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Ensino da Ginástica Artística


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30/05/2023, 13:25 Ensino da Ginástica Artística
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03782/index.html# 1/40
Ensino da Ginástica Artística
Prof.ª Andréa Ferreira João
Descrição
Ensino e aprendizagem da ginástica artística, processos pedagógicos e metodológicos para iniciação nos aparelhos solo e salto.
Propósito
O conhecimento do processo de ensino e aprendizagem da ginástica artística é fundamental para que o professor iniciante ou técnico desportivo
escolha os conteúdos e recursos mais adequados aos alunos ou ginastas.
Objetivos
Módulo 1
Aspectos pedagógicos da ginástica artística
Distinguir as diferentes possibilidades de prática da ginástica artística.
Módulo 2
Fundamentos básicos na iniciação da ginástica artística: solo
Reconhecer os fundamentos básicos para iniciação da ginástica artística no aparelho solo.
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Módulo 3
Fundamentos para iniciação da ginástica artística: saltos
Reconhecer os fundamentos básicos para iniciação da ginástica artística nos saltos.
Introdução
As performances de grandes ginastas da ginástica artística (GA) às quais assistimos nas competições de alto rendimento são o resultado de um
processo de treinamento organizado e estruturado de forma que o atleta possa progredir desde os níveis iniciantes até as exibições mais
avançadas. A formação desses atletas pode durar um longo período, que minimamente é superior a 10 anos de treinamento.
Neste conteúdo, entenderemos como funciona o processo de ensino e aprendizagem da ginástica artística, estabelecendo a diferença entre a
aprendizagem para participar em competições de alto rendimento e a prática da GA para outras finalidades. Por fim, apresentaremos os
fundamentos básicos dos aparelhos solo e salto, bem como suas progressões pedagógicas nos níveis de iniciação.
1 - Aspectos pedagógicos da ginástica artística
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir as diferentes possibilidades de prática da ginástica artística.

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Apresentação da ginástica artística (GA)
A ginástica artística (GA) é uma das modalidades de esporte mais antigas a fazer parte dos Jogos Olímpicos. Atualmente integra uma das oito
modalidades de ginástica organizadas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Sua característica se constitui na grande variedade de exercícios executados no solo ou nos aparelhos. São movimentos complexos, que podem ser
dinâmicos ou estáticos, classificados em diferentes níveis de dificuldade, e que exigem muita coordenação e domínio do corpo.
Nos campeonatos, os ginastas são avaliados por dois painéis distintos de juízes, e cada um exerce seu papel de forma independente:
Painel D
Avalia o grau de dificuldade dos exercícios.
Painel A
Avalia a execução dos ginastas.
A ginástica artística divide-se em ginástica artística masculina e ginástica artística feminina. Apesar das semelhanças nas regras, nos exercícios e
em alguns aparelhos utilizados, cada uma possui características próprias e está organizada de forma independente no sistema federativo, que é o
sistema que organiza as federações esportivas.
Nas competições oficiais masculinas, os ginastas realizam seis provas:
Solo;
Cavalo com alças;
Argola;
Salto;
Paralelas simétricas;
Barra.
Nas femininas, são realizadas as seguintes provas:
Salto;
Paralelas assimétricas;
Trave;
Solo.
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Falaremos agora do treinamento desportivo e da prática esportiva, que são conceitos básicos que devem ser conhecidos pelos profissionais de
educação física que vão atuar com a ginástica artística ou com qualquer outro esporte, desde a iniciação até o alto rendimento esportivo.
O treinamento desportivo X a prática esportiva
Grandes ídolos internacionais como Kohei Uchimura, ou nacionais como Daiane dos Santos, Diego Hypólito, Arthur Zanetti e Rebeca Andrade, entre
outros, atraem muitas crianças e jovens para a ginástica artística. A grande maioria vem motivada pela fama desses atletas ou pelo sonho de um
dia chegar ao pódio olímpico.
No entanto, após os primeiros contatos com o esporte, eles começam a se dividir entre aqueles que permanecem firmes no intuito de seguir a
carreira atlética e os que se encantam pelo lado lúdico e prazeroso, ou pelos inúmeros benefícios que a prática da ginástica pode proporcionar.
Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos Rio-2016.
A partir daí, podemos identificar dois segmentos bem distintos, com a seguinte composição:
1. Crianças que querem seguir a carreira de atleta.
2. Pessoas em geral que praticam ginástica para desenvolver suas habilidades corporais e psicológicas, suas capacidades físicas, ou apenas por
entretenimento e lazer.
Isso demonstra que a ginástica artística pode ser praticada desde os níveis recreativos até os níveis de competição.
Para entender os aspectos pedagógicos da ginástica artística, é preciso que esses níveis de prática e os seus objetivos sejam bem claros tanto para
o praticante quanto para o professor, isto é:
Prática esportiva (PE)
Prática recreativa/educacional.
Treinamento desportivo (TD)
Prática voltada para o rendimento/performance.
A seguir, veremos em maior detalhe os aspectos da prática esportiva e posteriormente a prática voltada para o alto rendimento.
A prática esportiva
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Tanto na prática esportiva quanto no treinamento desportivo as pessoas passam pela iniciação esportiva, que é o período no qual a criança inicia de
forma específica a prática de um ou mais esportes. Essa fase do aprendizado remete à continuação da formação motriz geral. Seu fim imediato é
continuar o desenvolvimento da criança apontando para uma formação global e de qualidades físicas gerais.
A iniciação esportiva deve fazer parte de um programa de educação física e deve ser abordada como aprendizagem e desenvolvimento motor, com
regras básicas e adaptadas. Sem muita cobrança com o rigor da técnica, deve ter como objetivo uma formação holística do aluno abrangendo os
domínios físico, cognitivo e afetivo-social.
Atenção!
A cobrança excessiva e com muito rigor nessa fase leva ao aumento do nível de estresse e à falta de confiança por parte das crianças, o que pode
desencadear a desistência das atividades ou um burnout.
Por meio da iniciação esportiva, o praticante terá os primeiros contatos com a ginástica artística ou mais modalidades esportivas. Essa
aproximação aos vários esportes pode se dar na escola ou em clubes, academias, vilas olímpicas, universidades, ou, ainda, em qualquer instituição
que promova práticas gímnicas, sendo fundamental para aderência à atividade física no futuro.
No grupo da prática esportiva, encontram-se pessoas cujo propósito é simplesmente praticar a ginástica artística para usufruir os benefícios que ela
pode proporcionar à saúde ou para melhorar as suas capacidades físicas, para socializar, por lazer, por motivos educacionais, entre outros, fazendo
da ginástica artística uma ferramenta para alcançá-los. A frequência semanal e a duração das aulas dependerão da vontade e da disponibilidade da
pessoa. Nesse grupo encontramos todo tipo de pessoas e de diferentes idades. O único pré-requisito para essa prática é estar em bom estado de
saúde.
O treinamento desportivo
O treinamento desportivo representa o processo pedagogicamente organizado, constituído pelos métodos de exercícios físicos que visam ao
aperfeiçoamento máximo das potencialidades do organismo dos desportistas, de acordo com os requisitos da modalidade esportiva escolhida,
neste caso, a ginástica artística (ZAKHAROV, 1992).
