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Compreensão e Interpretação de Textos

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<p>SISTEMA DE ENSINO</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação</p><p>de Textos – Parte II</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Compreensão e Interpretação de Texto – Parte II ...........................................3</p><p>Aula 4 – Paráfrase: Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto, Substituição</p><p>de Palavras e Trechos do Texto. ....................................................................3</p><p>Aula 5 – Intertextualidade .........................................................................33</p><p>Aula 6 – Tipologia e Gêneros Textuais .........................................................41</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – PARTE II</p><p>Aula 4 – Paráfrase: Reescritura de Frases e Parágrafos</p><p>do Texto, Substituição de Palavras e Trechos do Texto.</p><p>Olá, caro(a) aluno(a)!</p><p>Bom saber que você é disciplinado e chegou comigo à Aula 4, imprescindível ao</p><p>seu excelente desempenho em provas. Propostas comuns em concursos realizados</p><p>país afora: “o trecho X pode ser reescrito da seguinte forma, sem prejuízo para a</p><p>correção gramatical e para o sentido original”; “a palavra Y pode ser substituída por</p><p>Z, sem prejuízo para a correção gramatical e para a coerência textual”. Lembrou-se</p><p>desses comandos? Pois bem. Cuidado: quando a banca questionar o sentido ori-</p><p>ginal, você deverá se preocupar com a manutenção do sentido primeiro. Qualquer</p><p>desvio de sentido tornará o item errado; contudo, quando o questionamento se re-</p><p>lacionar à coerência do texto, poderá haver alteração do sentido original, mas nada</p><p>poderá comprometer a compreensão (quer dizer: não poderão existir obscurida-</p><p>des, ambiguidades, contradições). Essas habilidades precisam ser bem treinadas.</p><p>A língua possui uma série de recursos linguísticos que permitem dizer a mesma</p><p>mensagem com estruturas diferentes. O ponto de partida é sempre o texto-fonte.</p><p>Esses recursos constituem uma forma de intertextualidade que é denominada pa-</p><p>ráfrase.</p><p>A paráfrase contribui para o aprimoramento do vocabulário e proporciona inú-</p><p>meras oportunidades de reestruturação de frases, considerando as múltiplas possi-</p><p>bilidades combinatórias da nossa língua.</p><p>Dessa forma, a paráfrase corresponde a uma espécie de tradução dentro da</p><p>própria língua, em que se diz, de maneira clara e correta, num texto B, o que contém</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>4 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>um texto A, sem comentários marginais, sem nada acrescentar e sem nada omitir</p><p>do que seja essencial. Tudo é feito com outros torneios de frase e, tanto quanto</p><p>possível, com outras palavras, e, de tal forma, que a nova versão — o que pode</p><p>ser sucinta sem deixar de ser fiel — evidencie o pleno entendimento do texto</p><p>original. Entendeu?</p><p>Em síntese, paráfrase é a reescritura do texto, com a manutenção do sentido</p><p>original, primeiro.</p><p>Vejamos, então, algumas dessas possibilidades combinatórias da nossa língua,</p><p>prezado(a) aluno(a).</p><p>1) Substituição lexical (relações de sinonímia):</p><p>Embora falasse a verdade, ninguém acreditou em seu discurso.</p><p>Conquanto falasse a verdade, ninguém creu em seu discurso.</p><p>2) Inversão dos termos da oração ou das orações do período:</p><p>Grande parte de nossas vidas transcorre em locais de trabalho.</p><p>Em locais de trabalho, grande parte de nossas vidas transcorre.</p><p>Irei ao Japão quando me formar.</p><p>Quando me formar, irei ao Japão.</p><p>3) Transposição da voz ativa para a voz passiva e vice-versa:</p><p>Ele elogiou a obra literária (voz ativa).</p><p>A obra literária foi elogiada por ele (voz passiva).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>5 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>4) Transposição do discurso direto para o discurso indireto e vice-versa:</p><p>O padre confessou:</p><p>— Estou muito doente. (discurso direto: reprodução fiel da fala de alguém)</p><p>O padre confessou que estava muito doente. (discurso indireto: a fala de alguém é</p><p>incorporada à estrutura do narrador).</p><p>Na passagem do discurso direto para o indireto ou vice-versa, observe as seguintes</p><p>transformações:</p><p>a) discurso direto: primeira pessoa.</p><p>Eles indagaram: — O que devemos resgatar?</p><p>Discurso indireto: terceira pessoa.</p><p>Eles indagaram o que deviam resgatar.</p><p>b) discurso direto: imperativo.</p><p>O chefe ordenou: — Redijam o relatório.</p><p>Discurso indireto: pretérito imperfeito do subjuntivo.</p><p>O chefe ordenou que redigíssemos o relatório.</p><p>c) discurso direto: futuro do presente.</p><p>O médico explicou: — Com o exame, a criança ficará curada.</p><p>Discurso indireto: futuro do pretérito.</p><p>O médico explicou que, com o medicamento, a criança ficaria curada.</p><p>d) discurso direto: presente do indicativo.</p><p>Gudesteia me perguntou: — A quem devo informar o problema?</p><p>Discurso indireto: pretérito imperfeito do indicativo.</p><p>Gudesteia me perguntou a quem devia informar o problema.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>e) discurso direto: pretérito perfeito.</p><p>Abigail disse: — Estive no STF e falei com o presidente.</p><p>Discurso indireto: pretérito mais-que-perfeito.</p><p>Abigail disse que estivera no STF e falara com o presidente.</p><p>Percebeu? Há detalhes que você precisará revisar sempre. Deixe dicas impor-</p><p>tantes bem visíveis no seu mural de estudos, no seu celular, no seu bloco de ano-</p><p>tações. Tenha sempre boas estratégias de lembretes e revisões.</p><p>5) Substituição da oração adverbial, substantiva ou adjetiva pelas classes gra-</p><p>maticais correspondentes ou vice-versa:</p><p>A moça escorregou porque ventava. (oração adverbial causal)</p><p>A moça escorregou por causa do vento. (locução adverbial causal)</p><p>Desejo que você silencie. (oração substantiva)</p><p>Desejo o seu silêncio. (substantivo)</p><p>Ela é uma pessoa que tem convicções. (oração adjetiva)</p><p>Ela é uma pessoa convicta. (adjetivo)</p><p>6) Substituição de orações desenvolvidas por reduzidas ou vice-versa:</p><p>É importante que o trabalho seja prosseguido. (oração desenvolvida)</p><p>É importante prosseguir o trabalho. (oração reduzida)</p><p>Faça, agora, um gesto positivo, indicando que você tudo entendeu.</p><p>Há outro aspecto fundamental: a substituição de palavras do texto. Às vezes,</p><p>o examinador faz substituições que mantêm o sentido original; outras vezes, há</p><p>alteração de sentido. É sempre um teste de vocabulário.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil</p><p>os tipos e os gêneros textuais.</p><p>Há muitos candidatos que ainda entendem o estudo da língua como conjunto de</p><p>instruções programadas no cérebro. Sabemos, porém, que precisamos transcender</p><p>essa realidade. Todos os componentes fonológicos, morfológicos, sintáticos e se-</p><p>mânticos devem ser explicitados, articulados, contextualizados.</p><p>Dessa maneira, é importante saber que as unidades linguísticas apresentam</p><p>dois aspectos fundamentais: a forma (ou “significante”) e o significado (ou “senti-</p><p>do”). Portanto, uma unidade como a palavra MALA pode ser estudada do ponto de</p><p>vista formal: sua pronúncia, sua composição e classificação morfológica e seu com-</p><p>portamento sintático. Ademais, pode-se estudar a mesma palavra MALA do ponto</p><p>de vista semântico, do significado.</p><p>Ressalte-se que os dois aspectos, o formal e o semântico, estão presentes na</p><p>palavra MALA, mas precisam ser separados na descrição, pois a relação que existe</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>42 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>entre as formas gramaticais e os significados que elas veiculam é extremamente</p><p>complexa. Tudo depende do contexto. Por isso, hoje as provas de concursos pú-</p><p>blicos priorizam o texto, com vistas a perceber a capacidade de raciocínio lógico</p><p>do candidato.</p><p>A descrição de uma língua deve ser entendida como composta essencialmente</p><p>de três componentes:</p><p>I – descrição formal (fonologia, morfologia, sintaxe);</p><p>II – descrição semântica (relação de sentido);</p><p>III – interpretação semântica (articulação dos dois primeiros componentes).</p><p>Observe os exemplos.</p><p>1. Meu filho detesta berinjela.</p><p>2. Meu filho não gosta de berinjela.</p><p>(Propriedades formais diferentes / aproximação semântica).</p><p>3. Esta é a mulher mais bonita de Campo Grande.</p><p>4. Esta é a poesia mais bonita de Cecília Meireles.</p><p>(Propriedades formais iguais / evidentes diferenças semânticas)</p><p>Os exemplos mais complexos — e que surpreendem os candidatos desavisados</p><p>— são aqueles em que uma diferença formal corresponde a uma diferença semântica.</p><p>Observe, agora, como Carlos Drummond articula forma e significado.</p><p>No meio do caminho tinha uma pedra</p><p>tinha uma pedra no meio do caminho</p><p>tinha uma pedra</p><p>no meio do caminho tinha uma pedra.</p><p>Nunca me esquecerei desse acontecimento</p><p>na vida de minhas retinas tão fatigadas.</p><p>Nunca me esquecerei que no meio do caminho</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>43 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>tinha uma pedra</p><p>tinha uma pedra no meio do caminho</p><p>No meio do caminho tinha uma pedra.</p><p>Com base na leitura do texto acima, surgem alguns questionamentos: qual o</p><p>real significado dessa “pedra” e desse “caminho”? Centenas de interpretações já</p><p>foram construídas na tentativa de desvendar o poema. Serão obstáculos à ação do</p><p>homem? Será o enigma da existência? Ou o poema registra apenas signos reais?</p><p>O caminho seria simplesmente um caminho, por onde ia o poeta quando deparou</p><p>com aquela pedra obstruindo-lhe a passagem? Diante da reflexão existencial que</p><p>caracteriza a poesia drummondiana é, no entanto, difícil não sentirmos naquele</p><p>“caminho” e naquela “pedra” densos signos metafóricos carregados de significa-</p><p>ções ocultas. O que importa, afinal, é que o poema continua vivendo, entregue a</p><p>cada um de nós. Ele oferece a cada um o que quisermos encontrar nele.</p><p>Entre a “pedra” e os possíveis “obstáculos da vida”, sente-se a implacável re-</p><p>sistência contra a qual todos os esforços são inúteis. A linguagem conotativa</p><p>configura-se com base na associação de caráter semântico, isto é, o termo real é</p><p>expresso por um termo ideal a ele relacionado por determinada significação. É o</p><p>que acontece com o poema de Drummond, em que a “pedra” — pela sua dureza,</p><p>irredutibilidade e situação de “obstáculo” ao caminhar livre (denotação) — é logo</p><p>associada à significação de uma vida frustradora, dura e cheia de poréns à livre</p><p>realização do homem (conotação).</p><p>Vamos entender bem esses dois conceitos, para que você, compreenda, do pon-</p><p>to de vista da tipologia, o que é o texto literário e o que é o texto não literário.</p><p>A conotação é conhecida como linguagem figurada, plurívoca, translata, aque-</p><p>la que faz uso de todo o arsenal retórico de que a língua dispõe como forma de</p><p>expressão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>44 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Há nuvens negras na economia brasileira.</p><p>Houve, aqui, a associação por similaridade: nuvens negras/tempestade/situa-</p><p>ção ruim. Dessa forma, um signo “emprestou” sua significação a outro.</p><p>O outro nível de linguagem é a denotação. Esta tenta uma aproximação mais</p><p>direta entre o termo e o objeto.</p><p>Há nuvens negras na atmosfera.</p><p>Nessa frase, percebemos que a expressão “nuvens negras” está sendo usada no</p><p>seu sentido próprio, real, unívoco.</p><p>Assim, perceba: texto literário é aquele em que há o predomínio da conota-</p><p>ção; texto não literário é aquele em que há o predomínio da denotação. Entendeu?</p><p>(Câmara dos Deputados) Assinale como certas as frases em que se indica correta-</p><p>mente entre parênteses o modo como a palavra foi usada e como erradas aquelas</p><p>em que isso não ocorre.</p><p>Questão 1 A classe média teme naufragar nesta onda de insolvências. (denotação)</p><p>Errado.</p><p>Em “A classe média teme naufragar nesta onda de insolvências”, o vocábulo desta-</p><p>cado tem valor conotativo, figurado.</p><p>Questão 2 O menino, sobressaltado com o pesadelo, acordou chorando, cha-</p><p>mando pela mãe. (conotação)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>45 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Errado.</p><p>Em “O menino, sobressaltado com o pesadelo, acordou chorando, chamando pela</p><p>mãe”, o vocábulo destacado tem valor denotativo, real.</p><p>Questão 3 Seus argumentos foram tão brilhantes que implodiram o discurso do</p><p>rival. (conotação)</p><p>Certo.</p><p>Em “Seus argumentos foram tão brilhantes que implodiram o discurso do rival”,</p><p>o vocábulo destacado tem valor conotativo.</p><p>Questão 4 Detesto tratar com pessoas que agem de forma dissimulada. (deno-</p><p>tação)</p><p>Certo.</p><p>Em “Detesto tratar com pessoas que agem de forma dissimulada”, o vocábulo des-</p><p>tacado tem valor denotativo, dicionarizado.</p><p>Questão 5 Ressentindo, mordido pela inveja, João passou a cometer desatinos. (co-</p><p>notação)</p><p>Certo.</p><p>Em “Ressentindo, mordido pela inveja, João passou a cometer desatinos”, o vocá-</p><p>bulo destacado tem valor conotativo, plurívoco.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil</p><p>e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>46 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 6 A juventude precisa repensar seus valores. (denotação)</p><p>Errado.</p><p>Em “A juventude precisa repensar seus valores”, há uma metonímia ─ não é a fase</p><p>(juventude) que precisa repensar valores, mas, sim, as pessoas (os jovens) preci-</p><p>sam repensar valores) ─, o que quer dizer que se caracteriza a conotação. Enten-</p><p>deu?</p><p>Leia o texto seguinte.</p><p>Dê a volta ao mundo sem sair de casa. Tenha o mundo inteiro em suas mãos toda</p><p>semana. Congele o preço por um ano todo e aproveite as vantagens. Envie hoje</p><p>mesmo seu cupom. Não mande dinheiro agora.</p><p>(Cebraspe) Julgue os itens seguintes.</p><p>Questão 7 Os períodos exemplificam o uso do modo imperativo como articulador</p><p>da linguagem persuasiva própria da publicidade.</p><p>Certo.</p><p>Trata-se de texto instrucional ou injuntivo. De fato, os períodos exemplificam o uso</p><p>do modo imperativo como articulador da linguagem persuasiva própria da publici-</p><p>dade: “Dê”, “Tenha”, “Congele”, “aproveite”, “Envie”, “Não mande”. Destaque-se,</p><p>também, a função conativa ou apelativa da linguagem.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>47 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 8 O texto lido tem caráter injuntivo ou instrucional.</p><p>Certo.</p><p>O texto lido tem caráter injuntivo ou instrucional. Ainda bem que você está ficando</p><p>“insuportável” (risos).</p><p>Questão 9 Se, em vez de você, o autor tivesse usado tu, o texto ficaria assim</p><p>redigido:</p><p>Dá a volta ao mundo sem sair de casa.</p><p>Tem o mundo inteiro nas tuas mãos toda semana.</p><p>Congela o preço por um ano todo e aproveita as vantagens.</p><p>Envia hoje mesmo teu cupom. Não mandes dinheiro agora.</p><p>Certo.