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* O que é histologia? - É o estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam para constituir órgãos * O que é embriologia? - Embriologia é o estudo dos fatores: • Moleculares • Celulares • Estruturais → Tecidos básicos e suas principais funções: * Tecido epitelial: O tecido epitelial caracteriza-se pela pouca quantidade de material intercelular e por apresentar células extremamente unidas (justapostas). Ele desenvolve variadas funções, tais como: proteção, absorção, secreção e excreção. - Ele é encontrado revestindo órgãos, além de ser responsável pela formação das glândulas. Sua origem pode ser a partir do ectoderma, mesoderma ou endoderma. * Tecido conjuntivo: - O tecido conjuntivo é caracterizado por conter muita matriz extracelular. - Funções: Sustentação; preenchimento; absorver impactos; resistir à tração; armazena gorduras e íons de potássio e cálcio; defesa; coagulação sanguínea; cicatrização; transporte de gases e nutrientes... * Tecido muscular: - O tecido muscular é um tecido dos animais caracterizado pela sua contratilidade e pela sua excitabilidade. * Tecido nervoso: - De origem ectodérmica, o tecido nervoso possui a principal função de receber informações do meio externo e interno, processá-las e enviar respostas a órgãos e glândulas. Gametogênese: nome dado ao processo de formação de gametas, acontece tanto em homens quanto em mulheres - Gameta masculino: espermatozoide (espermatogênese). Esse processo acontece nas gônadas (testículos) - Gameta feminino: ovócito (ovogênese)- gônadas (ovários) - Ambos são células haploides (23 cromossomos) → Espermatogênese: - Tudo começa na vida intrauterina, quando começa a surgir os testículos do feto, várias células chamadas células germinativas, migram para esses testículos em desenvolvimento. Ao chegar lá, elas começam a fazer mitose para dar origem a novas células (espermatogônias) - Existem dos tipos de espermatogônias, do tipo A e tipo B - As do tipo A são células troncos (fazem mitose para dar origem a novas espermatogônias) - As do tipo B dão origem aos espermatozoides - Nas do tipo B, ao atingir a puberdade, com influência dos hormônios sexuais, elas sofrem hipertrofia, aumentando o seu tamanho e consequentemente mudando o seu nome, passando a chamar de espermatócitos I. (ainda é uma célula 2n pois não sofreu meiose). - Esses espermatócitos I vão fazer a meiose I (fase de maturação), dando origem ao espermatócito II. Estes então realizam a meiose II, dando origem a 4 células (espermátides) - Espermiogênese: - Conversão de espermátides em espermatozoides - Formação do flagelo e do acrossomo - Mitocôndrias se concentram na região intermediária. Resumo- Prova (Histologia) → Ovogênese/Oogênese: - Inicia da vida intrauterina, quando surge os ovários, várias células germinativas migram para esses ovários em desenvolvimento. Acontecendo mitose nos ovários dando origem as ovogônias. - A fase de multiplicação de ovogônias só ocorrem na vida intrauterina - As ovogônias crescem e dão origem aos ovócitos I - Assim que surgem os ovócitos I, eles são envolvidos por células foliculares, formando o folículo ovariano primordial - O ovócito I inicia a meiose I (reducional), não concluindo a meiose completamente pois é interrompido na prófase, só é concluída após o nascimento ao atingir a puberdade, dando origem a 2 células, onde apenas 1 consegue se desenvolver, pois a outra passa por um processo chamado atresia, onde ela diminui de tamanho até o seu desaparecimento (primeiro corpúsculo polar). - O ovócito só conclui a meiose II (equacional) se for fecundado. Ou seja, só vira óvulo se “encontrar” o espermatozoide. - Na menopausa para de liberar o ovócito II. Gravidez: 1° trimestre: organogênese- não indicado procedimentos odontológicos - Período pré implantação e embrionário 2° trimestre: autorizados procedimentos odontológicos (eletivos) - Constitui o período fetal 3° trimestre: risco de indução ao parto- não indicado procedimentos odontológicos - Constitui o período fetal - Os ossos do bebê são maturados dentro de 90 dias - Só podemos atender pacientes gestantes após os 3 primeiros meses - Se for procedimento de emergência avaliamos os riscos e benefício - Se for eletivo é a partir do 2 trimestre - Existem fatores intrínsecos e extrínsecos que causam alterações nas células - Influenciadas pelas experiências pré natais: • Tabagismo • Etilismo • Nutricional • Diabetes melito • Tetraciclina (matar bactérias) - As tetraciclinas atravessam a barreira placentária; portanto, o seu uso não é recomendado durante a segunda metade da gestação. As tetraciclinas podem causar descoloração e hipoplasia do esmalte do dente e inibição do crescimento linear do esqueleto do feto. • Talidomida (causa má formação dos membros nos bebês) - Fatores intrínsecos: lábio leporino → Fecundação: Mórula, Blástula e Gástrula: - Ao formar o zigoto, começa a acontecer divisões mitóticas, surgindo novas células. Elas servem para produzir novas células no organismo, e são células que mantém o mesmo material genético. - Após acontecer essas divisões e ter 32 blatômeros ocupando o espaço do zigoto, chamamos de mórula (células compactadas) - As células começam a ir para a periferia e começam a secretar substâncias, essas substâncias vão se acumulando no interior. Esse buraco que surge se chama blastocele. Passando a ser chamada de blástula - Com o passar do tempo algumas células sofrem invaginação. Formando a Gástrula - Essas células formam um tecido (endoderme) Embriogênese: Período embrionário: - Fertilização até a 4° semana - 4° semana até a 8° semana (morfogênese) Período fetal: - Da 8° semana em diante ▪ 1° Semana: - Fecundação- formação do zigoto (óvulo fecundado) → Ovócito + espermatozoide - Mórula (12 – 32 células) - Blastocistos (quando caí na cavidade uterina) → 24 horas- espermatozoide atravessa a coroa raquidiana → atravessa a zona pelúcida - Mórula: - Um maciço celular originado entre o 3° a 4° dia após a fecundação - É composta por 12 a 32 blastômeros Blastômeros: é a estrutura que resulta da divisão do ovo fertilizado durante o desenvolvimento embrionário. (Estão cercados pela zona pelúcida). - Gástrula: - Surge quando há a organização celular nos blastócitos ▪ 2° Semana: - Sucessivas clivagens (segmentações) - No começo da 2° semana de vida intrauterina, o embrioblasto aparece como um disco oval constituído por 2 camadas de células: - O ectoderma - O endoderma - Ao final da 2° semana: endoderma da parte média do terço cefálico disco apresenta um espessamento arredondado, denominado placa precordal, que se adere firmemente ao ectoderma. - Essa região de firme adesão entre o ectoderma e o endoderma constitui a futura membrana bucofaríngea → estomodeo (cavidade oral primitiva) - Gastrulaçao: processo pelo qual o disco embrionário, antes bilaminar, se transforma em trilaminar ▪ 3° Semana: - Surgimento da mesoderme - Estabelecimento dos 3 folhetos embrionários - Cada folheto dá origem aos primórdios dos tecidos e dos órgãos específicos - As células de cada camada se dividem, migram, se agregam e se diferenciam em padrões muitos precisos- formando os sistemas (organogênese) - Determina a simetria bilateral - Nessa etapa do desenvolvimento, o disco embrionário já é constituído pelos três folhetos, exceto nas membranas bucofaríngea e cloacal. → Folhetos embrionários: → Ectoderme: - Sistema nervoso central e periférico - Órgãos do sentido - Epitélio que reveste a cavidade oral e nasal - Parênquima de glândulas salivares - Esmalte dentário → Mesoderma:3° semana - Tecido conjuntivo - Cartilagem - Osso - Tecido sanguíneo - Tecido muscular → Endoderma: - Revestimento epitelial - Trato gastrointestinal - Trato respiratório - Revestimento urinário - Endotélio → Membrana bucofaríngea: tonsilas palatinas e separa a boca primitiva do intestino anterior - A formação da face começa na boca - Estabelecimento da boca primitiva= estomodeu - Durante o desenvolvimento do crescimento, o estomodeu transforma-se nas: ▪ Cavidade oral ▪ Nasal - Durante todo o desenvolvimento embrionário, a porção cefálica do embrião está mais avançada do que a porção caudal. ▪ 4° Semana: - Da 4° a 8° semana de VIU → fase crítica - A face e seus tecidos iniciam a formação, incluindo a boca primitiva, arco mandibular, processo maxilar, frontonasal e do nariz - Inicia-se a formação do SNC - Ectoderma da região cefálica prolifera-se, formando o telencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo, além das dobras ou pregas neurais - Células da crista neural proliferam e formam o tubo neural - Células da crista neural migram para regiões da face e pescoço, para construir o ectomesênquima → tecido conjuntivo - Ectomesênquima origina: ossos gnáticos, cartilagens da cabeça, músculos da região do crânio facial, dentina, cementa - Aparecem os arcos branquiais que irão originar a face, faringe, laringe, músculos do pescoço e a união do embrião com o saco vitelínico. - 1° Arco → inicia nos primeiros dias da 4° semana de VIU. → Aparelho branquial: 4° semana - O aparelho branquial é composto de arcos, bolsas e sulcos branquiais. Essas estruturas contribuem para a maior parte da formação da face e do pescoço. - Formação do crânio, face e do pescoço, cavidades nasais, boca, faringe, laringe - Forma os seios paranasais - Os branquiais iniciam seu desenvolvimento a partir da 4° semana - Cada arco branquial é formado por: ectoderme, endoderme, mesoderme, músculos, nervos, artérias - 1° sulco= meato auditivo externo - 1° arco branquial: único que se subdivide em 2 processos: - 2° arco branquial: forma o osso hioide e as regiões adjacentes do pescoço. * 2 Processo maxilar: - Maxila, o arco zigomático e a porção escamosa do osso temporal * 2 Processo mandibular: - Eixo cartilaginoso: cartilagem de Merkel - Bolsas Branquiais: 1° bolsa: Tuba auditiva. 