No Brasil, o treinamento desportivo da ginástica artística aconteceprincipalmente em clubes, centros de
treinamento, academias ou projetos governamentais.
O ingresso no treinamento de alto rendimento da ginástica artística, geralmente, ocorre por meio de um convite de algum professor ou expert em
GA, ou mediante resultados verificados em testes físico-motores.
O treinamento desportivo em ginástica artística, assim como em outras modalidades esportivas, é indicado para um grupo seleto de crianças que
reúnam, antes de tudo, as características físicas e psicológicas exigidas pela GA. Em outras palavras, uma criança que seja considerada candidata a
ser talento esportivo.
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Identificar e desenvolver um talento para a ginástica artística não é tarefa fácil. O processo vai muito além de o professor achar que a “criança leva
jeito” ou os pais quererem que o filho pratique o esporte porque era o sonho da vida deles. O sistema de seleção de talentos para GA pode durar
desde o ingresso da criança nesse esporte até as competições de alto rendimento, o que pode levar até 10 anos ou 10 mil horas de treinamento.
Durante esse longo processo, muitos atletas ficam pelo caminho e não chegam a atingir os índices impostos pelo sistema competitivo.
O processo de ensino e aprendizagem para esse grupo de selecionados é muito específico e visa extrair o potencial máximo de cada ginasta. Em
geral, só uma pequena porcentagem da população apresenta um potencial esportivo acima da média, e deste grupo, poucos possuem um talento
múltiplo, isto é, tem aptidão para mais de um esporte. Além disso, o esporte de alto rendimento não exige apenas aspectos físicos, mas atributos
psicológicos como motivação e resiliência.
Muitas pessoas perguntam: qual é a melhor idade para iniciar a ginástica artística? Isso vai depender dos objetivos do praticante. Se o objetivo for:
Práticar a GA
Apenas a prática da GA, como um exercício físico voltado para a melhora da saúde e da qualidade de vida, pode ser em qualquer idade.
Tronar-se um atleta
As idades entre 5 e 7 anos formam a faixa ideal recomendada para meninos e meninas iniciarem a prática da GA, para se tornarem atletas de
alto rendimento.
Devido à variedade de aparelhos e à complexidade dos exercícios, a ginástica exige um sistema de preparação a longo prazo, que se inicia em torno
dos 5 anos, e que pode durar, em média, até bem depois da puberdade, mas muitos atletas começam a competir em alto rendimento entre os 14 e
os 17 anos.
Atualmente, a ginasta mais longeva a participar de Jogos Olímpicos é Oksana Chusovitina, que participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, 2020-
2021, com 45 anos. Essa longevidade se deve, principalmente, à evolução do treinamento desportivo, ao controle da carga e à resposta de longo
prazo ao processo de treinamento, e pode ser percebida em diversos esportes, como natação, atletismo, futebol, voleibol, entre outros.
Oksana Chusovitina.
Atletas que iniciam o treinamento desportivo têm por objetivo atingir a performance máxima, em busca de resultados em competições
internacionais. Por isso, devem se submeter a treinamentos rigorosos e dedicar grande parte de suas vidas a essas metas (JOÃO; FERNANDES

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FILHO, 2002).
Em seguida, abordaremos a pedagogia da ginástica artística sob o ponto de vista da iniciação esportiva e da prática esportiva, levando em
consideração qualquer pessoa que queira praticar ginástica, independentemente de idade, sexo ou talento.
Educação física escolar e ginástica artística
Considerando o ensino da ginástica para a população em geral, não podemos deixar de abordar o ambiente escolar, como local ideal para utilização
da ginástica artística enquanto método educacional.
A GA na escola pode ser praticada de forma curricular ou extracurricular.
Na forma curricular, a aula estará subordinada à carga horária da disciplina.
Nas atividades extracurriculares, a GA pode ser ministrada no contraturno e pode ser oferecida em forma de projeto, por exemplo.
Em ambos os casos, não existe um compromisso do aluno com o aprimoramento da técnica ou exigências em cumprimento às regras do desporto
previstas no código de pontuação, pois tudo pode ser adaptado. Dessa forma, haverá maior aderência às atividades por parte das crianças que
possuam menor aptidão física geral e menor coordenação motora. O trabalho deve ser pensado de forma inclusiva, todos devem ter o direito a
participar das aulas.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para a Educação Física, as ginásticas estão apresentadas da seguinte forma:
As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado com
finalidades diversas. Por exemplo, pode ser feita como preparação para outras modalidades, como
relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de
convívio social. Envolvem ou não a utilização de materiais e aparelhos, podendo ocorrer em espaços fechados,
ao ar livre e na água. Cabe ressaltar que são um conteúdo que tem uma relação privilegiada com
‘Conhecimentos sobre o corpo’, pois, nas atividades ginásticas, esses conhecimentos se explicitam com
bastante clareza. Atualmente, existem várias técnicas de ginástica que trabalham o corpo de modo diferente
das ginásticas tradicionais (de exercícios rígidos, mecânicos e repetitivos), visando a percepção do próprio
corpo: ter consciência da respiração, perceber relaxamento e tensão dos músculos, sentir as articulações da
coluna vertebral.
(BRASIL, 1997, p. 37)
Além disso, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a ginástica é tematizada na Área das Linguagens e suas Tecnologias e, por consequência,
conduz à exploração de movimentos e gestos das práticas corporais de diferentes grupos culturais e dos valores atrelados a eles (BRASIL, 2017, p.
483).
Curricular 
Extracurricular 
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Portanto, os conteúdos da ginástica devem estar inseridos no projeto político-pedagógico da escola, a fim de envolver os alunos e proporcionar uma
grande quantidade de experiências positivas, não só corporais, mas também culturais.
Ao enfocar a ginástica artística na escola, devemos adotar metas educativas em vez de objetivos competitivos com o único propósito de ganhar
uma competição a qualquer preço, pois essa não é a razão de ser da educação física escolar. O professor-educador deve estimular os alunos dando
liberdade para a descoberta, a criatividade e a intuição como componentes das aulas, utilizando práticas diversificadas, como a ginástica, a dança, o
folclore, os esportes individuais e os coletivos.
Além dos fundamentos específicos das modalidades e da ginástica artística em específico, o aluno deve experimentar uma grande diversidade de
experiências motoras que possam contribuir para ampliar seu acervo motor, permitindo o desenvolvimento de uma ampla variedade de habilidades,
que sirvam não só para aprendizagem da GA, mas para outras modalidades esportivas, bem como para as tarefas da vida diária.
Exemplo
Uma das possibilidades de se trabalhar a ginástica artística na escola é por meio do jogo. O professor pode propor atividades nas quais os alunos
se vejam diante de desafios e explorem diferentes situações na busca da solução de problemas.
Ao incluir o aspecto lúdico nas atividades das aulas, a criatividade do aluno é estimulada, ajudando-os a superar os obstáculos e as dificuldades que
se apresentam. Isso se contrapõe aos métodos voltados para o treinamento desportivo, em que a repetição é fundamental para que o ginasta atinja
a automação e a perfeita execução técnica dos gestos. Na escola, os alunos podem descobrir e criar à vontade seus próprios movimentos.