</p><p>Lembre-se de que a segunda pessoa do singular (tu) do imperativo afirmativo é re-</p><p>tirada do presente do indicativo, com uma alteração gráfico-fonética: menos a letra</p><p>“s”. Se, em vez de você, o autor tivesse usado tu, o texto ficaria assim redigido:</p><p>(“Tu dás” – s) Dá a volta ao mundo sem sair de casa.</p><p>(“Tu tens” – s) Tem o mundo inteiro nas tuas mãos toda semana.</p><p>(“Tu congelas” – s ) Congela o preço por um ano todo e (“tu aproveitas” – s) apro-</p><p>veita as vantagens.</p><p>(“Tu envias” – s) Envia hoje mesmo teu cupom. Não mandes dinheiro agora. (No</p><p>imperativo negativo, derivado do presente do subjuntivo, não se retira o “s”).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>48 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 10 A expressão Congele exemplifica linguagem translata.</p><p>Certo.</p><p>A expressão Congele exemplifica linguagem translata, conotativa, figurada, plurívoca.</p><p>Outro aspecto que você precisa dominar bem, quanto à tipologia textual, é a dife-</p><p>rença entre prosa e verso. Um detalhe: quando, no comando da prova discursiva,</p><p>o examinador solicita a elaboração de uma dissertação em prosa, lembre-se de</p><p>produzir um texto em parágrafos (introdução, desenvolvimento e fechamento),</p><p>sem gráficos, desenhos, tabelas e outros.</p><p>Antes de apresentar as modalidades textuais, façamos a distinção entre verso</p><p>e prosa. Está plenamente demonstrado que o verso é mais antigo do que a pro-</p><p>sa, a qual não deve confundir-se, como frequentemente se faz, com a linguagem</p><p>falada. Esta, por sua finalidade e características, difere muito tanto da linguagem</p><p>literária da poesia como da prosa. A oposição entre prosa e verso parte do fato de</p><p>que a prosa se concentra no conteúdo e, portanto, busca basicamente a clareza</p><p>expositiva, enquanto na poesia a forma predomina sobre o conteúdo, e seu prin-</p><p>cipal objetivo é a busca da beleza para a produção de prazer estético. A prosa pre-</p><p>ocupa-se, antes de tudo, com a ideia, embora não com sua reflexão. Sua essência é</p><p>a análise, a decomposição da ideia em todos os seus elementos. Em consequência,</p><p>a linguagem da prosa procura ser lógica, coerente, e distinguir o que se sabe do</p><p>que se imagina. A poesia, ao contrário, atua por meio de sínteses intuitivas e pre-</p><p>tende comover o leitor ou ouvinte.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>49 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Outro princípio de diferenciação, caro(a) aluno(a), observa-se na utilização dos</p><p>adjetivos. Na poesia, são frequentíssimos os adjetivos “não pertinentes” — como</p><p>na expressão “palácios cariados” (João Cabral de Melo Neto), ou que em seu sig-</p><p>nificado não qualifiquem os substantivos — como em “dúbios caminhantes” e “li-</p><p>nhos matinais” (Cesário Verde) —, que a prosa, em geral, rejeita. Também serve</p><p>de exemplo o uso da coordenação, que na poesia pode ser aparentemente incon-</p><p>sequente, como nos versos de Drummond: “Pensando com unha, plasma, / fúria,</p><p>gilete, desânimo.” A inconsequência não só se dá na coordenação, mas, em geral,</p><p>na própria sucessão das ideias. Na prosa, ao contrário, espera-se que cada ideia</p><p>apresentada se articule com as necessidades do discurso. Entendeu? Na poesia,</p><p>existe, sem dúvida, mais liberdade na articulação dos vocábulos; na prosa, há</p><p>maior subordinação ao tipo de discurso.</p><p>Comecemos nosso estudo sobre tipologia e gêneros textuais, com a distinção</p><p>entre narração, descrição e dissertação.</p><p>Todas as formas de expressão escrita podem ser classificadas em formas lite-</p><p>rárias — como as descrições e narrações, e nelas o poema, a fábula, o apólogo,</p><p>o conto e o romance, entre outros — e não literárias, como as dissertações e</p><p>redações técnicas. Certo?</p><p>Descrição – descrever é representar um objeto (cena, animal, pessoa, lugar,</p><p>coisa e outros) por meio de palavras. Para ser eficaz, a apresentação das caracte-</p><p>rísticas do objeto descrito deve explorar os cinco sentidos humanos — visão, audi-</p><p>ção, tato, olfato e paladar —, já que é por intermédio deles que o ser humano toma</p><p>contato com o ambiente.</p><p>A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de perceber o</p><p>mundo que o cerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais rica será a descrição.</p><p>Por meio da percepção sensorial, o autor registra suas impressões sobre os objetos,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>50 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>quanto ao aroma, à cor, ao sabor, à textura ou à sonoridade, e as transmite para o</p><p>leitor.</p><p>Narração – o relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narração.</p><p>Pode seguir o tempo cronológico, de acordo com a ordem de sucessão dos acon-</p><p>tecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns eventos para</p><p>atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou o ponto de vista, pode recair</p><p>sobre o protagonista</p><p>da história, um observador neutro, alguém que participou do</p><p>acontecimento de forma secundária, ou ainda um espectador onisciente, que su-</p><p>postamente esteve presente em todos os lugares, conhece todos os personagens,</p><p>suas ideias e sentimentos (perscruta o interior dos personagens).</p><p>A apresentação dos personagens pode ser feita pelo narrador, quando é chama-</p><p>da de direta, ou pelas próprias ações e comportamentos deste, quando é dita indi-</p><p>reta. As falas também podem ser apresentadas de três formas: discurso direto, em</p><p>que o narrador transcreve de forma exata a fala do personagem; discurso indireto,</p><p>no qual o narrador conta o que o personagem disse, lançando mão dos verbos cha-</p><p>mados dicendi ou de elocução, que indicam quem está com a palavra, como “disse”,</p><p>“perguntou”, “afirmou”; e discurso indireto livre, em que se misturam os dois tipos</p><p>anteriores. Logo explicarei isso a você com mais detalhes.</p><p>O conjunto dos acontecimentos em que os personagens se envolvem chama-se</p><p>enredo. Pode ser linear, segundo a sucessão cronológica dos fatos, ou não linear,</p><p>quando há cortes na sequência dos acontecimentos. É comumente dividido em ex-</p><p>posição ou apresentação, complicação, clímax e desfecho.</p><p>Quanto ao foco narrativo, ou seja, a posição escolhida pelo narrador para desen-</p><p>cadear os fatos, podemos caracterizar três tipos básicos de narrador:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>51 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>a) Narrador-personagem: 1ª pessoa/ O narrador participa dos fatos explici-</p><p>tados.</p><p>Eu e meu avô conversávamos sobre o passado. Fiquei a pensar sobre a rápida pas-</p><p>sagem do tempo.</p><p>b) Narrador-observador: 3ª pessoa/ O narrador apenas observa os fatos ex-</p><p>plicitados.</p><p>Margarida e Olímpico estavam sentados em um tronco. Conversavam sobre a pos-</p><p>sibilidade de casarem-se.</p><p>c) Narrador-onisciente: 3ª pessoa/ Sabe tudo: além de observar os fatos ex-</p><p>plicitados, conhece intrinsecamente as personagens.</p><p>Marcélia despediu-se de Gustavo. Naquele momento, ela precisou de muita força</p><p>para suportar a ânsia que lhe invadia o peito.</p><p>Também é importante você saber que o gênero narrativo envolve os seguintes</p><p>gêneros (textos que fazem parte do nosso cotidiano).</p><p>a) Romance: espécie em prosa que comporta os mais diversos aspectos e as-</p><p>suntos: históricos, psicológicos, experimentais, cientificistas, policiais. As publica-</p><p>ções parceladas dos romances recebem o nome de folhetins.</p><p>b) Conto: é mais breve que o romance e sintetiza o fato, narrando especifica-</p><p>mente o “caso”, que pode ser de diversos assuntos: fantásticos, impressionistas,</p><p>regionais, aventureiros, misteriosos, policiais e outros.</p><p>c) Crônica: é uma espécie de conto que condensa um flagrante da vida, real ou</p><p>fictício, antigo ou atual, numa expressividade bastante coloquial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>52 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>d) Anedota: é uma pequena história com conteúdo humorístico. Sua finalidade</p><p>é despertar graça.</p><p>e) Fábula: nela o assunto deve ser a vida de animais (entidades personificadas)</p><p>e conter uma lição de moral. É uma alegoria.</p><p>Conversa entre o lobo e o cordeiro.</p><p>f) Apólogo: semelhante à fábula, é a narrativa em que surgem alegorias ─ a</p><p>personagem representa uma figura inanimada.</p><p>Conversa entre a linha e a agulha.</p><p>g) Parábola: é uma curta narrativa de sentido alegórico e moral. Nela, há a</p><p>apresentação do homem e sua vida futura e seus meios de vivência espiritual.</p><p>Dissertação ─ a exposição de ideias a respeito de um tema, com base em</p><p>raciocínios e argumentações, é chamada dissertação. Nela, o objetivo do autor é</p><p>discutir um tema e defender sua posição (postura ideológica) a respeito dele. Por</p><p>essa razão, a coerência entre as ideias e a clareza na forma de expressão são ele-</p><p>mentos fundamentais.</p><p>A organização lógica da dissertação determina sua divisão em introdução, parte</p><p>em que se apresenta o tema a ser discutido; desenvolvimento, em que se expõem</p><p>os argumentos e ideias sobre o assunto, fundamentando-os com fatos, exemplos,</p><p>testemunhos e provas do que se quer demonstrar; e conclusão, na qual se faz o</p><p>desfecho da redação, com a finalidade de reforçar a ideia inicial e (ou) apresentar</p><p>intervenções (soluções, propostas, encaminhamentos).</p><p>Quanto ao texto jornalístico e publicitário, este apresenta a peculiaridade</p><p>de poder transitar por todos os tipos de linguagem, da mais formal, empregada,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>53 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>por exemplo, nos periódicos especializados sobre ciência e política, até aquela ex-</p><p>tremamente coloquial, utilizada em publicações voltadas para o público juvenil.</p><p>Apesar dessa aparente liberdade de estilo, o redator deve obedecer ao propósito</p><p>específico da publicação para a qual escreve e seguir regras que costumam ser</p><p>bastante rígidas e definidas, tanto quanto à extensão do texto como em relação</p><p>à escolha do assunto, ao tratamento que lhe é dado e ao vocabulário empregado.</p><p>A redação técnica corresponde a diversos tipos de redação não literária, como</p><p>os textos de manuais, os relatórios administrativos, de experiências, os artigos</p><p>científicos, as teses, as monografias, as cartas comerciais e outros. Embora se deva</p><p>reger pelos mesmos princípios de objetividade, coerência e clareza que pautam</p><p>qualquer outro tipo de composição, a redação técnica apresenta estrutura e estilo</p><p>próprios, com forte predominância da linguagem denotativa. Essa distinção é basi-</p><p>camente produzida pelo objetivo que a redação técnica persegue: o de esclarecer,</p><p>e não o de impressionar.</p><p>Injunção ou Instrução ─ apresenta orientações, ordens, conselhos ou adver-</p><p>tências ao leitor. Por isso, é comum o registro de verbos no modo imperativo. Veja</p><p>o exemplo:</p><p>Novas dicas para prevenir o infarto</p><p>A incidência de casos fatais de infarto dobra quando ele ocorre durante a prática</p><p>de exercícios físicos. Essa conclusão levou um grupo de médicos a elaborar uma</p><p>lista de regras que podem evitar acidentes cardiovasculares durante o esporte.</p><p>Faça aquecimento por, pelo menos, 10 minutos.</p><p>Beba três goles de água a cada 30 minutos durante o exercício.</p><p>Não faça esforço se a temperatura superar 30 graus.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>54 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Avise seu médico se sentir dores no peito ou mal-estar.</p><p>Agora, entenderemos, com mais detalhes os tipos de discurso, detalhe exausti-</p><p>vamente cobrado pelos examinadores em provas.</p><p>Discurso Direto</p><p>Características:</p><p>• fala fiel dos interlocutores ou das personagens;</p><p>• frequentemente,</p><p>um verbo dicendi (falar, dizer, responder, afirmar, indagar,</p><p>perguntar e outros);</p><p>• na ausência do verbo dicendi, um sinal de pontuação: dois pontos, travessão,</p><p>aspas ou mudança de linha.</p><p>Malvina aproximou-se de manso e, sem ser pressentida para junto da cantora,</p><p>colocando-se por detrás dela, esperou que terminasse a última cópia.</p><p>— Isaura! ─ disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da</p><p>cantora.</p><p>— Ah! É a senhora?! — respondeu Isaura, voltando-se sobressaltada.</p><p>— Não sabia que estava aí me escutando.</p><p>(Bernardo Guimarães. A Escrava Isaura)</p><p>Discurso Indireto</p><p>Características:</p><p>• fala não visível das personagens, mas explicitada pelo narrador (numa oração</p><p>subordinada substantiva);</p><p>• verbo dicendi;</p><p>• frequentemente, terceira pessoa na oração subordinada substantiva.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>55 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Ao som de sua voz, ela despertou amedrontada mas logo sorriu e toda a sala pare-</p><p>ceu sorrir com ela. Pôs-se de pé, as mãos ajeitando os trapos que vestia, humilde</p><p>e clara como um pouco de luar. Nacib então disse que ela poderia dormir, que</p><p>não precisava se preocupar.</p><p>(Jorge Amado. Gabriela)</p><p>Discurso Indireto Livre ou Semi-indireto</p><p>Características:</p><p>• falta do verbo dicendi, dois pontos, travessão ou aspas;</p><p>• fala não visível das personagens, cuja voz parece confundir-se com a do nar-</p><p>rador;</p><p>• períodos livres (sem elo subordinativo).</p><p>Fabiano escutou, ouviu o rumor do chumbo que se derramava no cano da arma,</p><p>as pancadas surdas da vareta na bucha. Suspirou. Coitadinha da Baleia.</p><p>(Graciliano Ramos. Vidas Secas)</p><p>Observe que o discurso “Coitadinha da Baleia” tanto pode ser de Fabiano</p><p>como pode ser do narrador. Essa situação caracteriza o discurso indireto livre. En-</p><p>tendeu? Um gesto positivo, por favor.</p><p>Observe, agora, alguns exemplos de gêneros textuais que fazem parte do</p><p>nosso cotidiano e que você precisa dominar.</p><p>1) Monólogo: de origem grega (monólogos = que fala só), trata-se de espécie</p><p>do gênero dramático em que um só ator representa, interpretando um só persona-</p><p>gem que fala ao público ou consigo mesmo. O monólogo, que pode tanto constituir</p><p>uma cena quanto uma peça inteira, como a fala de uma só figura em cena, presta-se</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>56 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>admiravelmente à intensificação dramática. Nas literaturas de Língua Portuguesa,</p><p>podemos mencionar o “Monólogo do Vaqueiro”, de Gil Vicente; “As Mãos de Eurídi-</p><p>ce”, de Pedro Bloch, os monólogos de Severino em “Morte e Vida Severina”, de João</p><p>Cabral de Mello Neto. Leia o texto seguinte.</p><p>Morte e Vida Severina</p><p>(Fragmento)</p><p>(João Cabral de Mello Neto)</p><p>O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR</p><p>QUEM É E A QUE VAI</p><p>— O meu nome é Severino,</p><p>como não tenho outro de pia.</p><p>como há muitos Severinos,</p><p>que é santo de romaria,</p><p>deram então de me chamar</p><p>Severino de Maria;</p><p>como há muitos Severinos</p><p>com mães chamadas Maria,</p><p>fiquei sendo o da Maria</p><p>do finado Zacarias.</p><p>Mas isso ainda diz pouco:</p><p>Há muitos na freguesia,</p><p>por causa de um coronel</p><p>que se chamou Zacarias</p><p>e que foi o mais antigo</p><p>senhor desta sesmaria.