2° bolsa: amígdala ou tonsila palatina. 3° bolsa: paratireoides inferiores e timo. 4° bolsa: paratireoides superiores. 5° bolsa: células parafoliculares da tireóide. - 5° Semana: - Crescimento da cabeça. Rápido crescimento do encéfalo e saliências faciais (rudimentos de nariz, olhos e orelhas). - Estruturas faciais se desenvolvem por fusão das proeminências ou tecidos - Arcos mandibulares se diferenciam - Embrião com 26 dias: (6° semana) - Delimitação do estomodeu - Processos mandibulares se fundem para formar o arco mandibular - Bochechas, lados do lábio superior, e a maioria do palato - No 27° dia, ocorre a perfuração da membrana, estabelecendo-se a comunicação entre a cavidade oral primitiva e o intestino. - Parte inferior da bochecha, o lábio inferior, a mandíbula e a parte da língua, a face se desenvolve entre 24° e o 28° dias de gestação - Os processos maxilares se fundem com o processo nasal medial - 7° a 8° semana: - Lábio superior está completo e o nariz é mais proeminente. - Forma o segmento intermaxilar - Processos nasais mediais se fundem - O palato não está completamente desenvolvido. - Pálpebras, olhos e orelhas evidenciáveis. - Papilas linguais já são evidentes. - Embrião com 34 dias: (8° semana) - A fosseta nasal, circundada pelos processos laterais mediais, está facilmente reconhecível → Período fetal: - Embrião com 36 dias: (9° semana) - Um embrião com 36 dias mostra a fusão de vários processos faciais que estão completos aos 38 dias de gestação - Embrião com 38 dias: (9° semana) - Entra na fase fetal - Fusão dos processos faciais estão completos - Casos de má formação do tipo de fenda labial, esta pode ser uni ou bilateral - Fenda central → oriunda da fusão incompleta dos processos nasais mediais (raras) - 10° semana: Ao final da 10ª semana de gestação, o embrião já se encontra praticamente todo formado (coração, pulmões, rins, fígado e intestinos). - A partir de 10 semanas de gestação, durante o período fetal, haverá basicamente a maturação e crescimento dos órgãos e sistemas do bebê. - Massas musculares mandibulares bilaterais terminam de constituir os músculos da mastigação - Formação da face (24° até a 38° dias) - Processos nasais mediais + processos maxilares = lábio superior - Processos nasais entre si = pré-maxila e septo nasal (internamente) e filtro labial (externamente) - Processos mandibulares entre si = lábio inferior e mandíbula - Processo nasal + processo maxilar = ducto nasolacrimal - Fendas: facial e labial: - Fenda facial oblíqua: falha na função dos processos maxilar e nasal lateral - Fenda facial mediana: falha na função dos processos nasais - Fenda labial bilateral: falha na junção dos processos maxilar e nasal medial - Desenvolvimento do palato 6° a 12° semana: - Período crítico: 6° à 9° semana * Palato primário: - Origem: proeminência frontonasal e processos nasais mediais - Porção profunda do segmento intramaxilar da maxila - Forma a porção pré-maxilar da maxila - Representa uma pequena parte do palato - Somente quando o palato secundário se desenvolve é que as cavidades oral e nasal se separam. * Palato secundário: - 7° a 8° semana da gestação - Fusão medial das cristas palatinas formadas a partir dos processos maxilares - Primórdios das porções duras e moles de palato - Término por volta do 3° mês de gestação- 12 semanas - Os processos palatinos estão se formando a partir dos processos maxilares e são direcionados para baixo - 12° semana: - Forma um sulco que libera o corpo da língua do assoalho da boca - 13° semana: - Formação óssea se inicia na parte anterior do palato duro - Par de canais nasopalatinos - Receptores gustativos maduros já estão diferenciados (o feto consegue deglutir, abrir e fechar a boca...) → Cavidade oral: - É formada pela ruptura da membrana orofaríngea 1° arco = 2/3 da superfície da língua 3° arco = 1/3 da superfície da língua e epiglote - A língua se desenvolve a partir dos 4 primeiros pares de arcos faríngeos - 14° semana: - Treina os movimentos respiratórios - Coluna vertebral nem delineada - 16° a 18° semana: - Expressões faciais mais significativas - Faz a sucção digital - 21° a 23° semana: - Maturação do sistema auditivo - 27° a 29° semana: - Reflexo de mordida fásico - Resposta transversa da língua - 32° a 34° semana: - Resposta aos estímulos gustativos - Sucção e a deglutição coordenadas - Desenvolvimento da maxila: - Origem: processo maxilar (PMx), arco branquial - Ossificação intramembranosa do PMx - Centro de ossificação: nervo infraorbital - Formação do palato duro - Formação do seio maxilar - 9° semana - Uma cartilagem secundária zigomática ou malar aparece durante o desenvolvimento do arco zigomático, contribuindo para o desenvolvimento da maxila. - Ao nascimento, o processo frontal da maxila está bem demarcado e o corpo da maxila é relativamente pequeno, pois os seios maxilares ainda são rudimentares. - Desenvolvimento da mandíbula: - 7° semana - O processo mandibular contém a cartilagem de Meckel. - Na 7° semana, inicia-se a ossificação intramembranosa nessa região, que continua anteriormente até a linha medial e posteriormente até o ponto em que o nervo mandibular divide-se nos seus ramos lingual e alveolar inferior. - A formação do osso da mandíbula ocorre em torno do aspecto lateralda cartilagem. - A porção mais posterior da cartilagem de Meckel forma os componentes ósseos da orelha média, a espinha do esfenoide e o ligamento esfenomandibular. - Em torno da 8° semana, a maxila sobrepassa a mandíbula. Posteriormente, com o crescimento mais acentuado da mandíbula, ao redor da 11° semana, a maxila e a mandíbula ficam aproximadamente do mesmo tamanho. - Desenvolvimento da língua: (final da 8° semana) - Se origina do 1° arco faríngeo - A língua tem origem na parede ventral da orofaringe, na região dos quatro primeiros arcos branquiais. - A língua é separada do assoalho da boca por um crescimento ectodérmico, que, depois, degenera, formando o sulco lingual, à semelhança do sulco vestibular. - Inervação motora dos músculos → nervo hipoglosso - 1° arco branquial → nervo trigêmeo → ramo lingual (sensação tátil) - 2° arco branquial → nervo facial → ramo corda do tímpano (sensação gustativa) - 3° e 4° arcos → nervos glossofaríngeo e vago → sensação tátil da base da língua - Defeitos congênitos: - Agentes terotrogênicos - Tempo de influência: crítico para o desenvolvimento → Entre a 4° e 8° semana: - Fase de histodiferenciação - Malformação → Fase subsequente de crescimento menos suscetível → Complicações entre 4° e 8° semana: - Risco de malformação - Após 8° semana- crescimento fetal - Fatores ambientais que causam defeitos congênitos: 1) Medicações: - Talidomida - Prilocaina 2) Radiação ionizante: - Irradiação em gestantes - Fenda palatina - Começa por volta da 5°/ 6° semana gestacional - É composta pelo epitélio oral primitivo e ectomesênquima, os dois juntos formam o dente - Epitélio oral → ectoderma - Durante o processo de embriogênese existem vários dobramentos que acontece nos tecidos, e entre esses dobramentos tem a formação do que chamamos de “crista neural” que é formada por células ectodérmicas - Essas células migram para a cavidade oral, e ao migrar, elas passam a ter função mesenquimal, ou seja, elas passam a funcionar como um tecido que origina estruturas conjuntivas - Por isso na cavidade oral elas dão origem ao tecido ectomesenquimal. Ecto= ectoderma Mesenquimal= função que ela desempenha - Quando a odontogênese começa, o epitélio oral primitivo começa a “invadir” o ectomesênquima, e proliferar em direção a esse ectomesênquima, formando a “banda epitelial primitiva” → Banda epitelial primitiva - Quando a banda epitelial se estabelece, os fusos mitóticos mudam sua direção para melhorar o seu contato - No desenvolvimento da banda epitelial, é formado dois grupos celulares: a lâmina vestibular e a lâmina dentária - Essas lâminas começam a se desenvolver - Na lâmina vestibular, as células da periferia começam a se desenvolver de forma mais acentuada, enquanto as células do centro para o seu desenvolvimento depois de um determinado tempo, e ao parar, essas células do centro são degeneradas, e forma o que chamamos de “sulco vestibular” - A lâmina dentária é responsável pela formação do germe dentário, pois é essa lâmina dentária que vai sofrer todas as etapas, como: fase de botão; fase de capuz; fase de câmpanula; fase de coroa e a fase de raiz → Fase de Botão - Envolto pela membrana basal - Muitas mitoses Odontogênese - Alta taxa de proliferação - Inicia na 8° semana de gestação - Os botões têm formação em épocas diferentes - Essa fase representa o verdadeiro início da formação de cada dente - Nessa região do ectomesênquima condensado, aparecem