Isso não quer dizer em absoluto queas técnicas para execução dos elementos da GA não devam ser ensinadas na escola ou que o professor não
precisa conhecer a técnica para ensinar a ginástica. Muito pelo contrário, por questões de segurança, é imprescindível que o professor tenha total
compreensão dos movimentos a serem ensinados, nos seus aspectos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos, psicológicos e pedagógicos. Em
outras palavras, a técnica deve ser ensinada, mas não se deve exigir que os alunos executem os movimentos da GA de forma perfeita, tal como
atletas que serão avaliados em uma disputa competitiva.
Além do mais, é importante ressaltar que trabalhar a dimensão procedimental de uma prática corporal não quer dizer que a aula não foi boa ou não
teve qualidade.
Os PCNs indicam, que além de trabalhar os fundamentos da GA (dimensão procedimental), o professor pode adotar
também métodos e objetivos relacionados a temas culturais, sociais, econômicos e afetivos que compõem as
dimensões conceitual e atitudinal (BRASIL, 1997).
A fim de nortear alguns objetivos propostos para uma aula de ginástica artística em nível escolar, podemos pautar, entre outros:
Interagir socialmente.
Ter um sentimento de pertencimento ao grupo.
Aprimorar o repertório motor.
Desenvolver as qualidades físicas básicas (força, velocidade, resistência, coordenação e flexibilidade).
Desenvolver os sentidos.
Afirmar valores sociais e culturais
Respeitar o próprio corpo, os colegas, o professor etc.
Respeitar as regras (adaptadas do desporto em questão).
Lidar com fracassos, derrotas e vitórias.
Desenvolver capacidades físicas e mentais.
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Veja como é rico o trabalho dos conteúdos da ginástica artística na escola!
Re�exão
Podemos concluir que a GA possui um enorme valor para o currículo escolar, mas ainda existe certa dificuldade por parte dos professores em
tematizar esse conteúdo. Schiavon e Nista-Piccolo (2007) afirmam que o desconhecimento por parte dos professores sobre como aplicar a
ginástica artística é uma das principais razões apresentadas para a não inclusão dessa modalidade em suas aulas na escola, mostrando que esses
profissionais têm dificuldades em visualizar essa modalidade esportiva além do viés competitivo. Vamos tentar uma melhora nesse cenário?
A formação do professor para a prática esportiva
Conforme visto anteriormente, existem dois níveis de prática da ginástica artística: o treinamento desportivo e a prática esportiva. Aqui, será
apresentado um conteúdo introduzindo a modalidade, voltado para a iniciação a uma prática esportiva.
Para isso, vamos simplificar a ginástica artística na qualidade de modalidade olímpica, praticada por crianças e jovens talentosos com fins
competitivos, transformando-a didaticamente em atividade física voltada para o desenvolvimento da saúde, qualidade de vida e propostas
educacionais.
Assim como qualquer profissional de educação e saúde, que começa seus estudos na graduação e precisa de embasamento teórico antes de
exercer a sua atividade fim, o professor de educação física também necessita de uma preparação progressiva antes ministrar uma aula da ginástica
artística, pois trata-se de uma atividade que não é muito difundida no Brasil e, como qualquer desporto, pode levar os praticantes a desenvolverem
lesões.
No processo de formação do professor de ginástica artística, antes de planejar e ensinar os fundamentos da GA, é
preciso compreender, reconhecer e saber descrever os fundamentos, desde os mais simples até os mais
complexos.
Além disso, o professor deve conhecer os aspectos anatômicos, psicológicos, fisiológicos e biomecânicos envolvidos nessas destrezas. Em
seguida, inteirar-se das progressões pedagógicas, das noções motoras prévias necessárias à aprendizagem e das possíveis evoluções do exercício,
de forma que ele possa contextualizar o ensino.
Para uma melhor apreensão dos conteúdos da GA, caso seja possível, aconselha-se ao professor experimentar, executar e vivenciar os
fundamentos, aumentando a percepção dos movimentos no próprio corpo. Após esse contato inicial, o professor estará preparado para aprender e
utilizar os métodos e recursos didáticos disponíveis para facilitar o ensino.
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Dessa forma, o educador estará apto a criar atividades e elaborar planos de aula que estejam de acordo com a faixa etária, o nível sociocultural da
turma, as habilidades dos alunos e o ambiente em que se dará a aprendizagem.
É compreensível que o professor iniciante se faça algumas perguntas ao se ver diante da necessidade de ministrar aulas de ginástica artística, por
exemplo:
Por onde começo?
A ginástica artística não é uma atividade perigosa?
Como utilizar os equipamentos oficiais e auxiliares?
Como ensinar os exercícios específicos da GA?
Essas e outras perguntas são muito comuns diante do vasto universo de conteúdo dessa modalidade. Para auxiliar na resposta a essas questões,
sugere-se iniciar pelos aparelhos solo e salto, que veremos nos próximos módulos.
Diferentes Aplicações da Ginástica Artística
Neste vídeo, a especialista reflete sobre as diversas aplicações da ginástica artística.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A ginástica artística (GA) encanta pela beleza e plasticidade de seus movimentos. Alguns ginastas conseguem se destacar no cenário mundial,
como, por exemplo, a ginasta Nadia Comăneci, que conquistou a nota 10 nos Jogos Olímpicos de Moscou e foi considerada símbolo da
perfeição. Por outro lado, sabe-se que poucos ginastas atingirão um nível tão alto, pois, para isso, é necessário ter talento para a modalidade.
Considerando a seleção de ginastas para ginástica artística, avalie estas afirmativas:
I. Identificar um talento para GA não é uma tarefa complicada, pois os próprios pais podem observar o comportamento do filho durante a
prática de atividades esportivas.
II. Em princípio, todas as crianças são consideradas talentosas até que não apresentem mais resultados em competições.
III. Identificar um talento para GA pode demorar vários anos, devido à complexidade desse processo.
IV. É possível identificar talentos para GA desde o ingresso da criança na modalidade.
V. Só é possível identificar se uma criança é talentosa se ela participar de competições de alto nível.
Está correto o que se afirma em
A I e II.
B II e IV.
C III e V.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O processo de identificação de talentos é muito complexo e, por isso, pode levar vários anos. As crianças que iniciam na modalidade e
apresentam as qualidades requeridas por esse esporte ingressam no treinamento para aperfeiçoar e desenvolver suas potencialidades. Seu
sucesso também pode ser medido pelos resultados em competições.
Questão 2
A escola pode ser o ambiente ideal para se utilizar conteúdos da ginástica artística nas aulas de educação física. Entre os objetivos que
norteiam a prática da GA na escola, pode-se afirmar que
Parabéns! A alternativa E está correta.
Na escola, o professor deve adotar objetivos voltados para a educação, não importando se o aluno será ou não um futuro campeão de uma
modalidade esportiva.
D III e IV.
E I e III.
A
o professor deve ensinar os fundamentos visando oferecer uma boa técnica para que a criança venha a se tornar um futuro
campeão de GA.
B o professor deve solicitar que os alunos repitam os exercícios várias vezes a fim de torná-los perfeitos.
C o professor não deve se preocupar com objetivos educacionais em detrimento dos resultados competitivos.