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>57 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Como então dizer quem falo</p><p>Ora a Vossas Senhorias?</p><p>Vejamos: é o Severino</p><p>Da Maria do Zacarias,</p><p>Lá da serra da Costela,</p><p>Limites da Paraíba.</p><p>Mas isso ainda diz pouco:</p><p>Se ao menos mais cinco havia</p><p>com nome de Severino</p><p>filhos de tantas Marias</p><p>mulheres de outros tantos,</p><p>já finados, Zacarias,</p><p>vivendo na mesma serra</p><p>magra e ossuda em que eu vivia.</p><p>Somos muitos Severinos</p><p>Iguais em tudo na vida:</p><p>Na mesma cabeça grande</p><p>Que a custo é que se equilibra,</p><p>No mesmo ventre crescido</p><p>Sobre as mesmas pernas finas</p><p>E iguais também porque o sangue,</p><p>Que usamos tem pouca tinta.</p><p>2) Diálogo: corresponde à obra literária em que duas ou mais personagens</p><p>falam, trocam ou discutem ideias com vistas à solução de problemas ou à simples</p><p>comunicação. Constitui, também, elemento básico do gênero dramático. Veja:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>58 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Dentro do táxi, rememorava a conversa tida antes, bem cedo:</p><p>— Então.</p><p>— Hum?</p><p>— Hoje tem o jantar do Saulo. Para agradecer o que demos semana passada.</p><p>— Você vai?</p><p>— Vou.</p><p>— Eu gostaria, mas não vou poder ir.</p><p>— Por que não?</p><p>— Estou superocupada.</p><p>— Não dá para dar um jeito? Só essa noite?</p><p>— Não dá mesmo. Tenho que entregar o relatório. Ele está bem atrasado.</p><p>— Dê, quem sabe...</p><p>— Olha, sério. Eu só vim para cá por causa dessa bolsa e ela acaba em três me-</p><p>ses. Até agora não fiz quase nada da tese, e você sabe que ela tem que sair dentro</p><p>do prazo. Sem contar que, enquanto isso, tenho de cuidar das minhas coisas tam-</p><p>bém, arranjar tempo para você... Hoje, realmente, não dá ok?</p><p>— Tudo bem. E semana que vem? A gente podia combinar um teatro com eles e</p><p>depois sairmos os quatro para jantar. Juntamos o jantar com aquela peça que você</p><p>quer ver. Assim aproveitamos melhor a sua noite de folga.</p><p>— Pode ser. Semana que vem fica mais fácil.</p><p>O acordo foi selado com sorrisos de um e de outro e um beijo dos dois.</p><p>3) Diário: texto em que se registram, diária ou quase diariamente, aconteci-</p><p>mentos, impressões, confissões. O diário pode ser de natureza pessoal ou adminis-</p><p>trativa. Observe:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>59 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>4 de outubro de 2000 (quarta-feira) — A casa da vovó ficou finalmente pronta!!</p><p>Hoje, fomos eu e a mamãe conhecê-la. Ficou muito legal, toda pintada de branco</p><p>e com móveis novos. O jardim foi substituído por uma entrada de cimento com</p><p>alguns vasos no estilo romano e muitas bromélias. Sexta-feira, depois que o papai</p><p>voltar do trabalho, nós vamos à praia buscar a vovó e a tia Bia. Hoje, depois da</p><p>aula, eu e a Danny fomos à casa da Flavinha, uma menina da nossa sala. Ela tem</p><p>um irmão muito lindo... Mas isso não vem ao caso. Ele nem estava lá. Nós fomos</p><p>começar a preparar a festa do Dia das Bruxas deste ano. Desde o começo do mês</p><p>que ninguém fala em outra coisa. E nem poderia ser diferente: a do ano passado</p><p>foi o maior sucesso... (Diário da Bia)</p><p>4) Anotações e comentários:</p><p>correspondem ao apontamento escrito, à nota</p><p>ou ao comentário de ideias, pormenores, dados. Observe:</p><p>A lição deve permanecer em nossas mentes. O Novo Código Civil, apesar de</p><p>trazer ao nosso ordenamento jurídico valiosos acréscimos, também deixou de efe-</p><p>tuar imprescindíveis alterações. Percebe-se, claramente, que o recente Estatuto</p><p>Civil está longe de compor um conjunto normativo coeso e atual como do Código</p><p>de Defesa do Consumidor. Somente como exemplo, deve ser citado o princípio da</p><p>boa-fé objetiva. Em que pese ao fato de o Novo Código Civil ter adotado o princípio</p><p>da boa-fé objetiva como baluarte de todo o direito privado, ainda assim alguns de</p><p>seus dispositivos encontram-se presos ao paradigma da boa-fé subjetiva. Talvez a</p><p>situação seria outra, se o processo de elaboração do Código Civil tivesse acompa-</p><p>nhado o exemplo da democrática sociedade alemã.</p><p>(Paulo Marco di Spiritu)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>60 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>5) Roteiro: gênero de texto em que se registram os principais tópicos que de-</p><p>vem ser tratados num trabalho escrito, numa discussão, numa aula etc. Um exem-</p><p>plo:</p><p>Roteiro de reunião na UGP/Seplan (MG) em 24/9/2002.</p><p>1. Comentar que o Projeto mantém, em todas as suas letras, o texto da Lei</p><p>n. 11.504/1994, sem prejuízo de a ela acrescer os institutos e regramentos jurídi-</p><p>cos estabelecidos pela Lei Federal n. 9.433, de 8 de janeiro último, que institui a</p><p>Política Nacional de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Cons-</p><p>tituição Federal e altera o art. 1º da Lei n. 7.990, de 28/12/1990, cuja observância</p><p>e cumprimento o Estado de Minas Gerais tem o dever de acolher, por imperativo de</p><p>convivência federativa.</p><p>2. Comentar que, não obstante ter levado em consideração todos os termos da</p><p>Lei n. 11.504/1994, o Anteprojeto a supre de fundamentos, instrumentos e ação</p><p>política não estabelecidos pela citada lei, ou porque, quando propostos, foram ve-</p><p>tados pelo Poder Executivo, quando de sua sanção.</p><p>6) Crônica: é uma espécie de conto que condensa um flagrante da vida, real</p><p>ou fictício, antigo ou atual, numa expressividade bastante coloquial.</p><p>Chatear e encher</p><p>(Paulo Mendes Campos)</p><p>Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim:</p><p>você telefona para um escritório qualquer na cidade.</p><p>— Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar?</p><p>— Aqui não tem nenhum Valdemar.</p><p>Daí a alguns minutos você liga de novo:</p><p>— O Valdemar, por obséquio.</p><p>— Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>61 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>— Mas não é do número tal?</p><p>— É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar.</p><p>Mais cinco minutos, você liga o mesmo número:</p><p>— Por favor, o Valdemar já chegou?</p><p>— Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca</p><p>trabalhou aqui?</p><p>— Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.</p><p>— Não chateia.</p><p>Daí a dez minutos, liga de novo.</p><p>— Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado?</p><p>O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.</p><p>Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:</p><p>— Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim?</p><p>7) Regulamento: gênero de texto cujo objetivo é prescrever regras, normas</p><p>ou preceitos (injunção). Observe as seguintes normas de uma olimpíada escolar:</p><p>1. Poderão participar os estudantes que estiverem regularmente matriculados</p><p>em suas escolas e estiverem cursando o ensino médio (antigo 2º grau), sem limite</p><p>de idade.</p><p>2. O estudante deve se inscrever na série em que estiver cursando.</p><p>2.1. O estudante que infringir o item 2 será desclassificado.</p><p>3. Não será permitida a substituição de um aluno já inscrito.</p><p>4. As inscrições deverão ser feitas por meio de um professor de Física de cada</p><p>escola.</p><p>5. As inscrições poderão ser feitas até 31 de agosto.</p><p>6. Será permitida a inscrição de até três estudantes por série da escola participante.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>62 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>8) Poesia: termo que designa um texto em que ocorre a expressão do mundo</p><p>interior do poeta, elaborada numa linguagem altamente conotativa. Embora sejam</p><p>quase sempre escritos em versos, os textos de conteúdo poético podem apresen-</p><p>tar-se também sob forma de prosa.</p><p>Memória</p><p>Amar o perdido</p><p>deixa confundido</p><p>este coração.</p><p>Nada pode o olvido</p><p>contra o sem sentido</p><p>apelo do Não.</p><p>As coisas tangíveis</p><p>tornam-se insensíveis</p><p>à palma da mão</p><p>Mas as coisas findas</p><p>muito mais que lindas,</p><p>essas ficarão.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>9) Conto: é mais breve que o romance e sintetiza o fato, narrando especifica-</p><p>mente o “caso”, que pode ser de diversos assuntos: fantásticos, impressionistas,</p><p>regionais, aventureiros, misteriosos, policiais e outros.</p><p>Sugestão:</p><p>Caro(a) aluno(a), o panorama literário brasileiro apresenta os melhores con-</p><p>tistas do mundo. Para estabelecer contato com esse universo, leia, por exemplo,</p><p>os contos de Machado de Assis e Guimarães Rosa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>63 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>10) Fábula: nela o assunto deve ser a vida de animais (entidades personifica-</p><p>das/alegoria) e conter uma lição de moral. Ex.: conversa entre o lobo e o cordeiro.</p><p>O Lobo e o Cordeiro</p><p>Na água limpa de um regato,</p><p>matava a sede um cordeiro,</p><p>quando, saindo do mato,</p><p>veio um lobo carniceiro.</p><p>Tinha a barriga vazia,</p><p>não comera o dia inteiro.</p><p>— Como tu ousas sujar</p><p>a água que estou bebendo?</p><p>— rosnou o lobo a antegozar</p><p>o almoço. — Fica sabendo</p><p>que caro vais me pagar!</p><p>— Senhor — falou o cordeiro —</p><p>encareço a Vossa Alteza</p><p>que me desculpeis mas acho</p><p>que vos enganais: bebendo,</p><p>quase dez braças abaixo</p><p>de vós, nesta correnteza,</p><p>não posso sujar-vos a água.</p><p>— Não importa. Guardo mágoa</p><p>de ti, que ano passado,</p><p>me destrataste, fingido!</p><p>— Mas eu nem tinha nascido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>64 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>— Pois então foi teu irmão.</p><p>— Não tenho irmão, Excelência.</p><p>— Chega de argumentação.</p><p>Estou perdendo a paciência!</p><p>— Não vos zangueis, desculpai!</p><p>— Não foi teu irmão? Foi o teu pai</p><p>ou</p><p>senão foi teu avô.</p><p>Disse o lobo carniceiro.</p><p>E ao cordeiro devorou.</p><p>Onde a lei não existe, ao que parece,</p><p>a razão do mais forte prevalece.</p><p>11) Apólogo: semelhante à fábula, é a narrativa em que surgem alegorias, ou</p><p>seja, a personagem apresenta uma figura animada.</p><p>Ex.: conversa entre a linha e a agulha.</p><p>Um Apólogo</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:</p><p>— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que</p><p>vale alguma cousa neste mundo?</p><p>— Deixe-me, senhora.</p><p>— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar in-</p><p>suportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.</p><p>— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem ca-</p><p>beça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se</p><p>com a sua vida e deixe a dos outros.</p><p>— Mas você é orgulhosa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>65 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>— Decerto que sou.</p><p>— Mas por quê?</p><p>— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que</p><p>os cose, senão eu?</p><p>— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os</p><p>cose sou eu e muito eu?</p><p>— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou</p><p>feição aos babados...</p><p>— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por</p><p>você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...</p><p>— Também os batedores vão adiante do imperador.</p><p>— Você é imperador?</p><p>— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adian-</p><p>te; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que</p><p>prendo, ligo, ajunto...</p><p>Estavam nisso, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse</p><p>que isso se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si,</p><p>para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,</p><p>pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam an-</p><p>dando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos</p><p>da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isso uma cor poética.</p><p>E dizia a agulha:</p><p>— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta</p><p>distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou entre os dedos dela, unidi-</p><p>nha a eles, furando abaixo e acima...</p><p>A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo en-</p><p>chido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>66 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,</p><p>e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o</p><p>plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura,</p><p>para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a</p><p>obra, e ficou esperando o baile.</p><p>Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a ves-</p><p>tir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário.</p><p>E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, ar-</p><p>regaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da</p><p>agulha, perguntou-lhe:</p><p>— Ora, agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo</p><p>parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diploma-</p><p>tas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das</p><p>mucamas? Vamos, diga lá.</p><p>Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não</p><p>menor experiência, murmurou à pobre agulha:</p><p>— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela, e ela é que vai go-</p><p>zar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro</p><p>caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.</p><p>Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a</p><p>cabeça:</p><p>— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!</p><p>(Texto extraído do livro Para Gostar de Ler — Volume 9 — Contos. Editora Ática —</p><p>São Paulo, 1984, p. 59)</p><p>12) Anedota ou piada: é uma pequena história com conteúdo humorístico.</p><p>Sua finalidade é despertar graça.</p><p>Estavam os meninos da catequese em fila para se confessar. Chega a vez do</p><p>Joãozinho, e o Padre pergunta-lhe:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>67 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>– Quais os seus pecados, meu filho?</p><p>– Sr. Padre, eu parti a cabeça do Zezinho com uma pedrada.</p><p>– Filho, você errou.</p><p>– Errei nada, Sr. Padre. Foi direitinho no alvo!</p><p>13) Ensaio: gênero de texto em que se registra estudo sobre determinado as-</p><p>sunto, porém menos aprofundado e(ou) menor que um tratado formal e acabado.</p><p>Procure ler os ensaios presentes nas melhores obras acadêmicas e nos princi-</p><p>pais jornais em circulação.</p><p>14) Epopeia: um poema épico, ou Epopeia, é um poema heroico narrativo ex-</p><p>tenso, uma coleção de feitos, de fatos históricos, de um ou de vários indivíduos,</p><p>reais, lendários ou mitológicos.</p><p>A Epopeia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservadas ao lon-</p><p>go dos tempos pela tradição oral ou escrita. Os primeiros grandes modelos ociden-</p><p>tais de epopeia são os poemas homéricos a Ilíada e a Odisseia, os quais têm a sua</p><p>origem nas lendas sobre a guerra de Troia.</p><p>A Epopeia pertence ao gênero épico, mas, embora tenha fundamentos histó-</p><p>ricos, não representa os acontecimentos com fidelidade, geralmente reveste os</p><p>acontecimentos relatados com conceitos morais e atos exemplares que funcionam</p><p>como modelos de comportamento.