar que o Ministério da Fazenda será consultado em relação</p><p>a tarifas, fretes e seguros, assegurando uma abordagem coordenada e abrangente para o</p><p>desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal.</p><p>Art. 5º Os programas e projetos prioritários para a região, com especial ênfase para os relati-</p><p>vos à infra-estrutura básica e geração de empregos, serão financiados com recursos:</p><p>I - de natureza orçamentária, que lhe forem destinados pela União, na forma da lei;</p><p>II - de natureza orçamentária que lhe forem destinados pelo Distrito Federal, pelos Estados</p><p>de Goiás e de Minas Gerais, e pelos Municípios abrangidos pela Região Integrada de que trata</p><p>esta Lei Complementar;</p><p>III - de operações de crédito externas e internas.</p><p>O texto preocupou-se em predeterminar as fontes de financiamento para os programas e</p><p>projetos prioritários na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno</p><p>(RIDE), com ênfase na infraestrutura básica e na geração de empregos.</p><p>Aqui estão as fontes de recursos especificadas:</p><p>z Recursos orçamentários da união: os programas e projetos serão financiados com recur-</p><p>sos do orçamento federal, conforme estabelecido pela legislação;</p><p>z Recursos orçamentários dos entes federativos: os recursos do Distrito Federal, dos esta-</p><p>dos de Goiás e Minas Gerais e dos municípios abrangidos pela RIDE serão destinados para</p><p>financiar esses programas e projetos, de acordo com o que for estabelecido pela legislação;</p><p>z Operações de crédito: além dos recursos orçamentários, o financiamento poderá ser</p><p>complementado por meio de operações de crédito, tanto internas quanto externas.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>33</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Art. 6º A União poderá firmar convênios com o Distrito Federal, os Estados de Goiás e de</p><p>Minas Gerais, e os Municípios referidos no § 1º do art. 1º, com a finalidade de atender o dis-</p><p>posto nesta Lei Complementar.</p><p>A União está autorizada a estabelecer convênios com o Distrito Federal, os estados de Goiás</p><p>e Minas Gerais e os municípios mencionados no § 1º, do art. 1º, com o objetivo de cumprir</p><p>as disposições contidas nessa lei complementar. Esses convênios podem ser firmados para</p><p>implementar medidas específicas e garantir a cooperação entre os diferentes níveis de gover-</p><p>no na execução das políticas e ações previstas na legislação. Essa medida visa promover uma</p><p>abordagem integrada e colaborativa para o desenvolvimento da RIDE.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>RIDE pode ser ampliada e contar com mais 12 municípios. Gov.br, 2022. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/sudeco/pt-br/assuntos/noticias/2018/ride-pode-ser-ampliada-e-contar-</p><p>-com-mais-12-municipios. Acesso em: 1 abr. 2024.</p><p>DECRETO FEDERAL N° 7.469, DE 2011</p><p>O Decreto Federal nº 7.469, de 4 de maio de 2011, é o instrumento normativo destinado</p><p>a regulamentar a Lei Complementar nº 94, de 1988, buscando acrescentar algumas regras e</p><p>dispositivos acerca da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entor-</p><p>no, também conhecida como RIDE.</p><p>Antes de adentrarmos no conteúdo desse decreto, convém estabelecer uma noção intro-</p><p>dutória sobre o que vem a ser essa região integrada. Como seu próprio nome aduz, a RIDE é</p><p>uma área urbana abrangendo diversos municípios dos seguintes estados brasileiros: Goiás,</p><p>Distrito Federal e Minas Gerais.</p><p>Ao todo, a RIDE comporta mais de 30 municípios dos estados mencionados. Pelo fato de</p><p>essas cidades apresentarem características semelhantes, sobretudo em seu aspectos geográ-</p><p>ficos (relevo, clima, vegetação), culturais, políticos e sociodemográficos, a RIDE se manifesta</p><p>como um processo de conurbação (união de cidades limítrofes para compor um núcleo urba-</p><p>no comum), o qual tem por finalidade promover o desenvolvimento econômico e social de</p><p>cada um das cidades localizados nesses municípios. O objetivo maior dessa região integrada</p><p>é, justamente, o de corrigir disparidades de crescimento urbano ocorridas ao longo dos anos.</p><p>Atenção! Apesar de poderem ser utilizados como sinônimos, na verdade os termos “cida-</p><p>de” e “município” designam duas coisas distintas. Por isso, procure guardar bem esses dois</p><p>conceitos para não se confundir durante sua prova.</p><p>O município é uma entidade, uma pessoa jurídica de direito público capaz de contrair</p><p>direitos e assumir obrigações por sua conta e risco. O município também pode ser defini-</p><p>do como uma área do território nacional que compreende espaços rurais, espaços urbanos,</p><p>espaços centrais, espaços periféricos etc.</p><p>A cidade, por sua vez, é o termo utilizado para designar somente a área urbana do municí-</p><p>pio. Ela não representa todo o território municipal, apenas seu espaço urbano. A cidade não</p><p>tem personalidade jurídica e, por isso, não pode ser titular de direitos nem assumir obriga-</p><p>ções em seu próprio nome.</p><p>34</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Em continuidade, por sua situação geográfica é correto afirmar que o “município” mais</p><p>desenvolvido da RIDE é o que comporta a cidade de Brasília, capital do nosso país. Por sua</p><p>importância histórica e sua forma de “crescimento planejado”, Brasília foi imprescindível</p><p>para o desenvolvimento industrial do Brasil, pois o governo da época realizou fortes inves-</p><p>timentos para que empresas estrangeiras pudessem montar suas filiais e produzir seus bens</p><p>domésticos de grande porte, bem como seus veículos automotores, a custo menor ou isentas</p><p>do pagamento de imposto sobre importação.</p><p>Os incentivos do governo para a entrada dessas empresas estrangeiras fez com que os</p><p>maiores beneficiados desse desenvolvimento urbano fossem a cidade de Brasília e os seus</p><p>municípios limítrofes. As cidades de Planaltina e Formosa (Goiás), por exemplo, também tive-</p><p>ram um crescimento acima do esperado e passaram a ter uma relação de metropolização</p><p>com a capital.</p><p>Por outro lado, essa metropolização de Brasília não foi o suficiente para que outras cida-</p><p>des de outros municípios pudessem se desenvolver da mesma forma, justamente pelo fato de</p><p>sua localização ser mais distante desse grande centro industrial brasileiro. É o caso da cidade</p><p>de Niquelândia, também em Goiás, mas que se situa em uma região periférica, a mais de 250</p><p>km de distância de Brasília.</p><p>Essas disparidades são consideradas como situação de desigualdade regional e devem ser</p><p>erradicadas, pois esse é um dos objetivos da República Federativa do Brasil, tal como prescre-</p><p>ve o inciso III, do art. 3º, da Constituição Federal, de 1988. Sob o fundamento desse dispositivo</p><p>constitucional, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso decide criar essa</p><p>região integrada com a promulgação da Lei Complementar nº 94, de 1988.</p><p>Atenção! Para facilitar a compreensão dos dispositivos desse decreto, o candidato deve</p><p>ter em mente as seguintes premissas:</p><p>z a RIDE é uma região integrada por mais de 30 municípios dos estados de Goiás e Minas</p><p>Gerais e pelo Distrito Federal. Caracteriza-se como um processo de conurbação de múlti-</p><p>plas cidades em um único “bloco regional”;</p><p>z o principal objetivo da RIDE é realizar políticas públicas a fim de diminuir as desigualda-</p><p>des sociais e regionais de municípios menores advindas com a metropolização de Brasília.</p><p>A RIDE do Distrito Federal não é a única região integrada de desenvolvimento existente</p><p>no Brasil. Podemos citar como exemplos a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande</p><p>Teresina (RIDE Teresina) e a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo</p><p>Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia), também conhecida como RIDE Petrolina-Juazeiro.</p><p>DA COMPOSIÇÃO DA RIDE E DO CONSELHO ADMINISTRATIVO</p><p>Uma vez compreendidas as noções introdutórias acerca da Região Integrada de Desen-</p><p>volvimento do Distrito Federal e seu Entorno, podemos adentrar no conteúdo previsto pelo</p><p>Decreto nº 7.469, de 2011.</p><p>Em seu dispositivo inicial, o decreto estabelece a composição regional da RIDE, indicando</p><p>todos os municípios que fazem parte dela. Entendemos que o candidato não necessita deco-</p><p>rar todos os municípios e cidades integrantes da RIDE, mas conhecer seus nomes facilitará a</p><p>compreensão da localização geográfica dessa região integrada.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>35</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Art. 1º A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE destina-se</p><p>à articulação da ação administrativa da União, dos Estados de Goiás e de Minas Gerais e do</p><p>Distrito Federal.</p><p>§ 1º A RIDE é constituída pelo Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de</p><p>Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto,</p><p>Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina,</p><p>Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Novo Gama,</p><p>Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, São João d’Aliança,</p><p>Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício, no Estado de Goiás, e pelos Municí-</p><p>pios de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí, no Estado de Minas Gerais.</p><p>§ 2º Integram-se automaticamente à RIDE os Municípios que vierem a ser constituídos em</p><p>virtude de desmembramento de Município mencionado no § 1º.</p><p>Outro motivo pelo qual entendemos não ser necessário memorizar todos os municípios</p><p>que integram a RIDE está previsto no</p><p>§ 2º: a lista de municípios-membros dessa região inte-</p><p>grada não é exaustiva, não se limita a aqueles que estão previstos no § 1º.</p><p>Há a possibilidade da constituição de novos municípios em virtude de desmembramento</p><p>de algum município anterior. Isso significa que o novo pode fazer parte da RIDE simplesmen-</p><p>te pelo fato de se originar de um município-membro.</p><p>A coordenação dos programas e políticas públicas a serem implementados nessa região</p><p>ficam a cargo de um órgão criado especialmente para esse fim. Esse é o papel do Conse-</p><p>lho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno</p><p>(COARIDE).</p><p>Esse conselho administrativo é também disciplinado pelo decreto, conforme podemos</p><p>notar pela leitura do art. 2º. O dispositivo menciona o fato de o COARIDE ser um órgão vincu-</p><p>lado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.</p><p>Art. 2º O Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Fede-</p><p>ral e Entorno - COARIDE, vinculado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regio-</p><p>nal, tem a finalidade de coordenar as atividades a serem desenvolvidas na RIDE.</p><p>Mencionamos brevemente que incumbe ao COARIDE a importante tarefa de coordenar os</p><p>projetos e políticas públicas a serem implementados nessa região integrada. Em mais deta-</p><p>lhes, as competências do COARIDE estão previstas nos incisos, do art. 3º.</p><p>Art. 3º Compete ao COARIDE:</p><p>I - coordenar as ações dos entes federados que compõem a RIDE, visando ao desenvolvimento</p><p>e à redução das desigualdades regionais;</p><p>II - aprovar e supervisionar planos, programas e projetos para o desenvolvimento integrado</p><p>da RIDE;</p><p>III - programar a integração e a unificação dos serviços públicos que lhes são comuns;</p><p>IV - indicar providências para compatibilizar as ações desenvolvidas na RIDE com as demais</p><p>ações e instituições de desenvolvimento regional;</p><p>V - harmonizar os programas e projetos de interesse da RIDE com os planos regionais de</p><p>desenvolvimento;</p><p>VI - coordenar a execução de programas e projetos de interesse da RIDE; e</p><p>36</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>VII - aprovar seu regimento interno.</p><p>Parágrafo único. Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito</p><p>Federal, aos Estados de Goiás e de Minas Gerais e aos Municípios que a integram, relaciona-</p><p>dos com as seguintes áreas:</p><p>I - infraestrutura;</p><p>II - geração de empregos e capacitação profissional;</p><p>III - saneamento básico, em especial o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgo-</p><p>to e o serviço de limpeza pública;</p><p>IV - uso, parcelamento e ocupação do solo;</p><p>V - transportes e sistema viário;</p><p>VI - proteção ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;</p><p>VII - aproveitamento de recursos hídricos e minerais;</p><p>VIII - saúde e assistência social;</p><p>IX - educação e cultura;</p><p>X - produção agropecuária e abastecimento alimentar;</p><p>XI - habitação popular;</p><p>XII - serviços de telecomunicação;</p><p>XIII - turismo; e</p><p>XIV - segurança pública.</p><p>O ponto mais relevante desse dispositivo está em seu parágrafo único. Nessa parte, o art.</p><p>3º esmiúça quais são os serviços públicos de comum interesse para todos os municípios que</p><p>se situam nessa região integrada.</p><p>Por serem de interesse comum, é evidente que o COARIDE deverá medir esforços para</p><p>garantir que esses serviços continuem funcionando normalmente, evitando paralisações e</p><p>a ocorrência de outros eventos que possam impedir ou retardar a execução desses serviços.</p><p>São considerados serviços de interesse do COARIDE, dentre outros, os serviços de:</p><p>z infraestrutura;</p><p>z uso, ocupação e parcelamento do solo;</p><p>z proteção ao meio ambiente;</p><p>z saúde e saneamento básico;</p><p>z educação;</p><p>z habitação popular;</p><p>z telecomunicação; e</p><p>z turismo.</p><p>O COARIDE possui, em sua composição, membros de diversos ministérios do governo fede-</p><p>ral. Considerando todos os serviços públicos de seu interesse, é lógico que os membros dos</p><p>ministérios que articulam esses tipos de serviços devem atuar dentro desse conselho, pois</p><p>são as pessoas públicas que melhor entendem sobre cada um dos assuntos já citados.</p><p>Complementando esse entendimento, o art. 4º apresenta a composição do COARIDE.</p><p>Art. 4º O COARIDE é composto:</p><p>I - Secretário-Executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que o</p><p>presidirá;</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>37</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>II - Secretário-Executivo da Casa Civil da Presidência da República;</p><p>III - Secretário-Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública;</p><p>IV - Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes;</p><p>V - Secretário-Executivo do Ministério da Educação;</p><p>VI - Secretário-Executivo do Ministério das Cidades;</p><p>VII - Secretário-Executivo do Ministério da Saúde;</p><p>VIII - Secretário-Executivo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;</p><p>IX - Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e</p><p>Combate à Fome;</p><p>X - Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;</p><p>XI - Diretor-Superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste</p><p>- SUDECO;</p><p>XII - três representantes do Distrito Federal, um do Estado de Goiás e um do Estado de Minas</p><p>Gerais, indicados pelos respectivos Governadores;</p><p>XIII - dois representantes dos Municípios do Estado de Goiás que integram a RIDE;</p><p>XIV - um representante dos Municípios do Estado de Minas Gerais que integram a RIDE;</p><p>XV - um representante da classe empresarial, com atuação na região que integra a RIDE;</p><p>XVI - um representante da classe dos trabalhadores, com atuação na região que integra a</p><p>RIDE; e</p><p>XVII - um representante das instituições da sociedade civil com atuação na região que integra</p><p>a RIDE, cuja finalidade esteja relacionada com as políticas de desenvolvimento regional.</p><p>§ 1º Os membros de que tratam os incisos I a XI do caput serão substituídos, em suas ausências</p><p>e seus impedimentos, por seus substitutos.</p><p>§ 2º Cada um dos membros de que tratam os incisos XII a XVII do caput terá um suplente, que</p><p>o substituirá em suas ausências e seus impedimentos.</p><p>§ 3º Os membros de que tratam os incisos XII a XVII do caput terão mandato de dois anos,</p><p>permitida a recondução.</p><p>§ 4º Os membros de que tratam os incisos XIII a XVII do caput serão indicados na forma pre-</p><p>vista em ato do COARIDE, proposto pela Diretoria Colegiada da SUDECO.</p><p>§ 5º A primeira indicação dos membros de que tratam os incisos XV a XVII do caput será rea-</p><p>lizada na forma prevista em ato do Ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento</p><p>Regional, proposto pela Diretoria Colegiada da SUDECO.</p><p>§ 6º Os membros de que tratam os incisos XII a XVII do caput e respectivos suplentes serão</p><p>designados pelo Secretário-Executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento</p><p>Regional.</p><p>Quem atua como o presidente do COARIDE é o secretário-executivo do Ministério da Inte-</p><p>gração e do Desenvolvimento Regional.</p><p>A composição do COARIDE sofreu algumas alterações advindas com o Decreto nº 11.911,</p><p>de 2024. Além de alterar a nomenclatura de alguns antigos membros devido à alteração de</p><p>nome de alguns ministérios, agora o conselho também passa a contar com a presença das</p><p>seguintes autoridades:</p><p>z diretor-superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste</p><p>(SUDECO);</p><p>38</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z três representantes do Distrito Federal, do estado de Goiás e do estado de Minas Gerais,</p><p>respectivamente, indicados por seus próprios governadores;</p><p>z dois representantes dos municípios do estado de Goiás e um representante dos municípios</p><p>do estado de Minas Gerais, os quais compõem a RIDE;</p><p>z um representante da classe empresarial e um da classe dos trabalhadores atuantes na</p><p>região que integra a RIDE;</p><p>z um representante das instituições da sociedade civil com atuação na região que integra a</p><p>RIDE e cuja finalidade esteja relacionada às políticas</p><p>de desenvolvimento regional.</p><p>O COARIDE deverá se reunir para tomar suas decisões pelo menos uma vez a cada três</p><p>meses em caráter ordinário. No entanto, o art. 4º-A também prevê a possibilidade de o conse-</p><p>lho se reunir extraordinariamente para tratar de assuntos mais específicos e que requerem</p><p>certa urgência e celeridade na sua resolução.</p><p>As reuniões extraordinárias serão convocadas sob três hipóteses:</p><p>z quando convocada pelo presidente, a qualquer momento;</p><p>z por solicitação de 1/3 dos membros; ou</p><p>z em até 30 dias após a reunião em que tenha havido concessão de vista de matéria cons-</p><p>tante da pauta.</p><p>Art. 4º-A O COARIDE se reunirá em caráter ordinário trimestralmente e em caráter</p><p>extraordinário:</p><p>I - sempre que convocado por seu Presidente;</p><p>II - por solicitação de um terço dos membros; ou</p><p>III - no prazo de até trinta dias após a reunião em que tenha havido concessão de vista de</p><p>matéria constante da pauta.</p><p>§ 1º O quórum de reunião do COARIDE é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de</p><p>maioria simples.</p><p>§ 2º Além do voto ordinário, o Presidente do COARIDE terá o voto de qualidade em caso de</p><p>empate.</p><p>§ 3º Os membros do COARIDE que se encontrarem no Distrito Federal e na RIDE se reunirão</p><p>presencialmente e os membros que se encontrem em outros entes federativos participarão da</p><p>reunião por meio de videoconferência.</p><p>Destaca-se o texto do § 1º: o quórum para decretar uma reunião ordinária é de maioria</p><p>absoluta (50% + um voto de todos os membros do conselho). Já o quórum de aprovação de</p><p>matéria posta em pauta da reunião é de maioria simples (50% + um voto dos membros que</p><p>se encontram presentes na reunião).</p><p>O presidente do COARIDE possui votos ordinário (vota em todas as matérias postas em</p><p>pauta de reunião ordinária) e de qualidade. Este é o voto utilizado como critério de desempa-</p><p>te quando uma matéria em deliberação possui o mesmo número de votações a favor e contra.</p><p>Para tratar de matérias mais específicas e de cunho mais técnico, o COARIDE poderá ins-</p><p>taurar comitês temáticos. Eles são órgãos subcolegiados de composição mais restrita (ape-</p><p>nas cinco membros) e a sua atuação deliberativa não pode ultrapassar o prazo de um ano.</p><p>Além dessas restrições, o art. 4º-B determina que apenas poderão atuar de forma simultânea</p><p>três comitês temáticos por vez.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>39</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Art. 4º-B O COARIDE poderá instituir subcolegiados, na forma de comitês temáticos, para</p><p>matérias específicas.</p><p>Parágrafo único. Os comitês temáticos do COARIDE:</p><p>I - serão instituídos por meio de ato do COARIDE;</p><p>II - serão compostos por, no máximo, cinco membros;</p><p>III - terão caráter temporário e duração não superior a um ano;</p><p>IV - estarão limitados a, no máximo, três em operação simultânea;</p><p>V - terão pelo menos um dos membros a que se referem os incisos XV a XVII do caput do art.</p><p>4º; e</p><p>VI - terão um membro do Ministério da área setorial afeta ao tema.