duas importantes moléculas, a glicoproteína tenascina e o sindecan -1, um proteoglicano rico em sulfato de heparana. - O aparecimento de tenascina e sindecan-1 é regulado por sinais a partir das células em proliferação do botão epitelial. - As duas moléculas interagem tanto com as próprias células ectomesenquimais e com outros elementos da matriz extracelular quanto com fatores de crescimento, especialmente com o fator de crescimento de fibroblastos (FGF). → Hipodontia/ Agenesia: - Ocorre devido à ausência da formação de parte dos botões epiteliais a partir da lâmina dentária - Pode estar associada a anomalias congênitas como a síndrome de Down - Ausência dentária de até 6 dentes - Dentes ficam em contato - Displasia ectodérmica - Características clínicas: - A agenesia na dentição permanente é mais comum do que na decídua. Ocorre mais em indivíduos do gênero feminino, sendo os terceiros molares os dentes mais afetados, seguidos dos pré-molares inferiores ou incisivos laterais superiores. A ausência congênita unilateral é mais prevalente e ocorre com maior frequência na maxila. - Etiologia: - Fatores nutricionais, traumáticos, infecciosos, hereditários, ruptura localizada do germe dentário, traumas locais, radiações, mudança na evolução, associação com síndromes e com doenças virais, como a rubéola ou certos distúrbios endócrinos. - Tratamento: - As duas principais alternativas para a resolução da agenesia são o fechamento do diastema ortodôntico mesialiazando os dentes posteriores ou abrir espaço para colocação de uma prótese, implante ou autotransplante. → Hiperdontia: - Forma botões a mais - Os mesiodentes são os mais comumente encontrados seguidos pelos 4º molares, pré- molares e incisivo lateral superior. - Etiologia: - Hereditariedade, a tendência atávica, dicotomia do germe dental, síndromes genéticas e hiperatividade lâmina dentária. - Tratamento: - É recomendada a remoção em fase precoce da maioria dos dentes supranumerários → Microdente: - Distância médio distal menor que o normal - Os dentes microdônticos se apresentam pequenos, com coroas curtas e muitas vezes sem os pontos de contato - São exemplos de microdontia os incisivos laterais conóides e também os dentes supranumerários - Estando geralmente ligados à síndrome de Down, nanismo hipofisário - Oclusão gengival, estética... - Prótese ou resina → Macrodente: - Distúrbios hipofisários → gigantismo - Macrodontia - Se refere aos dentes maiores que o normal (aumento do volume), pode ocorrer tanto no sentido mésio-distal, quanto no longitudinal, ou seja, cérvico-incisal ou cérvico-oclusal * Fase botão: - Intensa proliferação - Epitélio empurrando o ectomesênquima, condensando, modificando a parte epitelial, migrando para a fase capuz → Fase de Capuz - Forma: retículo estrelado; epitélio interno do órgão do esmalte; epitélio externo do órgão do esmalte; folículo dentário e papila dentária - Alta proliferação do epitélio oral e do ectomesênquima - As células ectomesênquimais começam a se concentrar no centro do botão, e esse botão precisa crescer, porém ele encontra uma resistência do ectomesênquima, crescendo então para os lados e adquirindo essa forma de capuz - Encontramos todas as estruturas que irão formar o germe dentário * Órgão do esmalte → tudo que veio do epitélio oral primitivo - O órgão do esmalte é dividido em epitélio interno do órgão do esmalte, epitélio externo do órgão do esmalte e retículo estrelado - O germe dentário também é formado pela papila dentária * Papila dentária → células ectomesênquimais localizadas embaixo do botão (parte condensada) - Ela é responsável pela formação da dentina e da polpa * Folículo dentário → envolve todas as outras estruturas do germe dentário Forma: ligamento periodontal, cemento e osso alveolar - A nutrição da porção epitelial do germe dentário provém da vascularidade do folículo → Fusão dentária: - Dois germes dentários se unem tendo como resultado um dente anômalo - Quantidade de dente na boca menor que a quantidade normal - Pode causar problemas estéticos e oclusais - Pode acometer ambas as dentições, com maiorfrequência na mandíbula - É mais comum em dentes decíduos inferiores - As fusões são quase sempre unilaterais - Os dentes unidos possuem canais radiculares e polpas independentes - A dentina é compartilhada e não existe esmalte e cemento entre as dentinas no local da união - Tratamento: - Odontosecção + reconstrução com resinas - Exodontia → Geminação: - Germe tentando ser 2 → coroa bifurcada - Divisão incompleta - Uma única raiz - Um único canal (canais radiculares em número normal, mas alargados pela tentativa de divisão) - O dente acometido por geminação exibe tamanho e forma diferentes, provocando alteração no comprimento e perímetro do arco correspondente - Assim como a fusão, esta alteração pode provocar problemas cariogênicos, periodontais, oclusais e estéticos - O dente geminado possui uma única raiz e canal radicular único e ampliado - É mais comum em incisivos e caninos decíduos ou incisivos permanentes → Fase de Câmpanula: - Alta diferenciação celular - Se subdivide em dois estágios - Único dos processos de morfo e histodiferenciação - Após a fase de capuz, a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte vão diminuindo. - Quando diminui a divisão celular tanto no órgão do esmalte quanto nas células ectomesenquimais, ocorre a diferenciação das diversas células do germe dentário. - Epitélio vai se diferenciar em ameloblastos, que futuramente irão formar o esmalte * Epitélio externo do órgão do esmalte- barreira protetora para o órgão do esmalte >São células achatadas, tornando-se pavimentosas * Epitélio interno do órgão do esmalte- se diferenciam em ameloblastos > Alongam-se, constituindo células cilíndricas baixas com núcleo central e citoplasma contendo ribossomos livres, poucas cisternas de retículo endoplasmático rugoso e complexo de Golgi, o qual ocupa o lado oposto à papila dentária - O retículo fica mais volumoso devido a presença de moléculas que atraem a água - Estrato intermediário aparece * Células externas: papila dentária → se diferenciam em odontoblastos (darão origem à dentina) * Células centrais: papila dentária → irão formar a polpa dentária - Nessa fase o folículo dentário fica mais evidente → induz a formação de vasos nessa região - Proliferação diminui * Lâmina dentária sofre apoptose → isolamento do germe dental em relação ao epitélio oral → Formação do extrato intermediário - Surge entre o retículo estrelado e o epitélio interno → Formação da alça cervical: - Encontro do epitélio interno e externo - Delimita até onde a coroa será formada - Ela é responsável pela mudança do germe dentário - Futuramente forma a dentina radicular - Tanto as células do epitélio externo quanto do interno irão proliferar para constituir a bainha radicular de Hertwig, que induz a formação da raiz do dente. * Papila dentária: - Separação entre o órgão do esmalte e a lâmina dentária - A lâmina dentária será degradada, isso acontece depois que o germe dentário está “mais” estabelecido, a lâmina dentária apenas “guia” o germe dentário para o seu desenvolvimento - Na papila dentária, células ectomesenquimais apresentam-se indiferenciadas na sua região central, com finas fibrilas colágenas ocupando a matriz extracelular, junto aos componentes não colágenos. * 1° dentina (células de periferia) → dentina do manto → rica em proteínas colágenas → sustentação - A dentina do manto faz mudar o nome da papila dentária para polpa - Células centrais passam por processo de diferenciação e forma o fibroblasto - Células externas da papila dentária são induzidas a se diferenciar em odontoblastos - Junção amelocementária → membrana basal - Pré-odontoblasto → começando a mudar sua forma, ainda não formou a dentina - Dentinogênese e Amelogênese ocorrem nessa fase - Após a formação da coroa, a alça induz a formação da raiz - Deposição de dentina: região periférica para região mais central → Inversão de polaridade: - No início do epitélio interno do órgão do esmalte, as células são cúbicas e os núcleos são centralizados. A partir do desenvolvimento delas, elas vão se tornando mais colunares, ocorrendo uma inversão de polaridade, ou seja, o núcleo vai para a apical da célula, formando o que chamamos de pré-ameloblastos. - Isso ocorre também ocorre na papila dentária, com a formação desses pré-odontoblastos, irá ser induzido também na região de papila dentária, fazendo as suas células se diferenciarem e formarem os odontoblastos. - Os odontoblastos já são maduros, ou seja, conseguem secretar dentina (do manto) → vai dar início a produção de dentina → Dente invaginado: - Esmalte dentro do dente, parte do órgão do esmalte proliferou para o ectomesênquima - Dente invaginado é uma mutação no desenvolvimento dos dentes causada pela invaginação na superfície da coroa dentária ou da raiz antes de ter acontecido sua calcificação. Essa anomalia faz parecer que um dente está nascendo de outro. - Características clínicas: - Clinicamente a profundidade da invaginação pode variar de um ligeiro aumento da fosseta do cíngulo a um profundo sulco que se estende ao ápice dentário. Casos de ocorrência bilateral têm sido relatados. Portanto, quando um dente é afetado, seu homólogo deve ser investigado. Dentes: laterais, centrais, caninos, mais comum em dentes superiores - Características histológicas: - O dente invaginado pode ser definido como um aprofundamento do órgão do esmalte na papila dentária durante o processo de formação do dente. Este processo, que ocorre antes da calcificação dos tecidos dentários, inicia-se por meio da coroa podendo estender-se a toda a raiz dentária - Tratamentos endodônticos convencionais têm demonstrado êxito. → Cúspide a mais/ Tubérculo de Carabelli: - Induz a formação de uma coroa acessória - É uma estrutura anatômica presente na face palatina da cúspide mesio-palatina do primeiro molar superior permanente. - Também pode ocorrer em molares decíduos ou de leite, geralmente nos segundos molares. Pode ser encontrado nos dois lados da boca, ou bilateralmente, e variar em tamanho e forma. - Clinicamente, os sulcos ou fissuras que circundam a cúspide adicional, que fica adjacente à cúspide subjacente, podem ser mais suscetíveis à cárie, devido problemas com a higienização. - Processo de formação do esmalte dentário - Formação do esmalte → recobre a coroa - O esmalte vem do epitélio oral primitivo - Esmalte tem origem embrionária do ectoderma, sendo o tecido + mineralizado - O esmalte é composto por compostos inorgânicos (dando uma característica friável), matéria orgânica e água - Quando totalmente formado e após a erupção do dente, é o único tecido mineralizado completamente acelular, isto é, o único que não mantém relação com as células que o formaram. - Esmalte dental maduro: 97% mineral, 1% orgânico, 2% água - Dentina é menos mineralizada que o esmalte - Dentina: 70% mineral, 18% matéria orgânica, 12% água - As células que formarem o esmalte, ao chegar na cavidade oral vão sofrer apoptose - As proteínas que constituem o esmalte são divididas em: * Amelogeninas: Hidrofóbicas, maior quantidade * Não amelogeninas: menor quantidade, mineralização * Fosfoproteínas: fosfato na constituição - Início da mineralização da matriz do esmalte: enamelina e tufelina - Ciclo vital dos ameloblastos: • Morfogenética • Diferenciação • Secretora • Maturação • Protetora 1- Morfogenética: Cúbica, núcleo centralizado, poucas organelas- estágio morfogenético → células indiferenciadas → células do epitélio internodo órgão do esmalte - O epitélio interno do órgão do esmalte determina a forma da coroa do dente - Esta fase corresponde ao início do estágio de campânula. - Nessa fase, o material sintetizado pelas células do epitélio interno é destinado principalmente a fins intracelulares, como, por exemplo, o desenvolvimento das organelas. 2- Diferenciação: Começa a adquirir um formato → cilíndrico, núcleos menos centralizados, aumentando as cisternas, RER, C.G → estágio de histodiferenciação → pré-ameloblasto – ainda não tem matriz de esmalte (está recebendo sinais do ectomesênquima - Célula do epitélio interno do órgão do esmalte, célula pré-ameloblasto e ameloblasto maduro - Os dois principais grupos celulares envolvidos nessa fase são as células do epitélio interno do órgão do esmalte e as células ectomesenquimais - No início, as células do epitélio interno se apresentam como células cúbicas, com núcleo centralizado. Com o passar do tempo, essa célula passa a ser mais colunar, com o núcleo se aproximando do extrato intermediário, até se transformar em pré-ameloblasto, essas células são Amelogênese mais altas e colunares, com o núcleo mais próximo do extrato intermediário - Essas alterações influenciam as células ectomesenquimais a se diferenciarem em outro tipo celular, o pré-odontoblasto - Enquanto as alterações acontecem na papila dentária, os pré-ameloblastos estão amadurecendo de forma gradual, até que simultaneamente quando os pré-odontoblastos secretam a primeira matriz de dentina (dentina do manto). Os pré-ameloblastos já são capazes de se diferenciarem em células mais capacitadas, os ameloblastos - Os ameloblastos são células ainda mais altas e colunares 3- Fase secretora: Características de células secretoras de proteínas → se diferenciou por completo → matriz do esmalte sendo produzida → verdadeiro início da amelogênese → ameloblasto com base plana: ajuda a mineralizar de forma organizada → estágio de secreção inicial (sem processo do Tomes) → transforma a parte basal (cone) → essa forma ajuda a organizar a matriz → ocorre a formação de fitas longas, prismas... → suporte mais robustro - Dentina do manto já está mineralizada - Coincide com a fase de coroa - Acontece no topo do germe dentário - É dividida em duas fases, uma forma o esmalte aprismático e outra o prismático 4- Estágio de secreção (processo de Tomes) → matriz já foi secretada * 1° fase: - A primeira fase é vivida por ameloblastos que possuem curtos prolongamentos - Deposita matriz orgânica - Formada por proteínas não colágenas (amelogeninas e não amelogeninas) - Deposição de cristais - Não possui vesículas da matriz - Cristais da dentina do manto interagem com componentes da matriz de esmalte * 2° fase: - Na 2° fase os ameloblastos sofrem diferenciação, formando um tipo de ameloblasto que possui processo de Tomes - Processo de Tomas - Forma o esmalte prismático - Mudança nas camadas do órgão do esmalte - O esmalte que possui o processo de Tomes sofre mais uma diferenciação 5- Não secretam muita matriz, apenas garante a mineralização → 5° e 6° estágio de maturação - Ameloblastos menores - Células cilíndricas baixas - Superfície distal lisa - Degradação da matriz orgânica - Permite o crescimento dos cristais minerais 7- Involução → estágio de proteção - Concluiu a fase de coroa- concluiu a amelogênese - Epitélio reduzido do órgão do esmalte - Epitélio juncional se forma do epitélio reduzido * Formação do esmalte dentário: - A fase secretora marco o início da amelogênese propriamente dita - A mineralização do esmalte começa imediatamente após o início da secreção da matriz orgânica - Esmalte aprismático (sem processo de Tomes) - Esmalte prismático (com processo de Tomes) - Formação do esmalte aprismático → sofre mineralização, mas não tem a formação de hidroxiapatita Base inicial plana, posteriormente adquire formato prismático → mais dureza - Cada vez que mineraliza, ocorre o depósito de material orgânico - O esmalte apresenta uma estrutura cristalina - Dentes de leite → a translucidez é menor, por isso é mais branco - Dentes permanentes → a translucidez é maior, por isso possui um aspecto mais amarelado Distúrbios: - Fase de secreção - Hipoplasia do esmalte: - Ameloblastos param de funcionar - Questões traumáticas → em fase de formação da coroa - A hipoplasia de esmalte é definida como a formação incompleta ou defeituosa da matriz orgânica do esmalte dentário em desenvolvimento, o que consequentemente leva à deficiências e irregularidades da superfície do tecido dentário - Característica clínica: - Clinicamente as hipoplasias de esmalte se manifestam como fossas, ranhuras, irregularidades, manchas brancas ou alterações de cor que variam do amarelo a marrom. Em sua forma menos acentuada mostra-se com ondas ou sulcos horizontais, de coloração normal nas superfícies vestibulares dos dentes Secreção x Maturação: - Manchamento por tetraciclina - Metabolismo ineficiente - Complicações estéticas → facetas → coroas - Características clínicas: - O manchamento induzido pela tetraciclina é considerado permanente, uma vez que a dentina e o esmalte não podem ser remodelados. A coloração varia de amarelo ou cinza a marrom com ou sem faixas. - Tratamento: - O tratamento para esse tipo de manchamento dental inclui clareamento, preparo dental seguido por restauração com resina composta, laminado10 ou metalocerâmica com cobertura total ou coroas cerâmicas totais para melhorar a aparência estética - Um efeito colateral comum é a sensibilidade térmica de dentes individuais. Amelogênese imperfeita: - A amelogênese imperfeita é uma má formação do esmalte dental e pode afetar tanto a dentição decídua quanto a permanente. O defeito estrutural do dente está limitado ao esmalte, sendo que a dentina apresenta-se normal, assim como a câmara pulpar e a morfologia radicular. - Alteração genética - Esmalte não é produzido - Dentição decídua e permanente - Esmalte não é formado - Sensibilidade - Aumenta cárie, dificuldade na higienização - Fazer coroas - A polpa, é um tecido conjuntivo não mineralizado rodeado inteiramente pela dentina. A polpa se comunica com o ligamento periodontal, outro tecido conjuntivo, pelo forame apical e pelas foraminas acessórias. - A dentina é uma estrutura avascular que não apresenta células no seu interior. Apenas os prolongamentos dos odontoblastos - Os odontoblastos secretam matriz orgânica da dentina, que é formada por fibrilas colágenas do tipo 1 e substância fundamental, que posteriormente se mineraliza - A dentina e a polpa se originam da papila dentária - Durante a dentinogênese, duas etapas podem ser diferenciadas: a formação da dentina coronária e a radicular - Ainda convém diferenciar o momento inicial da dentinogênese, quando surge a primeira camada de dentina, denominada dentina do manto, da formação do restante da dentina, chamada circumpulpar. * Dentina: - Parte coronária (coroa do dente): recobre o esmalte - Parte radicular (raiz do dente): recoberta por cemento * Tecido mineralizado: constitui a maior parte da estrutura