</p><p>Alguns exemplos:</p><p>* Homero: Ilíada, Odisseia</p><p>* Virgílio: Eneida</p><p>* Dante Alighieri: A Divina Comédia</p><p>* A Canção de Rolando (anônima)</p><p>* Luís Vaz de Camões: Os Lusíadas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>68 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>* Beowulf (anônima)</p><p>* Ludovico Ariosto: Orlando furioso</p><p>Leu tudo com bastante atenção, amante da língua portuguesa? Trata-se de con-</p><p>ceitos e exemplos muito importantes para a realização de provas elaboradas por</p><p>qualquer instituição executora de concursos públicos.</p><p>Habeas corpus</p><p>No tribunal da minha consciência,</p><p>O teu crime não tem apelação,</p><p>Debalde tu alegas inocência,</p><p>E não terás minha absolvição,</p><p>Os autos do processo de agonia,</p><p>Que me causaste em troca ao bem que eu fiz,</p><p>Chegaram lá daquela pretoria</p><p>Na qual o coração foi o juiz.</p><p>Tu tens as agravantes da surpresa</p><p>E também</p><p>as da premeditação</p><p>Mas na minh’alma tu não ficas presa</p><p>Porque o teu caso é caso de expulsão.</p><p>Tu vais ser deportada do meu peito</p><p>Porque teu crime encheu-me de pavor.</p><p>Talvez o habeas corpus da saudade</p><p>Consinta o teu regresso ao meu amor.</p><p>(Orestes Barbosa e Noel Rosa)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>69 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>(TRF/CEBRASPE) Com relação à estrutura e às ideias do texto, julgue os itens abaixo.</p><p>Questão 11 O texto constitui uma paráfrase poética de um julgamento.</p><p>Certo.</p><p>O texto constitui uma paráfrase poética de um julgamento, ou seja, várias expres-</p><p>sões de um julgamento (“tribunal”, “crime”, “apelação”, “inocência”, “absolvição”,</p><p>“pretoria”, “juiz”, “autos”, “agravantes”, “expulsão” e outras) são reescritas em um</p><p>texto poético, cuja maior preocupação é a forma, a construção.</p><p>Questão 12 O texto caracteriza-se pelo uso predominante de linguagem figurada.</p><p>Certo.</p><p>O texto caracteriza-se pelo uso predominante de linguagem figurada ou conotativa.</p><p>Questão 13 Infere-se do texto que os dois autores contam uma história real acon-</p><p>tecida com eles.</p><p>Errado.</p><p>Apesar de escrito em primeira pessoa do singular (“minha consciência”, “eu fiz”),</p><p>não se deve confundir o eu-lírico ou poético com o eu-real. Não há indícios de que</p><p>os dois autores contam uma história real acontecida com eles.</p><p>Questão 14 No texto, um dos autores é o juiz, e o outro é o advogado de defesa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>70 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Errado.</p><p>No texto, um dos autores é o juiz, e o outro é o advogado de defesa? Isso é brin-</p><p>cadeira do examinador.</p><p>Questão 15 No final do poema, os autores descriminam a ré, isentando-a de culpa</p><p>por meio do habeas corpus.</p><p>Errado.</p><p>No final do poema, os autores não descriminam (inocentam) a ré, isentando-a de</p><p>culpa por meio do habeas corpus. Basta reler os dois últimos versos.</p><p>(TRF/CEBRASPE) Acerca da compreensão e da interpretação das ideias do texto,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Questão 16 Pelo uso dos pronomes “eu” e “tu”, infere-se que o texto foi estrutu-</p><p>rado com base em diálogo ocorrido entre namorados.</p><p>Errado.</p><p>Pelo uso dos pronomes “eu” e “tu”, não se infere que o texto foi estruturado com</p><p>base em diálogo ocorrido entre namorados. Não há indícios textuais para “namo-</p><p>rados”. Há inúmeras possibilidades: namorados, amantes, marido e esposa, pai e</p><p>filha, irmão e irmã...</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>71 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 17 Alega-se que a ré agia premeditada e surpreendentemente; por isso,</p><p>seu castigo será a prisão.</p><p>Errado.</p><p>Alega-se que a ré agia premeditada e surpreendentemente; por isso, seu castigo</p><p>será a expulsão.</p><p>Questão 18 O habeas corpus é apresentado, no final, como possibilidade de re-</p><p>conciliação.</p><p>Certo.</p><p>O habeas corpus é apresentado, no final, como possibilidade (“Talvez”) de recon-</p><p>ciliação.</p><p>Questão 19 No poema, a consciência representa, metaforicamente, o tribunal, e o</p><p>coração, o juiz da causa.</p><p>Certo.</p><p>No poema, a consciência representa, metaforicamente, o tribunal (verso 1), e o</p><p>coração, o juiz da causa (verso 8).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>72 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 20 No poema, não está explícito qual foi o “crime” praticado.</p><p>Certo.</p><p>De fato, no poema, não está explícito qual foi o “crime” praticado: traição, aborto,</p><p>assassinato, furto ou outro?</p><p>Espelho, espelho meu</p><p>Um historiador de 2092 que se debruçar sobre os jornais, revistas e vídeos de</p><p>cem anos antes sofrerá a tentação de definir a época atual como a Era de Narciso.</p><p>Strip-teases de homens musculosos, fotos eróticas como as da cantora Madona,</p><p>a proliferação das academias de ginástica — todas essas informações contribuirão</p><p>para que o estudioso do futuro chegue à conclusão de que os seus antepassados</p><p>não saíam da frente do espelho e tinham como principal ocupação exibir-se uns</p><p>para os outros. “Se o final do século XIX foi marcado pelo niilismo, ou descrença,</p><p>os últimos anos do século XX tiveram como característica o narcisismo”, poderá</p><p>escrever o hipotético pesquisador.</p><p>A novidade, porém, é que o narcisismo nem sempre é ruim. “O narcisismo faz par-</p><p>te da personalidade humana e pode existir em vários graus, desde o patológico e</p><p>negativo até o saudável e positivo”. É o que afirma a psicoterapeuta Raíssa Caval-</p><p>canti, chamando a atenção para o fato de que, ao contrário do que se supõe, o nar-</p><p>cisista negativo não gosta de si próprio e sofre por causa disso. “Atrás da máscara</p><p>mostrada socialmente, existe uma pessoa com profundos sentimentos de inferiori-</p><p>dade, dependência e fragilidade. Por maior que seja o seu sucesso, alguém assim</p><p>experimenta a vida como algo vazio, triste e sem significado”, esclarece Raíssa.</p><p>Entretanto, acrescenta que o narcisismo de um indivíduo pode estar relacionado a</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>73 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>condições culturais, pois existem também sociedades narcisistas. “Uma sociedade</p><p>é narcisista quando é mais valorizado o ter que o ser. Quando a busca da notorie-</p><p>dade substitui a da dignidade”, afirma ela.</p><p>Podem-se enumerar, então, as principais características dos narcisistas negativos</p><p>e positivos. Os primeiros investem exageradamente numa autoimagem que, mui-</p><p>tas vezes, não corresponde à realidade, e sempre dependem do reconhecimento</p><p>do outro para acreditar nas próprias qualidades. Quanto aos narcisistas saudáveis,</p><p>eles possuem um verdadeiro sentimento de autoestima e sentem gratificação e</p><p>prazer em relação às suas conquistas e realizações.</p><p>Questão 21 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TJDFT) Está explícito no texto que:</p><p>a) o comportamento narcisista de Madona apresenta características negativas, em</p><p>virtude de sua necessidade compulsiva de exibir à contemplação pública suas fotos</p><p>eróticas;</p><p>b) o comportamento narcisista revela-se saudável quando preconiza o ter em de-</p><p>trimento do ser e valoriza a notoriedade apenas como o resultado gratificante de</p><p>conquistas e realizações;</p><p>c) o caráter negativo do comportamento narcisista se manifesta por uma necessi-</p><p>dade exagerada de afirmação perante os outros, o que explica a preocupação</p><p>em</p><p>preservar as amizades como forma de obter o reconhecimento do grupo social;</p><p>d) embora reforcem o comportamento narcisista, as academias de ginástica não</p><p>devem ser consideradas negativas, pois promovem o culto saudável ao corpo, pela</p><p>prática de exercícios físicos;</p><p>e) o narcisismo faz parte da personalidade humana, estando presente em maior ou</p><p>menor grau nas pessoas, o que explica a existência de manifestações patológicas e</p><p>saudáveis desse comportamento.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>74 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Letra e.</p><p>Trata-se de texto dissertativo-argumentativo, em que o autor se posiciona acerca</p><p>do tema narcisismo. Comentemos as opções.</p><p>a) Errada. Há extrapolação, quando o examinador afirma que o comportamento</p><p>narcisista de Madona apresenta características negativas, em virtude de sua neces-</p><p>sidade compulsiva de exibir à contemplação pública suas fotos eróticas.</p><p>b) Errada. O comportamento narcisista revela-se patológico quando preconiza o</p><p>ter em detrimento do ser e valoriza a notoriedade apenas como o resultado gratifi-</p><p>cante de conquistas e realizações.</p><p>c) Errada. Há extrapolação, quando o examinador afirma que o caráter negativo</p><p>do comportamento narcisista se manifesta por uma necessidade exagerada de afir-</p><p>mação perante os outros, o que explica a preocupação em preservar as amizades</p><p>como forma de obter o reconhecimento do grupo social.</p><p>d) Errada. Também há extrapolação, quando o examinador afirma que, embora</p><p>reforcem o comportamento narcisista, as academias de ginástica não devem ser</p><p>consideradas negativas, pois promovem o culto saudável ao corpo, pela prática de</p><p>exercícios físicos;</p><p>e) Certa. Ideia central do texto: o narcisismo faz parte da personalidade humana</p><p>e está presente em maior ou menor grau nas pessoas, o que explica a existência</p><p>de manifestações patológicas e saudáveis desse comportamento.</p><p>Questão 22 (ANALISTA JUDICIÁRIO) Com relação ao último parágrafo do texto,</p><p>todas as opções abaixo estão corretas, exceto:</p><p>a) apresenta desenvolvimento por contraste.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>75 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>b) o vocábulo “então” indica relação coesiva de conclusão.</p><p>c) apresenta em sua estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.</p><p>d) o trecho “Podem-se enumerar, então, as principais características dos narcisis-</p><p>tas negativos e positivos” corresponde ao tópico frasal.</p><p>e) os termos “Os primeiros” e “Quanto aos” são elementos coesivos que remetem</p><p>respectivamente a narcisistas negativos e narcisistas positivos.</p><p>Letra c.</p><p>Nesta questão, o examinador explora a estrutura do parágrafo padrão. Vejamos.</p><p>a) Certa. Apresenta desenvolvimento por contraste: narcisistas negativos e positivos.</p><p>b) Certa. O vocábulo “então” indica relação coesiva de conclusão e pode ser subs-</p><p>tituído por “portanto”, “por conseguinte”.</p><p>c) Errada. Apresenta, em sua estrutura, apenas introdução e desenvolvimento.</p><p>Não há conclusão do parágrafo. Veja as explicações das próximas opções.</p><p>d) Certa. O trecho “Podem-se enumerar, então, as principais características dos</p><p>narcisistas negativos e positivos” corresponde ao tópico frasal ou introdução do</p><p>parágrafo.</p><p>e) Certa. Os termos “Os primeiros” e “Quanto aos” são elementos coesivos que</p><p>remetem respectivamente a narcisistas negativos e narcisistas positivos. Dessa</p><p>forma, o redator explicita o desenvolvimento do parágrafo, feito por contraste. Não</p><p>há conclusão do parágrafo apresentado (elemento opcional na estrutura do pará-</p><p>grafo).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>76 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Uma imensa mancha verde que se espalha por quase dois milhões de quilômetros</p><p>quadrados. Assim é o cerrado, um dos ecossistemas mais ricos do território brasi-</p><p>leiro.</p><p>Mas o que é o cerrado? Na fria linguagem da geografia didática ele é definido como</p><p>“o terreno sem matas, com árvores esparsas, de pequeno porte e vegetação unifor-</p><p>me”. Conforme a região, pode ter as mais variadas denominações: campos gerais,</p><p>tabuleiros, campina, costaneira, catanduva e carrasco. Na carta, tão conhecida,</p><p>que Guimarães Rosa escreveu a Curt Meyer-Clason, seu tradutor alemão, a descri-</p><p>ção é mais colorida. E também mais precisa: “O que caracteriza esses gerais são as</p><p>chapadas e os chapadões. É tão poroso que, quando bate chuva, não se forma lama</p><p>nem se veem enxurradas. A água se infiltra rápida, sem deixar vestígios.”</p><p>O cerrado é ainda um ecossistema inconfundível. Suas árvores possuem troncos</p><p>e galhos retorcidos, cascas grossas e folhas espessas e ásperas. Em geral, não</p><p>ultrapassam seis metros de altura e as raízes, bastante profundas, alcançam o</p><p>lençol de águas subterrâneas — localizado, muitas vezes, a mais de vinte metros</p><p>de profundidade. Livres de cipós, espinhos e trepadeiras, as copas destas árvores</p><p>nunca se tocam. Permitem a penetração dos raios de sol pelo chão, onde nascem</p><p>as gramíneas pontiagudas e ressequidas, leguminosas diversificadas e o constante</p><p>capim barba-de-bode. De fato, o cerrado é mais uma consequência de solo do que</p><p>de clima.</p><p>A beleza do cerrado, além de estar na quantidade de flores e de frutos silvestres,</p><p>se encontra nas veredas. Nascidas das filtrações laterais das águas escondidas no</p><p>subsolo, elas surgem trazendo a presença dos buritizais e de água permanente. Por</p><p>isso, chegam a ser consideradas um verdadeiro sistema circulatório da região. São</p><p>responsáveis pela formação dos regatos, ribeirões e rios, margeados pelas galerias</p><p>(mata ciliar) que costumam ser encontradas no Planalto Central.</p><p>(Cerrado: Savana Brasileira. In: Geográfica Universal)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>77 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 23 (CÂMARA DOS DEPUTADOS) Considerando a estrutura e a tipologia,</p><p>o texto acima é composto por:</p><p>a) três parágrafos, predominantemente narrativos.</p><p>b) três períodos, predominantemente descritivos.</p><p>c) quatro parágrafos, predominantemente argumentativos.</p><p>d) quatro parágrafos, predominantemente descritivos.</p><p>e) quatro períodos, predominantemente narrativos e argumentativos.</p><p>Letra d.</p><p>Considerando a estrutura e a tipologia, o texto acima é composto por quatro pa-</p><p>rágrafos, predominantemente descritivos. Embora o texto apresente elementos da</p><p>dissertação expositiva, predomina a descrição do cerrado em quase sua totalidade.</p><p>Questão 24 (CÂMARA DOS DEPUTADOS) Considerando o primeiro parágrafo do</p><p>texto, assinale a opção correta.</p><p>a) Ele contém generalizações que se particularizam ao longo do desenvolvimento</p><p>do texto.</p><p>b) Por</p><p>meio dessas duas frases de predicados verbais, o repórter introduz o assun-</p><p>to em pauta.</p><p>c) Ele apresenta a dimensão do problema a ser discutido e as condicionantes es-</p><p>paciais e temporais.</p><p>d) Nele, encontram-se dois predicados nominais que salientam a importância eco-</p><p>nômica e política da região.</p><p>e) Nele, é destacada a riqueza e a importância ecológicas do cerrado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>78 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Letra a.</p><p>Vejamos cada opção, caro(a) aluno(a).</p><p>a) Certa. O primeiro parágrafo (introdução) contém generalizações que se particu-</p><p>larizam ao longo do desenvolvimento do texto.