D a escola é o localideal para o treinamento de talentos da GA.
E as metas na escola são educacionais, logo, o professor não precisa se preocupar com a participação em competições.
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2 - Fundamentos básicos na iniciação da ginástica artística: solo
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os fundamentos básicos para iniciação da ginástica artística no aparelho
solo.
O solo e o salto
O solo e o salto devem ser os aparelhos iniciais para formação de algumas noções motoras que, futuramente, serão facilmente transferidas para os
demais aparelhos da ginástica artística masculina e feminina.
Solo
Salto
Esse uso também ocorre porque não necessitam inicialmente de aparelhos muito caros ou importados, apenas com alguns colchões e pouco
material é possível formar uma boa base e realizar aulas diversificadas.
Apresentaremos, a seguir, uma relação de fundamentos básicos da ginástica artística no solo, e, mais à frente, no salto, que podem ser utilizados
para todas as modalidades de ginástica do sistema federativo, ou, ainda, para qualquer outra prática corporal.
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Exemplo
É muito comum utilizar fundamentos da ginástica artística no treinamento funcional, crossfit, cheerleading, dança, poledance, breakdance etc.
Não se pretende esgotar o assunto com esses fundamentos, mas dar um referencial de como o professor pode iniciar e o que ensinar a seus alunos
para ter uma vivência da ginástica artística nos primeiros contatos com a modalidade.
Vamos aos fundamentos a serem estudados no solo e no salto. Inicialmente, o professor deve conhecer as posições corporais básicas:
Posição estendida/ esticada;
Posição grupada;
Posição carpada;
Posição afastada.
Posteriormente, o professor deve dominar a apresentação, a descrição, as progressões, a ajuda (quando necessário) e os erros comuns de alguns
elementos básicos da ginástica artística, por exemplo:
Espacate anteroposterior e lateral;
Rolamento para frente;
Rolamento para trás;
Vela;
Ponte;
Parada de cabeça;
Parada de mãos;
Estrela.
Após a apresentação dos elementos básicos do solo, os professores deverão conhecer e apresentar os principais saltos:
Salto estendido/esticado;
Salto grupado;
Salto carpado;
Salto afastado;
Salto esticado com pirueta.
Os exercícios no solo
Posições corporais básicas
As posições corporais básicas são o alicerce para todos os exercícios de ginástica. Vejamos quais são elas:
Nessa posição, o corpo está totalmente reto, músculos abdominais, glúteos e coxas contraídos, pés em flexão plantar. Os braços podem
estar ao longo do corpo, cruzados, acima da cabeça nas acrobacias ou em posição livre para elementos coreográficos.
Esticada ou estendida 
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Para realizar essa posição, partindo da postura esticada, o ginasta flexiona a coluna, adotando uma posição curvada anteriormente.
Importante: nesta posição, não ocorre a flexão de quadril.
Essa posição é o oposto da arredondada. O ginasta faz uma hiperextensão da coluna, adotando a posição curvada (arqueada).
Posição com o quadril e os joelhos flexionados em ângulo próximo a 90° ou menor. Os braços podem estar segurando as pernas abaixo dos
joelhos ou na parte posterior da coxa, em elementos acrobáticos. Em algumas acrobacias, o ginasta executa a posição grupada sem segurar
as pernas. Nos elementos de dança, a posição dos braços é livre.
Posição com o quadril flexionado e os joelhos estendidos. Nas acrobacias, geralmente, o ginasta segura atrás da coxa, mas também
podemos ver a posição carpada sem o uso das mãos.
Posição caracterizada pelo afastamento das pernas no sentido lateral ou anteroposterior. Se o afastamento lateral atingir 180°, chamamos
de espacate lateral ou espacate anteroposterior (afastamento de uma perna para frente e da outra para trás).
Elementos básicos da ginástica artística
A seguir, vamos à apresentação dos fundamentos, da execução, das progressões pedagógicas, da ajuda (quando necessária) e dos erros comuns
de alguns elementos básicos da ginástica artística.
Espacate anteroposterior
Consiste no afastamento anteroposterior das pernas, atingindo o ângulo de 180°. O espacate demanda que o aluno seja flexível na articulação do
quadril e na musculatura dos membros inferiores. Assim, o professor deve desenvolver a flexibilidade nessas articulações para atingir o objetivo
final.
Arredondada 
Arqueada 
Grupada 
Carpada 
Afastada 
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Lembre-se de que a flexibilidade é uma capacidade física que possui um componente genético, isso quer dizer que nem todos os alunos serão
capazes de executar um espacate. Caso o aluno não possua a flexibilidade necessária ao exercício, ele pode executá-lo em graus menores
respeitando o limite do seu corpo.
Sobre a execução, trata-se de uma posição que pode ser realizada tanto no solo quanto no ar, em algumas acrobacias ou durante saltos
coreográficos, e pode aparecer de forma dinâmica ou estática.
Progressões pedagógicas para o espacate anteroposterior
Existem vários métodos para desenvolver a flexibilidade e o professor deve aprofundar seu conhecimento a fim de evitar lesão nos alunos. Os
alongamentos devem ser realizados para os músculos agonistas e antagonistas ao movimento.
Na iniciação, é melhor começar pelo treino da flexibilidade passiva, para que o aluno se acostume com as posições e perceba qual é o seu limite de
amplitude articular. Aos poucos, o professor pode introduzir os movimentos lentamente e aumentar a velocidade gradativamente.
A seguir, sugerimos alguns alongamentos específicos para o espacate anteroposterior. Observe que a sequência parte do mais simples para o mais
complexo e envolve toda a musculatura dos membros inferiores:
Alongamento 1
Alongamento 2
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Alongamento 3
Alongamento 4
Alongamento 5
Alongamento 6
Para os iniciantes que executarão o espacate, uma das formas de introduzir o movimento é realizar o meio espacate: iniciar de joelhos no solo e
esticar uma das pernas à frente do corpo, apoiando-a no solo. O quadril deve estar alinhado, e o peso do corpo deverá estar distribuído entre as duas
pernas. Em seguida, o aluno deslizará a perna que está apoiada no solo para frente, afastando as pernas no sentido anteroposterior, começando
com 45° e evoluindo até o seu limite. Nesse momento, pode apoiar as duas mãos no solo.
As seguir, observe uma sequência de movimentos que pode ser utilizada na aprendizagem do espacate:
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Meio espacate
Meio espacate
Meio espacate
Meio espacate (progressão)
Espacate
Alguns erros comuns no espacate são:
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Flexionar os joelhos.
Manter o quadril desalinhado.
Não executar a flexão plantar.
Inclinar o tronco à frente.
Manter os ombros desalinhados.
O rolamento para frente
O rolamento para frente pode ser executado nas posições grupada, afastada e carpada. Sugerimos iniciar o rolamento na posição grupada, pois é a
de execução mais simples.
Iniciando na posição esticada em pé, deve-se flexionar os joelhos arredondando o corpo e colocando o queixo próximo do peito. Em seguida, apoiar
as mãos no solo, na distância dos ombros. O aluno tentará encostar a nuca no solo e impulsionará o chão com os pés. Mantendo-se na posição
grupada durante o exercício, deve rolar sobreas costas, finalizando o movimento na posição estendida em pé.
