Prévia do material em texto
<p>UNIVALI – UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ</p><p>CURSO DE DIREITO</p><p>DISCIPLINA: Hermenêutica Jurídica</p><p>PROF: Dra. Caroline Vieria Ruschel</p><p>AVALIAÇÃO – M 1- 2024-2</p><p>Alunos (as): Cristiane da Silva, Elisiane da Rosa Moraes, Luiz Felipe Vilela, Jane</p><p>Lúcia Wundervald, Rosiane Aparecida Pinheiro Vargas e Miriam Vidal Paz.</p><p>1. DISCUSSÃO SOBRE O TEMA ABORTO</p><p>Este texto não tem como objetivo defender a legalização do aborto, nem</p><p>determinar em quais circunstâncias ele deve ser permitido. A finalidade, de maneira</p><p>geral, é analisar os diferentes pontos de vista sobre o tema.</p><p>O termo "aborto" (derivado de ab-ortus) carrega a ideia de privação do</p><p>nascimento, referindo-se à interrupção voluntária da gravidez, resultando na morte</p><p>do embrião ou feto (MORAIS, 2008). Sob a perspectiva médica, o aborto é definido</p><p>como a interrupção da gravidez até a 20ª ou 22ª semana, ou quando o feto pesa até</p><p>500 gramas, ou, ainda, quando sua medida não excede 16,5 cm.</p><p>Fernando Capez leciona que:</p><p>“aborto é a interrupção da gravidez, com a consequente destruição do</p><p>produto. Consiste na eliminação da vida intrauterina. Não faz parte do</p><p>conceito de aborto a posterior expulsão do feto, pois pode ocorrer que o</p><p>embrião seja dissolvido e depois reabsorvido pelo organismo materno em</p><p>virtude de um processo de autólise; ou então pode suceder que ele sofra</p><p>processo de mumificação ou maceração, de modo que continue no útero</p><p>materno” (CAPEZ, 2008, p.119).</p><p>De acordo com o autor Greco (2015), a vida tem início a partir da</p><p>concepção ou fecundação, ou seja, desde o momento em que o óvulo feminino é</p><p>fecundado pelo espermatozoide masculino.</p><p>O aborto pode ocorrer de forma espontânea ou provocada. O aborto de</p><p>forma espontânea, ou natural, acontece quando a gravidez é interrompida sem</p><p>qualquer ação da gestante ou de terceiros, ou seja, ocorre por razões independentes</p><p>da vontade da mulher e, por isso, não configura crime. Essa forma de aborto pode</p><p>ser causada por fatores intrínsecos, como doenças, defeitos uterinos, problemas</p><p>psicológicos, má-formação do feto ou questões paternas. Já o aborto de forma</p><p>provocada, podendo ser considerado crime ou não, ocorre quando a interrupção da</p><p>gravidez é resultado de intervenções externas, seja por médicos ou pela própria</p><p>gestante.</p><p>O aborto é um tema polêmico no Brasil, envolvendo questões legais,</p><p>morais, religiosas e de saúde pública. A polêmica sobre o aborto no país gira em</p><p>torno dos pontos principais, tais como, a legislação vigente no Brasil, o debate sobre</p><p>descriminaliação do aborto, oposição religiosa, impacto social e econômico,</p><p>judicialização e ativismo, e opinião pública.</p><p>Referente a legislação vigente, no Brasil o aborto é legalizado em três</p><p>circunstâncias: quando a gravidez resulta de estupro, quando há risco de vida para a</p><p>gestante (art. 128 do Código Penal) e quando o feto é anencéfalo (sem cérebro), de</p><p>acordo com a decisão na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental</p><p>(ADPF) nº 54 do STF. Em qualquer outra situação, o aborto é considerado crime,</p><p>com penalidades que podem incluir prisão tanto para a mulher quanto para quem</p><p>realiza o procedimento.</p><p>O Código Penal Brasileiro de 1940 define as situações em que a</p><p>interrupção da gravidez é permitida. No artigo 128 do Código Penal, a legislação não</p><p>o aborto como crime desde que realizado em duas situações: para salvar a vida da</p><p>mulher ou quando a gravidez resulta de estupro, desde que haja solicitação e</p><p>consentimento da mulher. Contudo, em 2012 o STF, em decisão na Arguição de</p><p>Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 54, expandiu essas condições</p><p>ao decidir o aborto em casos de anencefalia.</p><p>A respeito do debate sobre a escriminalização, a Organização Mundial da</p><p>Saúde (OMS) recomenda a descriminalização do aborto, enfatizando que o aborto</p><p>deve ser tratado como uma questão de saúde pública, não de forma criminalizada . A</p><p>complexidade do debate envolve a interseção de direitos individuais, valores sociais,</p><p>saúde pública e normativas legais.