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<p>REUTILIZAÇÃO E</p><p>RECICLAGEM DE</p><p>PLÁSTICO</p><p>Realização: Patrocínio:</p><p>INSTITUTO CENTRO DE CAPACITAÇÃO E APOIO AO EMPREENDEDOR</p><p>Presidente: Tânia Maria Machado Silva</p><p>Vice Presidente: Silvia Machado</p><p>Redação e revisão: Alice de Cassia Ferreira</p><p>Ilustração: Elio Silva</p><p>Gráfica: Gráfica Difusora</p><p>Tiragem: 1.000 exemplares</p><p>Distribuição: gratuíta</p><p>Contato: ccape@centrocape.org.br</p><p>Reprodução permitida, desde que citada a fonte: Instituto Centro de Capacitação e</p><p>Apoio ao Empreendedor</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>1</p><p>ApresentAção</p><p>O Instituto Centro Cape é uma organização não governamental, criada em 1994,</p><p>que trabalha em prol do desenvolvimento, principalmente da indústria artesanal,</p><p>do artesão e da micro e pequena empresa.</p><p>Dentre as diversas preocupações do Centro Cape está a questão do meio</p><p>ambiente.</p><p>Sabemos que se não nos preocuparmos com o nosso entorno, nossos filhos e netos</p><p>terão muito mais dificuldade do que nós, no seu dia a dia.</p><p>Por trabalharmos, também, com o segmento artesanal, sabemos que muitos dos</p><p>resíduos existentes podem muito bem ser aproveitados para a criação de novos</p><p>produtos.</p><p>Ser ambientalmente correto é, inclusive, uma forma de agregar valor ao seu produto</p><p>final. Os consumidores, hoje, estão atentos à questão dos resíduos: se são descartados</p><p>de qualquer forma, ou se são reaproveitados.</p><p>Estes livretos, ora lançados, são tão somente guias para o conhecimento de todos,</p><p>mas que sirvam de inspiração para outros desenvolvimentos e que coisas simples</p><p>no nosso dia a dia possam ser realizadas sem nenhum esforço maior.</p><p>Agradecemos, mais uma vez, ao sistema Fiemg por ter possibilitado o lançamento</p><p>destes 12 manuais, que serão de grande valia para aqueles que geram resíduos, ou</p><p>que são usuários de resíduos de terceiros.</p><p>Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao empreendedor</p><p>Rua Grão Mogol, 662 – Belo Horizonte – Minas Gerais</p><p>www.centrocape.org.br</p><p>ccape@centrocape.org.br</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>A leveza e a maleabilidade fazem do plástico um dos materiais preferidos para</p><p>embalar e transportar produtos. Tem, porém, associada a ele, uma carga negativa,</p><p>pelos seus efeitos ambientais negativos.</p><p>Entre os resíduos de embalagens, os plásticos ganharam, ao longo dos anos, uma</p><p>reputação negativa, sendo acusados de não se decomporem. De fato, a maior parte</p><p>dos plásticos não é biodegradável e, sim, fotodegradável. No entanto, nos aterros</p><p>os plásticos mantêm-se inalteráveis por falta de luz e oxigênio, o que acontece,</p><p>também, com outros materiais. A sua deposição ali não é, portanto, a melhor solução.</p><p>Outras soluções se apresentam: quando devidamente recolhidos e processados,</p><p>os plásticos podem ser valorizados, quer em reutilização, em reciclagem ou em</p><p>recuperação energética.</p><p>O nosso papel - enquanto consumidores de embalagens de plástico - na preservação</p><p>do meio ambiente - é muito importante. Cabe a cada um de nós fazer com que o</p><p>ciclo de vida do plástico não termine nas lixeiras e nos aterros sanitários. Para tal,</p><p>terminada a utilidade das embalagens de plástico, temos de nos empenhar para que</p><p>continuem sendo úteis, encaminhando-as para os sistemas de coleta seletiva.</p><p>4</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>um pouCo de hIstórIA</p><p>“O futuro não é um lugar qualquer para onde estamos indo, mas que estamos</p><p>construindo. Os caminhos que a ele conduzem não precisam ser encontrados,</p><p>mas criados.”</p><p>John Schaar</p><p>Escritor norte-americano</p><p>Até o início do século</p><p>passado, o homem só conhecia as</p><p>macromoléculas, ou polímeros, de origem natural,</p><p>como a madeira, a lã etc. Estes materiais eram</p><p>muito utilizados na fabricação de vários objetos,</p><p>na construção civil e no vestuário, dentre outras</p><p>aplicações.</p><p>O primeiro polímero que se tem notícia foi produzido por</p><p>Charles Goodyear, em 1830. Ele descobriu que, quando a borracha natural extraída</p><p>da seringueira era aquecida com enxofre, as propriedades mecânicas da mistura</p><p>eram modificadas, ou seja, o material, que, inicialmente, era mole e pegajoso a</p><p>baixas temperaturas e rígido e áspero a temperaturas mais elevadas, tornava-se</p><p>seco e flexível a qualquer temperatura. Esse processo, por ele patenteado, ficou</p><p>conhecido como vulcanização. Com a vulcanização, a borracha natural adquiriu</p><p>várias aplicações, transformando-se em um produto comercial.</p><p>O primeiro plástico produzido comercialmente não teve sucesso de mercado, pois o</p><p>custo de produção era muito alto. Isso aconteceu em 1862, quando Alexander Parker</p><p>tratou resíduos de algodão com ácidos e óleo de rícino. Esse primeiro plástico foi</p><p>chamado de parkesina, em homenagem ao seu inventor.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>5</p><p>Alguns anos depois, John W. Hyatt substituiu o óleo de rícino por cânfora e produziu</p><p>o celulóide, usado nas bolas de bilhar. O produto tinha um custo de produção já bem</p><p>mais baixo, e foi usado, durante muito tempo, para produção de vários utensílios,</p><p>desde dentaduras e armações de óculos, até brinquedos, cabos de talheres e até</p><p>filmes fotográficos.</p><p>Um problema vivido pelos usuários do celulóide era sua inflamabilidade. Depois do</p><p>celulóide, surgiu a baquelite, no início do século XX, muito rígida e menos inflamável.</p><p>Foi amplamente usada na fabricação de carcaças de equipamentos, telefones, por</p><p>exemplo, mas tinha um inconveniente estético: permitia pouca variação de cor.</p><p>As pesquisas continuaram e durante todo o sécudo XX surgiram os vários plásticos que</p><p>conhecemos hoje: neoprene, poliésteres, poliamidas, acetato de celulose, policloreto</p><p>de vinila, polimetacrilato de metila, resina uréia-formaldeído, estireno-butadieno,</p><p>poliacrilonitrila, poliacrilatos, poliacetado de vinila, estireno-acrinonitrila, poliuretano,</p><p>poliestireno, politereftalato de estileno, politetrafluor-etileno(teflon), resina</p><p>melamina-formaldeído (fórmica), politereftalato de etileno, fibras de poliacrilonitrila</p><p>(orlon), nylon, resinas epoxídicas,</p><p>policarbonato, polióxido de</p><p>fenileno, polipropileno e</p><p>vários outros.</p><p>6</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>o mundo dos plástICos</p><p>na correria do dia a dia, geralmente não nos damos conta dos objetos que</p><p>nos cercam. esses objetos são produzidos a partir de diversos materiais,</p><p>como madeira, metais, rochas, cerâmica, vidro, osso etc. dentre os materiais</p><p>mais utilizados, atualmente, os plásticos se destacam.</p><p>A popularização dos plásticos se deve, basicamente, ao seu baixo custo de produção,</p><p>peso reduzido, resistência elevada e à possibilidade de seu uso na fabricação de</p><p>peças, nas mais variadas formas, tamanhos e cores.</p><p>O plástico, substituto usual dos metais, das madeira, dos vidros e dos tecidos,</p><p>está sendo cada vez mais utilizado nas mais diversas aplicações, como utensílios</p><p>domésticos, garrafas para refrigerantes, água mineral, componentes para indústria</p><p>automotiva, eletrodomésticos e peças técnicas, entre outros.</p><p>É comum observar que peças inicialmente produzidas com outros materiais,</p><p>particularmente metal ou madeira, quando substituídas por plástico e devidamente</p><p>projetadas, apresentam um desempenho superior ao do material antes utilizado.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>7</p><p>o que é um plástICo</p><p>Aparentemente, uma peça de plástico é similar a qualquer outra, ou seja, todos os</p><p>artefatos de plástico parecem constituídos do mesmo material, variando apenas a</p><p>cor e o formato do objeto. Na realidade, existem vários tipos de plásticos e borrachas</p><p>que possuem propriedades e estruturas químicas diferentes.</p><p>Plástico é todo composto sintético ou natural que tem como ingrediente principal</p><p>uma substância orgânica de elevado peso molecular. Em seu estado final é sólido,</p><p>mas em determinada fase da fabricação pode comportar-se como fluido e adquirir</p><p>outra forma.</p><p>O mecanismo químico de formação dos plásticos recebe o nome de polimerização</p><p>e consiste na construção de grandes cadeias de carbono, cheias de ramificações,</p><p>nas moléculas de certas substâncias orgânicas.</p><p>A molécula fundamental do polímero, o monômero, se repete um número elevado</p><p>de</p><p>ideal de banho, sem a necessidade de variar o fluxo</p><p>de água no registro.</p><p>Mais um detalhe importante, gastamos energia elétrica somente na água</p><p>consumida.</p><p>O aproveitamento de materiais disponíveis basicamente em todas as regiões, será de</p><p>extrema importância. Aplicamos em nosso projeto, uma caixa plástica de 250 litros</p><p>somente como reservatório de água quente, mas isso não indica que caixas de outros</p><p>materiais sejam dispensadas. Porém tenham muito cuidado, não usem recipientes</p><p>que continham produtos químicos, pesticidas, inseticidas, etc., pois mesmo que</p><p>bem lavados continuarão contaminados e oferecendo riscos em potencial à saúde.</p><p>Portanto evitem transtornos, tendo a certeza da origem dos mesmos.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>65</p><p>3.3- Isolamento térmico da caixa ou reservatório</p><p>Quanto ao isolamento térmico, há inúmeras opções. Dentre tantas destacamos o</p><p>isopor encontrado em diversas embalagens de supermercados, dessas que vem com</p><p>frios (ex. com queijo, presunto, etc.), em eletrodomésticos/eletrônicos e também</p><p>as bolsas plásticas, papéis, como sendo uma alternativa para quem reside no meio</p><p>urbano. Em outras regiões temos também ótimos isotérmicos, ou sejam: serragem,</p><p>cascas de trigo, cascas de arroz, grama seca, etc.. Mas sem umidade. Podemos encher</p><p>caixas tetra pak de 1L com esses isolantes, fechando-as novamente, resultando cada</p><p>uma num bloco isotérmico.</p><p>Para fixarem esses blocos na caixa ou reservatório usem cola ou fita adesiva, enfim do</p><p>modo que você achar melhor, tomando o cuidado de preencherem os espaços entre</p><p>as caixinhas, quando fixadas em recipientes redondos ou de cantos arredondados,</p><p>com sacolas plásticas, papéis, etc.. Vale alertar que se a caixa ou reservatório ficar ao</p><p>ar livre, deverá a mesma ter uma proteção (lona plástica) contra a umidade, ou caso</p><p>contrário, esse tipo de isolamento térmico será danificado. Ele é mais recomendado,</p><p>quando possível, embaixo do telhado. Como a reposição de água fria é feita no</p><p>fundo da caixa ou reservatório, não é necessário o isolamento térmico desse local.</p><p>Outro tipo de isolamento térmico simples e eficaz, porém mais caro, é colocarmos</p><p>uma caixa d’água dentro de um compartimento feito de madeira, tijolos, ou mesmo</p><p>dentro de uma outra caixa maior, com folga suficiente nas laterais de no mínimo 6cm,</p><p>para o devido preenchimento com qualquer um dos isolantes acima citados. Não</p><p>devemos esquecer que é obrigatório o isolamento da tampa da caixa, e apliquem</p><p>o isolamento térmico, somente após ter feito todos os furos e ligações necessárias</p><p>à instalação do conjunto.