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<p>Apostila de</p><p>Histologia</p><p>Estrutura dos Tecidos Bucais</p><p>A dentina e a polpa são tecidos que</p><p>apresentam origem embrionária semelhante,</p><p>estão intimamente integrados em relação à</p><p>anatomia e à fisiologia e são considerados um</p><p>complexo, o complexo dentinopulpar.</p><p>São responsáveis pela síntese e deposição</p><p>da matriz de dentina, as células da polpa –</p><p>odontoblastos, permanecem com seus</p><p>prolongamentos no interior dos túbulos</p><p>dentinário.</p><p>Polpa dentária</p><p>Tecido conjuntivo altamente especializado,</p><p>ricamente inervado, vascularizado e</p><p>responsável pela formação e manutenção da</p><p>dentina., dividido em camadas odontoblásticas:</p><p>Acelular - Rica em células – Central</p><p>Funções</p><p>a) Formativa: os odontoblastos do tecido</p><p>pulpar são responsáveis pela dentinogênese;</p><p>b) Sensitiva: a inervação sensorial pulpar atua</p><p>como um sistema de alarme eficaz, indicando</p><p>alterações na normalidade. Por exemplo, em</p><p>um dente despolpado, a sensação dolorosa</p><p>não será percebida até que eventuais</p><p>estímulos nocivos afetem os tecidos ao redor</p><p>da raiz;</p><p>c) Nutritiva: a vascularização pulpar fornece</p><p>oxigênio e nutrientes, que são essenciais para</p><p>a formação de dentina e para a própria</p><p>sobrevivência pulpar;</p><p>d) Defensiva: o tecido pulpar pode se</p><p>defender contra infecções microbianas por</p><p>meio da produção de dentina esclerosada</p><p>e/ou terciária. Dentes com polpas sadias, que</p><p>apresentam vascularização abundante, são</p><p>mais resistentes à infecção bacteriana e não</p><p>desenvolvem lesão perirradicular.</p><p>Consequentemente, a manutenção da</p><p>vitalidade pulpar pode ser considerada a</p><p>melhor forma de prevenção da lesão</p><p>perirradicular.</p><p>Composição</p><p>Constituído de células, matriz extracelular,</p><p>vasos sanguíneos e nervos. O odontoblasto é</p><p>a célula mais característica do complexo</p><p>dentinopulpar. Os odontoblastos são</p><p>organizados em uma única camada de células</p><p>(a camada odontoblástica) no limite entre a</p><p>dentina e a polpa.</p><p>Outras células estão presentes na polpa: os</p><p>fibroblastos, as células-tronco mesenquimais</p><p>indiferenciadas e as diversas células de defesa</p><p>(macrófagos, células dendríticas, linfócitos). O</p><p>fibroblasto é o tipo de célula mais abundante</p><p>da polpa.</p><p>ZONAS DA POLPA - Histologicamente, zonas</p><p>distintas são perceptíveis na polpa sadia, Uma</p><p>alta densidade celular, incluindo fibroblastos,</p><p>células-tronco indiferenciadas e células</p><p>imunes, é observada na região pulpar</p><p>denominada zona rica em células, que é</p><p>separada da camada odontoblástica pela zona</p><p>pobre em células.</p><p>A zona rica em células é mais proeminente</p><p>na polpa coronária que na polpa radicular. A</p><p>zona pobre em células, por sua vez, contém</p><p>capilares sanguíneos, uma rica rede de fibras</p><p>nervosas e processos fibroblásticos. A polpa</p><p>também possui uma região denominada</p><p>polpa propriamente dita, que é a zona central</p><p>da polpa e contém os maiores vasos</p><p>sanguíneos e nervos, junto a fibroblastos e</p><p>outras células.</p><p>Quando ocorre morte odontoblástica por</p><p>mecanismos naturais de morte celular</p><p>programada (apoptose) ou por um processo</p><p>patológico, as células mesenquimais de</p><p>reserva são estimuladas por meio da</p><p>interação de mediadores e fatores de</p><p>crescimento.</p><p>Dentina</p><p>A dentina é um tecido parcialmente</p><p>mineralizado, formado principalmente por</p><p>cristais de hidroxiapatita, dividido em:</p><p>70% de material inorgânico - 10% de água -</p><p>20% de matriz orgânica</p><p>Composição</p><p>A matriz orgânica da dentina contém diversas</p><p>proteínas não colagenosas, incluindo</p><p>fosfoproteínas, proteoglicanas, proteínas</p><p>contendo gamacarboxiglutamato (proteínas</p><p>gla), glicoproteínas acídicas, sialoproteínas</p><p>dentinárias, osteonectina, osteocalcina e</p><p>osteopontina.</p><p>Também contém muitos fatores de</p><p>crescimento, incluindo o fator de crescimento</p><p>transformante beta (TGF-β), fator de</p><p>crescimento derivado de plaquetas (PDGF),</p><p>fatores de crescimento semelhantes à insulina</p><p>(IGF) e proteínas morfogenéticas ósseas</p><p>(BMP).