</p><p>b) Errada. O repórter introduz o assunto em pauta, por meio de um predicado</p><p>verbal (“espalha-se”: verbo intransitivo/núcleo do predicado) e um predicado no-</p><p>minal (em “Assim é o cerrado”, temos verbo de ligação, que jamais será núcleo do</p><p>predicado).</p><p>c) Errada. Ele apresenta a dimensão do fato/elemento a ser discutido e as condi-</p><p>cionantes espaciais.</p><p>d) Errada. Reveja a explicação da opção “b”.</p><p>e) Errada. Nele, é destacada apenas a riqueza ecológica do cerrado.</p><p>Questão 25 (CÂMARA DOS DEPUTADOS) De acordo com o trecho que compreen-</p><p>de o segundo parágrafo,</p><p>a) a Geografia, com enfoque didático, é a ciência que melhor estuda o cerrado.</p><p>b) o cerrado, dependendo da região, pode conter campos gerais, campinas e ca-</p><p>tanduvas.</p><p>c) as chuvas no cerrado não são frequentes nem capazes de garantir a umidade</p><p>do solo.</p><p>d) o cerrado comporta várias acepções, segundo o nível socioeconômico do falante.</p><p>e) o cerrado pode ser definido denotativamente ou poeticamente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>79 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Letra e.</p><p>Pensemos juntos.</p><p>a) Errada. Há erro de extrapolação, porque o autor não menciona que Geografia,</p><p>com enfoque didático, é a ciência que melhor estuda o cerrado.</p><p>b) Errada. O cerrado, dependendo da região, pode ser chamado de campos gerais,</p><p>campinas e catanduvas.</p><p>c) Errada. Também há erro de extrapolação, porque o autor não menciona que as</p><p>chuvas no cerrado não são frequentes nem capazes de garantir a umidade do solo.</p><p>d) Errada. O cerrado comporta várias nomes, o que não tem relação com o nível</p><p>socioeconômico do falante.</p><p>e) Certa. O cerrado pode ser definido denotativamente (geografia didática) ou po-</p><p>eticamente (Guimarães Rosa, literato brasileiro).</p><p>Questão 26 (CÂMARA DOS DEPUTADOS) 4. No último parágrafo, vários aspectos</p><p>já referidos antes são retomados para reforçar a beleza do cerrado. Assinale o as-</p><p>pecto que não se encontra nessa parte do texto.</p><p>a) A natureza mineral.</p><p>b) A paisagem tropical.</p><p>c) A natureza vegetal.</p><p>d) A natureza animal.</p><p>e) A localização física.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>80 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Letra d.</p><p>No último parágrafo, vários aspectos já referidos antes são retomados para refor-</p><p>çar a beleza do cerrado. Assinale o aspecto que não se encontra nessa parte do</p><p>texto. Vejamos.</p><p>a) Sim. A natureza mineral: veredas, águas, rios.</p><p>b) Sim. A paisagem tropical: o próprio cerrado.</p><p>c) Sim. A natureza vegetal: flores e frutos silvestres.</p><p>d) Não. A natureza animal não é mencionada no parágrafo.</p><p>e) Sim. A localização física: Planalto Central.</p><p>Gostou? Será fácil ser servidor federal? Uma vaga será sua! Mantenha o ânimo!</p><p>Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços — sobre a palhinha dura a</p><p>capa de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída no peito,</p><p>um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, um cacho</p><p>dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do chorão faiscando — verde,</p><p>verde! Primeira vez depois do insulto cerebral aquela ânsia de viver. De novo um</p><p>homem, não barata leprosa com caspa na sobrancelha — e, a sombra das folhas</p><p>na cabecinha trêmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. Maria, feche a janela.</p><p>Prendeu o Nero? Rebenta com fúria o temporal. Aos trancos João ergue o rosto,</p><p>a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho vermelho — é uma coisa,</p><p>que a família esquece na confusão de recolher a roupa e fechar as janelas?</p><p>Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>81 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 27 (CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR) Em relação ao texto aci-</p><p>ma, julgue os itens seguintes.</p><p>1) No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso direto como</p><p>o discurso indireto livre.</p><p>2) A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma</p><p>verbal na voz passiva realçam a situação de imobilidade e fragilidade do per-</p><p>sonagem em foco.</p><p>3) Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta, além do re-</p><p>lato das ações, alguns comentários do narrador, sem perscrutar o pensamento</p><p>do personagem principal.</p><p>4) O uso das formas verbais “ergue” (linha 6) e “Revira” (linha 7), denotativas</p><p>de movimento, indica a recuperação física do personagem, decorrente da re-</p><p>tomada da “ânsia de viver” (linha 4).</p><p>5) O prazer proporcionado pela percepção sensorial de pássaro e plantas contri-</p><p>bui para que o personagem se sinta revigorado e recupere sua autoestima.</p><p>Certo, Certo, Errado, Errado, Certo.</p><p>1.Certo. No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso direto</p><p>(“Recolha a roupa. Maria, feche a janela”), em que se faz a reprodução fiel da fala</p><p>de alguém, como o discurso indireto livre (“é uma coisa, que a família esquece na</p><p>confusão de recolher a roupa e fechar as janelas?”), em que o discurso do narrador</p><p>e o do personagem João se confundem. Lembra-se dessa aula?</p><p>2.Certo. A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma</p><p>verbal na voz passiva analítica (“é levado”) realçam a situação de imobilidade e</p><p>fragilidade do personagem em foco.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>82 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>3.Errado. Trata-se de narrativa em terceira pessoa, e o texto apresenta, além do</p><p>relato das ações, alguns comentários do narrador onisciente: ele perscruta, sim,</p><p>o pensamento do personagem principal (“Sozinho, regala-se/alegra-se com o trino</p><p>da corruíra”; “Primeira vez</p><p>depois do insulto cerebral aquela ânsia de viver”). Per-</p><p>cebe como o narrador conhece intrinsecamente o personagem João?</p><p>4.Errado. O uso das formas verbais “ergue” (linha 6) e “Revira” (linha 7), deno-</p><p>tativas de movimento, não indica a recuperação física (erro da extrapolação) do</p><p>personagem, decorrente da retomada da “ânsia de viver” (linha 4). São ações limi-</p><p>tadas, feitas com dificuldade.</p><p>5.Certo. O prazer proporcionado pela percepção sensorial de pássaro e plantas</p><p>contribui para que o personagem se sinta revigorado e recupere sua autoestima</p><p>(“Primeira vez depois do insulto cerebral aquela ânsia de viver. De novo um ho-</p><p>mem, não barata leprosa com caspa na sobrancelha”).</p><p>Ufa! Entendeu tudo, prezado(a) aluno(a)? São muitos detalhes. Mas tudo faz</p><p>parte de um estudo sério e fundamental. Estudar o texto é muito gratificante! Re-</p><p>leia toda a aula, se necessário. Trata-se de um dos assuntos mais importantes do</p><p>conteúdo programático do seu concurso.</p><p>Fique com Deus! Até a próxima aula!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>_GoBack</p><p>Compreensão e Interpretação de Texto – Parte II</p><p>Aula 4 – Paráfrase: Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto, Substituição de Palavras e Trechos do Texto.</p><p>Aula 5 – Intertextualidade</p><p>Aula 6 – Tipologia e Gêneros Textuais</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 83:</p><p>e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>“Um vocabulário escasso e inadequado, incapaz de veicular impressões e con-</p><p>cepções, mina o próprio desenvolvimento mental, tolhe a imaginação e o poder</p><p>criador, limitando a capacidade de observar, compreender e até mesmo de sentir”.</p><p>Assim Oton M. Garcia realça a importância do melhor conhecimento das palavras da</p><p>própria língua para o exercício pleno da inteligência, a compreensão abrangente da</p><p>realidade concreta e abstrata e a manifestação eficiente do pensamento e da emoção.</p><p>Vocabulário é o conjunto internalizado das palavras de uma língua (léxico). Em</p><p>concursos públicos, quanto mais rico o vocabulário do candidato, maior a sua pos-</p><p>sibilidade de compreensão adequada e eficaz dos textos apresentados. Não faltarão</p><p>questões com vistas a verificar se o candidato faz corretas substituições lexicais ou</p><p>se escolhe palavras adequadas a determinados contextos. Isso exigirá o domínio</p><p>das relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia.</p><p>Por isso, apresento-lhe uma lista de homônimos (vocábulos pronunciados da</p><p>mesma forma, mas com significados diferentes) e parônimos (vocábulos parecidos</p><p>na grafia, mas com significados diferentes) que provocam dúvidas.</p><p>Veja os seguintes homônimos:</p><p>1. Acender: atear (fogo), inflamar.</p><p>Ascender: subir, elevar-se.</p><p>2. Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: “Palavra sem acento”.</p><p>Assento: banco, cadeira: “Tomar assento numa empresa”.</p><p>3. Acerca de: sobre, a respeito de: “No discurso, o Ministro falou acerca da</p><p>crise internacional”.</p><p>A cerca de: a uma distância aproximada de: “O fórum fica a cerca de trinta</p><p>metros do prédio principal”. “Estamos a cerca de um mês ou (ano) da Copa Mundial</p><p>de Futebol”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>8 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): “Há cerca de dois anos,</p><p>estivemos aqui”; existem aproximadamente: “Há cerca de sessenta funcionários</p><p>na empresa”.</p><p>Veja os seguintes parônimos:</p><p>1. Acidente: acontecimento casual; desastre: “A derrota do político foi um acidente</p><p>na vida do brasiliense”. “O súbito temporal provocou terrível acidente na cidade”.</p><p>Incidente: episódio; que incide, que ocorre: “O incidente do despejo já foi su-</p><p>perado”.</p><p>2. Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática.</p><p>Dotar: dar em doação, beneficiar.</p><p>Gostou? Então, continuemos.</p><p>Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de parentesco): “Se as</p><p>áreas de atuação eram afins, por que não trabalharam juntos?”</p><p>A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: “Desenvolveu a proposta a</p><p>fim de garantir o sucesso empresarial”.</p><p>Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.</p><p>Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual.</p><p>Aleatório: casual, fortuito, acidental.</p><p>Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba.</p><p>Ao encontro de: para junto de; favorável a: “O projeto arquitetônico veio ao</p><p>encontro dos anseios da empresária”.</p><p>De encontro a: contra; em prejuízo de: “A motocicleta foi de encontro a um</p><p>poste”. “O diretor não apoiou a medida, pois vinha de encontro aos interesses dos</p><p>professores”.</p><p>Ao invés de: ao contrário de: “Ao invés de demitir dez servidores, a empresa</p><p>contratou mais vinte”. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>9 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Em vez de: em lugar de: “Em vez de demitir dez servidores, a empresa demitiu</p><p>vinte”.</p><p>A par: informado, ao corrente, ciente: “O ministro está a par do assunto”; ao</p><p>lado, junto; além de.</p><p>Ao par: de acordo com a convenção legal: “Fez a troca de mil dólares ao par”.</p><p>Aparte: interrupção, comentário à margem: “O palestrante concedeu ao colega</p><p>um aparte em seu discurso”.</p><p>À parte: em separado, isoladamente, de lado: “A emenda foi encaminhada por</p><p>expediente à parte”.</p><p>Apreçar: avaliar, pôr preço: “O corretor apreçou irrisoriamente o automóvel”.</p><p>Apressar: dar pressa a, acelerar: “É necessário apressar o andamento das ati-</p><p>vidades”.</p><p>Área: superfície delimitada, região.</p><p>Ária: canto, melodia.</p><p>Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.</p><p>Arroxar: ou arroxear, roxear; tornar roxo.</p><p>Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.</p><p>Autuar: lavrar um auto; processar.</p><p>Auferir: obter, receber; auferir lucros, vantagens.</p><p>Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir; aferir valores, resultados.</p><p>Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: “O empresário augurou lucro aos seus</p><p>aliados”.</p><p>Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido): “Os agricultores</p><p>agouraram desastre na colheita”.</p><p>Avocar: atribuir-se, chamar: “Avocou a si o direito de sair a qualquer hora”.</p><p>Evocar: lembrar, invocar: “Evocou na palestra a parábola do filho pródigo”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>10 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir ao final do discurso a ajuda</p><p>de Deus.</p><p>Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais).</p><p>Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar.</p><p>Carear: atrair, ganhar, granjear.</p><p>Cariar: criar cárie.</p><p>Carrear: conduzir em carro, carregar.</p><p>Casual: fortuito, aleatório, ocasional.</p><p>Causal: causativo, relativo a causa.</p><p>Mantenha o ânimo!</p><p>Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.</p><p>Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.</p><p>Censo: recenseamento, contagem.</p><p>Senso: entendimento, juízo, tino.</p><p>Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.</p><p>Serrar: cortar com serra, separar, dividir.</p><p>Cessão: ato de ceder: “A cessão do salão dependerá de algumas condições”.</p><p>Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: “Em qual seção da</p><p>empresa Abigail trabalha?”</p><p>Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso; reunião; es-</p><p>paço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa: “A próxima sessão será sus-</p><p>pensa”s.</p><p>Chá: planta, infusão.</p><p>Xá: antigo soberano persa.</p><p>Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não militar nem ecle-</p><p>siástico.</p><p>Colidir: trombar, chocar; contrariar: “A nova lei colide com o entendimento ha-</p><p>vido”.</p><p>Coligir: colecionar, reunir, juntar: “As leis foram coligidas pelo Ministério da Jus-</p><p>tiça”.</p><p>Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.</p><p>Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação.</p><p>Concelho: circunscrição administrativa ou</p><p>município (em Portugal).</p><p>Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.</p><p>Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização (Concertar): “O con-</p><p>certo das nações... O concerto de Guarnieri...”</p><p>Conserto: reparo, remendo, restauração (Consertar): “Certos aparelhos eletrô-</p><p>nicos não têm conserto”.</p><p>Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.</p><p>Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.</p><p>Contravenção: transgressão ou infração a normas estabelecidas.</p><p>Contraversão: versão contrária, inversão.</p><p>Coser: costurar, ligar, unir.</p><p>Cozer: cozinhar, preparar.</p><p>Costear: navegar junto à costa, contornar. “A fragata costeou inúmeras praias</p><p>do litoral capixaba antes de partir para alto-mar”.</p><p>Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar. “Qual o empresário disposto a cus-</p><p>tear tal projeto?”</p><p>Custar: valer; necessitar, ser penoso. “Quanto custa o material? Custa-me crer</p><p>que ele venceu as eleições”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Mais um pouco. A vida é assim mesmo. Mas valerá a pena!</p><p>Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder.</p><p>Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar.</p><p>Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.</p><p>Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir.</p><p>Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou delito, acusar: “O traficante foi</p><p>delatado pela própria esposa”.