</p><p>4-tópicos referentes à instalação do conjunto</p><p>4.1- dimensionar o sistema conforme o consumo e região do país</p><p>Ao botar em prática o projeto em outubro de 2002, construímos um coletor solar</p><p>com 100 garrafas pet, 100 caixas tetra pak de 1 litro, dispostas em 25 colunas com 4</p><p>garrafas cada, totalizando uma área útil de absorção térmica de 1,80 m2. Usamos uma</p><p>caixa plástica de 250 litros na função de reservatório, revestida com isopor de 20 mm.</p><p>Vale ressaltar que essa espessura de isolamento térmico, não é suficiente para manter</p><p>ou armazenar a água quente em regiões frias por muito tempo. Como foi instalado</p><p>praticamente no verão, e com uma exposição solar em torno de 6 horas, aquece a</p><p>água até 52 ºC, sendo necessário misturar com água fria. Mas ao chegar o inverno</p><p>66</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>aqui em Tubarão, a temperatura da água fria na caixa que no verão fica em torno de</p><p>22 à 25ºC, no inverno gira entre 13 à 16ºC. Em consequência dessas diferenças entre</p><p>as estações do ano e a redução da radiação solar no inverno, a eficiência térmica</p><p>caiu dos 52 ºC no verão para no máximo 38 ºC no inverno. Corrigimos o problema</p><p>da falta de água quente, construindo mais um coletor com as mesmas dimensões</p><p>do primeiro. Mesmo no inverno, em dias ensolarados, os dois coletores suprem a</p><p>demanda de água quente, em nosso consumo normal de 4 pessoas, se consumida</p><p>até às 20h.</p><p>O item 7-pescador de água fria, do 1. diagrama nº1, é uma alternativa</p><p>interessante, que tem como função variar o volume de água a ser aquecida.</p><p>Nada mais é do que uma curva de PVC com um pedaço de tubo, acoplados ao</p><p>flange que leva a água fria até coletor solar. Com esse recurso, o volume de água</p><p>abaixo do nível escolhido não será aquecido, dando-nos a opção de escolhermos</p><p>a quantia e a temperatura que desejarmos. Opção ótima num protótipo como</p><p>laboratório em experiências escolares.</p><p>O item 6-pescador de água quente, do 2. diagrama nº1, deve ser feito com uma</p><p>mangueira de borracha, dessas usadas em máquinas de lavar louças, ou com</p><p>eletroduto flexível amarelo. Sua função é a de acompanhar a variação do nível</p><p>da água, coletando sempre da parte mais quente. Fixe uma ponta ao flange</p><p>da saída para consumo e a outra ponta a uma bóia, com o tamanho suficiente</p><p>para manter o pescador em cima do nível superior. Para evitarmos problemas</p><p>no coletor solar com a falta d’água de reposição, devemos limitar a descida do</p><p>pescador de água quente, sempre acima do nível de retorno da água quente</p><p>do coletor solar.</p><p>Com este simples desenho, procuramos dar uma idéia de como funcionam ambos</p><p>os pescadores.</p><p>Diante ao exposto, sugerimos que cada um encontre o dimensionamento mais</p><p>próximo às necessidades de consumo em cada habitação, pois cada projeto requer</p><p>a observação de diversos fatores.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>67</p><p>Exemplos:</p><p>Posição do coletor solar em relação ao norte geográfico1.</p><p>Inclinação do coletor solar em relação à latitude2.</p><p>Região e local a ser instalado3.</p><p>Procurem instalar uma torneira bóia de alta vazão, já que a mesma repõe a água 4.</p><p>consumida rapidamente.</p><p>Obs.: Para encontrarem a latitude que você precisa ou mora, acessem o site:</p><p>www.aondefica.com</p><p>Sobre os furos a serem feitos na caixa, sugerimos como simples referências, os</p><p>percentuais relativos à uma caixa, para água quente e fria</p><p>4.2 - suporte de fixação do coletor solar</p><p>Fica a critério de cada um o material a ser usado como suporte de fixação do</p><p>coletor solar, mas indicamos que pelo menos os dois barramentos sejam amarrados</p><p>a barras de cano galvanizados de ¾, ou a algo que garanta o alinhamento do</p><p>coletor. Para evitarmos que bolhas de ar comprometam a circulação da água no</p><p>coletor, é necessário um desnível de cm para cada metro corrido, sem curvas nos</p><p>barramentos.</p><p>Confiram no diagrama nº 4:</p><p>68</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Digrama nº 4</p><p>Caso queiram fixar direto sobre o telhado sem levar em conta a latitude local, deverão</p><p>instalar o coletor solar com no mínimo 10º de inclinação e voltado para o norte</p><p>geográfico o mais próximo possível, e que terão de aumentar a área quadrada de</p><p>absorção solar, ampliando o coletor para compensar a perca por posicionamentos. É</p><p>oportuno ressaltar que quase todos os problemas de eficiência térmica de qualquer</p><p>aquecedor solar, deixam de existir à medida que nos aproximamos do norte e</p><p>nordeste. Ao darmos a preferência pelo sistema de circulação por termo sifão, é</p><p>obrigatório que o fundo da caixa ou reservatório térmico, fique sempre acima em</p><p>relação á parte superior do coletor solar (conforme item 2.1- Circulação por termo</p><p>sifão), o que cabe a cada um escolher a melhor alternativa para o local, sem esquecer</p><p>que ao falar em caixa ou reservatório, estamos falando de peso, portanto mais uma</p><p>vez, não improvise em lugares duvidosos que possam ruir e causar sérios problemas.</p><p>(Lembre-se que cada litro d’água pesa 1 quilo)</p><p>4.3 - Isolamento térmico dos dutos de cima do coletor, até a caixa ou</p><p>reservatório</p><p>Envolvemos o barramento superior do coletor e o tubo que leva água quente até</p><p>a caixa, com isopor, prendendo o mesmo aos tubos com tiras cortadas de garrafas</p><p>pet verde. Obs.: O isopor não resiste por muito tempo exposto ao sol. Nos últimos</p><p>projetos instalados, não isolamos mais o barramento superior, apenas pintamos</p><p>com tinta preto fosco, da mesma utilizada no restante do projeto. O resultado é o</p><p>mesmo e simplifica</p><p>bastante. Mas não pintem o barramento inferior.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>69</p><p>4.4 - distância entre o coletor e a caixa ou reservatório</p><p>O mais próximo possível, pois diminui o esfriamento da água no tubo de retorno</p><p>até a caixa.</p><p>Atentem para este projeto compacto.</p><p>4.5 - misturador de água quente/fria, simples, mas prático</p><p>Se no local a ser implantado o sistema de aquecimento solar, existir instalações</p><p>para água quente e fria, requer apenas proceder á ligação da caixa ou reservatório,</p><p>à instalação de água quente. Mas onde a distribuição de água do imóvel é somente</p><p>com água fria, sugerimos um misturador muito simples e eficiente, construído com</p><p>tubos e conexões em PVC. Indicado para o chuveiro, mas com algumas modificações,</p><p>poderá integrar os outros pontos de consumo da casa, tais como, cozinha, tanque,</p><p>lavabo.</p><p>O diagrama nº 5, detalha o misturador de uma forma objetiva:</p><p>70</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Diagrama nº 5</p><p>4.6 - Instalação do controle eletrônico de temperatura ao chuveiro elétrico</p><p>As razões da instalação do controle eletrônico ao chuveiro elétrico, foram descritas</p><p>no item (3.2- Caixa d’água ou reservatório). Quanto ao esquema de ligações do</p><p>controle eletrônico, existem no mercado diversos modelos e marcas, contendo todos</p><p>as instruções de instalação no mesmo.</p><p>4.7 - tempo necessário de exposição solar com eficiência térmica</p><p>O aquecedor solar em dias ensolarados, atinge a temperatura máxima, após 6h</p><p>no verão e após 5h no inverno. Somente a partir das 10 horas da manhã, é que</p><p>começamos a notar o aumento da temperatura da água. Mesmo em dias encobertos,</p><p>mas não chuvosos e dependendo da região, pode ter um rendimento satisfatório e</p><p>parcial economia de energia elétrica.</p><p>5- Considerações finais</p><p>Com esse simples projeto, esperamos contribuir na conscientização das pessoas,</p><p>o que juntos poderemos fazer pelo meio ambiente e pelo os graves problemas</p><p>sociais. Imaginem o volume de caixas tetra pak, garrafas pet e outros descartáveis,</p><p>que poderemos tirar do meio ambiente, com a reciclagem direta na aplicação no</p><p>aquecedor solar, ou em outros projetos existentes como, na fabricação de telhas,</p><p>mantas térmicas, tubos para esgoto, vassouras, etc.</p><p>Pesquisem nos sites de busca sobre Aquecedor Solar, e encontrarão excelentes</p><p>páginas sobre o assunto.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>71</p><p>AnotAções</p><p>72</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>AnotAções</p><p>REUTILIZAÇÃO E</p><p>RECICLAGEM DE</p><p>PLÁSTICO</p><p>Realização: Patrocínio:</p><p>Capa Manual Plástico1.pdf</p><p>Página 1</p><p>Página 2</p><p>cc.pdf</p><p>Página 1</p><p>Página 2</p><p>Capa Manual Plástico2.pdf</p><p>Página 1</p><p>Página 2</p><p>vezes por meio de processos de condensação ou adição aplicados sobre o</p><p>composto.</p><p>8</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>o plástICo no desIgn</p><p>As facilidades para criar, com o plástico, peças de design complexo, leves e de baixo</p><p>custo, o consagraram como material importante, em quase todos os setores.</p><p>Os plásticos libertaram os objetos das formas angulosas e rígidas para instaurar as</p><p>curvas como uma característica marcante do design dos produtos.</p><p>Os materiais plásticos permitiram, ainda, a explosão das cores.</p><p>O plástico transparente revolucionou a criação dos projetistas, com a possibilidade</p><p>de substituir o vidro por ele. Vários produtos surgiram, como as famosas canetas Bic</p><p>(desenvolvidas, em 1938, por László Biró) e as escovas de dentes (em 1953), com o</p><p>objetivo claro de expressar não só beleza, mas também a higiene.</p><p>Na década de 80, foram lançadas as famosas melissinhas transparentes e coloridas,</p><p>grandes fabricantes de relógios (Casio e Swatch, por exemplo) criaram diferentes</p><p>modelos, podendo trocar as pulseiras com várias cores, desenhos e transparências.</p><p>Foram lançados também computadores, telefones e relógios transparentes, só</p><p>possíveis graças aos plásticos.</p><p>O plástico também inova em áreas do design nunca imaginadas, como o band-aid.</p><p>Batizado de Living Bandage, o produto acelera o processo natural de cicatrização</p><p>de feridas, especialmente quando ele é lento, como no caso de queimaduras e</p><p>determinados tipos de inflamações de pele. O sucesso do produto está na forma</p><p>com que a pele humana é tratada. Discos de PVC, revestidos com ácido acrílico,</p><p>são colocados sobre a superfície ferida, oferecendo um meio de cultura para o</p><p>desenvolvimento da pele humana até a total cicatrização.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>9</p><p>ClAssIfICAção dos plástICos</p><p>Os materiais termoplásticos são substâncias</p><p>caracterizadas por sua propriedade de mudar de forma, sob</p><p>a ação do calor, o que permite seu tratamento e moldagem</p><p>por meios mecânicos. Com o resfriamento, esses materiais</p><p>recuperam sua consistência inicial.