</p><p>Tipos de dentina</p><p>Diferenciadas de acordo com o estímulo e</p><p>período de formação;</p><p>Primaria: Durante a odontogênese até a</p><p>erupção e completa formação do ápice</p><p>radicular. É toda dentina que vai ser formada</p><p>até o momento que o dente estiver em</p><p>formação;</p><p>Secundária: Formada naturalmente durante</p><p>toda a nossa vida, de forma mais lenta, com</p><p>estímulos de baixa intensidade;</p><p>Terciária: É uma dentina que vai ser formada</p><p>frete a um estímulo patológico;</p><p>Esclerótica: É a dentina que já foi formada,</p><p>contudo tem um aumento da deposição</p><p>mineral nela, ou seja , é uma dentina mais</p><p>hipermineralizada.</p><p>Anatomia do periodonto</p><p>Periodontia: estuda os tecidos de</p><p>revestimento e suporte dos dentes naturais,</p><p>sua fisiologia, alterações patológicas e</p><p>diferentes formas de tratamento.</p><p>PERI = em torno de + ODONTO = dente.</p><p>Função: inserção dos dentes nos tecidos</p><p>ósseas dos maxilares e manter a integridade</p><p>da superfície da mucosa da cavidade oral.</p><p>Mucosa oral</p><p>FUNÇÃO</p><p>Proteção: Mecânica (barreira contra</p><p>agressões extensas; Sensorial: receptores</p><p>aos estímulos térmicos; Secreção: ductos</p><p>secretores de saliva.</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>Mucosa mastigatória: gengiva e palato duro;</p><p>Mucosa especializada: dorso da língua;</p><p>Mucosa de revestimento: fundo de vestíbulo.</p><p>Gengiva</p><p>Consiste em uma camada epitelial e um</p><p>tecido conjuntivo subjacente (na gengiva é</p><p>chamado de lâmina própria somente na</p><p>mucosa oral).</p><p>FUNÇÕES: Proteção do ligamento</p><p>periodontal e do osso alveolar ao trauma da</p><p>mastigação e da invasão microbiana. A</p><p>gengiva é queratinizada da margem gengival</p><p>à linha mucogengival.</p><p>As áreas da gengiva não queratinizadas são:</p><p>Região de COL e mucosa alveolar.</p><p>Cemento</p><p>Tecido conjuntivo, mineralizado,</p><p>especializado, avascular, sem inervação, sem</p><p>vasos linfáticos, baixo metabolismo,</p><p>semipermeável, não sofre remodelação,</p><p>deposição contínua em camadas.</p><p>Tecido calcificado - 65% do peso é</p><p>hidroxiapatita (mineral), recobre a superfície</p><p>radicular dos dentes, possui fibras colágenas</p><p>e matriz orgânica.</p><p>FUNÇÕES:</p><p>• Ancoragem do dente ao osso;</p><p>• Inserir as fibras do ligamento</p><p>periodontal;</p><p>• Reparo a danos a raíz.</p><p>Ligamento periodontal</p><p>Tecido conjuntivo frouxo especializado, muito</p><p>vascularizado, extremamente inervado, com</p><p>vasos linfáticos e alto metabolismo.</p><p>FUNÇÕES:</p><p>• Nutrição, sensorial, hemostática,</p><p>regenerativa;</p><p>• Distribuição e absorção de forças</p><p>oclusais;</p><p>• Mobilidade (fisiológica) e movimentação</p><p>(ortodontia).</p><p>Osso alveolar</p><p>Dividido em três partes:</p><p>Processo alveolar: porção da maxila e</p><p>mandíbula que suporta os alvéolos dentais,</p><p>parte mais superficial do osso;</p><p>Osso alveolar propriamente dito: porção</p><p>interna do osso alveolar (lâmina dura), dentro</p><p>do processo alveolar;</p><p>Osso basal: porção apical da mandíbula e</p><p>maxila.</p><p>Gengiva marginal livre</p><p>Está à margem dos tecidos gengivais, na</p><p>superfície do esmalte, encostada no esmalte</p><p>do dente.</p><p>Circunda os dentes em formato de colarinho</p><p>(arco côncavo), forma os sulcos gengivais e</p><p>as papilas interdentais.</p><p>Não está aderida a superfície do dente, seu</p><p>limite por fora é chamado de ranhura gengival</p><p>e por dentro de junção amelo cementário.</p><p>O epitélio externo da gengiva livre é</p><p>paraqueratinizado, já o interno sulcular é não</p><p>queratinizado, mas passível de queratinização.</p><p>A linha da junção mucogengival vai separar a</p><p>mucosa alveolar da gengiva inserida.</p><p>Cor - rosa pálido, com dimensão entre 1,5 a</p><p>2mm. Formato - arcos côncavos, superfície</p><p>opaca e consistência firme.</p><p>Mucosa bucal</p><p>A cavidade oral é revestida por uma</p><p>membrana mucosa que tem 2 camadas:</p><p>TECIDO EPITELIAL</p><p>TECIDO CONJUNTIVO</p><p>As principais funções: REVESTIMENTO,</p><p>PROTEÇÃO e ela também serve para</p><p>movimentação dos músculos.