Progressões pedagógicas para o rolamento para frente
Conheçamos uma progressão pedagógica que pode ser utilizada para a aprendizagem do rolamento para frente:
Balancinho: sentado no solo em posição grupada e coluna arredondada, balançar o corpo para trás encostando toda a região das costas no solo
e retornar à posição inicial.
Plano inclinado: executar o rolamento no plano inclinado facilita a rotação, e o aluno deve controlar o impulso dos pés para não exagerar e perder
o controle do exercício.
Plano elevado: partindo de um plano mais elevado que o solo, o aluno apoiará as mãos no chão e executará o rolamento tentando aproveitar a
velocidade de rotação para finalizar de pé.
Rolamento com auxílio: o professor ou um colega irá auxiliar na execução do rolamento. O professor fornece a segurança, posicionando-se de
forma perpendicular ao executante, colocando uma das mãos na nuca e outra na região do quadril para auxiliar na rotação.
Carrinho de mão: com um companheiro segurando as pernas do executante, este apoiará as mãos no solo na distância dos ombros e braços
estendidos. O colega irá impulsioná-lo para frente, auxiliando na rotação do rolamento. É importante observar se o executante está na posição
correta (arredondada) na hora do rolamento.
Para exemplificar, observe a execução do carrinho de mão:
Carrinho de mão.
Rolamentos para frente: variações
Na fase inicial da aprendizagem:
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Trata-se do rolamento para frente grupado. Observe a sequência na imagem, da direita para a esquerda:
Refere-se ao rolamento para frente afastado. Observe a sequência na imagem, da direita para a esquerda:
Na fase intermediária da aprendizagem:
Conforme descrita anteriormente, observe a posição carpada com os quadris flexionados e joelhos estendidos:
Grupado 
Afastado (lateral) 
Carpado 
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É caracterizado pelo voo seguido de rolamento para frente:
Entre os erros comuns, podemos citar:
Não aproximar o queixo do peito.
Apoiar a parte superior da cabeça no solo.
Impulsionar os pés alternadamente.
Realizar muita ou pouca impulsão.
Não realizar a posição corretamente (grupada, carpada ou afastada).
Não realizar a flexão plantar dos pés.
O rolamento para trás
O rolamento para trás pode ser executado nas posições grupada, afastada e carpada. Neste material, vamos descrever o rolamento na posição
grupada.
Para executá-lo, deve-se iniciar na posição de pé. Flexionar os joelhos, sentar-se no solo na posição grupada, flexionar os braços e punhos,
mantendo-os na largura dos ombros e as mãos abertas ao lado da cabeça, próximas às orelhas, com as palmas voltadas para cima. Mantendo o
queixo próximo ao peito, impulsionar o corpo para trás rolando com as costas no chão. Finalizar na posição grupada agachada e estender os
joelhos até a posição de pé.
Veja a execução na imagem.
Rolamento para trás grupado.
Progressões pedagógicas para o rolamento para trás
Vamos às possibilidades de progressão pedagógica do rolamento para trás.
Peixe 
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Balancinho: a partir da posição sentada no solo, em posição grupada e coluna arredondada, mãos com as palmas voltadas para cima, ao lado da
cabeça, balançar o corpo para trás, encostando toda a região das costas, tentar apoiar as mãos no solo e retornar à posição inicial.
Plano inclinado: executar o rolamento para trás no plano inclinado para facilitar a rotação. Podem ser utilizados colchões específicos, plintos,
bancos suecos ou qualquer outro tipo de material. O aluno deve controlar o impulso para trás, para não perder o controle do exercício.
Plano elevado: utilizar um plano elevado de colchões empilhados até, mais ou menos, a altura dos joelhos. O aluno vai sentar-se, balançar com
impulso para trás, já com as mãos devidamente posicionadas, e rolar sobre os colchões finalizando de pé no solo. Esse exercício facilita as fases
inicial e final do exercício.
Rolamento com auxílio: o professor ou um colega auxiliará o rolamento. O professor fornece a segurança, posicionando-se de forma
perpendicular ao executante. No momento da passagem do quadril sobre a cabeça, o ajudante irá auxiliar, suspendendo o quadril do executante,
de forma a aliviar o peso sobre a coluna cervical, e tracionando o aluno para trás na direção do movimento.
Rolamentos para trás: variações
Na fase inicial da aprendizagem, o professor deverá ensinar, primeiramente, o rolamento para trás grupado e posteriormente o rolamento para trás
afastado (lateral), conforme a imagem a seguir.
Rolamento para trás afastado.
Na fase intermediária da aprendizagem, após a assimilação dos rolamentos grupado e afastado, o professor deverá ensinar o rolamento carpado e
a oitava à parada, que consiste em um rolamento para trás, concluído de forma imediata em uma parada de mãos.
Rolamento para trás carpado.
Podemos mencionar como erros comuns no rolamento para trás e suas variações:
Não executar a posição arredondada.
Executar com os cotovelos abertos.
Não manter o queixo no peito ao balançar para trás.
Flexionar a cervical lateralmente e não rolar sobre a cabeça.
Não apoiar as mãos no solo.
Não manter a posição do corpo definida (grupada, carpada ou afastada).
Vela
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A vela é o primeiro exercício em que o aluno experimentará a posição invertida. É um elemento básico de grande importância para execução futura
das paradas de cabeça e parada de mãos.
Sobre a execução, a vela é um exercício estático e o aluno pode chegar nessa posição de diversas maneiras. Sugere-se iniciar na posição sentada
carpada, balançar o corpo para trás mantendo a posição carpada, apoiar as mãos no chão e elevar o quadril, estendendo-o até atingir a posição
vertical.
Os pés estarão apontados para o teto e as pernas bem estendidas. Os ombros e nuca sustentarão o peso do corpo e os braços esticados com as
mãos apoiadas no solo, mantendo o equilíbrio do movimento. Finalizar retornando à posição inicial.
Vela
Progressões pedagógicas para o ensino da vela
Confira, a seguir, possibilidades de progressão pedagógica para que o aluno aprenda a realizar a vela.
Balancinho carpado: sentado no solo em posição carpada, balançar o corpo para trás, encostando toda a região das costas no solo, e retornar à
posição inicial.
Pé na lua: executar o mesmo exercício anterior. Estender o quadril tentando colocar os pés o mais alto possível. Um colega posicionará a mão no
lugar a ser alcançado pelos pés do executante e irá aumentando a altura gradativamente.
Vela com ajuda: com o auxílio de um colega ou do professor, que irá elevar as pernas do aluno, apoiando a perna na altura da lombar do
executante, para que o aluno possa experimentar a sensação do movimento.
Vela com apoio das mãos: executar o movimento utilizando o apoio das mãos no quadril.
Os erros comuns na vela são:
pernas afastadas;
joelhos flexionados;
quadril flexionado.
Ponte
Para executar a ponte, primeiramente, o professor deve avaliar se o aluno possui a flexibilidade necessária ao exercício, nas articulações do ombro,
punho, coluna e quadril.
O aluno deve iniciar na posição deitada no solo em decúbito dorsal.