</p><p>Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: “A dilação do prazo de inscri-</p><p>ções foi feita pelo órgão solicitante”.</p><p>Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.</p><p>Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.</p><p>Descrição: ato de descrever, representação, definição.</p><p>Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.</p><p>Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.</p><p>Discriminar: diferençar, separar, discernir.</p><p>Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de provisões.</p><p>Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que se estava obri-</p><p>gado; demissão.</p><p>Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou: “Apesar de sua</p><p>importância, o experimento passou despercebido”.</p><p>Desapercebido: desprevenido, desacautelado: “O candidato dirigiu-se ao local</p><p>da prova desapercebido”.</p><p>Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.</p><p>Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.</p><p>Destratar: insultar, maltratar com palavras.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>13 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Distratar: desfazer um trato, anular.</p><p>Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos ligamentos de uma</p><p>articulação.</p><p>Distinção: elegância, nobreza, boa educação: “Todos devem portar-se com dis-</p><p>tinção”.</p><p>Dissensão: desavença, divergência, diferença de opiniões ou interesses: “A dis-</p><p>sensão sobre política desencadeou vários conflitos”.</p><p>Tome uma água. Respire. Só mais um pouco.</p><p>Elidir: suprimir, eliminar.</p><p>Ilidir: contestar, refutar, desmentir.</p><p>Emergir: vir à tona, manifestar-se.</p><p>Imergir: mergulhar, afundar (submergir), entrar.</p><p>Emigrar: deixar o país para residir em outro.</p><p>Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.</p><p>Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.</p><p>Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, pendente, próximo.</p><p>Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.</p><p>Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.</p><p>Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.</p><p>Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.</p><p>Encrostar: criar crosta.</p><p>Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.</p><p>Entender: compreender, perceber, deduzir.</p><p>Intender: exercer vigilância, superintender.</p><p>Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Inúmero: Inumerável, sem conta, sem número.</p><p>Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou espetáculo, testemunha.</p><p>Expectador: que tem expectativa, que espera.</p><p>Esperto: inteligente, vivo, ativo.</p><p>Experto: perito, especialista.</p><p>Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.</p><p>Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.</p><p>Estada: ato de estar, permanência: “Nossa estada em Caldas Novas foi muito</p><p>agradável”.</p><p>Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em porto: “O ‘Almirante</p><p>Fragata’ foi autorizado a uma estadia de quatro dias”.</p><p>Estância: lugar onde se está, morada, recinto.</p><p>Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.</p><p>Estrato: cada camada das rochas estratificadas.</p><p>Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, cópia; perfume.</p><p>Como é bom estudar! Conhecimento nunca é demais!</p><p>Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é surpreendida a pra-</p><p>ticar (flagrante delito).</p><p>Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.</p><p>Florescente: que floresce, próspero, viçoso.</p><p>Fluorescente: que tem a propriedade de fluorescência.</p><p>Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas.</p><p>Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar.</p><p>Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável.</p><p>Inserto: introduzido, inserido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>15 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Incipiente: inicialmente, principiante.</p><p>Insipiente: ignorante, insensato.</p><p>Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado.</p><p>Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrupção.</p><p>Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: “O acusado declarou que havia sido</p><p>induzido a cometer o crime”.</p><p>Aduzir: expor, apresentar: “A defesa, então, aduziu novas provas”.</p><p>Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda, aumento persis-</p><p>tente de preços.</p><p>Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.</p><p>Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota): “O diretor infligiu</p><p>severo castigo ao aluno”.</p><p>Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento etc.) (cp. Infração):</p><p>“Com a instalação dos pardais, fica mais difícil infringir as regras de trânsito”.</p><p>Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar.</p><p>Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interrogar.</p><p>Intercessão: ato de interceder.</p><p>Interce(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram duas</p><p>linhas ou superfícies.</p><p>Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que perante ele se realiza.</p><p>Judiciário: relativo ao direito processual ou à organização da Justiça.</p><p>Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.</p><p>Libertação: ato de libertar ou libertar-se.</p><p>Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador. “O locador reajustou o alu-</p><p>guel abusivamente”.</p><p>O</p><p>conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Locatário: alugador, inquilino.</p><p>Lustre: brilho, glória, fama; abajur.</p><p>Lustro: quinquênio; polimento.</p><p>Magistrado: juiz, desembargador, ministro.</p><p>Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito, completo, exemplar.</p><p>Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual líquido e cer-</p><p>to; ato de mandar; ordem escrita expedida por autoridade judicial ou administrati-</p><p>va: um mandado de segurança, mandado de prisão.</p><p>Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar atos em seu</p><p>nome; procuração; delegação: o mandato de um deputado, senador, do presidente.</p><p>Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato.</p><p>Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de mandato, represen-</p><p>tante, procurador.</p><p>Mandatório: obrigatório.</p><p>Original: com caráter próprio; inicial, primordial.</p><p>Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.</p><p>Paço: palácio real ou imperial; a corte.</p><p>Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, etapa.</p><p>Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão: “O pleito por mais escolas</p><p>na região foi muito bem formulado”.</p><p>Preito: sujeição, respeito, homenagem: “Os alunos renderam preito ao profes-</p><p>sor falecido”s.</p><p>Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se.</p><p>Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.</p><p>Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distinto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>17 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circunda.</p><p>Presar: capturar, agarrar, apresar.</p><p>Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.</p><p>Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; ficar sem efei-</p><p>to, anular-se: “O prazo para pedido de transferência prescreveu há dois meses”.</p><p>Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar. “O uso de várias subs-</p><p>tâncias psicotrópicas foi proscrito por recente portaria do Ministro”.</p><p>Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: “O cineasta previu acertada-</p><p>mente o descaso governamental”.</p><p>Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo: “O chefe do departa-</p><p>mento de pessoal proveu os cargos vacantes”.</p><p>Provir: originar-se, proceder; resultar: “A dúvida provém (Os erros provêm) da</p><p>falta de raciocínio lógico”.</p><p>Prolatar: proferir sentença, promulgar.</p><p>Protelar: adiar, prorrogar.</p><p>Ratificar: validar, confirmar, comprovar.</p><p>Retificar: corrigir, emendar, alterar: “A diretoria ratificou a decisão após o texto</p><p>ter sido retificado em suas passagens ambíguas”.</p><p>Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir.</p><p>Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: “Como ele reincidiu no erro,</p><p>o contrato de trabalho foi rescindido”.</p><p>Agora, mais vocábulos que são frequentemente empregados em con-</p><p>cursos públicos e na vida!</p><p>Remição: ato de remir, resgate, quitação.</p><p>Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expiação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição.</p><p>Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura, advertência.</p><p>Ruço: grisalho, desbotado.</p><p>Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia.</p><p>Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por contrato para</p><p>punir sua infração.</p><p>Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste.</p><p>Sedento: que tem sede; sequioso.</p><p>Cedente: que cede, que dá.</p><p>Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.</p><p>Subscritar: assinar, subscrever.</p><p>Sortir: variar, combinar, misturar.</p><p>Surtir: causar, originar, produzir (efeito).</p><p>Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; supor.</p><p>Subintender: exercer função de subintendente, dirigir.</p><p>Subtender: estender por baixo.</p><p>Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se (sustar-se).</p><p>Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.</p><p>Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.</p><p>Taxa: imposto, tributo, multa.</p><p>Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém (tachá-lo) de corrupto.</p><p>Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercadorias.</p><p>Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.</p><p>Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.</p><p>Trás: atrás, detrás, em seguida, após.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Traz: 3º pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer.</p><p>Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.</p><p>Vestuário: as roupas que se vestem, traje.</p><p>Vultoso: de grande vulto, volumoso.</p><p>Vultuoso: atacado de vultuosidade (congestão da face).</p><p>Ufa! Agora, relaxe. O domínio de todos esses vocábulos o (a) ajudará a redigir</p><p>e falar com mais propriedade. Não sou um mau sujeito. No futuro, você me agra-</p><p>decerá.</p><p>Com base nas minhas explicações, preparemo-nos para questões mais complexas.</p><p>Julgue os itens, considerando se o sentido da frase entre aspas permanece ou não</p><p>o mesmo, quando reescrita na forma apresentada em itálico. Pense com cuidado.</p><p>Desafio: acertar as dez questões antes de ler os comentários.</p><p>Questão 1 “O tempo aos poucos fora afastando de minha memória a sua imagem.”</p><p>Sua imagem estava-se afastando de minha memória, aos poucos, pelo tempo.</p><p>Errado.</p><p>Transposição errada da voz ativa para a passiva.</p><p>Reescritura correta: Sua imagem fora sendo afastada de minha memória,</p><p>aos poucos, pelo tempo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>20 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 2 “Daqui a cinquenta anos teremos avaliado os futurólogos de hoje.”</p><p>Os futurólogos de hoje terão sido avaliados por nós daqui a cinquenta anos.</p><p>Certo.</p><p>Transposição correta da voz ativa para a passiva.</p><p>Questão 3 “Os vândalos iam destruindo tudo em sua passagem.”</p><p>Em sua passagem, tudo foi destruído pelos vândalos.</p><p>Errado.</p><p>Transposição errada da voz ativa para a passiva.</p><p>Em sua passagem, tudo ia sendo destruído pelos vândalos.</p><p>Questão 4 “Fomos informados de que já haviam julgado a causa.”</p><p>Informaram-nos de que a causa já havia sido julgada.</p><p>Certo.</p><p>Transposição correta da voz ativa para a passiva.</p><p>Questão 5 “Os índios haviam devorado os prisioneiros</p><p>de guerra.”</p><p>Os prisioneiros de guerra já haviam sido devorados pelos índios.</p><p>Certo.</p><p>Transposição correta da voz ativa para a passiva, mesmo com o acréscimo do vo-</p><p>cábulo “já” (advérbio).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>21 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 6 “Todo homem é mortal.”</p><p>O homem todo é mortal.</p><p>Errado.</p><p>“Todo (= qualquer) homem é mortal.”</p><p>O homem todo (= completo) é mortal.</p><p>Questão 7 “No final da Guerra Civil Americana, o ex-coronel ianque sai à caça do</p><p>soldado desertor que realizou assalto a trem com confederados.”</p><p>No final da Guerra Civil Americana, o ex-coronel ianque sai à caça do soldado de-</p><p>sertor que, com confederados, realizou assalto a trem.</p><p>Errado.</p><p>“No final da Guerra Civil Americana, o ex-coronel ianque sai à caça do soldado de-</p><p>sertor que realizou assalto a trem com confederados.” (Os confederados esta-</p><p>vam no trem em que o soldado desertor realizou assalto.)</p><p>No final da Guerra Civil Americana, o ex-coronel ianque sai à caça do soldado de-</p><p>sertor que, com confederados, realizou assalto a trem. (O soldado desertor, acom-</p><p>panhado dos confederados, realizou assalto a trem.)</p><p>Questão 8 “Os meninos de rua que procuram trabalho são repelidos pela população.”</p><p>Os meninos de rua, que procuram trabalho, são repelidos pela população.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Errado.</p><p>“Os meninos de rua que procuram trabalho são repelidos pela população.” (Valor</p><p>restritivo, particularizante.)</p><p>Os meninos de rua, que procuram trabalho, são repelidos pela população. (Valor</p><p>explicativo, generalizante: todos os meninos de rua procuram trabalho.)</p><p>Questão 9 “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou restituir-</p><p>-se, por sua própria força, contanto que o faça logo.”</p><p>Fazendo-o logo, o possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou restituir-</p><p>-se, por sua própria força.</p><p>Certo.</p><p>Transformação correta da oração desenvolvida condicional em reduzida de gerún-</p><p>dio. “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou restituir-se, por sua</p><p>própria força, contanto que o faça logo.”</p><p>Fazendo-o logo, o possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou resti-</p><p>tuir-se, por sua própria força.</p><p>Questão 10 “Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha avisada malícia.</p><p>E imediatamente disse para o meu Príncipe:</p><p>– Há três anos que não te vejo, Jacinto.”</p><p>Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha avisada malícia. E imedia-</p><p>tamente disse para o meu Príncipe que havia três anos que não o via.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Certo.</p><p>Transformação correta de discurso direto em discurso indireto.</p><p>“Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha avisada malícia.</p><p>E imediatamente disse para o meu Príncipe:</p><p>– Há três anos que não te vejo, Jacinto.”</p><p>Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha avisada malícia. E imedia-</p><p>tamente disse para o meu Príncipe que havia três anos que não o via.</p><p>Como foi seu desempenho? É preciso treinar, treinar, treinar. Sim, o treino o (a)</p><p>conduzirá à perfeição. Veja como a próxima questão exige cuidados. Pense e faça</p><p>sua opção.</p><p>Questão 11 (AFRF) Indique o trecho que constitui paráfrase das ideias essenciais</p><p>do segmento transcrito abaixo.