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<p>Reciclagem de plásticos</p><p>Nas embalagens e nos recipientes plást icos,</p><p>o número que vem dentro do símbolo de ma­</p><p>terial plástico reciclável indica o material de</p><p>que é feito o objeto e, portanto, quais os produ­</p><p>tos que podem ser obtidos na sua reciclagem.</p><p>Observe nos exemplos a seguir que os produtos</p><p>feitos de material reciclado não podem entrar</p><p>em contato direto com alimentos.</p><p>Símbolo de reciclagem.</p><p>1. Polietileno tereftalato (PET): material ca­</p><p>ro, capaz de manter aprisionadas bolhas</p><p>de oxigênio. Usado na fabricação de gar­</p><p>rafas de refrigerante. A reciclagem produz</p><p>tapetes, tecidos para jeans e penugem de</p><p>bolas de tênis.</p><p>2. Polietileno de alta densidade (PEAD): ma­</p><p>terial barato e resistente. Usado em garra­</p><p>fas de água, recipientes para detergentes e</p><p>cabos de panela. A reciclagem produz ca­</p><p>deiras e latas de lixo.</p><p>3. Vinil ou policloreto de vinila (V ou PVC):</p><p>resistente à degradação por óleo.</p><p>Usado em recipientes pa­</p><p>ra óleo e embalagens</p><p>de a limento. A reci­</p><p>clagem produz es­</p><p>teiras de chão, ca­</p><p>nos e mangueiras.</p><p>Mangueira feita</p><p>de PVC reciclado.</p><p>4. Polietileno de baixa densidade (PEBD):</p><p>bast ante f lexível. Ut ilizado em embala­</p><p>gens de biscoito e massas. A reciclagem</p><p>produz saquinhos de supermercado.</p><p>5. Polipropileno (PP): flexível e resistente</p><p>à umidade. Usado em recipientes para</p><p>ketchup, iogurte, margarina. A reciclagem</p><p>produz recipientes para tinta.</p><p>6. Poliestireno (PS): em forma rígid a ou</p><p>de espuma. É usado em copos de café e re­</p><p>cipientes de plástico para a limentos. A</p><p>reciclagem produz canos e latas de lixo.</p><p>7. Outras resinas: são resinas que podem ser</p><p>m isturadas com cola, metal e out ros mate­</p><p>riais. A reciclagem produz "madeira plásti­</p><p>ca" para móveis.</p><p>Estima-se que o consumo anual de plás­</p><p>ticos no Brasil gira em torno de 19 kg por habi­</p><p>tante. Considerando-se que a população</p><p>brasileira atual é de aproximadamente</p><p>191,5 milhões de habitantes, o consumo total</p><p>de plást icos pode ser calculado em 3 638,5 mil</p><p>toneladas por a no. Ainda assim, esse volum e</p><p>é relativamente baixo se comparado aos índi­</p><p>ces de outros países, como Estados Unidos</p><p>(100 kg/hab.) e a média na Europa (80 kg/hab.).</p><p>Quinze por cento dos plásticos rígidos e filmes</p><p>retornam à produção brasileira como matéria­</p><p>-prima, o que equivale a 200 mil t /ano. Nos</p><p>Estados Un idos, esse número é quase cinco</p><p>vezes maior.</p><p>Polímeros sintéticos 3 43</p><p>Você sabe dizer qual é a proposta do químico Michael Braungart</p><p>igara diminuir ou zerar o impacto dos seres humanos no planeta?</p><p>Por que as formigas, cuja biomassa é quatro</p><p>vezes maior do que a nossa e cujo consumo equi­</p><p>vale ao de uma população de 30 bilhões de pes­</p><p>soas, conseguem viver sem causar nenhum im­</p><p>pacto no planeta?</p><p>A resposta é relativamente simples: porque tudo</p><p>o que elas produzem para viver não gera resíduo</p><p>tóxico, ou seja, seu lixo é alimento para o solo, que</p><p>nutre e fertiliza a terra que em troca produz o que</p><p>as formigas precisam para viver num ciclo fechado.</p><p>Então, o problema não é consumir nem gerar</p><p>lixo, o problema é "planejar o que devemos consu­</p><p>mir" e o "tipo de lixo que devemos gerar".