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Depois, flexionar os braços e punhos, mantendo-os na largura dos ombros e as mãos abertas apoiadas no solo, ao lado da cabeça, próximo às
orelhas; pernas flexionadas. Simultaneamente, estender braços e pernas e olhar para as mãos, executando a ponte.
Ponte
Progressõespedagógicas para o ensino da ponte
Vejamos as progressões pedagógicas possíveis para que o aluno consiga realizar a ponte.
Gatinho
A partir da posição de quatro apoios com os joelhos e as mãos apoiados no solo, arredondar e arquear a coluna várias vezes para adquirir a
conscientização desses movimentos, e trabalhar a mobilidade da coluna.
Barquinha
Deitar-se no solo em decúbito ventral, flexionar os joelhos, segurar os pés e tentar elevar os ombros e os joelhos do chão, estendendo a coluna. A
barquinha pode se manter estática ou dinâmica (quando o executante balança para frente e para trás mantendo a posição do corpo).
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Arco
O aluno ficará ajoelhado com as mãos apoiadas nos tornozelos. Deve estender os braços e o quadril mantendo as mãos nos calcanhares. A
cabeça acompanha a extensão da coluna.
Os erros comuns são:
Afastar as pernas.
Flexionar os joelhos.
Flexionar os cotovelos.
Posicionar ombros fora da linha das mãos.
Flexionar a cervical e não olhar para as mãos.
Manter o peso do corpo sobre os pés.
Parada de três apoios
Analise, na imagem a seguir, como é executada a parada de três apoios.
Parada de três apoios
Progressões pedagógicas para o ensino da parada de três apoios
Primeiramente, o aluno deverá formar um triângulo equilátero, posicionando as mãos e a cabeça no solo, da seguinte forma:
Triângulo equilátero
Esse posicionamento também pode ser executado em um plano elevado para facilitar o movimento, da sequinte forma:
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Etapa 1
Etapa 2
A seguir, conheçamos mais algumas progressões pedagógicas para a realização da parada de três apoios:
Elefantinho
O aluno deverá apoiar as mãos e a cabeça corretamente no solo, no formato de triângulo, e apoiar os joelhos nos cotovelos elevando o quadril.
Tentar equilibrar-se nessa posição.
Parada de cabeça com auxílio
Com um colega posicionado atrás ou perpendicularmente em relação ao executante, apoiar as mãos e a cabeça corretamente no solo e, em
seguida, executar o elefantinho. Com auxílio para elevação do quadril, unir as pernas e estender os joelhos lentamente até atingir a posição
vertical. O ajudante auxiliará durante a elevação das pernas e, por fim, no equilíbrio do corpo.
São erros comuns da parada de cabeça:
Apoiar a testa ou a nuca no solo.
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Manter glúteos e abdômen relaxados.
Colocar a cabeça mal posicionada ou em linha com as mãos.
Flexionar (carpar) o quadril.
Arquear as costas.
Parada de mãos
Chegamos ao fundamento básico de maior importância na ginástica artística. A parada de mãos consiste na posição estendida, invertida, em que o
aluno estará equilibrado sobre o apoio das duas mãos.
Esse fundamento pode ser encontrado em todas as provas masculinas e femininas da GA, de forma estática ou dinâmica. É o fundamento básico
para todas as acrobacias com apoio, seja ela com ou sem fase de voo. Por isso, erros ou vícios devem ser corrigidos desde o início da
aprendizagem para evitar a transferência desses gestos para elementos futuros.
Parada de mãos nas paralelas simétricas
O corpo deve manter-se completamente esticado, as pernas unidas, os pés em flexão plantar, os braços estendidos e a cabeça levemente inclinada,
visualizando as mãos. Os ombros devem estar elevados. Todo corpo deve estar em contração isométrica, principalmente abdômen, glúteos e
ombros.
Execução da parada de mãos
Posição das mãos na parada de mãos
Progressões pedagógicas para o ensino da parada de mãos
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A prancha é um exercício que pode ser utilizado para introduzir a parada de mãos. A prancha é realizada da seguinte forma: em posição de quatro
apoios com as mãos apoiados no solo, arredondar levemente a coluna, contrair glúteo e abdômen e manter-se na posição durante um tempo. Esse
exercício educa a postura correta da parada de mãos além de fortalecer braços e tronco.
Prancha em quatro apoios
Em seguida, pode ser executado o carrinho de mão. Para a execução desse exercício, é necessário manter-se na posição de quatro apoios, com as
mãos apoiadas no solo na direção dos ombros e braços esticados. Coluna levemente arredondada. O aluno pode executar de pernas unidas ou
separadas, e um colega ou o professor sustentará as pernas do executante. Note que quanto mais próximo dos pés for o auxílio, mais difícil será
manter a posição. O executante deverá manter-se com os glúteos e abdômen contraídos e a coluna em posição arredondada, enquanto caminha em
diferentes direções. Esse exercício serve para dar a noção da transferência do peso corporal de uma das mãos para outra, além de fortalecer braços
e tronco.
Carrinho de mão
Há, ainda, a prancha com auxílio, na qual o aluno vai executar a prancha e o ajudante vai elevar os seus pés em diferentes alturas, subindo,
gradativamente, até atingir a vertical na posição invertida.
Outro exercício comum para a aprendizagem da parada de mãos é a aranha. Para executar a aranha, o aluno inicia com a prancha de costas para
uma parede. Em seguida, vai apoiar os pés na parede, caminhando com os pés para cima e aproximando as mãos da parede até próximo à posição
estendida invertida.
Progressão do exercício aranha
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Progressão do exercício aranha
Progressão do exercício aranha
Quando o executante estiver seguro, ele poderá executar a parada de mãos com auxílio.
Parada de mãos com auxílio
Como o aluno vai iniciar e finalizar a parada de mãos? A forma mais simples é partir da posição de pé, no alongê, e retornar a essa mesma posição
ao final da parada de mãos.
A posição alongê é uma posição básica para iniciar e finalizar várias acrobacias na ginástica artística. Serve para a execução da parada de mãos e
da estrela. Trata-se da posição inicial e final, que o aluno executa antes ou depois de realizar estes elementos.
Posição alongê
Para realizá-la, o executante afastará uma das pernas e flexionará o joelho da perna que foi à frente, mantendo a perna de trás estendida. O peso do
corpo deverá estar distribuído nas duas pernas, porém, com uma carga um pouco maior na perna da frente. O quadril deverá estar alinhado e os
braços esticados paralelamente à frente do corpo.
Partindo do alongê, para executar a parada de mãos, o executante irá apoiar as mãos no solo e lançar a perna de trás estendida para cima, enquanto
a perna da frente estende impulsionando o solo e unindo-se à perna de trás na posição invertida na vertical. O aluno pode começar de costas para
uma parede, pois, inicialmente, um impulso muito grande na perna da frente ou de trás, pode fazer com que ele passe da vertical. Os movimentos
podem ser visualizados a seguir:
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Assim como na parada de cabeça, caso o aluno passe da vertical, uma das formas de finalizar a parada de mãos é rolando para frente.
São erros comuns da parada de mãos:
Arquear a coluna (celar).
Flexionar o quadril.
Separar as pernas.
Flexionar os braços.
Não ver as mãos.