</p><p>As atividades de secretaria do COARIDE serão realizadas pela Diretoria de Planejamento</p><p>e Avaliação da SUDECO.</p><p>Art. 4º-C A Secretaria-Executiva do COARIDE será exercida pela Diretoria de Planejamento e</p><p>Avaliação da SUDECO.</p><p>A prestação de serviços para o COARIDE será considerada como serviços não remunera-</p><p>dos. Esse é o entendimento do art. 4º-D.</p><p>Art. 4º-D A participação no COARIDE será considerada prestação de serviço público relevan-</p><p>te, não remunerada.</p><p>Apesar de seu conteúdo pequeno, esse dispositivo apresenta duas consequências muito</p><p>importantes:</p><p>z a atuação no COARIDE não enseja o pagamento de remuneração a seus membros. Essa</p><p>vedação existe para evitar que os membros do conselho venham a possuir “supersalários”,</p><p>uma vez que a sua remuneração no cargo original já conta com diversos benefícios e van-</p><p>tagens próprios;</p><p>z os serviços prestados como membro do COARIDE não poderão ser considerados para fins</p><p>de cálculo de tempo de serviço público.</p><p>DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO</p><p>O último assunto tratado pelo referido decreto diz respeito aos programas de desenvolvi-</p><p>mento da RIDE. Dentre eles, é imprescindível destacar o Programa Especial de Desenvolvi-</p><p>mento do Entorno do Distrito Federal.</p><p>Conforme delineado no art. 8º, o referido programa especial terá a incumbência de elaborar</p><p>diretrizes e parâmetros para a harmonização de procedimentos concernentes aos serviços públi-</p><p>cos, os quais são de responsabilidade dos estados e municípios participantes da RIDE.</p><p>O programa deverá prever medidas referentes ao pagamento de tarifas, o fornecimento</p><p>de linhas de créditos especiais e os incentivos e isenções fiscais para fins de fomento das</p><p>atividades prestadas e da geração de emprego (tudo o que acarretar em mais mão de obra e</p><p>menor custo para os produtos finais).</p><p>40</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Art. 8º O Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, ouvidos os</p><p>órgãos competentes, estabelecerá, mediante convênio, normas e critérios para a unificação de</p><p>procedimentos relativos aos serviços públicos de responsabilidade Distrital, Estadual e Muni-</p><p>cipal de entes que integram a RIDE, especialmente em relação a:</p><p>I - tarifas, fretes e seguro, ouvido o Ministério da Fazenda;</p><p>II - linhas de crédito especiais para atividades prioritárias;</p><p>III - isenções e incentivos fiscais, em caráter temporário, de fomento a atividades produtivas</p><p>em programas de geração de empregos e de fixação de mão de obra.</p><p>Os programas que terão execução prioritária para a RIDE são aqueles cujo objetivo prin-</p><p>cipal é a infraestrutura básica e a geração de empregos. Esses são os setores que mais contri-</p><p>buem para o desenvolvimento regional de cada município e de cada cidade.</p><p>Como forma de enfatizar a atenção prioritária a esses programas, o art. 9º estabelece a</p><p>origem dos recursos financeiros a serem utilizados para custear as ações planejadas por eles.</p><p>Art. 9º Os programas e projetos prioritários para a RIDE, principalmente no que se refere e à</p><p>infraestrutura básica e geração de empregos, serão financiados com recursos:</p><p>I - do orçamento da União;</p><p>II - dos orçamentos do Distrito Federal, dos Estados de Goiás e de Minas Gerais e dos Municí-</p><p>pios abrangidos pela RIDE; e</p><p>III - de operações de crédito externas e internas.</p><p>Os recursos financeiros poderão advir dos orçamentos de todos os entes federativos (não</p><p>se limitam apenas aos municípios e estados que integram a RIDE), mas também poderão se</p><p>originar de operações de crédito internas e externas.</p><p>Para o devido repasse desses recursos financeiros, a União estabelecerá convênios com o</p><p>Distrito Federal, com os estados de Goiás e de Minas Gerais e com os municípios acobertados</p><p>pela RIDE com a finalidade de atender a esses objetivos prioritários, bem como às demais</p><p>normas e regras previstas pelo decreto.</p><p>Art. 10 A União estabelecerá convênios com o Distrito Federal, com os Estados de Goiás e de</p><p>Minas Gerais e com os Municípios referidos no § 1º do art. 1º, com a finalidade de atender ao</p><p>disposto neste Decreto.</p><p>O decreto passa a ter vigência na data específica de 16 de maio de 2011.</p><p>Art. 11 Este Decreto entra em vigor no dia 16 de maio de 2011.</p><p>Além disso, esse decreto revogou as seguintes normas, todas previstas no art. 12.</p><p>Art. 12 Ficam revogados:</p><p>I - o Decreto nº 2.710, de 4 de agosto de 1998;</p><p>II - o Decreto nº 3.445, de 4 de maio de 2000; e</p><p>III - o Decreto nº 4.700, de 20 de maio de 2003.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>41</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Por fim, gostaríamos de ressaltar que o conteúdo previsto nesse decreto visa apenas à</p><p>complementação de alguns assuntos referentes à RIDE. A legislação considerada principal</p><p>para compreender sobre a referida região integrada é a Lei Complementar nº 94, de 1998.</p><p>Recomendamos a leitura dessa legislação não apenas para complementar seus conheci-</p><p>mentos. Dada a sua grande importância para a vida dos demais habitantes do Distrito Fede-</p><p>ral, essa lei complementar é exigida em todos os concursos públicos para cargos no DF, tal</p><p>como prevê a alínea “a”, do inciso VII, da Lei nº 4.949, de 15 de outubro de 2012.</p><p>PLANO DISTRITAL DE POLÍTICA PARA MULHERES (2020 — 2023)</p><p>O Decreto nº 42.590, de 07 de outubro de 2021, também é conhecido como II Plano Distrital</p><p>de Políticas para Mulheres (PDPM-DF). Essa norma é um conjunto de propostas de políticas</p><p>públicas elaboradas por diversos órgãos governamentais, não governamentais e da socie-</p><p>dade civil que tem como objetivo principal assegurar a igualdade de gênero e combater a</p><p>discriminação contra as mulheres.</p><p>O plano distrital foi fundamentado em documentos internacionais, nacionais e distritais,</p><p>bem como nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU para</p><p>2030, para o “Objetivo 5”, que visa alcançar a igualdade de gênero e dar autonomia para</p><p>mulheres e meninas.</p><p>A Agenda 2030 é um plano de ação global adotado pelas Nações Unidas com objetivo de</p><p>promover o desenvolvimento sustentável em todo mundo, abordando uma série de desafios</p><p>interconectados, como pobreza, desigualdade, mudanças climáticas, degradação ambiental,</p><p>paz e justiça.</p><p>ERRADICAÇÃO</p><p>DA POBREZA</p><p>ENERGIA</p><p>ACESSÍVEL E LIMPA</p><p>EMPREGO DIGNO</p><p>E CRESCIMENTO</p><p>ECONÔMICO</p><p>INDÚSTRIA,</p><p>INOVAÇÃO E</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>REDUÇÃO DAS</p><p>DESIGUALDADES</p><p>CIDADES E</p><p>COMUNIDADES</p><p>SUSTENTÁVEIS</p><p>CONSUMO E</p><p>PRODUÇÃO</p><p>RESPONSÁVEIS</p><p>COMBATE ÀS</p><p>ALTERAÇÕES</p><p>CLIMÁTICAS</p><p>VIDA DEBAIXO</p><p>D'ÁGUA</p><p>VIDA SOBRE A</p><p>TERRA</p><p>PAZ, JUSTIÇA E</p><p>INSTITUIÇÕES</p><p>FORTES</p><p>PARCERIAS</p><p>EM PROL DAS</p><p>METAS OBJETIVOS DE</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>SUSTENTÁVEL</p><p>FOME ZERO BOA SAÚDE</p><p>E BEM-ESTAR</p><p>EDUCAÇÃO DE</p><p>QUALIDADE</p><p>IGUALDADE</p><p>DE GÊNERO</p><p>ÁGUA LIMPA E</p><p>SANEAMENTO</p><p>Fonte: ComCiência, 2019.</p><p>Destaca-se também que o II PDPM-DF foi construído com base nas metas do Plano Pluria-</p><p>nual do Distrito Federal e no Plano Estratégico do Distrito Federal. Para a formulação do pro-</p><p>grama foram realizadas várias etapas de consolidação, tais como avaliação dos documentos</p><p>de referência que foram a base para os estudos iniciais e identificação das ações planejadas</p><p>42</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>no Plano Plurianual 2019-2022 e no Plano Estratégico do DF 2019-2060, todas elas validadas</p><p>pelas secretarias responsáveis.</p><p>O II PMPD-DF tem ações e metas distribuídas nos seguintes eixos temáticos:</p><p>z Eixo 1: igualdade no mundo do trabalho e autonomia econômica;</p><p>z Eixo 2: educação para igualdade;</p><p>z Eixo 3: saúde integral das mulheres, direitos sexuais e reprodutivos;</p><p>z Eixo 4: enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres;</p><p>z Eixo 5: participação das mulheres nos espaços de poder e decisão;</p><p>z Eixo 6: igualdade para as mulheres rurais;</p><p>z Eixo 7: cultura, esporte, comunicação e mídia;</p><p>z Eixo 8: enfrentamento do racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia;</p><p>z Eixo 9: igualdade para mulheres jovens, mulheres idosas e mulheres com deficiência.</p><p>Em cada um dos eixos citados acima, foram estabelecidos objetivos gerais, objetivos espe-</p><p>cíficos e metas. Os objetivos gerais trazem a declaração ampla e abrangente que descreve o</p><p>propósito principal e o resultado esperado de um projeto.</p><p>Já no que se refere aos objetivos específicos, estes são declarações claras e detalhadas que</p><p>descrevem resultados mensuráveis e alcançáveis que contribuem para a realização do obje-</p><p>tivo geral de um projeto.</p><p>Por fim, as metas são marcos concretos e quantificáveis que devem ser alcançados dentro</p><p>de um prazo definido para cumprir os objetivos específicos e, consequentemente, o objetivo</p><p>geral.</p><p>Para atingir os objetivos e as metas estabelecidos no plano, é necessário estabelecer linhas</p><p>de ações, ou seja, medidas e ações que devem ser feitas para atingir os objetivos de cada eixo.</p><p>As iniciativas governamentais referem-se a ações, programas ou políticas implementadas</p><p>pelo governo, com o objetivo de abordar questões específicas, resolver problemas sociais,</p><p>econômicos ou políticos, ou promover o bem-estar geral da população. Já as linhas de ações</p><p>são estratégias ou diretrizes específicas estabelecidas para orientar a implementação de ini-</p><p>ciativas ou programas.</p><p>Art. 3º O acompanhamento, a articulação, o monitoramento e a avaliação periódica quanto</p><p>ao cumprimento dos objetivos, metas e ações definidos no II PDPM, será implementado pelo</p><p>Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM, instituído nos termos deste Decreto e</p><p>vinculado à Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal.</p><p>Art. 4º O Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM de que trata o artigo anterior</p><p>será integrado por:</p><p>I - 4 (quatro) representantes do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal, obrigato-</p><p>riamente dentre as representações da sociedade civil; e</p><p>II - 1 (uma) representante, titular e suplente, dos seguintes órgãos da Administração Pública</p><p>do Distrito Federal:</p><p>a) Secretaria de Estado de Economia;</p><p>b) Secretaria de Estado de Saúde;</p><p>c) Secretaria de Estado de Comunicação;</p><p>d) Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania;</p><p>e) Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural;</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>43</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>f) Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa; g) Secretaria de Estado de Transporte</p><p>e Mobilidade;</p><p>h) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;</p><p>i) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social;</p><p>j) Secretaria de Estado de Turismo;</p><p>k) Secretaria de Estado de Educação;</p><p>l) Secretaria de Estado de Empreendedorismo;</p><p>m) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico;</p><p>n) Secretaria de Estado de Trabalho;</p><p>o) Secretaria de Estado de Governo;</p><p>p) Secretaria de Estado de Juventude;</p><p>q) Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade;</p><p>r) Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência;</p><p>s) Secretaria de Estado de Segurança Pública;</p><p>t) Secretaria de Estado de Atendimento à Comunidade;</p><p>u) Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação;</p><p>v) Secretaria de Estado Desenvolvimento Urbano e Habitação;</p><p>w) Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura; e</p><p>x) Secretaria Extraordinária da Família.</p><p>§ 1º À Secretaria de Estado da Mulher competirá a coordenação do Comitê e indicará seus</p><p>representantes nos termos do inciso II do art. 4º</p><p>§ 2º Os membros do Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM serão indicados</p><p>pelos titulares dos órgãos e entidades relacionados neste artigo, no prazo de 30 (trinta) dias a</p><p>contar da publicação deste Decreto, e designados por ato da Secretária de Estado da Mulher</p><p>do Distrito Federal.</p><p>§ 3º Serão convidadas para participar do Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM</p><p>a Defensoria Pública do Distrito Federal e a Companhia de Planejamento do Distrito Federal.</p><p>§ 4º Também poderão ser convidados a participar do Comitê de Articulação e Monitoramento</p><p>do II PDPM especialistas e representantes de outros órgãos ou entidades públicas e privadas</p><p>Todo esse plano só é possível graças ao Comitê de Articulação e Monitoramento do II</p><p>PDPM, que desempenha um papel crucial na implementação e acompanhamento dessa polí-</p><p>tica pública fundamental para o Distrito Federal. Sua função principal é coordenar, articular,</p><p>monitorar e avaliar regularmente o cumprimento dos objetivos, metas e ações previamente</p><p>definidos. Esse comitê é composto por representantes do Conselho dos Direitos da Mulher do</p><p>Distrito Federal e por representantes de diversos órgãos da Administração Pública.</p><p>Importante lembrar que a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal é que será</p><p>responsável por coordenar o Comitê e indicar seus representantes, enquanto os demais mem-</p><p>bros serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades relacionados, conforme estabele-</p><p>cido no artigo que acabamos de ler. Além disso, a Defensoria Pública do Distrito Federal e a</p><p>Companhia de Planejamento</p><p>do Distrito Federal também podem ser convidadas a participar.</p><p>Art. 5º Compete ao Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM:</p><p>I - articular, apoiar, incentivar e subsidiar tecnicamente a implementação do II PDPM;</p><p>II - estabelecer a metodologia de monitoramento do II PDPM;</p><p>III - acompanhar, monitorar e avaliar as atividades de implementação do II PDPM;</p><p>44</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>IV - promover a difusão do II PDPM junto a órgãos e entidades governamentais e não</p><p>governamentais;</p><p>V - efetuar ajustes de objetivos, ações e metas do II PDPM;</p><p>VI - elaborar relatório anual de acompanhamento das ações do II PDPM, e</p><p>VII - Criar as condições necessárias para a elaboração do III Plano Distrital de Políticas para</p><p>as Mulheres, com escopo de garantir a continuidade e o aprimoramento das ações estipuladas</p><p>no II PDPM.</p><p>Art. 6º O Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM tem como Objetivo Geral:</p><p>I - articular, monitorar e avaliar periodicamente o cumprimento dos objetivos, metas e ações</p><p>definidos no II PDPM.</p><p>Art. 7º O Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM tem como Objetivos Específicos:</p><p>I - Articular e fortalecer a integração entre os órgãos envolvidos no II PDPM;</p><p>II - Promover a participação e o controle social no processo de implementação, monitoramen-</p><p>to e avaliação do II PDPM;</p><p>III - Fortalecer a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal para a articulação, imple-</p><p>mentação e aprimoramento do II PDPM;</p><p>IV - Apresentar o relatório de execução e avaliação do II PDPM, no início do ciclo do Plano</p><p>Plurianual, visando a incorporação de propostas de políticas para as mulheres no PPA 2024-</p><p>2027; e</p><p>V - Elaborar, ao final do triênio 2020/2023, proposta de texto para iniciar discussão para ela-</p><p>boração do III PDPM.</p><p>Ainda sobre o Comitê de Articulação e Monitoramento do II PDPM, como dito anterior-</p><p>mente, este terá como responsabilidades coordenar, apoiar e monitorar a implementação do</p><p>Plano Distrital de Políticas para as Mulheres. Isso inclui estabelecer metodologias de moni-</p><p>toramento, acompanhar e avaliar as atividades, promover o II PDPM em diferentes esferas,</p><p>ajustas objetivos e ações conforme necessário, elaborar relatórios anuais e preparar as bases</p><p>para o próximo plano de políticas.</p><p>Para sua prova, também é importante ter um breve contexto histórico da elaboração e cons-</p><p>trução do II PDPM. Após o estabelecimento das metas do Governo do Distrito Federal, foi crucial</p><p>ouvir as reivindicações da sociedade civil. Para garantir a participação do maior número possível</p><p>de pessoas e tornar o II PDPM o mais democrático e diversificado possível, foram adotadas estra-</p><p>tégias para coletar os pontos de vista da população.</p><p>Uma comissão especial, composta por membros do Conselho dos Direitos da Mulher do</p><p>DF, foi designada para analisar e propor sugestões ao plano preliminar. Paralelamente, foi</p><p>realizada uma pesquisa ampla, em colaboração com a Companhia de Planejamento do Dis-</p><p>trito Federal (CODEPLAN), por meio de uma consulta pública online disponível no site da</p><p>Secretaria da Mulher, onde qualquer pessoa interessada podia contribuir com suas ideias</p><p>para políticas públicas destinadas às mulheres.</p><p>Além disso, outro método para aumentar a participação das mulheres do Distrito Federal</p><p>na elaboração do II PDPM foi a realização de oficinas virtuais de escuta com representantes</p><p>de grupos vulneráveis, como mulheres indígenas, quilombolas, negras, rurais, trabalhadoras</p><p>do sexo, ciganas, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, mulheres em situação de rua e</p><p>com deficiência.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>45</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Após análise e compilação das contribuições, todas as propostas do Governo do Distrito</p><p>Federal relacionadas às mulheres foram reunidas em um documento, juntamente com as</p><p>políticas consideradas prioritárias para atender às suas necessidades.</p><p>Passaremos agora para um estudo mais aprofundado de cada eixo. Lembre-se de que em</p><p>cada um deles foram estabelecidos objetivos gerais, objetivos específicos e metas. Vamos lá!</p><p>EIXO 1: IGUALDADE NO MUNDO DO TRABALHO E AUTONOMIA ECONÔMICA</p><p>As disparidades de gênero no ambiente de trabalho são cada vez mais evidentes. Embora</p><p>as mulheres tenham níveis mais altos de escolaridade, continuam recebendo salários inferio-</p><p>res aos homens que desempenham as mesmas funções.</p><p>Além disso, persiste uma divisão desigual do trabalho, com as mulheres assumindo uma</p><p>carga desproporcional de responsabilidades domésticas e familiares, além de suas atividades</p><p>profissionais. Para promover a igualdade no mercado de trabalho e a autonomia econômica</p><p>das mulheres do Distrito Federal, é crucial implementar políticas que melhorem a qualifica-</p><p>ção profissional e criem oportunidades de emprego e renda. As ações propostas neste con-</p><p>texto têm como objetivo impulsionar o crescimento e avançar nas conquistas das mulheres,</p><p>incentivando sua participação nas atividades produtivas e promovendo sua independência</p><p>financeira.</p><p>Para melhor compreensão de quais os planos do Governo do Distrito Federal (GDF) para</p><p>esse eixo temático, vamos analisar o Anexo I do Decreto, que traz o objetivo geral, os objeti-</p><p>vos específicos e as metas.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Promover a autonomia econômica das mulheres e a igualdade no mundo do trabalho, tan-</p><p>to no que se refere ao acesso quanto à remuneração das mulheres urbanas, do campo e do</p><p>Cerrado, considerando todas as desigualdades de classe, raça e etnia, desenvolvendo ações</p><p>específicas que contribuam para eliminação da desigual divisão de gênero do trabalho, com</p><p>ênfase em políticas de erradicação da pobreza e na valorização da participação das mulheres</p><p>no desenvolvimento socioeconômico.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Ampliar a inserção das mulheres no mundo do trabalho, favorecendo sua autonomia</p><p>econômica;</p><p>- Contribuir para a igualdade salarial entre homens e mulheres;</p><p>- Contribuir para superação e eliminação da cultura da divisão sexual do trabalho, promoven-</p><p>do a valorização do trabalho das mulheres;</p><p>- Promover o acesso e a permanência de mulheres, ao longo da vida, na educação formal,</p><p>para fortalecer a formação e oportunizar o acesso ao mercado de trabalho e à sua autonomia</p><p>econômica;</p><p>- Ampliar o acesso de mulheres a iniciativas de promoção do empreendedorismo feminino,</p><p>oferecendo novas oportunidades de geração de renda.</p><p>- Promover e ampliar o acesso de mulheres a cursos de qualificação profissional, a fim de</p><p>melhorar as oportunidades de colocação/recolocação no mercado de trabalho;</p><p>46</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>- Promover o acesso das mulheres ao mercado de trabalho formal, por meio do fomento à</p><p>criação de vagas de emprego a serem preenchidas exclusivamente por mulheres;</p><p>-Promover o acesso de mulheres a programas e projetos de geração de renda, por meio do</p><p>incentivo à economia solidária e à criação de espaços colaborativos.