</p><p>Há um debate contínuo sobre a descriminalização ou legalização do</p><p>aborto. Aqueles a favor argumentam que a legalização permitiria que as mulheres</p><p>tivessem acesso seguro ao procedimento, reduzindo a mortalidade materna</p><p>associada a abortos clandestinos. As dificuldades enfrentadas por elas para realizar</p><p>um aborto seguro, mesmo nas situações em que ele é permitido por lei, são devido à</p><p>falta de informação, preconceito, despreparo dos profissionais de saúde, entre</p><p>outros fatores que evidenciam a ineficácia do Estado em garantir o acesso à saúde</p><p>para as mulheres. Eles também defendem que a decisão sobre a continuidade ou</p><p>interrupção da gravidez deve ser um direito da mulher, relacionado à sua autonomia</p><p>corporal.</p><p>Dados levantados pelo Ministério da Saúde e entregues ao STF,</p><p>discorrendo sobre o aborto inseguro, revelam que no ano de 2015, 503 mil mulheres</p><p>interromperam voluntariamente a gestação. As complicações e mortes foram um</p><p>custo relevante para o sistema: 1.6 milhões de hospitalizações por interrupções</p><p>voluntárias de gestações em 10 anos no SUS (entre 2008 e 2017), sendo que 15 mil</p><p>dessas complicações foram muito graves, 5 mil foram quase a óbito, o que provocou</p><p>203 mortes maternas por aborto inseguro no ano de 2006. Isso corresponde a uma</p><p>morte a cada 2 dias (FIOCRUZ, 2019).</p><p>No que tange a oposição religiosa, a Igreja Católica e outras</p><p>denominações cristãs têm uma forte influência na política e na opinião pública</p><p>brasileira, se opondo fortemente à legalização do aborto. A argumentação é de que</p><p>a vida começa na concepção e que o aborto, em qualquer circunstância, é</p><p>moralmente errado e uma forma de assassinato.</p><p>A oposição religiosa acredita que toda vida humana é sagrada. Por</p><p>exemplo, o salmo 139: 13-16 da Bíblia destaca a presença de Deus no processo de</p><p>criação da vida no ventre materno. O 5º mandamento enfatiza “não matarás”</p><p>(ÊXODO, 20:13). A oposição religiosa interpreta este mandamento como uma</p><p>proibição de tirar a vida humana, considerada inocente.</p><p>O posicionamento da igrejas em geral, e da Católica especificamente, é</p><p>de que o aborto é um pecado perante Deus, e fere o direito à vida, que é</p><p>considerada a partir da fecundação (ALDANA, 2008).</p><p>Sobre o impacto social e econômico, a criminalização do aborto tem um</p><p>impacto desproporcional sobre mulheres de baixa renda e negras, que têm menos</p><p>acesso aos métodos contraceptivos e aos serviços de saúde de qualidade. Abortos</p><p>clandestinos, realizados em condições inseguras, são uma das principais causas de</p><p>morte materna no país.</p><p>Recentemente, uma pesquisa realizada pela revista Ciência & Saúde</p><p>sobre o aborto trouxe relevantes informações sobre o perfil das mulheres. Os</p><p>resultados apontaram que o aborto é frequente entre todas as mulheres,</p><p>independente de classe social, grupos raciais, níveis educacionais e religiões. Outro</p><p>dado interessante foi de que 1 de cada 5 mulheres aos 40 anos já realizou pelo</p><p>menos um aborto. No entanto, percebeu-se que o maior número de mulheres que</p><p>realizaram aborto é com menor grau de escolaridade, mulheres pretas, pardas e</p><p>indígenas. As regiões de maior incidência são no norte, nordeste e centro-oeste do</p><p>Brasil.</p><p>Por fim, a pesquisa realizada pela revista Ciência & Saúde identificou que</p><p>metade das mulheres usou medicamentos para abortar e quase metade precisou de</p><p>internação para finalizar o aborto (Ciência & Saúde Coletiva 2022, 653-660, 2017).</p><p>No tocante a judicialização e ativismo, o Supremo Tribunal Federal (STF)</p><p>tem sido palco de debates sobre o tema, com ações questionando a</p><p>constitucionalidade das leis que criminalizam o aborto. Em 2012, por exemplo, o</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o aborto em casos de anencefalia,</p><p>conforme decisão na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental</p><p>(ADPF) nº 54. Na referida decisão foi estabelecido que é inconstitucional a</p><p>interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto anencéfalo constitui</p><p>aborto. Contudo, até que a decisão fosse promulgada pelo Supremo Tribunal</p><p>Federal (STF), três</p><p>seguimentos se destacaram, representando posicionamentos,</p><p>em determinados pontos, bastante antagônicos: o médico, o religioso e o feminista.