</p><p>Os europeus do século XVI, cuja vida continuava pautada na religião e nas normas</p><p>da Igreja, não haviam de todo abandonado as antigas prescrições teológicas que</p><p>condenavam os lucros advindos de empréstimos a juro, por serem uma forma es-</p><p>téril de riqueza.</p><p>(Adalberto Marson)</p><p>a) Nem todos os europeus do século XVI, cuja vida permanecia adstrita às normas</p><p>religiosas da Igreja, haviam abandonado as antigas determinações teológicas de</p><p>condenação aos lucros obtidos pelos agiotas, por serem uma forma espúria de ge-</p><p>rar riqueza.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>24 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>b) Por terem abandonado as antigas restrições teológicas que condenavam os lu-</p><p>cros provenientes de juros de empréstimos, consideradas uma forma improdutiva</p><p>de riqueza, os europeus do século XVI continuavam a pautar sua vida na religião</p><p>e nas normas da Igreja.</p><p>c) Seguindo as normas religiosas e cristãs, os europeus de seiscentos não haviam</p><p>abandonado completamente os antigos preceitos teológicos de obtenção de riqueza</p><p>através da forma estéril de empréstimos a juros.</p><p>d) Obter riqueza por meio da usura era prática condenada pelas antigas prescri-</p><p>ções teológicas, cuja religião e normas da Igreja os europeus do século XVI não</p><p>haviam de todo abandonado.</p><p>e) Continuando a manter sua vida pautada na religião e nas normas da Igreja,</p><p>os europeus quinhentistas respeitavam as antigas determinações teológicas segun-</p><p>do as quais os lucros obtidos a partir de empréstimos a juro mereciam condenação,</p><p>por constituírem uma forma improlífera de riqueza.</p><p>Letra e.</p><p>a) Errada. Já começou com um desvio semântico: “Nem todos os europeus do</p><p>século XVI”. A vírgula antes de “cuja” (pronome relativo) introduz oração subordi-</p><p>nada adjetiva explicativa de caráter generalizante: os europeus, de forma genérica,</p><p>tinham a vida pautada na religião.</p><p>b) Errada. A opção inicia-se com uma contradição: “Por terem abandonado as an-</p><p>tigas restrições teológicas”. O texto menciona que eles não haviam de todo aban-</p><p>donado as prescrições teológicas.</p><p>c) Errada. Seguindo as normas religiosas e cristãs, os europeus de quinhentos (e</p><p>não seiscentos)... Como se trata dos europeus do século XVI, estes são de 1501</p><p>(15 + 1 = 16). Veja: 1988 (19 + 1 = 20); 2019 (20 + 1 = 21). Em que século nós</p><p>estamos? XXI. E os europeus de 1501? XVI.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>d) Errada. Nesta opção, há desvio do sentido original em virtude do pronome rela-</p><p>tivo “cuja”. Ele concorda com o consequente e retoma o antecedente para traduzir</p><p>a ideia de posse. Veja: “Obter riqueza por meio da usura era prática condenada</p><p>pelas antigas prescrições teológicas, cuja religião e normas da Igreja os europeus</p><p>do século XVI não haviam de todo abandonado”. Religião das antigas prescrições</p><p>teológicas? Isso não tem sentido.</p><p>e) Certa. Observe: “Continuando a manter sua vida pautada na religião e nas nor-</p><p>mas da Igreja, os europeus quinhentistas (1501/século VXI) respeitavam (se não</p><p>haviam de todo abandonado, então respeitavam) as antigas determinações teoló-</p><p>gicas segundo as quais os lucros obtidos a partir de empréstimos a juro mereciam</p><p>condenação, por constituírem uma forma improlífera (= estéril) de riqueza.</p><p>Excelente questão. Paráfrase exige cuidados diversos. Preparado para a outra questão?</p><p>Questão 12 (AFRF) Marque, entre as opções propostas, aquela que não contém,</p><p>ainda que parcialmente, as mesmas ideias expressas no trecho abaixo.</p><p>A reificação do escravo produzia-se objetiva e subjetivamente. Por um lado, tor-</p><p>nava-se uma peça cuja necessidade social era criada e regulada pelo mecanismo</p><p>econômico de produção. Por outro lado, o escravo autorrepresentava-se e era re-</p><p>presentado pelos homens livres como um ser incapaz de ação autonômica.</p><p>(F. H. Cardoso. Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional. Rio, Paz e Terra, 1977.)</p><p>a) Do ponto de vista jurídico é óbvio que, no sul como no resto do país, o escravo</p><p>era uma coisa, sujeita ao poder e à propriedade de outrem...</p><p>b) ... o escravo não encontra a condição de pessoa humana objetivada no respeito</p><p>e nas expectativas formadas em torno de si pelos homens livres, pelos senhores.</p><p>c) A liberdade desejada e impossível apresentava-se, pois, como mera necessida-</p><p>de subjetiva da afirmação, que não encontrava condições para realizar-se concre-</p><p>tamente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>d) ... o escravo se apresentava, na qualidade de ser humano tornado coisa, como</p><p>alguém que, embora fosse capaz de empreender ações com “sentido”, pois eram</p><p>ações humanas, exprimia, na própria consciência e nos atos que praticava, orien-</p><p>tações e significações sociais impostas pelos senhores.</p><p>e) ... a consciência do escravo apenas registrava e espelhava, passivamente,</p><p>os significados sociais que lhe eram impostos.</p><p>Letra c.</p><p>Um aspecto importante para resolver essa questão é a significação de “reificação”</p><p>(do latim, “res” = coisa). Significa, portanto, “coisificação”.</p><p>a) Errada (contém). Do ponto de vista jurídico é óbvio que, no sul como no res-</p><p>to do país, o escravo era uma coisa, sujeita ao poder e à propriedade de outrem.</p><p>Ideia contida no texto.</p><p>b) Errada (contém). O escravo não encontra a condição de pessoa humana (mas</p><p>de “coisa”) objetivada no respeito e nas expectativas formadas em torno de si pelos</p><p>homens livres, pelos senhores. Ideia contida no texto.</p><p>c) Certa (não contém). A liberdade desejada (não havia o desejo de liberdade,</p><p>já que, subjetivamente, ele também se considerava “coisa”) e impossível apresen-</p><p>tava-se, pois, como mera necessidade subjetiva da afirmação, que não encontrava</p><p>condições para realizar-se concretamente. Ideia não contida no texto. Essa é a</p><p>resposta.</p><p>d) Errada (contém). O escravo se apresentava, na qualidade de ser humano</p><p>tornado coisa, como alguém que, embora fosse capaz de empreender ações com</p><p>“sentido”, pois eram ações humanas, exprimia, na própria consciência e nos atos</p><p>que praticava, orientações e significações sociais impostas pelos senhores. Ideia</p><p>contida no texto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>e) Errada (contém). A consciência do escravo apenas registrava e espelhava,</p><p>passivamente, os significados sociais que lhe eram impostos (= coisa). Ideia con-</p><p>tida no texto.</p><p>Questão 13 Marque a opção que não constitui paráfrase do segmento a seguir.</p><p>O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nas Antilhas Britânicas, teve peso</p><p>ponderável na política antinegreira dos governos britânicos durante a primeira me-</p><p>tade do século passado. Mas tiveram peso também os interesses capitalistas, co-</p><p>merciais e industriais, que desejavam expandir o mercado ultramarino de produtos</p><p>industriais e viam na inevitável miséria do trabalhador escravo um obstáculo para</p><p>este desiderato.</p><p>(P. Singer. A formação da classe operária. São Paulo, Atual, 1988, p. 44.)</p><p>a) Na primeira metade do século passado, a despeito da forte pressão do mercado</p><p>ultramarino em criar consumidores potenciais para seus produtos industriais, foi o</p><p>movimento abolicionista o motor que pôs cobro à miséria do trabalhador escravo.</p><p>b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeira metade do século passado</p><p>foi fortemente influenciada não só pelo ideário abolicionista como também pela</p><p>pressão das necessidades comerciais e industriais emergentes.</p><p>c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar o mercado para seus produtos</p><p>industriais tiveram peso considerável na formulação da política antinegreira ingle-</p><p>sa; mas teve-o também a consciência liberal antiescravista.</p><p>d) Teve peso considerável na política antinegreira britânica o abolicionismo. Mas as</p><p>forças de mercado tiveram também peso, pois precisavam dispor de consumidores</p><p>para seus produtos.</p><p>e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interesses materiais, na primeira metade</p><p>do século XIX, na formulação da política britânica de oposição à escravidão negreira.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Letra a.</p><p>O segredo dessa questão é dominar o significado de um elemento de coesão se-</p><p>quencial importante: a despeito de (= apesar de), com valor concessivo. Outro</p><p>aspecto é entender que houve dois pesos na política antinegreira britânica. Veja.</p><p>a) Certa. “Na primeira metade do século passado, a despeito da forte pressão do</p><p>mercado ultramarino em criar consumidores potenciais para seus produtos indus-</p><p>triais, foi o movimento abolicionista o motor que pôs cobro à miséria do trabalhador</p><p>escravo”. Não foi “a despeito da forte pressão do mercado (concessão)”, mas, sim,</p><p>“por causa da forte pressão do mercado (causa)”. Não constitui, portanto, pará-</p><p>frase. Essa é a resposta.</p><p>b) Errada. A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeira metade do século</p><p>passado foi fortemente influenciada não só pelo ideário abolicionista como também</p><p>pela pressão das necessidades comerciais e industriais emergentes. Constitui pa-</p><p>ráfrase.</p><p>c) Errada. Os interesses capitalistas que buscavam ampliar o mercado para seus</p><p>produtos industriais tiveram peso considerável na formulação da política antine-</p><p>greira inglesa; mas teve-o também a consciência liberal antiescravista. Constitui</p><p>paráfrase.</p><p>d) Errada. Teve peso considerável na política antinegreira britânica o abolicionis-</p><p>mo. Mas as forças de mercado tiveram também peso, pois precisavam dispor de</p><p>consumidores para seus produtos. Constitui paráfrase.</p><p>e) Errada. Ocorreu uma combinação de idealismo e interesses materiais, na pri-</p><p>meira metade do século XIX, na formulação da política britânica de oposição à es-</p><p>cravidão negreira. Constitui paráfrase.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD</p><p>LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>29 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela</p><p>Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.</p><p>Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.</p><p>Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, — as quais todas</p><p>foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.</p><p>Pondera meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade</p><p>dos fatos.</p><p>Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães,</p><p>cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos,</p><p>não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.</p><p>Vá feito! O tempo decorrido era longo e a tradição estava arraigada como uma</p><p>ideia fixa.</p><p>(...)</p><p>Mas isso é história antiga.</p><p>O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a</p><p>repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.</p><p>Houve resolução do Príncipe D. Pedro, independência e o mais; mas não foi positi-</p><p>vamente um grito, nem ele se deu às margens do célebre ribeiro.</p><p>Lá se vão as páginas dos historiadores e isso é o menos.</p><p>Emendam-se futuras edições. Mas os versos? Os versos emendam-se com muito</p><p>menos facilidade.</p><p>Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia</p><p>todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma</p><p>coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do</p><p>Ipiranga: é mais sumário, mais bonito e mais genérico.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>30 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 14 (TJ-DFT) Com base nas ideias explícitas e implícitas do texto, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>a) O autor deplora as informações enganosas veiculadas pelos historiadores, ma-</p><p>nifestando sua preferência pelos poetas e narradores épicos.</p><p>b) Infere-se do texto que, na falta de uma informação segura sobre os fatos, o au-</p><p>tor opta por dar crédito ao que se descreve nos versos, cuja deturpação é menos</p><p>provável.</p><p>c) Para o autor, pouco importa a versão exata dos fatos, diante do poder de síntese</p><p>e do impacto das narrativas e lendas que atravessam os tempos.</p><p>d) À lenda o autor prefere a história autêntica, com seus dados precisos, sumários</p><p>e abrangentes.</p><p>e) O autor esforça-se por demover o amigo da ideia de alterar as futuras edições</p><p>dos livros de história, sob o argumento de que a lenda já está assimilada, não ha-</p><p>vendo mais nada a fazer senão ter paciência.</p><p>Letra c.</p><p>a) Errada. O autor não deplora as informações enganosas veiculadas pelos historia-</p><p>dores, manifestando sua preferência pelos poetas e narradores épicos. Não se trata de</p><p>informações enganosas, mas, sim, de informações vagas, anônimas, exatas.</p><p>b) Errada. Não se infere do texto que, na falta de uma informação segura so-</p><p>bre os fatos, o autor opta por dar crédito ao que se descreve nos versos, cuja de-</p><p>turpação é menos provável. Mesma explicação da opção anterior. Não se trata de</p><p>informações inseguras ou deturpadas, mas, sim, de informações vagas, anônimas,</p><p>exatas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>31 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>c) Certa. Para o autor, pouco importa a versão exata dos fatos, diante do poder de</p><p>síntese e do impacto das narrativas e lendas que atravessam os tempos (tradição).</p><p>d) Errada. Veja a forma correta: “A lenda (objeto direto/termo preferido) o autor</p><p>prefere à história autêntica (objeto indireto/termo preterido)”.</p><p>e) Errada. O autor não se esforça por demover o amigo da ideia de alterar as fu-</p><p>turas edições dos livros de história, sob o argumento de que a lenda já está assimi-</p><p>lada, não havendo mais nada a fazer senão ter paciência. Extrapolação.</p><p>Questão 15 (TJDFT) Assinale a opção que recupera as ideias do último parágrafo</p><p>do texto.</p><p>a) Minha convicção é que a lenda é superior à história autêntica. A primeira resu-</p><p>miu o fato de independência nacional, a segunda transforma-o em algo difuso e</p><p>anônimo, destituindo-o de seu caráter sumário, abrangente e belo. Tenha paciência</p><p>o meu ilustrado amigo, mas eu prefiro o grito do Ipiranga à versão exata dos fatos.</p><p>b) Estou convicto de que a lenda é superior à história autêntica. Enquanto esta re-</p><p>duz o fato da independência nacional a algo difuso e anônimo, aquela o sintetizava.</p><p>Tenha paciência o meu instruído amigo. À versão exata prefiro o grito do Ipiranga,</p><p>que é mais sumário, mais belo, mais genérico.</p><p>c) Creio que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia o fato</p><p>da independência nacional. A versão exata o transforma em algo difuso e anódino.</p><p>O meu ilustrado amigo deve ter paciência, mas a lenda é preferível ao sumário,</p><p>belo e genérico grito do Ipiranga.</p><p>d) Tenha paciência o meu ilustrado amigo, mas prefiro à lenda do grito do Ipiranga</p><p>a versão exata dos acontecimentos, que reduz o fato da independência nacional a</p><p>uma coisa vaga e anônima, destituindo o gesto lendário de seu caráter generali-</p><p>zante.