</p><p>Metas</p><p>- Reduzir a taxa de desemprego de mulheres no DF;</p><p>- Aumentar o número de mulheres atendidas com processos de formação profissional e ação</p><p>empreendedora nos programas e projetos de desenvolvimento da autonomia econômica;</p><p>- Aumentar o número de parcerias com organizações governamentais e não governamentais,</p><p>para o desenvolvimento de ações de promoção da igualdade de gênero e oferta de cursos de</p><p>para mulheres por meio da REDE SOU MAIS MULHER;</p><p>- Aumentar o número de cursos, palestras, treinamentos para a formação e profissionalização</p><p>de mulheres;</p><p>- Aumentar o número de mulheres com acesso a linhas de crédito e financiamento para fomen-</p><p>tar a ação empreendedora;</p><p>- Ampliar o número de vagas para mulheres em feiras e/ou lojas/espaços colaborativos.</p><p>Em linhas gerais, esse eixo promove a igualdade de gênero no mercado de trabalho atra-</p><p>vés da promoção da autonomia econômica das mulheres urbanas, rurais e do Cerrado, consi-</p><p>derando todas as formas de desigualdades, e implementando</p><p>ações específicas para eliminar</p><p>a divisão de gênero no trabalho, com foco na erradicação da pobreza e no reconhecimento</p><p>do papel das mulheres no desenvolvimento socioeconômico.</p><p>Nessa esteira, como iniciativas governamentais o GDF lançou programas como (dentre</p><p>diversos outros):</p><p>z o Oportunidade Mulher, que visa à autonomia das mulheres do DF;</p><p>z o Espaço Empreende Mais Mulher, destinado ao atendimento das mulheres em situação</p><p>de vulnerabilidade;</p><p>z o projeto de capacitação Mulheres Hipercriativas;</p><p>z o Programa Rede Sou Mais Mulheres.</p><p>EIXO 2: EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE</p><p>A política educacional do Brasil também reflete profundas desigualdade de gênero, histo-</p><p>ricamente estabelecida sob o patriarcado e o sexismo, excluindo a participação acadêmica de</p><p>mulheres e meninas. Dessa forma, a igualdade de gênero na educação também foi considera-</p><p>da um tema prioritário nesse planejamento de políticas públicas.</p><p>Com base na Agenda 2030 da ONU, o II PDPM destaca que a igualdade de gênero na edu-</p><p>cação não se resume apenas ao acesso e à conclusão dos estudos, mas também à equidade</p><p>de poder através da educação. O reconhecimento do histórico lugar invisível atribuído às</p><p>mulheres ressalta a urgência de entender a escola como um ambiente crucial para a pro-</p><p>moção da igualdade de gênero e da democracia, por meio de uma abordagem não sexista e</p><p>inclusiva. Uma boa educação deve estar intimamente ligada à luta pela igualdade e diversi-</p><p>dade na sociedade brasileira.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>47</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Contribuir para a redução da desigualdade de gênero e para o enfrentamento do preconceito</p><p>e da discriminação étnico-racial, religiosa, geracional, por orientação sexual e por identidade</p><p>de gênero, por meio da formação de gestores/as profissionais da educação e estudantes em</p><p>todos os níveis e modalidades de ensino. Faz-se necessário garantir o acesso, a permanência</p><p>e o sucesso de jovens e mulheres à educação de qualidade, com especial atenção aos grupos</p><p>com baixa escolaridade (mulheres adultas e idosas, com deficiência, negras, indígenas, rurais</p><p>e em situação de prisão).</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Promover o acesso e a permanência na educação formal de meninas e mulheres para pro-</p><p>mover o pleno desenvolvimento de suas competências e de sua autonomia emocional, social</p><p>e econômica;</p><p>- Consolidar, na política educacional do DF, o respeito pela diversidade em todas as suas for-</p><p>mas, de modo a garantir uma educação igualitária e cidadã;</p><p>- Contribuir para a redução da violência de gênero, incluindo a temática da prevenção da vio-</p><p>lência sexual, familiar e doméstica de forma transversal no curriculum escolar e no projeto</p><p>político pedagógico das escolas do DF;</p><p>- Promover a inclusão, nos cursos de capacitação e de formação de profissionais da educação</p><p>e da comunidade escolar, temas com foco na construção de uma cultura de paz, equidade de</p><p>gênero e respeito às diversidades; e</p><p>- Promover formação continuada para gestores, professores e estudantes, com o intuito de</p><p>desenvolver escuta qualificada, atitude protetiva e atuação em Rede nas situações de vulnera-</p><p>bilidade social e de violência doméstica.</p><p>Metas</p><p>- Incluir programas que contemplem a temática de gênero na política educacional do DF;</p><p>- Ampliar o número de vagas nos cursos de formação da Subsecretaria de - Formação Conti-</p><p>nuada dos Profissionais da Educação – EAPE, que possuem temática relacionada a relações</p><p>étnico-raciais, igualdade de gênero e direitos humanos, promoção da Cultura da Paz e preven-</p><p>ção de todos os tipos de violência;</p><p>- Ampliar o acesso e o número de vagas para matrículas de mulheres e seus filhos desde a</p><p>educação básica até a formação profissionalizante e superior;</p><p>- Ampliar o número de matrículas de mulheres na Educação de Jovens e Adultos - EJA, a fim de</p><p>viabilizar o acesso da jovem, adulta e idosa à educação formal; e</p><p>- Ampliar o número de escolas contempladas com ações do Programa “Maria da Penha Vai à</p><p>Escola”</p><p>Esse eixo destaca a importância de reduzir a desigualdade de gênero e o do enfrentamen-</p><p>to às diversas formas de discriminação, por meio de formação de gestores e estudantes em</p><p>todos os níveis de ensino. É fundamental garantir acesso igualitário à educação de qualidade,</p><p>especialmente para grupos historicamente marginalizados, como mulheres adultas, idosas,</p><p>com deficiência, negras, indígenas, rurais e em situação de prisão.</p><p>48</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Como exemplo de ações, temos:</p><p>z institucionalização e implantação de um programa de desenvolvimento e capacitação em</p><p>igualdade de gênero;</p><p>z elaboração e implantação do Projeto de Inserção de Meninas nas Ciências e nas Áreas</p><p>Tecnológicas;</p><p>z criação e ampliação da oferta de vagas no ensino público para dependentes de mulheres</p><p>em situação de violência doméstica;</p><p>z ampliação do acesso de mulheres à educação de jovens e adultos (EJA), assim como à edu-</p><p>cação profissionalizante;</p><p>z continuidade de palestras realizadas nas escolas por meio do Projeto Maria da Penha Vai</p><p>à Escola.</p><p>EIXO 3: SAÚDE INTEGRAL DAS MULHERES, DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS</p><p>A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) foi estabelecida</p><p>em 2004, inspirada no Programa de Atenção Integral de Saúde da Mulher (PAISM) de 1983,</p><p>durante o processo de democratização do país e com influência da Conferência de Alma-Ata</p><p>(1978) e da participação ativa dos movimentos sociais e feministas.</p><p>Essa política tem como objetivo central promover um atendimento mais justo, humano,</p><p>eficiente e eficaz, considerando diretrizes de integralidade, identidade de gênero e raça. A</p><p>PNAISM propõe incluir nas formações dos profissionais de saúde as particularidades das</p><p>mulheres lésbicas, transexuais e em situação de rua, além de garantir acesso a insumos para</p><p>prevenção de DST/HIV/AIDS, métodos contraceptivos e exames para detecção precoce do cân-</p><p>cer de mama e do colo do útero.</p><p>Com foco na integralidade e na promoção da saúde, esse eixo da política busca consolidar</p><p>avanços nos direitos sexuais e reprodutivos, com destaque para a melhoria no cuidado obs-</p><p>tétrico, o planejamento familiar, o cuidado durante o aborto inseguro e o enfrentamento à</p><p>violência doméstica e sexual.</p><p>Além disso, traz como algumas de suas prioridades a prevenção e o tratamento de mulhe-</p><p>res com HIV/AIDS, doenças crônicas não transmissíveis e câncer ginecológico e de mama. A</p><p>política também visa ampliar as ações para grupos historicamente marginalizados, atenden-</p><p>do às suas necessidades específicas.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Assegurar o direito à saúde integral, sexual e reprodutiva das mulheres, promovendo a vida</p><p>com qualidade, equidade e direitos, por meio da implementação de estratégias para qualifica-</p><p>ção e acesso a todas as ações da saúde, sem discriminação de qualquer espécie, resguardadas</p><p>as identidades e especificidades de raça, etnia, geração, classe social, orientação sexual, iden-</p><p>tidade de gênero e deficiência.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>49</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Contribuir para o fortalecimento e a implementação integral das legislações e Políticas Nacio-</p><p>nal e Distrital de Atenção Integral à Saúde da Mulheres e das diretrizes do SUS, consideran-</p><p>do-se as mulheres em todas as suas especificidades e diversidades étnico-racial e de gênero;</p><p>- Promover melhorias nas condições de saúde física e mental das mulheres, em todas as fases</p><p>da sua vida, com a garantia de acesso à prevenção, à assistência e à recuperação e reabilita-</p><p>ção da sua saúde;</p><p>- Formular e implantar políticas que promovam a qualificação e humanização da atenção</p><p>integral à saúde de meninas e mulheres na Rede Pública e Privada do DF, visando o enfrenta-</p><p>mento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e dos Transtornos</p><p>Mentais;</p><p>- Promover os direitos sexuais e os direitos reprodutivos de todas as mulheres, com a implan-</p><p>tação de iniciativas afirmativas e inovadoras, considerando-se as suas características gera-</p><p>cionais, de raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, local de moradia, trabalho,</p><p>deficiência e situação de privação de liberdade;</p><p>- Promover o acesso e a assistência às mulheres no planejamento reprodutivo, no pré-natal, no</p><p>parto, no puerpério e no acompanhamento da primeira infância, com atendimento adequado,</p><p>seguro e humanizado;</p><p>- Propor políticas, programas, projetos e ações que promovam a saúde sexual e reprodutiva de</p><p>meninas no DF, com foco na redução do índice de gravidez na adolescência e na prevenção de</p><p>doenças e infecções sexualmente transmissíveis – DST/IST;</p><p>- Promover o acesso de mulheres à atenção humanizada para a prevenção, o diagnóstico e o</p><p>tratamento imediato e completo do câncer, em especial, em relação aos cuidados necessários</p><p>para o câncer de mama e de colo de útero;</p><p>Assegurar o direito ao atendimento especializado, personalizado e humanizado nas situações</p><p>de violação de direitos, de violência sexual, doméstica e familiar em toda a Rede de saúde</p><p>pública e privada do DF; e</p><p>- Promover estratégias de comunicação e educação em saúde, com foco na qualificação dos</p><p>profissionais e na orientação da população nas temáticas relacionadas às relações étnicora-</p><p>ciais, na igualdade de gênero e direitos humanos, na promoção da Cultura da Paz e na preven-</p><p>ção de todos os tipos de violência</p><p>Metas</p><p>- Implantar o Centro Especializado de Saúde da Mulher - CESMU nas Regiões de saúde do DF;</p><p>- Implantar a Linha de Cuidado da Atenção Oncológica no DF, assegurando o acesso à confir-</p><p>mação diagnóstica, ao tratamento de câncer e às cirurgias reparadoras;</p><p>- Implantar a Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de pessoas em situação de</p><p>violência sexual, doméstica e familiar;</p><p>- Ampliar o número de mulheres que realizam exame de mamografia e citopatológico do colo</p><p>do útero;</p><p>- Aumentar o número de partos normais no SUS e na saúde suplementar;</p><p>- Reduzir a incidência de gravidez na adolescência, entre as faixas etárias de 10 a 19 anos;</p><p>- Aumentar o número de mulheres assistidas pela saúde prisional; e</p><p>- Aumentar o número de profissionais de saúde com acesso a programas de educação perma-</p><p>nente que abordem a temática relacionada às relações étnico-raciais, igualdade de gênero e</p><p>direitos humanos, promoção da Cultura da Paz e prevenção de todos os tipos de violência.</p><p>50</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>O principal objetivo desse eixo é garantir o direito das mulheres à saúde integral, sexual e</p><p>reprodutiva, sem discriminação, considerando identidades e especificidades. Ademais, tam-</p><p>bém visa promover uma vida com qualidade e equidade, através do acesso ampliado e da</p><p>qualificação dos serviços de saúde, respeitando a diversidade e as necessidades únicas de</p><p>cada mulher.</p><p>Como exemplos de políticas públicas implementadas pelo GDF com base nesse eixo, temos:</p><p>z programas voltados para a promoção da saúde física e mental de mulheres e meninas, com</p><p>especial atenção para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e</p><p>dos transtornos mentais;</p><p>z implementação de medidas para fortalecer a assistência integral à saúde das mulheres</p><p>encarceradas;</p><p>z desenvolvimento de programas, projetos e iniciativas para promover a saúde sexual e</p><p>reprodutiva de jovens no Distrito Federal, com ênfase na redução da gravidez na adoles-</p><p>cência e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST);</p><p>z criação de uma linha de cuidado essencial na Atenção à Saúde da Mulher através do Cen-</p><p>tro Especializado de Saúde da Mulher (CESMU) em todas as Regiões de Saúde do DF;</p><p>z expansão da cobertura de mamografia e exames citopatológicos do colo do útero para</p><p>mais mulheres;</p><p>z ampliação dos serviços de saúde para mulheres em todas as fases do ciclo reprodutivo,</p><p>com foco no planejamento familiar, pré-natal, parto, puerpério e cuidados na primeira</p><p>infância, visando ao atendimento seguro e humanizado;</p><p>z realização de programas de educação continuada para profissionais de saúde sobre ques-</p><p>tões de gênero em todos os níveis de atenção;</p><p>z implementação, monitoramento e avaliação das estratégias estabelecidas no Plano de</p><p>Enfrentamento e Combate à Sífilis;</p><p>z avaliação da cobertura vacinal contra o HPV em meninos e meninas;</p><p>z realização da coleta de leite materno diretamente nos domicílios das lactantes.</p><p>EIXO 4: ENFRENTAMENTO DE TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES</p><p>A violência doméstica contra mulheres é um acontecimento multifacetado e diversificado.</p><p>A Lei Maria da Penha representa um acontecimento importante na luta contra essa violência</p><p>de gênero, abrangendo diferentes formas de agressão e responsabilizando os agressores.</p><p>Acabar com todas as formas de violência contra mulheres e meninas, tanto em espaços</p><p>públicos quanto privados, é um dos propósitos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável</p><p>(ODS) 5 da Agenda 2030 da ONU, que busca alcançar a igualdade de gênero e promover o</p><p>empoderamento feminino.</p><p>A luta contra a violência direcionada às mulheres exige uma abordagem integrada de</p><p>vários setores, incluindo saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social e</p><p>trabalho. Essa abordagem visa desmantelar as desigualdades, promover o empoderamento</p><p>feminino e garantir um atendimento sensível e especializado para vítimas de violência.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>51</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Estabelecer princípios, diretrizes, projetos e políticas de prevenção e combate à violência</p><p>contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação</p><p>de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legisla-</p><p>ção nacional e distrital.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Promover a implementação da Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha,</p><p>garantindo sua plena divulgação, incluindo o tema nos currículos de formação de agentes de</p><p>segurança, de saúde, de educação e de outros profissionais;</p><p>- Fortalecer a rede de serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de vio-</p><p>lência e ampliar as parcerias com instituições que atuam nessa temática.</p><p>- Promover a formulação de políticas públicas de redução da violência de gênero em espaços</p><p>públicos e privados;</p><p>- Promover ações que favoreçam mudança cultural, por meio da disseminação de valores éti-</p><p>cos de irrestrito respeito às diversidades de gênero e valorização da cultura da paz;</p><p>- Realizar trabalho de responsabilização reeducação e reflexão com autores de violência</p><p>doméstica contra as mulheres;</p><p>- Fortalecer a segurança cidadã das mulheres em situação de violência e acesso à justiça;</p><p>- Promover políticas de enfrentamento da exploração sexual e do tráfico de mulheres;</p><p>- Garantir o atendimento humanizado, integral e qualificado às mulheres nos serviços especia-</p><p>lizados e na rede de enfrentamento da violência;</p><p>- Garantir o direito à segurança e à integridade física e emocional de mulheres em situação de</p><p>violência doméstica e familiar com risco iminente de morte, por meio de abrigamento;</p><p>- Promover campanhas e ações em defesa da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006);</p><p>- Realizar cursos de formação na área de questões de gênero e de violência contra as mulheres;</p><p>- Implementar parcerias para atuar na prevenção e no enfrentamento da violência de gênero,</p><p>sem preconceitos e discriminações.</p><p>Metas</p><p>- Reduzir os índices de violência contra as mulheres e de feminicídios;</p><p>- Ampliar os serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência e a</p><p>capilaridade do atendimento;</p><p>- Aumentar o número de serviços de abrigamento (Casas Abrigo, Abrigamento Provisório);</p><p>- Articular a priorização do atendimento das mulheres em situação de violência nos progra-</p><p>mas de habitação social, inserção no mundo do trabalho, geração de trabalho e renda, econo-</p><p>mia solidária e capacitação profissional;</p><p>- Incorporar a temática do enfrentamento da violência contra as mulheres e a Lei Maria da</p><p>Penha (Lei nº 11.340/2006) nos conteúdos programáticos de cursos principalmente no proces-</p><p>so de formação dos operadores de direito, de gestores e gestoras públicos/as e no conteúdo dos</p><p>concursos públicos;</p><p>- Construir equipamentos públicos especializados de atendimento às mulheres e aos autores</p><p>de violência; e</p><p>52</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>- Ampliar o quantitativo das Casas da Mulher Brasileira.</p><p>Em linhas gerais, esse eixo visa à criação e implementação de políticas, diretrizes e pro-</p><p>jetos focados na prevenção e no combate à violência contra mulheres, além de promover a</p><p>assistência e a garantia de direitos às vítimas. Esse eixo temático está em conformidade com</p><p>as normas de direitos humanos internacionais, assim como legislações nacionais e distritais,</p><p>buscando uma abordagem abrangente e eficaz para enfrentar essa questão tão crítica em</p><p>nosso país.</p><p>Como ações propostas pelo GDF, temos como exemplo:</p><p>z a realização de cursos de formação para abordar questões de gênero e violência contra as</p><p>mulheres;</p><p>z promoção de campanhas e ações em defesa da Lei Maria da Penha, visando aumentar a</p><p>conscientização sobre os direitos das mulheres e a importância de uma legislação que as</p><p>protejam;</p><p>z a inclusão de conteúdos sobre gênero, violência contra a mulher e Rede de Atendimento às</p><p>Mulheres em Situação de Violência nos cursos de formação de servidores do GDF;</p><p>z ampliação do número de Casas da Mulher Brasileira, rede que oferece atendimento inte-</p><p>grado e especializado às mulheres;</p><p>z ampliação das casas de abrigo provisório;</p><p>z construção e ampliação dos Espaços Acolher, antigos Núcleos de Atendimento à Família e</p><p>Autores de Violência Doméstica (NAFAVDs), visando fornecer acompanhamento psicosso-</p><p>cial tanto às vítimas quanto aos agressores;</p><p>z criação de Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres (NUIAM), estabelecendo espa-</p><p>ços exclusivos de atendimento nas delegacias de polícia, para oferecer um apoio especiali-</p><p>zado e acessível às mulheres em busca de ajuda;</p><p>z expansão dos programas Jornada ZERO Violência Contra Mulheres e Meninas e PRÓ-VÍTIMA;</p><p>z implementação de protocolo de segurança no Sistema de Transporte Público Coletivo do</p><p>DF para enfrentamento da violência contra mulher;</p><p>z implementação do Programa Urban Challenge, para garantir a segurança das mulheres ao</p><p>caminhar nos espaços públicos a qualquer horário;</p><p>z aprimoramento dos programas de investigação, perícia e apoio às vítimas de crimes</p><p>sexuais, violência doméstica e tentativas de feminicídio;</p><p>z implementação do Programa de Valorização e Promoção dos Direitos das Mulheres (PRO-</p><p>VID) em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, com intuito de promover a</p><p>valorização dos direitos das mulheres, oferecendo suporte, recursos e iniciativas especí-</p><p>ficas para garantir sua proteção, autonomia e igualdade em todas as áreas da sociedade.