</p><p>Alguns termoplásticos:</p><p>polietileno •</p><p>resinas acrílicas •</p><p>vinil •</p><p>poliestireno •</p><p>polímeros de formaldeído •</p><p>cloreto de polivinila •</p><p>formaldeídos polimerizados •</p><p>policarbonatos •</p><p>poliamidas •</p><p>Os plásticos termoestáveis ou termorrígidos se amoldam por aquecimento, mas</p><p>endurecem rapidamente e se convertem em materiais rígidos que, se aquecidos</p><p>em excesso, se carbonizam antes de recuperar a maleabilidade.</p><p>Alguns termorrígidos:</p><p>poliuretanos •</p><p>aminoplásticos •</p><p>plásticos fenólicos, •</p><p>poliésteres •</p><p>silicones •</p><p>10</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>tipos de termoplásticos e usos</p><p>materiais tipos de termoplásticos</p><p>Baldes, garrafas de álcool, bombonas PEAD</p><p>Condutores para fios e cabos elétricos PVC, PEBD, PP</p><p>Copos de água mineral PP e PS</p><p>Copo descartável (café, água, cerveja, etc.) PS</p><p>Embalagens de massas e biscoitos PP, PEBD</p><p>Frascos de detergentes e produtos de limpeza PP, PEAD, PEBD e PVC</p><p>Frascos de xampus e artigos de higiene PEBD, PEAD, PP</p><p>Gabinetes de aparelhos de som e TV PS</p><p>Garrafa de água mineral maioria PVC, mais PEAD, PP e PET</p><p>Garrafas de refrigerantes</p><p>PET, base em PEAD, tampa em PP com</p><p>retentor em EVA</p><p>Isopor PS</p><p>Lona agrícola PEBD, PVC</p><p>Potes de margarina PP</p><p>Sacos de adubo PEBD</p><p>Sacos de leite PEBD</p><p>Sacos de lixo PEBD, PVC</p><p>Sacos de ráfia PP</p><p>Tubos de água e esgoto maior parte em PVC, mais PEAD e PP</p><p>Fonte: http://www.cepis.org.pe/muwww/fulltext/repind59/qsp/qsptab01.html</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>11</p><p>tipos de termorrígidos e usos</p><p>materiais tipos de termorrígidos</p><p>Solados de calçados, interruptores, peças</p><p>industriais elétricas, peças para banheiro,</p><p>pratos, travessas, cinzeiros, telefones etc.</p><p>PU – Poliuretanos, EVA – Poliacetato de</p><p>etileno vinil, entre outros</p><p>símbolos de IdentIfICAção pArA reCIClAgem</p><p>1 PET Politereftalato de Etileno</p><p>2 PEAD Polietileno de Alta Densidade</p><p>3 PVC Policloreto de Vinilo</p><p>4 PEBD Polietileno de Baixa Densidade</p><p>5 PP Polipropileno</p><p>6 PS Poliestireno</p><p>7</p><p>EPS Poliestireno Expandido</p><p>PE Polietileno</p><p>ABS Poliacrilo/Butadieno/Estireno</p><p>PC Policarbonato</p><p>SBR Borracha de Butadieno/Estireno</p><p>12</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>pet</p><p>PET é um poliéster termoplástico, leve, resistente e transparente, o que o torna</p><p>ideal para embalagem de produtos refrigerantes, artigos de limpeza e comestíveis</p><p>em geral.</p><p>peAd</p><p>PEAD é um termoplástico derivado da eteno, cuja maior</p><p>aplicação encontra-se nas embalagens.</p><p>O PEAD foi introduzido comercialmente na década de 1950,</p><p>e, atualmente, é o quarto termoplástico mais vendido e a</p><p>segunda resina mais reciclada no mundo.</p><p>Essa resina tem alta resistência</p><p>ao impacto, inclusive em baixas</p><p>temperaturas, e boa resistência</p><p>contra agentes químicos.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>13</p><p>pVC</p><p>O PVC – policloreto de vinila não é um plástico como os outros, pois não é 100%</p><p>originário do petróleo. O PVC contém, em peso, 57% de cloro (derivado do cloreto</p><p>de sódio - sal de cozinha) e 43% de eteno (derivado do petróleo).</p><p>Ele tem papel importante na indústria e na sociedade, pois está</p><p>nas mais diversas aplicações, desde produtos médico-hospitalares</p><p>e embalagens para alimentos até peças de alta tecnologia, como</p><p>as usadas em equipamentos espaciais, passando por produtos</p><p>aplicados à habitação e saneamento básico, dentre diversos</p><p>outros setores.</p><p>O PVC pode ser rígido ou flexível,</p><p>opaco ou transparente, brilhante ou fosco, colorido ou</p><p>não. Estas características são obtidas com a utilização</p><p>de plastificantes, estabilizantes térmicos, pigmentos,</p><p>entre outros aditivos, usados na formulação do PVC.</p><p>O PVC é atóxico, leve, sólido, resistente, impermeável, estável e</p><p>não propaga chamas. Tem qualidades que o tornam adaptável a</p><p>múltiplos usos, da garrafa ao painel do carro, sendo o único plástico</p><p>utilizado para a fabricação de bolsas de sangue.</p><p>Você sabia?</p><p>Que a utilização de produtos de PVC na construção civil diminui os riscos de</p><p>incêndios assim como sua propagação? Suas excelentes propriedades anti-</p><p>chama se devem à presença de cloro em sua molécula.</p><p>14</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>pebd</p><p>O plástico PEBD ou Polietileno de Baixa Densidade, como</p><p>o próprio nome diz, é um plástico leve pois tem baixa</p><p>densidade. O PEBD, geralmente, é usado em embalagens</p><p>como sacos e em frascos.</p><p>É resistente a solventes e a baixas</p><p>temperaturas, transparente e</p><p>rígido.</p><p>pp</p><p>O PP - Polipropileno é a resina de baixa densidade que</p><p>mais cresce em produção no mundo. É transparente,</p><p>resistente a altas temperaturas e a produtos químicos,</p><p>além de não deixar proliferar colônias de fungos e</p><p>bactérias nocivas ao homem.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>15</p><p>ps</p><p>Poliestireno é um termoplástico também chamado poliestireno cristalino.</p><p>Por sua alta resistência ao calor ele é utilizado em aparelhos que operam em altas</p><p>temperaturas.</p><p>outros</p><p>São resinas plásticas diferentes das anteriores. Plásticos especiais utilizados para</p><p>fazer eletrodomésticos, peças automotivas, peças de computador etc.</p><p>16</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>por que reCIClAr</p><p>Geralmente os plásticos manufaturados chegam ao final da vida útil da sua aplicação</p><p>original praticamente sem modificações substanciais nas suas características físico-</p><p>químicas.</p><p>Boa parte dos plásticos usados pode ser reciclada, resultando daí ganhos ambientais,</p><p>econômicos e sociais.</p><p>Os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros, devido a dificuldades de</p><p>compactação e por sua baixa degradabilidade.</p><p>As embalagens plásticas lançadas, indevidamente, no ambiente contribuem</p><p>para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores de doenças,</p><p>prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática, além de causarem</p><p>mau aspecto estético.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>17</p><p>o que se pode fAzer Com plástICo reCIClAdo</p><p>plástico</p><p>objetos mais adequados à</p><p>reciclagem</p><p>Alguns objetos que podem ser</p><p>feitos com plástico reciclado</p><p>PS Caixas de CDs, embalagens</p><p>de laticínios Vasos de plantas, cabides</p><p>PP Caixas de baterias de</p><p>automóveis, sacos de ráfia</p><p>Tubos de esgoto, caixas e vasos para</p><p>plantas</p><p>PE Garrafas, engradados Sacos, vazilhame de produtos de</p><p>limpeza</p><p>PET Garrafas Fibras para fazer vestuário, caixas,</p><p>fibras para enchimento</p><p>PVC Tubos, perfis Tubos de esgoto, solas de sapatos,</p><p>perfis</p><p>EPS Caixas, embalagens Vasos para plantas, cabides</p><p>Vários outros produtos também podem ser feitos:</p><p>garrafas e frascos, exceto para contato direto com alimentos e fármacos; •</p><p>baldes, cabides, pentes e outros artefatos produzidos pelo processo de •</p><p>injeção;</p><p>“madeira - plástica”; •</p><p>cerdas, vassouras, escovas e outros produtos que sejam produzidos com fibras; •</p><p>sacolas e outros tipos de filmes; •</p><p>painéis para a construção civil; •</p><p>eletrodutos, •</p><p>cones de sinalização; •</p><p>solados; •</p><p>laminados flexíveis; •</p><p>mangueiras para jardim; •</p><p>estrados. •</p><p>18</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>dICAs do Consumo ConsCIente</p><p>Escolha levar, de casa, sua sacola ou carrinho, quando for às compras, e não utilize •</p><p>sacos plásticos ou de papel.</p><p>Nunca utilize sacos de plástico se vai apenas comprar um ou dois produtos. •</p><p>Evite os pratos de plástico, produtos com embalagens de plástico ou com excesso •</p><p>de embalagens.</p><p>Se tiver que usar sacos de plástico, utilize apenas o número de sacos suficiente •</p><p>para acondicionar os produtos que adquire.</p><p>Prefira produtos com recarga: a utilização de recargas poupa •</p><p>matérias-primas e diminui os resíduos produzidos. A</p><p>reutilização de embalagens de detergentes - por meio</p><p>de recargas - estende a vida útil das embalagens e reduz</p><p>a quantidade de matéria plástica necessária para a</p><p>fabricação das embalagens.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>19</p><p>proCessos de reCIClAgem de plástICo</p><p>reciclagem química</p><p>A reciclagem química reprocessa plásticos, transformando-os em petroquímicos</p><p>básicos que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas.</p><p>Seu objetivo é a recuperação dos componentes químicos individuais para reutilizá-</p><p>los como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos.</p><p>Os novos processos de reciclagem química permitem a reciclagem de misturas de</p><p>plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau de contaminantes como,</p><p>por exemplo, tintas, papéis, entre outros materiais.</p><p>Entre os processos de reciclagem química existentes, destacam-se:</p><p>hidrogenação</p><p>As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando</p><p>produtos capazes de serem processados em refinarias.</p><p>gaseificação</p><p>Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese, contendo</p><p>monóxido de carbono e hidrogênio.</p><p>quimólise</p><p>Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros, na presença de</p><p>Glicol/Metanol e água.</p><p>pirólise</p><p>É a quebra das moléculas pela ação do calor, na ausência de oxigênio. Este processo</p><p>gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinaria.</p><p>Fonte: Ambiente Brasil - www.ambientebrasil.com.br</p><p>20</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>reciclagem mecânica</p><p>Consiste na conversão física dos materiais plásticos em grânulos, que serão</p><p>transformados novamente em outros produtos, como sacos de lixo, solados,</p><p>pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens</p><p>não-alimentícias e outros. As etapas prévias à reciclagem mecânica dos plásticos</p><p>pós-consumo são: a coleta, a separação por tipo de plástico e a retirada de rótulos,</p><p>tampas e outras impurezas, como grampos de metal e partes componentes de outros</p><p>materiais. As etapas da reciclagem mecânica são: separação, moagem, lavagem,</p><p>secagem, aglutinação, extrusão e granulação.</p><p>etapas do processo:</p><p>separação: • separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo</p><p>com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também</p><p>rótulos de diferentes materiais, tampas de garrafas e produtos compostos por</p><p>mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. Por ser</p><p>uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das</p><p>pessoas que executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a</p><p>fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é</p><p>mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.</p><p>moagem: • Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e</p><p>fragmentados em pequenas partes.