</p><p>Existem iniciativas de grupos de direitos humanos e feministas para</p><p>expandir as situações em que o aborto seria permitido, já que é visto pelos</p><p>movimentos feministas como uma questão de direito individual à livre escolha da</p><p>mulher sobre seu corpo, incluindo aí a maternidade (SCAVONE, 2008). Já entre os</p><p>profissionais da medicina, a questão do aborto é polêmica, no entanto, houve um</p><p>consenso na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) quanto</p><p>ao aborto de anencéfalos, pelo interesse de resguardar os profissionais que</p><p>intervêm nesses casos das consequências penais em que podem incorrer quando</p><p>praticam o procedimento.</p><p>O ponto de partida para a análise que desenvolvo sobre o acórdão da</p><p>Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 54 (BRASIL,</p><p>2012) é a percepção paradoxal de que, embora a Corte tenha atendido a uma</p><p>demanda feminista e de movimentos de luta pelos direitos das mulheres, o fez de</p><p>forma a escamotear os vínculos com esses grupos e com os discursos que eles</p><p>defendem sobre a autonomia das mulheres em relação a seus corpos e sem romper</p><p>com o padrão tradicionalista e androcêntrico próprio do direito.</p><p>No que se refere a opinião pública, a sociedade brasileira está</p><p>profundamente dividida sobre o tema. Pesquisas de opinião mostram que uma parte</p><p>significativa da população é contrária à legalização do aborto, muitas vezes</p><p>influenciada por convicções religiosas e morais. No entanto, há também um</p><p>crescente movimento em favor da descriminalização, especialmente entre jovens e</p><p>em áreas urbanas. Esses elementos contribuem para manter o aborto como um</p><p>tema central e polêmico no debate público brasileiro.</p><p>Um filósofo relevante para discutir a opinião pública sobre o tema do</p><p>aborto é Jurgen Habermas. O autor sugere que, em sociedades democráticas, as</p><p>decisões acerca de questões éticas complexas não devem ser impostas</p><p>unilateralmente por nenhuma autoridade moral, religiosa ou política. Em vez disso,</p><p>essas decisões devem resultar de um processo de debate onde todos os envolvidos</p><p>possam apresentar seus argumentos de forma equitativa.</p><p>O gráfico abaixo apresenta dados sobre a proporção de pessoas que</p><p>se dizem contra a prisão de mulheres por aborto.</p><p>2. QUESTÕES JURÍDICAS</p><p>2.1 Formas de aborto legalizadas no Brasil</p><p>O Código Penal Brasileiro (Decreto n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940),</p><p>nos arts. 124 ao 128, estabelece os tipos de aborto legalizado existentes atualmente</p><p>no país. No Código Penal, art. 128, há duas formas de aborto em que não há</p><p>punição pela legislação penal, desde que praticadas por um médico: quando há</p><p>risco de vida à gestante e quando a gravidez resultou de estupro. A primeira</p><p>previsão corresponde ao aborto necessário e a segunda ao aborto humanitário.</p><p>(NUCCI, 2012).</p><p>O aborto necessário, também conhecido como aborto terapêutico, ocorre</p><p>quando o procedimento é realizado por um médico com o intuito de salvar a vida da</p><p>gestante, não havendo outra alternativa viável. Previsto no art. 128, inciso I, do</p><p>Código Penal, esse tipo de aborto é autorizado apenas em casos em que a vida da</p><p>gestante está em perigo iminente. Se houver outra forma de salvar a vida da</p><p>gestante, o médico não pode optar pelo aborto, sob pena de responder</p><p>criminalmente. O Código Penal autoriza essa prática apenas quando a vida da</p><p>gestante é priorizada sobre o nascimento do feto.</p><p>O aborto sentimental, também conhecido como aborto humanitário ou</p><p>ético, ocorre quando a gravidez resulta de estupro. Nessa situação, o aborto</p><p>realizado por um médico não é punível, desde que a gestante tenha dado o seu</p><p>consentimento, conforme o art. 128, inciso II, do Código Penal. Na legislação penal</p><p>brasileira, nos casos em que o aborto é permitido, não há limitação temporal para a</p><p>decisão pelo aborto, podendo ser feita em qualquer momento da gestação.</p><p>Ainda sobre o aborto sentimental, a interrupção da gravidez é justificada</p><p>pelo trauma psicológico que a gestante sofreu devido à violência sexual. Para</p><p>realizar essa forma de aborto, é necessário que o crime de estupro seja</p><p>comprovado, mas não é exigida autorização judicial, sentença condenatória, ou</p><p>processo criminal contra o agressor.