</p><p>EIXO 5: PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER E DECISÃO</p><p>O PDPM II busca ainda o aumento na presença das mulheres nos órgãos de poder e nas</p><p>decisões estratégicas demonstra um compromisso claro com a construção de uma sociedade</p><p>mais equitativa e inclusiva, visando à eliminação de todas as formas de discriminação e desi-</p><p>gualdade social.</p><p>É essencial uma transformação significativa na cultura e nas leis existentes para garantir</p><p>a inclusão do aspecto de gênero, permitindo que mulheres assumam cargos, com igualdade</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>53</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>de oportunidades, de liderança e gestão em instituições públicas e privadas, em conselhos</p><p>administrativos, no parlamento e em todos os níveis de autoridade.</p><p>Assim, estimular o empoderamento das mulheres em posições de liderança não apenas</p><p>oferece múltiplas abordagens sociais, mas também facilita a defesa das causas das mulhe-</p><p>res e a promoção de seus direitos, fundamentais para o fortalecimento da democracia e da</p><p>cidadania.</p><p>A inclusão deste eixo no II PDPM reflete o compromisso do Governo do Distrito Federal</p><p>em fortalecer a presença das mulheres na busca por novas oportunidades de influência e na</p><p>promoção da igualdade de gênero.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Fomentar e fortalecer a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espa-</p><p>ços de poder e decisão, por meio da promoção de mudanças culturais, legislativas e institu-</p><p>cionais que contribuam para a construção de valores e atitudes equânimes e democráticas na</p><p>implementação de políticas de igualdade de gênero.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Promover a criação, a revisão e a implementação de políticas, programas, projetos e ações,</p><p>legislação e demais instrumentos normativos, com vistas à promoção da igualdade de gênero</p><p>e à ampliação de oportunidades para as mulheres na ocupação de posições de decisão nas</p><p>instituições governamentais e não governamentais;</p><p>- Promover estratégias para a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder</p><p>e decisão e garantir a sua participação político-partidária;</p><p>- Garantir a participação das mulheres no controle social das políticas públicas, especialmen-</p><p>te por meio do fortalecimento do Conselho dos Direitos da Mulher do DF – CDM;</p><p>- Promover a formação de lideranças femininas, por meio da oferta de programas e incentivo</p><p>à participação de meninas e mulheres em conselhos e grupos organizados; e</p><p>- Promover a participação das mulheres no planejamento urbano das cidades.</p><p>Metas</p><p>- Ampliar o número de mulheres em cargos de decisão no âmbito do Governo do Distrito</p><p>Federal;</p><p>- Aumentar o número de mulheres participando da formulação e implementação das políticas</p><p>públicas, por meio da representação em Conselhos, Fóruns, Comitês etc.</p><p>Esse eixo concentra-se em fomentar a presença equitativa e diversificada de mulheres em</p><p>posições de liderança e tomadas de decisões. O que se propõe é a realização de mudanças</p><p>culturais, legislativas e institucionais que encorajem valores e práticas de igualdade e demo-</p><p>cracia, essenciais na formulação de políticas voltadas para a igualdade de gênero. Trata-se</p><p>de um passo crucial para garantir que as perspectivas das mulheres estejam integralmente</p><p>representadas e valorizadas nos espaços em que importantes decisões são tomadas.</p><p>Como linha de ação deste eixo no PDPM, temos como exemplos:</p><p>54</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z estabelecimento do Fórum de Mulheres Líderes como um espaço de discussão dedi-</p><p>cado às mulheres no ambiente corporativo, visando promover sua participação e</p><p>representatividade;</p><p>z incentivo à participação feminina na política e em cargos de poder e decisão, buscando</p><p>alcançar uma maior igualdade de gênero nesses espaços;</p><p>z implementação de programas de capacitação de liderança para meninas e mulheres em</p><p>escolas e comunidades, oferecendo oportunidades de desenvolvimento e empoderamento;</p><p>z lançamento do Prêmio Talento Mulher para reconhecer e valorizar as conquistas e contri-</p><p>buições das mulheres em diversas áreas;</p><p>z introdução do Projeto “Brasília, uma cidade segura para as mulheres”, com a participação</p><p>ativa das mulheres na formulação de políticas e decisões relacionadas à segurança urbana,</p><p>garantindo que suas necessidades e perspectivas sejam consideradas;</p><p>z promoção do fortalecimento das lideranças femininas no Distrito Federal através da par-</p><p>ticipação ativa em conselhos, fóruns ou comitês.</p><p>EIXO 6: IGUALDADE PARA AS MULHERES RURAIS</p><p>O conceito de desenvolvimento sustentável, conforme estabelecido em acordos interna-</p><p>cionais ratificados pelo Brasil e nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da</p><p>Agenda 2030, destaca a importância da preservação ambiental e climática. Nesse cenário, é</p><p>crucial reconhecer o</p><p>papel fundamental desempenhado pelas mulheres rurais, frequente-</p><p>mente responsáveis pelo sustento familiar, pela administração de recursos naturais e pelas</p><p>tarefas domésticas.</p><p>Nessa esteira, os direitos relacionados à posse de terra, água e outros recursos são funda-</p><p>mentais para todos e devem ser garantidos também para as mulheres rurais, considerando</p><p>suas necessidades específicas, incluindo aquelas que interrompem sua educação para con-</p><p>tribuir com o trabalho rural.</p><p>Portanto, é imprescindível promover o empoderamento das mulheres rurais por meio de</p><p>políticas que assegurem o conhecimento de seus direitos, promovam seu desenvolvimento</p><p>pessoal e profissional, ofereçam capacitação para a gestão dos recursos naturais e incenti-</p><p>vem práticas de preservação ambiental e diversidade.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Promover o direito das mulheres à vida com qualidade no meio rural, respeitando suas espe-</p><p>cificidades e garantindo o acesso a bens, equipamentos e serviços públicos, em especial no</p><p>acesso à terra e ao desenvolvimento rural sustentável.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Promover o acesso das mulheres rurais às Políticas Públicas, com foco na promoção, na pro-</p><p>teção e na garantia dos direitos;</p><p>- Garantir o funcionamento e a participação das Mulheres Rurais no Fórum Distrital Perma-</p><p>nente das Mulheres do Campo e do Cerrado;</p><p>- Promover a valorização e o reconhecimento da contribuição econômica das mulheres rurais,</p><p>favorecendo sua autonomia socioeconômica;</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>55</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>- Aprimorar a organização produtiva das mulheres do campo, respeitando suas especificida-</p><p>des culturais e a sustentabilidade ambiental;</p><p>- Fortalecer a agricultura familiar e os agronegócios, por meio da disponibilidade da assistên-</p><p>cia técnica e extensão rural; e</p><p>- Fortalecer a cadeia produtiva, prestando apoio à sua organização, produção e comercializa-</p><p>ção, viabilizando, também, o acesso aos recursos naturais e materiais.</p><p>Metas</p><p>- Implantar a Agenda das Mulheres Rurais no DF;</p><p>- Realizar 5 reuniões por ano do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do</p><p>Cerrado;</p><p>- Ampliar o número de mulheres rurais atendidas por programas nas áreas da assistência</p><p>social, da saúde, do trabalho, na garantia de direitos e na promoção, proteção e prevenção no</p><p>enfrentamento à violência;</p><p>- Aumentar o número de mulheres com acesso a programas de organização produtiva e de</p><p>agronegócios, em especial, para aquelas que vivem em contexto de vulnerabilidade social,</p><p>notadamente nas periferias urbanas para o desenvolvimento de sua autonomia econômica e</p><p>o empreendedorismo rural; e</p><p>- Ampliar o número de mulheres rurais atendidas em programas de geração de renda, para</p><p>promover a comercialização da produção, viabilizando o acesso ao crédito e a sua participa-</p><p>ção em feiras permanentes e em eventos</p><p>Esse eixo temático busca assegurar às mulheres das áreas rurais uma boa qualidade de vida,</p><p>reconhecendo e valorizando todas as suas especificidades. Ademais, busca garantir o acesso</p><p>dessas mulheres a recursos essenciais, infraestrutura adequada e serviços públicos de qualida-</p><p>de, com um foco particular na posse de terra e no fomento ao desenvolvimento rural susten-</p><p>tável. Isso implica um esforço conjunto para superar as barreiras que limitam a participação</p><p>feminina no desenvolvimento rural e na gestão de recursos naturais, promovendo a igualdade</p><p>de gênero no campo.</p><p>Entre iniciativas governamentais planejadas pelo GDF para esse eixo, temos como exem-</p><p>plos as seguintes:</p><p>z elaboração e implementação da Agenda de Mulheres Rurais no DF, coordenada pelo Fórum</p><p>das Mulheres do Campo e do Cerrado, visando promover a igualdade e prevenir a violên-</p><p>cia contra a mulher nas áreas rurais;</p><p>z implementação do projeto “Secretaria da Mulher no Campo”, com visitas itinerantes para</p><p>atender as demandas específicas das mulheres rurais e promover a igualdade de gênero;</p><p>z estabelecimento de parcerias para inserir produtoras rurais em feiras urbanas, proporcio-</p><p>nando exposição de produtos e geração de renda;</p><p>z implementação de projetos de empreendedorismo para mulheres do campo, visando pro-</p><p>mover a geração de renda e o desenvolvimento econômico;</p><p>z ampliação das ofertas de linhas de crédito e financiamento destinadas às mulheres rurais,</p><p>incentivando seu desenvolvimento econômico;</p><p>z promoção do acesso à geração de renda através do estímulo à economia solidária e criação</p><p>de espaços colaborativos para produtoras rurais;</p><p>56</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z fortalecimento do Fórum Distrital das Mulheres do Campo e do Cerrado, visando repre-</p><p>sentar e defender os interesses das mulheres rurais;</p><p>z criação de um protocolo de atendimento específico para mulheres rurais em situação de</p><p>violência de gênero, garantindo seu acolhimento e proteção;</p><p>z ampliação da participação das mulheres rurais nos programas da Secretaria de Mulheres</p><p>do DF, com foco no empreendedorismo rural e na autonomia econômica;</p><p>z promoção da igualdade de oportunidades e autonomia econômica para mulheres rurais</p><p>no mercado de trabalho e empreendedorismo;</p><p>z realização de palestras para divulgação dos conceitos de cooperativismo, associativismo,</p><p>economia solidária e tecnologias sociais, promovidas pela Secretaria do Trabalho, visando</p><p>capacitar e empoderar as mulheres rurais;</p><p>z apoio à agricultura familiar por meio do fornecimento de sementes, mudas, máquinas</p><p>agrícolas e sistemas de irrigação.</p><p>EIXO 7: CULTURA, ESPORTE, COMUNICAÇÃO E MÍDIA</p><p>A estrutura da sociedade brasileira continua a ser marcada por desigualdades, especial-</p><p>mente relacionadas a gênero e raça/etnia. Essas desigualdades são sustentadas por crenças</p><p>e valores que delineiam as capacidades e habilidades associadas a homens e mulheres, cada</p><p>um com papéis e tarefas predefinidos de acordo com valores socioculturais que moldam as</p><p>noções de masculinidade e feminilidade.</p><p>Nesse contexto em que os papéis são rigidamente definidos com base em critérios biológi-</p><p>cos de gênero, prevalecem o patriarcado, o machismo e o racismo, que moldam as relações</p><p>interpessoais. Isso resulta na padronização de comportamentos, identidades e estruturas</p><p>sociais, caracterizadas por relações de poder e opressão, levando a manifestações violentas,</p><p>como a violência de gênero e orientação sexual.</p><p>Esses padrões culturais estereotipados são perpetuados de geração em geração através</p><p>de instituições familiares, educacionais, profissionais e de mídia, enraizando-se nas bases</p><p>antropológicas da sociedade. Mudanças significativas só ocorrerão com a entrada das mulhe-</p><p>res em espaços tradicionalmente masculinos, como cultura, esportes, comunicação e mídia,</p><p>desafiando e quebrando o status quo.</p><p>Dito isso, é incontestável a urgência que o Estado e a sociedade promovam a participação</p><p>feminina em áreas dominadas por homens, visando à igualdade de gênero e à diversidade cul-</p><p>tural. Isso implica garantir uma maior presença de mulheres em cargos de liderança e na pro-</p><p>dução de conteúdo não sexista e não discriminatório, possibilitando a transformação desejada</p><p>e contribuindo para o fortalecimento da democracia no Brasil, impulsionado pela valorização</p><p>da diversidade cultural e pluralidade nos meios de comunicação.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Ampliar e promover a participação das mulheres na vida cultural e no exercício do esporte,</p><p>do lazer, da comunicação e da mídia, observando-se as dimensões de raça, etnia, orientação</p><p>sexual, identidade de gênero, local de moradia, trabalho, classe social, deficiência e geracional</p><p>das mulheres.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>57</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Promover a participação das mulheres na vida cultural, mediante o acesso aos meios de pro-</p><p>dução, aos eventos, aos acervos de bibliotecas, às universidades,</p><p>setembro/outubro a março/abril. Já durante a estação seca, que vai de abril/maio</p><p>a setembro, as chuvas são escassas, raramente ultrapassando os 9 mm por mês. O total anual</p><p>de precipitação varia entre 1.100 mm e 1.600 mm.</p><p>Tipos climáticos do Distrito Federal</p><p>Tipos climáticos de Köppen</p><p>Aw – Tropical de savana</p><p>Cwa – Subtropical úmido</p><p>Cwb – Subtropical de altitude</p><p>Adaptado de: Alvares et al., 2013.</p><p>A umidade do ar varia de acordo com a região. Em geral, durante o período chuvoso, a</p><p>umidade fica em torno de 70 a 80%, diminuindo para valores médios entre 45 e 65% durante</p><p>o período seco. Em algumas situações, a umidade pode ficar abaixo de 20%.</p><p>Vegetação</p><p>O território do Distrito Federal é totalmente coberto pelo bioma do Cerrado, que é o segun-</p><p>do maior bioma da América do Sul e abriga as nascentes das três maiores bacias hidrográ-</p><p>ficas dessa região do continente. Essa área é reconhecida como a savana mais diversificada</p><p>do mundo, contendo uma impressionante variedade de plantas, totalizando 11.627 espécies.</p><p>Apresenta uma vegetação caracterizada por pequenos arbustos e árvores com troncos</p><p>retorcidos, raízes profundas, cascas grossas e folhas cobertas por uma fina camada de pelos.</p><p>Também é possível encontrar áreas com predominância de gramíneas e árvores de grande</p><p>porte, conhecidas como cerradões.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>9</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z Florestas</p><p>Do ponto de vista fisionômico, as florestas são áreas com predominância de árvores, onde</p><p>o dossel pode ser contínuo ou descontínuo. No Cerrado, encontramos as seguintes formações</p><p>florestais: Mata Seca, Mata de Galeria, Mata Ciliar e Cerradão.</p><p>As matas de galeria e as matas ciliares são florestas associadas a rios e córregos, diferen-</p><p>ciando-se em termos florísticos e fisionômicos. As matas de galeria ocorrem em cursos d’água</p><p>mais estreitos, com o fechamento do dossel sobre o curso d’água, enquanto, nas matas cilia-</p><p>res, ao longo de rios mais amplos, esse fechamento não ocorre. Além disso, as matas ciliares</p><p>apresentam diferentes graus de caducifolia durante a estação seca, enquanto as matas de</p><p>galeria mantêm suas folhas o ano todo. As matas de galeria também podem ser classificadas</p><p>como inundáveis e não inundáveis, dependendo de características ambientais, como topo-</p><p>grafia e variações no lençol freático, o que afeta a composição das espécies vegetais. Muitas</p><p>das espécies dessas matas são dependentes de alta umidade no solo, o que também ocorre em</p><p>florestas pluviais da Amazônia e Mata Atlântica.</p><p>As matas secas são florestas fechadas, não associadas a cursos d’água, que dependem</p><p>principalmente de manchas de solos mesotróficos (fertilidade média) profundas dentro do</p><p>domínio do Cerrado. Dependendo do grau de queda de folhas, podem ser classificadas como</p><p>perenifólias (sem caducifolia), semidecíduas (caducifolia moderada) ou decíduas (alta cadu-</p><p>cifolia). Essa formação florestal tende a se distribuir principalmente em um arco nordeste-</p><p>-sudoeste, conectando a Caatinga às fronteiras do Chaco.</p><p>O cerradão é uma formação arbórea de médio a alto porte, com cobertura de dossel que</p><p>varia de fechada a semiaberta (de 50% a 90% de cobertura). Fisionomicamente, é uma flores-</p><p>ta, mas, em termos florísticos, assemelha-se mais ao Cerrado sensu stricto. No entanto, tam-</p><p>bém podem ser encontradas espécies arbóreas típicas de florestas, principalmente da mata</p><p>seca e mata de galeria não inundável. Os cerradões geralmente ocorrem em solos profundos,</p><p>bem drenados e ligeiramente ácidos. Quando estão em solos de baixa fertilidade, são classifi-</p><p>cados como cerradão distrófico, e, quando estão em solos mais ricos (fertilidade média), são</p><p>chamados de cerradão mesotrófico. Cada tipo possui espécies características e adaptadas a</p><p>esses ambientes.</p><p>É importante destacar que a composição florística das formações florestais varia dentro</p><p>do bioma Cerrado. Por exemplo, as florestas no oeste e norte do Cerrado apresentam maior</p><p>afinidade com as florestas pluviais da Amazônia, enquanto as do centro e sul têm maior</p><p>semelhança com as florestas semidecíduas do sudeste do Brasil. Há indícios de que, antiga-</p><p>mente, existia uma formação contínua de florestas no Brasil central, que agora está fragmen-</p><p>tada, formando corredores que conectam esses biomas.</p><p>z Formações Savânicas</p><p>O termo “savana” faz referência a áreas com árvores e arbustos dispersos sobre um estra-</p><p>to de gramíneas, sem a formação de dossel contínuo. No Cerrado, encontramos as seguintes</p><p>formações savânicas: Cerrado sensu stricto, veredas, parque de Cerrado e palmeiral.</p><p>O Cerrado sensu stricto é caracterizado por árvores baixas, tortuosas e com ramificações</p><p>irregulares. Essa fitofisionomia pode abrigar mais de 800 espécies, sendo que cerca de 40%</p><p>delas são endêmicas. O Cerrado sensu stricto também pode ser subdividido em Cerrado Den-</p><p>so, Cerrado Típico, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre. Essas subdivisões diferem em termos de</p><p>10</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>densidade e agrupamento das árvores, sendo que o Cerrado Rupestre ocorre em solos rasos</p><p>com afloramentos de rocha.</p><p>O parque de Cerrado é caracterizado pelo agrupamento de árvores em pequenas eleva-</p><p>ções do terreno chamadas de murundus ou monchões. A cobertura arbórea varia de 5%</p><p>a 20%, enquanto, nos murundus, essa porcentagem pode chegar a 50% ou, até, a 70%; nas</p><p>depressões, pode ser praticamente zero. Os solos nessa formação são argilosos, com melhor</p><p>drenagem nos murundus do que nas depressões adjacentes.</p><p>Na formação savânica palmeiral, há predominância de uma única espécie de palmeira</p><p>arbórea, e as dicotiledôneas2 são menos representativas. Essa formação é encontrada prin-</p><p>cipalmente em áreas de solos arenosos e bem drenados, como os «solos de campo rupestre»,</p><p>e a espécie de palmeira dominante pode variar de acordo com a região. Alguns exemplos de</p><p>palmeiras que podem formar palmeirais são o buriti (Mauritia flexuosa) e o babaçu (Orbign-</p><p>ya phalerata).</p><p>As veredas são formações de transição entre os Cerrados e as Matas Ciliares. São áreas de</p><p>solo úmido, onde o lençol freático está próximo da superfície. As veredas são caracterizadas</p><p>pela presença de palmeiras do gênero Mauritia, conhecidas popularmente como buritizeiros,</p><p>que formam agrupamentos chamados de “capões de vereda”. Essas áreas úmidas são impor-</p><p>tantes para a biodiversidade, pois abrigam espécies adaptadas a ambientes alagados, como</p><p>aves, mamíferos, répteis e anfíbios.</p><p>Além dessas formações, existem outras fitofisionomias características do Cerrado, como</p><p>as campinas, que são áreas de vegetação herbácea, e os campos rupestres, que ocorrem em</p><p>solos rasos sobre afloramentos rochosos. Cada uma dessas formações possui características</p><p>específicas e abriga uma diversidade única de espécies adaptadas aos diferentes ambientes</p><p>do bioma Cerrado.</p><p>As unidades de conservação do Distrito Federal são áreas protegidas que têm como objeti-</p><p>vo preservar a diversidade biológica e os recursos naturais e culturais, além de proporcionar</p><p>oportunidades de lazer, educação ambiental e pesquisa científica. O DF abriga diversas uni-</p><p>dades de conservação, incluindo parques, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental.</p><p>A principal área de conservação ambiental é o Parque Nacional de Brasília. Localizado na</p><p>região administrativa de Sobradinho, o Parque Nacional de Brasília é uma das principais uni-</p><p>dades de conservação do DF. Com uma área de aproximadamente 42 mil hectares, abrange</p><p>o Planalto Central e protege o cerrado típico da região. O parque possui trilhas, nascentes e</p><p>uma rica biodiversidade, com espécies de animais e plantas características do Cerrado.</p><p>2 As dicotiledôneas são um grupo extremamente diversificado, que inclui plantas como: árvores, arbustos, ervas, trepadeiras e muitos vegetais</p><p>ornamentais. Elas desempenham um papel importante na ecologia e na agricultura, fornecendo alimentos, madeira, fibras e diversos</p><p>observando-se sempre suas</p><p>especificidades;</p><p>- Promover a inserção das mulheres em ações educativas de esporte e lazer, orientadas para</p><p>inclusão social e para cidadania;</p><p>- Ampliar a participação das mulheres nas diferentes modalidades esportivas, a fim de promo-</p><p>ver a valorização feminina e os referenciais de igualdade de gênero;</p><p>- Combater os estereótipos femininos em campanhas publicitárias, por meio de debates e espa-</p><p>ços de discussão;</p><p>- Promover o protagonismo feminino, ampliando as formas de inserção e de acesso aos meios</p><p>de comunicação e à mídia; e</p><p>- Promover o acesso de mulheres à produção artística e cultural e realizar a divulgação, incen-</p><p>tivando a valorização e a difusão dos trabalhos produzidos pelas mulheres.</p><p>Metas</p><p>- Realizar ações educativas que favoreçam a participação das mulheres em espaços públicos e</p><p>em eventos culturais e esportivos;</p><p>- Aumentar o número de vagas em eventos esportivos e de lazer para as mulheres do DF;</p><p>- Aumentar o número de mulheres com acesso a programas de formação para a produção</p><p>artística e cultural;</p><p>- Elaborar plano de comunicação e mídia, voltado para as políticas de gênero; e</p><p>- Divulgar periodicamente os dados do Observatório da Mulher, como meio de promover a</p><p>comunicação e a mídia.</p><p>O eixo temático 7 foca na promoção e ampliação da participação das mulheres em diversas</p><p>esferas da vida pública, como cultura, esportes, lazer, comunicações e mídia; considera uma</p><p>abordagem inclusiva que leva em conta a diversidade entre as mulheres, incluindo, mas não</p><p>se limitando, em raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, localização geográfica,</p><p>ocupação, classe social, faixa etária e entre outros.</p><p>Tal abordagem busca não apenas aumentar a representatividade feminina nos mais diver-</p><p>sos espaços, mas também assegurar que todas as mulheres, com suas diversas identidades e</p><p>experiências, possam ter suas vozes ouvidas e valorizadas nesses espaços, contribuindo para</p><p>uma sociedade mais igualitária e diversa.</p><p>Entre as ações propostas pelo GDF para este eixo, podemos citar:</p><p>z a implantação do Projeto DELAS, que tem como objetivo a promoção de debate sobre</p><p>diversos tipos de violência contra a mulher;</p><p>z implantação do Projeto Observatório da Mulher, disponibilizando informações, pesquisas,</p><p>dados estatísticos e estudos relacionados às mulheres em seu site;</p><p>z ampliação da oferta da modalidade de futebol feminino nos Centros Olímpicos e Paraolím-</p><p>picos (COPs), promovendo a inclusão das mulheres no cenário esportivo;</p><p>58</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z apoio para a realização de eventos esportivos como Remada Rosa, Futebol Feminino, Fute-</p><p>bol Americano Feminino de Brasília, Corrida Rosa DF, Mulheres no Triathlon, e apoiar a</p><p>atleta ultramaratonista Heleh Deluque, do projeto Mulheres do Tri — Bike;</p><p>z promoção de campanhas e debates para combater a exploração excessiva do corpo femi-</p><p>nino em campanhas publicitárias.</p><p>EIXO 8: ENFRENTAMENTO DO RACISMO, SEXISMO, LESBOFOBIA E TRANSFOBIA</p><p>O Brasil tem grande parte de sua população composta por indivíduos negros e pardos.</p><p>Todavia, apesar dessa maioria demográfica, os negros no Brasil enfrentam disparidades sig-</p><p>nificativas em relação à população branca, abrangendo áreas como educação, mercado de</p><p>trabalho, acesso a serviços e segurança. O racismo é apontado como a principal causa dessas</p><p>desigualdades.</p><p>As mulheres negras enfrentam uma dupla opressão, decorrente tanto de questões raciais</p><p>quanto de gênero. Estatísticas nacionais e internacionais revelam que elas têm os piores indi-</p><p>cadores em diversas áreas. No contexto do atual sistema patriarcal, sexista, misógino e discri-</p><p>minatório do Brasil, as mulheres negras acabam sendo particularmente afetadas.</p><p>Mulheres negras — incluindo lésbicas, transexuais e de todas as idades — enfrentam for-</p><p>mas mais graves e frequentes de violência em comparação com outras categorias sociais.</p><p>O racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia são elementos estruturais da sociedade brasi-</p><p>leira, resultando em violações de direitos humanos em várias formas de violência e exclusão,</p><p>tanto dentro quanto fora das políticas públicas. Assim, o eixo 8 mostra-se fundamental na</p><p>busca de uma sociedade mais justa e equitativa para esses grupos ainda mais minoritários e</p><p>pouco representados.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Instituir políticas, programas e ações de enfrentamento do racismo, do sexismo, da lesbofobia</p><p>e da transfobia, a fim de garantir a equidade, por intermédio da incorporação da perspectiva</p><p>de raça, etnia e orientação sexual nas políticas direcionadas às mulheres</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Favorecer a promoção das mulheres, considerando sua diversidade com foco na superação</p><p>das desigualdades baseadas no racismo, no sexismo, na orientação sexual e na identidade de</p><p>gênero;</p><p>- Fomentar a produção e difusão de conhecimentos sobre a dimensão ideológica do racismo,</p><p>do sexismo, da lesbofobia e da transfobia sobre todas as formas de discriminação e preconcei-</p><p>to contra as mulheres, em especial a misoginia e a heteronormatividade;</p><p>- Contribuir para a superação da violência contra as mulheres e da violência institucional,</p><p>decorrente do racismo, do sexismo, da lesbofobia e da transfobia e de todas as formas de pre-</p><p>conceito e discriminação;</p><p>- Instituir ações para superação do racismo institucional contra mulheres, garantindo o aces-</p><p>so equânime aos diferentes serviços e às políticas públicas;</p><p>- Implantar a Rota da Diversidade do DF;</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>59</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>- Realizar encontros, seminário e espaços para debates e discussão programática do enfrenta-</p><p>mento do racismo, do sexismo, da lesbofobia e da transfobia;</p><p>- Realizar campanha de promoção da igualdade de acesso, de permanência e de ascensão das</p><p>mulheres negras, lésbicas e transexuais nas instituições públicas e privadas;</p><p>- Aumentar a disponibilização de financiamento por meio de microcrédito para população</p><p>negra, mulheres e LGBTs; e</p><p>- Implementar o Plano Distrital de Promoção da Igualdade Racial.</p><p>Metas</p><p>- Aumentar a inserção das mulheres negras e LGBTs no mercado de trabalho, promovendo-se</p><p>a igualdade de oportunidades;</p><p>- Implementar o Plano de Capacitação em Direitos Humanos para servidores públicos do DF;</p><p>- Ampliar o oferecimento de cursos que contribuam para valorização da diversidade e para a</p><p>superação do racismo, do sexismo, da lesbofobia e da transfobia; e</p><p>- Realizar pesquisas relacionadas à temática de gênero e diversidade</p><p>Esse eixo aborda um tema pouco trazido nas políticas públicas ao redor do globo: o femi-</p><p>nismo negro. O feminismo negro surge como uma vertente crucial do movimento feminista,</p><p>destacando-se por usa luta específica contra as intersecções do racismo, sexismo, e outras</p><p>formas de opressão que afetam de maneira única as mulheres negras.</p><p>Essa luta reconhece que as experiências de mulheres negras são distintas quando equi-</p><p>paradas tanto às das mulheres brancas quanto às dos homens negros, demandando assim</p><p>políticas e ações específicas que abordem essas interseccionalidades.</p><p>Nesse contexto, o eixo 8 do PDPM alinha-se perfeitamente com os princípios do feminismo</p><p>negro ao buscar implementar políticas, programas e iniciativas que combatam simultanea-</p><p>mente o racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia. Essa abordagem visa promover a equi-</p><p>dade, assegurando que as políticas voltadas para as mulheres consideram a diversidade de</p><p>raça, etnia e orientação sexual.</p><p>Entre as políticas públicas pensadas no Plano Distrital especificamente para esse grupo,</p><p>temos exemplos como:</p><p>z desenvolvimento da Rota da Diversidade no Distrito Federal, com intuito de promover a</p><p>inclusão e valorização das comunidades marginalizadas, enquanto o fortalecimento de</p><p>grupos de mulheres rurais, indígenas, ciganas e quilombolas propõe estratégias para o</p><p>empoderamento e resgate cultural dessas comunidades específicas, promovendo a diver-</p><p>sidade e combatendo</p><p>a marginalização e a exclusão social;</p><p>z elaboração do Plano Distrital para Promoção da Igualdade Racial com medidas para com-</p><p>bater o racismo e fomentar a equidade entre os diferentes grupos étnico-raciais no Distrito</p><p>Federal;</p><p>z impulsionamento de estudos sobre gênero através da Secretaria de Mulheres do Distri-</p><p>to Federal (SMDF), integrando esforços ao compromisso firme de combate à violência de</p><p>gênero e de promoção da diversidade;</p><p>z desenvolvimento de programas para facilitar o acesso ao mercado de trabalho para gru-</p><p>pos socialmente discriminados, promovendo equidade de oportunidades;</p><p>60</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z capacitação em direitos humanos para servidores públicos do DF para fortalecer a cons-</p><p>cientização e sensibilidade em relação a questões de diversidade;</p><p>z projetos como o “Encontro de YÁS” e diálogos com Yalorixás têm como objetivo valorizar</p><p>a representatividade feminina e negra nas políticas públicas;</p><p>z capacitação sobre tratamento e acolhimento adequados à população LGBTQIAPN+;</p><p>z investimento em microcrédito para empreendedorismo da população negra, LGBTQIAPN+</p><p>e mulheres é uma estratégia chave para promover a inclusão econômica e social, contri-</p><p>buindo para um ambiente mais justo e equitativo.</p><p>Para o futuro, espera-se a criação de espaços de discussão sobre racismo, sexismo, lesbo-</p><p>fobia e transfobia em órgãos públicos, a intensificação da segurança nas ruas para pessoas</p><p>LGBTQIAPN+ e a fiscalização e implementação da Lei nº 10.639, de 2003, em escolas, com</p><p>debates sobre os eixos temáticos.</p><p>Também são propostas a promoção de ações de enfrentamento do racismo e sexismo ins-</p><p>titucional, o desenvolvimento de campanhas educativas contra discriminação e o aumento</p><p>da quantidade de espaços como a Casa da Mulher Brasileira.</p><p>Outras propostas incluem a articulação de políticas governamentais para o enfrenta-</p><p>mento do racismo, sexismo, lesbofobia, bifobia e transfobia, e o fortalecimento do CREAS da</p><p>Diversidade através de parcerias e capacitações. Além disso, grupos específicos propuseram</p><p>medidas como o mapeamento e capacitação de profissionais para mulheres indígenas, qui-</p><p>lombolas, trabalhadoras do sexo, ciganas, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, mulhe-</p><p>res em situação de rua, negras, com deficiência e rurais.</p><p>Todas essas propostas visam promover a igualdade, combater a discriminação e garantir o</p><p>respeito aos direitos humanos de todos os grupos, especialmente os mais vulneráveis.</p><p>EIXO 9: IGUALDADE PARA AS MULHERES JOVENS, MULHERES IDOSAS E MULHERES COM</p><p>DEFICIÊNCIA</p><p>É essencial que as políticas públicas abarquem uma ampla gama de características, como</p><p>sexo, raça/etnia, idade e condições, especialmente no que diz respeito aos idosos e pessoas</p><p>com deficiência, visando garantir a adequação do atendimento às diversas necessidades das</p><p>mulheres. Ao estabelecer prioridades na formulação dessas políticas, é crucial levar em con-</p><p>ta a tendência global, nacional e regional de envelhecimento da população.</p><p>É imperativo reconhecer o papel das mulheres jovens como detentoras de direitos fundamen-</p><p>tais para o desenvolvimento da comunidade. Portanto, as iniciativas governamentais voltadas</p><p>para esses grupos devem ser variadas, levando em consideração as particularidades da juven-</p><p>tude, da terceira idade e das pessoas com deficiência. As políticas públicas representam ferra-</p><p>mentas indispensáveis para fomentar a inclusão social e mitigar as disparidades existentes na</p><p>sociedade.</p><p>Objetivo Geral</p><p>Promover a igualdade de direitos e de oportunidades para mulheres jovens, mulheres idosas</p><p>e mulheres com deficiência.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>61</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>- Contribuir para a implementação da Política Distrital de Atenção ao Jovem, ao Idoso e às</p><p>Pessoas com Deficiência, com a incorporação do recorte de gênero nos programas, projetos e</p><p>ações por elas articuladas;</p><p>- Garantir a igualdade de direitos e oportunidades no acesso, na permanência e na promoção</p><p>das jovens, das idosas e das mulheres com deficiência no mercado de trabalho;</p><p>- Fortalecer ações de promoção da autonomia das mulheres jovens e idosas, considerando-se</p><p>as suas especificidades e diversidades;</p><p>- Fortalecer ações de promoção da autonomia das mulheres com deficiência, considerando-se</p><p>as suas especificidades e diversidades, com especial atenção ao que se refere à acessibilidade,</p><p>ao acesso ao mercado de trabalho, à educação especial e ao enfrentamento da violência;</p><p>- Favorecer o acesso das mulheres jovens ao primeiro emprego; e</p><p>- Incentivar e fortalecer a inclusão das mulheres no sistema previdenciário, especialmente as</p><p>rurais e as idosas.</p><p>Metas</p><p>- Diminuir as formas de violência e de discriminação contra meninas, mulheres jovens, idosas</p><p>e mulheres com deficiência, por meio de garantia de acesso aos equipamentos públicos, pro-</p><p>gramas e projetos governamentais;</p><p>- Aumentar o acesso de mulheres jovens, idosas e com deficiência ao mercado de trabalho;</p><p>- Ampliar o oferecimento de cursos de formação profissional, visando à absorção das mulhe-</p><p>res jovens, idosas e com deficiência ao mundo do trabalho;</p><p>- Incluir as especificidades das mulheres jovens, idosas e com deficiência nas políticas públicas</p><p>direcionadas às mulheres;</p><p>- Aumentar a produção e publicação de estudos, pesquisas, dados e indicadores sobre igualda-</p><p>de de gênero, mulheres jovens, idosas e com deficiência; e</p><p>- Ampliar a permanência das meninas e mulheres jovens na educação formal, para evitar</p><p>a evasão escolar, em especial para as negras, as trabalhadoras rurais, as quilombolas, as</p><p>indígenas, as lésbicas, as mulheres com deficiência e as adolescentes que estejam cumprindo</p><p>medidas socioeducativas</p><p>A promoção de políticas de igualdade focadas em mulheres jovens, idosas e mulheres com</p><p>deficiência é essencial para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva e justa. Esse</p><p>enfoque reconhece que, apesar de todas as mulheres enfrentarem desafios decorrentes do</p><p>sexismo, existem nuances específicas da idade e capacidade que podem intensificar a discri-</p><p>minação e a exclusão.</p><p>Torna-se então fundamental a elaboração de políticas que visam à equidade de direitos;</p><p>oportunidades para esses grupos buscam endereçar e mitigar tais desigualdades, contribuin-</p><p>do para o empoderamento e a integração plena dessas mulheres na sociedade.</p><p>Para mulheres jovens, essas políticas podem proporcionar fundamentos sólidos através da</p><p>educação de qualidade, oportunidades de emprego equitativas e acesso a serviços de saúde</p><p>adequados, incluindo saúde reprodutiva, preparando-as para um futuro promissor.</p><p>Por outro lado, as mulheres idosas enfrentam desafios distintos, como maior vulnerabilida-</p><p>de à pobreza e à marginalização social, além de problemas de saúde. Políticas voltadas para a</p><p>62</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>terceira idade buscam garantir sua segurança financeira, promover a saúde e o bem-estar e com-</p><p>bater a discriminação etária, garantindo que as mulheres idosas possam viver com dignidade.</p><p>Por fim, destacamos que as mulheres com deficiência também devem possuir políticas</p><p>públicas especializadas em prol da eliminação de obstáculos como:</p><p>z acesso à educação;</p><p>z acesso ao emprego;</p><p>z acesso a saúde;</p><p>z participação social, resultantes de uma intersecção de sexismo e capacitismo.</p><p>Entre as políticas promovidas nesse eixo, podemos destacar o trabalho da Secretaria de</p><p>Mulheres do Distrito Federal (SMDF), que está intensificando suas ações para promover a igual-</p><p>dade de oportunidades e o empoderamento econômico de mulheres, jovens e pessoas com defi-</p><p>ciência. Uma das iniciativas é a expansão de programas de qualificação profissional, visando</p><p>capacitar e fortalecer economicamente esses grupos.</p><p>Além disso, estão sendo implementadas ações de inclusão social e fortalecimento para</p><p>mulheres jovens, idosas e com deficiência,</p><p>com o objetivo de promover equidade e garan-</p><p>tir sua participação plena na sociedade, incluindo iniciativas para superar barreiras e criar</p><p>ambientes mais acessíveis e inclusivos.</p><p>A SMDF também está conduzindo campanhas de combate à violência contra mulheres</p><p>jovens, idosas e com deficiência, buscando sensibilizar a população e proteger os direitos</p><p>desses grupos vulneráveis. Um exemplo é o projeto Terezas, que incentiva a formação profis-</p><p>sional de jovens e mulheres negras e com deficiência, com o intuito de facilitar sua inserção</p><p>no mercado de trabalho e proporcionar o alcance de autonomia financeira e pessoal.</p><p>Em síntese, estudamos o II Plano Distrital de Políticas para as Mulheres (II PDPM), política</p><p>que representa um conjunto de estratégias e propostas elaboradas em colaboração por diver-</p><p>sos órgãos governamentais, organizações não governamentais e a sociedade civil.</p><p>Seu objetivo central é fomentar a equidade de gênero e erradicar todas as formas de dis-</p><p>criminação contra as mulheres no Distrito Federal. Esse plano define metas claras, objetivos</p><p>específicos e ações concretas a serem implementadas e acompanhadas ao longo do tempo,</p><p>com supervisão adequada pelos respectivos órgãos responsáveis.</p><p>No entanto, apesar do seu potencial teórico promissor, a efetivação do II PDPM depende</p><p>de uma atuação proativa e coordenada de todos os envolvidos. Somente com o comprometi-</p><p>mento e a colaboração de todas as partes interessadas será possível efetivar a promoção da</p><p>igualdade de gênero e a inclusão das mulheres no Distrito Federal.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>O que é a Agenda 2030 das Nações Unidas e quais são os objetivos de desenvolvimento</p><p>sustentável. ComCiência, 2019. Disponível em: https://www.comciencia.br/o-que-e-agen-</p><p>da-2030 -das-nacoes-unidas-e-quais-sao-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/.</p><p>Acesso em: 1 abr. 2024.</p><p>Prezado(a) estudante,</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>63</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Com o objetivo de oferecer o estudo o mais completo possível, apresentamos a seguir exer-</p><p>cícios de bancas variadas, tendo em vista que a banca QUADRIX ainda não possui questões</p><p>sobre o tema. Assim, você pode se familiarizar com a maneira como as bancas usualmente</p><p>cobram esse tema.</p><p>Cordialmente,</p><p>Nova Concursos.</p><p>HORA DE PRATICAR!</p><p>1. (IADES — 2023) A Lei Complementar no 94/1988, art. 5o, dispõe que os programas e os projetos</p><p>prioritários para a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF),</p><p>com especial ênfase para os relativos à infraestrutura básica e à geração de empregos, serão</p><p>financiados com recursos</p><p>a) exclusivos da União.</p><p>b) oriundos da concessão de serviços e de infraestrutura para a iniciativa privada.</p><p>c) a fundo perdido, financiados por fundos de pensão de empresas estatais.</p><p>d) oriundos da União, do Distrito Federal, dos estados de Goiás e de Minas Gerais e dos municípios</p><p>integrantes da RIDE-DF.</p><p>e) oriundos da poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), depositados em</p><p>bancos públicos.</p><p>2. (IADES — 2023) A urbanização brasileira é um processo dinâmico, diverso e complexo, marcado</p><p>pela aceleração das migrações do campo para a cidade e do crescimento, em larga escala, dos</p><p>aglomerados urbanos. Nessa perspectiva, a gestão metropolitana preconizada pela Constituição</p><p>Federal de 1988 e pela Lei Complementar no 94/1998, que institui a Região Integrada de Desen-</p><p>volvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF), traz perspectivas importantes para a gestão</p><p>da capital federal e para os municípios que integram esse aglomerado.