</p><p>lavagem: • Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água</p><p>para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba</p><p>um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.</p><p>Aglutinação: • Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-</p><p>se, assim, o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra</p><p>a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando</p><p>à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para</p><p>incorporação de aditivos, como cargas, pigmentos e lubrificantes.</p><p>extrusão: • A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da</p><p>extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um “espaguete” contínuo, que é</p><p>resfriado com água. Em seguida, o “espaguete” é picotado em um granulador e</p><p>transformando em pellet (grãos plásticos).</p><p>Fonte: Ambiente Brasil - www.ambientebrasil.com.br</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>21</p><p>Vantagens da reciclagem mecânica</p><p>Entre as principais vantagens da reciclagem mecânica dos resíduos plásticos</p><p>podemos citar:</p><p>A reciclagem mecânica é um negócio acessível a pequenos e médios •</p><p>empresários.</p><p>A tecnologia envolvida na reciclagem mecânica para a produção de itens de •</p><p>reduzido grau de exigência técnica (baldes, vassouras, sacos de lixo etc.) é</p><p>facilmente absorvida.</p><p>Como são processos físicos, os cuidados ambientais requerem investimentos •</p><p>menores em comparação aos outros processos, concentrando-se nas emissões</p><p>gasosas, reaproveitamento de águas e controle no descarte dos resíduos.</p><p>O sistema também permite absorver mão-de-obra não qualificada. •</p><p>Com a diminuição do volume de lixo, pode-se aumentar a vida útil dos aterros •</p><p>sanitários.</p><p>A reciclagem contribui para a diminuição ou retirada da população que trabalha •</p><p>(sobrevive) nos aterros/lixões.</p><p>A reciclagem poupa matéria-prima (petróleo), equivalente à quantidade •</p><p>reciclada.</p><p>A valorização do lixo promove a educação da população. As pessoas se •</p><p>conscientizam de que o lixo representa valor e que muitas pessoas podem se</p><p>beneficiar dele.</p><p>A geração de novos empregos, tanto formais quanto informais, o aumento da •</p><p>competitividade e a melhoria da qualidade dos produtos.</p><p>esquema básico da reciclagem mecânica</p><p>22</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>reciclagem energética</p><p>É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos.</p><p>A reciclagem energética distingue-se da incineração, por utilizar os resíduos</p><p>plásticos como combustíveis, na geração de energia elétrica. Já a simples incineração</p><p>não reaproveita a energia dos materiais. A energia contida em 1 kg de plástico</p><p>é equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível. Além da economia e da</p><p>recuperação de energia, com a reciclagem, ocorre, ainda, uma redução de 70 a 90%</p><p>da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado.</p><p>Fonte: Ambiente Brasil - www.ambientebrasil.com.br</p><p>lImItAções no uso do mAterIAl reCIClAdo</p><p>Legislações e normas técnicas, no mundo todo, proíbem o uso de plástico e outros</p><p>materiais reciclados em embalagens que fiquem em contato com alimentos e</p><p>remédios, transporte de água potável e artigos médico-hospitalares.</p><p>Isso ocorre porque os recicladores nem sempre conhecem a origem dos resíduos e</p><p>seus processos não garantem completa descontaminação.</p><p>Entretanto, em alguns países já se permite a utilização de plásticos reciclados como</p><p>camada intermediária em embalagens de alimentos. A condição é que essa camada</p><p>não entre em contato com o alimento embalado.</p><p>REUTILIZAÇÃO</p><p>E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>23</p><p>As empresAs de reCIClAgem de plástICo</p><p>Poucas são as empresas que fazem todo o processo de reciclagem.</p><p>o mais comum é</p><p>1º. grupo</p><p>Empresas de comercialização de resíduos: compram a sucata plástica, separam,</p><p>prensam em fardos e vendem o resíduo classificado.</p><p>2º. grupo</p><p>Empresas de transformação dos resíduos em grânulos: compram os resíduos já</p><p>classificados e transformam em grânulos.</p><p>3º. grupo</p><p>Empresas de fabricação de novos produtos: compram os grânulos e transformam</p><p>em novos produtos.</p><p>os ContAmInAntes</p><p>Os principais contaminantes do plástico são gordura, restos orgânicos, alças</p><p>metálicas, grampos e etiquetas. Impurezas deste tipo reduzem o preço de venda e</p><p>exigem maior cuidado na lavagem antes do processamento.</p><p>A qualidade do material depende da fonte de separação: o plástico que provém da</p><p>coleta seletiva é mais limpo do que o separado nas usinas ou em lixões.</p><p>É devido a essas barreiras, que o plástico reciclado, normalmente, não compõe</p><p>embalagens que ficam em contato direto com alimentos ou remédios, nem</p><p>brinquedos e peças de segurança que exigem determinadas especificações</p><p>técnicas.</p><p>24</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Como sepArAr os plástICos</p><p>tipo de plástico resíduo de Cuidados</p><p>PET</p><p>Garrafas de refrigerantes, de</p><p>água, de bebidas alcoólicas e</p><p>outros</p><p>Retirar as tampas e •</p><p>enxaguar;</p><p>Não descolar o rótulo. •</p><p>Outros plásticos</p><p>Sacos plásticos e plastificados;</p><p>sacolas de supermercados;</p><p>embalagens de manteiga,</p><p>yogurt etc.; frascos de</p><p>produtos de limpeza, de</p><p>shampoo, de óleo, de</p><p>temperos, de maionese, de</p><p>mostarda etc.;</p><p>tampas de garrafas e de</p><p>vasilhas etc.</p><p>Colocar em saco •</p><p>plástico;</p><p>Lavar e, caso os •</p><p>resíduos não saiam,</p><p>jogar no lixo comum;</p><p>Objetos que dão •</p><p>muito volume, cortar</p><p>e amassar para que</p><p>fiquem menores.</p><p>testes prátICos</p><p>teste por corte</p><p>Cortar uma pequena amostra:</p><p>Se houver formação de pó = termorrígido •</p><p>Se não houver formação de pó e a superfície de corte for lisa e macia = •</p><p>termoplástico</p><p>Para confirmar o resultado do teste, aquecer uma vareta de vidro e fazer pressão</p><p>na amostra. Se a superfície do plástico se deformar e amolecer trata-se de um</p><p>termoplástico.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>25</p><p>teste de densidade</p><p>Misturar pedaços de todos os tipos de plástico e colocar em uma vasilha (pode •</p><p>ser um pote de sorvete) com água pela metade.</p><p>Agitar •</p><p>Deixar em repouso por, aproximadamente, 10 minutos. •</p><p>Observar a separação dos pedaços. •</p><p>Retirar os pedaços que flutuarem, com o auxílio de uma peneira (ou um coador •</p><p>de chá).</p><p>Transferir para outro pote, com a solução de álcool. •</p><p>Os pedaços que decantaram (ficaram no fundo) deverão ser transferidos para •</p><p>um pote com a solução de sal.</p><p>Separar o que flutuou e o que decantou nos dois potes. •</p><p>Fazer a identificação da densidade dos plásticos utilizados. •</p><p>decímetro alternativo</p><p>Pegar um canudo de refrigerante e fechar uma das pontas com qualquer material •</p><p>vedante. Pode ser resina epóxi ou cola branca insolúvel em água.</p><p>Para facilitar o trabalho, usar um canudo mais largo. •</p><p>No tubo fechado, coloque um pouco de areia. A quantidade de areia deve ser •</p><p>suficiente para permitir que ele se mantenha na vertical e flutue em água pura.</p><p>Encher uma vasilha (pode ser um pote de sorvete) com água pura. Usar água •</p><p>filtrada ou destilada.</p><p>Marcar o nível de flutuação na água. Você tem a densidade 1. •</p><p>26</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>preparo das soluções</p><p>solução de sal (solução com densidade superior à água):</p><p>Colocar em uma vasilha (pode ser um pote de sorvete) 2 copos de água com 3 •</p><p>copinhos de café, de sal.</p><p>Agitar bem. •</p><p>Mergulhar o decímetro alternativo e marcar o nível que o líquido atinge no •</p><p>canudo.</p><p>solução de álcool (solução com densidade inferior à água):</p><p>Em outra vasilha (pode ser outro pote de sorvete) colocar um copo de água com •</p><p>um copo de álcool.</p><p>Mergulhar o densímetro alternativo e marcar o nível que o líquido atinge no •</p><p>canudo.</p><p>sepArAção dos plástICos por densIdAde</p><p>densidade dos materiais plásticos</p><p>material densidade (g/cm3)</p><p>PEAD 0,94 – 0,96</p><p>PP 0,90 – 0,91</p><p>PS 1,4 – 1,8</p><p>PVC 1,22 – 1,30</p><p>OBS: A densidade da água é 1,0 g/cm3</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>27</p><p>separação esquemática da separação de peAd, pp, ps e pVC por</p><p>diferença de densidade</p><p>Fonte: Química nova na escola, no. 17, maio 2003. Coleta Seletiva e Separação de Plásticos.</p><p>Luiz Cláudio de Santa Maria et alli</p><p>teste de chama</p><p>Com o auxílio de uma pinça metálica, queimar um pedaço de plástico em uma •</p><p>chama.</p><p>Observar o cheiro exalado e como o plástico derrete. •</p><p>Anotar as observações. •</p><p>Para facilitar o teste, queimar um material do qual já se conhece</p><p>a composição e comparar os resultados.</p><p>usar a tabela que segue, para identificar os plásticos.</p><p>28</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Identificação prática dos plásticos</p><p>resina teste de chama observação odor</p><p>ponto de</p><p>fusão</p><p>Amadure-</p><p>cimento</p><p>0C</p><p>densidade</p><p>g/cm3</p><p>Polietileno</p><p>de baixa</p><p>densidade</p><p>Chama Azul</p><p>Vértice amarelo</p><p>Pinga como</p><p>vela</p><p>Cheiro de</p><p>vela 105 0,89</p><p>0,93</p><p>Polietileno de</p><p>alta densidade</p><p>Chama Azul</p><p>Vértice amarelo</p><p>Pinga como</p><p>vela</p><p>Cheiro de</p><p>vela 130 0,94</p><p>0,98</p><p>Polipropileno</p><p>Chama amarela,</p><p>crepita ao queimar,</p><p>fumaça fuliginosa</p><p>Pinga como</p><p>vela</p><p>Cheiro</p><p>Agressivo 165 0,85</p><p>0,92</p><p>ABS</p><p>Chama amarela,</p><p>crepita ao queimar,</p><p>fumaça fuliginosa</p><p>Amolece e</p><p>pinga</p><p>Monômero</p><p>de estireno 230 1,04</p><p>1,06</p><p>SAN</p><p>Tal qual PS e ABS,</p><p>porém fumaça</p><p>menos fuliginosa</p><p>Amolece e</p><p>pinga</p><p>Borracha</p><p>queimada 175 1,04</p><p>1,06</p><p>Poliacetal Chama azul sem</p><p>fumaça com centelha</p><p>Amolece e</p><p>borbulha</p><p>Monômero</p><p>de estireno 130 1,08</p><p>Acetato de</p><p>celulose</p><p>Chama amarela,</p><p>centelhas queimando</p><p>Cuidado ao</p><p>cheirar Formaldeído 175 1,42</p><p>1,43</p><p>Acetato de</p><p>butirato de</p><p>celulose</p><p>Chama azul faiscando - Ácido</p><p>acético 230 1,25</p><p>1,35</p><p>PET Chama amarela,</p><p>fumaça mas centelha - Manteiga</p><p>rançosa 180 1,15</p><p>1.25</p><p>Acetato de</p><p>vinila</p><p>Chama amarela</p><p>esverdeada - - 255 1,38</p><p>1,41</p><p>PVC rígido Chama amarela,</p><p>vértice verde</p><p>Chama auto-</p><p>extinguível - 127 1,34</p><p>1,37</p><p>PVC flexível Chama amarela,</p><p>vértice verde</p><p>Chama auto</p><p>extinguível</p><p>Cheiro de</p><p>cloro 150 1,19</p><p>1,35</p><p>Policarbonato</p><p>Decompõe-se,</p><p>fumaça fuliginosa</p><p>com brilho</p><p>Chama auto-</p><p>extinguível</p><p>Cheiro de</p><p>cloro 150 1,19</p><p>1,35</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>29</p><p>resina teste de chama observação odor</p><p>ponto de</p><p>fusão</p><p>Amadure-</p><p>cimento</p><p>0C</p><p>densidade</p><p>g/cm3</p><p>Poliuretanos Bastante fumaça - Acre 230 1,20</p><p>1,22</p><p>PTFE Deforma-se Chama auto</p><p>extinguível - 205</p><p>327</p><p>1,21</p><p>2,14</p><p>2,17</p><p>Nylon-6</p><p>Chama azul, vértice</p><p>amarelo, centelhas,</p><p>difíceis de queimar</p><p>Formam</p><p>bolas na</p><p>ponta</p><p>- 215 1,12</p><p>1,16</p><p>Nylon-66</p><p>Chama azul, vértice</p><p>amarelo, centelhas,</p><p>difíceis de queimar</p><p>Formam</p><p>bolas na</p><p>ponta</p><p>Pena e</p><p>cabelo</p><p>queimado</p><p>260 1,12</p><p>1,16</p><p>Nylon - 6,10</p><p>Chama azul, vértice</p><p>amarelo, centelhas,</p><p>difíceis de queimar</p><p>Formam</p><p>bolas na</p><p>ponta</p><p>Pena e</p><p>cabelo</p><p>queimado</p><p>215 1,09</p><p>Nylon - 11</p><p>Chama azul, vértice</p><p>amarelo, centelhas,</p><p>difíceis de queimar</p><p>Formam</p><p>bolas na</p><p>ponta</p><p>Pena e</p><p>cabelo</p><p>queimado</p><p>180 1,04</p><p>Poli</p><p>(metacrilato</p><p>de metila)</p><p>Queima lentamente,</p><p>mantendo a chama,</p><p>chama amarela</p><p>em cima, azul em</p><p>baixo. Amolece e</p><p>quase não apresenta</p><p>carbonização</p><p>Não pinga</p><p>Cheiro de</p><p>alho ou</p><p>resina de</p><p>dentista</p><p>160 1,16</p><p>1,20</p><p>Fonte: http://www.reciclaveis.com.br</p><p>30</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>A reCIClAgem do pet</p><p>No Brasil a maioria do PET reciclado</p><p>passa pelo processo mecânico.