do dente - Formação radicular: - O início da dentinogênese radicular marca o início da fase de raiz da odontogênese. - Na dentinogênese radicular, as células epiteliais da bainha de Hertwig induzem a diferenciação dos odontoblastos - Polpa: - Origem: ectomesenquimal - Ela é delimitada por paredes da dentina,quando a polpa é agredida, ela++ responde, onde no processo de defesa ocorre a formação de edema, mas sem espaço para expandir o nervo periférico nociceptor (nervo da polpa), entende dor como resposta - Tecido conjuntivo frouxo - Comunica com o ligamento periodontal pelo forame apical - Situada no interior da dentina - Fornece água para a dentina e esmalte - A polpa está pronta quando ela chega na cavidade oral e o “canal” se fecha Dentina primária: - É aquela fisiologicamente formada até o fechamento do ápice radicular. Compreende a Dentina do Manto e a Circumpulpar. - Estágio de Nolla - Mais organizada Dentina do manto: - Os túbulos dentinários da dentina do manto não têm dentina peritubular - É a primeira a ser formada e está localizada imediatamente abaixo do esmalte e cemento Complexo dentinho-pulpar - É formada pelos pré-odontoblastos e sua mineralização depende das vesículas da matriz, tem menor porcentagem de matéria mineral comparada com a da dentina circumpulpar. É a camada mais externa da dentina, é a dentina q forma juntamente com o esmalte a junção amelo-dentinária. - Os odontoblastos ainda em diferenciação começam a síntese e a secreção dos elementos da matriz orgânica (da dentina do manto) e, após terem completado sua diferenciação, continuam secretando esses elementos (da dentina circumpulpar). - Assim, as fibrilas grossas são formadas pelos odontoblastos do manto enquanto as fibrilas mais finas pelos já diferenciados odontoblastos circumpulpares. - Dentina circumpulpar: - A dentina circumpulpar constitui a maior parte da espessura total da dentina. Embora compreenda, ainda, a dentina primária e a dentina secundária, ambas têm basicamente a mesma estrutura. Assim, estruturalmente, a dentina circumpulpar é constituída pela dentina peritubular, que constitui as paredes dos túbulos dentinários e pela dentina intertubular. - Pré-dentina: - A pré-dentina é uma camada não mineralizada que permanece no dente adulto separando os odontoblastos da dentina mineralizada - Formação da dentina peritubular (primeira dentina): - Pouca quantidade de fibras colágenas - Camada mineralizada situada em volta dos prolongamentos odontoblásticos - Constitui a parede dos túbulos dentinários, sendo hipermineralizada em comparação com a intertubular. Não aparece nos preparos histológicos por descalcificação. É formada por toda a vida e pode obliterar os túbulos, durante estímulos de cárie e abrasão, formando assim a dentina esclerótica. - Formação da dentina intertubular (entre um túbulo e outro): - Representa a maior parte do tec. Dentário - Dentina secundária: - Depositada fisiologicamente, após a raiz estar formada e o ápice ter alcançado o estágio final de desenvolvimento - Deposição lenta - Constituiu a dentina circumpulpar - Menos organizada - Mudança na direção dos túbulos - + Rígida - Mudança de cor nos dentes ao longo da vida - Para recompensar o desgaste, irá sendo depositado uma dentina secundária - Dentina terciária: - É formada em resposta a estímulos externos. Depositada no lado pulpar, logo abaixo ao local da injúria - Produzida como resposta a alguma agressão - Dentina após raspagem com consistência de couro - É irregular - Dentina reacional: formada por odontoblastos que sobreviveram à injúria e exibem túbulos contínuos com a dentina secundária - Dentina reparadora: formada por células recém- diferenciadas, semelhantes aos odontoblastos, que substituem os odontoblastos originais que foram destruídos pelo estímulo. Nessa dentina, os túbulos não são contínuos com os da dentina secundária - Túbulos dentinários: - Estão presentes em toda a extensão da dentina, tendo o seu diâmetro maior voltado para a polpa, e o menor para a periferia - A densidade tubular também é mais próxima à polpa - Polpa dentária: - É um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado, constituído de célulasm matriz extracelular, vasos sanguíneos e nervos - Origina-se da papila dentária (ectomesenquimal) - Tecido conjuntivo não mineralizado - Se comunica com o ligamento periodontal através dos forames - Suscetível a inflamação e dor - Colágeno (tipo I) componente fibroso mais abundante Funções: • Formação (odontoblasto) • Sensitiva (inervação sensorial) • Defensiva (produção de dentina terciária e/ou esclerosada) • Nutritiva (vascularização pulpar) - Zona Pobre em células: região com menor número de células, é atravessada por prolongamentos das células adjacentes, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas amielínicas. - Região Rica em células: Constituída por indiferenciadas que emitem seus prolongamentos para a zona acelular. - Região Central da polpa: Tecido conjuntivo frouxo singular, devido sua organização e sua localização, rodeado por dentina. As células mais abundantes são os fibroblastos com aspecto fusiforme e longos prolongamentos, sendo encontrados em diversos estágios de atividade. Também são encontradas células indiferenciadas. Células do sistema imune podem ser encontradas, sobretudo, no estado inflamatório. - O fibroblasto é a célula mais abundante da polpa, é responsável pela produção e manutenção do colágeno. Estas células podem se diferenciar em células semelhantes a odontoblastos em resposta à injúria e à estimulação → Alteração na dentinogênese: - Dentinogênese imperfeita: - Doença genética- história familiar - Leva a alteração na dentina - O tecido de sustentação está deficiente sem a dentina para suportar, o esmalte se desloca - Alto grau de sensibilidade - Suscetível a cárie - Não tem estabelecimento da polpa - Tratamento: concentra-se primeiro nos dentes decíduos do paciente e inclui procedimentos restauradores, como coroas ou restaurações preventivas para fortalecer os dentes quebradiços. → Obs: O que é estágios NOLLA? - Mostra como acontece a erupção dos dentes - O processo é dividido em 11 fases. - A importância dos estágios de erupção de nolla são: Estética dental; Alinhamento; Formação de todos os dentes; Mordida correta - Rizogênese é o processo de formação da raiz do dente. Geralmente, nos dentes permanentes jovens, esse processo ainda está ocorrendo e a raiz encontra-se incompletamente formada. - Esse processo só é concluído quando o ápice radicular é formado e fechado - Os tecidos responsáveis pela rizogênese são: a papila dentária, o folículo ou saco dentário, e a bainha epitelial de Hertwig. - A raiz é responsável por conectar a coroa dentária ao osso alveolar - Função da raiz: - Manter todo o resto do dente conectado ao osso Rizogênese incompleta: - Quando o ápice radicular não é formado completamente - Só vai até o estágio 9 de NOLLA - Desenvolvimento da rizogênese: - No final da fase de coronogenese (fase de coroa), quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios interno e externo do orgão do esmalte proliferam em direção apical para induzir a formação da raiz do dente. O epitélio resultante dessa proliferação denomina-se de bainha epitelial de Hertwig Alça cervical: - Alça cervical é constituída pelo epitélio interno e externo do órgão do esmalte, essa estrutura prolifera em sentido apical guiando a formação de raiz. A alça cervical dará origem a bainha epitelial de Hertwig e no momento em que está dobrada essa estrutura também é chamada de diafragma epitelial. Diafragma epitelial: - O diafragma epitelial corresponde a porção final do encontro entre epitélio interno e externo; já a bainha epitelial é uma estrutura mais complexa e que será responsável por guiar o desenvolvimento dos tecidos de sustentação: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.Bainha epitelial de Hertwig: - A bainha da raiz epitelial de Hertwig é a proliferação de células epiteliais na alça cervical do órgão do esmalte de um dente em desenvolvimento. Essa bainha inicia a formação da dentina na raiz, causando a diferenciação dos odontoblastos na papila dentária. Eventualmente, a bainha epitelial se desintegra e os pedaços residuais que não desaparecem completamente são chamados de restos de Malassez. - Os restos epiteliais de Malassez é um componente periodontal ativo auxiliando na promoção de atividade osteoclástica que evita a anquilose dental durante a movimentação ortodôntica. - É importante citar que a bainha de Hertwig é responsável pelos casos de rizogênese imperfeita - Bainha epitelial de Hertwig: modela a raiz e induzem a diferenciação das células periféricas - Onde a dentina já foi produzida as células de Hertwig ficam “paradas” - Mandam sinais para que a dentina se transforme em cementoblastos - CDS- limite entre o canal dentário e o cementário - Células internas (próx. da dentina radicular) formam cementoblastos Rizogênese, irrompimento e esfoliação dentária - Células centrais (mais central da dentina radicular) formam fibroblastos - Células periféricas formam os osteoblastos → Formação da dentina radicular: - Ocorre de maneira semelhante a coronária - As células da camada interna da bainha radicular de Hertwig induzem as células ectomesenquimais