</p><p>A respeito da RIDE-DF, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A RIDE-DF permite o estabelecimento de convênios para políticas públicas de interesse comum,</p><p>que envolvam a União, os estados de Goiás e de Minas Gerais, o Distrito Federal e os municípios</p><p>integrantes.</p><p>b) A transformação de Brasília em metrópole ocorre desde a sua criação nos anos de 1960, por sua</p><p>influência sobre os municípios goianos do entorno e por seu acelerado processo de crescimento</p><p>demográfico e de urbanização.</p><p>c) Brasília é considerada uma região metropolitana, pois atende aos critérios instituídos pela Cons-</p><p>tituição Federal de 1988 para a criação desse tipo de recorte territorial: ter mais de 1 milhão de</p><p>habitantes no município sede e ter sido instituída como metrópole pela União em 1998.</p><p>d) A RIDE-DF considera como entes federados a União, os estados de Goiás e o Distrito Federal.</p><p>e) Os consórcios que subsidiam as políticas públicas do entes federados que constituem a RIDE-DF</p><p>permitem a adoção de políticas de interesse comum apenas nos setores de habitação, de saúde,</p><p>de segurança e administração e das contas públicas.</p><p>64</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>3. (IADES — 2022) De acordo com a Lei Complementar nº 94/1998, que autoriza o Poder Executivo</p><p>a criar a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE- DF), quanto ao</p><p>conceito de RIDE, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Equivale a uma região metropolitana, porém envolvendo duas ou mais unidades da Federação.</p><p>b) Consiste na formação de uma região metropolitana que tem por objetivo a proposição de políti-</p><p>cas públicas comuns para os municípios que a integram.</p><p>c) Corresponde a uma aglomeração metropolitana de caráter interestadual, envolvendo duas unida-</p><p>des político-administrativas da Federação.</p><p>d) É a constituição de uma aglomeração urbana com elevada densidade demográfica e integração</p><p>produtiva dos municípios que a compõem.</p><p>e) Trata-se da rede urbana de Brasília e dos municípios de sua hinterlândia.</p><p>4. (IADES — 2022) A Lei Complementar nº 94 autorizou o Poder Executivo a criar a Região Integra-</p><p>da de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF) e instituir o Programa Especial</p><p>de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal. E, no art. 3º, discorre acerca dos serviços</p><p>públicos comuns ao DF e aos municípios que integram esta RIDE e coloca em destaque especial</p><p>esses serviços relacionados às áreas de infraestrutura e de</p><p>a) meio ambiente.</p><p>b) educação superior.</p><p>c) geração de empregos.</p><p>d) educação básica.</p><p>e) saúde.</p><p>5. (IADES — 2021) O processo de ocupação do território do Distrito Federal (DF) traz, em sua ori-</p><p>gem, elementos histórico-geográficos que envolvem a transferência da capital federal para Brasí-</p><p>lia e as relações com os municípios ao seu entorno. A Região Integrada de Desenvolvimento do</p><p>Distrito Federal e Entorno (RIDE DF) foi instituída pela Lei Complementar no 94/1998.</p><p>Com relação à RIDE DF, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A criação da Ride DF tinha por objetivo definir os limites territoriais do DF e os municípios vizi-</p><p>nhos, bem como instituir as obrigações de cada ente federativo envolvido na oferta de serviços</p><p>públicos de âmbito local.</p><p>b) Todos os municípios que integram a Ride DF possuem relações metropolitanas com Brasília, o</p><p>que configura a área metropolitana de Brasília.</p><p>c) A Ride DF é formada por 18 municípios e o DF.</p><p>d) A Ride DF integra municípios de duas unidades da federação: DF e Goiás.</p><p>e) Brasília, a capital federal, é um importante centro urbano polarizador de influência regional em</p><p>diferentes escalas, uma metropolitana e outra regional, sendo classificada como metrópole</p><p>nacional.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>65</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>9 GABARITO</p><p>1 D</p><p>2 A</p><p>3 A</p><p>4 C</p><p>5 E</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>produtos</p><p>úteis para o ser humano.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>11</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Relevo</p><p>Trechos de drenagem</p><p>84</p><p>20</p><p>00</p><p>0</p><p>82</p><p>80</p><p>00</p><p>0</p><p>82</p><p>80</p><p>00</p><p>0</p><p>82</p><p>40</p><p>00</p><p>0</p><p>160000</p><p>160000</p><p>200000</p><p>200000</p><p>240000</p><p>240000</p><p>Corpos d'água</p><p>Limite do Distrito</p><p>Federal</p><p>Altimetria (m)</p><p>Limite estadual</p><p>750 – 800</p><p>801 – 900</p><p>901 – 1000</p><p>1001 – 1100</p><p>1101 – 1200</p><p>1201 – 1300</p><p>1301 – 1350</p><p>Adaptado de: CODEPLAN, 2020.</p><p>O Distrito Federal está localizado em uma área elevada do Planalto Central, que é formada</p><p>por remanescentes de processos de erosão ocorridos entre o terciário inferior e o terciário</p><p>médio e superior. O relevo do DF é caracterizado por uma combinação de áreas planas a</p><p>levemente onduladas, encostas inclinadas que descem das chapadas e colinas residuais em</p><p>direção aos vales, e áreas dissecadas ao longo dos rios Paranoá, São Bartolomeu, Preto, Mara-</p><p>nhão e Descoberto. Podemos identificar cinco grandes tipos de relevo no DF:</p><p>z Planalto elevado: é uma área plana a levemente ondulada, com altitudes acima de 1.100</p><p>m e declividade inferior a 10%. Nessa região, predominam solos do tipo latossolo. Além</p><p>disso, a drenagem é baixa;</p><p>z Planalto intermediário: possui um relevo suavemente ondulado, com declividade infe-</p><p>rior a 12% e altitudes entre 950 m e 1.050 m. Os solos predominantes são do tipo cambis-</p><p>solo. A densidade de drenagem é alta;</p><p>z Vale dissecado: é uma área com relevo ondulado a fortemente ondulado, com declivida-</p><p>des acima de 20% e altitudes inferiores a 800 m. Os solos predominantes também são do</p><p>tipo cambissolo. A densidade de drenagem é alta;</p><p>z Rebordo: caracteriza-se por um relevo ondulado, com declividades entre 10% e 20% e</p><p>altitudes entre 950 e 1.110 m. Os solos predominantes são do tipo cambissolo. A densidade</p><p>de drenagem é moderada;</p><p>z Rampa íngreme: possui um relevo fortemente ondulado a escarpado, com declividades</p><p>acima de 25% e altitudes entre 800 e 1.100 m. Os solos predominantes são do tipo cambis-</p><p>solo. A densidade de drenagem é alta.</p><p>12</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>No Distrito Federal, os solos apresentam diferentes características, como profundidade,</p><p>textura, porosidade e fertilidade. Eles exibem uma variedade de cores, de tonalidades aver-</p><p>melhadas às colorações cinza e preta. Em termos agrícolas, os solos do DF possuem baixa</p><p>fertilidade, sendo necessário realizar correções para o cultivo. Os principais tipos de solos</p><p>são os latossolos e os cambissolos.</p><p>Os latossolos ocupam aproximadamente 60% do território e são divididos em latossolos</p><p>vermelhos (44%) e latossolos vermelho-amarelos (16%). Esses solos são avermelhados, alta-</p><p>mente intemperizados, profundos, bem drenados, ácidos e com teores de argila variando de</p><p>15% a 80%. Eles ocorrem em áreas com topografia plana a levemente ondulada.</p><p>Os cambissolos correspondem a cerca de 31% da área do DF. São solos pouco desenvolvi-</p><p>dos, com minerais facilmente intemperizáveis, e estão associados a relevos mais acidentados,</p><p>ou seja, ondulados e fortemente ondulados. Geralmente, são solos rasos, ácidos, com textura</p><p>variando de argilosa a franco-arenosa, podendo conter concreções e cascalhos. É recomen-</p><p>dado preservar esses solos devido à sua localização em áreas de relevo mais movimentado e</p><p>às suas características físicas propensas à erosão.</p><p>Outros tipos de solos são encontrados em menor proporção no DF. Os solos hidromórficos</p><p>(gleissolos e espodossolos)3 ocupam cerca de 3% do território e estão localizados em áreas</p><p>deprimidas sujeitas a inundações. Os nitossolos representam cerca de 4% do território e ocu-</p><p>pam a parte inferior de encostas côncavas, geralmente com relevo ondulado. Os argissolos,</p><p>neossolos e plintossolos4 são encontrados em aproximadamente 2% da paisagem.</p><p>3 Os solos hidromórficos são solos que apresentam características relacionadas à presença de água, seja de forma temporária ou permanente.</p><p>Dois exemplos comuns de solos hidromórficos são os gleissolos (solos que estão sujeitos a alagamentos temporários) e os espodossolos (carac-</p><p>terizados pela presença de uma camada acinzentada ou negra de material orgânico parcialmente decomposto).</p><p>4 Os argissolos são solos altamente desenvolvidos, geralmente encontrados em regiões de clima tropical e subtropical. Os neossolos, por sua vez,</p><p>são solos pouco desenvolvidos e apresentam pouca diferenciação de horizontes. Já os plintossolos são solos caracterizados pela presença de</p><p>uma camada endurecida de ferro e alumínio, chamada de plintita, próxima à superfície.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>13</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Hidrografia</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>2</p><p>4</p><p>4</p><p>5</p><p>5</p><p>6</p><p>6</p><p>8</p><p>8</p><p>7</p><p>7</p><p>3</p><p>3</p><p>Rio</p><p>Corumbá</p><p>Rio</p><p>Descoberto</p><p>Bacias</p><p>Hidrográficas</p><p>Limite estadualTrechos de drenagem</p><p>Corpos d'água</p><p>Limite do Distrito</p><p>Federal</p><p>Unidades Hidrográficas</p><p>— UH</p><p>Rio</p><p>Maranhão</p><p>Rio</p><p>Paraná</p><p>Rio</p><p>Preto</p><p>Rio São</p><p>Bartolomeu</p><p>Rio São</p><p>Marcos</p><p>Rio</p><p>Paranoá</p><p>Adaptado de: CODEPLAN, 2020.</p><p>O Distrito Federal está situado em uma região de terras altas que desempenham o papel</p><p>de dispersoras das drenagens para três importantes bacias hidrográficas do Brasil: a Bacia</p><p>do Paraná, a Bacia do São Francisco e a Bacia do Tocantins. Por ser uma região com diversas</p><p>nascentes e cursos d’água perenes, a hidrografia do DF forma uma extensa rede pela qual</p><p>escoam aproximadamente 10 bilhões de metros cúbicos de água anualmente.</p><p>Nas últimas décadas, devido ao crescimento demográfico e à intensificação das atividades</p><p>econômicas, houve uma forte pressão sobre os recursos hídricos, colocando em risco sua</p><p>sustentabilidade e preservação. O DF é composto por sete bacias hidrográficas:</p><p>z Bacia do Rio Descoberto: é formada pelo Rio Descoberto, que flui no extremo oeste do</p><p>território do DF e faz a divisa com o estado de Goiás. O lago Descoberto, criado pela repre-</p><p>sa do Rio Descoberto, é responsável pelo abastecimento de 60% da população do DF. Essa</p><p>bacia abriga núcleos urbanos densamente povoados, como Taguatinga, Ceilândia, Bra-</p><p>zlândia e Samambaia;</p><p>z Bacia do Rio São Bartolomeu: é a maior bacia do DF e se estende no sentido norte-sul.</p><p>Nela, estão localizadas partes de Planaltina, Paranoá, São Sebastião e Santa Maria;</p><p>z Bacia do lago Paranoá: situada na porção central do DF, é a única bacia completamen-</p><p>te inserida no território do DF. Abriga uma grande população, incluindo áreas urbanas</p><p>como o Plano Piloto, Guará, Lago Sul e Lago Norte. Nessa bacia, está o Parque Nacional de</p><p>Brasília, uma importante área de conservação que abriga o lago Santa Maria, vital para o</p><p>abastecimento de água do DF;</p><p>14</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z Bacia do Maranhão: localizada no norte do DF, engloba partes de Brazlândia, Planaltina e</p><p>Sobradinho. Essa bacia possui terreno acidentado e se destaca por seu potencial turístico,</p><p>com mais de 90 cachoeiras, cânions e áreas de vegetação preservada;</p><p>z Bacia do Rio Preto: situada no leste do DF, é formada pelo Rio Preto, que faz a divisa do DF</p><p>com os estados de Goiás e Minas Gerais. Essa bacia é conhecida pela prática de agricultura</p><p>irrigada, com a presença de pivôs centrais, e pela produção expressiva de grãos, hortaliças</p><p>e frutas;</p><p>z Bacia do Rio São Marcos: é a menor bacia do DF, localizada no sudeste, sem núcleos urba-</p><p>nos em seu território;</p><p>z Bacia do Rio Corumbá: localizada no sudoeste do DF, engloba as regiões administrativas</p><p>de Samambaia, Recanto das Emas, Gama e Santa Maria. Essa bacia se caracteriza por sua</p><p>alta declividade e pelos solos suscetíveis a processos erosivos.</p><p>DESAFIOS AMBIENTAIS NO DISTRITO FEDERAL: PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE EM</p><p>FOCO</p><p>As questões ambientais no Distrito Federal são de extrema importância e vêm ganhando</p><p>cada vez mais atenção, à medida que a população reconhece a necessidade de preservar e</p><p>proteger os recursos naturais da região. O</p><p>DF possui uma diversidade de ecossistemas, como</p><p>Cerrado, Matas Ciliares e áreas de preservação permanente, que são essenciais para a quali-</p><p>dade de vida e para o equilíbrio ambiental.</p><p>Uma das principais questões ambientais no DF é o desmatamento. Com o crescimento</p><p>urbano e a expansão das áreas habitadas, ocorre a supressão de vegetação nativa para a</p><p>construção de moradias e infraestruturas. Essa perda de cobertura vegetal afeta diretamente</p><p>a biodiversidade local, comprometendo os hábitats naturais de diversas espécies e diminuin-</p><p>do a capacidade de absorção de carbono do Cerrado.</p><p>Além do desmatamento, o DF enfrenta desafios relacionados à gestão dos recursos hídri-</p><p>cos. A escassez de água é um problema recorrente, principalmente durante períodos de estia-</p><p>gem. A falta de políticas efetivas de conservação e o uso inadequado dos recursos hídricos</p><p>contribuem para a degradação dos mananciais e para a redução da disponibilidade de água</p><p>para abastecimento humano e atividades agrícolas.</p><p>Outro ponto relevante é o saneamento básico. Parte da população do DF ainda não tem aces-</p><p>so adequado a serviços de coleta e tratamento de esgoto, o que resulta na contaminação de rios</p><p>e aquíferos, impactando negativamente a qualidade da água e a saúde pública.</p><p>A gestão dos resíduos sólidos também é uma preocupação. O Distrito Federal gera uma</p><p>quantidade significativa de lixo diariamente, e a falta de uma infraestrutura adequada para</p><p>a coleta seletiva, reciclagem e destinação final dos resíduos contribui para a poluição do solo,</p><p>das águas e do ar. É fundamental investir em programas de educação ambiental e incentivar a</p><p>redução, reutilização e reciclagem dos resíduos.</p><p>A poluição atmosférica também é uma questão ambiental preocupante no DF. O aumento da</p><p>frota de veículos, a falta de controle de emissões e a queima de combustíveis fósseis contribuem</p><p>para a emissão de poluentes atmosféricos, afetando a qualidade do ar e a saúde da população.</p><p>Medidas de controle e incentivos para o uso de transporte público, veículos elétricos e energias</p><p>renováveis são necessários para mitigar esse problema.</p><p>Além disso, a urbanização desordenada e a falta de planejamento urbano sustentável são</p><p>fatores que impactam o meio ambiente no DF. O crescimento descontrolado das áreas urbanas</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>15</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>sem a devida infraestrutura e o aumento da impermeabilização do solo resultam em proble-</p><p>mas como enchentes, erosão do solo e perda de biodiversidade. É fundamental promover um</p><p>desenvolvimento urbano mais sustentável, com a preservação de áreas verdes, a criação de</p><p>parques e a implementação de soluções de drenagem adequadas.</p><p>Outra preocupação ambiental é a conservação dos recursos naturais — lembrando que o</p><p>Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo.</p><p>O Bioma Cerrado: Um Tesouro de Biodiversidade na Região Central do Brasil</p><p>O bioma Cerrado abrange uma vasta extensão de aproximadamente 200 milhões de hec-</p><p>tares espalhados por 13 estados brasileiros. O Cerrado ocupa o segundo lugar como maior</p><p>bioma do país. Localizado na região central do Brasil, faz fronteira com importantes ecossis-</p><p>temas, como a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a Caatinga e o Pantanal.</p><p>Caracterizado por um clima tropical, o Cerrado é notável por uma estação seca que se</p><p>estende por cerca de cinco meses. Durante o mês mais seco, a média de chuva chega a atingir</p><p>apenas 30 mm, podendo, em algumas regiões, chegar a zero. Como uma unidade ecológica</p><p>típica da zona tropical, o Cerrado estabelece relações ecológicas e fisionômicas com outras</p><p>savanas presentes na América Tropical, África e Austrália.</p><p>A paisagem do bioma Cerrado é composta por um complexo vegetacional de grande diversida-</p><p>de, abrigando aproximadamente um terço da biodiversidade do país.</p><p>A Importância da Fauna no Cerrado e os Desafios de sua Preservação no Distrito Federal</p><p>O Cerrado desempenha um papel fundamental na preservação da fauna no território</p><p>brasileiro, pois está localizado no centro do país e faz conexão com todos os outros biomas</p><p>nacionais — além de servir como corredor de biodiversidade para uma ampla variedade</p><p>de animais, incluindo répteis, anfíbios, mamíferos, aves, peixes e insetos (de especialistas a</p><p>generalistas).</p><p>Um dos principais desafios que causam a perda de biodiversidade da fauna no Cerrado é</p><p>a fragmentação de hábitats. O aumento populacional e a expansão da atividade agropecuária</p><p>resultam no isolamento de áreas que antes eram contínuas, impedindo o encontro e a reprodu-</p><p>ção de indivíduos de locais distintos. Como consequência, a variabilidade genética das popula-</p><p>ções diminui, aumentando o risco de extinção das espécies.</p><p>A perda de uma espécie da fauna representa uma lacuna na teia da vida. Os animais desem-</p><p>penham papéis ecológicos cruciais, como a dispersão de sementes específicas ou o controle</p><p>populacional de espécies animais que podem causar danos à saúde ou à agricultura. Portan-</p><p>to, é de extrema importância criar e manter unidades de conservação, bem como corredores</p><p>ecológicos, a fim de preservar a viabilidade das populações animais no Cerrado.</p><p>Diversos elementos podem impactar a distribuição das espécies vegetais no bioma Cer-</p><p>rado, como o clima, a fertilidade e pH do solo, a disponibilidade de água, a geomorfologia e</p><p>topografia, a latitude, a frequência de incêndios e fatores humanos, bem como suas intera-</p><p>ções complexas. A diversidade desses fatores no Cerrado resulta em um mosaico de vegeta-</p><p>ção com diferentes fitofisionomias, incluindo formações florestais, savânicas e campestres.</p><p>A vegetação do Cerrado exibe uma grande riqueza florística, com aproximadamente</p><p>6,6 mil espécies. Cerca de 40% das espécies arbóreas são endêmicas, mas também existem</p><p>16</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>espécies compartilhadas com outros biomas, além daquelas típicas do Cerrado, que podem</p><p>ser encontradas em outros ecossistemas.</p><p>O ENCOLHIMENTO DO CERRADO</p><p>Em 36 anos, o bioma perdeu 26,5 milhões de</p><p>hectares de vegetação nativa</p><p>Adaptado de: MapBiomas (2021).</p><p>ASPECTOS HUMANOS E INDICADORES SOCIAIS</p><p>A taxa de crescimento demográfico é de 2,82%. A densidade populacional média é de 410,8</p><p>habitantes por quilômetro quadrado, e a taxa de urbanização, uma das mais altas do país,</p><p>alcança 94,7%.</p><p>Em relação ao desenvolvimento socioeconômico, destacam-se os seguintes indicadores: a</p><p>taxa de mortalidade infantil é de 17,8 por mil nascimentos; a taxa de analfabetismo atinge</p><p>4,7% entre pessoas maiores de 15 anos; e o número de leitos hospitalares é de 3.777.</p><p>Além disso, quase toda a população tem acesso a água encanada e rede de esgoto. Segun-</p><p>do dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2022, a população do Distrito</p><p>Federal era composta por 1.392.435 pessoas pardas, 1.232.276 pessoas brancas, 334.494 pes-</p><p>soas pretas, 41.813 pessoas amarelas e 9.862 pessoas indígenas.</p><p>O ritmo de crescimento populacional na primeira década foi de 14,4% ao ano, com um</p><p>aumento de 285% na população. Conforme os dados do IBGE, o Distrito Federal tem 2,9</p><p>milhões de habitantes, segundo prévia do Censo 2022. O índice de desenvolvimento humano5</p><p>em 2022 foi de 0,850. O pior resultado da capital foi em relação à educação: 0,804. Em relação</p><p>à renda, o resultado foi de 0,890; e, na saúde, 0,859.</p><p>A população local é formada por migrantes de todas as regiões do Brasil, principalmente</p><p>do Nordeste e do Sudeste, além de estrangeiros que trabalham nas embaixadas espalhadas</p><p>pela capital. Mais da metade da população brasiliense nasceu no Distrito Federal. Segundo</p><p>a PDAD 2021, 55,5% dos habitantes da capital federal são naturais da cidade. Entretanto, as</p><p>duas últimas PDADs6 já apontam uma diferença próxima de 5% entre essa população (nasci-</p><p>dos e migrantes). Em 2018, o número era de 1,5 milhão, enquanto em 2021 já somavam mais</p><p>de 1,6 milhão no universo de uma população de três</p><p>milhões de habitantes.