</p><p>etapas do processo mecânico</p><p>etapa 1</p><p>As embalagens são separadas por cor. A separação é necessária para que os</p><p>produtos obtidos tenham uniformidade de cor, facilitando, assim, sua aplicação no</p><p>mercado.</p><p>etapa 2</p><p>A prensagem é feita para que o transporte das embalagens seja viabilizado, pois</p><p>elas ocupam um grande volume em relação ao seu peso.</p><p>etapa 3</p><p>As garrafas são moídas, lavadas e secas, ganhando valor no mercado. O produto que</p><p>resulta desta fase é o floco da garrafa, comumente denominado flake. Essa etapa é</p><p>conhecida como beneficiamento.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>31</p><p>etapa 4</p><p>Os flocos limpos podem ser utilizados diretamente como matéria-prima, para a</p><p>fabricação de diversos produtos, na etapa de transformação. Nesta etapa, os flocos</p><p>são transformados em grânulos ou em um novo produto. Os transformadores</p><p>utilizam PET reciclado para fabricação de diversos produtos, inclusive novas garrafas</p><p>para produtos não alimentícios.</p><p>De modo geral as recicladoras compram o PET moído, lavado e seco (flakes)</p><p>diretamente dos beneficiadores.</p><p>32</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>resíduos de ColA e outros plástICos</p><p>Os principais contaminantes do PET reciclado de garrafas de refrigerantes são os</p><p>adesivos (cola) usados no rótulo e outros plásticos da mesma densidade, como o</p><p>PVC, por exemplo.</p><p>A maioria dos processos de lavagem não impede que traços destes produtos</p><p>indesejáveis permaneçam no floco de PET.</p><p>A cola age como catalisador da degradação hidrolítica quando o material é</p><p>submetido à alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecer e</p><p>endurecer o reciclado.</p><p>O mesmo pode ocorrer com o cloreto de polivinila (PVC), que compõe outros tipos</p><p>de garrafas e não pode misturar-se com a sucata de PET. É preciso atenção especial</p><p>para os rótulos produzidos com o PVC termoencolhível, material que, graças à</p><p>sua versatilidade e apelo visual, vem sendo utilizado com frequência. O alumínio</p><p>existente em algumas tampas só é tolerado com teor de até 50 partes por milhão</p><p>no reciclado.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>33</p><p>rígIdAs espeCIfICAções dA mAtérIA-prImA</p><p>A separação precisa ser feita:</p><p>pelo tipo de plástico; •</p><p>pela cor: cristal, âmbar ou •</p><p>verde.</p><p>Devem ser retirados:</p><p>rótulo (polietileno ou papel); •</p><p>tampa (polipropileno •</p><p>ou alumínio);</p><p>base, em alguns casos, (polietileno de alta densidade); •</p><p>resíduos de refrigerantes e demais detritos (lavagem). •</p><p>o que pode ser feIto Com pet reCIClAdo</p><p>O polietileno tereftalato reciclado (RPET) pode ser usado na fabricação de vários</p><p>novos produtos, como fibras para carpetes de poliéster, tecido para camisetas,</p><p>calçados esportivos, malas, agasalhos, enchimento para sacos de dormir e casacos de</p><p>inverno, amarras e filmes industriais, peças automotivas como racks para bagagem,</p><p>caixas de fusível, pára-choques, painéis e até novas embalagens PET.</p><p>34</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>produção de fIbrAs de polIéster de pet</p><p>processo industrial - pet vira tecido</p><p>A seleção e o pré-processamento da sucata é muito importante para a garantia da</p><p>qualidade do reciclado.</p><p>PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e</p><p>embalagens.</p><p>Devido às suas características o PET mostrou ser o recipiente ideal para a indústria</p><p>de bebidas em todo o mundo (as famosas garrafas de refrigerantes).</p><p>Porém, com o aumento do consumo, surgiu um grande desafio a ser resolvido: O</p><p>que fazer com as embalagens já utilizadas e descartadas, que poluem de forma</p><p>indiscriminada o nosso planeta?</p><p>Desde que o conceito de reciclagem surgiu, décadas atrás, a preservação do meio</p><p>ambiente tornou-se o seu principal objetivo.</p><p>Nesse sentido, a coleta e a reciclagem da embalagem PET têm sido incentivadas</p><p>cada vez mais, permitindo o uso da matéria original para a fabricação de diversos</p><p>produtos. Um dos mais interessantes é produção de fibras de poliéster.</p><p>Essas fibras estão sendo largamente utilizadas na indústria têxtil e nas confecções.</p><p>Segue um pequeno passo a passo para entender como uma embalagem de garrafa</p><p>se transforma em tecido:</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>35</p><p>As garrafas Pet são recolhidas por catadores,</p><p>e enviadas em fardos para a reciclagem.</p><p>Depois de passar por um processo de</p><p>seleção, lavagem, moagem e secagem, o Pet</p><p>resulta num produto chamado Flake.</p><p>O Flake é fundido à 300ºC, e filtrado para</p><p>eliminar resíduos sólidos, pedras e metais.</p><p>Depois de resfriado com água, o Pet é</p><p>granulado (chips verdes de garrafas verdes).</p><p>36</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Chips naturais de garrafa transparente.</p><p>Depois de misturados, os chips passam</p><p>por um processo de extrusão à 300ºC,</p><p>transformando-se em pasta. São enviados</p><p>para uma bomba, passando por</p><p>microfuros, onde são lubrificados e</p><p>reunidos em tambores.</p><p>Microfuros onde são determinados os títulos</p><p>(espessura da fibra).</p><p>Saindo dos tambores são reunidos e passam</p><p>por um processo de estiragem.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>37</p><p>Processo de estiragem e termofixação.</p><p>Depois da termofixação, as fibras saem</p><p>molhadas, passando em seguida</p><p>por um secador.</p><p>Depois de secas, as fibras passam pelo</p><p>processo de carda.</p><p>As fibras são embaladas em fardos,</p><p>prontas para suas diversas transformações:</p><p>fios, enchimentos de travesseiros, tapetes,</p><p>carpetes para linha automotiva e</p><p>residencial etc.</p><p>Fonte de referência: Companhia das Fibras - www.ciadasfibras.com.br</p><p>38</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>sugestões de ArtesAnAto Com gArrAfAs pet</p><p>Vaso com sisal</p><p>material</p><p>Garrafa PET transparente ou verde, tesoura, fio de sisal fino salmão e cru, cola pano</p><p>glitter, tesoura, conta de bijuteria e pistola de cola quente.</p><p>Fonte: Artesã Elizabeth Matteelli.</p><p>Pode-se inovar formando outros desenhos com o sisal e utilizando cores diferentes e</p><p>contrastantes. Usando garrafas de tamanhos diferentes, é possível montar um lindo</p><p>conjunto que fará muito sucesso.</p><p>Fonte: http://www.escala.com.br/detalhe.asp?id=6995&grupo=10&cat=26</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>39</p><p>porta-guardanapos e porta-cartões de pet</p><p>(Modelo da Artesã: Cláudia Gianini)</p><p>material</p><p>1 garrafa de dois litros lisa •</p><p>Tesoura •</p><p>Estilete •</p><p>Régua •</p><p>Caneta de marcar CD •</p><p>Tinta relevo colorida •</p><p>Tíner •</p><p>Frigideira •</p><p>Fogão •</p><p>passo a passo</p><p>Primeiro, limpe a garrafa com o tíner, retirando a cola do rótulo. Em seguida, 1.</p><p>meça 14 cm a partir do fundo da garrafa, marcando ao seu redor com a caneta</p><p>de marcar CD.</p><p>40</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Faça um primeiro furo com o estilete na altura do fundo da garrafa, bem como 2.</p><p>na marca traçada, para então recortar com a tesoura, retirando tanto o fundo</p><p>quanto o bico e ficando com o pedaço do meio da garrafa para trabalhar.</p><p>Acerte as rebarbas com a tesoura e então procure a linha lateral da garrafa para 3.</p><p>vincar, conforme a foto.</p><p>Depois de fazer o vinco, dê um pique com a tesoura em um dos lados. 4.</p><p>Pegue a parte oposta ao pique e vire para dentro, dobrando e formando uma 5.</p><p>espécie de cone duplo. Deixe um espaço para o acabamento.</p><p>Vinque a extremidade para prender os cones. 6.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>41</p><p>Com a tesoura, dê um formato arredondado às bordas.7.</p><p>Na frigideira, aqueça a parte afunilada da peça, bem como as bordas, para 8.</p><p>arredondá-las, movimentando-a de maneira circular.</p><p>Temperatura da frigideira: Aqueça a frigideira em fogo baixo e teste a temperatura</p><p>ideal colocando um retalho de PET sobre ela. Quando o retalho se mexer, a chapa</p><p>estará pronta para ser usada.</p><p>Esta é a aparência da peça pronta, sem a pintura.9.</p><p>Para finalizar, faça riscos aleatórios com as bisnagas de tinta por toda a 10.</p><p>extensão da peça, criando o padrão desejado.</p><p>Dica: Para confeccionar o porta-cartões, utilize uma garrafa PET de 600 ml.</p><p>Fonte: http://www.nippobrasil.com.br/2.semanal.artesanato/306.shtml</p><p>42</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>quAlIdAde nA reCIClAgem dos plástICos</p><p>o que querem os recicladores</p><p>Ao invés do resíduo captado em</p><p>sucateiros, os recicladores</p><p>preferem o resíduo industrial,</p><p>pois tem como vantagem a não</p><p>contaminação com os mais</p><p>diversos materiais como terra,</p><p>vidro, trapos, alimentos, papéis e outros.</p><p>A mistura de diferentes tipos de plástico pode</p><p>prejudicar o processo de reciclagem.</p><p>o pet, por exemplo, contamina o processo de</p><p>reciclagem do pVC.</p><p>Categorias da reciclagem</p><p>primária</p><p>Consiste na conversão dos resíduos poliméricos industriais, por métodos de</p><p>processamento padrão, em produtos com características equivalentes àquelas dos</p><p>produtos originais</p><p>produzidos com polímeros virgens; por exemplo, aparas que são</p><p>novamente introduzidas no processamento.</p><p>secundária</p><p>É a conversão dos resíduos poliméricos provenientes dos resíduos sólidos urbanos,</p><p>por um processo ou uma combinação de processos, em produtos que tenham menor</p><p>exigência do que o produto obtido com polímero virgem, por exemplo, reciclagem</p><p>de embalagens de PP para obtenção de sacos de lixo.