</p><p>Pode ser classificada em 3 tipos:</p><p>MASTIGATÓRIA</p><p>Cobre a gengiva e o palato duro;</p><p>REVESTIMENTO</p><p>Mais flexível, para realizar sua função de</p><p>proteção;</p><p>ESPECIALIZADA</p><p>Cobre a superfície</p><p>da língua.</p><p>Os dentes são as únicas estruturas do corpo</p><p>que perfuram o epitélio.</p><p>Glândulas salivares</p><p>A saliva é um fluido que quando saudável,</p><p>lubrifica as partes dos dentes expostos dentro</p><p>da cavidade bucal.</p><p>Mantém a umidade da boca, facilita a fala,</p><p>lubrifica os alimentos e ajuda no paladar. Além</p><p>disso ela contém anticorpos que atua como</p><p>tampão, desempenhando o papel de</p><p>manutenção do PH da cavidade oral. A</p><p>estrutura histológica das glândulas salivares</p><p>maiores é bem semelhantes.</p><p>Articulação</p><p>temporomandibular</p><p>A relação entre os ossos maxilares é mantida</p><p>pela articulação do processo condilar da</p><p>mandíbula com a fossa glenóide do osso</p><p>temporal. É uma articulação sinovial, que</p><p>permitem os movimentos complexos da</p><p>mastigação.</p><p>Consiste em dois ossos coberto por</p><p>cartilagens hialina e separados por uma</p><p>cavidade preenchida por um líquido sinovial,</p><p>mantido dentro de uma cápsula revestida por</p><p>uma membrana sinovial.</p><p>Citoesqueleto, junções e fibroblastos</p><p>O dente com seu aparelho de sustentação,</p><p>forma um complexo estrutural com</p><p>características de desenvolvimento</p><p>específicas.</p><p>CITOESQUELETO</p><p>As células possuem um citoesqueleto, de</p><p>microtúbulos e filamentos que dá suporte à</p><p>célula, facilita o transporte intracelular,</p><p>sustenta as junções celulares e permite a</p><p>motilidade.</p><p>Os microtúbulos – consistem na proteína</p><p>TUBULINA, estruturas cilíndricas que</p><p>conferem o suporte interno da célula atua</p><p>como vias de orientações para vesículas</p><p>excretoras.</p><p>Os filamentos – são de dois tipo:</p><p>microfilamentos e filamentos intermediários.</p><p>Os MICROFILAMENTOS: são compostos por</p><p>proteína contrátil (actina).</p><p>Os FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS:</p><p>possuem uma variada composição de</p><p>proteína relacionam-se com a manutenção</p><p>da forma da célula e com contato entre as</p><p>células adjacentes.</p><p>Nos fibroblastos – os filamentos</p><p>intermediários são compostos de proteína</p><p>VIMENTINA e aparecem como estruturas</p><p>delgadas e levemente curvas não contrateis.</p><p>Junções entre as células</p><p>• Junções oclusivas;</p><p>• Junções de ancoragem. (junções</p><p>aderentes célula a célula – cintos de</p><p>adesão);</p><p>• Sítios de adesão por filamentos</p><p>intermediários;</p><p>• Junções comunicantes.</p><p>As junções existem em diferentes</p><p>combinações, extensões e formas. Uma</p><p>junção que rodeia a célula é a ZÔNULA.</p><p>Para uma junção que está mais circunscrita à</p><p>forma é a MÁCULA ou SPOT.</p><p>DESMOSSOMOS – bem restrito as células</p><p>epiteliais, são como pontes de união entre as</p><p>células adjacentes.</p><p>HEMIDESMOSSOMO - morfologicamente</p><p>tem semelhança com o desmossomo, porém</p><p>com diferenças na estrutura e na</p><p>composição. Eles constituem áreas</p><p>especializadas da superfícies celular para a</p><p>Citoesqueleto, junções e fibroblastos ligação</p><p>das células epiteliais ao tecido conjuntivo.</p><p>Junção entre o epitélio e seus</p><p>tecidos conjuntivos de</p><p>sustentação</p><p>Uma estrutura especial, organizada uma</p><p>lâmina delgada, firme, adjacente ao epitélio é</p><p>a LÂMINA BASAL.</p><p>Atua como filtro dinâmico, para controlar a</p><p>passagem das moléculas entre o epitélio e o</p><p>tecido conjuntivo.</p><p>Apoptose</p><p>Descreve um tipo de morte celular que</p><p>resulta numa eliminação seletiva das células.</p><p>Caracteriza-se pela condensação da célula e</p><p>sua subsequente fragmentação em partículas</p><p>ligadas a membrana, que são fagocitadas.</p><p>É um processo importante, permitindo</p><p>renovação das células.</p><p>Fibroblastos</p><p>São células predominantes no tecido</p><p>conjuntivo, os fibroblastos desempenham um</p><p>importante papel no desenvolvimento,</p><p>estrutura e função do dente. Por</p><p>diferenciação celular origina vários elementos</p><p>como fibras, colágenos, tendões.</p><p>Funcionam na formação de fibras do tecido</p><p>conjuntivo, que são fibras colágenas e as</p><p>elásticas.