</p><p>A seguir, observemos um gráfico de distribuição da população por faixas de idade e sexo dos</p><p>anos de 2018 e 2021.</p><p>5 O índice de desenvolvimento humano (IDH) é uma medida utilizada para avaliar o desenvolvimento humano de um país ou região. Ele leva em</p><p>consideração indicadores como expectativa de vida ao nascer, educação e renda per capita.</p><p>6 As PDADs (Pesquisas Distritais por Amostra de Domicílios) são pesquisas realizadas pelo governo do Distrito Federal, por meio da Companhia</p><p>de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), para coletar informações socioeconômicas sobre a população do Distrito Federal.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>17</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>75 anos ou mais</p><p>70 a 74 anos</p><p>65 a 69 anos</p><p>60 a 64 anos</p><p>55 a 59 anos</p><p>50 a 54 anos</p><p>45 a 49 anos</p><p>40 a 44 anos</p><p>35 a 49 anos</p><p>30 a 34 anos</p><p>25 a 29 anos</p><p>20 a 24 anos</p><p>15 a 19 anos</p><p>10 a 14 anos</p><p>5 a 9 anos</p><p>até 4 anos</p><p>2018</p><p>2021</p><p>100.000 100.000 150.00050.000 50.0000</p><p>Masculino Feminino</p><p>75 anos ou mais</p><p>70 a 74 anos</p><p>65 a 69 anos</p><p>60 a 64 anos</p><p>55 a 59 anos</p><p>50 a 54 anos</p><p>45 a 49 anos</p><p>40 a 44 anos</p><p>35 a 49 anos</p><p>30 a 34 anos</p><p>25 a 29 anos</p><p>20 a 24 anos</p><p>15 a 19 anos</p><p>10 a 14 anos</p><p>5 a 9 anos</p><p>até 4 anos</p><p>Fonte: IPEDF/DIEPS/COEPS/PDAD 2018 e PDAD 2021.</p><p>ESPAÇO RURAL</p><p>Vejamos um mapa da distribuição de água no Distrito Federal.</p><p>Brazlândia Torto – Santa Maria</p><p>São Sebastião</p><p>Torto — Santa</p><p>Maria</p><p>Sobradinho</p><p>— Planaltina</p><p>Brazlândia</p><p>87</p><p>2</p><p>505</p><p>8</p><p>70</p><p>1.881</p><p>21</p><p>214</p><p>37</p><p>3.400</p><p>13</p><p>9</p><p>Descoberto</p><p>Descoberto</p><p>Vazão média captada em 2018 (L/s)</p><p>Nº de captações superficiais</p><p>Nº de captações subterrâneas</p><p>São Sebastião</p><p>Sobradinho — Planaltina</p><p>18</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Adaptado de: CODEPLAN, 2020.</p><p>A população rural do Distrito Federal representa apenas 3% do total da população da capi-</p><p>tal. Apenas 15% dos habitantes rurais são atendidos pela rede de abastecimento geral por meio</p><p>de 61 sistemas independentes. Aqueles que não são atendidos pela Companhia de Saneamen-</p><p>to Ambiental do Distrito Federal (Caesb), empresa responsável pelo abastecimento de água,</p><p>dependem de poços individuais para ter acesso à água.</p><p>As principais demandas por água no Distrito Federal são para uso humano e agrícola.</p><p>Nas bacias hidrográficas dos rios Preto e São Marcos, a maior parte da água é utilizada para</p><p>irrigação, representando 86% e 98% respectivamente. Já nas bacias dos rios Corumbá, Desco-</p><p>berto, Maranhão, Paranoá e São Bartolomeu, mais da metade da água é utilizada para abas-</p><p>tecimento urbano, variando de 51% a 91%.</p><p>A bacia do Rio Maranhão é a que fornece a maior porcentagem de água para uso industrial</p><p>(18%) e pecuário (12%) dentro de sua capacidade, enquanto a bacia do Rio Corumbá apresenta a</p><p>maior porcentagem no abastecimento rural (12%) em relação à sua capacidade.</p><p>Os residentes das áreas rurais de Brasília formam um grupo diversificado e têm necessi-</p><p>dades específicas que exigem políticas públicas adequadas. De acordo com o Plano de Orde-</p><p>namento Territorial do Distrito Federal, o espaço rural da capital abriga diferentes tipos de</p><p>atividades e ocupações, como agricultura, pecuária, agroindústria, moradia, lazer, prestação</p><p>de serviços e unidades de conservação. É importante abandonar a ideia de que o espaço rural</p><p>é unifuncional e reconhecer as diversas dinâmicas territoriais presentes nessa região.</p><p>Segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Rural em 2022, no total de endereços</p><p>com características rurais da amostra a proporção de domicílios foi:</p><p>z Agricultura empresarial: 34.1313.1347;</p><p>z Agricultura familiar: 18.1629.1647; e</p><p>z Assentamento/agrovila: 7.770.777.</p><p>O censo também revelou que a maioria dos produtores vive em seus próprios estabele-</p><p>cimentos e comercializa sua produção. Viver e produzir são aspectos intimamente ligados,</p><p>refletindo a qualidade própria do meio rural. Além disso, quando questionados sobre a renda</p><p>obtida com as atividades nos estabelecimentos, houve uma equiparação entre aqueles que</p><p>responderam que era maior ou menor do que outras rendas, com uma ligeira vantagem para</p><p>aqueles que responderam que era maior.</p><p>A relação entre o campo e a cidade no Distrito Federal é intensa devido ao alto grau de</p><p>urbanização e proximidade das áreas urbanas, o que favorece a integração do mercado de</p><p>trabalho em escala local. Como resultado, o perfil dos produtores rurais também está mudan-</p><p>do, com a presença de neorurais7, pessoas de origem urbana que passam a se dedicar à pro-</p><p>dução de alimentos e a viver nas áreas rurais.</p><p>Diante dessas informações, é importante reconhecer a importância dos moradores rurais</p><p>e a forma como eles contribuem para a economia local, produzindo alimentos que atendem</p><p>à demanda de abastecimento não apenas em Brasília, mas também em outras regiões. A</p><p>valorização dos espaços rurais e de seus moradores é fundamental para garantir a segurança</p><p>alimentar em uma área metropolitana com crescimento populacional acelerado.</p><p>7 O termo “neorurais” faz referência a pessoas ou grupos que buscam adotar um estilo de vida mais próximo da natureza, geralmente deixando</p><p>áreas urbanas para se estabelecerem em áreas rurais ou em comunidades mais sustentáveis.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>19</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Um dos principais desafios enfrentados pelas áreas rurais é a falta de regularização fundiária</p><p>e a pressão do mercado imobiliário para a conversão de terras rurais em áreas urbanas. Além</p><p>disso, os moradores rurais têm demandas semelhantes às dos residentes urbanos, como melhoria</p><p>da infraestrutura, pavimentação de estradas e acesso a serviços básicos, tais quais água, eletrici-</p><p>dade, saneamento, segurança, internet, escolas, creches, postos de saúde e instalações de lazer. É</p><p>necessário ampliar os canais de participação das populações rurais, permitindo que elas tenham</p><p>voz ativa nas decisões que afetam suas vidas e trabalho no campo.</p><p>ESPAÇO URBANO</p><p>A partir de 1969, um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conduziu</p><p>estudos abrangentes sobre a história da transferência da capital, sobre o desenvolvimento</p><p>urbano, sobre a mobilidade interna na cidade e acerca de questões urbanas, como proble-</p><p>mas ambientais, habitação, transporte público e desemprego. Os resultados dessas pesquisas</p><p>podem ser consultados na Coleção Brasília da UnB, que oferece uma visão ampla da urbaniza-</p><p>ção no Distrito Federal.</p><p>Essa experiência de estudos permitiu que especialistas em urbanismo, geografia, econo-</p><p>mia, arquitetura, estatística, sociologia e outras disciplinas adotassem uma abordagem inter-</p><p>disciplinar e multidisciplinar abrangente para compreender o processo de urbanização. O</p><p>mapa resultante desse processo no Distrito Federal apresenta núcleos urbanos dispersos e</p><p>pontuais, estabelecidos ao longo dos anos por diversos governos desde a década de 1960.</p><p>Inicialmente, esses núcleos foram criados para fornecer moradias para trabalhadores,</p><p>funcionários públicos e comerciantes, sendo denominados cidades-satélites. Além disso, tam-</p><p>bém estão presentes no território os condomínios, muitos dos quais irregulares ou ilegais,</p><p>ocupando áreas que, antes, eram destinadas à preservação ambiental.</p><p>É, portanto, possível afirmar que o Distrito Federal constitui uma constelação urbana fixa</p><p>e que se articula com os urbanos, os chamados condomínios, aguardando regularização de</p><p>acordo com as leis ambientais e os bons costumes públicos.</p><p>No entanto, o quadro territorial descrito anteriormente não revela toda a complexidade</p><p>da organização do espaço ao longo do tempo. No final dos anos 1950, esperava-se que esse</p><p>território abrigasse uma cidade planejada, Brasília, a partir de um projeto-piloto do urbanis-</p><p>ta Lúcio Costa, e as cidades seriam construídas quando o núcleo central estivesse totalmen-</p><p>te ocupado pelos 500 mil habitantes estipulados</p><p>pelo governo de Kubitschek. No entanto,</p><p>devido à imigração intensa, essa proposta original foi alterada. Contudo, a fim de evitar o</p><p>surgimento prematuro de favelas na capital, os governantes abriram espaço, em 1958, para</p><p>a criação do primeiro núcleo periférico, Taguatinga.</p><p>Os milhares de trabalhadores que viviam em favelas próximas à Cidade Livre (Núcleo Ban-</p><p>deirante) e nos acampamentos de construtoras foram transferidos para essa cidade-satélite.</p><p>Com o aumento da imigração, novas cidades-satélites foram continuamente criadas, como</p><p>Gama, Guará, Sobradinho, Ceilândia e muitas outras, totalizando mais de 2,3 milhões de habi-</p><p>tantes atualmente. Também estão sendo considerados novos núcleos, como Catetinho, Setor</p><p>Noroeste, Setor Oeste e outros, em uma série contínua de loteamentos oficiais.</p><p>Além do Distrito Federal, o setor privado também desenvolveu loteamentos na região</p><p>do Entorno, seguindo o mesmo padrão de núcleos dispersos pelo território, como Cidade</p><p>Ocidental, Valparaíso, Novo Gama, Céu Azul e Pedregal, formando funcionalmente o que é</p><p>conhecido como área metropolitana de Brasília (AMB).</p><p>20</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Essa política de ocupação do espaço resultará em uma grande metrópole que precisará de</p><p>uma gestão intermunicipal. Podemos antecipar as seguintes situações para o futuro da AMB:</p><p>a continuidade da política incremental atual, com um povoamento pontual e paternalista</p><p>que doa terrenos no Distrito Federal e concentra empregos no Plano Piloto. Esse modelo, se</p><p>mantido, levará ao congestionamento do centro e ao desemprego nas cidades-satélites. Uma</p><p>segunda hipótese seria a adoção de um planejamento urbano e a descentralização das ativi-</p><p>dades e empregos em direção às cidades-satélites.</p><p>Nesse modelo de gestão, as terras seriam rigidamente controladas por meio de estratégias</p><p>que levam em consideração as necessidades atuais e futuras; os condomínios seriam proibi-</p><p>dos e os que surgiram em terras griladas ou ocupadas ilegalmente seriam desfeitos. Resumi-</p><p>damente, o governo assumiria seu papel como gestor dos assuntos públicos e guardião das</p><p>leis urbanísticas e ambientais que devem ser respeitadas.</p><p>Vejamos, na figura a seguir, a distribuição do Distrito Federal.</p><p>Fonte: Almanaque do Futebol Brasiliense, 2014.</p><p>Ao falarmos sobre a urbanização em Brasília, destacamos que ela não seguiu o padrão de</p><p>uma capital fechada, com um núcleo central e bairros adjacentes. Antes mesmo de sua inau-</p><p>guração em 1960, a capital federal já contava com a cidade-satélite de Taguatinga, estabele-</p><p>cida em 1958. Após a criação de Taguatinga, outros núcleos urbanos surgiram, como Guará,</p><p>Gama, Sobradinho, além da expansão de Brazlândia e Planaltina. No entanto, esses núcleos</p><p>estão distantes uns dos outros e do centro, o Plano Piloto de Brasília, com áreas de Cerrado</p><p>que conferem qualidade ambiental ao aglomerado urbano.</p><p>Esse processo diferencia Brasília das demais capitais mundiais e das capitais estaduais do</p><p>Brasil. Poderia ter sido uma cidade compacta, totalmente inserida no Plano Piloto. No entan-</p><p>to, o centro ficou restrito às camadas mais privilegiadas da população, como altos funcioná-</p><p>rios públicos, congressistas, comerciantes e industriais que atendiam ao governo federal e</p><p>do Distrito Federal. Aqueles que puderam residir na Asa Sul ou Asa Norte estavam em uma</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>21</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>posição social privilegiada. Os que adquiriram lotes ou casas no Lago Norte, Lago Sul, Cruzei-</p><p>ro, Octogonal ou no bairro Noroeste também fazem parte desse grupo beneficiado.</p><p>Quanto aos rumos da urbanização, espera-se relativa estabilidade na configuração urba-</p><p>na. Há uma leve conturbação entre as regiões administrativas de Taguatinga, Ceilândia e</p><p>Samambaia, mas não é viável expandir ainda mais a capital. Há notícias sobre um novo bair-</p><p>ro planejado atrás da rodoferroviária, pertencente às forças militares, com um projeto em</p><p>desenvolvimento. No entanto, é importante determinar se a intenção é ter imóveis funcio-</p><p>nais apenas para militares ou se também haverá atividades e serviços básicos para atender</p><p>aos habitantes.</p><p>Para evitar a contínua dispersão dos bairros, sugere-se utilizar as infraestruturas e equi-</p><p>pamentos existentes nas áreas já consolidadas e permitir a construção vertical nelas. Seria</p><p>estabelecido um limite máximo de 12 andares para edifícios residenciais e três andares</p><p>para edifícios de serviços, comércio e pequenas oficinas, sem comprometer a qualidade</p><p>socioambiental.</p><p>Além de atender às demandas habitacionais, é necessário considerar o bem-estar de uma</p><p>parcela especial da população: as pessoas idosas. Nas grandes cidades, incluindo a região</p><p>metropolitana de Brasília, a pirâmide etária está se estreitando na base (jovens) e se alargan-</p><p>do nas faixas etárias acima de 60 anos (população idosa).</p><p>Portanto, é importante que as cidades sejam amigas das pessoas idosas, atendendo às suas</p><p>necessidades de mobilidade e qualidade de vida e preservando a identidade e a cultura dos</p><p>núcleos urbanos. Isso se tornará cada vez mais relevante no futuro, à medida em que o Bra-</p><p>sil enfrenta uma redução da população economicamente ativa e um aumento da população</p><p>idosa.</p><p>POLÍTICA</p><p>O Distrito Federal, Brasília, foi idealizado já em seu surgimento, durante a gestão do presi-</p><p>dente Juscelino Kubitschek, para ser o centro do poder político do Brasil, que, anteriormente,</p><p>estava concentrado no Rio de Janeiro. A formação de Brasília representou uma mudança na</p><p>geopolítica do país, com a cidade sendo inaugurada na data simbólica de 21 de abril de 1960</p><p>pelo então presidente da República JK (Fausto, 2019).</p><p>Juscelino constantemente afirmou que a ideia de erguer Brasília surgiu de repente, como</p><p>um gesto visionário que ele incluiu em seu plano de governo, o que lhe concedeu uma visão</p><p>de futuro. Contudo, é improvável que a situação tenha ocorrido dessa forma: Brasília servia a</p><p>tantos propósitos que é difícil acreditar que não tenha sido planejada intencionalmente (Sch-</p><p>warcz; Starling, 2015). A construção de Brasília precisa ser entendida dentro de um contexto</p><p>de manobra política:</p><p>Fez a ponte entre o velho e o novo Brasil, conferiu inteligibilidade popular ao Plano de Metas,</p><p>forneceu a JK um inédito poder de barganha diante de adversários sensíveis à participação</p><p>num negócio altamente lucrativo, e desviou a atenção da sociedade de problemas de difícil</p><p>solução para o governo, como a inflação e a reforma agrária. (Schwarcz; Starling, 2015, p.</p><p>427)</p><p>22</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>Após mais de meio século desde a sua construção, Brasília cumpriu o papel proposto por</p><p>JK e Niemeyer: os palácios se mantiveram implacáveis e tornou o poder da República mais</p><p>isolado e vaidoso (Schwarcz; Starling, 2015).</p><p>Brasília, capital federal do Brasil, historicamente se caracterizou por sua administração</p><p>centralizada diretamente pelo governo federal, cujo administrador era designado pelo presi-</p><p>dente da República. Contudo, um marco significativo em sua evolução institucional ocorreu</p><p>durante o período de redemocratização do país, marcado pelo término do regime militar</p><p>ditatorial.</p><p>Nesse contexto, o Distrito Federal experimentou uma transição política fundamental, pas-</p><p>sando a ser regido por governadores eleitos democraticamente, alinhando-se aos padrões</p><p>políticos adotados no restante da nação.</p><p>Adicionalmente, o cenário político de Brasília abarca, nos dias atuais, uma estrutura</p><p>legislativa autônoma, representada pela assembleia legislativa local, bem como um Poder</p><p>Executivo próprio. Importante destacar que a capital federal também desfruta de uma repre-</p><p>sentação política no âmbito do Congresso Nacional, com a eleição democrática de senadores</p><p>e deputados, consolidando, assim, seu papel como peça integral no contexto político nacional.</p><p>Atualmente, como em outras unidades federativas do Brasil, existe uma variedade</p><p>de par-</p><p>tidos políticos no DF. Entre os principais, destaca-se:</p><p>z o Partido dos Trabalhadores (PT), um partido de esquerda, historicamente defensor de</p><p>políticas sociais progressistas, como a diminuição da desigualdade social e a ampliação</p><p>dos direitos sociais. Como o governador Cristovam Buarque, Joaquim Domingues Roriz,</p><p>embora não tenha sido eleito pelo PT, foi um dos fundadores do partido, assim como o</p><p>governador Agnelo Queiroz;</p><p>z o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), um partido de centro que busca alianças polí-</p><p>ticas mais amplas. Atualmente, o governador Ibaneis Rocha foi eleito pelo partido;</p><p>z o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), tendo eleito e reelegido Joaquim</p><p>Roriz, bem como Rogério Rosso (eleito indiretamente).</p><p>Também podemos apontar outros partidos que, no passado, elegeram governadores ape-</p><p>nas uma vez, como PTR (Partido Trabalhista Renovador), DEM (Democratas), PL (Partido</p><p>Liberal, antigo Partido da República — PR) e PSB (Partido Socialista Brasileiro).</p><p>ECONOMIA</p><p>Brasília não é apenas o centro político do Brasil, mas também um polo econômico diversi-</p><p>ficado e incomum. Possui um mercado consumidor expressivo, com 2,9 milhões de pessoas</p><p>cuja renda média é três vezes maior que a média nacional, o que indica um grande potencial</p><p>de crescimento.</p><p>Desde antes de sua fundação, Brasília já estava desenvolvendo sua economia local. Em</p><p>1960, já existiam mais de dois mil estabelecimentos comerciais na cidade. Naquela época,</p><p>com cerca de 90 mil pessoas vivendo no Plano Piloto e outras 130 mil habitando as cidades-</p><p>-satélites (atualmente chamadas de regiões administrativas), já se produzia pequenas quan-</p><p>tidades de frutas como abacaxi, banana e laranja, além de arroz, amendoim e mandioca.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>23</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>As redes ferroviárias e rodoviárias, que estavam em pleno funcionamento devido à cons-</p><p>trução da cidade, expandiram-se ao longo dos anos, estimulando uma maior ocupação da</p><p>Região Centro-Oeste do Brasil. Esse processo continua até hoje.</p><p>A partir dos anos 1990, o setor da construção civil perdeu força e deixou de ser o grande</p><p>motor da economia local. Foi quando o setor de serviços assumiu esse papel, empregando</p><p>75% da população economicamente ativa do Distrito Federal em 1995. Atualmente, o setor de</p><p>serviços representa 71% de toda a atividade econômica. Destaca-se especialmente o segmen-</p><p>to de informações, como telefonia móvel, acesso à internet e TV por assinatura, que cresce a</p><p>cada ano.</p><p>Outro setor em expansão desde os anos 1980 é o do turismo. Brasília está preparada para</p><p>receber visitantes em busca de lazer e cultura, e, muitas vezes, os visitantes de negócios tam-</p><p>bém aproveitam o que a cidade tem de melhor. A cidade está classificada na categoria “A”</p><p>pelo Ministério do Turismo, o que significa que é um destino com grande fluxo turístico, com</p><p>mais empregos e estabelecimentos na área de hospedagem.</p><p>Por ser considerada patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para</p><p>a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a capital tem priorizado o desenvolvimento de</p><p>indústrias não poluentes, como as da área de tecnologia, buscando manter o equilíbrio eco-</p><p>lógico enquanto gera empregos.</p><p>Importante!</p><p>Economia criativa: atualmente, Brasília é uma referência em economia criativa. Música,</p><p>teatro, dança, moda, novas mídias, televisão, jogos e outras formas de expressão artística</p><p>fazem parte desse setor em constante crescimento. No Distrito Federal, mais de 22 mil</p><p>pessoas trabalham na economia criativa, o que representa 1,5% do mercado local.</p><p>Inovação e desenvolvimento são palavras-chave. Além disso, tem-se a intenção de unir as</p><p>regiões administrativas para transformar Brasília em um grande polo econômico, atraindo</p><p>novos investimentos e estimulando a produção local.