Estrela
Esse fundamento é muito conhecido, porém, poucas pessoas sabem qual é a execução correta e a finalidade dele na ginástica artística.
A característica da estrela é a passagem pela posição invertida (parada de mãos) com as pernas afastadas.
O início e a finalização da estrela podem ser com o aluno posicionado de frente ou de lado para o sentido do movimento.
Para realizar a estrela, partindo do alongê, o executante apoiará, alternadamente,as mãos no solo, lançando a perna de trás para cima e
impulsionando a perna da frente de modo a chegar na posição invertida.
Progressão de movimentos para executar a estrela
Dessa posição, existem duas maneiras de finalizar a estrela:
Continuando na mesma direção e finalizando no alongê lateral.
Realizando um quarto de volta na parada de mãos e finalizando de costas para o sentido do movimento também na posição alongê.
Movimento 1 Movimento 2 Movimento 3 Movimento 4
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A estrela deve ser executada em linha reta, pois, futuramente, poderá servir de ligação para outras acrobacias.
Confira a posição correta das mãos e dos pés:
A seta indica o sentido do movimento
Considerando o desenvolvimento da lateralidade do aluno, a estrela deve ser ensinada para os dois lados.
Progressões pedagógicas para o ensino da estrela
São consideradas progressões pedagógicas para o ensino da estrela:
Ultrapassando um obstáculo: com o auxílio do plinto ou outro obstáculo, o aluno vai apoiar as mãos desenhadas no material, conforme a
imagem anterior, e ultrapassar o plinto com as pernas unidas. Em seguida, repetirá o exercício, porém, no início, irá posicionar pés e mãos no
alongê, apoiar corretamente as mãos no plinto e ultrapassá-lo, terminando do outro lado no alongê, com os pés posicionados corretamente.
Utilizando o plano inclinado: este exercício pode ser realizado em um plano inclinado. Esse recurso facilitará a rotação para frente.
Estrela na parede: após o domínio das posições de mãos e pés e do impulso das pernas, o aluno poderá aperfeiçoar o exercício, realizando-o
próximo à parede. Dessa forma, ele sentirá a passagem pela posição invertida tentando se manter no plano frontal.
Estrela com auxílio: o ajudante se posicionará perpendicularmente ao aluno, do mesmo lado da perna que o aluno colocou à frente no alongê. O
auxílio será fornecido no quadril do executante, de forma a conduzi-lo na direção correta, e aplicando força para incrementar a rotação.
São erros comuns na execução da estrela:
Aplicar pouca impulsão na perna da frente.
Realizar lançamento insuficiente da perna de trás.
Posicionar incorretamente as mãos ou os pés.
Não passar pela vertical.
Flexionar o quadril.
Ginástica Artística – Movimentos no Solo
Neste vídeo, a especialista reflete sobre as sequências pedagógicas para o ensino dos movimentos do solo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um professor preparou um plano de aula e selecionou as seguintes progressões pedagógicas:
1 - manter a posição sentada carpada;
2 - balancinho carpado.
Qual fundamento o professor desejava ensinar para seus alunos?
A Parada de mãos
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A posição carpada estática e o balancinho nessa posição servem como progressão para o rolamento para frente carpado.
Questão 2
Um professor preparou um plano de aula e pediu para os alunos realizarem o seguinte movimento: “Partindo da posição alongê, você deverá
apoiar, alternadamente, as mãos no solo, lançando a perna de trás para cima e impulsionando a perna da frente de modo a chegar na posição
invertida, continuando na mesma direção e finalizando no alongê lateral”. Qual movimento foi trabalhado pelo professor?
Parabéns! A alternativa D está correta.
A estrela é um movimento básico muito utilizado na iniciação e deve ser trabalhado após o domínio da parada de mãos. Inicia-se sempre da
posição alongê, faz-se o apoio alternado das mãos, passa-se pela posição invertida e depois se finaliza o movimento novamente na posição
alongê.
B
Rolamento para frente
C Parada de cabeça
D Estrela
E Espacate
A Parada de mãos
B Rolamento para frente
C Parada de cabeça
D Estrela
E Espacate
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3 - Fundamentos para iniciação da ginástica artística: saltos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os fundamentos básicos para iniciação da ginástica artística nos saltos.
Saltos
Os saltos são os movimentos mais plásticos da ginástica artística e, pedagogicamente, devem ser trabalhados após o domínio dos movimentos do
solo, pois exigem muita coordenação, controle motor e conhecimento do próprio corpo por parte dos ginastas. Além disso, os saltos possuem um
potencial lesivo maior que os movimentos do solo, portanto, o professor ou técnico desportivo deve ter atenção redobrada em relação aos aspectos
pedagógicos e de segurança.
A prova de salto na ginástica artística pode ser dividida em seis fases, na seguinte ordem:
Como neste material estamos tratando apenas da iniciação ao desporto, vamos abordar as fases 1, 2, 3 e 6, pois as fases de repulsão e 2º voo
ficarão para etapas mais avançadas.
Para um ensino didaticamente apropriado, o aluno aprenderá as fases 1, 2, 3 (fase de voo única) e 6 separadamente.
Veja como é simples. Iniciaremos pelas fases 2, 3 e 6. O aluno vai apenas saltar de forma esticada sem deslocar-se e aterrissar no mesmo lugar, e aí
já ensinaremos três fases:
Fase 1
Corrida
Fase 2
Impulsão
Fase 3
Primeiro voo
Fase 4
Repulsão
Fase 2
Impulsão
Fase 3
Voo
Fase 6
Aterrissagem
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As fases do salto
Vejamos com mais detalhes as fases do salto e sua correta execução.
Partindo da posição de pé, pernas e pés unidos, o aluno irá flexionar os joelhos, mantendo os pés totalmente apoiados no solo. Em seguida,
aplicará força no solo estendendo as articulações do quadril, joelhos e tornozelos, nessa ordem, deslocando-se para cima, indo para a fase
de voo.
A partir do momento em que ambos os pés saem do solo, tem início a fase de voo. Durante o voo, o aluno demonstrará uma das posições
corporais já aprendidas (esticado, grupado, afastado, carpado e espacate frontal).
O salto poderá ser, no início, simplesmente, um deslocamento vertical ou, posteriormente, ter giros em torno do eixo longitudinal do corpo
(piruetas).
Nessa fase, o executante deve desfazer a forma do salto e retornar ao solo. Ela tem início a partir do momento em que os pés retornam ao
solo. Deve começar com a ponta dos pés tocando o chão, passando pelo apoio plantar e, por fim, do calcanhar, seguido da flexão dos
tornozelos, joelhos e quadril, nessa ordem, e finalizando na posição de pé.
Saltar no solo sem deslocamento é uma excelente preparação tanto para a prova de salto quanto para executar saltos coreográficos.
Fase de impulsão 
Fase de voo 
Fase de aterrissagem 
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Erros comuns nos saltos:
Não realizar impulso suficiente para ganhar altura necessária.
Não executar a posição corretamente na fase de voo.
Aterrissar com toda a planta do pé ou os calcanhares tocando o solo.
Relaxar o abdômen na aterrissagem.