</p><p>FUNÇÕES:</p><p>• Produzem e mantêm a substância</p><p>fundamental;</p><p>• Motilidade.</p><p>ESTRUTURA DOS FIBROBLASTOS:</p><p>São reconhecidos como feixe de fibras</p><p>colágenas. Quando estão em repouso eles</p><p>apresentam núcleo achatado e de coloração</p><p>escura e pouco citoplasma.</p><p>Quando ativos possuem núcleo maior, pouco</p><p>corado e maior quantidade de citoplasma.</p><p>Há um grande número de cisternas do</p><p>complexo de Golgi, muitos perfis do reticulo</p><p>endoplasmático granular, mitocôndrias,</p><p>vesículas secretoras.</p><p>CONTRAÇÃO E MOTILIDADE</p><p>O citoesqueleto do fibroblasto contém</p><p>proteínas contráteis, que possibilita a</p><p>contração da célula. Uma das maneiras pelas</p><p>quais essa habilidade de contração se</p><p>manifesta é a capacidade da célula se mover.</p><p>JUNÇÕES</p><p>Nos tecidos conjuntivos, os fibroblastos são</p><p>separados uns dos outros de forma que não</p><p>existem junções intercelulares.</p><p>No LP, em que os fibroblastos do ligamento</p><p>frequentemente exibem contato célula a</p><p>célula tipo ADERENTE.</p><p>ENVELHECIMENTO</p><p>Os fibroblastos se se originam de células</p><p>mesenquimais. Uma vez diferenciadas podem</p><p>se replicar por divisão celular mitótica.</p><p>PRODUTOS DE SECREÇÃO</p><p>Os fibroblastos têm habilidade de sintetizar e</p><p>secretar várias moléculas extracelular,</p><p>algumas delas são :</p><p>COLÁGENOS</p><p>ELASTINAS</p><p>PROTEOGLICANOS</p><p>GLICOPROTÉINAS</p><p>Colágenos</p><p>Todos os colágenos são compostos de 3</p><p>cadeias polipeptídicas. Variações são</p><p>produzidas por:</p><p>• Diferenças das montagens da cadeia</p><p>polipeptídicas básicas;</p><p>• Diferentes comprimentos de hélices;</p><p>• Várias interrupção na hélice;</p><p>• Diferenças nas terminações dos</p><p>domínios helicoidais.</p><p>Fibras elásticas, Oxitalânicas,</p><p>elaunínicas e reticulares</p><p>São todas produtos dos fibroblastos e sua</p><p>formação envolve a síntese (secreção de</p><p>tropoelastina e sua montagem fora da célula.)</p><p>A elastina é uma proteína amorfa que quando</p><p>ocorre sozinha, é depositada em fitas ou</p><p>lâminas.</p><p>Proteoglicanos</p><p>São grandes grupos de macromoléculas</p><p>extracelular, associada a membrana que</p><p>consistem em um núcleo central de proteína</p><p>estão ligadas as cadeias.</p><p>Glicoproteínas</p><p>Possuem propriedades adesivas. Sendo que a</p><p>principal função é ligar a célula aos elementos</p><p>extracelulares.</p><p>Formação e destruição dos</p><p>tecidos duros</p><p>O osso, o cemento e dentina, possuem muita</p><p>semelhança em sua formação. Todos são</p><p>tecidos conjuntivos especializados e o</p><p>colágeno desempenha um papel na</p><p>determinação de suas estruturas.</p><p>A formação de tecidos duros é a produção</p><p>de celular de uma matriz orgânica capaz de</p><p>receber mineral, tendo como pré-requisito</p><p>atividade da FOSFATASE ALCALINA.</p><p>CÉLULAS</p><p>As células sintetizadoras que produzem</p><p>matriz orgânica dos tecidos mineralizados,</p><p>devem estar unidas para secreção. A via</p><p>secretoras dos constituintes da matriz</p><p>orgânica envolve:</p><p>RETICULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO</p><p>VESÍCULAS DE TRANSPORTE</p><p>APARELHO DE GOLGI</p><p>VESÍCULAS SECRETÓRIAS</p><p>Matriz orgânica</p><p>No caso dos tecidos conjuntivos</p><p>mineralizados, a matriz orgânica é uma</p><p>PROTEÍNA FIBROSA associada a outras</p><p>macromoléculas (proteoglicanas,</p><p>fosfoproteínas, fosfolipídios).</p><p>Mineral</p><p>O componente orgânico do tecido</p><p>mineralizado – sal de fosfato de cálcio, com</p><p>uma composição semelhante a hidroxiapatita.</p><p>A hidroxiapatita observada no mesênquima</p><p>dos tecidos duros é encontrada como</p><p>CRISTALITOS .</p><p>A capa de hidratação é uma camada de água</p><p>existente em torno de cada cristalito.</p><p>Mineralização</p><p>O fluido tecidual é supersaturado em relação</p><p>aos íons de cálcio e fosfato. O fluido tecidual</p><p>contém outras células, as quais inibem a</p><p>formação do cristal. Dessa forma, várias</p><p>condições devem estar presentes,</p><p>isoladamente ou combinadas, para a</p><p>mineralização ocorrer. Qualquer aumento</p><p>local na concentração de íons orgânicos</p><p>permite formar um número suficiente de</p><p>agrupamentos iônicos e cristalinos (nucleação</p><p>homogênea).