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>43</p><p>terciária</p><p>É o processo tecnológico de produção de insumos químicos ou combustíveis a partir</p><p>de resíduos poliméricos.</p><p>quaternária</p><p>É o processo tecnológico de recuperação de energia de resíduos poliméricos, por</p><p>incineração controlada.</p><p>A reciclagem primária e a secundária são conhecidas como reciclagem mecânica</p><p>ou física. O que diferencia uma da outra é que na primária utiliza-se polímero</p><p>pós-industrial e na secundária pós-consumo. A reciclagem terciária também é</p><p>chamada de química e a quaternária de energética.</p><p>fatores que afetam a qualidade do produto</p><p>Dependendo do tipo de processo para o qual será destinado o plástico, resíduos •</p><p>de gordura aderidos podem causar defeitos de qualidade pela formação de</p><p>bolhas, como no caso de filmes destinados para produção de sacos de lixo.</p><p>Pode ser necessária a utilização de solução de detergentes e aquecimento para</p><p>a remoção de gordura.</p><p>Mistura de plásticos diferentes, incompatíveis, resultarão em perda de qualidade •</p><p>do produto final, perda de propriedades, manchas, delaminação e até quebra</p><p>na peça.</p><p>44</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Compatibilidade de diferentes tipos de plásticos</p><p>Fonte: HENSEN,1988.</p><p>A miscibilidade decresce de 1 a 6. O número 1 significa muito boa compatibilidade,</p><p>e o número 6 indica incompatibilidade.</p><p>A reCIClAgem de plástICos ColorIdos</p><p>As cores são incorporadas aos plásticos pela utilização de pigmentos. A mistura de</p><p>cores claras com cores escuras resulta no material de cor escura.</p><p>É conveniente, em muitas situações, separar os materiais por cores, para resultar em</p><p>melhor aproveitamento.</p><p>Grande parte dos transformadores preferem cores claras, no material reciclado,</p><p>pois estes podem ainda ser coloridos com outros pigmentos o que não acontece</p><p>com o reciclado de cor escura, que, geralmente é aproveitado somente para peças</p><p>de cor preta.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>45</p><p>A reciclagem de plásticos provenientes de material impresso com tintas</p><p>As tintas utilizadas para impressão de rótulos, nos plásticos, podem gerar produtos</p><p>voláteis dos solventes utilizados por elas.</p><p>Resíduos de solvente, no plástico reciclado, podem provocar bolhas no produto a</p><p>ser processado.</p><p>projetAr pArA reCIClAgem</p><p>Projetar para a reciclagem é</p><p>Conceber a peça, tendo em mente a utilização de material reciclado. •</p><p>Facilitar a recuperação do material de embalagem, qualitativa e •</p><p>quantitativamente, para possibilitar um produto reciclado de melhor</p><p>qualidade.</p><p>Usar polímeros “compatíveis”, em termos de reciclagem, na concepção da •</p><p>embalagem (conjugar o PET com o PP e não com o PVC, por exemplo).</p><p>Usar rótulos “compatíveis”, em termos de reciclagem, com o material do corpo •</p><p>da embalagem e/ou o uso de colas solúveis em água.</p><p>Utilizar polímeros na sua cor natural ou estabelecer acordos com vista à •</p><p>normalização das cores utilizadas;</p><p>Usar a marcação internacional SPI para identificação da matéria-prima que •</p><p>constitui a embalagem. Esta marcação não é obrigatória, mas facilita bastante</p><p>o correto encaminhamento de uma embalagem para reciclagem.</p><p>46</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>tabela de compatibilidade de materiais para a concepção de embalagens</p><p>Material dominante</p><p>PET PEAD PE EPS PP PVC</p><p>Rígido Rígido Flexível Rígido Rígido+Flex Rígido</p><p>Material</p><p>acessório</p><p>Cápsula +</p><p>anel</p><p>PP (com ou</p><p>sem EVA) 1 1 1 1</p><p>PEAD (com</p><p>ou sem EVA) 1 1 1 1</p><p>Alumínio 3 2 2 3</p><p>Rótulo</p><p>Papel 2 2 2 2 2 2</p><p>PP 1 1 1 2 1 1</p><p>PVC 3 2 3 2 3 1</p><p>PET 2 1 1 3</p><p>Filme</p><p>metalizado 2 3 3 3 3 3</p><p>Colas</p><p>Hot-Melt 3 2 2 2 2 2</p><p>Cola rótulo</p><p>sobre rótulo 1 1 1 1 1 1</p><p>Cola Solúvel</p><p>em água</p><p>quente</p><p>1 1 1 2 1 1</p><p>Rótulo</p><p>retrátil /</p><p>Sem cola</p><p>1 1 1 1 1</p><p>Material</p><p>barreira</p><p>PA 3 3 3</p><p>EVOH 3 2 2</p><p>EVA 3 1 1</p><p>Spray</p><p>Barreira (ex:</p><p>SiOx)</p><p>1</p><p>PE 3 1 1 2 3</p><p>Acabamentos</p><p>superficiais</p><p>Vernizes 3 3</p><p>Tintas /</p><p>pigmentos 2 2 2 2 2</p><p>Legenda:</p><p>1. Compatível</p><p>2. Evitar</p><p>3. Não compatível</p><p>Fonte: http://www.plastval.pt/</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>47</p><p>As embAlAgens em VárIAs CAmAdAs</p><p>A grande maioria dos plásticos é permeável a gases, oxigênio e vapores.</p><p>Alguns são impermeáveis ao gás carbônico, como o PET, que, por causa disto, é</p><p>utilizado na embalagem de refrigerantes. Entretanto, ele não é impermeável ao</p><p>oxigênio, impedindo que seja utilizado para embalar produtos em que o contato</p><p>com o oxigênio é prejudicial.</p><p>Por isso os doces “in natura” e outros produtos alimentícios continuam sendo</p><p>embalados em frascos de vidro ou metais nobres. O contato com o oxigênio os</p><p>oxidaria deteriorando-os.</p><p>A produção de frascos plásticos com suficientes barreiras à passagem do oxigênio</p><p>é muito cara e, por isso, ainda não utilizada.</p><p>A permeação é definida como a passagem de gases e vapores pelas paredes de</p><p>um material. Para embalar produtos onde o contato com o oxigênio é prejudicial,</p><p>utiliza-se várias camadas de plásticos que criam barreiras à permeação.</p><p>Embutidos da indústria frigorífica, em geral, não podem ter contato com o oxigênio.</p><p>São produzidos filmes com várias camadas de plásticos diferentes, muitas vezes</p><p>utilizando-se nylon, numa camada interna.</p><p>Assim como filmes plásticos são produzidos com várias camadas diferentes também</p><p>frascos soprados são obtidos em várias camadas, visando a obtenção de barreiras</p><p>à permeação.</p><p>Na obtenção de produtos multicamadas são utilizadas duas ou mais extrusoras. Por</p><p>isto, tem o nome de co-extrusão.</p><p>Na co-extrusão, tanto na forma de filmes multicamadas como mangueiras para soprar</p><p>frascos são encontradas famílias de plásticos diferentes e, às vezes, incompatíveis</p><p>entre si e até com ponto de fusão muito diferente um do outro. Um exemplo disto</p><p>é o uso do nylon como camada intermediária para auxiliar na criação de barreiras à</p><p>permeação do oxigênio em frascos de mostarda.</p><p>Polietileno de alta densidade é utilizado na camada interna e externa e no interior</p><p>é utilizado nylon.</p><p>48</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Assim, a maioria dos filmes multicamadas, utilizados na embalagem de embutidos</p><p>frigoríficos, passa a ser um material não reciclável nos métodos convencionais.</p><p>Da mesma forma, plásticos impermeabilizados com películas metálicas não podem</p><p>ser reciclados nos processos convencionais.</p><p>embAlAgem de produtos tóxICos</p><p>Alguns plásticos permitem a passagem de gases e vapores por suas paredes. Significa</p><p>que absorvem o conteúdo que foi embalado neles.</p><p>Isso porque existem espaços vazios entre as macromoléculas que os formam.</p><p>O odor de gasolina pode ser facilmente percebido e ninguém utiliza um frasco</p><p>plástico com cheiro de gasolina para embalar alimentos.</p><p>Entretanto, se uma embalagem foi utilizada para embalar veneno, foi lavada e o odor</p><p>de veneno não for percebido, alguém poderia utilizá-la para embalar alimentos.</p><p>Esse é um dos motivos da proibição do uso de plásticos reciclados ou frascos</p><p>descartados para a embalagem de alimentos e para a fabricação de brinquedos</p><p>para crianças.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>49</p><p>A informação</p><p>O design pode contribuir para incentivar a reciclagem dos materiais, se utilizar os</p><p>produtos como suporte de informações claras sobre como o usuário deve proceder</p><p>para facilitar a reciclagem.</p><p>Por exemplo: “esse material é reciclável se forem adotadas as seguintes</p><p>medidas:...”.</p><p>10 regrAs prátICAs</p><p>É exigido de quem desenha uma embalagem:</p><p>Conceber uma embalagem capaz de proteger e conservar o produto, durante •</p><p>um tempo de vida útil mínimo, adequado aos circuitos de distribuição.</p><p>Definir uma embalagem fácil de transportar, empilhar e envolver. •</p><p>Desenhar uma embalagem atrativa e fácil de</p><p>usar pelo consumidor. •</p><p>Prever uma embalagem fácil de reciclar. •</p><p>A reciclagem não começa no contentor de resíduos.</p><p>Começa na mesa de trabalho do designer.</p><p>1. por que o plástico?</p><p>Porque é leve e permite transportar e proteger a mesma quantidade de produto,</p><p>com menor peso e espessura de material de embalagem, além de viabilizar a</p><p>reciclagem.</p><p>2. é possível reduzir o peso das embalagens?</p><p>O peso das embalagens tem sido reduzido a cada ano. Mas a redução continua, já</p><p>que os limites são funcionais (proteção do produto) e tecnológicos (processos de</p><p>fabricação).</p><p>50</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>3. A diversidade dos plásticos é uma desvantagem?</p><p>Realmente os plásticos são extremamente variados, mas isso não significa</p><p>necessariamente uma desvantagem ambiental. Um dos melhores exemplos é o da</p><p>combinação de materiais plásticos “normais” e “alta barreira”. Graças ao material de</p><p>“alta barreira”, a embalagem pode garantir uma proteção elevada do produto, com</p><p>espessura e pesos muito reduzidos.</p><p>4 – só as embalagens monomaterial são boas?</p><p>Esgotadas as possibilidades de redução, a primeira regra para facilitar a reciclagem</p><p>consiste em verificar se é viável uma embalagem monopolímero, isto é, fabricada com</p><p>um só plástico. Se não existirem exigências especiais, esta é a melhor solução.</p><p>5 - A regra da densidade</p><p>Sendo inevitável recorrer a plásticos diferentes, devem ser escolhidos materiais com</p><p>densidades diferentes. Se assim for, a separação desses materiais será mais fácil nos</p><p>processos de reciclagem. Exemplos: O PET e o PE são fáceis de separar; o PET e o PVC,</p><p>como têm densidades similares, são difíceis de separar mecanicamente.</p><p>6 - As (in)compatibilidades</p><p>Como as exigências técnicas de funcionalidade (e de custo) da embalagem “obrigam”</p><p>a usar materiais com densidades similares, deve-se, tanto quanto possível, ter em</p><p>conta a compatibilidade entre os vários plásticos, para a reciclagem mecânica.</p><p>7 - é só uma questão de peso?</p><p>Não. A otimização da coleta seletiva também passa pelo volume. Tanto quanto</p><p>possível, a embalagem deve ser fácil de esvaziar (para chegar ao reciclador sem</p><p>contaminantes) e ocupar o menor volume possível (para que os contentores</p><p>não estejam cheios… de ar). Com embalagens flexíveis, o volume reduz-se</p><p>espontaneamente. No caso das embalagens rígidas, que são projetadas para manter</p><p>a estabilidade até ao fim da sua utilização, talvez o designer possa facilitar o gesto</p><p>de “espalmar”, para o consumidor.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>51</p><p>8 - Acessórios e detalhes</p><p>A embalagem é quase sempre acompanhada de “acessórios”: tampas, rótulos etc..