</p><p>RIDE — Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno</p><p>A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF) é uma</p><p>área econômica integrada estabelecida pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de</p><p>1998, e regulamentada pelo Decreto nº 2.710, de 4 de agosto de 1998.</p><p>Posteriormente, foram feitas alterações através do Decreto nº 3.445, de 4 de maio de 2000,</p><p>e do Decreto nº 4.700, de 20 de maio de 2003. No entanto, esses decretos foram revogados pelo</p><p>Decreto nº 7.469, de 5 de maio de 2011, que trouxe novas interpretações legais para a RIDE do</p><p>Distrito Federal e Entorno. Além disso, a Lei Complementar nº 163, de 14 de junho de 2018,</p><p>acrescentou mais 12 municípios à região.</p><p>Segundo a Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998, a região do Distrito Federal</p><p>é uma das 27 unidades federativas do Brasil. A lei dispõe que é constituída da seguinte forma:</p><p>Art. 1º [...]</p><p>§ 1º A Região Administrativa de que trata este artigo é constituída pelo Distrito Federal, pelos</p><p>Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso</p><p>24</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho</p><p>de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimo-</p><p>so de Goiás, Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio</p><p>do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício,</p><p>no Estado de Goiás, e de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí, no Estado de Minas Gerais.</p><p>No centro do território da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e</p><p>Entorno, encontra-se uma área altamente densa, composta pelo Distrito Federal, que abri-</p><p>ga 66% da população total da região. Ao sul da BR-040, há uma extensa área conturbada</p><p>que engloba os municípios de Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Novo Gama e Luziânia,</p><p>representando 11,7% da população da RIDE.</p><p>Além disso, outros municípios de grande população incluem Águas Lindas de Goiás (loca-</p><p>lizado nas margens da BR-070), Formosa (nas margens da BR-020), Planaltina (na BR-010) e</p><p>Santo Antônio do Descoberto (na BR-060). Quando combinados com o Distrito Federal, esses</p><p>municípios totalizam aproximadamente quatro milhões de habitantes.</p><p>Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno: Uma Análise do</p><p>Crescimento Econômico e Social</p><p>Em 1972, a região geoeconômica de Brasília foi estabelecida por meio da Política de Inte-</p><p>gração Nacional (PIN). Em seguida, em 1975, o Programa Especial da Região Geoeconômica</p><p>de Brasília (PERGEB) foi criado, com cinco áreas designadas para aplicação de recursos: eixo</p><p>Ceres-Anápolis, área da BR-040/050, área de mineração, área do Paranã e área de Paracatu.</p><p>Em 1979, foi criada pelos próprios municípios a Associação dos Municípios Adjacentes a</p><p>Brasília, com o objetivo de, com ações e medidas comuns, promover atos intermunicipais e</p><p>intergovernamentais, bem como prover recursos administrativos e financeiros e consultoria</p><p>de planejamento para municípios, realizando estudos para representar os municípios e pro-</p><p>mover ações sociais.</p><p>Em 2009, a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO) foi recriada</p><p>por meio da Lei Complementar nº 129. Em 4 de maio de 2011, o Decreto Presidencial nº 7.471</p><p>foi emitido, restabelecendo a existência da SUDECO. A partir desse momento, a administra-</p><p>ção da RIDE passou a ser realizada por essa autarquia.</p><p>Um dos principais objetivos da RIDE é a necessidade de implementar políticas públicas</p><p>conjuntas nas cidades que compõem a região. Essas políticas abrangem diversas áreas, com</p><p>a criação de empregos, aumento da renda, melhoria dos serviços públicos e infraestrutura.</p><p>Além disso, visam ao desenvolvimento social, ao saneamento básico, à regulação do uso</p><p>e ocupação do solo, ao transporte e sistema viário, à preservação ambiental e ao controle da</p><p>poluição. Também englobam a promoção da saúde, assistência social, educação</p><p>e cultura,</p><p>combate às causas da pobreza, redução da marginalização e garantia da segurança pública.</p><p>Vejamos, no mapa a seguir, a RIDE-DF.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>25</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>PLANALTINA</p><p>ALT</p><p>BAR</p><p>VILA PROPÍCIO</p><p>ALEXÂNIA</p><p>BA</p><p>TO</p><p>ALVORADA DO NORTE</p><p>CAVALCANTE</p><p>NIQUELÂNDIA</p><p>EIRA GR</p><p>GOIANÉSIA</p><p>ARINOS</p><p>FLOR</p><p>BURITIS</p><p>CABECEIRAS</p><p>VILA BOA</p><p>FORMOSA</p><p>BRASÍLIA</p><p>NOVO GAMAABADIÂNIA</p><p>PIRENÓPOLIS</p><p>CORUMBÁ DE GOIÁS</p><p>COCALZINHO DE GOIÁS</p><p>ÁGUA FRIA DE GOIÁS</p><p>PADRE BERNARDO</p><p>MIMOSO DO GOIÁS</p><p>GO</p><p>UNAÍ</p><p>CRISTALINA</p><p>LUZIÂNIA</p><p>ANDECABEC</p><p>ES DE GOIÁS</p><p>SIMOLÂNDIA</p><p>RO ALTO</p><p>SÃO JOÃO D'ALIANÇA</p><p>O PARAÍSO DE GOIÁS</p><p>VALPARAÍSO DE GOIÁS</p><p>CIDADE OCIDENTAL</p><p>SANTO ANTÔNIO DO</p><p>DESCOBERTO</p><p>Ampliação da RIDE — Lei Complementar nº 163 de 14 de junho de 2018</p><p>Distâncias aproximadas do Plano Piloto (DF)</p><p>Legenda:</p><p>Área Metropolitana de Brasília</p><p>Municípios da RIDE — Lei Complementar nº 94, de 1998</p><p>Municípios adicionados pela Lei Complementar º 163, de 2018</p><p>Unidades da Federação</p><p>Adaptado de:</p><p>CODEPLAN.</p><p>A economia da maioria das cidades que fazem parte da RIDE está fortemente ligada às ati-</p><p>vidades desenvolvidas em Brasília e nas áreas circunvizinhas, uma vez que a capital federal</p><p>é o principal centro dessa região. Municípios próximos, como Novo Gama, Formosa e Valpa-</p><p>raíso de Goiás, experimentam um fluxo significativo de migração diária, em que os habitan-</p><p>tes saem das cidades goianas, trabalham no Distrito Federal e retornam às suas residências.</p><p>No entanto, existem municípios que possuem recursos naturais abundantes, que moldam</p><p>o produto interno bruto (PIB) local. Por exemplo, em Formosa e Pirenópolis, as belas cachoei-</p><p>ras contribuem para um setor turístico expressivo. Em Niquelândia, destacam-se a extração</p><p>e produção de níquel. Além disso, em Unaí a agricultura desempenha um papel importante,</p><p>sendo a cidade uma grande produtora de grãos no Brasil, com ênfase na produção de feijão</p><p>e milho.</p><p>CULTURA</p><p>A cultura presente em Brasília se entrelaça com a própria essência da cidade, uma vez que</p><p>esta é considerada patrimônio cultural da humanidade. Com uma área tombada de 112,25</p><p>26</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>km2, Brasília é o único bem contemporâneo a receber essa distinção. Dentro de seus limites,</p><p>encontram-se monumentos e edifícios que se tornaram ícones da arquitetura e do urbanis-</p><p>mo modernos.</p><p>A inclusão de Brasília na lista da UNESCO, em 7 de dezembro de 1987, é um reconhecimen-</p><p>to de que esses locais são patrimônio não apenas do território em que estão inseridos, mas de</p><p>toda a humanidade. O objetivo é preservá-los para as gerações futuras.</p><p>Essa distinção foi concedida devido à concepção modernista da cidade, fundamentada nas</p><p>ideias de Lúcio Costa, que buscavam integrar a monumentalidade das grandes construções</p><p>e espaços com a busca por um ambiente bucólico e propício à convivência, valorizando as</p><p>áreas verdes. Oscar Niemeyer contribuiu para esse projeto ao criar monumentos imponentes</p><p>que se encaixam harmoniosamente no plano urbanístico, unindo a expressão arquitetônica</p><p>à arte.</p><p>Por essas razões, a cultura de Brasília se entrelaça com sua história, desde sua constru-</p><p>ção até sua arquitetura e urbanismo. Entre os monumentos históricos presentes em Brasília,</p><p>encontram-se o Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga.</p><p>Transformações Culturais: Impacto e Influência dos Movimentos</p><p>No Distrito Federal, a cultura popular tem suas origens em diversos fatores interligados.</p><p>O primeiro deles é a migração em larga escala, que trouxe pessoas de diferentes regiões do</p><p>país. Esse fluxo migratório contribuiu para a diversidade cultural e para a riqueza das mani-</p><p>festações populares presentes no DF.</p><p>O segundo fator é a questão da identidade, em que, a partir das culturas populares de suas</p><p>regiões de origem, os “candangos” puderam estabelecer laços, preservando e atualizando</p><p>determinadas expressões culturais. Essas manifestações proporcionam um vínculo com as</p><p>suas raízes e ajudam a fortalecer a identidade cultural da região.</p><p>Um terceiro fator importante é o da segregação. A cultura popular, como representa uma</p><p>forma de resistência contra os esquemas e ideologias oficiais, permite que as vozes excluídas</p><p>ou silenciadas encontrem espaço de expressão. Ela se torna uma maneira de reivindicar sua</p><p>identidade e visibilidade.</p><p>A migração é um fator particularmente interessante no contexto do DF, pois essa região</p><p>abriga uma enorme variedade de culturas e manifestações populares. Essa diversidade faz</p><p>do Distrito Federal uma verdadeira capital da cultura popular no Brasil, proporcionando um</p><p>rico caldeirão de expressões e tradições.</p><p>z Brasília: como capital do país, Brasília abriga uma riqueza cultural expressiva, combinan-</p><p>do elementos da cultura brasileira de diversas regiões. Além da arquitetura modernista</p><p>de Oscar Niemeyer, a cidade possui teatros, museus, galerias de arte e uma cena musical</p><p>vibrante que abrange vários estilos;</p><p>z Taguatinga: com uma população diversa, Taguatinga se destaca por sua intensa vida cul-</p><p>tural. O Centro Cultural de Taguatinga promove eventos artísticos e exposições, enquanto</p><p>o comércio local reflete a multiplicidade cultural dos seus habitantes;</p><p>z Ceilândia: conhecida por ser a maior cidade do DF, Ceilândia abriga uma cultura pulsante,</p><p>com influências de diversos estados do Brasil. Seus centros culturais e festividades locais,</p><p>como o Encontro das Culturas Populares e Tradicionais, valorizam as manifestações cul-</p><p>turais de sua comunidade;</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>27</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>z Sobradinho: com uma forte tradição rural, Sobradinho é marcada pela cultura do campo.</p><p>A Festa do Morango e o Festival da Goiaba são eventos que celebram a agricultura local,</p><p>enquanto o artesanato e a música sertaneja também fazem parte do seu cenário cultural;</p><p>z Planaltina: como uma das cidades mais antigas do DF, Planaltina preserva tradições cul-</p><p>turais enraizadas, como o Folia de Reis e o Congado. Além disso, a cidade possui um patri-</p><p>mônio arquitetônico e histórico significativo;</p><p>z Gama: marcada por sua diversidade cultural, é influenciada pela migração de diversas</p><p>regiões do Brasil. A cidade possui festas populares, como a Festa do Divino e o Arraiá do</p><p>Gama, que celebram as tradições nordestinas;</p><p>z Samambaia: com uma população jovem e dinâmica, Samambaia apresenta uma cena cul-</p><p>tural efervescente. Seus espaços culturais promovem eventos de dança, música e teatro,</p><p>enquanto festivais locais destacam a diversidade cultural da região;</p><p>z Santa Maria: localizada na região administrativa do Entorno, Santa Maria possui uma</p><p>rica cultura popular, com influências das tradições goianas. A cidade abriga festivida-</p><p>des folclóricas, como a Cavalhada, e manifestações religiosas que são importantes para a</p><p>comunidade local.</p><p>Monumentos</p><p>O Catetinho é a primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek em Brasília. Construí-</p><p>do em madeira, foi utilizado como moradia provisória pelo presidente durante a fase inicial</p><p>da construção da cidade. Atualmente, o Catetinho funciona como um museu, preservando</p><p>peças, objetos e fotografias da época da construção da capital. É um local de grande impor-</p><p>tância histórica, que permite aos visitantes conhecerem mais sobre os primeiros anos de</p><p>Brasília e a vida de JK durante esse período.</p><p>O Museu Vivo da Memória Candanga, anteriormente conhecido como Hospital Juscelino</p><p>Kubitschek de Oliveira (HJKO), é outra construção histórica emblemática em Brasília. Ini-</p><p>cialmente, o edifício abrigava um hospital destinado aos trabalhadores que participaram da</p><p>construção da cidade. Hoje, o local é um museu que preserva a memória e os objetos relacio-</p><p>nados à época da construção de Brasília, oferecendo aos visitantes a oportunidade de apren-</p><p>derem sobre a história e o contexto social</p><p>daquele período importante da capital brasileira.</p><p>Esses monumentos históricos desempenham um papel significativo na preservação da</p><p>memória e da cultura de Brasília, permitindo que os visitantes mergulhem na história e com-</p><p>preendam a importância desses eventos na formação da cidade.</p><p>Importante frisar que a construção de Brasília atraiu migrantes de diversas regiões do</p><p>Brasil, além de ser naturalmente um ponto de convergência como capital do país. Essa misci-</p><p>genação cultural resultou em uma identidade única para a cidade.</p><p>Essa diversidade cultural e material pode ser facilmente observada em locais como a Feira</p><p>da Torre de TV. Além dos produtos variados à venda, a praça de alimentação apresenta uma</p><p>rica mistura de tradições culinárias de diferentes partes do país.</p><p>A valorização da cultura popular também é evidente na construção da Casa do Cantador,</p><p>localizada em Ceilândia. Esse espaço é dedicado às performances de repentistas e à literatura</p><p>de cordel, homenageando e preservando tradições artísticas de grande importância.</p><p>Além disso, o movimento hip hop tem uma presença forte em várias regiões do Distri-</p><p>to Federal, contribuindo para a riqueza cultural da cidade. Adicionalmente, não podemos</p><p>28</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>deixar de mencionar a relevância do rock de Brasília para a música brasileira, sendo reco-</p><p>nhecido como um movimento icônico e influente.</p><p>Essas expressões culturais e musicais se destacam como parte do caldeirão cultural de Brasília,</p><p>evidenciando a diversidade e a vitalidade artística presentes na cidade.</p><p>Outros Movimentos Culturais no Distrito Federal</p><p>O Distrito Federal, sede política do Brasil, é um verdadeiro caldeirão cultural que abriga uma</p><p>multiplicidade de movimentos culturais. Essa região é marcada pela convergência de pessoas de</p><p>diversas origens e pela riqueza das expressões artísticas que emergem desse contexto. Ao longo</p><p>das últimas décadas, o DF tem sido palco de movimentos culturais vibrantes e significativos, que</p><p>refletem a diversidade e a identidade da população local.</p><p>Um exemplo notável é o movimento hip hop, que floresceu no Distrito Federal, conquistando</p><p>destaque nacional. Com suas rimas contundentes e batidas pulsantes, o hip hop se tornou uma</p><p>forma de expressão poderosa para os jovens das periferias e perpassou questões sociais, raciais e</p><p>políticas. As batalhas de rimas, os shows e os grafites espalhados pelas cidades do DF são evidên-</p><p>cias do impacto desse movimento cultural.</p><p>Além do hip hop, o rock também tem um lugar especial no cenário cultural do Distrito Federal.</p><p>Bandas como Legião Urbana, Capital Inicial e Raimundos emergiram dessa região, conquistando</p><p>o coração dos brasileiros com suas letras poéticas e sonoridade marcante. Ainda hoje, o rock bra-</p><p>siliense continua vivo, com novas bandas e espaços dedicados a esse gênero musical.</p><p>A cultura nordestina também tem uma forte presença no DF, especialmente em Ceilândia,</p><p>cidade-satélite que abriga uma grande comunidade nordestina. A literatura de cordel, os</p><p>forrós tradicionais e a culinária típica são exemplos da influência nordestina que permeia a</p><p>região. A Casa do Cantador, um espaço dedicado a artistas da cultura popular, é um ponto de</p><p>encontro para apresentações de repentistas, emboladores de coco e violeiros.</p><p>O grafite também se destaca como uma forma de expressão artística urbana no Distrito</p><p>Federal. Muros, viadutos e espaços públicos são transformados em verdadeiras galerias a céu</p><p>aberto, com obras que retratam a diversidade cultural, social e política da região. Essa forma</p><p>de arte tem o poder de democratizar o acesso à cultura e de transformar o ambiente urbano,</p><p>trazendo cor e vida para a cidade.</p><p>Além disso, o DF abriga uma cena teatral vibrante, com uma diversidade de grupos e com-</p><p>panhias que se dedicam a produções artísticas de alta qualidade. O Teatro Nacional Claudio</p><p>Santoro e o Teatro da Caixa são importantes palcos que recebem espetáculos de teatro, dança</p><p>e música, contribuindo para o fortalecimento e difusão das artes cênicas na região.</p><p>No âmbito das artes visuais, o DF conta com museus, galerias e espaços de exposição que pro-</p><p>movem a valorização de artistas locais e nacionais. O Museu Nacional da República, por exem-</p><p>plo, abriga exposições que contemplam diferentes expressões artísticas, proporcionando um</p><p>mergulho na história e na cultura do Brasil.</p><p>Além de servir de palco para esses movimentos culturais mais consolidados, o Distrito</p><p>Federal também é um celeiro para a emergência de novas expressões artísticas e espaços</p><p>independentes, como casas de shows, bares e centros culturais.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>EC</p><p>IM</p><p>EN</p><p>TO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>D</p><p>IS</p><p>TR</p><p>IT</p><p>O</p><p>F</p><p>ED</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>E</p><p>P</p><p>O</p><p>LÍ</p><p>TI</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>M</p><p>U</p><p>LH</p><p>ER</p><p>ES</p><p>29</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische</p><p>Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013.</p><p>BERNARDES, L. Cerrado. Todo Estudo, [s.d.]. Disponível em: https://www.todoestudo.com.</p><p>br/geografia/cerrado. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>BEZERRA, J. Brasília Rural: quem são seus moradores e o que demandam? Brasil de Fato,</p><p>2021. Disponível em: https://www.brasildefatodf.com.br/2021/10/25/brasilia-rural-quem-</p><p>-sao-seus- moradores-e-o-que-demandam. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>BEZERRA, J. Distrito Federal. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamate-</p><p>ria.com.br/distrito-federal/. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>BRASIL. Lei Complementar nº 94 de 19 de fevereiro de 1998. Autoriza o Poder Executivo</p><p>a criar a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno — RIDE e ins-</p><p>tituir o Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, e dá outras</p><p>providências. Brasília: Diário Oficial da União, 1998.</p><p>BRASÍLIA: urbanização polinucleada. Blog do Chiquinho Dornas, 2020. Disponível em: https://</p><p>chiquinhodornas.blogspot.com/2020/11/brasilia- urbanizacao-polinucleada.html. Acesso em: 7</p><p>jun. 2023.</p><p>CAVALCANTI, F. R. A construção da ferrovia para Brasília. Centro-Oeste, 2016. Disponível</p><p>em: http://vfco.brazilia.jor.br/VFCO/1967-03-14-construcao-Ferrovia- Brasilia.shtml. Aces-</p><p>so em: 7 jun. 2023.</p><p>COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL (CODEPLAN). Atlas do Distrito</p><p>Federal 2020: Caracterização ambiental. CODEPLAN, 2020.</p><p>_______. Estudo revela que 99% da população urbana do DF possui acesso à água. CODE-</p><p>PLAN, 2020. Disponível em: https://tinyurl.com/y7ufskxm. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>______. PDAD 2018. CODEPLAN, 2019. Disponível em: https://www.codeplan.df.gov.br/</p><p>pdad-2018/. Acesso em: 25 mar. 2024.</p><p>______. PDAD 2021. CODEPLAN, 2022. Disponível em: https://www.codeplan.df.gov.br/</p><p>pdad-2021-3/. Acesso em: 25 mar. 2024.</p><p>DUARTE, L. Mapas do Brasil. Ethical Fashion Brazil, [s.d.]. Disponível em: https://ethical-</p><p>fashionbrazil.com/mapas-do-brasil/. Acesso em: 25 mar. 2024.</p><p>EXPLOSÃO demográfica é uma das principais preocupações do entorno do DF. Senado</p><p>Notícias, 2012. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2012/04/02/</p><p>explosao- demografica-e-uma-das-principais-preocupacoes-do-entorno. Acesso em: 25</p><p>mar. 2024.</p><p>FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2019.</p><p>FERRAZ, I. A Brasília dos pioneiros anônimos. Você conhece alguma dessas pessoas?</p><p>Metrópoles, 2018. Disponível em: https://www.metropoles.com/distrito-federal/a-brasilia-</p><p>-dos-pioneiros- anonimos-voce-conhece-alguma-dessas-pessoas. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Brasília Ambiental. Bioma Cerrado. Brasília Ambien-</p><p>tal, 2018. Disponível em: https://www.ibram.df.gov.br/bioma-cerrado/. Acesso em: 7 jun.</p><p>2023.</p><p>______. Geografia. Governo do Distrito Federal, 2022. Disponível em: https://www.df.gov.</p><p>br/333/#:~:text=O%20Distrito%20Federal%20%C3%A9%20t otalmente,com%2011.627%20</p><p>esp%C3%A9cies%20de%20plantas. Acesso em: 7 jun. 2023.</p><p>30</p><p>Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.</p><p>MAPBIOMAS. Mapeamento anual da cobertura e uso da terra no Brasil (1985–2020):</p><p>Destaques Cerrado. MapBiomas, 2021.</p><p>PAVIANI, A.</p>

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