</p><p>A presença de substância nucleante (capaz</p><p>de reduzir a barreira de energia), ausência de</p><p>um aumento localizado de concentração</p><p>iônica, também permite que ocorra a</p><p>formação do cristal (mineralização</p><p>heterogênea).</p><p>Dois mecanismos</p><p>executam a mineralização</p><p>do tecido duro:</p><p>1º - vesícula da matriz - As vesículas são</p><p>relacionadas apenas com a mineralização</p><p>inicial. A vesícula é uma pequena estrutura</p><p>que brota da membrana celular formando</p><p>uma unidade independente dentro da matriz</p><p>orgânica de tecido mineralizado.</p><p>2º - nucleação heterogênea - Os cristalinos</p><p>são depositados em relação às fibras</p><p>colágenas. Proteínas que não formam</p><p>colágeno cumprem essa função. Algumas</p><p>atuam como nucleadores e outras para</p><p>controlar o crescimento do cristal.</p><p>Crescimento do cristal</p><p>Uma vez que um cristalino de apatita tenha</p><p>começado a se formar, o seu crescimento</p><p>inicial é rápido, ocorrendo em minutos ou</p><p>menos. Numerosos fatores influenciam o</p><p>crescimento e a composição do cristal, mas</p><p>especialmente importante é meio em torno</p><p>do seu crescimento.</p><p>NUCLEAÇÃO SECUNDÁRIA</p><p>Cristalitos adicionais podem-se formar por</p><p>nucleação secundária em partículas na fase</p><p>mineral que surgem da colisão e fratura dos</p><p>cristais anteriormente formados por</p><p>nucleação.</p><p>FOSFATASE ALCALINA</p><p>A atividade da enzima fosfatase alcalina é</p><p>sempre associada à produção de qualquer</p><p>tecido mineralizado. Em todos os casos, a</p><p>enzima exibe um padrão similar de</p><p>distribuição, sendo envolvida com vasos</p><p>sanguíneos e membranas das células</p><p>formadores de tecido mineralizado.</p><p>Nos tecidos conjuntivos mineralizados a</p><p>fosfatase alcalina pode ser encontrada livre no</p><p>interior da matriz ou associada às vesículas da</p><p>matriz, quando elas estão presentes.</p><p>DESTRUIÇÃO DO TECIDOS DURO</p><p>O osso está constantemente remodelando-</p><p>se por uma orquestra da interação entre a</p><p>remoção do osso velho e sua reposição por</p><p>osso novo. Os tecidos duros remanescentes</p><p>(cemento, dentina, osso) não são</p><p>remodelados, mas são degradáveis durante o</p><p>processo fisiológico normal de esfoliação dos</p><p>dentes decíduos.</p><p>OSTEOCLASTO - A degradação e a</p><p>remoção de tecidos duros são eventos</p><p>celulares produzidos pelas células gigantes</p><p>multinucleadas, formadas diretamente pela</p><p>fusão assíncrona de células mononucleares.</p><p>Desenvolvimento do dente e seus</p><p>tecidos de suporte</p><p>Odontogênese é a formação, origem do</p><p>dente. Os tecidos que formam o dente são:</p><p>DENTINA, ESMALTE e POLPA.</p><p>A cavidade primitiva é revestida por um</p><p>epitélio delgado. Esse tecido de origem</p><p>ectodérmica nas regiões de futuro crânio e</p><p>da face faz o papel de mesênquima.</p><p>No terço inferior da face na região da</p><p>cavidade oral primitiva vai-se ter um</p><p>espessamento do epitélio. Vão surgir duas</p><p>regiões de epitélio: epitélio oral primitivo, de</p><p>onde vai se desenvolver o germe dentário.</p><p>A partir desse epitélio vão ocorrer algumas</p><p>alterações, como a proliferação no sentido do</p><p>ECTOMESÊNQUIMA (tecido conjuntivo</p><p>embrionário da região da cabeça que está</p><p>abaixo do epitélio oral primitivo).</p><p>O epitélio oral primitivo vai penetrando,</p><p>invadindo a região do ectomesênquima.</p><p>Ectoderma bucal origina</p><p>Epitélio bucal.</p><p>A coroa do dente se forma primeiro, depois</p><p>vem a formação da raiz. Dentro do processo</p><p>de desenvolvimento crânio facial, nas duas</p><p>regiões do processo maxilar e do processo</p><p>mandibular vai surgir o espessamento de</p><p>epitélio odontogênico.</p><p>O processo maxilar e o processo mandibular</p><p>vão se fundir para formar maxila e mandíbula</p><p>e nessa região de maxila e mandíbula que vai</p><p>ocorrer o processo de odontogênese, pois a</p><p>odontogênese é a formação dos dentes e os</p><p>dentes estão alojados na maxila e na</p><p>mandíbula.</p><p>Áreas basocelulares do epitélio bucal</p><p>começam a se proliferar em proporção mais</p><p>rápida que as células adjacentes invadindo</p><p>oectomesênquima adjacente e formando</p><p>uma estrutura contínua em formato de</p><p>ferradura.