</p><p>A respeito do aborto de anencéfalo, também conhecido como aborto</p><p>eugênico ou eugenésico, ocorre em casos de fetos com graves defeitos congênitos,</p><p>como a anencefalia. Essa condição é caracterizada pela ausência de partes</p><p>essenciais do cérebro e do crânio, resultando na impossibilidade de vida</p><p>extrauterina.</p><p>Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a antecipação</p><p>do parto em casos de fetos anencéfalos não constitui crime, conforme mencionado</p><p>anteriormente, permitindo que a gestante opte pelo aborto sem necessidade de</p><p>autorização judicial. Essa decisão reconheceu que a anencefalia, por ser fatal e</p><p>incurável, não apresenta um bem jurídico a ser protegido, e, portanto, a interrupção</p><p>da gravidez é um direito constitucional da mulher. O Código Penal Brasileiro,</p><p>contudo, não legitima o aborto eugênico em casos de outras deformidades ou</p><p>enfermidades incuráveis, o que torna essa modalidade de aborto um tema</p><p>controverso na doutrina jurídica.</p><p>O Decreto nº 7.958 de 2013 estabelece diretrizes para o atendimento às</p><p>vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e da rede de</p><p>atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). As diretrizes definidas no decreto</p><p>incluem o acolhimento em serviços especializados, o atendimento com respeito e</p><p>privacidade, a informação clara sobre os procedimentos, e a capacitação de</p><p>profissionais para garantir um tratamento adequado e digno. Além disso, o decreto</p><p>define as competências do Ministério da Justiça e do Ministério da Saúde na</p><p>implementação dessas diretrizes, incluindo a criação de ambientes humanizados e a</p><p>capacitação de peritos e profissionais de saúde e segurança pública.</p><p>A Lei n. 12.845 de 2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e</p><p>integral de pessoas em situação de violência sexual, estabelece que os hospitais</p><p>devem oferecer atendimento emergencial, integral e multidisciplinar às vítimas de</p><p>violência sexual, incluindo cuidados médicos, psicológicos e sociais. Conforme art.</p><p>2º do decreto, violência sexual é definida como qualquer atividade sexual não</p><p>consentida. O atendimento imediato nos hospitais do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS), de acordo com o art. 3º do decreto, deve incluir diagnóstico e tratamento de</p><p>lesões, apoio psicológico, facilitação do registro da ocorrência, profilaxia de gravidez</p><p>e doenças sexualmente transmissíveis, coleta de material para exame de HIV, e</p><p>informações sobre direitos legais e serviços disponíveis. Os serviços são gratuitos, e</p><p>materiais relevantes devem ser preservados para exames médicos legais, incluindo</p><p>o exame de DNA para identificar o agressor.</p><p>A Portaria nº 1.508 de 2005, que dispõe sobre o Procedimento de</p><p>Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no</p><p>âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), define que o Ministério da Saúde é</p><p>responsável por regular as medidas que garantem a legalidade do procedimento de</p><p>interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, assegurando a segurança</p><p>jurídica para os profissionais de saúde envolvidos.</p><p>Uma das diretrizes é a de que, embora a Norma Técnica sobre a</p><p>Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra</p><p>Mulheres e Adolescentes não exija a apresentação do Boletim de Ocorrência para</p><p>que a vítima de estupro tenha acesso ao procedimento de interrupção da gravidez, o</p><p>Procedimento de Justificação e Autorização é necessário para a realização do</p><p>aborto no Sistema Único de Saúde (SUS), exceto em casos de risco de morte para a</p><p>mulher. Esse procedimento inclui quatro fases, que devem ser documentadas em</p><p>termos específicos e mantidos em sigilo, anexados ao prontuário médico, garantindo</p><p>a confidencialidade das informações,</p><p>humana em desenvolvimento, possui um valor moral que justifica sua proteção</p><p>desde o início da concepção.</p><p>Outro argumento é o Continuum da Vida que se baseia na ideia de que a</p><p>vida humana é um contínuo que começa na concepção. Se o direito à vida for</p><p>negado em qualquer ponto desse continuum, abre-se a porta para uma degradação</p><p>do valor da vida humana em outras fases, incluindo os idosos e os doentes .