Paralelamente ao ensino do salto estacionário (retornando no mesmo ponto que fez a impulsão), o professor vai trabalhar a corrida. Coordenar bem
os movimentos de braços e pernas nas posições corretas é imprescindível para desenvolver a velocidade ótima para o salto. Para uma competição,
um atleta pode correr até 25m. Na iniciação, aconselha-se a corrida com, no máximo, 7 passos. Portanto, a próxima etapa será unir a fase de corrida
com a fase de salto + voo + aterrissagem, da seguinte forma:
Corrida + impulsão + voo + aterrissagem
Note que, nessa etapa da aprendizagem, o aparelho mesa de salto ou qualquer outro obstáculo será removido, a fim de evitaro medo e fazer com
que o aluno tenha uma boa coordenação entre a fase da corrida e a impulsão.
Aprendido isso, nosso aluno estará pronto para divertir-se, variando as posições do corpo no ar, ou seja, executar as posições esticada, grupada,
carpada e afastada durante a fase de voo, e, posteriormente, adicionar giros no eixo longitudinal (piruetas).
Ginástica Artística – Saltos
Neste vídeo, a especialista reflete sobre as sequências pedagógicas para o ensino dos saltos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os saltos na ginástica artística são movimentos que possuem grande plasticidade e, normalmente, chamam a atenção das pessoas que
assistem aos treinamentos e às competições. Contudo, os saltos podem ser traumáticos do ponto vista psicológico, em razão das quedas, e do
ponto de vista biomecânico, pois essas quedas podem provocar torções e fraturas, por exemplo. Dessa forma, em uma sequência pedagógica
para o ensino dos saltos, o professor deve iniciar por qual movimento?
A Salto afastado
B Salto grupado sem corrida
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O salto esticado sem corrida é o primeiro salto a ser ensinado, pois apresenta menor risco de lesão para o praticante. Após o aprendizado do
salto esticado, outros elementos dos saltos podem ser implementados, até chegar aos saltos com piruetas e saltos mortais.
Questão 2
O Brasil sagrou-se campeão olímpico na prova de salto com a ginasta Rebeca Andrade. Ela executou um salto extremamente difícil chamado
Cheng, criado pela chinesa Fei Cheng. Para chegar a realizar esse salto magnífico, Rebeca passou por uma iniciação como todas as crianças.
Analise a progressão sugerida por um professor para iniciação da prova de salto nos seguintes exemplos:
Exemplo 1
O professor ensinou as crianças a saltar no mesmo lugar, realizar uma fase de voo sem rotações do corpo e aterrissar. Em seguida, ensinou a
corrida e uniu as quatro fases.
Exemplo 2
O professor ensinou às crianças a correr e, paralelamente, a saltar e aterrissar, unindo essas fases posteriormente. A partir daí, utilizou o
obstáculo (mesa de salto) para ensinar as fases de voo e a rotação do corpo.
Acerca do ensino das fases da prova de salto, a partir dos exemplos acima, assinale a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
Na primeira progressão, o professor ensinou as fases 1, 2, 3 e 6 do salto, o que está correto para iniciação. Já na segunda progressão, o
professor ensinou todas as fases, de 1 a 6, o que é necessário para ensinar um salto de alta dificuldade, como o Cheng.
C Salto com corrida
D Salto esticado sem corrida
E Salto carpado
A As duas progressões estão corretas, mas a segunda não é uma progressão adequada para o salto Cheng.
B As duas progressões estão incompletas e não abrangem as seis fases do salto.
C A primeira progressão está correta e a segunda é mais completa que a primeira para o salto Cheng.
D A primeira progressão está correta para o salto Cheng porque a segunda não abrange todas as fases do salto.
E Tanto a primeira quanto a segunda progressão não servem para o salto Cheng.
30/05/2023, 13:25 Ensino da Ginástica Artística
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Considerações �nais
Como vimos neste material, a ginástica artística é um esporte de múltiplas possibilidades. Para não se perder nesse universo, tanto o professor
quanto o aluno devem ter clareza dos diferentes níveis de participação e dos objetivos a serem alcançados em cada um deles.
O professor deve fazer a distinção entre a preparação de atletas para competições (treinamento desportivo) da simples prática esportiva, com a
finalidade de alcançar uma boa qualidade de vida. A maioria da população está enquadrada no seguimento da prática esportiva, assim, a ginástica
artística pode ser inclusiva e praticada por qualquer pessoa, desde que esteja saudável e apta para prática da atividade física.
A carência de conhecimento específico do professor com relação à ginástica artística parece ser um dos fatores de fracasso no processo de ensino-
aprendizagem. Para tentar melhorar esse quadro, apresentamos, de forma simples, os fundamentos iniciais que podem ser ensinados a partir dos
primeiros contatos do aprendiz com a modalidade.
O objetivo é direcionar o professor iniciante na sua preparação teórica, sugerindo um caminho para a iniciação da ginástica artística nos aparelhos
solo e salto. Os fundamentos apresentados servem não só para a ginástica artística, mas também para outras modalidades esportivas ou práticas
corporais. Aplicar esse conhecimento é fundamental para a preparação do professor, assim como acompanhar professores mais experientes em
suas aulas.
É importante ressaltar que a ginástica artística pode ser uma modalidade segura de ensinar, desde que o professor tenha a preparação adequada
para fazê-lo. Assim, ao distinguir os diferentes níveis de prática dessa modalidade e dominar os fundamentos básicos da GA, o professor se sentirá
mais seguro e confiante para realizar com sucesso a sua prática pedagógica.
Podcast
Para concluir este estudo, o podcast traz um resumo geral dos aspectos básicos relacionados ao ensino e aprendizagem da ginástica artística, nos
movimentos básicos do solo e dos saltos.
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Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: primeiro e segundo ciclos: educação física.
Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017. Consultado na Internet em: 28 jan. 2022.
DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. de; GONZÁLEZ, F. J. (org.). Ginástica, dança e artes circenses. Maringá: Eduem, 2014. v. 3. (Coleção práticas
corporais e a organização do conhecimento).
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FONSECA, E; MIYAKE, S. Livro de exercícios de ginástica artística / play GYM para o desporto escolar. [S. l.]: Federação de Ginástica de Portugal –
Escola Nacional de Ginástica, 2008.
JOÃO, A.; FERNANDES FILHO, J. Identificação do perfil genético, somatotípico e psicológico das atletas brasileiras de ginástica olímpica feminina
de alta qualificação esportiva. Fitness & performance journal, v. 1, n. 2, p. 12-19, 2002.
SCHIAVON, L; NISTA-PICCOLO, V. L. A ginástica vai à escola. Revista Movimento, v. 13, n. 3, p. 131-150, set-dez. 2007. Consultado na internet em: 21
jan. 2022.
ZAKHAROV, A. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992.
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Confira as indicações que separamos para você!
Leia o artigo A ginástica vai à escola, de Laurita Schiavon e Vilma Nista Piccolo, publicado na Revista Movimento, v. 13, n. 3, set-dez. 2007. Você
pode encontrá-lo no portal da revista.
Para aprofundar seus conhecimentos, leia o artigo Metodologia do ensino de ginástica: novos olhares, novas perspectivas, de Luciana Marcassa,
publicado na Revista Pensar a Prática, v. 7, n. 2, 2006. Está disponível no site do periódico.
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