</p><p>BANDA EPITELIAL PRIMÁRIA.</p><p>Após 37 dias de desenvolvimento: Uma</p><p>banda contínua de epitélio espessado se</p><p>forma ao redor da boca nas futuras maxilas e</p><p>mandíbula.</p><p>Banda epitelial primária</p><p>A partir da banda epitelial primária vão ser</p><p>originadas duas regiões:</p><p>Lâmina Dentária: se forma primeiro e vai</p><p>originar o dente;</p><p>Lâmina Vestibular: se forma logo depois e é</p><p>posicionada em frente à lâmina dentária. Ela</p><p>vai originar a região do vestíbulo.</p><p>LÂMINA DENTÁRIA: A lâmina dentária origina</p><p>o germe dentário e esse se desenvolve para</p><p>formar os dentes;</p><p>A partir desses instante, o desenvolvimento</p><p>dos dentes prossegue nos estágios de:</p><p>BOTÃO, CAPUZ, CAMPÂNULA, COROA e</p><p>RAIZ</p><p>LÂMINA VESTIBULAR: A banda epitelial</p><p>primária sofre degeneração das células</p><p>centrais, dando lugar a uma fenda, que é o</p><p>vestíbulo.</p><p>1. Lâmina vestibular em formação;</p><p>2. Germe dentário na fase de botão;</p><p>3. Lâmina dentária primária.</p><p>Aproximadamente na 8ª semana, a lâmina</p><p>dentária de cada arco mostra dez centros de</p><p>proliferação das células epiteliais espaçados</p><p>entre si, formando uma estrutura</p><p>arredondada - broto ou botão.</p><p>Essa estrutura e o ectomesênquima que o</p><p>envolve são os precursores dos dentes</p><p>decíduos - germes dentários.</p><p>A estrutura ectodérmica do germe dentário</p><p>formará o ESMALTE.</p><p>A porção mesodérmica formará polpa</p><p>dentária, dentina, cemento e as estruturas de</p><p>suporte. Após o início da formação dos</p><p>decíduos, a lâmina dentária inicia formação de</p><p>seus sucessores permanentes.</p><p>Fase de botão</p><p>É a primeira fase da odontogênese; A lâmina</p><p>dentária passa a apresentar, em alguns locais,</p><p>atividades mitóticas diferenciais.</p><p>A proliferação vai invadindo o</p><p>ectomesênquima, a partir da 8ª semana de</p><p>vida intrauterina: em cada arco, originam-se</p><p>dez pequenas esférulas (germes dos</p><p>decíduos) que invadem o ectomesênquima –</p><p>início da formação dos GERMES DECÍDUOS.</p><p>Essas esférulas são regiões da lâmina dentária.</p><p>Fase de Capuz</p><p>Continuação da proliferação epitelial: o botão</p><p>apresenta um crescimento desigual, adotando</p><p>uma forma de boné ou capuz.</p><p>Não vai ser mais redondo como era na fase</p><p>de botão, vai apresentar uma região de</p><p>concavidade, achatamento da parte mais</p><p>profunda do botão.</p><p>Germe dentário na fase de CAPUZ, tem-se</p><p>3 componentes principais:</p><p>a. Órgão do Esmalte;</p><p>b. Papila Dentária;</p><p>c. Folículo Dentário.</p><p>Epitélios externo e interno do</p><p>esmalte</p><p>As células periféricas da fase de capuz são</p><p>cuboidais, contornam a convexidade do capuz</p><p>e formam o epitélio externo do esmalte. As</p><p>células da concavidade do capuz são altas e</p><p>representam o epitélio interno do órgão do</p><p>esmalte.</p><p>Retículo estrelado - As células no centro do</p><p>órgão epitelial do esmalte, situadas entre os</p><p>epitélios externo e interno, começam a se</p><p>separar por aumento de volume do fluido</p><p>intercelular.</p><p>Papila dentária</p><p>Situada abaixo do órgão do esmalte, está</p><p>próxima ao epitélio interno do órgão do</p><p>esmalte, formada pelas células</p><p>ectomesenquimais condensadas. Dá origem a</p><p>duas estruturas do dente: DENTINA e POLPA.</p><p>O ectomesênquima, parcialmente encerrado</p><p>pela porção invaginada do epitélio interno do</p><p>esmalte, condensa-se sob influência</p><p>organizadora do epitélio interno do esmalte</p><p>em proliferação.</p><p>Essa condensação, que se deve mais à</p><p>aproximação das células do que a uma</p><p>atividade proliferativa, forma a papila dentária,</p><p>o órgão formador da dentina e do primórdio</p><p>da polpa dentária.</p><p>FOLÍCULO DENTÁRIO</p><p>Células ectomesenquimais condensadas:</p><p>formam uma cápsula que limita a papila</p><p>dentária e encapsulam o órgão do esmalte;</p><p>Vai estar ao redor do germe dentário e limitar</p><p>onde é papila dentária, dando um limite onde</p><p>vai ser papila dentária.</p><p>Tem contato com o epitélio externo do</p><p>órgão do esmalte e termina do outro lado do</p><p>epitélio externo, dando origem ao</p><p>PERIODONTO DE INSERÇÃO.