</p><p>O químico Michael Braungart (ex-ativista do</p><p>Greenpeace e fundador do Partido Verde da Ale­</p><p>manha) e o arquiteto industrial americano Will iam</p><p>McDonough escreveram o livro Cradle to Cradle,</p><p>Remarking the Way We Make Things [De berço a</p><p>berco: refazendo a maneira como fazemos as coi-</p><p>•</p><p>sas]. Nesse livro eles argumentam que ao planejar</p><p>a fabricação de um produto devemos ter em men­</p><p>te que um dia ele será descartado e, portanto, pre­</p><p>cisamos nos certificar de que quando isso aconte­</p><p>cer ele servirá de alimento para a biosfera ou de</p><p>matéria-prima de qualidade para a tecnosfera.</p><p>Parece complicado e utópico? Mas é simples</p><p>e concreto.</p><p>Veja um exemplo real, uma tecelagem na Suíça</p><p>se deparou com o seguinte problema: seus rejeitas</p><p>eram muito tóxicos e perigosos ao meio ambiente.</p><p>Não podiam ser descartados ou queimados, e o</p><p>efluente gerado estava ameaçando o ecossistema</p><p>loca l. Essa tecelagem recebeu um ultimato: ou mu­</p><p>dava seu processo ou mudava de endereço.</p><p>Felizmente decidiram mudar o processo. Com</p><p>a ajuda de Braungart, começaram pesquisando</p><p>uma fibra natural para substituir a fibra sintética</p><p>utilizada na fabricação dos tecidos, chegaram a</p><p>uma mistura de algodão e rami, que atendia per­</p><p>feitamente as necessidades da empresa e era to­</p><p>ta lmente biodegradável.</p><p>Faltava ainda encontrar corantes totalmente</p><p>inócuos para tingir os tecidos. Após alguma dificul­</p><p>dade, conseguiram ajuda de uma multinacional e,</p><p>de 1600 corantes pesquisados, apenas 16 se mos­</p><p>traram realmente inofensivos ao meio ambiente.</p><p>Misturando esses corantes em diferentes propor­</p><p>ções era possível obter todas as tona lidades de</p><p>cores desejadas.</p><p>Com esse novo processo implantado, a tecela­</p><p>gem não descarta mais seus rejeitas, mas os vende</p><p>na forma de um feltro que os agricultores compram</p><p>para proteger as plantações de morango no inverno.</p><p>Exposto ao meio ambiente, o tecido se de­</p><p>compõe e se torna alimento para o morango que</p><p>va i crescer na primavera (a lgo que as formigas</p><p>aprovariam). E a água que a empresa utiliza no</p><p>processo agora sai da f ábrica mais limpa do que</p><p>quando entrou.</p><p>Um outro exemplo real é a embalagem de sor­</p><p>vetes que Braungart e McDonough desenvolveram</p><p>para uma multinacional holandesa. Essa embalagem</p><p>só fica rígida (sólida) a baixas temperaturas. Quando</p><p>exposta a temperatura ambiente ela se degrada</p><p>(liquefaz) em poucas horas. Mas não é só isso, essa</p><p>embalagem vem impregnada de sementes de árvo­</p><p>res ou plantas diversas. Imagine então a seguinte</p><p>cena, você vai ao parque num dia ensolarado e re­</p><p>solve tomar um sorvete de frutas. Abre a embala­</p><p>gem e a joga na terra. Após algumas horas a em­</p><p>balagem se degrada e libera as sementes que vão</p><p>germinar no momento propício. E você devolve a</p><p>terra o que tirou dela, como fazem os pássaros, cujo</p><p>excremento é rico em nutrientes e sementes capa­</p><p>zes de germinar no solo.</p><p>Esses são exemplos (há vários outros) de pro­</p><p>dutos planejados para alimentar a biosfera.</p><p>E o que fazer com os materia is que não se de­</p><p>compõem, como os metais e os plásticos, que não</p><p>podem ser utilizados como nutrientes para o solo?</p><p>Os produtos fabricados com esses materia is devem</p><p>ser planejados para alimentar a tecnosfera, quando</p><p>forem descartados.</p><p>128-2</p><p>129-2</p>

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