</p><p>Uma solução ética frequentemente apresentada contra o aborto é a</p><p>adoção. O argumento é que, em vez de terminar uma vida, os pais que não podem</p><p>ou não desejam criar uma criança podem dar a oportunidade a outra família de</p><p>acolher o bebê, preservando, assim, tanto a vida do feto quanto a liberdade dos</p><p>pais .</p><p>Aqueles que se opõem ao aborto muitas vezes argumentam que a</p><p>solução ética está em fornecer mais apoio social às mulheres grávidas, incluindo</p><p>assistência financeira, cuidados pré-natais, e programas de apoio para mães</p><p>solteiras. Isso ajudaria a eliminar algumas das razões pelas quais as mulheres</p><p>consideram o aborto, promovendo ao mesmo tempo o respeito à vida .</p><p>Muitos oponentes do aborto apontam para as potenciais consequências</p><p>psicológicas negativas que as mulheres podem enfrentar após o procedimento,</p><p>como arrependimento, depressão e sentimento de culpa. Esses efeitos são vistos</p><p>como argumentos éticos para desencorajar o aborto e, ao invés disso, oferecer às</p><p>mulheres alternativas que não impliquem em terminar uma vida.</p><p>Os argumentos contra a descriminalização enfatizam o direito à vida,</p><p>afirmando que esta deve ser protegida desde a concepção e que o aborto é uma</p><p>violação desse direito fundamental. Outro argumento recorrente é a existência de</p><p>métodos contraceptivos, sugerindo que a responsabilidade de evitar uma gravidez</p><p>indesejada cabe à mulher, que deve utilizar os meios disponíveis para isso. Por fim,</p><p>há a preocupação com o possível aumento do número de abortos caso a prática</p><p>seja descriminalizada, com o temor de que o aborto passe a ser usado como um</p><p>método contraceptivo.</p><p>A dignidade da pessoa humana é um conceito central em muitas</p><p>tradições éticas e religiosas que se opõem ao aborto. De acordo com essa visão, a</p><p>dignidade da vida humana deve ser respeitada desde a concepção, e o aborto é</p><p>considerado uma violação desse princípio. Mesmo em casos de violação, como</p><p>estupro, o feto é visto como um ser inocente que não deve ser punido pela violência</p><p>cometida .</p><p>Blay (2008) aponta que, ao discutir o aborto, o direito à vida não é o único</p><p>aspecto a considerar. A controvérsia também envolve o direito à saúde, à autonomia</p><p>pessoal e à educação. Enquanto o direito à vida é garantido pela Constituição e</p><p>pelos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, no contexto do aborto, deve-se</p><p>considerar tanto a vida do feto quanto a da mãe. Argumenta a autora que quando se</p><p>fala de aborto como direito à autonomia pessoal da mulher.</p><p>De acordo com a autora Angelica Dick (2016), a Constituição Federal de</p><p>1988, preconiza o entendimento de que a pessoa deve ser reconhecida como ente</p><p>autônomo:</p><p>Analisando-se a Constituição Brasileira, infere-se que o Estado Democrático</p><p>de Direito implica a realização de uma política de atuação que tenha como</p><p>fundamentos a liberdade e a dignidade da pessoa humana não podendo</p><p>desconsiderá-los a ponto de converter as pessoas em meros instrumentos</p><p>ou sujeitos de tutela. Assim, convém ressaltar que a pessoa deve ser</p><p>reconhecida como ente autônomo e sujeito de direitos e garantias (DICK,</p><p>2016, p. 24-25).</p><p>Entre os argumentos a favor da descriminalização, destaca-se o direito da</p><p>mulher ao controle do próprio corpo, que defende a autonomia feminina na decisão</p><p>sobre a continuidade ou interrupção da gravidez.</p><p>A respeito da autonomia pessoal (BLAY, 2028) acrescenta:</p><p>“Toda mulher tem direito a decidir, então, sobre sua vida, mais ainda quando</p><p>se trata de seu próprio corpo. Se o direito à vida do feto se contrapõe ao</p><p>direito de toda mulher a decidir sobre sua vida, sobre seu projeto de vida e</p><p>sobre seu corpo, por um lado, essa livre escolha causará danos ao feto e a</p><p>terceiros, cabendo aí o limite constitucional (também relativo) da autonomia</p><p>pessoal. Isso deixa duas situações: a primeira, quando o feto não sente dor;</p><p>a segunda, quando sente. Assim, antes de formado o tubo neural, o feto não</p><p>sente dor, não sente nada. Nessa instância, a presença de um dano em um</p><p>ser que não sente se torna controvertida. Porém, se trata de ter consciência</p><p>de uma situação: uma mulher que não quer ter um filho, que está grávida e</p><p>que, se seu direito não existe, deverá ver como seu corpo se modifica por</p><p>um filho indesejado e o verá nascer, quando não o quer em sua vida. Assim,</p><p>também se pode argumentar que a vida digna de uma mulher não tem</p><p>menor valor do que a vida de um feto. O aborto é um procedimento</p><p>demasiadamente intrusivo e ninguém o deseja. É uma situação temida,</p><p>dolorosa, mas milhares de mulheres recorrem a isso, amparadas ou não</p><p>pela lei.”