</p><p>Fase de campânula</p><p>Diminuição da proliferação das células</p><p>epiteliais, ou seja, do crescimento do órgão</p><p>do esmalte. A superfície interna do órgão do</p><p>esmalte se aprofunda dando ao órgão a</p><p>FORMA DE SINO.</p><p>Na fase de campânula avançada, ocorre</p><p>depósito de esmalte e dentina da coroa do</p><p>futuro</p><p>dente, caracterizando o processo de</p><p>dentinogênese e amelogênese. No final da</p><p>fase de coroa, quando os eventos de</p><p>diferenciação alcançam a região cervical –</p><p>FASE DE RAIZ.</p><p>Amelogênese</p><p>À medida que ocorre o desenvolvimento do</p><p>órgão do esmalte até a fase de campânula, o</p><p>epitélio interno do órgão do esmalte</p><p>diferencia-se em células altas. No local do</p><p>encontro dos epitélios interno e externo do</p><p>órgão do esmalte, forma-se um ângulo agudo</p><p>- alça cervical, estrutura importante para a</p><p>formação radicular do dente.</p><p>ALÇA</p><p>CERVICAL</p><p>Osso</p><p>O osso é um tecido conjuntivo especializado</p><p>mineralizado.</p><p>33% matriz orgânica</p><p>28% de colágeno tipo I</p><p>5% de proteínas</p><p>A matriz orgânica é permeada por cristais de</p><p>hidroxiapatita.</p><p>Funções</p><p>O osso constitui um reservatório importante</p><p>de minerais sendo controlado por fatores</p><p>hormonais. Todos os ossos apresentam uma</p><p>densa camada externa - osso compacto e</p><p>uma cavidade medular central. Também</p><p>encontrasse a parte esponjosa.</p><p>PERIÓSTEO - Membrana de tecido</p><p>conjuntivo que reveste exteriormente os</p><p>ossos e da qual podem formar-se elementos</p><p>ósseos.</p><p>ENDOSTÉO – Conjunto de células que em</p><p>conjunto constituem a superfície interna do</p><p>osso. Envolve a medula óssea e as trabéculas.</p><p>Células dos tecidos ósseos</p><p>OSTEOBLASTOS: Os osteoblastos são</p><p>células jovens com intensa atividade</p><p>metabólica e responsáveis pela produção da</p><p>parte orgânica da matriz óssea, composta por</p><p>colágeno tipo I, glicoproteínas e</p><p>proteoglicanas.</p><p>Suporte</p><p>Proteção</p><p>Locomoção</p><p>Secretam matriz óssea, colágeno e</p><p>substâncias que constituem o osso NÃO</p><p>mineralizado.</p><p>Após secretar essa matriz ela se mineraliza e</p><p>prende o osteoblasto se transformando em</p><p>osteócitos.</p><p>OSTEÓCITOS: Têm um papel fundamental</p><p>na manutenção da integridade da matriz</p><p>óssea. Estão localizados em cavidades ou</p><p>lacunas dentro da matriz óssea, com</p><p>prolongamentos que ficam dentro dos</p><p>canalículos para trocar nutrientes.</p><p>OSTEOCLASTOS: Responsáveis por</p><p>reabsorver osso, são células muito grandes</p><p>que resultam da fusão de várias células do</p><p>sistema fagocitário mononuclear, têm origem</p><p>em células que se originam na medula óssea,</p><p>e estas por sua vez originam os monócitos e</p><p>os macrófagos.</p><p>Osteo: são unidades circulares que estão</p><p>com canais de Havers no seu interior.</p><p>CANAIS DE HAVERS: São uma série de tubos</p><p>estreitos dentro de ossos por onde passa</p><p>vasos sanguíneos e células nervosas. São</p><p>formadas por lamelas concêntricas de fibras</p><p>colágenas.</p><p>CANAIS DE VOLKMAN: estão ligando os</p><p>canais de Havers.</p><p>A circulação que corre no osso é uma</p><p>circulação CENTRÍFUGA (dentro para fora).</p><p>Na medula óssea estas células estão no</p><p>periósteo que se encontra as células</p><p>mieloides.</p><p>Células reticulares: origina os tecidos</p><p>conjuntivos fibrosos.</p><p>Os osteoblastos estão enfileirados, perto do</p><p>endosso.</p><p>INJURIA TECIDUAL</p><p>Evento de reparação: restaura a continuidade</p><p>dos tecidos sem alterar volume.</p><p>Evento de regeneração: Se diferencia em</p><p>novas células, formando novo tecido ósseo,</p><p>que resulta em aumento de volume total de</p><p>novos tecidos.</p><p>Formação do calo ósseo</p><p>• Formação do hematoma;</p><p>• Formação do calo mole;</p><p>- Angiogênese: crescimento de novos</p><p>vasos.</p><p>- Mineralização e início do processo de</p><p>regeneração.</p><p>• Resposta inflamatória;</p><p>• Recrutamento das células tronco;</p><p>• Diferenciação em condrócitos;</p><p>• Essas cartilagens se mineralizam e forma</p><p>OSTEOBLASTOS;</p><p>• Osteoblastos amadurecem formando</p><p>OSTEÓCITOS.