da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos - Odontoblastos recém-diferenciados formam a dentina radicular, aumentando gradualmente o comprimento da raiz - Restos epiteliais de Malassez ficam o resto da vida → a sua proliferação dá origem ao cisto radicular * Alterações: Concrescência: - União de dois dentes pela raiz - Dentes adjacentes já formados são unidos pelo cemento - Localização: Na região maxilar e posterior, entre os 2° e os 3° molares superiores - Não existe união de dentina nem envolvimento das coroas - Causas: Fatores traumáticos, inflamatórios, falta de espaço ou deslocação dos gérmenes dentários numa etapa de formação radicular - Cirurgia incisiva Dilaceração radicular: - Angulação da raiz em relação à coroa - Pode aparecer por trauma, tumor odontogênico... - Tratamento endodôntico e extração → ambos serão complexos Irrompimento dentário: - Processo em que o dente se desloca do local onde começou seu desenvolvimento até alcançar seu plano oclusal funcional - Dividido em fases: • Pré-eruptiva • Erupção intraóssea • Penetração da mucosa • Erupção pré-oclusal • Erupção pós-oclusal Pré-eruptiva: - O início da formação das raízes juntamente com o crescimento do germe dentário pela deposição de dentina e esmalte faz com que o dente se movimente ocorrendo reabsorção da cripta óssea que circunscreve o germe. - O processo de rompimento não começou - Acontece leves acomodações dos germes dentários (ele aumenta o tamanho) Erupção intraóssea: - É a fase que corresponde a penetração do germe dentário até a mucosa oral. A formação e reabsorção das paredes da cripta óssea constituem os principais eventos dessa fase. - O folículo sofre modificações em sua estrutura e em sua superfície Via eruptiva: - O n° de osteoclastos aumentam - Aparece células ósseas em apoptose Fase de penetração na mucosa: - Isto se dá no momento em que as cúspides alcançam a altura da crista alveolar (via eruptiva formada). Logo depois há a fusão do epitélio reduzido do esmalte com o epitélio oral isso faz com que o conjuntivo não seja exposto sem que haja sangramento no ato da erupção dentaria. - É mais rápida- o dente chega rapidamente no epitélio da mucosa - Proliferação de células do epitélio reduzido Fase de erupção pré-oclusal: - Ocorre logo após a penetração do dente na cavidade bucal, fatores intra bucais como forças musculares, hábitos e crescimento crânio facial interferem no direcionamento do movimento dental até sua chegada no plano oclusal. - Dente adiantado na formação, mas o ápice não fixou Fase de erupção pós-oclusal: - Este processo continua durante toda a vida. As forças mastigatórias atuam nessa fase e proporcionam movimentos diminutos ao dente essa ação transmite estímulos até as estruturas de inserção dental que proporciona alterações constantes nos tecidos periodontais. A ausência do dente antagonista promove a extrusão do dente irrompido. - Acontece ao longo da vida e é finalizada após o fechamento do ápice - Processo lento - As estruturas de suporte do dente continuam se modificando - Maturação do periodonto de inserção, dentina secundária... Teorias da erupção dentaria: 1) Crescimento da raiz 2) Formação do ligamento periodontal 3) Remodelação do osso da cripta 4) Ação do folículo dentário conjuntamente com o retículo estrelado 1) Crescimento da raiz: Como o osso da base da cripta não permite o aprofundamento da raiz em formação, o sentido do movimento se dá para a oclusal 2) Formação do ligamento periodontal: A interação do ligamento com os fibroblastos confere ao tecido uma certa contratilidade e motilidade isso ajudaria na erupção dentaria 3) Remodelação do osso da cripta: O crescimento radicular seria um estímulo para a formação de osso alveolar que empurraria o dente em sentido oclusal. 4) Folículo dentário conjuntamente com o retículo estre lado: Após receber indução das células do órgão do esmalte (retículo estrelado) o folículo dentário influenciaria o osso alveolar para proporcionar a erupção dentaria. Para que ocorra a erupção dos dentes permanentes com exceção dos molares é necessária a reabsorção dos dentes decíduos. Essa reabsorção é mediada por células do tipo clastos (odontoclastos). Esfoliação dentária: - A esfoliação de dentes decíduos é um processo natural acompanhado da reabsorção radicular fisiológica mediada por diversos mecanismos celulares e moleculares, criando assim uma via de irrupção para o sucessor permanente e consequentemente, proporcionando uma oclusão adequada. → Fator desencadeante: A erupção do permanente, ocorre a ação de osteoclastos (odontoclastos) reabsorvendo cemento e dentina do decíduo. → Outros fatores associados: crescimento da face e dos ossos gnáticos, ação dos músculos e as forças oclusais Incisivos centrais → 6 meses Incisivos laterais → 9 meses Caninos → 16 meses Primeiros molares → 12-14 meses Segundos molares → 20-24 meses Correlações clínicas sobre a erupção dentária: → Variações nos períodos de erupção seguem o padrão genético familiar. → A ausência de dente antagonista ocasiona extrusão dos dentes posteriores. Mas isso não ocorre nos dentes anteriores, mesmo nos casos de mordida aberta. → A extração de um decíduo acelera a erupção de seu permanente se a raiz está bem desenvolvida, porém retarda caso estiver pouco desenvolvida (estágios de Nolla de 1 a 6). Perio= ao redor Odonto= dente - Fase de raiz → campânula avançada - Temos 2 tipos de periodonto, o periodonto de proteção/marginal, que é formado pela gengiva. E o periodonto de sustentação/inserção, que é formado pelo cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar Estruturas do periodonto: * Cemento- recobre a raiz * Ligamento periodontal * Osso alveolar * Gengiva→ compõe o periodonto de proteção - Marginal/ livre - Interdental/ inserida * Mucosa alveolar * Mucosa queratinizada * Sulco gengival * Epitélio juncional * Inserção conjuntiva * Cemento * Ligamento periodontal * Osso alveolar Periodonto de sustentação/inserção:Osso alveolar – Ligamento periodontal- cemento (ordem de fora pra dentro) - Formado pelo cemento, ligamento periodontal e osso alveolar → forma unidade estrutural e funcional - Fazem a ancoragem do dente dentro do alvéolo - Os 3 tecidos que o constitui se formam simultaneamente - Tem origem ectomesenquimal a partir do folículo dentário - Esses tecidos de ancoragem dependem da formação da bainha radicular e da bainha de Hertwig Cemento: - Tecido conjuntivo mineralizado que recobre a dentina radicular, tendo como principal função a inserção das fibras do ligamento periodontal na raiz do dente. - Não é uma estrutura dentária pois veio do folículo dentário - Por ser depositado sobre a raiz, uma vez mineralizado, adere firmemente. Desse modo, quando um dente é extraído, o cemento permanece recobrindo a superfície externa da raiz, causando a falsa impressão de fazer parte do dente. - Mais fino na alça cervical e mais espesso em direção ao ápice - Espessura variada - O cemento é dividido no terço apical, terço médio e terço cervical Tecidos periodontais - Desenvolvimento do cemento: - As células da bainha de Hertwig vai induzir a formação da dentina radicular, depois de induzir a formação dessa dentina, as células da bainha de Hertwig param o seu desenvolvimento. Porém, a dentina radicular continua aumentando cada vez mais. Enquanto isso, as cel. da bainha de Hertwig param o seu processo divisão provocando a separação dessas células, formando o que chamamos de restos epiteliais de Malassez - Quando essas células se separam, formam um espaço, que permite a comunicação das células ectomesenquimais do folículo dentário com a dentina radicular. Ao entrar em contato, elas sofrem diferenciação celular, se transformando em cementoblasto, fibroblasto e osteoblasto Cementoblasto → forma/secreta a matriz de cemento Fibroblasto → forma fibras colágenas → ligamento periodontal Osteoblasto → matriz de osso (secreta a matriz óssea) - Com a diferenciação das células ectomesênquimais em cementoblastos, eles passam a secretar a sua matriz extracelular - As células epiteliais do resto de Malassez se afasta da dentina radicular Cemento acelular: - Sem células - Tecido mineralizado de forma homogênea - Terço cervical - Fibras extrínsecas + fibras de Sharpey - Pouca matriz – menos espesso - Limite entre a coroa e a raiz → limite amelocementário Cemento celular: - Matriz mineralizada e com células - Presença de cementócitos - Encontra-se no terço médio e apical - Maior espessura - Fibras mistas - Muita matriz- mais espessa - Possuí canalículos → onde acontece a difusão dos nutrientes... (faz a comunicação) - O cemento é avascular, então essa nutrição acontece pelo ligamento periodontal que é vascular, por isso a importância dos canalículos Limite amelocementária: - Sobreposição do cemento em relação ao esmalte (isso acontece quando tem uma ruptura da bainha epitelial de Hertwing) - Falta de relação do cemento e o esmalte → exposição da dentina → a bainha não fragmentou - Pode gerar sensibilidade - Borda a borda → relação correta entre esmalte e cemento Ligamento periodontal: - Não é mineralizado (mole) → espaço escuro no raio x, imagem radiolúcida que envolve a coroa - Tecido conjuntivo frouxo atravessado por grossos feixes colágenos - Formado na fase de raiz - Depende da dentina radicular e da bainha de