(BLAY, 2008, p. 35).</p><p>Outro ponto importante é a questão de saúde pública, onde se argumenta</p><p>que a descriminalização poderia reduzir significativamente os riscos de morte e</p><p>complicações graves decorrentes de abortos clandestinos, especialmente entre as</p><p>mulheres de classes sociais mais baixas, que não têm acesso a procedimentos</p><p>seguros.</p><p>A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 442</p><p>foi ajuizada pelo partido PSOL com o objetivo de descriminalizar o aborto até a 12ª</p><p>semana de gestação. O partido argumenta que os arts. 124 e 126 do Código Penal</p><p>violam princípios fundamentais como dignidade humana, igualdade, liberdade,</p><p>saúde e direitos reprodutivos. A ação pede que o Supremo Tribunal Federal (STF)</p><p>permita que a interrupção da gestação nas primeiras 12 semanas seja realizada sem</p><p>permissão estatal, garantindo tanto às mulheres o direito de interromper a gravidez</p><p>quanto aos profissionais de saúde o direito de realizar o procedimento.</p><p>Além disso, há a preocupação com o sofrimento das crianças não</p><p>desejadas, que podem enfrentar rejeição e condições adversas se nascerem em um</p><p>ambiente onde não são bem-vindas.</p><p>O debate sobre a descriminalização do aborto no Brasil é profundamente</p><p>complexo, envolvendo questões éticas, de saúde pública e de direitos individuais.</p><p>Os argumentos contra a descriminalização tendem a focar na moralidade e na</p><p>preservação da vida desde a concepção, enquanto os argumentos a favor priorizam</p><p>a autonomia da mulher e a redução dos riscos à saúde que os abortos clandestinos</p><p>representam, especialmente para as mulheres mais vulneráveis.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>BELINATI, Roberval Casemiro. Contra o aborto - Desembargador Roberval</p><p>Casemiro Belinati. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. 2010.</p><p>Acesso em: 28 de agosto de 2024:</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discurso</p><p>s-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belin</p><p>ati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como</p><p>%20a%20si%20mesmo.%22 Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>BLAY, Eva. Assassinato de Mulheres e Direitos Humanos. São Paulo: Editora 34,</p><p>2008.</p><p>BRASIL. Decreto lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm Acesso em:</p><p>21 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Lei n. 12.845, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre o atendimento</p><p>obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Disponível</p><p>em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm</p><p>Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Decreto n. 7.958, de 13 de março de 2013. Estabelece diretrizes para o</p><p>atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança</p><p>pública e da rede de atendimento do Sistema Único de Saúde. Disponível em:</p><p>https://planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7958.htm Acesso</p><p>em: 21 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Portaria nº 1.508, de 1º de setembro de 2005. Dispõe sobre o</p><p>Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção</p><p>da Gravidez nos</p><p>casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS e revoga o</p><p>normativo que menciona. Disponível em:</p><p>https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&fil</p><p>ename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200. Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte especial. 