</p><p>OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL - Células</p><p>mesenquimais se diferenciam em</p><p>condroblastos (células que formam</p><p>cartilagem). Os condroblastos começam a</p><p>produzir a matriz cartilagínea. Com isso irão</p><p>ficar aprisionados nessa matriz originando os</p><p>condrócitos. Então a cartilagem se forma.</p><p>OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSO - As</p><p>células mesenquimais se diferenciam em</p><p>osteoblastos que iram produzir substância</p><p>óssea da matriz osteoide que irá sofrer</p><p>calcificação, com isso terá o tecido ósseo.</p><p>RENOVAÇÃO ÓSSEA - A repetida atividade</p><p>de deposição e remoção de tecido ósseo</p><p>acomoda o crescimento de um osso, sem</p><p>que ele perca a função.</p><p>Rizólise</p><p>Rizólise dos dentes decíduos é um fenômeno</p><p>que está relacionado reabsorção radicular,</p><p>caracterizado pela destruição gradativa dos</p><p>tecidos dentários duros e moles, podendo ser</p><p>fisiologia ou patológica.</p><p>É necessário que a reabsorção das raízes</p><p>dos dentes decíduos ocorra para a erupção</p><p>normal dos dentes permanentes.</p><p>Nas etapas iniciais do desenvolvimento, os</p><p>dentes decíduos e permanentes têm a</p><p>mesma cripta óssea. Posteriormente, o</p><p>decíduo apresenta uma cripta óssea individual,</p><p>que separa o germe do permanente.</p><p>Assim, o osso da cripta é absorvido, durante</p><p>as etapas iniciais de erupção dos dentes</p><p>permanentes para a formação da via eruptiva.</p><p>Após inicia-se a reabsorção dos tecidos duros</p><p>do dente decíduo (cemento e dentina), a qual</p><p>pode começar pela superfície da raiz, antes</p><p>do fechamento da porção apical.</p><p>Aspecto clínico e radiográfico</p><p>da reabsorção</p><p>A reabsorção radicular na dentição decídua é</p><p>um processo fisiológico que antecede a</p><p>substituição dos dentes.</p><p>Pode apresentar variações como: reabsorção</p><p>precoce, onde os decíduos esfoliam mais</p><p>cedo, ou reabsorção retardada, com a</p><p>retenção prolongada.</p><p>Os dentes superiores reabsorvem mais</p><p>rápido do que os dentes inferiores, e inicia-se</p><p>mais cedo em meninas do que em meninos.</p><p>Clinicamente, tem-se observado que, de</p><p>modo geral, para caninos decíduos, quando a</p><p>rizólise está entre 1/3 e 2/3, o estágio de Nolla</p><p>do sucessor permanente está entre as fases</p><p>7 e 8. Quando a reabsorção é menor que 1/3,</p><p>o germe encontra-se entre os estágios 5 e</p><p>6 de Nolla.</p><p>A reabsorção radicular fisiológica,</p><p>normalmente, ocorre de maneira uniforme e</p><p>simétrica, de modo que o germe do</p><p>permanente erupciona em sentido oclusal e</p><p>se posiciona entre as raízes do dente</p><p>decíduo.</p><p>Dentes unirradiculares apresentam as</p><p>reabsorções iniciadas por lingual,</p><p>prosseguindo para vestibular, acompanhando</p><p>o sentido transversal da raiz e do longo eixo.</p><p>Portanto o sucessor permanente irrompe por</p><p>lingual do decíduo, esse aspecto é observado</p><p>com maior frequência na mandíbula.</p><p>Determinados fatores influenciam a alteração</p><p>etiológica da reabsorção dentária como:</p><p>traumatismo, infecções ou distúrbios</p><p>metabólicos, porém um grande percentual</p><p>das reabsorções radiculares é de natureza</p><p>desconhecida ou idiopática.</p><p>A rizólise é um fenômeno que ocorre de</p><p>forma intermitente, ou seja, passa por um</p><p>período de reabsorção das estruturas</p><p>mineralizadas e por outro de reorganização</p><p>do periodonto e cemento.</p><p>Distúrbios</p><p>A anquilose ocorre por distúrbio local no</p><p>metabolismo, quando o processo</p><p>reorganização das fibras periodontais é mais</p><p>lento do que a neoformação óssea,</p><p>permitindo a união entre o osso de suporte</p><p>e o dente.</p><p>Dos problemas gerais que provocam a perda</p><p>precoce dos dentes decíduos destacam-se:</p><p>Querubismo, Síndrome de Down,</p><p>Hipofosfatasia, Tumores benignos e malignos</p><p>dos ossos gnáticos.</p><p>Quanto ao atraso da rizólise, as doenças mais</p><p>comuns são: Hipotireoidismo, Hipopituitarismo,</p><p>Desnutrição crônica e Disostose</p><p>Cleidocraniana.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:</p><p>KATCBURIAN, Eduardo. Histologia e embriologia oral:</p><p>texto, atlas, correlações clínicas. 3. ed. rev. e atual. Rio</p><p>de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012</p>