Hertwig Funções: - Ancorar o dente ao alvéolo - Amortecer - Nociceptor (são capazes de identificar pressão e dor) Células: • Fibroblastos • Restos epiteliais de Malassez • Células indiferenciada • Osteoblastos • Cementoblastos - Muitas células, vascularizado e inervado Ligamento pré-implantar: - Restos epiteliais de Malassez, células de defesa - Entre o cemento e o osso alveolar Grupos e fibras principais: - Feixes que se inserem do cemento ao osso alveolar - São os componentes mais característicos do ligamento periodontal * O ligamento periodontal tem que ser organizado em várias direções, pois quando mais direções houver, mais fácil será “se acomodar” Fibras: Osso alveolar: - Origina-se das células ectomesenquimais da porção externa do folículo dentário - Deposição ocorre com alguns períodos de repouso (linhas incrementais) - Formado na fase de raiz Osso basal: - Responsável por formar a base da maxila e da mandíbula - Se forma nas primeiras fases da odontogênese - 6° semana- fase de botão - Não depende da formação do germe dentário Processo alveolar: - Formado na fase de campânula - Porção óssea que está ao redor do germe dentário Osso alveolar: Células: - Osteoblastos, osteócitos, osteoclastos Periodonto de proteção ou marginal/livre: - É constituído pela gengiva marginal livre, gengiva marginal inserida, gengiva papilar interdentária - Gengivite → inflamação do tecido gengival - Parte interna da gengiva é constituída por epitélio do sulco e epitélio juncional Epitélio juncional: - Fusão do epitélio da mucosa oral e o epitélio reduzido do órgão do esmalte - Espaço biológico Doença periodontal: - Pacientes diabéticos → diminui as células de defesa - O paciente nessa condição, na maioria dos casos em decorrência da AIDS ou da quimioterapia, tem mais dificuldade de responder a processos infecciosos e é mais suscetível ao avanço da doença periodontal. - Epitélio do sulco passa a ser queratinizado - Quando a sonda passa de 3mm do periodonto, significa que o paciente está desenvolvendo doença periodontal. Pois houve a destruição da nossa ancoragem (cemento, osso alveolar, lig. Periodontal) - Mucosa é o epitélio de revestimento que vai revestir todas as cavidades úmidas do nosso corpo - Na boca é úmida devido a produção de saliva - Origem epitelial= ectoderma - Posso ter dentro da cavidade oral mucosas que necessariamente deverão exibir queratinização, como o palato duro - Terão regiões onde essa queratinização não vai precisar ocorrer, pois são áreas que estarão protegidas, como o ventre de língua, assoalho de boca... - E terão regiões que essa queratinização será existente, mas não será tão importante assim - Componentes da mucosa: - Epitélio estratificado= várias camadas de células - Epitélio simples= uma camada de célula - Epitélio e tecido conjuntivo está intimamente conectado. Nesse sentido, as papilas epiteliais e as papilas conjuntivas são importantes para aumentar a superfície de contato entre esses dois tecidos - Lâmina própria → tecido conjuntivo → origem ectomesenquimal - Na lâmina própria tem uma diferença de comportamento entre as fibras colágenas. As fibras são mais “delicadas”, nessas papilas tem uma grande quantidade de vasos sanguíneos, pois o tecido epitelial precisa ser nutrido, mas é avascular. Sendo assim, essa nutrição vem do tecido conjuntivo frouxo - Abaixo disso, preciso de um tecido conjuntivo mais denso. As fibras estão entrelaçadas para dar um suporte - Nossa mucosa oral é constituída pelo epitélio e pela lâmina própria - Em baixo da lâmina própria, temos a submucosa - Na submucosa vamos encontrar o tecido adiposo, glândula salivar menor, tecido muscular... - No periósteo, as mucosas aderidas a ele são imóveis, rígidas, como a mucosa que reveste o palato duro Funções da mucosa oral: Proteção: - Mecânica (barreira de defesa frente a agentes agressores) Sensorial: - Possui receptores específicos aos estímulos térmicos, tato e dor/ variável de região para região Células permanentes: Queratinócitos ou ceratinócitos → célulasprincipais do epitélio de revestimento → células fortemente unidas, organizada em estratos - Possibilidade de produzir queratina que ficam justapostas, se organizando em estratos Mucosa Oral Melanócitos → células com prolongamentos situadas na camada basal → produzem melanina - Células que derivam da crista neural migrando para região da epiderme ou cavidade oral - Os melanócitos têm longos prolongamentos, localizados entre os queratinócitos - A melanina produzida pelos melanócitos é transferida para os queratinócitos - No corpo celular dos melanócitos, existem numerosas cisternas de retículo endoplasmático granular e complexo de Golgi bem desenvolvido, a partir do qual se originam grânulos denominados pré-melanossomas, que mais tarde se transformam em melanossomas - grânulos que contêm o pigmento melanina – responsável pela cor escura da pele e algumas regiões do epitélio oral. Células de Langherans → células com prolongamentos situadas na camada espinhosa. Abundantes no assoalho de boca e ventre de língua → células apresentadoras de antígenos, sem capacidade fagocitária - As células de Langerhans apresentam antígenos e são abundantes nos epitélios mais permeáveis - As células de Langerhans originam -se na medula óssea e localizam-se no estrato espinhoso do epitélio oral. - São células apresentadoras de antígenos, como os macrófagos dos tecidos conjuntivos, porém, não têm capacidade fagocitária. Células de Merckel → células sem prolongamentos situadas na camada basal → função de receptores mecânicos, responde ao tato e a pressão - As células de Merckel localizam -se no estrato basal do epitélio oral e estão, frequentemente, adjacentes a terminações nervosas amielínicas. - Estruturas de ancoragem que ligam um ceratinócito ao outro= desmossomos Epitélio se ancora com a lâmina própria através do hemidesmossomos Lâmina própria: - A lâmina própria tem duas camadas: papilar e reticular - As células mais numerosas e características da lâmina própria são os fibroblastos. Entretanto, macrófagos e mastócitos, além de algumas células sanguíneas e do sistema imunológico, também estão presentes, bem como células indiferenciadas. Fibroblastos: - Os fibroblastos produzem a matriz extracelular da lâmina própria Macrófagos: - Os macrófagos são células fagocíticas originadas a partir dos monócitos, que, por sua vez, derivam da medula óssea. Além disso, participam nas reações imunológicas como células apresentadoras de antígenos. Mastócitos: - São células globosas que apresentam característicos grânulos envolvidos por membrana nos quais são armazenadas a heparina e a histamina, dois potentes mediadores das reações inflamatórias. Células sanguíneas: - São comuns os neutrófilos e os eosinófilos. Outras células do sistema imunológico, como linfócitos e plasmócitos, são também encontradas. Epitélio oral: - O epitélio oral é do tipo estratificado pavimentoso, e suas células são denominadas queratinócitos - Epitélio queratinizado: produz queratina - Epitélio que reveste áreas mais suscetíveis a traumas - Epitélio não queratinizado: não queratinizado - A localização anatômica não requer que produza queratina para conferir proteção, pois o local já o protege - Na camada basal temos as células progenitoras, células que dão origem aos queratinócitos - Na camada basal temos uma alta atividade mitótica, assumindo uma coloração mais forte - Na camada espinhosa ela varia de espessura e contém muitos desmossomos. Os queratinócitos estão se maturando - Camada granulosa contém os grânulos de queratohialina - Ortoqueratina= queratinizou tudo → encontra no palato duro - Paraqueratina= queratinização parcial - A camada córnea pode ser ortoqueratinizada ou paraqueratinizada - Camada intermediária tem células mais achatadas - Epitélio estratificado, pavimentoso... Tipos de mucosa: Mucosa de revestimento: - Mais comum pois é ela que reveste a parte interna dos lábios inferiores e superiores, reveste a mucosa alveolar, reveste a superfície do ventre de língua e assoalho de boca... - É flexível/móvel- atrapalha na incisão - Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado - Coloração avermelhada/rosada Mucosa mastigatória: - Reveste palato duro e gengiva, pois fica na linha de frente em relação ao trauma - São firmes, fixa, imóvel, densa - Aderida ao periósteo - Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado - Menor quantidade - Rosa mais claro/pálido - Incisão fica perfeita - Sutura é complicada Mucosa especializada: - Dorso e lateral de língua - Botões gustativos - Constituída pelas papilas linguais Mucosa labial e jugal (revestimento): - Apresentam uma superfície lisa e coloração rosa- pálido. Seu epitélio é considerado um dos mais espessos da mucosa oral. Mucosa alveolar (revestimento): - É a parte da mucosa oral que reveste o fundo do sulco vestibular e representa a transição entre as mucosas labial e jugal com a mucosa gengival. - Apresenta grande mobilidade, podendo ser elevada vários milímetros acima da sua posição de repouso. Sua superfície é lisa e brilhante, e sua cor, rosa avermelhada. O epitélio quase não apresenta estrato espinhoso. Mucosa do soalho da boca (revestimento): - A mucosa do soalho de boca esta porção da mucosa oral recobre o fundo do sulco lingual, formando a