8 ed. São Paulo:</p><p>Saraiva, 2008. v.I</p><p>CRAIDE, Sabrina. Saiba como é a legislação sobre aborto pelo mundo: Em 21</p><p>países o aborto é proibido totalmente. Publicado em 15/06/2024. Agência Brasil -</p><p>Brasília. Disponível em:</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobr</p><p>e-aborto-pelo-mundo Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>DICK, Angélica. A descriminalização do aborto. Universidade Regional do</p><p>Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Monografia do Curso de Graduação em</p><p>Direito, 2016. Disponível em:</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22</p><p>https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm</p><p>https://planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7958.htm</p><p>https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&filename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200</p><p>https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&filename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobre-aborto-pelo-mundo</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobre-aborto-pelo-mundo</p><p>https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONO</p><p>GRAFIA%20VERS%c3% Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>DINIZ, Debora. Aborto e saúde pública: 20 anos de pesquisas no Brasil.</p><p>Cadernos de Saúde Pública, v.25, n.4, p. 939-942, 2009. SciELO Public Health.</p><p>Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/VdMMbwrgSBtwPJTgPnvFxhh/ Acesso</p><p>em: 21 ago. 2024.</p><p>DELAMAR. José Volpato Dutra. O</p><p>ABORTO EM DWORKIN, HABERMAS E RAWLS: uma comparação. Universidade</p><p>Federal de Santa Catarina (UFSC) Disponível em:</p><p>https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3%</p><p>A3o%20de%20Habermas%20parece . Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>DINIZ, Debora; MEDEIROS, Marcelo; MADEIRO, Alberto. Pesquisa Nacional de</p><p>Aborto 2016. Ciência & Saúde Coletiva, 2017. - SciELO Public Health. Disponível</p><p>em: https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n2/653-660/pt/ Acesso em: 21 ago.</p><p>2024.</p><p>FIOCRUZ. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do</p><p>Adolescente. 2016. Disponível em:</p><p>https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-a</p><p>borto-legal/ Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>FREITAS, Lúcia Gonçalves de. A DECISÃO DO STF SOBRE ABORTO DE FETOS</p><p>ANENCÉFALOS: UMA ANÁLISE FEMINISTA DE DISCURSO. Universidade</p><p>Estadual de Goiás (UEG), Programa de Pós-graduação em Educação, Linguagem e</p><p>Tecnologia, Anápolis - Goiás - Brasil. 2018. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/alfa/a/StF9ygBFHgdgJ9Cs6YQMZ8J/?lang=pt# Acesso em:</p><p>21 ago. 2024.</p><p>GALANTE, Marcelo. Sinopse de direito constitucional para aprender direito.</p><p>6.ed. Rio de Janeiro: BF, 2008.</p><p>GORZIZA, Amanda; BUONO, Renata. Em gráficos, o Brasil questiona a punição ao</p><p>aborto. Outras Mídias. Piauí. 2023. Disponível em:</p><p>https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao-</p><p>aborto/ Acesso em: 21 ago 2024.</p><p>GRECO, Rogério. Direito Penal e Direito Processual Penal. Editora Impetus, 9ª</p><p>Ed, 2015</p><p>MORAES, Lorena Ribeiro de. A legislação sobre o aborto e seu impacto na</p><p>saúde da mulher. Saúde da Mulher, Senatus, Brasília, v. 6, n. 1, p. 50-58, maio</p><p>2008. Disponível em:</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A</p><p>3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6 Acesso em: 21 ago. 2024.</p><p>https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONOGRAFIA%20VERS%c3%</p><p>https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONOGRAFIA%20VERS%c3%</p><p>https://www.scielo.br/j/csp/a/VdMMbwrgSBtwPJTgPnvFxhh/</p><p>https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3%A3o%20de%20Habermas%20parece</p><p>https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3%A3o%20de%20Habermas%20parece</p><p>https://scholar.google.com.br/citations?user=bUFfw8UAAAAJ&hl=pt-BR&oi=sra</p><p>https://scholar.google.com.br/citations?user=P6YXURsAAAAJ&hl=pt-BR&oi=sra</p><p>https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n2/653-660/pt/</p><p>https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-aborto-legal/</p><p>https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-aborto-legal/</p><p>https://www.scielo.br/j/alfa/a/StF9ygBFHgdgJ9Cs6YQMZ8J/?lang=pt#</p><p>https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao-aborto/</p><p>https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao-aborto/</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6</p>da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS e revoga o normativo que menciona. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&fil ename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200. Acesso em: 21 ago. 2024. CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte especial. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v.I CRAIDE, Sabrina. Saiba como é a legislação sobre aborto pelo mundo: Em 21 países o aborto é proibido totalmente. Publicado em 15/06/2024. Agência Brasil - Brasília. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobr e-aborto-pelo-mundo Acesso em: 21 ago. 2024. DICK, Angélica. A descriminalização do aborto. Universidade Regional do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Monografia do Curso de Graduação em Direito, 2016. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22 https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22 https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22 https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati#:~:text=O%20aborto%20n%C3%A3o%20pode%20ser,pr%C3%B3ximo%20como%20a%20si%20mesmo.%22 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm https://planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7958.htm https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&filename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=461754&filename=LegislacaoCitada+-PDC+42/200 https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobre-aborto-pelo-mundo https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-06/saiba-como-e-legislacao-sobre-aborto-pelo-mundo https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONO GRAFIA%20VERS%c3% Acesso em: 21 ago. 2024. DINIZ, Debora. Aborto e saúde pública: 20 anos de pesquisas no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v.25, n.4, p. 939-942, 2009. SciELO Public Health. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/VdMMbwrgSBtwPJTgPnvFxhh/ Acesso em: 21 ago. 2024. DELAMAR. José Volpato Dutra. O ABORTO EM DWORKIN, HABERMAS E RAWLS: uma comparação. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3% A3o%20de%20Habermas%20parece . Acesso em: 21 ago. 2024. DINIZ, Debora; MEDEIROS, Marcelo; MADEIRO, Alberto. Pesquisa Nacional de Aborto 2016. Ciência & Saúde Coletiva, 2017. - SciELO Public Health. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n2/653-660/pt/ Acesso em: 21 ago. 2024. FIOCRUZ. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. 2016. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-a borto-legal/ Acesso em: 21 ago. 2024. FREITAS, Lúcia Gonçalves de. A DECISÃO DO STF SOBRE ABORTO DE FETOS ANENCÉFALOS: UMA ANÁLISE FEMINISTA DE DISCURSO. Universidade Estadual de Goiás (UEG), Programa de Pós-graduação em Educação, Linguagem e Tecnologia, Anápolis - Goiás - Brasil. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/alfa/a/StF9ygBFHgdgJ9Cs6YQMZ8J/?lang=pt# Acesso em: 21 ago. 2024. GALANTE, Marcelo. Sinopse de direito constitucional para aprender direito. 6.ed. Rio de Janeiro: BF, 2008. GORZIZA, Amanda; BUONO, Renata. Em gráficos, o Brasil questiona a punição ao aborto. Outras Mídias. Piauí. 2023. Disponível em: https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao- aborto/ Acesso em: 21 ago 2024. GRECO, Rogério. Direito Penal e Direito Processual Penal. Editora Impetus, 9ª Ed, 2015 MORAES, Lorena Ribeiro de. A legislação sobre o aborto e seu impacto na saúde da mulher. Saúde da Mulher, Senatus, Brasília, v. 6, n. 1, p. 50-58, maio 2008. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A 3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6 Acesso em: 21 ago. 2024. https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONOGRAFIA%20VERS%c3% https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3652/MONOGRAFIA%20VERS%c3% https://www.scielo.br/j/csp/a/VdMMbwrgSBtwPJTgPnvFxhh/ https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3%A3o%20de%20Habermas%20parece https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6460/6029#:~:text=Na%20posi%C3%A7%C3%A3o%20de%20Habermas%20parece https://scholar.google.com.br/citations?user=bUFfw8UAAAAJ&hl=pt-BR&oi=sra https://scholar.google.com.br/citations?user=P6YXURsAAAAJ&hl=pt-BR&oi=sra https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n2/653-660/pt/ https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-aborto-legal/ https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-aborto-legal/ https://www.scielo.br/j/alfa/a/StF9ygBFHgdgJ9Cs6YQMZ8J/?lang=pt# https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao-aborto/ https://outraspalavras.net/outrasmidias/em-graficos-o-brasil-questiona-a-punicao-ao-aborto/ https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6 https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/131831/legisla%C3%A7%C3%A3o_aborto_impacto.pdf?sequence=6