</p><p>Se estes “acessórios” não forem produzidos com materiais idênticos, de densidades</p><p>diferentes, ou com materiais “compatíveis”, devem, pelo menos, ter uma característica:</p><p>serem fáceis de remover e separar por processos mecânicos simples.</p><p>9 - Colas: poucas e solúveis</p><p>Se a colocação de rótulos exigir a aplicação de colas (há rótulos sem cola), há que</p><p>tentar seguir duas regras fundamentais: (1) aplicar o mínimo indispensável de cola,</p><p>(2) preferir colas solúveis em água.</p><p>10 - tira-teimas</p><p>O mundo da embalagem é rico e criativo. Para que as embalagens de plástico possam</p><p>ser adequadamente separadas, é indispensável que exista uma forma de identificação</p><p>do material em que são fabricadas. Recomenda-se a marcação com a simbologia da</p><p>SPI (Society of Plastics Engineers), que permite identificar os polímeros.</p><p>52</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>53</p><p>mAnuAl sobre A Construção e InstAlAção do</p><p>AqueCedor solAr</p><p>Composto de embAlAgens desCArtáVeIs</p><p>(lixo Vira água quente)</p><p>Elaborado por: José Alcino Alano e Família</p><p>e-mail : josealcinoalano@ibest.com.br</p><p>Cidade: Tubarão - Santa Catarina</p><p>54</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>sumário</p><p>1 - Apresentação</p><p>1.1 - Histórico</p><p>1.2 - Finalidade</p><p>1.3 - “Cuidados especiais”</p><p>2 - Como funciona um Aquecedor solar</p><p>2.1 - Circulação por termo sifão</p><p>2.2 - Circulação forçada</p><p>3 - produzindo os componentes do conjunto</p><p>3.1 - Passo a passo na construção do coletor solar</p><p>3.2 - Caixa d’água ou reservatório</p><p>3.3 - Isolamento térmico da caixa ou reservatório</p><p>4 - tópicos referentes à instalação do conjunto</p><p>4.1 - Dimensionar o projeto conforme o consumo e região do país</p><p>4.2 - Suportes de fixação para o coletor e da caixa ou reservatório</p><p>4.3 - Isolamento térmico dos dutos de cima do coletor, até a caixa ou</p><p>reservatório</p><p>4.4 - Distância entre a caixa ou reservatório</p><p>4.5 - Misturador de água quente/fria, simples mas prático</p><p>4.6 - Instalação do controle eletrônico de temperatura ao chuveiro</p><p>4.7 - Tempo necessário de exposição solar com eficiência térmica</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>55</p><p>1-Apresentação</p><p>1.1- histórico</p><p>Somos conscientes das facilidades e conforto que toda essa gama de embalagens</p><p>nos proporciona, mas é visível o impacto ambiental que causam quando descartadas</p><p>de maneira errada e irresponsável. Com o propósito de dar um destino útil às</p><p>embalagens pet , caixas tetra pak, bandejas de isopor, sacolas plásticas, etc.,</p><p>surgiu-nos a idéia de aplicá-las num aquecedor solar alternativo, em sintonia com</p><p>nossa preocupação na adoção, sempre que possível, por sistemas ecologicamente</p><p>corretos. Em consequência dos resultados obtidos, com um projeto extremamente</p><p>simples e barato, sentimos que poderíamos dar um destino coletivo, à implantação</p><p>do mesmo.</p><p>1.2 - finalidade</p><p>Economizar energia elétrica, beneficiar o meio ambiente com uma reciclagem direta</p><p>sem qualquer processo industrial nos descartáveis, nosso projeto tem também</p><p>como objetivo, conscientizar a todos de que todas essas embalagens (pós-consumo)</p><p>podem ter aplicação útil no lado social. O registro junto ao INPI (Instituto Nacional</p><p>de Propriedade Industrial) se fez necessário para garantir a finalidade social e,</p><p>que se Deus quiser, juntos conseguiremos proporcionar uma melhor qualidade</p><p>de vida ao maior número possível de pessoas, com um pouco mais de conforto e</p><p>dignidade. Nosso propósito, jamais foi o de extrair dividendos na comercialização</p><p>do mesmo, mas sim, quem sabe, gerar renda e empregos em cooperativas de</p><p>catadores, instituições, etc. Através dos contatos pessoais e do grande número de</p><p>e- mails que recebemos, são claras as preocupações das pessoas, tanto com o meio</p><p>ambiente quanto aos problemas sociais que muito nos afligem, porém dispostas a</p><p>se envolverem não só com o nosso projeto, e sim, com tudo que contribua com o</p><p>consumo sustentável e inclusão social. Talvez pela simplicidade do projeto, o mesmo</p><p>vem sendo implantado por ongs, universidades, empresas, clubes de serviços, em</p><p>várias instituições e habitações de famílias com baixa renda. Convocamos aqueles</p><p>que não queiram instalar o nosso projeto e que tenham melhor poder aquisitivo, a</p><p>instalarem outro tipo de Aquecedor Solar. Há excelentes sistemas no mercado.</p><p>Desfrutem dessa energia gratuita e integrem-se também aos que vêem o planeta</p><p>como um todo, adotando como filosofia á preservação do meio ambiente. Esse</p><p>ecossistema frágil que não deve ser agredido, sob pena de respostas nada frágeis.</p><p>Não é possível que sejamos tão imediatistas e irresponsáveis, ao extremo de</p><p>comprometermos os destinos não só dessa, mas principalmente das futuras</p><p>gerações.</p><p>56</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Recomendamos o livro “Mundo Sustentável”, do jornalista André Trigueiro, recém</p><p>lançado em todo Brasil. O mesmo contém uma série de projetos e informações, com</p><p>soluções interessantes, para diversos problemas ambientais.</p><p>1.3 - “Cuidados especiais”</p><p>Observação importante se faz necessária no cuidado que devemos ter no manuseio</p><p>com as garrafas pet, caixas tetra pak, enfim, com o lixo como regra. As precauções</p><p>são quanto à procedência das embalagens, com o propósito de evitarmos o</p><p>contágio de doenças extremamente graves, um exemplo o contato com a urina de</p><p>ratos, que causa a leptospirose. Em caso de dúvidas informe-se junto à vigilância</p><p>sanitária, secretaria</p><p>de saúde de seu município ou com pessoas qualificadas sobre</p><p>os cuidados necessários.</p><p>2 - Como funciona um Aquecedor solar</p><p>2.1 - Circulação por termo sifão</p><p>O principio de funcionamento por termo sifão é o que melhor se adapta á sistemas</p><p>simples, como ao nosso projeto. Desde que, tenhamos a possibilidade de instalarmos</p><p>o coletor solar com a barra superior do coletor, ligada ao retorno de água quente</p><p>(9), sempre abaixo do nível inferior (fundo) da caixa ou reservatório, como indica o</p><p>diagrama nº1, mas que nunca ultrapasse 3 metros essa distância.</p><p>Diagrama nº 1</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>57</p><p>Esse desnível é necessário para garantir a circulação da água no coletor, pela diferença</p><p>de densidade entre a água quente e a fria, sendo que á medida que a água esquenta</p><p>nas colunas do coletor, ela sobe para a parte superior da caixa ou reservatório,</p><p>pressionada pela água fria, que por ser mais pesada flui para a parte inferior do</p><p>coletor empurrando á água quente para a parte de cima da caixa ou reservatório.</p><p>Esse processo permanece enquanto houver radiação solar. Efeito idêntico aos</p><p>aquecedores convencionais do mercado com sistema termo sifão, diferenciando-se</p><p>apenas nos materiais aplicados na sua fabricação.</p><p>2.2 - Circulação forçada</p><p>Sistema em que o coletor fica mais alto do que a caixa ou reservatório, um exemplo</p><p>é o aquecimento de piscinas. O sistema é dotado de um termosensor, responsável</p><p>pelo acionamento de uma motobomba. Ou seja, assim que o coletor solar estiver</p><p>produzindo água quente e atinja a uma temperatura pré-estabelecida, o termosensor</p><p>aciona a motobomba efetuando a troca de água quente pela fria no coletor. Faz-</p><p>se necessário á instalação de uma válvula de retenção (5), para que nos horários</p><p>sem radiação solar sobre o coletor, evite o ciclo inverso, já que a água do coletor</p><p>está fria e mais pesada do que a água da piscina, caixa ou reservatório, senão o</p><p>coletor funcionará como um dissipador de calor, o que esfriará toda água quente</p><p>armazenada ou sendo aquecida por aquecimento elétrico complementar, quando</p><p>disponível no sistema.</p><p>Diagrama nº 2</p><p>58</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>3 - produzindo os componentes do conjunto</p><p>3.1- passo a passo na construção do coletor solar</p><p>O coletor solar é o componente que merece especial atenção, por ser o mesmo</p><p>responsável direto, para o bom desempenho de um sistema de aquecimento</p><p>solar.</p><p>Nosso coletor solar diferencia-se dos demais, no que tange aos materiais utilizados</p><p>na sua construção e rendimento térmico. Com intuito de baixar custos, utilizamos</p><p>nas colunas de absorção térmica, tubos e conexões de PVC, menos eficiente do que</p><p>os tubos de cobre ou alumínio aplicados nos coletores convencionais. As garrafas pet</p><p>e as caixas tetra pak, substituem a caixa metálica, o painel de absorção térmica e o</p><p>vidro utilizado nos coletores convencionais. O calor absorvido pelas caixas tetra pak,</p><p>pintadas em preto fosco, é retido no interior das garrafas e transferido para a água</p><p>através das colunas de PVC, também pintadas em preto. A caixa metálica com vidro</p><p>ou as garrafas pet, tem como função proteger o interior do coletor das interferências</p><p>externas, principalmente dos ventos e oscilações da temperatura, dando origem a</p><p>um ambiente próprio. Apesar de simples, contém detalhesindispensáveis na sua</p><p>confecção e no seu funcionamento. O dimensionamento do coletor solar em relação</p><p>à caixa d’água ou acumulador, é importantíssimo. Para limitarmos a temperatura a</p><p>níveis que mantenham a rigidez do PVC (temperatura máxima de 55ºC), sem causar o</p><p>amolecimento dos mesmos, e por conseqüência comprometer a estrutura do coletor</p><p>solar na parte superior, causando vazamentos. No capítulo 4, item 4.1-Dimensionar o</p><p>projeto conforme o consumo e região do país, encontrarão as informações de como</p><p>dimensionar o projeto. Obs.: Cuidado também com a caixa d’água ou reservatório,</p><p>se os mesmos forem de materiais com limites de temperatura.</p><p>3.1.1- escolha das garrafas pet, como e qual tamanho cortá-las</p><p>Três são os tipos de garrafas que utilizamos na construção do mesmo, dando</p><p>preferência às garrafas transparentes (cristal) lisas (retas), cinturadas de Coca e de</p><p>Pepsi.</p><p>Estamos testando algumas garrafas verdes, que aplicamos num coletor solar e com os</p><p>resultados alcançados semelhantes ás do tipo cristal. Como a cor verde absorve calor,</p><p>supostamente causará a degradação da garrafa mais rapidamente, comprometendo</p><p>a sua transparência. Mas queremos deixar claro que não temos a confirmação de</p><p>tal degradação, já que as utilizamos a pouco tempo. Como informação, o primeiro</p><p>coletor solar que instalamos em nossa residência, foi feito com garrafas lisas (retas)</p><p>tipo cristal, e completou, em Abril de 2006, três anos e meio.</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>59</p><p>Nota-se que as mesmas apresentam dilatações entre as garrafas, prejudicando a</p><p>vedação entre elas, o que não ocorreu com o outro coletor feito á três anos, com</p><p>garrafas cinturadas (Coca, Pepsi, Sukita). Para facilitar o corte das garrafas, sugerimos</p><p>um gabarito simples, ou seja, corte 2 pedaços de tubos em PVC de 100mm: 1 com</p><p>29cm e o outro com 31cm e em seguida faça um corte longitudinal nos 2 tubos,</p><p>possibilitando a introdução da garrafa no mesmo, definindo o tamanho da garrafa</p><p>a ser cortada. Sugestão: cortem com estilete.