transição da gengiva inserida com a mucosa da porção ventral da língua. Sua superfície é lisa e brilhante, de cor rosa intensa. Seu epitélio é muito fino e, sobretudo, muito permeável. Suas células deixam amplos espaços entre elas. Também como a mucosa alveolar, quase não apresenta estrato espinhoso. Mucosa da porção ventral da língua (revestimento): - A mucosa que reveste a porção ventral da língua é muito semelhante à mucosa do soalho da boca, com a qual ela se continua. Seu epitélio também é muito fino e permeável, tendo numerosas células de Langerhans na sua parte média, porém, apresenta estrato espinhoso pouco desenvolvido. Mucosa gengival (mastigatória): - A gengiva inserida recobre o processo alveolar em todos os seus lados, isto é, vestibular e palatino, na maxila, e vestibular e lingual, na mandíbula. Sua superfície apresenta depressões rasas alternadas entre elevações, resultando em um pontilhado característico, cujo padrão é conhecido como “em casca de laranja” e sua cor é rosa. O epitélio da gengiva inserida é predominantemente, do tipo paraqueratinizado. Tem, portanto, os quatro estratos descritos para os epitélios queratinizados, todos eles bem definidos Mucosa do palato duro (mastigatória): - O epitélio do palato duro é predominantemente do tipo ortoqueratinizado. É a parte da mucosa oral que recobre a porção anterior do palato, isto é, aquela suportada pelos processos palatinos da maxila e pelas porções horizontais dos ossos palatinos. Sua superfície apresenta várias elevações transversais, denominadas rugas palatinas. A cor é rosa-pálido, e o epitélio é queratinizado, muito mais frequentemente ortoqueratinizado. → Especializadas: Papilas fungiformes: arredondadas - Estão distribuídas no dorso lingual - Coloração avermelhada - Epitélio paraqueratinizado - Lâmina própria bem vascularizada - Presença da botões gustativos - Estão em menor quantidade Papilas filiformes: - Estão em grande quantidade recobrindo o dorso da língua - Mais fina - Percepção tátil - Desprovidas de botões gustativos - Epitélio ortoqueratinizado Papilas foliadas: - De 5 – 8 pregas na lateral posterior da língua - Epitélio paraqueratinizado - Tem botões gustativos Papilas valadas: - Demarcam o V lingual - 8-10 papilas - Glândulas salivares menores que produzem saliva serosa- As glândulas salivares constituem um grupo de glândulas exócrinas localizadas na região da boca, as quais vertem seus produtos de secreção para a cavidade oral, formando, no conjunto, a saliva. - Todas as glândulas salivares se originam de cordões do epitélio oral primitivo - Dividida em dois grupos que levam em conta o tamanho: Glândulas salivares maiores: parótida, submandibular e sublingual- fora da cavidade oral Glândulas salivares menores: em quase toda a cavidade oral - Mucosa labial inferior → maior quantidade - A glândula é um tipo de epitélio Origem: ectoderma - Exócrinas - Produzem saliva Componentes: Parênquima → tecido capaz de produzir saliva - Derivado do ectoderma Estroma → muito vascularizado e inervado → sustenta e nutri - Tecido conjuntivo frouxo - O estroma de tecido conjuntivo é rico em vasos sanguíneos, linfáticos e nervos * A saliva quando é produzida, vem junto com ela enzimas antimicrobianas → ajuda no controle de uma microbiota saudável Glândulas salivares maiores: - As glândulas salivares maiores são constituídas por grande número de unidades secretoras terminais, ao redor das quais o estroma é muito bem desenvolvido. Por essa razão, elas são divididas em lóbulos e, ainda, rodeadas por uma cápsula de tecido conjuntivo que as separa nitidamente dos tecidos adjacentes. Parótida: - Dividida em lóbulos, organizada, responsável por produzir saliva serosa → liquefeita → rica em enzimas → tem uma porção exócrina e endócrina - Possui um ducto excretor que produz saliva durante a mastigação - A parótida é constituída por unidades secretoras terminais serosas Submandibular: - Possui vários ductos excretores → mista - A submandibular é uma glândula mista em que predominam as unidades secretoras serosas em relação às mucosas - O ducto excretor terminal da glândula submandibular, chamado de Wharton, abre-se no assoalho da cavidade oral, ao lado do freio lingual, nas carúnculas sub linguais. Sublingual: - A sublingual é uma glândula predominantemente mucosa, porém com muitas semiluas serosas - São um conjunto de glândulas muito próximas que estão ligadas por um estroma comum, envolvidas por uma delicada cápsula, localizadas na mucosa do assoalho da boca, sobre o músculo milo-hioide. - São vários os ductos excretores terminais, porém, em poucas ocasiões é um só, chamando-se então ducto de Bartholin. - Predominantemente mucosas. Glândulas salivares menores: - Produz saliva mucinosa (permite a sensação de umidade na cavidade oral) - Com exceção da gengiva e da porção anterior do palato duro, todas as outras regiões da boca contêm glândulas salivares menores - A maioria delas apresenta suas unidades secretoras terminais entremeadas no tecido conjuntivo das mucosas de revestimento da boca, Glândulas Salivares principalmente na submucosa ou entre as fibras musculares da língua, conforme sua localização. - A maioria das glândulas salivares menores é constituída por unidades secretoras mucosas - algumas com semiluas -das quais saem curtos ductos que se abrem na cavidade oral Saliva: - A secreção de todas as glândulas salivares, juntamente com outros elementos oriundos da mucosa oral, constitui a saliva - Constituída principalmente pela secreção conjunta das glândulas salivares maiores e menores, a saliva é produzida na quantidade de 1/2 a 1 L por dia. É um líquido incolor, com certa viscosidade, em geral com pH levemente ácido. - Sialometria→ teste → detecta a presença de mucina - Xerostomia → sensação de boca seca → sintoma - Hipossalivação → quantidade reduzida de saliva → sinal Adenômero- quantidade funcional das glândulas - Serosas= regiões secretoras → Parótida - Glândulas salivares menores → mucina →Sistema de ductos: - Sistema ductal permite modificações iônicas Ducto intercalar → células mais cúbicas, células mais centrais... → Tem mais na parótida - As unidades secretoras terminais se abrem nos ductos intercalares - Os ductos intercalares são os menores ductos do sistema e os mais próximos às unidades secretoras, constituindo, portanto, a continuação do lúmen. Ducto estriado → bomba de sódio e potássio → torna a saliva hipertônica - A estriação dos ductos se deve às invaginações da membrana plasmática e às mitocôndrias da região basal - Os ductos estriados são revestidos por células colunares de núcleo central e citoplasma acidófilo, características essas que os tornam facilmente reconhecíveis em cortes corados com hematoxilina-eosina. Ducto excretor → diâmetro maior - Após passar pelos ductos estriados, o fluido salivar percorre um grupo de duetos excretores, que confluem em ductos cada vez mais calibrosos, sendo finalmente eliminado para a cavidade oral. * Ácinos serosos: célula piramidal, complexo de golgi, retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvidos → liquefeito - O termo ácino, utilizado genericamente em outras glândulas, significa uma unidade secretora esférica e não tubular. Células serosas: - As células serosas têm organelas para síntese, armazenamento e secreção de proteínas - Elas têm abundante retículo endoplasmático rugoso, com suas cisternas empilhadas paralelamente na porção basal da célula e também lateralmente ao núcleo; apresentam complexo de Golgi desenvolvido, localizado em relação apical ou lateral ao núcleo. Células mucosas: - As células mucosas têm organelas para produção de grandes cadeias de carboidratos - Elas têm escasso conteúdo enzimático, e as poucas cadeias proteicas estão ligadas a grandes cadeias de carboidratos, constituindo, dessa maneira, o muco. - Bilateral - É a articulação temporomandibular que permite que a mandíbula faça movimentos cêntricos e excêntricos. Ela auxilia no posicionamento e movimentação da mandíbula (mastigação) • Cêntrico: movimentos de abertura e fechamento da boca • Excêntrico: movimentos além da abertura e fechamento da boca - Estruturas relacionadas: - Fossa mandibular (osso temporal) - Eminência articular (osso temporal) - Região retroarticular (osso temporal) - Côndilo mandibular - Disco articular → Tecido conjuntivo denso modelado - Ligamento retrodiscal - Tecido retrodiscal - Ligamento capsular - Cápsula articular → estabiliza a articulação - Músculos pterigóideos laterais - Líquido sinovial * Na 8° semana começa a sua formação e é concluída por volta dos 20 anos - Nesse período ocorre a formação da fossa mandibular do temporal e do tubérculo articular do temporal - 14° SVIU- ossificação endocondral - 18° a 20° SVIU- contorno da fossa mandibular do temporal e tubérculo articular do temporal → Ossificação endocondral: - Cobertura fibrosa articular - Camada proliferativa - Zona hipertrófica - Cartilagem calcificada - Espículas → Disco articular: - Situa-se entre a cabeça da mandíbula e a superfície articular do osso - Radiografia panorâmica: - É possível apenas visualizar os componentes ósseos da ATM (o melhor exame para avaliar o disco articular é a ressonância magnética). ATM- Articulação temporomandibular
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