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>32 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>e) O meu instruído amigo tenha paciência, mas a minha opinião é a seguinte: entre</p><p>a lenda e a história autêntica, àquela prefiro esta, que resume o fato da indepen-</p><p>dência nacional em um gesto sumário, belo e genérico.</p><p>Letra b.</p><p>Nessa questão, além de testar o vocabulário do candidato, a banca examinadora</p><p>avalia os conhecimentos acerca da regência do verbo “preferir” (transitivo direto e</p><p>indireto). Nesse caso, o objeto direto é sempre o termo preferido; o objeto indireto</p><p>é sempre o termo preterido (fica em segundo plano). Veja: Eu prefiro a revista (ob-</p><p>jeto direto/preferido) ao livro (objeto indireto/preterido). No texto, está claro que o</p><p>autor prefere a lenda (objeto direto) à história autêntica (objeto indireto).</p><p>a) Errada. Minha convicção é que a lenda é superior à história autêntica. A pri-</p><p>meira resumiu o fato de independência nacional, a segunda transforma-o em algo</p><p>difuso e anônimo, destituindo-o de seu caráter sumário, abrangente e belo</p><p>(ideia inexistente no texto). Tenha paciência o meu ilustrado amigo, mas eu prefiro</p><p>o grito do Ipiranga à versão exata dos fatos.</p><p>b) Certa. Estou convicto de que a lenda é superior à história autêntica. Enquan-</p><p>to esta (anafórico: retoma o termo mais próximo) reduz o fato da indepen-</p><p>dência nacional a algo difuso e anônimo, aquela (anafórico: retoma o termo</p><p>mais distante da relação) o sintetizava. Tenha paciência o meu instruído (esse</p><p>é o sentido de “ilustrado”)</p><p>amigo. À versão exata (objeto indireto/preterido) prefiro</p><p>o grito do Ipiranga (objeto direto/preferido), que é mais sumário, mais belo, mais</p><p>genérico.</p><p>c) Errada. Creio que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia</p><p>o fato da independência nacional. A versão exata o transforma em algo difuso e</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>33 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>anódino (= inofensivo). O meu ilustrado amigo deve ter paciência, mas a lenda é</p><p>preferível ao sumário, belo e genérico grito do Ipiranga (= lenda). A lenda é prefe-</p><p>rível à lenda? Sem sentido!</p><p>d) Errada. Tenha paciência o meu ilustrado amigo, mas prefiro à lenda do grito</p><p>do Ipiranga (objeto indireto/preterido) a versão exata dos acontecimentos (objeto</p><p>direto/preferido), que reduz o fato da independência nacional a uma coisa vaga</p><p>e anônima, destituindo o gesto lendário de seu caráter generalizante. Não houve</p><p>paráfrase.</p><p>e) Errada. O meu instruído amigo tenha paciência, mas a minha opinião é a se-</p><p>guinte: entre a lenda e a história autêntica, àquela prefiro esta, que resume</p><p>o fato da independência nacional em um gesto sumário, belo e genérico. Preferir</p><p>“esta” significa preferir a história autêntica. Não!</p><p>Aula 5 – Intertextualidade</p><p>Oi, amante da língua portuguesa, amante do texto! Tudo tranquilo? Você já</p><p>chegou à Aula 5! Já percebeu que o texto envolve muitos aspectos importantes.</p><p>É importante dominá-los e treinar muito. O segredo do êxito, na vida, é o treino,</p><p>a frequência, a disciplina. Parabéns! Gosto de gente como você.</p><p>Na aula de hoje, entenderemos melhor o conceito de intertextualidade e inicia-</p><p>remos nosso estudo de tipologia/gêneros textuais. São assuntos fundamentais em</p><p>qualquer concurso público.</p><p>Inicialmente, trabalharemos com os textos seguintes. Veja o comando do exa-</p><p>minador após o texto II: ele solicita que o (a) candidato (a) articule os textos I e</p><p>II. Isso significa que você, em provas diversas, é convidado a dominar a intertex-</p><p>tualidade (as relações entre os textos).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>34 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>TEXTO I</p><p>Diversos municípios brasileiros, especialmente aqueles que se urbanizaram de for-</p><p>ma muito rápida, não oferecem à população espaços públicos para a prática de ati-</p><p>vidades culturais, esportivas e de lazer. A ausência desses espaços limita a criação</p><p>e o fortalecimento de redes de relações sociais. Em um tecido social esgarçado,</p><p>a violência é cada vez maior, ameaçando a vida e enclausurando ainda mais as</p><p>pessoas nos espaços domésticos.</p><p>(www.polis.org.br — com adaptações).</p><p>(Cebraspe) Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.</p><p>Questão 1 A expressão “tecido social esgarçado” está empregada em sentido fi-</p><p>gurado e representa a ideia de que as estruturas sociais estão fortalecidas em suas</p><p>instituições oficiais.</p><p>Errado.</p><p>A expressão “tecido social esgarçado” está, sim, empregada em sentido figurado e</p><p>representa a ideia de que as estruturas sociais estão rasgadas, abertas, desfiadas,</p><p>enfraquecidas em suas instituições oficiais.</p><p>Questão 2 A inserção da palavra consequentemente, entre vírgulas, antes de</p><p>“cada vez” torna explícita a relação entre ideias desse período e aquelas apresen-</p><p>tadas anteriormente no texto.</p><p>Certo.</p><p>A inserção da palavra consequentemente, entre vírgulas, antes de “cada vez”</p><p>torna explícita a relação entre ideias desse período (a violência é cada vez maior,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>35 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>ameaça e enclausura = consequência) e aquelas apresentadas anteriormente no</p><p>texto (municípios não oferecem espaços públicos para a prática de atividades di-</p><p>versas, o que limita as relações sociais = causa).</p><p>Questão 3 A expressão “ainda mais” reforça a ideia implícita de que há dois mo-</p><p>tivos para o enclausuramento das pessoas: a falta de espaços públicos que favore-</p><p>çam as relações sociais com atividades culturais, esportivas e de lazer e o aumento</p><p>da ameaça de violência.</p><p>Certo.</p><p>A expressão “ainda mais” reforça a ideia implícita de que há dois motivos para o en-</p><p>clausuramento das pessoas: a falta de espaços públicos que favoreçam as relações</p><p>sociais com atividades culturais, esportivas e de lazer (as pessoas ficam, então,</p><p>nos espaços domésticos) e o aumento da ameaça de violência (enclausuramento</p><p>reforçado).</p><p>TEXTO II</p><p>Entre os primatas, o aumento da densidade populacional não conduz necessaria-</p><p>mente à violência desenfreada. Diante da redução do espaço físico, criamos leis</p><p>mais fortes para controlar os impulsos individuais e impedir a barbárie. Tal estra-</p><p>tégia de sobrevivência tem lógica evolucionista: descendemos de ancestrais que</p><p>tiveram sucesso na defesa da integridade de seus grupos; os incapazes de fazê-lo</p><p>não deixaram descendentes. Definitivamente, não somos como os ratos.</p><p>(Dráuzio Varella. www.drauziovarella.com.br — com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>36 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>(Cebraspe) Acerca dos textos I e II, julgue os itens a seguir.</p><p>Questão 4 Tanto no texto I como no II, a questão do espaço físico como um dos</p><p>fatores intervenientes do processo de intensificação da violência é vista sob o pris-</p><p>ma da densidade populacional excessiva.</p><p>Errado.</p><p>Tanto no texto I como no II, a questão do espaço físico como um dos fatores inter-</p><p>venientes do processo da violência é vista sob primas diferentes: no texto I, a falta</p><p>de espaços públicos que favoreçam as relações sociais com atividades culturais,</p><p>esportivas e de lazer intensifica a violência; no texto II, o aumento da densidade</p><p>populacional não conduz necessariamente à violência desenfreada.</p><p>Questão 5 Como a escolha de estruturas gramaticais pode evidenciar informações</p><p>pressupostas e significações implícitas, no texto II, o emprego da forma verbal em</p><p>primeira pessoa — “criamos” — autoriza a inferência de que os seres humanos per-</p><p>tencem à ordem dos primatas.</p><p>Certo.</p><p>Como a escolha de estruturas gramaticais pode evidenciar informações pressupos-</p><p>tas e significações implícitas, no texto II, o emprego da forma verbal em primeira</p><p>pessoa — “criamos” — autoriza a inferência de que os seres humanos pertencem,</p><p>sim, à ordem dos primatas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>37 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Questão 6 Por funcionar como um recurso coesivo de substituição de ideias já</p><p>apresentadas, no texto VIII, a expressão “Tal estratégia de sobrevivência” retoma</p><p>o termo antecedente “violência desenfreada”.</p><p>Errado.</p><p>Por funcionar como um recurso coesivo de substituição de ideias já apresentadas, no</p><p>texto VIII, a expressão “Tal estratégia de sobrevivência” retoma a ideia de que “cria-</p><p>mos leis mais fortes para controlar os impulsos individuais e impedir a barbárie”.</p><p>Percebeu? Você terá de estar atento ao conteúdo dos textos apresentados pela</p><p>banca examinadora e confrontá-los. Agora, poderemos entender melhor a inter-</p><p>textualidade. Esta compreende, na verdade, as diversas maneiras pelas quais a</p><p>produção e a recepção de dado texto depende do conhecimento de outros textos</p><p>por parte dos interlocutores. Em outras palavras, diz respeito aos fatores que tor-</p><p>nam a utilização de um texto dependente de um ou mais textos previamente exis-</p><p>tentes. Essas maneiras incluem fatores relativos a conteúdos formais (como você</p><p>acabou de perceber) e a tipos textuais (que aprofundaremos nas próximas aulas).</p><p>Os fatores ligados a conteúdo são bastante evidentes e ligam-se a questões</p><p>de conhecimento de mundo. As matérias jornalísticas que lemos no dia a dia, por</p><p>exemplo, cobrem um mesmo fato, durante vários dias. Cada artigo pressupõe que</p><p>os leitores conheçam os artigos sobre o mesmo assunto publicados anteriormen-</p><p>te, estabelecendo com eles a intertextualidade. Essa realidade é uma constante:</p><p>os textos de uma mesma época, de uma mesma área de conhecimento, de uma</p><p>mesma cultura dialogam, necessariamente, uns com os outros e podem manifestar,</p><p>assim, relações explícitas ou implícitas. Por isso, aprecio muito essa estratégia em</p><p>concursos públicos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Assim, caro(a) aluno(a), veja os exemplos a seguir.</p><p>1) Segundo Piaget, “a criança continuamente cria e recria seu modelo de realida-</p><p>de.” Concordamos com Piaget, quando afirma que a evolução cognitiva na infância</p><p>se dá por meio da criação e da recriação da realidade.</p><p>2) Eu acreditei nas promessas daquele candidato. Você acreditou nas promessas</p><p>daquele candidato? Procure ficar mais bem informado, por favor.</p><p>No exemplo 1, houve confirmação da ideia contida na fonte (Piaget). No tocan-</p><p>te à intertextualidade implícita do exemplo 2, não se tem indicação da fonte (que</p><p>candidato e promessas?), de modo que o receptor deverá ter os conhecimentos</p><p>necessários para recuperá-la; do contrário, não será capaz de captar a significação</p><p>implícita que o produtor pretende passar.</p><p>É o caso de alguns tipos de ironia, da paródia, de certas paráfrases e outros. Ob-</p><p>serve como Mário Quintana e Paulo Mendes Campos parodiaram a famosa “Canção</p><p>do Exílio” (você a conhece?), do poeta romântico Gonçalves Dias. A paródia é uma</p><p>forma de intertextualidade. Entendeu? Veja.</p><p>UMA CANÇÃO</p><p>Mário Quintana</p><p>Minha terra não tem palmeiras...</p><p>E em vez de um mero sabiá,</p><p>Cantam aves invisíveis</p><p>Nas palmeiras que não há.</p><p>Minha terra tem relógios,</p><p>Cada qual com a sua hora</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>39 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Nos mais diversos instantes...</p><p>Mas onde o instante de agora?</p><p>Mas a palavra “onde”?</p><p>Terra ingrata, ingrato filho,</p><p>Sob os céus de minha terra</p><p>Eu canto a Canção do Exílio.</p><p>NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO</p><p>Paulo Mendes Campos</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o sabiá,</p><p>Mas meu rabicho é Paris,</p><p>Onde sabiá não dá.</p><p>Não sei se vou pra Turquia,</p><p>Não sei onde vou ciscar,</p><p>Não sou forte em geografia,</p><p>Mas daqui vou me mandar.</p><p>Quanto à intertextualidade de caráter formal, ela ocorre quando o produtor de</p><p>um texto repete expressões, enunciados ou trechos de outros textos, ou então o</p><p>estilo de determinado autor ou de determinados tipos de discurso. Um exemplo</p><p>típico é a relação entre a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, e trechos do Hino</p><p>Nacional Brasileiro e da Canção do Expedicionário.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>40 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>Do que a terra mais garrida</p><p>Teus risonhos lindos campos têm mais flores</p><p>Nossos bosques têm mais vida,</p><p>Nossa vida em teu seio mais amores.</p><p>(Hino Nacional Brasileiro — Letra: Osório Duque Estrada.)</p><p>Por mais terras que eu percorra</p><p>Não permita Deus que eu morra</p><p>Sem que volte para lá...</p><p>(Canção do Expedicionário.)</p><p>Um subtipo de intertextualidade formal é a intertextualidade tipológica, que</p><p>também é importante para o processamento adequado do texto. O conhecimento</p><p>dos tipos textuais (narração, descrição, dissertação, texto literário, texto não literá-</p><p>rio), portanto, permitirá ao leitor “enquadrar” os textos em determinado esquema,</p><p>o que poderá dar pistas importantes para a sua interpretação.</p><p>Vale ressaltar, ainda, que a intertextualidade é comum também na música po-</p><p>pular, quando o autor retoma trechos de outras canções próprias ou alheias.</p><p>A intertextualidade estabelece-se também quando nos “apropriamos” de pro-</p><p>vérbios e ditos populares em nossas conversas ou em nossos textos escritos, en-</p><p>dossando-os ou revertendo a sua forma e (ou) o seu sentido. Faça um gesto posi-</p><p>tivo, por favor!</p><p>Você entendeu que uma boa leitura não pode apoiar-se em fragmentos isolados, já</p><p>que o significado sempre é determinado pelo conjunto dentro do qual se encaixam</p><p>esses fragmentos. Hoje, concursos exigem não somente a noção de texto, mas</p><p>também as relações entre vários textos que compõem uma prova.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para BRAD LUCAS RIPPER - 16035469795, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>41 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>TEXTO</p><p>Compreensão e Interpretação de Textos – Parte II</p><p>Prof. Fernando Moura</p><p>A intertextualidade visa a reafirmar alguns dos sentidos de textos citados ou</p><p>contestar, inventar e polemizar ideias em foco. Por isso, nos comandos das ques-</p><p>tões, não faltarão propostas do tipo: “corroboração à ideia tal”, “tal ideia ratifica/</p><p>retifica tal ideia”, “considerando também a leitura do texto tal”, “com base no texto</p><p>lido e à luz do texto tal”. Assim, lembre-se: ao estabelecer as relações entre dois ou</p><p>mais textos, verifique se o mesmo assunto está sendo tratado e se os argumentos</p><p>levantados que sustentam a postura ideológica do(s) autor(es) apresentam seme-</p><p>lhanças ou diferenças. Confronte e compare logicamente os textos, como fizemos</p><p>com os textos I e II, no início desta aula.</p><p>Aula 6 – Tipologia e Gêneros Textuais</p><p>Tudo bem, caro(a) aluno(a)? Sempre animado(a)? Já que você entendeu a in-</p><p>tertextualidade, é hora de estudar</p>

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