</p><p>O tubo de 29cm servirá de medida para o corte das garrafas lisas e as de Pepsi e o</p><p>tubo de 31 cm, apenas para o corte das garrafas de Coca.</p><p>Figuras abaixo:</p><p>Sugestões: após o consumo do refrigerante, lavem a garrafa e deixe escorrer a</p><p>água. Leve à geladeira por 2min sem a tampa e ao retirar da geladeira, tampe-a</p><p>rapidamente. O ar frio no interior da garrafa voltando à temperatura ambiente,</p><p>causará o aumento do volume, pressurizando a mesma e eliminando o risco de</p><p>auto-amassar-se quando guardada em lugar frio, até a sua aplicação no coletor solar.</p><p>Caso tenham poucas garrafas e entre elas algumas amassadas, poderão aproveitá-las.</p><p>Adicionem 100ml de água fria, tampe-a e aqueça-a no microondas por 45 segundos.</p><p>Ao retira-la do forno, gire a mesma na horizontal por uns 10 segundos, deixe-a em</p><p>pé e só depois com cuidado desenrosque a tampa lentamente para liberar o vapor.</p><p>Joguem a água fora e deixe a garrafa esfriar sem a tampa. Mas fica a pergunta, porque</p><p>não usar água quente? - Porque a garrafa sem a pressão do vapor como sustentação,</p><p>ao receber a água quente deforma-se toda.</p><p>Obs.: Nessa operação protejam-se com óculos de proteção, luvas, avental, e em local</p><p>longe o suficiente de outras pessoas, especialmente crianças.</p><p>60</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>3.1.2 - Caixas tetra pak de 1 litro (de leite, sucos, etc.)</p><p>As caixas tetra pak têm em sua composição, 5% de alumínio, 20% de polietileno e</p><p>75% de celulose, o que dificulta sua coleta como apenas papel, exigindo portanto</p><p>equipamentos especiais na separação desses três materiais. São poucas as empresas</p><p>especializadas em tal processamento, o que desestimula os catadores, apesar de</p><p>campanhas do principal fabricante (Revista Superinteressante Julho/2004, página</p><p>79). A aplicação delas em nosso projeto oferece excelentes resultados, pois a</p><p>combinação dos três materiais evita que se deformem na temperatura a que serão</p><p>submetidas, dentro das garrafas, ao contrário se optássemos por papel comum. Vale</p><p>lembrar que, quando vazias as caixas devem ser abertas na parte de cima, lavadas</p><p>e deixadas a escorrer a água. É normal a formação de condensação (umidade) no</p><p>interior das garrafas, nas primeiras horas de exposição ao sol do coletor solar.</p><p>Com o propósito de simplificar o corte nas caixas tetra pak, adotamos um único</p><p>tamanho para os diversos tipos de garrafas, ou seja com 22,5cm de comprimento</p><p>(Fig.1), e com mais 1 corte de 7cm na parte de baixo da caixa (Fig.2), que servirá de</p><p>encaixe do gargalo da próxima garrafa. Devemos dobra-la aproveitando os vincos</p><p>das laterais da mesma (Fig.3), e com mais duas dobras em diagonal na parte de cima</p><p>(Fig.4), se amolda à curvatura</p><p>superior interna da garrafa, dando também sustentação</p><p>à caixa, mantendo-a reta e encostada no tubo de PVC. Façam todos os cortes e dobras</p><p>antes da pintura. Devemos pintá-la com tinta esmalte sintético preto fosco, secagem</p><p>rápida para exteriores e interiores, usada para ferro, madeira, etc.</p><p>Mas evitem a compra em spray, torna a pintura muito mais cara. Dêem preferência</p><p>a latas de 1kg, utilizem na aplicação da tinta um rolo de pintura ou pincel. Para um</p><p>melhor aproveitamento da tinta, espalhem as caixas devidamente desdobradas lado</p><p>a lado, pintando várias de uma só vez.</p><p>Obs.: Não usem tinta com brilho, pois comprometerá o desempenho do coletor,</p><p>uma vez que os raios solares serão em parte refletidos.</p><p>Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>61</p><p>Fig. 4 Fig. 5</p><p>3.1.3 - Corte, pintura dos tubos, e montagem do coletor</p><p>Os tubos das colunas do coletor solar, devem ser cortados de acordo com os tipos</p><p>de garrafas disponíveis. Vejam abaixo à medida que melhor se enquadra:</p><p>92 cm- para colunas com 4 garrafas retas</p><p>100 cm- para colunas com 5 garrafas cinturadas (Pepsi, Sukita)</p><p>105 cm- para colunas com 5 garrafas de Coca</p><p>O motivo de aplicarmos no máximo 5 garrafas por coluna, visa não dificultar a</p><p>instalação do coletor solar em relação à altura da caixa d’água ou reservatório,</p><p>conforme abordado no item 2.1- Circulação por termo sifão, pois aqui no sul do país</p><p>exige-se uma maior inclinação em razão da latitude local. Citamos como exemplo</p><p>Tubarão/SC, cidade onde moramos a latitude é 28º28’ S, enquanto que em Fortaleza,</p><p>a latitude é 3º43’ S.</p><p>Voltaremos ao assunto no item 4-Tópicos referentes à instalação do conjunto.</p><p>Antes de pintarmos os tubos das colunas com a mesma tinta aplicada nas</p><p>caixas, devemos isolar com fita crepe de 19mm as 2 extremidades, onde depois</p><p>de pintados e a tinta seca, retira-se á fita para o devido encaixe nas conexões tipo</p><p>tee. Os tubos de 20mm de distanciamento entre colunas, devem ser cortados</p><p>com 8,5cm e sem pintura. Medida padrão a todos coletores, não importando os</p><p>tipos de garrafas. Mas, caso queiram fazer os barramentos superior e inferior mais</p><p>reforçados do coletor solar e com melhor circulação, apliquem conexões do tipo tee</p><p>com redução de 25mm para 20mm, e os distanciadores entre colunas com tubos</p><p>de 25mm cortados com 8cm.</p><p>A montagem é muito simples, se seguirmos a ordem na colocação dos componentes,</p><p>e tendo o cuidado de usarmos o adesivo, somente nos tubos e conexões da parte</p><p>superior do coletor onde circula a água quente. Na parte inferior devemos apenas</p><p>encaixá-los com a ajuda de um martelo de borracha, tornando a manutenção,</p><p>62</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>se necessário, simplesmente desencaixando a barra inferior sem comprometer o</p><p>tamanho das colunas, pois caso fossem coladas teriam de ser cortadas, e com a</p><p>perca de todas as conexões e dos tubos de distanciamento.</p><p>Evitem dores de cabeça, a qualidade de todos os materiais aplicados no projeto é</p><p>fundamental. Fiquem atentos, algumas formas de economizar podem custar caro.</p><p>Ao iniciarmos a montagem do coletor solar, devemos proceder à colagem das três</p><p>peças da Fig.1, repetindo a operação no número de colunas do coletor solar. Colem</p><p>um conjuntinho ao outro até formar 5 colunas. Em seguida insiram as garrafas e as</p><p>caixas tetra pak (fig.2) nas 5 colunas, não esquecendo de fechar a última garrafa de</p><p>cada coluna, cortando outra garrafa, mas na parte de cima, do lado da tampa. A</p><p>seguir, com o barramento inferior previamente montado (Fig.4), é só encaixar e fechar</p><p>esse módulo. Recomendamos que para regiões muito frias, devemos preencher a</p><p>parte de baixo, entre a garrafa e a caixa tetra pak (Fig.3), com algum tipo de isotérmico</p><p>que não absorva umidade (exemplos: rótulos plásticos, sacolas plásticas).</p><p>A razão de optarmos por módulos de 5 colunas, é quanto ao manejo, torna-o</p><p>extremamente fácil carregá-lo até o local de instalação. Devemos montar um coletor</p><p>solar com no máximo com 25 colunas, ou sejam 5 módulos. Este cuidado é para</p><p>evitarmos tenções nos barramentos e a possível acumulação de bolhas de ar no</p><p>barramento superior, o que compromete a circulação no coletor solar. A 1ª garrafa de</p><p>cada coluna deve ser vedada, com tiras de borracha (ex.: câmaras de ar) ou fita auto</p><p>fusão, pois evita a fuga de calor do interior da coluna e impede que o vento gire as</p><p>garrafas, tirando as caixas tetra pak da posição voltada para o Sol, comprometendo</p><p>o rendimento do coletor solar.</p><p>Para uma melhor visualização, montaremos a seguir, passo a passo com fotos, 2</p><p>colunas de um coletor solar:</p><p>Fig.1 Fig.2 Fig.3</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>63</p><p>Fig.4 Fig.5 Fig.6</p><p>Duas colunas (Fig.6) com 4 garrafas retas montadas.</p><p>3.2 - Caixa d’água ou reservatório</p><p>A própria caixa d’água existente no local, pode ser aproveitada no fornecimento</p><p>de água quente e fria, desde que a mesma tenha a capacidade igual ao dobro da</p><p>água a ser aquecida. Tomaremos como exemplo uma família com 4 pessoas, onde o</p><p>consumo médio diário é de mais ou menos 250 litros de água quente. O recomendável</p><p>é que a caixa seja de 500L, já que usaremos como reservatório e fornecimento de</p><p>água quente, a metade superior da caixa no sistema de aquecimento solar, e a</p><p>metade inferior o fornecimento de água fria. Não esqueçam de instalar o redutor de</p><p>turbulência, citado no Diagrama nº1, item 4, à saída da torneira bóia. Ele tem como</p><p>função, direcionar a água fria de reposição ao fundo da caixa d’água, sem causar</p><p>turbulência, evitando a mistura da água quente com a fria. Através do diagrama nº3,</p><p>procuraremos descrever o seu funcionamento. O item 2, é apenas um pedaço de</p><p>tubo com diâmetro variável, pois depende da torneira bóia a ser utilizada e que tem</p><p>a função de direcionar a água até 5cm do fundo do 2º tubo, item 3, de 50mm. Esse</p><p>tubo tem a parte inferior fechada e com 20 furos de 10mm ao redor do mesmo. Mas</p><p>atenção, as furações devem ser feitas apenas no corpo central do tubo, deixando</p><p>sem furos, 3cm na extremidade superior e 5cm na parte inferior (tampado). Item 4,</p><p>tubo de 100mm que serve de condutor para a água sem turbulência.</p><p>Porque reduz a turbulência? O jato d’água liberado pela bóia através do item 2, é</p><p>dirigido até o fundo do item 3, causando um turbilhonamento no interior do mesmo,</p><p>retornando para cima, mas liberando a água pelo os furos laterais. Essa água liberada</p><p>do item 3, já atenuada, é dirigida ao fundo da caixa, através do tubo de 100mm,</p><p>item 4, devidamente recortado em forma de dente de serra (dentes em média de</p><p>20mm), apoiado no fundo da caixa e encostado à parte de baixo da bóia.</p><p>64</p><p>REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO</p><p>Diagrama nº 3</p><p>Se possível, instalem os pontos de consumo próximos à caixa ou reservatório, o</p><p>que diminuirá o desperdício de água na tubulação, até que chegue a água quente</p><p>no local. Sendo a caixa ou reservatório responsável por acumular a água quente,</p><p>faz-se necessário um bom isolamento térmico. Nos acumuladores convencionais de</p><p>mercado, usam-se isotérmicos de alta eficiência. Tais acumuladores, em sua maioria</p><p>dispõem de aquecimento complementar com energia elétrica ou a gás, para os dias</p><p>encobertos ou chuvosos, controlados por termostatos que acionam este recurso</p><p>sempre que a água fique com a temperatura abaixo do pré-estabelecido pelo usuário.</p><p>O nosso projeto por ter a característica de torná-lo viável economicamente a todos,</p><p>não dispõe desse aparato, sendo os mesmos substituídos por chuveiro comum, mas</p><p>com o recurso de um controlador com ajuste eletrônico de temperatura, conectado</p><p>em série à entrada de energia elétrica do chuveiro. Comum no mercado, ele facilita</p><p>a regulagem da temperatura</p>

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